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Curso de Enfermagem Artigo de Revisão

A RELÊVANCIA DO ENFERMEIRO NO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA SALVA


VIDAS: REVISAO DA LITERATURA
A NURSING RELEVANCE IN PROTOCOL OF SAFE SURGERY SAVES LIVES: LITERATURE REVIEW

Fernanda de Sousa Sales1, Rosimere Gonçalves Neres1; Elias Rocha de Azevedo2


1 Alunas do Curso de Enfermagem
2 Professor Especialista do Curso de Enfermagem, Orientador

Resumo

Introdução: Uma intervenção cirúrgica pode trazer diversos riscos para o paciente. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) elaborou protocolos a serem seguidos pelas equipes cirúrgicas, apresentado um Cheklist do que deveria ser observado.
Objetivo: O estudo busca analisar os parâmetros pelos quais deve se orientar o enfermeiro no Protocolo de Cirurgia Segura Salva
vidas, como é proposto pela OMS. Os objetivos específicos são: estabelecer as condições nas quais uma cirurgia se torna segura para
o paciente; apontar os resultados do uso do cheklist para a segurança das cirurgias; e analisar a contribuição do enfermeiro na
aplicação do checklist. Materiais e Métodos: Trata-se de um levantamento bibliográfico, com busca de materiais em livros, artigos
publicados sobre o assunto e documentos publicados pela OMS e Ministério da Saúde. A busca de artigos foi feita na Biblioteca Virtual
em Saúde, mediante os seguintes critérios de inclusão: publicação entre os anos de 2009 e 2015; em língua portuguesa; e completos.
Resultado: A busca de material na BVS resultou na seleção de 27 artigos e na parte institucional foram selecionados cinco
documentos. Conclusão: O uso do checklist torna as cirurgias mais seguras, evitando erros e a possibilidade de infecções no pós-
operatório, diminuindo o tempo de internação e os custos hospitalares. O enfermeiro tem papel relevante na implementação e uso do
checklist, desde a preparação do paciente, até a sua saída da sala de cirurgia, contribuindo para tornar a comunicação entre os
membros da equipe cirúrgica mais eficaz, proporcionando segurança a todas as pessoas envolvidas no procedimento.

Palavras Chave: Cirurgia Segura Salva Vidas; Protocolos da OMS; Checklist; Enfermeiro.

Abstract
Introduction: Surgery can bring several risks to the patient. Therefore, the World Health Organization (WHO) has developed protocols
to be followed by surgical teams, submitted an Checklist than it should be observed. Objective: The study seeks to analyze the
parameters by which to orient nurses in Safe Surgery Saves Lives Protocol as proposed by the WHO. The specific objectives are: to
establish the conditions under which surgery becomes safe for the patient; point out the results of using the Checklist for the safety of
surgery; and analyze nurses contribution in implementing the checklist. Materials and Methods: This is a literature review, with pursuit
of material in books, articles published on the subject and documents published by WHO and Ministry of Health The search for articles
was made in the Virtual Health Library (VHL), using the following inclusion criteria: publication between the years 2009 and 2015; in
Portuguese; and complete. Results: The search for material in VHL resulted in the selection of 27 articles and institutional part were
five documents selected. Conclusion: Use of the Checklist makes surgery safer, avoiding mistakes and the possibility of infection after
surgery, decreasing the length of stay and hospital costs. The nurse has an important role in the implementation and use of the
Checklist, from the preparation of the patient, until his operating room output, helping to make communication among members in the
most effective surgical team, providing security to all persons involved in the procedure.

Keywords: Safe Surgery Saves Lives; WHO Protocols; Checklist; Nurse.

Contato: rosimere.neres@gmail.com; nandahta151@gmail.com; eliaspresley2@gmail.com


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Introdução cirúrgico – pausa com a presença de todos


