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DENILSO DE L IMA

www.denilsodelima.com
Não tenho muito que falar para apresentar esse novo ebook. Afinal,
como o próprio título diz nele você encontrará as trinta dicas mais lidas
no blog Inglês na Ponta da Língua desde a sua criação em 19 de janeiro
de 2007.

Confesso que eu nunca pensei que algumas dessas dicas fossem se


tornar as mais lidas. Outras foram escritas com o propósito de atrair
leitores para o blog e assim serem realmente as mais lidas.

As dicas abaixo foram retiradas do blog; porém, saiba que elas foram
alteradas um pouco. Algumas informações foram atualizadas, alguns
exemplos incluídos, correções foram feitas, etc. Já que estou falando
sobre correções quero te pedir um favor: caso você encontre algum erro
(qualquer que seja!), envie-me um email falando a respeito. Não é fácil
fazer um trabalho sozinho e esperar que seja perfeito. Eu bem que
gostaria!

Além disso, saiba que se você tiver algum comentário ou sugestão para
fazer o email é denilso@denilsodelima.com. Será um prazer receber
palavras suas dando um feedback sobre o meu trabalho.

Para encerrar, agradeço imensamente a confiança e interesse que você


em meu trabalho. Saiba que estou para ajudá-lo a realizar seu sonho de
falar inglês. Bom! Pelo menos quero deixar esse seu sonho mais fácil de
ser realizado. Portanto, conte comigo!

Mantenha-se atualizado diariamente sobre as novidades do blog


acompanhando as mídias abaixo. Clique naquela que você achar melhor:
1. GET: UM VERBO COM VÁRIOS SIGNIFICADOS
2. GONNA, GOTTA, WANNA, DUNNO, COZ...
3. PALAVRAS CONFUSAS: VERY, MANY, MUCH…
4. A DIFERENÇA ENTRE ‘HAVE’ E ‘HAVE GOT’
5. FLUÊNCIA EM INGLÊS: ASSUNTO FREQUENTE
6. ABREVIAÇÕES USADAS NA INTERNET
7. USANDO AS PREPOSIÇÕES IN, ON, AT
8. O QUE TODO ALUNO DE INGLÊS DE SABER?
9. COMO APRENDER AS PREPOSIÇÕES?
10. O QUE SÃO VERBOS IRREGULARES?
11. WILL OU GOING TO?
12. USANDO –ING APÓS VERBOS E EXPRESSÕES
13. POR QUE LISTENING É DIFÍCIL?
14. VERBOS NO PASSADO
15. O QUE É O PAST PATICIPLE?
16. O QUE SÃO COLLOCATIONS?
17. O QUE SÃO PHRASAL VERBS?
18. O QUE SÃO MODAL VERBS?
19. COMO MELHORAR O LISTENING?
20. QUANDO USAR MAKE OU DO?
21. COMO APRENDER O PRESENT PERFECT?
22. USOS DO PRESENT CONTINUOUS
23. DIFERENTES USOS DO VERBO ‘CAN’
24. QUANDO É QUE ‘YOU’ É VOCÊ OU VOCÊS?
25. QUANTAS PALAVRAS VOCÊ FALA POR MINUTO?
26. APRENDER GRAMÁTICA VALE A PENA?
27. O QUE SÃO CHUNKS OF LANGUAGE?
28. SOBRE OS NÍVEIS DE APRENDIZADO
29. PALAVRÕES EM INGLÊS
30. SOBRE O VERBO TO BE
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Infelizmente, o verbo “get” é um


verbo com vários significados. Eu
não tenho como escrever aqui o
que ele exatamente significa.
Dependendo do momento em que
ele é usado o significado será
bem diferente. Para você ter uma
ideia disso veja as sentenças abaixo e suas traduções:

 I have to get a new pair of shoes. [Tenho de comprar um novo par


de sapatos.]
 Did you get the email I sent you last night? [Você recebeu o email
que eu te enviei ontem à noite?]
 We’re all very happy because she got the job. [Nós estamos todos
muito felizes porque ela conseguiu o emprego.]
 He got ten years for armed robbery. [Ele pegou dez anos por
assalto a mão armada.]
 What time did you get here? [A que horas você chegou aqui?]

Note que em cada uma das sentenças acima, “get” tem significados
diferente que só podem ser compreendidos se prestarmos atenção às
palavras que estão por perto. Muita gente acha isso ridículo; no entanto,
esquecem que em português também temos esse tipo de coisa. Um
exemplo bem claro é o verbo “tomar”.

Imagine que um estrangeiro, que esteja aprendendo português, pergunte


a você o significado da palavra “tomar”. Você, sem pensar, diz que
“tomar” significa “beber”. Afinal, dizemos “tomar água”, “tomar café”,
“tomar cerveja”, “tomar refrigerante”, etc. Em todos esses exemplos
podemos trocar a palavra “tomar” por “beber” sem problemas.

Essa resposta não está errada. No entanto, ela não está 100% completa.
Isso porque em português também dizemos coisas como “tomar vergonha
na cara”, “tomar o caminho errado”, “tomar uma paulada”, “tomar uma
bolada”, “tomar algo de alguém”, “tomar uma atitude”, “tomar uma
decisão”, “tomar uma tapa na cara”, “tomar uma bronca”, “tomar um
ônibus” e várias outras combinações possíveis. Tem até os palavrões “vá
tomar no...”.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Veja que nós só entendemos o sentido do verbo “tomar” por causa das
palavras usadas junto com ela. Ou seja, não sabemos o sentido exato da
palavra “tomar”, mas nos o usamos com naturalidade. A mesma coisa
acontece com o “get” em inglês. Eles só entendem o significado desse
verbo por causa das outras palavras que estão perto dele.

Dessa forma a coisa mais sensata a fazer é deixar de se preocupar tanto


com a palavrinha “get” e prestar atenção às várias expressões e
combinações nas quais ela é usada. Para isto, veja abaixo uma pequena
lista de expressões e combinações comuns:

 get a letter [receber uma carta]


 get an email [um e-mail]
 get over [recuperar-se de uma doença]
 get there/home/to work [chegar lá/em casa/ao trabalho]
 get by [se virar, se arranjar]
 get down to business [colocar as mãos à obra]
 get on (well) with somebody [dar-se bem com alguém]
 get in touch with [entrar em contato com]
 get a car/a new house/etc. [comprar um carro/uma casa
nova/etc.]
 get my hair cut [cortar meu cabelo]
 get my car washed [levar o carro para lavar]
 get together [juntar-se, reunir-se]
 get fed up with sth/sb [ficar de saco cheio com algo/alguém]
 get tired [ficar cansado]
 get hungry [ficar com fome]
 get angry [ficar com raiva]
 get married (to) [casar-se (com)]
 get divorced [divorciar-se]
 get up [levantar-se (sair da cama ao acordar)]
 get off to a bad start [começar mau]
 get to know sb [conhecer alguém (bater um papinho para conhecer
alguém melhor)]
 get my own back [descontar, ir à desforra, vingar-se]
 get my breath back [recuperar o fôlego]
 get in the way [estorvar, atrapalhar, ficar no caminho]
 get on my nerves [me dá nos nervos, me faz fica p da vida,
zangado]

Enfim, os exemplos são vários! Intermináveis, praticamente. O jeito é


deixar a coisa acontecer e ir aprendendo conforme o “get” for aparecendo
ao longo dos seus estudos. Não adianta querer aprender tudo de uma
vez. Isso é impossível!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Para facilitar, os melhores dicionários de inglês existentes estão


disponíveis gratuitamente na internet. Portanto, quando surgir uma
dúvida, dê uma olhada em um deles. Assim, você vai aos poucos se
acostumando com os vários usos e significado desse verbo super famoso
em inglês.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Essas palavras aí do título costumam


causar dor de cabeça em muitos
estudantes de inglês. Por incrível que
pareça elas fazem parte de pesquisas
constantes no Google. Afinal, vira e mexe,
elas aparecem em um filme, seriado,
música, etc. O que elas significam e
quando podem ser usadas?

Todas essas palavras são, na verdade,


abreviações informais de “going to” [gonna], “have got to” [gotta], “want
to” [wanna], “don’t know” [dunno] e “because” [coz]. Tem muita gente que
acha que você não pode usar essas expressões. Dizem que elas fazem
parte do linguajar de pessoas com pouco estudo, favelados, pobres e
coisas assim. Enfim, já ouvi de tudo um pouco!

O que você precisa saber é que essas expressões são usadas


naturalmente em inglês por pessoas de todos os níveis e classes sociais.
No entanto, elas são comuns em situações bastante informais. Ou seja,
se você estiver passeando no shopping com seus amigos e conversando
naturalmente não há problemas em usá-las. Por outro lado, se você
estiver participando de uma reunião de negócios é bom deixá-las de fora
da conversa.

Você, estudante de inglês, não precisa usar estas palavras o tempo todo.
Como elas são bastante informais podem soar um pouco estranho
saindo de você. No entanto, dependendo do grau de amizade que você
tiver com as outras pessoas poderá usá-las sem problemas.

Veja a seguir alguns exemplos nos quais essas abreviações são usadas.
Note o modo formal e o modo informal:

 I want to talk to you. [formal]


I wanna talk to you. [informal]
 Is he going to travel this year? [formal]
Is he gonna travel this year? [informal]
 I don’t know what you’re talking about. [formal]
I dunno what you’re talking about. [informal]
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 We have got to do this right now. [formal]


We gotta do this right now. [informal]
 He was crying because he didn’t get a present. [formal]
He was crying coz he didn’t get a present. [informal]

O curioso é que há na língua inglesa muitas outras abreviações


informais. Algumas você talvez nunca tenha visto, mas elas existem. São
formas de escrever o modo rápido como os falantes nativos usam a
língua. Há cursos materiais de curso de pronúncia produzidos por
editoras estrangeiras que dedicam capítulos a isso.

Um desses livros é o American Accent Training, um dos melhores


materiais de pronúncia que existe. Alguns dos exemplos dados nesse
livro são os que seguem abaixo:

 Why don’t you study English? [formal]


Whyncha study English? [informal]
 We have lots of money. [formal]
We have lotsa money. [informal]
 She should have gone there. [formal]
She shoulda gone there. [informal]
 I would have told the truth. [formal]
I woulda told the truth. [informal]
 What are you doing? [formal]
Whatcha doing? [informal]
 I’m going to be home later. [formal]
Imma be home later. [informal]

São inúmeros os exemplos. Para aprendê-los você precisará de tempo.


Além disso, é bom ficar de ouvidos bem atentos em músicas, filmes e
seriados. Querendo ou não você sempre aprende algo desse tipo e que
reflete o modo como a língua inglesa é falada em situações informais.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Essas palavras aí do título costumam causar dor de


cabeça em muitos estudantes de inglês. Por incrível
que pareça elas fazem parte de pesquisas constantes
no Google. Afinal, vira e mexe, elas aparecem em um
filme, seriado, música, etc. O que elas significam e
quando podem ser usadas? É isso que você vai
aprender ao continuar lendo.

A primeira coisa a fazer é anotar aí que “very” é


geralmente usado antes de adjetivos. Ou seja, se você
tiver que dizer ‘muito bonita’, ‘muito grande’, ‘muito
pequeno’, ‘muito quente’, ‘muito frio’, etc, terá de
usar ‘very’ seguido do adjetivo: ‘very beautiful’, ‘very
big’, ‘very small’, ‘very hot’, ‘very cold’. Lembre-se: ‘very’ é usado com
mais frequência antes de adjetivos.

Outro uso comum da palavra “very” é antes de advérbios: ‘very easily’


(muito facilmente), ‘very quick’ (muito rapidamente), ‘very slowly’ (muito
devagar), ‘very carefully’ (muito cautelosamente) e por aí a fora. Tudo o
que você tem a fazer é se lembrar disso: ‘very’ é sempre usado antes de
adjetivos e advérbios.

‘Much’ e ‘many’, por sua vez, são palavras com usos diferentes. Elas são
sempre colocadas antes de substantivos. Ou seja, se queremos dizer que
tem muita coisa ou muitas coisas em algum local, por exemplo, teremos
de usar uma delas. O problema para a maioria das pessoas que estuda
inglês é justamente saber quando usar uma ou outra.

A primeira coisa a compreender em relação a ‘much’ e ‘many’ é que elas


também possuem significado diferente em português. Isso significa que
se você compreender o significado delas em português, você acaba
tirando de letra a diferença em inglês. Portanto, tenha sempre em mente
que ‘much’ significa ‘muito’; ‘many’, ‘muitos’ [olha o ‘s’ no final da
palavra indicando o plural!]. Não percebeu a diferença ainda!? Tudo
bem! Deixa-me tentar de outro jeito então!

Em português você fala ‘muitos dinheiros’ ou ‘muito dinheiro’? Qual é o


mais natural? Sua resposta deve ser a mesma que a minha: ‘muito
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

dinheiro’. Quando isso acontecer, lembre-se que em inglês devemos usar


o ‘much’. Logo, dizemos ‘much money’ e não ‘many money’. Por quê!?
Pela mesma razão que não falamos ‘muitos dinheiros’ em português.
Outros exemplos, em português: você fala ‘muitos arrozes’ ou ‘muito
arroz’? Você diz ‘muitos cafés’ ou ‘muito café’? Será que o mais comum é
‘muitos açucares’ ou ‘muito açucar’? Acho que você não tem dúvidas que
o que soa mais natural em português é: ‘muito arroz’, ‘muito café’ e
‘muito açucar’. Lembre-se, então, que esse ‘muito’ (ou muita) em inglês é
‘much’. Portanto, ‘muito arroz’ é ‘much rice’, ‘muito açucar’ é ‘much
sugar’ e ‘muito café’ é ‘much coffee’. E o que dizer sobre o uso de ‘many’?
Vamos continuar aprendendo!

Observe as combinações que seguem: ‘muitos livros’, ‘muitas pessoas’,


‘muitos cadernos’, ‘muitas canetas’, ‘muitos amigos’, etc. Quando a
palavra for ‘muitos’, devemos usar ‘many’. As combinações no início
desse parágrafo ficam assim em inglês: ‘many books’, ‘many people’,
‘many notebooks’, ‘many pens’ e ‘many friends’. Comparem com o uso de
‘much’ visto acima. Você logo percebe a diferença de significado entre
cada uma.

Não é preciso ficar se debatendo para entender o que é substantivo


contável ou incontável. Nada disso! Tudo o que você precisa e comparar
o significado, criar alguns exemplos e pronto. Claro que você encontrará
exceções a isso! Infelizmente, exceções sempre acontecerão. Mas aí, o
que você tem a fazer se lembrar das exceções. Ou seja, aprenda as
exceções com expressões completas e não como palavras isoladas com
regras gramaticais.

Dois exemplos de exceções para você são: ‘muita gente’ e ‘muitos pães’.
Em inglês o correto é dizer: ‘many people’ (muita gente, muitas pessoas)
e ‘much bread’. A razão da diferença!? Em relação a ‘people’ é uma
questão de tradução. Você pode dizer ‘muitas pessoas’ ou ‘muita gente’.
Mas, ‘bread’ é porque em inglês é assim que eles falam sempre. Logo,
lembre-se que será sempre ‘much bread’.

Por fim temos as palavras ‘a lot of’ e ‘lots of’. Nesse caso, podemos usar
uma ou outra sem problemas. Elas geralmente são usadas no lugar de
‘much’ e ‘many’. E você as usa quando bem quiser! Não há uma regra!
Uma lei! Um ato secreto do Senado! Nada disto! Use quando achar que
deseja usar! Somente em textos formais é que devemos usar o ‘many’ ou
‘much’. Ou seja, no inglês do dia a dia, ‘a lot of’ ou ‘lots of’ comandam
geral. Veja aí algumas sentenças com eles:

 I have lots of friends. [Eu tenho muitos amigos.]


 I have a lot of friends. [Eu tenho muitos amigos.]
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 He has lots of money. [Ele tem muito dinheiro.]


 He has a lot of money. [Ele tem muito dinheiro.]

Note como tanto faz uma ou outra? Você pode usar ‘many’ ou ‘much’
também nas sentenças acima. O problema é que aí ficariam muito
formais.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Recebo frequentemente inúmeros emails de


pessoas querendo saber o que fazer para ser
fluente. A pergunta é tão repetitiva que não resisti
e escrevi vários posts no blog sobre esse assunto.

