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Manual de sobrevivência do Menino Maluquinho

Ziraldo e Dr. Tuta

Nota de contracapa

Neste livro, pais, mães, tios, vizinhos, meninas e meninos maluquinhos


terão um panorama dos perigos e cautelas que rondam a vida moderna. É claro que
não vai acontecer nada com nenhum de vocês! O Dr. Tuta e Ziraldo tem tanta
certeza disto que simularam e pensaram situações de perigo que podem surpreender
os "maluquinhos" de todo o Brasil. É só ler e se cuidar. Abordaram desde as
situações mais comuns até os piores azares, procurando dar uma solução de
emergência e lembrando que, na dúvida se deve procurar um médico, Este é, antes
de mais nada, um livro útil, um guia de emergências que procura prever ocorrências
banais como febre, dor de cabeça, luxações e fraturas até situações de risco possíveis
no dia-a-dia. Quase um manual de primeiros socorros, mas divertido, bonito e bem-
humorado, o Manual de Sobrevivência do Menino Maluquinho é leitura obrigatória
para pais e filhos.

Nota da orelha do livro

OS AUTORES

ZIRALDO é um dos desenhistas, artistas gráficos e escritores brasileiros


mais conhecidos, reconhecidos e importantes. Há quase 4 décadas ele emociona
gerações de brasileiros com seus personagens, seu humor e sua profunda brasilidade,
ao propor uma arte essencialmente nacional. Da Turma do Pererê (Saci,Tininim,
Moacir, Galileu, Allan, compadre Tonico, Tuiuiu etc.) ao menino Maluquinho,
passando por Jeremias, o bom, e a Supermãe, Ziraldo criou, escreveu e desenhou
quase uma centena de livros infantis, romances, ilustrou outros tantos e estabeleceu
um recorde com mais de um milhão de exemplares vendidos do Menino
Maluquinho. Seu trabalho está traduzido em várias línguas.
Teve uma participação constante nos grandes veículos dá imprensa brasileira
como cartunista e também como editor e fundador do célebre O Pasquim.
Mig, ou Miguel Mendes, é doutor em Menino Maluquinho. Trabalha na
equipe de Ziraldo e é responsável pelo traço final do Menino Maluquinho e de
outras histórias criadas por Ziraldo.
Tzvi Bacaltchuk, o Dr. Tuta, é médico pediatra formado pela Universidade
Católica de Pelotas (RS) em 1978, com formação em pediatria nos anos de 79 e 80
no Hospital da Criança Conceição em Porto Alegre. Especializou-se em pós-
operatório de cirurgia cardíaca pediátrica pela International Heart School de
Bérgamo, Itália.
O Dr. Tuta tem clínica em Porto Alegre, onde também é responsável pela
área clínica pediátrica do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Contém:

Acidentes mais comuns


Quando nossa casa se mostra um lugar perigoso para a criança
Precauções
Minimanual de Primeiros Socorros
Monte sua caixa de Peguenos Socorros
A febre
Trânsito
Higiene
Vacinas

Figura do Menino Maluquinho falando:

- Oi, Gente! Esta aqui é a minha mãe, Dona Naná! Não sei porque ela vive
tão preocupada comigo... Em casa... Na Escola... Na rua... Nas férias...

Figura da mãe do Menino Maluquinho falando:

- Ele não sabe... mas você, que é pai ou mãe como eu, entende, né? É por
causa deles que a gente vive atrás dos médicos...

Figura do pai do Menino Maluquinho falando:

- Que vão sempre repetir o óbvio... É melhor prevenir do que remediar!

Papaizão e mamãezinha, este papo é com vocês...


As meninas e meninos maluquinhos de hoje são tão ocupados quanto seus
pais. Vão pra escola, pra aula de inglês, jiu jitsu, dança... Vão para a praia, o cinema,
a pizzaria, o shopping... E tem ainda o tempo para brincar, que ninguém é de ferro.
Ao redor disto tudo, tem a cidade. Grande ou pequena, ao mesmo tempo em
que proporciona tantas coisas boas, ela ameaça as crianças de todos os lados. Um
pequeno descuido, muitas vezes, pode machucar seriamente. Dentro e fora de casa,
pequenos perigos rondam as crianças. E às vezes podem mudar a nossa vida.
O objetivo deste guia é mostrar as inúmeras situações de perigo nas quais as
crianças se vêem envolvidas no dia-a-dia e como lidar com elas. Vamos tentar, com
isto, diminuir os riscos dos acidentes e também o número de atitudes erradas que os
pais tomam, na maioria das vezes sob pressão, quando se vêem frente a uma criança
acidentada. A melhor forma de enfrentarmos os acidentes e suas conseqüências é
preveni-los, e não remediá-los.
Para isto, temos apenas que procurar a maneira mais simples e menos
perigosa de fazer as coisas. Se, apesar de todos os nossos cuidados, os acidentes
acontecerem, haverá sempre uma forma simples e rápida de resolver a situação. E só
pensar com a cabeça fria, e deixar que o bom senso prevaleça sobre nossa ansiedade.
Por exemplo: uma simples limpeza do ferimento tem um efeito muito mais eficaz do
que o uso de uma pomada inadequada...
Todas as orientações aqui contidas, porém, em momento algum, têm a
pretensão de dispensar uma melhor avaliação de um especialista da saúde.

