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Modelo de Artigo - Analise Pragmatica de Textos Orais e Escritos - Menegusso PDF
Modelo de Artigo - Analise Pragmatica de Textos Orais e Escritos - Menegusso PDF
Gustavo Menegusso
Professor Elias José Mengarda
Centro de Educação Superior Norte – RS/ UFSM
Curso Comunicação Social – Jornalismo – Redação III
24/01/08
RESUMO
Este artigo apresenta um conjunto de textos orais e escritos (notícias, crônicas, histórias em
quadrinhos, anúncios publicitários, entre outros.) analisados à luz da Pragmática. Essa análise
parte, inicialmente, de um referencial teórico abordando diversos conceitos -pragmáticos
estudados por pesquisadores e filósofos conhecidos no mundo da Lingüística, como John Austin,
Mikhail Bakhtin, Paul Grice e Oswald Ducrot. Através das obras desses autores propõe-se
observar a importância da Pragmática dentro do processo comunicacional e como o ser humano
pode realizar ações por meio dos atos de fala, descobrir o que a comunicação esconde pelas
“entrelinhas”, ou seja, o que está implícito no discurso, quais são as marcas da caracterização da
linguagem argumentativa, dos planos de enunciação e da presença de polifonia e os efeitos
produzidos por tais marcadores de pressuposição.
ABSTRACT
This article presents a group of oral and written texts (news, chronicles, histories in pictures,
advertising announcements, among other.) analyzed on the vision of the Pragmatic. That analysis
leaves, initially, of a theoretical referencial approaching several linguistic-pragmatic concepts
studied by researchers and well-known philosophers in the world of the Linguistics, like John
Austin, Mikhail Bakhtin, Paul Grice and Oswald Ducrot. Through the those authors' works they
intend to observe the importance of the Pragmatic inside of the process comunicacional and as the
human being it can accomplish actions by means of the speech acts, to discover what the
communication hides for the " interlineations ", that is to say, what is implicit in the speech, which
you/they are the marks of the characterization of the argumentative language, of the enunciation
plans and of the polyphony presence and the effects produced by such presupposition markers.
1 INTRODUÇÃO
2 AS TEORIAS DA LINGUAGEM
A Teoria dos Atos de Fala, que teve como precursor o filósofo John Austin, descreve sobre
os tipos de ações humanas que se concretizam por meio da linguagem, ou seja, os atos de fala,
também conhecidos como atos do discurso.
Segundo Austin, os atos de fala podem ser classificados em três tipos:
a) Ato locucionário: é o ato do dizer, o proferimento da sentença.
b) Ato ilocucionário: é o ato que se realiza no enunciado, é a ameaça ou promessa deixada
pelo locutor.
c) Ato perlocucionário: é o efeito produzido sobre o interlocutor que implica na realização
de uma ação.
Nesse exemplo, a sentença “Vou cancelar a Internet” é o ato locucionário. A ameaça que a
mãe coloca para ao menino, caso ele não vá fazer a lição de casa, ou outra tarefa pedida, é o ato
ilocucionário. Já, se o menino sair em frente do computador e deixar de pesquisar na Internet, ele
vai realizar uma ação, que é o efeito produzido pela ameaça da mãe. Essa ação realizada, conhecida
também como força ilocucionária, é o ato perlocucionário.
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Além dessa distinção, Austin classifica os atos de fala em diretos e indiretos. Os diretos são
realizados através de determinadas formas lingüísticas como o uso de verbos no imperativo,
entonações típicas para perguntas e empregos de algumas expressões (por favor, por gentileza) para
a realização de pedidos e solicitações. Por exemplo:
Que mês estamos?
Por favor, garçom traga-me um pastel.
Os atos de fala indiretos são aqueles realizados a partir do conhecimento de mundo do
interlocutor, que pode perceber ou não qual é a ação implícita no enunciado. Por exemplo:
Os alunos chegam até a sala de aula e se incomodam com o calor insuportável do ambiente.
Um deles reclama em voz alta:
- Que sala abafada!
Rapidamente, o professor se encaminha para abrir a porta e/ou as janelas ou ainda ligar os
ventiladores para tentar amenizar a situação.
Nesse enunciado, o professor entendeu a mensagem que estava implícita na fala do aluno, e
realizou a ação.
A Teoria da Atividade Verbal, baseada nas idéias de Vigotsky, explica a linguagem como
uma atividade social realizada para determinados fins. Nesse sentido, como coloca Koch (2006,
p.23) “toda atividade lingüística seria composta por: um enunciado, produzido com dada intenção,
sob certas condições necessárias para o atingimento do objetivo visado e as conseqüências
decorrentes da realização do objetivo”.