Uma das coisas que me irrita é que as pessoas


querem uma dica que as ajudará a dormir hoje e
acordar amanhã falando inglês como se fosse
americanos. Ou seja, elas querem uma dica
milagrosa, uma mágica, um controle remoto, etc.,
que resolva o problema em uma questão de
minutos ou segundos.

Geralmente, quem quer ficar fluente em inglês de uma hora para outra
são pessoas que deixaram para se preocupar com isso tarde demais. Ou
seja, nesse momento estão tentando uma vaga de emprego, mestrado,
doutorado, namorando via internet um gringo ou gringa, etc. Diante da
necessidade rápida de agarrar a oportunidade querem aprender inglês
em questão de minutos. Mal sabem elas que essa fórmula mágica ou
chave da felicidade simplesmente não existe.

Então o que fazer para ser fluente em inglês?

Uma coisa a se fazer antes é entender o que é fluência. A ideia geral é


que fluência é falar 100% correto, sem erros, sem pausas, e coisas
assim. Caso essa seja sua ideia, mude-a. Ser fluente não tem nada a ver
com falar 100% certo ou sem parar para pensar. Pessoas fluente em
uma língua cometem erros e pausam nos momento certos para poder
pensar no que dizer.

A parte chata é que nem os especialistas no assunto sabem definir


corretamente o que é fluência. O consenso geral entre os pesquisadores
é que fluência é algo que ocorre automaticamente na cabeça de uma
pessoa. Ou seja, não é uma coisa, um objeto, algo físico. Nada disso!
Fluência é um fenômeno e como tal se desenvolve naturalmente.

Como fazer para que esse desenvolvimento ocorra?


Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Essa é a pergunta correta na minha opinião. O que você pode fazer para
que o desenvolvimento da língua ocorra? O que fazer para que você se
torne fluente?

A primeira coisa é ter em mente que mente que leva tempo para se
tornar fluente. O interessante é que quando você perceber que é fluente,
você notará que a cada dia tem de aprender algo novo. Ou seja, o
processo (desenvolvimento) é contínuo.

Lembre-se: ninguém vai para dorme hoje e acorda no dia seguinte


falando inglês com perfeição e eficiência. Infelizmente, para algumas
pessoas a tão sonhada e desejada fluência pode nunca chegar do modo
como realmente desejam. Para outros, ela pode chegar em um ano, dois
anos, três anos... Mas, isso depende de alguns fatores cruciais no
aprendizado e cuja responsabilidade é de cada aluno.

Ou seja, os professores, os cursos, os livros, etc., ajudam. No entanto, o


maior responsável pelo desenvolvimento é o próprio estudantes (você
mesmo!).

Além do fator tempo, a motivação também faz faz uma diferença em


tanto. Se você estiver realmente motivado a se tornar fluente (aprender
inglês constantemente), você procurará se envolver com a língua cada vez
mais e mais. Envolver-se com a língua é cercar-se dela o tempo todo e
por todos os lados. Isso significa que mesmo quando você não está no
seu curso de inglês, você deve fazer coisas para manter seu cérebro em
contato com o inglês.

Por exemplo, procure ler em inglês. Não invente desculpas do tipo, “mas
eu não entendo nada” ou “ler é muito chato”. Simplesmente leia sem a
obrigação de entender tudo. Pelo menos tente ler e reconhecer palavras e
expressões nos textos. Dê ao seu cérebro a oportunidade de tentar
enteder o que está no texto. O objetivo não será entender tudo mesmo;
mas sim envolver-se com a língua.

Outra dica é aquela de narrar o seu dia para você mesmo em inglês.
Diga o que aconteceu, mentalize os fatos ocorridos, escreva em um
pedaço de papel (caderno, agenda, diário). Não invente desculpas: “eu
não sei escrever”, “eu não sei combinar as palvras”, “eu não sei isso e
aquilo”, “eu tenho dúvidas disso e daquilo outro”. Pare de ser o seu
próprio terrorista. Escreva qualquer coisa e de qualquer jeito. Conforme
você for aprendendo, você perceberá que certas coisas vão se tornando
naturais e os erros que você cometia antes vão diminuindo.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Se você tem mania de falar sozinho, fale em inglês. Se tiver um amigo


que também estuda inglês, fale inglês com ele. Não se preocupe com a
pronúncia. Até hoje eu aprendo a pronúncia de algumas palavras.
Desenvolvimento é isso: a chance de se corrigir e deixar de comenter
certos erros. Desenvolve-se na língua é também manter-se envolvido
com a língua!

Já pensou em ter um dicionário personalizado de palavras e expressões -


um caderninho no qual você anota expressões interessantes que
aprende ao longo dos estudos. Anote as expressões, palavras, gírias,
etc., e também exemplos. Além disso, escreva a equivalência em
português e sempre que puder dê uma lida nas anotações para que o
cérebro reencontre a informação. Sempre que puder escolha uma ou
duas expressões e crie novos exemplos com elas e repita-as em voz alta
algumas vezes para que a memória se acostume com elas e as registre
melhor.

Escute em inglês e tente entender uma palavra ou outra. Não precisa


querer entender todas as palavras. Vá ouvido a música ou filme e tente
reconhecer uma palavra apenas aqui e ali. Você estará ajudando seu
cérebro a se acostumar com as palavras mais usadas em inglês. Lembre-
se do ditado: é de grão em grão que a galinha enche o papo. Então, vá
com calma e de pouco em pouco, quando você menos perceber já estará
muito melhor do que quando começou.

Enfim, o segredo para ser fluente é envolver-se com a língua e manter-se


em contato com ela sempre que possível! No entanto, para que isso seja
possível, motivação será sempre a chave do sucesso.

Por fim, avalie-se frequentemente! Faça uma auto-avaliação sempre que


possível. Antes de criticar seu cursinho de inglês ou seu professor, veja
se você está procurando se envolver com a língua e fazendo a sua parte.
Observe se você progrediu ou não. Compare o início do seu aprendizado
e o que aconteceu até aqui. Não pense nas dificuldades, nos problemas e
coisas assim. Pense no seu desenvolvimento. Você melhorou ou piorou?
Procure por pontos positivos e não negativos. Identifique os pontos fortes
e desenvolva-os. Os pontos fracos aos poucos vão melhorando
consequentemente.

Em resumo, tenha paciência, esforce-se, tome uma atitude e corra em


busca da fluência! Enquanto você ficar tentando encontrar a fórmula
secreta e continuar com reclamações, desculpinhas e resmungos,
simplesmente não chegará a lugar nenhum!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Por conta do aumento da comunicação via internet é


comum que a língua sofra algumas adptações. A
língua portuguesa passa por isso. ‘Você’ virou ‘vc’ e
‘c’; ‘tudo’ é ‘td’; ‘por quê’, ‘pq’; ‘tanto’, ‘tto’; ‘quanto’,
‘qto’; e assim por diante.

Claro que o inglês também tem lá suas abreviações.


E são muitas. Você pode estar achando que isso não
é relevante para o aprendizado de inglês, não é
mesmo? Se você realmente pensa assim, reveja os
seus conceitos.

Cada vez mais as pessoas se comunicam via internet por meio de fóruns,
chats, emails, etc. Logo, é certo que essas abreviações são amplamente
usadas. Esse uso frequente é o que torna necessário o aprendizado
dessas abreviações. Você não precisa aprender todas. Nem mesmo eles
sabem todas. No entanto, é fundamental saber pelo menos as mais
usadas.

No Google, os brasileiros procuram muito pelas abreviações LOL e OMG


usadas por praticamente tudo quanto é internauta de qualquer parte do
mundo. Uma prova da impotância de que aprender essas coisas é
preciso.

Pois bem! LOL é a abreviação para ‘laughing out loud’, que significa algo
como ‘estou rindo muito’, ‘estou rindo horrores’, ‘morrendo de dar
risada’. Ela é usada quando você acha que algo é engraçado demais. O
curioso é que ela já sofreu alterações. Ou seja, é possível encontrar
também LMAOL (laughing my ass out loud), usada quando você achou
algo extremamente engraçado e não se controla de tanto rir.

Já a abreviação OMG é mais simples. Ela sigifica simples e puramente


‘oh, my god’ (aí meu deus). Nada muito complexo. Se você ficar surpreso
com algo e tiver vontade de expressá-la, é só dizer (escrever) OMG.

Até aí tudo bem. O problema é que essas não são as duas únicas
abreviações. Há muitas outras. Muitas vezes palavras são representadas
apenas por letras. Por exemplo, a palavra ‘why’ (por quê) vira apenas ‘y’;
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

a palavra ‘are’ vira ‘r’; ‘you’ vira ‘u’; ‘see’ é ‘c’; etc. Diante disso você pode
se deparar com sentenças assim:

 y r u angry? > why are you angry? > por que você está com raiva?
 how r u? > how are you? > como você está?
 r u ok? > are you ok? > você está bem?
 c u > see you > até mais; a gente se vê

Isso é apenas um pequeno exemplo de como as coisas acontecem. Tenho


leitores e leitoras que perguntam se eu sei de sites ou canais de bate
papo no qual podem se comunicar com americanos, britânicos,
canadenses, etc. Eu não conheço muitos. No entanto, sempre dou a dica
de que assim que eles encontrarem é bom saberem algumas abreviações
usadas. Caso contrário, não conseguiram se comunicar nem um
pouquinho. Segue abaixo algumas outras abreviações comuns em salas
de bate papo, emails, fóruns, etc:
Anote aí:

 DYK - Did You Know [Você sabia (que...)]


 BTW - By The Way [Por falar nisto; A propósito]
 GMAB - Give Me A Break [Me dá um tempo; qualé!]
 NMP - Not My Problem [Não é problema meu]
 STFU - Shut The Fuck Up [Cala a merda da tua boca, fica
quieto]
 WTF - What The Fuck [Que p*rra, que c*r*lho]
 OJ - Only Joking [tô brincando, tô te tirando]
 STSP - Same Time, Same Place [No mesmo horário, no mesmo
local]
 IDK - I Don’t Know [Sei lá; Eu não sei]
 ASL - Age, Sex Location [Idade, Sexo e Local]
 TAI - Think About It [Pense a respeito]
 TIE - Take It Easy [Vá com calma; relaxe]
 BLNT - Better Luck Next Time [mais sorte na próxima]
 TTYM – Talk To You Mañana [falo com você amanhã]
 BBF – Best Friend Forever [melhor amigo(a) para sempre]
 ASAP – as soon as possible [o mais rápido possível]
 G2G – Got to Go [Tenho de sair]
 G2GLYS - Got to Go Love You So [Tenho de sair, mas te amo
muito]
 I <3 U – I Love You (Te amo)
 TC – Take Care [Te Cuida]

Há na internet sites dedicados a esse tipo de linguagem. O que


recomendo é o NetLingo. Provavelmente o mais completo de todos. Para
acesssa o endereço é http://www.netlingo.com/dictionary/p.php
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Nas listas das palavras mais usadas em inglês, essas


três recebem posições de destaque. Talvez seja por
isso que muita gente pesquisa sobre elas na internet.
Infelizmente, na maioria dos casos, não há regras
para explicar a respeito de cada uma.

Claro que podemos pensar em questões de tempo e


localidade. No entanto, ainda assim não são regras
estabelecidas. Ou seja, quando eu digo que com
meses do ano, devemos sempre usar ‘in’, isso não
significa que se trata de uma regra. Na verdade, é
uma questão de uso, costume, conveniência.

Em muitos casos, nem mesmo americanos ou ingleses sabem a razão


pela qual é usada uma preposição ou outra. Por exemplo, uma vez eu
notei que em inglês dizemos “in a house” (em uma casa), “in a building”
(em um prédio) e “on a farm” (em uma fazenda). Munido de muita
curiosidade pedi a um americano que me explicasse porque falamos “on
a farm”.

Ele disse que nunca havia pensado nisso. A resposta dele foi “a gente
apenas fala assim e pronto; não tem uma explicação”. Confesso que não
gostei da respostas, mas tive (e ainda tenho) de conviver com ela. Hoje
compreendo que muitas coisas simplesmente se dizem em inglês (e em
português também) sem ter uma explicação que satisfaça a nossa
curiosidade.

O jeito nessa hora é simplesmente aprender que em inglês e assim e


pronto. Isso significa que teremos sempre de dizer “on a farm” e ponto
final. Portanto, aprenda sempre o conjunto “on a farm” e não as palavras
isoladas e suas regras inexistentes.

O fato é que muitas vezes podemos encontrar algumas coisas que nos
ajudam a compreender e dominar as preposições. Abaixo você encontra
algumas dessas coincidência referentes à expressões de tempo. Veja só!

Usamos IN nas seguintes situações:


Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

01) Referir-se aos meses: in January, in February, in March, in April, in


May, in June, in July... [ou seja, se tiver que dizer ‘em janeiro’, então use
‘in January’ - lembrando que os meses em inglês são sempre escritos com
inicial maiúscula]

02) Referir-se a anos: in 1995, in 1998, in 2008, in 1500, in 1432 [se


tiver que dizer que você nasceu em 1994 diga ‘I was born in 1994’]

03) Referir-se às estações do ano: in (the) summer, in (the) fall, in (the)


winter, in (the) spring [no verão, no outono, no inverno, na primavera]

04) Nas expressões: in the morning [na, pela, de manhã], in the


afternoon [na, pela, de tarde] e in the evening [na, pela, de
noitinha/tardinha]

Usamos ON nas seguintes situações:

01) Referir-se aos dias da semana: on Monday, on Tuesday, on


Wednesday, on Thursday, on Friday, on Saturday, on Sunday [caso você
tenha de dizer “na segunda de manhã” diga “on Monday morning” -
lembrando que dias da semana também são sempre escritos com iniciais
maiúsculas em inglês]

02) Referir-se a datas: on March 22, on February 01, on December 15


[observe que estamos usando o mês e o dia - datas]

03) Com a expressão “my birthday”: “absolutely nothing happened on


my birthday” [nadinha de nada aconteceu no meu aniversário]; Nobody
wanted to party with Paris on her birthday [ninguém quis festajar com a
Paris no aniversário dela]

Usamos AT nas seguintes situações:

01) Referir-se a horas: at 2 o’clock [às duas horas], at 3:30 [às 3:30], at
12:45 [às 12:45]

02) Com as seguintes palavras: at midday [ao meio-dia], at noon [ao


meio-dia], at lunchtime [na hora do almoço], at night [à noite], at
midnight [à meia-noite]

03) Com o nome de datas especiais: at Christmas [no natal], at Easter


[na páscoa], at Carnival [no carnaval], at New Year [no ano novo -
primeiro de janeiro]
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Tem ainda dicas assim referindo a locais. Porém, é bom tomar muito
cuidado; pois, às vezes, as coisas mudam. Assim como acontece no caso
de ‘in a house’, ‘in an office’, ‘in a building’, ‘on a farm’ e ‘at home’. Nessas
horas o ideal é aprender o conjunto e não tentar achar uma lógica. Vá
por mim! Você economiza tempo e dor de cabeça!

No livro “Gramática de Uso da Língua Inglesa: a gramática do inglês na


ponta da língua” dedico alguns capítulos a essas preposições. Portanto,
dê uma olhada!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Não sei em que nível de estudo de inglês você


está: iniciante, intermediário, avançado.
Enfim, seja lá qual for eu acredito que essa
dica é importante para você. A prova disso é
que ela aparece como uma das mais
pesquisadas na internet. Ou seja, muita gente
quer sabe o que todo aluno de inglês deve
aprender.

Na verdade, o que eu percebo é que as


pessoas querem saber por onde começar. E
depois de começar que rumo devem seguir.

Quando eu comecei a estudar inglês (sozinho) eu tinha vários livros e


dicionários. Sempre achei que deveria decorar regras gramaticais (todas
possíveis) e também palavras (quanto mais melhor). Depois de muito
tempo estudando inglês, percebi que meu inglês não fluia.

Fui procurar algo que me ajudasse a não mais patinar no gelo. Ou seja,
eu precisava encontrar um jeito de avançar nos estudos e perceber que
estava melhorando. Uma das primeiras coisas que aprendi foi que eu
deveria dar mais atenção ao vocabulário.

