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Preparatória - Departamento Estadual de

Trânsito do Ceará (DETRAN/CE)

Agente de Trânsito

Língua Portuguesa
Compreensão e estruturação de textos. ........................................................................................................................ 1
Ortografia: emprego das letras e acentuação gráfica. ................................................................................................ 2
Emprego das classes de palavras. Prefixos e sufixos. Valores semântico-sintáticos das preposições e das
conjunções. ................................................................................................................................................................................ 8
Correspondências semântico-estruturais na construção de períodos e orações. ............................................. 35
Regência nominal e verbal. ............................................................................................................................................ 45
Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................................... 48
Colocação dos termos na frase. ..................................................................................................................................... 51
Emprego do acento indicativo da crase. ..................................................................................................................... 52
Semântica: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. ............................................................................... 54
Emprego dos sinais de pontuação. ............................................................................................................................... 56

Raciocínio Lógico
Os conetivos “e”, “ou”, “não”, “se... então...”, “se e somente se”; os quantificadores “para todo”, “existe” e suas
variações; as negações. As relações de “igual”, “maior”, “menor”, “maior ou igual”, “menor ou igual” e suas
variações. Conjuntos; as relações de pertinência, inclusão e igualdade; operações entre conjuntos, união,
interseção e diferença. Os principais conjuntos numéricos; intervalos e semi-retas; faixas e margens numéricas
(de renda, etária, de erro e outras); prazos (de validade, tolerância e outros); limites (de carga, velocidade e
outros); comparações (de custos, duração, outras); contagem, medição, avaliação e quantificação; índices e
taxas (percentuais, por mil, outras). Raciocínio lógico-dedutivo e recursos matemáticos em nível elementar e
médio suficientes para resolver questões matemáticas e do cotidiano sobre os tópicos deste programa. ....... 1

Conhecimentos Gerais e Atualidade


Ética: conceito, primeira concepção, variados aspectos de análise da ética no entendimento dos pensadores
clássicos, estudos da Ética pelos pensadores modernos ................................................................................................. 1
Ética como doutrina da conduta humana; gênese, formação e evolução da Ética; virtude como substância
ética, dever, ética profissional, deveres profissionais, ambiência e relações no desempenho ético-profissional
....................................................................................................................................................................................................... 2
Cidadania: conceito, direitos humanos, estado de direito, a Constituição de 1988............................................. 4
Meio Ambiente: educação ambiental, primeiros passos da trajetória humana, a natureza e as terras
brasileiras, revolução industrial e as transformações ambientais; saúde, meio ambiente e transportes; cidades
e qualidade de vida: transporte, lixo e águas. .................................................................................................................. 19
Ceará – Geografia e história: Aspectos físicos e geográficos, área e limites, recursos naturais, aspectos
geomorfológicos e demográficos, organização política e administrativa e aspectos geopolíticos ...................... 33

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Legislação de Trânsito
Código Brasileiro de Trânsito - CBT e resoluções do CONTRAN até a de número 192. ..................................... 1
Questões. ............................................................................................................................................................................. 91

Regulamentação de Transportes Públicos de Passageiros


Decreto nº. 26.103 de 12 de janeiro de 2001. .............................................................................................................. 1
Decreto nº. 26.803, de 24 de outubro de 2002. ......................................................................................................... 19
Lei nº. 13.094, de 12 de janeiro de 2001. .................................................................................................................... 29

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está
Compreensão e estruturação de relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do
textos. código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas
Interpretação de Texto
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes,
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
surpreendentes que não foram observados anteriormente.
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também
primeiro, algumas definições importantes:
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo,
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Texto
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
televisão também são formas textuais.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
Interlocutor
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
É a pessoa a quem o texto se dirige.
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor,
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície
Texto-modelo
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
da sua vida.”
interpretacao-texto.html
(Revista Capricho)
Questões
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
O uso da bicicleta no Brasil
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho
oferecem mais vantagens.
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
A linguagem informal típica dos adolescentes.
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
prioridade sobre os automotores.
assunto;
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
leitura;
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
menos duas vezes;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
04) Inferir;
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
autor;
claro, nos impostos.
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compreensão;
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
questão;
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
interpretacao-de-textos-em-provas/
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
espalhadas em pontos estratégicos. (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não Respostas
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, 1. (B) / 2. (A) / 3. (D)
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, Ortografia: emprego das letras e
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
acentuação gráfica.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso Ortografia
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra a A (á) b B (bê)
devido à falta de regulamentação. c C (cê) d D (dê)
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido e E (é) f F (efe)
incentivado em várias cidades. g G (gê ou guê) h H (agá)
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela i I (i) j J (jota)
maioria dos moradores. k K (cá) l L (ele)
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os m M (eme) n N (ene)
demais meios de transporte. o O (ó) p P (pê)
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade q Q (quê) r R (erre)
arriscada e pouco salutar. s S (esse) t T (tê)
u U (u) v V (vê)
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos w W (dáblio) x X (xis)
objetivos centrais do texto é y Y (ípsilon) z Z (zê)
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista. Observação: emprega-se também o ç, que representa o
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta Emprego das letras K, W e Y
no Brasil. Utilizam-se nos seguintes casos:
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus
locomoção se consolidou no Brasil. derivados.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
dar prioridade ao pedestre. taylorista.

03. Considere o cartum de Evandro Alves. b) Em topônimos originários de outras línguas e seus
derivados.
Afogado no Trânsito Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.

c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como


unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
(quilômetro), Watt.

Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exemplos: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados

2) Após a sílaba inicial “en”.


Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo
“en-”

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) ou origem
Exemplos:
3) Após a sílaba inicial “me-”. burguês- burguesa inglês- inglesa
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão chinês- chinesa milanês- milanesa
Exceção: mecha
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras Exemplos:
inglesas aportuguesadas. catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa

5) Nas seguintes palavras: 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa


bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, Exemplos:
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose,
xingar, etc. metamorfose, virose

Emprega-se o dígrafo Ch: 5) Após ditongos


1) Nos seguintes vocábulos: Exemplos:
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, coisa, pouso, lousa, náusea
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha,
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
derivados
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia Exemplos:
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
da palavra. Veja os exemplos: quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
gesso: Origina-se do grego gypsos repus, repusera, repusesse, repuséssemos
jipe: Origina-se do inglês jeep.
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
Emprega-se o G: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Teresa, Teresinha, Tomás
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem 8) Nos seguintes vocábulos:
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia,
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene,
raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), Emprega-se o Z:
vertiginoso (de vertigem) 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no
radical
4) Nos seguintes vocábulos: Exemplos:
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. raiz- enraizar cruz-cruzeiro

Emprega-se o J: 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a


1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear partir de adjetivos
Exemplos: Exemplos:
arranjar: arranjo, arranje, arranjem inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez
despejar: despejo, despeje, despejem rígido- rigidez
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo-
enferrujar: enferruje, enferrujem surdez
viajar: viajo, viaje, viajem
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica substantivos
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j colonizar- colonização realizar- realização
Exemplos:
laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
lisonjeador nojo- nojeira Exemplos:
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
jeito- ajeitar
5) Nos seguintes vocábulos:
4) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz,
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
traje, pegajento
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
Emprego das Letras S e Z contraste entre o S e o Z
Emprega-se o S: Exemplos:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no cozer (cozinhar) e coser (costurar)
radical prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Exemplos:
análise- analisar catálise- catalisador Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os
casa- casinha, casebre liso- alisar exemplos:

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO
exame exato exausto exemplo existir exótico Emprega-se o E:
inexorável 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos:
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs magoar - magoe, magoes
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. continuar- continue, continues
Observe:
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
Emprega-se o S: Exemplos: antebraço, antecipar
Nos substantivos derivados de verbos terminados em
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir” 3) Nos seguintes vocábulos:
Exemplos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico,
expandir- expansão pretender- pretensão verter- orquídea, etc.
versão expelir- expulsão
estender- extensão suspender- suspensão Emprega-se o I :
converter - conversão repelir- repulsão 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
Exemplos:
Emprega-se Ç: cair- cai
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer” doer- dói
Exemplos: influir- influi
ater- atenção torcer- torção
deter- detenção distorcer-distorção 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
manter- manutenção contorcer- contorção Exemplos:
Anticristo, antitetânico
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss 3) Nos seguintes vocábulos:
Exemplos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio,
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, etc.
trouxe
Emprego das letras O e U
Emprega-se Sc: Emprega-se o O/U:
Nos termos eruditos A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de
Exemplos: algumas palavras. Veja os exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, comprimento (extensão) e cumprimento (saudação,
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, realização)
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. soar (emitir som) e suar (transpirar)

Emprega-se Sç: Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,


Na conjugação de alguns verbos moleque.
Exemplos:
nascer- nasço, nasça Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético.
Emprega-se Ss: Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”, da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta
“mitir”, “ceder” e “cutir” forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Exemplos:
agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão Emprega-se o H:
discutir- discussão 1) Inicial, quando etimológico
progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
exceder- excesso repercutir- repercussão
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
Emprega-se o Xc e o Xs: Exemplos: flecha, telha, companhia
Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos: 3) Final e inicial, em certas interjeições
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.

Observações sobre o uso da letra X 4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo
1) O X pode representar os seguintes fonemas: elemento, se etimológico
/ch/ - xarope, vexame Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.

/cs/ - axila, nexo Observações:


1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que
/z/ - exame, exílio nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha
ele não é utilizado.
/ss/ - máximo, próximo
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a
/s/ - texto, extenso letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos
sempre são grafados com h. Veja:
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- herbívoro, hispânico, hibernal.
Exemplos: excelente, excitar
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas
Emprego das letras E e I 1) Utiliza-se inicial maiúscula:
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / a) No começo de um período, verso ou citação direta.
pode não ser nítida. Observe: Exemplos:

Língua Portuguesa 4
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APOSTILAS OPÇÃO
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer Exemplos:
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
“Auriverde pendão de minha terra, sudoeste.
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os
As promessas divinas da Esperança…” pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
(Castro Alves) Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Observações: Ocidente (europeu)
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o Oriente (asiático)
uso da letra maiúscula.
Lembre-se:
Por Exemplo: Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
“Aqui, sim, no meu cantinho, se letra minúscula.
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho Exemplo:
e esquecer o mundo inteiro.” “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-
se letra minúscula. Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
Por Exemplo: a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, Exemplos:
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplos:
Exemplos: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
d) Nos nomes mitológicos. Santa Maria ou santa Maria.
Exemplos:
Dionísio, Netuno. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
disciplinas.
e) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos:
Exemplos: Português ou português
Natal, Páscoa, Ramadã. Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
modernas
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. História do Brasil ou história do Brasil
Exemplos: Arquitetura ou arquitetura
ONU, Sr., V. Ex.ª.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, fono24.php
políticos ou nacionalistas. Emprego do Porquê
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, Orações
União, etc. Interrogativas Exemplo:

Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula (pode ser Por que devemos nos
quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. substituído por: preocupar com o meio
Exemplo: Por por qual motivo, ambiente?
Todos amam sua pátria. Que por qual razão)
Exemplo:
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: Equivalendo
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. a “pelo qual” Os motivos por que não
Exemplos: respondeu são desconhecidos.
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário Exemplos:
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
Você ainda tem coragem de
Final de
2) Utiliza-se inicial minúscula: Por perguntar por quê?
frases e seguidos
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Quê
de pontuação
Exemplos: Você não vai? Por quê?
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
Não sei por quê!
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno

c) Nos pontos cardeais.

Língua Portuguesa 5
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APOSTILAS OPÇÃO
03.
Exemplos:
Conjunção
A situação agravou-se
que indica
porque ninguém reclamou.
explicação ou
causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa.
Conjunção de
Exemplos:
Finalidade –
equivale a “para
Não julgues porque não te Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
que”, “a fim de
julguem. padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e
que”.
respectivamente, preenchidas por:
Função de (A) mal ... por que ... intuíto
Exemplos:
substantivo (B) mau ... por que ... intuito
– vem (C) mau ... porque ... intuíto
Não é fácil encontrar o
acompanhado (D) mal ... porque ... intuito
Porquê porquê de toda confusão.
de artigo ou (E) mal ... por quê ... intuito
pronome
Dê-me um porquê de sua
saída. Respostas
01. D/02. B/03. D

1. Por que (pergunta) Acentuação


2. Porque (resposta)
3. Por quê (fim de frase: motivo) A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras
4. O Porquê (substantivo) estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos,
Emprego de outras palavras procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem
Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa escrita.
nenhuma senão criticar.
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais Regras básicas – Acentuação tônica
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá
desta situação crítica. A acentuação tônica implica na intensidade com que são
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa. demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão denominadas de átonas.
pouco esta semana.
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios. como:
Traz - do verbo trazer.
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. última sílaba.
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
vultuosa e deformada.
Questões Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na penúltima sílaba.
01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
........................ praticar atividade física..........................benefícios Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas evidencia na antepenúltima sílaba.
terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade. Como podemos observar, mediante todos os exemplos
(Ciência Hoje, março de 2012) mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente:
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
respectivamente, com: apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.
(A) porque … trás … previnir
(B) porque … traz … previnir Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos
(C) porquê … tras … previnir em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
(D) por que … traz … prevenir observar no exemplo a seguir:
(E) por quê … tráz … prevenir
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”.
02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
talvez seja _____ chorou. os demais, como átonos (que, em, de).
(A) porquê / porque;
(B) por que / porque; Os Acentos Gráficos
(C) porque / por que;
(D) porquê / por quê; acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
(E) por que / por quê. sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.

Língua Portuguesa 6
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APOSTILAS OPÇÃO
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.  Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)
Observação importante:
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Antes Agora
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com bocaiúva bocaiuva
artigos e pronomes. feiúra feiura
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente Ex.:
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
derivadas de nomes próprios estrangeiros. Antes Agora
Ex.: mülleriano (de Müller) crêem creem
vôo voo
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
nasais. - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
Ex.: coração – melão – órgão – ímã no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
Regras fundamentais: como antes: CRER, DAR, LER e VER.

Palavras oxítonas: Repare:


Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, 1-) O menino crê em você
“em”, seguidas ou não do plural(s): Os meninos creem em você.
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s) 2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os dados deem efeito!
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos 4-) Rubens vê tudo!
ou não de “s”. Eles veem tudo!
Ex.: pá – pé – dó – há
- Cuidado! Há o verbo vir:
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas Ele vem à tarde!
de lo, la, los, las. Eles vêm à tarde!
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
- i, is
táxi – lápis – júri Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
- us, um, uns seguidas do dígrafo nh:
vírus – álbuns – fórum ra-i-nha, ven-to-i-nha.
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
- ã, ãs, ão, ãos precedidas de vogal idêntica:
ímã – ímãs – órfão – órgãos xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim serão mais acentuadas. Ex.:
ficará mais fácil a memorização!
Antes Depois
- ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”. apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui
água – pônei – mágoa – jóquei
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
Regras especiais: plural de:

Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos), ele tem – eles têm
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com ele vem – eles vêm (verbo vir)
a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter,
Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma deter, abster. 
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são ele contém – eles contêm
acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento. ele obtém – eles obtêm
Ex.: ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
Antes Agora
assembléia assembleia
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
idéia ideia
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
jibóia jiboia
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
apóia (verbo apoiar) apoia
como:
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
ou não de “s”, haverá acento:
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira a ao, aos
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex:
de do, dos
Ela pode fazer isso agora.
em no, nos
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
por (per) pelo, pelos
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
a, as um, uns uma, umas
preposição por.
à, às - -
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,
da, das dum, duns duma, dumas
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”;
nos outros casos, “por” preposição. Ex: na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - -
Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
- As formas à e às indicam a fusão da preposição  a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
Questões
por crase.
01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se
A) Tem a última sílaba como tônica.
manifestam:
B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
D) Não tem sílaba tônica.
“ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um:
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do
A) hiato
artigo, outros não:
B) dígrafo
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie:
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
O trabalho dignifica o homem.
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
mesmo motivo que:
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
A) túnel
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
B) voluntário
O Pedro é o xodó da família.
C) até
D) insólito
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no
E) rótulos
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Respostas
Os Maias, os Incas, Os Astecas...
1-B / 2-C / 3-B
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
Emprego das classes de conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o
palavras. Prefixos e sufixos. pronome assume a noção de qualquer.
Valores semântico-sintáticos das Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
preposições e das conjunções. Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
(qualquer classe)

- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:


Classes de Palavras
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de
Artigo
aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
oriundas de outras classes gramaticais:
número dos substantivos.
Não sei o porquê de tudo isso.
Classificação dos Artigos
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo
cujo (e flexões).
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
Este é o autor cuja obra conheço.
Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido
de maneira vaga:  um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que
matei um animal.
venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Combinação dos Artigos
Eles estavam na casa dos amigos.
É muito presente a combinação dos artigos definidos e
Os marinheiros permaneceram em terra.
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos - Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
- o, os
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.

Língua Portuguesa 8
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- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
de revistas, jornais, obras literárias. edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada  cidade.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
Morfossintaxe mesma espécie de forma genérica.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, Estamos voando para Barcelona.
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie
substantivo: cidade. Esse substantivo é  próprio. Substantivo Próprio:  é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
A existência é uma poesia. particular.
Uma existência é a poesia.
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Questões
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei. LÂMPADA MALA
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. Os substantivos lâmpada e mala  designam seres com
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado. existência própria, que são independentes de outros seres. São
E) Muito é a procura; pouca é a oferta. assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade? independentemente de outros seres.
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo
D) O professor João Ribeiro está doente. real e do mundo imaginário.
E) Os Lusíadas são um poema épico
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília,
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está etc.
substantivando uma palavra. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.  
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas. Observe agora:
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. Beleza exposta
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada. Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

Respostas O substantivo beleza designa uma qualidade.


1-B / 2-C / 3-D Substantivo Abstrato:  é aquele que designa seres que
dependem de outros para se manifestar ou existir.
Substantivo Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
também nomeiam: ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... e sem os quais não podem existir.
-sentimentos: raiva, amor... vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
-estados: alegria, tristeza... (sentimento).  
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria... 3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
Morfossintaxe do substantivo abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como abelha...
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
funções são desempenhadas por grupos de palavras.  (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Classificação dos Substantivos
Substantivo Coletivo:  é o substantivo comum que, mesmo
1-  Substantivos Comuns e Próprios estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
Observe a definição: espécie.
Formação dos Substantivos
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, Substantivos Simples e Compostos
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.

Língua Portuguesa 9
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APOSTILAS OPÇÃO
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou variam em seu significado.
radical. É um substantivo simples. o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o
Substantivo Simples:  é aquele formado por um único capital (dinheiro) e a capital (cidade)
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. aluno - aluna
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
elementos. b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. masculino.
  freguês - freguesa
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro, c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três
meu pé de jacarandá... formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
nenhum outro dentro de língua portuguesa. - troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa. Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão. d) Substantivos terminados em -or:
Substantivo Derivado:  é aquele que se origina de outra - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
palavra. - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz

Flexão dos substantivos e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:


O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final
Feminino: menina por -a:
Aumentativo: meninão elefante - elefanta
Diminutivo: menininho
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e
Flexão de Gênero no feminino:
Gênero  é a propriedade que as palavras têm de indicar bode – cabra boi - vaca
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
há dois gêneros:  masculino  e  feminino. Pertencem ao h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: czar – czarina réu - ré
O velho e o mar
Um Natal inesquecível Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Os reis da praia
  - Epicenos:
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
A história sem fim porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar
Uma cidade sem passado o masculino e o feminino.
As tartarugas ninjas Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes A cobra macho picou o marinheiro.
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem Sobrecomuns:
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Entregue as crianças à natureza.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem
feminino. Classificam-se em: um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. se refere a palavra. Veja:
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré A criança chorona chamava-se João.
fêmea. A criança chorona chamava-se Maria.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Outros substantivos sobrecomuns:
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
o indivíduo. criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por cônjuge de Marcela faleceu
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Comuns de Dois Gêneros:
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
são masculinos. Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante

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APOSTILAS OPÇÃO
da notícia informa-nos de que se trata de um homem. Gênero dos Nomes de Cidades:
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. A histórica Ouro Preto.
o colega - a colega A dinâmica São Paulo.
um jovem - uma jovem A acolhedora Porto Alegre.
artista famoso - artista famosa Uma Londres imensa e triste.

- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada Gênero e Significação:
preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
carochinha. outra no feminino.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: Observe:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
a personagem. o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente
personagem. de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
fotográfico Ana Belmonte. proibição de trânsito)
o cabeça (chefe)
Observe o gênero dos substantivos seguintes: a cabeça (parte do corpo)

Masculinos o cisma (separação religiosa, dissidência)


o tapa a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o eclipse
o lança-perfume o cinza (a cor cinzenta)
o dó (pena) a cinza (resíduos de combustão)
o sanduíche
o clarinete o capital (dinheiro)
o champanha a capital (cidade)
o sósia
o maracajá o coma (perda dos sentidos)
o clã a coma (cabeleira)
o hosana
o herpes o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
o pijama a coral (cobra venenosa)

Femininos o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e


a dinamite de outros sacramentos)
a áspide a crisma (sacramento da confirmação)
a derme
a hélice o cura (pároco)
a alcíone a cura (ato de curar)
a filoxera
a clâmide o estepe (pneu sobressalente)
a omoplata a estepe (vasta planície de vegetação)
a cataplasma
a pane o guia (pessoa que guia outras)
a mascote a guia (documento, pena grande das asas das aves)
a gênese
a entorse o grama (unidade de peso)
a libido a grama (relva)

- São geralmente masculinos os substantivos de origem o caixa (funcionário da caixa)


grega terminados em -ma: a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o grama (peso)
o quilograma o lente (professor)
o plasma a lente (vidro de aumento)
o apostema
o diagrama o moral (ânimo)
o epigrama a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o telefonema
o estratagema o nascente (lado onde nasce o Sol)
o dilema a nascente (a fonte)
o teorema
o apotegma Flexão de Número do Substantivo
o trema Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
o eczema indica um ser ou um grupo de seres, e
o edema o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
o magma característica do plural é o “s” final.

Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. Plural dos Substantivos Simples


a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
fazem o plural pelo acréscimo de “s”.

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APOSTILAS OPÇÃO
pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no palavra-chave - palavras-chave
plural). bomba-relógio - bombas-relógio
Exceção: cânon - cânones. notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”. d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
homem - homens. verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
pelo acréscimo de “es”. e) Casos Especiais
revólver – revólveres raiz - raízes o louva-a-deus e os louva-a-deus
Atenção: O plural de caráter é caracteres. o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se o joão-ninguém e os joões-ninguém.
no plural, trocando o “l” por “is”.
quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis Plural das Palavras Substantivadas
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
maneiras: flexões próprias dos substantivos.
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis Pese bem os prós e os contras.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. O aluno errou na prova dos noves.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo Plural dos Diminutivos
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três animai(s) + zinhos = animaizinhos
maneiras. botõe(s) + zinhos = botõezinhos
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães farói(s) + zinhos = faroizinhos
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos tren(s) + zinhos = trenzinhos
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o colhere(s) + zinhas = colherezinhas
látex - os látex. flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
Plural dos Substantivos Compostos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
A formação do plural dos substantivos compostos depende nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam funi(s) + zinhos = funizinhos
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que pé(s) + zitos = pezitos
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples: Plural dos Nomes Próprios Personativos
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
que a terminação preste-se à flexão.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são Os Napoleões também são derrotados.
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. As Raquéis e Esteres.
Algumas orientações são dadas a seguir:
Plural dos Substantivos Estrangeiros
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens terminam em “s” ou “z”).
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando as regras de nossa língua:
formados de: os clubes os chopes
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas os jipes os esportes
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto- as toaletes os bibelôs
falantes os garçons os réquiens
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
Observe o exemplo:
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Este jogador faz gols toda vez que joga.
formados de: O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia Plural com Mudança de Timbre
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor Certos substantivos formam o plural com mudança de
substantivo + substantivo que funciona como determinante timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo chamado metafonia (plural metafônico).
anterior.

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APOSTILAS OPÇÃO
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Singular Plural Singular Plural
corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó) 03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
esforço esforços ovo ovos errada:
fogo fogos poço poços A) Catalães.
forno fornos porto portos B) Cidadãos.
fosso fossos posto postos C) Vulcães.
imposto impostos rogo rogos D) Corrimões.
olho olhos tijolo tijolos Respostas
1-D / 2-D / 3-C
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Adjetivo
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha). Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
Particularidades sobre o Número dos Substantivos Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
a) Há substantivos que só se usam no singular: lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
b) Outros só no plural: não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus moça bondade, pessoa bondade. 
(naipes de baralho), as fezes. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.

c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: Morfossintaxe do Adjetivo:


bem (virtude) e bens (riquezas) O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
títulos) adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).

d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com Adjetivo Pátrio


sentido de plural: Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
Aqui morreu muito negro. alguns deles:
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas Estados e cidades brasileiros:
improvisadas.
Alagoas alagoano
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as Amapá amapaense
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Aracaju aracajuano ou aracajuense

- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado Amazonas amazonense ou baré


normal. Por exemplo: casa Belo Horizonte belo-horizontino

- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Brasília brasiliense


Classifica-se em: Cabo Frio cabo-friense
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Campinas campineiro ou campinense
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
aumento. Por exemplo: casarão. Adjetivo Pátrio Composto 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Pode ser: Observe alguns exemplos:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
diminuição. Por exemplo: casinha. Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo:
Competições teuto-inglesas
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php América américo- / Por exemplo: Companhia
américo-africana
Questões
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-
01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também franceses
ocorre com o plural de China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
(A) reco-reco.
(B) guarda-costa. Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-
(C) guarda-noturno. português
(D) célula-tronco. Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-
(E) sem-vergonha. americanas
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
flexionadas de acordo com a norma-padrão. franco-italianas
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. portuguesas

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APOSTILAS OPÇÃO
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
portuguesa
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo- Observe
brasileiras - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
Flexão dos adjetivos
Grau do Adjetivo
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a
Gênero dos Adjetivos
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Comparativo
classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
outra para o feminino.
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos
abaixo:
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
somente o último elemento.
1) Sou tão alto como você.  = Comparativo de Igualdade
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
americana. 
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
2) Sou  mais alto  (do) que  você.  = Comparativo de
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Superioridade Analítico
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é
político-social.
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.
Número dos Adjetivos
3) O Sol é  maior (do) que  a Terra.  = Comparativo de
Superioridade Sintético
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
simples.
Por exemplo:
São eles:
mau e maus
bom-melhor
feliz e felizes
pequeno-menor
ruim e ruins
mau-pior
boa e boas
alto-superior
grande-maior
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
baixo-inferior
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
Observe que: 
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra  cinza  é
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
Veja outros exemplos:
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
Motos vinho (mas: motos verdes)
pequeno.
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
dois elementos.
Pedro é  mais grande  que pequeno -  comparação de duas
Adjetivo Composto
qualidades de um mesmo elemento.
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
4) Sou  menos alto  (do) que  você.  = Comparativo de
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
Inferioridade
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
Sou menos passivo (do) que tolerante.
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
Superlativo
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo:  a
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
O superlativo expressa qualidades num grau muito
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro
Superlativo Absoluto:  ocorre quando a qualidade de um
ficará invariável. Por exemplo:
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Camisas rosa-claro.
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
Ternos rosa-claro.
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
Olhos verde-claros.
secretário é muito inteligente.

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APOSTILAS OPÇÃO
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de 3) Associação com grupos de jovens portadores de
sufixos. comportamento antissocial.
Por exemplo: Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças
O secretário é inteligentíssimo. que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social,
Observe alguns superlativos sintéticos:  esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a
violência crescente nas cidades.
benéfico beneficentíssimo Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
bom boníssimo ou ótimo resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
comum comuníssimo preso.
cruel crudelíssimo Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
difícil dificílimo mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
doce dulcíssimo mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
fácil facílimo Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
fiel fidelíssimo aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
superlotadas.
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
pode ser: Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo.
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e
Note bem: construir cadeias novas para substituir as velhas.
1)  O superlativo absoluto analítico é expresso por meio Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão
antepostos ao adjetivo. capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los
2)  O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo artístico.
latino +  um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. (Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, corresponde a – características de epidemias.
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
hiato i-í. A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro.
Questões C) vida rupestre – vida do campo.
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
01. Leia o texto a seguir. E) costela bovina – costela de porco.

Violência epidêmica 02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:


A) azul-celeste
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora B) azul-pavão
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes C) surda-muda
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características D) branco-gelo
epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades 03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes estão no grau superlativo absoluto sintético:
centros urbanos e se dissemina pelo interior. A) Arquimilionário/ ultraconservador;
As estratégias que as sociedades adotam para combater a B) Supremo/ ínfimo;
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito C) Superamigo/ paupérrimo;
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços D) Muito amigo/ Bastante pobre
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
enfermidades. Respostas
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações 1-B / 2-C / 3-D
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas Pronome
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
seus desejos. Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao alguma forma.
desenvolvimento psicológico pleno. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
A revisão de estudos científicos permite identificar três [substituição do nome]
fatores principais na formação das personalidades com maior
inclinação ao comportamento violento: A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, [referência ao nome]
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes Essa moça morava nos meus sonhos!
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não [qualificação do nome]
lhes impuseram limites de disciplina. Grande parte dos pronomes não possuem significados

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APOSTILAS OPÇÃO
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no verbo indicadas pelo pronome reto.
ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos Fizemos boa viagem. (Nós)
e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, Pronome Oblíquo
indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
específica para cada pessoa do discurso. exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto) ou complemento nominal.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. oração.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
variáveis  em gênero (masculino ou feminino) e em número Pronome Oblíquo Átono
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
do pronome seja coerente em termos de gênero e número São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca.
este se apresenta ausente no enunciado. Ele me deu um presente.

Fala-se de Roberta. Ele  quer participar do desfile O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
da nossa escola neste ano. - 1ª pessoa do singular (eu): me
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância - 2ª pessoa do singular (tu): te
adequada] - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
[neste: pronome que determina “ano” = concordância - 1ª pessoa do plural (nós): nos
adequada] - 2ª pessoa do plural (vós): vos
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
inadequada]
Observações:
Existem seis tipos de pronomes:  pessoais, possessivos, O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
Pronomes Pessoais diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, diretos como objetos indiretos.
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de objetos diretos.
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções Saiba que:
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
oblíquo. com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-
Pronome Reto la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas
nos exemplos que seguem:
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores. - Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
vocês?
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero - Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal pouco.
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado: No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
- 1ª pessoa do singular: eu até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. 
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela Atenção:
- 1ª pessoa do plural: nós Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
- 2ª pessoa do plural: vós de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
- 3ª pessoa do plural: eles, elas -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como Por exemplo: fiz + o = fi-lo
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi fazei + o = fazei-os
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, dizer + a = dizê-la
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”. viram + o: viram-no
Obs.: frequentemente observamos a  omissão  do pronome repõe + os = repõe-nos

Língua Portuguesa 16
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APOSTILAS OPÇÃO
retém + a: retém-na Ela deu a si um presente.
tem + as = tem-nas Antônio conversou consigo mesmo.

Pronome Oblíquo Tônico - 1ª pessoa do plural (nós): nos.


Lavamo-nos no rio.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim - 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
configurado: Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo A Segunda Pessoa Indireta
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico que podem ser observados no quadro seguinte:
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. Pronomes de Tratamento
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
pronomes costumam ser usados desta forma: Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Não há mais nada entre mim e ti. Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. oficiais-generais
Não há nenhuma acusação contra mim. Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de
Não vá sem mim. universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Atenção: Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Há construções em que a preposição, apesar de surgir Vossa Santidade V. S. Papa
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito cerimonioso
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso Vossa Onipotência V. O. Deus
reto.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
Não vá sem eu mandar. no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
- A combinação da preposição  “com” e alguns pronomes do Brasil; em algumas regiões, a forma  tu  é de uso frequente;
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
frequentemente exercem a função de  adjunto adverbial de
companhia. Observações:
Ele carregava o documento consigo. a) Vossa Excelência X Sua Excelência:  os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa (s)”  são empregados em
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com relação à pessoa com quem falamos.
nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou encontro.
algum numeral. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o
Você terá de viajar com nós todos. Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três. - Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Pronome Reflexivo tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo b)  3ª pessoa:  embora os pronomes de tratamento dirijam-
verbo. se à  2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. na 3ª pessoa.
Eu não me vanglorio disso. Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. c) Uniformidade de Tratamento:  quando escrevemos ou


Assim tu te prejudicas. nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
Conhece a ti mesmo. texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
Guilherme já se preparou. na terceira pessoa.

Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus Atenção:  em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
cabelos. (errado) por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro
cabelos. (correto) localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
cabelos. (correto)
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
Pronomes Possessivos informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária).
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical Reafirmamos a disposição  desta  universidade em participar
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
possuída). envia a mensagem).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
No tempo:
Observe o quadro: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere
ao ano presente.
Número Pessoa Pronome Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
singular primeira meu(s), minha(s) um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
singular segunda teu(s), tua(s) referindo a um passado distante.
singular terceira seu(s), sua(s)  
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
plural primeira nosso(s), nossa(s) invariáveis, observe:
plural segunda vosso(s), vossa(s)
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
plural terceira seu(s), sua(s) Invariáveis: isto, isso, aquilo.
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa - Também aparecem como pronomes demonstrativos:
gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem
o objeto possuído. ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
difícil. Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
Observações: - mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da - próprio(s), própria(s):
alteração fonética da palavra senhor. Os próprios alunos resolveram o problema.
- Muito obrigado, seu José.
- semelhante(s):
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Não compre semelhante livro.
Podem ter outros empregos, como: - tal, tais:
a) indicar afetividade. Tal era a solução para o problema.
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado. Note que:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. a)  Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
Vossa Excelência trouxe sua mensagem? b)  O pronome demonstrativo neutro  ou  pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
concorda com o mais próximo. O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
Trouxe-me seus livros e anotações. c)  Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes
átonos assumem valor de possessivo. de).
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
d)  Em frases como a seguinte,  este  se refere à pessoa
Pronomes Demonstrativos mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro
lugar.
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos;
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
discurso. A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
No espaço: pronome demonstrativo:  àquele, àquela, deste, desta, disso,
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro nisso, no, etc.
está perto da pessoa que fala. Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Compro esse carro (aí). O pronome  esse  indica que o carro
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que Pronomes Indefinidos
fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade

Língua Portuguesa 18
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APOSTILAS OPÇÃO
indeterminada. O racismo é um sistema  que  afirma a superioridade de um
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- grupo racial sobre outros.
plantadas. (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros =
Não é difícil perceber que  “alguém”  indica uma pessoa oração subordinada adjetiva).
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou é antecedente do pronome relativo que.
não se quer revelar.  O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
demonstrativo o, a, os, as.
Classificam-se em: Não sei o que você está querendo dizer.
- Pronomes Indefinidos Substantivos:  assumem o lugar Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São expresso.
eles:  algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, Quem casa, quer casa.
outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda? Observe:
Quem avisa amigo é. Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos:  qualificam um ser Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). Note que:
Cada povo tem seus costumes. a)  O pronome  “que”  é o relativo de mais largo emprego,
Certas pessoas exercem várias profissões. sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora um substantivo.
pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
b)  O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
Menos palavras e mais ações. pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
Alguns se contentam pouco. verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
Os pronomes indefinidos podem ser divididos usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
em variáveis e invariáveis. Observe: ou depois de determinadas preposições:

Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, ambiguidade.)
todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas. Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
cada.
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
São  locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, refere a uma oração.
qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
qual, um ou outro, uma ou outra, etc. sua vocação natural.
Cada um escolheu o vinho desejado.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente,
Indefinidos Sistemáticos mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais,
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, das quais.
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; (antecedente) (consequente)
todo/tudo,  que indicam uma totalidade afirmativa, e  nenhum/
nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente
que se referem à pessoa, e  algo/nada, que se referem à coisa; um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na Emprestei tantos quantos foram necessários.
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas (antecedente)
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes Ele fez tudo quanto havia falado.
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem (antecedente)
parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado f)  O pronome  “quem” se refere a pessoas e vem sempre
prático. precedido de preposição.
Certas  pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer. É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados g)  “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
orações subordinadas adjetivas. A casa onde morava foi assaltada.

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APOSTILAS OPÇÃO
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.
que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma
exterior. culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: (B) apenas duas das sentenças.
- como (= pelo qual) (C) nenhuma das sentenças.
Não me parece correto o modo como você agiu semana (D) todas as sentenças.
passada.
- quando (= em que) 02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
j)  Os pronomes relativos permitem reunir duas orações Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
numa só frase. formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
O futebol é um esporte. mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de
O povo gosta muito deste esporte. transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais
k)  Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos
ocorrer a elipse do relativo “que”. mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem
(que) fumava. fora dela.
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito
Pronomes Interrogativos geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem- apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando
se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
preferes. dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
passageiros desembarcaram. do conceito de amizade.
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou
Sobre os pronomes: diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando “seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito
desempenha função de complemento. Vamos entender, mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu
função exerce. Observe as orações: que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá- em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas.
lo. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a si.
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do estamudando-amizade-619645.shtml>.
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que
estiver no infinitivo ou gerúndio. se referem.
Eu desejo lhe perguntar algo. I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a
Eu estou perguntando-lhe algo. amizades.
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: superficial de amizade.
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere-
dos segundos que são sempre precedidos de preposição. se aos pronomes eu e você.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
estava fazendo. Quais estão corretas?
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que (A) Apenas I.
eu estava fazendo. (B) Apenas II.
Questões (C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
01. Observe as sentenças abaixo. (E) I, II e III.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo- 03. Observe a charge a seguir.
nos inimigas desde aquele episódio.

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APOSTILAS OPÇÃO
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas

Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos


verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam,  nutro, por exemplo. Nas
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.

Classificação dos Verbos

Classificam-se em:
a) Regulares:  são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada. no radical.
(A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
uma fala de Cristo. Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse
(B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações
pessoas distintas. no radical ou nas desinências.
(C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse
poder. c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
(D) A posição dos braços do personagem na charge repete a completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
de Cristo na cruz.
(E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
forma equilibrada. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
Respostas principais verbos impessoais são:
01. A\02. E\03. B a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
Verbo Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
ocorrência (nascer); desejo (querer). b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, Era primavera quando a conheci.
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns Estava frio naquele dia.
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
possibilidades de flexão que esses verbos possuem. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
Estrutura das Formas Verbais escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
apresentar os seguintes elementos: deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
essencial do verbo. Por exemplo: Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
d) São impessoais, ainda:
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos  bastar  e  chegar, seguidos da preposição  de,
São três as conjugações: indicando suficiência. Ex.: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem,
3ª - Vogal Temática - I - (partir) Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos,
tempo e o modo do verbo. então, pessoais.
Por exemplo: 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) possível”. Por exemplo:
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou - Unipessoais:  são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
plural). apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) A fruta amadureceu.
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) As frutas amadureceram.

Observação:  o verbo pôr, assim como seus derivados Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a pessoais na linguagem figurada:
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver Teu irmão amadureceu bastante.
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
verbo: põe, pões, põem, etc. animais; eis alguns:
bramar: tigre

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APOSTILAS OPÇÃO
bramir: crocodilo acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
cacarejar: galinha nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
coaxar: sapo                         
cricrilar: grilo   Vou                       espantar           as          moscas.
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo)
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, Está                    chegando            a         hora     do    debate.
ser (preciso, necessário, etc.). (verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
Cumpre  trabalharmos bastante. (Sujeito:  trabalharmos                    
bastante.) Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) haver.
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da Conjugação dos Verbos Auxiliares
conjunção que.
SER - Modo Indicativo
Faz  dez anos que deixei de fumar. (Sujeito:  que deixei de
fumar.) Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
(Sujeito: que não vejo Cláudia) vós éreis, eles eram.
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
fomos, vós fostes, eles foram.
- Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do fôramos, vós fôreis, eles foram.
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
contextos. nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas vós sereis, eles serão.
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a SER - Modo Subjuntivo
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
tempos, modos e pessoas. Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
d) Abundantes:  são aqueles que possuem mais de uma Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
curtas (particípio irregular). Observe: for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular SER - Modo Imperativo

Anexar Anexado Anexo Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
vós, sejam eles.
Dispersar Dispersado Disperso Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
Eleger Elegido Eleito nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
Envolver Envolvido Envolto sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
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SER - Formas Nominais
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto Formas Nominais
Infinitivo: ser
Pegar Pegado Pego Gerúndio: sendo
Soltar Soltado Solto Particípio: sido

e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
em sua conjugação. nós, serdes vós, serem eles.
Por exemplo: 
ESTAR - Modo Indicativo
Ir Pôr Ser Saber Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
vou ponho sou sei eles estão.
vais pus és sabes Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
ides pôs fui soube estávamos, vós estáveis, eles estavam.
fui punha foste saiba Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
foste seja
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
f) Auxiliares estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
São aqueles que entram na formação dos tempos estiveram.
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado

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APOSTILAS OPÇÃO
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão. hajam eles.
Futuro do Presente Composto: terei estado. Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam. Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
Futuro do Pretérito Composto: teria estado. ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo HAVER - Formas Nominais

Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam. haverdes, haverem.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se Infinitivo Pessoal: haver
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles Gerúndio: havendo
estivessem. Particípio: havido
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres, TER - Modo Indicativo
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
estiverdes, quando eles estiverem. Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
Futuro Composto: Tiver estado. eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós, tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
estai vós, estejam eles. Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles. Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele, Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles. ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Formas Nominais Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Infinitivo: estar teremos, vós tereis, eles terão.
Gerúndio: estando Futuro do Presente: terei tido.
Particípio: estado Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
ESTAR - Formas Nominais Futuro do Pretérito composto: teria tido.

Infinitivo Impessoal: estar TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem. Modo Subjuntivo
Gerúndio: estando Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
Particípio: estado nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
HAVER - Modo Indicativo tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
hão. quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós Futuro Composto: tiver tido.
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele Modo Imperativo
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. tende vós, tenham eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
houveram. Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
Futuro do Presente Composto: terei havido. os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
Futuro do Pretérito Composto: teria havido. sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
Modo Subjuntivo verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós no radical do verbo. Por exemplo:
hajamos, que vós hajais, que eles hajam. Arrependi-me de ter estado lá.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
houvessem. pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
houverdes, quando eles houverem. expressa pelo radical do próprio verbo.  
Futuro Composto: tiver havido. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes): 
Modo Imperativo Eu me arrependo 

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APOSTILAS OPÇÃO
Tu te arrependes  na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Ele se arrepende  Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Nós nos arrependemos  Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem - d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por grau. Por exemplo:
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito Terminados os exames, os candidatos saíram.
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se (adjetivo verbal). Por exemplo:
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:  Maria Tempos Verbais
penteou-me.
  Tomando-se como referência o momento em que se fala,
Observações: a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes Veja:
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática. 1. Tempos do Indicativo
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, - Presente  - Expressa um fato atual. Por exemplo:
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, Eu estudo neste colégio.
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, - Pretérito Imperfeito  - Expressa um fato ocorrido num
exercem funções sintáticas. momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
Por exemplo: terminado. Por exemplo: Ele  estudava  as lições quando foi
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto interrompido.
direto) - 1ª pessoa do singular - Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Modos Verbais Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
modos:  - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já  tinha
Eu sempre estudo. estudado  as lições quando os amigos chegaram. (forma
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
exemplo: Talvez eu estude amanhã. (forma simples)
Imperativo  - indica uma ordem, um pedido. Por - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
exemplo: Estuda agora, menino. ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
Formas Nominais - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, os alunos já terão terminado o teste.
advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais. - Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
Observe:  ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
- a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de - Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente viajado nas férias.
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro. 2. Tempos do Subjuntivo

b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; - Pretérito Imperfeito  -  Expressa um fato passado, mas
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira: posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
ele vencesse o jogo.
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós) em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles) Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
Por exemplo: terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
advérbio. Por exemplo:  Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Saindo  de casa, encontrei alguns amigos. (função de Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
advérbio) indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) levará as encomendas.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior

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APOSTILAS OPÇÃO
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
futuro. Por exemplo:  Quando ele  tiver saído do hospital, nós o pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
visitaremos.
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
Presente do Indicativo 1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência cantE vendA partA E A Ø
pessoal cantES vendAS partAS E A S
CANTAR VENDER PARTIR cantE vendA partA E A Ø
cantO vendO partO O cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantaS vendeS parteS S cantEIS vendAIS partAIS E A IS
canta vende parte - cantEM vendAM partAM E A M
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
cantaM vendeM parteM M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
Pretérito Perfeito do Indicativo desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
pessoal e pessoa correspondente.
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I 1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
cantaSTE vendeSTE partISTE STE 1ª /2ª e 3ª conj.
cantoU vendeU partiU U CANTAR VENDER PARTIR
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSTES vendeSTES partISTES STES cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
Pretérito mais-que-perfeito cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
1ª/2ª e 3ª conj. Futuro do Subjuntivo
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS correspondente.
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
Pretérito Imperfeito do Indicativo 1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação cantaR vendeR partiR Ø
CANTAR VENDER PARTIR cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantAVA vendIA partIA cantaR vendeR partiR R Ø
cantAVAS vendIAS partAS cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
CantAVA vendIA partIA cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS cantaREM vendeREM PartiREM R EM
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM Imperativo

Futuro do Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente


CANTAR VENDER PARTIR do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
cantar ei vender ei partir ei plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
cantar ás vender ás partir ás sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: 
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
cantar eis vender eis partir eis Eu canto --- Que eu cante
cantar ão vender ão partir ão Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Futuro do Pretérito do Indicativo Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
CANTAR VENDER PARTIR Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS Imperativo Negativo
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS negação às formas do presente do subjuntivo.
cantarIAM venderIAM partirIAM
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Presente do Subjuntivo Que eu cante ---
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a Que tu cantes Não cantes tu
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do Que ele cante Não cante você

Língua Portuguesa 25
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APOSTILAS OPÇÃO
Que nós cantemos Não cantemos nós O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
Que vós canteis Não canteis vós caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
Que eles cantem Não cantem eles é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também
modifica o  adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
Observações: exemplos:
Para quem se diz  distantemente alheio  a esse assunto,
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
você está até bem informado.
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. alheio, representando uma qualidade, característica.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
sede (vós). O artista canta muito mal.

Infinitivo Impessoal Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
CANTAR VENDER PARTIR verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
Infinitivo Pessoal mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
tal função. Temos aí o que chamamos de  locução adverbial,
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
CANTAR VENDER PARTIR dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
cantar vender partir
cantarES venderES partirES Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das
cantar vender partir circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
cantarMOS venderMOS partirMOS distintas categorias, uma vez expressas por:    
cantarDES venderDES partirDES de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
cantarEM venderEM partirEM claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
Questões a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos bondosamente, generosamente
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
do texto. muito, por completo.
(A) sejam … mantesse de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
(B) sejam … mantivessem amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
(C) sejam … mantém doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
(D) seja … mantivessem afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
(E) seja … mantêm primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução em breve, hoje em dia
verbal em destaque expressa ação de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
(A) concluída. além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
(B) atemporal. longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
(C) contínua. alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
(D) hipotética. à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
(E) futura. ao lado, em volta
de negação  : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar, forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente,
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto,
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras,
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. indubitavelmente
(C) adotar como referência de qualidade. de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
(D) julgar de acordo com normas legais. simplesmente, só, unicamente
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
Respostas de designação: Eis
1-B / 2-C / 3-E de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
Advérbio para quê?(finalidade)

O  advérbio, assim como muitas outras palavras existentes Locução adverbial 


na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, Exemplo:
contiguidade. Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias Há locuções adverbiais que possuem advérbios
em que esse processo se desenvolve.  correspondentes.
Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente. que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
é a de grau: cair no chão.
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
Superlativo:  aumenta a intensidade. Exemplos: longe que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - quebrou ao cair no chão.
inconstitucionalissimamente, etc; Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
Diminutivo: diminui a intensidade. felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar - ajudar a polícia na investigação.
devagarinho,  O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
Questões devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
eles sejam julgados e condenados.
01. Leia os quadrinhos para responder a questão. A impunidade é um dos motores da onda de violência que
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar.
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta


circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí…

03. Leia o texto a seguir.

Cultura matemática
Hélio Schwartsman
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
Único) SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito
advérbios: AÍ e ainda. tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito
Considerando que advérbio é a palavra que modifica com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando quais os números não encontravam muito espaço, como direito,
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios
circunstâncias expressas por eles. universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
A) Lugar e negação. vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
B) Lugar e tempo. da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou
C) Modo e afirmação. dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
D) Tempo e tempo. recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
E) Intensidade e dúvida. manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
02. Leia o texto a seguir. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
Impunidade é motor de nova onda de agressões ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas técnicas.
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
repercussões. até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação para compreender as novas pesquisas que trazem informações
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher. relevantes para nossa saúde e bem-estar.
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,

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APOSTILAS OPÇÃO
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene Em + o(s) = no(s)
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão Em + a(s) = na(s)
eficaz para exprimir as leis da física. Em + um = num
Releia os trechos apresentados a seguir. Em + uma = numa
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras Em + uns = nuns
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números Em + umas = numas
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo) A + à(s) = à(s)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma Por + o = pelo(s)
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º Por + a = pela(s)
parágrafo)
Preposição + Pronomes
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e De + ele(s) = dele(s)
respectivamente, circunstâncias de De + ela(s) = dela(s)
A) afirmação e de intensidade. De + este(s) = deste(s)
B) modo e de tempo. De + esta(s) = desta(s)
C) modo e de lugar. De + esse(s) = desse(s)
D) lugar e de tempo. De + essa(s) = dessa(s)
E) intensidade e de negação. De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
Respostas De + isto = disto
1-B / 2-C / 3-B De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
Preposição De + aqui = daqui
De + aí = daí
Preposição  é uma palavra invariável que serve para ligar De + ali = dali
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente De + outro = doutro(s)
há uma subordinação do segundo termo em relação ao De + outra = doutra(s)
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura Em + este(s) = neste(s)
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores Em + esta(s) = nesta(s)
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Tipos de Preposição Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente Em + isso = nisso
como preposições. Em + aquilo = naquilo
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, A + aquele(s) = àquele(s)
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com. A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
2.  Preposições acidentais: palavras de outras  classes
gramaticais que podem atuar como preposições. Dicas sobre preposição
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto. 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
3.  Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas. - Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, e feminino.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por A dona da casa não quis nos atender.
trás de. Como posso fazer a Joana concordar comigo?

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da um tratamento adequado.
preposição, mas das palavras às quais ela se une.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
Esse processo de junção de uma preposição com outra ou a função de um substantivo.
palavra pode se dar a partir de dois processos: Temos Maria como parte da família. / A temos como parte
da família
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
preposição a + artigos definidos o, os Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
a + o = ao
preposição a + advérbio onde 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
a + onde = aonde preposições:
Destino = Irei para casa.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
Preposição + Artigos Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
De + o(s) = do(s) Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
De + a(s) = da(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
De + um = dum Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
De + uns = duns tratamento.
De + uma = duma Instrumento = Escreveu a lápis.
De + umas = dumas Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.

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APOSTILAS OPÇÃO
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom. D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou
Companhia = Estarei com ele amanhã. muito feliz, porque eu não esperava.
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado. E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco. a revisão da minha pena.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume. 02. Considere o trecho a seguir.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio,
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista. garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham,
Questões é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na
instituição.
01. Leia o texto a seguir.
As preposições que preenchem o trecho, correta,
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são:
A) a ...com
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois B) de ...com
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos C) de ...a
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros, D) com ...a
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos E) para ...de
em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula 03. Assinale a alternativa cuja preposição em destaque
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o expressa ideia de finalidade.
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade. A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar 957,70 para R$ 1.915,40.
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça comprovar o crime.
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema o exame clínico”...
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos. D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”.
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de policial de dizer quem está embriagado...
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi Respostas
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da 1-B / 2-B / 3-B
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante. Conjunção
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas Conjunção  é a palavra invariável que liga duas orações ou
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
ao bom comportamento”. A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido amiguinhas.
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e amiguinhas
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma
atitude”. Cada informação está estruturada em torno de um verbo:
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e  mostrou
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”. palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós Observe: Gosto de natação e de futebol.
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra  “e” está
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho ligando termos de uma mesma oração.
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que- Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado) ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo Morfossintaxe da Conjunção
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem
termo em destaque expressa relação de propriamente uma função sintática: são conectivos.
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
do projeto “Xadrez que liberta”. Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo Subordinativas
de falar.
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para Conjunções coordenativas
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez. Dividem-se em:

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APOSTILAS OPÇÃO
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Importante:
Ex. Gosto de cantar e de dançar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, Diferença entre orações causais e explicativas
não só...como também.
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição, e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos
de compensação. com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma
Ex. Estudei, mas não entendi nada. explicativa. Veja os exemplos:
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
todavia, no entanto, entretanto. 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
atropelado”:
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. uma explicação do fato expresso na oração anterior.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
quer, já...já. uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
vêm marcadas por vírgula.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex. Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Estudei muito, por isso mereço passar. b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. explicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes porque não havia cemitério no local.”
do verbo), porquanto. a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
Conjunções subordinativas verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-
- CAUSAIS la é colocá-la no início do período, introduzida pela
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
vez que, como (= porque). Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
- COMPARATIVAS dependentes uma da outra.
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
mais...do que, menos...do que. Questões
Ela fala mais que um papagaio.
01. Leia o texto a seguir.
- CONCESSIVAS A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em
mesmo que, apesar de, se bem que. disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem
cansada) rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos
Apesar de ter chovido fui ao cinema. ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô,
- CONFORMATIVAS o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de
Principais conjunções conformativas: como, segundo, Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de
conforme, consoante um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no
Cada um colhe conforme semeia. passado.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877,
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor
- CONSECUTIVAS da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para
Expressam uma ideia de consequência. os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam
“tão”, “tamanho”). que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando
Falou tanto que ficou rouco. a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos,
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de
- FINAIS concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem
Expressam ideia de finalidade, objetivo. de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão
Todos trabalham para que possam sobreviver. saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould,
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu
(=para que), que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical.
- PROPORCIONAIS (Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)
mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos,
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
- TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o
que. elemento grifado pode ser substituído por:
Quando eu sair, vou passar na locadora. A) Porém.
B) Contudo.

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APOSTILAS OPÇÃO
C) Todavia. Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
D) Entretanto. simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
E) Conquanto. As sentenças da língua costumam se organizar de forma
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
02. Observando as ocorrências da palavra “como” em – em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
Como fomos programados para ver o mundo como um lugar outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma
ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
(A) comparativa nas duas ocorrências. locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
(B) conformativa nas duas ocorrências. sentença.
(C) comparativa na primeira ocorrência. Veja os exemplos:
(D) causal na segunda ocorrência. Bravo! Bis!
(E) causal na primeira ocorrência. bravo  e  bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito
bom! Repitam!»
03. Leia o texto a seguir. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou
Participação “Estou com dor!”

Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as
nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” momento ou um contexto específico. Exemplos:
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos Ah, como eu queria voltar a ser criança!
da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um
convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes O significado das interjeições está vinculado à maneira
é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis. como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta enunciação. Exemplos:
estrofe: Psiu!
“Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de contexto:  alguém pronunciando essa expressão na rua;
vida ou morte − será arte?” significado da interjeição (sugestão):  “Estou te chamando! Ei,
espere!”
O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte Psiu!
na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de contexto:  alguém pronunciando essa expressão em um
espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse hospital; significado da interjeição (sugestão):  “Por favor, faça
verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma silêncio!”
comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse puxa: interjeição; tom da fala: euforia
tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa puxa: interjeição; tom da fala: decepção
identidade social.
Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação, a)  Sintetizar uma frase  exclamativa, exprimindo alegria,
de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa tristeza, dor, etc.
hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção. Você faz o que no Brasil?
(Belarmino Tavares, inédito) Eu? Eu negocio com madeiras.
Ah, deve ser muito interessante.
Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma b) Sintetizar uma frase apelativa
relação de causa e efeito: Cuidado! Saia da minha frente.
A) ser poeta e militante político / confronto entre As interjeições podem ser formadas por:
subjetividade e atuação social a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
B) ser poeta e militante político / divisão permanente em b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
cada um de nós c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas bolas!
D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes
E) participar ativamente da política / formular hipóteses da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que
com ar de convicção uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Respostas Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
Classificação das Interjeições
1-E / 2-E / 3-A
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Interjeição
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Atenção!, Olha!, Alerta!
Interjeição  é a palavra invariável que exprime emoções,
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
mais elaboradas. Observe o exemplo:
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
raiva se traduz numa palavra: Droga!

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APOSTILAS OPÇÃO
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! Interjeições, leitura e produção de textos
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
- Desculpa: Perdão! Usadas com muita frequência na língua falada informal,
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam
Eh! conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante
Ora! - como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos -
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz! particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas.
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, racional fazem das interjeições presença constante nos textos
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, publicitários.
Deus! Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! morf89.php
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! Numeral
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é,
Numeral é a palavra que indica os seres em termos
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes,
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
em determinada sequência.
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra,
Eu quero café duplo, e você?
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
Locução Interjetiva [primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma “fila”]
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
Ora bolas! Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
Quem me dera! os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
Virgem Maria! expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
Meu Deus! de numerais, mas sim de algarismos.
Ai de mim! Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
Valha-me Deus! ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
Graças a Deus! consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção
Alto lá! ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
Muito bem! ambos(as), novena.

Observações: Classificação dos Numerais

1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico:
exemplo: um, dois, cem mil, etc.
Ué! = Eu não esperava por essa! Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada:
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe. primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
podem aparecer como interjeições. seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:
Viva! Basta! (Verbos) dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Fora! Francamente! (Advérbios)
Leitura dos Numerais
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
porque sozinha pode constituir uma mensagem. Separando os números em centenas, de trás para frente,
Socorro! obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no
Ajudem-me!  início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos
Silêncio! usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”.
Fique quieto! 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte
e seis.
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
que exprimem ruídos e vozes.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Flexão dos numerais
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em
homônima  “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc.
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
depois do “ó” vocativo. milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac) Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas primeira segunda milésima
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no primeiros segundos milésimos
diminutivo ou no superlativo. primeiras segundas milésimas

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APOSTILAS OPÇÃO
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam cem centésimo cêntuplo centésimo
em funções substantivas: duzentos ducentésimo - ducentésimo
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. trezentos trecentésimo - trecentésimo
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
flexionam-se em gênero e número: quinhentos quingentésimo - quingentésimo
Teve de tomar doses triplas do medicamento. seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. setecentos septingentésimo - septingentésimo
Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças oitocentos octingentésimo - octingentésimo
partes novecentos nongentésimo
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma ou noningentésimo - nongentésimo
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. mil milésimo - milésimo
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos milhão milionésimo - milionésimo
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. bilhão bilionésimo - bilionésimo
É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...” Questões
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda 01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais”
divisão de futebol) temos exemplos de numerais:
A) ordinais;
Emprego dos Numerais B) cardinais;
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em C) fracionários;
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a D) romanos;
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do E) Nenhuma das alternativas.
substantivo:
Ordinais Cardinais 02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) empregados.
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro.
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante: 03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) são, respectivamente
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno,
nongentésimo
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo
referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância Respostas
da solidariedade. Ambos agora participam das atividades 1-B / 2-D / 3-B
comunitárias de seu bairro.
Estrutura e formação das palavras
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática.
Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo. Observe as seguintes palavras:
escol-a
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários escol-ar
um primeiro - - escol-arização
dois segundo dobro, duplo meio escol-arizar
três terceiro triplo, tríplice terço sub-escol-arização
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto Percebemos que há um elemento comum a todas elas: a
seis sexto sêxtuplo sexto forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis,
sete sétimo sétuplo sétimo responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por
oito oitavo óctuplo oitavo exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar
nove nono nônuplo nono pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
dez décimo décuplo décimo Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas
onze décimo primeiro - onze avos palavras que selecionamos, podemos depreender a existência
doze décimo segundo - doze avos de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos
treze décimo terceiro - treze avos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento
catorze décimo quarto - catorze avos significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos Classificação dos morfemas:
dezessete décimo sétimo - dezessete avos Radical
dezoito décimo oitavo - dezoito avos Há um morfema comum a todas as palavras que estamos
dezenove décimo nono - dezenove avos analisando: escol-.
vinte vigésimo - vinte avos É esse morfema comum – o radical – que faz com que as
trinta trigésimo - trinta avos consideremos palavras de uma mesma família de significação –
quarenta quadragésimo - quarenta avos os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos significação principal.
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos Afixos
oitenta octogésimo - oitenta avos Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma
noventa nonagésimo - noventa avos nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante,

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APOSTILAS OPÇÃO
o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam
criou  subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações.
afixos. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
Quando são colocados antes do radical, como acontece conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à
arização, surgem depois do radical os afixos são chamados terceira conjugação.
de sufixos.  
Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe primeira conjug. segunda conjug. terceira conjug.
gramatical, são capazes de introduzir modificações de govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra
significado no radical a que são acrescentados. atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse
realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como Vogal ou consoante de ligação 
amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas
modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que
em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo
terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um
do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o - i - entre
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros
as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira,
das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há chaleira, tricota.
desinências nominais e desinências verbais.
Processos de formação de palavras:
Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos 1-) Composição
nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina. radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição;
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o justaposição e aglutinação.
morfema –s,  que indica o plural em oposição à ausência de 1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos:
menino/meninos; menina/meninas. Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de 1.2-) Aglutinação:  ocorre quando os elementos que
plural assume a forma -es: formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde
mar/mares; sua integridade sonora: Aguardente (água + ardente), planalto
revólver/revólveres; (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)
cruz/cruzes.
Derivação por acréscimo de afixos 
Desinências verbais: em nossa língua, as desinências É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas)
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode
o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que ser: prefixal, sufixal e parassintética.
indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número- 1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por
pessoais): acréscimo de prefixo.
  cant-á-va-mos In------ --feliz        des----------leal
cant-á-sse-is Prefixo radical  prefixo radical
cant: radical
cant: radical 2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
-á-: vogal temática acréscimo de sufixo.
-á-: vogal temática Feliz---- mente    leal------dade
Radical sufixo   radical sufixo
-va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
imperfeito do indicativo) 3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo
-sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem o
imperfeito do subjuntivo) sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não “existiria”).
-mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira Por parassíntese formam-se principalmente verbos.
pessoa do plural) En-- -----trist- ----ecer
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda Prefixo radical  sufixo
pessoa do plural)
en----- ---tard--- --ecer 
Vogal temática prefixo radical sufixo
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais,
surge sempre o morfema –a. Outros tipos de derivação
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que
o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a
acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes derivação imprópria.
apresentam vogais temáticas.
1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca está
combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar)
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa,
escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas 2-) Derivação imprópria:  a palavra nova (derivada)
vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra
mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente
tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam na classe gramatical.
vogal temática.

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APOSTILAS OPÇÃO
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva Respostas
da conjunção porque) 01. (B) / 2. (B) / 3. (B) / 4. (C) / 5. (B)
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui,
substantivo) Correspondências semântico-
estruturais na construção de
Outros processos de formação de palavras:
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos períodos e orações.
de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego) Oração
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e- Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido,
formacao-de-palavras-i.htm porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração
encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um
- Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta- período, completando um pensamento e concluindo o enunciado
se por meio da eliminação de um segmento de uma palavra através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente casos, através de reticências.
aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos:  Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
metropolitano – metrô não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
extraordinário – extra
otorrinolaringologista – otorrino Socorro!
telefone – fone Com licença!
pneumático – pneu Que rapaz impertinente!
Muito riso, pouco siso.
- Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum- Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos
  ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração
- Siglas: As siglas são formadas pela combinação das desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois
letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma
nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o
Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não
ser que haja mais de três letras e  a sigla seja pronunciável sílaba A menina banhou-se na cachoeira.
por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras.  A menina – sujeito
  banhou-se na cachoeira – predicado
Questões Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)

01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em
pelo mesmo processo: número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara
A) ajoelhar / antebraço / assinatura algo», «o tema do que se vai comunicar».
B) atraso / embarque / pesca O predicado é a parte da oração que contém “a informação
C) o jota / o sim / o tropeço nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito,
D) entrega / estupidez / sobreviver constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
E) antepor / exportação / sanguessuga
Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara
02. A palavra “aguardente” formou-se por: algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou
A) hibridismo seja, o predicado, é «é eterno».
B) aglutinação
C) justaposição Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”,
D) parassíntese que identificamos por ser o termo que concorda em número e
E) derivação regressiva pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”.

03. Que item contém somente palavras formadas por Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um
justaposição? substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de
A) desagradável - complemente sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e
B) vaga-lume - pé-de-cabra revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:
C) encruzilhada - estremeceu “O amigo retardatário do presidente prepara-se para
D) supersticiosa - valiosas desembarcar.” (Aníbal Machado)
E) desatarraxou - estremeceu A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.

04. “Sarampo” é: Os termos da oração da língua portuguesa são classificados


A) forma primitiva em três grandes níveis:
B) formado por derivação parassintética - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
C) formado por derivação regressiva
D) formado por derivação imprópria - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
E) formado por onomatopeia Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente
da Passiva).
05.As palavras são formadas através de derivação
parassintética em - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
A)infelizmente, desleal, boteco, barraco. Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer.
C)caça, pesca, choro, combate. Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais
D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer. (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos:

Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO
O sino era grande.
Sujeito Predicado
Ela tem uma educação fina.
Pobreza não é vileza. Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
Isto não me agrada.
Os sertanistas capturavam os índios.
Um vento áspero sacudia as árvores. O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma
fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico
(o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma O sujeito pode ser:
análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos;
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.”
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas: cavalo nadavam ao lado da canoa.”
- estabelecer concordância com o núcleo do predicado; Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei
- apresentar-se como elemento determinante em relação ao amanhã.
predicado; Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã.
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado
saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está
Exemplo: expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele)
aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito:
A padaria está fechada hoje. vocês)
está fechada hoje: predicado nominal Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado fertiliza o Egito.
a padaria: sujeito Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso;
Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, açudes. (= Açudes foram construídos.)
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa
de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos
sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina
sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado. trancou-se no quarto.
Exemplo: Indeterminado: quando não se indica o agente da ação
verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou
As formigas invadiram minha casa. a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se
as formigas: sujeito = termo determinante bem naquele restaurante.
invadiram minha casa: predicado = termo determinado
Há formigas na minha casa. Observações:
há formigas na minha casa: predicado = termo determinado - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.
sujeito: inexistente - Sujeito formado por pronome indefinido não é
indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma Ninguém lhe telefonou.
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com
tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De
sua representação pode ser feita através de um substantivo, de qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.”
um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O
Exemplos: pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito.
Eu acompanho você até o guichê. Pode ser omitido junto de infinitivos.
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa Aqui vive-se bem.
Vocês disseram alguma coisa? Devagar se vai ao longe.
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.
Marcos: sujeito = substantivo próprio
Ninguém entra na sala agora. - Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o
ninguém: sujeito = pronome substantivo verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles
O andar deve ser uma atividade diária. fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de língua.
oração substantiva subjetiva: Exemplos:
É fácil este problema!
É difícil optar por esse ou aquele doce... Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
É difícil: oração principal “Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.”
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva (José de Alencar)

O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos: fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a

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APOSTILAS OPÇÃO
nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer
pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo. forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia
Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos do predicado.
de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo,
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear, quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por
relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:
fenômenos meteorológicos.
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das depois de algozes)
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
que estabelece concordância com outro termo essencial “A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina
da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal).
Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo
que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua forma o predicado.
portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno Há verbos que, por natureza, tem sentido completo,
da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
Então têm por características básicas: apresentar-se como de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo:
elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um
atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. As flores murcharam.
Os animais correm.
Exemplo: As folhas caem.

Carolina conhece os índios da Amazônia. Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem
sujeito: Carolina = termo determinante o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos:
determinado
João puxou a rede.
Nesses exemplos podemos observar que a concordância é “Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara
estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos Resende)
essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e “conhece”; “Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.”
no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque (Camilo Castelo Branco)
a concordância é centrada nas palavras que são núcleos, isto
é, que são responsáveis pela principal informação naquele Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou,
segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas:
nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê?
oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, Os verbos de predicação completa denominam-se
temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,
um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos
núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou (bitransitivos).
termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram
verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de
predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal,
dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos: relacionando o predicativo com o sujeito.
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:
Minha empregada é desastrada. Intransitivos: são os que não precisam de complemento,
predicado: é desastrada pois têm sentido completo.
núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito “Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis)
tipo de predicado: nominal “Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar)
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.”
O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo (Marquês de Maricá)
do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.) Observações: Os verbos intransitivos podem vir
funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado. acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos
A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido.
predicado: demoliu nosso antigo prédio As orações formadas com verbos intransitivos não podem
núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o “transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos
sujeito passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com
tipo de predicado: verbal o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
Os manifestantes desciam a rua desesperados. - “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
predicado: desciam a rua desesperados - “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o - “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo
sujeito; desesperados = atributo do sujeito que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
tipo de predicado: verbo-nominal
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
responsável também por definir os tipos de elementos que chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta
para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto
é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo:

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APOSTILAS OPÇÃO
julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, A água está fria.
declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: O moço anda (=está) triste.
Comprei um terreno e construí a casa. A Lua parecia um disco.
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
Maricá) Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de
“Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.” anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
(Guedes de Amorim) se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente.
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o (aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma
Consideramos o caso extraordinário. princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com
Inês trazia as mãos sempre limpas. dificuldades.; Parece que vai chover.
O povo chamava-os de anarquistas.
Julgo Marcelo incapaz disso. Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam
Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos:
ser usados também na voz passiva; Outra característica desses O homem anda. (intransitivo)
verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes O homem anda triste. (de ligação)
o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente O cego não vê. (intransitivo)
com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta;
tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto)
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto)
castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar,
entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar, Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do
receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc. objeto.

Transitivos Indiretos: são os que reclamam um Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo,
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um
Exemplos: verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos:
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma A bandeira é o símbolo da Pátria.
adolescente.” (Ciro dos Anjos) A mesa era de mármore.
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
neutros.” (Érico Veríssimo) Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
Américo) O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava
“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” atrasado.)
(José Geraldo Vieira) O menino abriu a porta ansioso.
Todos partiram alegres.
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa
distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe, Observações: O predicativo subjetivo às vezes está
lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe, preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até
agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem- mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda
lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os
os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes,
lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, coisas.; Onde está a criança que fui?
depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc. Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam um verbo transitivo. Exemplos:
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e O juiz declarou o réu inocente.
pouco mais, usados também como transitivos diretos: João O povo elegeu-o deputado.
paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado,
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos
atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em
preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente
com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se
vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira. ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta;
(tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado
variam de significação conforme sejam usados como transitivos considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo
diretos ou indiretos. inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas
vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele
dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. choque com o mundo me causara.”
Exemplos:
No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres. Termos Integrantes da Oração
A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva. Chamam-se termos integrantes da oração os que completam
Ceda o lugar aos mais velhos. a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram,
completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou compreensão do enunciado. São os seguintes:
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);
formação do predicado nominal. Exemplos: - Complemento Nominal;
A Terra é móvel. - Agente da Passiva.

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Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos: caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
As plantas purificaram o ar. ambos...”.
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro) - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a
Procurei o livro, mas não o encontrei. pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a
Ninguém me visitou. outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos
outros.; A quantos a vida ilude!.
O objeto direto tem as seguintes características: - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar)
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os
- Normalmente, não vem regido de preposição; livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”;
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou
verbo ativo: Caim matou Abel. da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
por Caim.
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
O objeto direto pode ser constituído: preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono,
cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe,
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-
Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com
espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado:
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” expressão.
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no
livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do
meus escritos?” pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal
chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando- O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa.
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
esfera semântica: “Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado)
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
(Vivaldo Coaraci) Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa,
Machado) ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal:
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a
de Assis) significação dos verbos:
Em tais construções é de rigor que o objeto venha
acompanhado de um adjunto. - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e
à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto - Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva):
direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua
precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a
principalmente: verdade ao moço.)
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente
hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta;
seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”. Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro convém; A proposta pareceu-lhe aceitável.
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos;
deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento Observações: Há verbos que podem construir-se com dois
das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a
aquele homem a quem na realidade também temia, como todos Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para
ali”. ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em
que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é
construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados
“Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a adjuntos adverbiais.
um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro? O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa
- Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos
eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos:
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto
duas criaturas que só tinham uma à outra”. pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é
principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a
eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele
todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com
estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”. você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais
direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os
médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com
conheço desde os seus mais tenros anos”. quem conto são poucas.

Língua Portuguesa 39
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APOSTILAS OPÇÃO
Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio,
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço,
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a, que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto;
com, contra, de, em, para e por. Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade,
posse, origem, fim ou outra especificação:
Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto, - presente de rei (=régio): qualidade
o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase. - livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa - água da fonte, filho de fazendeiros: origem
a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, - fio de aço, casa de madeira: matéria
incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.” - casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade

Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado
pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa
adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do
Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo
mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor
“Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa
Observações: O complemento nominal representa o o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo,
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das
de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas matas, cheiro de petróleo, amor de mãe.
no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas
verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial
perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais, é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.;
obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc. Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.;
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez
Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu
frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos de repente.
colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era
conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.” Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No
pelos pronomes: domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
As flores são umedecidas pelo orvalho. ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim. acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio,
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto
ativa: adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de
A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva) complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.
A multidão aclamava a rainha. (voz ativa) adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Observações: desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:
Frase de forma passiva analítica sem complemento agente D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado “Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.”
e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade. (Carlos Drummond de Andrade)
(Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas.
(Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome
o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos substantivo:
pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele Foram os dois, ele e ela.
pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
ruas. (certo)
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
Termos Acessórios da Oração seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do
sujeito:
Termos acessórios são os que desempenham na oração Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São cores.
três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
adverbial e aposto. Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia;
(Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
– vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto
adnominal). “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: (Graciliano Ramos)
água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o

Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às 03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto
vezes, está elíptico. Exemplos: indireto.
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. (A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana)
Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da (B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca
alma humana. teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando
Pessoa)
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos: (C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de
tempestade iminente. Guimarães)
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito. (D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para
Um aposto pode referir-se a outro aposto: a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa)
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) Respostas
01. D\02. C\03. D
O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto
é, a saber, ou da preposição acidental como: Período

Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um
não são banhados pelo mar. período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de
Este escritor, como romancista, nunca foi superado. interrogação ou com reticências.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento absoluta; o período é composto quando traz mais de uma
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração
absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
coisas.” (Raquel Jardim) num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
locuções verbais nele existentes. Exemplos:
Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título, Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
a coisa personificada a que nos dirigimos: Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração)
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
de Lourdes Teixeira) verbais, duas orações)
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de
Assis) Há três tipos de período composto: por coordenação, por
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela) subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
tempo (também chamada de misto).
Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa.
Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os Período Composto por Coordenação – Orações
pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e Coordenadas
prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso,
que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade Considere, por exemplo, este período composto:
abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos
apelo (ó, olá, eh!): de infância.
1ª oração: Passeamos pela praia
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano) 2ª oração: brincamos
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” 3ª oração: recordamos os tempos de infância
(Graciliano Ramos) As três orações que compõem esse período têm sentido
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática:
Castelo Branco) elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. sintaticamente.
As orações independentes de um período são chamadas
Questões de orações coordenadas (OC), e o período formado só de
orações coordenadas é chamado de período composto por
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade coordenação.
em: As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa sindéticas.
(B) enfrentamos MUITAS novidades
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
(E) assumimos MUITO conflito e confusão Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
OCA OCA OCA
02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
respectivamente: Assis)
(A) sujeito – objeto direto; “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(B) sujeito – aposto; (Antônio Olavo Pereira)
(C) objeto direto – aposto; “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
(D) objeto direto – objeto direto; (Coelho Neto)
(E) objeto direto – complemento nominal. - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:

Língua Portuguesa 41
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APOSTILAS OPÇÃO
O homem saiu do carro / e entrou na casa. Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
OCA OCS “A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico
Veríssimo)
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de Questões
acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas
que as introduzem. Pode ser: 01. Relacione as orações coordenadas por meio de
conjunções:
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... (A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram.
mas também, não só... mas ainda. (B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
Saí da escola / e fui à lanchonete. (C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
OCA OCS Aditiva   
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à (A) causa
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. (B) explicação
(C) conclusão
A doença vem a cavalo e volta a pé. (D) proporção
As pessoas não se mexiam nem falavam. (E) comparação
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até  
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” 03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
(Machado de Assis) sublinhada pode indicar uma ideia de:
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, (A) concessão
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. (B) oposição
(C) condição
Estudei bastante / mas não passei no teste. (D) lugar
OCA OCS Adversativa (E) consequência
Respostas
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por 01.
uma conjunção coordenativa adversativa. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
A espada vence, mas não convence. Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)  
02. E\03. C
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
por isso, pois, logo. Período Composto por Subordinação

Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
OCA OCS Conclusiva Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração causa)
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Vives mentindo; logo, não mereces fé. orações com a mesma função sintática:
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade. Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
com função de adjunto adnominal)
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou, Todos querem / que você participe. (oração subordinada
ora... ora, seja... seja, quer... quer. com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
Seja mais educado / ou retire-se da reunião! subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
OCA OCS Alternativa
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
coordenativa alternativa. subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
é classificado como período composto por subordinação. As
Venha agora ou perderá a vez. orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
Assis)
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço Orações Subordinadas Adverbiais
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.” As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas
(Luís Jardim) que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, que as introduz:
porque, pois, porquanto.
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração
OCA OCS Explicativa principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção visto que.
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação Não fui à escola / porque fiquei doente.
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa OP OSA Causal
explicativa.
O tambor soa porque é oco.

Língua Portuguesa 42
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APOSTILAS OPÇÃO
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de J. Veiga)
Sousa) De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a prolongar minha viagem.
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. - Comparativas: Expressam ideia de comparação com
Irei à sua casa / se não chover. referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
OP OSA Condicional tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com
menos ou mais).
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos Ela é bonita / como a mãe.
ofensores. OP OSA Comparativa
Se o conhecesses, não o condenarias.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
Andrade) (Marquês de Maricá)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
tenha êxito. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. daquele olhar.
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
que, mesmo que. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
OP OSA Concessiva subentendido o verbo ser (como a mãe é).
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto
arriscou uma opinião. mais, quanto menos.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. OSA Proporcional OP
Por mais que gritasse, não me ouviram.
À medida que se vive, mais se aprende.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. diminuindo.
OP OSA Conformativa
Orações Subordinadas Substantivas
O homem age conforme pensa.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. que, num período, exercem funções sintáticas próprias de
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser:
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É
que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
OP OSA Temporal O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) mestre exigia a presença de todos.)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês Mariana esperou que o marido voltasse.
de Maricá) Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É
que, porque (=para que), que. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
OP OSA Final Necessito / de que você me ajude.
OP OSS Objetiva Indireta
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá) Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. viagem.)
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = Aconselha-o a que trabalhe mais.
para que) Daremos o prêmio a quem o merecer.
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as Lembre-se de que a vida é breve.
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
para que não deixasse) - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= É importante / que você colabore.
porque), pois que, visto que. OP OSS Subjetiva
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Consecutiva A oração subjetiva geralmente vem:
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções

Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO
do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
ele voltará amanhã. por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- ser classificadas em:
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem referem. Exemplo:
da reunião. O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é OP OSA Restritiva
necessária.)
Parece que a situação melhorou. Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Aconteceu que não o encontrei em casa. o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
Importa que saibas isso bem. aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.

- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: Pedra que rola não cria limo.
É aquela que exerce a função de complemento nominal de um Os animais que se alimentam de carne chamam-se
termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua carnívoros.
inocência. (complemento nominal) Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
Estou convencido / de que ele é inocente. escreveram.
OP OSS Completiva Nominal “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Mariano)
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas
dele.) quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
Estava ansioso por que voltasses. referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
Sê grato a quem te ensina. restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.” O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
(Graciliano Ramos) novo livro.
OP OSA Explicativa OP
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, Deus, que é nosso pai, nos salvará.
vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
felicidade. (predicativo) Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
O importante é / que você seja feliz. Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
OP OSS Predicativa
Orações Reduzidas
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) Observe que as orações subordinadas eram sempre
Minha esperança era que ele desistisse. introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do
Não sou quem você pensa. subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras
que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal.
Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício - Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
do país. (aposto) (infinitivo)
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do - Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
país. - Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
OP OSS Apositiva (particípio)

Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das
coisa: a sua felicidade) formas nominais são chamadas de reduzidas.
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos
que virias a morrer...” (Osmã Lins) a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo,
oculto?” (Machado de Assis) conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois- da oração desenvolvida.
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
saúde, tornou-se realidade. Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês.
OSA Temporal
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal,
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros reduzida de infinitivo.
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Não sei quando ele chegou. Precisando de ajuda, telefone-me.
Diga-me como resolver esse problema. Se precisar de ajuda, / telefone-me.
OSA Condicional
Orações Subordinadas Adjetivas Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
condicional, reduzida de gerúndio.
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem
a função de adjunto adnominal de algum termo da oração Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
principal. Observe como podemos transformar um adjunto Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
adnominal em oração subordinada adjetiva: vestiário.
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) OSA Temporal
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
adjetiva) reduzida de particípio.

