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O DIA DO MAÇOM BRASILEIRO

Desde os primórdios dos tempos, os seres humanos criaram os “dias de homenagens” para aquelas
ocasiões que fossem muito importantes para o grupo social ou comunidades da qual estão inseridos.
Nessa leva de homenagens, a maioria justa e algumas desprovidas de significado sócio histórico, é que
surge o Dia do Maçom do Brasil (ou brasileiro).

Como inspiramos os nossos pensamentos através de características positivas a todo momento, sob o
tripé de LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, o povo brasileiro viu a Maçonaria participar de
maneira indireta e direta em fatos que marcaram a nossa história, sendo através de um desses fatos,
talvez o de maior relevância para a LIBERDADE DOS BRASILEIROS, que surgiu a data que
comemoramos.

Esta data nos faz voltar o pensamento ao aspecto histórico de nossa Pátria, que está estreitamente
ligado ao de nossa Ordem, principalmente, nos movimentos que levaram à nossa emancipação
política, numa época em que a Maçonaria era a única via de transformação, a única via em que podia
florescer um movimento de libertação tanto no Brasil, como na América.

A Ordem Maçônica desempenhou papel de destaque no acontecimento mais notável da história do


Brasil, e foi decisivo para a evolução social e política da nossa Nação, que perdura até os dias atuais.

Em 20 de Agosto de 1822, em uma sessão extraordinária do Grande Oriente Brasílico, na cidade do


Rio de Janeiro, com a participação das lojas maçônicas Comércio e Artes / União e Tranquilidade e
Esperança de Niterói, na ausência do Grão-Mestre José Bonifácio, a grande reunião foi presidida pelo
1º vigilante Joaquim Gonçalves Ledo. Como o Príncipe Regente e maçom Dom Pedro também estava
presente, o Ir. Gonçalves Ledo fez um discurso inflamado, emocionante e inspirador, demonstrando
sólidas razões para que fosse proclamada a independência do Brasil de Portugal. Tornando evidente a
necessidade de ter a sua moção discutida naquela sessão extraordinária, a palavra foi concedida aos
demais irmãos presentes, sendo a moção aprovada por unanimidade, todos reconheceram a
necessidade de se fazer a Independência do Brasil.

18 dias depois da sessão extraordinária no Rio de Janeiro, o Príncipe Regente Dom Pedro aderiu ao
impulso por influência da Maçonaria, proclamando oficialmente a Independência do Brasil em 7 de
Setembro de 1822 às margens do Rio Ipiranga. Portanto, a principal justificativa para a comemoração
do dia do maçom, foi que a Independência do Brasil, para a Maçonaria, já havia sido proclamada
dentro de um templo Maçônico no dia 20 de Agosto de 1822.

De forma geral, independente da linha de estudos, teorias e versões para esta data, a participação da
Maçonaria é inconteste em todas as fases desse processo, pois os principais personagens do ato
histórico eram Maçons:

Ir. José Bonifácio – Grão-Mestre (Ministro do Reino);


Ir. Gonçalves Ledo – 1º Vigilante (Jornalista e político liberal);
Ir. Dom Pedro – Mestre Maçom (Príncipe Regente e Imperador Constitucional do Brasil).
Entre outros irmãos com grandes influências na época.

Os feitos da Maçonaria nos permitem que nesse 20 de agosto celebremos o “Dia do Maçom”, data
que lembra os primeiros passos dados no processo, oficial, de Independência do Brasil.

Todo o envolvimento da Ordem em grandes feitos pelo mundo, ocorreram em prol do progresso, mas
ainda assim não foi possível evitar que, por conta da maneira discreta pela qual a Maçonaria sempre
atuou, mitos fossem construídos. Sendo assim, somos vistos pela maioria da sociedade com um olhar
voltado apenas para o lado fantasioso, como sendo responsável por uma espécie de plano para a
dominação mundial ou mesmo de ser uma RELIGIÃO, uma seita ocultista por exemplo.

Sabemos que a Maçonaria é religiosa sim, porque acreditamos no Grande Arquiteto do Universo, MAS
NÃO É UMA RELIGIÃO. Não faz distinção entre as religiões existentes, não impõe qualquer tipo de
crença ou DEVOÇÃO DE QUALQUER NATUREZA aos seus membros, as religiões dividem as pessoas, a
Maçonaria as une, temos que manter esse legado da nossa Augusta e Respeitável Ordem como uma
escola que promove a transformação do homem nas esferas MORAL, INTELECTUAL E ESPIRITUAL, uma
transformação que congrega, não que afasta as pessoas.

Que esse DIA DO MAÇOM, seja um dia de reflexão ativa, um dia de repensar para agir, sobre o que
realmente estamos fazendo em prol de nossa Ordem e como poderemos a partir de hoje, contribuir
para a sua melhoria.

Meditemos a respeito de nosso futuro e peçamos ao Grande Arquiteto do Universo, as luzes


necessárias para encontrarmos o caminho, como obreiros da paz que somos, nesse mundo repleto de
violência.

O mesmo agir da Inconfidência Mineira, da Revolução Pernambucana de 1817, da Independência do


Brasil, da Confederação do Equador, da Guerra dos Farrapos, da Abolição da Escravatura, da
Proclamação da República, dentre outros movimentos libertários, cabe a nós, que tivemos o privilégio
de termos tido antepassados que nos legaram a Ordem na qual estamos hoje. É, no mínimo, exigido
de nós, que deixemos para as gerações futuras, uma Maçonaria na qual elas também possam ver a
Luz.

Portanto, essa data deve ser um símbolo importante para a Maçonaria brasileira, precisamos
aproveitar esses momentos como “O dia do Maçom Brasileiro”, para nos apresentarmos à sociedade
demonstrando o que somos, o que fizemos e o que fazemos, que através da Maçonaria teremos um
mundo melhor, com LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE entre os povos.

Viva a Maçonaria!

Peço aos irmãos dessa Augusta e Respeitável Oficina, com a permissão do Venerável
Mestre, uma salva de palmas para todos os Maçons Brasileiros, pois hoje é o nosso dia.

BIBLIOGRAFIA:

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NOTA: Como o presente trabalho é somente para LEITURA EM LOJA, não vislumbrei a necessidade de
registrar a bibliografia, podendo ser revelada, a qualquer tempo, caso algum irmão queira fazer uso.

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