Mas, vocabulário nesse caso não se refere às palavras isoladas (listas de


palavras disso e daquilo). Vocabulário é o que chamamos de chunks of
language, um nome estranho para algo simples. Uma expressão como
“what’s your name?” ou mesmo uma combinação como “do the
homework” são chunks of language. O dia que entendi que eu ao
aprender uma expressão (sentença) inteira eu daria um up no meu
inglês, o jeito de aprender mudou e muito.

Quando você aprende uma expressão comum, seja uma frase, uma
sentença, uma combinação de palavras, qualquer coisa, você aprende
três coisas de uma só vez: gramática, vocabulário e pronúncia. O
exemplo mais claro disso é a sentença “the book is on the table”. Muita
gente sabe essa sentença e o que ela significa. Sabem até pronunciá-la.
No entanto, não fazer a menor ideia das regras gramaticais presentes
nela.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Isso significa que você pode aprender qualquer sentença em inglês e


usá-la quando bem entender. Claro que para isso fazer sentido você tem
de ficar de olhos bem abertos para saber quais são as expressões
comumentes usadas. Alguma você já até sabe. Veja só:

 thank you
 thank you very much
 you’re welcome
 what’s your name?
 where are you from?
 how are you?
 I’m fine
 how old are you?
 are you married?
 what’s your email address?
 what’s your cell phone number?
 do you work?
 do you have a job?
 where do you work?
 what’s this?
 what’s that?

Enfim, há várias expressões assim. Nos livros “Inglês na Ponta da


Língua” e “Gramática de Uso da Língua Inglesa”, eu falo muito mais
sobre esse jeito de aprender vocabulário. No blog há ainda muitos textos
também a respeito. Portanto, você poderá continuar aprendendo muito
mais por lá também.

Em termos gramaticais (se é que posso chamar de gramática) a algumas


coisas que os especialistas notaram como importantes para todos os
alunos de inglês. Portanto, estude a respeito delas. Pois, elas são muito
usadas no inglês falado naturalmente.

A primeira coisa da lista é saber usar os principais modal verbs [can,


could, may, must, will, should, etc]. Isto não quer dizer que você deve
saber as regrinhas gramaticais de cor e salteado. Tem de aprender a
usar. Aprender a falar e compreender! Tem de saber como é na prática e
não na teoria! “Em quais situações comuns do dia a dia essas
palavrinhas são usadas e com que sentido?” deve ser a pergunta chave.

Um outro tema essencial é o que chamamos de delexicalized verbs.


Este nome esquisito refere-se àqueles verbos que possuem inúmeros
significados e usos em inglês, por exemplo: get, take, do, make, look.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Estes são os principais; portanto, preste muita atenção às expressões


formadas a partir deles.

Outra coisa que todo estudante de ingles deve aprender a usar são as
palavras just, whatever, bit, actually, really, quite, slightly, basically,
pretty, clearly, honestly, unfortunately. Isto porque elas são usadas com
muita frequência em comunicações ao vivo e a cores. São faladas o
tempo todo e usadas para indicar a atitude de quem fala.

Algumas expressões como you know, I mean ou ainda palavras como


right, well, so, good, anyway, conhecidas como discourse markers são
fundamentais para falar inglês de modo natural e fluente. Isso porque
elas são usadas para organizar a fala e monitorar o progresso do que
está sendo falado em uma conversa.

Os substantivos básicos também são essencias. Para isto é bom ter a


lista das 2000 palavras mais usadas da língua inglesa. Porém, não é
para decorar a lista como se fosse um robô. A idéia é saber as principais
collocations com os substantivos que estão nesta lista. Este assunto é
abordado no meu segundo livro “Por que assim e não assado? O guia
definitivo de collocations em inglês”.

Palavras como that, this, now, then, ago, away, front, side, back, opposite
of, here, there são importantes também. ‘Away’ e ‘back’ são geralmente
usadas em expressões com os tais delexicalized verbs mencionados
acima e ainda com go e bring. Logo, muita atenção a elas sempre!

Já nos adjetivos é necessário saber os comuns hot, cold, good, bad, tall,
short, beautiful, ugly, nice, sad, happy, great, fine, lovely, etc é bom saber
também terrible, awful, horrible, brilliant [inglês britânico] excelent,
awesome [inglês americano]. Todos eles são usados em collocations. Olho
neles!

Dos advérbios é bom saber os mais comuns: today, yesterday, tomorrow,


always, usually, never, rarely, seldom, etc. E ainda: eventually, recently,
normally, generally, quickly, suddenly, totally, entirely, obviously,
basically.

Finalmente, os verbos! Aqui é bom saber aqueles que descrevem ações e


eventos: run, walk, give, leave, stop, help, feel, put, sit, listen, explain,
enjoy, like, accept, fill, say, tell, send, write, read, catch, e outros que
fazem parte da lista de 2000 palavras mais usadas em inglês.

Tudo isto deve ser aprendido de modo natural e através daquilo que
chamamos de chunks of language. Nada de explicações gramaticais,
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

regras, termos técnicos e coisas assim. A gramática você aprende através


do vocabulário. Isto quer dizer que você aprenderá a USAR o inglês como
ele realmente é. Nada de ficar dissecando a língua como se fosse algo
estático e morto!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

O assunto preposições é sem


dúvidas um dos mais perturbadores
para quem estuda inglês. É incrível
como um conjunto de palavras tão
pequenas consegue tirar o sono da
grande maioria de estudantes de
inglês.

Depois de algum tempo com o blog, decidi dedicar alguns textos ao


assunto. Com o passar do tempo e várias dicas, escrevi um ebook
dedicado ao assunto. Muitas dicas foram melhoradas e ampliadas. No
entanto, mesmo assim muita gente continua na dúvida. Veja só a dica
abaixo e perceba que não temos muita saída mesmo. Afinal, nem os
falantes nativos de inglês sabem as regras para uso das preposições em
inglês.

Certa vez perguntei a um americano sobre as preposições em inglês.


Entrei em desespero ao ouvir que ele não era capaz de me explicar o uso
delas. Como assim!? Se o cara é americano, como é que ele não sabe me
explicar isto?

Agora vamos inverter a situação. Pense bem: você, por um acaso, sabe
quais são as regras para usarmos as preposições em português? Você já
parou para pensar nisso!? Eu também não! Nem sei se há regras! Eu
acho que não!

Isso nos leva a concluir que as preposições em inglês têm de ser


aprendidas do modo mais natural possível. Esqueça esse negócio de
procurar regras. Pois não há regras que consigam explicar o uso de cada
uma delas. No entanto, Em alguns momentos é fácil saber que
preposição usar:

 “on” antes dos dias da semana – Sunday, Monday, Tuesday, etc;


 “in” antes dos meses – January, February, March, April, etc;
 “at” antes de horas – 7:30, 5:40, 10:00, etc.

Infelizmente, na maioria das vezes é simplesmente impossível tentar


encontrar uma lógica: em português dizemos “depender de”; em inglês
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

nada de dizer “depend of”, o correto é “depend on”; “sonhar com”,


“dream about” ou, dependendo do caso, “dream of”. Em outros casos nós
usamos preposições e eles não: “estou com medo”, “I’m afraid”; “gosto
de...”, “I like...” Ou vice versa, “ouvir”, “listen to”.

Eles ainda costumam usar preposições apenas para dar certa


expressividade no modo de falar. Ou seja, não há nada de errado em
“come to my house some time” (venha à minha casa um dia destes);
porém, para ficar mais natural e ao modo deles é melhor dizer “come on
over to my house”. Veja outros exemplos curiosos:

 casar-se com = get married to (he got married to a French girl =


ele se casou com uma francesinha.)
 contar com = count on (you can count on me = você pode contar
comigo.)
 preocupar-se com = worry about (don’t worry about that, ok? =
não se preocupe com isto, tá bom?)
 olhar para = look at (look at me = olhe para mim)
 chocar-se com = crash into (his car crashed into a truck = o carro
dele chocou-se com um caminhão.)
 tropeçar em = trip over (I tripped over a stone = tropecei em uma
pedra.)
 acreditar em = believe (I believe you = acredito em você) [em inglês
não se usa preposição nestes casos]
 gostar de = like (I like you = eu gosto de você.)
 lembrar-se de = remember (do you remember me? = você se
lembra de mim?)
 tocar em = touch (don’t touch me = não toque em mim)
 encontrar-se com = meet (we’ll meet them tomorrow = vamos nos
encontrar com eles amanhã)
 precisar de = need (I need you here = preciso de você aqui)

Isso a gente só aprende com o tempo, com a vida, usando a língua. Não
adianta querer decorar ou achar regras! Simplesmente, temos de ouvir e
ler muito para aprender a usar as preposições do mesmo jeito que eles.
Você jamais encontrará todas as informações em um livro!

Algumas preposições podem sim ser aprendidas por meio de certas


regras e peculiaridades; entretanto, o ideal é que ao encontrar uma
preposição em um texto você veja como ela está sendo usada. Observe se
há algo de especial no seu uso. Caso você perceba algo curioso e
interessante, anote em seu caderno e procure fazer uso do que você
aprendeu.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Um exemplo disso é o seguinte: “get on the bus” e “get in the taxi”,


“entrar em um ônibus” e “entrar em um táxi”, respectivamente. Observe
que com ônibus diz-se “get on”; com táxi, “get in”. Cada meio de
transporte exige uma preposição diferente: “on” ou “in”. É a isto que você
deve prestar atenção. Não adianta ficar querendo saber o porquê de ser
assim e não assado. O negócio é colocar isto – a expressão inteira, a
combinação de palavras – na memória, usar e pronto. Aprenda que é “get
on the bus” e “get in the taxi”.

Quando escrevi isso no blog, algumas pessoas comentaram que a lógica


é a seguinte: se o transporte é particular, use tal preposição; mas se o
transporte for público, use a outra. Sinceramente, acho isso o cúmulo!
Pense bem: não é melhor aprender que dizemos “get on the bus” e “get in
the taxi”? Não é mais simples aprender assim? Você aprende a
expressão toda e pronto! Não tem porquê ficar inventando uma lógica
que muitas vezes acaba dando errado em outras situações e você pode
acabar pagando um mico.

Portanto, anote aí: a dica é aprender que o conjunto de palavras inteiro.


Fica mais simples, dói menos e leva menos tempo. Nada de bater a
cabeça por aí procurando regras ou achando que aprender preposições é
impossível! Nada disso. Não desanime por tão pouco! ☺
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

O que são verbos irregulares!? Por que eles são


irregulares!? Como aprender estes tais verbos
irregulares? Se você sempre buscou a resposta para
essa perguntas, acredito que as dicas abaixo
poderão ajudar você um pouquinho. Caso não seja
isso o que você quer, mande um email que vejo aqui
como posso ajudar você da melhor maneira
possível!

Para começo de conversa anote aí que verbos


irregulares são verbos em inglês que ao serem
colocados no Past Simple ou no Past Participle não
recebem a partícula “-ed”. Calma que explico melhor! A grande maioria
dos verbos em inglês quando escritos no passado, por exemplo, devem
receber esse tal “-ed” no final deles. No entanto, há alguns verbos que
mudam completamente a forma ou se mantem inalterado quando no
passado. Esse que mudam drasticamente ou não são os verbos que
chamamos de irregulares.

Os verbos “walk” (caminhar), “study” (estudar) e “fix” (consertar) são


verbos que no passado (Past Simple) e no partícipio passado (Past
Participle) ficam assim “walked” (andei, andou, andamos, andaram,
andado), “studied” (estudei, estudou, estudamos, estudaram, estudado)
e “fixed” (consertei, consetou, consertamos, consertaram, consertado).
Observe que eles recebem “-ed” no final para indicar em que tempo
verbal estão!

Por outro lado, os verbos “write” (escrever), “run” (correr) e “see” (ver,
enxergar) ficam assim no Past Simple “wrote”, “ran” e “saw”. No Past
Participle eles ficam assim “written”, “run” e “seen”. Note que nenhum
deles recebe o “-ed” no final. Logo, estes três verbos (write, run, see) são
exemplos de verbos irregulares. Como não seguem o jeito regular
(normal) da maioria dos verbos no passado são, portanto, conhecidos
como irregulares.

Mas afinal, como aprender estes verbos? Infelizmente, muitos


professores e autores de livros tem a triste mania de achar que os
alunos aprenderão isso decorando uma lista de 300 verbos irregulares.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Ledo engano! A melhor maneira é aprendê-los da conforme foram


aparecendo no seu aprendizado.

A dica mais simples é aprender os verbos irregulares como se fossem


paalvras normais. Aliás, eles são palavras normais. Por mais estranho
que possa parecer, o melhor é aprender do mesmo jeito como você
aprendeu em português. Achou isso estranho!? Então pense assim: você
é capaz de listar os 10 verbos irregulares mais usados em português?
Pelo menos os cinco você consegue listar?

Pouquíssimas pessoas conseguem fazer uma lista dessa sem pensar


muito quando pergunto. Tem gente que nem faz ideia do que isso quer
dizer. No entanto, sabem que em português o correto é “fiz” (verbo
irregular: fazer) e não “fazi”. Como você aprendeu em português? Por
meio do uso! Você ouvia as pessoas falando e começou a usar também.
Nunca parou para pensar na gramática, na regra. Simplesmente usa!

É dessa maneira que você deve aprender em inglês. Fique de olhos e


ouvidos bem abertos para os verbos mais usados em conversar, filmes,
músicas, etc. Aprenda-os e abuse deles sempre que tiver oportunidades.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Perguntas sobre a diferença entre “will”


e “going to” são frequentes na minha
caixa de e-mails, na área de comentário
do blog, página no Facebook, etc. É
engraçado como os cursos, livros e
professores conseguem complicar algo
que ao ser observado em uso é muito
simples. O segredo, como sempre digo,
é o seguinte: “pare de procurar regras
gramaticais em tudo e comece a
observar o uso das coisas na vida
real”.

“Will” tem vários usos em inglês. Mas quando comparado com “going
to” a dúvida é sobre o tal do tempo verbal futuro em inglês. Então vamos
ficar apenas com este caso. Ah, quero lembrar a todos que,
linguisticamente falando, o tempo verbal futuro em inglês não existe!
Pelo menos não dá forma como temos em português.

Bem, veja só! “Will” quando usado para falar de algo no futuro
geralmente vem acompanhado de expressões que indicam incerteza.
Como assim?! Calma! Veja as expressões abaixo:

 I think... (Eu acho que...)


 Probably, ... (Provavelmente, ...)
 I guess... (Eu acho...)
 I’m not sure, but I think... (Não tenho certeza, mas acho que...)
 I don’t know, but I think... (Num sei não, mas acho que...)
 Maybe... (Talvez...)

Estas são exemplos de expressões que indicam incerteza em inglês.


Claro que há outras, mas com estas aí você já será capaz de fazer a
diferença na hora de conversar com alguém inglês.

Pois bem! Agora veja as sentenças abaixo:

 Eu provavelmente vou para Salvador em dezembro.


 Não sei não, mas acho que não vou à festa no sábado que vem.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 Talvez nós não estaremos aqui amanhã.

Como as expressões de incerteza estão presentes nas sentenças a


palavra que indica o futuro a ser usada em inglês nessa caso é “will”.
Assim sendo teremos:

 I will probably go to Salvador in December.


 I don’t know! But I think I will not go to the party next Saturday.
 Maybe we will not be here tomorrow.

Agora caso você esteja certo do que vai fazer, não lhe resta dúvidas sobre
o que fará no futuro, já está decidido e praticamente acertado, então o
que deverá dizer é:

 I’m going to Salvador this year.


 I’m not going to the party next Saturday.
 We’re not going to be here tomorrow.

Veja que nestes últimos exemplos as expressões de incerteza não


apareceram. O motivo é simples: você não têm dúvidas do que irá fazer;
você sabe que fará aquilo e pronto! Você está se organizando para fazer!

Conclusão: quando não tiver certeza do que fará no futuro use o “will”
acompanhado de expressões de incerteza; quando tiver certeza use o
“going to”.

De modo bem básico, essa é a diferença no uso de “will” e “going to”.


Claro que, às vezes, as coisas poderão não funcionar tão bem assim. No
entanto, garanto a você que em 90% das vezes será sempre dessa
maneira.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Há em inglês algumas expressões,


verbos e palavras que sempre pedirão
“–ing” após eles. Isso pode parecer
complicado e estranho; mas, a
verdade é que somos nós mesmo
quem costumamos complicar o
assunto. Parece que faz parte da
nossa mente ficar querendo saber o
porquê disso e daquilo sendo que na
maioria das vezes temos de entender
que aquilo é daquele jeito sempre e pronto.