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO
Observações:

- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de Regência nominal e verbal.


desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa Regência Verbal e Nominal
cidade.
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
Exemplos: Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando
Preciso terminar este exercício. frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido
Ele está jantando na sala. desejado, que sejam corretas e claras.
Essa casa foi construída por meu pai.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma Regência Verbal
reduzida. Exemplo:
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. Termo Regente:  VERBO
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
coordenada sindética aditiva) A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e
gerúndio. objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa
e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de
iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a conhecermos as diversas significações que um verbo pode
diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. 
indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na Observe:
oração principal, que traz o efeito. A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, prazer”, satisfazer.
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. “agradar a alguém”.
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito. Saiba que:
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O O conhecimento do uso adequado das preposições é um
período agora é composto por coordenação, pois a oração dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou também nominal). As preposições são capazes de modificar
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela exemplos:
ter chorado. Cheguei ao metrô.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. Cheguei no metrô.
OP OSA Comparativa OSA Condicional
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
Questões caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei
no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é
para ser mãe”, a oração destacada é: muito comum existirem divergências entre a regência coloquial,
(A) subordinada substantiva objetiva indireta cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
(B) subordinada substantiva completiva nominal
(C) subordinada substantiva predicativa Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
(D) coordenada sindética conclusiva acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
(E) coordenada sindética explicativa um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
formas em frases distintas.
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada.
Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na Verbos Intransitivos
realidade.” A oração sublinhada é: Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
(A) adverbial conformativa importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
(B) adjetiva aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
(C) adverbial consecutiva a) Chegar, Ir
(D) adverbial proporcional Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais
(E) adverbial causal de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
indicar destino ou direção são: a, para.
03.“Esses produtos podem ser encontrados nos Fui ao teatro.
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características       Adjunto Adverbial de Lugar
adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos
mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de Ricardo foi para a Espanha.
consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma                   Adjunto Adverbial de Lugar
verbal reduzida adequadamente desenvolvida em b) Comparecer
(A) para se encaixarem. O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido
(B) para seu encaixotamento. por em ou a.
(C) para que se encaixassem. Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último
(D) para que se encaixem. jogo.
(E) para que se encaixariam.
Verbos Transitivos Diretos
Respostas Os verbos transitivos diretos são complementados por
01. B\02. A\03. D objetos diretos. Isso significa que  não  exigem preposição  para

Língua Portuguesa 45
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APOSTILAS OPÇÃO
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses Cristo ensina que é preciso perdoar     o pecado        ao pecador.
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,                                                                  Obj. Direto       Objeto Indireto
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir Paguei      o débito        ao cobrador.
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r,                Objeto Direto      Objeto Indireto
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em
sons nasais), enquanto  lhe e lhes são, quando complementos - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
verbais, objetos indiretos. particular cuidado. Observe:
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, Agradeci o presente. / Agradeci-o.
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, Paguei minhas contas. / Paguei-as.
socorrer, suportar, ver, visitar. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o
verbo amar: Informar
Amo aquele rapaz. / Amo-o. - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
Amo aquela moça. / Amo-a. indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. Informe os novos preços aos clientes.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
preços)
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para
indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). - Na utilização de pronomes como complementos,  veja as
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) construções:
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
eles)
Verbos Transitivos Indiretos Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada  para os
Os verbos transitivos indiretos são complementados por seguintes:  avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma
preposição  para o estabelecimento da relação de regência. Comparar
Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para preposições  “a”  ou  “com” para introduzir o complemento
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como indireto.
complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes
oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos Pedir
pronomes átonos lhe, lhes.  Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Pedi-lhe                 favores.
a) Consistir - Tem complemento introduzido pela Objeto Indireto    Objeto Direto
preposição “em”.                                      
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para Pedi-lhe                     que mantivesse em silêncio.
todos. Objeto Indireto           Oração Subordinada Substantiva
b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos                                                            Objetiva Direta
introduzidos pela preposição “a”. Saiba que:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 1) A construção  “pedir para”,  muito comum na linguagem
Eles desobedeceram às leis do trânsito. cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
c) Responder - Tem complemento introduzido pela entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a subentendida.
quem” ou “ao que” se responde. Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Respondi ao meu patrão. Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma
Respondemos às perguntas. oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para
Respondeu-lhe à altura. ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Obs.:  o verbo  responder, apesar de transitivo indireto 2) A construção  “dizer para”,  também muito usada
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva popularmente, é igualmente considerada incorreta.
analítica. Veja:
O questionário foi respondido corretamente. Preferir
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
d) Simpatizar e  Antipatizar - Possuem seus complementos indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
introduzidos pela preposição “com”. Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Antipatizo com aquela apresentadora. Prefiro trem a ônibus.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
para uma minoria privilegiada. termos intensificadores, tais como:  muito, antes, mil vezes, um
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos no próprio verbo (pre).
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados
de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse Mudança de Transitividade versus Mudança de
grupo: Significado

Agradecer, Perdoar e Pagar Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade,


São verbos que apresentam objeto direto apresentam mudança de significado. O conhecimento das
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico
Veja os exemplos: muito importante, pois além de permitir a correta interpretação
Agradeço    aos ouvintes         a audiência. de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a
                   Objeto Indireto      Objeto Direto quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:

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APOSTILAS OPÇÃO
AGRADAR Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa.
acariciar. Observe o exemplo abaixo:
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Custei para entender o problema. 
quando o revê. Forma correta: Custou-me entender o problema.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia
não perde oportunidade de agradá-lo. IMPLICAR
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado
a, satisfazer, ser agradável a.  Rege complemento introduzido a) dar a entender, fazer supor, pressupor
pela preposição “a”. Suas atitudes implicavam um firme propósito.
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou. b)  Ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar
ASPIRAR Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar povo.
(o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) 2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
envolver
2)  Aspirar  é transitivo indireto no sentido de  desejar, ter Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
como ambição.
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
elas) indireto e rege com preposição “com”.
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe”
e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”.  Veja o PROCEDER
exemplo: 1)  Proceder  é intransitivo no sentido de  ser decisivo,
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir.  Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de
ASSISTIR adjunto adverbial de modo.
1)  Assistir  é transitivo direto no sentido de  ajudar, prestar As afirmações da testemunha procediam, não havia como
assistência a, auxiliar. Por Exemplo: refutá-las.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. Você procede muito mal.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição”
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, de”) e  fazer, executar  (rege complemento introduzido pela
estar presente, caber, pertencer. preposição “a”) é transitivo indireto.
O avião procede de Maceió.
Exemplos: Procedeu-se aos exames.
Assistimos ao documentário. O delegado procederá ao inquérito.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino. QUERER
Obs.: no sentido de  morar, residir,  o verbo  “assistir”  é 1)  Querer  é transitivo direto no sentido de  desejar, ter
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar vontade de, cobiçar.
introduzido pela preposição “em”. Querem melhor atendimento.
Assistimos numa conturbada cidade. Queremos um país melhor.

CHAMAR 2)  Querer  é transitivo indireto no sentido de  ter afeição,


1)  Chamar  é transitivo direto no sentido de  convocar, estimar, amar.
solicitar a atenção ou a presença de. Quero muito aos meus amigos.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Ele quer bem à linda menina.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. Despede-se o filho que muito lhe quer.

2)  Chamar  no sentido de  denominar, apelidar  pode VISAR


apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo 1)  Como transitivo direto, apresenta os sentidos de  mirar,
preposicionado ou não. fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
A torcida chamou o jogador mercenário. O homem visou o alvo.
A torcida chamou ao jogador mercenário. O gerente não quis visar o cheque.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. 2)  No sentido de  ter em vista, ter como meta, ter como
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
CUSTAR O ensino deve sempre visar ao progresso social.
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial. público.
Frutas e verduras não deveriam custar muito. Questões

2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou 01. Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego
transitivo indireto. correto da regência do verbo, EXCETO:
Muito custa          viver tão longe da família. (A) Faço entrega em domicílio.
            Verbo   Oração Subordinada Substantiva Subjetiva  (B) Eles assistem o espetáculo.
       Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo (C) João gosta de frutas.
(D) Ana reside em São Paulo.
Custa-me (a mim)  crer que tomou realmente aquela atitude. (E) Pedro aspira ao cargo de chefe.
        Objeto                 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
        Indireto                                     Reduzida de Infinitivo

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APOSTILAS OPÇÃO
02. Assinale a opção em que o verbo Ansioso de, para, por
chamar é empregado com o mesmo sentido que Fanático por
apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Prejudicial a
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: Apto a, para
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; Favorável a
(B) bateram à porta, chamando Rodrigo; Prestes a
(C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; Ávido de
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco; Generoso com
(E) mandou chamar o médico com urgência. Propício a
Benéfico a
03. A regência verbal está correta na alternativa: Grato a, por
(A) Ela quer namorar com o meu irmão. Próximo a
(B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé. Capaz de, para
(C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor. Hábil em
(D) É preferível ir a pé a ir de carro. Relacionado com
Compatível com
Respostas Habituado a
01. B\02. A\03. D Relativo a
Contemporâneo a, de
Regência Nominal Idêntico a
   
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, Advérbios
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa Longe de Perto de
relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo
da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes Obs.: os advérbios terminados em  -mente tendem a seguir
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, paralelamente a; relativa a; relativamente a.
conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Verbo  obedecer  e os nomes correspondentes: todos regem
complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja: Questões

Obedecer a algo/ a alguém. 01. Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva


Obediente a algo/ a alguém. ser empregada, de acordo com a regência nominal.
(A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados (B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão.
da preposição ou preposições que os regem. Observe-os (C) Sirlene tem horror ____ aves.
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses (D) O diretor está ávido ____ melhores metas.
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. (E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda
população.
Substantivos
Admiração a, por 02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......
Devoção a, para, com, por simpatia.
Medo a, de (A) a, por, menos
Aversão a, para, por (B) do que, por, menos
Doutor em (C) a, para, menos
Obediência a (D) do que, com, menos
Atentado a, contra (E) do que, para, menos
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por 03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser
Bacharel em seguidos pela mesma preposição:
Horror a (A) ávido, bom, inconsequente
Proeminência sobre (B) indigno, odioso, perito
Capacidade de, para (C) leal, limpo, oneroso
Impaciência com (D) orgulhoso, rico, sedento
Respeito a, com, para com, por (E) oposto, pálido, sábio

Adjetivos Respostas
Acessível a 01. D\02. A\03. D
Diferente de
Necessário a
Acostumado a, com Concordância nominal e verbal.
Entendido em
Nocivo a
Afável com, para com Concordância Verbal
Equivalente a
Paralelo a Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
Agradável a referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
Escasso de e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
Parco em, de principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
Alheio a, de caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha
Essencial a, para a função de subordinado. 
Passível de Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-
Análogo a se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
Fácil de e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
Preferível a chegou

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APOSTILAS OPÇÃO
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do 10) No caso de o sujeito aparecer representado por
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o
(ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:   
atrasados. 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50%
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. do eleitorado apoiou a decisão.
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é Observações:
eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:  porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram
a decisão da diretoria 50% dos funcionários.     
Casos referentes a sujeito simples - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.  
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o - Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.  determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. 
2) Nos casos referentes a sujeito representado por
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por
singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos. pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
Observação: pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.  
no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos
que os determinam:
3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser,
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, este permanece no singular, contanto que o predicativo também
uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas  é  uma
com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo criação de Machado de Assis.   
que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também
dos alunos resolveram ficar. permanece no plural: Os  Estados Unidos  são  uma potência
mundial.
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de potência mundial. 
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
Casos referentes a sujeito composto
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
um candidato se inscreveu no concurso de piadas.   gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
Observação: relacionado a dois pressupostos básicos:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá
aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
doação de alimentos.  Tu e ele são primos.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
de formatura.  2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos filhos compareceram ao evento.  
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi  um dos
que atuaram na Copa América. 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer
7) Em casos relativos à concordância com locuções no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
atermos a duas questões básicas: 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. mundo.
/ Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá
de nós o receberá.   permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória,
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular meu esforço.
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Fomos nós  quem  contou  toda a verdade para ela. / Fomos Questões
nós quem contamos toda a verdade para ela.
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra alternativa?
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em
Em casa sou eu que decido tudo.    breve, o ultrapassará.
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
que chegarão atrasados, tenho certeza disso.

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode Concordância Nominal
comê-las sem receio!
(D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
janela do hotel! demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos
nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato concordam em gênero e número com o substantivo.
de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos - A pequena criança é uma gracinha.
sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
cotidianas com os outros. Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato geral mostrada acima.
de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. a) Um adjetivo após vários substantivos
Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela ou concorda com o substantivo mais próximo.
vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
alguma coisa que também quer se expressar.
Os cachorros são uma constante fonte de diversão para 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima - Ela tem pai e mãe louros.
do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os - Ela tem pai e mãe loura.
cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que para o plural.
as sentem. - O homem e o menino estavam perdidos.
(Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis,
2005. p 250) b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
A frase em que se respeitam as normas de concordância próximo.
verbal é: Comi delicioso almoço e sobremesa.
(A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos Provei deliciosa fruta e suco.
atraem. 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
(B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
atraem. Estavam feridos o pai e os filhos.
(C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros Estava ferido o pai e os filhos.
nos atraem.
(D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos c) Um substantivo e mais de um adjetivo
atraem. 1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
nos atraem. 2- coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
03. Uma pergunta
d) Pronomes de tratamento
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de 1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves Vossa Santidade esteve no Brasil.
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a 1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
decisão: - Quem sofrerá? As cartas estão anexas.
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se A bebida está inclusa.
considerar. Precisamos de nomes próprios.
(Salvador Nicola, inédito) Obrigado, disse o rapaz.

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: 1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de singular e o adjetivo no plural.
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. Renato advogou um e outro caso fáceis.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
peso de suas mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) g) É bom, é necessário, é proibido
tomar decisões sem medir suas consequências. 1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) precedido de artigo ou outro determinante.
sobrevir consequências imprevistas e injustas. Canja é bom. / A canja é boa.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
humana. é proibida.

Respostas h) Muito, pouco, caro


01. C\02. A\03. C 1- Como adjetivos: seguem a regra geral.

Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO
Comi muitas frutas durante a viagem. 03. A concordância nominal está INCORRETA em:
Pouco arroz é suficiente para mim. (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
Os sapatos estavam caros. envolvimento da empresa.
2- Como advérbios: são invariáveis. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Comi muito durante a viagem. desnecessária.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa
Comprei caro os sapatos. e a campanha.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
i) Mesmo, bastante desnecessárias.
1- Como advérbios: invariáveis Respostas
Preciso mesmo da sua ajuda. 01. D\02. D\03. B
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral. Colocação dos termos na frase.


Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Colocação dos Pronomes Oblíquos
j) Menos, alerta Átonos
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso. De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a
Estamos alerta para com suas chamadas. colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se
k) Tal Qual referem.
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
consequente. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe,
As garotas são vaidosas tais qual a tia. lhes, nos e vos.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na
oração em relação ao verbo:
l) Possível
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” 1. próclise: pronome antes do verbo
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. 2. ênclise: pronome depois do verbo
A mais possível das alternativas é a que você expôs. 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da Próclise
cidade.
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
m) Meio - Palavras com sentido negativo:
1- Como advérbio: invariável. Nada me faz querer sair dessa cama.
Estou meio (um pouco) insegura. Não se trata de nenhuma novidade.
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã. - Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
n) Só Naquele dia me falaram que a professora não veio.
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem. - Pronomes relativos:
2- sozinho (adjetivo): variável. A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Estiveram sós durante horas. Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.

Questões - Pronomes indefinidos:


Quem me disse isso?
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
nominal:
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. - Pronomes demonstrativos:
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam Isso me deixa muito feliz!
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
(C) Alguma solução é necessária, e logo!
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a - Preposição seguida de gerúndio:
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
não pode prosperar. indicado à pesquisa escolar.
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de - Conjunção subordinativa:
Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
certa autonomia econômica.
Ênclise
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
gênero, número ou pessoa): A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
diferença.” ênclise vai acontecer quando:
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. Amem-se uns aos outros.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de Sigam-me e não terão derrotas.
longe...
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais - O verbo iniciar a oração:
compreensivo. Diga-lhe que está tudo bem.

Língua Portuguesa 51
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APOSTILAS OPÇÃO
Chamaram-me para ser sócio. 05. A substituição do elemento grifado pelo pronome
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
“a”: (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
- O verbo estiver no gerúndio:
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de Respostas
despreocupada. 01. D/02. E/03. C/04. D/05. D
Despediu-se, beijando-me a face.
Emprego do acento indicativo
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo: da crase.
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise Crase

A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no A palavra crase é de origem grega e significa «fusão»,
futuro do presente ou no futuro do pretérito: «mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção»
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da
realizará) preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a
proposta a você) qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
Fontes: indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal. para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos
htm e nomes que exigem a preposição  “a”. Aprender a usar a
Questões crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 
01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição
de estrutura nominal por pronome em: Observe:
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço- Vou a + a igreja.
lhes antecipadamente. Vou à igreja.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
verbo fabricar se extraiu-lhe. No exemplo acima, temos a ocorrência da
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. preposição  “a”,  exigida pelo verbo  ir (ir a algum lugar) e a
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo
conhecê-las. feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
os outros exemplos:
02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo Conheço a aluna.
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser Refiro-me à aluna.
(A) Basta apresenta-lo. No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
(B) Basta apresentar-lhe. algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
(C) Basta apresenta-lhe. ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
(D) Basta apresentá-la. (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”.
(E) Basta apresentá-lo. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o especificados.
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
norma-padrão?
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – 1-) diante de substantivos masculinos:
conhecia-o Andamos a cavalo.
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá Fomos a pé.
– tinha encontrado-o.
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no 2-) diante de  verbos no infinitivo:
Museu – relatá-las-ão. A criança começou a falar.
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus Ela não tem nada a dizer.
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
um museu virtual – Lhes vinham perguntando. exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

04. De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais 3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
correto afirmar que Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que Entreguei a todos os documentos necessários.
acompanha. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes
do verbo que acompanha. Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
(C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
(D) a inclusão do advérbio Não, no inı́cio da oração “Frustrei- por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
me”, tornaria a próclise obrigatória. ocorrerá crase. Por exemplo:
(E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória.

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APOSTILAS OPÇÃO
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Irei à Salvador de Jorge Amado.
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
Cláudio para sair mais cedo.) Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo
4-) diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
Daqui a uma semana começa o campeonato. regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me a + aquele atentado.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Preposição Pronome
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Refiro-me àquele atentado.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
Sou grata à população. indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
Fumar é prejudicial à saúde. portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Aluguei aquela casa.
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.  preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Veja outros exemplos:
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
3-) na indicação de horas: Não obedecerei àquele sujeito.
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas. Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
Foram dormir à meia-noite.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes
que participam palavras femininas. Por exemplo: exigir a preposição  «a»,  haverá crase. É possível detectar a
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do
à tarde às ocultas às pressas à medida que
termo regido feminino por um termo regido masculino. 
à noite às claras às escondidas à força Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
à vontade à beça à larga à escuta
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
à esquerda às turras às vezes à chave
Veja outros exemplos:
à direita à procura à deriva à toa São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
à proporção
à luz à sombra de à frente de Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
que
responder nenhuma das questões.
à A sessão à qual assisti estava vazia.
semelhança às ordens à beira de
de Crase com o Pronome Demonstrativo “a”

Crase diante de Nomes de Lugar A ocorrência da crase com o pronome


demonstrativo “a” também pode ser detectada através da
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do substituição do termo regente feminino por um termo regido
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que masculino. 
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a Veja:
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não Minha revolta é ligada à do meu país.
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo Meu luto é ligado ao do meu país.
regente por um verbo que peça a preposição  “de”  ou  “em”. A As orações são semelhantes às de antes.
ocorrência da contração  “da”  ou  “na”  prova que esse nome de Os exemplos são semelhantes aos de antes.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Suas perguntas são superiores às dele.
Por exemplo: Seus argumentos são superiores aos dele.
Vou  à  França. (Vim  da [de+a] França. Estou  na [em+a] Sua blusa é idêntica à de minha colega.
França.) Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) A Palavra Distância
Vou  a  Porto Alegre. (Vim  de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.)  Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a
crase deve ocorrer.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A Por exemplo:
volto DE, crase PRA QUÊ?” Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas. determinada)
Vou à praia. = Volto da praia. Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A
palavra está especificada.)
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja: Se a palavra  distância  não estiver especificada, a
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = crase não pode ocorrer. 

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO
Por exemplo: 02. Leia o texto a seguir.
Os militares ficaram a distância. Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
Gostava de fotografar a distância. ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
Ensinou a distância. procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
Dizem que aquele médico cura a distância. lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
Reconheci o menino a distância. que fez.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
pode-se usar a crase.
Veja: Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Gostava de fotografar à distância. ordem dada:
Ensinou à distância. A) à – a – a
Dizem que aquele médico cura à distância. B) a – a – à
C) à – a – à
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA D) à – à – a
E) a – à – à
1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. a) à - àqueles - a - há 
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. b) a - àqueles - a - há 
c) a - aqueles - à - a 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo d) à - àqueles - a - a 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos e) a - aqueles - à - há
escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Respostas
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a 1-B / 2-A / 3-B
Roberto.
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Semântica: sinônimos,
Roberto. antônimos, homônimos e
parônimos.
2-) diante de pronome possessivo feminino:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de
pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do Significação das palavras
artigo. Observe:
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que
esperando por você. por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente
esperando por você. com a ideia associada a este conjunto.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as Exemplo:
frases abaixo das seguintes formas: - Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo
3-) depois da preposição até: pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os
Fui até a praia. ou Fui até à praia. sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta. matizes de significação e certas propriedades que o escritor não
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo,
A palestra vai até às cinco horas da tarde. aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem
Questões à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar- A contribuição Greco-latina é responsável pela existência,
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades - Adversário e antagonista.
e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo - Translúcido e diáfano.
questões de saúde pública como programas de esclarecimento - Semicírculo e hemiciclo.
e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração - Contraveneno e antídoto.
desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico - Moral e ética.
ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa - Colóquio e diálogo.
própria família? - Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,
17.09.2012. Adaptado) palavra que também designa o emprego de sinônimos.

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
respectivamente, com: - Ordem e anarquia.
(A) aos … à … a … a - Soberba e humildade.
(B) aos … a … à … a - Louvar e censurar.
(C) a … a … à … à - Mal e bem.
(D) à … à … à … à
(E) a … a … a … a

Língua Portuguesa 54
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APOSTILAS OPÇÃO
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido Sentido Próprio e Figurado das Palavras
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/ Pela própria definição acima destacada podemos perceber
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/ que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/ a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial. outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que
ela traz (denominada significado).
Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se
vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos: assim:
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo). - Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum
- Aço (substantivo) e asso (verbo). que costumamos dar a uma palavra.
Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. - Sentido Figurado -  é o sentido  “simbólico”,  “figurado”, que
A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é podemos dar a uma palavra.
considerada uma deficiência dos idiomas. Vamos analisar a palavra  cobra utilizada em diferentes
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto contextos:
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: 1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes adota condutas pouco apreciáveis)
no timbre ou na intensidade das vogais. 3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito
- Rego (substantivo) e rego (verbo). sobre alguma coisa, “expert”)
- Colher (verbo) e colher (substantivo). No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo). (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). figurado.
- Para (verbo parar) e para (preposição). Podemos então concluir que um mesmo significante (parte
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). concreta) pode ter vários significados (conceitos).
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de Fonte:
per+o). http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjm-
sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
diferentes na escrita. Denotação e Conotação
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar). seu significado primitivo e original, com o sentido do dicionário;
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este
consertar). exemplo:
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). Cortaram as asas da ave para que não voasse mais.
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar).
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar). Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). próprio, comum, usual, literal.
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). - DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata-
- Paço (palácio) e passo (andar). se de definição literal, quando o termo é utilizado em seu sentido
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). dicionarístico.
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = - Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o
anular). seu significado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico);
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão usada de modo criativo, figurado, numa linguagem rica e
(tempo de uma reunião ou espetáculo). expressiva. Veja este exemplo:
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. seja tarde mais.
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada,
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações;
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). disciplina, limitação de conduta e comportamento.
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). Questões
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
01. McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia,
pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente,
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um
séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá
(aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que
de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade
divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: usuários de distinguir essas variações como relevantes no
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários
gado. precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó. aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
do palato. participam.
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
têm dezenas de acepções. recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens

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APOSTILAS OPÇÃO
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem d) Nenhuma das alternativas.
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
sentimento de pânico experimentados por um número crescente 05. Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas,
de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou seja no modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por
quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação, exemplo, assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, grafias
sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno diferentes, denomina-se homônimo homófono. Assinale a
para o espírito. alternativa em que todas as palavras se encontram nesse caso.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. a) taxa, cesta, assento
Revista USP, no 92. Adaptado) b) conserto, pleito, ótico
c) cheque, descrição, manga
As expressões destacadas nos trechos –  meter o bedelho d) serrar, ratificar, emergir
/ estimar  parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
adequados respectivamente em: Respostas
a) procurar / gostar de / ilustrar 01. B\02. A\03. C\04. A\05. A
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer Emprego dos sinais de
d) intrometer-se / prezar / esclarecer
pontuação.
e) contrapor-se / consolidar / iluminar

02. A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os


combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam- Pontuação
se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante,
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os portuguesa.
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos
em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória Ponto
tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de se encontra.
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana – - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda,
passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, Ponto e Vírgula ( ; )
moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris importância.
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos -  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando; a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante. 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.) e cobertor.

Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos? 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
a) Armistício – destruição decreto de lei, etc.
b) Claudicante – manco - Ir ao supermercado;
c) Reveses – infortúnios - Pegar as crianças na escola;
d) Fealdade – feiura - Caminhada na praia;
e) Opilados – desnutridos - Reunião com amigos.

03. Atento ao emprego dos Homônimos, analise as palavras Dois pontos


sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA:  1- Antes de uma citação
a) Ainda vivemos no Brasil a  descriminação  racial. Isso é - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
crime! 
b) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. 2- Antes de um aposto
c) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
agora expiar seus crimes.  e calor à noite.
d) Em todos os momentos, para agir corretamente, é preciso
o bom censo.  3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
e) Prefiro macarronada com molho, mas sem  estrato de - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
tomate.  rotina de sempre.

04. Assinale a alternativa em que as palavras podem servir 4- Em frases de estilo direto
de exemplos de parônimos:  Maria perguntou:
a) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem gentil). - Por que você não toma uma decisão?
b) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo).
c) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se senta).

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Ponto de Exclamação - o vocativo:
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, Ora, Thiago, não diga bobagem.
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! Questões
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto! 01. Assinale a alternativa em que a pontuação está
- João! Há quanto tempo! corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
Ponto de Interrogação (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo) a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
Reticências ajudar a revelar quem era a sua dona.
1- Indica que palavras foram suprimidas. (B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
- Comprei lápis, canetas, cadernos... experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
2- Indica interrupção violenta da frase. ajudar a revelar quem era a sua dona.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
- Este mal... pega doutor? ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
- Deixa, depois, o coração falar... a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
Vírgula (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
Não se usa vírgula experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
diretamente entre si: ajudar a revelar quem era a sua dona.

a) entre sujeito e predicado. 02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
Todos os alunos da sala    foram advertidos.  ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
Sujeito                            predicado da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
b) entre o verbo e seus objetos. ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.  oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
             V.T.D.I.              O.D.                      O.I. A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
adnominal. D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
despertou reações entre os empresários.
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal 03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente
em:
Usa-se a vírgula: A) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
- Para marcar intercalação: de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vendas associadas aos dois temas.
vem caindo de preço. B) Duas explicações do treinamento para consultores
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias vendas associadas aos dois temas.
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir C) Duas explicações do treinamento para consultores
mão dos lucros altos. iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
- Para marcar inversão: vendas associadas aos dois temas.
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): D) Duas explicações do treinamento para consultores
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. vendas associadas aos dois temas.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio E) Duas explicações, do treinamento para consultores
de 1982. iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos vendas associadas aos dois temas.
em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. 04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
regência nominal e à pontuação.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
- Para isolar: outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
- o aposto: seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
trânsito caótico. outros.

Língua Portuguesa 57
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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros.

05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta


após o acréscimo das vírgulas.
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo
ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro
às, areias do Guarujá.
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
de quem a encontrou e informar um ponto de referência

Resposta
1-C 2-C 3-B 4-D 5-E

Anotações

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RACIOCÍNIO LÓGICO

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APOSTILAS OPÇÃO
em um sistema dedutivo de enunciados que tem como objetivo
criar um grupo de leis e regras para determinar a validade
dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido
se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de
premissas verdadeiras.
Em sentido mais amplo podemos dizer que a Lógica está
relacionado a maneira específica de raciocinar de forma
acertada, isto é, a capacidade do indivíduo de resolver
problemas complexos que envolvem questões matemáticas, os
sequências de números, palavras, entre outros e de desenvolver
essa capacidade de chegar a validade do seu raciocínio.
O estudo das estruturas lógicas, consiste em aprendemos a
Os conetivos “e”, “ou”, “não”, associar determinada preposição ao conectivo correspondente.
“se... então...”, “se e somente Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes
se”; os quantificadores “para para o aprendizado.
todo”, “existe” e suas variações; Conceito de proposição
as negações. As relações de Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou
“igual”, “maior”, “menor”, “maior símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
ou igual”, “menor ou igual” e sentido completo.
suas variações. Conjuntos; as Assim, as proposições transmitem pensamentos, isto é,
afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito
relações de pertinência, inclusão de determinados conceitos ou entes. Esses fatos ou juízos
e igualdade; operações entre afirmados pela proposição em questão deverão sempre ter um
conjuntos, união, interseção valor verdadeiro (V) ou um valor falso (F), senão a frase em si
e diferença. Os principais não constituirá uma proposição lógica, e sim apenas uma frase.
conjuntos numéricos; intervalos
Vejamos alguns exemplos de proposições:
e semi-retas; faixas e margens A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar.
numéricas (de renda, etária, B) Salvador é a capital do Brasil.
de erro e outras); prazos (de C) Todos os músicos são românticos.
validade, tolerância e outros);
limites (de carga, velocidade Observe que a todas as frases podemos atribuir um valor
lógico (V ou F).
e outros); comparações (de
custos, duração, outras); A Lógica matemática adota como regra fundamental dois
contagem, medição, avaliação princípios (ou axiomas):
e quantificação; índices e taxas I – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não
(percentuais, por mil, outras). pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
Raciocínio lógico-dedutivo e
recursos matemáticos em nível II – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição
OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses
elementar e médio suficientes casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
para resolver questões
matemáticas e do cotidiano Valores lógicos das proposições
sobre os tópicos deste programa.
Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade, se
a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição é
falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores
CONCEITOS LÓGICOS
lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com base nas duas regras fundamentais que norteiam a
A lógica a qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles,
Lógica Matemática (Princípios da não Contradição e do Terceiro
constituindo-a como uma ciência autônoma que se dedica ao
Excluído), podemos afirmar que:
estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio,
Demonstração) do ponto de vista da sua estrutura ou forma
“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores,
lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
que são: V ou F.”
Falar de Lógica durante séculos, era o mesmo que falar
da lógica aristotélica. Apesar dos enormes avanços da lógica,
Consideremos as seguintes proposições e os seus respectivos
sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste
valores lógicos:
até aos nossos dias. A lógica de Aristóteles tinha objetivo
metodológico, a qual tratava de mostrar o caminho correto para
a) A velocidade de um corpo é inversamente proporcional
a investigação, o conhecimento e a demonstração científicas. O
ao seu tempo. (V)
método científico que ele preconizava assentava nos seguintes
b) A densidade da madeira é maior que a da água. (F)
fases:
1. Observação de fenômenos particulares;
2. Intuição dos princípios gerais (universais) a que os A maioria das proposições são proposições contingenciais,
mesmos obedeciam; ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
3. Dedução a partir deles das causas dos fenômenos exemplo, se considerarmos a proposição simples:
particulares. “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de
Por este e outros motivos Aristóteles é considerado o pai da vista da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos,
Lógica Formal. seu valor lógico é único — ou verdadeiro ou falso.

A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica Classificação de uma proposição
segundo a sua estrutura ou forma. A lógica matemática consiste

Raciocínio Lógico 1
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APOSTILAS OPÇÃO
Uma proposição pode ser classificada como: Conceito de Tabela Verdade

1) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor É uma forma usual de representação das regras da
lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), Álgebra Booleana. Nela, é representada cada proposição
portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas (simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis.
sentenças abertas: Partimos do Princípio do Terceiro Excluído, toda proposição
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V
ontem? – Fez Sol ontem? (verdade) ou F (falsidade).
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso! Quando trabalhamos com as proposições compostas,
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue determinamos o seu valor lógico partindo das proposições
a televisão. simples que a compõe.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais,
ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão paradoxal) –
O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 3 + 7

2) Sentença fechada: quando a proposição admitir um


único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será
considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Uma forma de identificarmos se uma frase simples
é ou não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
proposição, é pela presença de: O valor lógico de qualquer proposição composta depende
- sujeito simples: “Carlos é médico”; UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições
- sujeito composto: “Rui e Nathan são irmãos»; simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE
- sujeito inexistente: “Choveu” determinados.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira Questão
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
proposição. 01. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
Atenção: orações que não tem sujeito NÃO são • A expressão x + y é positiva.
consideradas proposições lógicas. • O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
• O que é isto?
Observe mais alguns exemplos: Há exatamente:
(A) uma proposição;
Frase Sujeito Verbo Conclusão
(B) duas proposições;
Maria é Maria É (ser) É uma frase (C) três proposições;
baiana (simples) lógica (D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase
têm dois (composto) lógica
Resposta
irmãos
Ventou hoje Inexistente Ventou É uma frase 01. Resposta: B.
(ventar) lógica Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos
Um lindo livro Um lindo livro Frase sem NÂO é uma
atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
de literatura verbo frase lógica
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma valores lógicos, logo não é sentença lógica.
esse carro sujeito frase lógica (C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
Existe vida em Vida Existir É uma frase
que tenhamos
Marte lógica
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a
Sentenças representadas por variáveis quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor
a) x + 4 > 5; de V ou F a sentença).
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Classificação das proposições Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
As proposições podem ser classificadas em quatro tipos São Paulo: Nobel – 2002.
diferentes: CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
1. Proposições simples (ou atômicas).
2. Proposições compostas (ou moleculares. ESTUDO DAS PROPOSIÇÕES E DOS CONECTIVOS
3. Proposições categóricas.
4. Proposições quantificadas (ou funcionais). Definições
- Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” referem- contém nenhuma outra proposição como parte integrante de
se à quantidade de verbos presentes na frase. Consideremos si mesma. As proposições simples são designadas pelas letras
uma frase com apenas um verbo, então ela será dita atômica, latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo = 1 átomo); Exemplos
consideremos, agora, uma frase com mais de um verbo, então ela r: Carlos é careca.
será dita molecular, pois se refere a mais de um átomo (mais de s: Pedro é estudante.
um átomo = uma molécula).

Raciocínio Lógico 2
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APOSTILAS OPÇÃO
a: O céu é verde. V(~p) = ~V(p)

- Proposições compostas (ou moleculares): aquela formada Exemplos


pela combinação de duas ou mais proposições simples. Elas
também são chamadas de estruturas lógicas. As proposições Proposição Negação: ~p
compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, (afirmações): p
R..., também chamadas letras proposicionais. Carlos é médico Carlos NÂO é médico
Exemplos
P: Carlos é careca e Pedro é estudante. Juliana é carioca Juliana NÂO é carioca
Q: Carlos é careca ou Pedro é estudante. Nicolas está de férias Nicolas NÂO está de férias
R: Se Carlos é careca, então é triste.
Norberto foi trabalhar NÃO É VERDADE QUE Norberto foi
Observamos que todas as proposições compostas são trabalhar
formadas por duas proposições simples.
A primeira parte da tabela todas as afirmações são
No campo gramatical conseguimos identificar uma verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
porposição simples ou composta pela quantidade de verbos lógico a falsidade.
existentes na frase. Então uma frase que contenha um verbo
é uma proposição simples, que contenha mais de um verbo é - Dupla negação (Teoria da Involução): vamos considerar
uma proposição composta. Este conceito não foge ao aplicado as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o planeta mais
aos do princípios lógicos. distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao negarmos “p”,
vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno NÂO é o planeta
Operadores Lógicos mais distante do Sol” e negando novamente a proposição “~p”
Temos dois tipos teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno NÃO é o planta
- os modificadores: têm por finalidade modificar (alterar) o mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico verdadeiro (V).
valor lógico de uma proposição, seja ela qual for. Logo a dupla negação equivale a termos de valores lógicos a sua
proposição primitiva.
Exemplo:
Não vou trabalhar neste sábado. (o não modificou o valor p ≡ ~(~p)
lógico).
Observação: O termo “equivalente” está associado aos
- os conectivos (concectores lógicos): palavras usadas para “valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
formar novas proposições a partir de outras, ou seja, unindo-se natureza de seus valores lógicos.
ou conectando-se duas ou mais proposições simples. Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
Exemplos: 2. Sete é um número real maior que cinco.
1) O número 2 é par E o número 16 é um quadrado perfeito.
(conectivo “e”) Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das proposições
2) OU Carlos viaja OU Pedro trabalha. (conectivo “ou”) “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é um número
3) SE o Brasil jogar com seriedade, ENTÂO Portugual não rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros (V), conclui-
será campeã.(concectivo “ se ... então”) se que essas proposições são equivalentes, em termos de
4) Luciana casa SE, E SOMENTE SE, Pedro arranjar um valores lógicos, entre si.
emprego (conectivo “se, e somente se..”)
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de conjunção
Em Lógica são considerados operadores lógicos as seguintes de duas proposições p e q a proposição representada por “p e
palavras: q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando as proposições, p e
q, são ambas verdadeiras e falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).

Pela tabela verdade temos:

Também podemos representar a negação utilizando o


símbolo “¬” (cantoneira).
Estudo dos Operadores e Operações Lógicas Exemplos
Quando efetuamos certas operações sobre proposições (a)
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos proposicionais, p: A neve é branca. (V)
semelhantes a aritmética sobre números, de forma a q: 3 < 5. (V)
determinarmos os valores das proposições. V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição (b)


representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p: A neve é azul. (F)
p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” q: 6 < 5. (F)
tem valor lógico oposto daquele de p. V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F
Pela tabela verdade temos:
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

Simbolicamente temos: (d)


~V = F ; ~F = V p: A neve é azul. (F)

Raciocínio Lógico 3
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APOSTILAS OPÇÃO
q: 7 é número impar. (V) q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas não
podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exlcusiva).
Reescrevendo:
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado por
Mario é carioca v Mario é paulista.
V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V), escrevendo:

V(p) = V Exemplos
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos.
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), escrevendo: b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.

V(p) = F 5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se


proposição condicional ou apenas condicional representada por
- As proposições compostas, representadas, por exemplo, “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em que p
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais casos.
respectivos valores lógicos representados por:
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente para
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
q; q é condição necessária para p).
p é o antecendente e q o consequente e “→” é chamado de
3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção simples símbolo de implicação.
(v): chama-se de disjunção inclusiva de duas proposições p
e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é Pela tabela verdade temos:
verdade (V) quando pelo menos umas proposições, p e q, é
verdadeira e falsidade (F) quando ambas são falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:

Exemplos
(a)
Exemplos p: A neve é branca. (V)
(a) q: 3 < 5. (V)
p: A neve é branca. (V) V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V
q: 3 < 5. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V (b)
p: A neve é azul. (F)
(b) q: 6 < 5. (F)
p: A neve é azul. (F) V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V
q: 6 < 5. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
(c) q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
p: Pelé é jogador de futebol. (V) V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V (d)
p: A neve é azul. (F)
(d) q: 7 é número impar. (V)
p: A neve é azul. (F) V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
q: 7 é número impar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V 6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
proposição bicondicional ou apenas bicondicional representada
4) Disjução exclusiva ( v ): chama-se dijunção exclusica de por “p se e soemnete se q”, cujo valor lógico é verdade (V)
duas proposições p e q, cujo valor lógico é verdade (V) somente quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas e a falsidade
quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p (F) nos demais casos.
e q são ambas veradeiras e a falsidade (F) quando p e q são Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
ambas veradeiras ou ambas falsas. suficiente para q; q é condição ncessária e suficiente para p).
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q, MAS Pela tabela verdade temos:
NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:

Exemplos
(a)
Para entender melhor vamos analisar o exemplo. p: A neve é branca. (V)
p: Nathan é médico ou professor. (ambas podem ser q: 3 < 5. (V)
verdeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V
condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
Podemos escrever: (b)
Nathan é médico ^ Nathan é professor p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F)

Raciocínio Lógico 4
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APOSTILAS OPÇÃO
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V a) ((p ^ q) → r) v s
b) p ^ ((q → r) v s)
(c) c) (p ^ (q → r)) v s
p: Pelé é jogador de futebol. (V) d) p ^ (q → (r v s))
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F) e) (p ^ q) → (r v s)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado.
(d) Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos,
p: A neve é azul. (F) a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
q: 7 é número impar. (V) naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a algumas
convenções, das quais duas são particularmente importantes:
Transformação da linguaguem corrente para a simbólica
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por 1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de resolver (I) ~ (negação)
questões deste tipo. (II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma precedência,
operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda para direita).
Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, (III) → (condicional)
“q” e “r” representadas por: (IV) ↔ (bicondicional)
p: Luciana estuda. Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
q: João bebe.
r: Carlos dança. Exemplo
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma condicional
Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas ou uma conjunção. Para convertê-la numa condicional há que se
por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ” representadas por: usar parêntesis:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança. p →( q ↔ s ^ r )
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não E para convertê-la em uma conjunção:
estuda. (p → q ↔ s) ^ r
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João
não bebe. 2ª) Quando um mesmo conectivo aparece
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis,
O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos fazendo-se a associação a partir da esquerda.
(modificadores e conectivos) e as proposições. Depois Segundo estas duas convenções, as duas seguintes
reescrevermos de forma simbólica, vajamos: proposições se escrevem:
Proposição Nova forma de escrever a
proposição
((~(~(p ^ q))) v ~~ (p ^ q) v ~p
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r (~p))
Continuando: ((~p) → (q → (~(p v ~p→ (q → ~(p v r))
r))))
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana - Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):
estuda.
“¬” (cantoneira) para negação (~).
“•” e “&” para conjunção (^).
“⊃” (ferradura) para a condicional (→).

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que


facilitará na resolução de diversas questões
Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).

R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João


não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É


mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as frases (Fonte: http://www laifi.com.)
negam, por completo, as frases subsequentes.
Referências
- O uso de parêntesis ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das São Paulo: Nobel – 2002.
proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade, CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
proposições:
ESTUDO DA TABELA VERDADE
(I) (p ^ q) v r Conectivo principal é da disjunção. Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
(II) p ^ (q v r) Conectivo principal é da conjunção. previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou falsas
As quais apresentam significados diferentes, pois os (F), e, por consequência, permite definir a solução de uma
conectivos principais de cada proposição composta dá valores determinada fórmula (proposição composta).
lógicos diferentes como conclusão. De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, colocando proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
parêntesis as seguintes proposições: valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).

Raciocínio Lógico 5
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APOSTILAS OPÇÃO
Em se tratando de uma proposição composta, a determinação Exemplo
de seu valor lógico, conhecidos os valores lógicos das proposições Vamos construir a tabela verdade da proposição:
simples componentes, se faz com base no seguinte princípio, P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
vamos relembrar:
O valor lógico de qualquer proposição composta depende 1º Resolução) Vamos formar os par de colunas
correspondentes as duas proposições simples p e q. Em seguida
UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições
a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a útima contento
simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos os valores lógicos
determinados. possíveis de acordo com os operadores lógicos.
Para determinarmos esses valores recorremos a um
dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
proposição composta (sua solução) correspondente a todas as V V F F V
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições simples
componentes. V F V V F
F V F F V
Número de linhas de uma Tabela Verdade
O número de linhas de uma proposição composta depende F F V F V
do número de proposições simples que a integram, sendo dado
pelo seguinte teorema: 2º Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
proposições simpleste componentes contém 2n linhas.” (* conectivos que compõem a proposição composta.
Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois p q ~ (p ^ ~ q)
para a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV, V V
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com V F
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a Análise
Combinatória. F V

Construção da tabela verdade de uma proposição F F


composta
Para sua construção começamos contando o número de
proposições simples que a integram. Se há n proposições simples
componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, atribuimos a 1ª
proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores V , seguidos de 2n – 1
valores F, e assim por diante.

Exemplos:
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas
e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que
os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos valores
da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira parte dela
corresponde a árvore de possibilidades e a segunda a tabela
propriamente dita.

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/
tabela-verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para a
1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em 4 ,
para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2 em 2
(metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos valores
que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/
tabela-verdade.html)

Raciocínio Lógico 6
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APOSTILAS OPÇÃO
Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q) p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V V V V F V V V V F F V
V F V F V F V V F V F V V V F
F V F V F V F F V F V F F F V
F F F F F F F V F F F F F V F
1 1 1 2 1 1 3 2 1

p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V F F V
V F F V V V F
F V V F F F V
F F V F F V F
4 1 3 2 1

Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos (modificadores
e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do conjunto {V,F},
isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função de U em {V,F}

P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um diagrama sagital é a seguinte:

3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior as duas primeiras da esquerda relativas às proposições simples
componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade simplificada:
~ (p ^ ~ q)
V V F F V
F V V V F
V F F F V
V F F V F
4 1 3 2 1

Vejamos mais alguns exemplos:


(FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo, então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas da tabela-verdade
da proposição composta anterior é igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Vamos contar o número de verbos para termos a quantidade de proposições simples e distintas contidas na proposição composta.
Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair” e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

(Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da proposição
(A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Raciocínio Lógico 7
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APOSTILAS OPÇÃO
Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência Exemplo:
Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são
verdade (última coluna), V (verdades). equivalentes.
Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são
verdade (última coluna), F (falsidades). equivalentes.
Contigência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade p q ~p → q p v q
(última coluna).
Questão V V F V V V V V
V F F V F V V F
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos
9,10,11 e 16 – CESPE/2015) F V V V V F V V
F F V F F F F F

Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p ∨


q” são equivalentes.

~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os


símbolos que representam a equivalência entre proposições.

Equivalência fundamentais (Propriedades


Fundamentais): a equivalência lógica entre as proposições
goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

1 – Simetria (equivalência por simetria)


A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela- a) p ^ q ⇔ q ^ p
verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F
correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro p q p ^ q q ^ p
e falso. V V V V V V V V
Com base nessas informações e utilizando os conectivos
V F V F F F F V
lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição F V F F V V F F
lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é F F F F F F F F
igual a
b) p v q ⇔ q v p
p q p v q q v p
V V V V V V V V
( ) Certo ( ) Errado
V F V V F F V V
Resposta F V F V V V V F
01. Resposta: Certo.
F F F F F F F F
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
R Q P [ P v (Q ↔ R) ] p q p v q q v p
V V V V V V V V V V V F V V F V
V V F F V V V V V F V V F F V V
V F V V V F F V F V F V V V V F
V F F F F F F V F F F F F F F F
F V V V V V F F
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
F V F F F V F F
p q p ↔ q q ↔ p
F F V V V F V F
V V V V V V V V
F F F F V F V F
V F V F F F F V
Referências F V F F V V F F
F F F V F F V F
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de
Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: 2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)
Elsevier, 2013. p→p⇔p→p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
São Paulo: Nobel – 2002.
p p p → p p → p
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS V V V V V V V V

Diz-se que duas ou mais proposições compostas são F F F V F F V F


equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas
diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas 3 – Transitiva
tabelas verdade. Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
EQUIVALENTES.
Equivalências notáveis:

Raciocínio Lógico 8
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APOSTILAS OPÇÃO
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva) 4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r) negando-se as proposições simples que as compõem.
V V V V V V V V V V V V V V V 1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
V V F V V V V F V V V V V F F p q p → q ~q → ~p
V F V V V F V V V F F V V V V
V V V V V F V F
V F F V F F F F V F F F V F F
V F V F F V F F
F V V F F V V V F F V F F F V
F V F V V F F V
F V F F F V V F F F V F F F F
F F F V F V F V
F F V F F F V V F F F F F F V
F F F F F F F F F F F F F F F Exemplo:
p → q: Se André é professor, então é pobre.
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) ~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.
p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r)
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
V V V V V V V V V V V V V V V
p q ~p → q ~q → p
V V F V V V F F V V V V V V F
V V F V V F V V
V F V V V F F V V V F V V V V
V F F V F V V V
V F F V V F F F V V F V V V F
F V V V V F V F
F V V F V V V V F V V V F V V
F F V F F V F F
F V F F F V F F F V V F F F F
F F V F F F F V F F F F F V V Exemplo:
~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
F F F F F F F F F F F F F F F ~q → p: Se André não é pobre, então é professor.
2 - Associação (equivalência pela associativa) 3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q p → ~q q → ~p
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r)
V V V F F V F F
V V V V V V V V V V V V V V V
V F V V V F V F
V V F V F V F F V V V F V F F
F V F V F V V V
V F V V F F F V V F F F V V V
F F F V V F V V
V F F V F F F F V F F F V F F
F V V F F V V V F F V F F F V Exemplo:
p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
F V F F F V F F F F V F F F F q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.
F F V F F F F V F F F F F F V
F F F F F F F F F F F F F F F 4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
p q p → q ~p v q
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
V V V V V F V V
p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r)
V F V F F F F F
V V V V V V V V V V V V V V V
F V F V V V F V
V V F V V V V F V V V V V V F
F F F V F V F F
V F V V V F V V V V F V V V V
V F F V V F F F V V F V V V F Exemplo:
p → q: Se estudo então passo no concurso.
F V V F V V V V F V V V F V V ~p v q: Não estudo ou passo no concurso.
F V F F V V V F F V V V F F F
5 - Pela bicondicional
F F V F V F V V F F F V F V V
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
F F F F F F F F F F F F F F F
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
3 – Idempotência V V V V V V V V V V V V
a) p ⇔ (p ∧ p) V F V F F V F F F F V V
p p p ^ p F V F F V F V V F V F F
V V V V V F F F V F F V F V F V F
F F F F F
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a
b) p ⇔ (p ∨ p) contrapositiva às partes
p p p v p p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)
V V V V V V V V V V F V F V F V F
F F F F F V F V F F V F F F F V V
F V F F V F V V F V F F

Raciocínio Lógico 9
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APOSTILAS OPÇÃO
F F F V F V V V V V V V A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q

c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q) b) A recíproca de p → q é q → p


A contrapositiva q → q é ~p → ~q
p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
V V V V V V V V V F F F c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p
V F V F F V F F F F F V
F V F F V F F V F V F F Equivalência “NENHUM” e “TODO”
F F F V F F F F V V V V
1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.
Exemplo:
6 - Pela exportação-importação
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (=
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
Todo médico não é tenista)
p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)]
V V V V V V V V V V V V V 2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.
Exemplo:
V V F V V V F F V F V F F Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (=
V F V V F F V V V V F V V Nenhuma música é bela)
V F F V F F V F V V F V F Questões
F V V F F V V V F V V V V
01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Considere
F V F F F V V F F V V F F
a sentença:
F F V F F F V V F V F V V “Corro e não fico cansado”.
F F F F F F V F F V F V F Uma sentença logicamente equivalente à negação da
sentença dada é:
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então) (A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições (C) Não corro e fico cansado.
condicionadas que contêm p e q: (D) Corro e fico cansado.
– Proposições recíprocas: p → q: q → p (E) Não corro ou não fico cansado.
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p 02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –
CESPE/2015) Em campanha de incentivo à regularização da
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e não
registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então ele
não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O
comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
Note que: ( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
= ~p v q)

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca
q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO EQUIVALENTES.
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE
MORGAN
Exemplos:
p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)
As Leis de Morgan ensinam
q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)
- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa
Exemplo:
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é
Vamos determinar:
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
c) A contrapositiva da contrária de p → q
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
Resolução:
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
Vejamos:

Raciocínio Lógico 10
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APOSTILAS OPÇÃO
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan) De modo geral temos que:
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO. ~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q), onde “♦” e “♪” representam conectivos
lógicos quaisquer.
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)
Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as
proposições.
p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
V V F V V V F F F Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e ainda
“p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.
V F V V F F F V V
F V V F F V V V F Vejamos:
F F V F F F V V V
– Negação de uma disjunção exclusiva
Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA,
- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan) gera-se uma BICONDICIONAL.
Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o ~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)
conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO.

~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)

p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V

Exemplo:
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos
que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos que
uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-
se as partes, então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”

Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –


FGV/2015) Considere a afirmação:
“Mato a cobra e mostro o pau”
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV/2015) Em


uma empresa, o diretor de um departamento percebeu que
Pedro, um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu
trabalho e comentou:

“Pedro está cansado ou desatento.”


A negação lógica dessa afirmação é:
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento.

Respostas
01. A\02. D.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática –
São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-


se outra proposição também composta e equivalente à negação
de sua primitiva.

Raciocínio Lógico 11
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APOSTILAS OPÇÃO
p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F
F F V F F F F V F F V F V F V F
- Negação de uma condicional
Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo conectivo
CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.

~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q
p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V
F V F F V V F F F
F F F F V F F F V
- Negação de uma bicondicional
Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q → p)”, assim,
negaremos uma conjunção cujas partes são duas condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de uma conjunção a essa
bicondicional, teremos:

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]


p q ~ (p ↔ q) ~ [(p → q) ^ (q → p)] (p ^ ~q) v (q ^ ~p)
V V F V V V F V V V V V V V V F F F V F F
V F V V F F V V F F F F V V V V V V F F F
F V V F F V V F V V F V F F F F F V V V V
F F F F V F F F V F V F V F F F V F F F V

DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)


– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)
p ~ (~ p)
V V F V
F F V F

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO
e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à
sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS


Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou igual a (“≥”)
e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis, formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.
Exemplo:
a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda sentença,
vejamos:
Sentença Matemática ou Negação Sentença
algébrica obtida
5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 5 + 6 ≠ 11
11)
5–3≠4 ~ (5 – 3 5–3=4
≠ 4)
5>1 ~ (5 > 1) 5<1
7< 10 ~ (7< 10) 7> 10
3+5≥8 ~ (3 + 5 3+5≤8
≥ 8)
y+5≤7 ~ (y + 5 y+5≥7
≤ 7)

Raciocínio Lógico 12
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APOSTILAS OPÇÃO
É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os 1)
candidatos a cometerem um erro muito comum, que é a Todo homem é mortal
negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da Premissas
operação matemática em questão para a obtenção desse João é homem
resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos Logo, João é mortal Conclusão
matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão “4 2)
+ 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16” Todo brasileiro é mortal
Premissas
Todo paulista é brasileiro
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Logo, todo paulista é mortal Conclusão
Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - 3)
Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO Passei no concurso
Logo, irei viajar Conclusão
A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio
para convencer alguém de alguma coisa. A argumentação faz Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos
uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas acima são considerados silogismos.
sólidas e argumentos aceitáveis.
A lógica de argumentação é também conhecida como Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
dedução formal e é a principal ferramenta para o raciocínio Q, indica-se por:
válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a
argumentação pode tomar e avalia quais dessas conclusões são P1, P2, ..., Pn |----- Q
válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também Argumentos Válidos
faz parte da Teoria da argumentação. Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
Conceitos premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja:
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja
aceito. A verdade das premissas é incompatível com a falsidade
da conclusão.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas
se chegar a novas proposições. Quando a inferência é dada como Um argumento válido é denominado tautologia quando
válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela assumir, somente, valorações verdadeiras, independentemente
ser utilizada em outras inferências. de valorações assumidas por suas estruturas lógicas.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da Argumentos Inválidos


inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, ou mal construído), quando as verdades das premissas são
“portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro. geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
conclusão uma contradição (F).
Falácia: é um argumento válido, sem fundamento ou Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que enuncia.
- A verdade e a falsidade são propriedades das proposições.
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições,
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão argumentos.
é a terceira premissa. - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa,
mas nunca válida e inválida.
Argumento: é um conjunto finito de premissas – - Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. verdadeiras.
O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade - A validade de um argumento depende exclusivamente da
lógica à conclusão com base nas premissas que o antecedem) relação existente entre as premissas e conclusões.
ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se
baseiam na conclusão, mas não implicam nela)
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e Critérios de Validade de um argumento
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação). Pelo teorema temos:
Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se
a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Métodos para testar a validade dos argumentos


Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento para
Alguns exemplos de argumentos: determinarmos uma conclusão verdadeira.

Raciocínio Lógico 13
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APOSTILAS OPÇÃO
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou espada.
quantificadores: todo, algum e nenhum). (2º) V (3º) V
Os métodos constistem em: P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V
1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
dedução dos valores lógicos das premissas de um argumento, Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa
a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a 1ª parte da
será representado pelo valor lógico de uma premissa formada disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”,
por uma proposição simples. Lembramos que, para que um será falsa (4º passo).
argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
as premissas que compõem esse argumento são, na totalidade,
cavalo.
verdadeiras.
(4º) F
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio
a tabela-verdade dos conectivos. P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
espada.
(2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V
Exemplo
Sejam as seguintes premissas: Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples,
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a lembramos que ela será verdadeira, se pelo menos uma de suas
cavalo. partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo,
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo. a 2ª parte deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
espada. P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. cavalo.
(4º) F (5º) V
Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então
todas premissas que compõem o argumento são necessariamente P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
rainha fica na masmorra”; por ser uma proposição simples e espada.
verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a dedução dos (2º) V (3º) V
valores lógicos das demais proposições que, também, compõem
esse argumento. Teremos com isso então: P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
(1º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o
cavalo. príncipe não foge a cavalo”, então, devemos confirmar como falsa
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo. a 2a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa
P2 (6o passo).
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
espada.
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. cavalo.
(1º) V (4º) F (5º) V

Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico confirmará (6º) F
como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
passo). espada.
(2º) V (3º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
cavalo. (1º) V
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo. E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional
como falsa, devemos confirmar, também, sua 1a parte como falsa
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a (7o passo).
espada.
(2º) V
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a
P4: Ora, a rainha fica na masmorra. cavalo.
(1º) V (4º) F (5º) V

Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
verdadeira, implicará que a 2ª parte também deverá ser (7º) F (6º) F
verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a
(vide a tabela-verdade da condicional). Assim teremos como espada.
valor lógico da premissa uma verdade (V). (2º) V (3º) V
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a (1º) V
cavalo. Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo. lógicos chegamos as seguintes conclusões:
- A rainha fica na masmorra;

Raciocínio Lógico 14
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APOSTILAS OPÇÃO
- O bárbaro usa a espada; V F V V F F F F V
- O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo. V F F V F F F V F
F V V F V V V F V
Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos
o não para ter o seu correspondente como válido, expressando F V F F V V V V F
uma conclusão verdadeira. F F V F V F F F V
F F F F V F F V F
Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto de 1º 2º 1º 1º 1º 1º
referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela conjunção,
e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção exclusiva ou pela p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
bicondicional, caso existam. V V V V V V V F F V
V V F V V V V V V F
2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos
que levar em considerações dois casos. V F V V F F F V F V
1º caso: quando o argumento é representado por uma V F F V F F F V V F
fómula argumentativa.
F V V F V V V F F V
Exemplo: F V F F V V V V V F
A → B ~A = ~B
F F V F V F F V F V
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as F F F F V F F V V F
proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos a 1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º
validade do argumento.
p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
V V V V V V F V F F V
V V F V V V V V V V F
V F V V F F F F V F V
V F F V F F F F V V F
F V V F V V F V F F V
F V F F V V V V V V F
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br) F F V F V F V F V F V
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão F F F F V F V F V V F
é falsa esta sinalizada na tabela acima pelo asterisco.Observe 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
argumento não é valido. V V V V V V F V F F V V
2o caso: quando o argumento é representado por uma V V F V V V V V V V F F
sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e é V F V V F F F F V F V V
questionada a sua validade.
V F F V F F F F V V V F
Exemplo: F V V F V V F V F F V V
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo.
F V F F V V V V V V F F
Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo. F F V F V F V F V F V V
P2: Se entendo, então não compreendo. F F F F V F V F V V F F
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
P1 ∧ P2 → C Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma
contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de
“entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”, “q” e “r”, sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.
teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em
P2: q → ~r alguns casos torna-se muito trabalhoso, principlamente quando
C: r o número de proposições simples que compõe o argumento é
muito grande, então vamos aqui ver outros métodos que vão
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou ajudar a provar a validade dos argumentos.
3.1 - Método da adição (AD)

Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo


a passo): 3.2 - Método da adição (SIMP)
p q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
1º caso:
V V V V V V V F V
V V F V V V V V F

Raciocínio Lógico 15
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APOSTILAS OPÇÃO
2º caso: Produto lógico de condicionais: este produto consiste na
dedução de uma condicional conclusiva – que será a conclusão
do argumento –, decorrente ou resultante de várias outras
premissas formadas por, apenas, condicionais.
3.3 - Método da conjunção (CONJ) Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições
simples iguais que se localizam em partes opostas das
1º caso: condicionais que formam a premissa do argumento, resultando
em uma condicional denominada condicional conclusiva.
Vejamos o exemplo:

2º caso:

3.4 - Método da absorção (ABS)

3.5 – Modus Ponens (MP)


Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos:
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas
proposições simples que aparecem apenas uma vez no conjunto
das premissas do argumento.
3.6 – Modus Tollens (MT)
Exemplo
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu. Se há nuvens no céu,
então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes
3.7 – Dilema construtivo (DC) premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


3.7 – Dilema destrutivo (DD) p: chover
q: fazer frio
r: nevar
s: existir nuvens no céu
t: o dia esta claro

3.8 – Silogismo disjuntivo (SD) Montando o produto lógico teremos:


1º caso:

2º caso:
Conclusão: “Se neva, então o dia esta claro”.
Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está
claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

3.9 – Silogismo hipotético (SH) 2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por,
apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra.
As demais proposições simples são eliminadas pelo processo
natural do produto lógico.
3.10 – Exportação e importação. Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente
1º caso: Exportação VERDADEIRA.
Tome Nota:

Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de


equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma
2º caso: Importação condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as
proposições simples de uma determinada condicional que resulte
no produto lógico desejado.
(p → q) ~q → ~p

Raciocínio Lógico 16
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplo • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
trabalha. • Quando Fernando está estudando, não chove.
Temos então o argumento formado pelas seguintes • Durante a noite, faz frio.
premissas: Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue
P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha. o item subsecutivo.
P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha. Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja. ( ) Certo ( ) Errado

Denotando as proposições simples teremos: 03. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
p: Ana trabalha CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço
q: Beto estuda pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil.
r: Carlos viaja Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é
Montando o produto lógico teremos: aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade.
Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada
Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem
tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa
disciplina.
Conclusão: “Beto não estuda”. A partir das informações apresentadas nessa situação
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em, Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
apenas, uma parte das premissas do argumento. aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de
Exemplo Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:
Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense. “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que
Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino. o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é
Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é um argumento válido.
corintiano, então Márcio não é palmeirense. ( ) Certo ( ) Errado

Então as presmissas que formam esse argumento são: 04. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense. CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço
P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são- pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil.
paulino. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é
P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade.
P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é palmeirense. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada
Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem
Denotando as proposições temos: tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa
disciplina.
p: Nivaldo é corintiano
q: Márcio é palmerense A partir das informações apresentadas nessa situação
r: Pedro é são paulino hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
Efetuando a soma lógica: aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de
Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:
“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que
o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é
um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas 05. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo
(P1,P2,P3) teremos: Júnior – Informática – CESGRANRIO/2014) Se Esmeralda é
uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo,
então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então
Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
Conclusão: “ Márcio é palmeirense”. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Questões (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. Respostas
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. 01. Resposta: Errado.
• Quando Fernando está estudando, não chove. A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas
• Durante a noite, faz frio. as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue premissas:
o item subsecutivo. A = Chove
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. B = Maria vai ao cinema
( ) Certo ( ) Errado C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
02. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) E = Fernando está estudando
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. F = É noite

Raciocínio Lógico 17
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APOSTILAS OPÇÃO
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando
Lembramos a tabela verdade da condicional: pode ser V ou F.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi
ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F);
pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V
ou F).

03. Resposta: Errado.


Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
falsa, utilizando isso temos: P1 ∧ P2 → C
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Fernando estava estudando. // B → ~E Organizando e resolvendo, temos:
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
Iniciando temos: B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → C: Mariana é aprovada em Química Geral
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
chove tem que ser F. Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que premissas serem verdadeiras, para sabermos se o argumento é
Maria vai ao cinema tem que ser V. válido:
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C Testando C para falso:
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando (A → B) ∧ (B →C)
Cláudio sai de casa tem que ser F. (A →B) ∧ (B → F)

5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando que ser F:
pode ser V ou F. (A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V (F → F) ∧ (V)

Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que
ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); o “A” seja falso:
pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V (A → F) ∧ (V)
ou F). (F → F) ∧ (V)
(V) ∧ (V)
02. Resposta: Errado. (V)
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas
as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as Então, é possível que o conjunto de premissas seja
premissas: verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
A = Chove leva a concluir que esse argumento não é válido.
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa 04. Resposta: Errado.
D = Faz frio Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
E = Fernando está estudando estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
F = É noite P1 ∧ P2 → C
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Organizando e resolvendo, temos:
Lembramos a tabela verdade da condicional: A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral

Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C


Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as
premissas serem verdadeiras, para sabermos se o argumento é
válido:
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª Testando C para falso:
falsa, utilizando isso temos: (A → B) ∧ (B →C)
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então (A →B) ∧ (B → F)
Fernando estava estudando. // B → ~E
Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
Iniciando temos: que ser F:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → (A → B) ∧ (B → F)
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando (A → F) ∧ (F → F)
chove tem que ser F. (F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema o “A” seja falso:
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que (A → F) ∧ (V)
Maria vai ao cinema tem que ser V. (F → F) ∧ (V)
(V) ∧ (V)
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C (V)
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando
Cláudio sai de casa tem que ser F.

Raciocínio Lógico 18
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APOSTILAS OPÇÃO
Então, é possível que o conjunto de premissas seja Classificação de uma proposição categórica de acordo
verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos com o tipo e a relação
leva a concluir que esse argumento não é válido. As proposições categóricas também podem ser classificadas
de acordo com dois critérios fundamentais: qualidade e
05. Resposta: B. extensão ou quantidade.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como categórica em afirmativa ou negativa.
conclusão o valor lógico (V), então: Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo uma proposição categórica em universal ou particular. A
(F) → V classificação dependerá do quantificador que é utilizado na
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro proposição.
(F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V) Entre as proposições existem tipos e relações, estas vem
Monarca não é um centauro (V) desde a época de Aristóteles, que de acordo com a qualidade e
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, letras A, E, I e O.
a única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro. Vejamos cada uma delas:
Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”.
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido
São Paulo: Nobel – 2002. no conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu “A” é também elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é
- Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. diferente de “Todo B é A”.

PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS Exemplo:


“Todo sacerdote é altruísta” não significa o mesmo que “Toda
Uma proposição categórica é aquela formada por um pessoa altruísta é sacerdote”.
quantificador associado a um sujeito (primeira classe de
atributos) que se liga a um predicado (segunda classe de São equivalentes as seguintes expressões categóricas:
atributos) por meio de um elo (cópula). a) Todo animal é irracional.
De um modo geral, são todas as proposições formadas ou b) Qualquer animal é irracional.
iniciadas com o seguintes termos: “todo”, “algum” e “nenhum”. c) Cada animal é irracional.
d) Se é animal, é irracional.
Exemplo:
Podemos representar esta universal afirmativa pelo seguinte
diagrama (A C B):

Numa proposição categórica, é importante que o sujeito


se relacionar com o predicado de forma coerente e que a
proposição faça sentido, não importando se é verdadeira ou Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”.
falsa.
Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
Vejamos algumas formas: entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o
1) Todo A é B. mesmo que dizer “nenhum B é A”.
2) Nenhum A é B.
3) Algum A é B. Exemplo:
4) Algum A não é B. “Nenhum político é corrupto” possui o mesmo significado
que “nenhuma pessoa corrupta é político”.
Onde temos que A e B são os termos ou características
dessas proposições categóricas. São equivalentes as seguintes expressões categóricas:
a) Nenhum político é honesto.
Exemplos: b) Todo político não é honesto.

Proposição categórica Termos ou características Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte
diagrama (A ∩ B = ø):
TODO lutador é forte. lutador e forte
NENHUM atleta é ocioso atleta e ocioso
ALGUM estudante é canhoto estudante e canhoto
ALGUMA ilha não é habitável ilha e habitável

Raciocínio Lógico 19
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APOSTILAS OPÇÃO
Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto


“A” tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”.
Contudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que
nem todo A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum
B é A”.

Exemplo:
“Algum médico é estudioso” é o mesmo que “Alguma pessoa
estudiosa é médico”.

São equivalentes as seguintes expressões categóricas:


a) Algum médico é estudioso.
b) Pelo menos um médico é estudioso.
c) Ao menos um médico é estudioso.
d) Existem médicos que são estudiosos.
Representa-se SAP para descrever a ideia de que a sentença
e) Existe pelo menos um médico que é estudioso.
possui sujeito (S) relacionado ao predicado (P) por meio de
uma proposição categórica do tipo A (universal afirmativa). Da
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte
mesma forma, ocorre com SEP, SIP ou SOP.
diagrama (A ∩ B ≠ ø):
Essas regras que relacionam as proposições são denominadas
regras de contrariedade, contraditoriedade, subcontrariedade e
subalternação.

Vejamos as regras:

Regra de contrariedade (contrárias): Duas proposições


são contrárias quando ambas não podem ser verdadeiras ao
mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem ser falsas ao
Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A é B”
mesmo tempo. Elas são universais e se opõem entre si.
Proposições nessa foram Algum A não é B estabelecem que
o conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence
ao conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o
mesmo que Algum B não é A.

Exemplo:
“Algum animal não é réptil” não é o mesmo que dizer que
“Algum réptil não é animal”.
Exemplo:
Serão consideradas equivalentes as seguintes expressões
Todo homem é racional. (A) - verdadeira
categóricas:
Nenhum homem é racional. (E) – falsa
a) Algum químico não é matemático.
b) Algum químico é não matemático.
As duas não são verdadeiras ao mesmo tempo.
c) Algum não matemático é químico.
d) Nem todo químico é matemático.
Regra de contraditoriedade (contraditórias): Duas
e) Existe um químico que não é matemático.
proposições são contraditórias quando ambas não podem ser
f) Pelo menos um químico não é matemático.
verdadeiras ao mesmo tempo, nem podem ser falsas ao mesmo
g) Ao menos um químico não é matemático.
tempo. Elas se opõem tanto em qualidade quanto em extensão.
h) Existe pelo menos um químico que não é matemático.
Enquanto uma é universal, a outra é particular; enquanto uma é
afirmativa, a outra é negativa.
Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte
diagrama (A ¢ B):

Nas proposições categóricas, usam-se também as variações


gramaticais dos verbos “ser” e “estar”, tais como “é”, “são”,
“está”, “foi”, “eram”, ..., como “elo” entre A e B.
Exemplo:
Através dessas classificações, pôde-se construir um quadro, Todo homem é racional (A) – verdade
denominado Quadrado Geral de Oposição, que apresenta as Algum homem não é racional (O) – falsa.
relações existentes entre as proposições. Tal quadro é atribuído
a Aristóteles. As letras S e P indicam, respectivamente, sujeito Neste caso ocorre se uma é verdadeira, a outra,
e predicado. A letra do meio identifica o tipo de proposição obrigatoriamente é falsa e vice versa. Logo uma é a negação da
categórica. outra.

Regra da subcontrariedade (subcontrárias): Duas


proposições são subcontrárias quando ambas não podem ser
falsas ao mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem ser
verdadeiras ao mesmo tempo.

Raciocínio Lógico 20
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo:
Algum homem é racional (I) – verdadeira
Algum homem não é racional (O) - falsa
Exemplos:
Neste caso não ocorre de ambas serem falsas ao mesmo
Vamos negar as proposições que se seguem, segundo a
tempo.
tabela da negação:
Regra de subalternação (subalternação e
1) Todo jogador é esportista. – Algum jogador não é
superalternação): As proposições são ditas subalternas ou
esportista.
superalternas quando são iguais em qualidade e se opõem entre
2) Nenhum carnívoro come vegetais – Algum carnívoro
si apenas em extensão. Ou seja enquanto uma é universal, a
come vegetais.
outra é particular.
3) Algum executivo não é empreendedor – Todo executivo é
empreendedor.
4) Algum músico é romântico – Nenhum músico é romântico.

Questão

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) João olhou


as dez bolas que havia em um saco e afirmou:

“Todas as bolas desse saco são pretas”.

Sabe-se que a afirmativa de João é falsa.


É correto concluir que:
(A) nenhuma bola desse saco é preta;
A → I (válida): da verdade do todo podemos inferir pela
(B) pelo menos nove bolas desse saco são pretas;
verdade das partes, mas da verdade das partes não podemos
(C) pelo menos uma bola desse saco é preta;
inferir pela verdade do todo.
(D) pelo menos uma bola desse saco não é preta;
Exemplo:
(E) nenhuma bola desse saco é branca.
Todos os alunos estão presentes.
Algum aluno está presente.
Resposta
Observe que não podemos inferir a verdade partindo da
parte (Algum aluno está presente), mas o contrário podemos
01. Resposta: D.
fazer.
Referências
I→ A (indeterminada): quando alguém diz que “algum ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São
aluno está presente” e conclui que “todos os alunos estão Paulo: Nobel – 2002.
presentes”, está fazendo uso da subalternação. Observe que o CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu -
Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
raciocínio não é válido, pois não podemos afirmar, partindo do
IESDE BRASIL S/A (imagens)
pressuposto que alguns alunos estão presentes, que todos os
alunos estão presentes.
DIAGRAMAS LÓGICOS
E → O (válida): se dizermos que “nenhum aluno está
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários
presente”, concluímos que “algum aluno não está presente”,
problemas. Uma situação que esses diagramas poderão ser
estamos fazendo uso da superalternação entre as proposições.
usados, é na determinação da quantidade de elementos que
Se não tem nenhum aluno presente isto significa que algum
apresentam uma determinada característica.
aluno NÃO está presente.

O → E (indeterminada): se alguém diz “algum aluno não


está presente” e conclui que “nenhum aluno está presente”,
está utilizando uma subalternação entre as proposições. Este
tipo de raciocínio não é valido, pois não se pode afirmar que
nenhum aluno está presente apenas porque algum aluno não
está presente.

Negação das Proposições Categóricas


Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar
as seguintes convenções de equivalência:
1) Ao negarmos uma proposição categórica universal
geramos uma proposição categórica particular.
2) Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma
Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
proposição categórica particular geramos uma proposição
que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-se
categórica universal.
nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas
3) Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos,
pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
quantas dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de
uma proposição de natureza afirmativa.
motos e motoristas de carros. Começaremos marcando quantos

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APOSTILAS OPÇÃO
elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros
espaços.

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas
leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o
jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que
700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 +
40 + 115 + 65 + 70 + 150.

Diagrama de Euler

Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas


não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida
como a área de intersecção entre dois ou mais contornos).
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas. Assim, um diagrama de Euler pode definir um universo de
b) Dirigem somente carros 33 motoristas. discurso, isto é, ele pode definir um sistema no qual certas
c) Dirigem somente motos 8 motoristas. intersecções não são possíveis ou consideradas. Assim, um
diagrama de Venn contendo os atributos para Animal, Mineral e
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quatro patas teria que conter intersecções onde alguns estão em
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a ambos animal, mineral e de quatro patas. Um diagrama de Venn,
seguinte tabela: consequentemente, mostra todas as possíveis combinações ou
conjunções.
Jornais Leitores
A 300
B 250
C 200
AeB 70
AeC 65
BeC 105 Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas
A, B e C 40 (geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos.
Os tamanhos e formas das curvas não são importantes: a
Nenhum 150 significância do diagrama está na forma como eles se sobrepõem.
As relações espaciais entre as regiões delimitadas por cada curva
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente (sobreposição, contenção ou nenhuma) correspondem relações
montar os diagramas que representam cada conjunto. A teóricas (subconjunto interseção e disjunção). Cada curva de
colocação dos valores começará pela intersecção dos três Euler divide o plano em duas regiões ou zonas estão: o interior,
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por último que representa simbolicamente os elementos do conjunto, e
às regiões que representam cada conjunto individualmente. o exterior, o que representa todos os elementos que não são
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo que membros do conjunto. Curvas cujos interiores não se cruzam
indicará o conjunto universo da pesquisa. representam conjuntos disjuntos. Duas curvas cujos interiores
se interceptam representam conjuntos que têm elementos
comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa o conjunto
de elementos comuns a ambos os conjuntos (intersecção dos
conjuntos). Uma curva que está contido completamente dentro
da zona interior de outro representa um subconjunto do mesmo.
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas,
representando todas as combinações de inclusão / exclusão
de seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que motivou
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a necessidade de
leitores de nenhum dos três jornais. criar diagramas em que pudessem ser observadas, por meio de
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. suposição, quaisquer relações entre as zonas não apenas as que
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. são “verdadeiras”.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. no campo da matemática ou lógica matemática no campo da
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos. lógica. Eles também podem ser utilizados para representar
relacionamentos complexos com mais clareza, já que representa
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes apenas as relações válidas. Em estudos mais aplicados esses
elementos: diagramas podem ser utilizados para provar / analisar

Raciocínio Lógico 22
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silogismos que são argumentos lógicos para que se possa
deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn

Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em


matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas
e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respetivos
diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas
sobre um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a
representação das relações de pertença entre conjuntos e seus
elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações Considere-se agora que cada espécie viva está representada
de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os
3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e estão humanos e os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na
uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que parte dele que não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos
possuem continência; ao passo que o ponto interno a uma curva são bípedes mas não podem voar. Os mosquitos, que voam mas
representa um elemento pertencente ao conjunto. têm seis pernas, seriam representados dentro do círculo B e fora
da sobreposição. Os canários, por sua vez, seriam representados
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de na intersecção A-B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer
curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas animal que não fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou
representa, simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. serpentes, seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam representadas por áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte
regiões, com tal relação entre si que todas as relações lógicas de cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há
possíveis entre as classes possam ser indicadas no mesmo sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão
diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço para qualquer relação em um círculo ou no outro):
possível entre as classes, e a relação dada ou existente pode - Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
então ser definida indicando se alguma região em específico é sobreposição).
vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever uma definição mais formal - Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) uma coleção de curvas sobreposição).
fechadas simples desenhadas em um plano. C é uma família - Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
independente se a região formada por cada uma das interseções - Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco
X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o exterior de Ci, é não- - fora).
vazia, em outras palavras, se todas as curvas se intersectam de
todas as maneiras possíveis. Se, além disso, cada uma dessas Essas configurações são representadas, respectivamente,
regiões é conexa e há apenas um número finito de pontos de pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
interseção entre as curvas, então C é um diagrama de Venn para de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de
n conjuntos. A e B. Cada uma delas pode ser representada como as seguintes
áreas (mais escuras) no diagrama:
Nos casos mais simples, os diagramas são representados
por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto Diferença de A para B: A\B
universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo
modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
representa sua união.

John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,


ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados Diferença de B para A: B\A
ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. Edwards,
Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso, encontram-se em
uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais os de
Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
Intersecção de dois conjuntos: AB
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-
se que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto
B representa os animais capazes de voar. A área onde os dois
círculos se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou
intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao mesmo
tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Raciocínio Lógico 23
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APOSTILAS OPÇÃO
Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de
16 formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre
os animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
características); tal conjunto seria representado pela união de A
e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais os
que não voam e possuem duas patas, seriam representados pela
diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são mostrados
nas imagens a seguir, que incluem também outros dois casos.

Intersecção de três conjuntos: ABC

União de dois conjuntos: AB

A \ (B C)

Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB

Complementar de A em U: AC = U \ A
(B C) \ A

Proposições Categóricas
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Complementar de B em U: BC = U \ B Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A


é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou- Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é
se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos
o exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos A e B são disjuntos, isto é, não tem elementos em comum.
animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente equivalente a
áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras dizer que Nenhum B é A.
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes. Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando dizemos
que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no
sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo que todos
eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente
a dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões são
equivalentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A
que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
possíveis entre A, B e C. conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se também
as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais como é, são,
está, foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.

- Todo A é B = Todo A não é não B.


- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
União de três conjuntos: ABC - Nenhum A é B = Todo A é não B.

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APOSTILAS OPÇÃO
- Todo A é B = Nenhum A é não B. QUESTÕES
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice- 01. Represente por diagrama de Venn-Euler
versa). (A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas (C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B, 02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)
Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras. verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as necessariamente verdadeira.
duas representações possíveis: (B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira. 03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam
Algum A não é B. É falsa. instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta
A B Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos
somente a representação:
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que
Todo A é B. É falsa.
“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
Algum A é B. É falsa.
(A) algum A não é G;
Algum A não é B. É verdadeira.
(B) algum A é G.
(C) nenhum A é G;
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatro
(D) algum G é A;
representações possíveis:
(E) nenhum G é A;

05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas


não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo,
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é:
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.
(D) 42.
(E) 44.
Respostas
Nenhum A é B. É falsa.
01.
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
(A)
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em
3 e 4) – é indeterminada.

4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as


três representações possíveis:

(B)

3
A B

(C)
Todo A é B. É falsa.

Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e


2 – é indeterminada).

Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e


2 – é ideterminada).

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APOSTILAS OPÇÃO
(D)

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições


categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como
a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G,
02. Resposta: B então teremos diversas maneiras de representar graficamente os
três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela que é
verdadeira para quaisquer dessas representações. Para facilitar
instrutivo a solução da questão não faremos todas as representações
gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou
livro algumas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões),
se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra
implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a representação gráfica possível e passamos a testar somente as
situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Percebam alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o seguinte
como todos os elementos do diagrama “livro” estão inseridos desenho, em que fazemos duas representações, uma em que o
no diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito que conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e outra em que
algum livro é instrutivo. não há intersecção entre eles.

03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos


de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá visualizar
o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro
para fora. Teste das alternativas:
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando
Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após os desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa
fazermos o diagrama, este número vai no meio. é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
Passo 2: representações há elementos em A que não estão em G. Passemos
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só para o teste da próxima alternativa.
tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100 Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180 desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é,
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima: tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo a
alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto
é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo a
alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa
“A”.
Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil achara
as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica tocam: 05. Resposta: E.
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 = 160

04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições


categóricas:
- Alguns A são R
- Nenhum G é R
n = 20 + 7 + 8 + 9
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas n = 44
por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos SENTENÇAS
iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois
círculos separados, sem nenhum ponto em comum. Existem sentenças que não podem ser classificadas nem
como falsas, nem como verdadeiras. São as sentenças chamadas
sentenças abertas.

Exemplos

1. p( x) : x + 4 = 9
Como já foi visto, não há uma representação gráfica única
para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente a A sentença matemática x + 4 = 9 é aberta, pois existem
representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada infinitos números que satisfazem a equação. Obviamente,
abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão. apenas um deles, x = 5 , tornando a sentença verdadeira.
Porém, existem infinitos outros números que podem fazer com
que a proposição se torne falsa, como x = −5.

Raciocínio Lógico 26
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APOSTILAS OPÇÃO
A sentença é verificada por toda pessoa que satisfaz pelo
2. q( x) : x < 3 menos uma das duas condições.

