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Editorial __________________________________________________________________________________________
N ascido e criado na cidade do Rio de Janeiro e tendo construído, inclusive, minha vida maçônica
naquela cidade, que acostumamos a chamar de maravilhosa, vi-me, em meados de 2006, forçado, pela
péssima qualidade de vida de um centro urbano, a procurar um lugar mais digno de se viver em qualidade de
vida. Confesso que meu coração, em parte, ficou lá. Enfim, intuitivamente, escolhi a sacrossanta cidade de
São Lourenço, no Sul de Minas, que me acolheu calorosamente, e aqui estou muito feliz, salvo a saudade de
uma vida inteira de amizades; dos Irmãos e de tantas realizações.
Falando em realizações, em aqui chegando, nascia, em 24 de fevereiro, o ARTE REAL, atendendo a
pedidos de alguns Irmãos que já conheciam nosso trabalho junto ao Informativo INFORMAÇONS, o qual continuo a editar com uma
competente equipe que me dá grande suporte.
Em um ano ininterrupto de edições mensais, nossa Revista Virtual Maçônica caiu nas graças do leitor. Sempre se pautando por uma
escolha criteriosa das matérias a serem publicadas, o Arte Real, pela seriedade, pelo respeito ao leitor, pelo incentivo à cultura, pelo estímulo
ao estudo e à pesquisa, conquistou seu espaço.
Hoje, nossa Revista está sendo distribuída para mais de 7.800 e-mail´s de Irmãos do Brasil e do exterior, além de vasta distribuição
por vários sites, listas de discussões maçônicas e listas particulares dos Irmãos. São inúmeras as manifestações de reconhecimento por esse
trabalho de grande sucesso, que, apenas completa um ano, o que nos deixa muito orgulho.
Coroando seu primeiro ano de existência, nossa Revista recebeu seu registro junto à egrégia ABIM – Associação Brasileira de
Imprensa Maçônica, sob o nº 005-JV, o que nos deixou muitíssimo honrado.
Esta edição de aniversário é um presente para você, que muito o tem prestigiado.
Na coluna destaque, atendendo à solicitação de nossos leitores, publicamos mais um texto sobre o tema “Sinarquia”, de autoria do
Irmão Leo Cinezi-SP; a matéria “O Hábito da Leitura” conscientiza-nos de sua importância e do nosso descaso com o “amigo livro”. E já que
estamos comemorando aniversário, uma oportuna matéria sobre o Dia Internacional do Maçom, extraída do site
www.pedreiroslivres.com.br.
A coluna Trabalhos apresenta, dentre outras, uma matéria para reavaliarmos nossos valores nos dias atuais, de autoria do Irmão
Rodrigo de Oliveira-SC - “Missão, Metas e Rumos das Lojas na Atualidade; “O Poder da Palavra e as Palavras Sagradas na Maçonaria”, de
autoria de Marcelo Sidoti-SP, explana, com propriedade, a importância do som; O Irmão Antonio Saliba, através de sua matéria “A Função
Social dos Iniciados na Maçonaria”, dá-nos a exata medida de um desgastado sistema político, a utópica democracia brasileira, que já não
mais atende às necessidades de uma nova Era; o Irmão João Camanho nos brinda com uma belíssima e elucidativa matéria – “Percepção de
Minha Iniciação”.
Ninguém mais do que o insigne e saudoso historiador José Castellani para falar sobre o Rito Adonhiramita. E, na coluna Os Grandes
Iniciados, mais um presente de aniversário aos nossos leitores, Hermés – o Trismegisto, sua vida e Obra.
O Arte Real sente-se muitíssimo feliz por estar cumprindo, ao longo de um ano, seu trabalho de divulgador e conscientizador da
cultura maçônica, cujos valores devem ser inerentes a um Iniciado Maçom. Esse altaneiro patamar, alcançado, em breve tempo de existência,
mostra-nos que estamos no caminho certo. Devemos tudo isso a você, que nos recebe carinhosamente e faz de cada matéria uma Peça de
Arquitetura em suas Lojas.
