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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

VERA CRUZ

ANDRÉA SCHMITZ BOCCIA

A PÁGINA IMPRESSA
uma resenha crítica

Resenha crítica acadêmica, apresentada


como trabalho de conclusão da disciplina
do curso de Especialização em Docência
de Língua Portuguesa: História do Livro e
da Leitura, ministrada pelo prof. Antonio
Aparecido Primo.

São Paulo
Maio - 2010
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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho acadêmico é apresentar uma resenha crítica do capítulo 5 do


livro História da leitura, de Steven Roger Fischer, tendo como foco a comparação da visão
histórica do autor com a visão de outros autores estudados durante o programa da disciplina
História do Livro e da Leitura.
A estrutura da resenha terá como base 4 movimentos, sugeridos inicialmente pelo
professor Antonio Aparecido Primo:
1. O livro e seu autor – incluindo informações sobre a intenção do autor e seus
leitores em potencial;
2. O capítulo em questão – uma pequena síntese do capítulo objeto desta resenha
e as principais referências bibliográficas utilizadas pelo autor, na tentativa de
uma melhor compreensão de sua visão histórica;
3. Uma análise comparativa - comparação da visão histórica de Steven Roger
Fischer, de acordo com o que se pode inferir pelas ideias do capítulo analisado,
com a de outros autores estudados no programa da disciplina;
4. Considerações finais – recomendação ou desqualificação do capítulo com base
no que foi exposto na resenha.
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1. O LIVRO E SEU AUTOR

O livro História da Leitura (em inglês, A History of Reading) é o volume final de uma
trilogia escrita pelo pesquisador estadunidense Steven Roger Fischer. Foi publicado no Brasil
em 2006. Os outros dois volumes são: Uma Breve História da Linguagem, publicado no país
em 2009 (em inglês, A History of Language, 1ª edição nos Estados Unidos em 1999) e
História da Escrita também publicado no Brasil em 2009 (em inglês, A History of Writing, 1ª
edição em 2001). Curioso perceber que a ordem de publicação no Brasil foi invertida. Além
disso, o título do volume sobre a história da linguagem, publicado por uma editora diferente
dos demais, manteve uma maior semelhança com o sentido do título em inglês, como já
inicialmente observado durante o curso.
Uma das dúvidas presentes nas discussões sobre o capítulo das últimas aulas do curso
pairou sobre os objetivos pretendidos pelo autor com o livro. A leitura atenta do paratexto do
volume poderá apoiar os esclarecimentos.
Pelas informações constantes na capa do livro (“orelhas”), imagina-se que o leitor
pode esperar encontrar ali uma história concisa da leitura, elaborada pelo autor através da
descrição das formas e dimensões de leitura desde os primórdios da atividade de leitura até os
dias atuais. As informações criam a expectativa de que o autor pretende mapear a questão do
comércio do livro e aprofundar as reformas educacionais, além de refletir sobre diversos
aspectos de alguma forma ligados à leitura, como o surgimento das bibliotecas, anúncios
publicitários, diferenças de gênero e o papel censor da Igreja e do Estado. Segundo o mesmo
texto, o leitor pode esperar encontrar reflexões do autor sobre o futuro da leitura, sobre as
“teorias modernas de como a leitura é processada no cérebro humano”, e sobre uma “nova
definição radical do que é realmente a leitura”.
Fischer torna claro no prefácio que apesar do livro se concentrar na história da leitura
ocidental, busca também descrever um pouco o desenvolvimento da leitura em países como
China, Coreia, Japão e também nas Américas e na Índia, visando melhorar a compreensão do
que foi a leitura no passado, como ela é no presente e o que a inspirará no futuro.
No prefácio à edição em inglês, Fischer enfatiza que o livro é uma introdução à
história da leitura, e foi pensado como uma leitura preliminar útil para alunos universitários e
outros que desejem ter uma ideia geral e atualizada sobre o assunto.
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Não foi possível encontrar dados adicionais sobre o autor, Steven Roger Fischer.
Segundo o que se pode aferir no livro, ele é um especialista em história linguística e em
sistemas de escrita antigos, atualmente vivendo na Nova Zelândia.