O individuo exposto à intervenção os membros da equipe na sala cirúrgica) e
cirúrgica está sujeito a vários tipos de Registro (antes do cliente se retirar da sala
riscos e complicações, que podem cirúrgica) (PANCIERI et.al., 2013).
favorecer o aumento da mortalidade Com o uso do cheklist o número de
(CORREGIO, 2012). mortes na cirurgia caiu de 1,5% para 0,8%
A Organização Mundial de Saúde e as complicações pós-cirurgia caíram d
(OMS) estima que aproximadamente 63 11% para 7%%. Também houve queda nas
milhões de pessoas por ano realizam taxas de infecção e no retorno não
alguma cirurgia, decorrente de traumas; 31 planejado ao centro cirúrgico (FONSECA,
milhões por malignidade e 10 milhões por 2010).
complicações obstétricas, num número Assim, o objetivo deste estudo é
total estimado em 234 milhões. A maioria analisar os parâmetros pelos quais deve se
dos pacientes passa por complicações no orientar o enfermeiro no Protocolo de
pós-operatório, dos quais 50% poderiam Cirurgia Segura Salva vidas, como é
ser evitadas (GRIGOLETO; GIMENES; proposto pela OMS. Os objetivos
AVELAR, 2011; PARANAGUÁ et al., 2013). específicos são: estabelecer as condições
Em 2002 ocorreu a Assembleia nas quais uma cirurgia se torna segura
Mundial de Saúde dos membros da OMS, para o paciente, de acordo com os
depois de identificar a necessidade de protocolos estabelecidos pela OMS;
diminuir os erros médicos e o sofrimento apontar os resultados do uso do cheklist
dos pacientes. Em outubro de 2004, a OMS para a segurança das cirurgias e
criou a Aliança Mundial para Segurança do diminuição da infecção hospitalar; e
Paciente; em 2005, deixou temas analisar a contribuição do enfermeiro no
prioritários a serem abordados a cada dois protocolo de cirurgia segura, devido ao
anos, definido como desafios globais. Em grande aumento do número de mortes
2008, foi adotada no Brasil a Campanha ocasionado pela contaminação.
Cirurgia Segura Salva Vidas (MOTTA Diante desses objetivos, foram
FILHO, 2013). propostos os seguintes problemas de
O checklist da Cirurgia Segura foi pesquisa: Qual a importância do enfermeiro
elaborado por um grupo de peritos em Cirurgia Segura Salva Vidas? Por que
internacionais reunidos pela OMS. Sendo esse movimento pela segurança em
assim, foi criado com a intenção de auxiliar cirurgia é tão importante? Qual a
as equipes operatórias na diminuição dos importância do Protocolo Cirurgia Segura
casos de morte e danos ao paciente Salva Vidas? O papel do enfermeiro é estar
(GRIGOLETO; GIMENES; AVELAR, 2011; atento para a importância de ser um
OMS, 2009). componente das equipes multidisciplinares
O cheklist é formado por três fases: dos centros cirúrgicos.
Identificação (antes da aplicação da Todas as instituições de saúde
anestesia), Confirmação (antes do corte devem estar capacitadas para fazerem um
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checklist das atividades que ali serão (BVS), em sua fonte de dados Scientific
desenvolvidas, antes, durante e depois das Electronic Library Online (SciELO).
cirurgias, seja qual for a sua importância, Os descritores utilizados para a
com vista à redução de erros e eventos busca de artigos na BVS foram Cirurgia
adversos, já que os mesmos podem ser Segura e Enfermeiro. Os descritores
evitados com a implantação de medidas Protocolos da OMS; Cheklist foram
simples e seguras, adotadas pela equipe utilizados para a busca de material
multidisciplinar, para evitar danos ao institucional na internet. Esses descritores
paciente. foram utilizados individualmente e de forma
Diante da relevância das normas combinada. Os critérios de inclusão dos
dispostas no cheklist elaborado pela OMS artigos na pesquisa foram: publicação entre
e levando-se em conta que o enfermeiro é os anos de 2009 e 2015; em língua
um dos maiores responsáveis pela sua portuguesa; e completos. Não foram
verificação nos centros incluídos artigos publicados fora do período
cirúrgicos é que foi escolhido o tema da estabelecido; em idioma diverso da língua
Cirurgia Segura Salva Vidas para a portuguesa; e incompletos. O artigo segue
elaboração deste artigo. as normas do Núcleo Interdisciplinar de
Pesquisa (NIP).
Materiais e Métodos
Para a realização da pesquisa foi Revisão da Literatura
utilizado o método do levantamento
bibliográfico, por meio do qual foram Histórico
investigados conceitos, definições, A segurança do paciente no
entendimentos e as principais discussões ambiente hospitalar constitui preocupação
realizadas por autores, pesquisadores e das equipes de saúde em todo o mundo.
especialistas, a respeito da importância dos As estatísticas indicam que um em cada
cuidados de enfermagem para que os seis pacientes cirúrgicos é vítima de algum
pacientes tenham cirurgias seguras. Nesse tipo de erro ou evento adverso, que
sentido, o estudo se limita a refletir sobre a poderiam ter sido evitados, por meio de
importância da atuação do enfermeiro na medidas preventivas (VENDRAMINI et al.,
segurança cirúrgica. 2009).
Os instrumentos utilizados na As situações inseguras para o
realização da pesquisa foram: livros, paciente são definidas pela OMS como
artigos publicados sobre o assunto e incidentes:
documentos publicados pela OMS e
Ministério da Saúde. Quanto aos artigos a [...] evento ou circunstância evitável,
decorrente do cuidado, não associado
serem consultados, trata-se de publicações à doença de base. [...] os incidentes
são classificados como incidente sem
realizadas em periódicos que foram dano que constitui risco, mas não
dano e evento adverso que,
encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde obrigatoriamente, resulta em dano ao
paciente (WHO, 2009, p. 9).
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Essas situações geralmente Fatores de insegurança cirúrgica