Assim o locutor seria o responsável por levar ao interlocutor a compreensão do objetivo ou
da informação e para isso Koch acrescenta que:
Agora, alguns exemplos para analisar como podem ocorrer essas duas implicaturas:
Em (1) é dito que Tony é um menino trabalhador e que é pobre. No entanto não está dito que
por ele ser trabalhador, não devesse ser pobre. Essa informação está implicada através do
significado literal das palavras e da expressão lingüística, nesse caso uma conjunção, “contudo”,
que indica uma implicatura convencional.
No enunciado (2) tem-se a implicatura de que a senadora é desonesta. Essa atribuição não é
feita por nenhuma expressão lingüística, mas pelo contexto, já que no Brasil a maioria dos políticos
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possui a fama de serem corruptos e de “roubarem o dinheiro do povo”. Há, portanto uma
implicatura conversacional.
3 MARCADORES DA LINGUAGEM
A linguagem apresenta certos marcadores que podem indicar a força argumentativa dos
enunciados (operadores argumentativos), introduzirem conteúdos pressupostos (marcadores de
pressuposição) e mostrar a interação entre várias vozes em um único texto (índices de polifonia).
Isso é o que veremos a seguir:
Conforme o lingüista Ducrot (apud KOCH, 2006), a gramática apresenta certos elementos
que indicam/mostram a força argumentativa dos enunciados e a direção para qual eles apontam. São
eles:
a) Operadores que assinalam o argumento mais forte de uma escala orientada no sentido de
determinada conclusão: até, até mesmo, inclusive.
Exemplo: A festa foi um sucesso: estiveram presentes artistas, fotógrafos, jornalistas,
políticos influentes e inclusive o Presidente da República.
b) Operadores que ligam argumentos a favor de uma mesma conclusão: e, também, ainda,
nem, não só, mas também, tanto...como, além de, além disso, a par de, etc.
Exemplo: Elias é o melhor candidato à coordenação do curso de Jornalismo, pois além de
ter boa formação na área, tem experiência no cargo e é também um excelente professor.
c) Operadores que introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em
enunciados anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrência, consequentemente,
etc.
d) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou
opostas: ou, ou então, quer...quer, seja...seja, etc.
e) Operadores que estabelecem relações de comparação, com vistas a uma dada conclusão:
mais que, menos que, tão...como, etc.
Exemplo: (A) Vamos convocar o André para ser nosso representante de turma.
(B) A Karen é tão competente quanto o André.
f) Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior:
porque, que, já que, pois, etc.
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g) Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias: mas,
porém, contudo, todavia, no entanto, embora, ainda que, apesar de, etc.
h) Operadores que têm por função introduzir no enunciado conteúdos pressupostos: já,
ainda, agora, etc.
Exemplo: A professora Fernanda agora mora em Frederico Westphalen.
O conteúdo pressuposto é de que a professora Fernanda não morava em Frederico
anteriormente.
Segundo Koch (2006, p.63) “o termo polifonia designa o fenômeno pelo qual, num mesmo
texto, se fazem ouvir “vozes” que falam de perspectivas diferentes com as quais o locutor se
identifica”. É um processo de interação não somente entre locutor e interlocutor, mas sim entre
diversas pessoas que expressam suas opiniões em um único texto.
A presença de polifonia pode ser percebida, conforme Koch, devido a existência de
determinadas formas lingüísticas como:
a) alguns operadores argumentativos: ao contrário, pelo contrário, mas, embora, portanto;
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Exemplo: Ronaldinho não é pé frio. Pelo contrário, tem-se mostrado um bom jogador.
O operador pelo contrário dá a idéia de que alguém, não o locutor, esteja afirmando que
Ronaldinho é um pé frio.
b) marcadores de pressuposição;
Exemplo: O Rio de Janeiro continua lindo.
O pressuposto de que o Rio já era lindo é partilhado com outras pessoas, como o
interlocutor, por exemplo.
c) o uso de verbos no futuro do pretérito;
Exemplo: Romário estaria disposto a deixar os gramados.
(Não é o locutor quem está dizendo, ele ouviu alguém dizer).
d) o uso de aspas.
Exemplo: “Na televisão nada se cria, tido se copia”, disse o eterno apresentador Chacrinha.
O uso de aspas é uma maneira de o locutor manter-se distante do que está se dizendo,
colocando a responsabilidade da fala no próprio autor ou em outras pessoas.