2. O CAPÍTULO EM QUESTÃO

A página impressa é o título do capítulo 5, sobre o qual é proposta esta resenha. O


próprio título já nos remete à invenção da imprensa e ao formato em códice do livro, sendo a
“invenção de Gutenberg” ao mesmo o ponto de partida do capítulo e a grande revolução
descrita pelo autor com relação à história da leitura. “De súbito”, diz ele, “a impressão fez que
a palavra escrita se tornasse onipresente” (FISCHER, 2006, p. 189). Ele fala sobre o fim do
pergaminho e define o uso do papel em termos econômicos, a revolução da impressão como
um empreendimento notadamente capitalista.
Em seguida o autor detalha o mercado do livro entre os séculos XV e XVII,
exemplificando com os tipos de formatos de página e números de impressores em atividade
na Europa. Relata também o trabalho de Aldo Manuzio, considerado o primeiro editor, e de
como o uso do livro se espalhou então pelo continente.
Fischer compara a invenção da imprensa com o domínio do fogo e da roda, e afirma
que ela viabilizou a sociedade moderna. Enfatiza que a impressão propiciou o esboço de
novos hábitos de leitura, tornando o acesso ao conhecimento quase ilimitado.
Mesmo assim, o mundo da leitura, aponta o autor, ainda era bastante
compartimentado, e surgiu uma tensão entre os privilegiados – a elite letrada – e as massas de
analfabetos, o que forçou a que mais mudanças aparecessem, juntamente com o uso do livro
cada vez mais como a “ferramenta de ensino e desenvolvimento mais importante da
humanidade” (FISCHER, 2006, p.199). O leitor, segundo o historiador, passou a ser o
sustentáculo do conhecimento, em substituição ao livro, mera ferramenta.
O capítulo aponta a censura realizada pelos governantes da época como um modo de
exercer o controle dos circuitos de distribuição de livros. A Inquisição, por seu lado, cuidou
de conter a indiscriminada impressão de livros, em uma tentativa de repreender heresias e
controlar as leituras que a população fazia. Tece considerações ainda sobre a importância de
Lutero e da Igreja Protestante do século XVI.
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Até o século XVII, o negócio do livro girava principalmente em torno das bibliotecas
de sacerdotes e eruditos. A partir daí, segundo Fischer, o aumento da prosperidade em países
como Inglaterra e Alemanha estimulou o surgimento de escolas por toda parte, tendo como
resultado imediato a disseminação da alfabetização. Disseminação que só não foi completa
pois esses dois países passaram por guerras que fizeram interromper o ciclo educacional em
evolução.
No decorrer do texto, Fischer sustenta seus argumentos com citações de outros
historiadores da área. Na tentativa de melhor compreender os apoios do autor e a visão
histórica que persegue, segue-se uma pequena pesquisa sobre o trabalho realizado por dois
dos principais pesquisadores de referência no capítulo.
O alemão S.H.Steinberg é citado por sua obra Five hundred years of printing,
originalmente editado nos Estados Unidos em 1955. No livro, não editado no Brasil,
Steinberg indicou que a história da impressão é parte integral da história geral da civilização.
Ele considerou que o papel impresso foi o principal veículo para a divulgação de ideias nos
últimos quinhentos anos, chegando a, e frequentemente penetrando, quase todas as esferas da
atividade humana. Segundo o pesquisador, nenhum evento político, constitucional,
eclesiástico e econômico, nem movimentos sociológicos, filosóficos e literários poderiam ter
sido inteiramente compreendidos sem que se levasse em conta a influência que a máquina
impressora (prelo) exerceu sobre eles. Ele destacou também a função do negócio tipográfico
no desenvolvimento econômico de todos os outros ramos da indústria e do comércio.
Steinberg relata que Gutenberg descreveu sua invenção de 1439 como ‘aventura e
arte’ e é como ‘aventura e arte’, de modo até poético, que o autor delineia a característica que
desde então permanecera no livro impresso, da ideia na mente do autor até o produto final na
livraria e nas prateleiras do “amante do livro”. Bem ao modo cronológico e tradicional de se
pensar a história, Steinberg dividiu os períodos da história da impressão: (1) de 1450-1550, o
século criativo; (2) 1550-1800, a era da consolidação; (3) século XIX, a era da mecanização;
(4) 1900-1950, o auge das prensas privadas e da brochura; e (5) o mundo do pós-guerra, que
viu a leitura sobreviver à investida da televisão.
Henri-Jean Martin também é usado como uma referência constante no capítulo
analisado do livro de Steven Roger Fischer. Sua obra History and power of Writing, foi
primeiramente publicada em francês em 1988. O historiador foi um pesquisador do
significado da invenção da prensa. Para ele, o invento teria sido mais do que um sinal de
modernidade; ao lado da pólvora e da bússola, teria sinalizado uma revolução do pensamento
humano. O historiador Lucien Febvre, cofundador da escola dos Annales, foi um dos
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incentivadores da pesquisa de Martin, ainda em 1953. Para ele, o livro manuscrito era
necessariamente restrito, a prensa abrira a caixa de Pandora. Entre 1982 e 1986, um trabalho
do qual Martin teve forte participação e que teve como coeditor Roger Chartier, foi publicado:
L’Histoire de l´édition française, com a história do comércio livreiro francês.

