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especialistas. Mais do que isso, elas esto recebendo cdigos, cifras que
vo conduzir a melodia de suas vidas. Em Mil Plats, Deleuze e Guattari
nos mostram que a linguagem caso de poltica antes de ser caso de
lingustica[6].
Lazzarato ressalta a importncia de reativar o conceito de antiproduo, que vem dos anos 70 e 80, para compreender o contexto
contemporneo em que vivemos[12]. Deleuze e Guattari promoveram com
a noo de anti-produo uma ruptura em relao ao Marxismo clssico
que fala apenas em produo, para mostrar que processo de produo
tambm necessariamente um processo de anti-produo[13]. No mesmo
movimento que se produz algo se anti-produz algo. No que diz respeito as
subjetividades isso fica ainda mais evidente, uma vez que, por conseguinte,
quando um sujeito ruma para uma forma subjetiva, para uma forma
identitria, ele se distancia, por conseguinte, de outra que passa ser a
oposio. Tecnologias de poder que interferem no modo de viver, no
como da vida, e intervm para fazer viver, ao mesmo tempo em que
deixam morrer maneiras de existir ou admite-se at mesmo a morte de
parcelas inteiras de grupos sociais[14].
certas linhas, de certo cdigo que produz o desejo, que produz certa
subjetividade, e, ao mesmo tempo, anti-produz outras. Anti-produo no
sentido de no-criao, de no-acontecimento, como por exemplo a
ressalva que trago consequncia recorrente da no-participao social.
Que este texto, prezado leitor, alm de servir como auxilio na compreenso
dos autores, sirva sobretudo para atiar uma ateno ao modo como tornase o que , sirva para atentar s significaes dominantes que constroem
maneiras mortias de existir, sirva para atentar ao agenciamento do desejo
para que este flua por linhas de fugas que fogem a mesmice moral que
aprisiona o homem em uma forma impotente de existir.
NOTAS REFERNCIAS
[1] MARX, Karl. O Capital: Crtica da Economia Poltica, livro I: O processo de produo
1995.
[3] FOUCAULT, Michel. A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 1977
[4] DELEUZE, Gilles. "Post-scriptum sobre as sociedades de controle".
1995, p. 97.
[7] Ibidem, p. 101.
[8] GUATTARI, Flix. ROLNIK, Suely. Micropoltica: cartografias do desejo. Petropolis:
[9] DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Flix. Mil Plats Vol. 2. Rio de Janeiro: Editora 34,
1995, p. 12-13.
[10] RODRIGUES, Alexsandro. "Currculo(s), gneros e sexualidades: nossas escolas
1995, p. 14-24.
[12] LAZZARATO, Maurizio. Signos, mquinas, subjetividades. Signs, machines,