Nessa tira, há a violação da máxima de quantidade, pois a resposta dada pelo personagem de
Zé Luís, revela a inutilidade da informação: era óbvio que os óculos iriam ser de vidro.
b) Exemplo 2:
d) Exemplo 4:
Nesse quarto exemplo, a presença da ironia não faz só o humor da charge como também
viola uma das máximas de Grice, a de qualidade, tornando-se não evidente. Além disso, a forma
que a personagem Helga critica o seu marido, quanto a sua ajuda nos serviços de casa, não é clara
para o ouvinte, o que ocasiona a violação de outra máxima, a de modo.
e) Exemplo 5:
Nesse exemplo, não ocorre a violação do princípio de Grice, pois (A) poderá deduzir o que
(B) quis dizer implicitamente, ou seja, em haver uma farmácia ali na esquina que esteja aberta e
contenha os remédios necessários para (A) adquirir e então solucionar o seu problema.
Muitas vezes, a comunicação não revela, de forma explícita, todo o conteúdo que se deseja
mostrar. Há sempre informações escondidas nas “entrelinhas”, ou seja, que se encontram implícitas
no discurso, cabendo, então, ao leitor descobrir e interpretar tais significados. Essas informações
demonstram a dimensão implícita da linguagem. A seguir veremos como a publicidade e as
manchetes jornalísticas se apropriam desse recurso.
b) Exemplo 2:
Já nessa propaganda, está implícita a mensagem de que morar em Miami não custa caro, o
preço é acessível a uma parte da população brasileira.
c) Exemplo 3:
A implicatura presente no anúncio acima é que o aerosol AXE Compact possui um preço
acessível ao consumidor.
d) Exemplo 4:
Encontra-se implícito, nessa propaganda, a mensagem de que com a nova Varig você será
mais bem atendido.
f) Exemplo 6:
Nas manchetes jornalísticas, o uso da linguagem implícita não serve apenas como título de
curiosidade, mas também é uma forma encontrada pelos jornalistas, para passar ao leitor a
responsabilidade de interpretar tais expressões. Vejamos alguns exemplos:
a) Exemplo 1:
“Água deverá ter uso adequado” (Fonte: Jornal Correio do Povo, 07 jan. 2008).
Implicatura: anteriormente a água não era usada de forma adequada.
b) Exemplo 2:
“Assaltos são constantes no bairro Floresta” (Fonte: Jornal Correio do Povo, 12 dez. 2007).
Implicatura: O Floresta é um bairro violento.
c) Exemplo 3:
“Desemprego recua para 10,8%” (Fonte: Jornal Correio do Povo, 06 dez. 2007).
Implicatura: aumentou o número de empregos.
d) Exemplo 4:
“Kaká retorna ao Morumbi como astro da Seleção” (Fonte: Jornal Zero Hora, 21 nov. 2007).
Implicatura: Kaká já jogou no Morumbi.
e) Exemplo 5:
“Receita de impostos enche cofres do governo” (Fonte: Jornal Correio do Povo, 21 nov. 2007).
Implicatura: o governo está arrecadando muitos impostos.
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f) Exemplo 6:
“Brasileiro lê 1,8 livro ao ano” (Fonte: Jornal Correio do Povo, 16 jan. 2008).
Implicatura: brasileiro lê muito pouco.
a) Exemplo 1:
O texto 1 apresenta um plano de enunciação do tipo história, pois a maioria dos verbos
encontram-se no pretérito perfeito simples (foi, bateu,mandou, foram).
b) Exemplo 2:
c) Exemplo 3:
d) Exemplo 4:
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Texto 4 – Entrelinhas.
Fonte: Jornal Zero Hora, 28 nov. 2007.
f) Exemplo 6:
“Escolas da rede municipal da Capital elegem até o dia 30 seus diretores e vice-diretores.
Podem votar professores, funcionários e guardas municipais que exercem suas funções nos
colégios, bem como alunos com mais de 10 anos e o pai ou responsável por aluno menor de 18
anos”. (Fonte: Texto Eleições. Jornal Zero Hora, 20 nov. 2007).
b) Exemplo 2;
c) Exemplo 3:
d) Exemplo 4:
Nesse exemplo o verbo continua indica o conteúdo pressuposto de que Thiago Pereira é um
excelente nadador.
b) Exemplo 2:
“Desde que trocou o curso de Jornalismo, na Ulbra, pela carreira artística, Leo Rosa vive no
Rio de Janeiro”. (Fonte: Texto Uma carreira que promete. Jornal Correio do Povo, 11 jan. 2008).
O marcador desde que está indicando o conteúdo pressuposto de que Leo Rosa foi estudante
de Jornalismo.
c) Exemplo 3:
“Gostei do cartão porque me permite mudar o mundo sem deixar de ir à praia ou de ficar
em casa vendo televisão”. (Fonte: Texto Programa de ano novo. Jornal Correio do Povo, 11 jan. 2008).