3. UMA ANÁLISE COMPARATIVA

A diferença entre os textos dos historiadores, dos quais se pretende realizar esta
análise comparativa, pode ser explicada em parte por Certeau:
Há uma diferença que as separa, fundamental: no relato não se trata mais de ajustar-
se o mais possível a uma “realidade” (uma operação técnica etc.) e dar credibiilidade
ao texto pelo “real” que exibe. Ao contrário, a histórica narrada cria um espaço de
ficção. Ela se afasta do “real” – ou melhor, ela aparenta subtrair-se à conjuntura:
“era uma vez...” Deste modo, precisamente, mais que descrever um “golpe”, ela o
faz. (CERTEAU, 2008, p. 153)

O autor de A invenção do cotidiano discorre sobre “uma arte de dizer”, e isso é


transparente na análise dos textos estudados. Chartier e Manguel equilibram em seus textos o
tempo, o espaço, e o modo de saber, manipular e arranjar o fato histórico em seu contexto.
Percebe-se em Fischer o modo descrito por Certeau como clássico (possivelmente arcaico) de
“dar credibilidade ao texto pelo ‘real’ que exibe”, como se o texto tivesse que tornar verídico
o fato histórico, como se a apreensão da história dependesse de seu poder de convencimento.
O historiador procura exercer sua “arte de dizer” através de uma “espécie de ficção”
(CERTEAU, 1982):
Com efeito, ele não é o sujeito da operação da qual é o técnico. Não faz a história,
pode apenas fazer história: essa formulação indica que ele assume parte de uma
posição que não é a sua e sem a qual um novo tipo de análise historiográfica não lhe
teria sido possível. Está apenas “junto” do poder. Recebe, também, dele, sob formas
mais ou menos explícitas, as diretrizes que, em todos os países modernos, conferem
à história – desde as teses até os manuais – a tarefa de educar e de mobilizar. Seu
discurso será magisterial sem ser de mestre, da mesma forma que dará lições de
como governar sem conhecer as responsabilidades nem os riscos de governar. Pensa
o poder que não possui. Sua análise se desdobra “ao lado” do presente, numa
encenação do passado análoga à que o projetista produz em termos de futuro,
defasada também com relação ao presente. (p. 14)

O primeiro traço que se nota no texto de Fischer, especialmente depois de se ter


trabalhado com os livros de Roger Chartier e Alberto Manguel, é seu caráter de conhecimento
comprovado. Assim, no texto A página impressa, Fischer afirma:
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Quando Johann Gensfleisch zum Gutenberg, de Mainz, inventou sozinho um


modelo de reprodução de letras “matriciais” e uma tinta especial que poderia aderir
ao tipo de metal, e, em seguida, começou a utilizar esse material com uma prensa de
parafuso, em 1450, para uma produção em massa de páginas de papel impressas, a
última coisa que lhe passou pela cabeça foi que estava revolucionando o mundo. Seu
objetivo era ter lucro, aumentando a produção com criatividade, a fim de maximizar
as vendas. (FISCHER, 2006, p. 191)