resultam de erros cometidos pela equipe de Para ter segurança nos
saúde na qualidade da assistência e procedimentos cirúrgicos as equipes
prejudicam não só o paciente, mas também devem buscar a qualidade no cuidado ao
a instituição, que pode não conseguir uma paciente. O Instituto de Medicina dos
acreditação desejada ou ainda dar margem Estados Unidos (IOM) define essa
a processos na justiça, contra toda a qualidade como:
equipe ou um de seus membros
(CAMANHO, 2014). [...] o grau com que os serviços de
saúde voltados para cuidar de
A qualidade na assistência ao pacientes individuais ou de
populações aumentam a chance de
paciente, no que se refere a sua produzir os resultados desejados e
são consistentes com o conhecimento
segurança, significa maior probabilidade de profissional atual (BRASIL, 2013a, p.
20).
se obter os resultados desejados e foi um
objetivo a ser atingido pela Organização Para que esta definição tenha uma
Pan-Americana de Saúde e Organização aplicação prática é preciso levar em conta
Mundial de Saúde (OPAS/OMS), desde três grandes problemas que afetam os
2002, quando foi realizada a 55ª serviços de saúde, que são a
Assembleia Mundial da Saúde. Em 2004 foi sobreutilização, a utilização inadequada e a
criada a Aliança Mundial para a Segurança subutilização. No primeiro caso, as
do Paciente, com a proposição, a partir de chances de dano ao paciente são
2005/2006, de desafios globais, como a superiores aos benefícios; o segundo caso
higiene das mãos como forma de refere-se aos problemas que poderiam ser
prevenção de infecções (BRASIL, 2013a). prevenidos; e no terceiro caso, o cuidado
No biênio 2007/2008 o desafio foi não é prestado ao paciente, também
promover a segurança do paciente no resultando em dano. Essas três situações
ambiente cirúrgico. Cerca de 234 milhões envolvem a capacidade da equipe de
de cirurgias são realizadas por ano no saúde em prestar os cuidados adequados e
mundo, com sete milhões de complicações que tragam benefícios aos pacientes
e um milhão de mortes, devido aos eventos (BRASIL, 2013a).
adversos (EA), que correspondem a dois Entre os danos que podem ser
terços daqueles que ocorrem nas demais prevenidos estão as infecções do sítio
áreas hospitalares e que poderiam ser cirúrgico (ISC), que constituem um dos
evitados em pelo menos 43%, se as mais graves danos ao paciente, ocupando
equipes seguissem fielmente as normas de o terceiro lugar em importância no Brasil,
segurança propostas pela Organização com 14% a 16% das infecções
Mundial de Saúde (OMS) (GUZZO; hospitalares. Essa problemática aumenta o
GUIMARÃES; MAGALHÃES, 2014). uso de antibióticos, do índice de
reoperações e do uso da Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), influenciando
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diretamente nas finanças do sistema de Alguns desses fatores podem ser