Figura da mãe do Menino Maluquinho falando:

- Esse nosso filho já me fez passar tanto susto!... Ainda me lembro como se
fosse hoje!
O pai diz: - Nem queira lembrar.
O menino diz: - Ah, mãe, que exagero! Dá um - só um!- exemplo...

A figura mostra um bebê engatinhando e puxando a toalha da mesa e os


pratos e panelas caindo na cabeça dele.

ACIDENTES MAIS COMUNS COM LACTENTES

Os bebês não têm nenhuma capacidade de perceber o perigo e ficam muito


mais expostos a:
Quedas
Queimaduras
Overdose de medicamentos
Com o desenvolvimento da habilidade de se movimentar, de pegar e segurar
objetos, e com o aumento natural da curiosidade em descobrir um mundo novo ao
seu redor, aumenta significativamente o risco de:

Colocar coisas perigosas na boca


Quedas
Contusões
Queimaduras
Afogamentos
Choques elétricos
Intoxicações

Acidentes mais comuns com pré-escolares

Nesta faixa etária, a criança vive o momento do pensamento mágico, isto é,


pensa que tem superpoderes, como voar igual aos super-heróis, aumentando o risco
de :

Quedas
Atropelamentos
Queimaduras
Intoxicações

ACIDENTES MAIS COMUNS COM ESCOLARES

Embora neste grupo etário as crianças já tenham noções bem claras de perigo
e segurança, sofrem de uma maneira importante a influência de seus companheiros e
amigos. Seu poder de julgamento crítico está muito aquém de suas habilidades
motoras.
Conseqüentemente, ficam muito mais expostos a riscos de acidentes tais
como:
Queimaduras
Afogamentos
Atropelamentos
Ferimentos com facas e armas de fogo
Traumatismos dentários em função de brincadeiras agressivas, como lutas
corporais e correrias em lugares inadequados.

Acidentes mais comuns com adolescentes

Pelo fato de estar mais liberado e passar mais tempo longe da supervisão
dos adultos, ou às vezes pela própria influência negativa destes mesmos adultos, o
adolescente está mais exposto aos riscos de acidentes causados pelo consumo
excessivo de bebidas alcoólicas, como:
Acidentes de motos ou carros
Intoxicações por drogas
Afogamentos
Atropelamentos
Quedas e traumatismos graves, fraturas e lacerações devidas à prática de
esportes violentos.

Quando nossa casa se mostra um lugar perigoso para a criança.

A criança é um ser constantemente em perigo, mesmo em casa (lugar que


acreditamos ser o mais seguro do mundo), principalmente quando se encontra
sozinha ou sob os cuidados de uma pessoa pouco responsável.
Sem querer apavorar ninguém, é bom lembrar que lugares aparentemente
inofensivos dentro de nossa casa muitas vezes se transformam em lugares perigosos,
se não observarmos algumas regras básicas de segurança.

Atenção! Muito cuidado com estes lugares aparentemente inofensivos...

Banheiro:

Aquecedor a gás instalado dentro do banheiro sem ventilação adequada.


Banheira deixada cheia.
Aparelho elétrico perto da água (pode dar choque) - (figura de secador de
cabelo)
Água e sabão no piso.
Tapete sem borracha (faz escorregar)
Remédios ao alcance das crianças. (Figura do armário da pia cheio de
medicamentos)

Cozinha:

Chapa de fogão e panela ainda quentes.


Cabo de panela voltado para fora (figura de panela cheia e fervendo, com o
cabo para fora do fogão)
Escapamento de gás.
Facas ao alcance das crianças.
Cacos de vidro no chão.
Chaleira ou panela com líquido quente sobre a toalha da mesa (Pode ser
puxada para baixo pela criança).
Escadas

Falta de corrimão
Tapete solto no topo ou no pé da escada.
Pequenos brinquedos largados nos degraus.
Degraus encerados.
Vão na grade de proteção (figura de espaço grande na grade do andar de
cima)

Figura mostra o Menino Maluquinho correndo escada acima e gritando "O


último que chegar é um bobão".

Piscina

Mergulho em água rasa demais.


Brincadeiras de mau gosto (figura mostra um menino na beirinha da piscina
e outro vindo por trás para empurrá-lo).
Nenhum adulto olhando.
Piso molhado escorregadio (figura mostra um menino escorregando e
caindo de costas).