Dessa maneira, na sentença x < 3 , obtemos infinitos valores - Negação


que satisfazem à equação. Porém, alguns são verdadeiros, como Analisando a sentença:
x = −2 , e outros são falsos, como x = +7. a) X é par
A negação(~) seria x não é par
SENTENÇAS ABERTAS ~x não é par ⇔x é ímpar.
Chama-se sentença aberta com uma variável em um
conjunto A ou apenas sentença aberta em A, uma expressão p(x) b) x tem mais de 30 anos.
tal que p(a) é falsa ou verdadeira para todo a ∈A. ~x tem mais de 30 anos
O conjunto verdade de uma sentença aberta p(x) em um
conjunto A, é definido como o conjunto de todos os elementos a Quer dizer que x tem menos de 30 anos.
∈A tais que p(a) é uma proposição verdadeira.
O conjunto verdade é representado por Vp: - Condicional
Vp={x|x∈A∧p(x) é verdadeiro} Dada as sentenças para todo número inteiro
X²-5x+6=0
Exemplo: X²-9=0
Seja a sentença aberta: x>7 em N. Ligando pelo conectivo:
O conjunto verdade é: x²-5x+6=0→x²-9=0
VP={x|x∈N ∧ x>7} = {8,9,10...}⊂N
A sentença é verificada por todo número inteiro diferente de
SENTENÇAS ABERTAS COM DUAS VARIÁVEIS 2, pois o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.
Dados dois conjuntos A e B, chama-se sentença aberta com Verificando:
duas variáveis em A x B ou apenas sentença aberta em A x B, 2²-5.(2)+6=0
uma expressão p(x,y) tal que p(a,b) é falsa ou verdadeira par 4-10+6=0
todo o par ordenado (a,b) ∈ A x B. 0=0 (V)
O conjunto A x B recebe o nome de conjunto-universo ou 2²-9=0
apenas universo das variáveis x e y, e qualquer elemento (a,b) de 4-9=0
AxB diz-se um par de valores das variáveis x e y. -5=0 (F)
Se (a,b) ∈ A x B é tal que p(a,b) é uma proposição verdadeira
(V), diz-se que (a,b) satisfaz ou verifica p(x,y). De modo geral, sejam p(x) e q(x) sentenças abertas em um
mesmo conjunto A. Ligando estas duas sentenças abertas pelo
Exemplos de sentenças abertas em A x B as seguintes conectivo(→), obtemos uma nova sentença aberta em A p(x)
expressões: →q(x) é verificada por todo elemento a ∈A tal que a condicional
a) x é menor que y(x<y) p(a) →q(a) é verdadeira.

o par (3,5) ∈ A x B satisfaz a sentença. - Bicondicional


Considerando as sentenças abertas em Z(número inteiros)
b) y é o dobro de x(y=2x) x>-5
x<0
o par ordenado (3,6) ∈ A x B. Pelo conectivo: x > -5 ↔ x < 0 (x é maior que -5 se e somente
se x for menor que 0)
Sentenças Abertas om n variáveis Essa sentença é verificada para todo número maior que -5 e
Consideremos os n conjuntos A1, A2,...An e o seu produto menor que 0.
cartesiano A1xA2x...An X=-4,-3,-2,-1
Chama-se sentença aberta com n variáveis em A1xA2x... Questões
An ou apenas sentença aberta em A1xA2x...An, uma expressão
p(x1,x2,...,xn) tal que p(a1,a2,..., an) é falsa ou verdadeira para toda 01. (INPI - Tecnologista em Propriedade Industrial
n-upla (a1,a2,...an) ∈ A1xA2x...An. – CESPE/2013) Um órgão público pretende organizar um
Chama-se conjunto verdade de uma sentença aberta programa de desenvolvimento de pessoas que contemple um
p(x1,x2,...,xn), em A1xA2x...An, o conjunto de todas as n-uplas conjunto de ações de educação continuada. Quando divulgou
(a1,a2,..., an) ∈ A1xA2x...An tais que p(x1,x2,...,xn) é uma proposição a oferta de um curso no âmbito desse programa, publicou, por
verdadeira. engano, um anúncio com um pequeno erro nos requisitos. Em
Vp={(x1,x2,...,xn)| x1 ∈ A1∧x2∈A2∧...∧xn∈An∧ p(x1,x2,...,xn) vez de “os candidatos devem ter entre 30 e 50 anos e possuir
mais de cinco anos de experiência no serviço público” (anúncio
OPERAÇÕES LÓGICAS 1), publicou “os candidatos devem ter entre 30 e 50 anos ou
- Conjunção possuir mais de cinco anos de experiência no serviço público”.
Considerando as sentenças abertas: Considere que X = o conjunto de todos os servidores do
X<8 x>5 x∈N órgão; A = o conjunto dos servidores do órgão que têm mais de
30 anos de idade; B = o conjunto dos servidores do órgão que
x>5 ∧x<8 têm menos de 50 anos de idade e C = o conjunto dos servidores
Para ser verdadeira ambas as sentenças, os valores de x só do órgão com mais de cinco anos de experiência no serviço
podem ser x=6,7 público. Sabendo que X, A, B, e C têm, respectivamente, 1.200,
800, 900 e 700 elementos, julgue os itens seguintes. Sejam p(x)
E essa conjunção também pode ser reescrita como: 5<x<8 e q(x) sentenças abertas com universo X dadas respectivamente
por “o servidor x tem entre 30 e 50 anos de idade” e “o servidor
- Disjunção x possui mais de cinco anos de experiência no serviço público”.
Considerando as sentenças: Então, se C é subconjunto de A∩B, então o conjunto verdade
X é escritor associado à sentença aberta p(x)→q(x) coincide com o conjunto
X é dentista universo X.
(A) Certo
Ligando pelo conectivo (B) Errado
X é escritor ∨ x é dentista

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APOSTILAS OPÇÃO
02. (PM/RR - Soldado da Polícia Militar – UERR/2013) fica bem determinado.
Uma sentença aberta pode ser transformada numa proposição P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um
se for atribuído valor a uma variável. Dada a sentença aberta conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer temos:
p(y): y2 > 10, assinale o valor a ser atribuído para tornar a Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a
proposição p(y) verdadeira: propriedade P é indicado por:
(A) x = 4 {x, tal que x tem a propriedade P}
(B) y = -2 Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou ain-
(C) y = 1 da :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
(D) x = 0 {x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
(E) y = 5 {x : x tem a propriedade P}

Respostas Exemplos
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
01. Resposta: A. - {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que
Se C é subconjunto de A∩B, então todos os servidores com {0, 1, 2, 3}
mais de 5 anos de experiência têm entre - {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que {0, 1}
30 e 50 anos de idade.
Logo, a sentença p(x)→q(x) é verdadeira. Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler
Mas, se o servidor escolhido tiver uma idade menor que 30 consiste em representar o conjunto através de um “círculo” de
anos ou maior que 50, mesmo sendo p(x) falsa, dada a tabela tal forma que seus elementos e somente eles estejam no “cír-
verdade, a sentença p(x) →q(x) tb será verdadeira. culo”.
Logo, para todas as idades dos servidores, a sentença p(x)
→q(x) será verdade. Exemplos
Sendo assim, o conjunto verdade associado à sentença - Se A = {a, e, i, o, u} então
aberta p(x)→q(x) coincide com o conjunto universo X.

02. Resposta: E.
Analisando as alternativas:
A) x = 4, errado pois não temos a variável x.
B) y = -2, errado, pois −22 = 4 < 10
C) y = 1, errado, pois 12 = 1 < 10
D) x = 0, não temos a variável x.
E) y = 5, correto. 52 = 25 > 10
- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
Conjuntos Primitivos

Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primi-


tivos, ou seja, não são definidos.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção
de livros são todos exemplos de conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elemen-
tos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um pei-
xe ou um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo
ser elemento de algum outro conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um feixe de Conjunto Vazio
retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é também con- Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Repre-
junto (de pontos). senta-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou, simplesmente
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas { }.
A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, y, Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/
..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por Exemplos
letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos) por
letras minúsculas. - 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1}
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência
que nos dá um relacionamento entre um elemento e um con- - 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4}
junto.
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x ∈ A - 0/ = {x | x ≠ x}
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.
Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x Subconjunto
∉A Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é também
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A. elemento de B, dizemos que A é um subconjunto de B ou A é a
parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A ⊂ B.
Como representar um conjunto Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B)
Pela designação de seus elementos: Escrevemos os elemen-
tos entre chaves, separando os por vírgula. Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto de B
ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em B.
Exemplos Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo menos,
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, um elemento de A que não é elemento de B.
6, 7 e 8. Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B)
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a, b
e m. Exemplos
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1, {2; - {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
3} e {3}. - {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4}
Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma pro- - {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6}
priedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A, este

Raciocínio Lógico 28
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APOSTILAS OPÇÃO
Inclusão e pertinência
A definição de subconjunto estabelece um relacionamento
entre dois conjuntos e recebe o nome de relação de inclusão (
⊂ ). Conjunto das partes
A relação de pertinência ( ∈ ) estabelece um relacionamento Dado um conjunto A podemos construir um novo conjunto
entre um elemento e um conjunto e, portanto, é diferente da re- formado por todos os subconjuntos (partes) de A. Esse novo
lação de inclusão. conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos (ou das partes)
Simbolicamente de A e é indicado por P(A).
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂ A
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A Exemplos
a) = {2, 4, 6}
Igualdade P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A}
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e in-
dicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B é b) = {3,5}
também subconjunto de A. P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B}
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, se- c) = {8}
gundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A. P(C) = { 0/ , C}
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e so-
mente se, possuem os mesmos elementos. d) = 0/
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto A ≠ P(D) = { 0/ }
B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é subcon-
junto de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou B ⊄ A Propriedades
Exemplos Seja A um conjunto qualquer e 0/ o conjunto vazio. Valem as
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos seguintes propriedades
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não deve ser
levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto fica 0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ }
determinado pelos elementos que o mesmo possui e não pela
ordem em que esses elementos são descritos. 0/ ⊂ A ⇔ 0/ A⊂ A⇔
- {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂ {2,2,2,4}. A ∈ P(A)
Isto nos mostra que a repetição de elementos é desnecessária.
∈ P(A)
- {a,a} = {a}
- {a,b = {a} ⇔ a= b Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos e, por-
- {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1) tanto, P(A) possui 2n elementos.

Número de Elementos da União e da Intersecção de Con- União de conjuntos


juntos A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto for-
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, mado por todos os elementos que pertencem a A ou a B. Repre-
podemos estabelecer uma relação entre os respectivos números senta-se por A ∪ B.
de elementos. Simbolicamente: A ∪ B = {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Exemplos
Note que ao subtrairmos os elementos comuns evitamos
que eles sejam contados duas vezes. - {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6}
- {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5}
Observações: - {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um φ
- {a,b} ∪ {a,b}
deles estiver contido no outro, ainda assim a relação dada será
verdadeira. Intersecção de conjuntos
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por
três ou mais conjuntos com a mesma eficiência. todos os elementos que pertencem, simultaneamente, a A e a B.
Observe o diagrama e comprove. Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B = {X | X ∈ A ou
X ∈ B}

Exemplos
- {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
- {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3}
- {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3}
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ

Raciocínio Lógico 29
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APOSTILAS OPÇÃO
Observação: Se A ∩ B= φ , dizemos que A e B são conjuntos lidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação
disjuntos. desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ganhou mais
de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo
com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país
ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.

Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado
por todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a
B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X ∈ A
e X ∉ B}
A análise adequada do diagrama permite concluir correta-
mente que o número de medalhas conquistadas por esse país
nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.
O conjunto A – B é também chamado de conjunto comple- Respostas
mentar de B em relação a A, representado por CAB.
Simbolicamente: CAB = A - B{X | X ∈ A e X ∉ B} 01. Resposta: B.
A ={0,1,2,3,4,5} e B = {1,2,3,5,6,7,8
Exemplos A união entre conjunto é juntar A e B:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2} {0,1,2,3,4,5,6,7,8} 
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} 02. Resposta: A.
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14} A “contém” B ou seja todos os números do conjunto A estão
no conjunto B.
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5} ⊂ = Contém 
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5} ∉ = não pertence
Observações: Alguns autores preferem utilizar o conceito de ∈ = Pertence
completar de B em relação a A somente nos casos em que B ⊂ A.
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto complementar 03. Resposta: D.
de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A ⇔ B = A – B = CAB` Pelo diagrama verifica-se o número de atletas que ganha-
Exemplos ram medalhas.
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então: No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 (por ser
a) A = {2, 3, 4} ⇒ A = {0, 1, 5, 6} 2 medalhas )e na intersecção das três medalhas (multiplica-se
b) B = {3, 4, 5, 6 } ⇒ B = {0, 1, 2} por 3).
c) C = φ ⇒ C = S Intersecções:

Número de elementos de um conjunto


Sendo X um conjunto com um número finito de elementos,
representa-se por n(X) o número de elementos de X. Sendo, ain-
da, A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de ele-
mentos temos: Somando as outras:
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B) 2+5+8+12+2+8+9=46
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B)
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B) CONJUNTOS NÚMERICOS
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B)
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N
Questões O conjunto dos números naturais é representado pela
letra maiúscula N e estes números são construídos com os
01. A união entre os conjuntos A ={ 0,1,2,3,4,5} e B = algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos
{1,2,3,5,6,7,8} é:  como algarismos indo-arábicos. Embora o zero não seja um
(A){0,1,2,3,5,6,7,8}  número natural no sentido que tenha sido proveniente de
(B){0,1,2,3,4,5,6,7,8}  objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um
(C) {1,2,3,4,5,6,7,8}  número natural uma vez que ele tem as mesmas propriedades
(D){0,1,2,3,4,5,6,8}  algébricas que estes números. As reticências (três pontos)
indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com
02 Considere os conjuntos A= {3,6,11,13,21} e B= infinitos números, N= {1,2,3,4,...}.
{2,3,4,6,9,11,13,19,21,23,26}. Sobre os conjuntos A e B podemos
afirmar que: Representação na reta numérica
(A)A ⊂  B
(B)9  ∉  B
(C)17 ∈ A
(D)A ⊃ B Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o
conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ...}
03 O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação Subconjuntos notáveis em N:
de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. 1 – Números Naturais não nulos
Sabe-se que esse país conquistou medalhas apenas em moda- N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}

Raciocínio Lógico 30
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APOSTILAS OPÇÃO
2 – Números Naturais pares Para Não esqucer:
Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
3 - Números Naturais ímpares - Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
- A divisão de um número natural n por zero não é
4 - Números primos possível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
P={2,3,5,7,11,13...} poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q =
0 o que não é correto!
Sucessor, antecessor e consecutivos.
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que Propriedades aplicadas Adição e da Multiplicação dos
vem depois do número dado), e antecessor (número que vem números Naturais
antes do número dado), considerando também o zero. Para todo a, b e c
Ex: 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois +c ) = ab + ac
números juntos são chamados números consecutivos. 8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração:
Ex: 1 e 2 são números consecutivos. a .(b –c) = ab –ac
Observação: No conjunto dos Números Naturais, o zero é o 9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de
único que não tem antecessor. um número natural por outro número natural, continua como
resultado um número natural.
Pares e ímpares
- Qualquer número par pode ser escrito na forma 2n (2 vezes Questões
n). Por exemplo o número 8, que é par e pode ser escrito como
2.4. Representamos o conjunto dos números pares por: 01. A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou
P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...} um sistema de recebimento por cartão eletrônico. Esse cartão
funciona como uma conta corrente: coloca-se crédito e vão
- Qualquer número ímpar pode ser escrito na forma 2n sendo debitados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo
+ 1, por exemplo o número 7, que é o mesmo que 2.3 + 1. toma lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores
Representamos o conjunto dos números ímpares por: no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu
I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...} consumo e os pagamentos na seguinte tabela:

Operações com Números Naturais

- Adição: a primeira operação fundamental da Aritmética


tem por finalidade reunir em um só número, todas as unidades
de dois ou mais números.
Ex: 5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

-Subtração: usada quando precisamos tirar uma quantia de No final do mês, Enzo observou que tinha
outra, é a operação inversa da adição. A operação de subtração (A) crédito de R$ 7,00.
só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do (B) débito de R$ 7,00.
menor, ou seja quando a - b tal que a ≥ b. (C) crédito de R$ 5,00.
Ex: 254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 (D) débito de R$ 5,00.
Subtraendo e 61 a diferença. (E) empatado suas despesas e seus créditos.
193 - 254 não é possível no conjunto dos Números
Naturais 02. José, funcionário público, recebe salário bruto de R$
Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o desconto de R$
subtraendo como subtrativo. 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o salário líquido
de José?
- Multiplicação: a operação que tem por finalidade adicionar (A) R$ 1800,00
o primeiro número denominado multiplicando ou parcela, (B) R$ 1765,00
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número (C) R$ 1675,00
denominadas multiplicador. (D) R$ 1665,00
Ex: 2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.
- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 03. O quociente entre dois números naturais é 10.
+ 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x” (vezes) utilizar o ponto “. “, Multiplicando-se o dividendo por cinco e reduzindo-se o divisor
para indicar a multiplicação). à metade, o quociente da nova divisão será:
(A) 2
- Divisão: dados dois números A, B ∈ N com (B) 5
(B≠0), define-se como divisão exata de A por B (C) 25
se existe um único número C ∈ n, tal que: A=B. (D) 50
C, ou seja, se o resto é nulo. (E) 100

04. Em uma loja, as compras feitas a prazo podem ser pagas


em até 12 vezes sem juros. Se João comprar uma geladeira no
valor de R$ 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
- Divisão não-exata (quociente aproximado): d x Q + R = D, (A) R$ 150,00.
fazemos uso desta propriedade. Lembrando que o R < d. (B) R$ 175,00.

Raciocínio Lógico 31
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(C) R$ 200,00.
(D) R$ 225,00.
Respostas

01. Resposta: B.
Crédito: 40 + 30 + 35 + 15 = 120
Débito: 27 + 33 + 42 + 25 = 127
120 – 127 = - 7 Números Opostos (ou simétricos): dois números inteiros
Ele tem um débito de R$ 7,00. são ditos opostos um do outro quando apresentam soma zero;
assim, os pontos que os representam distam igualmente da
02. Resposta: B. origem. Ex: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois
2000 – 200 = 1800 – 35 = 1765 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
O salário líquido de José é R$ 1.765,00. Obs.: O oposto de zero é o próprio zero.

03. Resposta: E. Operação com Números Inteiros


D= dividendo
d= divisor - Adição: para melhor entendimento desta operação,
Q = quociente = 10 associaremos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e
R= resto = 0 (divisão exata) aos números inteiros negativos a ideia de perder.
Equacionando: Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
D = d.Q + R Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
D = d.10 + 0 → D = 10d Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Pela nova divisão temos: Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado,
, isolando Q temos: mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

- Subtração : empregamos a subtração quando:


- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
04. Resposta: B. - Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma
delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
uma delas para atingir a outra.
Cada prestação será de R$175,00 A subtração é a operação inversa da adição.
Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z do maior número!!!
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião 4+5=9
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, 4 – 5 = -1
o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números,
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em alemão). ..., entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal
invertido, ou seja, é dado o seu oposto.

- Multiplicação: a multiplicação funciona como uma forma


simplificada de uma adição quando os números são repetidos.
Observamos que a multiplicação é um caso particular da adição
onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser
O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as
notáveis: letras.
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}; Z* = Z – {0} - Divisão:

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} - Divisão exata de números inteiros.
Veja o cálculo: (– 20): (+ 5) = q → (+ 5) . q = (– 20) →
- O conjunto dos números inteiros negativos: q = (– 4)
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} Logo: (– 20): (+ 5) = - 4

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa
ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
inteira. Representa-se o módulo por | |. - Não existe divisão por zero.
Ex: O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 - Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero
sempre positivo. é igual a zero.

Ex: 0: (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Raciocínio Lógico 32
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APOSTILAS OPÇÃO
Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão: Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números
*Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo. Inteiros
*Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre Para todo a, b e c
negativo. 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b +a
- Potenciação: a potência an do número inteiro a, é definida 3) Elemento neutro da adição : a + 0 = a
como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado 4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
a base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é 5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
multiplicado por a n vezes 6) Comutativa da multiplicação : a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b
+c ) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração:
a .(b –c) = ab –ac
Exemplos: 10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z
33 = (3) x (3) x (3) = 27 diferente de zero, existe um inverso
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1
11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de
- Toda potência de base positiva é um número inteiro um número natural por outro número natural, continua como
positivo. Ex: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 resultado um número natural.
- Toda potência de base negativa e expoente par é um
número inteiro positivo. Ex: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 Questões
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um
número inteiro negativo. Ex: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 01. Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a
respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos
Propriedades da Potenciação: utilizados em atividades educativas, bem como da preservação
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas”
a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9 e “atitudes negativas”, no entendimento dos elementos do
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva- grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas atitudes como
se a base e subtraem-se os expoentes. (-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude
= (-13)2 positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se um jovem classificou
3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam- como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de
se os expoentes. [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10 pontos atribuídos foi
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-8)1 = (A) 50.
-8 e (+70)1 = +70 (B) 45.
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É (C) 42.
igual a 1. (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1 (D) 36.
(E) 32.
- Radiciação: a raiz n-ésima (de ordem n) de um número
inteiro a é a operação que resulta em outro número inteiro não 02. Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
negativo b que elevado à potência n fornece o número a. quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00
Na aquisição dos produtos, conforme as condições
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido
Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número será de:
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. (A) R$ 84,00
Quando no radical não houver especificando o índice, o (B) R$ 74,00
mesmo é 2, também conhecido como raiz quadrada. (C) R$ 36,00
(D) R$ 26,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos (E) R$ 16,00
e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3 03. Multiplicando-se o maior número inteiro menor do
Observamos que não existe um número inteiro não negativo que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado
que multiplicado por ele mesmo resulte em um número negativo. encontrado será
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a (A) - 72
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao (B) - 63
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos (C) - 56
cálculos somente aos números não negativos. (D) - 49
Exemplos: (E) – 42
(a) 3 8 = 2, pois 2³ = 8.
04. Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus obtiveram os
(b) 3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8. seguintes resultados:

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto


de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de Ao término dessas quatro partidas,
qualquer número inteiro. (A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.

Raciocínio Lógico 33
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APOSTILAS OPÇÃO
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos. é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto
(D) Carla e Mateus empataram. pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas
decimais do número decimal dado:
Respostas
0,9 =
01. Resposta: A.
50-20=30 atitudes negativas 0,005 = =
20.4=80
30.(-1)=-30 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para
80-30=50 tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns
exemplos: Exemplos:
02. Resposta: D. 1) Seja a dízima 0, 333....
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041 Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, 3) → então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
extrapola o orçamento numerador o período.
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior
quantidade gasta possível dentro do orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
03. Resposta: D.
Maior inteiro menor que 8 é o 7 2) Seja a dízima 5, 1717....
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7. O período que se repete é o 17, logo dois noves no
Portanto: 7⋅(- 7) = - 49 denominador (99). Observe também que o 5 é a parte inteira,
logo ele vem na frente:
04. Resposta: C.
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos → temos uma fração mista,tranformando → (5.99+17)
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos = 512, logo∶
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q m Neste caso para transformarmos uma dízima periódi-
Um número racional é o que pode ser escrito na forma n , ca simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no de-
onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente nominador para cada quantos dígitos tiver o período da
de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão dízima.
de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser 3) Seja a dízima 1, 23434...
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão pela O número 234 é a junção do ante período com o período.
qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Neste caso temos um dízima periódica é composta, pois existe
Q. Assim,mé comum encontrarmos na literatura a notação: uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
Q = { n : m e n em Z, n diferente de zero} temos um ante período (2) e o período (34). Ao subtrairmos
deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que
correspondem ao período, neste caso 99(dois noves) – e pelo
dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o ante
período, neste caso 0(um zero).

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:


- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz da
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos; dízima 1, 23434...
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos. Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
representa esse número ao ponto de abscissa zero.
Representação Decimal das Frações
p
Tomemos um número racional q , tal que p não seja múltiplo
de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar a divisão
do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um
número finito de algarismos. Decimais Exatos: 2 = 0,4
5
Ex: Módulo de – é . Indica-se =
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos
algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente
Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas: = 0,333...
Números Opostos ou simétricos: dizemos que – 3/2 e 3/2
são números racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o
oposto do outro. As suas distâncias a origem são iguais.
Representação Fracionária dos Números Decimais
Trata-se do problema inverso: estando o número racional
Inverso de um Número Racional
escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de
fração. Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador

Raciocínio Lógico 34
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APOSTILAS OPÇÃO
Representação geométrica dos Números Racionais - Potenciação: a potência qn do número racional q é um
produto de n fatores iguais. O número q é denominado a base e
o número n é o expoente.
Ex:  2 3  2   2   2  8
  =  . .  =
5  5   5   5  125

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem - Propriedades da Potenciação:


infinitos números racionais. 1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

Operações com Números Racionais


- Soma (Adição): como todo número racional é uma fração 2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma
de frações, através de: b d
a c ad + bc 3) Toda potência com expoente negativo de um número
+ =
b d bd racional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base
igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do
- Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a expoente anterior.
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto
é: p – q = p + (–q)
a c ad − bc
− = 4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal
b d bd
da base.
Observação: Fazemos o mmc entre os denominadores (b,d)
tanto para a adição quanto para subtração.

- Multiplicação (Produto): como todo número racional 5) Toda potência com expoente par é um número positivo.
é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração,
definimos o produto de dois números racionais a e c , da
b d
mesma forma que o produto de frações, através de:
a c ac 6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir
× = um produto de potências de mesma base a uma só potência,
b d bd
conservamos a base e somamos os expoentes.
Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos
obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números
com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois números 7) Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
com sinais diferentes é negativo. um quociente de potências de mesma base a uma só potência,
conservamos a base e subtraímos os expoentes.
Propriedades da Adição e Multiplicação de Números 3 3 3 3 3
Racionais 5 2 . . . . 5− 2 3
3 3
:
    = 2 2 2 2 2 =  3  =  3 
1) Fechamento: O conjunto Q é fechado para a operação de 2 2 3 3 2 2
adição e multiplicação, isto é, a soma e a multiplicação de dois .
2 2
números racionais ainda é um número racional.
8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
2) Associativa da adição: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c )
potência a uma potência de um só expoente, conservamos a base
=(a+b)+c
e multiplicamos os expoentes.
3) Comutativa da adição: Para todos a, b em Q: a + b = b + a 3
4) Elemento neutro da adição: Existe 0 em Q, que adicionado  1  2  2 2
1 1 1
2
1
2+ 2+ 2
1
3+ 2
1
6

a todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q    =   .  .  =   =  = 


 2   2 2 2 2 2 2
5) Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que ou
q + (–q) = 0 3
6) Associativa da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × (  1  2
 1
3.2
1
6

   =  = 
b×c)=(a×b)×c  2   2 2
7) Comutativa da multiplicação: Para todos a, b em Q: a × b
=b×a - Radiciação: se um número representa um produto de
8) Elemento neutro da multiplicação: Existe 1 em Q, que dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do
multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: número.
q×1=q Exemplos: 1
2
a 1 1 1
9) Elemento inverso da multiplicação: Para todo q = b em Q, 1) 1/9 Representa o produto 3 . 3 ou  3  .Logo, 3 é a raiz
q diferente de zero, existe : quadrada de 1/9.
b a 1 1
q-1 = a em Q: q × q-1 = 1 x =1 Indica-se 9
= 3
b x<3
10) Distributiva da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a × 2) 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo,
(b+c)=(a×b)+(a×c) 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o
Divisão(Quociente): a divisão de dois números racionais número zero ou um número racional positivo. Logo, os números
p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1 O número -100/9 não tem raiz quadrada em Q, pois tanto
-10/3 como +10/3, quando elevados ao quadrado, dão 100/9.
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado perfeito.
Observe que na divisão de duas frações, conservamos a O número 2/3 não tem raiz quadrada em Q, pois não existe
primeira e multiplicamos pelo inverso da segunda fração. número racional que elevado ao quadrado dê 2/3.

Raciocínio Lógico 35
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS - I
Os números racionais, são aqueles que podem ser escritos na
01. Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua forma de uma fração a/b onde a e b são dois números inteiros,
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática com a condição de que  b  seja diferente de zero, uma vez que
como favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo sabemos da impossibilidade matemática da divisão por zero.
assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como Vimos também, que todo número racional pode ser escrito
disciplina favorita? na forma de um número decimal periódico, também conhecido
(A) 1/4 como dízima periódica.
(B) 3/10 Vejam os exemplos de números racionais a seguir:
(C) 2/9 3 / 4 = 0,75 = 0, 750000...
(D) 4/5 - 2 / 3 = - 0, 666666...
(E) 3/2 Existe, entretanto, outra classe de números que não podem
ser escritos na forma de fração a/b, conhecidos como números
02. Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma irracionais. 
delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto Ex: O número real abaixo é um número irracional, embora
de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco? pareça uma dízima periódica: x = 0,10100100010000100000...
(A) R$ 40,00 Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a
(B) R$ 42,00 cada passo. Existem infinitos números reais que não são dízimas
(C) R$ 44,00 periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:
(D) R$ 46,00 e = 2,718281828459045...,
(E) R$ 48,00 Pi (π) = 3,141592653589793238462643...
Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas
03. De um total de 180 candidatos, 2/5 estudam inglês, como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade, previsão
2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda populacional, etc.
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é:
(A) 6. Classificação dos Números Irracionais
(B) 7. Existem dois tipos de números irracionais:
(C) 8. - Números reais algébricos irracionais: são raízes de
(D) 9. polinômios com coeficientes inteiros. Todo número real que
(E) 10. pode ser representado através de uma quantidade finita de
somas, subtrações, multiplicações, divisões e raízes de grau
04. Em um estado do Sudeste, um Agente de Apoio inteiro a partir dos números inteiros é um número algébrico,
Operacional tem um salário mensal de: salário­base R$ 617,16 e por exemplo:
uma gratificação de R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas
extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e foi
descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos
(A) R$ 810,81. que não podem ser expressos através de radicais, conforme
(B) R$ 821,31. o teorema de Abel-Ruffini.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91. - Números reais transcendentes: não são raízes de
(E) R$ 870,31. polinômios com coeficientes inteiros. Várias constantes
matemáticas são transcendentes, como  pi  (π) e o  número de
Respostas Euler  (e). A definição mais genérica de números algébricos e
transcendentes é feita usando-se números complexos.
01. Resposta: B.
Somando português e matemática: Identificação de números irracionais:
- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
O que resta gosta de ciências: - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
02. Resposta: B. - A soma de um número racional com um número irracional
8,3 ∙ 7 = 58,1 é sempre um número irracional.
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 - A diferença de dois números irracionais, pode ser um nú-
reais mero racional.
Troco:100 – 58 = 42 reais
Exemplos:
03. Resposta: C. 1) √3 - √3 = 0 e 0 é um número racional.
- O quociente de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
Mmc(3,5,9)=45 2) √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
3) √5 . √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.
O restante estuda alemão: 2/45 - A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto
dos números racionais, resulta num conjunto denominado
conjunto R dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o
04. Resposta: D. conjunto dos números irracionais, não possui elementos comuns
salário mensal: 617,16 + 185,15 = 802,31 e, portanto,  é igual ao conjunto vazio (∅). Simbolicamente,
horas extras: 8,5 ∙ 8 = 68 teremos:
mês passado: 802,31 + 68,00 - 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

Raciocínio Lógico 36
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APOSTILAS OPÇÃO
02. Resposta: D.
S=15√2+15√8 → √8=2√2 → S=15√2+30√2=45√(2 )
S= √452 . 2 → S=√4050

03. Resposta: D.
(2√2 + 1) ∙ (√2 - 1) = 2(√2)2 - 2√2 + √2 - 1 = 4 - √2 - 1 = 3 - √2

04. Resposta: A.
Q∪I=R Vamos testar as alternativas:
Q ∩ I = ∅ A) √6 .√24- √3 .√12= √(6 .24)- √(3 .12)= √144- √36=12-
6=6
Questões
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R
01. Considere as seguintes afirmações: O conjunto dos números reais R é uma expansão do
I. Para todo número inteiro x, tem-se conjunto dos números racionais que engloba não só os inteiros
e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os
números irracionais.
Assim temos:
R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional,
II. não irracional, e vice-versa).
Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama
III. Efetuando-se (∜(6+2√5) )x(∜(6-2√5)) obtém-se um abaixo:
número maior que 5.
Relativamente a essas afirmações, é certo que
(A) I,II, e III são verdadeiras.
(B) Apenas I e II são verdadeiras.
(C) Apenas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas uma é verdadeira.
(E) I,II e III são falsas.

02. A soma S é dada por: S=√2+√8+2√2+2√8+3√2+3√8+4


√2+4√8+5√2+5√8
Dessa forma, S é igual a
(A) √90
O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos
(B) √405
importantes:
(C) √900
- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
(D) √4050
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x
(E) √9000
≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
03. O resultado do produto: (2√2+1)∙(√2-1) é:
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
(A) √2-1
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}
(B) 2
(C) 2√2
Representação Geométrica dos números reais
(D) 3-√2

04. Sejam os números irracionais: x = √3, y = √6, z = √12


e w = √24. Qual das expressões apresenta como resultado um
número natural?
(A) yw – xz. Propriedades
(B) xw + yz. É válido todas as propriedades anteriormente vistos nos
(C) xy(w – z). outros conjuntos, assim como os conceitos de módulo, números
(D) xz(y + w). opostos e números inversos (quando possível).

Respostas Ordenação dos números Reais


A representação dos números Reais permite definir uma
01. Resposta: B. relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
maiores que zero e os negativos, menores.  Expressamos a
I relação de ordem da seguinte maneira:  Dados dois números
Reais a e b, 
a≤b↔b–a≥0

Operações com números Reais


Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de
II intervalos fixos que determinam um número Real. É assim que
vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação e
divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de recomendações
10x = 4,4444... → - x = 0,4444..... → 9x = 4 → x = 4/9 úteis para operar com números Reais.

Intervalos reais
O conjunto dos números reais possui também subconjuntos,
III denominados intervalos, que são determinados por meio de
∜(62-20)=∜16=2 desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

Raciocínio Lógico 37
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APOSTILAS OPÇÃO
(A) 36.
(B) 57.
(C) 78.
(D) 92.
Respostas

01. Resposta: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15 → x = 3806 / 2 → x = 1903
* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15
2.x = 1903 + 15 → x = 1918 / 2 → x = 959
* 2ª partida: 959 = 2.x – 15
2.x = 959 + 15 → x = 974 / 2 → x = 487
Observe o exemplo: * 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2.x = 487 + 15 → x = 502 / 2 → x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 = 8.

02. Resposta: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.
a) Às vezes, aparecem situações em que é necessário
registrar numericamente variações de valores em sentidos 03. Resposta: A.
opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as
medidas de temperatura ou reais em débito ou em haver etc...
Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o
lado direito (positivos) como para o lado esquerdo (negativos), 04. Resposta: D.
são chamados números relativos. Vamos chamar as retiradas de r, s e w: e de T o total de
b) Valor absoluto de um número relativo é o valor do número lâmpadas. Precisamos calcular os múltiplos de 3, 5 e de 7,
que faz parte de sua representação, sem o sinal. separando um múltiplo menor do que 100 que sirva nas três
c) Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, equações abaixo:
diferindo apenas o sinal. De 3 em 3: 3 . r + 2 = Total
Questões De 5 em 5: 5 . s + 2 = Total
De 7 em 7: 7 . w + 1 = Total
01. Mário começou a praticar um novo jogo que adquiriu Primeiramente, vamos calcular o valor de w, sem que o total
para seu videogame. Considere que a cada partida ele conseguiu ultrapasse 100:
melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15 pontos a 7 . 14 + 1 = 99, mas 3 . r + 2 = 99 vai dar que r = 32,333... (não
menos que o dobro marcado na partida anterior. Se na quinta convém)
partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos algarismos 7 . 13 + 1 = 92, e 3 . r + 2 = 92 vai dar r = 30 e 5 . s + 2 = 92
da quantidade de pontos adquiridos na primeira partida foi vai dar s = 18.
igual a
(A) 4. Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
(B) 5. IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos
(C) 7. e Funções
(D) 8. http://mat.ufrgs.br
(E) 10.
Divisão Proporcional
02. Considere m um número real menor que 20 e avalie as
afirmações I, II e III: Uma forma de divisão no qual determinam-se valores(a,b,c,..)
I- (20 – m) é um número menor que 20. que, divididos por quocientes(x,y,z..) previamente determinados,
II- (20 m) é um número maior que 20. mantêm-se uma razão que não tem variação.
III- (20 m) é um número menor que 20.
É correto afirmar que: Divisão Diretamente Proporcional
A) I, II e III são verdadeiras.
B) apenas I e II são verdadeiras. - Divisão em duas partes diretamente proporcionais
C) I, II e III são falsas. Para decompor um número M em duas partes A e B
D) apenas II e III são falsas. diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com
duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das partes
03. Na figura abaixo, o ponto que melhor representa a seja A + B = M, mas
diferença 3/4 - 1/2 na reta dos números reais é:

A solução segue das propriedades das proporções:


(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S. O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B =
K.q
04. Uma caixa contém certa quantidade de lâmpadas. Ao
retirá-las de 3 em 3 ou de 5 em 5, sobram 2 lâmpadas na caixa. Exemplos:
Entretanto, se as lâmpadas forem removidas de 7 1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B
em 7, sobrará uma única lâmpada. Assinale a alternativa diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de
correspondente à quantidade de lâmpadas que há na caixa, modo que A + B = 200, cuja solução segue de:
sabendo que esta comporta um máximo de 100 lâmpadas.

Raciocínio Lógico 38
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APOSTILAS OPÇÃO

Fazendo A = K.p  e  B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = - 360.
B=40.3 = 120 Também existem proporções com números negativos.

2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a Divisão Inversamente Proporcional


8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
este problema basta tomar A – B = 40 e escrever: - Divisão em duas partes inversamente proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a
Fazendo A = K.p  e  B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q.
8.3 = 24 Assim basta montar o sistema com duas equações e duas
incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:
3) Repartir dinheiro proporcionalmente às vezes dá até briga.
Os mais altos querem que seja divisão proporcional à altura.
Os mais velhos querem que seja divisão proporcional à idade.
Nesse caso, Roberto com 1,75 m e 25 anos e Mônica, sua irmã,
com 1,50 m e 20 anos precisavam dividir proporcionalmente O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.
a quantia de R$ 29.250,00. Decidiram, no par ou ímpar, quem
escolheria um dos critérios: altura ou idade. Mônica ganhou e
decidiu a maneira que mais lhe favorecia. O valor, em reais, que Exemplos:
Mônica recebeu a mais do que pela divisão no outro critério, é 1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B
igual a inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema
A) 500. tal que A + B = 120, de modo que:
B) 400.
C) 300.
D) 250.
E) 50. Assim A = K/p  A = 144/2 = 72 e B = K/q  B = 144/3 = 48

Resolução: 2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais a


Pela altura: 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para resolver
R + M = 29250 este problema, tomamos A – B = 10. Assim:

Mônica:1,5.9000=13500 Assim A = K/p  A = 240/6 = 40 e B = K/q  B = 240/8 = 30


Pela idade:
- Divisão em várias partes inversamente proporcionais
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este
Mônica:20.650 = 13000 número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a
13500 – 13000 = 500 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
Resposta A
- Divisão em várias partes diretamente proporcionais A montagem do sistema com n equações e n incógnitas,
Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 +
... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
Cuja solução segue das propriedades das proporções:

A solução segue das propriedades das proporções:


Exemplos:
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão em inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
duas partes proporcionais. sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C =
220. Desse modo:
Exemplos:
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um sistema
com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240 e 2 + 4 + A solução é A = K/p1  A = 240/2 = 120, B = K/p2  B =
6 = P. Assim: 240/4 = 60 e C = K/p3  C = 240/6 = 40

2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais


a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as
Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120 proporções:

2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais a


2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
A solução segue das propriedades das proporções: logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13
Existem proporções com números fracionários!

Raciocínio Lógico 39
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APOSTILAS OPÇÃO
 Divisão em partes direta e inversamente  Problemas envolvendo Divisão Proporcional
proporcionais 1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma
casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao número
- Divisão em duas partes direta e inversamente de pessoas de cada família. Na família de Alda são três pessoas
proporcionais e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi de R$
Para decompor um número M em duas partes A e B 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda?
diretamente proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais A) 320,00
a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B) 410,00
B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta montar um C) 450,00
sistema com duas equações e duas incógnitas de forma que A + D) 480,00
B = M e além disso: E) 520,00
Resolução:
Alda: A = 3 pessoas
Berta: B = 5 pessoas
A + B = 1280
O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B =
K.d/q.

Exemplos: A = K.p = 160.3 = 480


1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B Resposta D
diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente proporcionais
a 5 e 7, deve-se montar as proporções: 2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no trans-
porte de 21 caixas que continham equipamentos elétricos. Para
executar essa tarefa, eles dividiram o total de caixas entre si, na
razão inversa de suas respectivas idades. Se ao mais jovem, que
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30 tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas, então, a idade do aju-
dante mais velho, em anos era?
2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a A) 32
4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a B) 34
diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta C) 35
escrever que A – B = 21 resolver as proporções: D) 36
E) 38

Resolução:
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27 v = idade do mais velho
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais
- Divisão em n partes direta e inversamente novo:
proporcionais Qn = 12
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn Pela regra geral da divisão temos:
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente Qn = k.1/24  12 = k/24  k = 288
proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – 12
n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., =9
pn/qn. Pela regra geral da divisão temos:
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige Qv = k.1/v  9 = 288/v  v = 32 anos
que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso Resposta A
3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos de
idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi dividido
entre elas, em quantidades inversamente proporcionais às suas
A solução segue das propriedades das proporções: respectivas idades. Qual o número de processos recebido pela
mais jovem?
A) 90
B) 80
C) 60
Exemplos: D) 50
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B E) 30
e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3 Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes inver-
equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que: samente proporcionais, para a resolução da mesma temos que:

Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =


40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.
2) Determinar números A, B e C diretamente proporcionais
a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 e 5, de modo que
2A + 3B - 4C = 10. Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente:
A montagem do problema fica na forma: p = 20 anos (funcionária de menor idade)
q = 30 anos
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada
uma ficará com A e B partes que totalizam 150:
A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C = A + B = 150 processos
K.p3/q3 = 40/69

Raciocínio Lógico 40
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APOSTILAS OPÇÃO
A = k/p  A = 1800 / 20  A = 90 processos. MAIS funcionários
Nº de funcionário x
Inversa contratados exigem MENOS
Questões tempo
tempo de trabalho
01. Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre MAIS eficiência (dos
Nº de funcionário x
três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são de Inversa funcionários) exige MENOS
eficiência
5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de: funcionários contratados
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00 Quanto MAIOR o grau de
(C) R$ 360.000,00 Nº de funcionário x dificuldade de um serviço,
Direta
(D) R$ 400.000,00 grau dificuldade MAIS funcionários deverão
(E) R$ 350.000,00 ser contratados

02. Quatro funcionários dividirão, em partes diretamente MAIS serviço a ser


proporcionais aos anos dedicados para a empresa, um bônus Serviço x tempo Direta produzido exige MAIS tempo
de R$36.000,00. Sabe-se que dentre esses quatro funcionários para realiza-lo
um deles já possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos Quanto MAIOR for a
trabalhados, outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá Serviço x eficiência Direta eficiência dos funcionários,
direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, MAIS serviço será produzido
o número de anos dedicados para a empresa, desse último
funcionário citado, é igual a Quanto MAIOR for o grau de
Serviço x grau de dificuldade de um serviço,
(A) 5. Inversa
(B) 7. dificuldade MENOS serviços serão
(C) 2. produzidos
(D) 3. Quanto MAIOR for a
(E) 4. eficiência dos funcionários,
Tempo x eficiência Inversa MENOS tempo será
03. Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de necessário para realizar um
reais para a construção de três escolas de educação infantil. A determinado serviço
área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500
m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é Quanto MAIOR for o grau de
diretamente proporcional a área a ser construída. dificuldade de um serviço,
Tempo x grau de
Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com Direta MAIS tempo será necessário
dificuldade
1.500 m² é, em reais, igual a para realizar determinado
(A) 22,5 milhões. serviço
(B) 13,5 milhões.
(C) 15 milhões. Exemplos:
(D) 27 milhões. 1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de
(E) 21,75 milhões. álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
Respostas álcool.
01. Resposta: C. Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
5x + 8x + 12x = 750.000 consumido.
25x = 750.000 Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
x = 30.000 mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
O mais velho receberá: 12⋅30000=360000 correspondem em uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
02. Resposta: D.
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000 180 15
15x = 30000 210 x
x = 2000 Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se vamos colocar uma flecha:
dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
Distância (km) Litros de álcool
03. Resposta: A.
1500x + 1200x + 900x = 54000000
3600x = 54000000
180 15
x = 15000
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5 milhões.
210 x

Referências Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de


http://pessoal.sercomtel.com.br álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que
REGRA DE TRÊS SIMPLES estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou “litros de álcool”:
inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de Distância (km) Litros de álcool
um processo prático, chamado regra de três simples.

Vejamos a tabela abaixo: 180 15


Grandezas Relação Descrição 210 x
MAIS funcionários
Nº de funcionário x
Direta contratados demanda MAIS As setas estão no mesmo sentido
serviço
serviço produzido

Raciocínio Lógico 41
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APOSTILAS OPÇÃO
Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
Velocidade (km/h) Tempo (s)
como 180 e 210 podem ser simplificados por 30,
temos: 180 20
300 x
multiplicando cruzado(produto do meio pelos
extremos) → 6x = 7 . 15
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são
inversamente proporcionais aos números 20 e x.
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Daí temos:
2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu
gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a velocidade
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em
para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?
300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso.
Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de
espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha,
O processo usado para resolver problemas que envolvem
temos:
mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
Velocidade (km/h) Tempo (h) proporcionais, é chamado regra de três composta.
Exemplos:
50 7 1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em quanto
80 x tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam 300 dessas
peças?
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
colocar uma flecha: grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas de
espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha.
Velocidade (km/h) Tempo (h) Na coluna em que aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma
flecha:
50 7 Máquinas Peças Dias
80 x
8 160 4
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica
6 300 x
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema,
esse fato é indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna “tempo”: As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais.
No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
Velocidade (km/h) Tempo (h) “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna
“dias”:
50 7 Máquinas Peças Dias
80 x
8 160 4
As setas estão em sentido contrário
6 300 x

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das


Mesmo sentido
flechas. Assim, temos:

, invertemos este lado → →7.5=8.x→x= As grandezas máquinas e dias são inversamente


→ x = 4,375 horas proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no
minutos), então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
aproximadamente.
Máquinas Peças Dias
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz 8 160 4
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300
km/h, que tempo teria gasto no percurso? 6 300 x

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Sentido contrários
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade
(180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo Agora vamos montar a proporção, i+gualando a razão que
(20 s e x s). 4
contém o x, que é x , com o produto das outras razões, obtidas
segundo a orientação das flechas  6 . 160  :
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os  8 300 
outros três.

Raciocínio Lógico 42
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APOSTILAS OPÇÃO
De acordo com essas informações, o número de casos
registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, teve
Simplificando as proporções obtemos: um aumento em relação ao número de casos registrados em
2007, aproximadamente, de
(A) 70%.
Resposta: Em 10 dias. (B) 65%.
(C) 60%.
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar (D) 55%.
uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de serviço, (E) 50%.
apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados
ainda devem ser contratados para que a obra seja concluída no 02. Um título foi pago com 10% de desconto sobre o valor
tempo previsto? total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto
afirmar que o valor total desse título era de
Em de ano foi pavimentada de estrada. (A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. (C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
Pessoas Estrada Tempo (E) R$ 360,00.

03. Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e sete


210 75 4 mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o
x 225 8 valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o carro
em questão?
(A) R$24.300,00
(B) R$29.700,00
Sentido contrários (C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente (E) R$36.000,00
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado 04. Em um mapa, cuja escala era 1:15.104, a menor distância
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido contrário entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12
ao da flecha da coluna “pessoas”: centímetros. Isso significa que essa distância, em termos reais,
é de aproximadamente:
Pessoas Estrada Tempo (A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
210 75 4 (C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.
x 225 8
Respostas
Mesmo sentido
01. Resposta: E.
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente Utilizaremos uma regra de três simples:
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado colocando- ano %
se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha 11442 ------- 100
da coluna “pessoas”: 17136 ------- x

11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%


(aproximado)
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = 149,8% – 100% = 49,8%
105 pessoas. Aproximando o valor, teremos 50%
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
02. Resposta: C.
Questões Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00
equivale a 90% (100% - 10%).
01. Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou Utilizaremos uma regra de três simples:
a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na $ %
cidade de Campinas. 315 ------- 90
x ------- 100
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90%
do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

=  =  9.x = 27000.10  9x =
270000  x = 30000.

04. Resposta: C.
equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa,
teremos 150.000 cm no tamanho real. Assim, faremos uma regra
de três simples:
mapa real

Raciocínio Lógico 43
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APOSTILAS OPÇÃO
1 --------- 150000 Você deve lembrar que em matemática a palavra de indica
12 --------- x uma multiplicação, logo para calcularmos 12% de R$ 540,00
1.x = 12 . 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km devemos proceder da seguinte forma:
12 6480
Porcentagem 12% de 540 = . 540 = = 64,8 ; logo 12% de R$
100
540,00 é R$ 64,80 100
Diariamente jornais, TV, revistas apresentam notícias que Ou
envolvem porcentagem; em um passeio pelo comércio de nossa 0,12 de 540 = 0,12 . 540 = 64,8 (nos dois métodos encontra-
cidade vemos cartazes anunciando mercadorias com desconto mos o mesmo resultado)
e em boletos bancários também nos deparamos com porcenta- Utilizaremos nosso conhecimento com porcentagem pra a
gens. resolução de problemas.
A porcentagem é de grande utilidade no mercado financei- Ex: 1. Sabe-se que 20% do número de pessoas de minha
ro, pois é utilizada para capitalizar empréstimos e aplicações, sala de aula são do sexo masculino. Sabendo que na sala existem
expressar índices inflacionários e deflacionários, descontos, 32 meninas, determine o número de meninos.
aumentos, taxas de juros, entre outros. No campo da Estatística Resolução: se 20% são homens então 80% são mulheres e x
possui participação ativa na apresentação de dados comparati- representa o nº total de alunos, logo: 80% de x = 32 ⇒ 0,80 .
vos e organizacionais. x = 32 ⇒ x = 40
É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos Resp: são 32 meninas e 8 meninos
ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre
tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos: 2. Em uma fábrica com 52 funcionários, 13 utilizam bici-
A gasolina teve um aumento de 15% cletas como transporte. Expresse em porcentagem a quantidade
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00 de funcionários que utilizam bicicleta.
O funcionário recebeu um aumento de 10% em seu salário. Resolução: Podemos utilizar uma regra de três simples.
Significa que em cada R$100 foi dado um aumento de 52 funcionários .............................100%
R$10,00 13 funcionários ............................. x%
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesi- 52.x = 13.100
mais ou taxas percentuais. 52x = 1300
Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa per- x= 1300/52
centual a um determinado valor. É representado por uma fração x = 25% 
de denominador 100 ou em número decimal. Portanto, 25% dos funcionários utilizam bicicletas. 
Podemos também resolver de maneira direta dividindo o nº
1 de funcionários que utilizam bicicleta pelo total de funcionários
25
Ex: 25% = 100 = 0,25 = 4 (fração irredutível) ⇒ 13 : 52 = 0,25 = 25%

Porcentagem na forma decimal Questões

43% = 43/100 = 0,43, então 0,43 corresponde na forma de- 01 (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - TÉCNICO EM INFORMÁ-
cimal a 43% TICA – AOCP)
0,7 = 70/100= 70% Uma loja de camisas oferece um desconto de 15% no total da
compra se o cliente levar duas camisas. Se o valor de cada camisa
  Importante:Fator de Multiplicação. é de R$ 40,00, quanto gastará uma pessoa que aproveitou essa
Se há um acréscimo de 10% a um determinado valor, oferta?
podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse (A) R$ 68,00.
valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo (B) R$ 72,00.
for de 30%, multiplicamos por 1,30, e assim por diante. Veja: (C) R$ 76,00.
(D) R$ 78,00.
Fator de Multiplica-
Acréscimo (E) R$ 80,00.
ção
11% 1,11 02 (EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTI-
CA – IADES)
15% 1,15 Um salário de R$ 750,00 teve um aumento de R$ 68,50 e ou-
20% 1,20 tro salário de R$ 1.200,00 teve um aumento de R$ 108,00. Per-
centualmente, é correto afirmar que o(s)
65% 1,65 (A) salário menor teve maior aumento percentual.
87% 1,87 (B) salário maior teve um aumento superior a 9%.
  (C) salário maior teve maior aumento percentual.
Ex: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 . (D) salário menor teve um aumento superior a 8% e inferior
1,10 = R$ 11,00 a 9%.
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será: (E) os dois salários tiveram aumentos percentuais iguais.
Fator de Multiplicação =  1 - taxa de desconto (na forma deci-
mal). Veja: 03 (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP)
Lúcia é dona de uma pequena loja de roupas e, para aumen-
Desconto Fator de Multiplicação tar as vendas, ela deu um desconto excelente em todas as peças
da loja. Se ela costumava vender em média 40 peças de roupas
12% 0,88 por dia, e com a promoção esse número subiu 30%, quantas pe-
ças de roupa em média Lúcia passou a vender?
26% 0,74 (A) 52.
36% 0,64 (B) 50.
(C) 42.
60% 0,40 (D) 28.
90% 0,10 (E) 12.

Ex: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 . 04(EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – ANALISTA ADMINIS-
0,90 = R$ 9,00 TRATIVO – ADMINISTRAÇÃO – AOCP) Quando calculamos
32% de 650, obtemos como resultado

Raciocínio Lógico 44
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APOSTILAS OPÇÃO
(A) 198. a) 2,53 x 101 = 25,3
(B) 208. b) 3,7589 x 102 = 37,589
(C) 213. c) 0,2567 x 103 = 256,7
(D) 243.
(E) 258. Exemplos:
Respostas a) 2,53 x 10-1 = 0,253
b) 3,7589 x 10-2 = 0,037589
01.Resposta: A. c) 0,2567 x 10-3 = 0,0002567

Ao multiplicarmos por base 10 com expoente negativo (10-1;


80 – 12 = R$ 68,00 10-2; 10-3; ...), deslocamos a vírgula a quantidade de casa do
valor do expoente para a esquerda!!!
02.Resposta: A.
Faremos uma regra de três simples: - Escrita notação científica
* Salário menor:
salário %
750 --------- 100
68,50 --------- x
750. x = 68,50 . 100 x = 6850 / 750 x = 9,13%

* Salário maior:
salário %
1200 --------- 100 Exemplos:
108 --------- y 1) Escrever o número 2014 em potência de 10
1200.y = 108 . 100 y = 10800 / 1200 y = 9% 201,4 . 101 -->20,14 . 102 = --> 2,014 . 103, observa-se que
colocar um número na base 10, é o mesmo que o dividir por dez,
03.Resposta: A. ou escrever o mesmo na forma decimal acrescido de vírgula.
Para cada divisão aumenta-se o expoente.
A notação científica chega a sua parte final, quando a
mantissa tem seu módulo compreendido entre:
40 + 12 = 52 peças
No exemplo acima, a = 2,014, logo esta compreendido entre
04.Resposta: B. os valores acima.

2) 1.500.000.000 --> 1,5 x 109 ( deslocamos a vírgula 9 casas


para esquerda);
3) 0,000 000 000 256 --> 2,56 x 10-10 ( deslocamos a vírgula
NOTAÇÃO CIENTIFICA 10 casa para direita);
Questões
A notação científica serve para expressar números muito
grandes ou muito pequenos. O segredo é multiplicar um número 01 . Na notação científica, um número é escrito como um
pequeno por uma potência de 10. produto de dois números x e y, tais que 1 ≤ x < 10 e y é uma
Qualquer número pode ser expresso em potência de 10. potência de 10. Assim, por exemplo, a notação científica do
número Com base nessa informação, é correto
A distância do Sol a Terra é de 150 milhões de km
(150.000.000 km), um número muito grande que pode ser
afirmar que a notação científica do número é:
expresso por 150 . 106 ou 15.107 ou 1,5.108
(A) 8,5 × 10−4
(B) 7,5 × 10−4
- Transformando os números em potência de 10
(C) 8,5 × 10−3
Todo número positivo pode ser escrito em potência de 10,
(D) 7,5 × 10−3
como já havíamos falado. Vejamos alguns exemplos:
(E) 8,5 × 10−2

02 . Escrever um número na notação científica significa


expressá-lo como o produto de dois números reais x e y, tais
que: 1 ≤ x < 10 e y é uma potência de 10.Assim, por exemplo,
as respectivas expressões dos números 0,0021 e 376,4, na
notação científica, são 2,1 x 10  -3  e 3,764 x 102.Com base
nessas informações, a expressão do número
Podemos também escrever os números 0,1; 0,01 e 0,001 em
potência de 10:

na notação científica é :

(A) 3,75 x 10².


(B) 7,5 x 10².
(C) 3,75 x 103.
(D) 7,5x 103.
- Multiplicando por potência de base 10 (E) 3,75 x 104.
Quanto multiplicamos por 101 ,102 103, 104... estamos Respostas
deslocando a vírgula quantas casas forem o expoente da base
10, para a direita. 01. Resposta: C.
Exemplos: 0,00625 = 6,25 x10-3

Raciocínio Lógico 45
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APOSTILAS OPÇÃO
Vamos multiplicar 6,25 x 2,04 = 12,75 x 10-3 ( repetimos a - Segmento de reta: é uma parte finita (tem começo e fim)
base 10). da reta.
1,5 = 15 x 10-1 Exemplo: (segmento de reta ).
Vamos dividir agora

;
conserva a base e subtrai os expoentes.

0,85 x 10 – 3 –( -1) -->0,85 x 10 – 3 +1 --> 0,85 x 10-2 --> 8,5 x 10-3 Observação: ≠ e = .

02. Resposta: C. POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS


*Prestar bem atenção nas divisões de potências
Tem-se: - Retas concorrentes: duas retas são concorrentes quando
N = 1,2 * 5,4 * 10-2 / 6,4 * 10-1 * 2,7 * 10-5 se interceptam em um ponto. Observe que a figura abaixo as
N = 6,48 * 10-2 / 17,28 * 10-6 retas c e d se interceptam no ponto B.
N = 0,375 * 104  = 3,75 * 103

PONTO – RETA E PLANO

Ao estudo das figuras em um só plano chamamos de


Geometria Plana.
A Geometria estuda, basicamente, os três princípios
fundamentais (ou também chamados de “entes primitivos”)
que são: Ponto, Reta e Plano. Estes três princípios não tem
definição e nem dimensão (tamanho).
- Retas paralelas: são retas que por mais que se prolonguem
Para representar um ponto usamos. e para dar nome usamos nunca se encontram, mantêm a mesma distância e nunca se
letras maiúsculas do nosso alfabeto. Exemplo: . A (ponto A). cruzam. O ângulo de inclinação de duas ou mais retas paralelas
em relação a outra é sempre igual. Indicamos retas paralelas a e
Para representar uma reta usamos e para dar nome b por a // b.
usamos letras minúsculas do nosso alfabeto ou dois pontos por
onde esta reta passa.
Exemplo: t ( reta t ou reta ).

Para representar um plano usamos uma figura chamada


paralelogramo e para dar nome usamos letras minúsculas do - Retas coincidentes: duas retas são coincidentes se
alfabeto grego (α, β, π, θ,....). pertencem ao mesmo plano e possuem todos os pontos em
Exemplo: comum.

Semi plano: toda reta de um plano que o divide em outras


duas porções as quais denominamos de semi plano. Observe a - Retas perpendiculares: são retas concorrentes que se
figura: cruzam num ponto formando entre si ângulos de 90º ou seja
ângulos retos.

Partes de uma reta


Estudamos, particularmente, duas partes de uma reta:

- Semirreta: é uma parte da reta que tem origem em um PARALELISMO


ponto e é infinita.
Exemplo: (semirreta ), tem origem em A e passa por B. Ângulos formados por duas retas paralelas com uma
transversal
Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no mesmo
plano e não possuem ponto em comum.
Vamos observar a figura abaixo:

Raciocínio Lógico 46
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APOSTILAS OPÇÃO
Os ângulos 3 e 5 são congruentes (iguais)
Ângulos alternos externos:

Ângulos colaterais internos: (colaterais = mesmo lado)

Os ângulos 1 e 7 são congruentes (iguais)

A soma dos ângulos 4 e 5 é igual a 180°. 

Os ângulos 2 e 8 são congruentes (iguais)

Ângulos correspondentes: são ângulos que ocupam uma


mesma posição na reta transversal, um na região interna e o
outro na região externa.

A soma dos ângulos 3 e 6 é igual a 180°


Ângulos colaterais externos:

Os ângulos 1 e 5 são congruentes (iguais)

A soma dos ângulos 2 e 7 é igual a 180°

os ângulos 2 e 6 são congruentes (iguais)

A soma dos ângulos 1 e 8 é igual a 180°


Ângulos alternos internos: (alternos = lados diferentes)

os ângulos 3 e 7 são congruentes (iguais)

Os ângulos 4 e 6 são congruentes (iguais)

os ângulos 4 e 8 são congruentes (iguais)

Raciocínio Lógico 47
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APOSTILAS OPÇÃO
Questões (B) 22°
(C) 24°
01. Na figura abaixo, o valor de x é: (D) 26°
(E) 28°

Respostas

01. Resposta: E.
Na figura, os ângulos assinalados são correspondentes,
portanto são iguais.
(A) 10°
(B) 20°
(C) 30°
(D) 40°
(E) 50°

02. O valor de x na figura seguinte, em graus, é:

x + 2x + 30° = 180°
3x = 180°- 30°
3x = 150°
x = 150° : 3
x = 50°

(A) 32° 02. Resposta: B.


(B) 32° 30’ Na figura dada os ângulos 47° e 2x – 18° são correspondentes
(C) 33° e, portanto tem a mesma medida, então:
(D) 33° 30’
(E) 34° 2x – 18° = 47°
03. Na figura abaixo, sabendo que o ângulo é reto, o valor 2x = 47° + 18°
de é: 2x = 65°
x = 65°: 2
x = 32° 30’

(A) 20°
(B) 30°
(C) 40°
(D) 50°
(E) 60° 03. Resposta: C.
Precisamos traçar uma terceira reta pelo vértice A paralela
04. Qual é o valor de x na figura abaixo? às outras duas.

Os ângulos são dois a dois iguais, portanto = 40°


(A) 100°
(B) 60° 04. Resposta: A.
(C) 90° Aqui também precisamos traçar um terceira reta pelo
(D) 120° vértice.
(E) 110°

05. Na figura seguinte, o valor de x é:

x = 80° + 20°
x = 100°
Obs.: neste tipo de figura, o ângulo do meio sempre será a
soma dos outros dois.

05. Resposta: D.
Os ângulos assinalados na figura, x + 20° e 4x + 30°, são
(A) 20° colaterais internos, portanto a soma dos dois é igual a 180°.

Raciocínio Lógico 48
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APOSTILAS OPÇÃO
(A) 1,2
(B) 1,4
(C) 1,6
(D) 1,8
(E) 2,0

02. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

x + 20° + 4x + 30° = 180°


5x + 50° = 180°
5x = 180° - 30°
5x = 130°
x = 130° : 5
x = 26°
TEOREMA DE TALES (A) 3
(B) 4
- Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas e (C) 5
paralelas entre si. (D) 6
- Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas (E) 7
de um feixe de paralelas.
03. Calcular o valor de x na figura abaixo.
- Teorema de Tales: Se duas retas são transversais de um
feixe de retas paralelas então a razão entre as medidas de dois
segmentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as
medidas dos segmentos correspondentes da outra.

04. Os valores de x e y, respectivamente, na figura seguinte é:

r//s//t//u (//  símbolo de paralelas); a e b são retas


transversais. Então, temos que os segmentos correspondentes
são proporcionais.

(A) 30 e 8
(B) 8 e 30
Teorema da bissetriz interna: (C) 20 e 10
“Em todo triângulo a bissetriz de um ângulo interno divide (D) 10 e 20
o lado oposto em dois segmentos proporcionais ao outros dois (E) 5 e 25
lados do triângulo”.
05. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

(A) 3
(B) 4
Questões (C) 5
(D) 6
01. Na figura abaixo, o valor de x é: (E) 7
Respostas

01. Resposta: C.

5x = 2.4
5x = 8

Raciocínio Lógico 49
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APOSTILAS OPÇÃO
x = 8 : 5 = 1,6 As unidades de área do sistema métrico correspondem às
unidades de comprimento da tabela anterior.
02. Resposta: B. São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado
(hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro
quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este
muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare
(há): 1 hm2 = 1 há.
6.(2x – 3) = 5(x + 2) No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
12x – 18 = 5x + 10 unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como
12x – 5x = 10 + 18 nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema
7x = 28 continua decimal, porque 100 = 102.
x = 28 : 7 = 4 Existem outras unidades de medida mas que não pertencem
ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações entre algumas
03. Resposta: 06. essas unidades e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha      = 1 609 metros
1 légua      = 5 555 metros
30x = 10.18 1 pé          = 30 centímetros
30x = 180
x = 180 : 30 = 6

04. Resposta: A.

A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento


acrescidas de quadrado.
3x = 45.2 Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a
3x = 90 lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc. Na
x = 90 : 3 = 30 prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro
cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o
sistema continua sendo decimal.
45y = 12.30
45y = 360
y = 360 : 45 = 8

05. Resposta: D.

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o


volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros, dizemos
que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para
(x – 3). (x + 2) = x.(x – 2) medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.
x2 + 2x – 3x – 6 = x2 – 2x Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.
-x – 6 = - 2x
-x + 2x = 6 → x = 6

Referências
SOUZA, Joamir Roberto; PATARO, Patricia Moreno – Vontade O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas
de Saber Matemática 6º Ano – FTD – 2ª edição – São Paulo: de massa. A unidade fundamental é o grama(g).
2012
http://www.jcpaiva.net/ Unidades de Massa e suas Transformações

Sistema Metrico

⇒ Sistema de Medidas Decimais


Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de
medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo
todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o
metro, porque dele derivam as demais.
Nomenclatura:
Kg – Quilograma
hg – hectograma
dag – decagrama
Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm g – grama
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada dg – decigrama
unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte. cg – centigrama
Por isso, o sistema é chamado decimal. mg – miligrama
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na
prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e
de litro. o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t).
Medidas Especiais:

Raciocínio Lógico 50
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APOSTILAS OPÇÃO
1 Tonelada(t) = 1000 Kg 05. (CLIN/RJ - Gari e Operador de Roçadeira -
1 Arroba = 15 Kg COSEAC/2015) Uma peça de um determinado tecido tem 30
1 Quilate = 0,2 g metros, e para se confeccionar uma camisa desse tecido são
necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é
Relações entre unidades: possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Respostas

01. Resposta: B.
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
Temos que:
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Questões

01. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo 15x – 4x = 9900


– VUNESP/2014) O suco existente em uma jarra preenchia da 11x = 9900
sua capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade x = 9900 / 11
de suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade x = 900 mL (capacidade total)
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
na jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a 02. Resposta: B.
(A) 580. 4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500 ml
(B) 720. 4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
(C) 900. Utilizaremos uma regra de três simples:
(D) 660. ml %
(E) 840. 4000 ------- 100
2200 ------- x
02. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) Em 4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%
uma casa há um filtro de barro que contém, no início da manhã,
4 litros de água. Desse filtro foram retirados 800 mL para o 03. Resposta: D.
preparo da comida e meio litro para consumo próprio. No início 4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . g = 1,248 . t
da tarde, foram colocados 700 mL de água dentro desse filtro e,
até o final do dia, mais 1,2 litros foram utilizados para consumo 04. Resposta: C.
próprio. Em relação à quantidade de água que havia no filtro no 1,3 m2 = 13000 cm2 (.1000)
início da manhã, pode-se concluir que a água que restou dentro 13000 / 25 = 520 pedaços
dele, no final do dia, corresponde a uma porcentagem de
(A) 60%. 05. Resposta: C.
(B) 55%. Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30
(C) 50%. metros logo:
(D) 45%. 30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma
(E) 40%. unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como
cada camisa gasta um total de 15 dm, temos então:
03. (UFPE – Assistente em Administração – 600/15 = 40 camisas.
COVEST/2014) Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4
bolsas plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa Medidas de Tempo
é composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um ⇒Não Decimais
ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano
é formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
Medidas de Tempo (Hora) e suas Transformações
obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede
04. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP/2014) intervalos de tempo, é o mais conhecido. A unidade utilizada
Uma chapa de alumínio com 1,3 m2 de área será totalmente como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
recortada em pedaços, cada um deles com 25 cm2 de área. 1h → 60 minutos → 3 600 segundos
Supondo que não ocorra nenhuma perda durante os cortes, o
número de pedaços obtidos com 25 cm2 de área cada um, será: Para passar de uma unidade para a menor seguinte,
(A) 52000. multiplica-se por 60.
(B) 5200.
(C) 520. Exemplo:
(D) 52. 0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos minutos
(E) 5,2. indica 0,3 horas?

Raciocínio Lógico 51
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APOSTILAS OPÇÃO
1 hora 60 minutos Média 10
0,3 x Difícil 15
Muito difícil 20
Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos. Concluímos
que 0,3horas = 18 minutos. O gráfico a seguir mostra o número de questões de
matemática que ele elaborou.
- Adição e Subtração de Medida de tempo
Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo,
precisamos estar atentos as unidades. Vejamos os exemplos:

A) 1 h 50 min + 30 min
Hora Minutos
1 50
+ 30
1 80
Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como
sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então acrescentamos O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões
a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos, é o que resta nos foi
minutos: (A) 4h e 48min.
(B) 5h e 12min.
Hora Minutos
1 50 (C) 5h e 28min.
+ 30 (D) 5h e 42min.
1 80 (E) 6h e 08min.
+1 -60
03. (CEFET – Auxiliar em Administração –
CESGRANRIO/2014) Para obter um bom acabamento, um
pintor precisa dar duas demãos de tinta em cada parede que
2 20 pinta. Sr. Luís utiliza uma tinta de secagem rápida, que permite
que a segunda demão seja aplicada 50 minutos após a primeira.
Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min. Ao terminar a aplicação da primeira demão nas paredes de uma
sala, Sr. Luís pensou: “a segunda demão poderá ser aplicada a
B) 2 h 20 min – 1 h 30 min partir das 15h 40min.”
Hora Minutos Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15
2 20 minutos, que horas eram quando Sr. Luís iniciou o serviço?
-1 30 (A) 12h 25 min
(B) 12h 35 min
Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min, então (C) 12h 45 min
devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna minutos. (D) 13h 15 min
Hora Minutos (E) 13h 25 min
-1 +60
2 20 Respostas

01. Resposta: C.
-1 30
Então teremos novos valores para fazermos nossa subtração,
20 + 60 = 80:
Como 1h tem 60 minutos.
Hora Minutos Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos.
1 80
-1 30 02. Resposta: D.
0 50 T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 =
Logo o valor encontrado é de 50 min. = 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto)
Questões
03. Resposta: B.
01. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE 15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min
NM – AOCP/2014) Joana levou 3 horas e 53 minutos para
resolver uma prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento,
minutos para resolver a mesma prova. Comparando o tempo das superfície e capacidade
duas candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos. PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS
(B) 75 minutos.
(C) 88 minutos. Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.
(D) 91 minutos. Exemplo:
(E) 94 minutos.

02. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral –


VUNESP/2014) A tabela a seguir mostra o tempo, aproximado,
que um professor leva para elaborar cada questão de matemática.
Questão (dificuldade) Tempo (minutos)
Fácil 8

Raciocínio Lógico 52
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APOSTILAS OPÇÃO
Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm 6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo
Perímetros de algumas das figuras planas: dos dados do problema a ser resolvido.
I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

Área é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é,
uma superfície correspondente a um quadrado que tem 1 m de III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado
lado. entre eles:

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura: IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura: V) circunferência inscrita:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

VI) circunferência circunscrita:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede cm é, em


cm2, igual a:
(A) 12
(B) 13
5. Quadrado (C) 14
- sendo l o lado: (D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC)


Corta-se um arame de 30 metros em duas partes. Com cada uma
das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos
dois quadrados, assim construídos, então o menor valor possível
para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.

Raciocínio Lógico 53
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APOSTILAS OPÇÃO
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande


terreno foi dividido em 6 lotes retangulares congruentes, ,
conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em
metros. logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados
medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado x = 25
em negrito na figura, mede x + 285, conclui-se que a área total
desse terreno é, em m2, igual a: Sendo S a área do retângulo:
(A) 2 400. S= b.h
(B) 2 600. S= 0,8x.x
(C) 2 800. S = 0,8x2
(D) 3000.
(E) 3 200. Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
Respostas St = 4,8.252
01.Resposta: C. St = 4,8.625
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal: St = 3000

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o
matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de Siracusa, mais
Utilizando o Teorema de Pitágoras: ou menos por volta do século II antes de Cristo.
Ele concluiu que quanto mais lados tem um polígono regular
mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a)
deste polígono tende ao raio r. Assim, como a fórmula da área de
um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é semiperímetro
e a é o apótema), temos para a área do círculo , então temos:

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
II- Coroa circular:
o lado será e o outro quadrado terá perímetro 30 – x É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos
(tem o mesmo centro). A área da coroa circular é igual a
o lado será , sabendo que a área de um quadra- diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A =
R2 – r2, como temos o como fator comum, podemos colocá-lo em
evidência, então temos:
do é dada por S = l2, temos:
S = S 1 + S2
S=l²+l1²

, como temos o mesmo denominador


16: III- Setor circular:
É uma região compreendida entre dois raios distintos de um
’ círculo. O setor circular tem como elementos principais o raio r,
um ângulo central e o comprimento do arco l, então temos duas
fórmulas:

, , sendo uma equação do 2º grau onde a =

2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vér-


tice que e dado pela fórmula: , então:

Raciocínio Lógico 54
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APOSTILAS OPÇÃO
IV- Segmento circular: Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π
É uma região compreendida entre um círculo e uma corda = 3,14?
(segmento que une dois pontos de uma circunferência) deste (A) 5,44 cm².
círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que (B) 6,43 cm².
subtrair a área de um triângulo da área de um setor circular, (C) 7,40 cm².
então temos: (D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens


fábrica, em sua linha de produção, discos de papelão circulares
conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir
de uma folha quadrada de lado L cm. Preocupados com o
desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado,
em cada folha utilizada, é de (100 - 25π) cm2.

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A fi-


gura abaixo mostra três círculos, cada um com 10 cm de raio,
tangentes entre si.
Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que
o valor de L é:
(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
Considerando e , o valor da área sombreada, em cm2, é: (D) Divisível por 5.
(A) 320. Respostas
(B) 330.
(C) 340. 01. Resposta: B.
(D) 350. Unindo os centros das três circunferências temos um triân-
(E) 360. gulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 = 20 cm. Então a área
a ser calculada será:
02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico
em Contabilidade – FUMARC) A área de um círculo, cuja
circunferência tem comprimento 20 cm, é:
(A) 100 cm2.
(B) 80 cm2.
(C) 160 cm2.
(D) 400 cm2. 02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r,
03. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Então:
Quatro tanques de armazenamento de óleo, cilíndricos e C = 20π
iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de
2π.r = 20π
comprimento por 20,0 m de largura, como representados na
figura abaixo.
r = 10 cm
A = π.r2
A = π.102
A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
4.Acirc = .Aret
Se as bases dos quatro tanques ocupam da área retangular, 4.πr2 = .496
qual é, em metros, o diâmetro da base de cada tanque? 4.3,1.r2 =
Dado: use =3,1 12,4.r2 = 198,4
(A) 2. r2 = 198,4 : 12, 4
(B) 4. r2 = 16
(C) 6. r=4
(D) 8. d = 2r =2.4 = 8
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – ANÁLISE COMBINATÓRIA


EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB = 8 cm e AOB = 30°.
A análise combinatória  desenvolve meios para trabalharmos
com problemas de contagem, de forma a fazer análise das
possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto
de elementos.

Príncipio Fundamental da Contagem (PFC)


 É um diagrama que mostra todos os possíveis resultados de
um acontecimento, utilizado quando número de possibilidades
é pequeno. Também é conhecido como diagrama de árvore.

Raciocínio Lógico 55
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APOSTILAS OPÇÃO
Exemplo : Num restaurante há 2 tipos de saladas, 3 tipos Temos 9 elementos para serem arranjados 2 a 2, logo:
de pratos quentes e 3 tipos de sobremesa. De quantas maneiras A9,2=9! / (9-2)! = 9!/7! = 72
podemos fazer uma refeição, escolhendo 1 prato de salada, 1 Portanto, existem 72 números de dois algarismos diferentes
prato quente e 1 de sobremesa? que podem ser escritos com os algarismos de 1 a 9.
Observe que 19 ≠ 91, logo um arranjo se difere pela ordem
de seus elementos.

Combinação: todo subconjunto formado por p dos n


elementos de um conjunto. Difere do arranjo porque, aqui, a
ORDEM NÃO É IMPORTANTE.
Representando por Cn,p o número total de combinações de n
elementos tomados p a p , temos a seguinte fórmula:

 
Ex: Com 8 pessoas, quantas comissões de 3 pessoas podem
ser formadas?
Um grupo difere do outro apenas pela natureza dos
Nota-se que a escolha de um dos pratos, não interefere na elementos e não pela ordem dos mesmos, isto é, sendo um
escolha do outro. grupo composto, por exemplo, por: Rosa, Maria e Alice ⇒ {R, M,
Sendo assim, podemos observar que se um acontecimento A}, invertendo-se a ordem dessas pessoas, continuamos com a
A pode ocorrer de n modos diferentes e se para cada um dos mesma comissão.
n modos de A, um segundo acontecimento B pode ocorrer de
m modos diferentes, então o número de modos de ocorrer o
acontecimento A seguido do acontecimento B é n.m.

Ex:Quantos números de 2 algarismos podem ser formados Permutação com repetição: as repetições são permitidas
usando apenas os algarismos 3, 4, 5, 6 e 7 e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de
Como dispomos de 5 algarismos, são 5 possibilidades elementos, n, e as vezes em que o mesmo elemento aparece. A
de escolha para a primeira casa, depois dessa escolha temos diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
novamente 5 possibilidades para a segunda casa, uma vez que os elementos do conjunto.
podemos repetir algarismos. Podemos utilizar a seguinte fórmula:
5 . 5 = 25
São 25 números

Fatorial Ex: Quantos são os anagramas da palavra ARARA?


É comum observarmos produto de fatores naturais n=5
sucessivos, como 3.2.1, entre outros. Assim, produtos em que α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
os fatores chegam sucessivamente até a unidade são chamados β = 2 (temos 2 vezes a letra R)
fatoriais, e tem ao fim o símbolo “!”. Por isso é bom lembrarmos
algumas das definições e propriedades.
Sendo n є N , podemos generalizar:
Questões

E por convenção temos: 01 .João tem 5 processos que devem ser analisados e Arnaldo
e Bruno estão disponíveis para esse trabalho. Como Arnaldo é
mais experiente, João decidiu dar 3 processos para Arnaldo e 2
Alguns agrupamentos podem ser verificados, vejamos: para Bruno. O número de maneiras diferentes pelas quais João
pode distribuir esses 5 processos entre Arnaldo e Bruno é:
Permutação: a permutação é um arranjo de ordem máxima, (A) 6.
ou seja, faz uso de todos os elementos do conjunto (p = n!). Desta (B) 8.
forma, temos: (C) 10.
Pn = n!  (D) 12.
(E) 15.
Ex: Quantos anagramas podemos formar a partir da palavra
ORDEM? 02 . Um professor deseja dividir um grupo de cinco alunos
Um  anagrama  é alteração da sequência das letras de uma em dois grupos: um com dois alunos e o outro com três alunos.
palavra, sem significado. Como a palavra ORDEM possui 5 letras Dos cinco alunos, dois deles são especiais. De quantas maneiras
distintas, devemos calcular o número de permutações diferentes o professor pode fazer a divisão dos cinco alunos em
calculando P5. Temos então: dois grupos, de modo que cada grupo tenha um aluno especial?
(A) 3.
P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 (B) 4.
Portanto: o número de anagramas que podemos formar a (C) 5.
partir da palavra ORDEM é igual 120. (D) 6.
Alguns anagramas: MEDRO, ROMED, EDROM, DEMOR... (E) 10.

Arranjos: todos os grupos formados por p dos n elementos 03 .João tem 4 primas e 3 primos, deseja convidar duas
com p ≤ n, diferindo entre si pela ORDEM ou natureza dos dessas pessoas para ir ao cinema, mas não quer que o grupo
elementos. Assim, para obter o arranjo simples de n elementos seja exclusivamente masculino. número de maneiras diferentes
tomados p utiliza-se a seguinte expressão: pelas quais João pode escolher seus dois convidados é:
(A) 9.
(B) 12.
(C) 15.
Ex: Quantos números de dois algarismos diferentes podemos (D) 16.
escrever com os algarismos 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9? (E) 18.