saúde público e do paciente, quando se evitados e outros podem ser minimizados.
trata de tratamento na rede particular Um dos elementos que mais provoca
(CORREGIO, 2012). distração e interrupção da equipe cirúrgica
Os fatores que podem contribuir é a abertura da porta da sala de cirurgia, o
para a insegurança do paciente cirúrgico que pode ser evitado. Falhas nos
são de naturezas diversas (GRIGOLETO; equipamentos e ausência de material
GIMENES; AVELAR, 2011): provocam interrupções, o que pode ser
a. Individuais: comportamento evitado por checagem periódica e no
inadequado, falta ou falhas na momento anterior à cirurgia. Quanto ao
comunicação e desempenho nível de ruído, 56db é considerado
abaixo do esperado para a aceitável na sala de cirurgia, mas
ocasião; geralmente atinge patamares bem mais
b. Ambientais ou relacionados à altos, principalmente em relação ao plano
organização do trabalho: falta de de fundo, o que pode provocar distrações
capacitação, sobrecarga de (PEREIRA et al., 2011).
trabalho, carga horária em vários Dessa forma, o bom desempenho
locais; de um Centro Cirúrgico (CC) está
c. Relacionados às tarefas: falta de relacionado à eliminação ou minimização
protocolos a serem seguidos; dos fatores que provocam insegurança
d. Relacionados ao paciente: para o paciente. A qualidade do
complexidade do procedimento desempenho está relacionada aos seus
cirúrgico; personalidade, falhas ou próprios processos e aos processos de
falta de comunicação, extremos da apoio, combinando instalações físicas,
vida, gravidade da doença e tecnologia, equipamentos adequados e
comorbidades. mão de obra habilitada, treinada e
Esses fatores contribuem para que competente. Essa combinação deve ser
ocorram incidentes cirúrgicos. Eles capaz de produzir bons indicadores, que
começam no processo de tomada de norteiam o processo de gestão e sinalizam
decisões e na gestão da instituição possíveis desvios (PANCIERI et al., 2013).
hospitalar, que resulta em más condições
de trabalho, como a sobrecarga, falhas na Procedimentos de segurança cirúrgica
comunicação, formação insuficiente, A segurança do paciente cirúrgico
indefinição de tarefas, recursos obsoletos e pode ser entendida como “a redução, a um
manutenção inadequada das instalações e mínimo aceitável, do risco de dano
equipamentos. Esses fatores levam à desnecessário associado à atenção à
prática de atos não seguros, como saúde” e se tornou uma meta a partir do
omissão, distração, erros, falta de atenção ano 2000, quando o IOM divulgou um
e não cumprimento dos procedimentos relatório sobre o assunto, apontando que
necessários (MOTTA FILHO et al., 2013). 98 mil americanos morriam a cada ano, por
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eventos adversos que poderiam ter sido verificação) dos procedimentos cirúrgicos e
evitados. A partir desses dados foram também de protocolos padronizados para a
estabelecidas quatro frentes de trabalho assistência ao paciente. A validação do
(SANTANA, 2014): instrumento foi feita por meio do estudo de
1. Estabelecimento de um foco dois grupos de pacientes, distribuídos em
nacional de liderança, com oito cidades do mundo, em todos os
definição de temas de pesquisas, continentes, como se observa na Figura 1
elaboração de ferramentas e (FERRAZ, 2009).
desenvolvimento de protocolos
para melhorar o conhecimento Figura 1 – Locais de aplicação para validação do
checklist
sobre o assunto;
2. Notificação obrigatória e voluntária
de EAs em serviços de saúde,
identificação de erros e promoção
de aprendizagem em serviço e por
meio de Educação Continuada;
3. Elevação dos padrões de
Fonte: FARIA, 2012
segurança e implementação de
ações de fiscalização dos Os parâmetros avaliados foram
procedimentos de trabalho; grandes complicações e mortalidade,
4. Implementação de práticas seguras sendo que houve redução de 36% nas
na prestação de cuidados. primeiras e 47% na segunda. Esses
A primeira medida implantada foi resultados impressionaram o mundo e o
uma lista de verificação da segurança do checklist passou a ser analisado, validado
procedimento de inserção do cateter e adotado pelos países (FERRAZ, 2009).
venoso, que reduziu em 66% o índice de O estudo de validação do checklist
infecção na corrente sanguínea, em um foi realizado entre 2007 e 2008 e no ano
período de 18 meses. Esse foi o primeiro seguinte o uso do instrumento já era feito
passo para que, em 2008, a OMS lançasse por diversos países, incluindo hospitais
o Programa “Cirurgia Segura Salva Vidas” brasileiros, como se mostra na Figura 2:
(Safe Surgery Saves Lives), ao qual o
Figura: Expansão do uso do checklist, 2009
Brasil logo aderiu, por meio da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
em parceira com a Organização
Panamericana de Saúde (OPAS) (PIRES;
PEDREIRA; PETERLINI, 2013).
O manual lançado pela ANVISA
tem como base o Programa “Cirurgia
Segura Salva Vidas”, da OMS, o qual
propôs o uso de um checklist (lista de Fonte: HARVARD UNIVERSITY, 2010
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Diversos hospitais do mundo (25, Os registros devem ser feitos por uma só
em 2007) começaram a usar o checklist pessoa (MARTINS; CARVALHO, 2014).
antes mesmo que o estudo de validação A primeira etapa de verificação é
estivesse concluído e em junho de 2010 já constituída pela recepção do paciente:
eram 3.790 hospitais a fazerem uso do
instrumento. O Brasil só apareceu nesse Nesse primeiro momento, para
recepcionar o paciente no centro
mapa (Figura 2) em dezembro de 2009, cirúrgico, devem estar presentes o
enfermeiro e o anestesista. A
com predominância de hospitais na Região presença do cirurgião não é essencial
para a realização dessa etapa,
Sudeste (HARVARD UNIVERSITY, 2010). considerando-se que o prontuário
esteja devidamente preenchido
Em 2012, o Brasil contava com (MONTEIRO; SILVA, 2013, p. 484).
6.746 hospitais, sendo que somente 30%
fazia parte do sistema público de saúde. Nessa etapa devem ser realizados