As quase que diárias mensagens de apoio e as diversas solicitações de adesão à lista de recebimento de nossa Revista traduzem, de
forma muito cristalina, que vale muito a pena divulgar boas matérias, com temas sérios e com enfoque altruístico. Devemos isso aos nossos
colaboradores que, a cada edição, muito nos ajudam a construir uma Revista digna de seu nome – ARTE REAL.
Feliz aniversário para todos nós!
O Arte Real é uma Revista maçônica virtual , de publicação mensal, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e
incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 7500 e-mail´s de Irmãos de todo o Brasil e,
também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.
Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.
Diagramação e Editoração Gráfica: Francisco Feitosa da Fonseca.
Revisão: João Geraldo de Freitas Camanho
Colaboradores nesta edição: Antônio Saliba – João Geraldo Camanho - José Castellani –
Leo Cenizi – Marcelo Sidoti – Rodrigo de Oliveira – Rosa Maria Inojose – Sílvio Piantino.
Nesta Edição ________________________________________________________________________________
Destaques _______________________________________________________________________________
Sinarquia II
Leo Cinezi
Destaques _______________________________________________________________________________
O Hábito da Leitura!
Francisco Feitosa
O Rito Adonhiramita
José Castellani
1. O personagem Adonhiram, ou Adoram, ou Hadoram, citado em Reis I, Samuel II e Crônicas II, era encarregado dos impostos e
dos prepostos às corvéias. Preposto é o auxiliar encarregado de certos negócios e que age em nome e por conta de um patrão, um
preponente. Corvéia era o trabalho ou o serviço gratuito --- praticamente um trabalho escravo --- que as pessoas tinham de prestar ao rei
(também, presente no feudalismo europeu). Adonhiram, portanto, era o contratante dessa atividade servil, como preposto de Salomão e,
depois, de Roboão. Ele foi apedrejado, até à morte, pelos hebreus de dez tribos, os quais, a partir desse dia, foram considerados infiéis à
casa de David, como consta em Reis I, 12 - 18 e 19 (a referência é ao cisma de 920 a C., quando os hebreus se dividiram em dois Estados :
Israel e Judá). A apresentação da edição francesa do "Recueil", todavia, situa que Adonhiram é nome composto do hebraico "Adon" e
"HIram", de acordo, inclusive, com o próprio autor. A lenda do 4º grau confirma isso.
2. Esses dados são unanimemente citados por respeitáveis pesquisadores franceses, como Paul Naudon, Alec Mellor e Bayard.
3. Da ata da sessão do 22º dia, do 4º mês maçônico, do Ano da Verdadeira Luz 5822 (12 de julho de 1822), do Grande Oriente,
consta a discussão de proposta de elevação ao grau de Eleito Secreto (o quarto grau do Rito Moderno), dos Irmãos Zimmerman, Sertório,
Ícaro, Castor e Vasco da Gama (nomes simbólicos, costume da época, hoje, só mantido pelo Rito Adonhiramita).
Mais adiante, na mesma ata, em resposta ao pedido de elevação ao mestrado, de outros obreiros, consta que ficaram na espera os
Irmãos Curius, Procion, Celso, Lycurgo e Baudeloque, mandando recomendar, a Grande Loja (órgão executivo do Grande Oriente), a esses
obreiros, que se lembrassem de que, adotada a Maçonaria dos sete graus, o grau de Mestre tornava-se muito respeitável e que, se eles
tinham verdadeiro amor pela Ordem, deveriam querer que fosse mais lenta essa concessão de graus, para torná-los mais valiosos (uma
verdadeira lição para os afoitos, que querem subir a jato, sem conhecimentos suficientes).
4. O Grande Capítulo do Rito Moderno, na realidade, só surgiria em novembro de 1874, depois da criação do Grande Capítulo
Noachita e a conseqüente saída deste do Capítulo dos Ritos Azuis. O atual título da Oficina Chefe, Supremo Conselho do Rito Moderno para
o Brasil, é bem mais recente, de 1976.
5. Isso porque os ritos Moderno e Adonhiramita são azuis; embora o Escocês, tenha várias cores, é, predominantemente,
vermelho.