Veja abaixo alguns exemplos do que estou dizendo:

 I enjoy studying English.


 I hate doing this kind of things.
 I’m used to driving fast.
 I can’t stand talking to her.
 Stop doing that, please!
 I couldn’t help looking at him.
 We look forward to meeting you.

Veja as expressões em destaque e observe que após elas há um verbo


escrito com “–ing” (gerúndio). O conselho que sempre dou é que você
deve aprender que em inglês é assim e pronto. Muita gente pergunta:
“mas qual é a regra para isso?”, “como vou saber se devo completar com –
ing ou não?”. Para responder a essas perguntas eu sempre peço para que
as pessoas completem uma sentença em português. Para exemplificar
vou fazer o mesmo com você. Portanto, complete a sentença abaixo:

 Eu não gosto dela porque ela vive ...................... mal de mim.

Qual foi a palavra usada para completar a sentença? Pelo contexto você
sabe que é o verbo “falar”. O curioso é que ao ler a sentença você diz
automaticamente “falando”. Ou seja, você já o completa com o gerúndio
em português. O engraçado é que você não pensou em uma regra da
gramática da língua portuguesa para só então completar a sentença.
Aliás, há uma regra para explicar que após o verbo “viver” nós devemos
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

usar um verbo no gerúndio? Se um gringo te perguntasse qual a regra


para isso, você saberia o que dizer? Agora vamos voltar ao inglês.

O negócio nessa hora é aprender que ao usarmos um verbo após alguns


outros verbos como “hate”, “enjoy”, “deny”, “suggest”, “miss”, “avoid” e
outros deveremos escrevê-los com “–ing”:

 He denied having done that.


 I hate going there.
 We miss traveling every year.
 They suggested sending her an e-mail.

O mesmo vale para algumas expressões como “be used to”, “can’t help”,
“can’t stand”, “look forward to”, “be accustomed to” e outras tantas.

 We can’t stand watching this.


 He is used to going there every month.
 I look forward to meeting you again.
 She couldn’t help crying.

Não vá agora entrar em desespero achando que você deve decorar listas
e mais listas de verbos e expressões que pedem “–ing” após eles. Esse é
o tipo de coisa que você vai aprendendo com o tempo. O segredo é o
seguinte:

1) ao ler um texto você observa isso acontecendo;


2) você então marca o conjunto de palavras todo e anota no seu
caderno;
3) você procura por mais exemplos em dicionários, internet, etc.,
para ver se isso acontece sempre;
4) caso aconteça você anota mais exemplos e procura criar alguns
exemplos próprios;
5) se tiver oportunidade para usar a expressão, use-a.

Fazendo assim, você acabará aprendendo sem nenhum esforço e


trauma. That’s it!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Nessa dica, que não é bem uma dica,


escrevo sobre uma coisa curiosa que aflige
a grande maioria dos estudantes de
inglês. Algo que simplesmente os deixa p.
da vida com o tal fato de aprender inglês:
“por que listening é difícil?”. Essa
pergunta geralmente vem acompanhada
de comentários assim:

 Listening é um saco! É minha pedra no sapato!


 Eu já tô nível 1.358 do meu curso de inglês e meu listening é podre!
 Pelo amor de Deus, o que eu faço para melhorar o meu listening?
 Eu queria tanto entender o que este povo fala! Eu leio e entendo; eu
até falo bem! Mas ouvir...
 Atividade de listening!? Que droga! Agora eu tô ferrado!

Mas afinal, por que começar a escutar e entender inglês é tão difícil
assim?

Você provavelmente já ouviu falar em neurônios, não é mesmo? Então


você também sabe que dentro do seu cérebro há milhares e milhares de
neurônios. Eles são responsáveis por um monte de coisas. Inclusive pela
formação de memórias. São eles quem registram tudo o que ocorre. As
informações registradas por cada neurônio são passadas de um para o
outro por meio de sinapses: os pontos onde os neurônios se “comunicam”
entre si. Para exemplificar o que estou falando, faça o que recomendo
abaixo:

Estenda suas mãos com as palmas bem abertas – os dedos bem


separados uns dos outros. Pronto, você tem aí dois “neurônios” em
tamanho gigante. Agora aproxime as duas mãos de modo que
somente os dedos quase se encostem uns aos outros. Este quase
toque dos dedos são as “sinapses” em modo ampliado.

Será que deu para entender? Espero que sim! Agora, o que é que isso
tem a ver com listening?

O fato é que seus neurônios guardam informações relevantes sobre tudo


o que você aprende. Tudo o que você vivencia e aprende é registrado na
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

memória por causa dos neurônios. Se os neurônios não funcionam bem,


as coisas complicam para a pessoa!

Mais um exemplo: quando você escuta uma música e a canta os seus


neurônios estão fazendo sinapses (trocando informações entre si). Eles
procuram as informações importantes para aquele momento. Isso tudo
ocorre de modo muito rápido! Se eu falo com você, seus neurônios vão
entender o que eu estou falando, pois eles buscam as informações da
língua portuguesa registrada em sua memória (palavras, expressões,
sentenças feitas, gírias, etc.).

Caso eu use uma expressão ou palavra que você desconhece, seus


neurônios não reconhecerão a expressão. Como eles trocam informações
para saber onde está o que foi dito, eles ficam perdidos. É nesse
momento quase mágico que a gente fica confuso e com a sensação de
algo estranho aconteceu.

Com o aprendizado de inglês acontece a mesma coisa. Ao ouvir algo em


inglês, a velocidade, a entonação, o modo como é falado é estranho. Seus
neurônios não estão acostumados àquilo tudo e assim não conseguem
identificar as informações que estão recebendo. Afinal, essas
informações ainda não foram devidamente registradas por eles. Não
ocorreu uma formação de memória ainda nesse processo.

Por isso que ao se sentar para assistir a um filme, seriado, ouvir uma
música ou falar com alguém naturalmente, você pode não entender
muita coisa. Seus neurônios entram mesmo em parafusos. Pois, eles não
têm todas as informações registradas e a confusão então acontece!

Isto tudo somado ao nervosismo, ansiedade, preocupação e medo faz


com seu nível de estresse aumente e o seu listening seja prejudicado.

Por outro lado, se você escuta palavra por palavra pode ser mais fácil.
Seus neurônios poderão encontrar – ou não – a informação registrada e
assim decodificá-la sem problemas. Por isso a dica é começar ouvindo
textos simples, algo com o qual você esteja acostumado, reconhecer uma
palavra aqui e ali e entender o contexto geral do que está sendo falado.

Quando um professor de inglês dá um exercício de listening para os


alunos, ele não quer que você entenda tudo palavra por palavra,
vírgulas, pontos de exclamação etc. Não é nada disso! Seu professor que
apenas que você identifique as informações relevantes, o contexto, o que
está acontecendo, o comportamento de cada pessoa, etc. O tempo é que
ajudará você – ou melhor, seus neurônios – a se acostumar com o
listening!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Caso você queira dicas para melhorar o seu listening, leia a dica Como
Melhorar o Listening em http://bit.ly/9P5nk.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Você certamente já leu a dica sobre os verbos


irregulares acima. Caso queira conferir e
relembrar, volte algumas páginas e leia-a
novamente! Essa dica aqui é para quem
continua fazendo confusão. Verbo regular!?
Verbo irregular!? Lista de verbos!? Enfim, que
bagunça toda é esta!? Para tentar amenizar a
situação, vamos dar uma olhada no tempo
verbal conhecido como Past Simple (Passado
Simples).

Antes de continuar veja os verbos que vou usar: work (trabalhar), study
(estudar), play (brincar, jogar) e dance (dançar).

Esses quatro verbos são verbos regulares. Ou seja, ao dizer algo no


passado, algo que aconteceu ontem (yesterday), por exemplo, temos de
acrescentar a partícula “-ed” ao final deles. Lembre-se de que verbo
regular é um nome chato que damos para algo muito simples: verbos
que ao serem usados no passado (fazer referência a fatos passados)
devem ser escritos com “-ed” no final deles. Veja só:

 I worked last night. (Eu trabalhei ontem a noite.)


 He danced a lot yesterday. (Ele dançou bastante ontem.)
 We played soccer yesterday evening. (A gente jogou futebol ontem
a noitinha.)
 They studied English last week. (Eles estudaram inglês na
semana passada.)

Antes que alguém pergunte, digo que em inglês o verbo no passado vai
ser sempre o mesmo para todos os pronomes. Em português, você
precisa aprender as tais terminações verbais! Em inglês, é só colocar o “-
ed” no final do verbo e pronto. Veja abaixo o exemplo com “work”
(trabalhar):

 I worked = eu trabalhei
 you worked = você trabalhou, vocês trabalharam
 he/she worked = ele/ela trabalhou
 we worked = nós trabalhamos, a gente trabalhou
 they worked = eles/elas trabalharam
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Veja como em português dependendo do pronome pessoal devemos


mudar o final do verbo (-ei, -ou, -aram, -amos). Em inglês, é “-ed” para
todo mundo e pronto. Muito simples, não acha? Em português ainda
tem os tais verbos de primeira, segunda e terceira conjugação! O que faz
com que o final do verbo seja diferente! Em inglês, é sempre “-ed”!
Sempre!

Até aqui tudo bem? Espero que sim! Tenho que dizer agora que alguns
verbos (regulares) mudam alguma coisa na hora de acrescentar o “-ed”.
É aí que entram as tais “regras” que todo mundo odeia e nunca aprende!
Espero que depois de ler este artigo você compreenda isso! As tais regras
são as seguintes:

 De modo geral todos os verbos (regulares) recebem o “-ed”: clean


(limpar) > cleaned; finish (terminar) > finished; open (abrir) >
opened; want (querer) > wanted
 Se o verbo (regular) terminar com “-e” basta colocar o “d” (não faz
sentido repetir o ‘e’): dance (dançar) > danced; arrive (chegar) >
arrived; die (morrer) > died
 No caso do verbo terminar com uma consoante e um “y”, por
exemplo “study” (que termina com a consoante “d” e o “y”), o que
você deve fazer é jogar o “y” na lixeira e escrever “-ied” no lugar
dele: study (estudar) > studied; try > tried
 A “regra” 3, que você acabou de ver, só vale para verbos
terminados em consoantes e o “y”. No caso de verbos como “play”
(jogar) e “enjoy” (gostar), que terminam com vogal e “y”, basta
colocar o “-ed” e ponto final: play > played; enjoy > enjoyed

No entanto, alguns verbos no passado não seguem essa regrinha de


acrescentar “-ed”. Ou seja, para fazer referência a fatos passados eles
têm uma forma própria. Se você colocar “-ed” neles, saiba que
provavelmente te entenderão, mas estará gramaticalmente errado. Os
verbos que não seguem esse padrão e fogem de tudo o que falamos
acima são os que chamamos de verbos irregulares (já abordados
anteriormente).

Exemplos de verbos irregulares são: go (ir), see (ver) e think (pensar).


Estes três verbinhos no passado NÃO são “goed”, “seed” e “thinked”. Não
adianta colocar o “-ed” no final, pois não está certo! Eles têm uma forma
própria, que é: go > went; see > saw; think > thought. É por causa dessa
mania de terem uma forma própria que são chamados de irregulares.

Naquelas famosas listas de verbos irregulares que todo curso de inglês e


escolas têm e que os professores adoram fazer os alunos decorar para a
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

prova, a forma dos verbos irregulares no Past Simple encontra-se na


coluna do meio. A próxima vez que você ver essa lista observe isso.

Acredito que agora ficará mais fácil entender a diferença entre os verbos
irregulares e os demais na hora de escrevê-los no passado. Good luck!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Você já sabe o que é um verbo irregular e


sabe também sobre o Past Simple em inglês.
Agora chegou a vez de aprender o que é o
Past Participle. Sem muita enrolação vamos
direto ao assunto.

De certa forma o Past Participle é o mesmo


que o Particípio em português. Acredito você
nem ao menos lembra o que é isso, não é
mesmo? Não vou explicar isso aqui. Mas
tenho certeza que você sabe o que é. Só não está associando o nome ao
fato. Para facilitar, veja as sentenças abaixo:

 Eu tenho estudado - I have studied


 Ele tinha feito - He had done / He had made
 Nós temos trabalhado - We have worked
 Ela tinha visto - She had seen
 Eles têm escrito - They have written
 Eu tinha corrido - I had run

Nessas sentenças os verbos ‘estudar’, ‘fazer’, ‘trabalhar’, ‘ver’, ‘escrever’ e


‘correr’ encontram-se escritos na forma conhecida como Particípio na
Gramática da Língua Portuguesa. Ou seja, de modo bem simples é
aquela forma em que escrevemos ‘-ado’ ou ‘-ido’ junto ao verbo principal.
Por exemplo, o Partícipio de ‘enviar’ é ‘enviado’; de ‘comer’ é ‘comido’;
‘ler’, ‘lido’; ‘falar’, ‘falado’; e assim por diante.

Em inglês, a lógica é a mesma. O Past Paticiple é a forma que também


recebe o ‘-ed’ ao verbo. Mas nada tem a ver com o tal do Past Simple, que
você viu acima.

O Past Participle é uma forma do verbo que precisamos em alguns


momentos ao falar ou escrever inglês. Com os exemplos abaixo você
conseguirá compreender melhor isso:

 Esta casa foi construída...


 O carro é lavado...
 A comida foi feita... [o verbo fazer é irregular em português; afinal
não falamos ‘fazido’ e sim ‘feito’]
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 O aparelho foi fabricado...

Se tivermos que passar todas estas formas verbais para o inglês basta
lembrarmos que a lógica será praticamente a mesma. Para quem gosta
daquela tal tabela de verbos irregulares é só verificar a terceira coluna,
cujo título é Past Participle. Ou seja, geralmente as tabelas estão assim:

BASE FORM PAST SIMPLE PAST


PARTICIPLE
be was/were been
build built built
have had had
write wrote written
read read read
see saw seen
meet met met
send sent sent
make made made
do did done

Nos casos acima, o Past Participle é a forma que está em destaque.


Assim, anote aí que para passar as sentenças acima para o inglês é só
saber passar o verbo para o Past Participle. Por exemplo, ‘construir’ em
inglês é ‘build’. Aí procuramos o verbo ‘build’ na lista de verbos
irregulares. Ao acharmos veremos que na terceira coluna está escrito
‘built’. Logo basta dizer ‘this house was built...’ (essa casa foi
construída...).

Já para o verbo ‘lavar’ temos ‘wash’. Como ‘wash’ não é um verbo


irregular, você não irá encontrá-lo na lista. Então o que fazer? Simples!
Basta acrescentar ‘-ed’ a ele: wash > washed. A sentença em inglês ficará
assim ‘the car is washed...’ (o carro é lavado...)

Eu poderia dar outros exemplos aqui. Porém, o texto já está grande


demais. Então, é bom parar! Lembre-se: para melhor entender este post
é recomendável que você leia as dicas sobre os verbos no passado - Past
Simple e também a dica sobre os verbos irregulares. Estes textos lidos
em conjunto ajudarão muito você! Caso ainda tenha ficado com dúvidas,
envie-me um e-mail e ajudo você a resolver o assunto.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Collocations é um dos temas mais pesquisados


ultimamente na internet, principlamente no Brasil.
O assunto parece ter ganhado notoriedade. A
primeira dica que escrevi sobre isso no blog foi
“Collocations: você já ouviu falar?”, que pode ser
lido em http://me.lt/4x1n1.

Fora esse também outros falando sobre a


importância dos colocations na aquisição e
desenvolvimento da fluência em inglês, a diferença
entre collocations e idioms (expressões
idiomáticas), dicas para saber como aprender
collocations e vários outros.

Caso você não faça ideia do que seja collocations vou explicar o assunto
usando exemplos em português e torcer para que tudo fique explicado e
acertado.

O conceito e ideia representadas pela nome collocations é muito simples.


