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DOI: 10.1590/0100-6991e-20202832
Artigo de revisão
José Eduardo de-Aguilar-Nascimento, TCBC - MT1.2 ; Alberto Bicudo Salomão, TCBC - MT3 ; Cervantes Caporossi, TCBC-MT2 ; Diana Borges
Doca-Nascimento2 ; Peter Eder Portari-Filho, TCBC - RJ ; Antônio Carlos Ligocki Campos, TCBC - PR5 ; Luiz Eduardo
Imbeloni 6; João Manoel Silva-Jr7 ; Dan Linetzky Waitzberg, ECBC - SP8 ; Maria Isabel Toulson Davisson Correia, TCBC - MG9 .
RESUMO
O projeto ACERTO é um protocolo multimodal de cuidados perioperatórios. Implementado em 2005, o projeto, nos últimos 15 anos, tem
disseminado a ideia de moderno protocolo de cuidados perioperatórios baseados em evidência e com atuação interprofissional.
Dezenas de estudos publicados com o uso do protocolo têm mostrado benefícios como redução do tempo de internação, complicações pós-
operatórias e custos hospitalares. Disseminado pelo Brasil, o projeto tem apoio do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira
de Nutrição Parenteral e Enteral, entre outros. Este artigo compila publicações dos autores que compõem o grupo de pesquisa do CNPq
“Acerto em Nutrição e Cirurgia”, cita a experiência de outros autores nacionais em diversas especialidades cirúrgica e finalmente, delineia a
evolução do projeto ACERTO ao longo da linha do tempo.
Palavras chave: Cuidados Pré-Operatórios. Cuidados Pós-Operatórios. Terapia Nutricional. Complicações Pós-Operatórias. Tempo de
Internação.
1 - Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), Direção do Curso de Medicina – Várzea Grande - MT - Brasil 2 - Universidade Federal de Mato
Grosso, Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Cuiabá - MT – Brasil 3 - Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Cirurgia -
Cuiabá - MT – Brasil 4 - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Departamento de Cirurgia Geral e Especializada - Rio de Janeiro
- RJ – Brasil 5 - Universidade Federal do Parana, Departamento de Cirurgia - Curitiba - PR – Brasil 6 - Hospital das Clínicas Municipal, Anestesia - São
Bernardo do Campo - SP – Brasil 7 - Universidade de São Paulo, Divisão de Anestesiologia - São Paulo - SP – Brasil 8 - Universidade de São Paulo,
Departamento de Gastroenterologia - São Paulo - SP – Brasil 9 - Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Cirurgia - Belo Horizonte
– MG - Brasil
Nascimento
2 Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil
grupo2,3. Na definição dada por Kehlet & Wilmore, esses a auditoria inicial, buscando informações consistentes em
protocolos eram a combinação de várias técnicas de relação a tempo de jejum pré-operatório, tempo até inicio
cuidados perioperatórios em cirurgia eletiva: anestesia da realimentação pós-operatória, volume de líquidos
epidural ou regional, cirurgia minimamente invasiva, controle perioperatórios, desfechos clínicos (morbidade pós-
adequado da dor, reabilitação agressiva no pós-operatório, operatória), tempo de internação e mortalidade foi realizada
realimentação oral/enteral precoce e deambulação durante seis meses, sem conhecimento dos
precoce11. Igualmente, o citado programa ERAS teve docentes e residentes do serviço. Estes dados foram
grande influência, aumentando a gama de cuidados apresentados em workshop de dia inteiro, no mês de julho
preconizados pelos protocolos fast-track e incluindo o de 2005, para a equipe interprofissional envolvida com
protocolo de abreviação do jejum pré-operatório para cuidados perioperatórios no HUJM. Além de se mostrar os
somente duas horas e a oferta de bebidas contendo achados, foi objetivo daquela reunião: 1) discutir a realidade
carboidratos12,13, não obstante ter sido estatística do que estava sendo realizado naquela enfermaria
desenhado originalmente para uso mais especificamente cirúrgica, e 2) propor e discutir o novo protocolo (ACERTO).
em cirurgias colorretais. O ACERTO trouxe nova roupagem Pela primeira vez ainda, fomentou-se a controvérsia entre o
para o fast-track. Além de ter sido concebido tendo por base que era imaginário (pensar e afirmar o que acho que faço,
a aplicação dentro de realidade epidemiológica e social por exemplo: dou alta no 1º dia de pós-operatório) e o que
bastante diferente daquela dos protocolos que o precederam era realidade (fato, evidência, como por exemplo: média de
(na América Latina), o ACERTO trouxe nova visão para a dias de internação em determinada operação) no serviço.
