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G e ra ç ã o

R e d e d e D is t r ib u iç ã o
L in h a d e
T ra n s m is s ã o
1. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE
POTÊNCIA - SEP

1- Aspectos Organizacionais

No Brasil por força da Constituição Federal, o Poder Concedente, que regula e


fiscaliza a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica é federal. Deste
modo, as concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia
(MME), enquanto a regulação e a fiscalização são exercidas pela ANEEL - Agência
Nacional do Setor Elétrico.

Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros


organismos também importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e
operação do sistema:
• ONS – Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a
operação elétrica e energética de todo o sistema brasileiro;
• EPE - Empresa de planejamento Energético, encarregada de planejar a
expansão dos sistemas elétrico e energético;
• CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos
contratos de compra e venda de energia e pela contabilidade da energia
fornecida ou recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores livres e
comercializadores.

Para facilitar a descrição e o entendimento das atividades abrangidas por este


tópico, vamos dividi-las em três segmentos que compõem o sistema elétrico de
potência, a seguir: geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Vamos
também realizar uma pequena abordagem sobre os aspectos da operação de sistemas
elétricos no Brasil.

Sistema Elétrico de Potência (SEP), em sentido amplo é o conjunto de todas as


instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica.

O mercado de energia elétrica experimenta um crescimento da ordem de 4,5%


ao ano, devendo ultrapassar a casa dos 100 mil mW em 2008.

O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade grandes extensões


de linhas de transmissão e um parque produtor de geração predominantemente

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hidráulica. O mercado consumidor (47,2 milhões de unidades) concentra-se nas
regiões Sul e Sudeste, mais industrializadas. A região Norte é atendida de forma
intensiva por pequenas centrais geradoras a maioria, termelétricas a óleo diesel.

Os sistemas de energia elétrica possuem uma estrutura baseada em uma


organização vertical e numa organização horizontal, como mostra o diagrama abaixo.

PRODUÇÃO PRODUÇÃO
LINHA

INTERLIGAÇÃO

SISTEMA DE SISTEMA DE NÍVEL DE


TRNSMISSÃO
TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO

SISTEMA SISTEMA NÍVEL DE


DE SUB- DE SUB- SUBTRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO

NÍVEL DE
DISTRIBUIÇÃO
SISTEMA

SISTEMA
DISTRIB.

DISTRIB.
PRIMÁRIO

SECUNDÁRIO
CONSUMIDORES

Pequenos

Médios

Grandes Muito Grandes

Na organização vertical distinguimos geralmente três níveis: Geração,


Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica.

2- Geração ou Produção de Energia Elétrica

Por geração ou produção entende-se a “Conversão de uma forma qualquer de


energia em energia elétrica”.

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De acordo com os dados apresentados pela ANEEL – Agência Nacional de
Energia Elétrica, o Brasil possui o total 1.528 empreendimentos em operação,
gerando 94.194.710 kW de potência e sua atual Matriz de Energia Elétrica é a
seguinte:

MATRIZ DE ENERGIA ELÉTRICA DO BRASIL


Empreendimentos em Operação
Capacidade
Total
Instalada
Tipo % %
n.°de n.° de
(kW) (kW)
Usinas Usinas
Hidro 607 71.848.487 70,19 607 71.848.487 70,19
Natural 72 9.886.953 9,66
Gás 98 10.812.701 10,56
T Processo 26 925.748 0,90
E Óleo
521 3.572.554 3,49
R Diesel
Petróleo 539 4.736.524 4,63
M Óleo
18 1.163.970 1,14
Residual
E
Bagaço de
L Cana
222 2.324.550 2,27
É Licor
T 13 782.617 0,76
Negro
R Biomassa 264 3.346.429 3,27
Madeira 25 212.832 0,21
I Biogás 2 20.030 0,02
C Casca de
2 6.400 0,01
A Arroz
S Carvão
Carvão Mineral 7 1.415.000 1,38 7 1.415.000 1,38
Mineral