Trata-se apenas do modo como as palavras em geral se combinam com
outra palavra em uma língua. Não sei porque muita gente complica isso.
De modo curto e rápido a ideia funciona da seguinte forma:

1. Pense em um substantivo qualquer e que seja comum


para você [que seja do seu dia a dia];
2. Pense em adjetivos e verbos que são usados com o
substantivo que você pensou;

Digamos você pensou no substantivo “carro”. Agora pense que adjetivos


e verbos é comum usarmos com a palavra “carro”. Veja a tabela abaixo:

andar de possante
sair de do ano
entrar no azul
sair do CARRO veloz
bater o zero
vender o velho
comprar um antigo
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Esse fenônemo da língua que faz com que uma palavra combine com
outras é o que chamamos de collocations. Não são as palavras em si! É
apenas o fato de uma palavra atrair outras! Um exemplo do fenômeno
em ação está na tabela acima com a palavra carro. Você pode colocar
outras palavras lá se quiser. Mas todas elas estarão relacionadas a
carro.

Você não colocará algo como “carro gostoso”, “comer o carro” e coisas
estranhas assim. Afinal, não são combinações usadas naturalmente por
falantes do português brasileiro.

Outro exemplo é com a palavra lápis. Ao responder a pergunta “o que


fazemos com um lápis?” você estará pensando em verbos que combinam
com a palavra: apontar um lápis, comprar um lápis, jogar o lápis fora,
morder um lápis, escrever com um lápis, usar um lápis, perder um
lápis, batucar com um lápis (tamborilar com um lápis), etc. Todas as
palavras (verbos) que podem ser usadas com a palavra “lápis” são na
verdade o fenômeno de collocations ocorrendo.

O que você acha das combinações “plantar um lápis”, “cozinhar um


lápis”, “formatar um lápis”, “deletar um lápis”, “ler um lápis de capa a
capa”? Não combinam, certo!? Não fazem sentido em português!
Portanto, o fenômeno de collocations não ocorre entre estas palavras e
“lápis”.

Como você descreve um lápis? Podemos ter um “lápis gordo” ou um


“lápis magro”? Que tal um “lápis quente” ou um “lápis frio”? Não é
comum falarmos isto em português, é? Logo, estes adjetivos aí não
combinam com “lápis” e novamente não temos collocations. Por outro
lado, podemos dizer “lápis sem ponta”, “lápis apontado”, “um toquinho
de lápis”, “lápis grande”, “lápis pequeno”, “lápis de cor”. Estes são
comuns e naturais; por isto temos aí o fenômeno de collocations
ocorrendo.

Isto é o que chamamos de collocation. É apenas o fenônemo no qual as


palavras combinam com umas e não com outras. Enquanto eu tomo este
artigo, estou também escrevendo um cafezinho. Para mim isto é natural!
Sei como combinar as palavras em minha língua, ou não? Será que tal
algo de estranho neste parágrafo?
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Espero ter deixado isso! Para saber mais a respeito indico o livro “Por
que assim e não assado? O guia definitivo de collocations em inglês” [Ed.
Campus/Elsevier] com inúmeros exemplos de collocations em inglês e
português (mais de 5000), atividades para por tudo em prática,
explicações e exemplos de como tirar proveito desse assunto que é o
responsável pelo desenvolvimento da sua fluência.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Certa vez, dei aulas de português a uma simpática


americana que estava no Brasil levantando dados
para sua tese de mestrado em economia. Belo dia,
durante uma de nossas aulas ela perguntou:
“Denilso, whadda hell are phrasal verbs?” (que
diabos são phrasal verbs?). Ela havia ouvido um
grupo de estudantes dizer que eles odiavam
phrasal verbs e gostariam de saber dela como ela
fazia para aprender e decorar todos os phrasal
verbs da língua inglesa.

Confesso que ri quando ela me contou a história. No entanto, ela queria


mesmo saber o que eram estes tais phrasal verbs; afinal, para ela aquilo
era novidade. Se para você essa história parece ridícula, pois acredita
que todo e qualquer americano sabe o que são phrasal verbs, vou te
fazer algumas perguntas relacionadas à língua portuguesa que você fala
no seu dia a dia: você sabe o que é uma expressão de identidade? Tem
ideia do que é um anacoluto? Sabe explicar o que é um polissíndeto? E
silepse? Você sabe o qué isso?

Minha amiga americana não sabia o que era um phrasal verb porque ela
simplesmente usa a língua no seu dia a dia. Assim como você e eu
usamos o português sem pensar nos nomes técnicos das coisas. Não
temos a obrigação de decorar ao longo da vida as palavras e expressões
que usamos em nosso dia a dia. Nós, simplesmente, aprendemos tudo
de modo natural (e continuamos aprendendo). O mesmo acontece para
falantes nativos de inglês.

Pois bem! Phrasal verbs são formados a partir da combinação de um


verbo com uma preposição, por exemplo. Eu particularmente odeio essa
explicação. Em minha opinião, ao pensar dessa forma você mais se
complica do que entende o assunto. Isso por que eles, os gringos,
aprendem phrasal verbs de forma natural. Ou seja, como profissional de
ensino de inglês eu acredito piamente que você deveria aprender do
mesmo jeito.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Isso significa que você não precisa ficar decorando listas e mais listas de
phrasal verbs com isso ou com aquilo. O melhor é você aprender a usá-
los da mesma forma como você aprende uma palavra qualquer. Assim, a
palavra (expressão, phrasal verb) acaba se tornando parte do seu
vocabulário ativo em inglês e você a usará sem nem ao menos perceber.

Portanto, minha dica para você é a seguinte: deixe de lado a mania de


decorar lista de 70 phrasal verbs por mês. Isso é perda de tempo! Para
aprender naturalmente basta ler textos, escutar músicas, ver filmes e
seriados. Enfim, o segredo é envolver-se com a língua inglesa de tal
forma que não só os phrasal verbs mas também o vocabulário como um
todo seja adquirido naturalmente e sem esforço. Vamos a um exemplo?
Veja o pequeno texto abaixo:

“Hey, Guess what? I was at the movies the other day and ran into Mike.
Remember him? That fella who used to go out with us dressed like a
cowboy and used to say that one day he would take over the world. Now
he’s not like that anymore. He told me he’s changed a lot, especially after
having split up with that gorgeous girlfriend of his…” (Veja a tradução no
final desse texto.)

O texto acima serve apenas para mostrar como os phrasal verbs ocorrem
naturalmente durante uma conversa. A pessoa no texto usou ran into, go
out, take over, split up que significam respectivamente encontrei por
acaso, sair, conquistar/controlar (por meio da força), se
separado/largado/deixado.

Depois de encontrar um phrasal verb aqui e ali, eu aconselho todos a


anotarem em um caderno de vocabulário (só de vocabulário, nada de
gramática!) e a criarem seus próprios exemplos para ir se acostumando
com a expressão (phrasal verb) e seu uso. Vamos pegar o ran into como
cobaia:

 I ran into an old friend of mine at the mall yesterday.


 I ran into this book when I was at the bookstore this morning.
 We ran into George and Carla while on vacation.

Assim é ou não é mais fácil? Infelizmente, quando você vai a uma escola
de inglês ou compra um livro sobre phrasal verbs, você tem de aprender
que o normal de “ran into” é “run into”, certo? Afinal, “ran” é o passado
irregular do verbo “run”, que significa “correr” e que nos exemplos acima
não tem nada a ver com “correr”. Viu como as coisas complicam quando
você tenta explicar tudo de modo gramatical ou tecnicamente? Se for
para ser assim, você nunca (talvez, quem sabe!) vai aprender phrasal
verbs.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

O melhor é aprender aos poucos e como esses poucos que você aprende
são usados no dia a dia de quem fala inglês naturalmente. Por ora,
chega! Afinal, além de aprender o que é um phrasal verb você aprendeu
também como aprender phrasal verbs de modo diferente.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Você já ouviu falar sobre modal verbs? Se


já ouviu falar é porque deve estar em um
nível intermediário nos estudos de inglês
ou está estudando isso na escola!

Segundo as Gramáticas mais recentes da


Língua Inglesa há apenas nove (09)
modal verbs (verbos modais): can, could,
may, might, will, shall, would, should,
must. Há ainda semi-modal verbs e modal expressions. Mas não vamos
complicar. Afinal, você os aprende naturalmente e sem nem perceber.
Portanto, deixe esses nomes de lado e não se preocupe com eles.

Mas afinal, por que os verbos mencionados acima são chamados de


modal verbs? Para entender isso temos de saber que eles se enquadram
em algo que nas gramáticas de respeito chama-se de “Modality”, que é o
termo usado para fazer referência à atitude ou o ponto de vista do
falante ou do escritor com relação ao modo como vê uma determinada
situação.

Isso significa que não há uma regra para saber quando usar um outro.
Tudo vai depender do modo como você deseja se expressar, do modo
como você interpreta uma situação. Por exemplo,

“Mike is at home now” é uma afirmação. Eu sei que o Mike está em casa.
Isto é um fato. Porém, se digo “Mike might be at home now”, estou
apenas especulando. Ou seja, a julgar pela hora, pelas circunstâncias
analisadas e conhecimento que tenho do Mike posso supor que há certa
probabilidade de ele estar em casa agora. Já na sentença “Mike should
be home now” acontece o mesmo, isto é, eu estou julgando e desejando
que o Mike esteja em casa. Por isto traduzo como “Mike deveria estar em
casa agora” (para dizer isso posso estar preocupado, posso estar
supondo, ou expressando o desejo de que ele esteja em casa).

Nas duas sentenças em que verbos modais foram usados eu apenas


expressei o modo como vejo a situação, como a interpreto. Já o modo
como você vê é problema seu, é o seu ponto de vista.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Na verdade, saber estas nuances de uso de um modal verb para outro


não ajuda você a se comunicar bem em inglês. O que ajuda mesmo você
a se comunicar bem em inglês é aprender a usar estes verbos de modo
natural. Ou seja, o segredo é deixar as confusões gramaticais para
professores e linguistas. Você que é aprendiz da língua inglesa quer
aprender a se comunicar com as pessoas. Então, tenha em mente que
cada um desses verbos será usado em momentos (situações) específicos.
Por exemplo, ao dar um conselho há alguém você pode dizer:

 You should stop smoking. (Você deveria parar de fumar.)


 You should get a job. (Você deveria arranjar um emprego.)
 You should stay home tonight. (Você deveria ficar em casa hoje.)

Assim você pode concluir - como bom observador que deve ser - que em
inglês uma das várias formas de aconselharmos alguém é usando o
“should”. Por outro lado, se quero expressar incerteza, algo que pode
acontecer ou não, usarei o “might” (ou quem sabe o may):

 I might go to the party. (Talvez eu vá à festa, mas não é certo


não!)
 He might help you, if you ask. (Há uma probabilidade mesmo que
remota de ele te ajudar se você pedir).
 We might travel this year. (Não é muito certo ainda, mas talvez a
gente viaja este ano.)

Em resumo a dica toda é aseguinte: aprenda cada um dos verbos tidos


como modal como se fossem palavras com uso próprio. Na verdade, é o
que elas são. O nome “modal verb” não ajudará você a falar mais ou
menos inglês. Portanto, foque sua atenção no uso de cada um deles e
não no que eles são em si. Essa é a dica!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Há na internet um grande número de sites com


dicas para melhorar o tal do listening
(compreensão auditiva em inglês). Há sites com
um número enorme de arquivos de aúdios e
tudo mais! Os blogueiros também têm lá suas
dicas e por ai vai!

Diante de tanta ajuda online, eu pergunto: onde


deve estar o problema? O que será que faz com
muitos estudantes simplesmente ainda tenham
dificuldades com o aterrorizante listening.
Vejamos alguns dos problemas que eu acredito serem os possíveis
causadores de tais dificuldades.

01) ANSIEDADE - Na maioria das vezes você como aluno fica ansioso
demais. Está sua ansiedade cria certo bloqueio no cérebro. Geralmente,
ocorre o seguinte diálogo interno “vixi, vou ter de ouvir isto mesmo?
Mas, eu nunco entendo nada! Então, me lasquei!” Este modo de pensar
já registra no seu inconsciente que você é incapaz de ouvir bem em
inglês. Procure quebrar está ansiedade, relaxe, escute o texto
naturalmente, não se afobe, não se desespere. Simplesmente, deixa o CD
tocar, o filme passar, a pessoa falar. Você está aprendendo! Você ainda
não é um expert! Acredite, até memso os experts cometem erros vez ou
outra!

02) DESESPERO - Parece o mesmo tema de antes mas não é! Ao ouvir


um texto, diálogo o que seja, você talvez se desespere ao achar que o
cara fala rápido demais ou talvez por que não entendeu uma palavra, sei
lá! Isto é normal no aprendizado. Mais uma vez relaxe! O que seu
professor quer é que você identifique algumas informações aqui e ali!
Principalmente aquelas que ele está trabalhando na sala de aula! Ele
não quer que você no final da atividade faça um relatório detalhado
sobre o que ouviu! Apenas as informações necessárias, solicitadas em
uma atividade.

03) PÉSSIMO HÁBITO - Você talvez tenha o péssimo hábito de querer


traduzir palavra por palavra. Aí, ao ouvir quer também ouvir palavra por
palavra. Mas as coisas não são bem assim! Você precisa acostumar-se a
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

ouvir expressões, combinações de palavras, sentenças freqüentemente


usadas, etc. Claro que aprender palavras isoladas ajuda; porém, não é
assim que a comunicação real ocorre. Acostume-se, portanto, a aprender
e a ouvir expressões, collocations, sentenças comuns e completas. Isto
fará com que você se acostume a ouvir e a falar mais rápido! Mas
lembre-se, isto não vai acontecer de uma hora para outra. Você precisa
pratica, praticar, praticar, praticar...

04) PREGUIÇA - Como eu disse antes a internet está repleta de recursos


para ajudar você a ouvir inglês: podcasts, YouTube, arquivos para
dowload, sites de rádios e televisão... Tudo isto repleto com entrevistas,
bate-papo informal, programas sérios, etc, etc. O problema é que as
pessoas têm preguiça de procurar por isto, têm preguiça de entrar em
um site ou blog brasileiro que pode ajudá-lo a se organizar. Ou seja,
esperam ir para cama um dia e acordar no próximo já ouvindo inglês
perfeitamente bem! Isto simplesmente não vai acontecer! Só em sonho! É
preciso arregaçar as mangas e meter a mão na massa!

05) DESPERDÍCIO DE TEMPO - A internet está aí para nos ajudar e


não para roubar o nosso tempo! Então, é bom começar fazendo melhor
uso desta ferramenta excepcional! Você está aqui agora lendo este post,
isto significa que você está aproveitando seu tempo com algo útil!
Aproveite também o tempo para ouvir inglês. Enquanto está api
conectado, baixe um aquivo de aúdio e fique ouvindo-o mesmo que você
nada entenda. Fique ouvindo apenas, isto faz com que seus neurônios
vão se acostumando com os sons da língua inglesa! Acredite!

Enfim, nem sempre a culpa é do cara que fala rápido demais, ou do fato
de ue não saber uma palavra ou outra. Na maioria das vezes a culpa é
minha e insconscientemente eu não percebo isto! Se você se encaixa em
algum destes pontos aí acima, tome uma atitude!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Se você acha que vou dar regrinhas de quando


usar um verbo ou outro, já vou avisando que não
tem nada disso. Ou seja, aqui não tem nada a ver
com algo do tipo use um quando isso e use o
outro quando quando aquilo. A melhor maneira
de aprender a usar palavras assim (que se
parecem) e ver a palavra seguinte e assim
aprender qual combina melhor.

Por exemplo, para dizer “fazer uma reclamação”, o melhor é achar a


palavra “reclamação” em inglês e então descobrir se o certo é usar “do”
ou “make”. Assim, você aprende que “reclamação” é “complaint” e ao
olhar em um dicionário ou mesmo na internet você descobre que “fazer
uma reclamação” é “make a complaint”.

Ou seja, o que vai ajudar você saber se é uma palavra ou outra é a


palavra principal (o substantivo). Por exemplo, se você quer dizer “fazer
um acordo” deverá aprender a palavra “acordo” em inglês, que é
“agreement”. O próximo passo é saber se o certo é “do an agreement” ou
“make an agreement”. Com a ajauda de um dicionáio e um pouco de
paciência você logo descobre que em inglês o certo é “make an
agreement”.