Precauções

Na piscina

Não devemos nunca superestimar a habilidade de uma criança na piscina,


assim como não podemos subestimar os perigos que uma piscina pode oferecer a
uma criança se um adulto não estiver olhando. Se a gente não pensar na
possibilidade do acidente, já podemos estar atrasados para o salvamento. Algumas
precauções podem ser tomadas:
Colocar uma rede protetora sobre a piscina quando não estiver sendo usada.
Evitar que a criança tenha acesso à piscina quando não for possível haver a
supervisão de um adulto que saiba nadar.
Ensinar a criança a nadar (a partir dos 3 ou 4 anos) ou oferecer bóias de
sustentação na água.
Jamais sair de perto de uma criança que esteja dentro d'água.
Não deixar a criança tempo demais em águas muito frias, para evitar
cãibras.

Janelas e móveis
Após o primeiro ano de vida a criança aprende a caminhar. Daí até os quatro
anos aumenta muito o número de acidentes por quedas. Por isso, apartamento onde
há criança sem grade nas janelas é coisa inimaginável.
A escolha da grade deve ser feita com bom senso. Seu desenho não deve
permitir que a criança coloque a cabeça entre as barras de proteção (há risco de lesão
cerebral ou asfixia).
Uma medida segura é de 10 cm entre as barras verticais.
Ao contrário do que se faz atualmente, o quarto do bebê deve ser o mais
vazio possível, para que a criança que começa a engatinhar tenha espaço suficiente
para se locomover sem esbarrar em móveis ou coisas do gênero. Hoje se sabe que a
criança que engatinhou por algum tempo antes de caminhar é a que tem um
caminhar mais seguro, porque possui uma noção mais clara de espaço e distância.

Fios desencapados

Fiação elétrica em mau estado, por si só, já é um perigo, pois os curto-


circuitos são grande causa de incêndios domésticos. Além disso, fios desencapados
são de grande atrativo para as crianças e podem dar choques terríveis, dependendo
da voltagem envolvida.
Fios elétricos e umidade também formam uma combinação explosiva. Evite
associar o banho a aparelhos elétricos como rádios, secadores de cabelo, etc.
Uma boa medida de precaução, principalmente para quem tem bebês em
casa, é isolar todas as tomadas que não estiverem sendo usadas com protetores de
plástico.

Aquecedores e ferros

Cuidado com aquecedores elétricos de calor irradiante. Eles podem,


inadvertidamente, provocar incêndios e, mais facilmente, provocar queimaduras nas
crianças que tentam brincar com eles.
Nunca esqueça o ferro elétrico ligado. A criança só vai saber que o ferro
estava quente depois que se queimou...

Ventiladores

Ventilador é o tipo do aparelho aparentemente inofensivo. Apesar das grades


de proteção, ele pode cortar os dedos das crianças mais curiosas.
De modo geral, todo aparelho ou brinquedo que use um rotor elétrico ou
gire rapidamente pode causar acidentes. Ele pode apanhar os cabelos mais
compridos, enrolando-os no eixo e puxando a cabeça da criança com um bocado de
dor.
Fósforos e fogos

Não deixe fósforos ou isqueiros ao alcance de crianças. Isso pode ter


conseqüências desastrosas. Alguém pode chegar a tempo de evitar um incêndio, mas
as roupas ou cabelos da criança já podem estar em chamas.
Fogos de artifício são um caso à parte. Seu uso é restringido por lei, e não é
sem motivo. Já causaram inúmeros acidentes, inclusive com amputações e mortes. O
ideal é o adulto dar exemplo, deixando de usá-los, e nunca permitir que as crianças
comprem, manuseiem e soltem fogos.

Figura mostra o Menino Maluquinho usando uma camiseta onde está escrito
"Fogos? Tô fora". Ele está dizendo: " Eu já tenho fogo no rabo..."

Detergentes e inseticidas

Com suas embalagens plásticas coloridas e seus aplicadores moderninhos,


os detergentes e inseticidas são sempre muito atraentes aos olhos das crianças.
Acontece que crianças pequenas têm a característica de experimentar tudo
colocando na boca. E esses produtos são todos muito tóxicos e venenosos. Portanto,
procure armazená-los longe de seus olhos em armários altos e de difícil acesso. Se
puder trancá-los e guardar a chave, tanto melhor. Não subestime a capacidade de
seus filhos de encontrarem as coisas nos melhores esconderijos.