Hermés – O Trismegisto
Francisco Feitosa
Trabalhos ______________________________________________________________________________
“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante em que o livro fala e a alma responde!”
autor desconhecido
O cientista político português, Boaventura Santos, indica- a compreensão de que, segundo nos alerta Augusto de Franco,
nos que a sociedade civil é o local da solidariedade, da busca coletiva coordenador da Agência de Educação para o Desenvolvimento, o
do diálogo entre interesses e dos valores éticos. A reforma fenômeno global, que chamamos de Globalização, não só oferece o
democrática do Estado deve reconhecer e garantir o poder da surgimento de novas condições, sem as quais seria impossível o fluxo
sociedade civil. As políticas públicas devem valorizar a legitimidade interativo de informação e conhecimento, que tem permitido, inclusive,
dos postos eletivos, a capacidade política dos governantes, a que os poderosos complexos financeiros e comerciais possam
responsabilidade pública dos servidores e o trabalho comunitário. Os internacionalizar-se e tentar dominar o mundo, mas também permite a
usuários dos serviços públicos não devem ser definidos e tratados percepção compartilhada de problemas e perspectivas globais e o
como clientes, mas como cidadãos com direitos , inclusive o de surgimento de novos partícipes, como nova sociedade civil mundial,
participação. Desses posicionamentos, deve decorrer o conceito de emergindo na atualidade.
qualidade total dos serviços públicos. A adoção de atitudes Graças a esse novo ângulo de visão sobre os rumos da
socialmente responsáveis ilumina e agrega a sociedade civil. humanidade, começa a ser valoriza - do e requerido um novo estilo de
Democracia sem justiça social é utópica. No essencial, o liderança, dedicado à transformação pessoal e coletiva, totalmente
Brasil venceu a luta pela democracia e liberdade, mas estamos muito comprometida com os valores e princípios éticos e morais, baseados
distantes de viver em um país com a desejada justiça social. A na busca da verdade, inspirados por um sentido de transcendência e
distância, ainda, é incomensurável, e corremos o risco de trilhar o orientados por um ideal do serviço para o bem comum. Essa nova
perigoso caminho do retrocesso democrático. As desigualdades liderança deve dedicar-se a promover o que chamamos de capital
sociais começam a pesar sobre nossos ombros e ameaçam a relativa social, um conjunto de concepções e ações em torno da coesão e da
estabilidade em que vivemos. Assim, é chegado o momento de confiança social. Ela pode e deve, por certo, manifestar-se no
reconhecermos o paradoxo, gerador de imensas desigualdades dirigente de uma empresa, que passará a adotar as premissas da
sociais, ao lado de um crescimento econômico, que, por sua vez, responsabilidade social não somente para com seus acionistas e
trouxe, em seu bojo, avanços tecnológicos, científicos e das colaboradores, mas também para com a sua comunidade, no
comunicações. Somente aquele, que reconhece suas voluntariado, no terceiro setor, nas agremiações não-governamentais,
responsabilidades sociais perante esse é capaz de interferir nos seus enfim, em todo o campo, onde um ser humano terá a oportunidade
destinos, utilizando, por mais estranho que pareça, a globalização, única de relacionar-se com outro igual. Diante desse novo quadro,
para a conscientização das comunidades locais. meus Irmãos, deixo-lhes esse questionamento: o que a Maçonaria e
Esse novo entendimento traz ao nosso dia-a-dia, meus Irmãos, os Maçons podem e devem fazer?
Trabalhos ______________________________________________________________________________
Marcelo Sidoti
Sites
Conheça os sites: www.cidadaniauniversal.net administrado pelo Irmão José Inácio da Silva, do oriente de Alagoa Grande-PB;
www.estantevirtual.com.br - a maior rede de sebos e livreiros do Brasil. O lugar certo para encontrar raridades literárias e
www.entreirmaos.net visite o site da Família Maçônica.
Indicação de Livros
Vivenciando a Maçonaria de autoria do escritor e acadêmico maçônico Jorge Tavares Vicente editado pela Editora Marques Saraiva.
Escritos Maçônicos I de autoria do escritor e acadêmico maçônico Flávio Vasques.
Arte Real – Edições Anteriores
Já se encontram disponíveis para download as edições anteriores do Arte Real no site www.entreirmaos.net
Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!