Raciocínio Lógico 56
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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas para tomadas de decisão, há que proceder a um indispensável
trabalho de recolha e organização de dados, sendo a recolha
01. Resposta: C. feita através de recenseamentos (ou censos ou levantamentos
Para uma melhor compreensão vamos fazer da seguinte estatísticos) ou sondagens.
maneira: Estatística pode ser pensada como a ciência de aprendizagem
 as linhas representam os processos ( que são 5) : a partir de dados. No nosso cotidiano, precisamos tomar
decisões, muitas vezes decisões rápidas.
 ______   ______   ______   ______   ______  
as letras são as iniciais que     Em
                  A             A            A             B               B
deverão ser permutadas entre si:
Arnaldo: AAA( 3 processos) e Bruno BB( 2 processos) 
agora é só fazer as permutações possíveis no esquema acima linhas gerais a Estatística fornece métodos que auxiliam o
CALCULO: TOTAL DE 5 LETRAS: A A A B B permutadas entre processo de tomada de decisão através da análise dos dados
si e o desconto das repetições. que possuímos.
LOGO:   5! / 3! x 2! Podemos ainda dizer que a Estatística é:
5! ( das 5 letras)
3! ( das 3 letras ‘’A’’ que repetem) É a ciência que se ocupa de coletar,
2! ( das 2 letras ‘’B’’ que repetem) organizar, analisar e interpretar dados para
fazendo os cálculos temos: que se tomem decisões.
5x4x3x2x1 / 3x2x2x1  = 10
Divisão da estatística
02 .Resposta: D. - Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição dos
Como temos dois grupos de alunos nomeados por especiais dados.
e não especiais vamos utilizar letras para distingui-los e tentar - Estatística Indutiva ou Inferencial: análise e a
interpretação desses dados.
resolver o problema sem uso de fórmulas:
Sendo: Método Estatístico
Alunos especiais A e B Atualmente quase todo acréscimo de conhecimento resulta
Alunos não especiais: C D E da observação e do estudo. A verdade é que desenvolvemos
Primeira situação: Aluno especias A mais um formando processos científicos para seu estudo e para adquirirmos tais
grupos de dois (note que ao formar um grupo o outro será conhecimentos, ou seja desenvolvemos maneiras ou métodos
composto obrigatoriamente pelos alunos restantes) para tais fins.
AC AD AE
Segunda situação: Aluno especial A com mais dois alunos Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente
formando grupos de três (o outro grupo, como na situação para se chegar a um fim que se deseja.
anterior, é automaticamente formado)
ACD ACE ADE - Método experimental: consiste em manter constantes
todas as causas (fatores), menos uma, e variar esta causa de
03. Resposta: E. modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos, caso
De acordo com o texto, observa-se que como João não quer existam.
que o grupo seja exclusivamente masculino, ele pode ter duas Muito utilizado no estudo da Física, da Química etc
opções:
- grupos com 1 homem e 1 mulher:   neste caso temos 4 x - Método estatístico: diante da impossibilidade de manter
as causas constantes, admite todas essas causas presentes
3 = 12 possibilidades (basta escolher 1 dos 3 primos e 1 das 4 variando-as, registrando essas variações e procurando
primas). determinar, no resultado final, que influências cabem a cada
- grupos com 2 mulheres: neste caso basta combinar as uma delas.
4 primas em grupos de 2, ou seja, C(4,2) = 4×3 / 2! = 12 / 2 Fases do método estatístico
= 6 possibilidades. Ao todo temos 12 + 6 = 18 somadas as - Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida
possibilidades encontradas nos grupos 1 e 2. determinação das características mensuráveis do fenômeno que
se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos
Referência necessários à sua descrição.
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: Direta: quando é feita sobre elementos
teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires informativos de registro obrigatório
Corrêa, Tânia Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, (nascimento, casamentos e óbitos, importação
2003. e exportação de mercadorias), dados coletados
CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA pelo próprio pesquisador através de inquéritos
e questionários, como por exemplo o censo
Panorama Histórico demográfico. A coleta direta de dados pode ser
Todas as ciências têm suas raízes na história do homem. classificada em fator do tempo:
Desde a Antiguidade muitos povos já faziam uso dos (i) contínua (registro) – quando feita
recursos da Estatística, através de registro de número de óbitos, continuamente.
nascimentos, número de habitantes, além das estimativas das (ii) periódica – quando feita em intervalos
riquezas individuais e sociais, entre muitas outras. constantes de tempo (exemplo o censo de 10 em
A coleta
Na Idade Média as informações colhidas tinham como 10 anos, etc)
pode ser
finalidade tributária e bélica. (iii) ocasional – quando feita extemporaneamente,
Somente a partir do século XVI começaram a surgir as a fim de atender uma conjuntura ou a uma
primeiras análises sistemáticas de fatos sócias, originando as emergência (caso de epidemias)
primeiras tábuas e tabelas e os primeiros números relativos.
No século XVII o estudo de tais fatos foi adquirido, aos Indireta: quando é indeferida de elementos
poucos, feição verdadeiramente científica. Godofredo Achenwall conhecidos (coleta direta) e/ou de conhecimento
batizou a nova ciência (ou método) com o nome de Estatística, de outros fenômenos relacionados com o
determinando o seu objetivo e suas relações com as ciências. fenômeno estudado. Exemplo: pesquisas de
A estatística é, hoje em dia, um instrumento útil e, em alguns mortalidade infantil, que é feita através de
casos, indispensável para tomadas de decisão em diversos dados colhidos por uma coleta direta (número
campos: científico, econômico, social, político… de nascimentos versus números de obtidos de
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação crianças)

Raciocínio Lógico 57
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APOSTILAS OPÇÃO
- Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos amostra possua as mesmas características da população, no que
devem ser cuidadosamente criticados, à procura de possível diz respeito ao fenômeno que desejamos pesquisar.
falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros
grosseiros ou de certo vulto, que possam influir sensivelmente Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-
nos resultados. se todos os componentes da população.
A crítica é externa quando visa às causas dos erros por Principais propriedades:
parte do informante, por distração ou má interpretação das - Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
perguntas que lhe foram feitas. - É caro;
A crítica é interna quando visa observar os elementos - É lento;
originais dos dados da coleta. - É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em
períodos de anos 10 em 10 anos);
- Apuração dos dados: soma e processamento dos dados - Nem sempre é viável.
obtidos e a disposição mediante critérios de classificação, que
pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica. Dados brutos: quando observamos ou fazemos n perguntas
as quais nos dão n dados ou respostas, obtemos uma sequência
- Exposição ou apresentação de dados: os dados devem de n valores numéricos. A toda sequência denominamos dados
ser apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos), brutos.
tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de
tratamento estatístico. Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.
Exemplo: Um aluno obteve as seguintes notas no ano letivo
em Matemática: 5,5 ; 7 ; 6,5 ; 9
Os dados brutos é a sequência descrita acima
Rol: 5,5 – 6,5 – 7 – 9 (ordenação crescente das notas).

Dados brutos é uma sequência de valores numéricos não


organizados, obtidos diretamente da observação de um
fenômeno coletivo.

Referências
- Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística
Descritiva), fazemos uma análise dos resultados obtidos, CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São
através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, Paulo - Editora Saraiva: 2002
que tem por base a indução ou inferência, e tiramos desses SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os
resultados conclusões e previsões. cursos de: Economia, Administração, Ciências Contábeis - 3ª
Mais alguns conceitos devem ser aprendidos para darmos edição – São Paulo – Editora Atlas S. A: 1999
continuidade ao nosso entendimento sobre Estatística.
SERIES ESTATÍSTICAS
- Variáveis: conjunto de resultados possíveis de um
fenômeno. A Estatística tem objetivo sintetizar os valores que uma ou
As variáveis podem ser: mais variáveis possam assumir, para que tenhamos uma visão
1) Qualitativas – quando seus valores são expressos por global da variação dessa ou dessas variáveis. Esses valores irão
atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre fornecer informações rápidas e seguras.
outros. Dizemos que estamos qualificando.
2) Quantitativas – quando seus valores são expressos em  Tabela: é um quadro que resume um conjunto de
números (salários dos operários, idade dos alunos, etc). Uma observações. Uma tabela compõe-se de:
variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre
dois limites recebe o nome de variável contínua; e uma variável 1) Corpo – conjunto de linhas e colunas que contém
que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto informações sobre a variável em estudo;
enumerável recebe o nome de variável discreta.
2) Cabeçalho – parte superior da tabela que especifica o
- População estatística ou universo estatístico: conjunto conteúdo das colunas;
de entes portadores de, pelo menos, uma característica comum.
Exemplos: estudantes (os que estudam), concurseiros (os 3) Coluna indicadora – parte da tabela que especifica o
que prestam concursos), ... conteúdo das linhas;
Podemos ainda pesquisar uma ou mais características
dos elementos de alguma população, as quais devem ser 4) Linhas – retas imaginárias que facilitam a leitura, no
perfeitamente definidas. É necessário existir um critério de sentido horizontal;
constituição da população, válido para qualquer pessoa, no
tempo ou no espaço. 5) Casa ou célula – espaço destinado a um só número;

- Amostra: é um subconjunto finito de uma população. 6) Título – Conjunto de informações, as mais completas
possíveis, que satisfazem as seguintes perguntas: O quê?
Quando? Onde? localizando-se no topo da tabela.

Elementos complementares: de preferência colocados no


rodapé.

- Fonte;
- Notas;
- Chamadas.

A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões


sobre as populações, com base em resultados verificados em
amostras retiradas dessa população. É preciso garantir que a

Raciocínio Lógico 58
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APOSTILAS OPÇÃO
especificações ou categorias.

Séries Estatísticas: toda tabela que apresenta a distribuição


de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do
local ou da espécie. - Séries conjugadas – Tabela de dupla entrada: utilizamos
quando temos a necessidade de apresentar, em uma única
Observamos três elementos: tabela, variações de mais de uma variável. Com isso conjugamos
- tempo; duas séries em uma única tabela, obtendo uma tabela de dupla
- espaço; entrada, na qual ficam criadas duas ordens de classificação: uma
- espécie. horizontal e uma vertical.

Conforme varie um dos elementos da série, podemos Na tabela abaixo vamos a variável região e tempo.
classifica-la em:
- Histórica;
- Geográfica;
- Específica.

- Séries históricas, cronológicas, temporais ou marchas:


Os valores da variável são descritos em, determinado local, em
intervalos de tempo.

Dados absolutos e dados relativos

Aos dados resultantes da coleta direta da fonte, sem manuseio


senão contagem ou medida, são chamados dados absolutos.
Não é dado muito importância a estes dados, utilizando-se de
os dados relativos.
Dados relativos são o resultado de comparações por
quociente (razões) que estabelecem entre dados absolutos e
têm por finalidade facilitar as comparações entre quantidades.
Os mesmos podem ser traduzidos por meio de percentagens,
índices, coeficientes e taxas.
- Percentagens:
Considerando a série:
MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A - 1995
CATEGORIAS NÚMERO DE ALUNOS
1º grau 19.286
- Séries geográficas, espaciais, territoriais ou de
localização: valores da variável, em determinado instante, 2º grau 1.681
discriminados segundo regiões.
3º grau 234
Total 21.201
Dados fictícios.

Calculando os percentagens dos alunos de cada grau:

- Séries específicas ou categóricas: aquelas que descrevem


valores da variável, em determinado tempo e local, segundo

Raciocínio Lógico 59
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APOSTILAS OPÇÃO
Formamos com os dados uma nova coluna na série em DISTRIBUIÇÕES DE FREQUÊNCIA
estudo:
Distribuição de Frequência: Quando da análise de dados, é
MATRÍCULAS NAS ESCOLAS DA CIDADE A - 1995
comum procurar conferir certa ordem aos números tornando-os
CATEGORIAS NÚMERO DE ALUNOS % visualmente mais amigáveis. O procedimento mais comum é o
de divisão por classes ou categorias, verificando-se o número de
1º grau 19.286 91,0
indivíduos pertencentes a cada classe.
2º grau 1.681 7,9 - Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto.
- Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser
3º grau 234 1,1
igual ou ligeiramente inferior ao menor valor das observações:
Total 21.201 100,0 - Definir o limite superior da última classe (Ls) que deve ser
igual ou ligeiramente superior ao maior valor das observações.
Esses novos valores nos dizem que, de cada 100 alunos da - Definir o número de classes (K), que será calculado usando
cidade A, 91 estão matriculados no 1º grau, 8 (aproximadamente) . Obrigatoriamente deve estar compreendido entre 5
no 2º grau e 1 no 3º grau. a 20. 
- Índices: razões entre duas grandezas tais que uma não - Conhecido o número de classes define-se a amplitude de
inclui a outra. cada classe: 
- Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-se
Exemplos: os limites para cada classe (inferior e superior)

Exemplo:  

Econômicos:

- Coeficientes: razões entre o número de ocorrências e o


número total (ocorrências e não ocorrências). Regras para elaboração de uma distribuição de frequências:
- Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto:
Exemplos: Valor mínimo: 5,1
Valor máximo: 14,9

- Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser


igual ou ligeiramente inferior ao menor valor das observações:
LI: 5,1
- Definir o limite superior da última classe (Ls) que deve ser
Educacionais: igual ou ligeiramente superior ao maior valor das observações:
LS:15
- Definir o número de classes (K), que será calculado usando
. Obrigatoriamente deve estar compreendido entre 5 a
- Taxas: coeficientes multiplicados por um potência de 10 20. Neste caso, K é igual a 8,94, aproximadamente, 8.
(10,100, 1000, ...) para tornar o resultado mais inteligível.
- Conhecido o número de classes define-se a amplitude de
Exemplos: cada classe:  
Taxa de mortalidade = coeficiente de mortalidade x 1000. No exemplo, será igual a: 1,23.
Taxa de natalidade = coeficiente de natalidade x 1000.
1) Em cada 200 celulares vendidos, 4 apresentam defeito. - Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-
Coeficiente de defeitos: 4/200 = 0,02 se os limites para cada classe (inferior e superior), onde limite
Taxa de defeitos = 2% (0,02 x 100) Inferior será 5,1 e o limite superior será 15 + 1,23.

Questão

01. O estado A apresentou 733.986 matriculas no 1º ano no


início de 2009 e 683.816 no final do ano. O estado B apresentou,
respectivamente, 436.127 e 412.457 matriculas. Qual estado
apresentou maior evasão escolar?

Resposta

01. Resposta: Evasão estado A: 6,8% e Evasão estado B:


5,5%.

Referências Distribuições Simétricas: A distribuição das frequências


CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - faz-se de forma aproximadamente simétrica, relativamente a
Editora Saraiva: 2002 uma classe média.

Raciocínio Lógico 60
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APOSTILAS OPÇÃO
As alturas de grupo de crianças são tidas como normais em
sua distribuição, com desvio padrão em 0,30m e média em 1,60.
Qual a probabilidade de um aluno medir (1) entre 1,50 e 1,80,
(2) mais de 1,75 e menos de 1,48?

  (1)
Caso especial de uma distribuição simétrica: Quando dizemos z1= (1,50-1,60)/0,30=-0,33
que os dados obedecem a uma distribuição normal, estamos z2= (1,80-1,60)/0,30= 0,67
tratando de dados que distribuem-se em forma de sino. Então, z1 (0,1293) + z2 (0,2486) = 37,79%

Distribuições Assimétricas: A distribuição das frequências (2)


apresenta valores menores num dos lados: z1= (1,75-1,60)/0,30=0,30
0,500-0,1915 = 30,85%

(3)
Z1= (1,48-1,50)/0,30 =-0,4
0,500-0,1554 = 34,46%

  Questões
Distribuições com “caudas” longas: Observamos que nas
extremidades há uma grande concentração de dados em relação 01. Identifique a alternativa que apresenta a frequência
aos concentrados na região central da distribuição. absoluta (fi) de um elemento (xi) cuja frequência relativa (fr) é
igual a 25 % e cujo total de elementos (N) da amostra é igual a
72.
(A) 18.
(B) 36.
(C) 9.
(D) 54.
Distribuição Normal: A distribuição normal (E) 45.
é a mais importante distribuição estatística, 
considerando a questão prática e teórica. Já vimos que esse tipo 02. Em uma faculdade, uma amostra de 120 alunos foi
de distribuição apresenta-se em formato de sino, unimodal, coletada, tendo-se verificado a idade e o sexo desses alunos. Na
simétrica em relação a sua média. Considerando a probabilidade amostra, apurou-se que 45 estão na faixa de 16 a 20 anos, 60, na
de ocorrência, a área sob sua curva soma 100%. Isso quer dizer faixa de 21 a 25 anos, e 15 na faixa de 26 a 30 anos. Os resultados
que a probabilidade de uma observação assumir um valor entre obtidos encontram-se na Tabela abaixo.
dois pontos quaisquer é igual à área compreendida entre esses
dois pontos.

Quais são, respectivamente, os valores indicados pelas letras


P, Q, R e S?
(A) 40 ; 28 ; 64 E 0
(B) 50 ; 28 ; 64 E 7
(C) 50 ; 40 ; 53,3 E 7
(D) 77,8 ; 28 ; 53,3 E 7
(E) 77,8 ; 40 ; 64 E 0
68,26% => 1 desvio
95,44% => 2 desvios 03. Na tabela a seguir, constam informações sobre o número
99,73% => 3 desvios de filhos dos 25 funcionários de uma pequena empresa.

Na figura acima, tem as barras na vertical representando


os desvios padrões. Quanto mais afastado do centro da curva
normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. A um
desvio padrão, temos 68,26% das observações contidas. A dois
desvios padrões, possuímos 95,44% dos dados compreendidos
e finalmente a três desvios, temos 99,73%. Podemos concluir
que quanto maior a variabilidade dos dados em relação à média,
maior a probabilidade de encontrarmos o valor que buscamos
embaixo da normal.
Propriedade 1: “f(x) é simétrica em relação à origem, x =
média = 0; Com base nas informações contidas na tabela, é correto
Propriedade 2: “f(x) possui um máximo para z=0, e nesse afirmar que o número total de filhos dos funcionários dessa
caso sua ordenada vale 0,39; pequena empresa é necessariamente
Propriedade3: “f(x) tende a zero quando x tende para +
infinito ou - infinito; (A) menor que 41.
Propriedade4: “f(x) tem dois pontos de inflexão cujas (B) igual a 41.
abscissas valem média + DP e média - DP, ou quando z (C) maior que 41 e menor que 46.
tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem +1 e -1. (D) igual a 46.
Para se obter a probabilidade sob a curva normal, utilizamos a (E) maior ou igual a 46.
tabela de faixa central. Exemplo:

Raciocínio Lógico 61
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APOSTILAS OPÇÃO
Respostas Retirando o histograma do fundo, obtemos o polígono de
01. Resposta: A. frequência.
f_r=f_i/N
f_i=0,25∙72=18

02. Resposta: B.
Pela pesquisa 45 alunos estão na faixa de 16 a 20
São 10 do sexo masculino, portanto são 45-10=35 do sexo
feminino.
70---100%
35----P
P=50%
70---100%
Q---40%
Q=28 Nota: No caso termos uma variável essencialmente positiva,
35+28+S=70 cuja distribuição se inicie no valor zero, devemos, devemos
S=7 considerar o intervalo anterior localizado no semieixo negativo,
Pela última coluna(% de sexo masculino): mas consideramos apenas a parte positiva do segmento que liga
20+R+16=100 o ponto médio desse intervalo com frequência do 0 |- ....
R=64
P=50; Q=28; R=64; S=7 Exemplo:

03. Resposta: E.
1 filho: 7 pessoas -7 filhos
2 filhos: 5 pessoas – 5.2=10 filhos
3 filhos: 3 pessoas – 3.3=9
Já são 26 filhos.
Temos mais 5 pessoas que tem mais de 3 filhos, o número
mínimo são 4 filhos.
5.4=20 Polígonos de frequência acumulada: marca-se as
26+20=46 filhos no mínimo. frequências acumuladas sobre perpendiculares ao eixo
horizontal, levantadas nos pontos correspondentes aos limites
HISTOGRAMAS, POLÍGONOS E CURVAS DE FREQUÊNCIA superiores dos intervalos de classe.
Cada valor da variável é marcado por um segmento de reta
Histogramas: Conjunto de retângulos justapostos, cujas vertical e de comprimento proporcional à respectiva frequência.
bases se localizam sobre o eixo horizontal, de tal modo que seus
pontos médios coincidam com os pontos médios dos intervalos
de classe.

A largura dos retângulos é igual a amplitude dos intervalos


de classe.

Também podemos representar a distribuição de frequência


pelo gráfico da frequência acumulada, o qual se apresentará com
pontos de descontinuidade nos valores observado da variável.

- Histograma goza de uma propriedade da qual faremos considerável uso: a área de um


histograma é proporcional à soma das frequências.

- No caso de usarmos as frequências relativas, obtemos um gráfico de área unitária.

- Quando queremos comparar duas distribuições, o ideal é fazê-lo pelo histograma de frequência
relativas.

Curvas de frequência – Curva polida


Polígonos de frequência: gráfico em linha sendo as
frequências marcadas sobre o eixo horizontal (perpendicular), Os dados coletados pertencem a uma amostra extraída de
levantadas pelos ponto médios. uma população, podemos imaginar as amostras tornando-se
cada vez mais amplas e a amplitude das classes ficando cada
vez menor, o que nos permite concluir que a linha poligonal
(contorno do polígono de frequência) tende a se transformar
em uma curva, mostrando de forma mais clara a verdadeira
natureza da distribuição da população.
O polígono de frequência nos dá a imagem real do
fenômeno e a curva de frequência nos dá a tendência.
Após traçado o polígono de frequência é necessário que
façamos muitas vezes um polimento, acrescendo ao mesmo mais
dados para que ele se torne uma curva. Tal polimento consiste
na eliminação dos vértices da linha poligonal. Conseguimos

Raciocínio Lógico 62
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APOSTILAS OPÇÃO
com isso o emprego de uma fórmula bastante simples, que a - Formas das curvas de frequência
partir das frequências reais, podemos obter novas frequências,
também chamadas de frequências calculadas, localizadas nos As curvas assumem as seguintes caraterísticas:
pontos médios (como o polígono de frequência).
1) Curva em forma de sino: caracterizam- se pelo fato de
A fórmula que nos dá a frequência calculada (fci): apresentar um valor máximo na região central.
Alguns exemplos que utilizam forma de sino são peso de
adultos, inteligência medida em testes, entre outros. Elas podem
ser:

Simétrica: apresentam valor máximo no ponto central e os


pontos equidistantes desse ponto terem a mesma frequência.
Onde:
fci  frequência calculada da classe considerada;

fi  frequência simples da classe considerada;

f i -1  é a frequência simples da classe anterior à classe considerada;

f i + 1  é a frequência simples da classe posterior à classe considerada;

Exemplo: Assimétrica: na prática não encontramos distribuição


Vamos pegar a tabela de distribuição de frequência das perfeitamente simétrica, elas são mais ou menos assimétricas,
estaturas dos alunos da 6ª serie de uma escola: em relação a frequência máxima. Assim as curvas apresentam
caudas de um lado ou de outro. Sendo que se a cauda ficar mais
alongada a direita a curva é chamada de assimétrica positiva
ou enviesada à direita, ou se for alongada a esquerda é
chamada de assimétrica negativa ou enviesada à esquerda,
como mostra a figura abaixo.

Vamos agora aplicar a fórmula, para calcularmos as novas


frequências acumuladas: 2) Curvas em forma de jota: são relativas a distribuição
extremamente assimétricas, caracterizadas por apresentar o
ponto de ordenada máxima em uma das extremidades.
Alguns exemplos são os dos fenômenos econômicos e
financeiros.

Montando a tabela com os novos valores de frequência


acumulada, temos:

3) Curvas em U: caracterizadas por apresentar ordenadas


máximas em ambas as extremidades.
Um exemplo é a curva da mortalidade por idade.

4) Distribuição retangular: este tipo é muito raro, apresenta


Montando o gráfico da curva temos: todas as classes com a mesma frequência. Essa distribuição seria
representada por um histograma em que todas as colunas teriam
a mesma altura ou por um polígono de frequência reduzido a um
segmento de reta horizontal.

Referências
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo -
Editora Saraiva: 2002

Raciocínio Lógico 63
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APOSTILAS OPÇÃO
MEDIA ARITMÉTICA E PONDERADA
A média aritmética ponderada dos n elementos do
MÉDIA ARITMÉTICA conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada
elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e efetue pela soma dos pesos.
uma certa operação com todos os elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto Exemplos:
A por um número x de modo que o resultado da operação citada 1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35,
seja o mesmo diz-se, por definição, que x será a média dos 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente.
elementos de A relativa a essa operação.
Se x for a média aritmética ponderada, então:
Média Aritmética Simples
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
adição é chamada média aritmética.
A média aritmética ponderada é 18.
- Cálculo da média aritmética
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto 2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de
numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: pescadores anotou a quantidade de peixes capturada de cada
espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado
em Campo Grande.
Tipo de peixe Quilo de peixe pescado Preço por
quilo
Peixe A 18 R$ 3,00
A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto
numérico A é a soma de todos os seus elementos, dividida Peixe B 10 R$ 5,00
pelo número de elementos n. Peixe C 6 R$ 9,00

Exemplos: Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe


1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, vendido pelos pescadores ao supermercado.
e 13. Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, do peixe e fazendo a leitura da tabela, concluímos que foram
4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida por pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de
5. Assim: peixe ao valor unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de R$
9,00.
Vamos chamar o preço médio de p:

A média aritmética é 7. Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de peixes


capturadas de cada espécie.
2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro estão
indicados a seguir: A palavra média, sem especificações (aritmética ou
65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90 ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65
Questões
Se somarmos todos os valores teremos:
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/
SP – Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico –
VUNESP/2014) Na festa de seu aniversário em 2014, todos
Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de os sete filhos de João estavam presentes. A idade de João nessa
turistas foi de R$ 71,70. ocasião representava 2 vezes a média aritmética da idade de
seus filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de
Média aritmética ponderada João valia
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à (A) 1,5.
adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é (B) 2,0.
chamada média aritmética ponderada. (C) 2,5.
(D) 3,0.
- Cálculo da média aritmética ponderada (E) 3,5.
Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do
conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3; ...; 02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os censos
Pn, respectivamente, então, por definição: populacionais produzem informações que permitem conhecer a
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x = distribuição territorial e as principais características das pessoas
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x = e dos domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo, e
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto, planejar adequadamente o uso sustentável dos recursos, sendo
imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada
de decisões de investimento. Constituem a única fonte de
referência sobre a situação de vida da população nos municípios
e em seus recortes internos – distritos, bairros e localidades,
rurais ou urbanos – cujas realidades socioeconômicas dependem
dos resultados censitários para serem conhecidas.
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então: que é a média http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/
aritmética simples. default.shtm
(Acesso dia 29/08/2011)
Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a distribuição

Raciocínio Lógico 64
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APOSTILAS OPÇÃO
entre homens e mulheres no território brasileiro. A seguir parte Tabela de Frequências: Como o nome indica, conterá
da pirâmide etária da população brasileira disponibilizada pelo os valores da variável e suas respectivas contagens, as quais
IBGE. são denominadas frequências absolutas ou simplesmente,
frequências. No caso de variáveis qualitativas ou quantitativas
discretas, a tabela de frequência consiste em listar os valores
possíveis da variável, numéricos ou não, e fazer a contagem
na tabela de dados brutos do número de suas ocorrências. A
frequência do valor i será representada por ni, a frequência total
por n e a frequência relativa por fi = ni/n.
Para variáveis cujos valores possuem ordenação natural
http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php (qualitativas ordinais e quantitativas em geral), faz sentido
(Acesso dia 29/08/2011) incluirmos também uma coluna contendo as frequências
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de acumuladas f ac, obtidas pela soma das frequências de todos os
homens e mulheres, por faixa etária de uma determinada cidade. valores da variável, menores ou iguais ao valor considerado.
(Dados aproximados) No caso das variáveis quantitativas contínuas, que podem
Considerando somente a população masculina dos 20 aos assumir infinitos valores diferentes, é inviável construir a
44 anos e com base no quadro abaixo a frequência relativa, dos tabela de frequência nos mesmos moldes do caso anterior, pois
homens, da classe [30, 34] é: obteríamos praticamente os valores originais da tabela de dados
brutos. Para resolver este problema, determinamos classes ou
faixas de valores e contamos o número de ocorrências em cada
faixa. Por ex., no caso da variável peso de adultos, poderíamos
adotar as seguintes faixas: 30 |— 40 kg, 40 |— 50 kg, 50 |—
60, 60 |— 70, e assim por diante. Apesar de não adotarmos
nenhuma regra formal para estabelecer as faixas, procuraremos
utilizar, em geral, de 5 a 8 faixas com mesma amplitude.
Eventualmente, faixas de tamanho desigual podem ser
(A) 64%. convenientes para representar valores nas extremidades da
(B) 35%. tabela. Exemplo:
(C) 25%.
(D) 29%.
(E) 30%.
Respostas

01. Resposta: E.
Foi dado que: J = 2.M

(I)
Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras,
representamos os valores da variável no eixo das abscissas e
Foi pedido: suas as frequências ou porcentagens no eixo das ordenadas.
Para cada valor da variável desenhamos uma barra com altura
correspondendo à sua frequência ou porcentagem. Este tipo de
Na equação ( I ), temos que:
gráfico é interessante para as variáveis qualitativas ordinais ou
quantitativas discretas, pois permite investigar a presença de
tendência nos dados. Exemplo:
Diagrama Circular: Para construir um diagrama circular
ou gráfico de pizza, repartimos um disco em setores circulares
correspondentes às porcentagens de cada valor (calculadas
multiplicando-se a frequência relativa por 100). Este tipo de
gráfico adapta-se muito bem para as variáveis qualitativas
nominais. Exemplo:

02. Resposta: E. Histograma: O histograma consiste em retângulos


[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: contíguos com base nas faixas de valores da variável e com área
300+400+600+500+200= 2000 igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a
altura de cada retângulo é denominada densidade de frequência
ou simplesmente densidade definida pelo quociente da área
pela amplitude da faixa. Alguns autores utilizam a frequência
absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o
DADOS, TABELAS E GRÁFICOS que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más
interpretações) quando amplitudes diferentes são utilizadas nas
Tipos de gráficos: Os dados podem então ser representados faixas. Exemplo:
de várias formas:
Pictogramas
Desenhos ilustrativos

Raciocínio Lógico 65
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APOSTILAS OPÇÃO
Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para apresentar 15,0 1
observações medidas ao longo do tempo, enfatizando sua
tendência ou periodicidade. Exemplo: Pode-se concluir que
(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
Polígono de Frequência: (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos salários.
pontos médios das classes. Exemplo: (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda
total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda
total.

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)


Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte, em
que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.
xi fi
30-35 4
Gráfico de Ogiva:
Apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, 35-40 12
utiliza uma poligonal ascendente utilizando os pontos extremos. 40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40

Assinale a alternativa em que o histograma é o que


melhor representa a distribuição de frequência da tabela.
(A)
Questões

01. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal –


CESPE/2015)

(B)

(C)

(D)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações) (E)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no


sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse
ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre
o déficit de vagas no sistema penitenciário e a quantidade de
detentos no sistema penitenciário — registrado em todo o Respostas
Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5
detentos por 100 mil habitantes. 01. Resposta: CERTA.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, 555----100%
julgue o item a seguir. 306----x
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil X=55,13%
se encontrava na região Sudeste.
02. Resposta: D.
( )certo ( ) errado (A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa
02. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A alternativa é errada, pois seriam 12.
distribuição de salários de uma empresa com 30 funcionários (C)10% são 3 funcionários
é dada na tabela seguinte.  (D) 40% de 104 seria 41,6
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta,
Salário (em salários mínimos) Funcionários pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior.
1,8 10 (E) 6 dos trabalhadores: 18
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais.
2,5 8
03. Resposta: A.
3,0 5 A menor deve ser a da primeira 30-35
5,0 4 Em seguida, a de 55
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40
8,0 2

Raciocínio Lógico 66
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CONHECIMENTOS GERAIS E
ATUALIDADE

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APOSTILAS OPÇÃO

destinam a promover essa mesma renovação, fazendo a


apologia da intuição.

ÉTICA DO VALOR DE SCHELER, HARTMANN E WAGNER

Os referidos autores desenvolveram estudos de rara


expressão sobre o conceito de valor e que, segundo
Abbagnano, veio substituir a noção de bem que era a
Ética: conceito, primeira predominante nos domínios da Ética, mas poucos filósofos
concepção, variados aspectos de tiveram a virtude da clareza e da facilidade de expressão que
Wagner empregou em seu trabalho premiado. Wagner enfoca
análise da ética no entendimento a conquista da energia, o preço da vida, a obediência, a
dos pensadores clássicos, estudos simplicidade, a guarda interior, a educação heroica, os
da Ética pelos pensadores começos difíceis, o esforço e o trabalho, a fidelidade, a
jovialidade, a honra viril, o medo, o combate, o espírito de
modernos defesa, a bondade reparadora, formas comportamentais que
considerou relevantes e o faz de maneira a ressaltar em tudo o
valor como o que se deve eleger para a qualidade de vida.
INTRODUÇÃO GERAL E PRIMEIRA CONCEPÇÃO DE ÉTICA O trabalho de Scheler centrou-se no combate a uma ética
material do bem, ou seja, aquela que considera este apenas
SENTIDO AMPLO DE ÉTICA como desejo ou vontade própria, sem que isto possa
representar um efeito perante os agregados humanos. Para
Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido ele, a Ética não se baseia nem na noção de bem, nem em
entendida como a ciência da conduta humana perante seus aspirações desejadas, mas na intuição emotiva dos valores,
semelhantes. Ela envolve os estudos de aprovação ou observados em suas diversas hierarquias.
desaprovação das ações dos homens, encara a virtude como Hartmann segue, nesse pensamento, o que Scheler
prática do bem e como promotora da felicidade dos seres, quer também defendeu como princípio: concebe uma esfera ideal
individualmente, quer coletivamente, e analisa a vontade e o ética. A defesa da hierarquia de valores não é só defendida por
desempenho virtuoso do ser em face de suas intenções e estes pensadores, mas também outras questões sobre o valor,
atuações, relativos à própria pessoa ou em face da na Ética, surgiram através dos estudos dos seus aspectos, ou
comunidade. seja, se algo é conectado com o homem ou se é algo
independente; se fundando no ressentimento, ou no vital, ou
VARIADOS ASPECTOS DE ANÁLISE DA ÉTICA NO seja, qual o parâmetro para a atribuição do valor.
ENTENDIMENTO DOS PENSADORES CLÁSSICOS
Referências Bibliográficas:
Após as ideias genéricas sobre Ética, é preciso esclarecer
sobre dois aspectos aceitos pelos estudiosos: COELHO, Paulo Sérgio Monteiro; GUIMARÃES, Tuanny; SÁ,
Ricky Luís Pinto. Resumo do livro “Ética Profissional”.
1° - Como ciência que estuda a conduta dos seres humanos, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - FACULDADE DE
que cuida das formas ideais da ação humana e busca a essência ESTUDOS SOCIAIS. Disponível em:
do Ser, procurando conexões entre o material e o espiritual. http://docslide.com.br/documents/resumo-do-livro-
2° - Como ciência que busca os modelos da conduta etica-profissional-lopes-sa.html.
conveniente, objetiva, dos seres humanos.
Questões
O primeiro situa-se no campo do ideal e o segundo das
forças que determinam a conduta, um estuda a essência e 01. (CRN/3R/SP e MS – Assistente Administrativo –
outro as relações que influenciam a conduta. Quadrix/2014) O ramo da filosofia que trata dos costumes ou
Comum entre tais aspectos é, todavia, a análise do bem, dos deveres do homem para com seus semelhantes e para
como prática de amor em suas variadas formas; igualmente consigo, sobre como se deve viver e, portanto, sobre a natureza
relevante destaca-se o da conduta respeitosa que evita de certo e errado, bem e mal, dever e obrigação, faz parte dos
prejudicar a terceiros, bem como o próprio ser. conceitos da:
(A) dialética
ESTUDOS DA ÉTICA PELOS PENSADORES MODERNOS (B) estética.
(C) essência.
Os filósofos modernos buscaram inspirações remotas para (D) ética.
seus estudos, mas, aplicaram alguns, certas doses de (E) teologia.
radicalismo, de acordo com suas preferências em entender o
ideal do bem e a conduta do ser. No pensamento moderno, 02. (CNEN – Assistente Administrativo –
todavia merecem destaque alguns filósofos que se dedicaram IDECAN/2014) “A ética é o campo do conhecimento que trata
ao assunto. da definição e avaliação do comportamento das pessoas e
organizações. A ética lida com a aprovação ou reprovação do
ÉTICA DE BERGSON comportamento observado em relação ao comportamento
ideal, sendo este definido por meio de um código de conduta,
Henri Bergson enfocou os estudos morais e éticos sob dois implícito ou explícito.” Segundo o conceito de Maximiano, a
ângulos distintos a que denominou de moral fechada e moral afirmativa anterior é
aberta, como conceitos de suas razões. (A) verdadeira.
Moral fechada é a derivada do instinto, na preservação das (B) falsa, pois o código de conduta é sempre explícito.
sociedades em que se grupam os seres. (C) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das
Admitindo a necessidade ou ideal de uma renovação pessoas.
moral, terminou ele por deduzir que existem forças que se

Conhecimentos Gerais e Atualidade 1


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APOSTILAS OPÇÃO

(D) falsa, pois a ética restringe-se à reprovação do


comportamento. Ética como doutrina da conduta
(E) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das
humana; gênese, formação e
organizações.
evolução da Ética; virtude como
03. (SEDS/TO – Assistente Socioeducativo – substância ética, dever, ética
FUNCB/2014) Em busca do comprometimento com o cidadão profissional, deveres
usuário e com a eficiência, a Administração Pública vem
realizando esforços para que seus agentes conheçam a ciência profissionais, ambiência e
que teoriza sobre as condutas humanas e sobre o conjunto de relações no desempenho ético-
valores que devem orientar o comportamento dos homens em
profissional
relação aos seus semelhantes. Tal ciência denomina-se:
(A) moral
(B) ética
(C) reflexologia. ÉTICA COMO DOUTRINA DA CONDUTA HUMANA
(D) principiologia.
Como móvel da conduta humana, a Ética tem uma
04. (SEDS/TO – Assistente Socioeducativo – concepção de objeto da vontade ou das regras que a
FUNCB/2014) A ética se apresenta como uma reflexão crítica direcionam.
sobre:
(A) política. CONDUTA HUMANA
(B) moralidade.
(C) ação. A conduta do ser é sua resposta a um estímulo mental, ou
(D) trabalho. seja, é uma ação que se segue ao comando do cérebro e que,
manifestando-se variável, também pode ser observada e
05. (ANTAQ – Conhecimentos Básicos – CESPE/2014) avaliada.
Considerando os conceitos de ética e moral, julgue o item A evolução conceptual é natural nas ciências e até no
abaixo. campo empírico; quanto mais evolui um conhecimento, tanto
A ética é a ciência do comportamento moral dos homens mais tende a ter mais e melhores conceitos.
em sociedade.
(....) Certo (....) Errado ÉTICA CONCEBIDA COMO DOUTRINA DA CONDUTA

06. (Prefeitura de Paranaguá/PR – Economista – O estudo doutrinário a respeito do motivo que leva a
FAFIPA/2016) Sobre a ética, assinale a alternativa produzir a conduta é um específico esforço intelectual; buscar
INCORRETA. conhecer o que promove a satisfação, prazer ou felicidade é,
(A) O objeto principal da ética, como ramo da filosofia, é a nessa forma de entender a questão, mais que analisar o bem
reflexão do comportamento humano através da análise dos como uma coisa isolada ou ideal, simplesmente.
valores e normas sociais vigentes em determinado lugar. A Ética, como estudo da conduta, todavia, já é percebida em
(B) Ética e moral nem sempre são sinônimos; a moral seria Protágoras, quando em seus ensinamentos pregava o que fazer
um conjunto de normas que podem variar com o momento para ser virtuoso perante terceiros.
histórico e cultural de cada sociedade, sendo, na verdade, o Xenofonte indicou caminhos de ação do homem para que
objeto de estudo da ética. fossem observados de forma adequada, perante cada um dos
(C) Ética vem da palavra romana ethos, que vem de mos ou aspectos de sua presença. Apresentou entendimentos de
mores do grego, que significa moral, caráter ou costumes. condutas que realmente nos parecem de uma lógica
(D) Muitos dividem a ética didaticamente em dois campos: irrepreensível, como o que diz respeito à gestão do bem
o primeiro cuida dos problemas gerais e fundamentais púbico, quando sugeriu que aquele que não sabe administrar
relacionados aos valores e normas da sociedade e o segundo, sua casa não sabe, também, administrar o Estado.
de áreas específicas, como a ética profissional etc.
GÊNESE, FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO ÉTICA
Respostas
Em que raízes se sustentam as condutas humanas, quais os
01. D/02. A/03.B/04.B/05. Certo/06. C. fundamentos do que é ético, só podemos encontrar respostas
remontando aos aspectos da gênese ou das formações
originárias de tal fenômeno.

BASES MENTAIS E CONDUTA

Os estudos científicos da mente chegaram a conclusões


comuns no que tange à influência dos conhecimentos
adquiridos nas primeiras idades, em relação às estruturas dos
pensamentos, logo, das ações. Parece não haver dúvida de que
a fonte das estruturas mentais, destinadas a seguirem, ao
longo da vida, como predominantes, são havidas no passado.
A educação deve dedicar-se a implantação de tais bases,
quer no lar, quer na escola e daí a importância máxima de
ambos; em que pesem as teses e doutrinas do valor e que
discutem sobre as estruturas educacionais do lar e da escola, é
sempre a família que se afirma com uma grande usina de
moldagem das consciências.

Conhecimentos Gerais e Atualidade 2


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APOSTILAS OPÇÃO

VIRTUDE COMO SUBSTÂNCIA ÉTICA A tutela do trabalho se processa pelo caminho da


existência de um ética, imposta pelos conselhos profissionais
Para Aristóteles as virtudes são chamadas de hábitos e de agremiações de classe.
dignos de louvor. O autor entende essa colocação analisando Mas, seja em que profissão se considere esta questão de
de forma particular de ver as coisas, ou seja, um olhar organização, o interesse apenas pessoal pode chegar a níveis
particular de um grupo. Mas ele entende também que os atos, altíssimos. E como não existem limites para ambições
para serem virtuosos, têm que estarem de acordo com a humanas, no campo da riqueza, a conduta pode tornar-se
prática do amor, não causando malefícios a si e nem a seu agressiva e inconveniente, e esta é uma das fortes razões pelas
semelhante, havendo sempre respeito a si a aos seus quais os códigos de ética quase sempre buscam maior
semelhantes. abrangência.
A força do favoritismo pode assumir proporções
CONCEITO GENÉRICO DE VIRTUDE ÉTICA asfixiantes para os profissionais menores, ou seja, a maioria.
A ausência de ética pode levar a discriminações e até a
A virtude a uma propriedade do espírito envolvida pelo políticas desumanas em âmbito internacional.
amor, pela sabedoria, pela ação e a prática do bem. Na ética a Portanto quando se referem à classe, ao social, não nos
virtude é um princípio, uma condição essencial, basilar à reportamos apenas a situações isoladas, a modelos
conduta. particulares, mas a modelos gerais.
O ser humano nasce com características que não se pode Como assevera Carrel: “Uma sociedade que reconhece o
definir, mas podemos moldá-las com a educação no lar, nas primado do econômico não se dá a virtude, porque a virtude
escolas, nas igrejas, nos clubes, nas diversas convivências. consiste em obedecer as leis da vida, e quando o homem se
Assim, com tudo isso, a virtude em um ser é definida na pratica reduz à atividade econômica, logo deixa de obedecer, quase
de atos morais, essenciais, íntimos da alma. que de todo, as regras da natureza”.
Para que os interesses de uma classe predomine, é preciso
DEVER PERANTE A ÉTICA que se acomode às normas, pois estas devem estar apoiadas
em princípios de virtude, pois só a virtuosa tem condições de
O dever ético é cumprir o que se faz útil e necessário à garantir o bem comum, a ética tem sido então o caminho justo,
sobrevivência harmônica. adequado, para o benefício de todos.

GÊNESES E A NATUREZA ÍNTIMA DO DEVER AMBIÊNCIA DESPREOCUPADA COM A MORAL

A reencarnação de um espírito pode nos trazer lembranças O choque entre a moral que a norma prescreve e exige
fortes que influenciam no comportamento. A história já como modelo e a prática da imoralidade, situam-se, também,
registrou muitos casos de homens de inteligência muito no problema ambiental.
superior, bem acima da média dos outros. O eletro Muito contribui para a quebra dos princípios morais o
encefalograma mostra atividades cerebrais, que não diferem verdadeiro bombardeio de informações imorais e
de uma pessoa para outra, por isso muito se acredita que a deformadoras das virtudes que se realizam, com naturalidade.
inteligência tem ligação com o espírito da pessoa. A lesão aos bons costumes, quando se consagra como prática
A consciência do homem faz com que ele pense no errado aceita socialmente, compromete o futuro das gerações futuras,
e no certo, no ético e no antiético, no justo e no injusto, e quem por desrespeito ao passado e negligência ao presente.
decide as ações é o próprio homem. Todos sabemos que as modificações sociais foram grandes
nos últimos trinta anos e que a face do mundo alterou-se
INDIVIDUALISMO E ÉTICA PROFISSIONAL quanto a costumes, mas é preciso almejar uma nova
civilização, sem destruir as raízes da virtude e que são perenes.
O ser humano tende a defender seus próprios interesses Referências Bibliográficas:
em primeiro lugar, e quando estes interesses, não são
recomendados, isso pode vir a trazer muitos problemas. COELHO, Paulo Sérgio Monteiro; GUIMARÃES, Tuanny; SÁ,
O trabalho passa a ter apenas um valor restrito quando é Ricky Luís Pinto. Resumo do livro “Ética Profissional”.
executado apenas no intuito de auferir renda. E nos serviços UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - FACULDADE DE
feitos com amor, com vistas ao beneficiamento de terceiros, ESTUDOS SOCIAIS. Disponível em:
trazendo como consequência o bem comum, passa a existir a http://docslide.com.br/documents/resumo-do-livro-
expressão social do mesmo. etica-profissional-lopes-sa.html.
O valor ético do esforço humano, é pois, variável de acordo
com seu alcance em face da comunidade. Questões
Quem só se preocupa com lucros, geralmente tende a ter
menor consciência de grupo. O fascínio pelo dinheiro, faz com 01. (MME – Nível Médio – CESPE/2013) Quando a
que haja total desinteresse pelo que ocorre com sua distribuição de bens por determinado agente público resulta
comunidade e com a sociedade da qual faz parte. em benefícios aos desfavorecidos, é correto afirmar que os
A consciência de grupo tem surgido mais por interesse da princípios e valores que regem a conduta desse agente se
defesa que por altruísmo, pois garantida a liberdade de baseiam em uma abordagem
trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o (A) com ênfase na garantia de oportunidades a todos.
individualismo pode transformar a vida dos profissionais em (B) convencional da ética e do direito público.
reciprocidade de agressão. (C) utilitária da ética e da justiça social.
Esta luta acontece através do aviltamento de preços, com (D) moralista dos direitos dos cidadãos.
propagandas enganosas, calúnias, difamações, tudo na ânsia (E) individualista da ética.
de ganhar o mercado e subtrair a clientela do colega,
reduzindo a concorrência. 02. (MPOG – Atividade Técnica – FUNCAB/2015) A ética
Diversos atos ilícitos podem surgir em nome de ambições, pode ser definida como:
deixando de existir limite para os desonestos, traidores e (A) um conjunto de valores genéticos que são passados de
ambiciosos. geração em geração.

Conhecimentos Gerais e Atualidade 3


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(B) um princípio fundamental para que o ser humano Deveres do cidadão


possa viver em família. Votar para escolher os governantes;
(C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, Cumprir as leis;
responsável pela investigação dos princípios que motivam, Educar e proteger seus semelhantes;
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento Proteger a natureza;
humano em sociedade. Proteger o patrimônio público e social do País.
(D) um comportamento profissional a ser observado
apenas no ambiente de trabalho. Direitos do cidadão
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público Direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência
em quaisquer situações e em qualquer tempo de seu cotidiano. social, lazer, entre outros;
O cidadão é livre para escrever e dizer o que pensa, mas
03. (MPOG – Atividade Técnica – FUNCAB/2015) A ética precisa assinar o que disse e escreveu;
pode ser definida como: Todos são respeitados na sua fé, no seu pensamento e na
(A) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, sua ação na sociedade;
responsável pela investigação dos princípios que motivam, O cidadão é livre para praticar qualquer trabalho, ofício ou
distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento profissão, mas a lei pode pedir estudo e diploma para isso;
humano em sociedade. Só o autor de uma obra tem o direito de usá-la, publicá-la e
(B) um comportamento profissional a ser observado tirar cópia, e esse direito passa para os seus herdeiros;
apenas no ambiente de trabalho. Os bens de uma pessoa, quando ela morrer, passam para
(C) um princípio fundamental para que o ser humano seus herdeiros;
possa viver em família. Em tempo de paz, qualquer pessoa pode ir de uma cidade
(D) um conjunto de valores genéticos que são passados de para outra, ficar ou sair do país, obedecendo a lei feita para
geração em geração. isso.
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público
em quaisquer situações e em qualquer tempo de seu cotidiano. DIREITOS HUMANOS

Respostas 1- Conceito.
São direitos protegidos pela ordem internacional
01. C/02. C/03. A. (especialmente por meio de tratados multilaterais, globais ou
regionais) contra as violações e arbitrariedades que um Estado
possa cometer às pessoas sujeitas à sua jurisdição.1
Cidadania: conceito, direitos
Esses direitos estabelecem um nível protetivo mínimo que
humanos, estado de direito, cada Estado deve respeitar, sob pena de ser responsabilizado
a Constituição de 1988. internacionalmente.

É importante ressaltar que no tocante aos direitos


humanos, não importa a nacionalidade da vítima havendo a
Cidadania: conceito.
violação de um direito por ato de um Estado haverá a
responsabilização.
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis,
políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país.
2- Características dos direitos humanos.
Também podemos defini-la como condição do cidadão,
indivíduo que vive de acordo com um conjunto de estatutos
a- historicidade: são direitos que vão se construindo ao
pertencentes a uma comunidade politicamente e socialmente
longo dos tempos. Os direitos humanos só ganharam
articulada.
importância com o fim da Segunda Grande Guerra Mundial.
O sinônimo de uma boa cidadania é a interligação de
b- universalidade: para ser titular do direito basta a
direitos e deveres, e o respeito e cumprimento de ambos
condição de pessoa humana.
contribuem para uma sociedade mais equilibrada e justa.
c- inalienabilidade: os direitos humanos são
O exercício da cidadania exige a consciência sobre seus
intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, ou seja, não
direitos e obrigações, garantindo que estes sejam colocados
podem ser comercializados pela pessoa tutelada por esse
em prática.
direito, o que evidencia uma limitação do princípio da
Em resumo, exercer a cidadania é estar em pleno gozo das
autonomia privada.
disposições constitucionais.
d- irrenunciabilidade: os direitos humanos não podem
ser renunciados por seus titulares, ainda que pretendam fazê-
A cidadania só pode ser exercida plenamente quando o
lo, pelo fato de que a dignidade humana deve ser observada e
cidadão possui uma educação de qualidade.
respeitada pela simples condição humana. Assim, qualquer
renúncia a direitos humanos é considerada nula.
Como eu adquiro a cidadania brasileira?
e- essencialidade: são direitos essenciais ao ser humano,
Para ter cidadania brasileira, a pessoa deve ter nascido em
tendo por conteúdo valores supremos e a prevalência da
território brasileiro ou solicitar a sua naturalização, em caso
dignidade da pessoa humana.
de estrangeiros. No entanto, os cidadãos de outros países que
f- inexauribilidade: significa que esses direitos não se
desejam adquirir a cidadania brasileira devem obedecer todas
esgotam, é possível a expansão deles com acréscimo a
as etapas requeridas para este processo.
qualquer tempo, desde que siga a forma prevista no §2º do art.
Uma pessoa pode ter direito a dupla cidadania, isso
5º da Constituição Federal.
significa de deve obedecer os diretos e deveres dos países em
g. Proibição do retrocesso (efeito cliquet): depois de
que foi naturalizada.
reconhecido e assegurado o direito humano, ele não pode ser
suprimido.
Veja alguns dos principais deveres e direitos dos cidadãos:

1 Mazzuoli, Valerio de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. Método.

Conhecimentos Gerais e Atualidade 4


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h- imprescritibilidade: esses direitos não se perdem no Marco teórico dessa dimensão dos direitos humanos é a
tempo. magna carta de 1215 até o século XVIII.
Esses direitos são direitos de liberdade lato sensu. Os
3- Evolução histórica dos Direitos Humanos. titulares desses direitos são o indivíduo, portanto, são
oponíveis ao Estado.
Em decorrência da corrente jusnaturalista identificamos Neste período passa-se a cunhar a figura do Estado liberal,
que os direitos humanos existem desde os tempos primórdios. ou Estado mínimo, ou seja, seria o reconhecimento de que deve
Com a chegada da antiguidade, começamos a identificar os haver regulamentações mínimas das relações sociais, para que
primeiros textos escritos que positivam direitos humanos. De haja uma maior autonomia, liberdade e emancipação do ser
acordo com a doutrina, o Código de Hamurabi é o primeiro humano, que seria o responsável por ditar as regras do seu dia
texto escrito que incorpora direitos, considerados a aquele a dia.
tempo, como direitos humanos. Em resumo, nada mais são do que os direitos civis e
O Código de Hamurabi foi elaborado pelo então imperador políticos.
Hamurabi, que foi o responsável pela unificação da
Mesopotâmia. 2ª geração: direitos econômicos sociais e culturais.
O Código de Hamurabi é conhecido em sobrepor a Nascem a partir do século XX. São direitos de igualdade
necessidade de vingança e de reparação do patrimônio da lato sensu.
pessoa, ainda que seja necessário sacrificar outros interesses Essa geração prega a necessidade de implementação de
como, por exemplo, a integridade física, ou até a vida. Mesmo prestações positivas, pelo Estado, aptas a gerar uma igualdade
com esse perfil rigoroso notamos a influência do código de material na sociedade.
Hamurabi na atualidade. É nessa geração que surge a busca pela igualdade material,
ou seja, aquela que sugere, todos devem ser iguais, mas na
Avançando na evolução, chegamos no marco histórico do medida da sua desigualdade, e é isso que permite a criação de
constitucionalismo. É com o constitucionalismo que um ações positivas que buscam eliminar esse desequilíbrio que
conjunto de Estados passam a reconhecer de uma forma geral, existem em determinadas categorias da sociedade.
a existência de um piso mínimo de direitos. Os textos positivados relevantes da época são a
Esse é o período relevante porque ele aponta a partir daí, Constituição Francesa, a Constituição Mexicana de 1917 e a
conformações, interesses políticos econômicos sociais comuns Constituição Alemã de Weimar de 1919.
a um conjunto de países. Em resumo, são direitos econômicos, sociais e culturais.
Esse conjunto de ideias e de valores dos direitos humanos,
durante esse período do constitucionalismo, passou também a 3ª geração: direitos globais dos direitos humanos.
sofrer interações políticas, econômicas, sociais, que levam a Esses direitos estão assentados na fraternidade, como
nova divisão e identificação em momentos da evolução desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, à comunicação e ao
histórica dos direitos humanos. patrimônio comum da humanidade.
O período de surgimento é a metade do século XX.
Mesmo com o constitucionalismo não é possível identificar Surgir a proteção de direitos meta individuais ou de
uma uniformidade, senso comum do que vinha a ser direitos direitos difusos, podendo ser exemplificado, aqui no Brasil, o
humanos. Assim, a doutrina criou fases, dimensões, gerações surgimento de diversos estatutos que protegem categorias de
para buscar identificar esses direitos humanos. Essas fases pessoas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a lei
variam de acordo com as relações vigentes na sociedade e Maria da Penha, o Estatuto do Idoso, todas as legislações que
relações jurídicas mantidas entre as pessoas/sociedade e com buscam eliminar essa desigualdade, presente na segunda
o Estado. dimensão, mas também conferir um conceito de tutela difusa
desta categoria de pessoas.
É a partir do constitucionalismo que se valendo da
evolução gradual dos antecedentes históricos, textos escritos 4ª geração: direitos da solidariedade.
que passaram a positivar os direitos humanos, que a doutrina No Brasil o defensor dessa geração é Paulo Bonavides.
passa a identificar valores comuns e universais num conjunto Segundo o professor, essa quarta geração resulta da
de país. globalização dos direitos fundamentais, dentre eles
encontramos o direito à democracia, o direito ao pluralismo e
Porém, a partir desse constitucionalismo também são o direito à informação.
identificadas variantes nas historicidades dos direitos
humanos, de modo a que se passa a dividir a evolução histórica Questões
suscetível durante os séculos vindouros em fases, dimensões,
categorias ou gerações dos direitos humanos. 01. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário –
FUNCAB/2016). Acerca do conceito e estrutura dos direitos
Segundo o professor Valério de Oliveira Mazzuoli, a humanos, assinale a assertiva correta.
proposta de triangulação dos direitos humanos em “gerações” (A) Os direitos humanos têm estrutura variada, podendo
é atribuída a Karel Vasak, que a apresentou em conferência ser: direito-pretensão, direito-liberdade, direito-poder e,
ministrada no Instituto Internacional de Direitos Humanos finalmente, direito-imunidade.
(Estrasburgo) em 1979, inspirado no lema da Revolução (B) Os direitos humanos são os essenciais e dispensáveis à
Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade.2 vida digna.
(C) O direito-pretensão consiste na autorização dada por
Vejamos cada uma dessas gerações/dimensões dos uma norma a uma determinada pessoa, impedindo que outra
direitos humanos: interfira de qualquer modo.
(D) O direito-liberdade implica uma relação de poder de
1ª geração: direitos civis, também chamados de uma pessoa de exigir determinada sujeição do Estado ou de
liberdades públicas, liberdades negativas, liberdades outra pessoa.
clássicas ou direitos liberais.

2 Curso de Direitos Humanos. Método. 2014.

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(E) O direito-poder consiste na busca de algo, gerando a 06. (SEGEP-MA - Agente Penitenciário –
contrapartida de outrem do dever de prestar. FUNCAB/2016) A característica que consiste no
reconhecimento de que todos os direitos humanos possuem a
02. (MPE/SC - Promotor de Justiça - MPE/SC/2016) mesma proteção jurídica, uma vez que são essenciais para uma
Julgue o item a seguir: vida digna corresponde à:
(A) indivisibilidade.
Conceitualmente, os direitos humanos são os direitos (B) universalidade.
protegidos pela ordem internacional contra as violações e (C) indisponibilidade.
arbitrariedades que um Estado possa cometer às pessoas (D) inalienabilidade.
sujeitas à sua jurisdição. Por sua vez, os direitos fundamentais (E) imprescritibilidade.
são afetos à proteção interna dos direitos dos cidadãos, os
quais encontram-se positivados nos textos constitucionais 07. (FEPESE) São características da Declaração Universal
contemporâneos. dos Direitos Humanos.
( ) Certo 1. universalidade.
( ) Errado 2. efetividade.
3. indivisibilidade.
03. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário -
FUNCAB/2016) A característica que consiste no Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
reconhecimento de que todos os direitos humanos possuem a corretas.
mesma proteção jurídica, uma vez que são essenciais para uma (A) É correta apenas a afirmativa 1.
vida digna corresponde à: (B) É correta apenas a afirmativa 2.
(A) indivisibilidade. (C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
(B) universalidade. (D) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
(C) indisponibilidade. (E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
(D) inalienabilidade.
(E) imprescritibilidade. 08. (PC/SP - Investigador de Polícia – VUNESP) O ano de
1948 representou um marco histórico mundial no tocante aos
04. (PC/SP - Atendente de Necrotério Policia – direitos humanos, pois foi nesse ano que:
VUNESP) Assinale a alternativa correta com relação ao (A) foi criada a Corte Internacional dos Direitos Humanos.
conceito de direitos humanos. (B) aconteceu a Independência dos Estados Unidos da
(A) Direitos humanos é uma forma sintética de se referir a América
direitos fundamentais da pessoa humana, aqueles que são (C) eclodiu a Revolução Francesa, trazendo os ideais de
essenciais à pessoa humana, que precisa ser respeitada pela liberdade, igualdade e fraternidade
dignidade que lhe é inerente. (D) foi outorgada a Carta Magna na Inglaterra
(B) Direitos humanos são aqueles que estão previstos de (E) foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos do
forma expressa em uma Constituição e que se referem Homem.
somente a direitos das pessoas que respondem a um inquérito
ou a um processo penal. 09. (DPE/PI – Defensor– CESPE) A respeito do
(C) Como os direitos humanos são inerentes à natureza desenvolvimento histórico dos direitos humanos e seus
humana, somente derivam do espírito humano e não devem marcos fundamentais, assinale a opção correta.
ser positivados nas leis. (A) Os direitos fundamentais surgem todos de uma vez,
(D) No âmbito da filosofia, a expressão direitos humanos não se originam de processo histórico paulatino.
significa a independência do ser humano, tratando (B) Não há uma correlação entre o surgimento do
exclusivamente do direito de liberdade. cristianismo e o respeito à dignidade da pessoa humana.
(E) Considerando o que prevê a Constituição de 1988, os (C) As gerações de direitos humanos mais recentes
direitos humanos se dão por meio da propriedade, que se substituem as gerações de direitos fundamentais mais antigas.
impõe como um valor incondicional e insubstituível, que não (D) A proteção dos direitos fundamentais é objeto também
admite equivalente. do direito internacional.
(E) A ONU é o órgão responsável pela UDHR e pela
05. (SEGEP-MA - Procurador do Estado – FCC/2016) No Declaração Americana de Direitos.
que tange às características e especificidades dos Direitos
Humanos: 10. (DPE/MS – Defensor– VUNESP) Quando se fala em
(A) A irrenunciabilidade determina que a autorização ou Direitos Humanos, considerando sua historiciedade, é correto
consentimento do titular do direito humano não justifica ou dizer que
convalida qualquer violação ao seu conteúdo. (A) somente passam a existir com as Declarações de
(B) A imprescritibilidade implica o reconhecimento de que Direitos elaboradas a partir da Revolução Gloriosa Inglesa de
os direitos humanos podem ser reivindicados a qualquer 1688.
tempo, com exceção dos direitos humanos de terceira geração (B) foram estabelecidos, pela primeira vez, por meio da
que prescrevem nos termos da legislação nacional. Carta Magna de 1215, que é a expressão maior da proteção dos
(C) A indivisibilidade é caracterizada pela primazia Direitos do Homem em âmbito universal.
conferida aos direitos civis e políticos em relação aos direitos (C) a concepção contemporânea de Direitos Humanos foi
econômicos, sociais e culturais. introduzida, em 1789, pela Declaração dos Direitos do Homem
(D) A interdependência ou interrelação transmite a ideia e do Cidadão, fruto da Revolução Francesa.
de que a dignidade da pessoa humana pode ser protegida de (D) a internacionalização dos Direitos Humanos surge a
forma fragmentada em algumas situações, na medida em que partir do Pós-Guerra, como resposta às atrocidades cometidas
há direitos humanos mais essenciais que outros. durante o nazismo.
(E) A inexaurabilidade representa a taxatividade, ou seja, a
limitação na consagração de novos direitos humanos. 11. (PC/SP - Delegado - PC/SP) Quando, no final do
século XVIII, foram declarados os direitos fundamentais, eram
encarados essencialmente como

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(A) interesses coletivos não individualizáveis cumprimento das regras e dos limites por ele mesmo
(B) proliferação dos direitos naturais e objetivos impostos;
(C) expressões da liberdade humana em face do Poder 3- o terceiro aspecto, que se liga diretamente ao segundo,
(D) objetivos políticos efetivamente protegidos é a característica de que, no estado de direito, o poder estatal
(E) vulgarização e trivialização dos direitos naturais é limitado pela lei, não sendo absoluto, e o controle desta
limitação se dá através do acesso de todos ao Poder Judiciário,
12. (VUNESP) Documento histórico relevante na evolução que deve possuir autoridade e autonomia para garantir que as
dos direitos humanos, elaborado no século XIII, que regulava leis existentes cumpram o seu papel de impor regras e limites
várias matérias, de sentido puramente local ou conjuntural, ao ao exercício do poder estatal.
lado de outras que constituem as primeiras fundações da
civilização moderna, que considera que o rei se encontra Curiosidade:
vinculado pelas próprias leis que edita e que traz a essência do O livro “Die deutsche Polizeiwissenschaft nach den
princípio do devido processo legal em seu texto. Grundsätzen des Rechtsstaates” (A Ciência Policial Alemã de
acordo com os princípios do estado de Direito), do escritor
Tal descrição se refere à: alemão Robert von Mohl, é considerado obra seminal,
(A) Lei de Habeas Corpus (ou Habeas Corpus Act). inauguradora do pensamento teórico sobre o "império da lei".
(B) Declaração de Direitos da Inglaterra (ou Bill of Rights). A obra foi escrita entre 1832 e 1834 e publicada em 1835.
(C) Declaração de Independência dos Estados Unidos da
América. CONSTITUIÇÃO DE 1988
(D) Magna Carta (ou Magna Charta Libertatum).
(E) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão Segue abaixo artigos considerados mais relevantes para a
sua prova acerca da Constituição Federal.
Respostas
01. A / 02. Certo / 03. A / 04. A / 05. A. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
06. A. / 07. E / 08. E / 09. D. / 10. D. BRASIL DE 1988.
11. C. / 12. D
PREÂMBULO
ESTADO DE DIREITO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Entendemos como Estado de Direito aquele em que o Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
poder exercido é limitado pela Ordem Jurídica vigente, que irá Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos
dispor, especificamente, desde a forma de atuação do Estado, sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
suas funções e limitações, até às garantias e direitos dos desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
cidadãos. Isso significa que tanto Estado, quanto seus supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
indivíduos são submetidos ao Direito. preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
O Estado de direito surge por oposição ao Estado controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
absolutista, em que o rei se encontrava acima de todos os seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
cidadãos e podia ordenar e mandar sem que mais nenhum BRASIL.
poder lhe fizesse contrapeso. O Estado de direito, por sua vez,
supõe que o poder surge do povo, o qual elege os seus Dos Princípios Fundamentais
representantes para o governo.
Os princípios fundamentais da Constituição Federal de
A partir do desenvolvimento do Estado de direito, aparece 1988 estão localizados no Título I, artigos 1º a 4º.
a divisão de poderes (o Poder Legislativo, o Poder Judicial e o Inicialmente, temos que a República Federativa do Brasil é
Poder Executivo, três instâncias que, no Estado absolutista, se formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
reuniam na figura do rei). Desta forma, os tribunais tornam-se Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático de
autónomos relativamente ao soberano e aparece o parlamento Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a
para fazer frente e oposição ao poder do governante. dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa e o pluralismo político.
Encontramos intrinsecamente ligado ao Estado de Direito Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
a noção de democracia, uma vez que supõe que o povo tem o representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
poder e o exerce através das eleições ao eleger os seus Constituição.
representantes. Dispõe ainda sobre a divisão dos Poderes da União, sendo
Em todo o caso, há que ter em conta que a democracia não esta constituída em três: o Poder Executivo, o Poder
implica que exista um verdadeiro Estado de direito. Um líder Legislativo e o Poder Judiciário. São eles independentes e
pode chegar ao poder por vias democráticas e depois abolir o harmônicos entre si.
Estado de direito, como foi o caso de Adolf Hitler na Alemanha. Com relação aos objetivos fundamentais do Estado
Também podem existir governos que respeitam o brasileiro, tem-se que a República Federativa do Brasil
funcionamento democrático perante determinadas questões buscará a construção de uma sociedade livre, justa e solidária,
mas que violam o Estado de direito perante outras. trabalhará para garantir o desenvolvimento nacional,
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
Não podemos esquecer que o estado de direito é aquele em desigualdades sociais e regionais além de promover o bem de
que vigora o chamado "império da lei". Esta expressão engloba todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
alguns significados: quaisquer outras formas de discriminação.
1- neste tipo de estado, as leis são criadas pelo próprio E, por fim, disciplina o artigo 4º os princípios que regem o
Estado, através de seus representantes politicamente Brasil em suas relações internacionais.
constituídos;
2- uma vez que o Estado criou as leis e estas passam a ser
eficazes (isto é, aplicáveis), o próprio Estado fica adstrito ao

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Dos Direitos e Garantias Fundamentais Desastre ou prestar socorro Desastre ou prestar socorro
A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu Título II os Determinação judicial --
direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco
capítulos: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
nacionalidade, direitos políticos e partidos políticos. comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
Dica! Leitura atenta no art. 5º, tendo em vista que é um dos hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
mais cobrados nas provas. Diante da importância desse artigo investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei
o disponibilizaremos nº 9.296, de 1996).

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos A interceptação só pode ocorrer com ordem judicial, para
fins de investigação criminal ou instrução processual penal,
A Constituição de 1988 foi a primeira a estabelecer direitos sob pena de constituir prova ilícita.
não só de indivíduos, mas também de grupos sociais, os
denominados direitos coletivos. As pessoas passaram a ser XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
coletivamente consideradas. Por outro lado, pela primeira vez, profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
junto com direitos foram estabelecidos expressamente estabelecer;
deveres fundamentais. Tanto os agentes públicos como os XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e
indivíduos têm obrigações específicas, inclusive a de respeitar resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
os direitos das demais pessoas que vivem na ordem social. profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo
TÍTULO II de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
CAPÍTULO I XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos exigido prévio aviso à autoridade competente;
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos vedada a de caráter paramilitar;
termos seguintes: XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
nos termos desta Constituição; interferência estatal em seu funcionamento;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
alguma coisa senão em virtude de lei; dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
desumano ou degradante; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o permanecer associado;
anonimato; XXI - as entidades associativas, quando expressamente
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à judicial ou extrajudicialmente;
imagem; XXII - é garantido o direito de propriedade;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
suas liturgias; interesse social, mediante justa e prévia indenização em
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva; Desde que sejam obedecidos alguns requisitos o
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de proprietário poderá ter subtraída a coisa de sua
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se propriedade. São eles:
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e - Necessidade pública;
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; - Utilidade pública;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, - Interesse social;
científica e de comunicação, independentemente de censura - Justa e prévia indenização; e
ou licença; - Indenização em dinheiro.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
dano material ou moral decorrente de sua violação; competente poderá usar de propriedade particular,
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em dano;
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,
ou, durante o dia, por determinação judicial; desde que trabalhada pela família, não será objeto de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
Durante o dia Durante a noite atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de
financiar o seu desenvolvimento;
Consentimento do morador Consentimento do morador
Caso de flagrante delito Caso de flagrante delito

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Súmula 364-STJ: O conceito de impenhorabilidade XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem
de bem de família abrange também o imóvel pena sem prévia cominação legal;
pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em


Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel vigor, não se admitindo sua retroatividade maléfica. Não
residencial do devedor que esteja locado a terceiros, pode retroagir, salvo se beneficiar o réu.
desde que a renda obtida com a locação seja revertida
para a subsistência ou a moradia da sua família.
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos
direitos e liberdades fundamentais;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
a) a proteção às participações individuais em obras entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
nas atividades desportivas; executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação
das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e constitucional e o Estado Democrático;
associativas; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o patrimônio transferido;
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
do País; entre outras, as seguintes:
XXX - é garantido o direito de herança; a) privação ou restrição da liberdade;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País b) perda de bens;
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou c) multa;
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável d) prestação social alternativa;
a lei pessoal do "de cujus"; e) suspensão ou interdição de direitos;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do XLVII - não haverá penas:
consumidor; a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos do art. 84, XIX;
informações de seu interesse particular, ou de interesse b) de caráter perpétuo;
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena c) de trabalhos forçados;
de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja d) de banimento;
imprescindível à segurança da sociedade e do e) cruéis;
Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011). XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo
pagamento de taxas: do apenado;
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; física e moral;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para L - às presidiárias serão asseguradas condições para que
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse possam permanecer com seus filhos durante o período de
pessoal; amamentação;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o
lesão ou ameaça a direito; naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
jurídico perfeito e a coisa julgada; ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

- Direito adquirido: Direito que o seu titular, ou Antes da naturalização Depois da naturalização
alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo
do exercício tenha termo prefixo ou condição - prática de crime comum --
preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem;
-comprovado envolvimento -comprovado envolvimento
- Ato jurídico perfeito: Ato já consumado segundo a lei
em tráfico ilícito de em tráfico ilícito de
vigente ao tempo em que se efetuou;
entorpecentes e drogas entorpecentes e drogas
- Coisa julgada: Decisão judicial de que não caiba mais
afins afins.
recurso.

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por


XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
crime político ou de opinião;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão
organização que lhe der a lei, assegurados:
pela autoridade competente;
a) a plenitude de defesa;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens
b) o sigilo das votações;
sem o devido processo legal;
c) a soberania dos veredictos;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
contra a vida;
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Conhecimentos Gerais e Atualidade 9


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APOSTILAS OPÇÃO

Súmula Vinculante 5 do STF: A falta de defesa técnica LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que
por advogado no processo administrativo disciplinar não alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
ofende a Constituição. coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus"
meios ilícitos; ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
julgado de sentença penal condenatória; jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Até o trânsito em julgado da sentença penal LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
condenatória, o acusado não pode ser considerado culpado. por:
Cabe à acusação provar a sua culpa. A prisão, antes da a) partido político com representação no Congresso
condenação definitiva, só é possível em casos de flagrante Nacional;
delito ou por ordem fundamentada do juiz (preventiva ou b) organização sindical, entidade de classe ou associação
temporária). legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
Atualmente, a Lei nº 12.037/2009, traz em seu artigo inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
3º, as hipóteses em que o civilmente identificado deverá
proceder à identificação criminal. São elas: Durante muitos anos não houve uma lei
– o documento apresentar rasura ou tiver indício de regulamentando o procedimento do mandado de injunção,
falsificação; e por tal razão, aplicava-se, por analogia, as regras
– o documento apresentado for insuficiente para procedimentais do mandado de segurança.
identificar cabalmente o indiciado; Contudo, após longa espera foi editada a Lei nº
– o indiciado portar documentos de identidade 13.300/2016, que disciplina o processo e o julgamento dos
distintos, com informações conflitantes entre si; mandados de injunção individual e coletivo.
– a identificação criminal for essencial às investigações A grande consequência do mandado de injunção
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária consiste na comunicação ao Poder Legislativo para que
competente, que decidirá de ofício ou mediante elabore a lei necessária ao exercício dos direitos e
representação da autoridade policial, do Ministério Público liberdades constitucionais.
ou da defesa;
– constar de registros policiais o uso de outros nomes LXXII - conceder-se-á "habeas-data":
ou diferentes qualificações; a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
– o estado de conservação ou a distância temporal ou da à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
localidade da expedição do documento apresentado dados de entidades governamentais ou de caráter público;
impossibilite a completa identificação dos caracteres b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
essenciais. lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
pública, se esta não for intentada no prazo legal; público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
social o exigirem; custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro
propriamente militar, definidos em lei; judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se na sentença;
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; forma da lei:
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os a) o registro civil de nascimento;
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a b) a certidão de óbito;
assistência da família e de advogado; LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao
por sua prisão ou por seu interrogatório policial; exercício da cidadania. (Regulamento).
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são
autoridade judiciária; assegurados a razoável duração do processo e os meios que
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, garantam a celeridade de sua tramitação.
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do fundamentais têm aplicação imediata.
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
Súmula Vinculante Nº 25 do STF: "É ilícito a prisão República Federativa do Brasil seja parte.
civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
do depósito". humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
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respectivos membros, serão equivalentes às emendas engloba nacionais e estrangeiros. Envolve todas as pessoas
constitucionais. que estão em um território num dado momento histórico.

Cabe ressaltar que este parágrafo somente abrange os A nacionalidade apresenta-se de duas formas:
tratados e convenções internacionais sobre direitos a) Nacionalidade originária: Também denominada
humanos. Assim, os demais tratados serão recepcionados nacionalidade primária ou involuntária, é a nacionalidade dos
pelo ordenamento jurídico brasileiro com o caráter de lei natos, não dependendo de qualquer requerimento. É um
ordinária. direito subjetivo, potestativo, que nasce com a pessoa. É
potestativo, pois depende exclusivamente de seu titular.
Somente a CF poderá estabelecer quem são os natos.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal b) Nacionalidade secundária: Também denominada
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. nacionalidade adquirida ou voluntária, é a nacionalidade dos
naturalizados, sempre dependendo de um requerimento
O Brasil se submete à jurisdição do TPI (Tribunal Penal sujeito à apreciação. Em geral, não é um direito potestativo,
Internacional), criado pelo Estatuto de Roma em 17 de julho visto não ser automático.
de 1998, o qual foi subscrito pelo Brasil e aprovado pelo
Decreto Legislativo nº 112/2002, tendo sua vigência Dos Direitos políticos (arts. 14 a 16)
apartes desde ano. Trata-se de instituição permanente, com Direitos políticos são os direitos do cidadão que permitem
jurisdição para julgar genocídio, crimes de guerra, contra a sua participação e influência nas atividades de governo.3 Para
humanidade e de agressão, e cuja sede se encontra em Haia, Pimenta Bueno, citado por José Afonso da Silva4, os direitos
na Holanda. Os crimes de competência desse Tribunal são políticos são “as prerrogativas, atributos, faculdades ou
imprescritíveis, dado que atentam contra a humanidade poder de intervenção dos cidadãos ativos no governo de seu
como um todo. país, intervenção direta ou só indireta, mais ou menos
ampla, segundo a intensidade do gozo desses direitos.”
Dos Direitos Sociais (arts. 6º a 11) Para Gomes5, direitos políticos são “as prerrogativas e os
Segundo José Afonso da Silva, os direitos sociais “são deveres inerentes à cidadania. Englobam o direito de
prestações positivas proporcionadas pelo Estado, direta ou participar direta ou indiretamente do governo, da
indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que organização e do funcionamento do Estado.”
possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, A Constituição Federal de 1988 dedica o capítulo IV do
direitos que tendem a realizar a igualização de situações título II, referente aos direitos e garantias fundamentais, aos
sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito direitos políticos.6 O tema direitos políticos compreende os
de igualdade”. institutos do direito de sufrágio, sistemas eleitorais, privação
Os direitos sociais exigem a intermediação dos entes dos direitos políticos e inelegibilidades.
estatais para sua concretização; consideram o homem para
além de sua condição individualista, e guardam íntima relação Plebiscito: é convocado com anterioridade a ato
com o cidadão e a sociedade, porquanto abrangem a pessoa legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto,
humana na perspectiva de que ela necessita de condições aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
mínimas de subsistência. Referendo: é convocado com posterioridade a ato
legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva
Observação: A Lei nº 11.770/2008 instituiu o programa ratificação ou rejeição.
empresa Cidadã, que permite que seja prorrogada a licença à Iniciativa popular: consiste na apresentação de projeto
gestante por mais 60 (sessenta) dias, ampliando, com isso o de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um
prazo de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e oitenta) dias. por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5
Entretanto, não é obrigatória a adesão a este programa. Estados, com não menos de três décimos por cento dos
Ressalta-se que a lei foi recentemente alterada pela lei nº eleitores de cada um deles (art. 13, da Lei nº 9.709/98).
13.257/2016, sendo instituída a possibilidade de prorrogação
da licença-paternidade por mais 15 (quinze) dias, além dos 5 Idade mínima para se eleger:
(cinco) já assegurados constitucionalmente as empresas que
fazem parte do programa. Porém, para isso, o empregado tem Idade
Cargo
que requerer o benefício no prazo de 2 (dois) dias úteis após o mínima
parto e comprovar a participação em programa ou atividade
de orientação sobre paternidade responsável. Presidente e Vice-Presidente da República e
35
Senador
Da nacionalidade (arts. 12 a 13) Governador e Vice-Governador de Estado e
30
do Distrito Federal
A nacionalidade é o vínculo jurídico de uma pessoa com
determinado Estado Soberano. Vínculo que gera direitos, Deputado Federal, Deputado Estadual ou
21
porém, também acarreta deveres. Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz
Cidadão é aquele que está no pleno gozo de seus direitos 18 Vereador
políticos. Geralmente, cidadão é o nacional, mas pode ocorrer
de ser nacional e não ser cidadão (Exemplo: Um indivíduo
preso é nacional, mas não é cidadão, visto estarem suspensos Dos Partidos Políticos (art. 17).
seus direitos políticos, em razão da prisão). Os Partidos Políticos são associações constituídas para a
Povo é o elemento humano da nação, do país soberano. É o participação da vida política de um país, para a formação da
conjunto dos nacionais. População é conceito demográfico, vontade nacional, com objetivos de propagação de ideias e de
conquista, total ou parcial do poder político. São peças

3 http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/direitos-politicos-e-sufragio- 5 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2012. p. 4.
roteiros-eje. Acesso em 17/06/2015. 6 Artigos 14 a 16 da CF 88.
4 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27. ed. São

Paulo: Malheiros Editores, 2006. p. 345.

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fundamentais de um sistema político democrático, destinadas máximas e a Assembleia Legislativa é a sede do Poder
“a assegurar, no interesse do regime democrático, a Legislativo. A Constituição da República disciplina, com
autenticidade do sistema representativo e a defender os alguma minúcia, tanto as eleições para ambos os poderes, o
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”. seu funcionamento, bem como aspectos de remuneração dos
Dentro desse contexto, compete aos partidos de situação, além seus titulares (arts. 27 e 28 da CF/88).
de propagar e implantar as ideias constantes do estatuto do De acordo com o disposto no art. 25 da CF/88 os Estados-
partido, dar sustentação política ao governo no Parlamento, membros organizam-se e se regem pelas Constituições e leis
aprovando seus projetos. Aos partidos de oposição, além da que adotarem, além dos princípios estabelecidos na CF/88. Os
propaganda de ideias e da luta pela conquista do poder Estados-membros possuem competência residual, vez que as
político, compete à fiscalização dos atos do governo, bem como competências e atribuições da União encontram-se expressas
a formulação de políticas alternativas. na Constituição e a dos Municípios encontram-se associadas
Deve existir uma identidade política do candidato com o aos interesses locais. Assim, a “residualidade” indica que não
partido pelo qual concorre às eleições populares. Pelo havendo atribuição expressa da União ou não se tratando de
princípio da fidelidade partidária, o parlamentar eleito deve interesse local, a competência será dos Estados-membros. Os
observar o programa ideológico do partido em que se Estados-membros são reconhecidos como entes federativos
inscreveu e as diretrizes dos órgãos de direção partidária. autônomos.