Plantas tóxicas

Existe uma grande variedade de plantas tóxicas no Brasil. São tantas que
não dá para dar o nome de todas elas, e muitas ainda nem foram descobertas. Por
isso, devemos tomar medidas gerais para evitar a intoxicação por plantas.
Pergunte a uma pessoa experiente quais as plantas tóxicas encontradas na
sua região. Seu pediatra pode dar informações.
Algumas plantas ornamentais são tóxicas ("comigo-ninguém-pode", "raia-
branca", "chapéu-de-napoleão", "senéscio","oficial-de-saia", etc.). Cuidado com
elas!
Evite que a criança manuseie plantas suspeitas, como espécimes raros, por
exemplo. O perigo é maior se ela mastigar folhas ou ficar com as mãos sujas da
planta.
Muitos cogumelos são tóxicos. A não ser que você seja profundo
conhecedor deles, nunca deixe a criança comer cogumelos colhidos num passeio
pelo campo. Evite também os chás feitos com plantas desconhecidas.

Cobras
Nem todas as cobras são peçonhentas, e os répteis merecem tanto respeito
quanto qualquer outra criatura viva. Mas, para as famílias que há muitas gerações
deixaram o campo (e só se embrenham no mato nas férias ), observar os detalhes da
cobra que se encontrou pelo caminho para saber se ela é perigosa é tarefa quase
impossível. Isto é, a cobra é culpada até provar o contrário. O ideal é se precaver
contra qualquer mordida. O uso de botas e roupa adequada reduz a um quarto o
número de acidentes com cobras. Se orientarmos as crianças para não percorrerem
trilhas desconhecidas mato adentro, o risco é ainda menor.
A aplicação do soro antiofídico depende da idade e peso da vítima, do local
da picada e do tipo da cobra. E inútil tê-lo em casa sem saber usá-lo. A conduta mais
segura é se informar antes sobre o pronto-socorro mais próximo. No caso de uma
mordida, ajuda muito informar aos médicos as características da cobra encontrada.

MINI MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

Cortes e arranhões

1) Pare o sangramento comprimindo o ferimento com um pano limpo, ou


mesmo um lenço de papel descartável.
2) Se o sangramento não parar com esta primeira atitude, não retire o
primeiro pano do local. Apenas coloque outro sobre ele.
3) Depois de o sangue parar, lave com água e sabão delicadamente.
4) Seque a área ao redor do ferimento.
5) Cubra o ferimento com uma gaze ou algum pano limpo. Não use
algodão, lã ou outro material plumoso.
6) Troque a bandagem ou a gaze duas vezes ao dia.
7) Em caso de ferimentos mais graves, proceda da mesma forma, tentando
deter ou diminuir o sangramento com o uso de um garrote ou torniquete (ver figura),
enquanto procura auxílio médico para tomar atitudes mais efetivas e definitivas.

Figura mostra a perna com um corte profundo. (Acima do corte é colocado


uma faixa de tecido contornando a perna, dá-se um laço simples, coloca-se um
graveto mais ou menos da largura do polegar e dá mais um laço simples, girar o
graveto da direita para a esquerda.)

8) O torniquete é usado para estancar grandes hemorragias ocasionadas por


amputações ou grandes ferimentos.
Nunca use arames, cordas ou outros materiais muito finos que possam cortar
a pele. Use panos resistentes e largos. Enrole o pano logo acima do ferimento. Dê
um meio nó. Coloque um pedaço de madeira no meio nó, dê um nó completo sobre a
madeira e torça-a até que pare o sangramento. Então fixe o pedaço de madeira,
desapertando o torniquete gradualmente a cada 10 ou 15 minutos. Se o sangramento
parar, apenas afrouxe o torniquete, deixando-o armado no local, para o caso do
sangramento voltar.
9) Caso o ferimento esteja infectado (ele fica vermelho, quente, inchado,
doloroso e muitas vezes com pus) limpe o bem, cubra-o com alguma bandagem e
procure orientação médica.
Às vezes é preciso tomar um antibiótico, mas isto o seu médico vai decidir.
10) De qualquer maneira, procure informar-se com um médico ou num
posto de saúde a respeito das vacinas necessárias.

Ferimentos provocados por pregos, cacos de vidro e etc.

1) Se não conseguir retirar o caco de vidro sozinho, cubra suavemente o


ferimento com algum pano limpo e procure um serviço médico.
2) Se tiver uma farpa, tente retirá-la com uma pinça. O uso de giletes,
tesouras ou agulhas não desinfetadas pode causar doenças graves como tétano e
abcessos. Se, numa emergência, for impossível encontrar um médico, desinfete
muito bem o instrumento.
3) Após retirar a farpa ou o espinho, lave bem o ferimento com água e
sabão.
4) No caso de um prego ou metal enferrujado, proceda como com qualquer
outro ferimento.
Lave-o exaustivamente. Procure um serviço especializado em emergência
para que possa ser feita uma limpeza ainda mais profunda e - o que é mais
importante - peça orientação sobre a vacina antitetânica, que a criança pode precisar
tomar.

Mordida de cão, gato, rato e cia.