aplicação de condutas multimodais, estendidas não só a Foi algo impactante! Saber que o tempo de jejum pré-
uma única especialidade cirúrgica, mas a ampla gama de operatório (que se acreditava ser entre seis e oito horas)
procedimentos operatórios com perfis clínicos bastantes era em média de 16h (chegando até 24h!), que o volume
diferentes, algo comum nas enfermarias de Cirurgia Geral de líquidos cristaloides que os pacientes recebiam no
de hospitais públicos e privados brasileiros. Além disso, o período perioperatório era alto e bem diferente do imaginado.
projeto ACERTO mostrou que a adoção do mesmo também Essas entre outras informações contundentes da realidade
beneficiava pacientes submetidos a procedimentos de observadas pela auditoria, sensibilizaram aqueles
menor porte cirúrgico como herniorrafias e profissionais para a necessidade de mudança. Fato que,
colecistectomias14,15. após isso, o processo de auditoria continuou, se estendendo
Uma das notórias consequências disso está refletida na até dezembro de 2005, período suficiente para que
participação, após alguns anos de andamento do ACERTO diferenças fossem estatisticamente demonstradas.
no Brasil, de um dos seus criadores (JEA-N), como coautor
na publicação da primeira guia ERAS, para procedimento
específico (não colorretal), no caso, duodeno- Surge, então, a primeira publicação, que apresentou o
pancreatectomia16. projeto ACERTO ao cenário científico nacional, no primeiro
semestre de 2006. Essa revelou informações importantes e
Planejamento e Implementação do Projeto ACERTO novas como a adesão às condutas do novo protocolo, o
impacto sobre a melhora de resultados, como diminuição
O ACERTO foi implementado no HUJM dentro do tempo de internação em dois dias e redução da taxa de
de método denominado “breakthrough”. De modo sucinto, infecção de sítio cirúrgico (ISC)18.
este método engloba quatro fases: (1) coleta de dados em Estes achados iniciais aumentaram o conhecimento e a
auditoria inicial, (2) confecção e elaboração do plano de aceitação do protocolo dentro do hospital, aproximando
mudança, (3) coleta de novos dados após implementação, anestesiologistas e cirurgiões. O resultado foi a geração de
e (4) análise dos novos dados e comparação com os da dados ainda mais consistentes, publicados em 200819
coleta inicial17. Após a análise, repete-se o ciclo das quatro e 201120, respectivamente após três e cinco anos de
fases, adequando-se planos e divulgando-se os resultados. implementação. Essas três publicações solidificaram
Assim, no HUJM, definitivamente o projeto ACERTO no HUJM. O estudo
Nascimento
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de 2011 envolveu aproximadamente 5.000 pacientes e, pela pesquisadores que estiveram desde a concepção à frente do
primeira vez, mostrou redução de mortalidade pós-operatória projeto (JEA-N, CC, ABS). Estes passaram a viajar por várias
com o uso do projeto ACERTO20. cidades do país, apresentando temas livres em congressos e
ministrando palestras em importantes eventos de Sociedades
Evolução do projeto ACERTO Médicas, Faculdades de Medicina,
Hospital Universitários, Públicos, Privados e mesmo para o
A evolução dos cuidados perioperatórios tem sido Ministério da Saúde. Importante ressaltar que o ACERTO
marcante desde a implantação do projeto ACERTO, em 2005. sempre foi e continua sendo divulgado na essência, um
O protocolo é dinâmico e associa novas evidências todos os programa antes de tudo educativo e sem fins lucrativos,
anos. Ao protocolo inicial foram acrescentadas novas prezando pela acessibilidade à troca de informações entre os
recomendações ao longo dos anos tais como pré-habilitação21 diversos serviços do Brasil e da América Latina, e a busca
e uso de probióticos e simbióticos22,23, sempre baseadas em conjunta pelas melhores práticas baseadas em
evidências de trabalhos publicados, tanto no Brasil como no evidências.
exterior. A relação do risco nutricional e função muscular24 e O Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e a
da sarcopenia pré-operatória com a probabilidade de Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral
complicações ou mortalidade pós-operatória25 tem sido foco (BRASPEN), foram as primeiras sociedades a darem aval e
dos últimos trabalhos do grupo ACERTO. Atualmente o Projeto guarita para o ACERTO, algo fundamental para a validação
ACERTO conta com 12 recomendações (Figura 1). em todo território nacional. No ano de 2009, um dos estudos
publicados por autores pertencentes ao grupo de pesquisas
Recentemente, o projeto incorporou a ideia do “ACERTO após original do projeto ACERTO foi condecorado com o “prêmio
a alta”. Essa necessidade de plano de alta e boa orientação Oscar Alves”, importante honraria concedida ao melhor trabalho
após a alta, especialmente em continuidade com a terapia publicado na Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no
nutricional ministrada no hospital visa reduzir readmissões ano anterior29. Contribuindo para a difusão da necessidade
hospitalares26,27. das mudanças propostas pelo ACERTO na realidade brasileira,
o estudo multicêntrico BIGFAST, publicado em 2014, mostrou
que o alarmante tempo de jejum pré-operatório encontrado no
HUJM, em 2005, não era um problema local, mas Nacional.