O autor dá a conhecer o relato histórico como um fato concluído, comprovado, quando


deveria relativizar a afirmação, já que o passado não pode ser apreendido em sua plenitude.
Ele não explora os fatos históricos ou as pesquisas que levaram a eles. O texto de Fischer
deveria permitir questionamentos, já que a análise histórica é sempre restrita, se pensarmos na
limitação dos métodos documentais e no momento presente desde o qual buscamos esclarecer
o passado.
Além disso, como constatar tão veementemente o que se passou pela cabeça de um
homem que viveu há mais de cinco séculos, como ousa fazer o autor?
O relato histórico é sempre uma versão, e envolve escolhas por parte do historiador.
Alberto Manguel escreveu, sobre o mesmo período histórico:
Em algum momento da década de 1440, um jovem gravador e lapidador do
arcebispado da Mogúncia, cujo nome completo era Johannes Gensfleisch zur Laden
zum Gutenberg (que o espírito prático do mundo dos negócios abreviou para Johann
Gutenberg), percebeu que se poderia ganhar em rapidez e eficiência se as letras do
alfabeto fossem cortadas na forma de tipos reutilizáveis, e não como os blocos de
xilogravura então usados ocasionalmente para imprimir ilustrações. Gutenberg
experimentou durante muitos anos, tomando emprestadas grandes quantias de
dinheiro para financiar o empreendimento. [...] Por fim, entre 1450 e 1455
Gutenberg produziu uma Bíblia com 42 linhas por página – o primeiro livro
impresso com tipos – e levou as páginas impressas para a Feira Comercial de
Frankfut. Por um extraordinário golpe de sorte, temos uma carta de um certo Enea
Silvio Piccolomini ao cardeal de Carvajal, datada de 12 de março de 1455, em
Wiener Neustadt, contando a Sua Eminência que vira a Bíblia de Gutenberg na feira
[...] (MANGUEL, 1997, p. 157-158)

Observa-se que o historiador, neste caso, oferece uma hipótese, e recupera e indica o
caminho de chegada a ela. Mostra no texto evidências, múltiplos olhares, permite que o leitor
se posicione criticamente, como se estivesse também no papel colaborativo de investigador do
passado. A verdade, para ele, não tem intenção de ser final ou eterna, seu poder de
convencimento é momentâneo.
Roger Chartier também descreve o mesmo período histórico, e nele pode-se perceber a
visão da história como um continuum, contrapondo-se à visão linear, positivista, de que cada
vez se dá um passo para o progresso:
Há portanto uma continuidade muito forte entre a cultura do manuscrito e a cultura
do impresso, embora durante muito tempo se tenha acreditado numa ruptura total
entre uma e outra. Com Gutenberg, a prensa, os tipógrafos, a oficina, todo um
mundo antigo teria desaparecido bruscamente. Na realidade, o escrito copiado à mão
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sobreviveu por muito tempo à invenção de Gutenberg, até o século XVIII, e mesmo
o XIX. (Chartier, 1999, p. 9)

O entendimento do presente é parte intrínseca do interesse pelo estudo da história. A