Enfim, o segredo mesmo é parar com a mania de querer achar


explicação gramatical para tudo! Você deve mesmo aprender como as
palavras são usadas uma com as outras. Não se preocupe com erros!
Confesso que às vezes eu também erro ou fico em dúvida mesmo. Mas,
quando tenho um tempo, pego um dicionário ou pergunto a alguém para
saber qual é a forma correta.

Lembre-se ainda que muitas vezes podemos usar o verbo “do” ou “make”
em inglês e traduzir por outra palavra em português: “make the bed” =
“arrumar a cama” ou “fazer a cama”; “make a decision” = “tomar uma
decisão”; “make a mistake” = “cometer um erro”, “fazer um erro”.

Esse é o tipo de coisa que você aprende com o tempo e não com regras
ou fórmulas mágicas.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Uma das perguntas mais frequentes que


todo professor de inglês enfrenta é aquela
sobre como apreder o Present Perfect, um
tempo verbal que ponto de vista técnico é
super chato. No entanto, do ponto de
vista do uso é super interessante.

Uma dica que dou em meus livros,


palestras, workshops, etc., é a seguinte:
tenha anotado em seu caderno de
vocabulário um kit básico de sentenças no qual o Present Perfect é
usado. Não se preocupe em enteder por que o tempo verbal está sendo
usado; preocupe-se apenas em aprender a expressão (frase, sentença,
etc.) do jeito que ela é. Depois de anotar e repetir algumas sentneças,
mude-as para que fiquem de acordo com sua realidade (sua vida).

Veja abaixo um kit que preparei para você. Nele há apenas sentenças
afirmativas! Lembre-se de que elas são assim e pronto! É o jeito como
eles as usam naturalmente. Esqueça os porquês disso ou daquilo.

 Eu moro (aqui) faz (....... anos)


I've been living (here) for (........ years)
 Eu trabalho no/na (........) faz (........ anos)
I've been working in (........) for (........ years)
 Eu estudo no/na (........) faz (........ anos)
I've been studying at (........) for (........ years)
 Eu estudo inglês há .......... anos.
I've been studying English for ........ years
 A gente se conhece há ......... anos
We've known each other for .......... years
 A gente está junto há .......... anos
We've been together for ........... years
 A gente está casado há ........ anos
We've been married for ......... years
 Eu tô te esperando faz ........ minutos
I've been waiting for you for ......... minutes
 Eu tô tentando falar com você faz ..........
I've been trying to talk to you for ......... minutes
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

As sentenças em português acima são ditas em inglês do jeito que foram


apresentadas. Não adianta perguntar a razão de ser assim e não de
outro jeito. Se o tempo verbal é o Present Perfect ou não, isso não
importa! O que importa é que é dessa maneira que eles se falam sobre
tais assunto em inglês.

Professores e alunos acham essa atitude meio louca. Pois acreditam que
é preciso saber as minúcias gramaticias para se comunicar bem. Pois
bem! Aí eu pergunto: você sabe a diferença do Pretérito Perfeito, Pretérito
Mais Que Perfeito e Pretérito Imperfeito? Você nisso ao longo do dia
enquanto conversa com os amigos, familiares, colegas, etc?

Pense nisto! Despreocupe-se com as regras! Preocupe-se


em comunicar-se de modo eficiente e natural! No blog há
ainda muitos outros exemplos disso. Basta fazer uma
pesquisa por Present Perfect usando a barra do Google
que está abaixo do cabeçalho do blog. No livro “Gramática
de Uso da Língua Inglesa – a gramática do inglês na ponta
da língua” você também encontra várias dicas,
explicações e atividades sobre esse assunto. Good luck!
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Todo estudante de inglês já deve ter ouvido


falar do tal Present Continuous, também
conhecido como Present Progressive. Um tempo
verbal que, ao contrário do que muita gente
pensa, tem vários usos em inglês.

Para começar, saiba que esse tempo verbal é


formado pelo verbo be + ~ing. Isso significa que
você deve saber conjugar o verbo 'be' e também
saber acrescentar ~ing ao verbo. Exemplos,

 I am studying
 He is working
 She is reading
 They are cooking
 We are writing

Sabendo como formar esse tempo verbal, podemos passar para seus
diferentes usos. Ou melhor, em que momentos usamos esse tempo
verbal verbal e que tipo de ideias podemos comunicar com ele.

Para alunos iniciantes é sempre ensinado que o Present Continuous é


usado quando queremos dizer que algo está acontecendo no momento
da em que falamos algo. Essa é talvez o que a maioria dos estudantes de
inglês lembram sobre o Present Continuous.

O que livros e professores esquecem de dizer é que com esse uso, o


Present Continuous deve vir acompanhado de palavras/expressões como
"now" (agora), "at the moment" (no momento), "right now" (agora mesmo,
neste instante), ou caso o contexto deixe claro que estamos falando
sobre o que está acontecendo no momento da fala. Veja alguns
exemplos:

 I am reading Denilso's ebook right now. (Neste instante eu estou


lendo o blog do Denilso)
 My workmates are working now. (Meus colegas de trabalho estão
trabalhando agora)
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 They are traveling through Italy at the moment. (Eles estão


viajando pela Itália no momento)
 Why are you crying? (Por que você está chorando?)

A semelhança com a língua portuguesa é notável. Por isso, muita gente


ao se deparar com os outros usos do Present Continuous acha tudo
muito complicado. Culpa também da famosa tradução palavra por
palavra. Continue lendo para entender melhor o que estou querendo
dizer.

O ponto onde muita gente se atrapalha é quando aprende que o Present


Continuous também é usado para expressar algo que vou fazer
futuramente. Ou seja, se eu já tenho tudo planejado, agendado,
esquematizado, etc., para fazer algo no futuro (hoje a noite, amanhã,
depois de amanhã, semana que vem, mês que vem ano que vem, etc.) eu
posso usar o Present Continuous sem medo. Mas devo lembrar de usar
também uma expressão de tempo que indique a ideia de que aquilo
acontecerá no futuro. Observe:

 I am traveling to Italy next year. (Vou viajar para a Itália no ano


que vem)
 We are having dinner together tonight. (Nós vamos jantar juntos
hoje à noite)
 She is starting a new job next week. (Ela vai começar um
trabalho novo na semana que vem)

Achou isto confuso? Então, vamos comparar as duas sentenças a seguir:

1. They are studying English at the moment.


2. They are studying English next year.

Veja que na sentença 1 a expressão "at the moment" deixa bem claro que
a ação (study English) está acontecendo nesse momento, agora. Pelas
informações que tenho, eu sei que agora (no momento) eles estão
estudando inglês.

Já na sentença 2 a expressão "next year" informa que isto é algo para o


ano que vem. Eles vão viajar para a Itália no próximo ano. Eles já podem
ter tudo planejado ou mesmo organizado: passagens, estadia, roteiros,
etc.

Percebeu que são dois momentos diferentes: agora e depois? Esses dois
momentos em inglês se valem do mesmo tempo verbal: Present
Continuous. A única diferença é a expressão de tempo (advérbio de
tempo): "at the moment" e "next year".
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Será que ficou claro agora!? Espero que sim! Caso contrário, entre em
contato com a sua dúvida para que ela possa ser explicada melhor.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

“Can” como verbo é uma das


palavras mais usadas em inglês.
Logo, é importante saber usá-la bem
em inglês. Você deve até achar que
sabe tudo sobre ela. Afinal, você já
aprendeu que “can” é o verbo
“poder”. Sabendo disso, você então
acha que não precisa mais saber
sobre ele. Sinto informar que isso é
um engano. Nessa dica você saber a
razão disso.

Para não perder muito tempo já vou dizendo que além de “poder”, o
verbo “can” também significa “conseguir”, “dá pra” e “saber”. Para saber
qual o significado no momento em que ele estiver sendo usado é
importante que você entenda a sentença e o contexto. Olhe só as
seguintes sentenças:

 Can you drive?


 Can you open the door, please?
 Can you give me some help?
 Can I go with you guys?
 I can run five kilometers.

Do modo tradicional e simplista - ou seja, traduzir “can” apenas por


“poder” - você acaba deixando passar coisas bem interessantes sobre o
seu uso. Para esclarecer um pouco, vamos ver as sentenças acima
traduzidas de dois modos.

Você pode dirigir? Você sabe dirigir?


Você pode abrir a porta, por favor? Dá prá você abrir a porta, por
favor?
Você pode me dar uma ajuda? Dá prá você me dar uma
ajudinha?
Posso ir com vocês? Dá prá eu/mim ir com vocês?
Eu posso correr cinco quilômetros. Eu consigo correr cinco
quilômetros.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Quais traduções você acha que é mais coloquial, mais parecido com o
jeito como nós falamos no dia a dia, mais compreensível? Claro que são
as sentenças que estão do lado direito, não é mesmo?

Veja como o verbo “can” pode ser traduzido de modos bem diferentes e
da forma como nós realmente costumamos falar em português. Ou você
vai me dizer que costuma perguntar aos seus amigos deste jeito: “você
pode nadar?”; “você pode pilotar um avião?”; “você pode falar inglês?”?
Acredito que o mais comum será você dizer “você sabe nadar?”, “você
sabe pilotar um avião?”, “você sabe falar inglês?”.

Para aqueles que gostam de exemplos, seguem alguns abaixo:

 Dá pra você ficar quieto? Can you be quiet?


 Dá pra você vir aqui rapidinho? Can you come here for a while?
 Dá pra você me dizer o que está acontecendo? Can you tell me
what’s happening?
 Dá pra acreditar nisto? Can you believe it/that?
 Dá pra eu/mim falar com você? Can I talk to you?
 Dá pra eu ficar em casa hoje? Can I stay home today?

 Você sabe dirigir? Can you drive?


 Você sabe falar inglês? Can you speak English?
 Você sabe pilotar uma avião? Can you fly an airplane?
 Eu sei falar francês. I can speak French.

 Você consegue levantar 100kg? Can you lift 100 kilos?


 Meu pai consegue levantar 110kg. My father can lift 110 kilos.
 Eu acho que a gente consegue fazer isto. I guess we can do that.

Acho que já deu pra entender, não é verdade? Veja que assim o “can”
pode ser visto com outros olhos. Tudo depende de você! Comece a deixar
de lado aquela rotina gramatiqueira e simplista da língua - das duas
línguas, claro. Pare também de traduzir tudo como se fosse de um único
jeito. Comece a ver como as coisas são realmente usadas no dia a dia e
de vários modos. Não é fácil, mas tenho certeza que você consegue...
Just go for it...

Para encerrar, que tal um pequeno desafio? É o seguinte: procure você


mesmo criar alguns exemplos usando esses usos diferentes do verbo
“can”. Creio que só assim, você se acostumará com eles. Afinal, como diz
o ditado: practice makes perfect! (a prática leva à perfeição!). Esteja certo
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

de que com o tempo você poderá dizer “I can use ‘can’ in as many ways
as ‘can’ can be used and I bet you can’t.” (Comece sua prática traduzindo
esta sentença, ok?)
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Essa é mais uma daquelas perguntinhas


feita frequentemente em sala de aula. No
início de um curso de inglês aprende-se que
“you” pode significar tanto “você” quanto
“vocês”. Diante de tal informação, arma-se
uma grande confusão. Afinal, todo mundo
quer saber quando o “you” significará “você”
ou “vocês”?

Para início de conversa tenho de dizer que


nem mesmo os falantes nativos de inglês
sabem quando o termo “you” – ao ser usado
sozinho – refere-se a “você” ou “vocês”.
Curiosamente, as gramáticas mais sérias da
língua inglesa falam justamente isso! Achou
estranho!? Continue lendo para entender melhor.

O fato é que quando conversam naturalmente uns com os outros, os


falantes nativos de inglês lançam mão de certos recursos para que quem
ouve saiba se eles estão falando “você” ou “vocês”. Mesmo em texto
escritos informalmente esses artifícios são usados. Observe a sentença
abaixo:

 What are you guys doing?

Veja que que a palavra “you” está acompanhada de “guys” [pronúncia-se


/gáis/]. Nesse caso, o “guys” não deve ser traduzido literalmente por
“caras” como muita gente costuma fazer. A palavrinha “guys” está sendo
usada junto de “you”, apenas para indicar que a pergunta está sendo
feita a duas ou mais pessoas e não apenas a uma. Ou seja, a
interpretação deve ser a seguinte:

 O que vocês estão fazendo?

Com isto descobrimos que em inglês eles não usam apenas o “you” para
fazer referência a “vocês”. Aprendemos também que o “you” sozinho – ou
conforme o contexto – deve ser entendido como “você”. Veja,
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 What are you doing? = O que você está fazendo?


 What are you guys doing? = O que vocês estão fazendo?

Além do “you guys”, eles também costumam dizer “you all” – geralmente
dito apenas “y’all” – ou ainda “you folks”. Sendo que essa última – you
folks – é mais usada em algumas regiões e não em outras. Quando são
apenas duas pessoas é comum dizer apenas “you two” – parecido com o
nosso “vocês dois”.

Para encerrar veja mais alguns exemplos:

 Are you two ok? (vocês estão bem?)


 You guys are really crazy! (vocês são muito loucos!)
 You guys don’t know anything. (vocês não sabem de nada.)
 Where are you all going? (onde vocês estão indo?)
 You guys better be careful! (é melhor vocês se cuidarem!)
 What’s the matter with you guys? (qual o problema de vocês?)

Última dica: ao assistir a um filme ou a um seriado, procure prestar


atenção a estas expressões. Certamente, você irá ouvi-las o tempo todo.
Pois, em inglês elas são muito comuns. Acredite!

Ah, mais uma coisa que não pode deixar de ser dita! Não se assuste se,
por acaso, encontrar um gringo por aí falando “yous”. Apesar de ser
menos comum e até mesmo estranho, saiba que os linguistas já
registraram seu uso em algumas regiões dos Estados Unidos e Irlanda.
Ou seja, em alguns locais, eles têm o you (você) e o yous (vocês).
Interessante, não?
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

A maioria dos estudantes de inglês


reclama que os falantes nativos sempre
falam rápido demais. Não é só isso, não!
Reclamam também pelo fato do CD do
cursinho de inglês deles ser tudo falado
muito rápido. Geralmente os comentáios
são assi,

“Se o cara falar devagarzinho, eu até que


entendo lá algumas coisas; mas quando
o cara começa a falar rápido, aí pronto, eu me perco todinho.”

Aqui temos um grande problema. Ninguém gosta de falar devagar! Isso é


um fato. Imagine se você tivesse que falar vagarosamente com alguém
durante 10 minutos. A situação é horrível; pois, a conversa parece não
fluir, não sair do lugar. Isso por que falar devagar é monótono, é chato, é
enfadonho (as 3 palavras são sinônimos, só as usei por uma questão de
ênfase mesmo!). E não é nada natural. Cansa quem fala e desânima
quem escuta.

De acordo com os profissionais na área de aquisição linguística, uma


conversa (diálogo) comum, entre falantes nativos da língua inglesa,
ocorre com uma velocidade com cerca de 190 a 210 palavras por minuto
(isto dá uma média de 3 palavras por segundo). Só para você ter uma
ideia, saiba que ama simples sentença como "I don't think this is right"
pode ser dita em incríveis 1,26 segundos ou ainda menos - 0,94
segundos.

Ao ler isso, você acaba ficando mais louco ainda. Afinal, falar e entender
entre 190 a 210 palavras por minuto não é para qualquer um.

Meu conselho para você é o seguinte: Naõ se desespere! Vá com calma e


paciência! Dedique-se! Pratique! E você certamente chegará lá. Lembre-
se, porém, que: um estudante de inglês que queira atingir um bom nível
de fluência e ser capaz de conversar com competência em inglês deverá
procurar falar pelo menos 100 palavras por minuto (1,66 palavras por
segundo) e estar preparado para entender 160 a 200 palavras por
minuto (2,66 palavras por segundo).
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Como você pode ver, não é nada tão difícil assim, não é mesmo? Afinal,
praticando é possível chegar a esse ponto. Mas, o que fazer então para
conseguir chegar a esse nível?

Uma coisa que recomendo muito e que coloco em primeiro lugar é


escutar muito. escute músicas, filmes, vídeos curtos no Youtube, rádios
em inglês, etc. O segredo é treinar bastante seus ouvidos para que eles
se acostumem com os sons, palavras, expressões, collocations, etc. No
entanto, nada de ouvir uma música, por exemplo, com o objetivo de
entender tudo o que o cantor ou cantora falam. O que você deve fazer é
relaxar e tentar compreender (identificar) aquilo que você já sabe. Com o
tempo o ouvido vai se acostumando e a língua vai se soltando.