Dados de 17 hospitais brasileiros incluindo mais de 4.000
pacientes mostraram que o tempo de jejum pré-operatório no
Brasil em todas as regiões era muito alto e semelhante ao
relatado pelo HUJM30. Em 2017, doze anos após a criação do
projeto original, CBC e BRASPEN publicaram, conjuntamente,
a Diretriz ACERTO de intervenções nutricionais no
perioperatório31. Na evolução temporal, novos pesquisadores
da anestesiologia passaram também a divulgar o projeto
ACERTO em publicações32,33 e eventos (LEI, JSJ).
Nascimento
4 Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil
Nascimento
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das evidências que naturalmente ocorrem com novos na redução de náuseas e vômitos com a abreviação do
dados da literatura, em 2016 a terceira edição do livro foi jejum em cirurgia ginecológica68. Lucchesi e Gadelha
lançada e, em 2020, uma quarta edição tornou-se constataram também jejum prolongado pré-operatório e a
disponível. Nesta última, houve incremento de capítulos associação deste fator com maior permanência hospitalar69.
sobre anestesiologia com a inclusão de três renomados Henriques e Correia mostraram que é seguro e que não é
especialistas desta área dentre os coorganizadores do necessário prescrever líquidos cristaloides intravenosos no
livro. Esta edição conta com 36 capítulos, em contraste pós-operatório imediato em colecistectomia
com apenas 16 na primeira edição. videolaparoscópica70. Com o uso do protocolo ERAS,
Teixeira et al. mostraram os resultados iniciais com 48
Publicações no Brasil no contexto do Projeto ACERTO pacientes em 201971. O grupo de Curitiba, liderado por
ou protocolo ERAS Campos (ACLC) demonstrou benefícios do uso
perioperatório de pró e simbióticos tanto em cirurgia por
Após a primeira publicação, em 2006, e com a câncer colorretal22 como em cirurgia bariátrica23.
criação do Grupo de Cuidados Perioperatórios do CBC, o
número de estudos em protocolos multimodais cresceu no CONSIDERAÇÕES FINAIS
país. Ludwig et al. no sul do Brasil, reportaram que o
projeto ACERTO mostrou bons resultados e que as O projeto ACERTO tem 15 anos de história
modificações do protocolo de cuidados perioperatórios e está definitivamente instalado no Brasil. No
deve ser encorajadas porque aceleram a recuperação do entanto, ainda é desconhecido por grande número de
paciente63. Imbelloni et al., publicaram vários estudos profissionais da área da saúde envolvidos com os cuidados
reportando bons resultados em pacientes ortopédicos e perioperatórios. A continuidade dos esforços dos autores
idosos com modificações do protocolo tradicional incluindo que hoje são componentes do grupo de pesquisa “Acerto
jejum pré-operatório abreviado, redução de líquidos em Nutrição e Cirurgia”, cadastrado na base de dados do
intravenosos e analgesia por bloqueio32,64-66. CNPq, certamente impactará na ampliação da pesquisa
Ravanini et al. reportaram o uso de bebida contendo em cuidados perioperatórios e do uso do protocolo
carboidratos e proteína do soro do leite 2h antes da indução ACERTO. Uma meta audaciosa do grupo é a criação de
anestésica, melhorando a resistência insulínica pós- política pública junto ao SUS em cuidados perioperatórios
operatória de pacientes submetidas a vídeo- baseados em evidência. O futuro é promissor!
colecistectomia67. Marquini et al. verificaram benefícios
ABSTRATO
O projeto ACERTO é um protocolo multimodal de cuidados perioperatórios. Implementado em 2005, o projeto nos últimos 15 anos disseminou a ideia de um protocolo
moderno de cuidados perioperatórios, baseado em evidências e com trabalho em equipe interdisciplinar. Dezenas de estudos publicados, utilizando o protocolo,
demonstraram benefícios como redução de internação hospitalar, complicações pós-operatórias e custos hospitalares. Divulgado no Brasil, o projeto conta com apoio do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, entre outros. Este artigo compila publicações dos autores pertencentes ao grupo
de pesquisa “Acerto em Nutrição e Cirurgia” do CNPq, faz referência à experiência de outros autores nacionais em diversas especialidades cirúrgicas e, por fim, traça a
evolução do projeto ACERTO na linha do tempo.
Palavras-chave: Cuidados pré-operatórios. Cuidados pós-operatórios. Terapia Nutricional. Complicações pós-operatórias. Duração da estadia.
Nascimento
6 Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil
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Nascimento
Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil 7
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8 Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil
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Nascimento
Projeto ACERTO – 15 anos modificando cuidados perioperatórios no Brasil 9
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