Nuclear 2 2.007.000 1,96 2 2.007.000 1,96


Eólica 10 28.550 0,03 10 28.550 0,03
Paraguai 5.650.000 2,33
Argentina 2.250.000 5,85
Importação 8.170.000 7,98
Venezuela 200.000 0,08
Uruguai 70.000 0,20
Total 1.527 102.364.691 100 1.527 102.364.691 100

Normalmente as fontes de energia elétrica ditas convencionais são as usinas


hidrelétricas de grande porte (com potência acima de 30 MW) e as usinas
termelétricas. A geração de energia por usinas hidrelétricas representa mais de 70%
de nossa produção, concentrando-se nas Regiões Sul e Sudeste do país.

Podemos definir os seguintes termos, de acordo com a NBR 5460 - Sistemas


Elétricos de Potência:

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2.1 – Usina (Elétrica) – É a instalação elétrica destinada a gerar energia elétrica
em escala industrial, por conversão de outra forma de energia.
2.2 – Usina Hidrelétrica – É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida
por conversão da energia gravitacional da água.
Podemos encontrar usinas hidrelétricas do tipo:
2.2.1 – Usina (hidrelétrica) a fio d´água – Usina hidrelétrica que utiliza
diretamente a vazão do rio, tal como se apresenta no local.
2.2.2 – Usina (hidrelétrica) com acumulação - Usina hidrelétrica que
dispõe do seu próprio reservatório de regularização.

Nas grandes usinas o nível de tensão na saída dos geradores está normalmente
na faixa de 6 a 25 kV.

Com ralação às usinas termelétricas, apresentam em geral como característica


básica, um menor custo de construção, maior custo de operação e de manutenção e a
possibilidade de serem alocadas mais próximas do mercado consumidor.

Os Sistemas Isolados Brasileiros, predominantemente térmicos e


majoritariamente localizados e dispersos na Região Norte, encontram-se fora do SIN
- Sistema Interligado Nacional. Esses sistemas atendem uma área de 45% do
território e cerca de 3% da população nacional, ou seja, aproximadamente 1,2 milhão
de consumidores. Representam 3,4% da capacidade de produção de eletricidade
nacional.

Baseados na NBR 5460, definimos alguns termos relacionados a essa forma de


geração.
2.3 - Usina Termelétrica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por
conversão da energia térmica. Os tipos mais utilizados no Brasil são:
2.3.1 – Unidade (Termelétrica) a combustão interna – Unidade
termelétrica cujo motor primário é um motor de combustão interna
2.3.2 - Unidade (Termelétrica) a gás – Unidade termelétrica cujo motor
primário é uma turbina a gás.
2.3.3 - Unidade (Termelétrica) a turbina - Unidade termelétrica cujo
motor primário é uma turbina a vapor.
2.3.4 – Usina Nuclear – Usina termelétrica que utiliza a reação nuclear
como fonte térmica.
As usinas termelétricas movidas a carvão mineral, óleo combustível, gás
natural ou nucleares são também classificadas como fontes de energia elétrica
convencionais, assim como a hidrelétrica, observando que em ambos os casos os
geradores são do tipo síncrono operando na freqüência nominal de 60 Hz, que é a
freqüência dos sistemas elétricos brasileiros.

No caso de geração nuclear, as usinas normalmente são situadas o mais


próximo possível dos locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos de
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transmissão, dependendo também dos aspectos de segurança e conservação
ambiental.

Como fontes alternativas de energia elétrica existem uma gama de


possibilidades, incluindo energia solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas utilizando-
se da queima de biomassa (madeira, cana-de-açúcar, por exemplo) e outras fontes
menos usuais como as que utilizam a força das marés.

Devido aos longos prazos de maturação de projetos de geração de grandes


envergaduras, no Brasil, vêm sendo desenvolvidos estudos para verificação da
viabilidade técnica e dos custos associados á transmissão de energia da Amazônia
para as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país, na qual estão envolvidas
distâncias superiores a 2000 km.