De repente o cachorro do vizinho, ou um vira-lata, não simpatiza com seu


filho e dá uma mordida. O que fazer ? Primeiro acalme-se e veja o estrago. Depois
de cuidar do ferimento da criança, passe a prestar atenção no animal.
Procure saber quem é o cachorro, seu dono, ou de onde ele vem.
Observe as condições de sanidade do animal.
Verifique se o cão tomou todas as vacinas recomendadas.

Se for possível, observe como se comporta o animal (esta observação pode


mudar tudo).
Por exemplo: se o animal não puder ser observado para saber se está com
alguma doença, o esquema de vacina contra a raiva deverá ser o mais rigoroso
possível. Por outro lado, se o animal, depois de 10 dias de observação, permanecer
saudável, a criança poderá se livrar de um esquema vacinal na maioria das vezes
longo, cansativo e doloroso.
Em todos os postos de saúde do Brasil você pode encontrar o esquema de
vacinas contra raiva recomendado pela Organização Mundial da Saúde, baseado no
local da mordida, na gravidade da lesão e nas condições de saúde do animal.

Cisco no olho

1) Não deixe que a criança esfregue os olhos. Isso só vai piorar a situação. A
partícula pode até machucar o olho ou as pálpebras, causando irritação, inchaço e
abrindo caminho para uma infecção.
2) Lave exaustivamente o olho com água limpa. Para isso, use um conta-
gotas ou uma seringa de injeção sem agulha.
3) Se nada disso funcionar e você puder ver que o cisco está encravado na
superfície do olho, coloque uma compressa úmida sobre o olho afetado e procure um
médico.

"Corpo estranho" no ouvido

Não use nenhum tipo de instrumento para remover corpos estranhos de


dentro do ouvido.
Arames, cotonetes, palitos, pinças e grampos podem danificar a audição.
Se foi um inseto que entrou no ouvido da criança, deite-a de lado, com o
ouvido afetado para cima, e pingue algumas gotas de óleo de cozinha ou azeite para
imobilizar o bicho.
Após um minuto, inverta a posição da criança para que o inseto escorra para
fora junto com o óleo.

Ingestão ou aspiração de pequenos objetos

Se a criança não estiver engasgada, pergunte o que foi que ela ingeriu ou
aspirou. Então, leve-a ao médico ou a um serviço de emergência. Na maioria das
vezes não será necessária nenhuma intervenção, mas deixe o médico decidir qual a
melhor conduta a ser tomada. Se ela ingeriu alguma substância tóxica, leia o
capítulo seguinte,"Envenenamento".
Bala, pipoca, amendoim, carne, espinha de peixe, moeda, anel, tampinha de
caneta, peça de brinquedo e outros pequenos objetos costumam engasgar as
crianças, principalmente entre um e cinco anos de idade. A situação exige calma.

A) Crianças menores de um ano

1) Deite a criança de bruços sobre seu antebraço com a cabeça mais baixa
que o tronco.
2) Segure a cabeça dela apoiando ao mesmo tempo o queixo e o peito
enquanto bate 3 ou 4 vezes nas suas costas, entre os ombros.
3) Se ela ainda não voltar a respirar, desvire-a, mantendo a cabeça mais
baixa que o tronco e comprima o peito 3 ou 4 vezes, na altura do coração (terço
inferior do esterno).
4) Outra medida, caso a anterior falhe, é abrir a boca da criança e segurar
sua língua e seu queixo entre os dedos indicador e polegar. O objetivo é puxar a
mandíbula para a frente e afastar a língua da garganta. Se você puder ver o que a
engasgou, retire-o.

B) Criança consciente com mais de um ano:

1) Fique atrás da criança, ela em pé. Abrace a cintura dela colocando uma
das mãos em punho sobre a barriga, pouco acima do umbigo. A outra mão fica
espalmada sobre a primeira.
Pressione a barriga rápida e vigorosamente para dentro e para cima de 6 a 10
vezes.

C) Criança inconsciente entre um e cinco anos:

1) Deite a criança de costas.


2) Sente nas pernas dela como quem cavalga.
3) Coloque as mãos, uma sobre a outra, na barriga da criança, pouco acima
do umbigo.
Pressione vigorosamente para dentro e para cima de 6 a 10 vezes.
4) Se ela vomitar, deite-a de lado.

Caso essas técnicas não tenham resultado, faça respiração boca-a-boca ou


boca-a-nariz (ver pág. 48). Com crianças maiores de 5 anos faça a manobra B.

Envenenamento

Movidas pela curiosidade, muitas crianças ingerem substâncias químicas


extremamente tóxicas que se encontram facilmente em nossas despensas, garagens,
cozinhas e banheiros.
Por exemplo: gasolina, querosene, detergente, inseticida, raticida, soda
cáustica, medicamentos, desinfetantes, plantas venenosas e produtos de piscina.
Mantenha a calma e siga estes conselhos:

1) Quando ingerido algum produto, de qualquer natureza, faça a criança


beber muito líquido, água ou leite. Nunca bebidas alcoólicas.
2) Não provoque vômitos.
3) Procure ajuda médica imediatamente e, de preferência, leve uma amostra
da substância ingerida.
Acima de tudo, lembre-se: quando a criança ingere uma substância tóxica, é
muito importante descobrir o que foi e conseguir a embalagem ou, pelo menos, o
nome dela para informar ao pessoal médico. Assim, eles poderão proceder uma
desintoxicação perfeita e rápida.