Os dois marcadores em questão (deixar de e ficar) assinalam o conteúdo pressuposto de que
o locutor do texto vai à praia e assiste à televisão.
d) Exemplo 4;
“A derrota fez soar o alarme vermelho no Piratini, que buscou outras formas para melhorar
as relações, como a ampliação do Conselho Político, que passou a contar com as presenças dos
líderes da bancada e de partidos”. (Fonte: Texto Qualificar diálogo é principal desafio. Jornal Correio do
Povo, 13 jan. 2008).
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Nesse exemplo a expressão verbal passou a indica o conteúdo pressuposto: o Conselho
Político não contava com os líderes da bancada e de partidos.
e) Exemplo 5;
“Visto que os governos nunca resolveram essa tendência a estar na contramão da história, a
sociedade civil decidiu tomar providências radicais”. (Fonte: texto “Igualdade diante da lei” – Jornal
Correio do Povo, 13 nov. 2007).
O marcador visto que traz o conteúdo pressuposto que os governos estavam na contramão
da história.
[...] Ao responder perguntas sobre o Iraque, Bush anunciou a morte do líder sul-africano
Nelson Mandela. “Ouvi alguém dizer: ‘Cadê o Mandela?’ Bem, Mandela está morto”. (Fonte:
Texto Em nova gafe, Bush diz que Mandela está morto – Jornal Correio do Povo, 22 set. 2007).
Nesse exemplo há a presença da voz do locutor, do presidente Bush e ainda de uma outra
pessoa mencionada por Bush, pela qual ele faz uso das suas palavras.
b) Exemplo 2:
[...] O presidente interino do Senado, Tião Viana, cancelou reunião que trataria do assunto.
A decisão de Viana foi tomada, segundo o líder do PDT, Jefferson Peres, porque não haveria
consenso... (Fonte: Texto Falha tentativa de adiantar a votação do processo - Jornal Correio do Povo, 21 nov.
2007).
c) Exemplo 3:
Para jogar na Gávea, o Fenômeno aceitaria reduzir seu salário em 50%. De acordo com o
jornal italiano La Gazzeta dello Sport, ele recebe R$ 750 mil e passaria a ganhar R$ 375 mil...
(Fonte: Texto “Fla quer Ronaldo” – Jornal Correio do Povo, 26 dez. 2007).
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d) Exemplo 4:
e) Exemplo 5:
Ao chegar à reunião, Fernando Henrique alertou que o governo desperdiçou tempo com
bazófias. “Tudo o que está aí foi feito no meu governo, de Itamar Franco e de José Sarney.
Lula pensa ser Pedro Álvares Cabral a descobrir o Brasil”, disse... (Fonte: Texto “FHC faz crítica
contundente a Lula” – Jornal Correio do Povo, 24 nov. 2007).
Nesse caso, muito comum nos textos jornalísticos, o locutor procurou manter-se distante do
que está sendo dito (ao presidente Lula), colocando a responsabilidade da fala nas palavras do
próprio autor (o ex-presidente Fernando Henrique).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comunicação humana é resultante de um processo que vai além do que se é dito entre duas
pessoas ou mais. Ao analisar o corpus deste trabalho podemos verificar como a dimensão implícita
da linguagem encontra-se presente na publicidade, no jornalismo e principalmente em nosso dia-a-
dia.
Observando os anúncios publicitários, os textos jornalísticos, e as histórias em quadrinhos,
percebemos uma pluralidade de mídias que utilizam o recurso do implícito para provocar reações
em seus leitores, cada qual com o seu efeito: as propagandas para chamar à atenção, as notícias,
passar para o interlocutor a responsabilidade de interpretar tais informações e as histórias em
quadrinhos, é claro, proporcionar o humor.
No entanto, vimos por meio do princípio da cooperação de Grice, como esses conteúdos
implícitos, ocasionados por equívocos, ambigüidades, sentidos não-literais, podem provocar a
violação das máximas conversacionais (qualidade, quantidade, relevância e modo), e permitir ao
ouvinte fazer uma implicatura para deduzir o que ficou subentendido no ato da comunicação.
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Nesse processo de interação social, a linguagem ultrapassa os limites da fala e chega a
realizar ações concretas, realmente efetivadas através de atos (locutivo, ilocutivo e perlocutivo)
expressos pelos falantes. Contudo a realização dessas ações vai exigir do interlocutor a mesma
habilidade de decifrar a dimensão implícita contida na maioria dos textos, como podemos observar
ao término desse trabalho.
Assim destaca-se a importância dos estudos pragmáticos para o processo de interpretação da
comunicação humana, dos conteúdos implícitos que se encontram escondidos por entre as linhas do
discurso.
6 REFERÊNCIAS CITADAS
KOCH, I. V. A inter-ação pela linguagem. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2006.