Em todo o Brasil, 176 hospitais eram procedimentos como receber a

acreditados, sendo 73 com excelência de confirmação verbal do paciente quanto a

conceito: sua identidade e se ele não puder


responder verbalmente, checar no
[...] sistema de avaliação e certificação prontuário; confirmação do local da cirurgia
da qualidade de serviços de saúde.
Tem um caráter eminentemente e o procedimento correto ou se este não se
educativo, voltado para a melhoria
contínua, sem finalidade de aplica; verificação do consentimento do
fiscalização, controle oficial ou
governamental (ONA, 2014).
paciente ou responsável para a cirurgia e
anestesia; verificação visual da marcação e
A busca pela acreditação é uma demarcação do sítio cirúrgico; instalação
opção de cada hospital. No processo, junto dos equipamentos para monitorar os sinais
aos organismos acreditadores, o uso do vitais; revisão, junto ao anestesista, se há
checklist e a consequente redução de possibilidade de perda sanguínea;
óbitos e taxas de infecção durante as checagem das possíveis alergias e
cirurgias ou depois delas, respectivamente, dificuldades nas vias aéreas, por parte do
são importantes para que a unidade paciente; verificação do acesso
hospitalar consiga ser acreditada e receber endovenoso (OMS, 2009).
um selo de qualidade. Para isso, o hospital Essa etapa tem por objetivo
precisa aplicar o checklist e documentar os assegurar que documentos, informações e
resultados e essa é uma decisão de cada equipamentos relevantes estejam
gestor hospitalar (RICUPERO, 2013). disponíveis antes que o procedimento seja
iniciado. Esses três elementos devem ser
Etapas de aplicação do checklist da OMS consistentes entre si, com as expectativas
O checklist (ANEXO) criado pela do paciente, com a compreensão da equipe
OMS abrange a segurança do paciente em cirúrgica sobre ela e com o local marcado
todo o período perioperatório, em termos para a cirurgia. Qualquer dúvida que
do local da intervenção cirúrgica, ocorrer nessa etapa deve ser abordada e
procedimentos e identificação do paciente. resolvida antes do início do procedimento
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cirúrgico, para evitar erros e eventos A próxima etapa é constituída por