Na maioria das vezes o recipiente ou a bula destas substâncias (no caso dos
medicamentos) contém informações muito claras e precisas de como proceder em
situações de emergência.
Lembre-se também que, na maioria das grandes cidades, existe um serviço
de informação toxicológica de plantão para auxiliá-lo nestas situações. São técnicos e
médicos que conhecem tudo sobre venenos e assemelhados e podem dar instruções
de emergência. O acesso a um médico ou posto de saúde pode ser demorado, e a
situação exige providências quase imediatas. Na página 64 você encontra uma lista
com os números de telefone dos principais serviços. Procure ter o número do plantão
mais próximo sempre à mão. Nessas horas, nenhum pai tem cabeça fria para
pesquisar a lista telefônica, não é?

Afogamento

1) Retire rapidamente a criança da água.


2) Inicie a respiração boca-a-boca o mais rápido possível. Deite a criança
sobre um superfície dura com a barriga pra cima.
3) Coloque uma toalha dobrada ou travesseiro sob as costas dela. Assim, a
cabeça vai se dobrar bem pra trás e facilitar a manobra.
4) Tampe as narinas dela com uma das mãos, e a boca da criança com a sua
boca. Assopre fundo.
5) Faça de 12 a 15 respirações por minuto até que a criança volte a respirar
sozinha. Essa manobra deve ser iniciada antes mesmo de se tentar retirar a água de
dentro dos pulmões.
6) Agasalhe a criança.
7) Se necessário, vire-a de bruços e comprima seu estômago para expulsar a
água que ela bebeu.

Queimadura

1) Coloque a área afetada diretamente sob uma torneira de água fria ou


pedaços de gelo. O gelo ajuda a diminuir a dor e a melhorar a queimadura mais
depressa. Algumas vezes, impede até a formação de bolhas.
2) Aplique o gelo durante um a dois minutos, dê um descanso de igual
tempo e volte a aplicar. Faça isso por, pelo menos, dez minutos.
3) Se a área queimada adquirir uma coloração esbranquiçada, muito
vermelha ou muito escura, procure um serviço médico.
4) Atenção: não rompa as bolhas! Nunca ! A pele é a melhor proteção contra
infecções.
5) Também não use ervas, azeite ou ungüentos nas queimaduras, sem receita
médica.
6) Finalmente, não retire os pedaços de roupa aderidos à queimadura. Deixe
pessoas treinadas fazerem isto.

Sangramento no nariz

1) Coloque a criança sentada, ligeiramente inclinada para a frente e


respirando pela boca.
2) Comprima suavemente as narinas por mais ou menos dez minutos, ou até
que o sangramento pare totalmente. Aí a criança já pode levantar a cabeça.
3) Limpe apenas a pele, não lavando a narina por dentro, pois o
sangramento pode voltar.
4) Se não parar, procure um serviço médico, pois a criança pode estar
necessitando de um tamponamento nasal e de uma investigação mais profunda da
causa do sangramento.

Pancadas na cabeça

Envolva alguns cubos de gelo em um pano ou toalha, ou pegue qualquer


pacote que tenha dentro do freezer e o encoste no local do galo por alguns minutos.
Pergunte o que aconteceu assim que tiver oportunidade. Se for uma pancada muito
forte, vá ver um médico.

Insolação

A exposição exagerada aos raios do sol e a presença em locais


extremamente quentes podem provocar os seguintes sintomas de insolação ou
intermação: falta de ar, respiração ofegante, dedos dos pés e mãos arroxeados, alta
temperatura corporal, palidez e desmaio.
Mas os sinais podem ser menos evidentes, como: dor de cabeça, náuseas,
tontura, faces muito vermelhas, pele seca, ausência de suor e taquicardia (pulso
rápido).
Enquanto aguarda o médico ou procura um posto hospitalar, tome estas
medidas:
1) Leve a criança para um lugar fresco e arejado
2) Tire-lhe as roupas
3) Mantenha sua cabeça levantada
4) Dê-lhe um banho para refrescar
5) Ponha toalhas molhadas ao redor da cabeça e do pescoço
6) Ponha sacos de gelo sobre a cabeça