Isso foi o que aconteceu comigo. Quando fui morar em uma colônia de
americanos eu mal falava inglês. O conselho que me deram foi “preste
atenção ao modo como eles falam”. Assim, eu mais escutava do que
falava. Na maioria das vezes não entendia nada, mas conseguia captar
algumas coisas. Com o passar do tempo, fui me acostumando e
melhorando. E, para ser sincero, continuo melhorando até hoje. Afinal,
isso nunca chega ao fim.

Além de escutar muito, outra dica é ler textos em voz alta. Calibre aí o
microfone do seu computador e grave a si mesmo lendo um texto curto
em inglês. Salve esse arquivo em seu computador. Depois, pratique a
leitura do mesmo texto mais vezes. Quando achar que melhorou um
pouco, grave-se novamente e compare com a gravação anterior. Vá
arquivando as gravações para comparar o seu desempenho.

Sempre que fizer uma nova gravação, procure aumentar a velocidade da


leitura. O ideal é pegar um texto simples e que tenha cerca de 100 a 120
palavras. Você saberá que está chegando à perfeição quando conseguir
ler esse pequeno texto em torno de 1 minuto. Depois de praticar com um
só texto, procure por outros e mais outros. A ideia é fazer isso
constantemente. Afinal, aprender inglês é algo que nunca acaba!

Uma terceira sugestão para ajudar você a aumentar o número palavras


que fala em inglês e desenvovler a sua fluência é fazer uma atividade
conhecida como voice-over. Para fazê-la você precisa de um arquivo de
áudio no qual tenha um narrador falando algo. Além disso, é bom ter
também o script da fala do narrador.

Escute ao arquivo original quantas vezes desejar e preste atenção no


ritmo, na pronúncia, nas pausas, no modo como o narrador fala, etc.
Preste atenção apenas à fala. Tudo o que você conseguir observar, anote
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

no script. Faça marcações com pausas, pronúncia, ritmo, tudo que


puder. Feito isso, leia o script quantas vezes quiser em voz alta e procure
imitar o narrador do arquivo.

Quando você achar que está bom, tente falar ao mesmo tempo que o
narrador estiver falando. Isso mesmo! Procure falar junto com ele. Na
primeira tentativas (que podem durar dias), você poderá acompanhar o
narrador com a ajuda do texto (script). Preste atenção ao modo como ele
e você falam. Há diferenças? Se tiver, veja onde você está sendo diferente
e tente praticar para ficar igual a ele.

Depois de praticar bastante com o script você poderá fazer a atividade de


memória. Ou seja, falar ao mesmo tempo que o narrador, mas sem ler o
texto. Isso tudo exige prática, dedicação e esforço. O resultado, porém,
será fantástico! Tudo dependerá de você.

Essas três dicas ajudarão você não apenas a falar mais palavras em
inglês. Elas serão úteis para estimular os seus ouvidos e assim
desenvolver a habilidade de listening, ajudar o seu cérebro a memorizar
expressões, gírias, palavras novas, collocations, etc., e também a se
tornar mais fluente em inglês chegando ao ponto de falar com mais
naturalidade.

Para que isso aconteça é fundamental que você pratique muito. Caso
contrário, as coisas continuarão do jeito que estão e você continuará
com a sensação de que aprender inglês é impossível.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

O título desse texto no blog é “Por que


não sou tão fã de gramática?”.
Confesso que nunca imaginei que ele se
tornaria um dos textos mais lidos por lá.
Como você pode ver, eu me enganei! Esse
texto não só recebe inúmeras visitas
como também continua sendo
comentado. A ideia de escrevê-lo surgiu
pelo fato de muitos leitores me
perguntarem a razão pela qual eu
raramente fale sobre tópicos gramaticais
no blog. E é isso que você vai ler abaixo.

Muita gente me critica pelo fato de eu falar que aprender gramática não
é necessário em inglês. Infelizmente, criticam por não entenderem a
ideia corretamente. Afinal, quando eu falo que não sou fã de ensinar
gramática e recomendo que as pessoas parem com essa mania de
aprender a gramática acima de tudo, estou apenas me referindo ao tipo
chato de gramática.

Ou seja, estou falando daquela que chamamos normalmente de


Gramática Normativa. Essa gramática é a gramática das regras e dos
termos técnicos de uma língua. Por exemplo, quando eu falo que o
Present Perfect é formado de tal maneira e que devemos usá-lo quando
isso e aquilo, estou fazendo uso dessa tal de Gramática Normativa. É
contra esse tipo de coisas que falo em meu blog, livros, palestras,
workshops, cursos, etc.

Acredito que no início de um curso de línguas as pessoas devam


aprender a se comunicar sem se preocupar com regras e palavras
técnicas. Afinal, do que adianta você saber que o Present Continuous é
formado de tal maneira e que deve ser usado para tal situação? Na hora
de falar a língua naturalmente não dá tempo para pensar nisso.

O curioso é que antes de mim outros linguista já falavam e ainda falam


isso. Um exemplo é o linguista brasileiro, Travaglia, que disse o seguinte
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

sobre ter conhecimento de Gramática Normativa para quem quer se


comunicar bem em português:

“Para a grande maioria dos falantes nativos de uma língua, o que importa
é ser comunicativamente competente em sua língua. Ter conhecimento
sobre a língua e/ou ser analista da mesma importa a pouca gente
(lingüistas, gramáticos, teóricos da língua em geral, professores de língua
materna e estrangeira e em menor grau a alguns profissionais que se
valem diretamente da linguagem, tais como jornalistas, publicitários,
revisores, etc).” [Gramática - Ensino Plural, Travaglia]

São por causa de palavras assim que eu, como Profissional de Ensino da
Língua Inglesa, evito mencionar os tecnicismos da língua inglesa e as
regras que mais se contradizem do que realmente dizem a verdade.
Acredito que uma pessoa que queira aprender uma segunda língua para
se comunicar com outras pessoas não precisa saber dessa pesada teoria
gramatical.

Uma pessoa que deseja se comunicar em inglês pode aprender a dizer


“have you ever been to...?” (você já foi para...?), sem ter a necessidade de
analisar a sentença gramaticalmente. Como disse um aluno meu certa
vez: “a gente quer é se comunicar e não ficar fazendo a autópsia das
sentenças”.

Claro que conhecimento de Gramática Normativa (regras e termos


técnicos) pode ajudar você em algum momento. Porém, não faz a menor
diferença na hora de expressar uma ideia, de se comunicar ao vivo e a
cores.

Antes que alguém me chame de louco, tenho de dizer que há uma


abordagem de ensino de idiomas conhecida como Lexical Approach
(Abordagem Lexical) que, em resumo, afirma o seguinte:

“Para se aprender uma língua o importante é aprender vocabulário.


Porém, isso não significa que você deve ficar decorando palavras isoladas.
Você deve, na verdade, ver vocabulário como algo maior, algo mais
abrangente, mais amplo. Este ‘algo’ nós chamamos de Itens Lexicais
(Lexical Items) ou ‘chunks of language’. Muitas vezes uma sentença
completa é um item lexical (ou seja, é um vocabulário). Pense nas pessoas
que nunca estudaram inglês e são capazes de dizer ‘the book is on the
table’. Elas aprenderam a dizer a sentença por completo, elas não tem a
menor noção da teoria gramatical por trás da sentença. Tem ainda as
pessoas que entendem (e falam) ‘what’s your name?’ e dão a resposta
sem titubear. Isso mostra que uma sentença completa pode ser facilmente
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

aprendida por quem quer que seja e sem a necessidade de conhecimento


dos tecnicismos da gramática.”

A Abordagem Lexical em termos mais simples é uma abordagem de


ensino de idiomas no qual você aprende vocabulário, gramática e
pronúncia de modo integrado. Isto é, você aprende os três juntos e não
isoladamente. A vantagem para o aprendiz é que o curso dura menos
tempo (dependendo da vontade do aluno pode durar até 1,5 ano). Outra
vantagem, é o fato de você aprender a se comunicar de modo real e
natural e não mecânico. Sem contar que tudo o que você aprender não
será necessário ficar analisando minuciosamente e decorando as regras
gramaticais e os nomes esquisitos da nomenclatura gramatical.

Vocês já devem ter entendido a razão pela qual eu não falo muito de
Gramática Normativa em meus trabalhos. Sou contra esse negócio de
enfiar teorias gramaticais na cabeça de todo mundo. Sou adepto das
abordagens comunicativa e lexical.

Nos primeiros momentos de um curso de inglês (primeiro ano) acredito


que o aluno deve ter contato com o inglês real, o inglês como ele é usado
no dia a dia por falantes nativos da língua. Depois de ser capaz de se
comunicar e trocar algumas ideias com as pessoas na língua é que
recomendo que aos poucos a pessoa vá aprendendo a teoria gramatical.
No entanto, isso só acontecerá se a pesosa realmente quiser aprender a
tal teoria. Caso contrário, o negócio é falar inglês e ir aprendendo como a
língua é usada de verdade.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Em todo o blog o assunto “chunks of


language” é mencionado a todo
instante. Logo, não é de se estranhar
por que muita gente quer sabe o que
são esses tais chunks of language. Vou
nessa dica, procurar esclarecer o
assunto e assim facilitar as coisas.

Antes de explicar o que são “chunks of language”, quero informar a todos


que tecnicamente falando eles são conhecidos como formulaic sequences
ou formulaic language. Há ainda outros nomes como lexical chunks,
lexical units, lexical items, chunks, multi-word units, ready-mades,
prefabricated language, holophrases, entre tantos outros. Independente
do nome usado, saiba que todos se referem a uma coisa só.

Alison Wray, linguista inglesa e especialista no assunto, afirma que


formulaic language é um “termo usado por muitos pesquisadores para se
referir às grandes unidades de processamento – ou seja, unidades
lexicais que são formadas por duas palavras ou mais” (Formulaic
Language: Pushing the Boundaries, p. 3). Essa é a mesma definição dada
por Scott Thornbury no livro An A-Z of ELT, página 85: “formulaic
language refere-se àquelas sequências de duas ou mais palavras que
operam como uma se fosse uma coisa só, uma unidade”.

Essas unidades – formulaic language, chunks of language – não são


formadas, aprendidas e nem mesmo processadas palavra por palavra.
Elas são armazenadas e puxadas da memória como se fossem um
conjunto. Ou seja, é uma sequência de duas palavras oum mais que são
armazenadas no cérebro e usadas por completo sempre que necessário.
Para facilitar a compreensão, seguem abaixo alguns exemplos de chunks
of language bastante comuns na língua portuguesa:

 “Por falar nisso…”; “Sinto muito!”; “Me desculpa!”; “Não foi essa a
intenção”; “Foi sem querer!”; “Me dei mal!”; “Ai meu deus!”
 “Bom dia!”; “Boa tarde!”; “Boa noite!”; “Tenha um bom dia!”;
“Como vai?”; “Tudo bem?”; “E aí?”; “Tudo joia?”;
 “Até amanhã!”; “Te vejo na (segunda)!”; “A gente se vê!”; Até mais
(tarde)!”; “Até qualquer hora!”;
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

 “Você quer…?”; “Que tal…?”; “Quer um pouquinho de…?”; “O lance


é o seguinte…”
 “Onde você quer chegar com isso?”; “O que você quer dizer com
isso?”; “Para encurtar a conversar…”; “Essa é uma longa
história…”; “Você não sabe da missa a metade…”; “Ajoelhou,
agora tem de rezar…”;
 “redondamente enganado”; “dar uma festa”; “tomar vergonha na
cara”; “arrumar a mesa”; “lavar as mãos”; “escovar os dentes”;
“distorcer a verdade”
 “Agué mole em pedra dura…”; “A cavalo dado não se olha os
dentes”; “passar dessa para melhor”; “chutar o pau da barraca”

Todas as expressões (sentenças) listadas acima são excelentes exemplos


de chunks of language em nossa própria língua. Nós aprendemos cada
uma delas da forma como são. Ou seja, aprendemos a dizê-las e
interpretá-las como se fossem um conjunto e não palavra por palavra.
Ao batermos papo com alguém ou mesmo ao escrevermos um e-mail, por
exemplo, esses conjuntos saem da cabeça como se fossem uma única
coisa. Nós não pensamos em cada palavrinha de modo isolado e também
não pensamos nas regras gramaticais para formá-las.

Em inglês, os exemplos de chunks of language também são inúmeros.


Aliás, no ensino de inglês somos expostos a chunks of language desde o
primeiro momento em que começamos a aprender a língua inglesa:

 “How old are you?”; “Where are you from?”; “What’s your name?”;
“How are you?”
 “I’m sorry!”; “Excuse me!”; “I beg your pardon!”; “Thank you!”;
“You’re welcome!”; “Never mind!”; “No problem!”
 “The thing is…”; “Would you like…”; “What’s … like?”; “What does
… look like?”; “By the way”; “So to speak”
 “What’s up?”; “What’ve you been up to?”; “What’ve you been doing
lately?”; “Where’ve you been?”
 “Get up early”; “Get up late”; “flag down a taxi”; “run out of
(money, gas, sugar, coffee, etc.)”;
 “Very much mistaken”; “set the table”; “throw a party”; “brush
your teeth”; “send an email”; “stretch the truth”
 “Water dripping day by day…”; “Kick the bucket”; “Go by the
book”;

Como você pode ver a ideia representada pelo chunks of language


(formulaic language) não é nada complicada. Observe que qualquer
conjunto de duas palavras ou mais que possui um significado próprio e
só pode ser interpretado em conjunto é um chunk of language.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Em termos de aprendizado de vocabulário, você pode dizer que de um


lado temos as palavras isoladas e de outro os chunks of language. Ou
seja, podemos ensinar as palavras isoladas (casa, carro, vermelho, por,
falar, nisso, como, você, está, o, que, você, acha, disso, etc.); mas também
podemos ensinar também os chunks of language do modo como eles são
usados em inglês.

De modo simples e prático, essa é a explicação para o que são os tais


chunks of language. Espero ter esclarecido o assunto. Caso você queira
saber mais sobre o asusnto recomende que procure os seguintes textos
no blog:

 Itens Lexicais [Chunks of Language] - primeira parte de uma


série de três posts; nos quais são dadas informações básicas
sobre os chunks of language, exemplos e muito mais. Certamente
esses são os primeiros post que você deverá ler para entender o
assunto. Vale dizer que chunks of language são também
conhecidos como: formulaic language, lexical items, lexical
phrases, holophrases, etc.
 Chunks of Language - texto em inglês com uma rápida e simples
explicação sobre os chunks of language; há também exemplos e
uma ideia de como você pode aprendê-los os trabalhá-los em sala
de aula.
 Chunks of Language: como identificá-los - post em português
no qual é dado dicas sobre como identificar os chunks of
language em textos.
 Textos em Inglês para Iniciantes: identificando chunks of
language - uma sugestão de como trabalhar a identificação de
chunks em textos voltados para alunos iniciantes.
 Chunk: if you don't mind - texto também em inglês no qual
o chunk "if you don't mind" é usado como exemplo.
 Chunk of Language: it's ... to ... - um exemplo de como você
pode aprender gramática por meio de chunks sem a necessidade
de ficar estressado em aprender regras gramaticais.
 Chunks: Frases Conversacionais - uma pequena amostra
de chunks usados em situações específicas.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Qual é o seu nível de inglês? Será que você é


básico? Intermediário? Avançado? Ou quem
sabé é pré-intermediário? Talvez
intermediário superior? Isso causa muita
confusão, não é mesmo? Talvez seja por isso
que as pessoas procuram saber sobre níveis
de inglês na internet.

A dúvida maior é saber o que cada nível tem


de especial. Ou seja, as pessoas querem
saber o que cada nível representa. Por exemplo, que tipo de conteúdo
você deve saber para ser considerado básico, intermediário ou
avançado?

Assim, é bom você saber que curso de idiomas que se preza procura
estabelecer seus níveis de acordo com o Common European Framework
of Reference for Languages, um estudo feito por especialistas na área de
ensino e aprendizagem de idiomas e que descreve o que cada nível deve
ser capz de fazer.