adversos (LIMA; SOUSA; CUNHA, 2013). uma pausa cirúrgica, quando se confirma a
O consentimento do paciente ou presença de todos os profissionais
seu responsável para a realização da destacados para o evento, bem como o
anestesia e da cirurgia é expresso no nome do paciente, o local cirúrgico e o
Termo de Consentimento Informado (TCI), procedimento a ser feito; se exames
sendo relevante para o paciente e o necessários estão disponíveis; confirmar
cirurgião. Ambos devem assiná-lo indicadores de esterilização e
previamente, como forma de declararem a instrumentais; verificar o horário da
prestação de um serviço e de que as duas profilaxia antimicrobiana; checar
partes compreenderam bem o que deverá quantidade de agulhas, gazes e
ser feito. Assim, respeita-se a autonomia compressas para, só então, realizar a
do paciente ou de seu responsável, bem incisão cirúrgica (OMS, 2009).
como se demonstra a idoneidade, a Essas verificações e confirmações
honestidade, princípios e boas intenções podem significar a distância entre o
do cirurgião (DONCATTO, 2012). sucesso e o fracasso da cirurgia,
A fase de recepção também é o impedindo complicações para o paciente;
momento da prevenção de infecções do prevenindo conflitos entre os membros da
sítio cirúrgico no paciente, pois elas equipe cirúrgica, diante de situações
constituem uma complicação séria. A inesperadas e promovendo conforto para o
profilaxia antimicrobiana deve ser feita uma paciente que, antes da indução anestésica,
hora antes da cirurgia, como procedimento pode ter a certeza de que todas as
sistematizado. A sua administração muito pessoas, equipamentos e materiais
cedo, muito tarde ou de forma irregular necessários para a sua cirurgia estão
torna-a ineficiente (FARIA, 2012). disponíveis. A boa comunicação entre os
A anestesia também deve constituir membros da equipe é fundamental nessa
uma preocupação fundamental. etapa (PORTO, 2014).
Procedimentos de higiene devem ser A terceira e última etapa é a saída
cumpridos; a documentação do anestesista do paciente da sala de cirurgia, após o
deve ser preenchida corretamente; procedimento. Nesse momento deve-se
materiais, medicamentos e máquinas revisar a cirurgia e os cuidados pós-
devem ser verificados; planejar o acesso à operatórios que serão necessários, cuidar
via aérea, analgesia, monitorização e para que o paciente seja transferido em
reposição volêmica; proporcionar segurança para a recuperação anestésica
transporte seguro para o paciente e mantê- e repassar as informações críticas. O
lo sob observação constante. Falhas na cirurgião confirma o nome do procedimento
anestesia ainda são responsáveis por 100 e a equipe de enfermagem conta agulhas,
óbitos a cada mil pacientes cirúrgicos nos gazes e compressas. Se houver
países em desenvolvimento (FARIA, 2012). necessidade de novos exames, amostras
devem ser colhidas e enviadas ao
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laboratório. Quando acontece algum O objetivo principal dos NSPs é


problema no funcionamento da equipe promover a melhoria contínua dos
cirúrgica esse é o momento de discuti-lo processos de cuidado e do uso de
com o grupo. Problemas que tenham tecnologias da saúde, seguindo três
ocorrido com os equipamentos também princípios: construção de uma cultura de
devem ser relatados (OMS, 2009). segurança; implementação de processos
Numa cirurgia em que tudo tenha de gestão de risco e garantia de boas
funcionado perfeitamente calcula-se que o praticas. O Núcleo tem a responsabilidade
tempo gasto para a execução das três não só de implementar ações para a
etapas seja de menos de cinco minutos, segurança do paciente, mas também
mas que significam muito para a segurança notificar os eventos adversos e capacitar os
do paciente. E se houver problemas, vale a profissionais de saúde para exercerem
pena gastar um pouco mais de tempo para ações preventivas (BRASIL, 2013b).
solucioná-los. Ao final, o documento Com o encaminhamento da RDC n.
totalmente preenchido deve ser anexado 36/2013, 196 hospitais manifestaram
ao prontuário do paciente, pois constitui interesse em implantar os NSPs e o
importante guia para promover a sua checklist, sendo que 74 efetivamente o
recuperação após o processo cirúrgico ou fizeram e 95 iniciaram os procedimentos
detectar os eventuais problemas que naquele ano. Em 2014 já eram 3.517
tenham ocorrido (MONTEIRO; SILVA, hospitais registrados no programa de
2013). cirurgia segura da OMS, com 45% de uso
A ANVISA tomou a iniciativa de do checklist, o que lhe deu acreditação da
promover a segurança do paciente Joint Comission International (JCI). Em
cirúrgico, por meio de medidas legais e fevereiro do mesmo ano a ANVISA
também educativas, para os profissionais começou a receber as notificações de
de saúde, publicando o manual eventos adversos em cirurgias, por meio do
“Assistência Segura: uma Reflexão Teórica sistema informatizado NOTIVISA
Aplicada à Prática”, resultante dos (OLIVEIRA, 2014).
trabalhos de um grupo formado em 2012 e Contudo, a cultura da segurança do
seguindo as recomendações da OMS paciente cirúrgico ainda não faz parte de
(FREITAS et al., 2014). muitos hospitais e mesmo naqueles que
Em 2013 foi criado o Programa implantaram o checklist ainda ocorrem
Nacional de Segurança do Paciente problemas, como a não identificação do
(PNSP), com o objetivo de estabelecer a paciente, registro incorreto do local
qualidade do cuidado em saúde em todo o cirúrgico, falta de preparo para perdas
território nacional. No mesmo ano foi sanguíneas, prevenção de reações
publicada a RDC n. 36, que definiu as alérgicas, retenção de gazes e compressas
competências dos Núcleos de Segurança no interior do organismo do paciente, não
dos Pacientes (NSPs) (BRASIL, 2013a). especificação de espécimes cirúrgicos.
Esses erros é que levam aos eventos
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adversos em cirurgia e demonstram falta a saúde do paciente e seus familiares,


