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Para fins gerais, assume-se que o vetor 𝒅 não coincide com os eixos de
coordenadas local ou global. Nesse caso, pretende-se relacionar as
componentes de deslocamento global com as componentes locais, de
modo a desenvolver uma matriz de transformação [𝑇] que posteriormente será
usada para desenvolver a matriz de rigidez global para um elemento de barra.
Definimos o ângulo y para ser positivo quando medido no sentido anti-horário de
x para x’. Podemos então expressar o deslocamento dado pelo vetor 𝒅 em
termos das coordenadas globais e locais através da expressão:
𝒂+𝒃=𝒊 3.3.2
|𝒂| = |𝒊| cos 𝜃 3.3.3.a
|𝒃| = |𝒊| sin 𝜃 3.3.3.b
Uma vez que por definição o vetor unitário |𝒊|, é dado por:
|𝒊| = 1 3.3.4
|𝒂| = cos 𝜃 3.3.5
|𝒃| = sin 𝜃 3.3.6
Como 𝒂 + 𝒃 = 𝒊, tem-se:
𝒂′ = cos 𝜃 𝒋′
𝒂′ + 𝒃′ = 𝒋, 𝑒 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜: { 3.3.10
𝒃′ = sin 𝜃 𝒊′
De modo que:
cos 𝜃 sin 𝜃 𝑢
{𝑢′} = [ ]{ } 3.3.15
𝑣′ − sin 𝜃 cos 𝜃 𝑣
Assim:
𝑢
{𝑑 ′ } = {𝑢′}, {𝑑} = { } 𝑒 [𝑇] = [ cos 𝜃 sin 𝜃
] 3.3.17
𝑣′ 𝑣 − sin 𝜃 cos 𝜃
′ 𝐴𝐸 1 −1 𝑢1′
𝑓1𝑥
{ ′ } = [ ]{ } 3.4.1
𝑓2𝑥 𝐿 −1 1 𝑢2′
Ou:
{𝑓 ′ } = [𝑘 ′ ]{𝑑′} 3.4.2
𝑓1𝑥 𝑢1
𝑓1𝑦 𝑣
= [𝑘] {𝑢1 } 3.4.3
𝑓2𝑥 2
{𝑓2𝑦 } 𝑣2
Ou simplificadamente no modo matricial:
𝑢1
𝑢1′ 𝐶 𝑆 0 0 𝑣1
{ ′} = [ ]{ } 3.4.6
𝑢2 0 0 𝐶 𝑆 𝑢2
𝑣2
Ou de maneira reduzida:
[𝑇] = [𝐶 𝑆 0 0] 3.4.8
0 0 𝐶 𝑆
{𝑓 ′ } = [𝑇]{𝑓} 3.4.10
{𝑓 ′ } = [𝑘 ′ ][𝑇]{𝑑} 3.4.11
No entanto, para escrever a expressão final que relaciona forças nodais globais
a deslocamentos nodais globais para um elemento, devemos aplicar a inversa
de [𝑇] na equação 3.4.12. O que não é imediatamente possível já que [𝑇] não é
uma matriz quadrada. Ao expandir {𝑑 ′ }, {𝑓 ′ } e [𝑘 ′ ] para uma ordem que é
′ ′
consistente com o uso de coordenadas globais, embora 𝑓1𝑦 e 𝑣2𝑦 sejam zero.