3 – Transmissão

Baseados na função que exerce, podemos definir


transmissão como o transporte de energia elétrica
caracterizado pelo valor nominal de tensão:
a) entre a subestação elevadora de uma usina elétrica e a
subestação abaixadora em que se inicia a subtransmissão, o
que alimenta um sistema de distribuição, o que fornece
energia elétrica a um grande consumidor ou;
b) entre as subestações que fazem a interligação dos sistemas
elétricos de dois concessionários, ou áreas diferentes do
sistema de um mesmo concessionário.

As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada


podem variar de 138 KV até 765 KV, incluindo neste intervalo as tensões de 230
KV, 345 KV, 440 KV e 500 KV. As redes com tensões nominais iguais ou
superiores a 230 KV forma a chamada rede “Básica” de transmissão.

Os sistemas de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais


como 34,5 KV, 69 KV ou 88 KV e 138 KV e alimentam subestações de distribuição.
Normalmente operam em tensões inferiores àquelas dos sistemas de transmissão, não
sendo, no entanto, incomum operarem com uma tensão também existente nestes.
Nascem nos barramentos das subestações regionais e terminam em subestações
abaixadoras locais. Das subestações regionais, em geral, saem diversas linhas de
subtransmissão tomando rumos diversos. Em um sistema é possível haver também
dois ou mais níveis de tensões de subtransmissão, como ainda um sub-nível de
subtransmissão.

No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de


Itaipu, com nível de tensão de ± 600 kVDC .
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No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é
constituído basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas de
transmissão, estações seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras.

Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma,


diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto á subestação elevadora
(para retificação da corrente) e junto à subestação abaixadora (para inversão da
corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de
seccionamento.

As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de


linhas em corrente alternada enquanto que as estações conversoras apresentam custo
elevado. Portanto, a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na
interligação de sistemas com freqüências diferentes ou para transmissão de energia a
grandes distâncias.

Sob o ponto de vista físico e elétrico, as linhas de transmissão e de


subransmissão se confundem e os métodos de cálculo são os mesmos. Em algumas
empresas as linhas de subtransmissão ficam sujeitas aos seus departamentos de
distribuição, que as planejam, projetam, constroem e operam. Em outras empresas
elas estão a cargo dos departamentos encarregados das linhas e subestações. É uma
opção de organização administrativa.

Para efeito didático, extraímos algumas definições da NBR 5460, as quais


transpomos abaixo:
3.1 – Subtransmissão – transmissão de energia elétrica entre uma subestação
abaixadora de um sistema de transmissão e uma ou mais subestações de
distribuição.
3.2 – Subestação – Parte de um sistema de potência concentrada em um dado
local, compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de
transmissão e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra,
controle e proteção, incluindo as manobras civis e estruturas de montagem,
podendo incluir também, transformadores, equipamentos conversores e outros
equipamentos. Podemos citar dentre os tipos de subestação:
3.2.1- Subestação Elevadora – Subestação transformadora na qual a
tensão de saída é maior que a tensão de entrada.
3.2.2- Subestação Abaixadora – Subestação transformadora na qual a
tensão de saída é menor que a tensão de entrada.
3.2.3 – Subestação de Manobra (chaveamento) – Subestação cuja
finalidade principal é modificar a configuração de um sistema elétrico,
mediante modificação das interligações de linhas de transmissão.
3.2.4 – Subestação telecontrolada (desassistida) – Subestação não-
atendida cuja operação é controlada a distância.
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3.3 – Linhas – Conjunto de condutores, isoladores e acessórios, destinado a
transportar energia elétrica entre dois pontos de um sistema elétrico.
Compõem-se basicamente de três partes principais:
a) Estruturas (ou suportes) e acessórios;
b) Cadeias de isoladores e acessórios;
c) Cabos condutores e acessórios.
Protegendo este conjunto, encontramos a malha ou dispositivo de aterramento,
composto de cabos pára-raios, fios terra e contrapeso.