Da Organização do Estado (arts. 18 a 43). Dos Municípios


A nossa Constituição Federal, em seu Título III O Município pode ser definido como pessoa jurídica de
regulamenta a organização do Estado Brasileiro. Falar em direito público interno e autônoma nos termos e de acordo
organização de um estado é falar de como ele está composto, com as regras estabelecidas na CF/88.
como está dividido, quais os poderes, as atribuições e Muito se questionou a respeito de serrem os Municípios
competências de cada entidade que o compõe, é falar o que é parte integrante ou não de nossa Federação, bem como sobre
proibido a cada poder e os relacionamentos que devem ter um a sua autonomia. A análise dos arts. 1º e 18, bem como de todo
para com os outros. o capítulo reservado aos Municípios, leva-nos ao único
Nossa organização político-administrativa compreende a entendimento de que eles são entes federativos, dotados de
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A autonomia própria, materializada por sua capacidade de auto-
Constituição admite a criação de Territórios Federais, que, se organização (art. 29, caput, da CF), autogoverno (elege,
criados, integrarão a União, podendo ser transformados em diretamente, o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, conforme
Estados ou reintegrados ao Estado de origem. incisos do art. 29 da CF), autoadministração e auto legislação
(art. 30 da CF). Ainda mais diante do art. 34, VII, “c”, que
Da União estabelece a intervenção federal na hipótese de o Estado não
A União é autônoma em relação aos Estados, Distrito respeitar a autonomia municipal.
Federal e Municípios, não se confundindo com a República
Federativa do Brasil (Estado Federal), uma vez que a integra. Distrito Federal
Ademais, é a União pessoa jurídica de direito público Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988,
interno, possuindo competências administrativas e o Distrito Federal não é mais Capital Federal, pois, de acordo
legislativas determinadas constitucionalmente. com o art. 18, §1º, a Capital Federal é Brasília, que se situa
dentro do território do Distrito Federal. Aliás, nos termos do
Na repartição das competências materiais (matéria art. 6º da Lei Orgânica do DF, Brasília, além de Capital da
administrativa) e legislativas (edição de leis), a Constituição República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito
brasileira optou por enumerar as atribuições da União (arts. Federal.
21 e 22 da CF) e dos Municípios (art. 30) e reservar o restante, Após a promulgação da Constituição de 1988, o Distrito
as remanescentes, aos Estados (art. 25, §1º). Federal passou a gozar da mais ampla autonomia,
Assim, as competências dividem-se em dois grandes autogovernando-se através de leis e autoridades próprias;
grupos: material e legislativa. Podem ser: possui capacidade de auto-organização, autogoverno,
- Exclusiva: atribuída a uma entidade, com exclusão das autoadministração e auto legislação.
demais.
- Privativa: própria de uma entidade, com a possibilidade Dos Territórios
de delegação ou suplementação. O Território não é ente da federação, mas sim integrante
- Comum, cumulativa ou paralela: comum a várias da União. Trata-se de mera descentralização administrativo-
entidades, em pé de igualdade. territorial da União. Embora tenha personalidade jurídica não
- Concorrente: possibilidade de disposição sobre o tem autonomia política.
mesmo assunto ou matéria por mais de uma entidade, porém, A partir de 1988, não existem mais territórios no Brasil.
com a primazia da União no que tange as normas gerais. Antigamente, eram territórios: Roraima, Amapá e Fernando de
- Suplementar: decorre da competência concorrente, Noronha (art. 15 dos ADCT).
consubstanciando o poder de formular normas que A Formação de Territórios Federais dar-se-á por meio de
desdobrem o conteúdo de princípios ou normas gerais ou que lei complementar, sendo esta responsável em regulamentar
supram a ausência ou omissão destas. sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao
- Residual ou remanescente: É a competência Estado de origem (art. 18, §2º da CF).
remanescente, não abrangida por aquelas expressamente
atribuídas pela Constituição Federal. Intervenção Federal
A intervenção é o ato político que consiste na incursão de
Dos Estados Federados uma entidade (interventora) nos negócios de outra entidade
Os Estados têm governo próprio, desempenhando as que tem sua autonomia temporariamente suprimida. Trata-se
funções dos três poderes estatais — Executivo, Legislativo e de medida de defesa do Estado Federal. A intervenção é um
Judiciário. A Constituição da República também lhes adjudica dos assuntos mais delicados da federação em razão de se tratar
bens próprios (art. 26). No âmbito da competência legislativa de uma exceção à regra de que cada entidade possui suas
dos Estados, eles editam as normas e as executam com próprias competências (regra de ouro da federação). Isso
autonomia. Os governadores são as autoridades executivas ocorre como forma de proteção de determinados bens

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jurídicos, e somente pode ocorrer diante de algumas hipóteses V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
em que o próprio sistema federativo se vê ameaçado por uma servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
de suas entidades. Assim, os motivos que justificam a a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
intervenção devem ser relevantes e encontram-se condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
devidamente previstos na Constituição da República. apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
A intervenção sujeita-se à ocorrência de determinados VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
motivos e deve obedecer certas formalidades. A prática desse associação sindical;
ato excepcional foge à regra da federação, já que um ente VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
político não pode por qualquer motivo ou sob qualquer forma definidos em lei específica;
afastar a competência do outro. VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os
Da Administração Pública critérios de sua admissão;
Compreende-se a Administração pública pelo conjunto IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram determinado para atender a necessidade temporária de
satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, excepcional interesse público;
cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
administração pública é a gestão dos interesses públicos por trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados
meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
administração direta e indireta. assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
A Administração Pública direta se constitui dos serviços distinção de índices;
prestados da estrutura administrativa da União, Estados, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
Distrito Federal e Municípios. Já a Administração Pública funções e empregos públicos da administração direta,
indireta compreende os serviços prestados pelas autarquias, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes
fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
públicas. A Administração Pública direta e indireta de detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e
qualquer dos poderes obedecerá aos princípios os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
moralidade, da publicidade e da eficiência. pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
Podemos definir a Administração Pública como a atividade subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
mediante a qual as autoridades públicas tomam providências Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do
para a satisfação das necessidades de interesse público, Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
utilizando, quando necessário, as prerrogativas do Poder do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Público, para alcançar os fins que não sejam os próprios à Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo
legislação ou à distribuição da justiça. e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento
Silva assim explica: “...É o conjunto de meios institucionais, do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
material, financeiro e humano preordenado à execução das Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
Pública que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao aos Defensores Públicos;
Poder político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo
denota os dois aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder Executivo;
Poder político e as operações, as atividades administrativas” (in XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
Curso de Direito Constitucional Positivo). espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;
Dica! Nessa parte da matéria é de suma importância uma XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
leitura atenta ao art. 37, pois é sempre muito cobrado nas público não serão computados nem acumulados para fins de
provas. Diante de sua importância iremos trazê-lo na íntegra. concessão de acréscimos ulteriores;
Atenção a ele. XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
Art. 37. A administração pública direta e indireta de incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 153, § 2º, I;
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários,
ao seguinte: observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos a) a de dois cargos de professor;
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, b) a de um cargo de professor com outro técnico ou
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; científico;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e de saúde, com profissões regulamentadas;
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
exoneração; controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
anos, prorrogável uma vez, por igual período; terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou da lei;
de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de

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economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a custeio em geral.
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de
anterior, assim como a participação de qualquer delas em aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com
empresa privada; a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição,
obras, serviços, compras e alienações serão contratados os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade livre nomeação e exoneração.
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
à garantia do cumprimento das obrigações. artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos
forma da lei ou convênio. Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, Os princípios supramencionados são os famosos
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar “princípios constitucionais da Administração Pública”, que
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção devem ser observados por todos entes da Administração. Por
pessoal de autoridades ou servidores públicos. isso, é extremamente relevante saber quais são estes
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III princípios. Uma dica para sua memorização é unir todas as
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade suas iniciais chegando à palavra mnemônica “L.I.M.P.E.”
responsável, nos termos da lei.
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário Dos Servidores públicos
na administração pública direta e indireta, regulando Podemos conceituar agentes públicos como todos aqueles
especialmente: que têm uma vinculação profissional com o Estado, mesmo
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos que em caráter temporário ou sem remuneração, comportado
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de diversas espécies, a saber: a) agentes políticos; b) ocupantes
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e de cargos em comissão; c) contratados temporários; d)
interna, da qualidade dos serviços; agentes militares; e) servidores públicos estatutários; f)
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a empregados públicos; g) particulares em colaboração com a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. Administração (agentes honoríficos).
5º, X e XXXIII; A Constituição Federal de 1988 tem duas seções
III - a disciplina da representação contra o exercício especificamente dedicadas ao tema dos agentes públicos:
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na Seções I e II do Capítulo VII do Título III, tratando
administração pública. respectivamente dos “servidores públicos civis” (arts. 37 e 38)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a e dos “militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a Territórios” (art. 42).
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Com relação a aposentadoria por idade cabe ainda
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos destacar recente alteração no texto Constitucional pela
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem Emenda nº 88/2015, onde os servidores titulares de cargos
prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
ressarcimento. Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, serão
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito aposentados compulsoriamente, com proventos
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de lei complementar (art.40, § 1°, II, da CF).
de dolo ou culpa. A Lei Complementar nº 152/2015 foi instituída para
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao regulamentar o novo dispositivo constitucional, vejamos:
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos (setenta e cinco) anos de idade:
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá I - os servidores titulares de cargos efetivos da União,
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
administradores e o poder público, que tenha por objeto a suas autarquias e fundações;
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, II - os membros do Poder Judiciário;
cabendo à lei dispor sobre: III - os membros do Ministério Público;
I - o prazo de duração do contrato; IV - os membros das Defensorias Públicas;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.
direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal. Da Organização dos Poderes
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e A Constituição Federal brasileira adotou a teoria da
às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que separação dos poderes na forma tripartida, ou seja, os poderes

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são separados em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. descritos como forças reservas e auxiliares constitucionais do
Todos independentes e harmônicos entre si. Exército Brasileiro.
Dentro dessa divisão cada poder possui funções típicas e
atípicas. Da tributação e Orçamento
As funções típicas são aquelas predominantes em um A atividade financeira é considerada um dos instrumentos
dado poder, ou seja, são as funções inerentes à natureza de para a consecução das finalidades estatais e precisa ser dotada
determinado órgão. Ex.: a função típica do Poder Legislativo é de mecanismos próprios para realizar seus fins. Diante da
legislar. relevância do tema, o Direito Financeiro possui destaque no
As funções atípicas, por sua vez, são aquelas que tem atual ordenamento jurídico brasileiro, com previsão derivada
natureza de outro poder. Tendo sido usado o Poder Legislativo do texto constitucional, e influência no conteúdo das leis
como exemplo, tem-se que suas funções atípicas são as complementares que disciplinam as regras gerais para a
executivas e as jurisdicionais, atividades próprias dos poderes realização da atividade financeira e leis ordinárias específicas,
Executivo e Judiciário respectivamente. Ex.: A Constituição que dão concretude e executam a respectiva tarefa.
Federal conferiu competência para o Senado julgar o
Presidente da República nos crimes de responsabilidade. O Da Ordem econômica e financeira
Senado é órgão do Poder Legislativo e, por meio dessa Segundo Uadi Lammêgo Bulos, ordem econômica e
competência constitucional está realizando a função financeira é o conjunto de normas constitucionais que regulam
jurisdicional. as relações monetárias entre indivíduos e destes com o Estado.
Seu objetivo é organizar os elementos ligados à
Do Processo Legislativo distribuição efetiva de bens, serviços, circulação de riquezas e
O processo legislativo compreende o conjunto de atos uso da propriedade. Esse é o sentido proposto no Título VII,
observados na proposta e na elaboração de emendas à arts. 170 a 192, da Constituição de 1988, que instaurou entre
Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis nós aquilo que os especialistas convencionaram chamar de
delegadas, decretos legislativos, resoluções e medidas constituição econômica.
provisórias. A Lei Complementar n. 95/98, que regulamenta o
parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, dispõe Da Ordem social
sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. A constituição de 1988, traz o Título VIII da CF/88,
É a denominada “lei das leis”. denominado ordem social. Nos termos do art. 193 da CF, a
Existem três espécies de procedimentos legislativo, três ordem social tem como base o primado do trabalho, e como
modos diferentes para a elaboração de atos legislativos: objetivos o bem-estar e a justiça social.
a) Ordinário ou Comum: Destinados à elaboração de leis
ordinárias. Da Saúde
b) Sumário: Destinado à elaboração de leis ordinárias em
regime de urgência. O direito à saúde pública encontra-se positivado na
c) Especial: Destinados à elaboração e outras normas, Constituição Federal expressamente nos artigos 6º e 196,
como emendas à Constituição, leis complementares, leis sendo um direito social e fundamental, é um dever do Estado.
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, A saúde é inerente ao ser humano, bem como à sua vida com
resoluções e leis financeiras (lei do plano plurianual, lei de dignidade, sedo fundamento da República Federativa do
diretrizes orçamentárias, lei de orçamento anual e de abertura Brasil, expresso na Constituição Federal em seu artigo 1º,
de créditos adicionais). inciso III.

Das Funções Essenciais à Justiça Da Previdência Social


Com o objetivo de dinamizar a atividade jurisdicional, o
poder constituinte originário institucionalizou atividades Está disciplinada nos artigos 201 e 202 da Constituição
profissionais (públicas e privadas), atribuindo-lhes o status de Federal, que dispõem ser, esse, um sistema contributivo,
funções essenciais à Justiça, tendo estabelecido suas regras mediante o qual os trabalhadores estarão protegidos contra as
nos arts. 127 a 135 da CF/88: Ministério Público (arts. 127 a contingências elencadas em seu art. 201: doença, morte,
130), Advocacia Pública (arts. 131 e132), Advocacia (art. invalidez, idade avançada, encargos familiares, prisão do
133) e Defensoria Pública (art. 134). segurado de baixa renda, além de proteção à maternidade e
desemprego involuntário.
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Neste título da nossa Constituição, encontramos normas Da Assistência Social
de proteção da ordem constitucional e do Estado brasileiro.
Os dispositivos aqui previstos são conhecidos por sistema A Assistência Social é uma política pública, direito do
constitucional das crises, onde disciplina no regime jurídico cidadão que dela necessitar e um dever do Estado. É uma
pátrio, dois estados de legalidade extraordinários: o Estado de política social que integra a seguridade social brasileira, de
Defesa e o Estado de Sítio, os quais se fundamentam nos caráter não contributivo. Por meio das ações da Assistência
princípios da necessidade e da temporariedade. Social é possível garantir o acesso a recursos mínimos e
provimento de condições para atender contingências sociais e
Das Forças Armadas promover a universalização dos direitos sociais. A Política de
Assistência Social tem como fundamento legal a Constituição
São constituídas as Forças Armadas do Brasil pelo Federal Brasileira (1988), a Lei Orgânica da Assistência Social
Exército (incluindo a Aviação do Exército), pela Marinha (Loas), além de normas, portarias, decretos, entre outros
(incluindo o Corpo de Fuzileiros Navais e a Aviação Naval) e dispositivos.
pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e
regulares, e têm como missão constitucional, zelar pela defesa Da educação
da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa destes, da lei e da ordem. As polícias militares e os A educação é direito de todos e dever do Estado e da família,
corpos de bombeiros militares estaduais e distritais são devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da

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sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu Do meio ambiente


preparo para o exercício e sua qualificação para o trabalho.
Há se chamar atenção ao fato de que a Constituição torna a A Constituição Federal de 1988, tida como inovadora
família compromissária para com o direito social à educação. quanto a proteção do meio ambiente, utiliza pela primeira vez
Nenhuma política governamental que seja estabelecida para em um texto constitucional a expressão “meio ambiente”.
diminuir a evasão escolar será profícua se não contar com o O Capítulo VI, inserto no Título VIII da Ordem Social, traz
auxílio da família e da sociedade. no artigo 225, a noção de direito ao meio ambiente coletivo,
dispondo que “Todos têm direito ao meio ambiente
Sendo a educação um dever do Estado, deve ser prestada ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
em todas as entidades da federação, sendo que os entes essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
federados (União, Estados-membros, Distrito Federal e Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
Municípios) deverão organizar seus sistemas de ensino, em para as presentes e futuras gerações.”
regime de colaboração, de modo a assegurar a universalização
do ensino obrigatório (art. 211). Da família, da criança, do adolescente e do idoso
Nesse sistema de colaboração entre os entes federativos
caberá a União a organização do sistema federal de ensino e A família: é tida pelo texto constitucional como base da
o dos Territórios financiando as instituições de ensino federal sociedade, tendo especial proteção do Estado; é reconhecida a
com o intuito de garantir a equalização de oportunidades união estável entre o homem e a mulher como entidade
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino. A União familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
deverá aplicar anualmente no mínimo 18% de sua receita dos
impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino. (*) O Brasil desde o ano de 2013, com a Resolução 175
Já aos Estados e Distrito Federal caberá a atuação no do CNJ permite o casamento entre homossexuais.
desenvolvimento do ensino fundamental e médio, enquanto
que os Municípios atuaram no ensino fundamental e no Entende-se, também, como entidade familiar a
ensino infantil (art. 211, §§ 2º e 3º). Estados, Distrito Federal e comunidade formada por qualquer dos pais e seus
Municípios aplicarão no mínimo 25% da receita resultante descendentes, é a chamada família monoparental.
dos impostos. O casamento é civil e gratuito a sua celebração, sendo que
o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. Aos
Da cultura cônjuges, a Constituição assegura o exercício dos direitos e
deveres em igualmente, sendo possível a dissolução do
O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos casamento pelo divórcio.
culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e Como postulado da Constituição, os princípios da
incentivará a valorização e a difusão das manifestações dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável são
culturais. Protegerá também as manifestações das culturas expressos ao dispor sobre o planejamento familiar como livre
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
participantes do processo civilizatório nacional. educacionais e científicos para o exercício desse direito,
A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições
alta significação para os diferentes segmentos étnicos oficiais ou privadas. Cabe também ao Estado assegurar a
nacionais. assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas
Do Desporto relações, como caso das disposições penais e legislação
visando coibir a violência doméstica, contra a mulher e contra
É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e o idoso.
não formais, como direito de cada um, observados (art. 217,
CF/88). Dos índios
O Poder Público incentivará o lazer, como forma de
promoção social. A Constituição Federal de 1988, trouxe importantes
inovações no tocante ao reconhecimento dos direitos
Ciência e tecnologia indígenas como um todo, além do reconhecimento aos direitos
territoriais sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Foi
Nos termos do art. 218, caput, da Constituição Federal, o assegurado aos povos indígenas o respeito à sua organização
Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, social, costumes, línguas, crenças e tradições.
a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação A previsão constitucional estabelece que, presentes os
(redação dada pela EC nº 85/2015). elementos necessários para definir uma determinada área de
terra como indígena, o direito à ela por parte da sociedade
Da comunicação social indígena que a ocupa, existe e se legitima independentemente
de qualquer ato constitutivo. A demarcação de uma terra
Por proteger a Constituição Federal, entre outros, a indígena, fruto do reconhecimento feito pelo Estado é ato
liberdade de expressão, a livre manifestação do pensamento, e meramente declaratório, cujo objetivo é simplesmente
o direito à informação, ganhou a comunicação social precisar a real extensão da posse para assegurar a plena
importância singularizada na Lei Fundamental, por se tratar eficácia do dispositivo constitucional, que impõe ao Estado a
do modo como se materializa os direitos que partem do obrigação de protegê-la.
pensamento como princípio ativo. A manifestação do
pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob Questões
qualquer forma, processo ou veículo, pois, não sofrerão
qualquer restrição, observado o disposto na Constituição 01. (CASAN - Advogado - INSTITUTO AOCP/2016) Sobre
Federal. a organização do Estado e dos Poderes, assinale a alternativa
correta.
(A) A organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o

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Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, exceto a (B) A auto-organização, autogoverno, autoadministração e
União, nos termos da Constituição Federal. autolegislação são capacidades que materializam a autonomia
(B) A competência da União para legislar sobre normas própria do Município;
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (C) Os Municípios organizam-se por Lei Orgânica, votada
(C) Compete privativamente à União legislar sobre em dois turnos, com o intrínseco mínimo de trinta das, e
florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa aprovada por maioria simples dos membros da Câmara
do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e Municipal;
controle da poluição. (D) A lei complementar federal determinará o período
(D) Compete privativamente à Câmara dos Deputados para a criação, incorporação, fusão ou desmembramento dos
processar e julgar o Presidente da República nos crimes de Municípios, bem como o procedimento.
responsabilidade.
(E) No caso de deputado ter procedimento declarado 05. (PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto) No que se
incompatível com o decoro parlamentar, a perda do mandato refere à administração pública, assinale a opção correta.
será decidida pela Câmara dos Deputados, por maioria (A) É vedada a acumulação não remunerada de cargos,
simples, mediante provocação da mesa da Câmara ou de empregos e funções públicos na administração direta, nas
partido político representado no Congresso Nacional, autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
assegurada a ampla defesa. economia mista e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público.
02. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - (B) As obras, os serviços, as compras e as alienações serão
Área Administrativa – CESPE/2016) No que se refere à contratados mediante processo de licitação pública que
organização político-administrativa do Estado, assinale a assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,
opção correta. permitindo-se exigências de qualificação técnica e econômica
(A) A competência da União e dos municípios é expressa, indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações, nos
sendo a competência dos estados remanescente ou residual. termos da lei.
(B) É possível, mediante emenda à Lei Orgânica do Distrito (C) Agente público que cometer ato de improbidade
Federal, a criação de municípios nessa unidade da Federação, administrativa estará sujeito à cassação de direitos políticos, à
atendidos os princípios estabelecidos na CF. perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e ao
(C) Cada uma das unidades integrantes da Federação ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
brasileira é ente autônomo e soberano, capaz de auto- sem prejuízo da ação penal cabível.
organização, auto-legislação, autogoverno e (D) A remuneração dos servidores públicos organizados
autoadministração. em carreira não pode ser fixada exclusivamente por subsídio
(D) Sendo o Brasil um Estado laico, é vedado aos entes constituído de parcela única.
federativos estabelecer cultos religiosos e igrejas ou manter (E) Os cargos em comissão, que devem ser ocupados
com eles ou seus representantes relações de dependência ou exclusivamente por servidores de carreira, destinam-se
aliança, o que inclui a colaboração de interesse público. apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
(E) Dado o poder de autonomia, os estados podem
estabelecer, em suas Constituições, a participação da 06. (Prefeitura de Cipotânea – MG - Auxiliar
assembleia legislativa na nomeação, exoneração ou Administrativo - REIS & REIS/2016) Ainda de acordo com a
destituição, pelo governador, de secretário estadual. Constituição, sobre Administração Pública, é incorreto
afirmar:
03. (TCE-PR - Conhecimentos Básicos – CESPE/2016) (A) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
Em relação à organização político-administrativa do Estado determinado para atender a necessidade temporária de
brasileiro, assinale a opção correta. excepcional interesse público.
(A) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consórcios (B) Os atos de improbidade administrativa importarão a
e sorteios não usurpará a competência da União, pois se suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
inserirá no âmbito da competência legislativa suplementar. indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
(B) No exercício de sua competência para legislar sobre forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
assuntos de interesse local, pode o município editar lei cabível.
municipal que discipline horário comercial e bancário para o (C) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
atendimento ao público. Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
(C) Em matéria de competência legislativa concorrente, a Executivo.
superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga lei (D) A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
estadual anterior no que elas forem contrárias. praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem
(D) Em matéria de proteção ao meio ambiente, a prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
competência legislativa concorrente entre a União e os estados ressarcimento.
não afasta a competência do município para legislar sobre o
assunto de forma suplementar. 07. (PC-PE - Agente de Polícia – CESPE/2016) À luz do
(E) Lei complementar federal pode autorizar estados e disposto na CF, assinale a opção correta a respeito da
municípios a legislar sobre questões específicas de matérias de administração pública.
competência privativa da União. (A) O servidor público da administração direta, autárquica
ou fundacional que estiver no exercício de mandato eletivo
04. (Prefeitura de Araguari – MG - Procurador federal, estadual, distrital ou municipal ficará afastado de seu
Municipal – IADHED/2016) A respeito da organização do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
Estado Brasileiro, marque a alternativa incorreta em relação remuneração.
aos Municípios: (B) Nos termos da lei, a investidura em todo e qualquer
(A) O Município pode ser definido como a pessoa jurídica cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
de direito público interno e autônoma nos termos e de acordo concurso público de provas e títulos, de acordo com a natureza
com as regras da CRFB/88; e a complexidade do cargo ou emprego.
(C) As funções de confiança e os cargos em comissão são
exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargos

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efetivos e destinam-se às atribuições de direção, chefia e (A) o servidor público estável poderá perder o cargo,
assessoramento. dentre outras hipóteses, mediante procedimento de avaliação
(D) A administração fazendária e a segurança pública e periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
seus respectivos servidores, os fiscais e os policiais, terão, assegurada a ampla defesa.
dentro de suas áreas de competência e circunscrição, (B) o servidor público será exonerado do serviço público,
precedência sobre os demais setores administrativos, na mediante pagamento de indenização proporcional ao tempo
forma da lei. de serviço prestado, paga em parcela única, se seu cargo for
(E) Tanto a administração pública direta quanto a indireta extinto.
de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito (C) a realização de avaliação especial de desempenho é
Federal e dos municípios devem obedecer aos princípios de condição facultativa para aquisição da estabilidade por
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e servidores públicos nomeados para cargo de provimento
eficiência. efetivo.
(D) os servidores nomeados para cargo de provimento
08. (MGS - Advogado – IBFC/2016) Assinale a alternativa efetivo em virtude de concurso público, vinculados à
correta, considerando as normas da Constituição Federal Administração Municipal, são estáveis após dois anos de
sobre a Administração Pública. efetivo exercício, nos termos da lei, computando-se como de
(A) O prazo de validade do concurso público será de até efetivo exercício o período de licença-gestante.
três anos, prorrogável uma vez, por igual período; (E) o salário mínimo deve sempre ser usado como
(B) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público.
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos 12. (TJ-DFT - Juiz – CESPE/2016) São direitos sociais
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, atribuídos pela CF aos servidores públicos estatutários
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e (A) o fundo de garantia por tempo de serviço.
assessoramento. (B) a remuneração do serviço extraordinário superior, no
(C) A lei reservará percentual dos cargos e empregos mínimo, em cinquenta por cento do valor normal.
públicos para as pessoas portadoras de deficiência, sendo (C) a participação, desvinculada da remuneração, nos
vedado definir os critérios de sua admissão. lucros ou resultados e, excepcionalmente, a participação na
(D) A administração pública é proibida de realizar gestão da organização pública.
contratação de pessoal por tempo determinado. (D) a proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
e intelectual ou entre os profissionais respectivos.
09. (SEJUS-PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2016) (E) o piso salarial proporcional à extensão e à
Acerca da disciplina constitucional da Administração Pública, complexidade do trabalho.
assinale a alternativa CORRETA.
(A) O servidor público da Administração direta, autárquica 13. (Prefeitura de Lages – SC - Procurador –
e fundacional, no exercício de mandato eletivo federal, FEPESE/2016) Assinale a alternativa correta sobre os agentes
estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou e os servidores públicos.
função. (A) Os servidores públicos de qualquer dos poderes da
(B) É vedada a acumulação remunerada de cargos União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
públicos, exceto apenas, quando houver compatibilidade de deverão ser remunerados exclusivamente por meio de
horários, a de dois cargos de professor. subsídio.
(C) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito (B) O teto remuneratório dos servidores e empregados
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos públicos de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, Distrito Federal e dos Municípios somente é aplicável para o
assegurado o direito de regresso contra o responsável regime de remuneração por meio subsídio.
independentemente da existência de dolo ou culpa. (C) O regime de remuneração por meio de subsídio poderá
(D) Entre os direitos não titularizados pelos servidores ser fixado ou alterado por ato do Chefe do Executivo, devendo
públicos estão o direito de greve e o direito à livre associação ser assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e
sindical. sem distinção de índices.
(E) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis (D) A remuneração exclusiva por meio de subsídio, fixado
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em em parcela única, veda o acréscimo de qualquer gratificação,
lei, sendo, em razão da soberania nacional, vedada a nomeação adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
de estrangeiros. espécie remuneratória.
(E) O teto remuneratório dos servidores e empregados
10. (UFPB - Técnico em Segurança do Trabalho – públicos de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
IDECAN/2016) Nos termos do capítulo destinado à Distrito Federal e dos Municípios que exerçam atividades
Administração Pública na Constituição Federal, é correto essenciais à justiça é de noventa vírgula a noventa inteiros e
afirmar que vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em
(A) a aposentadoria compulsória independe da carência de espécie, dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
dez anos de exercício do serviço público.
(B) o servidor estável tem direito à recondução ao cargo 14. (Prefeitura de Uberaba – MG - Procurador do
efetivo no caso de invalidação de sua demissão. Município – FUNDEP/2016) Sobre os direitos dos servidores
(C) o servidor eleito para mandato eletivo de vereador públicos, assegurados na Constituição da República, assinale a
deve afastar-se do cargo para exercício da vereança. alternativa INCORRETA.
(D) a estabilidade do servidor público ocupante de cargo (A) Os proventos de aposentadoria e as pensões serão
em comissão depende de avaliação de desempenho. revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se
modificar a remuneração dos servidores em atividade.
11. (TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário - Área (B) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
Administrativa – FCC/2016) Sobre as normas comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
constitucionais que versam sobre os servidores públicos, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
aplica-se o regime geral de previdência social.

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(C) Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado Meio Ambiente: educação
aproveitamento em outro cargo. ambiental, primeiros passos da
(D) Os servidores públicos portadores de deficiência, na
forma da lei complementar, podem ter critérios diferenciados trajetória humana, a natureza e
para a concessão de aposentadoria. as terras brasileiras, revolução
industrial e as transformações
15. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil
– ESAF/2016) Em relação aos servidores públicos, nos termos ambientais; saúde, meio
da Constituição Federal, é correto afirmar: ambiente e transportes; cidades e
(A) São efetivos, após três anos de exercício, os servidores qualidade de vida: transporte,
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público. lixo e águas.
(B) O servidor demitido que tiver a decisão de sua
demissão invalidada judicialmente será reconduzido ao cargo
que ocupava.
(C) O servidor ocupante exclusivamente de cargo em (Olá candidato, sentindo falta de algum tema específico, por
comissão pode optar pelo regime de previdência dos favor, entre em contato conosco. Nossa equipe de tutores está à
servidores públicos. disposição)
(D) Aos municípios há vedação constitucional de
estabelecerem regime de previdência complementar para seus Educação ambiental
servidores. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL
(E) É constitucional o cômputo dos tempos de serviço, e Institucionalização da Educação Ambiental no Brasil
não de contribuição federal, estadual e municipal para fins de A educação é uma prática social que não ocorre somente
disponibilidade, sendo lícita, para fins de aposentadoria, a na esfera das instituições formais pois existem, também, várias
contagem cumulativa dos respectivos tempos de contribuição, práticas educativas não-formais que acontecem fora do âmbito
e não de serviço. das organizações escolares do ensino oficial que embora, não
sejam sistemáticas, produzem práticas educativas relevantes.
16. (IF-TO - Auditor – IF-TO/2016) A respeito das É o caso das primeiras experiências de Educação Ambiental no
Disposições Constitucionais aplicadas aos servidores públicos, Brasil e muitas das experiências de hoje.
assinale a alternativa incorreta: A Educação Ambiental no Brasil surge como educação não
(A) O direito à livre associação sindical é assegurado ao sistemática, fora do âmbito do Estado, muito antes da sua
servidor público civil. institucionalização no governo federal. No Brasil houve
(B) Os cargos, empregos ou funções públicas são acessíveis influente e persistente movimento de Educação Ambiental
apenas aos brasileiros natos ou naturalizados. Conservacionista até o início dos anos 70, estimulados pelos
(C) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do movimentos internacionais ecologistas que agitavam a Europa
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo e os EUA entre os anos 60 e 70 do século passado.
Poder Executivo A vertente conservacionista em Educação Ambiental se
(D) O Concurso público terá como prazo de validade de até caracteriza por enfatizar forte ecologismo relacionando
2 (dois) anos, sendo possível ser prorrogado uma única vez, prioritariamente a proteção e a conservação de espécies
por igual período. vegetais e animais com ênfase na biologia. A origem biologista
(E) O direito de greve do servidor público civil é da ecologia conservacionista se situa no século XIX, influência
constitucionalmente garantido. do fascismo alemão, enquanto ideologia. No Brasil nenhum
historiador faz menção as origens fascistas da ecologia, de
17. (IF-AP - Auxiliar em Administração – outra forma a situam como parte do movimento da
FUNIVERSA/2016) A Constituição Federal de 1988 (CF) contracultura de grande efervescência nos EUA, em meados
trouxe garantias e direitos aos servidores públicos federais. dos anos 60 até a década de 70 do século XX. Entretanto se o
Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta. leitor quiser se reportar a história apócrifa da ecologia poderá
(A) O servidor público civil é impedido de associar-se a um fazê-lo através da leitura dos três artigos de minha autoria
sindicado. intitulados: “A história que os Ecologistas não Querem Contar,
(B) O direito de greve será exercido nos termos e nos I, II e III” e do texto “Morte ao Biocentrismo Fascista” de
limites definidos em lei específica. autoria de Pinheiro Pedro que constam das publicações do
(C) É impossível a contratação, por tempo determinado, Portal Ambiente Legal.
para atender à necessidade temporária de excepcional Só a partir dos anos 80 do século passado, eclode um
interesse público. ambientalismo mais crítico que se une às lutas pelas
(D) É permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer liberdades democráticas no país, antes e depois da abertura
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de política e da consolidação da Nova República, no final do
pessoal do serviço público. regime militar. Suas práticas são manifestadas através da ação
(E) É possível a acumulação remunerada de cargos isolada de professores, estudantes e ativistas ecológicos cujos
públicos quando não houver compatibilidade de horários. nomes destacam-se os de Alberto Ruschi, Aziz Ab’Sáber,
Cacilda Lanuza, Fran Krajcberg, Fernando Gabeira, José
Respostas Luzenberg e Miguel Abellá.
Essas experiências não oficiais aconteceram através de
01. B. / 02. A. / 03. D. / 04. C. / 05. B. / 06. C. / 07. E pequenas ações de organizações da sociedade civil, ONGs e de
08. B. / 09. A / 10. A. / 11. A. / 12. B. / 13. D. / 14. A. prefeituras municipais e governos estaduais com atividades
15. E. / 16. B. / 17. B educacionais voltadas a ações para recuperação, conservação
e melhoria do meio ambiente. É desse período também as
iniciativas de organização dos primeiros cursos de

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especialização em Educação Ambiental nas universidades ainda que a lentidão da produção de conhecimentos, a falta de
públicas brasileiras. comprometimento real do Poder Público no cumprimento e
No domínio do Estado, na esfera federal, o processo de complementação da legislação em relação às políticas
institucionalização da Educação Ambiental teve início em específicas de Educação Ambiental, em todos os níveis de
1973, no governo Médici, com a criação da Secretaria Especial ensino, consolidavam um modelo educacional que não
do Meio Ambiente (SEMA), vinculada à Presidência da respondia às reais necessidades do país.
República e subordinada ao Ministério dos Transportes, cujo Com o intuito de criar instâncias de referência para a
primeiro secretário foi um ecólogo, o Professor Paulo construção dos programas estaduais de Educação Ambiental,
Nogueira Neto, docente e pesquisador da Universidade de São a extinta Sema e, posteriormente, o IBAMA e o MMA
Paulo. A situação era muito contraditória na ocasião, uma vez fomentaram a formação das Comissões Interinstitucionais
que a SEMA era responsável pelos projetos de Educação Estaduais de Educação Ambiental. O auxílio à elaboração dos
Ambiental e o Ministério dos Transportes era responsável pela programas dos estados foi, mais tarde, prestado pelo MMA. Em
a construção da Transamazônica, o que segundo REIGOTA dezembro de 1994, em função da Constituição Federal de 1988
(2009), exemplifica o contexto político-econômico ambiental e dos compromissos internacionais assumidos durante a Rio
da época, em que coexistiam práticas políticas opostas. 92, foi criado, pela Presidência da República, o Programa
O segundo passo no processo de institucionalização foi Nacional de Educação Ambiental (PRONEA), compartilhado
dado em 1981, gestão do governo de João Batista Figueiredo, pelo então Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
que estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA). Hídricos e da Amazônia Legal e pelo Ministério da Educação e
Conforme destaca Pinheiro Pedro no seu artigo “Nossa Política do Desporto, com as parcerias do Ministério da Cultura e do
Nacional do Meio Ambiente é Filha do Regime Militar”, a Ministério da Ciência e Tecnologia. O PRONEA foi executado
Política Nacional do Meio Ambiente, no regime militar, teve pela Coordenação de Educação Ambiental do MEC e pelos
função estratégica cujo objetivo prioritário foi o crescimento setores correspondentes do MMA/IBAMA, responsáveis pelas
econômico e a estabilização social do regime em que o controle ações voltadas respectivamente ao sistema de ensino e à
territorial era elemento de suma importância. A Política gestão ambiental, embora também tenha envolvido em sua
Nacional de Meio Ambiente tinha por base a Lei de execução outras entidades públicas e privadas do país.
Zoneamento Industrial e Poluição (Lei Federal 6.803/1980) e Em 1995, foi criada a Câmara Técnica Temporária de
a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal Educação Ambiental no Conselho Nacional de Meio Ambiente
6.938/1981) que no dizer de Pinheiro Pedro estabeleceram (Conama). Os princípios orientadores para o trabalho dessa
um arcabouço sistêmico que construiu um organograma de Câmara eram a participação, a descentralização, o
uma estrutura burocrática de gestão que foi o corolário de reconhecimento da pluralidade e diversidade cultural e a
todo um esforço efetuado em vinte anos. Foi no interior desse interdisciplinaridade. Em 1996, foi criado, no âmbito do MMA,
projeto que se originou o discurso da inclusão da Educação o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, sendo firmado
Ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a educação um protocolo de intenções com o MEC, visando à cooperação
da comunidade, com objetivo de capacitá-la para a técnica e institucional em Educação Ambiental, configurando-
participação ativa na defesa do meio ambiente. se num canal formal para o desenvolvimento de ações
Apesar do discurso nenhum projeto de ação para a conjuntas.
realização do que proclamou como urgente na Educação Após dois anos de debates, em 1997 os Parâmetros
Ambiental foi colocado em prática. Somente sete anos mais Curriculares Nacionais (PCN) foram aprovados pelo Conselho
tarde com a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi Nacional de Educação. Os PCN se constituem em um subsídio
garantido legalmente o que a PNMA que o último governo para apoiar a escola na elaboração do seu projeto educativo,
militar deslumbrou como possibilidade. No inciso VI do artigo inserindo procedimentos, atitudes e valores no convívio
225, da Carta Magna aponta a necessidade de “promover a escolar, bem como a necessidade de tratar de alguns temas
Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a sociais urgentes, de abrangência nacional, denominados como
conscientização pública para a preservação do meio temas transversais: meio ambiente, ética, pluralidade cultural,
ambiente”. Em 1991, no ‘governo Fernando Collor, foi criada a orientação sexual, trabalho e consumo, com possibilidade de
Comissão Interministerial para a preparação da Rio 92 que as escolas e as comunidades elegerem outros de importância
considerou a Educação Ambiental como um dos instrumentos relevante para sua realidade.
da política ambiental brasileira. Foram, então, criadas duas Em 1999, foi aprovada a Lei n° 9.795, que dispõe sobre a
instâncias no Poder Executivo, destinadas a lidar Política Nacional de Educação Ambiental, com a criação da
exclusivamente com esse aspecto: o Grupo de Trabalho de Coordenação-Geral de Educação Ambiental (CGEA) no MEC e
Educação Ambiental do MEC, que em 1993 se transformou na da Diretoria de Educação Ambiental (DEA) no MMA.
Coordenação-Geral de Educação Ambiental (Coea/MEC), e a Em 2000, a Educação Ambiental integra, pela segunda vez, o
Divisão de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Plano Plurianual (2000-2003), agora na dimensão de um
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), cujas Programa, identificado como 0052 – Educação Ambiental, e
competências institucionais foram definidas no sentido de institucionalmente vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
representar um marco para a institucionalização da política de Em 2002, a Lei n° 9.795/99 foi regulamentada pelo
Educação Ambiental no âmbito do Sistema Nacional de Meio Decreto n° 4.281, que define, entre outras coisas, a composição
Ambiente (Sisnama). e as competências do Órgão Gestor da PNEA lançando, assim,
A emergência de tratar as questões ambientais em nível as bases para a sua execução. Este foi um passo decisivo para
ministerial ocorreu em 1994 e assim foi criado o Ministério do a realização das ações em Educação Ambiental no governo
Meio Ambiente (MMA). Além disso, o IBAMA instituiu os federal, tendo como primeira tarefa a assinatura de um Termo
Núcleos de Educação Ambiental em todas as suas de Cooperação Técnica para a realização conjunta da
superintendências estaduais, visando operacionalizar as ações Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.
educativas no processo de gestão ambiental na esfera estadual. Merece destaque o Programa Nacional de Educação
Com a participação do MEC, durante a Rio 92, também foi Ambiental (PRONEA) que, em 2004, teve a sua terceira versão
produzida a “Carta Brasileira para Educação Ambiental”, que submetida a um processo de Consulta Pública, realizada em
reconheceu ser a Educação Ambiental um dos instrumentos parceria com as Comissões Interinstitucionais Estaduais de
mais importantes para viabilizar a sustentabilidade como Educação Ambiental (CIEAs) e as Redes de Educação
estratégia de sobrevivência do planeta e, consequentemente, Ambiental, envolvendo cerca de 800 educadores ambientais
de melhoria da qualidade de vida humana. A Carta admitia de 22 unidades federativas do país.

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Em 2004, a mudança ministerial, a consequente criação da convencionou a chamar de Educação Ambiental Pragmática
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e cujo viés não difere dos aportes epistemológicos do
Diversidade (Secad) e a transferência da CGEA para esta conservacionismo, porém com foco em ações realizadas em
secretaria, permitiu um maior enraizamento da EA no MEC e um ecossistema urbano, como por exemplo as atividades de
junto às redes estaduais e municipais de ensino, passando a coleta de lixo.
atuar de forma integrada a áreas de Diversidade, Educação Já a Educação Ambiental crítica por vezes conhecida por
Escolar Indígena e Educação no Campo, conferindo assim emancipatória ou ecopedagógica é tipicamente brasileira
maior visibilidade à Educação Ambiental e destacando sua originou-se da Educação Popular de Paulo Freire e da
vocação de transversalidade. Pedagogia crítica, que tem seu ponto de partida na teoria
A Educação Ambiental via MEC objetiva atuar em todos os crítica marxista ou neomarxista de interpretação da realidade
níveis de ensino formal, conforme prevê a legislação mantendo social. Associa também ações trazidas da ecologia política que
ações de formação continuada por meio do programa “Vamos insere a dimensão social nas questões ambientais, passando
Cuidar do Brasil” com as Escolas, como parte de uma visão essas a serem trabalhadas como questões socioambientais. A
sistêmica de Educação Ambiental. A Educação Ambiental principal crítica da Educação Ambiental emancipatória faz a
passa a fazer parte das Orientações Curriculares do Ensino Educação Ambiental conservadora é a de que ela possui visão
Médio e dos módulos de Educação a Distância na Educação de naturalizada da natureza, ou seja, tem a tendência de ver o
Jovens e Adultos (EJA). mundo através da ordem biológica, essencialmente boa e
Em 2004, tem início um novo Plano Plurianual, o PPA pacificada, equilibrada e estável em suas interações
2004-2007. Em função das novas diretrizes e sintonizado com ecossistêmicas, o qual segue vivendo como autônoma e
o PRONEA, o Programa 0052 é reformulado e passa a ser independente da interação cultural humana e quando essa
intitulado Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. interação é focada, a presença humana a miúde aparece como
O Brasil, juntamente com outros países da América do Sul problemática e nefasta pela natureza.
e do Caribe, assumiu compromissos internacionais com a Nesse sentido, a Educação Ambiental Emancipatória
implementação do Programa Latino-Americano e Caribenho propõe como objetivo realizar a crítica a Educação Ambiental
de Educação Ambiental (Placea10) e do Plano Andino- Conservadora, desvelando o quanto suas práticas ingênuas ou
Amazônico de Comunicação e Educação Ambiental (Panacea), reprodutoras de ideologias do sistema dominante impedem a
que incluem os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação percepção das causas dos problemas socioambientais.
dos países. Objetiva, também, analisar a partir de uma visão
Tendências epistemológicas da Educação Ambiental no socioambiental, política e econômica, que o problema da
Brasil ecologia é real e já algum tempo, ainda, que existente, por
Existem vários campos de disputas no Brasil do que razões inerentes à necessidade do crescimento capitalista,
comumente chamamos de Educação Ambiental. A área é muito poucos tenham dado alguma atenção a ele. O modus operandi
complexa e abrange um vasto campo multidisciplinar, sendo do próprio sistema do capital que é o causador dos pretéritos
assim podemos dizer que temos, portanto, algumas educações e atuais problemas socioambientais.
ambientais que ocupam vários graus de hegemonia no cenário Assim sendo, cabe a Educação Ambiental crítica, também,
nacional. A busca por uma definição de Educação Ambiental o papel de uma Educação Ambiental politizada,
não é simples porque ainda não existe consenso sobre o problematizadora, questionadora e integrada aos interesses
conceito, pois coexistem várias vertentes políticas, ideológicas das populações e das classes sociais mais afetadas pelos
e pedagógicas de viés epistemológicos distintos que lhes dão problemas socioambientais, dizem seus apologistas.
sustentação. A base teórica da EA emancipatória, o neomarxismo, não
Assim, apesar dessas dificuldades, podemos classificar a lhe permite compreender que a sua proposta educacional
Educação Ambiental no Brasil em duas grandes vertentes também é ideológica na medida que tem como objetivo
político-pedagógico e epistemológico: a Educação Ambiental finalístico a formação do sujeito ecológico, cujo ideal de ser
Tradicional, chamada também de conservadora e a Educação condensa a utopia de uma existência ecológica plena, o que
Ambiental Crítica Emancipadora. implica numa sociedade plenamente ecológica, o ideal de ser e
A Educação Ambiental Conservadora é a que predomina e de viver em um mundo ecológico apontam para um sujeito
tem como constructo epistemológico a visão mecanicista da ecológico de ser, um novo estilo de vida, com modos próprios
natureza sendo, portanto, simplificadora dos fenômenos de pensar o mundo e, principalmente de pensar a si mesmo e
complexos que envolve a natureza e o homem. Não pretende as relações com os outros neste mundo. Ou seja, a Educação
resolver os problemas de conflitos sociais e de estrutura da Ambiental teria como missão um processo complexo e vasto
sociedade. Essas limitações impedem que este paradigma de inculcação ideológica que ensinará a humanidade a viver
sirva de base para a superação da atual crise socioambiental. com a escassez frente as políticas econômicas de redução da
O outro modelo, a Educação Ambiental crítica pretende se riqueza social que ambas têm como princípio ideal a ser
constituir em discurso contra hegemônico, na medida em que alcançado para a sustentabilidade da vida no planeta. A
a sua base epistemológica se sustenta num modelo conclusão lógica é a de que a EA emancipatória permanece na
transdisciplinar que segundo seus defensores dialoga com a mesma lógica epistemológica da EA conservadora, altera-se os
teoria da complexidade expondo os diversos problemas polos enfatizados, ora a natureza, ora o homem em evidência,
sociais que subjazem as questões socioambientais. mas as relações sociais entre o homem e a natureza
O principal objetivo da Educação Ambiental Conservadora permanecem naturalizados e com forte antagonismo com o
é despertar a sensibilização ecológica dos envolvidos, seu lema paradigma de sustentação econômica, o capitalismo enquanto
é “conhecer para amar e amar para preservar”. Essa maneira modo de produção na modernidade.
inicial de se pensar e realizar a Educação Ambiental encontra- Hoje é basilar a construção de uma crítica da Educação
se fortemente relacionada ao movimento ambientalista da Ambiental emancipatória. É preciso que se discuta
década de 70 do século passado, tendo como referência a principalmente o caráter ideológico do seu projeto político-
ecologia profunda. pedagógico, tarefa que está para ser construída.
Após os anos 90, nota-se um tímido esvaziamento da Para finalizar destaco que atualmente existem inúmeros
vertente conservacionista e o surgimento de uma Educação projetos vigentes de Educação Ambiental no Brasil em
Ambiental crítica cujo objeto era a realização de um andamento, com princípios pedagógicos que oscilam entre as
contraponto com a Educação Ambiental conservacionista que duas vertentes epistemológicas citadas.
a partir dos anos 90 se reinventa por meio do que se

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Os sistemas de ensinos absorveram a prática da Educação instrumentos musicais e estatuetas femininas que datam de
Ambiental em parceria com órgãos governamentais e não- aproximadamente 35000 anos.
governamentais dedicados ao meio ambiente através de A vida na pré-história
projetos pontuais e temáticos. Com a introdução a partir dos Durante esse grande espaço de tempo o homem aprendeu
temas transversais difundidos pelos Parâmetros Curriculares a viver em sociedade e aprendeu como moldar a natureza e os
Nacionais (PCN) foi possível aproximar o conhecimento elementos a seu favor. Ferramentas eram criadas e problemas
escolar da realidade. Os temas transversais podem estar eram solucionados de acordos com as necessidades e desafios
efetivamente presentes na organização do currículo por meio que se colocavam diante do ser humano
de projetos, não mais pontuais, onde as reuniões de A pré-história pode ser dividida em alguns períodos, de
professores de várias áreas convergem para resolução de um acordo com a maneira de vida e as técnicas que as pessoas
problema comum. utilizavam, sendo eles:
No caso da Educação Ambiental, seja durante o
planejamento no início do ano, ou no transcorrer do trabalho Paleolítico
cotidiano, os educadores percebem problemas ambientais que Durante o paleolítico o ser humano era nômade, ou seja,
têm grande potencial educativo, ou imaginam ações com o não possuía um local fixo de residência, movendo-se de acordo
tema meio ambiente que possibilitam o desenvolvimento de com as necessidades de caça e alimentação do ambiente em
projetos na área. Dessa forma o trabalho com projetos significa que viviam. Quando sua sobrevivência era dificultada pela
de fato uma mudança de postura, uma forma de repensar a falta de alimentos as famílias que compunham os grupos
prática pedagógica e as teorias que lhe dão sustentação, humanos migravam para novos locais. Normalmente
possibilitando o envolvimento, a cooperação e a solidariedade abrigavam-se em cavernas e grutas para fugir do frio e dos
entre alunos, professores e comunidade no intuito de predadores. Durante esse período o ser humano tinha seu
transformar a realidade por meio de ações. Também requer sustento através da caça de animais de pequeno, médio e
uma capacidade gerencial por parte dos professores, grande porte, da pesca e da coleta de produtos silvestres
estabelecimento de critérios e prioridades nas ações, o (frutos, raízes, mel, entre outros)
manuseio das informações para gerar um produto concreto e O animais abatidos eram fonte de outros recursos, como
ainda a disseminação de informações sobre temas de peles e ossos. As peles poderiam ser utilizadas para a
relevância para as escolas e comunidades, considerando que, a confecção de roupas, que ajudavam a manter o corpo
avaliação desse produto deva envolver todos aqueles que aquecido, e os ossos poderiam ser transformados em
participaram de sua elaboração. Além disso incentiva a ferramentas
pesquisa e a atualização constante de professores e de alunos. As ferramentas fabricadas e utilizadas durante esse
Para livrar a Educação Ambiental da ideologização é período eram feitas de pedras lascadas e como anteriormente
preciso construir a crítica da Educação Ambiental descrito, ossos de animais. Eram utilizadas principalmente
Emancipadora e proceder a crítica da crítica para cortes, raspagens e perfurações e também para a caça.

Primeiros passos da trajetória humana A descoberta do fogo


O período humano que chamamos de pré-história é O fogo foi muito importante para o ser humano que viveu
bastante grande. Corresponde aos tempos desde o surgimento durante a pré-história. Antes de seu domínio, o ser humano
do Homem até a invenção da escrita, que ocorreu a dependia da natureza e de acontecimentos como a queda de
aproximadamente há 5.000 anos na Mesopotâmia. um raio em uma floresta para obtê-lo. Esse fogo poderia ser
Quando surgiu o conceito de pré-história no século XIX, os utilizado para a iluminação de cavernas, a preparação de um
historiadores consideravam somente como documentos de alimento ou para esquentar-se do frio.
estudo fontes escritas. Então convencionou-se chamar de pré- Segundo apontam os estudos, o Homo Erectus, um ser de
história o período anterior à escrita. Hoje os pesquisadores já maior capacidade intelectual que seus antecessores, descobriu
não concordam mais com esta expressão, pois o homem é um que a partir da fricção, ou seja, o movimento de esfregar duas
ser histórico e este conceito não consegue abarcar a pedras uma na outra gerava uma pequena fagulha, que se feita
diversidade de povos e culturas existentes no mundo, pois próxima a materiais de fácil combustão poderia criar uma
ainda hoje existem tribos espalhadas pelo planeta que não chama para iniciar uma fogueira.
desenvolveram a escrita. Vivem eles na pré-História? Então A partir do momento em que aprende a controlá-lo, a vida
sabemos que ao usar esta expressão devemos fazer ressalvas, ficou muito mais fácil. Agora acabava a necessidade de
mas podemos usá-la tranquilamente por ser um convenção aguardar um fenômeno da natureza para sua obtenção. Carnes
consagrada. Para podermos compreender melhor a pré- poderiam ser cozidas ou assadas, o que tornava seu gosto mais
História, os historiadores dividem o período em dois agradável e permitia uma duração maior antes de começar a
momentos: O Paleolítico (pedra lascada), que vai do se decompor, assim como os legumes e raízes. O fogo também
surgimento do Homem até aproximadamente 10000 atrás, ajudou o ser humano a se proteger de animais, permitindo
quando foi inventada a escrita. Depois temos o período uma vida mais tranquila.
Neolítico (pedra nova), que vai até a invenção da escrita.
Os principais registros fósseis permitem concluir que o A arte rupestre e a comunicação
homem surgiu na África e de lá se espalhou para outros Antes da invenção da escrita, o ser humano utilizava outras
continentes. Migrou para a Ásia e para a Europa. O formas de se expressar. A principal delas foram as pinturas
povoamento da América ocorreu mais tarde. Os registros para rupestres. A arte rupestre é compreendida como o amplo
estudarmos esta época são pinturas rupestres e pontas de conjunto de desenhos, pinturas e inscrições feitas pelo ser
flechas e lanças de pedra ou Sílex, que eram humano.
rudimentarmente lascadas para se tornarem instrumentos Essas pinturas eram feitas em superfícies de rochas, em
para os homens. As comunidades eram tribais e pequenas e paredes de cavernas e paredões, cujos materiais mais usados
não eram fixos a um território, ou seja, eram populações são o sangue, saliva, argila, e excrementos de morcegos. As
nômades de caçadores e coletores. Viviam em um local até pinturas representavam cenas da vida do cotidiano, como
que os recursos se esgotassem ou se tornassem insuficientes pessoas em diversas atividades que iam dos atos sexuais,
para a tribo, que passava a buscar novos locais para viver. partos, e rituais às caçadas. Também eram representados
Nesta época já ocorre o domínio do fogo. Há registros de animais, isoladamente ou atacando grupos de pessoas.

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As pinturas mais antigas encontradas até o momento uma liga metálica mais resistente, que ficou conhecida como
foram encontradas nas atuais regiões da Indonésia, França e bronze.
Espanha. Os exemplares encontrados possuem idade entre 35 É a partir da idade dos metais que surgem os primeiros
mil e 40 mil anos, com representações de mãos humanas e núcleos urbanos e as primeiras cidades. Os mais antigos
animais de caça. indícios apontam que as primeiras cidades teriam surgido no
As pinturas rupestres formam uma importante forma de atual Oriente Médio. Entre as mais antigas estão as cidades de
comunicação do ser humano na pré-história. Através da Jericó na Palestina, Biblos no Libano e Çatal Hüyük na Turquia.
pintura nas superfícies de rochas o homem conseguiu vencer Além de serem centros urbanos estabelecidos, contavam com
a barreira do tempo e deixar suas marcas de maneira um sistema de religião que já se desenvolvia desde o período
permanente. neolítico e também com atividades comerciais.
Além da pintura, oralidade, ou seja, os sons e a fala foram
outro meio encontrado pelo ser humano para se comunicar. A pré-história e as origens do homem americano
Acredita-se que quando o ser humano começa a viver em O Brasil possui um grande período de ocupação humana
pequenos agrupamentos durante o período paleolítico a antes da chegada dos portugueses em 1500.Existem diversas
utilização de sons e gestos passa a ser empregada para indicar teorias para explicar a chegada do ser humano ao continente
objetos e ações que eram realizadas em conjunto. Os sons americano, que variam entre 40 e 15 mil anos atrás
produzidos eram limitados a um pequeno conjunto, já que a A teoria mais difundida é de que os primeiros seres
fala não havia sido completamente desenvolvida por esses humanos chegaram na América, vindos da Ásia, através da
grupos. travessia do Estreito de Bering, localizado entre os Estados
Unidos(Alaska) e a Rússia. A ideia é de que a última glaciação
Período neolítico garantiu a passagem segura entre os continentes. A partir daí
Segundo apontam os estudos, o período neolítico teria se o ser humano teria se espalhado pelo continente de maneira
iniciado por volta de 12 mil anos atrás. Esse período trouxe gradual, ocupando territórios até chegar ao Brasil.
importantes mudanças na vida do ser humano, com o domínio Outra teoria aceita é a de que o homem americano tenha
de elementos da natureza que resultariam na agricultura, chegado através das ilhas polinésias em embarcações
melhor desenvolvimento de ferramentas e a sedentarização. rudimentares na costa sul-americana.
Após sobreviver da coleta de plantas e raízes, o ser humano A arqueóloga Niède Guidon descobriu no município de São
descobre que quando uma semente era depositada no solo, Raimundo Nonato, no Piauí, diversos vestígios, como ossos de
após algum tempo ocorria a germinação, que resultava no animais, ferramentas de pedra, e pinturas rupestres que
crescimento de uma planta semelhante à que havia sido podem indicar uma ocupação ainda mais antiga do território,
consumida. O plantio de várias sementes do mesmo tipo com datações que podem alcançar até 45.000 anos. A
garantiu a produção de alimentos, que poderiam ser arqueóloga defende a ideia de que os seres humanos chegaram
consumidos após as colheitas. O ser humano também descobre ao continente americano em diversas levas migratórias, vindas
que algumas plantas possuem adaptação melhor em diferentes de várias partes da África e da Ásia em períodos diferentes, o
épocas do ano, o que gerava a necessidade de cultivar que poderia explicar a grande variedade linguística
diferentes tipos de planta ao longo das estações para conseguir encontrada entre os povos nativos.
produzir alimentos o ano todo. Os primeiros habitantes do continente praticavam
A partir do cultivo de seus alimentos, era necessário criar principalmente a caça e a coleta de frutos, utilizando
mecanismos para o armazenamento de suas colheitas. O ser instrumentos feitos de pedra lascada. Utilizavam fogueiras
humano passa a produzir instrumentos feitos a partir do barro para se aquecer, cozinhar alimentos e defender-se de animais
(argila), como panelas, potes e bacias. selvagens. Por volta de 5000 anos atrás alguns povos começam
O domínio do cultivo de plantas pelo ser humano é a praticar a agricultura, após a revolução neolítica, que
entendido como o início da atividade agrícola. A partir desse permitiu a utilização de ferramentas mais elaboradas e
momento não era mais necessária a mudança de local em local contribuiu para a sedentarização de vários grupos. A cerâmica
para garantir a sobrevivência e a obtenção de alimentos, agora também é desenvolvida no período neolítico, como forma de
é possível tê-los em um único lugar, sem precisar se deslocar. armazenar os alimentos que passaram a ser cultivados. No
Essa garantia de alimentos em local fixo garantiu ao ser território brasileiro destacam-se os povos Tupi, Guarani e
humano o necessário para tornar-se sedentário, ou seja, Caraíbas como praticantes da agricultura.
abandonar o nomadismo e fixar-se em um único local que
fosse propicio para a agricultura. Pinturas rupestres
Além dos processos de agricultura e sedentarismo, o Muitos dos antigos habitantes do território brasileiro
homem do neolítico passar a domesticar animais, como o boi, buscaram alojamento em cavernas. Nas paredes dessas
o cavalo e a ovelha. Esses animais passam a fazer parte da vida, cavernas foram encontradas pinturas que retratam cenas do
servindo a diversas funções como obtenção de carne para cotidiano de vida dessas pessoas, com representações de
alimentação, o transporte de pessoas e cargas e a produção de caçadas, de partos e relações sexuais. As figuras eram
vestimentas para se aquecer em períodos de frio. desenhadas a partir da mistura de sangue de animais, carvão e
Outra grande mudança se dá na maneira de produzir minerais dissolvidos em água. As pinturas rupestres
ferramentas e utensílios. Ao invés do lascamento de pedras, representam parte importante da pesquisa arqueológica no
característico do período paleolítico, agora utiliza-se a Brasil, servindo como fonte para a datação de sítios
chamada pedra polida, através de um processo de fabricação arqueológicos
que permitia criar instrumentos mais afiados e precisos População Sambaqui: As populações que habitaram o
litoral, desde cerca de 6 mil anos atrás acumularam próximo a
Idade dos metais suas moradias ao longo do tempo os restos de alimentos,
A partir desse período, o ser humano aprender a extrair e conchas e ossos de peixe. Esses depósitos deram origem aos
trabalhar o metal, de maneira a moldá-lo de acordo com suas sambaquis. O termo sambaqui é de origem Tupi-Guarani e
necessidades. A utilização de metais se iniciou com a extração significa “monte de conchas”.
e produção do cobre, utilizado para fabricar armas mais A dieta desses povos era baseada em peixes, crustáceos e
afiadas e resistentes que aquelas feitas de pedra. Mais tarde moluscos. Os instrumentos e ferramentas fabricados por esses
aprendeu que poderia misturá-lo com o estanho para produzir povos eram compostos de arpões e anzóis, além de
instrumentos polidos Pela grande abundancia de alimentos

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que o mar proporcionava, esses povos fixavam-se em pontos sobre o Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul. Ela ocupa
específicos, sem a necessidade de migração. Os sambaquis totalmente o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Santa Catarina,
também eram utilizados para o sepultamento dos mortos e 98% do Paraná e áreas de mais 11 Unidades da Federação.
podem ser encontrados em diversos pontos da costa Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila
brasileira, de nordeste a sul, além de outros países. densa, normalmente composta por árvores altas e relacionada
a um clima quente e úmido. A Mata Atlântica já foi um dos mais
A natureza e as terras brasileiras ricos e variados conjuntos florestais pluviais da América do
Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que Sul, mas atualmente é reconhecida como o bioma brasileiro
abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com mais descaracterizado. Isso porque os primeiros episódios de
flora e fauna similares, definida pelas condições físicas colonização no Brasil e os ciclos de desenvolvimento do país
predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, levaram o homem a ocupar e destruir parte desse espaço.
geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com
que um bioma seja dotado de uma diversidade biológica Caatinga
singular, própria. Extensão aproximada: 844.453 quilômetros quadrados
No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão A Caatinga, cujo nome é de origem indígena e significa
para a menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a “mata clara e aberta”, é exclusivamente brasileira e ocupa
Caatinga, o Pampa e o Pantanal. cerca de 11% do país. É o principal bioma da Região Nordeste,
A seguir, conheça cada bioma do Brasil: ocupando totalmente o Ceará e parte do Rio Grande do Norte
(95%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí
Amazônia (63%), da Bahia (54%), de Sergipe (49%), do Alagoas (48%) e
Extensão aproximada: 4.196.943 quilômetros quadrados do Maranhão (1%). A caatinga também cobre 2% de Minas
A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo Gerais.
e o maior bioma do Brasil – ocupa quase metade (49,29%) do A Caatinga apresenta uma grande riqueza de ambientes e
território nacional. Esse bioma cobre totalmente cinco Estados espécies, que não é encontrada em nenhum outro bioma. A
(Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), quase totalmente seca, a luminosidade e o calor característicos de áreas tropicais
Rondônia (98,8%) e parcialmente Mato Grosso (54%), resultam numa vegetação de savana estépica, espinhosa e
Maranhão (34%) e Tocantins (9%). Ele é dominado pelo clima decidual (quando as folhas caem em determinada época). Há
quente e úmido (com temperatura média de 25 °C) e por também áreas serranas, brejos e outros tipos de bolsão
florestas. Tem chuvas torrenciais bem distribuídas durante o climático mais ameno.
ano e rios com fluxo intenso. Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um
O bioma Amazônia é marcado pela bacia amazônica, que de longo período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes
escoa 20% do volume de água doce do mundo. No território e um de seca curta seguido de chuvas torrenciais (que podem
brasileiro, encontram-se 60% da bacia, que ocupa 40% da faltar durante anos). Dos ecossistemas originais da caatinga,
América do Sul e 5% da superfície da Terra, com uma área de 80% foram alterados, em especial por causa de
aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados. desmatamentos e queimadas.
A vegetação característica é de árvores altas. Nas planícies
que acompanham o Rio Amazonas e seus afluentes, Pampa
encontram-se as matas de várzeas (periodicamente Extensão aproximada: 176.496 quilômetros quadrados
inundadas) e as matas de igapó (permanentemente O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do
inundadas). Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os
de todas as espécies vivas do Brasil. pampas sul-americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela
Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. O
Cerrado pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco regular
Extensão aproximada: 2.036.448 quilômetros quadrados e com frentes polares e temperaturas negativas no inverno.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e A vegetação predominante do pampa é constituída de
cobre 22% do território brasileiro. Ele ocupa totalmente o ervas e arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente
Distrito Federal e boa parte de Goiás (97%), de Tocantins ondulado. Formações florestais não são comuns nesse bioma
(91%), do Maranhão (65%), do Mato Grosso do Sul (61%) e de e, quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa
Minas Gerais (57%), além de cobrir áreas menores de outros (árvores altas) e floresta estacional decidual (com árvores que
seis Estados. É no Cerrado que está a nascente das três maiores perdem as folhas no período de seca).
bacias da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São
Francisco e Prata), o que resulta em elevado potencial aquífero Pantanal
e grande biodiversidade. Esse bioma abriga mais de 6,5 mil Extensão aproximada: 150.355 quilômetros quadrados
espécies de plantas já catalogadas. O bioma Pantanal cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7%
No Cerrado predominam formações da savana e clima de Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do
tropical quente subúmido, com uma estação seca e uma Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. O
chuvosa e temperatura média anual entre 22 °C e 27 °C. Além Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois
dos planaltos, com extensas chapadas, existem nessas regiões apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o
florestas de galeria, conhecidas como mata ciliar e mata Paraguai e a Bolívia).
ribeirinha, ao longo do curso d’água e com folhagem É caracterizado por inundações de longa duração (devido
persistente durante todo o ano; e a vereda, em vales ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente na
encharcados e que é composta de agrupamentos da palmeira planície, e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre
buriti sobre uma camada de gramíneas (estas são constituídas e no cotidiano das populações locais. A vegetação
por plantas de diversas espécies, como gramas e bambus). predominante é a savana. A cobertura vegetal original de áreas
que circundam o Pantanal foi em grande parte substituída por
Mata Atlântica lavouras e pastagens, num processo que já repercute na
Extensão aproximada: 1.110.182 quilômetros quadrados Planície do Pantanal.
A Mata Atlântica é um complexo ambiental que engloba
cadeias de montanhas, vales, planaltos e planícies de toda a Revolução industrial e as transformações ambientais
faixa continental atlântica leste brasileira, além de avançar

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Muitas são as mudanças percebidas a partir da Revolução destrutivo e insustentável dos sistemas de produção e
Industrial nos séculos XVIII e XIX, não apenas a forma de consumo.
produzir se transformou mundialmente mas também as “A relação humanidade/ambiente mudou radicalmente
formas de explorar as riquezas naturais. com a invenção das máquinas que multiplicaram a capacidade
Assim, a partir daí acontecimentos imprevisíveis no meio do homem de alterar o ambiente” (BIAGIO; ALMEIDA;
ambiente estão acontecendo com frequência e nas últimas BONILLA, 2007, p.76).
décadas muitos riscos a humanidade vem surgindo A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, e a
provocando diversos danos e alterais ambientais. Devido ao utilização de combustíveis fósseis em larga escala trouxeram
grande crescimento industrial a vida no planeta vem sendo uma série de consequências, que podem ser descritas como
afetada. resultado de um processo de crescimento descontrolado capaz
A tecnologia tem avançado juntamente com a de, eventualmente, destruir a biosfera: efeito estufa,
industrialização, com isto, sobe também a pressão para que a destruição da camada de ozônio, acidificação do solo e de
indústria obtenha a cada dia mais lucros e melhor águas superficiais, dissipação de substancias tóxicas no
desempenho, explorando sem controle algum ou prevenção ambiente, acúmulo de substancias não-biodegradáveis no
afetando diretamente o ambiente, gerando impactos ambiente, acumulo de lixo radioativo, diminuição da área de
ambientais negativos de difícil recuperação e muitas vezes florestas tropicais e da biodiversidade e etc (BIAGIO;
irreversíveis. ALMEIDA; BONILLA, 2007, p.76).
Segundo Juras (2015, p.51) “a poluição é sem dúvida umas das Entende-se que a poluição é resultado de todo impacto
extremidades mais marcantes do modo de produção e negativo causado pelo modo de produção e consumo da
consumo da sociedade moderna, que tem a indústria como sociedade moderna, característica da indústria moderna.
uma de suas características marcantes”. A possibilidade de ocorrência de poluição acidental por
Percebe-se que a ciência e a tecnologia desenvolveram-se eventos não previstos, como derramamentos, vazamentos e
muito rapidamente e a intensificação da atividade industrial emanações não controladas, assim como a contaminação
tornou suas técnicas de produção cada vez mais sofisticadas ambiental por lançamentos industriais de gazes, material
passando a ocupar partes cada vez maiores do território físico particulado, efluentes líquidos e resíduos sólidos, é
comprometendo assim todo o ambiente. particularmente crítica nas áreas que combinam indústria e
Diante disto, propõem-se aqui discutir toda as mudanças baixa prevenção (JURAS, 2015, p.51).
causadas no ambiente a partir da Revolução Industrial, como Não apenas toda industrialização vem se desenvolvendo
estas transformações no modo de produzir vem causando nas últimas décadas mas também a tecnologia, evidenciando
diversos problemas ambientais na atualidade, busca-se ainda que tanto o modo de produção tem se intensificado mas
refletir sobre como a sociedade e a área industrial vem se também todo consumismo vivenciado. Isto tudo resultado de
mobilizando e buscando soluções para mudança desta uma sociedade que busca por novos produtos sem ao menos
realidade observada. os mesmos perderem sua função ou estragarem, todos
tentando acompanhar o desenvolvimento tecnológico
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL tornando o lixo produzido mundialmente cada dia maior.
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século 18, Estes fatos observados afetam diretamente o meio
apresentou ao mundo uma nova forma de fabricar produtos. ambiente, provocando impactos negativos ao ambiente,
Em pouco tempo, o homem se tornou capaz de produzir mais muitos deles irreversíveis, os riscos produzidos envolvem
do que o necessário para sobreviver (TREVISAN, 2010). todas as dimensões da vida humana, obrigando a todos a
Este acontecimento foi resultado de um conjunto de revermos a nossa forma de produzir e também de consumir
mudanças que aconteceram em toda a Europa nos Séculos este bens produzidos.
XVIII e XIX, fato marcante de toda Revolução Industrial foi a As novas tecnologias industriais vem proporcionando
substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o grande comodidade para todos, contudo, é necessário
uso das máquinas. desenvolver também socialmente uma consciência ambiental
Até este momento grande parte da população europeia quanto aos riscos e danos causados na natureza, evitando que
vivia no campo e produzia o que consumia, tudo realizado de toda situação vista mundialmente se agrave.
forma artesanal onde o produtor dominava todas as etapas do Considerando todo contexto histórico da Revolução
processo de produção. Industrial aqui verificado, percebe-se que muitos impactos
Assim, é fato que o planeta Terra está passando por ambientais causados são resultado da falta de consciência e
mudanças ambientais importantes. O marco inicial desse ações principalmente das indústrias que poderiam prevenir
processo é a Revolução Industrial, que data do século 19. Foi muitos danos causados vistos atualmente.
nessa época que as fábricas começaram a demandar mais Com o aumento crescente da população e a necessidade de
recursos naturais para produzir bens de consumo. O principal cada dia produzir mais e mais, as indústrias exploram sem
impacto da crescente atividade fabril - em vigor até hoje - foi o controle os recursos materiais disponíveis no ambiente,
aumento da concentração de gases de efeito estufa na buscando seus lucros e sua expansão, criando um consumismo
atmosfera (PINHEIRO, 2010). sem controle, devastando tudo a nossa volta.
Vale ressaltar que como a Inglaterra foi pioneira na Estas transformações sociais trouxeram consigo riscos e
Revolução Industrial a matéria prima utilizada pelas fábricas alterações em todo sistema ambiental, como aumento da
era o carvão mineral como principal fonte de energia para poluição do ar, do solo e da agua, extinção de muitas espécies,
movimentar as máquinas, pois este país possui grandes resultado do desmatamento, da degradação do solo,
reservas deste em seu subsolo. Contudo, a queima deste destruição da biodiversidade natural de muitos locais.
combustível fóssil emite grandes quantidades de gases tóxicos, Frente a esta realidade, muitas empresas vem
intensificando o efeito estufa e causando a chuva ácida. transformando suas formas de produção devido a estes
problemas ambientais observados, buscando a preservação e
QUESTÕES AMBIENTAIS E REVOLUÇÃO INDUSTRIAL conservação, evidenciando um novo momento de busca por
Atualmente é clara a percepção de poder da sociedade alternativas de produção que não agridam tanto a natureza
moderna em alterar o ambiente econômico, social e da através de uma prática saudável entre as pessoas e o ambiente.
natureza, estas rápidas mudanças do último século resultaram
em muitos problemas como resultado de todo poder

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Saúde respeito às limitações naturais, submetendo às atividades


A palavra saúde também deve ser compreendida de forma econômicas às exigências naturais.
abrangente, não se referindo somente à ausência de doenças,
mas sim ao completo bem-estar físico, mental e social de um Meio ambiente e transportes
indivíduo. A saúde tem como fatores determinantes e A poluição do ar nas cidades é hoje uma das mais graves
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o ameaças à nossa qualidade de vida. Os principais causadores
saneamento básico o meio ambiente, o trabalho, a renda, a da poluição do ar são os veículos automotores. Os gases que
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços saem do escapamento contêm monóxido de carbono, óxidos
essenciais. de nitrogênio, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e material
Dessa forma o termo “saúde” engloba uma série condições particulado (fumaça preta).
que devem estar apropriadas para o bem estar completo do ser A quantidade desses gases depende do tipo e da qualidade
humano, incluindo o meio ambiente equilibrado. do combustível e do tipo e da regulagem do motor. Quanto
melhor é a queima do combustível, ou melhor dizendo, quanto
Relação Meio Ambiente e Saúde melhor regulado estiver seu veículo, menor será a poluição.
Muitas pessoas não percebem, mas o homem é parte A presença desses gases na atmosfera não é só um
integrante da natureza e, nesta condição, precisa do meio problema para cada uma das pessoas, é um problema para
ambiente saudável para ter uma vida salubre. toda a coletividade de nosso planeta.
É certo que qualquer dano causado ao meio ambiente O monóxido de carbono não tem cheiro, não tem gosto e é
provoca prejuízos à saúde pública e vice-versa. A existência de incolor, sendo difícil sua identificação pelas pessoas. Mas é
um é a própria condição da existência do outro, razão pela qual extremamente tóxico e causa tonturas, vertigens, alterações
o ser humano deve realizar suas atividades respeitando e no sistema nervoso central e pode ser fatal, em altas doses, em
protegendo a natureza. ambientes fechados.
Como exemplo podemos citar o vibrião da cólera, que é O dióxido de enxofre, presente na combustão do diesel,
transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de provoca coriza, catarro e danos irreversíveis aos pulmões e
alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os também pode ser fatal, em doses altas.
maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de Os hidrocarbonetos, produtos da queima incompleta dos
determinadas regiões do planeta são fatores que estão combustíveis (álcool, gasolina ou diesel), são responsáveis
intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem pelo aumento da incidência de câncer no pulmão, provocam
para a transmissão da doença. irritação nos olhos, no nariz, na pele e no aparelho
Portanto, diariamente é possível presenciar várias respiratório.
situações que nos revelam como a degradação ambiental causa A fuligem, que é composta por partículas sólidas e líquidas,
problemas na saúde e nas condições de vida do homem. fica suspensa na atmosfera e pode atingir o pulmão das
pessoas e agravar quadros alérgicos como asma e bronquite,
Prevenção e Precaução irritação de nariz e garganta e facilitar a propagação de
O princípio da prevenção se caracteriza pela prioridade infecções gripais.
que deve ser dada às medidas que evitem o nascimento de A poluição sonora provoca muitos efeitos negativos. Os
atentados ao ambiente, de molde a reduzir ou eliminar as principais são: distúrbios do sono, estresse, perda da
causas de ações suscetíveis de alterar sua qualidade. Permite- capacidade auditiva, surdez, dores de cabeça, distúrbios
se a instalação de uma determinada atividade ou digestivos, perda de concentração, aumento do batimento
empreendimento, impedindo que ele cause danos futuros, por cardíaco e alergias.
meio de medidas preventivas. Alguns procedimentos contribuem para a redução da
O princípio da precaução, por outro lado, é um estágio além poluição atmosférica e da poluição sonora: Regule e faça a
da prevenção, à medida que o primeiro (precaução) tende à manutenção periódica do seu motor;
não realização do empreendimento, se houver risco de dano Calibre periodicamente os pneus;
irreversível, e o segundo (prevenção) busca, ao menos em um Não carregue excesso de peso;
primeiro momento, a compatibilização entre a atividade e a Troque de marcha na rotação correta do motor;
proteção ambiental. Assim, quando existe risco ou incerteza Evite reduções constantes de marcha, acelerações bruscas
científica de dano ambiental, a atividade sequer poderá ser e freadas excessivas;
licenciada. Desligue o motor numa parada prolongada;
Percebe-se que tais princípios visam restringir e até Não acelere quando o veículo estiver em ponto morto ou
mesmo proibir a implantação de novos empreendimentos, na parado no trânsito;
hipótese dos mesmos oferecerem risco ao ambiente e a saúde Mantenha o escapamento e o silencioso em boas
das pessoas. condições;
Afinal, o Direito Ambiental possui caráter preventivo, pois Faça a manutenção periódica do equipamento destinado
é praticamente impossível a reparação integral nos casos de para reduzir os poluentes-catalisador (nos veículos em que é
degradação ambiental, já que na maioria das vezes a região previsto).
afetada jamais voltará ao estado em que se encontrava antes Há ainda o problema da sujeira que é jogada em vias
do evento danoso. E, da mesma forma, são várias as doenças públicas. Além de correr o risco de atrapalhar a visão de outros
causadas por danos ambientais cujas sequelas se tornam condutores, podendo causar graves acidentes, ainda contribui
irreversíveis para o homem. para poluir o meio-ambiente. Sem contar que alguns materiais,
Quando se fala em questões ambientais e de saúde como latas e garrafas plásticas levam muito tempo para serem
humana, não basta indenizar o vexame, a dor e as irreparáveis absorvidos pela natureza. Uma dica para evitar esse tipo de
sequelas causadas pelas doenças surgidas por conta da ação, é sempre manter dentro do veículo, sacos para a coleta
degradação da natureza. É preciso agir antes, empregando de de lixo. Assista este trailler sobre um projeto de transporte
forma efetiva o princípio da prevenção e, ser for preciso, o da sustentável, o carro elétrico:
precaução.
Afinal preservar e conservar o meio ambiente se traduz na Dia Mundial Sem Carro
garantia de sobrevivência da própria espécie humana e, nesse O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou
sentido, a natureza não pode se adequar às leis criadas pelo em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20,
homem, muito pelo contrário, o direito deve ser formulado em e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a

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cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de Os modos de transporte utilizados e O consumo específico
um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas de energia dos diferentes modos.
causados pelo uso massivo de automóveis como forma de (Márcio D’Agosto – PET/COPPE, 2010)
deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um A utilização intensa do automóvel conspira contra
convite ao uso de meios de transporte sustentáveis – entre os qualquer iniciativa de racionalização de sistemas de
quais a bicicleta é a grande vedete. transporte. Para qualquer planejamento desse setor, é
A ideia principal do dia é fazer com que as pessoas pensem imprescindível o conhecimento da eficiência dos modos de
um pouco sobre o estilo de vida que levam, sobre a transporte em termos de energia primária requerida
possibilidade de diminuírem o uso do carro (em face do [Megajoules/passag.km]. O Prof. Márcio D’Agosto apresenta
trânsito pesado enfrentado nas cidades), ou mesmo, se um estudo sobre diversos modos (em ordem decrescente de
possível, em substituí-lo por outro meio de transporte. eficiência):
O Dia Mundial Sem Carro foi implantado pela primeira vez 1º - bicicleta
na França, em 22 de setembro de 1997. Em 2000, a União 2º - caminhada
Europeia instituiu a Jornada Internacional “Na Cidade, sem 3º - veículo leve sobre trilhos (VLT)
meu Carro”, reunindo 760 cidades. Em 2001, 1683 cidades 4º - trem metropolitano elétrico (como o metrô)
participaram. Encorajados pelo êxito da iniciativa do Dia 5º - trem metropolitano a diesel
Europeu sem Carros, a comissão organizadora lançou, em 6º - micro-ônibus
2002, a Semana Europeia da Mobilidade. 7º - ônibus convencional
Em 2001, 11 cidades brasileiras aderiram ao Dia Mundial 8º - automóvel pequeno a gasolina
Sem Carro: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS); 9º - automóvel grande a gasolina
Piracicaba (SP); Vitória (ES); Belém (PA); Cuiabá (MT), Goiânia
(GO); Belo Horizonte (MG); Joinville (SC); São Luís (MA). O consumo energético por passageiro versus quilômetro
Em 2007, protagonizada pelo Movimento, a campanha do automóvel grande é quase dez vezes o do VLT e sete vezes
para o Dia Mundial Sem Carro engajou entidades de todas as o do trem elétrico. Mesmo o ônibus convencional tem uma
regiões da cidade e despertou a atenção da população e do eficiência insatisfatória se comparado com quaisquer dos
poder público para assuntos decisivos para a vida em São trens ou com microônibus. Entre os modos de transporte
Paulo, como cidadania no trânsito, congestionamentos, estudados, a bicicleta é o que se revela mais eficiente, com um
respeito ao pedestre, segurança e poluição. O tema gerou rendimento 15 vezes melhor do que o do automóvel pequeno.
desdobramentos importantes, que continuam sendo No entanto, por maiores que sejam os avanços para reduzir
acompanhados pelo Movimento. a emissão de poluentes e reduzir o desperdício de petróleo em
Em 2008, 32 cidades aderiram ao Dia Mundial Sem Carro, engarrafamentos cada vez mais frequentes e intensos, eles
segundo dados da ONG Rua Viva, responsável por organizar o estão sendo superados por uma produção sem precedentes de
evento. carros no mundo. Em 2007 fabricou-se 70,9 milhões de
unidades de automóveis e pequenos veículos de carga (até
Cidades e qualidade de vida: transporte, lixo e águas 1800 kg). Em função da crise econômica mundial, houve queda
Uma grande parcela dos problemas ambientais decorre do na produção global de veículos em 2008 (e possivelmente
uso crescente de veículos, notadamente os movidos por também em 2009), mas a tendência é de retomada no
derivados de petróleo. Automóveis, caminhões, ônibus, crescimento de vendas, principalmente se
motocicletas e toda sorte de embarcações e aviões foram considerarmos o poder desse segmento industrial
responsáveis, em 2004, por 13,1% das emissões de gases do somado ao das companhias de petróleo e ao das empreiteiras.
efeito estufa, segundo o Painel Intergovernamental sobre Entre 1960 e 2000, a fabricação mundial de carros subiu
Mudanças Climáticas (IPCC). A atividade de transporte de 12,8 milhões para 41,3 milhões de unidades, um acréscimo
responde por cerca de 80% do óleo diesel consumido no de 223% (em comparação, a população humana aumentou
Brasil, sendo 90% desse consumo para o transporte 102% no mesmo intervalo de tempo). No Brasil, foram
rodoviário de mercadorias e pessoas. vendidos cerca de 800 mil carros no 1º semestre de 2010.
Em países de grandes extensões, com cidades Somente em março foram comercializadas 331 mil unidades.
superpovoadas, praticamente sem transporte ferroviário e Prevê-se, para este ano um aumento nas vendas de 8%. Se essa
com poucas centrais termoelétricas, como o Brasil, a taxa de crescimento se mantiver constante, a frota total dobra
contribuição dos sistemas de transporte para a poluição do ar em apenas nove anos!
é seguramente bem maior (desconsiderando o uso da terra). Mundialmente, entre 1952 e 1992, o total de passageiros X
Poluição essa que não se limita aos compostos químicos que quilômetros rodados de veículos pulou de menos de 250
aquecem a atmosfera, mas que também inclui poluentes como bilhões passag.km para quase 650 bilhões passag.km, um
material particulado em suspensão e variados gases, todos aumento de cerca de 160%, bem superior ao crescimento da
eles danosos à saúde humana e à saúde ambiental. Esse é um população global, que, nesse mesmo período, foi de 108%.
problema marcante em centros urbanos. Ora, como as ruas não aumentam nas cidades, nem em
Nos países mais civilizados, ainda existem os desafios de número nem em dimensões, é óbvio que esse comércio
engarrafamentos e da consequente poluição atmosférica (Los frenético de automóveis é o fermento do caos urbano. Novas
Angeles é um exemplo), mas de um modo geral essas questões vias podem ser abertas somente na periferia, o que obriga a
foram minimizadas pela oferta de sistemas públicos de maiores deslocamentos, agravando ainda mais os efeitos do
transporte inteligentes e eficientes e pelo rigor das leis, como tráfego intenso.
a da concentração máxima tolerável de poluentes por veículo. É inegável que a política míope de estimulo ao transporte
É fundamental uma revolução nos sistemas de transporte, individual motorizado é absolutamente insustentável, tanto no
principalmente nos centros urbanos. Um conjunto extenso de uso de recursos naturais, como pela geração de poluição e pela
medidas precisa ser adotado. Abordarei apenas alguns deles. crescente inviabilização dos deslocamentos urbanos.
Para se diminuir o consumo de combustíveis e a poluição O poderoso lobby pró veículos a combustão impôs o
gerada, evitando que se inviabilize a mobilidade urbana, deve- modelo insensato de uso intenso de carros nas cidades e de
se reduzir os seguintes itens: caminhões e ônibus nas estradas. Essa situação é claramente
A quantidade de deslocamentos realizados, evidente no Brasil, onde a indústria do petróleo, juntamente
A extensão desses deslocamentos, com as montadoras e as empreiteiras de estradas, enterraram
um sistema incipiente de transporte ferroviário.