constante confrontação entre o presente e o que se sabe do passado permite compreendermos
as permanências e mudanças da época atual. É a visão histórica de Chartier, Manguel e
Certeau, cujos textos fazem referências contínuas a diferentes momentos históricos,
comparando frequentemente presente e passado. Esse traço importante não é percebido no
texto de Fischer.
Outra característica do texto de Fischer, que se diferencia bastante dos demais textos
estudados, é o abuso de expressões que indicam ruptura com o passado. As transformações,
quer sejam sociais, culturais ou econômicas, são parte de um processo histórico, e não
ocorrem subitamente, como quer fazer crer o autor, com o uso ao longo do texto de palavras
como: de súbito, repentina, de imediato, sempre, jamais.
Além disso, a adjetivação excessiva, tanto de personagens como de fatos, acaba por
criar uma imagem heroica e mágica do passado, nada condizente com a ideia mais real de
processo histórico descrita acima. Os adjetivos induzem o leitor a pensar dicotomicamente, de
acordo com a opinião do autor, que repassa juízos de valor, ratifica conceitos e preconceitos.
Percebe-se também um abuso de expressões que indicam lugar-comum, e que acabam
servindo para perpetuar representações genéricas e tradicionais. O leitor fica com a impressão
de que a história foi providencial, feita por um único personagem magnânimo e inacessível
cujo único objetivo foi o de “fazer história”. (CERTEAU, 1982, p. 14)
Por fim, as diferenças entre os autores utilizados nesta comparação vão além de
características relacionadas à organização do pensamento histórico e de seu modo de torná-lo
público. Há uma diferença estruturante quanto aos marcos históricos considerados, que, claro,
tende a refletir a análise já feita anteriormente. Chartier considera o advento da imprensa
apenas um dos marcos da história do livro, e não a “grande revolução”, como descreve
Fischer. Além disso, enquanto o texto de Fischer esteve focado aparentemente mais no
aspecto econômico da história do livro, Chartier e Manguel mostraram um maior interesse em
seu aspecto social e cultural.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendo que o livro de Steven Roger Fischer analisado nesta resenha seja uma história
concisa destinada a iniciantes no assunto e, como tal, dificilmente conseguiria abarcar muitos
desdobramentos. No entanto, o autor comete alguns deslizes que, para a ideia de uma história
moderna como pretendida por Certeau e LeGoff, são incompatíveis. Sendo assim, não
recomendaria a leitura deste capítulo como única fonte histórica confiável, mas deveria, se
fosse o caso, ser acompanhada da leitura de outros autores com uma visão histórica mais
plural e moderna.
A história, entendida como um processo, deve servir ao tempo presente, em suas
mudanças e permanências. É preciso que o leitor perceba que a história está sendo feita
também no presente, e que ele é corresponsável, juntamente com a sociedade em que vive,
pelas transformações socio-culturais.
O papel do historiador, ecoando as palavras de Certeau, não é de “fazer a história”,
mas de manejar dados, arquivos e documentos, e narrar as descobertas. E a narrativa não deve
ser mera descrição, não deve servir apenas para sustentar o “real”, nem deve ser simplificada
demais.
É preciso confiar na atitude colaborativa, autônoma e crítica do leitor, que tem que ser
capaz de tomar suas próprias decisões, e o texto histórico deve contemplar essa possibilidade.
O discurso usado pelo historiador deve trazer não apenas o conteúdo do relato, mas também a
surpresa, os múltiplos olhares e a relação entre passado e presente.
A narrativa histórica moderna deve se aproximar da ficção, deve relacionar
continuamente, produzindo efeitos e envolvendo um leitor cada vez mais participativo.
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REFERÊNCIAS

BARKER, Nicolas. http://www.independent.co.uk/news/obituaries/henrijean-martin-


435629.html. Acesso em: 23.abr.2010

CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

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CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora


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_____. Leituras e leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: Editora UNESP, 2004

_____. (Org.). Práticas da Leitura.São Paulo: Estação Liberdade, 2009.

DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo:


Companhia das letras, 1990.

FISCHER, Steven Roger. História da Leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p. 187-
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acadêmicos. 2.Ed. São Paulo, 2010.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.

MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

MARTIN, Henri-Jean. The history and power of writing. Chicago: University of Chicago
Press, 1995.

NOVAES, Ana Maria Pires. As muitas vozes de uma resenha crítica: por uma concepção
interativo-dialógica da linguagem. XI Congresso Internacional da ABRALIC, USP, São
Paulo, 13 a 17 de julho de 2008.

STEINBERG, Sigfrid Henry. Five hundred Years of printing. Londres: The British Library,
1996.

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