Em resumo, sob o ponto de vista funcional e operacional podemos dizer que a


estrutura de um sistema elétrico pode ser dividida em várias subestruturas baseadas
nos seus diversos níveis de tensão: geração, transmissão, subtransmissão e
distribuição (primária e secundária), essa última objeto de nosso estudo no próximo
item.

À medida que a demanda de energia aumenta, mais fontes necessitam serem


exploradas e novas linhas de transmissão necessitam serem construídas para conectar
essas novas estações geradoras aos novos pontos de distribuição e também às
estações já existentes, surgindo assim a interligação de sistemas.

Essas interligações podem propiciar um melhor aproveitamento das


disponibilidades energéticas de regiões com disponibilidades energéticas com
características distintas. São economicamente vantajosas e aumentam a
confiabilidade do suprimento às cargas, embora implique numa maior complexidade
de operação do sistema. Um exemplo é a interligação dos sistemas Sudeste/Centro-
Oeste e Sul do Brasil, que apresentam sensíveis diferenças de hidraulicidade de seus
rios, uma vez que os períodos chuvosos não são coincidentes nas várias bacias
hidrográficas.

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4 – Distribuição

Por definição, “é a transferência de energia elétrica para os


consumidores, a partir dos pontos onde se considera
terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a medição
de energia, inclusive”.
Os principais componentes do sistema
elétrico de distribuição são:
• Redes primárias;
• Redes secundárias;
• Ramais de serviço e entrada;
• Medidores;
• Transformadores de distribuição;
• Capacitores e reguladores de rede;

As linhas de transmissão e de subtransmissão convergem para as estações de


distribuição, que é uma subestação rebaixadora que alimenta um sistema de
distribuição, onde a tensão é abaixada, usualmente para o nível de 13,8 kV.

Destas subestações originam-se alguns alimentadores que se interligam aos


transformadores de distribuição da concessionária ou a de consumidores em tensão
primária.

Define-se Sistema (de distribuição) Primário, como sendo o conjunto dos


alimentadores de um dado sistema de distribuição, incluindo os primários dos
transformadores de distribuição pertinentes. São linhas de tensões suficientemente
baixas para ocuparem vias públicas e suficientemente elevadas para assegurarem uma
boa regulação, mesmo para potências razoáveis. Às vezes desempenham o papel de
linha de subtransmissão em pontas de sistemas.

Consumidores cuja carga instalada seja superior a 75 kW serão atendidos em


tensão primária, tensão nominal de média ou alta tensão, dependendo de sua
demanda.

Dentre os outros níveis de tensão primária de distribuição ainda encontrados no


Brasil, podemos citar: 2,3 kV; 3,8 kV ; 6,6 kV; 11,9 kV; 23 kV; 34,5 kV.

A energia em tensão primária de distribuição é entregue a um grande número


de consumidores tais como indústrias, centros comerciais, grandes hospitais etc. Os
alimentadores primários suprem um grande número de transformadores de
distribuição que abaixam o nível para a tensão secundária para o uso doméstico e de
pequenos consumidores comercias.

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Quanto ao nível de tensão de distribuição dos sistemas secundários, observam-
se os seguintes valores nominais mais freqüentes: sistema de 220/127 volts (entre
fases e entre fase e neutro) e o sistema de 380/220 volts, deriváveis de sistemas
trifásicos com neutro, e o sistema de 220/110 volts derivável de sistemas
monofásicos. Esses sistemas incluem os secundários dos transformadores de
distribuição pertinentes e os ramais de ligação dos consumidores. Operam com as
tensões mais baixas do sistema e em geral seu comprimento não excede de 200 a 300
m.

O Centro de Operação da Distribuição – COD é o órgão destinado a


supervisionar e coordenar as atividades operativas do sistema de distribuição, sua
filosofia básica é a de centralização do comando operativo da rede elétrica em um só
órgão e local e visa proporcionar:
• Adequado atendimento aos consumidores;
• Controle e análise das interrupções, visando minimizá-las;
• Manutenção da configuração planejada;
• Melhores condições operativas, diminuindo os riscos;
• Dinamização e controle das manutenções.