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À tendência de baixa dos preços de veículos, soma-se a passaram a ter um grau de magnitude alto, devido aos mais
política equivocada do governo no estímulo à economia. Isto diversos tipos de poluição, dentre eles a poluição gerada pelo
foi mais marcante na crise econômica mundial de 2008, lixo. O fato é que o lixo passou a ser encarado como um
quando o governo federal retirou impostos dos carros mais problema, o qual deveria ser combatido e escondido da
baratos (e agora de motos), incentivado a venda e, ao mesmo população. A solução para o lixo naquele momento não foi
tempo, a saturação das vias públicas, principalmente nas encarada como algo complexo, pois bastava simplesmente
cidades médias e grandes. afastá-lo, descartando-o em áreas mais distantes dos centros
Não são necessárias muitas considerações para se urbanos, denominados lixões (Fadini et al., 2001).
constatar o óbvio: os engarrafamentos quase permanentes em Nos dias atuais, com a maioria das pessoas vivendo nas
cidades como Rio e São Paulo provocaram, nos últimos anos, cidades e com o avanço mundial da indústria provocando
uma queda vertiginosa na velocidade média de suas ruas. A mudanças nos hábitos de consumo da população, vem-se
lentidão irritante do tráfego urbano, a par da escassez de gerando um lixo diferente em quantidade e diversidade. Até
vagas, não apenas provoca desperdício de petróleo, um mesmo nas zonas rurais encontram-se frascos e sacos
recurso natural não renovável, e aumento na quantidade de plásticos acumulando-se devido a formas inadequadas de
horas de trabalho perdidas no trânsito, como a poluição eliminação. Segundo Bidone citado por Fadini et al. (2001), em
decorrente causa um número cada vez maior de casos de um passado não muito distante a produção de resíduos era de
doenças respiratórias, sem falar nos problemas psíquicos. Os algumas dezenas de quilos por habitante/ano; no entanto,
prejuízos são, ao mesmo tempo, sociais, ambientais e hoje, países altamente industrializados como os Estados
econômicos (bem, alguns setores lucram sempre com o Unidos produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor
caos...). médio verificado nas cidades mais populosas é da ordem de
Com a moeda estável e financiamento em até absurdos 70 180 kg/hab/ano.
ou 72 meses, as classes ascendentes podem realizar suas A produção elevada de lixo norte-americana deve-se ao
aspirações de possuir um carro novo. Certo, eles também têm alto grau de industrialização e aos bens de consumo
o direito a um carro e, “além disso, é um sinal de progresso descartáveis produzidos e amplamente utilizados pela maioria
social e econômico”, como cansei de ouvir. Essa forma da população. No caso do Brasil, a geração do lixo ainda é, em
superficial de encarar a questão esconde, na verdade, que não sua maioria, de procedência orgânica; contudo, nos últimos
há progresso algum, nem para a sociedade como um todo nem anos vem se incorporando o modo de consumo de países ricos,
para o feliz possuidor do carro novo. o que tem levado a uma intensificação do uso de produtos
A grande maioria dos que contraem tais financiamentos a descartáveis (Fadini et al., 2001).
perder de vista elegem o automóvel como prioridade número O lixo representa, hoje, uma grande ameaça à vida no
1. Afinal, o carro ainda é um ícone de sucesso. No entanto, Planeta por duas razões fundamentais: a sua quantidade e seus
vítimas das armadilhas do consumismo, essas pessoas moram perigos tóxicos. Em toda parte do mundo, a mídia incentiva as
mal, não possuem assistência médica adequada e educam mal pessoas a adquirirem vários produtos e a substituírem os mais
os filhos, entre tantas outras deficiências. Sem contar que, em antigos por outros, mais modernos, provocando a insensatez
geral, têm pouca prática de direção e a manutenção de seus do uso indiscriminado dos recursos naturais. Este fato tem
automóveis deixa a desejar. levado ao grande volume de lixo produzido no mundo, cujo
É indispensável que a sociedade tome consciência de que o aumento foi três vezes maior que o populacional, nos últimos
transporte individual nas cidades é incompatível uma boa 30 anos (Menezes et al., 2005). A taxa de geração de resíduos
qualidade de vida. É importante que se renuncie à ideia falsa sólidos urbanos está relacionada aos hábitos de consumo de
de conforto que o automóvel proporciona e ao seu uso como cada cultura, onde se nota uma correlação estreita entre a
mero símbolo de status. Somente modos de transporte de produção de lixo e o poder econômico de uma dada população
massa, ou seja, os movidos a energia elétrica, como trens e (Fadini et al., 2001).
metrô, podem resolver tais problemas (Suzana Kahn e Marcio Do material descartado no Brasil, 76% é abandonado a céu
D’Agosto). O uso do automóvel deverá ser dificultado ao aberto em locais impróprios, permitindo a proliferação de
máximo. vetores capazes de transmitir várias doenças. A matéria
Planejamento urbano de qualidade é igualmente orgânica disposta de forma desordenada entra em processo de
indispensável. Isto significa, entre outras medidas, concentrar putrefação, formando uma outra mistura complexa de gases de
serviços próximos ou entremeados com áreas residenciais, metano, dióxido de carbono, sulfídrico, amônia e outros ácidos
reduzindo a necessidade de deslocamentos, permitir orgânicos voláteis, os quais, quando em contato com o sistema
escritórios de baixa movimentação de pessoas em áreas respiratório de seres humanos, podem causar lesões
meramente residenciais, incentivar a implantação de escolas irreversíveis e levar à morte. Um outro problema é a
de qualidade em todos os bairros, descentralizar os pólos de contaminação dos recursos hídricos devido à migração de
negócio, de comércio e de finanças. Quanto mais tempo chorume (Fadini et al., 2001).
levarmos para a adoção dessas medidas, mais cara, demorada
e dolorosa será a tentativa de reverter e tendência de colapso SOLUÇÕES PARA ESTE PROBLEMA
no sistema de transporte urbano. Os resíduos sólidos domésticos, comerciais, industriais e
das operações agrícolas, apresentam cada vez mais papéis,
GERAÇÃO DE LIXO x DESENVOLVIMENTO plásticos, vidros, um sem número de tipos de embalagens.
O “lixo” é uma grande diversidade de resíduos sólidos de Todo este material cria crescentes problemas de coleta,
diferentes procedências, dentre eles, o resíduo sólido urbano despejo e tratamento. Seus depósitos constituem-se muitas
gerado em nossas residências. O lixo faz parte da história do vezes em foco de crescimento de mosquitos e roedores. Podem
homem, já que sua produção é inevitável (Fadini et al., 2001). até reduzir o valor dos terrenos sobre os quais se acumulam.
Na Idade Média acumulava-se pelas ruas e imediações das Todo esse material contribui enormemente para a
cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de deterioração do ambiente humano (Tommasi, 1976).
milhões de pessoas. A partir da Revolução Industrial iniciou- Os resíduos gerados por aglomerações urbanas e, também,
se o processo de urbanização, provocando um êxodo do por processos produtivos constituem um grande problema,
homem do campo para as cidades. Observou-se assim um tanto pela quantidade quanto pela toxicidade de tais rejeitos.
vertiginoso crescimento populacional, favorecido também A solução para tal questão não depende apenas de atitudes
pelo avanço da medicina e consequente aumento da governamentais ou decisões de empresas; deve ser fruto
expectativa de vida. A partir de então, os impactos ambientais também do empenho de cada cidadão, que tem o poder de

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recusar produtos potencialmente impactantes, participar de modernos são muito melhor projetados e gerenciados,
organizações não-governamentais ou simplesmente segregar frequentemente não aceitam resíduos perigosos e seus locais
resíduos dentro de casa, facilitando assim os processos de são selecionados para minimizar o impacto ambiental (Baird,
reciclagem. O conhecimento da questão do lixo é a única 2001).
maneira de se iniciar um ciclo de decisões e atitudes que
possam resultar em uma efetiva melhoria de qualidade INCINERAÇÃO
ambiental e de vida (Fadini et al., 2001). Além do depósito em aterros, uma outra maneira de se
O manejo inadequado de resíduos sólidos de qualquer tratar os resíduos é através da incineração – oxidação de
origem gera desperdícios, constitui ameaça constante à saúde materiais por combustão controlada até produtos simples
pública e agrava a degradação ambiental, comprometendo a mineralizados, como dióxido de carbono e água. A principal
qualidade de vida das populações, especialmente nos centros vantagem da incineração do lixo sólido municipal é a redução
urbanos de médio e grande porte. A situação evidencia a substancial do volume de material que deve ser aterrado. No
urgência em se adotar um sistema de conscientização caso de substâncias tóxicas ou perigosas, um objetivo ainda
educacional adequado para o manejo dos resíduos, definindo mais importante é a eliminação do perigo tóxico associado ao
uma política para a gestão e o gerenciamento, a qual assegure material (Baird, 2001).
a melhoria continuada do nível de qualidade de vida, O principal problema ambiental da incineração é a
promovendo ações práticas recomendadas para a saúde poluição do ar, tanto por gases quanto por partículas. Os
pública e protegendo o meio ambiente (Sanches et al., 2006). controles das emissões dos incinerados de lixo sólido
Por outro lado, o descarte inadequado de resíduos sólidos municipal podem controlar grande parte, mas não todas as
nos centro urbanos, sem qualquer tratamento, está substâncias tóxicas lançadas no ar pelo processo de
contaminando os lençóis freáticos de várias regiões combustão (Baird, 2001). Portanto, é necessário supervisionar
brasileiras. Essa situação é ainda pior ao se considerar que a periodicamente os filtros dos incineradores e fazer uso de
água potável vai se tornar, em breve, um fator de grande lavadores de gás para minimizar os gases e o pó gerado através
competitividade entre as nações, pois está transformando-se da combustão.
em recurso cada vez mais escasso (Sanches et al., 2006).
A compreensão da problemática do lixo e a busca de sua COMPOSTAGEM
resolução pressupõem mais do que a adoção de tecnologias. É o processo natural de decomposição biológica de
Uma ação na origem do problema exige reflexão não sobre o materiais orgânicos de origem animal ou vegetal, pela ação de
lixo em si, no aspecto material, mas quanto ao seu significado microrganismos. Consiste num processo biológico de
simbólico, seu papel e sua contextualização cultural, e também decomposição controlada da fração orgânica biodegradável
sobre as relações históricas estabelecidas pela sociedade com contida nos resíduos, de modo que resulte em um produto
os seus rejeitos (Site Monografias). estável, similar ao húmus (matéria orgânica homogênea). Este
As mudanças ainda são lentas na diminuição do potencial produto final, o composto, preparado com restos animais e/ou
poluidor do parque industrial brasileiro, principalmente no vegetais, domiciliares, separados ou combinados, pode ser
tocante às indústrias mais antigas, que continuam considerado um material condicionador de solos. Além disso,
contribuindo com a maior parcela da carga poluidora gerada e o composto orgânico tem outros benefícios, tais como a
elevado risco de acidentes ambientais, sendo, portanto, melhoria das características físicas estruturais do solo com
necessários altos investimentos de controle ambiental e custos consequente aumento da capacidade de retenção de água e ar
de despoluição para controlar a emissão de poluentes, o do solo, devido à ação agregadora em solos com baixo teor de
lançamento de efluentes e o depósito irregular de resíduos argila; aumento no teor de nutrientes do solo, que contribui
perigosos (Site Monografias). para a estabilidade do pH e melhora o aproveitamento de
fertilizantes minerais; ativação substancial da vida microbiana
MÉTODOS DE ARMAZENAMENTO OU TRATAMENTO e estabelecimento de colônias de minhocas, besouros e outros
DO LIXO animais que revolvem e adubam o solo; favorece a presença de
micronutrientes e de certas substâncias antibióticas; além de
ATERRO SANITÁRIO auxiliar o desenvolvimento do sistema radicular e a
Grande parte do material que é descartado e deve ser recuperação de áreas degradadas. (Souza, 2005).
armazenado em depósitos não é perigoso, correspondendo
simplesmente a lixo doméstico ou resíduo. O principal método RECICLAGEM
para armazenar o lixo sólido municipal é a sua colocação em Denomina-se reciclagem a separação de materiais do lixo
um aterro sanitário (em alguns casos denominados depósito domiciliar, tais como papéis, plásticos, vidros e metais, com a
de lixo ou lixão), o qual consiste em uma grande escavação no finalidade de trazê-los de volta à indústria, para serem
solo (ou mesmo uma parte descoberta ao nível do solo) que em beneficiados. Esses materiais são novamente transformados
geral é coberta com solo e/ou argila, uma vez que esteja em produtos comercializáveis no mercado de consumo (Souza,
preenchida. Por exemplo, no Reino Unido, entre 85 e 90% do 2005).
lixo doméstico e comercial é depositado em aterros, cerca de Para se proceder à reciclagem de resíduos, a coleta seletiva
6% é incinerado e a mesma fração é reciclada ou reutilizada; deve ser extremamente cuidadosa, pois, sem esta etapa, todo
dados similares aplicam-se a muitas municipalidades da o material reciclável fica sujo e contaminado, tornando seu
América do Norte. Os aterros predominam porque seus custos beneficiamento mais complicado e mais caro. Além disso, a
diretos são substancialmente menores que a disposição por separação tem que ser feita nos depósitos, através de
outros meios (Baird, 2001). processos manuais ou eletromecânicos, o que exige a presença
No passado, os aterros eram buracos no solo que tinham de catadores (Souza, 2005).
sido criados durante as atividades de extração mineral – Nas últimas décadas, tem aumentado a pressão nos países
especialmente fossas antigas de areia ou pedregulho. Em desenvolvidos para reduzir a quantidade de material
muitos casos, eles vazavam e contaminavam os aquíferos descartado como lixo após um único uso. O objetivo é a
situados no subsolo; isso aconteceu, sobretudo, nos aterros conservação das fontes naturais, incluindo a energia, utilizada
que usaram fossas de areia, dado que a água pode percolar para produção dos materiais, e a redução do volume de
facilmente através desta. Esses aterros não foram projetados, material que deve ser disposto em aterros ou por meio de
controlados ou supervisionados e acumularam muitos tipos de incineração. A filosofia de gerenciamento de resíduos
resíduos, incluindo alguns perigosos. Os aterros municipais empregando os “quatro Rs” visam a reduzir a quantidade de

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materiais usados, reutilizar os materiais uma vez formulados, PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA
reciclar materiais mediante processos de refabricação e Em todo o mundo, a maior parte da água que utilizamos
recuperar o conteúdo energético dos materiais caso não destina-se à prática agrícola. Cerca de 70% de toda a água doce
possam ser reutilizados ou reciclados. Estes princípios podem é utilizada em irrigação de plantações e, a maior parte dessa
ser, e são aplicados a todos os tipos de resíduos, inclusive os água não pode ser reaproveitada, pois encontra-se
perigosos (Baird, 2001). contaminada por fertilizantes e pesticidas químicos.
A reciclagem propicia vantagens, como a preservação de Dos 30% restantes, aproximadamente 20% são utilizados
recursos naturais, economia de energia, economia de pela atividade industrial em seus processos de produção. Uma
transporte, geração de empregos e renda e, principalmente, a das atividades industriais que mais consome água é a de
conscientização da população para as questões ambientais produção de couro. Em um quilo de couro utilizado para
(Souza, 2005). produzir roupas e artefatos, como bolsas e sapatos, gasta-
Embora o lixo seja considerado uma grande ameaça à vida, se nada menos do que 16,6 mil litros de água.
verifica-se que é possível minimizar seus impactos, ao se Os outros 10% são utilizados pela população mundial para
adotar medidas preventivas, abandonando práticas de realização de diversas tarefas, que vão desde o próprio
consumo exagerado ou então, conscientizando a população, consumo até a sua utilização para o preparo de alimentos,
seja em relação ao destino ou às formas de reciclagem do lixo higiene pessoal, limpeza na habitação, entre outros.
gerado. Assim, é necessário que governo e sociedade assumam
novas atitudes, visando gerenciar de modo mais adequado a ÁGUA POTÁVEL: UM RECURSO AMEAÇADO
grande quantidade e diversidade de resíduos que são O principal problema da água na atualidade está
produzidos diariamente. Estas práticas não só reduzirão o diretamente associado à falta de água potável no mundo,
volume de resíduos produzidos diariamente, mas também devido a um gerenciamento inadequado dos recursos hídricos.
permitirão o exercício de reuso, culminando num melhor Os principais responsáveis pela contaminação da água de
gerenciamento dos resíduos. São atitudes simples e viáveis nosso planeta são:
que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de proteger - a falta de saneamento básico e o lançamento de esgoto
o ar, o solo e a água, trazendo como consequência melhores doméstico in natura;
condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde - a descarga de dejetos industriais sem o devido
ambiental. tratamento;
- a contaminação por produtos químicos provenientes de
Água: uso e problemas atividades agrícolas.
As diversas questões ambientais e sociais que envolvem a Nos últimos anos, o consumo de água no mundo aumentou
água torna-a importante para o Enem. A água corresponde a em razão do crescimento populacional, principalmente em
um imenso recurso natural do qual as sociedades humanas países como a China e a Índia. Com um número maior de
necessitam para sobreviver. Em várias partes do mundo, o habitantes, é necessário um aumento da produção agrícola. A
acesso à água é diferenciado, mas por motivos diferentes: estimativa é de que, para alimentarmos os cerca de 8 bilhões
enquanto em alguns países existe uma abundância desse de habitantes em 2025, será necessário um aumento de 14%
recurso, em outros a escassez leva milhões de pessoas a no consumo de água, comprometendo ainda mais nossos
sobreviverem em condições sub-humanas. recursos.
De toda a água existente em nosso planeta, cerca de 97,5% Outro fator que pode ser considerado uma ameaça à oferta
é salgada e apenas 2,5% é de água doce. Desses 2,5%, podemos de água corresponde ao elevado índice de urbanização. Na
estimar que a reserva de água doce do nosso planeta encontra- maioria dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento,
se distribuída da seguinte maneira: cujo processo de urbanização é recente, as águas residuais são
- 68,9% encontram-se congeladas nas calotas polares e nos lançadas nos rios, lagos e oceanos sem nenhum tipo de
cumes das altas montanhas; tratamento, ameaçando a saúde da população e o acesso à água
- 29,9% localizam-se no subsolo, como em aquíferos; potável. Segundo dados da Unesco, 27% da população urbana
- 0,9% em outros reservatórios, como nuvens, vapor no mundo em desenvolvimento não têm água encanada em
d’água, etc; sua casa.
- 0,3%, apenas, estão disponíveis em rios e lagos. O aumento da industrialização nos países em
É justamente desse pequeno percentual, encontrado em desenvolvimento também se torna uma ameaça à escassez,
rios e lagos, que toda a população mundial depende para pois como muitas indústrias dos países desenvolvidos são
sobreviver. altamente poluentes, algumas delas estão se deslocando em
O fato de a água possuir um ciclo de renovação através do direção aos países emergentes.
processo de evaporação dos mares, rios e lagos, garante sua
renovação, entretanto, este recurso vital à nossa sobrevivência PRINCIPAIS PROBLEMAS
está se esgotando. O principal problema está associado à Apesar da ONU declarar em Assembleia Geral no ano de
relação entre o tempo necessário para essa renovação e o 2010 que possuir acesso à água potável e ao saneamento
ritmo de exploração dos recursos hídricos. Para se ter ideia, de básico é um direito humano essencial, ainda hoje muitas
acordo com os dados da WBCSD (World Business Council for pessoas nem sequer sabem o que é possuir água tratada em
Sustainable Development), em 60% das cidades europeias suas residências. Parte desse problema está associada à
com mais de 100.000 pessoas, a água subterrânea está sendo existência de conflitos envolvendo a disputa por recursos
usada em um ritmo mais rápido do que pode ser reabastecida. hídricos e pelo controle de bacias hidrográficas.
Por essa razão, a escassez de água é um problema que já Atualmente, a maioria dos conflitos está relacionada às
afeta quase todos os continentes, e de acordo com dados da condições climáticas e existência de rios localizados na
FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e fronteira entre países.
Agricultura), em 2025, cerca de 1,8 bilhão de pessoas estarão O Oriente Médio é hoje a região com maiores problemas de
vivendo em países ou regiões com escassez de água absoluta. acesso à água potável devido as suas condições climáticas, já
Além disso, mais da metade da população mundial poderia que na região predominam climas áridos. Nos poucos países
estar vivendo sob estresse hídrico, o que corresponde a um em que existem nascentes de água, esse recurso possui uma
desequilíbrio entre a oferta e a demanda de água em importância geopolítica muito grande.
determinada região. Um exemplo de disputa por água existe entre Israel,
Líbano, Síria e Jordânia que disputam o domínio da Bacia do

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rio Jordão. O rio Jordão nasce em território sírio, na região das 03.
Colinas de Golã e, por essa razão, esse território é
historicamente disputado entre esses países.
Outro exemplo ocorre nas proximidades dos rios Tigres e
Eufrates, que nascem na Turquia, mas que atravessam países
como o Iraque e Síria. O controle das nascentes dos rios em
território turco possibilita a construção de barragens para
usinas hidrelétricas, canais de irrigação para a agricultura,
diminuindo a vazão do rio o que afetaria o abastecimento dos
demais países.
Pintura rupestre da Toca do Pajaú
Questões
A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é um
01. Nas últimas décadas o Piauí vem figurando como um patrimônio cultural brasileiro, expressa
tema obrigatório nas discussões sobre o primitivo (A) o conflito entre os povos indígenas e os europeus
povoamento do território americano, o que decorre, durante o processo de colonização do Brasil.
principalmente, dos achados arqueológicos da Serra da (B) a organização social e política de um povo indígena e a
Capivara, no município piauiense de São Raimundo Nonato. hierarquia entre seus membros.
Sobre esse assunto, assinale, nas alternativas a seguir, aquela (C) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram
que está INCORRETA: durante a chamada pré-história do Brasil.
(A) Os municípios de São Raimundo Nonato, no Piauí, e de (D) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes
Central, na Bahia, detêm os mais antigos vestígios da presença dinossauros atualmente extintos.
humana na região nordeste. (E) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios
(B) O acervo arqueológico de São Raimundo Nonato é da América durante o período colonial.
administrado pela FUMDHAM - Fundação Museu do Homem
Americano. 04. São fatos ligados à Revolução Neolítica:
(C) A arqueóloga Niede Guidon, personalidade mais (A) Vida nômade e organização em tribos.
conhecida entre os profissionais que atuam junto ao acervo (B) terras pertencentes ao Estado e escravismo.
arqueológico de São Raimundo Nonato, tem protagonizado, ao (C) domesticação de plantas e animais e sedentarização do
longo dos anos, vários conflitos e polêmicas com o governo do homem.
Piauí, com órgãos federais como o IBAMA e até mesmo, com (D) escravidão, impostos em trabalho e vassalagem,
nativos do município de São Raimundo Nonato. (E) pintura em cavernas, vida nômade, caça e coleta de
(D) Os achados arqueológicos de São Raimundo Nonato, no vegetais.
Piauí, assim como aqueles encontrados na Bahia, impõem uma
revisão das teorias sobre o povoamento da América e não 05.
deixam dúvidas quanto à natureza autóctone do homem
americano.
(E) Hoje, apesar de ainda ser forte a tese do povoamento
da América ter-se dado através do Estreito de Behring, os
estudiosos, a partir de acervos arqueológicos como os do Piauí,
consideram seriamente a hipótese de múltiplas correntes de
povoamento. Quanto à data da chegada dos primeiros
povoadores, ainda há muitas controvérsias, não estando, em
rigor, nada definitivamente estabelecido.

02. Tradicionalmente, podemos definir a pré-história


como o período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto,
esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta desta
época que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.
Com base nesse entendimento, qual a alternativa que
apresenta características das atividades do homem na fase
paleolítica? Analisando a linha do tempo, no período que vai do
(A) Os homens aprenderam a polir a pedra. A partir de surgimento do homem até o desenvolvimento da agricultura,
então, conseguiram produzir instrumentos (lâminas de corte, encontra-se a fase
machados, serras com dentes de pedra) mais eficientes e mais (A) Neolítica.
bem acabados. (B) da invenção da escrita.
(B) Os homens descobriram uma forma nova de obter (C) dos Metais.
alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e cozinhar (D) da Antiguidade.
os cereais. (E) Paleolítica.
(C) Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio
alimento, os homens não tinham mais por que mudar 06. São razões para a ocorrência da Revolução Industrial,
constantemente de lugar e tornaram-se sedentários. que teve como berço a Inglaterra:
(D) Os homens conheciam uma economia comercial e já (A) forte envolvimento britânico nas guerras continentais
praticavam os juros. em consequência da sua localização.
(E) Os homens ainda não produziam seus alimentos, não (B) os "cercamentos" que ampliaram as áreas de cultivo
plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles agrícola.
coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais. (C) rede fluvial limitada.
(D) riqueza abundante do subsolo, com a presença de
ferro, estanho, carvão dentre outros minerais.
(E) alta concentração de camponeses nas áreas rurais.

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07. Leia os dois textos seguintes. a) Cerrado.


b) Mata Atlântica.
"No Ocidente Medieval, a unidade de trabalho é o dia [...] c) Pampa.
definido pela referência mutável ao tempo natural, do levantar d) Caatinga.
ao pôr-do-sol. [...] O tempo do trabalho é o tempo de uma e) Amazônico.
economia ainda dominada pelos ritmos agrários, sem pressas,
sem preocupações de exatidão, sem inquietações de 11. A Mata Atlântica é um importante bioma brasileiro que,
produtividade". em virtude da intensa exploração, praticamente não existe
(Jacques Le Goff. "O tempo de trabalho na 'crise' do século mais. Esse bioma enquadra-se em que tipo de bioma mundial?
XIV".) a) Savanas.
b) Floresta Equatorial.
"Na verdade não havia horas regulares: patrões e c) Campos.
administradores faziam conosco o que queriam. Normalmente d) Deserto.
os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e e) Floresta Tropical.
atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida
do tempo eram utilizados para o engano e a opressão". 12. UERJ-2011 A comparação entre os gráficos permite
(Anônimo. "Capítulos na vida de um menino operário de associar as mudanças na rede de transporte aos seus impactos
Dundee", 1887.)
ambientais.
Entre as razões para as diferentes organizações do tempo
do trabalho, pode-se citar:
(A) a predominância no campo de uma relação próxima
entre empregadores e assalariados, uma vez que as atividades
agrárias eram regidas pelos ritmos da natureza.
(B) o impacto do aparecimento dos relógios mecânicos,
que permitiram racionalizar o dia de trabalho, que passa a ser
calculado em horas no campo e na cidade.
(C) as mudanças trazidas pela organização industrial da
produção, que originou uma nova disciplina e percepção do
tempo, regida pela lógica da produtividade.
(D) o conflito entre a Igreja Católica, que condenava os
lucros obtidos a partir da exploração do trabalhador, e os A principal consequência sobre o meio ambiente
industriais, que aumentavam as jornadas. resultante dos investimentos na matriz de transportes da
(E) a luta entre a nobreza, que defendia os direitos dos União Europeia entre 1970 e 2004 é:
camponeses sobre as terras, e a burguesia, que defendia o a) agravamento do aquecimento global
êxodo rural e a industrialização. b) acentuação do fenômeno da Ilha de Calor
c) aceleração do processo de desmatamento
08. A Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do d) aumento da destruição do ozônio estratosférico
século XVIII, gerou profundas transformações, econômicas e
sociais. Respostas
Entre essas transformações, pode-se apontar
(A) a retração do mercado consumidor nos países 01.D / 02 E / 03 C / 04 C / 05 E / 06 D / 07 C /
industrializados. 08 E / 09 A /10 E / 11 E / 12 A
(B) a superação do conflito capital-trabalho em face dos
acordos sindicais. Referência.
(C) a dominação de todas as etapas da produção pelo CUIDARMAIS. A relação entre meio ambiente e saúde.
trabalhador. Cuidar mais. Disponível em: <
(D) a proliferação do trabalho doméstico nas áreas mais https://cuidarmais.wordpress.com/2013/06/04/a-relacao-
mecanizadas. entre-meio-ambiente-e-saude/> Acesso em 04 de maio de
(E) a redução dos preços ampliando o mercado 2017.
consumidor. INFOJOVEM. Transporte e maio ambiente. Info Jovem.
Disponível em: <
09. Os principais biomas brasileiros são: http://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-
a) Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas, Caatinga e aprenda/transporte/transporte-e-meio-ambiente/> Acesso
Pantanal. em 05 de maio de 2017.
b) Mata de Galeria, Cerrado, Amazônia, Pantanal e Igapó. GOBBI. D LEONARDO. Água: uso e problemas. G1
c) Biomas costeiros, Campos, Pampas, Pradarias e Mata Educação. Disponível em: <
Atlântica. http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-
d) Manguezal, Pradarias, Amazônia, Caatinga, Cerradão e fisica/agua-uso-e-problemas.html> Acesso em 05 de maio de
Campo sujo. 2017.
e) Mata de Várzea, Mata dos Cocais, Mata de Araucárias, NUNES, MARILENE. Educação Ambiental no Brasil.
Pantanal e Cerrado. Ambientelegal. Disponível em: <
http://www.ambientelegal.com.br/educacao-ambiental-no-
10. (UNESP-2014) Mata de terra firme, mata de várzea e brasil/> Acesso em 05 de maio de 2017.
igapó são formações vegetais típicas deste bioma. Em razão do PAZ, M, S, ELIZABETH, et al. Revolução industrial e meio
processo de uso e ocupação do território brasileiro e das ações ambiente: questões para refletir. Ensino médio em diálogo.
dirigidas à preservação dos recursos naturais realizadas nas Disponível em: <
últimas décadas, este bioma constitui-se também naquele que http://www.emdialogo.uff.br/content/revolucao-industrial-
guarda as maiores extensões de floresta nativa no Brasil, ainda e-meio-ambiente-questoes-para-refletir> Acesso em 05 de
que seu desmatamento não tenha sido completamente maio de 2017.
cessado. O texto refere-se ao bioma:

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PENNA, G. CARLOS. Transporte e meio ambiente. Eco. Em 1654, o Schoonenborch foi tomado por portugueses,
Disponível em: < http://www.oeco.org.br/colunas/carlos- chefiados por Álvaro de Azevedo Barreto, e o forte foi
gabaglia-penna/23994-transporte-e-meio-ambiente/> renomeado de Forte de Fortaleza de Nossa Senhora da
Acesso em 04 de maio de 2017. Assunção. A sua volta formou-se a segunda vila do Ceará,
PORTAL BRASIL. Conheça os biomas brasileiros. Portal chamada de vila do Forte ou Fortaleza. A primeira vila
Brasil. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/meio- reconhecida foi a de Aquiraz. Em 1726, a vila de Fortaleza
ambiente/2009/10/biomas-brasileiros> Acesso em 05 de passou a ser oficialmente a capital do Ceará após disputas com
maio de 2017. Aquiraz.
REVISTA ELETRÔNICA UERJ. Questões comentadas.
Revista eletrônica do Vestibular da UERJ. Disponível em: Ocupação
<http://www.revista.vestibular.uerj.br/questao/questao-
objetiva.php?seq_questao=280> Acesso em 05 de maio de Duas frentes de ocupação atuaram no Siará, a primeira,
2017. chamada de sertão-de-fora foi controlada por pernambucanos
SILVA, O. THAMIRES. Exercícios sobre biomas brasileiros. que vinham do litoral, e a segunda, do sertão-de-dentro,
Mundo educação. Disponível em: < controlada por baianos. Ao longo do tempo o Siará foi sendo
http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios- ocupado o que impulsionou o surgimento de várias cidades. A
geografia-brasil/exercicios-sobre-os-biomas- pecuária serviu de motor para o povoamento e crescimento da
brasileiros.htm#resposta-3259> Acesso em 05 de maio de região, transformado o Siará na “Civilização do Couro”.
2017. Entre os séculos XVIII e XIX, o comércio do charque
alavancou o crescimento econômico da região. Durante esse
período, surgiram as cidades de Aracati, principal região
comerciária do charque, Sobral, Icó, Acaraú, Camocim e Granja.
Ceará – Geografia e história: Outras cidades como Caucaia, Crato, Pacajus, Messejana e
Aspectos físicos e geográficos, Parangaba (as duas últimas bairros de Fortaleza) surgiram a
partir da colonização indígena por parte dos jesuítas.
área e limites, recursos naturais, A partir de 1680, o Siará passou à condição de capitania
aspectos geomorfológicos e subalterna de Pernambuco, desligada do Estado do Maranhão.
demográficos, organização A região só se tornou administrativamente independente em
política e administrativa e 1799, quando foi desmembrada de Pernambuco e o cultivo do
algodão despontou como uma importante atividade
aspectos geopolíticos econômica. Às vésperas da Independência do Brasil, em 28 de
fevereiro de 1821, o Siará tornou-se uma província e assim
permaneceu durante todo o período do Império. Com a
Proclamação da República Brasileira, no ano de 1889, a
História do Ceará7 província tornou-se o atual estado do Ceará.
Com a decisão do rei de Portugal D. João III em dividir o Momentos históricos
Brasil em capitanias hereditárias, coube ao português Antônio
Cardoso de Barros, em 1535, administrar a Capitania do Siará Em 1817, os cearenses, liderados pela família Alencar,
(como era chamada a região correspondente as capitanias do apoiaram a Revolução Pernambucana. O movimento, que se
Rio Grande, Ceará e Maranhão). Entretanto a região não lhe restringiu ao município do Cariri, especialmente na cidade do
despertou interesse. Só então, em 1603, é que o açoriano Pero Crato, foi rapidamente sufocado.
Coelho de Sousa liderou a primeira expedição a região, Em 1824, após a independência, foi a vez dos cearenses das
demostrando interesse em colonizar aquelas terras. cidades do Crato, Icó e Quixeramobim demonstrarem sua
Pero Coelho se instalou às margens do rio Pirangi (depois insatisfação com o governo imperial. Assim eles se aderiram
batizado rio Siará), onde construiu o Forte de São Tiago, depois aos revoltosos pernambucanos na Confederação do Equador.
destruído por piratas franceses. A esquadra de Pero Coelho No século XIX, vários fatos marcaram a história do Ceará,
teve que enfrentar ainda a revolta dos índios da região que como o fim da escravidão no Estado, em 25 de março de 1884,
inconformados com a escravidão, destruíram o forte antes da Lei Áurea, assinada em 1888. O Ceará foi portanto o
obrigando os europeus a migrarem para a ribeira do rio primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão. Um cearense
Jaguaribe. Lá, a esquadra de Pero Coelho construiu o Forte de se destacou nessa época: o jangadeiro Francisco José do
São Lourenço. Em 1607, uma seca assolou a região e Pero Nascimento que se recusou a transportar escravos em sua
Coelho abandonou a capitania. jangada. José do Nascimento ficou conhecido como Dragão do
Em 1612 foi enviado ao Siará o português Martim Soares Mar (atualmente nome de um centro cultural em Fortaleza).
Moreno, considerado o fundador do Ceará, que também se Entre 1896 e 1912, o comendador Antônio Pinto Nogueira
instalou às margens do Rio Siará (atualmente Barra do Ceará), Accioly governou o Estado de forma autoritária e monolítica.
onde recuperou e ampliou o Forte São Thiago e o batizou de Seu mandato ficou conhecido como a “Política Aciolina” que
Forte de São Sebastião. Deu-se início a colonização da deu início ao surgimento de diversos movimentos
capitania do Siará, dificultada pela oposição das tribos messiânicos, alguns deles liderados por Antônio Conselheiro,
indígenas e invasões de piratas europeus. Padre Ibiapina, Padre Cícero e o beato Zé Lourenço. Os
No ano de 1637, região foi invadida por holandeses, movimentos foram uma forma que a população encontrou de
enviados pelo príncipe Maurício de Nassau, que tomaram o fugir da miséria a qual se encontrava a região. Foi também
Forte São Sebastião. Anos depois a expedição foi dizimada nessa época que surgiu o movimento do cangaço, liderado por
pelos ataques indígenas. Os holandeses ainda voltaram ao Lampião.
litoral brasileiro em 1649, numa expedição chefiada por Nos anos 30, cerca de 3 mil pessoas se reuniram, sob a
Matias Beck e se instalaram nas proximidades do rio Pajéu, no liderança do beato Zé Lourenço, na região no sítio Baixa Danta,
Siará, onde construíram o Forte Schoonenborch. em Juazeiro do Norte. O sítio prosperou e desagradou a elite

7 Governo do Estado do Ceará. Disponível em:


http://www.ceara.gov.br/historia-do-ceara.

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cearense. Em setembro de 1936, a comunidade foi dispersa e O ponto culminante do Ceará é o Pico do Oeste, com
o sítio incendiado e bombardeado. O beato e seus seguidores 1.145m de altura, localizado na Serra das Matas, no limite
rumaram para uma nova comunidade. Alguns moradores Santa Quitéria/Mosenhor Tabosa. Seguido dele, vem o famoso
resolveram se vingar e preparam uma emboscada, que Pico Alto, situado em Guaramiranga, com 1.114m, grande
culminou num verdadeiro massacre. O episódio ficou atração turística devido a bela paisagem unindo serra sertão
conhecido como “Caldeirão”. que é observada do alto da serra de Guaramiranga.
Nos anos 40, com a Segunda Guerra Mundial, foi montado
uma base norte-americana no Ceará mudando os costumes da Geologia
população, que passou a realizar diversos manifestos contra o
nazismo. Também na mesma década, o governo, afim de De um modo geral, a geologia do Ceará pode ser dividida
estimular a migração dos sertanejos para a Amazônia realizou em duas grandes unidades distintas: o cristalino
uma intensa propaganda. Esse contingente formou o “Exército (embasamento), composto por rochas antigas e que ocupam
da Borracha”, que trabalharam na exploração do látex das cerca de 70% do seu território, e o sedimentar.
seringueiras. Milhares de cearenses migraram para o Norte e
acabaram morrendo no combate entre Estados Unidos e Vegetação
Aliados com os exércitos do Eixo, sem os seringais da Ásia para
abastecê-los. A cobertura vegetal do Estado do Ceará, a flora, compõe-se
predominantemente das seguintes formações:
Geografia do Ceará8
• Caatinga: do tupi, mata branca, espalha-se por todo o
Clima e Temperatura do Ceará espaço ocupando cerca de 70% de sua área. Suas
características são de porte arbustivos, troncos retorcidos,
Os aspectos climáticos predominantes no Estado do Ceará folhas pequenas e caducifólias, xerófila (adaptada à escassez
são: d’água) e raízes profundas
• concentração das chuvas num curto período anual (de 3 A caatinga hipoxerófila, que tem maior porte e densidade,
a 5 meses), com um média de precipitação de 775mm e um aparece nas faixas de menos rigor climático, tais como a
coeficiente de variação de 30%; baixada litorânea e o sopé da Ibiapaba.
• médias térmicas elevadas, variando de 23º a 27º C; A caatinga hiperxerófila é a vegetação das regiões mais
• forte insolação, numa média de 2.800 h/ano; áridas, apresentando-se mais baixas e rala, bem como com
• umidade relativa do ar com 82% no litoral e inferior a maior quantidade de espécies espinhosas;
70% no sertão. Tem como algumas de suas espécies: algaroba, mulungu,
A regularidade do clima dominante limita a potencialidade aroeira, marmeleiro, juazeiro, pau-branco, sabiá e predeiro. As
dos recursos naturais conserváveis (sol, vegetação, espécies cactáceas são: xique-xique, palma, facheiro e
hidrografia), imprimindo um caráter de vulnerabilidade às mandacaru. Seu desequilíbrio está nas queimadas e
atividades produtivas. desmatamentos (retirante de lenha).
Tratando-se do clima no espaço estadual, constata-se que • Formações Florestais: em meio a aridez predominante,
a presença de fatores como a altitude (que chega até 1.100m) destacam-se as manchas verdes das florestas que cobrem as
e a proximidade do mar cria as condições climáticas mais serras e os vales úmidos;
favoráveis, com temperatura amena e regime pluviométrico
mais regular. • Vegetação de dunas, mangues e tabuleiros: ocupam
espaços pouco representativos na área total do Estado. São
Assim, as temperaturas médias observadas são as predominantemente litorâneos.
seguintes: – A vegetação de dunas são caracterizadas pelo
• Litoral: com clima quente e úmido, suas médias térmicas predominância de coqueiros nas praias e pelas espécies como
são de 26ºC a 27ºC, com máximas de 30ºC e mínimas de 19ºC; murici, salsa-de-praia, capim-da-praia, grama-da-areia, etc.
• Serras: com clima frio e úmido, têm médias térmicas em – Os tabuleiros são planaltos pouco elevados, arenosos e
torno de 22ºC, com máximas de 27º e mínimas de 17ºC. de vegetação rala.
Sertão: de clima semiárido e médias térmicas não – A vegetação de mangue é encontrada em áreas sob
definidas, tendo média das máximas entre 32ºC e 33ºC, e influência das marés, tendo como características porte
média das mínimas de 23ºC (nas noites); arbóreo/arbustivo, pobre em variedade (mangue preto,
mangue branco e mangue vermelho), higrofila (adaptada à
A temperatura média da água do Atlântico está entre 25ºC umidade), halófita (adaptada a salinidade) e raízes suspensas.
e 28ºC, com salinidade entre 36% e 37%. Os ventos são alísios,
permanentes, com constantes correntes vindas do sudeste Sua importância está na manutenção do clima, evita o
com velocidade entre 5,6 e 8,0 km. alagamento das áreas adjacentes, alimentação e reprodução da
fauna marinha, pesca de peixe, caranguejo, camarão, e
Relevo e Vegetação do Ceará matérias-primas como madeira (construção de moradias,
produção de carvão artesanato) e cipós (artesanato). As
Topografia espécie animais encontradas são: garças, galinha d’água,
martim-pescador, beija-flor, lavandeira, gaivotas, etc. Seus
Na configuração do relevo do Ceará, a progressão desequilíbrios estão na especulação imobiliária,
topográfica evolui de 0 (zero) a 1.000m de altitude, em que se desmatamentos, queimadas e despejos de esgotos e lixo;
podem distinguir nitidamente as planícies litorâneas, as
depressões sertanejas de altitudes inferiores a 200m, os pés de • Vegetação ciliar ou mata de galeria: ocorre como
serra que ficam entre 200 e 400m, e as serras, serrotes e ocorrência dispersa em todo o Estado, ocupando os vales
planaltos, que chegam a alcançar uma altitude de 400 a úmidos dos rios e riachos, formando densos povoamentos, nos
1.000m acima do nível do mar.

8 Disponível em:
http://www.vestibular1.com.br/revisao/geografia-do-ceara/.

Conhecimentos Gerais e Atualidade 34


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quais a carnaúba, a oiticica, o juazeiro e o mulungu são acabou substituindo a esfera celestial da bandeira brasileira
espécies dominantes. pelo brasão do estado. Em 25 de agosto de 1922, o presidente
Justiniano de Serpa assinou o Decreto nº 1.971 instituindo o
Recursos Hídricos pavilhão cearense com um retângulo verde e o losango
amarelo da bandeira nacional, tendo ao centro um círculo
O Ceará, com sua posição nitidamente tropical, possui branco e no meio do círculo o escudo do Ceará.
cerca de 180 mil hectares de área inundada e 573 km de litoral. Em 31 de agosto de 1967, o governador Plácido Aderaldo
Podemos destacar a grande importância dos açudes e Castelo, auxiliado pelo historiador e Secretário da Cultura,
reservatórios estaduais como fonte para irrigação e Raimundo Girão, modificou o artigo instituindo que a bandeira
desenvolvimento das atividades de agronegócio do Estado. seguiria as seguintes proporções: 14m de altura e 20m de
largura; os vértices do losango estarão a 1,7m dos lados do
Rios do Ceará retângulo; o raio do círculo corresponderá a 3,5m a distância
da parte superior e da inferior das armas, em relação ao círculo
Bacias Hidrográficas do Ceará corresponderá a 1m; e os flancos, também em relação ao
Comitês de Bacias círculo, 2m.

• Rio Acaraú População:


• Rio Aracatiaçu
• Rio Banabuiú Em 2016 Fortaleza foi classificada como a 5ª cidade mais
• Rio Canindé populosa do Brasil, de acordo com o IBGE.
• Rio Caxitoré A População da capital cearense cresceu em 100 mil
• Rio Choró habitantes desde 2014. E a mudança no limite de municípios
• Rio Coreaú entre Ceará e Piauí alterou a população.
• Rio Curu O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
• Rio Groairas publicou em 2016, a estimativa da população brasileira, que
• Rio Jaguaribe aponta crescimento em Fortaleza em 100 mil habitantes desde
• Rio Jaibaras 2014.
• Rio Pacoti De acordo com o IBGE, a estimativa da população na capital
• Rio Palhano cearense era de 2.609.716, o que tornou Fortaleza a 5ª capital
• Rio Pirangí mais populosa do país.
• Rio Poti No Ceará, a estimativa era de 8.963.663 pessoas habitando
• Rio Riacho dos Macacos o estado no mesmo ano. O IBGE alerta que a alteração de
• Rio Salgado limites entre municípios entre Ceará e o Piauí, onde havia
áreas de litígio, alterou em 769 pessoas a mais no Ceará desde
Brasão do Ceará 2013.

Política:

O estado é governado por três poderes: o Poder Executivo,


representado pelo governador do Ceará; o Poder Legislativo,
representado pela Assembleia Legislativa do Ceará; e o Poder
Judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará.
O Poder Executivo é exercido pelo governador Camilo
Santana, eleito em 2014 para o período de quatro anos 2015-
2018, além de todas as secretarias de estado, órgãos
vinculados e a administração indireta. Exemplos de órgãos que
integram essa administração são as secretarias da Ciência e
Tecnologia, de Educação e da Fazenda, e ainda o Departamento
de Edificações e Rodovias.
Bandeira do Ceará A administração indireta é feita por autarquias, empresas
públicas e fundações, tais como a Escola de Saúde Pública do
Ceará, a Companhia Energética do Ceará, a Companhia de Água
e Esgoto do Ceará e a Fundação Cearense de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa
do Ceará, que é composta por 46 deputados.
O legislativo estadual fiscaliza as contas públicas do
executivo, bem como aprova e regula todas as leis com
jurisdição no território do Ceará. A TV Assembleia é um órgão
de comunicação da assembleia do Ceará, que divulga as ações
desta instituição. Na função de fiscal das atividades do poder
executivo, a assembleia do Ceará é auxiliada por dois tribunais
de contas, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará, fiscal do
O verde e o amarelo da bandeira cearense retratam as governo estadual, e Tribunal de Contas dos Municípios do
matas e as riquezas minerais. O farol, a jangada e a carnaúba Estado do Ceará, fiscal das prefeituras, que também auxilia as
simbolizam, respectivamente, Fortaleza, o cearense e o câmaras municipais nessa tarefa.
extrativismo vegetal. O Judiciário cearense tem como instância máxima o
A bandeira cearense foi criada pelo comerciante João Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, composto por 27
Tibúrcio Albano, filho do Barão de Aratanha. Tibúrcio Albano desembargadores.

Conhecimentos Gerais e Atualidade 35


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O Fórum Clóvis Beviláqua, da comarca de Fortaleza, é o (D) Entre suas principais características geológicas
maior fórum subordinado ao Tribunal cearense. Atualmente, predominantes, encontram-se a presença de litotipos variados
139 municípios são sedes de comarca, sendo 45 vinculadas, 49 do complexo cristalino pré-cambriano e deformados por
de primeira entrância, 40 de segunda entrância, 49 de terceira tectonismo.
entrância e Fortaleza, que é uma comarca especial. O
Ministério Público do Estado do Ceará é a instituição que, de 04. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia –
forma autônoma, auxilia o estado na garantia da justiça e do Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) O Jaguaribe é o principal
direito. rio do estado do Ceará e sua bacia hidrográfica drena uma área
O sistema correcional cearense é composto por quatro de aproximadamente 48% do território cearense. Assinale a
penitenciárias, dois presídios, duas colônias agrícolas, uma alternativa CORRETA relacionada ao rio Jaguaribe-CE.
casa de albergado, duas casas de custódia, dois hospitais, e 131 (A) Suas nascentes encontram-se situadas na serra da
cadeias públicas. Este sistema estava abrigando, em 2008, um Joaninha, no município de Tauá-CE, e sua foz no oceano
contingente total de 8.101 pessoas. Atlântico, na divisa dos municípios cearenses de Fortim e
A maior unidade prisional do sistema é o Instituto Penal Aracati.
Paulo Sarasate, que abrigava 940 pessoas em 2008. (B) Entre os principais açudes que têm suas barragens
situadas no rio Jaguaribe, encontram-se o Orós, o Araras e o
Questões Acarape do Meio.
(C) Sua bacia hidrográfica abrange quase a metade do
01. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia – estado do Ceará e grande parte dos estados de Pernambuco,
Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) Assinale a opção que Piauí e uma pequena porção do Maranhão.
descreve CORRETAMENTE o período chuvoso no estado do (D) Suas nascentes encontram-se situadas na serra do
Ceará. Machado, porção central do sertão cearense, e sua foz no
(A) Historicamente as regiões do litoral e sertão cearense oceano Atlântico, na divisa dos estados do Ceará e do Rio
têm seu quadrimestre mais chuvoso situado entre os meses de Grande do Norte.
fevereiro e maio, enquanto o quadrimestre mais chuvoso na
região do Cariri cearense é de janeiro a abril. 05. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia –
(B) Analisando a pluviometria média anual dos últimos Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) O rio Cocó é o principal
quarenta anos, no estado do Ceará, verifica-se que as maiores curso d'água situado na cidade de Fortaleza e suas nascentes
médias pluviométricas anuais foram registradas na região dos encontram-se na serra da Aratanha, município de Pacatuba-
Inhamuns e na região jaguaribana. CE. Das alternativas abaixo, assinale a que se refere à
(C) A região do semiárido cearense possui uma média localização CORRETA da foz do rio Cocó.
histórica pluviométrica anual muito superior à que se (A) Nos municípios de Fortaleza e Aquiraz, entre as praias
encontra registrada para a região do litoral cearense. da Sabiaguaba e Porto das Dunas.
(D) Historicamente os maiores totais pluviométricos no (B) No município de Fortaleza, entre as praias do Caça e
estado do Ceará são registrados entre os meses de outubro e Pesca e Sabiaguaba.
janeiro e os menores de fevereiro a maio. (C) Nos municípios de Fortaleza e Caucaia, entre as praias
da Barra do Ceará e Iparana.
02. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia – (D) Na praia do Porto das Dunas, município de Aquiraz.
Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) De acordo com o censo
demográfico 2010 do IBGE, assinale a alternativa que 06. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia –
apresenta os 05 (cinco) municípios mais populosos do estado Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) As áreas serranas no
do Ceará. estado do Ceará encontram-se dispersas pela depressão
(A) Fortaleza, Sobral, Pacajus, Eusébio e Juazeiro do Norte. sertaneja e possuem relevo dissecado em rochas do
(B) Fortaleza, Juazeiro do Norte, Quixadá, Cascavel e embasamento cristalino. Entre os ambientes serranos
Pindoretama. cearenses, destaca-se a serra de Baturité com altitudes
(C) Fortaleza, Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú e superiores a 900 metros. Assinale a alternativa que cita o tipo
Sobral. de vegetação natural predominante na serra de Baturité (IBGE,
(D) Fortaleza, Caucaia, Sobral, Limoeiro do Norte e 2004).
Eusébio. (IBGE, Mapa de Vegetação do Brasil, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, Ministério do Planejamento,
03. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia – Orçamento e Gestão, Brasília, 2004)
Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) Os tabuleiros pré- (A) Caatinga arbustivo/arbórea.
litorâneos é uma das unidades geoambientais delimitadas no (B) Floresta Ombrófila.
mapeamento da zona costeira do estado do Ceará (SOUZA, (C) Cerrado.
2003). Assinale a opção que apresenta as características (D) Floresta de Araucária.
ambientais predominantes no ambiente físico da referida
unidade geoambiental. 07. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Geografia –
(SOUZA, M.J.N. Unidades Geoambientais. In: A zona Prefeitura de Fortaleza/CE/2016) De acordo com o
costeira do Estado do Ceará: Diagnóstico para a Gestão Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e
Integrada. Fortaleza. AQUASIS:2003) Mitigação dos Efeitos da Seca - PAE-CE, assinale a alternativa
(A) Encontram-se constituídos predominantemente por que cita o domínio natural situado no estado do Ceará que
sedimentos Quaternários da Formação Barreiras e seus solos onde abriga as maiores áreas suscetíveis aos processos de
predominantes são os argissolos profundos e moderadamente desertificação.
profundos. (A) Sertões.
(B) Superfície situada em terrenos do embasamento (B) Litoral.
cristalino, pediplanada a parcialmente dissecada em largos (C) Serra úmidas.
interflúvios tabulares e separados por vales de fundos planos. (D) Planícies fluviais.
(C) Faixa praial com superfície arenosa de acumulação Respostas
marinha e com ocorrência dos Neossolos Quartzarênicos,
revestidos predominantemente pela vegetação de caatinga. 01. A/ 02. C/ 03. A/ 04. A/ 05. B/ 06. B/ 07. A

Conhecimentos Gerais e Atualidade 36


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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

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cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e


manutenção de programas, projetos e serviços que garantam
o exercício do direito do trânsito seguro.
§ 4º - (VETADO)
§ 5º - Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao
Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações
à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do
meio-ambiente.
Código Brasileiro de
Trânsito - CBT e resoluções Art. 2º - São vias terrestres urbanas e rurais, as ruas, as
do CONTRAN até a de avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado
número 192. pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais.
Código Brasileiro de Trânsito - CBT Parágrafo único - Para os efeitos deste Código, são
consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação
A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, com seu texto pública e as vias internas pertencentes aos condomínios
atualizado, institui o Código de Trânsito Brasileiro. Essa constituídos por unidades autônomas. (Vide Lei nº 13.146, de
norma em conjunto com as Resoluções do Contran em vigor e 2015)
as portarias do Denatran que tratam de assuntos específicos
da relação do cidadão com o Sistema Nacional de Trânsito, Art. 3º - As disposições deste Código são aplicáveis a
destinam-se a ser um instrumento de consulta frequente por qualquer veículo, bem como aos proprietários, condutores dos
todos que se empenham para que o trânsito em nosso país, veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
nossas cidades e ruas, seja a expressão da maturidade e expressamente mencionadas.
autoestima de um povo que zela pela segurança individual e
coletiva, como um valor fundamental a ser reafirmado a cada Art. 4º - Os conceitos e definições estabelecidos para os
ato de mobilidade e de cidadania. efeitos deste Código são os constantes do Anexo I.
A legislação de trânsito desperta cada vez mais o interesse
da sociedade. Pessoas de todas as idades – condutores de CAPÍTULO II
veículos e cidadãos em geral – procuram se atualizar no DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
conhecimento do CTB e na sua regulamentação, seja como um Seção I
meio para desenvolver comportamentos seguros no trânsito Disposições Gerais
ou para reivindicar de todos os agentes, públicos e privados,
com responsabilidade sobre a segurança da via e dos veículos, Art. 5º - O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de
atenção à aplicação dos seus dispositivos. órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das
atividades de planejamento, administração, normalização,
Vamos acompanhar em seguida os dispositivos do Código
pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
de Trânsito Brasileiro exigidos pelo Edital do presente
habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia,
concurso. Contudo, antes de iniciarmos nosso estudo é
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização,
importante destacar que já foram incluídas todas as
julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
alterações no CTB trazidas pela Lei nº 13.281/2016, que
penalidades.
estão em vigor desde 01 de novembro de 2016.
Art. 6º - São objetivos básicos do Sistema Nacional de
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997. Trânsito:
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o cumprimento;
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: II - fixar, mediante normas e procedimentos, a
padronização de critérios técnicos, financeiros e
CAPÍTULO I administrativos para a execução das atividades de trânsito;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de
informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim
Art. 1º - O trânsito de qualquer natureza nas vias de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema.
terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se
por este Código. Seção II
§ 1º - Considera-se trânsito a utilização das vias por Da Composição e da Competência do Sistema Nacional
pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, de Trânsito
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga. Art. 7º - Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
§ 2º - O trânsito, em condições seguras, é um direito de seguintes órgãos e entidades:
todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e
respectivas competências, adotar as medidas destinadas a consultivo;
assegurar esse direito. II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o
§ 3º - Os órgãos e entidades componentes do Sistema Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE,
Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
competências, objetivamente, por danos causados aos

Legislação de Trânsito 1
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III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; das instâncias inferiores, na forma deste Código;
V - a Polícia Rodoviária Federal; XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando
e necessário, unificar as decisões administrativas; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência
JARI. de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
Art. 8º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios XV - normatizar o processo de formação do candidato à
organizarão os respectivos órgãos e entidades executivos de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo
trânsito e executivos rodoviários, estabelecendo os limites seu conteúdo didático-pedagógico, carga horária, avaliações,
circunscricionais de suas atuações. exames, execução e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281,
de 2016)
Art. 9º - O Presidente da República designará o ministério
ou órgão da Presidência responsável pela coordenação Art. 13 - As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos
máxima do Sistema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculados ao CONTRAN, são integradas por especialistas e
vinculado o CONTRAN e subordinado o órgão máximo têm como objetivo estudar e oferecer sugestões e
executivo de trânsito da União. embasamento técnico sobre assuntos específicos para
decisões daquele colegiado.
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com § 1º - Cada Câmara é constituída por especialistas
sede no Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos
máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual
composição: número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito, além
I - (VETADO) de especialistas representantes dos diversos segmentos da
II - (VETADO) sociedade relacionados com o trânsito, todos indicados
III - um representante do Ministério da Ciência e segundo regimento específico definido pelo CONTRAN e
Tecnologia; designados pelo ministro ou dirigente coordenador máximo
IV - um representante do Ministério da Educação e do do Sistema Nacional de Trânsito.
Desporto; § 2º - Os segmentos da sociedade, relacionados no
V - um representante do Ministério do Exército; parágrafo anterior, serão representados por pessoa jurídica e
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e devem atender aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
da Amazônia Legal; § 3º - Os coordenadores das Câmaras Temáticas serão
VII - um representante do Ministério dos Transportes; eleitos pelos respectivos membros.
VIII ao XIX - (VETADOS)
XX - um representante do ministério ou órgão Art. 14 - Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito -
coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
XXI - (VETADO) CONTRANDIFE:
XXII - um representante do Ministério da Saúde. I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
XXIII - um representante do Ministério da Justiça. trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
XXIII - 1 (um) representante do Ministério da Justiça. II - elaborar normas no âmbito das respectivas
XXIV - 1 (um) representante do Ministério do competências;
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; III - responder a consultas relativas à aplicação da
XXV - 1 (um) representante da Agência Nacional de legislação e dos procedimentos normativos de trânsito;
Transportes Terrestres (ANTT). IV - estimular e orientar a execução de campanhas
educativas de trânsito;
Art. 11 - (VETADO) V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
a) das JARI;
Art. 12 - Compete ao CONTRAN: b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste de inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão
Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; física, mental ou psicológica;
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, VI - indicar um representante para compor a comissão
objetivando a integração de suas atividades; examinadora de candidatos portadores de deficiência física à
III - (VETADO) habilitação para conduzir veículos automotores;
IV - criar Câmaras Temáticas; VII - (VETADO)
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o VIII - acompanhar e coordenar as atividades de
funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE; administração, educação, engenharia, fiscalização,
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; policiamento ostensivo de trânsito, formação de condutores,
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas registro e licenciamento de veículos, articulando os órgãos do
contidas neste Código e nas resoluções complementares; Sistema no Estado, reportando-se ao CONTRAN;
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse trânsito no âmbito dos Municípios; e
dos valores arrecadados; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das
2016) exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333.
IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese
relativas à aplicação da legislação de trânsito; de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para
X - normalizar os procedimentos sobre a aprendizagem, examinar os candidatos à habilitação para conduzir veículos
habilitação, expedição de documentos de condutores, e automotores.
registro e licenciamento de veículos;

Legislação de Trânsito 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único - Dos casos previstos no inciso V, IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos
julgados pelo órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. Automotores - RENAVAM;
X - organizar a estatística geral de trânsito no território
Art. 15 - Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais
são nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito órgãos e promover sua divulgação;
Federal, respectivamente, e deverão ter reconhecida XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações
experiência em matéria de trânsito. sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas
§ 1º - Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são do trânsito;
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à
Federal, respectivamente. segurança e à educação de trânsito;
§ 2º - Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE XIII - coordenar a administração do registro das infrações
deverão ser pessoas de reconhecida experiência em trânsito. de trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no
§ 3º - O mandato dos membros do CETRAN e do prontuário do infrator, da arrecadação de multas e do repasse
CONTRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução. de que trata o § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº
13.281, de 2016)
Art. 16 - Junto a cada órgão ou entidade executivos de XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional
trânsito ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Trânsito informações sobre registros de veículos e de
de Recursos de Infrações - JARI, órgãos colegiados condutores, mantendo o fluxo permanente de informações
responsáveis pelo julgamento dos recursos interpostos contra com os demais órgãos do Sistema;
penalidades por eles impostas. XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
Parágrafo único - As JARI têm regimento próprio, Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as
observado o disposto no inciso VI do art. 12, e apoio diretrizes do CONTRAN, a elaboração e a implementação de
administrativo e financeiro do órgão ou entidade junto ao qual programas de educação de trânsito nos estabelecimentos de
funcionem. ensino;
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a
Art. 17 - Compete às JARI: educação de trânsito;
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito trânsito;
e executivos rodoviários informações complementares XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à
situação recorrida; aprovação do CONTRAN, a complementação ou alteração da
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de sinalização e dos dispositivos e equipamentos de trânsito;
trânsito e executivos rodoviários informações sobre XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os
problemas observados nas autuações e apontados em manuais e normas de projetos de implementação da
recursos, e que se repitam sistematicamente. sinalização, dos dispositivos e equipamentos de trânsito
aprovados pelo CONTRAN;
Art. 18 - (VETADO) XX – expedir a permissão internacional para conduzir
veículo e o certificado de passagem nas alfândegas mediante
Art. 19 - Compete ao órgão máximo executivo de delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
trânsito da União: Federal ou a entidade habilitada para esse fim pelo poder
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a público federal; (Redação dada pela lei nº 13.258, de 2016)
execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais
CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; e congressos nacionais de trânsito, bem como propor a
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos representação do Brasil em congressos ou reuniões
órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da internacionais;
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de XXII - propor acordos de cooperação com organismos
Trânsito; internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações
III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de inerentes à segurança e educação de trânsito;
Trânsito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o XXIII - elaborar projetos e programas de formação,
combate à violência no trânsito, promovendo, coordenando e treinamento e especialização do pessoal encarregado da
executando o controle de ações para a preservação do execução das atividades de engenharia, educação,
ordenamento e da segurança do trânsito; policiamento ostensivo, fiscalização, operação e administração
IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de de trânsito, propondo medidas que estimulem a pesquisa
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a científica e o ensino técnico-profissional de interesse do
administração pública ou privada, referentes à segurança do trânsito, e promovendo a sua realização;
trânsito; XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito
V - supervisionar a implantação de projetos e programas interestadual e internacional;
relacionados com a engenharia, educação, administração, XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as
policiamento e fiscalização do trânsito e outros, visando à normas e requisitos de segurança veicular para fabricação e
uniformidade de procedimento; montagem de veículos, consoante sua destinação;
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do
habilitação de condutores de veículos, a expedição de código marca-modelo dos veículos para efeito de registro,
documentos de condutores, de registro e licenciamento de emplacamento e licenciamento;
veículos; XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional CONTRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do
de Habilitação, os Certificados de Registro e o de Sistema Nacional de Trânsito;
Licenciamento Anual mediante delegação aos órgãos XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito
executivos dos Estados e do Distrito Federal; e submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou
VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito;
de Habilitação - RENACH;

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XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
financeiro ao CONTRAN. trânsito, no âmbito de suas atribuições;
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de
de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) veículos, de pedestres e de animais, e promover o
§ 1º - Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
técnica ou administrativa ou a prática constante de atos de III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
improbidade contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra dispositivos e os equipamentos de controle viário;
a administração pública, o órgão executivo de trânsito da IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
União, mediante aprovação do CONTRAN, assumirá trânsito e suas causas;
diretamente ou por delegação, a execução total ou parcial das V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de
atividades do órgão executivo de trânsito estadual que tenha policiamento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes
motivado a investigação, até que as irregularidades sejam para o policiamento ostensivo de trânsito;
sanadas. VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as
§ 2º - O regimento interno do órgão executivo de trânsito penalidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e
da União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e
funcionamento. arrecadando as multas que aplicar;
§ 3º - Os órgãos e entidades executivos de trânsito e VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção
executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
Federal e dos Municípios fornecerão, obrigatoriamente, mês a superdimensionadas ou perigosas;
mês, os dados estatísticos para os fins previstos no inciso X. VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de
peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
Art. 20 - Compete à Polícia Rodoviária Federal, no arrecadar as multas que aplicar;
âmbito das rodovias e estradas federais: IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
trânsito, no âmbito de suas atribuições; previstas;
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando X - implementar as medidas da Política Nacional de
operações relacionadas com a segurança pública, com o Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o XI - promover e participar de projetos e programas de
patrimônio da União e o de terceiros; educação e segurança, de acordo com as diretrizes
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações estabelecidas pelo CONTRAN;
de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
ou perigosas; unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de transferências de veículos e de prontuários de condutores de
trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento uma para outra unidade da Federação;
de vítimas; XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
veículos, escolta e transporte de carga indivisível; ações específicas dos órgãos ambientais locais, quando
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, solicitado;
podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização
emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de serem observados para a circulação desses veículos.
construções e instalações não autorizadas;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre Art. 22 - Compete aos órgãos ou entidades executivos
acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua
medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao circunscrição:
órgão rodoviário federal; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
Segurança e Educação de Trânsito; II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação,
IX - promover e participar de projetos e programas de aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores,
educação e segurança, de acordo com as diretrizes expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para
estabelecidas pelo CONTRAN; Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema do órgão federal competente;
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação III - vistoriar, inspecionar quanto às condições de
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à segurança veicular, registrar emplacar, selar a placa, e
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das licenciar veículos, expedindo o Certificado de Registro e o
transferências de veículos e de prontuários de condutores de Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão federal
uma para outra unidade da Federação; competente;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais. medidas administrativas cabíveis pelas infrações previstas
neste Código, excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e
Art. 21 - Compete aos órgãos e entidades executivos VIII do art. 24, no exercício regular do Poder de Polícia de
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Trânsito;
Municípios, no âmbito de sua circunscrição: VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste
Código, com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e

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VIII do art. 24, notificando os infratores e arrecadando as vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada pela Lei
multas que aplicar; nº 13.281, de 2016)
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e
de veículos e objetos; multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a previstas neste Código, notificando os infratores e
suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento arrecadando as multas que aplicar;
da Carteira Nacional de Habilitação; VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de
acidentes de trânsito e suas causas; peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de arrecadar as multas que aplicar;
atividades previstas na legislação de trânsito, na forma IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95,
estabelecida em norma do CONTRAN; aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele
XI - implementar as medidas da Política Nacional de previstas;
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento
XII - promover e participar de projetos e programas de rotativo pago nas vias;
educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
estabelecidas pelo CONTRAN; veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema superdimensionadas ou perigosas;
Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar
de multas impostas na área de sua competência, com vistas à medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de
unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
transferências de veículos e de prontuários de condutores de XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema
uma para outra unidade da Federação; Nacional de Trânsito para fins de arrecadação e compensação
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de de multas impostas na área de sua competência, com vistas à
trânsito e executivos rodoviários municipais, os dados unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das
cadastrais dos veículos registrados e dos condutores transferências de veículos e de prontuários dos condutores de
habilitados, para fins de imposição e notificação de uma para outra unidade da Federação;
penalidades e de arrecadação de multas nas áreas de suas XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito
competências; e do Programa Nacional de Trânsito;
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído XV - promover e participar de projetos e programas de
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de educação e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes
acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, estabelecidas pelo CONTRAN;
quando solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais XVI - planejar e implantar medidas para redução da
locais; circulação de veículos e reorientação do tráfego, com o
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema objetivo de diminuir a emissão global de poluentes;
Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos
respectivo CETRAN. de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas
Art. 23 - Compete às Polícias Militares dos Estados e do decorrentes de infrações;(Redação dada pela Lei nº 13.154, de
Distrito Federal: 2015)
I - (VETADO) XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de
II - (VETADO) propulsão humana e de tração animal;
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema
convênio firmado, como agente do órgão ou entidade Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação do
executivos de trânsito ou executivos rodoviários, respectivo CETRAN;
concomitantemente com os demais agentes credenciados; XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído
produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de
Art. 24 - Compete aos órgãos e entidades executivos de acordo com o estabelecido no art. 66, além de dar apoio às
trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização
trânsito, no âmbito de suas atribuições; especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de serem observados para a circulação desses veículos.
veículos, de pedestres e de animais, e promover o § 1º - As competências relativas a órgão ou entidade
desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; municipal serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os entidade executivos de trânsito.
dispositivos e os equipamentos de controle viário; § 2º - Para exercer as competências estabelecidas neste
IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os artigo, os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional
acidentes de trânsito e suas causas; de Trânsito, conforme previsto no art. 333 deste Código.
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia
ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento Art. 25 - Os órgãos e entidades executivos do Sistema
ostensivo de trânsito; Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, atividades previstas neste Código, com vistas à maior
edificações de uso público e edificações privadas de uso eficiência e à segurança para os usuários da via.
coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis Parágrafo único - Os órgãos e entidades de trânsito
e as penalidades de advertência por escrito e multa, por poderão prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e
infrações de circulação, estacionamento e parada previstas monitoramento das atividades relativas ao trânsito durante
neste Código, no exercício regular do poder de polícia de prazo a ser estabelecido entre as partes, com ressarcimento
trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que dos custos apropriados.
aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações
privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de

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NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA Distância Frontal

As normas gerais de circulação e conduta visam É a distância em que o condutor sinta-se seguro, de forma
disciplinar e uniformizar as condutas que condutores e que possa deter seu veículo se for preciso.
pedestre devem adotar quando estiverem no trânsito,
normatizando ações, comportamentos, deveres e proibições.
É de grande importância o condutor conhecer e praticar as
leis de transito e as regras de circulação e conduta para dirigir
corretamente de acordo com o que determina a legislação.
Todos os condutores de veículos antes de colocarem seus
veículos em circulação nas vias públicas, deverão verificar a
existência e as boas condições de funcionamento dos
equipamentos de uso obrigatório, deverão a todo momento ter
o domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e os
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas,
assegurando-se da existência de combustível para chegarem o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de
ao seu destino, e ainda não deverão dirigir: funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem
a) com o braço do lado de fora. como se assegurar da existência de combustível suficiente
b) transportando pessoas, animais ou volumes à sua para chegar ao local de destino.
esquerda ou entre os braços e pernas. O condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu
c) com incapacidade física ou mental temporária que veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à
comprometa a segurança do trânsito. segurança do trânsito.
d) usando calçado que não firme nos pés ou que O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes
comprometa a utilização dos pedais (ex. chinelos). determinações:
e) com apenas uma das mãos. I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo,
f) utilizando de fones de ouvidos conectados a utilizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis
aparelhagem sonora ou telefones celulares. providos de iluminação pública;
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta,
Os condutores de veículos, deverão abster-se de todo ato exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por
veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros
propriedade pública ou privada, não obstruindo o trânsito ou motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de
torna-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a
via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro existência de risco à segurança para os veículos que circulam
obstáculo. no sentido contrário;
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de
REGRAS DE CIRCULAÇÃO; posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
cerração;
O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas a V - O condutor utilizará o pisca- alerta nas seguintes
circulação obedecerá às seguintes regras: situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
- A circulação far-se-á sempre pelo lado direito da via, b) quando a regulamentação da via assim o determinar;
admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas (daí vem a VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá
denominação de faixa própria, que é a faixa mais a direita da acesa a luz de placa;
via). As exceções, são as situações em que a circulação será VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de
pelo lado esquerdo da via, também conhecido como mão posição quando o veículo estiver parado para fins de
inglesa. embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga
- Os veículos maiores e mais pesados deverão ocupar a de mercadorias.
faixa da direita.
- O condutor deve guardar distância lateral e frontal entre REGRAS DE ULTRAPASSAGEM;
o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da
pista, considerando a velocidade, local, da circulação e Ultrapassagem é o movimento de deslocamento lateral,
condições climáticas. transposição do veículo que segue à frente, e retorno à faixa
inicial. Já a “passagem” por outro veículo é sua mera
Distância Lateral transposição por faixas de circulação distintas.
A ultrapassagem deverá ser feita respeitadas as demais
É a distância mínima que o condutor deve guardar ao normas de circulação, e regulamente conforme LINHA DE
cruzar ou ultrapassa outro veículo. DIVISÃO DE FLUXOS OPOSTOS abaixo.

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APOSTILAS OPÇÃO

COMO ULTRAPASSAR COM SEGURANÇA: O trânsito de veículos sobre os passeios, calçadas e nos
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamentos.
e as demais normas estabelecidas no Código de Trânsito O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde
Brasileiro, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver que em toque breve, para fazer as advertências necessárias a
sinalizando o propósito de entrar à esquerda. fim de evitar acidentes e fora das áreas urbanas, quando for
conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de
Todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassá-lo.
ultrapassagem, certificar-se de que:
- nenhum condutor que venha atrás haja começado uma REGRAS DE MUDANÇA DE DIREÇÃO;
manobra para ultrapassá-lo;
- quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja O condutor que queira executar uma manobra deverá
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais
- a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele,
extensão suficiente para que sua manobra não ponha em considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário. Antes de iniciar qualquer manobra que implique em um
deslocamento lateral, o condutor deverá sinalizar com
Todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: antecedência a sua intenção, de forma clara por meio da luz
- indicar com antecedência a manobra pretendida, indicadora de direção, ou fazendo gesto convencional de
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio braço. As mudanças de faixa, conversões e retornos deverão
de gesto convencional de braço; ser realizados em locais permitidos.
- afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de
tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; Regras
- retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito - Aproxime-se o máximo possível do bordo da pista e tente
de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazer a manobra usando o mínimo de espaço.
fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados
necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos
veículos que ultrapassou.

Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o


propósito de ultrapassá-lo deverá:
- Se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
para a faixa da direita, sem acelerar a marcha.
- Se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
- Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter - Em rodovias com acostamento, se for realizar conversão
distância suficiente entre si para permitir que veículos que os à esquerda, espere no acostamento da direita e se não houver
ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. acostamento, aproxime seu veículo do eixo central da pista,
- O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um dando preferência aos veículos de sentido contrário.
veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando
embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a
velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o
veículo com vistas à segurança dos pedestres.
- O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com
duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas
e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de
nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres,
exceto quando houver sinalização permitindo a - Conversão à esquerda de uma via de mão única para a
ultrapassagem. outra com quatro faixas (duas em cada direção). Numa via de
mão única, aproxime-se do bordo da pista do lado onde vai
A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá virar antes de realizar a manobra.
ser sempre pela esquerda, e o condutor deverá:
1. Para ultrapassar, certificar-se que dispõe de espaço e
visibilidade suficiente, garantindo a segurança.
2. Após ultrapassar, retornar o veículo a direita da via
com segurança.
3. Antes e após a ultrapassagem, proceder a sinalização
regulamentar.
4. Ao ser ultrapassado, não acelerar o seu veículo.

Nas vias de mão única com retorno ou entrada a esquerda,


é permitida a ultrapassagem pela direita, se o condutor que
estiver na esquerda, indicar e sinalizar que vai entrar para esse
lado.
- A operação de retorno nas vias urbanas deverá ser feita
Nas interseções e suas proximidades, o condutor não
nos locais para isto determinados por meio de sinalização, por
poderá efetuar ultrapassagem.
existência de locais apropriados, ou em outros locais que
Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo,
ofereçam condições de segurança e fluidez, observada as
salvo por razões de segurança.
características da via, do veículo, das condições
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.

Legislação de Trânsito 7
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APOSTILAS OPÇÃO

- A marcha à ré deverá ser usada somente em pequenas obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos
manobras. para a via.
A velocidade máxima permitida para a via será indicada
REGRAS DE PREFERÊNCIA E ESTACIONAMENTO; por meio de sinalização, obedecidas suas características
técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir sinalização
Em vias nas quais não há sinalização específica, tem a regulamentadora, a velocidade máxima será de:
preferência:
• Quem estiver transitando pela rodovia, quando apenas Tipos de
um fluxo for proveniente de autoestrada; Vias Km/h
veículos
• Quem estiver circulando uma rotatória; e
• Quem vier pela direita do condutor, nos demais casos. Trânsito
80 Todos
Obs.: em vias com mais de uma pista, os veículos mais rápido
lentos têm a preferência de uso da faixa da direita. Já a faixa da
Urbanas Arteriais 60 Todos
esquerda é reservada para ultrapassagens e para os veículos
de maior velocidade. Coletoras 40 Todos

Parada e Estacionamento Locais 30 Todos


Automóveis,
Estacionamento – imobilização de veículos por tempo 110 camionetas e
Rodovias
superior ao necessário para embarque ou desembarque de motocicletas
de pista
passageiros.
dupla Demais
Parada – imobilização do veículo com finalidade e pelo 90
tempo estritamente necessário para efetuar embarque ou veículos
desembarque de passageiros, não sendo operação de carga ou
Rurais Automóveis,
descarga.
Rodovias 100 camionetas e
O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas
de pista motocicletas
será feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-
fio) ou conforme à sinalização determinar. simples Demais
90
Pare sempre fora da pista. Se, numa emergência, tiver que veículos
parar o veículo no leito viário, providencie a imediata
sinalização. Estradas 60 Todos
Em locais de estacionamento proibido, a parada deve ser
suficiente apenas para embarque e desembarque de Vamos acompanhar em seguida o que prevê o Código de
passageiros. E só nos casos em que o procedimento não Trânsito Brasileiro acerca do tema:
interfira com o fluxo de veículos ou pedestres. O desembarque
de passageiros deve se dar sempre pelo lado da calçada, exceto CAPÍTULO III
para o condutor do veículo. DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Mas as regras de preferência não param por aí. Também
têm prioridade de deslocamento os veículos destinados a Art. 26 - Os usuários das vias terrestres devem:
socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou
fiscalização de trânsito e as ambulâncias, bem como veículos obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de
precedidos de batedores. E a prioridade se estende também ao animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou
estacionamento e parada desses veículos. privadas;
Mas há algumas coisas a observar. Para poder exercer a II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso,
preferência, é preciso que os dispositivos de alarme sonoro e atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou
iluminação vermelha intermitente — indicativos de urgência substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
— estejam acionados. Se for esse o caso:
• Deixe livre a passagem à sua esquerda. Desloque-se à Art. 27 - Antes de colocar o veículo em circulação nas vias
direita e até mesmo pare, se necessário. Vidas podem estar em públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
jogo; condições de funcionamento dos equipamentos de uso
• Se Você for pedestre, aguarde no passeio ao ouvir o obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
alarme sonoro. Só atravesse a rua quando o veículo já tiver combustível suficiente para chegar ao local de destino.
passado por ali.
Art. 28 - O condutor deverá, a todo momento, ter domínio
É bom lembrar que os veículos que se deslocam sobre de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, indispensáveis à segurança do trânsito.
respeitadas as normas de circulação.
Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas
Veículos de prestadores de serviços de utilidade pública à circulação obedecerá às seguintes normas:
(companhias de água, luz, esgoto, telefone, etc.) também I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-
têm prioridade de parada e estacionamento no local em se as exceções devidamente sinalizadas;
que estiverem trabalhando. Mas o local deve estar II - o condutor deverá guardar distância de segurança
sinalizado, segundo as normas do CONTRAN. lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em
relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
VELOCIDADES PERMITIDAS velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e
as condições climáticas;
Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar, III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem,
constantemente, as condições físicas da via, do veículo e da se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de
carga, as condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, passagem:

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APOSTILAS OPÇÃO

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
aquele que estiver circulando por ela; § 1º - As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por e b do inciso X e a e b do inciso XI, aplicam-se à transposição
ela; de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; como pela da direita.
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias § 2º - Respeitadas as normas de circulação e conduta
faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
maior porte, quando não houver faixa especial a eles menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela
destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao incolumidade dos pedestres.
deslocamento dos veículos de maior velocidade;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos Art. 30 - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue
acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade para a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
de passagem, respeitadas as demais normas de circulação; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de Parágrafo único - Os veículos mais lentos, quando em fila,
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com
em serviço de urgência e devidamente identificados por segurança.
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: Art. 31 - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando
a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a
deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o
direita da via e parando, se necessário; veículo com vistas à segurança dos pedestres.
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão
aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já Art. 32 - O condutor não poderá ultrapassar veículos em
tiver passado pelo local; vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas
vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
prestação de serviço de urgência; pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento ultrapassagem.
deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos
cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Art. 33 - Nas interseções e suas proximidades, o condutor
Código; não poderá efetuar ultrapassagem.
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade
pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada Art. 34 - O condutor que queira executar uma manobra
e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar
forma estabelecida pelo CONTRAN; com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento velocidade.
deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização
regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, Art. 35 - Antes de iniciar qualquer manobra que implique
exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu
o propósito de entrar à esquerda; propósito de forma clara e com a devida antecedência, por
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo
ultrapassagem, certificar-se de que: gesto convencional de braço.
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma Parágrafo único - Entende-se por deslocamento lateral a
manobra para ultrapassá-lo; transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja esquerda e retornos.
indicado o propósito de ultrapassar um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa Art. 36 - O condutor que for ingressar numa via,
extensão suficiente para que sua manobra não ponha em procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar
perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: transitando.
a) indicar com antecedência a manobra pretendida,
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio Art. 37 - Nas vias providas de acostamento, a conversão à
de gesto convencional de braço; esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá
de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de segurança.
trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do
veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os Art. 38 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
trânsito dos veículos que ultrapassou; I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no
preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as menor espaço possível;
normas de circulação.

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APOSTILAS OPÇÃO

II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo
máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem
quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos inconvenientes para os outros condutores, a não ser que haja
dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista perigo iminente;
de um só sentido. III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária
Parágrafo único - Durante a manobra de mudança de e a sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e
ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela Art. 44 - Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento,
pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial,
preferência de passagem. transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre
Art. 39 - Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá e a veículos que tenham o direito de preferência.
ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio de
sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, Art. 45 - Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe
ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma
e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das interseção se houver possibilidade de ser obrigado a
condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
ciclistas. impedindo a passagem do trânsito transversal.