MONTE SUA CAIXA DE PEQUENOS SOCORROS

Caixa de Pequenos Socorros

1) Envelopes de gaze esterilizada (7,5 x 7,5cm) acondicionadas


separadamente (úteis para limpeza de ferimentos e curativos)
2) Dois rolos de ataduras elásticas (para fazer curativos, torniquetes ou
bandagens)
3) Band aid
4) Esparadrapo
5) Tesoura
6) Algodão esterilizado hidrófilo
7) Aparelho de barba (para cortar cabelos e pêlos na área do curativo)
8) Cotonetes (para aplicação de medicamentos tópicos, como pomadas,
cremes e óleos)
9) Pinças (para retirada de farpas da pele)
10) Sais de cheiro (amoníaco, para acordar pacientes desmaiados)
11) Aspirina 100mg ou dipirona (para febre ou dores)
12) Água oxigenada (para desinfetar o ferimento)
13) Sabão branco comum ou anti-séptico (para lavagem do ferimento)
14) Torniquete (leia a página 37)
15) Vidro de mertiolate ou álcool (para desinfetar o ferimento).

A FEBRE

Quando ter certeza de que a febre do seu filho não é motivo de


preocupação?
Aqui impera o bom senso. Se olharmos para nosso filho com febre e
observarmos que ele brinca ou dorme confortavelmente sem falta de ar, dores nem
manchas na pele, podemos nos tranqüilizar. Estamos diante, mais uma vez, daquela
febre sem muita gravidade. Neste caso, basta usar um antitérmico comum, aquele
que temos em casa e que já usamos na última febre do pimpolho.
Que temperatura significa febre? Isso varia de médico para médico, mas
uma temperatura corporal acima de 37,8 graus centígrados já é considerada febre.

Métodos de combate à febre

Físicos: Banho com água morna (nunca gelado, pois é extremamente


desagradável).
Químicos: antitérmicos como acetominofen e dipirona.

Convulsão febril

É claro que os pais vão ficar muito preocupados com a convulsão febril ,
aquela situação em que a criança perde os sentidos e começa a ter movimentos
involuntários, desordenados e repetitivos de contração muscular. Mas não é preciso
entrar em desespero, pois a convulsão febril é uma situação muito bem conhecida e
bem estudada.
Hoje se sabe que algumas famílias têm tendência a sofrer esse tipo de
convulsão benigna, e que meninos são mais suscetíveis do que meninas. Sabe-se
também que a convulsão não guarda nenhuma relação com a altura da febre, mas
sim com a rapidez com que a febre se eleva.
O importante é deixar a convulsão passar sem provocar acidentes. E bom
afrouxar as roupas da criança, afastar os objetos pontiagudos e colocar um pedaço de
pano entre os dentes (para evitar mordidas na língua). Não tente dar remédios por
via oral durante a convulsão. No caso de crianças maiores de 6 meses e menores de
5 anos, logo que for possível, deve-se procurar um pediatra para afastar a hipótese
de problemas mais sérios.

Quando a febre preocupa

Em menos de 5% dos casos de crianças entre 3 meses e 2 anos de idade


levadas ao médico com febre existe uma doença grave por trás. No entanto, fique
atento para os seguintes quadros:
a) criança menor de 3 meses com febre maior que 38,5ºC
b) criança menor de 2 anos com febre maior que 39,5ºC
c) criança imunodeprimida, isto é, que está gravemente desnutrida, está
tomando drogas imunossupressoras (caso de transplante de órgãos) ou tem alguma
doença que diminua as defesas do corpo, como aids e leucemia
d) qualquer criança com febre maior que 41ºC

TRÂNSITO

Toda família deve ter assentos infantis adequados para transportar as


crianças no carro.
Eles podem ser encontrados em vários modelos, para todas as faixas de
idade.
De modo geral, toda criança com menos de 10 quilos deve ser transportada
no banco traseiro, com a face voltada para a traseira do carro. E a maneira correta de
transportar recém-nascidos é dentro de um "moisés" preso pelo cinto de segurança
do banco traseiro do carro.
Quando a criança já está crescidinha, deve se sentar sobre almofadões ou
travesseiros para que o cinto de segurança se adapte melhor ao seu tamanho. Ele
deve passar pelo ombro da criança. Nunca pelo pescoço. E o banco do carro não
pode estar reclinado. Lembre-se que o cinto diminui as chances de traumas mesmo
estando mal adaptado ao tamanho da criança, e é melhor do que não usá-lo.

A bicicleta proporciona uma boa oportunidade para ensinar as noções básicas


de segurança no trânsito para a criança, como olhar antes de atravessar a rua,
obedecer aos sinais luminosos e evitar trafegar ao anoitecer. E claro que, antes disso,
ela deve aprender a pedalar com um adulto e praticar muito em locais onde não
entrem automóveis. A bicicleta não deve ser tão grande que a criança não alcance o
chão com os pés, e ela deve sempre andar com capacete.

HIGIENE

Embora o hábito de tomar banho todos os dias seja uma coisa cultural e
climática, não existe justificativa científica quando se afirma que tomar banho todos
os dias rompe as barreiras de defesa da pele. A pele não se esconde na sujeira para se
proteger. Pelo contrário, a limpeza pessoal e de sua casa só faz bem a sua saúde.
Portanto, não devemos procurar desculpas para justificar falta de asseio.