de uma boa comunicação entre os abrangendo três fases: o pré-operatório
membros da equipe do centro cirúrgico mediato e imediato, transoperatório e pós-
(AMAYA et al., 2015). operatório mediato e imediato. O pré-
O tema tem sido amplamente operatório imediato é constituído pelas 24
debatido na literatura médica e de horas que antecedem a cirurgia, momento
enfermagem, apontando que o uso do de revisar os processos cirúrgicos e
checklist traz benefícios para o paciente orientar o paciente e sua família sobre o
cirúrgico e facilita o trabalho das equipes que vai ser realizado. O paciente e seus
de saúde. O seu uso previne a infecção do familiares têm garantia legal de ter direito
sítio cirúrgico, devido à melhoria na às informações sobre o tratamento
profilaxia antimicrobiana, evitando as (MUSSI; SOUZA; FÉLIX, 2013).
reoperações; proporciona anestesia Nesse momento ocorre também a
segura; melhoria na comunicação entre os montagem da sala operatória, com
membros das equipes; melhor identificação equipamentos e materiais específicos para
do paciente e suas características. Esses cada tipo de cirurgia, tarefa onde o
benefícios tornam os procedimentos enfermeiro tem especial relevância, pois
cirúrgicos eficazes, diminuem os custos erros podem interferir na segurança do
hospitalares, evitam o óbito do paciente e paciente. Os principais erros estão
problemas legais para as equipes de saúde relacionados à saída da sala, falhas na
(ARAÚJO; OLIVEIRA, 2015). comunicação, distração, problemas com os
equipamentos e recursos disponíveis. O
A enfermagem e a segurança cirúrgica enfermeiro deve ser proativo, para
O centro cirúrgico é um ambiente antecipar problemas possíveis, torna-los
fechado e destinado a procedimentos visíveis se ocorrerem e intervir de forma
invasivos e pode gerar no paciente que a eficaz, para minimizar os efeitos. Essa
ele chega sentimentos de medo e etapa exige do enfermeiro conhecimentos
ansiedade. Isso demanda atenção do científicos e atualização tecnológica, devido
enfermeiro na recepção desse paciente à evolução dos equipamentos e materiais
para os procedimentos operatórios, (LIMA; SOUSA; CUNHA, 2012).
informando-o de tudo que vai ocorrer de Já o período pré-operatório
forma transparente, avaliando suas mediato é um pouco mais extenso e
condições físicas e emocionais, para abrange desde a indicação da cirurgia até o
prevenir futuros problemas. Para isso, o dia anterior a sua realização. Nessa fase o
enfermeiro precisa ter formação acadêmica paciente faz os exames necessários, para
adequada e humanizar o atendimento confirmar o diagnóstico e auxiliar no
(STUMM et al., 2009). planejamento cirúrgico. O objetivo é
A Sistematização da Assistência de diminuir os sintomas, para evitar
Enfermagem Perioperatória (SAEP) tem complicações posteriores. São momentos
por objetivo promover, recuperar e manter de intensa ação da enfermagem, no
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preparo emocional do paciente, cirúrgica tinham sido obedecidos, trazendo