Por exemplo, de acordo com esse documento, conhecido também como


CEF, um aluno que conclui o nível A1 [básico] de um idioma deve ser
capaz de

“compreender e usar expressões comuns do dia-a-dia bem como frases


básicas com o objetivo de satisfazer as necessidades primárias da
comunicação. Consegue se apresentar e também apresentar outras
pessoas. Consegue fazer e responder perguntas pessoais tais como onde
mora, falar sobre pessoas que conhece e sobre o que possui. Consegue
interagir de modo bastante simples desde que a outra pessoa fale
devagar e claramente.”

O interessante deste documento é que em nenhum momento os autores


dizem que o aluno de nível básico deve saber de cor e salteado o
famigerado verbo to be, ou mesmo ser capaz de explicar em detalhes a
diferença entre o Present Perfect e o Past Simple, ou ainda saber
diferenciar um substantivo contável de um incontável, etc.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Também não tem nesse documento páginas dizendo que o aluno deve
saber lista de cores em inglês, lista de verbos irregulares, lista de
palavras contendo partes da casa, lista de palavras com parte do corpo
humano, lista de palavras disso e daquilo.

Isso é assim por que os estudiosos que redigirão esse documento levarão
em conta a necessidade da pessoa se comunicar em outra língua. Ou
seja, eles sabem que ao iniciar um curso de idiomas, o objetivo da
pessoas é o de serem capazes de se comunicar com outras pessoas,
bater papo, conversar, enteder uma e outra, etc. Portanto, o CEF - que é
hoje referência mundial na produção de novos materiais e no plano
pedagógico de cursos de idiomas - fala apenas sobre capacidade de
comunicação e não de análise sintática da língua a ser adquirida.

Assim, o CEF procura descrever seis níveis de capacidade na língua.


Esses níveis são estabelecidos de acordo com o que a pessoa é capaz de
fazer com a língua em termos práticos e reais. Ou seja, em que situações
os alunos são capazes de interagir com outras pessoas.

Só para você ter um ideia, o CEF diz que um aluno aluno básico deve ser
capaz de fazer o que foi descrito acima. Já um aluno C2 [avançado,
proficiente, o mais alto nível descrito no documento]

“consegue compreender com facilidade praticamente tudo o que ouve e lê.


Consegue resumir informações de diferentes fontes faladas e escritas,
reconstruir argumentos e relatos de forma coerente. Consegue se
expressar espontaneamente, de modo bastante fluente e preciso,
identificando as entrelinhas do que é dito e escrito nas mais complexas
situações.”

Os seis níveis do CEF são: A1 [básico], A2 [pré-intermediário], B1


[intermediário], B2 [pós-intermediário], C1 [avançado], C2 [proficiente]. A
descrição dos níveis A1 e C2 você viu acima, agora veja a descrição dos
demais.

A2

Consegue compreender sentenças e expressões freqüentemente


relacionadas às áreas de importância primária (por exemplo,
informações pessoais e familiares básicas, fazer compras, descrever a
geografia local, falar sobre seu trabalho). Consegue se comunicar em
tarefas simples e rotineiras desde que estas requeiram uma troca
simples e direta de informações sobre assuntos rotineiros e conhecidos.
Consegue descrever em termos simples, aspectos de sua formação
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

(background), o ambiente em que vive, e assuntos nas áreas de


necessidade primária e imediata.

B1

Consegue compreender os principais pontos em uma comunicação clara


sobre assuntos de seu conhecimento normalmente encontrados na
escola, trabalho, lazer, etc. Consegue lidar com a maioria das situações
que possam surgir durante uma viagem ao país no qual o idioma é
falado. Consegue produzir textos simples sobre temas que lhe sejam
familiares ou de interesse pessoal. Consegue descrever experiências e
eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como dar breves razões e
explicações para suas opiniões e planos.

B2

Consegue compreender as principais idéias de textos complexos tanto de


tópicos concretos quando abstratos, incluindo discussões técnicas na
sua área de especialização. Consegue interagir com um grau de fluência
e espontaneidade que torna possível a interação regular com os falantes
nativos do idioma sem que haja tensão mental de cada participante do
ato comunicativo. consegue produzir textos claros e detalhados sobre
uma variada gama de assuntos e consegue explicar o ponto de vista de
um tópico oferecendo as vantagens e desvantagens de vários pontos.

C1

Consegue compreender uma variada gama de textos mais longos e


complexos, e reconhece o significado implícito dos textos. Consegue se
expressar fluente e espontaneamente sem demonstrar claramente que
está procurando as expressões que usa. Consegue usar o idioma de
modo flexível e eficiente para fins sociais, acadêmicos e profissionais.
Consegue produzir textos claros, bem estruturados e detalhados sobre
temas complexos, demonstrando ter controle dos padrões
organizacionais e estílisticos.

Depois de ler tudo isso tenho algumas perguntas para vocês:

1. Qual o seu nível de capacidade na língua inglesa?


2. Se você estuda inglês em alguma escola, eles falam sobre isso
para você?
3. Você acha que isso é importante ou não?
4. Como você pode tirar proveito das informações apresentadas
acima?
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Pense bem nas respostas. Afinal, aprender inglês significa estar por
dentro desses assuntos também. Caso contrário, você continuará sendo
levado de uma escola a outra por muito tempo.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Para mim, falar sobre a diferença entre


“have” e “have got” é algo tão batido que
muitas vezes não dou muita atenção ao
tema. No entanto, ano após ano, as pessoas
continuam com essa pequena dúvida. Nessa
dica, além de aprender a diferença de um
para outro, você aprenderá uma forma
curiosa de como os falantes nativos da
língua inglesa dizem “ter” em inglês.

Quando alguém pergunta sobre a diferença entre essas duas palavras, a


resposta que mais se ouve é a seguinte “have” é mais usado no inglês
americano; e, “have got” é coisa de inglês britânico. Essa resposta até
algum tempo atrás parecia 100% correta. Porém, com o uso da
tecnologia para “ver” a língua em uso, os estudiosos perceberam que
americanos também usam “have got” com certa frequência. Logo, a
resposta que parecia ser a mais correta apresenta uma falha; afinal,
você poderá ouvir um americano dizendo “I have got a car” (eu tenho um
carro).

O interessante é que americanos usam “have got” de um modo bem


diferente do normal. Por mais estranho que possa parecer os eles usam
apenas o “got” quando conversam informalmente. Isso mesmo! Eles
simplesmente jogam o “have” na lata do lixo e fazem uso apenas do
“got”. Veja os exemplos:

 I got a* car. (Eu tenho um carro.)


 I got to* talk to you. (Tenho de falar com você.)
 He got to* do this now. (Ele tem de fazer isso agora.)
 What you got there? (O que você tem aí?)

Para nós, brasileiros, isso causa a maior confusão; pois, nas escolas de
inglês – e livros – aprendemos que “got” é o passado de “get”. Aí, quando
ouvimos uma sentença como “he got a girlfriend”, ficamos com a
sensação de que nosso inglês é péssimo. Na verdade não é!
Simplesmente, as escolas – e os livros – omitem esta informação, ou seja,
ninguém nunca nos ensinou isso.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Se você assistir a um filme ou seriado norte-americano perceberá como


esse uso é mais comum do que se pode imaginar. A seguir você
encontrar alguns exmeplos tirados de filmes e seriados:

 I got brothers and sisters. (Tenho irmãos (e irmãs))


 You got anything to tell me? (Você tem algo a me dizer?)
 You got to* see this. (Você tem de ver isto.)
 He got things to do. (Ele tem mais o que fazer.)
 I got to* go now. ( Tenho de ir agora.)
 They got a wonderful house. (Eles têm uma casa linda.)

Nas sentença acima, marcadas com *, o “got to” ou “got a” é pronunciado


“gora” como em “agora”.

Observe que não é preciso ser um expert em gramática ou em inglês


britânico e americano. Basta apenas se acostumar com este tipo de
peculiaridades da língua. Não há motivo para desespero ou mesmo para
achar que você é burro e que inglês é difícil. É só uma questão de
costume, tempo e prática.

Para ter certeza de que você realmente entendeu, observe as sentenças


abaixo e transforme-as para o inglês coloquial, conforme você viu acima
(basta substituir o “have” por “got”).

 I have a brand new car. (I got a brand new car)


 She has a wonderful house on the beach.
 They have two naughty kids.
 He has a gorgeous sister.
 I have to study harder. (I gotta study harder)
 I have to talk with her first.
 He has to think twice.
 You have to go there.
 They have to help us.
 I have to shut my mouth.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Ok! Você pode até não gostar do assunto; mas,


esse ebook traz as 30 dicas mais lidas do blog
Inglês na Ponta da Língua desde a sua criação
em janeiro de 2007. Logo, é inevitável não listar
os palavrões. Isso por que as dicas sobre
preposições só perdem para as dicas sobre
preposições. Ou seja, na internet brasileira o
tópico mais pesquisado são as preposições em
inglês e em seguida os palavrões. Como já
falamos sobre preposições acima, agora é a
hora dos palavrões.

Mas para não ficar muito pesado, vou fazer


diferente. Aqui você vai aprender os quatro
grupos de palavras de onde os palavrões surgem em inglês e, além disso,
você verá também quais são as nove palavras tidas como as mais
ofensivas da língua inglesa.

Os quatro grupos de palavras de onde os palavrões surgem em inglês


são os seguintes:

1. Palavras relacionadas ao ato sexual (fuck, jerk off, cocksucking)


ou às partes íntimas (dick, cunt, balls, ass, tits);
2. Palavras relacionadas às necessidades físicas (shit, piss, crap,
fart);
3. Palavras relacionadas à etnia, raça, nacionalidade de alguém
(nigger, jew, polack); e,
4. Palavras relacionadas à religião de alguém (God, Jesus Christ,
Alah, Budah, etc)

Essas categorias são frequentemente encontradas em filmes e músicas.


O perigo é que você, estudante de inglês, pode acabar achando a palavra
bonitinha, ou acreditar na tradução da legenda no filme, e usá-la como
se fosse uma palavra natural, comum e normal.

Por exemplo, quando eu estava começando a estudar inglês, assistia a


muitos filmes de ação. Muitas vezes eu via o ator usar a palavra “shit”.
Na legenda a tradução era “droga”, “caramba”, etc. Assim, eu achava que
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

dizer “shit” era uma coisa normal. Um dia eu usei essa palavra diante de
um grupo de pessoas e fui repreendido por isso. Um brasileiro, que
falava inglês muito bem, então me explicou que “shit” tinha a mesma
conotação que “caralho”, “puta que pariu”, etc. Enfim, não tinha nada a
ver com o que a legenda dizia.

Outra que eu ouvia muito (e ainda ouço) era “oh my God!” usada em
músicas, filmes, seriados e até mesmo no dia a dia. Por mais que
atradução seja “ah meu Deus!” saiba que algumas pessoas mais
puritanas consideram isso uma espécie de palavrão. Isso por que você
está tomando o nome de Deus em vão; logo, não pode dizer isso. A
questão cultural nesse caso é muito diferente do nosso. Claro que hoje
em dia, muita gente não liga para isso; porém, é sempre bom tomar
cuidado.

A lição que podemos tirar disso é a seguinte: o fato de ouvirmos isso o


tempo todo não significa que devemos usar como se fosse natural para
eles. Pense no filme “Cidade de Deus”, por exemplo. O que você diria a
um americano que está aprendendo português e assiste a esse filme?
Você diria a ele para aprender os palavrões e usá-los como se fossem a
coisa mais natural do mundo? Claro que não. Você diria a ele para ter
cuidado!

Para encerrar, segue abaixo uma lista das palavras tidas como as mais
ofensivas para os falantes de inglês em qualquer onde essa língua é
falada. Nem preciso dizer que você deve evitá-las a todo o custo, não é
mesmo?

 cunt (o pior de todos; em português equivale a buceta);


 motherfucker (apesar de ser traduzido por 'filho da puta', seu
significado vai muito além disto);
 fuck (este todos devem conhecer);
 jerk [Inglês Americano], wanker [Inglês Britânico] (usados como
xingamentos, em termos mais leves equivale a idiota, embora não
seja bem isto [acho que cabeça de pica reflete bem o significado
de ambos, literalmente significam punheteiro);
 bitch, whore, hoe, slut, (todos significam puta, vagabunda,
vadia, cadela e seus inúmeros sinônimos);
 dick, prick, cock (termos usados para o órgão sexual masculino,
em português serão os piores palavrões imáginaveis nesta
categoria: pica, pau, rola, caralho, etc);
 piss (literalmente significa 'mijar', porém para um educado
falante nativo da língua inglesa, isto é um tremendo palavrão.
Cuidado! - há uma expressão muito comum em filmes, piss off,
traduzida geralmente por 'saia daqui', 'desapareça', mas pelo fato
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

do termo 'piss' estar na expressão, ela se torna uma expressão


extremamente ofensiva.)
 shit, crap (equivalem a 'merda', 'bosta', 'caralho', em português;
já deu pra ver que não é boa ideia usá-las; evite também o termo
'bullshit' muito comum em filmes)
 fart (refere-se ao pum [peido] ou ao ato de soltar puns [peidar];
evite-a a todo custo...)
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

Você já se perguntou por que o verbo be é tão


famoso? Por que será que todo curso de inglês
sempre dá tanta ênfase a ele logo no início? Por
que ele é tão especial assim? A propósito, eu
escrevo verbo “be” porque não existe verbo “to
be”. Quando digo isso, tem gente – professores e
alguns espertalhões – que brigam. Incrível!
Fazem confusão por causa de um simples “to”.
Continue lendo para entender isso tudo!

As coisas começam lá quando as gramáticas


começam a surgir. O modelo gramatical usado
por todos era o das gramáticas latinas. Curiosamente, todas as
gramáticas latinas começavam com o ensino das declinações verbais dos
verbos “ser” e “estar”. Portanto, ao ser escrita a primeira gramática da
língua inglesa, seu autor usou como modelo uma gramática latina e,
consequentemente, ele já foi logo descrevendo o verbo “be”, que é o
equivalente a “ser” e “estar” nas gramáticas latinas.

Deste simples fato histórico o verbo “be” ganhou fama e notoriedade


através dos tempos. Tornando-se, erroneamente, o carro chefe principal
de inúmeras gramáticas e cursos de idiomas de inglês. Digo
erroneamente, porque você no início de um curso de idiomas deveria se
preocupar com outras coisas e não com esse verbo.

Não me entenda mal, por favor. Eu reconheço que ele seja importante no
aprendizado. Porém, não concordo com o modo como ele é
frequentemente ensinado por aí. Ou seja, continuar com a velha forma
de ensino é o mesmo que perpetuar o erro. Afinal, se todo mundo
reclama que não aprende o verbo be é porque o modelo tradicional e
comum de ensino dele é ineficiente, monótono, sem resultado.

Você já procurou aprender de outro jeito? Já procurou mudar o foco! No


lugar de se matar estudando o be, que tal estudar primeiro os pronomes:
I, he, she, it, we, you, they. Todos usados antes de verbos.

Depois de aprender os pronomes, você pode aprender que o be, que


significa ‘ser’ ou ‘estar’ (ele vale por dois mesmo), tem três formas no
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

presente – am, is, are – e duas no passado – was, were. Depois de


aprender isso, você deve prestar atenção em como combinar cada
pronome com cada forma verbo:

 I am
 he, she it is
 you, we, they are
 I, he, she, it was
 You, we, they were

A tradução você faz de acordo com o pronome, o verbo, o tempo


(presente ou passado) e o contexto, claro. Veja:

 I am tired – eu estou cansado


 I am at home – eu estou em casa
 I was tired – eu estava cansado
 I was at home – eu estava em casa
 I was younger – eu era mais jovem
 He is tired – ele está cansado
 He is at home – ele está em casa
 He was tired – ele estava cansado
 He was at home – ele estava em casa
 He was younger – ele era mais jovem

E assim você vai fazendo quantas combinações for capaz. Faça também
versões de frase para você ir vendo como tudo funciona. Não espere
aprender de uma só vez. Vá com calma! Você só irá dominar isto com
prática e tempo. Mas pelo menos não vai ficar com a sensação de que
tem de sair decorando uma lista enorme de coisas com o tal verbo “to be”
no passado e no presente.
Inglês na Ponta da Língua: As 30 Dicas Mais Lidas

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