Usando a Eq. (3.3.16) para cada deslocamento nodal, obtemos assim:
𝑢1′ 𝐶 𝑆 0 0 𝑢1
𝑣1′ −𝑆 𝐶 0 0 ] { 𝑣1 }
=[ 3.4.13
𝑢2′ 0 0 𝐶 𝑆 𝑢2
′
{𝑣2 } 0 0 −𝑆 𝐶 𝑣2
Ou:
Sendo:
𝐶 𝑆 0 0
[𝑇] = [−𝑆 𝐶 0 0] 3.4.15
0 0 𝐶 𝑆
0 0 −𝑆 𝐶
De maneira similar tem-se:
{𝑓 ′ } = [𝑇]{𝑓} 3.4.16
Porque as forças são como deslocamentos - ambos são vetores. Além disso,
[𝑘 ′ ] deve ser expandida para uma matriz de ordem 4x4. Portanto, a Eq. (3.4.1)
em forma expandida torna-se:
′
𝑓1𝑥 1 0 −1 0 𝑢′1
′
𝑓1𝑦 𝐴𝐸 0 0 0 0] 𝑣′1
′ = [ 3.4.17
𝑓2𝑥 𝐿 −1 0 1 0 𝑢′2
′ 0 0 0 0 {𝑣′2 }
{𝑓2𝑦 }
′ ′
Na Eq. (3.4.17), porque 𝑓1𝑦 e 𝑓2𝑦 são zero, as linhas de zeros correspondentes
′ ′
aos números de linha 𝑓1𝑦 e 𝑓2𝑦 aparecem em [𝑘 ′ ]. Agora, usando Eqs. (3.4.14) e
(3.4.16) na Eq. (3.4.2), obtemos:
De modo que:
Onde [𝑇]−1 é a inversa de [𝑇]. No entanto, pode ser mostrado (veja o Problema
3.28) em que [𝑇]𝑇 é a matriz transposta de [𝑇]. A propriedade de matrizes
quadradas, como [𝑇] dado pela Eq. (3.4.20) define [𝑇] para ser uma matriz
ortogonal. Para mais informações sobre matrizes ortogonais, consulte o
Apêndice A. A matriz de transformação [𝑇] entre os quadros de coordenadas
retangulares é ortogonal. Esta propriedade de [𝑇] é usada ao longo deste texto.
Substituindo a Eq. (3.4.20) na Eq. (3.4.19), obtemos:
𝐶2 𝐶𝑆 −𝐶 2 −𝐶𝑆
𝐴𝐸 𝐶𝑆 2
−𝐶𝑆 −𝑆 2 ]
[𝑘] = [ 2 𝑆 3.4.23
𝐿 −𝐶 −𝐶𝑆 𝐶 2 𝐶𝑆
2
−𝐶𝑆 −𝑆 𝐶𝑆 𝑆2
[𝐾] agora relaciona as forças nodais globais {𝐹} aos deslocamentos nodais
globais {𝑑} para toda a estrutura por:
CONTINUAR
𝑤𝐿
−
2
𝑤𝐿2
−
{𝐹𝑜 } = 12 4.4.10
𝑤𝐿
−
2
𝑤𝐿2
{ 12 }
Este conceito pode ser aplicado a nível local para obter as forças nodais locais
{𝑓} em elementos individuais de estruturas aplicando a Eq. (4.4.8) localmente
como:
Simplificação:
cos 𝜃 = 𝐶 𝑒 sin 𝜃 = 𝑆
𝑢1
𝑣1′ −𝑆 𝐶 0 0 0 0 𝑣1
𝜙1′ 0] 𝜙1
=[ 0 0 1 0 0 5.1.2
𝑣2′ 0 0 0 −𝑆 𝐶 0 𝑢2
′
{𝜙2 } 0 0 0 0 0 1 𝑣2
{𝜙2 }
−𝑆 𝐶 0 0 0 0
[𝑇] = [ 0 0 1 0 0 0] 5.1.3
0 0 0 −𝑆 𝐶 0
0 0 0 0 0 1
Substituindo a Eq. (5.1.3) para [𝑇] e Eq. (4.1.14) local para [𝑘] na Eq. (3.4.22),
[𝑘] = [𝑇]𝑇 [𝑘 ′ ][𝑇], obtemos a matriz de rigidez de elemento global como
Não é necessário ampliar [𝑇] dado pela Eq. (5.1.3) para torná-lo uma matriz
quadrada para poder usar a Eq. (3.4.22). Porque a Eq. (3.4.22) é uma equação
geralmente aplicável, as matrizes utilizadas devem ser meramente a ordem
correta para a multiplicação da matriz (veja o Apêndice A para mais sobre a
multiplicação da matriz). A matriz de rigidez Eq. (5.1.4) é a matriz de rigidez
global do elemento, que inclui resistência ao cisalhamento e flexão. Os efeitos
axiais locais ainda não estão incluídos. A transformação da rigidez local para a
força global, multiplicando as matrizes [𝑇]𝑇 [𝑘 ′ ][𝑇], como feito na Eq. (5.1.4),
geralmente é realizada com uso de computadores.
