LIDANDO COM A INCERTEZA

A preocupação ocupa tempo de todas as pessoas. Ninguém passa pela vida sem ficar
preocupado, que significa ocupar-se com alguma coisa antes que ela aconteça. Em geral, a
preocupação deriva da nossa incapacidade de controlar o futuro totalmente ou de conviver
com as incertezas.

Quando a pessoa não consegue aceitar algumas incertezas e inseguranças naturais da vida, a
preocupação pode atingir níveis alarmantes, levando à transtornos mentais, como ansiedade
generalizada e uma queda na qualidade de vida abalada pela preocupação.

É claro que algumas preocupações são úteis e importantes, por isso são chamadas de
preocupações PRODUTIVAS. Elas ajudam a pessoa a resolver problemas, pois dizem respeito
à problema real e que pode ser enfrentado com atitudes, e por isso essa preocupação leva
alguma ação imediata. Por exemplo, “estou preocupado com uma entrevista de emprego”
isso me leva a atualizar o meu currículo, treinar algumas respostas e rever o trajeto até o local
para não chegar atrasado.

No outro extremo, temos a preocupação IMPRODUTIVA, que desencadeia uma porção de

perguntas sem respostas que remetem a “e se”. Exemplo: “e se o avaliador estiver de mau-
humor” “e se tiverem muitos outros candidatos muito mais qualificados do que eu” “e se me
der um branco na hora de responder”. Esses pensamentos não levam a absolutamente
nenhuma atitude prática para resolver o problema, além de produzirem uma ansiedade
intensa e inútil.

A preocupação improdutiva é vista muitas vezes como fundamental para prevenir

acontecimentos ruins. Algumas crenças disfuncionais podem estar por trás da valorização da
preocupação improdutiva.

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