E que cuidados devemos ter para proteger os dentinhos deles das cáries ?
Primeiro, evitar uma alimentação à base de açúcar. Não exagerar nas balas e
doces.
Segundo, ensinar as crianças a escovarem os dentes sempre após as
refeições. É um hábito que se cultiva desde cedo. Pode começar assim que os
primeiros dentes aparecerem.
Todos os métodos de escovação servem desde que atinjam os cinco lados
dos dentes. Para retirar os resíduos que ficam entre os dentes só mesmo o fio dental.
O ideal é escovar sem pressa, durante cerca de três minutos.
Leve a criança ao dentista regularmente desde cedo.

VACINAS

Existe mais um tipo de acidente que os pais podem evitar: as doenças


infecciosas que, volta e meia, se propagam, atingindo principalmente as crianças.
Para combatê-las existem vacinas. Todo posto de saúde está preparado para vacinar
seu filho gratuitamente. Procure um deles.
Note que os médicos propõem um esquema de vacinação dizendo qual
vacina deve ser dada em cada fase da vida da criança. Na próxima página você tem
uma tabela com essas informações.
Estas são as vacinas e as doenças que elas combatem:
DPT (Tríplice) - Difteria, Tétano, Coqueluche
Sabin - Paralisia infantil
Anti-Hib - Meningite
Sarampo - Sarampo
MMR - Sarampo, Rubéola e Caxumba
DT Adulto- Difteria e Tétano
BCG- Tuberculose

Vacinação - Esquema recomendado

primeira dose - DPT e Sabin - 2 meses


primeira dose - anti-HIB - 2 meses
segunda dose - DPT e Sabin - 4 meses
segunda dose - anti-HIB - 4 meses
terceira dose - DPT e Sabin - 6 meses
terceira dose - anti-HIB - 6 meses
primeira dose - sarampo - 9 meses
primeira dose MMR - 15 meses
primeiro reforço DPT e Sabin - 15 - 18 meses
reforço anti HIB - 18 meses
segundo reforço Sabin e DPT - 4 - 6 anos
reforço MMR - 12 anos
DT adulto - 14 -16 anos
BCG intradérmico - 1 mês
BCG intradérmico - reforço - 6 anos
Hepatite - qualquer momento
Hepatite - 1 mês depois da primeira dose
Hepatite - 6 meses depois da primeira dose

Centros de Informação Toxicológica no Brasil

Belo Horizonte (MG) - (031) 2399308 / 2399223 / 2399224 / 2244000 /


239950
Botucatu (SP) - (0149) 213048 / 213116 / 212121 Ramais 2017 e 2034
Campinas (SP) - (0192) 393128 / 397555 / 398670 / 397154
Campo Grande (MS) - (067) 7873333
Cuiabá (MT) - (065) 3211212
Curitiba (PR) - (041) 2257540
Florianópolis (SC) - (048) 2319535 / 2319173 de 4 dígitos:1520
Fortaleza (CE) - (085) 2312211 / 2555050 / 2111818 Ramal 212
Goiânia (GO) - (062) 2914350
Jabaquara (SP) - (011) 2755311 / 5785111 Ramais 185, 186 e 215
João Pessoa (PB) - (083) 2246688 / 2247200 Ramal 2007
Londrina (PR) - (043) 212001 Ramal 244 de 3 dígitos: 148
Manaus (AM) - (092) 6333241
Maringá (PR) - (0442) 248585 / 261776
Natal (RN) - (084) 2235544
Niterói (RJ) - (021) 7170148 / 7170521 / 7192828 Ramal 152
Porto Alegre (RS) - (051) 2236417 / 2236110 / 2179203 de 3 dígitos:148
Presidente Prudente (SP) - (0182) 214422 / 332364
Recife (PE) - (081) 4215444 / 4215477 / 192 Ramal 192 de 3 dígitos:192
Ribeirão Preto (SP) - (016) 625 3965 / 635 7000 Ramal 190
Rio de Janeiro (RJ) - (021) 270 0295 / 590 9590 / 290 33 44 / 280 2010
Ramal 491
Salvador (BA) - (071) 3711520 / 2314343 / 2315593 / 3712355 Ramal 199
Santos (SP) - (013) 222 2878
São José dos Campos (SP) - (0123) 295400 Ramais 231 e 249
São José do Rio Preto (SP) - (0172) 276404 / 27 2755 Ramal 105
São Paulo (SP) - (O11) 280 9431 / 8816311 Ramal 171
Taubaté (SP) - (0122) 326565 / 334422 Ramal 247
Uberlândia (MG) - (034) 2321871
Vitória (ES) - (027) 2271666 / 2273022 Ramal 218

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