mensuração de dados antropométricos, segurança para o paciente e também para
orientações quanto à cirurgia, a equipe.
encaminhamento para exames e preparo O checklist foi testado em todos os
intestinal, no dia anterior (MORAIS, 2015). continentes e sua utilização, devido à
O período transoperatório simplicidade, foi tida como viável. O Brasil
compreende desde a recepção do paciente aceitou usar o procedimento e o Ministério
no centro cirúrgico, sua permanência, até a da Saúde passou a orientar os hospitais.
alta e os cuidados com o transporte até o Contudo, nem todas as instituições fazem
local de recuperação anestésica. É o uso do checklist, trazendo ao paciente
período mais crítico do processo cirúrgico, algumas situações que podem causar
no qual a enfermagem circula pela sala, insegurança, como problemas ligados à
promovendo o atendimento da equipe de anestesia e infecções no sítio cirúrgico, que
cirurgiões. O enfermeiro é responsável por podem até leva-lo à óbito.
prescrições e intercorrências no ato Uma cirurgia se torna segura
anestésico e operatório. Nessa fase, o quando o antibiótico profilático é usado no
planejamento e a assistência ao paciente momento adequado; o sistema de
são de responsabilidade da enfermagem. anestesia é checado com antecedência;
Como as cirurgias são variadas e os possíveis perdas sanguíneas são
pacientes também, o enfermeiro precisa ter antecipadas; o paciente é identificado
conhecimentos técnicos e científicos, bem corretamente, antes da anestesia; o lado, o
como mantê-los atualizados local e o tipo de cirurgia são delimitados,
(ALBUQUERQUE; MORAES, 2013). marcados e conferidos; existe uma
eficiente comunicação entre os membros
Considerações Finais da equipe; prevenção de ameaças letais às
Quando o paciente se submete a vias aéreas; possíveis alergias são
uma cirurgia o seu objetivo é recuperar a anotadas; os materiais e instrumental
saúde e ter mais qualidade de vida. No utilizados são conferidos antes e depois da
entanto, nem sempre é isso que acontece, cirurgia; os materiais para exames são
visto que um procedimento cirúrgico é algo identificados e encaminhados
complexo e que necessita de diversas adequadamente à patologia; e são
medidas de segurança, que nem sempre anotados quaisquer eventos que possam
são tomadas pela instituição hospitalar. ter ocorrido durante o procedimento, antes
Essa situação é que fez com que a que o paciente seja levado da sala de
Organização Mundial de Saúde (OMS) e cirurgia.
outros organismos da área estudassem o Todos esses procedimentos fazem
assunto por mais de uma década, até que parte do checklist e devem ser conferidos e
foi sugerido aos países membros o uso de seus resultados registrados e anexados ao
um checklist, onde se pudesse registrar se prontuário do paciente. Quem faz essas
todos os parâmetros de segurança anotações geralmente é um enfermeiro
12

circulante, mas pode ser outro membro da A todos qυе, direta оυ


equipe cirúrgica. Os resultados apontam indiretamente, fizeram parte da nossa
que seguir o checklist fez com que os formação, o nosso MUITO OBRIGADA!!
óbitos diminuíssem de 1,5% para 0,8%; as
complicações pós-cirúrgicas, de 11% para
7%; com significativa diminuição nas taxas
de infecção hospitalar, o que,
consequentemente, diminui o tempo e os
custos das internações de pacientes
submetidos às cirurgias.
O enfermeiro tem papel relevante
nesses resultados, pois geralmente o
manuseio do checklist é de sua
responsabilidade. Com o uso desse
instrumento de registro o enfermeiro tem a
possibilidade de reduzir drasticamente a
ocorrência de efeitos adversos, facilitando
o seu trabalho e diminuindo os custos
hospitalares. Para o paciente, o uso do
checklist constitui a garantia de passará por
um procedimento cirúrgico seguro e voltará
a ter saúde e qualidade de vida.

Agradecimentos
Primeiramente, agradecemos а
Deus, qυе permitiu qυе tudo isso
acontecesse ао longo dе nossas vidas е
nãо somente nestes anos, como
universitárias, mаs еm todos оs momentos.
Agradecemos à Universidade, sеυ
corpo docente, direção е administração,
qυе nos proporcionaram um ambiente
criativo e agradável.
Ao nosso Orientador, Professor
Elias, pelo emprenho dedicado à
elaboração deste trabalho.
Aos nossos pais e demais
familiares, pelo amor, incentivo e apoio
incondicionais.
12

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15

ANEXO: CHECKLIST DE SEGURANÇA CIRÚRGICA CRIADO PELA OMS

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