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Análise do episódio:

"Batalha de Aljubarrota" d'Os Lusíadas

Os Lusíadas é uma obra de poesia épica do escritor português Luís Vaz de Camões, a


primeira epopeia portuguesa publicada em versão impressa. 

O que é a epopeia?
Uma epopeia é um poema em que o herói trava diversas lutas em nome do seu povo e,
pela coragem e força, torna-se sobre humano saindo sempre vencedor.
A obra é composta por dez cantos, versos em oitavas decassilábicas, sujeitas ao
esquema rimático cruzada nos primeiros versos e emparelhada nos dois últimos versos.
Neste episodio o plano que se destaca é o plano da Historia de Portugal.

Batalha de Aljubarrota (est. 28 a 45)

O texto, cujo tema é a descrição da batalha de Aljubarrota, pode dividir-se em três partes
lógicas. A primeira parte (28 e 29) constitui uma espécie de introdução, em que o poeta
assinala o terrível efeito provocado, na natureza e nas pessoas, pelo espantoso sinal lançado pela
trombeta castelhana para o começo da batalha.
A segunda parte - desenvolvimento (de 30 a 42) é a descrição propriamente dita da
batalha (entrecortada por um comentário emotivo do poeta na estrofe 33), em que se realça a
ação de Nuno Álvares (30, 34 e 35), o movimento terrificamente barulhento e confuso da
refrega (31), a referência aos irmãos de Nuno Álvares que lutavam do lado dos castelhanos e
respetivo comentário do poeta (32 e 33), a ação de D. João I, que, como chefe e rei, a todos
entusiasmava não só com palavras, mas também com o exemplo (entre as setas dos inimigos
corro e vou primeiro - 38).
Finalmente, a terceira e última parte – conclusão (43-45) apresenta-nos a desmoralização e
fuga desastrosa dos castelhanos e a vitória eufórica dos portugueses.
História de Portugal: a Batalha de Aljubarrota

A seguir à crise de 1383 – 1385, Vasco da Gama narra a Batalha de Aljubarrota ao rei de
Melinde. Trata-se de um episódio bélico, no qual se destacam as figuras de Nuno Álvares
Pereira, considerado uma das personagens mais corajosas da História de Portugal e de D. João
I, mestre de Avis, que combatendo ao lado do exército, incita os soldados portugueses a
lutarem contra os inimigos. É importante referir que o exército castelhano era quatro vezes
maior que o português e que nesta batalha estava em causa a independência de Portugal.

A Batalha de Aljubarrota travou-se no dia 14 de agosto de 1385, entre portugueses e


castelhanos, e está inserida no conjunto de confrontos motivados pela luta da sucessão ao
trono português.

Esta batalha foi um momento alto e importante na luta com Castela, pois desmoralizou o
inimigo e aqueles que o apoiavam, e praticamente assegurou a continuidade da independência
nacional.

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