Atualmente, o mercado de distribuição de energia elétrica atende cerca de 47


milhões de unidades consumidoras, das quais 85% são consumidores residenciais, em
mais de 99% dos municípios brasileiros. Ao longo dos últimos 20 anos o consumo de
energia elétrica apresentou índices de expansão elevados devido à expressiva
participação das classes de consumo residencial, comercial e rural, enquanto o
segmento industrial teve participação menor.

5 – Aspectos sobre a Operação de Sistemas Elétricos

Tanto os grandes motores industriais quanto os equipamentos


eletrodomésticos, são projetados e construídos para trabalharem dentro de certas
faixas de tensão e freqüência, fora das quais pode apresentar funcionamentos não
satisfatórios ou até mesmo se danificarem.

Essas exigências básicas impõem à operação dos sistemas elétricos um


adequado controle da tensão e da freqüência na rede, a qual está sujeita às mais
variadas solicitações de carga, as quais variam ano a ano, mês a mês e, o mais
importante, podendo variar muito durante um único dia, devido por exemplo, à
demanda nos horários de pico quando comparada com a da madrugada. Como não é
possível armazenar energia elétrica comercialmente, deve ser produzida, a cada
instante, na medida da demanda requerida.

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Além das variações de carga previstas, há também as de natureza aleatória, tais
como a conexão e desconexão de cargas por manutenção ou defeito de instalações da
planta industrial ou comercial que ocasionam alterações, em geral, pequenas na
freqüência e tensão da rede. Defeitos na rede que provocam o desligamento de linhas,
geradores, grandes blocos de carga ou de interligações entre sistemas, podem
ocasionar oscilações ou variações mais significativas, as quais os equipamentos de
controle procuram minimizar.

A freqüência é controlada automaticamente nos próprios geradores através dos


reguladores de velocidade, equipamentos que injetam mais ou menos água, vapor ou
gás nas turbinas que acionam os geradores, dependendo do aumento ou diminuição
da demanda.

O controle da tensão pode ser feito remotamente nas usinas, através dos
reguladores automáticos de tensão, podendo também ser efetuado em nível de
transmissão, de subtransmissão e de distribuição. De um modo geral, o controle junto
à carga é bem mais efetivo, uma vez que o controle remoto pode não ser suficiente. O
controle é feito automaticamente por meio de transformadores com controle de tap,
por compensadores síncronos ou compensadores de reativos estáticos e,
manualmente, por meio de conexão ou desconexão de bancos de capacitores e/ou
reatores em derivação.

Além dos aspectos ligados ao controle de tensão e da carga/freqüência, na


operação das redes interligadas existe o problema de como distribuir as cargas entre
as diversas usinas do sistema, nas diversas situações de demanda. À alocação dessa
geração dá-se o nome de despacho da geração, de cujo estabelecimento depende
muito a operação racional e eficaz do sistema como um todo.

É interessante ressaltar também que existem sistemas automáticos de


supervisão e controle ou de despacho automático. O controle é feito por algoritmos
de simulação/decisão em computador com dados monitorados continuamente sobre o
carregamento das linhas de transmissão, as gerações das diversas usinas e o estado da
rede de transmissão.

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Referências Bibliográficas:

• CIPOLI, José Adolfo - Engenharia de Distribuição, Rio de Janeiro - RJ, 1993,


Qualitymark Editora.

• FUCHS, Dário Rubens – Transmissão de Energia Elétrica - Linhas Aéreas, Rio


de Jane iro 1979, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.

• NBR 5460 – Sistemas Elétricos de Potência, 1992, ABNT – Associação


Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro – RJ.

• www.aneel.gov.br, acessada em 10/05/2006 às 20h.

• www.ons.org.br, acessado em 10/05/2006 às 18h.

• www.eletrotec.pea.usp.br, Fornecimento de Energia Elétrica, acessada em


16/05/2006 às 17h.

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