Vamos agora incluir os efeitos axiais no elemento, como mostrado na Figura 5-
3. O elemento agora tem três graus de liberdade por nó (𝑢𝑖′ , 𝑣𝑖′ , 𝜙𝑖′ ). Para efeitos
axiais, lembramos da Eq. (3.1.13):
′ 𝐴𝐸 1 −1 𝑢1′
𝑓1𝑥
{ ′ }= [ ]{ } 5.1.5
𝑓2𝑥 𝐿 −1 1 𝑢2′
Combinando os efeitos axiais da equação 5.1.5 com os esforços de cisalhamento
e flexão da equação 4.1.13, temos, em coordenadas locais:
′
𝑓1𝑥
𝐶 0 0 −𝐶 0 0 𝑢1′
′ 1 1
𝑓1𝑦 0 12𝐶2 6𝐶2 𝐿 0 −12𝐶2 6𝐶2 𝐿 𝑣1′
𝑚1′ 0 6𝐶2 𝐿 4𝐶2 𝐿2 0 −6𝐶2 𝐿 2𝐶2 𝐿2 𝜙1′
′ = 5.1.6
𝑓2𝑥 −𝐶1 0 0 𝐶1 0 0 𝑢2′
′
𝑓2𝑦 0 −12𝐶2 −6𝐶2 𝐿 0 12𝐶2 −6𝐶2 𝐿 𝑣2′
6𝐶2 𝐿 2𝐶2 𝐿2 0 −6𝐶2 𝐿 4𝐶2 𝐿2 ] {𝜙2′ }
{𝑚2′ } [ 0
Onde:
𝐴𝐸 𝐸𝐼
𝐶1 = 𝑒 𝐶2 = 5.1.7
𝐿 𝐿3
𝐶1 0 0 −𝐶1 0 0
0 12𝐶2 6𝐶 2 𝐿 0 −12𝐶2 6𝐶 2𝐿
0 2 0 −6𝐶2 𝐿 2𝐶2 𝐿2
6𝐶2 𝐿 4𝐶2 𝐿
[𝑘′] = 5.1.8
−𝐶1 0 0 𝐶1 0 0
0 −12𝐶2 −6𝐶2 𝐿 0 12𝐶2 −6𝐶2 𝐿
[ 0 6𝐶2 𝐿 2𝐶2 𝐿2 0 −6𝐶2 𝐿 4𝐶2 𝐿2 ]
A matriz [𝑘 ′ ] agora tem três graus de liberdade por nó e inclui efeitos axiais (na
direção 𝑥′), bem como efeitos de força de cisalhamento (na direção 𝑦′) e efeitos
de flexão (sobre o eixo 𝑧 ′ = 𝑧). Usando Eqs. (5.1.1) e (5.1.2), relacionamos os
deslocamentos locais com os deslocamentos globais:
𝑢1′
𝐶 𝑆 0 0 0 0 𝑢1
𝑣1′ −𝑆 𝐶 0 0 0 0 𝑣1
𝜙1′ 0 0 1 0 0 0 𝜙1
= 5.1.9
𝑢2′ 0 0 0 𝐶 𝑆 0 𝑢2
𝑣2′ 0 0 0 −𝑆 𝐶 0 𝑣2
[ 0 0 0 0 0 1] {𝜙2 }
{𝜙2′ }
𝐶 𝑆 0 0 0 0
−𝑆 𝐶 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0
[𝑇] = 5.1.10
0 0 0 𝐶 𝑆 0
0 0 0 −𝑆 𝐶 0
[0 0 0 0 0 1]
Substituindo [𝑇] da Eq. (5.1.10) e [𝑘 ′ ] da Eq. (5.1.8) na Eq. (3.4.22), [𝑘] =
[𝑇]𝑇 [𝑘 ′ ][𝑇] obtemos a matriz de rigidez global transformada global para um
elemento de feixe que inclui força axial, força de cisalhamento e flexão.
A análise de uma estrutura plana rígida pode ser realizada aplicando a Matriz de
rigidez Eq. (5.1.11). Uma estrutura plana rígida é definida aqui como uma série
de elementos de barra conectados rigidamente entre si; isto é, os ângulos
originais feitos entre elementos em suas juntas permanecem inalterados após a
deformação devido a cargas aplicadas ou deslocamentos aplicados.
Além disso, os momentos são transmitidos de um elemento para outro nas
articulações. Portanto, a continuidade do momento existe nas articulações
rígidas. Além disso, os centróides dos elementos, bem como as cargas
aplicadas, estão em um plano comum (plano x-y). Da Eq. (5.1.11), observamos
que a rigidez do elemento é funções de E, A, L, I e o ângulo de orientação y do
elemento em relação aos eixos de coordenadas globais. Deve-se notar que os
programas de computador frequentemente se referem ao elemento de quadro
como um elemento de barra, entendendo que o programa está usando a matriz
de rigidez na Eq. (5.1.11) para análise de quadros ou pórticos planos.