Art. 40 - O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes Art. 46 - Sempre que for necessária a imobilização
determinações: temporária de um veículo no leito viário, em situação de
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização
utilizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis de advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
providos de iluminação pública e nas rodovias (Redação dada
pela Lei nº 13.290, de 2016); Art. 47 - Quando proibido o estacionamento na via, a
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para
exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; embarque ou desembarque de passageiros, desde que não
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de
curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros pedestres.
motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção de Parágrafo único - A operação de carga ou descarga será
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
existência de risco à segurança para os veículos que circulam sobre a via e é considerada estacionamento.
no sentido contrário;
IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de Art. 48 - Nas paradas, operações de carga ou descarga e
posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no
cerração; sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções
situações: devidamente sinalizadas.
a) em imobilizações ou situações de emergência; § 1º - Nas vias providas de acostamento, os veículos
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; parados, estacionados ou em operação de carga ou descarga
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá deverão estar situados fora da pista de rolamento.
acesa a luz de placa; § 2º - O estacionamento dos veículos motorizados de duas
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de rodas será feito em posição perpendicular à guia da calçada
posição quando o veículo estiver parado para fins de (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga determine outra condição.
de mercadorias. § 3º - O estacionamento dos veículos sem abandono do
Parágrafo único - Os veículos de transporte coletivo condutor poderá ser feito somente nos locais previstos neste
regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias Código ou naqueles regulamentados por sinalização
a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se específica.
de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
Art. 49 - O condutor e os passageiros não deverão abrir a
Art. 41 - O condutor de veículo só poderá fazer uso de porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem
buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar e para outros usuários da via.
acidentes; Parágrafo único - O embarque e o desembarque devem
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-
lo. Art. 50 - O uso de faixas laterais de domínio e das áreas
adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
Art. 42 - Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
veículo, salvo por razões de segurança. com circunscrição sobre a via.

Art. 43 - Ao regular a velocidade, o condutor deverá Art. 51 - Nas vias internas pertencentes a condomínios
observar constantemente as condições físicas da via, do constituídos por unidades autônomas, a sinalização de
veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade regulamentação da via será implantada e mantida às expensas
do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade do condomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou
estabelecidos para a via, além de: entidade com circunscrição sobre a via.
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em
circulação sem causa justificada, transitando a uma velocidade Art. 52 - Os veículos de tração animal serão conduzidos
anormalmente reduzida; pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou

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acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles Art. 61 - A velocidade máxima permitida para a via será
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que couber, indicada por meio de sinalização, obedecidas suas
às normas de circulação previstas neste Código e às que características técnicas e as condições de trânsito.
vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição § 1º - Onde não existir sinalização regulamentadora, a
sobre a via. velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
Art. 53 - Os animais isolados ou em grupos só podem a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito
circular nas vias quando conduzidos por um guia, observado o rápido:
seguinte: b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
dos outros por espaços suficientes para não obstruir o II - nas vias rurais:
trânsito; a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
II - os animais que circularem pela pista de rolamento 13.281, de 2016)
deverão ser mantidos junto ao bordo da pista; 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para
automóveis, camionetas e motocicletas;
Art. 54 - Os condutores de motocicletas, motonetas e 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
ciclomotores só poderão circular nas vias: veículos;
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos; b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as nº 13.281, de 2016)
especificações do CONTRAN. 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis,
camionetas e motocicletas;
Art. 55 - Os passageiros de motocicletas, motonetas e 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais
ciclomotores só poderão ser transportados: veículos;
I - utilizando capacete de segurança;
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
suplementar atrás do condutor; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as § 2º - O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com
especificações do CONTRAN. circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de
sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
Art. 56 - (VETADO) estabelecidas no parágrafo anterior.

Art. 57 - Os ciclomotores devem ser conduzidos pela Art. 62 - A velocidade mínima não poderá ser inferior à
direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro da metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as
faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que condições operacionais de trânsito e da via.
não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada,
proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as Art. 63 - (VETADO)
calçadas das vias urbanas.
Parágrafo único - Quando uma via comportar duas ou Art. 64 - As crianças com idade inferior a dez anos devem
mais faixas de trânsito e a da direita for destinada ao uso ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções
exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão regulamentadas pelo CONTRAN.
circular pela faixa adjacente à da direita.
Art. 65 - É obrigatório o uso do cinto de segurança para
Art. 58 - Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a condutor e passageiros em todas as vias do território nacional,
circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível
a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no Art. 66 - (VETADO)
mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com
preferência sobre os veículos automotores. Art. 67 - As provas ou competições desportivas, inclusive
Parágrafo único - A autoridade de trânsito com seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser
circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de realizadas mediante prévia permissão da autoridade de
bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa. I - autorização expressa da respectiva confederação
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
Art. 59 - Desde que autorizado e devidamente sinalizado II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será à via;
permitida a circulação de bicicletas nos passeios III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor
de terceiros;
Art. 60 - As vias abertas à circulação, de acordo com sua IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos
utilização, classificam-se em: custos operacionais em que o órgão ou entidade
I - vias urbanas: permissionária incorrerá.
a) via de trânsito rápido; Parágrafo único - A autoridade com circunscrição sobre a
b) via arterial; via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do
c) via coletora; contrato de seguro.
d) via local;
II - vias rurais:
a) rodovias;
b) estradas.

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CAPÍTULO III-A Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por


DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS controlar e registrar o tempo de condução estipulado no art.
PROFISSIONAIS 67-C, com vistas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015)
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos § 1o A não observância dos períodos de descanso
motoristas profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às
2015) penalidades daí decorrentes, previstas neste Código. (Incluído
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; pela Lei nº 13.103, de 2015)
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) § 2o O tempo de direção será controlado mediante
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e,
nº 13.103, de 2015) ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou
§ 1o ao §7º (Revogados). (Redação dada pela Lei nº 13.103, ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados
de 2015) no veículo, conforme norma do Contran. (Incluído pela Lei nº
§ 8o (VETADO) 13.103, de 2015)
§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá
Art 67-B. (VETADO) funcionar de forma independente de qualquer interferência do
condutor, quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por 13.103, de 2015)
mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de § 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informações
transporte rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte contidas no equipamento registrador instantâneo inalterável
rodoviário de cargas. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de de velocidade e de tempo são de responsabilidade do
2015) condutor. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso
dentro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de CAPÍTULO IV
transporte de carga, sendo facultado o seu fracionamento e o DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO
do tempo de direção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) MOTORIZADOS
horas e meia contínuas no exercício da condução. (Incluído
pela Lei nº 13.103, de 2015) Art. 68 - É assegurada ao pedestre a utilização dos
§ 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de veículo acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a
rodoviário de passageiros, sendo facultado o seu autoridade competente permitir a utilização de parte da
fracionamento e o do tempo de direção. (Incluído pela Lei nº calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao
13.103, de 2015) fluxo de pedestres.
§ 2o Em situações excepcionais de inobservância § 1º - O ciclista desmontado empurrando a bicicleta
justificada do tempo de direção, devidamente registradas, o equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
tempo de direção poderá ser elevado pelo período necessário § 2º - Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
para que o condutor, o veículo e a carga cheguem a um lugar quando não for possível a utilização destes, a circulação de
que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade
que não haja comprometimento da segurança rodoviária. sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
§ 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte segurança ficar comprometida.
e quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de § 3º - Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou
descanso, que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e quando não for possível a utilização dele, a circulação de
coincidir com os intervalos mencionados no § 1o, observadas pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade
no primeiro período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso. sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em
§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
apenas o período em que o condutor estiver efetivamente ao segurança ficar comprometida.
volante, em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela Lei § 4º - (VETADO)
nº 13.103, de 2015) § 5º - Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de
§ 5o Entende-se como início de viagem a partida do veículo arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio
na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas
sua continuação as partidas nos dias subsequentes até o condições, usar o acostamento.
destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) § 6º - Onde houver obstrução da calçada ou da passagem
§ 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a
cumprimento integral do intervalo de descanso previsto no § via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para
3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) circulação de pedestres.
§ 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador Art. 69 - Para cruzar a pista de rolamento o pedestre
de terminais de carga, operador de transporte multimodal de tomará precauções de segurança, levando em conta,
cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos
seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
referido no caput sem a observância do disposto no § 6o. destinadas sempre que estas existirem numa distância de até
(Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) cinquenta metros dele, observadas as seguintes disposições:
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da
Art. 67-D. (VETADO). via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
II - para atravessar uma passagem sinalizada para
pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista:
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações
das luzes;

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b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o § 1º - Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de Trânsito deverão promover outras campanhas no âmbito de
veículos; sua circunscrição e de acordo com as peculiaridades locais.
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não § 2º - As campanhas de que trata este artigo são de caráter
existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a permanente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e
via na continuação da calçada, observadas as seguintes imagens explorados pelo poder público são obrigados a
normas: difundi-las gratuitamente, com a frequência recomendada
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de pelos órgãos competentes do Sistema Nacional de Trânsito.
que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres Art. 76 - A educação para o trânsito será promovida na
não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de
sobre ela sem necessidade. planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades
do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
Art. 70 - Os pedestres que estiverem atravessando a via Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas
sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de áreas de atuação.
passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde Parágrafo único - Para a finalidade prevista neste artigo,
deverão ser respeitadas as disposições deste Código. o Ministério da Educação e do Desporto, mediante proposta do
Parágrafo único - Nos locais em que houver sinalização CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
semafórica de controle de passagem será dada preferência aos Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo
caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos interdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança
veículos. de trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o
Art. 71 - O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via trânsito nas escolas de formação para o magistério e o
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres treinamento de professores e multiplicadores;
em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para
sinalização. levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao
trânsito;
CAPÍTULO V IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de
DO CIDADÃO trânsito junto aos núcleos interdisciplinares universitários de
trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na
Art. 72 - Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de área de trânsito.
solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema
Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação Art. 77 - No âmbito da educação para o trânsito caberá ao
de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações Ministério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN,
em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este estabelecer campanha nacional esclarecendo condutas a
Código. serem seguidas nos primeiros socorros em caso de acidente de
trânsito.
Art. 73 - Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Parágrafo único - As campanhas terão caráter
Nacional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e permanente por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS,
responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a sendo intensificadas nos períodos e na forma estabelecidos
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou no art. 76.
justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
solicitante quando tal evento ocorrerá. Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades
Parágrafo único - As campanhas de trânsito devem componentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos
esclarecer quais as atribuições dos órgãos e entidades instituídos nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de
pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito e como mensagens educativas de trânsito em todo o território
proceder a tais solicitações. nacional, em caráter suplementar às campanhas previstas nos
arts. 75 e 77.
CAPÍTULO VI
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação
ou promoção, nos meios de comunicação social, de produto
Art. 74 - A educação para o trânsito é direito de todos e oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
constitui dever prioritário para os componentes do Sistema obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a ser
Nacional de Trânsito. conjuntamente veiculada.
§ 1º - É obrigatória a existência de coordenação § 1º Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se
educacional em cada órgão ou entidade componente do produtos oriundos da indústria automobilística ou afins:
Sistema Nacional de Trânsito. I – os veículos rodoviários automotores de qualquer
§ 2º - Os órgãos ou entidades executivos de trânsito espécie, incluídos os de passageiros e os de carga;
deverão promover, dentro de sua estrutura organizacional ou II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
mediante convênio, o funcionamento de Escolas Públicas de veículos mencionados no inciso I.
Trânsito, nos moldes e padrões estabelecidos pelo CONTRAN. § 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se à
propaganda de natureza comercial, veiculada por iniciativa do
Art. 75 - O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas fabricante do produto, em qualquer das seguintes
e os cronogramas das campanhas de âmbito nacional que modalidades:
deverão ser promovidas por todos os órgãos ou entidades do I – rádio;
Sistema Nacional de Trânsito, em especial nos períodos II – televisão;
referentes às férias escolares, feriados prolongados e à III – jornal;
Semana Nacional de Trânsito. IV – revista;
V – outdoor.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º Para efeito do disposto no § 2º, equiparam-se ao § 1º - A sinalização será colocada em posição e condições
fabricante o montador, o encarroçador, o importador e o que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a
revendedor autorizado dos veículos e demais produtos noite, em distância compatível com a segurança do trânsito,
discriminados no § 1º deste artigo. conforme normas e especificações do CONTRAN.
§ 2º - O CONTRAN poderá autorizar, em caráter
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em experimental e por período prefixado, a utilização de
outdoor instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da sinalização não prevista neste Código.
respectiva faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas
estende-se à propaganda de qualquer tipo de produto e vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por
anunciante, inclusive àquela de caráter institucional ou unidades autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de
eleitoral. estabelecimentos privados de uso coletivo é de seu
proprietário. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran)
especificará o conteúdo e o padrão de apresentação das Art. 81 - Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar
mensagens, bem como os procedimentos envolvidos na luzes, publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que
respectiva veiculação, em conformidade com as diretrizes possam gerar confusão, interferir na visibilidade da
fixadas para as campanhas educativas de trânsito a que se sinalização e comprometer a segurança do trânsito.
refere o art. 75.
Art. 82 - É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de
com as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se
infração punível com as seguintes sanções: relacionem com a mensagem da sinalização.
I – advertência por escrito;
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, Art. 83 - A afixação de publicidade ou de quaisquer
de qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até legendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia
60 (sessenta) dias; aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete
reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), Art. 84 - O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
cobrada do dobro até o quíntuplo em caso de reincidência. sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da
§ 1º As sanções serão aplicadas isolada ou sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para
cumulativamente, conforme dispuser o regulamento. quem o tenha colocado.
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo,
qualquer infração acarretará a imediata suspensão da Art. 85 - Os locais destinados pelo órgão ou entidade de
veiculação da peça publicitária até que sejam cumpridas as trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres
exigências fixadas nos arts. 77-A a 77-D. deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no
leito da via.
Art. 78 - Os Ministérios da Saúde, da Educação e do
Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por Art. 86 - Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas,
intermédio do CONTRAN, desenvolverão e implementarão estacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas
programas destinados à prevenção de acidentes. entradas e saídas devidamente identificadas, na forma
Parágrafo único - O percentual de dez por cento do total regulamentada pelo CONTRAN.
dos valores arrecadados destinados à Previdência Social, do
Prêmio do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Art. 86-A. (Vide Lei nº 13.146, de 2015)
Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata
a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados Art. 87 - Os sinais de trânsito classificam-se em:
mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional de I - verticais;
Trânsito para aplicação exclusiva em programas de que trata II - horizontais;
este artigo. III - dispositivos de sinalização auxiliar;
IV - luminosos;
Art. 79 - Os órgãos e entidades executivos de trânsito V - sonoros;
poderão firmar convênio com os órgãos de educação da União, VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando
o cumprimento das obrigações estabelecidas neste capítulo. Art. 88 - Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue
após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO de obras ou de manutenção, enquanto não estiver
devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma
É através da sinalização do trânsito que se orienta, a garantir as condições adequadas de segurança na circulação.
adverte, informa, regula e controla a adequada circulação de Parágrafo único - Nas vias ou trechos de vias em obras
pedestres e veículos pelas vias terrestres. O Código de Trânsito deverá ser afixada sinalização específica e adequada.
(ou em legislação complementar) determina que sempre que
se fizer necessário, serão colocadas nas vias sinais de trânsito. Art. 89 - A sinalização terá a seguinte ordem de
prevalência:
CAPÍTULO VII I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO circulação e outros sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
Art. 80 - Sempre que necessário, será colocada ao longo da III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de
via, sinalização prevista neste Código e em legislação trânsito.
complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a
utilização de qualquer outra.

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Art. 90 - Não serão aplicadas as sanções previstas neste autoridade de trânsito aplicará multa diária na base de
Código por inobservância à sinalização quando esta for cinquenta por cento do dia de vencimento ou remuneração
insuficiente ou incorreta. devida enquanto permanecer a irregularidade.
§ 1º - O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, Classificação dos Veículos
respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorreta
colocação. As classificações dos veículos foram definidas por
§ 2º - O CONTRAN editará normas complementares no que começarem a perceber que os veículos estavam sendo
se refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. utilizados de diversas maneiras e com variados objetivos,
portanto, classificarão os veículos de acordo com as
NOTA: A Resolução do CONTRAN nº 160/2004 necessidades e utilização em que eles se adequavam, foram
disciplina a “Sinalização de Trânsito”, caso haja divididas em três tipos de classificação, tração, espécie e
disponibilidade de tempo para complementação do categoria. Cada classificação se estende de acordo com a
estudo, esta pode ser consultada no site: finalidade em que cada um dos veículos se propõe.
http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm.
Assim disciplina o CTB sobre o assunto:
CAPÍTULO VIII CAPÍTULO IX
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA DOS VEÍCULOS
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE Seção I
TRÂNSITO Disposições Gerais
Art. 91 - O CONTRAN estabelecerá as normas e Art. 96 - Os veículos classificam-se em:
regulamentos a serem adotados em todo o território nacional I - quanto à tração:
quando da implementação das soluções adotadas pela a) automotor;
Engenharia de Tráfego, assim como padrões a serem b) elétrico;
praticados por todos os órgãos e entidades do Sistema c) de propulsão humana;
Nacional de Trânsito. d) de tração animal;
e) reboque ou semirreboque;
Art. 92 - (VETADO) II - quanto à espécie:
a) de passageiros:
Art. 93 - Nenhum projeto de edificação que possa 1 - bicicleta;
transformar-se em polo atrativo de trânsito poderá ser 2 - ciclomotor;
aprovado sem prévia anuência do órgão ou entidade com 3 - motoneta;
circunscrição sobre a via e sem que do projeto conste área para 4 - motocicleta;
estacionamento e indicação das vias de acesso adequadas. 5 - triciclo;
6 - quadriciclo;
Art. 94 - Qualquer obstáculo à livre circulação e à 7 - automóvel;
segurança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na 8 - micro-ônibus;
calçada, caso não possa ser retirado, deve ser devida e 9 - ônibus;
imediatamente sinalizado. 10 - bonde;
Parágrafo único - É proibida a utilização das ondulações 11 - reboque ou semirreboque;
transversais e de sonorizadores como redutores de 12 - charrete;
velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou b) de carga:
entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos 1 - motoneta;
pelo CONTRAN. 2 - motocicleta;
3 - triciclo;
Art. 95 - Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou 4 - quadriciclo;
interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou 5 - caminhonete;
colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão 6 - caminhão;
prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição 7 - reboque ou semirreboque;
sobre a via. 8 - carroça;
§ 1º - A obrigação de sinalizar é do responsável pela 9 - carro-de-mão;
execução ou manutenção da obra ou do evento. c) misto:
§ 2º - Salvo em casos de emergência, a autoridade de 1 - camioneta;
trânsito com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, 2 - utilitário;
por intermédio dos meios de comunicação social, com 3 - outros;
quarenta e oito horas de antecedência, de qualquer interdição d) de competição;
da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem e) de tração:
utilizados. 1 - caminhão-trator;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será 2 - trator de rodas;
punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e 3 - trator de esteiras;
cinco centavos) a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito 4 - trator misto;
reais e dez centavos), independentemente das cominações f) especial;
cíveis e penais cabíveis, além de multa diária no mesmo valor g) de coleção;
até a regularização da situação, a partir do prazo final III - quanto à categoria:
concedido pela autoridade de trânsito, levando-se em a) oficial;
consideração a dimensão da obra ou do evento e o prejuízo b) de representação diplomática, de repartições
causado ao trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de 2016) consulares de carreira ou organismos internacionais
§ 4º - Ao servidor público responsável pela inobservância acreditados junto ao Governo brasileiro;
de qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a
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c) particular; Art. 98 - Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem


d) de aluguel; prévia autorização da autoridade competente, fazer ou
e) de aprendizagem. ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas
características de fábrica.
Para memorização: Parágrafo único - Os veículos e motores novos ou usados
que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a
a) automotor; atender aos mesmos limites e exigências de emissão de
I - quanto à b) elétrico; poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais
tração: c) de propulsão humana; competentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora
d) de tração animal; das modificações e ao proprietário do veículo a
e) reboque ou semirreboque; responsabilidade pelo cumprimento das exigências.

1 - bicicleta; Art. 99 - Somente poderá transitar pelas vias terrestres o


2 - ciclomotor; veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites
3 - motoneta; estabelecidos pelo CONTRAN.
4 - motocicleta; § 1º - O excesso de peso será aferido por equipamento de
5 - triciclo; pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma
6 - quadriciclo; estabelecida pelo CONTRAN.
a) de 7 - automóvel; § 2º - Será tolerado um percentual sobre os limites de peso
passageiros: 8 - micro- bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à
ônibus; superfície das vias, quando aferido por equipamento, na forma
9 - ônibus; estabelecida pelo CONTRAN.
10 - bonde; § 3º - Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na
11 - reboque pesagem de veículos serão aferidos de acordo com a
ou semirreboque; metodologia e na periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN,
12 - charrete; ouvido o órgão ou entidade de metrologia legal.
1 - motoneta;
Art. 100 - Nenhum veículo ou combinação de veículos
2 - motocicleta;
poderá transitar com lotação de passageiros, com peso bruto
3 - triciclo;
total, ou com peso bruto total combinado com peso por eixo,
4 - quadriciclo;
superior ao fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a
5-
capacidade máxima de tração da unidade tratora.
caminhonete;
b) de carga: § 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros
II - quanto à 6 - caminhão;
poderão ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei
espécie: 7 - reboque ou
nº 13.281, de 2016)
semirreboque;
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos
8 - carroça;
para os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
9 - carro-de-
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de
mão;
passageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na
1 - camioneta; configuração de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
c) misto: 2 - utilitário; 2016)
3 - outros;
Art. 101 - Ao veículo ou combinação de veículos utilizado
d) de competição; no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos
1 - caminhão- limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN,
trator; poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
2 - trator de sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo,
e) de tração: rodas; válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança
3 - trator de consideradas necessárias.
esteiras; § 1º - A autorização será concedida mediante
4 - trator misto; requerimento que especificará as características do veículo ou
combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o
horário do deslocamento inicial.
f) especial;
§ 2º - A autorização não exime o beneficiário da
g) de coleção;
responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a
combinação de veículos causar à via ou a terceiros.
a) oficial; § 3º - Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões
b) de representação diplomática, de poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição
repartições consulares de carreira ou sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo de seis
III - quanto organismos internacionais acreditados meses, atendidas as medidas de segurança consideradas
à categoria: junto ao Governo brasileiro; necessárias.
c) particular;
d) de aluguel; Art. 102 - O veículo de carga deverá estar devidamente
e) de aprendizagem. equipado quando transitar, de modo a evitar o derramamento
da carga sobre a via.
Art. 97 - As características dos veículos, suas Parágrafo único - O CONTRAN fixará os requisitos
especificações básicas, configuração e condições essenciais mínimos e a forma de proteção das cargas de que trata este
para registro, licenciamento e circulação serão estabelecidas artigo, de acordo com a sua natureza.
pelo CONTRAN, em função de suas aplicações.

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Seção II § 3º - Os fabricantes, os importadores, os montadores, os


Da Segurança dos Veículos encarroçadores de veículos e os revendedores devem
comercializar os seus veículos com os equipamentos
Art. 103 - O veículo só poderá transitar pela via quando obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais
atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos pelo CONTRAN.
estabelecidos neste Código e em normas do CONTRAN. § 4º - O CONTRAN estabelecerá o prazo para o
§ 1º - Os fabricantes, os importadores, os montadores e os atendimento do disposto neste artigo.
encarroçadores de veículos deverão emitir certificado de § 5º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
segurança, indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas artigo será progressivamente incorporada aos novos projetos
condições estabelecidas pelo CONTRAN. de automóveis e dos veículos deles derivados, fabricados,
§ 2º - O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e importados, montados ou encarroçados, a partir do 1º
a periodicidade para que os fabricantes, os importadores, os (primeiro) ano após a definição pelo Contran das
montadores e os encarroçadores comprovem o atendimento especificações técnicas pertinentes e do respectivo
aos requisitos de segurança veicular, devendo, para isso, cronograma de implantação e a partir do 5º (quinto) ano, após
manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos testes esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de
e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela modelos ou projetos já existentes e veículos deles derivados.
legislação de segurança veicular. § 6º A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste
artigo não se aplica aos veículos destinados à exportação.
Art. 104 - Os veículos em circulação terão suas condições
de segurança, de controle de emissão de gases poluentes e de Art. 106 - No caso de fabricação artesanal ou de
ruído avaliadas mediante inspeção, que será obrigatória, na modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição
forma e periodicidade estabelecidas pelo CONTRAN para os de equipamento de segurança especificado pelo fabricante,
itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de gases será exigido, para licenciamento e registro, certificado de
poluentes e ruído. segurança expedido por instituição técnica credenciada por
§ 1º ao §4º- (VETADOS) órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma
§ 5º - Será aplicada a medida administrativa de retenção elaborada pelo CONTRAN.
aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de
emissão de gases poluentes e ruído. Art. 107 - Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, individual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além
durante 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os das exigências previstas neste Código, às condições técnicas e
veículos novos classificados na categoria particular, com aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos
capacidade para até 7 (sete) passageiros, desde que pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a
mantenham suas características originais de fábrica e não se exploração dessa atividade.
envolvam em acidente de trânsito com danos de média ou
grande monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 108 - Onde não houver linha regular de ônibus, a
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a
o § 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas título precário, o transporte de passageiros em veículo de
características originais de fábrica e não se envolvam em carga ou misto, desde que obedecidas as condições de
acidente de trânsito com danos de média ou grande monta. segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Parágrafo único - A autorização citada no caput não
poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a
Art. 105 - São equipamentos obrigatórios dos veículos, autoridade pública responsável deverá implantar o serviço
entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: regular de transporte coletivo de passageiros, em
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica conformidade com a legislação pertinente e com os
do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao dispositivos deste Código.
transporte de passageiros em percursos em que seja permitido
viajar em pé; Art. 109 - O transporte de carga em veículos destinados ao
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com
os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento Art. 110 - O veículo que tiver alterada qualquer de suas
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; características para competição ou finalidade análoga só
III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos poderá circular nas vias públicas com licença especial da
automotores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN; autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.
IV - (VETADO)
V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases Art. 111 - É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:
poluentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo I - (VETADO)
CONTRAN. II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna veículos em movimento, salvo nos que possuam espelhos
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do retrovisores em ambos os lados.
lado esquerdo. III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não,
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a
frontal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro segurança do veículo, na forma de regulamentação do
§ 1º - O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos CONTRAN.
obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações Parágrafo único - É proibido o uso de inscrição de caráter
técnicas. publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos
§ 2º - Nenhum veículo poderá transitar com equipamento condutores em toda a extensão do para-brisa e da traseira dos
ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.
e medidas administrativas previstas neste Código.
Art. 112 - REVOGADO.

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Art. 113 - Os importadores, as montadoras, as utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério
encarroçadoras e fabricantes de veículos e autopeças são Público que exerçam competência ou atribuição criminal
responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a
usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de impedir a identificação de seus usuários específicos, na forma
falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho
equipamentos utilizados na sua fabricação. Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério
Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de Trânsito -
Seção III CONTRAN.
Da Identificação do Veículo § 8º Os veículos artesanais utilizados para trabalho
agrícola (jericos), para efeito do registro de que trata o § 4º-A,
Art. 114 - O veículo será identificado obrigatoriamente por ficam dispensados da exigência prevista no art. 106. (Incluído
caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos pela Lei nº 13.154, de 2015)
em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN. § 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a
§ 1º - A gravação será realizada pelo fabricante ou identificação do veículo ao qual estão atreladas são
montador, de modo a identificar o veículo, seu fabricante e as dispensadas da utilização do lacre previsto no caput, na forma
suas características, além do ano de fabricação, que não a ser regulamentada pelo Contran. (Incluído pela Lei nº
poderá ser alterado. 13.281, de 2016)
§ 2º - As regravações, quando necessárias, dependerão de
prévia autorização da autoridade executiva de trânsito e Art. 116 - Os veículos de propriedade da União, dos
somente serão processadas por estabelecimento por ela Estados e do Distrito Federal, devidamente registrados e
credenciado, mediante a comprovação de propriedade do licenciados, somente quando estritamente usados em serviço
veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o reservado de caráter policial, poderão usar placas
ano de fabricação. particulares, obedecidos os critérios e limites estabelecidos
§ 3º - Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão pela legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.
da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se
faça, modificações da identificação de seu veículo. Art. 117 - Os veículos de transporte de carga e os coletivos
de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a
Art. 115 - O veículo será identificado externamente por inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do
meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
estrutura, obedecidas as especificações e modelos tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com
estabelecidos pelo CONTRAN. sua classificação.
§ 1º - Os caracteres das placas serão individualizados para
cada veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo CAPÍTULO X
vedado seu reaproveitamento. DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
§ 2º - As placas com as cores verde e amarela da Bandeira
Nacional serão usadas somente pelos veículos de Art. 118 - A circulação de veículo no território nacional,
representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da independentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil
República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos e os países com os quais exista acordo ou tratado
Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo internacional, reger-se-á pelas disposições deste Código, pelas
Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral convenções e acordos internacionais ratificados.
da União e do Procurador-Geral da República.
§ 3º - Os veículos de representação dos Presidentes dos Art. 119 - As repartições aduaneiras e os órgãos de
Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários controle de fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM
Estaduais e Municipais, dos Presidentes das Assembleias a entrada e saída temporária ou definitiva de veículos.
Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos § 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair
Tribunais Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito,
do Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das Forças judicial ou administrativo, dos valores correspondentes às
Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos
estabelecidos pelo CONTRAN. que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares,
§ 4º Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a independentemente da fase do processo administrativo ou
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar judicial envolvendo a questão. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
trabalhos de construção ou de pavimentação são sujeitos ao 2016)
registro na repartição competente, se transitarem em via § 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o
pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento. cumprimento do disposto no § 1º e que posteriormente forem
(Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território
§ 4º-A. Os tratores e demais aparelhos automotores nacional serão retidos até a regularização da situação.
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
executar trabalhos agrícolas, desde que facultados a transitar
em via pública, são sujeitos ao registro único, sem ônus, em Registro e Licenciamento de Veículos
cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, acessível aos componentes do Sistema O registro é o procedimento obrigatório para todo o
Nacional de Trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.154, de veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou
2015) semirreboque, junto ao órgão executivo de trânsito do Estado.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de A maioria dos veículos, ao serem produzidos, devem ser
uso bélico. pré-cadastrados na Base Índice Nacional - BIN, onde constam
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da dados característicos do veículo como o número do chassi,
placa dianteira. números do motor e carroceria, cor, espécie, tipo, ano,
§ 7º Excepcionalmente, mediante autorização específica e marca/modelo, CNPJ da revenda para onde o veículo foi
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida faturado e etc.
comunicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos

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APOSTILAS OPÇÃO

O licenciamento é a regularização anual do veículo junto IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de


ao Departamento Estadual de Trânsito para efeitos de poluentes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de
verificação das condições de segurança bem como da quitação características do veículo;
dos débitos, previstos na legislação em vigor. V - comprovante de procedência e justificativa da
propriedade dos componentes e agregados adaptados ou
CAPÍTULO XI montados no veículo, quando houver alteração das
DO REGISTRO DE VEÍCULOS características originais de fábrica;
VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no
Art. 120 - Todo veículo automotor, elétrico, articulado, caso de veículo da categoria de missões diplomáticas, de
reboque ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão repartições consulares de carreira, de representações de
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no organismos internacionais e de seus integrantes;
Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo,
forma da lei. expedida no Município do registro anterior, que poderá ser
§ 1º - Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do substituída por informação do RENAVAM;
Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a
propriedade da administração direta, da União, dos Estados, tributos, encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo,
do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos independentemente da responsabilidade pelas infrações
poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do cometidas;
nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o IX - (Revogado pela Lei n.º 9.602, de 21-01-1998)
veículo será registrado, excetuando-se os veículos de X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto
representação e os previstos no art. 116. no art. 98, quando houver alteração nas características
§ 2º - O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de originais do veículo que afetem a emissão de poluentes e
uso bélico. ruído;
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de
Art. 121 - Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado poluentes e ruído, quando for o caso, conforme
de Registro de Veículo - CRV de acordo com os modelos e regulamentações do CONTRAN e do CONAMA.
especificações estabelecidos pelo CONTRAN, contendo as
características e condições de invulnerabilidade à falsificação Art. 125 - As informações sobre o chassi, o monobloco, os
e à adulteração. agregados e as características originais do veículo deverão ser
prestadas ao RENAVAM:
Art. 122 - Para a expedição do Certificado de Registro de I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização,
Veículo o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do no caso de veículo nacional;
RENAVAM e exigirá do proprietário os seguintes documentos: II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou por pessoa física;
documento equivalente expedido por autoridade competente; III - pelo importador, no caso de veículo importado por
II - documento fornecido pelo Ministério das Relações pessoa jurídica.
Exteriores, quando se tratar de veículo importado por membro Parágrafo único - As informações recebidas pelo
de missões diplomáticas, de repartições consulares de RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo de trânsito
carreira, de representações de organismos internacionais e de responsável pelo registro, devendo este comunicar ao
seus integrantes. RENAVAM, tão logo seja o veículo registrado.

Art. 123 - Será obrigatória a expedição de novo Certificado Art. 126 - O proprietário de veículo irrecuperável, ou
de Registro de Veículo quando: definitivamente desmontado, deverá requerer a baixa do
I - for transferida a propriedade; registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CONTRAN, sendo
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou vedada a remontagem do veículo sobre o mesmo chassi, de
residência; forma a manter o registro anterior. (Vide Lei nº 12.977, de
III - for alterada qualquer característica do veículo; 2014)
IV - houver mudança de categoria. Parágrafo único - A obrigação de que trata este artigo é da
§ 1º - No caso de transferência de propriedade, o prazo companhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado
para o proprietário adotar as providências necessárias à à desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário.
efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de
Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais casos as Art. 127 - O órgão executivo de trânsito competente só
providências deverão ser imediatas. efetuará a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro
§ 2º - No caso de transferência de domicílio ou residência do RENAVAM.
no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo Parágrafo único - Efetuada a baixa do registro, deverá ser
endereço num prazo de trinta dias e aguardará o novo esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
licenciamento para alterar o Certificado de Licenciamento
Anual. Art. 128 - Não será expedido novo Certificado de Registro
§ 3º - A expedição do novo certificado será comunicada ao de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de
órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
RENAVAM. independentemente da responsabilidade pelas infrações
cometidas.
Art. 124 - Para a expedição do novo Certificado de Registro
de Veículo serão exigidos os seguintes documentos: Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de
I - Certificado de Registro de Veículo anterior; propulsão humana e dos veículos de tração animal obedecerão
II - Certificado de Licenciamento Anual; à regulamentação estabelecida em legislação municipal do
III - comprovante de transferência de propriedade, quando domicílio ou residência de seus proprietários. (Redação dada
for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo pela Lei nº 13.154, de 2015)
CONTRAN;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos Art. 135 - Os veículos de aluguel, destinados ao transporte
automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria individual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou
agrícola ou a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem empregados em qualquer serviço remunerado, para registro,
ônus, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e licenciamento e respectivo emplacamento de característica
Abastecimento, diretamente ou mediante convênio. (Incluído comercial, deverão estar devidamente autorizados pelo poder
pela Lei nº 13.154, de 2015) público concedente.

CAPÍTULO XII CAPÍTULO XIII


DO LICENCIAMENTO DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES

Art. 130 - Todo veículo automotor, elétrico, articulado, Art. 136 - Os veículos especialmente destinados à
reboque ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser condução coletiva de escolares somente poderão circular nas
licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito do vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade
Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
veículo. exigindo-se, para tanto:
§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso I - registro como veículo de passageiros;
bélico. II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos
§ 2º - No caso de transferência de residência ou domicílio, obrigatórios e de segurança;
é válido, durante o exercício, o licenciamento de origem. III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com
quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a
Art. 131 - O Certificado de Licenciamento Anual será extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o
expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas
CONTRAN. devem ser invertidas;
§ 1º - O primeiro licenciamento será feito IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de
simultaneamente ao registro. velocidade e tempo;
§ 2º - O veículo somente será considerado licenciado V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas
estando quitados os débitos relativos a tributos, encargos e extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz
multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira;
independentemente da responsabilidade pelas infrações VI - cintos de segurança em número igual à lotação;
cometidas. VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios
§ 3º - Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá estabelecidos pelo CONTRAN.
comprovar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular
e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído, Art. 137 - A autorização a que se refere o artigo anterior
conforme disposto no art. 104. deverá ser afixada na parte interna do veículo, em local visível,
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a condução
Art. 132 - Os veículos novos não estão sujeitos ao de escolares em número superior à capacidade estabelecida
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN pelo fabricante.
durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos Art. 138 - O condutor de veículo destinado à condução de
veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou escolares deve satisfazer os seguintes requisitos:
entreposto alfandegário e o Município de destino. I - ter idade superior a vinte e um anos;
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.103, de 2015) II - ser habilitado na categoria D;
III - (VETADO)
Art. 133 - É obrigatório o porte do Certificado de IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou
Licenciamento Anual. gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no doze últimos meses;
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da
sistema informatizado para verificar se o veículo está regulamentação do CONTRAN.
licenciado. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
Art. 139 - O disposto neste Capítulo não exclui a
ATENÇÃO! Com base neste dispositivo, deixou de ser competência municipal de aplicar as exigências previstas em
obrigatório o porte do CLA (CRLV), desde que possível a seus regulamentos, para o transporte de escolares.
consulta do licenciamento por meio de sistema
informatizado, não podendo, com isso, o agente de trânsito CAPÍTULO XIII-A
aplicar multa ao motorista, neste caso, por conduzir veículo DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
sem os documentos de porte obrigatório.
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao
transporte remunerado de mercadorias – moto-frete –
Art. 134 - No caso de transferência de propriedade, o somente poderão circular nas vias com autorização emitida
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:
autenticada do comprovante de transferência de propriedade, I – registro como veículo da categoria de aluguel;
devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna
suas reincidências até a data da comunicação. do condutor em caso de tombamento, nos termos de
Parágrafo único. O comprovante de transferência de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;
propriedade de que trata o caput poderá ser substituído por III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas,
documento eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran. nos termos de regulamentação do Contran;
(Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)

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APOSTILAS OPÇÃO

IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado
obrigatórios e de segurança. no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
§ 1º A instalação ou incorporação de dispositivos para lugares, excluído o do motorista;
transporte de cargas deve estar de acordo com a V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em
regulamentação do Contran. que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e
§ 2º É proibido o transporte de combustíveis, produtos cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de
este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares.
contendo água mineral, desde que com o auxílio de sidecar, § 1º - Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá
nos termos de regulamentação do Contran. estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter
cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a reincidente em infrações médias, durante os últimos doze
competência municipal ou estadual de aplicar as exigências meses.
previstas em seus regulamentos para as atividades de moto- § 2º - São os condutores da categoria B autorizados a
frete no âmbito de suas circunscrições. conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida
nos termos do Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a
HABILITAÇÃO 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8
(oito) lugares, excluído o do motorista.
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), também § 3º - Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
conhecida como carta/carteira de motorista, carta/carteira de combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada,
habilitação ou, simplesmente, carta, carteira ou habilitação, é independentemente da capacidade de tração ou do peso bruto
o nome dado ao documento oficial que, no Brasil, atesta a total.
aptidão de um cidadão para conduzir veículos automotores
terrestres. Portanto, seu porte é obrigatório ao condutor de Art. 144 - O trator de roda, o trator de esteira, o trator
qualquer veículo desse tipo. A CNH atual contém fotografia, os misto ou o equipamento automotor destinado à
números dos principais documentos do condutor, entre outras movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de
informações (como a necessidade de uso de lentes corretivas, terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem
por exemplo), podendo ser utilizada como documento de ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas
identidade no Brasil, não sendo válida como identidade em categorias C, D ou E.
território internacional, tal como as carteiras de identificação Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos
do (a) CREA, OAB, CFA, CRM, etc. automotores destinados a executar trabalhos agrícolas
poderão ser conduzidos em via pública também por condutor
CAPÍTULO XIV habilitado na categoria B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de
DA HABILITAÇÃO 2015)

Art. 140 - A habilitação para conduzir veículo automotor e Art. 145 - Para habilitar-se nas categorias D e E ou para
elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de
realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato
do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, deverá preencher os seguintes requisitos:
ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o I - ser maior de vinte e um anos;
condutor preencher os seguintes requisitos: II - estar habilitado:
I - ser penalmente imputável; a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há
II - saber ler e escrever; um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente. categoria D; e
Parágrafo único - As informações do candidato à b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender
habilitação serão cadastradas no RENACH. habilitar-se na categoria E;
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou
Art. 141 - O processo de habilitação, as normas relativas à gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os
aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos últimos doze meses;
e à autorização para conduzir ciclomotores serão IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de
regulamentados pelo CONTRAN. treinamento de prática veicular em situação de risco, nos
§ 1º - A autorização para conduzir veículos de propulsão termos da normalização do CONTRAN.
humana e de tração animal ficará a cargo dos Municípios. Parágrafo único. A participação em curso especializado
previsto no inciso IV independe da observância do disposto no
Art. 142 - O reconhecimento de habilitação obtida em inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012)
outro país está subordinado às condições estabelecidas em
convenções e acordos internacionais e às normas do Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir
CONTRAN. ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento
especializado e reciclagem em cursos específicos a cada 5
Art. 143 - Os candidatos poderão habilitar-se nas (cinco) anos, nos termos da normatização do
categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: Contran. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014)
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas
ou três rodas, com ou sem carro lateral; Art. 146 - Para conduzir veículos de outra categoria o
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não condutor deverá realizar exames complementares exigidos
abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a para habilitação na categoria pretendida.
três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista; Art. 147 - O candidato à habilitação deverá submeter-se a
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado exames realizados pelo órgão executivo de trânsito, na
em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil seguinte ordem:
e quinhentos quilogramas; I - de aptidão física e mental;

Legislação de Trânsito 21
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APOSTILAS OPÇÃO

II - (VETADO) meses a contar da realização do disposto no caput. (Incluído


III - escrito, sobre legislação de trânsito; pela Lei nº 13.103, de 2015)
IV - de noções de primeiros socorros, conforme § 4o É garantido o direito de contraprova e de recurso
regulamentação do CONTRAN; administrativo no caso de resultado positivo para o exame de
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo que trata o caput, nos termos das normas do Contran. (Incluído
da categoria para a qual estiver habilitando-se. pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 1º - Os resultados dos exames e a identificação dos § 5o A reprovação no exame previsto neste artigo terá
respectivos examinadores serão registrados no RENACH. como consequência a suspensão do direito de dirigir pelo
§ 2º - O exame de aptidão física e mental será preliminar e período de 3 (três) meses, condicionado o levantamento da
renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada a
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.
local de residência ou domicílio do examinado. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 3º - O exame previsto no § 2o incluirá avaliação § 6o O resultado do exame somente será divulgado para o
psicológica preliminar e complementar sempre que a ele se interessado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao
submeter o condutor que exerce atividade remunerada ao disposto neste artigo ou no § 6o do art. 168 da Consolidação
veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais candidatos das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
apenas no exame referente à primeira habilitação. 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
§ 4º - Quando houver indícios de deficiência física, mental, 2015)
ou de progressividade de doença que possa diminuir a § 7o O exame será realizado, em regime de livre
capacidade para conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
poderá ser diminuído por proposta do perito examinador. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos
§ 5º - condutor que exerce atividade remunerada ao das normas do Contran, vedado aos entes públicos: (Incluído
veículo terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional pela Lei nº 13.103, de 2015)
de Habilitação, conforme especificações do Conselho Nacional I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº
de Trânsito – Contran. 13.103, de 2015)
II - limitar o número de empresas ou o número de locais
Art. 147-A. (Vide Lei nº 13.146, de 2015) em que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº
13.103, de 2015)
Art. 148 - Os exames de habilitação, exceto os de direção III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
veicular, poderão ser aplicados por entidades públicas ou (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal, de acordo com as normas Art. 149 - (VETADO)
estabelecidas pelo CONTRAN.
§ 1º - A formação de condutores deverá incluir, Art. 150 - Ao renovar os exames previstos no artigo
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de conceitos anterior, o condutor que não tenha curso de direção defensiva
básicos de proteção ao meio ambiente relacionados com o e primeiros socorros deverá a eles ser submetido, conforme
trânsito. normalização do CONTRAN.
§ 2º - Ao candidato aprovado será conferida Permissão Parágrafo único - A empresa que utiliza condutores
para Dirigir, com validade de um ano. contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a
§ 3º - A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e
condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha outros conforme normalização do CONTRAN.
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima
ou seja reincidente em infração média. Art. 151 - No caso de reprovação no exame escrito sobre
§ 4º - A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, legislação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só
tendo em vista a incapacidade de atendimento do disposto no poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da
parágrafo anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o divulgação do resultado.
processo de habilitação.
§ 5º - O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá Art. 152. O exame de direção veicular será realizado
dispensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o perante comissão integrada por 3 (três) membros designados
cartão de saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo pelo dirigente do órgão executivo local de trânsito. (Redação
Departamento de Aeronáutica Civil, respectivamente, da dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
prestação do exame de aptidão física e mental. § 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou
Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão superior à pretendida pelo candidato.
submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e § 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e
renovação da Carteira Nacional de Habilitação. (Incluído pela bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, dos
Lei nº 13.103, de 2015) Estados e do Distrito Federal que possuírem curso de
§ 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o formação de condutor ministrado em suas corporações serão
consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, dispensados, para a concessão do documento de habilitação,
comprometam a capacidade de direção e deverá ter janela de dos exames aos quais se houverem submetido com aprovação
detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos termos das normas naquele curso, desde que neles sejam observadas as normas
do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) estabelecidas pelo Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
§ 2o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira de 2016)
Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos § 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado
deverão fazer o exame previsto no § 1 o no prazo de 2 (dois) na dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com
anos e 6 (seis) meses a contar da realização do disposto no ofício do comandante, chefe ou diretor da unidade
caput. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) administrativa onde prestar serviço, do qual constarão o
§ 3o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira número do registro de identificação, naturalidade, nome,
Nacional de Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão filiação, idade e categoria em que se habilitou a conduzir,
fazer o exame previsto no § 1o no prazo de 1 (um) ano e 6 (seis)

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acompanhado de cópia das atas dos exames prestados. § 7º - A cada condutor corresponderá um único registro no
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) RENACH, agregando-se neste todas as informações.
§ 8º - A renovação da validade da Carteira Nacional de
Art. 153 - O candidato habilitado terá em seu prontuário a Habilitação ou a emissão de uma nova via somente será
identificação de seus instrutores e examinadores, que serão realizada após quitação de débitos constantes do prontuário
passíveis de punição conforme regulamentação a ser do condutor.
estabelecida pelo CONTRAN. § 9º - (VETADO)
Parágrafo único - As penalidades aplicadas aos § 10 - A validade da Carteira Nacional de Habilitação está
instrutores e examinadores serão de advertência, suspensão e condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física
cancelamento da autorização para o exercício da atividade, e mental.
conforme a falta cometida. § 11 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na
vigência do Código anterior, será substituída por ocasião do
Art. 154 - Os veículos destinados à formação de vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão
condutores serão identificados por uma faixa amarela, de vinte física e mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta
centímetros de largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia Lei.
altura, com a inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta.
Parágrafo único - No veículo eventualmente utilizado Art. 160 - O condutor condenado por delito de trânsito
para aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a
deverá ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, dirigir, de acordo com as normas estabelecidas pelo
faixa branca removível, de vinte centímetros de largura, com a CONTRAN, independentemente do reconhecimento da
inscrição AUTO-ESCOLA na cor preta. prescrição, em face da pena concretizada na sentença.
§ 1º - Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido
Art. 155 - A formação de condutor de veículo automotor e poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo
elétrico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão da autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, ampla defesa ao condutor.
pertencente ou não à entidade credenciada. § 2º - No caso do parágrafo anterior, a autoridade
Parágrafo único - Ao aprendiz será expedida autorização executiva estadual de trânsito poderá apreender o documento
para aprendizagem, de acordo com a regulamentação do de habilitação do condutor até a sua aprovação nos exames
CONTRAN, após aprovação nos exames de aptidão física, realizados.
mental, de primeiros socorros e sobre legislação de trânsito.
Infrações, Penalidades e Medidas Administrativas
Art. 156 - O CONTRAN regulamentará o credenciamento
para prestação de serviço pelas autoescolas e outras entidades Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer
destinadas à formação de condutores e às exigências preceito do CTB, da legislação complementar ou das
necessárias para o exercício das atividades de instrutor e Resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às
examinador. penalidades e medidas administrativas indicadas em cada
artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX (Crimes de
Art. 157 - (VETADO) Trânsito). A infração deve ser comprovada por declaração da
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
Art. 158 - A aprendizagem só poderá realizar-se: aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações
I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão químicas ou por qualquer outro meio tecnologicamente
executivo de trânsito; disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado. Toda infração é passível de uma penalização, como por
§ 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na exemplo, uma multa. Algumas infrações, além de penalidade
aprendizagem poderá conduzir apenas mais um podem ter uma consequência administrativa, ou seja, o agente
acompanhante. de trânsito deverá adotar “medidas administrativas”, cujo
§ 2º Parte da aprendizagem será obrigatoriamente objetivo é impedir que o condutor continue dirigindo em
realizada durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a condições irregulares.
carga horária mínima correspondente.
Valores e pontuação de multas
Art. 159 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, A cada infração cometida são computados os seguintes
atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, valores de multas e números de pontos expressos no quadro a
conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé seguir:
pública e equivalerá a documento de identidade em todo o
território nacional. Antes de 01 de A partir de 01 de
§ 1º - É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da novembro de 2016 novembro de 2016
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
direção do veículo. Infra Re Po Infra Re Po
§ 2º - (VETADO) ções ais ntos ções ais ntos
§ 3º - A emissão de nova via da Carteira Nacional de
Graví 19 7 Graví 29 7
Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN.
ssima 1,54 ssima 3,47
§ 4º - (VETADO)
§ 5º - A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão Grave 12 5 Grave 19 5
para Dirigir somente terão validade para a condução de 7,69 5,23
veículo quando apresentada em original.
§ 6º - A identificação da Carteira Nacional de Habilitação Médi 85, 4 Médi 13 4
expedida e a da autoridade expedidora serão registradas no a 13 a 0,16
RENACH. Leve 53, 3 Leve 88, 3
20 38

Legislação de Trânsito 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Praticar algumas infrações gravíssimas, como disputar Infração - gravíssima;


corridas em vias públicas, ou atingir 20 pontos no período de Penalidade - multa;
12 meses em seu prontuário, fará você ter o seu direito de Medida administrativa - retenção do veículo até o
dirigir suspenso. A sua CNH só será devolvida após cumprir a saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor
penalidade e o curso de reciclagem. habilitado.
Em algumas infrações, em razão da sua gravidade e
consequência, a multa poderá ser multiplicada em 3 ou até Art. 163 - Entregar a direção do veículo a pessoa nas
mesmo 5 vezes. condições previstas no artigo anterior:
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
Vamos acompanhar o que dispõe o Código de Trânsito Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
Brasileiro acerca das Infrações de Trânsito, suas penalidades e Medida administrativa - a mesma prevista no inciso
medidas administrativas. III do artigo anterior.

CAPÍTULO XV Art. 164 - Permitir que pessoa nas condições referidas


DAS INFRAÇÕES nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e
passe a conduzi-lo na via:
Art. 161 - Constitui infração de trânsito a inobservância de Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
qualquer preceito deste Código, da legislação complementar Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III
penalidades e medidas administrativas indicadas em cada do art. 162.
artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX.
Parágrafo único - As infrações cometidas em relação às Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas outra substância psicoativa que determine dependência:
administrativas definidas nas próprias resoluções. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Art. 162. Dirigir veículo: dirigir por 12 (doze) meses.
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão Medida administrativa - recolhimento do documento de
para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, Código de Trânsito Brasileiro.
de 2016) Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
13.281, de 2016) meses.
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame
13.281, de 2016) clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou 2016)
com suspensão do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei nº Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
13.281, de 2016) 2016)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
de 2016) dirigir por 12 (doze) meses;
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº Medida administrativa - recolhimento do documento de
13.281, de 2016) habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º
Medida administrativa - recolhimento do documento de do art. 270.
habilitação e retenção do veículo até a apresentação de Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja ATENÇÃO! Se recusar a ser submetido a teste, exame
conduzindo: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) clínico, perícia ou outro procedimento que permita
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, certificar influência de álcool ou outra substância
de 2016) psicoativa agora é infração de trânsito gravíssima.
Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei
nº 13.281, de 2016)
Medida administrativa - retenção do veículo até a Art. 166 - Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa
apresentação de condutor habilitado; que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
IV - (VETADO) estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação Infração - gravíssima;
vencida há mais de trinta dias: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Art. 167 - Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto
Medida administrativa - recolhimento da Carteira de segurança, conforme previsto no art. 65:
Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a Infração - grave;
apresentação de condutor habilitado; Penalidade - multa;
VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar Medida administrativa - retenção do veículo até
de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo colocação do cinto pelo infrator.
impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença
para conduzir:

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Art. 168 - Transportar crianças em veículo automotor sem I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo
observância das normas de segurança especiais estabelecidas fazê-lo;
neste Código: II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de
Infração - gravíssima; evitar perigo para o trânsito no local;
Penalidade - multa; III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos
Medida administrativa - retenção do veículo até que a da polícia e da perícia;
irregularidade seja sanada. IV - de adotar providências para remover o veículo do
local, quando determinadas por policial ou agente da
Art. 169 - Dirigir sem atenção ou sem os cuidados autoridade de trânsito;
indispensáveis à segurança: V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações
Infração - leve; necessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito
Art. 170 - Dirigir ameaçando os pedestres que estejam de dirigir;
atravessando a via pública, ou os demais veículos: Medida administrativa - recolhimento do documento de
Infração - gravíssima; habilitação.
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - retenção do veículo e Art. 177 - Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de
recolhimento do documento de habilitação. acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus
agentes:
Art. 171 - Usar o veículo para arremessar, sobre os Infração - grave;
pedestres ou veículos, água ou detritos: Penalidade - multa.
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 178 - Deixar o condutor, envolvido em acidente sem
vítima, de adotar providências para remover o veículo do local,
Art. 172 - Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a
substâncias: fluidez do trânsito:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 173 - Disputar corrida: Art. 179 - Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na
Infração - gravíssima; via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado:
dirigir e apreensão do veículo; I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito
Medida administrativa - recolhimento do documento de rápido:
habilitação e remoção do veículo. Infração - grave;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no Penalidade - multa;
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses Medida administrativa - remoção do veículo;
da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
II - nas demais vias:
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos Infração - leve;
organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra Penalidade - multa.
de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão
da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via: Art. 180 - Ter seu veículo imobilizado na via por falta de
Infração - gravíssima; combustível:
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de Infração - média;
dirigir e apreensão do veículo; Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do documento de Medida administrativa - remoção do veículo.
habilitação e remoção do veículo.
§ 1º As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos Art. 181 - Estacionar o veículo:
condutores participantes. I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
§ 2º Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso alinhamento da via transversal:
de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração Infração - média;
anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 175 - Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta
ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus: centímetros a um metro:
Infração - gravíssima; Infração - leve;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de Penalidade - multa;
dirigir e apreensão do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de
habilitação e remoção do veículo. III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no metro:
caput em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses Infração - grave;
da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 176 - Deixar o condutor envolvido em acidente com
vítima: IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Código:

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Infração - média; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente


Penalidade - multa; freado e sem calço de segurança, quando se tratar de veículo
Medida administrativa - remoção do veículo; com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas:
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das Infração - grave;
vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; XVII - em desacordo com as condições regulamentadas
especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água Regulamentado):
ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde Infração - leve;
que devidamente identificados, conforme especificação do Penalidade - multa;
CONTRAN: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média;
Penalidade - multa; XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela
Medida administrativa - remoção do veículo; sinalização (placa - Proibido Estacionar):
Infração - média;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; XIX - em locais e horários de estacionamento e parada
proibidos pela sinalização (placa - Proibido Parar e
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre Estacionar):
ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou Infração - grave;
sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, Penalidade - multa;
marcas de canalização, gramados ou jardim público: Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - grave;
Penalidade - multa; XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou
Medida administrativa - remoção do veículo; idosos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016)
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
destinada à entrada ou saída de veículos: 2016)
Infração - média; Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído
Medida administrativa - remoção do veículo; pela Lei nº 13.281, de 2016)

X - impedindo a movimentação de outro veículo: § 1º - Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de
Infração - média; trânsito aplicará a penalidade preferencialmente após a
Penalidade - multa; remoção do veículo.
Medida administrativa - remoção do veículo; § 2º - No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar
o calço de segurança na via.
XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - grave; Art. 182 - Parar o veículo:
Penalidade - multa; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do
Medida administrativa - remoção do veículo; alinhamento da via transversal:
Infração - média;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a Penalidade - multa;
circulação de veículos e pedestres:
Infração - grave; II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta
Penalidade - multa; centímetros a um metro:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - leve;
Penalidade - multa;
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de
ponto de embarque ou desembarque de passageiros de III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um
transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no metro:
intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do Infração - média;
marco do ponto: Penalidade - multa;
Infração - média;
Penalidade - multa; IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste
Medida administrativa - remoção do veículo; Código:
Infração - leve;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis: Penalidade - multa;
Infração - grave;
Penalidade - multa; V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das
Medida administrativa - remoção do veículo; vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de
acostamento:
XV - na contramão de direção: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa;

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VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas II - vias com sinalização de regulamentação de sentido
ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de único de circulação:
rolamento e marcas de canalização: Infração - gravíssima;
Infração - leve; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 187 - Transitar em locais e horários não permitidos
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a pela regulamentação estabelecida pela autoridade
circulação de veículos e pedestres: competente:
Infração - média; I - para todos os tipos de veículos:
Penalidade - multa; Infração - média;
Penalidade - multa;
VIII - nos viadutos, pontes e túneis: II - (Revogado)
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 188 - Transitar ao lado de outro veículo,
interrompendo ou perturbando o trânsito:
IX - na contramão de direção: Infração - média;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa;
Art. 189 - Deixar de dar passagem aos veículos precedidos
X - em local e horário proibidos especificamente pela de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia,
sinalização (placa - Proibido Parar): de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias,
Infração - média; quando em serviço de urgência e devidamente identificados
Penalidade - multa. por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitentes:
Art. 183 - Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na Infração - gravíssima;
mudança de sinal luminoso: Penalidade - multa.
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 190 - Seguir veículo em serviço de urgência, estando
este com prioridade de passagem devidamente identificada
Art. 184 - Transitar com o veículo: por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de iluminação vermelha intermitentes:
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto Infração - grave;
para acesso a imóveis lindeiros ou conversões à direita: Penalidade - multa.
Infração - leve;
Penalidade - multa; Art. 191 - Forçar passagem entre veículos que, transitando
em sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de outro ao realizar operação de ultrapassagem:
circulação exclusiva para determinado tipo de veículo: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de
Penalidade - multa. dirigir.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
com circulação destinada aos veículos de transporte público meses da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº
coletivo de passageiros, salvo casos de força maior e com 12.971/2014)
autorização do poder público competente: (Incluído pela Lei
nº 13.154, de 2015) Art. 192 - Deixar de guardar distância de segurança lateral
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação
2015) ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade,
Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído pela as condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Lei nº 13.154, de 2015) Infração - grave;
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído Penalidade - multa.
pela Lei nº 13.154, de 2015)
Art. 193 - Transitar com o veículo em calçadas, passeios,
Art. 185 - Quando o veículo estiver em movimento, deixar passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios,
de conservá-lo: ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e
regulamentação, exceto em situações de emergência; jardins públicos:
Infração - gravíssima;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: Penalidade - multa (três vezes).
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 194 - Transitar em marcha à ré, salvo na distância
necessária a pequenas manobras e de forma a não causar
Art. 186 - Transitar pela contramão de direção em: riscos à segurança:
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para Infração - grave;
ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, Penalidade - multa.
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido
contrário: Art. 195 - Desobedecer às ordens emanadas da autoridade
Infração - grave; competente de trânsito ou de seus agentes:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Penalidade - multa.

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Art. 196 - Deixar de indicar com antecedência, mediante Art. 205 - Ultrapassar veículo em movimento que integre
gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo com
veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes:
o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação: Infração - leve;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 206 - Executar operação de retorno:
Art. 197 - Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo I - em locais proibidos pela sinalização;
para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
respectiva mão de direção, quando for manobrar para um III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
desses lados: ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento,
Infração - média; refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não
Penalidade - multa. motorizados;
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da
Art. 198 - Deixar de dar passagem pela esquerda, quando via transversal;
solicitado: V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda
Infração - média; que em locais permitidos:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 199 - Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo
da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de Art. 207 - Executar operação de conversão à direita ou à
que vai entrar à esquerda: esquerda em locais proibidos pela sinalização:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.

Art. 200 - Ultrapassar pela direita veículo de transporte Art. 208 - Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de
coletivo ou de escolares, parado para embarque ou parada obrigatória:
desembarque de passageiros, salvo quando houver refúgio de Infração - gravíssima;
segurança para o pedestre: Penalidade - multa.
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa. Art. 209 - Transpor, sem autorização, bloqueio viário com
ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de
Art. 201 - Deixar de guardar a distância lateral de um adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-
metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar se para não efetuar o pagamento do pedágio:
bicicleta: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
Art. 210 - Transpor, sem autorização, bloqueio viário
Art. 202 - Ultrapassar outro veículo: policial:
I - pelo acostamento; Infração - gravíssima;
II - em interseções e passagens de nível; Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do
Infração - gravíssima; direito de dirigir;
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei Medida administrativa - remoção do veículo e
nº 12.971/2014) recolhimento do documento de habilitação.

Art. 203 - Ultrapassar pela contramão outro veículo: Art. 211 - Ultrapassar veículos em fila, parados em razão
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer
suficiente; outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
II - nas faixas de pedestre; Infração - grave;
III - nas pontes, viadutos ou túneis; Penalidade - multa.
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras,
cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre Art. 212 - Deixar de parar o veículo antes de transpor linha
circulação; férrea:
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de Infração - gravíssima;
fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples Penalidade - multa.
contínua amarela:
Infração - gravíssima; Art. 213 - Deixar de parar o veículo sempre que a
Penalidade – multa (cinco vezes). respectiva marcha for interceptada:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) desfiles e outros:
meses da infração anterior. (Redação dada pela Lei nº Infração - gravíssima;
12.971/2014) Penalidade - multa.

Art. 204 - Deixar de parar o veículo no acostamento à II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações
direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou militares e outros:
entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para Infração - grave;
operação de retorno: Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa. Art. 214 - Deixar de dar preferência de passagem a
pedestre e a veículo não motorizado:

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APOSTILAS OPÇÃO

I - que se encontre na faixa a ele destinada; Penalidade - multa;


II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra
sinal verde para o veículo; II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo
III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou
gestantes: gestos;
Infração - gravíssima; III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou
Penalidade - multa. acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não sinalizada;
haja sinalização a ele destinada; V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
dirige o veículo: VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com
Infração - grave; advertência de obras ou trabalhadores na pista;
Penalidade - multa. VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
IX - quando houver má visibilidade;
Art. 215 - Deixar de dar preferência de passagem: X - quando o pavimento se apresentar escorregadio,
I - em interseção não sinalizada: defeituoso ou avariado;
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou XI - à aproximação de animais na pista;
rotatória; XII - em declive;
b) a veículo que vier da direita; XIII - ao ultrapassar ciclista:
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Infração - grave;
Dê a Preferência: Penalidade - multa;
Infração - grave;
Penalidade - multa. XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de
embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa
Art. 216 - Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar movimentação de pedestres:
adequadamente posicionado para ingresso na via e sem as Infração - gravíssima;
precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos: Penalidade - multa.
Infração - média;
Penalidade - multa. Art. 221 - Portar no veículo placas de identificação em
desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo
Art. 217 - Entrar ou sair de fila de veículos estacionados CONTRAN:
sem dar preferência de passagem a pedestres e a outros Infração - média;
veículos: Penalidade - multa;
Infração - média; Medida administrativa - retenção do veículo para
Penalidade - multa. regularização e apreensão das placas irregulares.
Parágrafo único - Incide na mesma penalidade aquele que
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima confecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de
permitida para o local, medida por instrumento ou terceiros, placas de identificação não autorizadas pela
equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias regulamentação.
arteriais e demais vias:
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% Art. 222 - Deixar de manter ligado, nas situações de
(vinte por cento): atendimento de emergência, o sistema de iluminação
Infração - média; vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de
Penalidade - multa; incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das
ambulâncias, ainda que parados:
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de Infração - média;
20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): Penalidade - multa.
Infração - grave;
Penalidade - multa; Art. 223 - Transitar com o farol desregulado ou com o
facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais condutor:
de 50% (cinquenta por cento): Infração - grave;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa;
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata Medida administrativa - retenção do veículo para
do direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação. regularização.

Art. 219 - Transitar com o veículo em velocidade inferior Art. 224 - Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias
à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, providas de iluminação pública:
retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições Infração - leve;
de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver Penalidade - multa.
na faixa da direita:
Infração - média; Art. 225 - Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os
Penalidade - multa. demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes
externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para
Art. 220 - Deixar de reduzir a velocidade do veículo de tornar visível o local, quando:
forma compatível com a segurança do trânsito: I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, permanecer no acostamento;
cortejos, préstitos e desfiles: II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser
Infração - gravíssima; retirada imediatamente:

Legislação de Trânsito 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Infração - grave; XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por


Penalidade - multa. películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas;
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas
Art. 226 - Deixar de retirar todo e qualquer objeto que pela legislação;
tenha sido utilizado para sinalização temporária da via: XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a
Infração - média; segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de
Penalidade - multa. segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art.
104;
Art. 227 - Usar buzina: XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob chuva:
I - em situação que não a de simples toque breve como Infração - grave;
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; Penalidade - multa;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; Medida administrativa - retenção do veículo para
III - entre as vinte e duas e as seis horas; regularização;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências XX - sem portar a autorização para condução de escolares,
estabelecidas pelo CONTRAN: na forma estabelecida no art. 136:
Infração - leve; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa e apreensão do veículo;

Art. 228 - Usar no veículo equipamento com som em XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais
volume ou frequência que não sejam autorizados pelo inscrições previstas neste Código;
CONTRAN: XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização
Infração - grave; ou com lâmpadas queimadas:
Penalidade - multa; Infração - média;
Medida administrativa - retenção do veículo para Penalidade - multa.
regularização.
XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no
Art. 229 - Usar indevidamente no veículo aparelho de art. 67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor
alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego ao volante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de
público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN: veículo de transporte de carga ou coletivo de passageiros:
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Medida administrativa - remoção do veículo. 2015)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
Art. 230 - Conduzir o veículo: 2015)
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou Medida administrativa - retenção do veículo para
qualquer outro elemento de identificação do veículo violado cumprimento do tempo de descanso aplicável. (Redação dada
ou falsificado; pela Lei nº 13.103, de 2015)
II - transportando passageiros em compartimento de
carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da XXIV- (VETADO)
autoridade competente e na forma estabelecida pelo §1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
CONTRAN; (doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade
III - com dispositivo antirradar; disposta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; nº 13.103, de 2015)
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; §2º Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito,
condições de legibilidade e visibilidade: judicial ou administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº
Infração - gravíssima; 13.103, de 2015)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; XXIV - (VETADO
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 231 - Transitar com o veículo:
VII - com a cor ou característica alterada; I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
veicular, quando obrigatória; a) carga que esteja transportando;
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
ineficiente ou inoperante; c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o Infração - gravíssima;
estabelecido pelo CONTRAN; Penalidade - multa;
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de Medida administrativa - retenção do veículo para
explosão defeituoso, deficiente ou inoperante; regularização;
XII - com equipamento ou acessório proibido;
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
sinalização alterados; superiores aos fixados pelo CONTRAN;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
exigência desse aparelho; autorização:
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de Infração - grave;
caráter publicitário afixados ou pintados no para-brisa e em Penalidade - multa;
toda a extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as Medida administrativa - retenção do veículo para
hipóteses previstas neste Código; regularização;

Legislação de Trânsito 30
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APOSTILAS OPÇÃO

V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância Art. 233 - Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo
quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas
pelo CONTRAN: as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos Penalidade - multa;
quilogramas ou fração de excesso de peso apurado, constante Medida administrativa - retenção do veículo para
na seguinte tabela: regularização.
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco
reais e trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº Art. 234 - Falsificar ou adulterar documento de habilitação
13.281, de 2016) e de identificação do veículo:
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos Infração - gravíssima;
quilogramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro Penalidade - multa e apreensão do veículo;
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - remoção do veículo.
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) -
R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação Art. 235 - Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados:
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - Infração - grave;
R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); Penalidade - multa;
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Medida administrativa - retenção do veículo para
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil transbordo.
quilogramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e
seis centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 236 - Rebocar outro veículo com cabo flexível ou
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ corda, salvo em casos de emergência:
53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada Infração - média;
pela Lei nº 13.281, de 2016) Penalidade - multa.

VI - em desacordo com a autorização especial, expedida Art. 237 - Transitar com o veículo em desacordo com as
pela autoridade competente para transitar com dimensões especificações, e com falta de inscrição e simbologia
excedentes, ou quando a mesma estiver vencida: necessárias à sua identificação, quando exigidas pela
Infração - grave; legislação:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Infração - grave;
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
VII - com lotação excedente; regularização.
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou
bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de Art. 238 - Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito
força maior ou com permissão da autoridade competente: ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de
Infração - média; habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros
Penalidade - multa; exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade:
Medida administrativa - retenção do veículo; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
IX - desligado ou desengrenado, em declive: Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração - média;
Penalidade - multa; Art. 239 - Retirar do local veículo legalmente retido para
Medida administrativa - retenção do veículo; regularização, sem permissão da autoridade competente ou de
seus agentes:
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Infração - gravíssima;
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação Penalidade - multa e apreensão do veículo;
entre o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de Medida administrativa - remoção do veículo.
tração, a ser regulamentada pelo CONTRAN;
Penalidade - multa; Art. 240 - Deixar o responsável de promover a baixa do
Medida administrativa - retenção do veículo e registro de veículo irrecuperável ou definitivamente
transbordo de carga excedente. desmontado:
Parágrafo único - Sem prejuízo das multas previstas Infração - grave;
nos incisos V e X, o veículo que transitar com excesso de peso Penalidade - multa;
ou excedendo à capacidade máxima de tração, não computado Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de
o percentual tolerado na forma do disposto na legislação, Registro e do Certificado de Licenciamento Anual.
somente poderá continuar viagem após descarregar o que
exceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação Art. 241 - Deixar de atualizar o cadastro de registro do
complementar. veículo ou de habilitação do condutor:
Infração - leve;
Art. 232 - Conduzir veículo sem os documentos de porte Penalidade - multa.
obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve; Art. 242 - Fazer falsa declaração de domicílio para fins de
Penalidade - multa; registro, licenciamento ou habilitação:
Medida administrativa - retenção do veículo até a Infração - gravíssima;
apresentação do documento. Penalidade - multa.

Art. 243 - Deixar a empresa seguradora de comunicar ao


órgão executivo de trânsito competente a ocorrência de perda

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total do veículo e de lhe devolver as respectivas placas e da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via
documentos: indevidamente:
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério
Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.
documentos. Parágrafo único - A penalidade será aplicada à pessoa
física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a
Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou, se
de proteção e vestuário de acordo com as normas e possível, promover a desobstrução.
especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, Art. 247 - Deixar de conduzir pelo bordo da pista de
na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento rolamento, em fila única, os veículos de tração ou propulsão
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral; humana e os de tração animal, sempre que não houver
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em acostamento ou faixa a eles destinados:
uma roda; Infração - média;
IV - com os faróis apagados; Penalidade - multa.
V - transportando criança menor de sete anos ou que não
tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria Art. 248 - Transportar em veículo destinado ao transporte
segurança: de passageiros carga excedente em desacordo com o
Infração - gravíssima; estabelecido no art. 109:
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Infração - grave;
Medida administrativa - Recolhimento do documento de Penalidade - multa;
habilitação; Medida administrativa - retenção para o transbordo.

VI - rebocando outro veículo; Art. 249 - Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo posição, quando o veículo estiver parado, para fins de
eventualmente para indicação de manobras; embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga
VIII – transportando carga incompatível com suas de mercadorias:
especificações ou em desacordo com o previsto no § 2º do art. Infração - média;
139-A desta Lei; Penalidade - multa.
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em
desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as Art. 250 - Quando o veículo estiver em movimento:
normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas: I - deixar de manter acesa a luz baixa:
Infração – grave; a) durante a noite;
Penalidade – multa; b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas
Medida administrativa – apreensão do veículo para rodovias (Redação dada pela Lei nº 13.290, de 2016);
regularização. c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte
coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas a eles
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e destinadas;
VIII, além de: d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores;
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição
especial a ele destinado; sob chuva forte, neblina ou cerração;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; Infração - média;
c) transportar crianças que não tenham, nas Penalidade - multa.
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
Art. 251 - Utilizar as luzes do veículo:
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
parágrafo anterior: emergência;
Infração - média; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes
situações:
§ 3º A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a
artigo não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
semirreboques especialmente projetados para esse fim e b) em imobilizações ou situação de emergência, como
devidamente homologados pelo órgão competente. advertência, utilizando pisca-alerta;
Penalidade - multa. c) quando a sinalização de regulamentação da via
determinar o uso do pisca-alerta:
Art. 245 - Utilizar a via para depósito de mercadorias, Infração - média;
materiais ou equipamentos, sem autorização do órgão ou Penalidade - multa.
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via:
Infração - grave; Art. 252 - Dirigir o veículo:
Penalidade - multa; I - com o braço do lado de fora;
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do II - transportando pessoas, animais ou volume à sua
material. esquerda ou entre os braços e pernas;
Parágrafo único - A penalidade e a medida administrativa III - com incapacidade física ou mental temporária que
incidirão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. comprometa a segurança do trânsito;
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
Art. 246 - Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre comprometa a utilização dos pedais;
circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito

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V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante
sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou recibo para o pagamento da multa.
acionar equipamentos e acessórios do veículo;
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a A comunicação da penalidade, feita ao órgão ou entidade
aparelhagem sonora ou de telefone celular; executivo de trânsito responsável pelo licenciamento do
Infração - média; veículo e habilitação do condutor, é de vital importância, visto
Penalidade - multa. que somente desta maneira irá garantir que o condutor seja
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em penalizado, pois o mesmo só poderá proceder ao
movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) licenciamento do veículo se não existirem débitos acerca do
Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) mesmo.
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
CAPÍTULO XVI
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V DAS PENALIDADES
caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de o
condutor estar segurando ou manuseando telefone celular. Art. 256 - A autoridade de trânsito, na esfera das
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) competências estabelecidas neste Código e dentro de sua
circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
Art. 253 - Bloquear a via com veículo: seguintes penalidades:
Infração - gravíssima; I - advertência por escrito;
Penalidade - multa e apreensão do veículo; II - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo. III - suspensão do direito de dirigir;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 253-A. Usar veículo para, deliberadamente, V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem VI - cassação da Permissão para Dirigir;
autorização do órgão ou entidade de trânsito com VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
circunscrição sobre ela: (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) § 1º - A aplicação das penalidades previstas neste Código
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
2016) de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de § 2º - (VETADO)
dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13. 281, de § 3º - A imposição da penalidade será comunicada aos
2016) órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
pela Lei nº 13. 281, de 2016)
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos Art. 257 - As penalidades serão impostas ao condutor, ao
organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
nº 13. 281, de 2016) salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, mencionados neste Código.
de 2016) § 1º - Aos proprietários e condutores de veículos serão
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou impostas concomitantemente as penalidades de que trata este
jurídicas que incorram na infração, devendo a autoridade com Código toda vez que houver responsabilidade solidária em
circunscrição sobre a via restabelecer de imediato, se possível, infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo
as condições de normalidade para a circulação na via. (Incluído cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
pela Lei nº 13. 281, de 2016) § 2º - Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade
pela infração referente à prévia regularização e
Art. 254 - É proibido ao pedestre: preenchimento das formalidades e condições exigidas para o
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto trânsito do veículo na via terrestre, conservação e
para cruzá-las onde for permitido; inalterabilidade de suas características, componentes,
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores,
túneis, salvo onde exista permissão; quando esta for exigida, e outras disposições que deva
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo observar.
quando houver sinalização para esse fim; § 3º - Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, § 4º - O embarcador é responsável pela infração relativa ao
esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e com a transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso
devida licença da autoridade competente; bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
ou subterrânea; inferior àquele aferido.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; § 5º - O transportador é o responsável pela infração
Infração - leve; relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do ou quando a carga proveniente de mais de um embarcador
valor da infração de natureza leve. ultrapassar o peso bruto total.
VII e §§ - (VETADOS). (Incluídos pela Lei nº 13. 281, de § 6º - O transportador e o embarcador são solidariamente
2016) responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
Art. 255 - Conduzir bicicleta em passeios onde não seja superior ao limite legal.
permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em § 7º - Não sendo imediata a identificação do infrator, o
desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 69: proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a
Infração - média; notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que
Penalidade - multa;

Legislação de Trânsito 33
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APOSTILAS OPÇÃO

dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será § 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
considerado responsável pela infração. veículo, habilitado na categoria C, D ou E, será convocado pelo
§ 8º - Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não órgão executivo de trânsito estadual a participar de curso
havendo identificação do infrator e sendo o veículo de preventivo de reciclagem sempre que, no período de um ano,
propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao atingir quatorze pontos, conforme regulamentação do
proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações § 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
iguais cometidas no período de doze meses. condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
§ 9º - O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído
do disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259. pela Lei nº 13.154, de 2015)
§ 7º Após o término do curso de reciclagem, na forma do §
Art. 258 - As infrações punidas com multa classificam-se, 5º, o condutor não poderá ser novamente convocado antes de
de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: transcorrido o período de um ano. (Incluído pela Lei nº
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa 13.154, de 2015)
no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
quarenta e sete centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
de 2016) atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
II - infração de natureza grave, punida com multa no seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Lei nº 13.154, de 2015)
III - infração de natureza média, punida com multa no
valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) será imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor 13.281, de 2016)
de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). I - sempre que o infrator atingir a contagem de 20 (vinte)
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) pontos, no período de 12 (doze) meses, conforme a pontuação
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de prevista no art. 259; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
2016) II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
§ 2º - Quando se tratar de multa agravada, o fator cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de
multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste suspensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281,
Código. de 2016)
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão
Art. 259 - A cada infração cometida são computados os do direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei
seguintes números de pontos: nº 13.281, de 2016)
I - gravíssima - sete pontos; I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um)
II - grave - cinco pontos; ano e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses,
III - média - quatro pontos; de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281,
IV - leve - três pontos. de 2016)
§ 1º ao §3º- (VETADOS) II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito)
§ 4º Ao condutor identificado no ato da infração será meses, exceto para as infrações com prazo descrito no
atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no período
nos termos previstos no § 3º do art. 257, excetuando-se de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses,
aquelas praticadas por passageiros usuários do serviço de respeitado o disposto no inciso II do art. 263. (Incluído pela Lei
transporte rodoviário de passageiros em viagens de longa nº 13.281, de 2016)
distância transitando em rodovias com a utilização de ônibus, § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a
em linhas regulares intermunicipal, interestadual, Carteira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular
internacional e aquelas em viagem de longa distância por imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de
fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excetuadas reciclagem.
as situações regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da § 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito dirigir elimina os 20 (vinte) pontos computados para fins de
Brasileiro. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) contagem subsequente.
§ 4º (VETADO)
Art. 260 - As multas serão impostas e arrecadadas pelo § 5º O condutor que exerce atividade remunerada em
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via veículo, habilitado na categoria C, D ou E, poderá optar por
onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
estabelecida neste Código. período de 1 (um) ano, atingir 14 (quatorze) pontos, conforme
§ 1º - As multas decorrentes de infração cometida em regulamentação do Contran. (Redação dada pela Lei nº 13.281,
unidade da Federação diversa da do licenciamento do veículo de 2016)
serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo § 6º Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5º, o
CONTRAN. condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido
§ 2º - As multas decorrentes de infração cometida em atribuídos, para fins de contagem subsequente. (Incluído pela
unidade da Federação diversa daquela do licenciamento do Lei nº 13.154, de 2015)
veículo poderão ser comunicadas ao órgão ou entidade § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses.
notificação. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º - (Revogado) § 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de
§ 4º - Quando a infração for cometida com veículo serviço público tem o direito de ser informada dos pontos
licenciado no exterior, em trânsito no território nacional, a atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
multa respectiva deverá ser paga antes de sua saída do País, seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao
respeitado o princípio de reciprocidade.

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volante, na forma que dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº As medidas administrativas são atos promovidos pela
13.154, de 2015) Autoridade de Trânsito ou os seus Agentes e que são utilizadas
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 para complementar alguma situação, principalmente no
o condutor que, notificado da penalidade de que trata este momento autuação. Estão disciplinadas no Capítulo XVII.
artigo, dirigir veículo automotor em via pública. (Incluído pela Vejamos:
Lei nº 13.281, de 2016)
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir CAPÍTULO XVII
referente ao inciso II do caput deste artigo deverá ser DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
instaurado concomitantemente com o processo de aplicação
da penalidade de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 269 - A autoridade de trânsito ou seus agentes, na
§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo. esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas
administrativas:
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) I - retenção do veículo;
II - remoção do veículo;
Art. 263 - A cassação do documento de habilitação dar-se- III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
á: IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir V - recolhimento do Certificado de Registro;
qualquer veículo; VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das VII - (VETADO)
infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, VIII - transbordo do excesso de carga;
164, 165, 173, 174 e 175; IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
III - quando condenado judicialmente por delito de perícia de substância entorpecente ou que determine
trânsito, observado o disposto no art. 160. dependência física ou psíquica;
§ 1º - Constatada, em processo administrativo, a X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas
irregularidade na expedição do documento de habilitação, a vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-
autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento. os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e
§ 2º - Decorridos dois anos da cassação da Carteira encargos devidos.
Nacional de Habilitação, o infrator poderá requerer sua XI - realização de exames de aptidão física, mental, de
reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à legislação, de prática de primeiros socorros e de direção
habilitação, na forma estabelecida pelo CONTRAN. veicular.
§ 1º - A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas
Art. 264 - (VETADO) administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de
trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a
Art. 265 - As penalidades de suspensão do direito de proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.
dirigir e de cassação do documento de habilitação serão § 2º - As medidas administrativas previstas neste artigo
aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito não elidem a aplicação das penalidades impostas por infrações
competente, em processo administrativo, assegurado ao estabelecidas neste Código, possuindo caráter complementar
infrator amplo direito de defesa. a estas.
§ 3º - São documentos de habilitação a Carteira Nacional
Art. 266 - Quando o infrator cometer, simultaneamente, de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, § 4º - Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso
cumulativamente, as respectivas penalidades. X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.

Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos
por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de neste Código.
ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da
mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a
considerando o prontuário do infrator, entender esta situação.
providência como mais educativa. § 2º Não sendo possível sanar a falha no local da infração,
§ 1º - A aplicação da advertência por escrito não elide o o veículo, desde que ofereça condições de segurança para
acréscimo do valor da multa prevista no§ 3º do art. 258, circulação, poderá ser liberado e entregue a condutor
imposta por infração posteriormente cometida. regularmente habilitado, mediante recolhimento do
§ 2º - O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de
pedestres, podendo a multa ser transformada na participação recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor para
do infrator em cursos de segurança viária, a critério da regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo,
autoridade de trânsito. notificado. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido
Art. 268 - O infrator será submetido a curso de reciclagem, ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
na forma estabelecida pelo CONTRAN: administrativas, tão logo o veículo seja apresentado à
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua autoridade devidamente regularizado.
reeducação; § 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da
II - quando suspenso do direito de dirigir; infração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja neste caso o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº
contribuído, independentemente de processo judicial; 13.281, de 2016)
IV - quando condenado judicialmente por delito de § 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata,
trânsito; quando se tratar de veículo de transporte coletivo
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está transportando passageiros ou veículo transportando produto
colocando em risco a segurança do trânsito; perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de
VI - em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN. segurança para circulação em via pública.

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§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere que o recolhimento foi indevido ou que houve abuso no
o § 2º, será feito registro de restrição administrativa no período de retenção em depósito, é da responsabilidade do
Renavam por órgão ou entidade executivo de trânsito dos ente público a devolução das quantias pagas por força deste
Estados e do Distrito Federal, que será retirada após artigo, segundo os mesmos critérios da devolução de multas
comprovada a regularização. (Incluído pela Lei nº 13.160, indevidas. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
de 2015)
§ 7º O descumprimento das obrigações estabelecidas no § Art. 272 - O recolhimento da Carteira Nacional de
2º resultará em recolhimento do veículo ao depósito, Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante
aplicando-se, nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído recibo, além dos casos previstos neste Código, quando houver
pela Lei nº 13.160, de 2015) suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.

Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos Art. 273 - O recolhimento do Certificado de Registro dar-
neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
competente, com circunscrição sobre a via. quando:
§ 1º A restituição do veículo removido só ocorrerá I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
mediante prévio pagamento de multas, taxas e despesas com II - se, alienado o veículo, não for transferida sua
remoção e estada, além de outros encargos previstos na propriedade no prazo de trinta dias.
legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 2º A liberação do veículo removido é condicionada ao Art. 274 - O recolhimento do Certificado de Licenciamento
reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório Anual dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
que não esteja em perfeito estado de funcionamento. neste Código, quando:
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
que não possa ser tomada no depósito, a autoridade III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não
responsável pela remoção liberará o veículo para reparo, na puder ser sanada no local.
forma transportada, mediante autorização, assinalando prazo
para reapresentação. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de Art. 275 - O transbordo da carga com peso excedente é
2016) condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo efetuado às expensas do proprietário do veículo, sem prejuízo
poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por da multa aplicável.
particular contratado por licitação pública, sendo o Parágrafo único - Não sendo possível desde logo atender
proprietário do veículo o responsável pelo pagamento dos ao disposto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito,
custos desses serviços. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, de sendo liberado após sanada a irregularidade e pagas as
2016) despesas de remoção e estada.
§ 5º O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no
ato de remoção do veículo, sobre as providências necessárias Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de
à sua restituição e sobre o disposto no art. 328, conforme sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às
regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de penalidades previstas no art. 165.
2015) Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho
no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, de medição, observada a legislação metrológica.
no prazo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá
expedir ao proprietário a notificação prevista no § 5º, por Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito
assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
poderá ser feita por edital. (Redação dada pela Lei nº 13. 281, procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
de 2016) disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de
§ 7º A notificação devolvida por desatualização do álcool ou outra substância psicoativa que determine
endereço do proprietário do veículo ou por recusa desse de dependência.
recebê-la será considerada recebida para todos os efeitos § 1o (Revogado)
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser
§ 8º Em caso de veículo licenciado no exterior, a caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais
notificação será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
de 2015) da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a provas em direito admitidas.
irregularidade puder ser sanada no local da infração. § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos
correspondente ao período integral, contado em dias, em que procedimentos previstos no caput deste artigo. (Redação dada
efetivamente o veículo permanecer em depósito, limitado ao pela Lei nº 13.281, de 2016)
prazo de 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016)
§ 11. Os custos dos serviços de remoção e estada Art. 278 - Ao condutor que se evadir da fiscalização, não
prestados por particulares poderão ser pagos pelo submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de
proprietário diretamente ao contratado. (Incluído pela Lei nº pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a penalidade prevista
13. 281, de 2016) no art. 209, além da obrigação de retornar ao ponto de evasão
§ 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o para fim de pesagem obrigatória.
respectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio Parágrafo único - No caso de fuga do condutor à ação
de taxa instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja
§ 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do localizado, aplicando-se, além das penalidades em que incorre,
recolhimento comprovar, administrativa ou judicialmente, as estabelecidas no art. 210.

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Art. 279 - Em caso de acidente com vítima, envolvendo Parágrafo único - O auto de infração será arquivado e seu
veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e registro julgado insubsistente:
tempo, somente o perito oficial encarregado do levantamento I - se considerado inconsistente ou irregular;
pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a
registro. notificação da autuação.

Do Processo Administrativo Art. 282 - Aplicada a penalidade, será expedida notificação


ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal
O processo administrativo destinado a apuração das ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a
infrações de trânsito e imposição de penalidades aos ciência da imposição da penalidade.
responsáveis, desenhado no CTB, começa com a lavratura do § 1º - A notificação devolvida por desatualização do
auto de infração (art. 280) e se encerra com o julgamento das endereço do proprietário do veículo será considerada válida
formas de impugnações à disposição do suposto infrator (arts. para todos os efeitos.
281 e ss). § 2º - A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de
Na primeira etapa, a autoridade de trânsito julgará a repartições consulares de carreira e de representações de
consistência e regularidade do auto de infração, sendo organismos internacionais e de seus integrantes será remetida
facultado ao interessado a apresentação de defesa prévia. ao Ministério das Relações Exteriores para as providências
Aplicada a penalidade, o interessado será notificado para cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
pagamento da multa e/ou interposição de recurso a ser § 3º - Sempre que a penalidade de multa for imposta a
apreciado pelas Juntas Administrativas de Recursos de condutor, à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a
Infração (JARI), sendo esta uma fase tipicamente recursal, pois notificação será encaminhada ao proprietário do veículo,
pressupõe o reexame da decisão da autoridade de trânsito por responsável pelo seu pagamento.
colegiado especificamente constituído para esse fim (art. 282 § 4º - Da notificação deverá constar a data do término do
a 287). Por fim, há, ainda, previsão de recurso dirigido ao prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) aos Conselhos infração, que não será inferior a trinta dias contados da data
Estaduais de Transito (CETRAN e CONTRANDIFE), o que da notificação da penalidade.
constitui uma segunda instância recursal administrativa (arts. § 5º - No caso de penalidade de multa, a data estabelecida
288 e 289). no parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu
valor.
CAPÍTULO XVIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o condutor
Seção I autuado poderá optar por ser notificado por meio eletrônico
Da Autuação se o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela
autuação oferecer essa opção. (Incluído pela Lei nº 13.281,
Art. 280 - Ocorrendo infração prevista na legislação de de 2016)
trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: § 1º O proprietário ou o condutor autuado que optar pela
I - tipificação da infração; notificação por meio eletrônico deverá manter seu cadastro
II - local, data e hora do cometimento da infração; atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua § 2º Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o
identificação; proprietário ou o condutor autuado será considerado
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou sistema eletrônico. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; § 3º O sistema previsto no caput será certificado
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
esta como notificação do cometimento da infração. integridade, validade jurídica e interoperabilidade da
§ 1º - (VETADO) Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
§ 2º - A infração deverá ser comprovada por declaração da (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por
aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações Art. 283 - (VETADO)
químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente
disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN. Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a
§ 3º - Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente data do vencimento expressa na notificação, por oitenta por
de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de cento do seu valor.
infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos § 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação
constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto eletrônica, se disponível, conforme regulamentação do
no artigo seguinte. Contran, e opte por não apresentar defesa prévia nem recurso,
§ 4º - O agente da autoridade de trânsito competente para reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o
lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu
ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela valor, em qualquer fase do processo, até o vencimento da
autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de multa. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
sua competência. § 2º O recolhimento do valor da multa não implica
renúncia ao questionamento administrativo, que pode ser
Seção II realizado a qualquer momento, respeitado o disposto no § 1º.
Do Julgamento das Autuações e Penalidades (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser
Art. 281 - A autoridade de trânsito, na esfera da aplicada qualquer restrição, inclusive para fins de
competência estabelecida neste Código e dentro de sua licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a
circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e instância administrativa de julgamento de infrações e
aplicará a penalidade cabível. penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

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§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e
de infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento 289; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
será acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para pela Lei nº 13.281, de 2016)
títulos federais acumulada mensalmente, calculados a partir III - o pagamento da multa, com reconhecimento da
do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao infração e requerimento de encerramento do processo na fase
do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que se encontra, sem apresentação de defesa ou recurso.
em que o pagamento estiver sendo efetuado. (Incluído pela Lei (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
nº 13.281, de 2016) Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades
aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no
Art. 285 - O recurso previsto no art. 283 será interposto RENACH.
perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-
lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias. CRIMES DE TRÂNSITO
§ 1º - O recurso não terá efeito suspensivo.
§ 2º - A autoridade que impôs a penalidade remeterá o O Código de Trânsito Brasileiro, em matéria penal, está
recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis dividido em duas partes:
subsequentes à sua apresentação, e, se o entender 1. Disposições gerais (art. 291/301);
intempestivo, assinalará o fato no despacho de 2. Crimes em espécie (art. 302/312).
encaminhamento.
§ 3º - Se, por motivo de força maior, o recurso não for Considera-se crime de trânsito, a conduta que envolve, que
julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade guarda relação com o trânsito, com a direção de veículo
que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do automotor, prevista nos arts. 302 ao 312 do Código de Trânsito
recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo. Brasileiro.
O Código de Trânsito Brasileiro disciplina a aplicação do
Art. 286 - O recurso contra a imposição de multa poderá Código Penal, Código de Processo Penal e Lei nº 9.099/1995.
ser interposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor. As penas restritivas de direitos, cominadas no Código de
§ 1º - No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á Trânsito Brasileiro, se apresentam na modalidade específica
o estabelecido no parágrafo único do art. 284. de interdição temporária de direitos, assim disciplinadas:
§ 2º - Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar - suspensão da habilitação;
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á - suspensão da permissão;
devolvida a importância paga, atualizada em UFIR ou por - proibição de se obter habilitação;
índice legal de correção dos débitos fiscais. - proibição de se obter permissão.

Art. 287 - Se a infração for cometida em localidade diversa Essas penas podem ser cumuladas com pena privativa de
daquela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser liberdade e, ainda, com a pena de multa.
apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da A pena tem duração de 2 meses a 5 anos, não tendo a lei
residência ou domicílio do infrator. estabelecido um critério de dosimetria, logo, o entendimento
Parágrafo único - A autoridade de trânsito que receber o prevalente sugere o critério trifásico do art. 68 do Código
recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a Penal.
penalidade acompanhado das cópias dos prontuários O início da contagem dessa pena iniciará a partir do
necessários ao julgamento. momento em que o agente deixar o estabelecimento penal se
estiver preso.
Art. 288 - Das decisões da JARI cabe recurso a ser No caso de suspensão da habilitação ou da permissão o
interposto, na forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias agente condenado tem um prazo de 48 horas para entregar o
contado da publicação ou da notificação da decisão. documento para as autoridades, a partir da intimação do
§ 1º - O recurso será interposto, da decisão do não condenado do trânsito em julgado da sentença penal
provimento, pelo responsável pela infração, e da decisão de condenatória.
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. A falta de entrega desse documento caracteriza o crime do
art. 307, § único do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 289 - O recurso de que trata o artigo anterior será Essas quatro penas podem ser aplicadas cautelarmente
apreciado no prazo de trinta dias: pelo juiz de ofício ou a requerimento do Ministério Público,
I - tratando-se de penalidade imposta pelo órgão ou toda vez que o agente constituir uma ameaça para a ordem
entidade de trânsito da União: pública.
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de
seis meses, cassação do documento de habilitação ou CAPÍTULO XIX
penalidade por infrações gravíssimas, pelo CONTRAN; DOS CRIMES DE TRÂNSITO
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado pelo Seção I
Coordenador-Geral da JARI, pelo Presidente da Junta que Disposições Gerais
apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou Art. 291 - Aos crimes cometidos na direção de veículos
entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
Federal, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente. gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se
Parágrafo único - No caso da alínea b do inciso I, quando este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
houver apenas uma JARI, o recurso será julgado por seus nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
próprios membros. § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal
culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n o 9.099, de 26
Art. 290. Implicam encerramento da instância de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
administrativa de julgamento de infrações e penalidades: I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) psicoativa que determine dependência;

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II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou
competição automobilística, de exibição ou demonstração de adulteradas;
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
autoridade competente; Habilitação;
III - transitando em velocidade superior à máxima IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação
permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por de categoria diferente da do veículo;
hora). V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
ser instaurado inquérito policial para a investigação da VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados
infração penal. equipamentos ou características que afetem a sua segurança
ou o seu funcionamento de acordo com os limites de
Art. 292 - A suspensão ou a proibição de se obter a velocidade prescritos nas especificações do fabricante;
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor VII - sobre faixa de trânsito temporária ou
pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras permanentemente destinada a pedestres.
penalidades. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014)
Art. 299 - (VETADO)
Art. 293 - A penalidade de suspensão ou de proibição de
se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo Art. 300 - (VETADO)
automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
§ 1º - Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu Art. 301 - Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes
será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em
e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
Habilitação. socorro àquela.
§ 2º - A penalidade de suspensão ou de proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo Seção II
automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de Dos Crimes em Espécie
condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento
prisional. Art. 302 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo
automotor:
Art. 294 - Em qualquer fase da investigação ou da ação Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou
penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a veículo automotor.
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante § 1º No homicídio culposo cometido na direção de veículo
representação da autoridade policial, decretar, em decisão automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade,
motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para se o agente:
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Parágrafo único - Da decisão que decretar a suspensão ou Habilitação;
a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
Ministério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
efeito suspensivo. risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
Art. 295 - A suspensão para dirigir veículo automotor ou a conduzindo veículo de transporte de passageiros.
proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre § 2º (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional
de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em Art. 303 - Praticar lesão corporal culposa na direção de
que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade de veículo automotor.
suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo Parágrafo único - Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à
automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis. metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1º do art. 302
(Redação dada pela Lei nº 12.971/2014).
Art. 297 - A penalidade de multa reparatória consiste no
pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou Art. 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do
seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não
no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
prejuízo material resultante do crime. solicitar auxílio da autoridade pública:
§ 1º - A multa reparatória não poderá ser superior ao valor Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o
do prejuízo demonstrado no processo. fato não constituir elemento de crime mais grave.
§ 2º - Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 Parágrafo único - Incide nas penas previstas neste artigo
a 52 do Código Penal. o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
§ 3º - Na indenização civil do dano, o valor da multa por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea
reparatória será descontado. ou com ferimentos leves.

Art. 298 - São circunstâncias que sempre agravam as Art. 305 - Afastar-se o condutor do veículo do local do
penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
cometido a infração: possa ser atribuída:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;

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Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade Art. 312 - Inovar artificiosamente, em caso de acidente
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
outra substância psicoativa que determine dependência: procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
habilitação para dirigir veículo automotor. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo, ainda
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool que não iniciados, quando da inovação, o procedimento
por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a
Contran, alteração da capacidade psicomotora. 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva
obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à
clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes
prova em direito admitidos, observado o direito à atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
contraprova. (Redação dada pela Lei nº 12.971/2014) I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
pela Lei nº 12.971/2014) II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais
da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e
Art. 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a politraumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na
imposta com fundamento neste Código: recuperação de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova 13.281, de 2016)
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de IV - outras atividades relacionadas ao resgate,
proibição. atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de
Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre o condenado trânsito. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art.
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. CAPÍTULO XX
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 308 - Participar, na direção de veículo automotor, em
via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística Art. 313 - O Poder Executivo promoverá a nomeação dos
não autorizada pela autoridade competente, gerando situação membros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da
de risco à incolumidade pública ou privada: publicação deste Código.
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa
e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a Art. 314 - O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta
habilitação para dirigir veículo automotor. dias a partir da publicação deste Código para expedir as
§ 1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão resoluções necessárias à sua melhor execução, bem como
corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem revisar todas as resoluções anteriores à sua publicação, dando
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de prioridade àquelas que visam a diminuir o número de
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 acidentes e a assegurar a proteção de pedestres.
(três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas Parágrafo único - As resoluções do CONTRAN, existentes
neste artigo. até a data de publicação deste Código, continuam em vigor
§ 2º Se da prática do crime previsto no caput resultar naquilo em que não conflitem com ele.
morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não
quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena Art. 315 - O Ministério da Educação e do Desporto,
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) mediante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de
anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo duzentos e quarenta dias contado da publicação, estabelecer o
(Redação dada pela Lei nº 12.971/2014). currículo com conteúdo programático relativo à segurança e à
educação de trânsito, a fim de atender o disposto neste Código.
Art. 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se Art. 316 - O prazo de notificação previsto no inciso II do
cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: parágrafo único do art. 281 só entrará em vigor após
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. duzentos e quarenta dias contados da publicação desta Lei.

Art. 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de Art. 317 - Os órgãos e entidades de trânsito concederão
veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação prazo de até um ano para a adaptação dos veículos de
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, condução de escolares e de aprendizagem às normas do inciso
por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, III do art. 136 e art. 154, respectivamente.
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Art. 318 - (VETADO)

Art. 311 - Trafegar em velocidade incompatível com a Art. 319 - Enquanto não forem baixadas novas normas
segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do
embarque e desembarque de passageiros, logradouros Regulamento do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº
estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração 62.127, de 16 de janeiro de 1968.
de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

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Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código Art. 326 - A Semana Nacional de Trânsito será
poderão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, comemorada anualmente no período compreendido entre 18
respeitado o limite da variação do Índice Nacional de Preços e 25 de setembro.
ao Consumidor Amplo (IPCA) no exercício anterior. (Incluído
pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 327 - A partir da publicação deste Código, somente
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do poderão ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam
disposto no caput serão divulgados pelo Contran com, no aos limites de peso e dimensões fixados na forma desta Lei,
mínimo, 90 (noventa) dias de antecedência de sua aplicação. ressalvados os que vierem a ser regulamentados pelo
(Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) CONTRAN.
Parágrafo único - (VETADO)
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas
de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, Art. 328 - O veículo apreendido ou removido a qualquer
engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e título e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de
educação de trânsito. sessenta dias, contado da data de recolhimento, será avaliado
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas e levado a leilão, a ser realizado preferencialmente por meio
de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e § 1º Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser
educação de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de iniciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do
2016) veículo, o qual será classificado em duas categorias: (Incluído
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na pela Lei nº 13.160, de 2015)
rede mundial de computadores (internet), dados sobre a I – conservado, quando apresenta condições de segurança
receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua para trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
destinação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela
Lei nº 13.160, de 2015)
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional § 2º Se não houver oferta igual ou superior ao valor da
de Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será
aprimoramento da fiscalização de trânsito, inclusive por meio arrematado pelo maior lance, desde que por valor não inferior
do compartilhamento da receita arrecadada com a cobrança a cinquenta por cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160,
das multas de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de de 2015)
2016) § 3º Mesmo classificado como conservado, o veículo que
for levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será
Art. 321 - (VETADO) leiloado como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 4º É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à
Art. 322 - (VETADO) circulação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 5º A cobrança das despesas com estada no depósito será
Art. 323 - O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a limitada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160,
metodologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo de 2015)
percentuais de tolerância, sendo durante este período § 6º Os valores arrecadados em leilão deverão ser
suspensa a vigência das penalidades previstas no inciso V do utilizados para custeio da realização do leilão, dividindo-se os
art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por custos entre os veículos arrematados, proporcionalmente ao
duzentos quilogramas ou fração de excesso. valor da arrematação, e destinando-se os valores
Parágrafo único - Os limites de tolerância a que se refere remanescentes, na seguinte ordem, para: (Incluído pela Lei nº
este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles 13.160, de 2015)
estabelecidos pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
13.160, de 2015)
Art. 324 - (VETADO) II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10;
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de
mínimo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação crédito com garantia real, segundo a ordem de preferência
de condutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos estabelecida no art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
autos de infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 1966 (Código Tributário Nacional); (Incluído pela Lei nº
13.281, de 2016) 13.160, de 2015)
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável
gerados e tramitados eletronicamente, bem como arquivados pelo leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
e armazenados em meio digital, desde que assegurada a V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do
autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade e a segurança Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e
das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais, (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência
pela Lei nº 13.281, de 2016) legal. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o § 7º Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de débitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada
documentos eletrônicos e físicos gerados em decorrência da aos credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
aplicação das disposições deste Código. (Incluído pela Lei nº § 8º Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados
13.281, de 2016) do leilão previamente para que formalizem a desvinculação
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá dos ônus incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez
ser certificado digitalmente, atendidos os requisitos de dias. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
autenticidade, integridade, validade jurídica e § 9º Os débitos incidentes sobre o veículo antes da
interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas alienação administrativa ficam dele automaticamente
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) desvinculados, sem prejuízo da cobrança contra o proprietário
anterior. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

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§ 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados e
relativo a tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o rubricados pelos órgãos de trânsito.
domínio útil, a posse, a circulação ou o licenciamento de § 1º - Os livros indicarão:
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) I - data de entrada do veículo no estabelecimento;
§ 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, II - nome, endereço e identidade do proprietário ou
por qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao vendedor;
bem, aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e 3o do III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem;
art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) IV - nome, endereço e identidade do comprador;
§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será V - características do veículo constantes do seu certificado
depositado em conta específica do órgão responsável pela de registro;
realização do leilão e ficará à disposição do antigo VI - número da placa de experiência.
proprietário, devendo ser expedida notificação a ele, no § 2º - Os livros terão suas páginas numeradas
máximo em trinta dias após a realização do leilão, para o tipograficamente e serão encadernados ou em folhas soltas,
levantamento do valor no prazo de cinco anos, após os quais o sendo que, no primeiro caso, conterão termo de abertura e
valor será transferido, definitivamente, para o fundo a que se encerramento lavrados pelo proprietário e rubricados pela
refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº repartição de trânsito, enquanto, no segundo, todas as folhas
13.160, de 2015) serão autenticadas pela repartição de trânsito.
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao § 3º - A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos
animal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu referidos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se
proprietário no prazo de sessenta dias, a contar da data de verificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas
recolhimento, conforme regulamentação do CONTRAN. correspondentes, podendo os veículos irregulares lá
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) encontrados ou suas sucatas ser apreendidos ou retidos para
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou sua completa regularização.
judicial sobre o prontuário do veículo, a autoridade § 4º - As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
responsável pela restrição será notificada para a retirada do terão acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo,
bem do depósito, mediante a quitação das despesas com entretanto, retirá-los do estabelecimento.
remoção e estada, ou para a autorização do leilão nos termos § 5º - A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da multa prevista para as infrações gravíssimas, independente
notificação de que trata o § 14, não houver manifestação da das demais cominações legais cabíveis.
autoridade responsável pela restrição judicial ou policial, § 6º Os livros previstos neste artigo poderão ser
estará o órgão de trânsito autorizado a promover o leilão do substituídos por sistema eletrônico, na forma regulamentada
veículo nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, pelo Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
de 2016)
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens Art. 331 - Até a nomeação e posse dos membros que
automotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1 passarão a integrar os colegiados destinados ao julgamento
(um) ano poderão ser destinados à reciclagem, dos recursos administrativos previstos na Seção II do
independentemente da existência de restrições sobre o Capítulo XVIII deste Código, o julgamento dos recursos ficará
veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) a cargo dos órgãos ora existentes.

§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16 Art. 332 - Os órgãos e entidades integrantes do Sistema
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, Nacional de Trânsito proporcionarão aos membros do
observando-se, no que couber, o disposto neste artigo, CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as
condicionando-se a entrega do material arrematado aos facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-
procedimentos necessários à descaracterização total do bem e lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes
à destinação exclusiva, ambientalmente adequada, à inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão
reciclagem siderúrgica, vedado qualquer aproveitamento de atender prontamente suas requisições.
peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, Art. 333 - O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte
adulterados ou estrangeiros, bem como aqueles sem dias após a nomeação de seus membros, as disposições
possibilidade de regularização perante o órgão de trânsito, previstas nos arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos
serão destinados à reciclagem, independentemente do período órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
em que estejam em depósito, respeitado o prazo previsto no rodoviários para exercerem suas competências.
caput deste artigo, sempre que a autoridade responsável pelo § 1º - Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão
leilão julgar ser essa a medida apropriada. (Incluído pela Lei prazo de um ano, após a edição das normas, para se
nº 13.281, de 2016) adequarem às novas disposições estabelecidas pelo
CONTRAN, conforme disposto neste artigo.
Art. 329 - Os condutores dos veículos de que tratam § 2º - Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados
os arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, deverão exercerão as competências previstas neste Código em
apresentar, previamente, certidão negativa do registro de cumprimento às exigências estabelecidas pelo CONTRAN,
distribuição criminal relativamente aos crimes de homicídio, conforme disposto neste artigo, acompanhados pelo
roubo, estupro e corrupção de menores, renovável a cada cinco respectivo CETRAN, se órgão ou entidade municipal, ou
anos, junto ao órgão responsável pela respectiva concessão ou CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do Distrito Federal
autorização. ou da União, passando a integrar o Sistema Nacional de
Trânsito.
Art. 330 - Os estabelecimentos onde se executem reformas
ou recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou Art. 334 - As ondulações transversais existentes deverão
desmontem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir ser homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo
livros de registro de seu movimento de entrada e saída e de de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser
retiradas em caso contrário.

Legislação de Trânsito 42
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 335 - (VETADO) RESOLUÇÃO Nº 003/98

Art. 336 - Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Revoga a Resolução 825/96


Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos
e sessenta dias da publicação desta Lei, após a manifestação da O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da
Câmara Temática de Engenharia, de Vias e Veículos e competência que lhe confere o Art. 12º da Lei 9.503 de 23 de
obedecidos os padrões internacionais. setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de
Art. 337 - Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
dos Estados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, Nacional de Trânsito;
do Distrito Federal.
Considerando o que dispõe o artigo 314, do Código de
Art. 338 - As montadoras, encarroçadoras, os Trânsito Brasileiro;
importadores e fabricantes, ao comerciarem veículos
automotores de qualquer categoria e ciclos, são obrigados a R E S O L V E:
fornecer, no ato da comercialização do respectivo veículo,
manual contendo normas de circulação, infrações, Art. 1º. Fica revogado o selo de Controle de Licenciamento
penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Anexos Anual, previsto pela resolução 825/96.
do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua
Art. 339 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito publicação, revogadas as disposições em contrário.
especial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e
quatro mil, novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor Brasília, 23 de janeiro de 1998.
do ministério ou órgão a que couber a coordenação máxima do
Sistema Nacional de Trânsito, para atender as despesas RESOLUÇÃO Nº 11/98
decorrentes da implantação deste Código.
Estabelece critérios para a baixa de registro de veículos a
Art. 340 - Este Código entra em vigor cento e vinte dias que se refere bem como os prazos para efetivação.
após a data de sua publicação.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da
Art. 341 - Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de competência que lhe confere o art. 12 da Lei 9503, de 23 de
setembro de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
10 de novembro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de
6.308, de 15 de dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
1976, 6.731, de 4 de dezembro de 1979, 7.031, de 20 de Nacional de Trânsito;
setembro de 1982, 7.052, de 02 de dezembro de 1982, 8.102, Considerando o que dispõe o Código de Trânsito Brasileiro
de 10 de dezembro de 1990, os arts. 1º a 6º e 11 do Decreto- nos seus artigos 19, 126, 127 e 128;
lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e os Decretos-leis nºs Considerando a necessidade de serem estabelecidos
584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 de outubro de 1969, e requisitos mínimos para a efetivação da baixa do registro de
2.448, de 21 de julho de 1988. veículos;

Observação: Deixamos de tratar aqui sobre o Anexo I do R E S O L V E:


CTB, tendo em vista que este traz apenas os conceitos e
definições da norma, assim, caso tenha algum desses termos, Art. 1º. A baixa do registro de veículos é obrigatória
essa pode ser esclarecida pelo anexo que pode ser consultado sempre que o veículo for retirado de circulação nas seguintes
pelo site: possibilidades:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htmeste I – veículo irrecuperável;
pode ser consultado. Já o Anexo II do CTB não o trazemos II – veículo definitivamente desmontado;
aqui, porque corresponde a Resolução nº 160, de 2004 do III – sinistrado com laudo de perda total;
CONTRAN, que será objeto de estudo posterior. IV – vendidos ou leiloados como sucata.
V - veículo ‘frota desativada’ (Redação dada pela Resolução
nº 661/2017)
RESOLUÇÕES DO CONTRAN ATÉ A DE NÚMERO 192.
§ 1º. Os documentos dos veículos a que se refere este
A Legislação de Trânsito de uma maneira geral é composta artigo, bem como as partes do chassi que contém o registro
pelo Código de Trânsito Brasileiro - CTB; por Resoluções e VIN e suas placas, serão obrigatoriamente recolhidos aos
Deliberações do CONTRAN e Portarias do DENATRAN. O papel órgãos responsáveis por sua baixa.
principal das Resoluções é regulamentar aquilo que dispõe o § 2º. Os procedimentos previstos neste artigo deverão ser
CTB. efetivados antes da venda do veículo ou sua destinação final.
§ 3º. Os órgãos responsáveis pela baixa do registro dos
O CONTRAN é o órgão competente em estabelecer as veículos deverão reter sua documentação e destruir as partes
normas regulamentares do CTB e estabelecer as diretrizes da do chassi que contém o registro VIN e suas placas.
Política Nacional de Trânsito, por essa razão o órgão possui
atualmente centenas de resoluções, o que torna impossível Art. 2º. A baixa do registro do veículo somente será
abordar todas estas no estudo limitado da apostila. autorizada mediante quitação de débitos fiscais e de multas de
trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
Deste modo, considerando que o Edital do presente independentemente da responsabilidade pelas infrações
concurso especifica as resoluções que serão exigidas na prova, cometidas.
a seguir vamos dentre essas resoluções apenas aquelas que
não foram revogadas (estão em vigor) e as que possuem maior
incidência em concursos públicos
Legislação de Trânsito 43
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Art. 3º. O órgão de trânsito responsável pela baixa do § 5º Esgotados os prazos estabelecidos no caput deste
registro do veículo emitirá uma Certidão de Baixa de Veículo, artigo e não tendo comparecido o proprietário para a
no modelo estabelecido pelo anexo I desta Resolução – regularização do veículo, os respectivos órgãos e entidades
datilografado ou impresso, após cumpridas estas disposições executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
e as demais da legislação vigente. poderão efetuar a baixa definitiva do veículo de acordo com o
Parágrafo Único. Caberá ao órgão previsto neste artigo a inciso V, do art. 1º, desta Resolução.
elaboração e encaminhamento ao Departamento Nacional de
Trânsito – DENATRAN de relatório mensal contendo a Art. 6º-B O pedido de baixa do registro formulado pelo
identificação de todos os veículos que tiveram a baixa de seu proprietário do veículo não licenciado há 10 (dez) anos ou
registro no período. mais e que contar com 25 (vinte e cinco) anos ou mais de
fabricação, sem a apresentação do CRV, das placas de
Art. 4º. Uma vez efetuada a baixa, sob nenhuma hipótese o identificação, e do recorte do chassi, com fundamento na sua
veículo poderá voltar à circulação. inexistência, poderá ser deferido mediante termo de
responsabilidade civil e criminal, constante do Anexo 1,
Art. 5º. A baixa do registro do veículo será providenciada assinado pelo proprietário do veículo, com firma reconhecida
mediante requisição do responsável e laudo pericial por autenticidade (Redação dada pela Resolução nº
confirmando a sua condição. 661/2017)
Parágrafo único. No caso previsto no caput deste artigo, a
Art. 6º. O responsável de promover a baixa do registro de baixa definitiva do registro somente ocorrerá mediante o
veículo terá o prazo de quinze dias, após a constatação da sua pagamento dos débitos vinculados ao veículo, obedecido o
condição através de laudo, para providenciá-la, caso contrário período prescricional.
incorrerá nas sanções previstas pelo art. 240 do Código de
Trânsito Brasileiro. Art. 6º-C O veículo que acusar pendência judicial,
Parágrafo Único. Finalizado o prazo previsto neste artigo, pendência administrativa ou que estiver à disposição da
inicia-se um novo prazo com a mesma duração, sujeito a nova autoridade policial não terá seu registro baixado (Redação
sanção. dada pela Resolução nº 661/2017)

Art. 6º-A O veículo não licenciado há 10 (dez) anos ou mais Art. 6º-D O veículo com indicativo de 'frota desativada' e
e que contar com 25 (vinte e cinco) anos ou mais de fabricação, flagrado circulando, está sujeito às penalidades de multa e
terá o seu registro atualizado com indicativo de ‘frota apreensão e à medida administrativa de remoção previstas no
desativada’ automaticamente na Base de Índice Nacional – artigo 230, inciso V, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB
BIN, pelos respectivos órgãos ou entidades executivos de (Redação dada pela Resolução nº 661/2017)
trânsito dos Estados e do Distrito Federal (Redação dada pela Parágrafo único. As notificações dos Autos de Infração dos
Resolução nº 661/2017) veículos com indicativo de “frota desativada” flagrados
§ 1º O proprietário do veículo e, concomitantemente, o circulando, serão enviadas para o endereço do proprietário do
agente financeiro, arrendatário do bem, entidade credora ou veículo constante no cadastro dos respectivos órgãos ou
àquela que tenha se sub-rogado nos direitos do veículo será entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
notificado sobre a situação do veículo logo após sua inativação, Federal.
através do SNE – Sistema de Notificações Eletrônicas pelos
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Art. 6º-E Os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Distrito Federal, ou via postal. Estados e do Distrito Federal são responsáveis por manter
§ 2º Os órgãos e as entidades executivos de trânsito dos constante atualização das bases estaduais, através do Sistema
Estados e do Distrito Federal deverão notificar, 60 (sessenta) RENAVAM, e da Base de Índice Nacional – BIN. (Redação dada
dias antes de finalizar o prazo de 05 (cinco) anos de inclusão pela Resolução nº 661/2017)
do veículo no cadastro de ‘frota desativada’, por via postal ou
SNE – Sistema de Notificações Eletrônicas, pessoa que figurar Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
no registro como proprietário do veículo e, publicação, revogadas as disposições em contrário.
concomitantemente, o agente financeiro, arrendatário do bem,
entidade credora ou àquela que tenha se sub-rogado nos RESOLUÇÃO Nº 14/98
direitos do veículo, se for o caso, assegurando-lhes o prazo
comum, mínimo, de 60 (sessenta) dias, a partir do final do Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota de
prazo de 05 (cinco) anos, para que o veículo seja regularizado veículos em circulação e dá outras providências.
com a devida quitação dos débitos a ele vinculados.
§ 3º Não sendo atendida a notificação, a pessoa que figurar O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da
no registro como proprietário do veículo será notificada por competência que lhe confere o inciso I, do art.12, da Lei 9.503,
edital publicado na imprensa oficial, se houver, ou duas vezes de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
em jornal de grande circulação, para a regularização do veículo Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 2.327, de 23 de
junto aos respectivos órgãos ou entidades executivos de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no prazo de 30 Nacional de Trânsito;
(trinta) dias, a contar da data da última publicação, sob pena
de ser o veículo baixado definitivamente. CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito
§ 4º A notificação por edital deverá conter: Brasileiro;
I - o nome do proprietário do veículo;
II - o nome do agente financeiro, ou do arrendatário do CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às
veículo, ou da entidade credora, ou de quem se sub-rogou nos autoridades fiscalizadoras, as condições precisas para o
direitos, quando for o caso; exercício do ato de fiscalização;
III - os caracteres da placa de identificação e do chassi do
veículo; CONSIDERANDO que os veículos automotores, em
IV - o ano de fabricação e a marca do veículo. circulação no território nacional, pertencem a diferentes
épocas de produção, necessitando, portanto, de prazos para a

Legislação de Trânsito 44
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completa adequação aos requisitos de segurança exigidos pela suas dimensões assim o exigirem.
legislação; resolve:
III) para os ciclomotores:
Art. 1º Para circular em vias públicas, os veículos deverão 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
estar dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
abaixo, a serem constatados pela fiscalização e em condições 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
de funcionamento: 4) velocímetro;
I) nos veículos automotores e ônibus elétricos: 5) buzina;
1) para-choques, dianteiro e traseiro; 6) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões; 7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
3) espelhos retrovisores, interno e externo;
4) limpador de para-brisa; IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
5) lavador de para-brisa; 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
6) pala interna de proteção contra o sol (para-sol) para o 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
condutor; 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela; 4) lanterna de freio, de cor vermelha
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou 5) iluminação da placa traseira;
amarela; 6) indicadores luminosos de mudança de direção,
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha; dianteiro e traseiro;
10) lanternas de freio de cor vermelha; 7) velocímetro;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor 8) buzina;
âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor,
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor dimensionado para manter a temperatura de sua superfície
vermelha; externa em nível térmico adequado ao uso seguro do veículo
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor pelos ocupantes sob condições normais de utilização e com
branca; uso de vestimentas e acessórios indicados no manual do
15) velocímetro, usuário fornecido pelo fabricante, devendo ser
16) buzina; complementado por redutores de temperatura nos pontos
17) freios de estacionamento e de serviço, com comandos críticos de calor, a critério do fabricante, conforme
independentes; exemplificado no Anexo desta Resolução.
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de V) para os quadricíclos:
emergência, independente do sistema de iluminação do 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
veículo; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
20) (Revogado pela Resolução nº 556/2015 - Torna 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
facultativo o uso do extintor de incêndio para os automóveis, 4) lanterna de freio, de cor vermelha;
utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine 5) indicadores luminosos de mudança de direção,
fechada); dianteiros e traseiros;
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e 6) iluminação da placa traseira;
tempo, nos veículos de transporte e condução de escolares, 7) velocímetro;
nos de transporte de passageiros com mais de dez lugares e 8) buzina;
nos de carga com capacidade máxima de tração superior a 19t; 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, 11) protetor das rodas traseiras.
naqueles dotados de motor a combustão;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, VI) nos tratores de rodas, de esteiras e mistos: (Redação
com ou sem câmara de ar, conforme o caso; dada pela Resolução CONTRAN nº 454/2013)
25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo; 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
26) chave de roda; 2) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
remoção de calotas; 4) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos 5) alerta sonoro de marcha à ré;
veículos de carga, quando suas dimensões assim o exigirem; 6) indicadores luminosos de mudança de direção,
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em dianteiros e traseiros;
veículos de transporte coletivo e carga; 7) iluminação de placa traseira;
8) faixas retrorrefletivas;
II) para os reboques e semirreboques: 9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança
1) para-choque traseiro; (exceto os tratores de esteiras);
2) protetores das rodas traseiras; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor;
3) lanternas de posição traseiras, de cor vermelha; 11) espelhos retrovisores;
4) freios de estacionamento e de serviço, com comandos 12) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
independentes, para veículos com capacidade superior a 750 13) buzina.
quilogramas e produzidos a partir de 1997;
5) lanternas de freio, de cor vermelha; Parágrafo único: Quando a visibilidade interna não
6) iluminação de placa traseira; permitir, utilizar-se-ão os espelhos retrovisores laterais.
7) lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar
ou vermelha; Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no artigo anterior,
8) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança; não se exigirá:
9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando

Legislação de Trânsito 45
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I) lavador de para-brisa: obrigatórios previstos em legislação específica.


a) em automóveis e camionetas derivadas de veículos
produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; Art. 5º. A exigência dos equipamentos obrigatórios para a
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-ônibus circulação de bicicletas, prevista no inciso VI, do art. 105, do
produzidos até 1º de janeiro de 1999; Código de Trânsito Brasileiro terá um prazo de cento e oitenta
dias para sua adequação, contados da data de sua
II) lanterna de marcha à ré e retrorrefletores, nos veículos Regulamentação pelo CONTRAN.
fabricados antes de 1º de janeiro de 1990;
Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a partir de 1º
III) registrador instantâneo inalterável de velocidade e de janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes
tempo: equipamentos obrigatórios:
a) nos veículos de carga fabricados antes de 1991, I - espelhos retrovisores externos, em ambos os lados;
excluídos os de transporte de escolares, de cargas perigosas e II - registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
de passageiros (ônibus e micro-ônibus), até 1° de janeiro de tempo, para os veículos de carga, com peso bruto total
1999; superior a 4536 kg;
b) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso III - encosto de cabeça, em todos os assentos dos
misto, registrados na categoria particular e que não realizem automóveis, exceto nos assentos centrais;
transporte remunerado de pessoas; IV - cinto de segurança graduável e de três pontos em todos
os assentos dos automóveis. Nos assentos centrais, o cinto
IV) cinto de segurança: poderá ser do tipo subabdominal;
a) para os passageiros, nos ônibus e micro-ônibus Parágrafo único: Os ônibus e micro-ônibus poderão utilizar
produzidos até 1º de janeiro de 1999; cinto subabdominal para os passageiros.
b) até 1º de janeiro de 1999, para o condutor e tripulantes,
nos ônibus e micro-ônibus; Art. 7º. Aos veículos registrados e licenciados em outro
c) para os veículos destinados ao transporte de país, em circulação no território nacional, aplicam-se as regras
passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé. do art. 118 e seguintes do Código de Trânsito Brasileiro.
d) para os veículos de uso bélico.
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções 657/85, 767/93,
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda: 002/98 e o art. 65 da Resolução 734/89.
a) nos veículos equipados com pneus capazes de trafegar
sem ar, ou aqueles equipados com dispositivo automático de Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações particulares
enchimento emergencial; previstas nesta Resolução, os proprietários ou condutores,
b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o sistema de cujos veículos circularem nas vias públicas desprovidos dos
transporte urbano de passageiros, nos municípios, regiões e requisitos estabelecidos, ficam sujeitos às penalidades
microrregiões metropolitanas ou conglomerados urbanos; constantes do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro, no que
c) nos caminhões dotados de características específicas couber.
para transporte de lixo e de concreto;
d) nos veículos de carroçaria blindada para transporte de Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
valores. publicação.
e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e
utilitários, com peso bruto total – PBT, de até 3,5 toneladas, a Brasília, 06 de fevereiro de1998.
dispensa poderá ser reconhecida pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União, por ocasião do requerimento RESOLUÇÃO Nº 18/98
do código específico de marca/modelo/versão, pelo fabricante
ou importador, quando comprovada que tal característica é Recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso durante
inerente ao projeto do veículo, e desde que este seja dotado de o dia, e dá outras providências.
alternativas para o uso do pneu e aro sobressalentes, macaco
e chave de roda. O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da
competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei 9.503, de
VI) velocímetro, naqueles dotados de registrador 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integrado. Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de
setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema
VII) para-choques traseiro nos veículos mencionados no Nacional de Trânsito;
Art. 4º da Resolução nº 593, de 24 de maio de 2016, do
CONTRAN. (Redação dada pela Resolução nº 592/2016). CONSIDERANDO que o sistema de iluminação é elemento
integrante da segurança ativa dos veículos;
Parágrafo único: Para os veículos relacionados nas alíneas
“b”, “c”, e “d”, do inciso V, será reconhecida a excepcionalidade, CONSIDERANDO que as cores e as formas dos veículos
somente quando pertencerem ou estiverem na posse de firmas modernos contribuem para mascará-los no meio ambiente,
individuais, empresas ou organizações que possuam equipes dificultando a sua visualização a uma distância efetivamente
próprias, especializadas em troca de pneus ou aros segura para qualquer ação preventiva, mesmo em condições
danificados. de boa luminosidade;

Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veículos R E S O L V E:


destinados ao transporte de produtos perigosos, bem como os
equipamentos para situações de emergência serão aqueles Art.1º. Recomendar às autoridades de trânsito com
indicados na legislação pertinente. circunscrição sobre as vias terrestres, que por meio de
campanhas educativas, motivem seus usuários a manter o
Art. 4º. Os veículos destinados à condução de escolares ou farol baixo aceso durante o dia, nas rodovias.
outros transportes especializados terão seus equipamentos

Legislação de Trânsito 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Art.2º. O DENATRAN acompanhará os resultados obtidos R E S O L V E:


pelos órgãos que implementarem esta medida.
Art.1º. Os Departamentos Estaduais de Trânsito, devem
Art.3º. Esta Resolução entrará em vigor 60 (sessenta) dias possuir em sua sede e nas suas subdivisões, locais apropriados
após sua publicação, ficando revogada a Resolução 819/96. para a guarda de documentos, com os meios que
proporcionem efetivo controle e segurança.
Brasília, 17 de fevereiro de 1998.
Art.2º. A repartição de trânsito sob cuja jurisdição ocorrer
RESOLUÇÃO Nº 19/98 o extravio ficará impossibilitada de receber novos formulários,
até que seja regularizada a ocorrência.
Estabelece as competências para nomeação e homologação
dos coordenadores do RENAVAM – Registro Nacional de Art.3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Veículos Automotores e do RENACH – Registro Nacional de publicação, ficando revogada a Resolução 688/88.
Carteiras de Habilitação.
Brasília, 17 de fevereiro de 1998.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da
competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei 9.503, de RESOLUÇÃO N.º 24/98;
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de Estabelece o critério de identificação de veículos, a que se
setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema refere o art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro.
Nacional de Trânsito;
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoar o usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da
relacionamento de integração dos sistemas RENAVAM e Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
RENACH; Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto n.º 2.327,
de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação
CONSIDERANDO os incisos VIII e IX, do art. 19 do Código do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
de Trânsito Brasileiro, que trata da organização e manutenção
dos sistemas RENAVAM e RENACH; Art. 1º Os veículos produzidos ou importados a partir de
1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento,
R E S O L V E: deverão estar identificados na forma desta Resolução.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os
Art.1º. O órgão executivo de trânsito estadual nomeará tratores, os veículos protótipos utilizados exclusivamente para
coordenadores para os sistemas RENAVAM – Registro competições esportivas e as viaturas militares operacionais
Nacional de Veículos Automotores e RENACH – Registro das Forças Armadas.
Nacional de Carteiras de Habilitação.
Parágrafo único: As coordenadorias dos sistemas de que Art. 2º A gravação do número de identificação veicular
trata o caput deste artigo poderão ser exercidas por um único (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo, em
coordenador. um ponto de localização, de acordo com as especificações
vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 da
Art.2º. O órgão executivo estadual de trânsito dará Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em
conhecimento das nomeações, por escrito, ao Departamento profundidade mínima de 0,2 mm.
Nacional de Trânsito - DENATRAN. § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos
serão identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (número
Art.3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua sequencial de produção) previsto na NBR 3 nº 6066, podendo
publicação, revogadas as disposições em contrário. ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade
mínima de 0,2 mm, quando em chapas ou plaqueta colada,
Brasília, 17 de fevereiro de 1998. soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou
ainda por etiqueta autocolante e também destrutível no caso
RESOLUÇÃO Nº 21/98 de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e
componentes:
Dispõe sobre o controle, guarda e fiscalização dos I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
formulários destinados à documentação de condutores e de II - no compartimento do motor;
veículos. III - em um dos para-brisas e em um dos vidros traseiros,
quando existentes;
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo,
competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei 9.503, de quando existentes, excetuados os quebra-ventos.
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito § 2º As identificações previstas nos incisos "III" e "IV" do
Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de parágrafo anterior, serão gravadas de forma indelével, sem
setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema especificação de profundidade e, se adulterados, devem acusar
Nacional de Trânsito; sinais de alteração.
§ 3º Os veículos inacabados (sem cabina, com cabina
CONSIDERANDO a possibilidade de extravio de incompleta, tais como os chassis para ônibus), terão as
formulários de Certificado de Registro de Veículos, Certificado identificações previstas no § 1º, implantadas pelo fabricante
de Registro e Licenciamento e da Carteira Nacional de que complementar o veículo com a respectiva carroçaria.
Habilitação, nas diversas repartições de trânsito do território § 4º As identificações, referidas no §2º, poderão ser feitas
nacional; na fábrica do veículo ou em outro local, sob a responsabilidade
do fabricante, antes de sua venda ao consumidor.
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não metálico, a
numeração deverá ser gravada em placa metálica incorporada

Legislação de Trânsito 47
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ou a ser moldada no material do chassi ou monobloco, durante Art. 2° A carga só poderá ser acomodada em
sua fabricação. compartimento próprio, separado dos passageiros, que no
ônibus é o bagageiro.
§ 6º Para fins do previsto no caput deste artigo, o décimo
dígito do VIN, previsto na NBR 3 nº 6066, será Art. 3º Fica proibido o transporte de produtos
obrigatoriamente o da identificação do modelo do veículo. considerados perigosos conforme legislação específica, bem
como daqueles que, por sua forma ou natureza,
Art. 3º Será obrigatória a gravação do ano de fabricação do comprometam a segurança do veículo, de seus ocupantes ou
veículo no chassi ou monobloco ou em plaqueta destrutível de terceiros.
quando de sua remoção, conforme estabelece o § 1° do art. 114
do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 4º Os limites máximos de peso e dimensões da carga,
serão os fixados pelas legislações existentes na esfera federal,
Art. 4º Nos veículos reboques e semirreboques, as estadual ou municipal.
gravações serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi.
Art. 5º No caso do transporte rodoviário internacional de
Art. 5º Para fins de controle reservado e apoio das vistorias passageiros serão obedecidos os Tratados, Convenções ou
periciais procedidas pelos órgãos integrantes do Sistema Acordos internacionais, enquanto vinculados à República
Nacional de Trânsito e por órgãos policiais, por ocasião do Federativa do Brasil.
pedido de código do RENAVAM, os fabricantes depositarão
junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União as Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
identificações e localização das gravações, segundo os publicação.
modelos básicos.
Parágrafo único. Todas as vezes que houver alteração dos RESOLUÇÃO Nº 35, DE 21 DE MAIO DE 1998
modelos básicos dos veículos, os fabricantes encaminharão,
com antecedência de 30 (trinta) dias, as localizações de Estabelece método de ensaio para medição de pressão
identificação veicular. sonora por buzina ou equipamento similar a que se referem os
arts. 103 e 227, V do Código de Trânsito Brasileiro e o art. 1 º da
Art. 6º As regravações e as eventuais substituições ou Resolução 14/98 do CONTRAN.
reposições de etiquetas e plaquetas, quando necessárias,
dependerão de prévia autorização da autoridade de trânsito O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
competente, mediante comprovação da propriedade do usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da
veículo, e só serão processadas por empresas credenciadas Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 que instituiu o Código
pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de
Federal. 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema
§ 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no caput deste Nacional de Trânsito, resolve:
artigo deverão ser fornecidas pelo fabricante do veículo.
§ 2º O previsto no caput deste artigo não se aplica às Art. 1º Todos os veículos automotores, nacionais ou
identificações constantes dos incisos III e IV do § 1º do art. 2º importados, produzidos a partir de 01/01/1999, deverão
desta Resolução. obedecer, nas vias urbanas, o nível máximo permissível de
pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do 104 decibéis - dB(A), conforme determinado no Anexo.
Distrito Federal não poderão registrar, emplacar e licenciar
veículos que estiverem em desacordo com o estabelecido Art. 2º Todos os veículos automotores, nacionais ou
nesta Resolução. importados, produzidos a partir de 1º de janeiro de 2002,
deverão obedecer o nível mínimo permissível de pressão
Art. 8º Fica revogada a Resolução 659/89 do CONTRAN. sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 93
decibéis - dB(A), conforme determinado no Anexo.
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação. Art. 3º Excetuam-se do disposto nos artigos 1º e 2º desta
Resolução, os veículos de competição automobilística,
RESOLUÇÃO Nº 26, DE 21 DE MAIO DE 1998 reboques, semirreboques, máquinas de tração agrícola,
máquinas industriais de trabalho e tratores.
Disciplina o transporte de carga em veículos destinados ao
transporte de passageiros a que se refere o art. 109 do Código de Art. 4º A buzina ou equipamento similar, a que se refere o
Trânsito Brasileiro. Art. 1º, não poderá produzir sons contínuos ou intermitentes,
assemelhado aos utilizados, privativamente, por veículos de
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da fiscalização de trânsito e ambulância.
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº Art. 5º Serão reconhecidos os resultados de ensaios
2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação emitidos por órgão credenciado pelo INMETRO – Instituto
do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: Nacional de Metrologia, Normalização e Qualificação, pela
Comunidade Europeia ou pelos Estados Unidos da América.
Art. 1° O transporte de carga em veículos destinados ao
transporte de passageiros, do tipo ônibus, micro-ônibus, ou Art. 6º Fica revogada a Resolução nº 448/71 do CONTRAN.
outras categorias, está autorizado desde que observadas as
exigências desta Resolução, bem como os regulamentos dos Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
respectivos poderes concedentes dos serviços. publicação.

Legislação de Trânsito 48
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RENAN CALHEIROS Notas:


Ministério da Justiça
1 - Um local de provas adequado, que poderia ser
ANEXO considerado ideal para as medições, seria aquele constituído
por uma área impedida, com um raio de aproximadamente
1 - OBJETIVO 50m e cujos 20m da parte central, por exemplo, fossem de
concreto, asfalto ou outro material duro equivalente.
Estabelecer método de ensaio para medição de pressão
sonora emitida por buzina ou equipamento similar. 2 - Na prática, o afastamento das condições ditas ideais,
resulta de quatro causas principais:
2 - MÉTODO DE ENSAIO a) absorção do som pela superfície do terreno;
b) reflexo devido a objetos, tais como edifícios e árvores,
2.1 - O método de medição para buzina ou equipamento ou às pessoas;
similar deverá ser aquele onde equipamento está instalado e c) terreno que não é horizontal ou cujo declive não é
não o realizado em bancada. regular em uma superfície suficientemente extensa;
2.1.1 - A pressão sonora da buzina ou equipamento similar, d) vento.
quando montada no veículo, deve ser medida a uma distância
de 7m, à frente do veículo e em local o mais aberto e plano 3 - Não é possível determinar com exatidão o efeito
possível e com o motor do veículo desligado. produzido por cada uma dessas influências. Considera-se
2.1.2 - A pressão sonora deverá ser determinada com o importante, entretanto, que a superfície do terreno esteja
microfone posicionado a uma altura entre 0,5m e 1,5m acima isenta de neve fofa, mato alto, terra solta ou cinzas.
do nível do solo.
2.1.3 - A pressão sonora ocasionada por ruídos de fundo e 4 - A fim de reduzir o efeito dos reflexos, é igualmente
devido ao vento deve ser pelo menos 10 db(A) inferior ao nível recomendado que, no local onde se encontra o veículo testado,
que se deseja medir. a soma dos ângulos formados pelos edifícios circunvizinhos
situados num raio de 50m, não ultrapasse, 90o, e que não haja
3 - APARELHAGEM DE MEDIÇÃO nenhum obstáculo importante num raio de 25m do veículo.

O sonômetro utilizado deve ser de alta qualidade. 5 - Devem ser evitadas as concentrações sonoras e os
Deve-se utilizar a rede de ponderação e a constante de terrenos situados entre muros paralelos.
tempo do aparelho que sejam mais conforme à curva A e à
pronta resposta, respectivamente, conforme as especificações 6 - O nível dos ruídos ambientes, (incluindo o ruído do
da Recomendação 123 da Comissão Eletrotécnica vento e, no caso dos testes com carro estacionado, o ruído do
Internacional relativa aos sonômetros. Uma descrição técnica rolamento e dos pneus), deve indicar no registro do aparelho,
pormenorizada do aparelho utilizado deverá ser fornecida. pelo menos 10 db abaixo daquele produzido pelo veículo
experimentado. Caso contrário, o nível dos ruídos existentes
Notas: deverá ser expresso em função das unidades do aparelho.

1 - O nível sonoro medido com um sonômetro, que tenha o 7 - É preciso estar atento para que os resultados das
microfone próximo à caixa do aparelho, é suscetível de sofrer medições não sejam falseados pelas rajadas de vento.
a influência, tanto da orientação do aparelho em relação à
fonte sonora, quanto da disposição do observador que efetue 8 - Também é preciso levar em conta o fato de que a
a medição. Deve-se consequentemente, obedecer presença de espectadores pode influir sensivelmente nos
cuidadosamente às indicações fornecidas pelo fabricante registros do aparelho, caso se encontrem nas proximidades do
quanto à orientação do sonômetro em relação à fonte sonora e veículo ou do microfone. Portanto, ninguém, a não ser o
ao observador. observador encarregado da leitura do aparelho deverá
permanecer nas proximidades do veículo ou do microfone.
2 - No caso da utilização, para o microfone, de um
dispositivo de proteção contra o vento, é preciso levar em RESOLUÇÃO 36, DE 21 DE MAIO DE 1998
conta o fato de que esse dispositivo é suscetível de influenciar
a sensibilidade do sonômetro. Estabelece a forma de sinalização de advertência para os
veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados
3 - A fim de garantir a precisão das medições, é no leito viário, conforme o art. 46 do Código de Trânsito Brasileiro.
recomendável que antes de cada série de medições, se
verifique a amplificação do sonômetro, com o auxílio de uma O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,
fonte sonora padrão, e se faça o ajuste, se necessário. usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
4 - Recomenda-se proceder, periodicamente, à aferição do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº
sonômetro e da fonte sonora padrão, num laboratório, que 2.327, de 23 de setembro de 1997, que trata da coordenação
disponha da aparelhagem necessária para a aferição em do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
campo aberto. Qualquer excesso, que seria, evidentemente,
incompatível com o nível geral do som medido, deverá ser Art. 1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes de
desprezado. advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do
triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância
4 - AMBIENTE ACÚSTICO mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de
4.1 - O local de provas deve ter condições que assegurem a emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da
divergência hemisférica de + 1db, aproximadamente. via, e em condição de boa visibilidade.

Legislação de Trânsito 49
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Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Art. 2º A autorização para utilização de meio eletrônico
publicação será dada pelo órgão de trânsito, mediante requerimento e
apresentação, pelo estabelecimento interessado, do sistema de
RESOLUÇÃO Nº 46, DE 21 DE MAIO DE 1998 controle a ser empregado.

Estabelece os equipamentos de segurança obrigatórios para Art. 3º Os dados registrados a partir da ordem de serviço
as bicicletas conforme disciplina o art. 105, VI do Código de conterão todos elementos elencados no art. 330 do Código de
Trânsito Brasileiro e art. 5° da Resolução 14/98. Trânsito Brasileiro e serão transcritos em listagens com
páginas numeradas, que deverão ser levadas a repartição de
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, trânsito para serem autenticadas, até o décimo dia do mês
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da seguinte ao de referência.
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de Art. 4º A via original da ordem de serviço e seus
23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema complementos serão arquivados pelo estabelecimento pelo
Nacional de Trânsito, resolve: prazo de 12 (doze) meses, contados do primeiro dia do mês
subsequente a sua emissão.
Art. 1º As bicicletas com aro superior a vinte deverão ser
dotadas dos seguintes equipamentos obrigatórios: Art. 5º As listagens vistadas pela repartição de trânsito
I - espelho retrovisor do lado esquerdo, acoplado ao serão arquivadas pelo prazo de 5 (cinco) anos.
guidom e sem haste de sustentação;
II - campainha, entendido como tal o dispositivo sonoro Art. 6º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais
mecânico, eletromecânico, elétrico, ou pneumático, capaz de terão acesso às ordens de serviço, ao controle informatizado e
identificar uma bicicleta em movimento; as listagens, sempre que as solicitarem, não podendo,
III - sinalização noturna, composta de retrorefletores, com entretanto, retirá-las do estabelecimento.
alcance mínimo de visibilidade de trinta metros, com a parte
prismática protegida contra a ação das intempéries, nos Art. 7º A falta de qualquer documento da regularidade de
seguintes locais: sua emissão ou de autenticação da repartição de trânsito e a
a) na dianteira, nas cores branca ou amarela; recusa da exibição de qualquer documento ou do controle
b) na traseira na cor vermelha; eletrônico, será punido com a multa prevista para as infrações
c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor. gravíssimas, independentemente das demais combinações
legais.
Art. 2º Estão dispensadas do espelho retrovisor e da
campainha as bicicletas destinadas à prática de esportes, Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
quando em competição dos seguintes tipos: publicação.
I - mountain bike (ciclismo de montanha);
II - down hill (descida de montanha); RENAN CALHEIROS
III - free style (competição estilo livre); Ministério da Justiça
IV - competição olímpica e panamericana;
V - competição em avenida, estrada e velódromo; RESOLUÇÃO Nº 62, DE 21 DE MAIO DE 1998
VI - outros.
Estabelece o uso de pneus extralargos e define seus limites
Art. 3º Esses equipamentos obrigatórios serão exigidos a de peso de acordo com o Parágrafo único do art. 100 do Código
partir de 01 de janeiro de 2000. de Trânsito Brasileiro.

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no
publicação. uso das atribuições legais que lhe conferem o art. 12, inciso I,
da Lei nº 9503 de 23 de setembro de 1997 que instituiu o
RENAN CALHEIROS Código de Trânsito Brasileiro - CTB; e conforme o Decreto nº
Ministério da Justiça 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
RESOLUÇÃO 60, DE 21 DE MAIO DE 1998
Art. 1º É permitida a utilização de pneus com banda extra-
Dispõe sobre a permissão de utilização de controle larga (Single) do tipo 385/65 R 22.5 em semirreboques e
eletrônico para o registro do movimento de entrada e saída e de reboques dotados de suspensão pneumática com eixos em
uso de placas de experiência pelos estabelecimentos constantes tandem.
do artigo 330 do Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Para essas configurações será admitido o
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, peso bruto máximo transmitido, por conjunto de eixos em
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da tandem, sendo de 17 toneladas para o tandem duplo e 25,5
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código toneladas para o tandem triplo.
de Trânsito Brasileiro - CTB e, conforme o Decreto nº 2.327, de
23 de setembro de 1997, que trata da coordenação do Sistema Art. 2º A utilização de outros tipos de pneus SINGLE em
Nacional de Trânsito, resolve: veículo trator, reboque ou semirreboque observadas os limites
de peso por eixo fixados na resolução nº 12/98 do CONTRAN,
Art. 1º Permitir que os estabelecimentos a que se refere o de 12 de fevereiro de 1998, com suspensão, tipo ou dimensão
art. 330 do Código de Trânsito Brasileiro possam utilizar o de pneu diferente da mencionada no art. anterior, estará
livro de registro de movimento de entrada e saída de veículos sujeita à APEX - Autorização Provisória Experimental, na
e de uso de placas de experiência, de modo informatizado, forma do Anexo I, pelo prazo de 2 (dois) anos, renovável por
respeitados os dispositivos do referido artigo e desta igual período até sua regulamentação, fornecida pelo órgão
Resolução. rodoviário da União.

Legislação de Trânsito 50
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 3º A expedição da APEX fica condicionada à lei, não devendo ser registrado ou licenciado o veículo sem que
apresentação prévia da especificação técnica do equipamento o seu proprietário efetue o pagamento do débito de multas,
e do pneu pelos interessados e terá validade nas vias de todo excetuando-se as infrações resultantes de excesso de peso que
território nacional. obedecem ao determinado no art. 257 e parágrafos do Código
de Trânsito Brasileiro.
Art. 4º A autorização provisória experimental, fica sujeita
a apresentação de relatório semestral, conforme Anexo II, com Art.2o. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
as seguintes informações: publicação.
I - velocidades médias;
II - cargas transportadas e seus pesos; RESOLUÇÃO No 110, DE 24 FEVEREIRO DE 2000
III- rotas percorridas;
IV- consumo de combustível; e Fixa o calendário para renovação do Licenciamento Anual
V - desempenho do conjunto comparado com unidade de Veículos e revoga a Resolução CONTRAN no 95/99.
convencional.
Parágrafo único. Não sendo apresentado o relatório O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
semestral será cancelada a APEX. usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei n o
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
Art. 5º Após o período experimental, o Departamento Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto n o 2.327, de
Nacional de Estradas de Rodagem - DNER apresentara ao 23 de setembro de 1997, que trata da Coordenação do Sistema
CONTRAN proposta de regulamentação de novos tipos de Nacional de Trânsito, e
pneus com banda extra-larga, suspensão, e limites de peso.
Considerando que a Resolução CONTRAN no 95/99,
Art. 6º Fica revogada a Resolução 787/94 do CONTRAN. apresenta incompatibilidade com os prazos estipulados por
alguns Estados para recolhimento do IPVA;
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação Considerando que essa incompatibilidade obrigaria os
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal a licenciar
RESOLUÇÃO Nº 78, DE 19 DE NOVEMBRO DE 1998 veículos cujos proprietários ainda não tivessem recolhido o
IPVA; e
Trata das normas e requisitos de segurança para a
fabricação, montagem e transformação de veículos. Considerando que a alteração nos prazos fixados na
Resolução CONTRAN no 95/99 não provoca prejuízos ao
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM, nem
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, c.c. à fiscalização da regularidade documental dos veículos,
os arts. 159, 148 §§ 2º e 3º da Lei 9.503, de 23 de setembro de resolve:
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e
conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que Art. 1o Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve: Distrito Federal estabelecerão prazos para renovação do
Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob sua
Art 1º As normas e requisitos de identificação e segurança circunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de
para a fabricação, montagem e transformação de veículos, identificação, respeitados os limites fixados na tabela a seguir:
consoante sua destinação, de acordo com os incisos XXV e
XXVI, do art. 19, do Código de Trânsito Brasileiro-CTB serão Algarismo final da Prazo final para
consolidados e estabelecidos, mediante portaria do órgão placa renovação
máximo executivo de trânsito da União.
1e2 Até setembro
Art 2º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
3, 4 e 5 Até outubro
publicação.
6, 7 e 8 Até novembro
Ministério da Justiça
9e0 Até dezembro
RESOLUÇÃO No 108 DE 21, DE DEZEMBRO 1999.
Art. 2o As autoridades, órgãos, instituições e agentes de
Dispõe sobre a responsabilidade pelo pagamento de multas. fiscalização de trânsito e rodoviário em todo o território
nacional, para efeito de autuação e aplicação de penalidades,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO–CONTRAN, quando o veículo se encontrar fora da unidade da federação
usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da em que estiver registrado, deverão adotar os prazos
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código estabelecidos nesta Resolução.
de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de
23 de setembro de 1997, que trata da Coordenação do Sistema Art. 3 o Esta Resolução entra em vigor na data de sua
Nacional de Trânsito, considerando a decisão tomada na publicação, ficando revogada a Resolução CONTRAN no
reunião em 31/8/99, e tendo em vista a Deliberação no 13 “ad. 95/99.
referendum” do Presidente do Conselho Nacional de Trânsito-
CONTRAN, publicada no Diário Oficial da União de 8 de Resolução CONTRAN nº 128, DE 06 DE AGOSTO DE
novembro de 1999, resolve: 2001.

Art.1o Fica estabelecido que o proprietário do veículo será Estabelece a obrigatoriedade de utilização de dispositivo de
sempre responsável pelo pagamento da penalidade de multa, segurança para prover melhores condições de visibilidade
independente da infração cometida, até mesmo quando o diurna e noturna em veículos de transporte de carga.
condutor for indicado como condutor-infrator nos termos da

Legislação de Trânsito 51
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APOSTILAS OPÇÃO

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, estabelecida no item 4.9 do anexo da Resolução CONTRAN nº
usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei n o 152, de 29 de outubro de 2003;
9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Os cantos superiores e inferiores das laterais e da traseira
Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto no 2.327, de 23 da carroçaria dos veículos tipo baú e afins, deverão ser
de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do delineados por dois dispositivos de cada lado, afixados junto
Sistema Nacional de Trânsito, e às bordas horizontais e verticais, e o seu comprimento maior
deverá estar na vertical (Redação dada pela Resolução nº
Considerando que uma sinalização eficiente nos veículos 366/2010).
contribui de forma significativa para a redução de acidentes,
principalmente à noite e em condições climáticas adversas; 2. Afixação
Os dispositivos deverão ser afixados na superfície da
Considerando que estudos indicam que veículos de carga carroceria por meio de parafusos, pregos, rebites, por auto
são geralmente vistos muito tarde, ou não vistos pelos adesivos ou cola, desde que a afixação seja permanente.
motoristas, e que o delineamento dos contornos desses
veículos com material retrorefletido pode prevenir 3. Características Técnicas dos Dispositivos de
significativo número de acidentes, conforme demonstra a Segurança
experiência de países que possuem legislação similar; 3.1 – Nos veículos, cujas carrocerias sejam lisas nos locais
de afixação e que garantam perfeita aderência, os dispositivos
Considerando o resultado dos estudos técnicos realizados de segurança poderão ser auto adesivados e opcionalmente
pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares, pelo Instituto colados diretamente na superfície da carroceria.
de Pesquisas Tecnológicas – IPT/SP em conjunto com o 3.2 - Os veículos com carroceria de madeira ou metálicos
Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR, complementados por com superfície irregular, cuja superfície não garanta uma
testes práticos em campo de prova, destinados a se avaliar a perfeita aderência, deverão ter os dispositivos afixados
possibilidade de redução da área de aplicação das películas primeiramente em uma base metálica e deverão atender os
refletidas, visando a redução de custos, sem prejuízo da seguintes requisitos:]
segurança de trânsito;
Base metálica
Considerando, finalmente, a necessidade de iniciar a a. Largura, espessura e detalhes das abas que deverão ser
utilização do dispositivo retrorefletor de forma gradativa, dobradas de modo a selar as bordas horizontais do
visando sua extensão a todos os veículos, com base na retrorefletor. (mm)
experiência obtida, resolve:

Art. 1o Os veículos de transporte de carga com Peso Bruto


Total – PBT superior a 4.536 Kg, fabricados a partir fabricados
a partir de 30 de abril de 2001, somente poderão ser
comercializados quando possuírem dispositivo de segurança
afixado de acordo com as disposições constantes do anexo
desta Resolução.
Parágrafo único. Ficam vedados o registro e o
licenciamento dos veículos de que trata o caput deste artigo
que não atenderem ao disposto nesta Resolução. Raios não indicados: 0,3mm - espessura não indicada1 + -
0,15mm
Art. 2o Os requisitos desta Resolução passam a fazer parte
da Inspeção de Segurança Veicular. b. Comprimento

Art. 3o Os veículos militares ficam excluídos das exigências


constantes desta Resolução.

Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nos 105 e c. Material


119, de 21 de dezembro de 1999 26 de julho de 2000, - opção 1: Chapa de ferro laminado a frio, bitola 20 ou 22
respectivamente. SAE 1008
Sistema de Pintura
ANEXO Primer anticorrosivo

1. Localização Acabamento com base de resina acrílica melamina ou


Os dispositivos deverão ser afixados nas laterais e na alquídica melanina, conforme especificação abaixo:
traseira do veículo, ao longo da borda inferior ou - Sólidos - 50% mínimo por peso
opcionalmente, no caso dos siders, sobre o bandô existente na - Salt spray - 120 horas
parte externa, alternando os segmentos de cores vermelha e - Impacto - 40kg/cm2
branca, dispostos horizontalmente, distribuídos de forma - Aderência - 100% corte em grade
uniforme e cobrindo no mínimo 33,33% (trinta e três vírgula - Dureza - 25 a 31 SHR
trinta e três por cento) da extensão das bordas laterais e 80% - Brilho - mínimo 80% a 60% graus
(oitenta por cento) das bordas traseiras do veículo da frota em - Temperatura de secagem - 120°C a 160°C
circulação; - Tempo - 20’ a 30’
O para-choque traseiro dos veículos deverá ter suas - Fineza - mínimo 7H
extremidades delineadas por um dispositivo de cada lado, - Viscosidade fornecimento - 60” a 80” - CF-4
excetuando-se aqueles já dotados de faixas oblíquas na forma - Cor cinza código RAL 7001

Legislação de Trânsito 52
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APOSTILAS OPÇÃO

- opção 2: Alumínio liga 6063 – T5 norma DIN AL Mg Si 0,5 Observação: A Resolução CONTRAN nº 132, DE 2 DE
Utilização direta sem pintura. ABRIL DE 2002, estabelece a obrigatoriedade de utilização
de película refletiva para prover melhores condições de
3.3 - Retrorefletor visibilidade diurna e noturna em veículos de transporte de
a) Dimensões carga em circulação.

RESOLUÇÃO Nº 142, DE 26 DE MARÇO DE 2003.

Dispõe sobre o funcionamento do Sistema Nacional de


Trânsito – SNT, a participação dos órgãos e entidades de
trânsito nas reuniões do sistema e as suas modalidades.

Nota: No caso de utilização de base metálica o retrorefletor O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no
deverá ser selado pelo metal dobrado ao longo das bordas uso das atribuições que lhe confere o artigo 12, da Lei nº 9.503,
horizontais, e a largura visível do retrorefletor deverá ser de de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
45 + - 2,5mm. Brasileiro – CTB;

b) Especificação dos limites de cor (diurna) Considerando que o grande número de integrantes do
Sistema Nacional de Trânsito – SNT inviabiliza reuniões de
1 2 3 4 trabalho com a totalidade dos componentes;
X Y x Y x y X Y Mi Ma Considerando o entendimento dos componentes do
n. x.
Sistema Nacional de Trânsito que cada natureza de órgãos e
Branca 0.30 0.30 0.35 0.35 0.33 0.37 0.28 0.32 15 - entidades deve estar representada nas reuniões de trabalho;
5 5 5 5 5 5 5 5
Vermel 0.69 0.31 0.59 0.31 0.56 0.34 0.65 0.34 2,5 15 Considerando que os componentes do Sistema Nacional de
ha 0 0 5 5 9 1 5 5 Trânsito entendem que a representação também deve
obedecer a critérios regionais e populacionais;
Os quatro pares de coordenadas de cromaticidade deverão
determinar a cor aceitável nos termos da CIE 1931 sistema Considerando que as diferenças operacionais entre os
colorimétrico estândar, de padrão com iluminante D65. órgãos e entidades das diversas naturezas que compõem o
Método ASTME – 1164 com valores determinados em um Sistema Nacional de Trânsito demandaram a necessidade de,
equipamento “Hunter Lab Labscan II 0/45 em alguns casos, subdividir as regiões geográficas do país;
spectrocolorimeter” com opção CMR559. Computação
realizada de acordo com E-308. Resolve:

c) Especificação do coeficiente mínimo de Art. 1º. Criar o Fórum Consultivo formado por
retrorefletividade em candelas por Lux por metro quadrado representantes de órgãos e entidades integrantes do Sistema
(orientação 0 e 90°). Nacional de Trânsito – SNT, com a finalidade de assessorar o
Contran em suas decisões e buscando atender ao disposto no
Os coeficientes de retrorefletividade não deverão ser art. 6º do Código de Trânsito Brasileiro.
inferiores aos valores mínimos especificados. As medições
serão feitas de acordo com o método ASTME-810. Todos os Art. 2º. O Fórum Consultivo é composto pelos titulares dos
ângulos de entrada, deverão ser medidos nos ângulos de seguintes órgãos e entidades:
observação de 0,2° e 0,5°. A orientação 90° é definida com a I. órgão máximo executivo de trânsito da União –
fonte de luz girando na mesma direção em que o dispositivo Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN;
será afixado no veículo. II. órgão executivo rodoviário da União – Departamento
Nacional de Infra-estrutura de Trânsito - DNIT;
Angulo de Angulo de Branco Vermelho III. Polícia Rodoviária Federal - PRF;
Observação entrada IV. órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
0.2 -4 500 100 e do Distrito Federal, sendo:
0.2 +30 300 60 a) representação regional:
0.2 +45 85 17 1. 01 (uma) da região N1, que compreende os Estados
0.5 -4 100 20 de: Amapá, Pará e Roraima;
2. 01 (uma) da região N2, que compreende os Estados
0.5 +30 75 15
de: Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins;
0.5 +45 30 6
3. 01 (uma) da região NE1, que compreende os Estados
de: Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte;
d) O retrorefletor deverá ter suas características,
4. 01 (uma) da região NE2, que compreende os Estados
especificadas por esta Resolução, atestada por uma entidade
de: Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe;
reconhecida pelo DENATRAN e deverá exibir em sua
5. 01 (uma) da região CO, que compreende o Distrito
construção uma marca de segurança comprobatória desse
Federal e os Estados de: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do
laudo com a gravação das palavras APROVADO DENATRAN,
Sul;
com 3mm de altura e 50mm de comprimento em cada
6. 01 (uma) da região SE, que compreende os Estados
segmento da cor branca do retrorefletor.
de: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo;
7. 01 (uma) da região S, que compreende os Estados de:
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

b) representação por população: dos 2 (dois) Estados


com as maiores populações.
Legislação de Trânsito 53
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APOSTILAS OPÇÃO

V. órgãos ou entidades executivos rodoviários dos Estados IX. presidentes das Juntas Administrativas de Recursos
e do Distrito Federal, sendo: de Infrações – JARI, sendo:
a) 01 (um) da região Norte, que compreende os Estados a) 1 (uma) de órgão ou entidade executiva rodoviária
de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e estadual;
Tocantins; b) 1 (uma) de órgão ou entidade executiva estadual;
b) 01 (um) da região Nordeste, que compreende os c) 1 (uma) de órgão ou entidade executiva municipal.
Estados de: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; Art. 3º. O membro titular do Fórum Consultivo indicará seu
c) 01 (um) da região Centro-Oeste, que compreende o suplente dentre os servidores de seu órgão ou entidade, que
Distrito Federal e os Estados de: Goiás, Mato Grosso e Mato em sua ausência terá poder de voto.
Grosso do Sul;
d) 01 (um) da região Sudeste, que compreende os Art. 4º. O mandato da representação dos órgãos e
Estados de: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São entidades que se revezam é de um ano.
Paulo;
e) 01 (um) da região Sul, que compreende os Estados Art. 5º. Os órgãos e entidades que se revezam serão
de: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. escolhidos dentre aqueles que demonstrarem interesse em
participar, mediante inscrição prévia.
VI. Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN, sendo:
a) 01 (um) da região Norte, que compreende os Estados Art. 6º. As reuniões ordinárias do Fórum Consultivo serão
de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e bimestrais e sempre que necessário serão convocadas
Tocantins; reuniões extraordinárias.
b) 01 (um) da região Nordeste, que compreende os
Estados de: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Art. 7º. O Fórum Consultivo será presidido pelo titular do
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
c) 01 (um) da região Centro-Oeste, que compreende o
Distrito Federal e os Estados de: Goiás, Mato Grosso e Mato Art. 8º. O órgão ou entidade do Fórum Consultivo cuja
Grosso do Sul; representação estiver ausente por duas reuniões consecutivas
d) 01 (um) da região Sudeste, que compreende os ou três intercaladas será substituído por órgão ou entidade da
Estados de, e Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São mesma natureza nos termos do art. 5º desta Resolução.
Paulo;
e) 01 (um) da região Sul, que compreende os Estados Art. 9º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
de: Paraná Rio Grande do Sul e Santa Catarina. publicação.

VII. Polícias Militares - PM, sendo:


a) 01 (um) da região Norte, que compreende os Estados RESOLUÇÃO Nº 143, DE 26 DE MARÇO DE 2003
de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins; Dispõe sobre a utilização dos recursos do Seguro
b) 01 (um) da região Nordeste, que compreende os Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos
Estados de: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, destinados ao órgão
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e dá outras
c) 01 (um) da região Centro-Oeste, que compreende o providências.
Distrito Federal e os Estados de: Goiás, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul; O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN,
d) 01 (um) da região Sudeste, que compreende os usando da competência que lhe confere o inciso I, do art. 12 da
Estados de: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
Paulo; de Trânsito Brasileiro – CTB e,
e) 01 (um) da região Sul, que compreende os Estados
de: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Considerando que a aplicação dos recursos provenientes
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por
VIII. órgãos e entidades executivos municipais, sendo: Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, instituído
a) representação regional: pela Lei nº 6.194, de 9 de dezembro de 1974, e destinados à
1. 03 (três) da região Norte, que compreende os implementação de programas voltados à prevenção de
Estados de: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima acidentes de trânsito deve ter sistemático e orgânico
e Tocantins; acompanhamento pelo órgão máximo executivo de trânsito da
2. 03 (três) da região NE1 que compreende os Estados União;
de: Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte;
3. 03 (três) da região NE2 que compreende os Estados Considerando que as ações e programas do Estado para a
de: Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe; segurança no trânsito não podem ter solução de continuidade,
4. 03 (três) da região CO que compreende o Distrito a requerer centralizado e participativo planejamento, a fim de
Federal e os Estados de: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do evitar superposição de atividades e desperdício de recursos
Sul; públicos,
5. 03 (três) da região SE que compreende os Estados de: Resolve:
Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo;
6. 03 (três) da região S que compreende os Estados de: Art. 1º. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito –
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. CONTRAN, a definição das linhas prioritárias dos Programas e
b) representação por população: dos 6 (seis) Projetos a serem desenvolvidos pelos Ministérios previstos no
municípios com as maiores populações. art. 78 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

Legislação de Trânsito 54
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 2º. Caberá ao Departamento Nacional de Trânsito – Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
DENATRAN, a compatibilização e a consolidação dos projetos publicação.
desenvolvidos e apresentados pelos Ministérios referidos no
artigo anterior, a fim de que seja elaborado o programa de ação Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário, em
do Estado para o cumprimento de sua missão institucional de especial a Resolução nº 97/99 – CONTRAN.
redução e prevenção de acidentes de trânsito.
RESOLUÇÃO Nº 157, DE 22 DE ABRIL DE 2004
Art. 3º. A proposição formulada pelo DENATRAN, na forma
do artigo anterior, será submetida à aprovação do CONTRAN. Fixa especificações para os extintores de incêndio,
equipamento de uso obrigatório nos veículos automotores,
Art. 4º. A utilização dos recursos do Prêmio de Seguro elétricos, reboque e semirreboque, de acordo com o Artigo 105
Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos do Código de Trânsito Brasileiro.
Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, obedecida a
tramitação dos artigos anteriores, deverá atender ainda aos O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no
seguintes critérios: uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei
I – Os recursos do DPVAT serão repassados aos Ministérios nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
próprios, após aprovação dos projetos pelo CONTRAN, Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de
mediante descentralização de créditos pelo DENATRAN, por 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema
meio de Notas de Crédito, e ainda: Nacional de Trânsito;
a) a descentralização dos créditos aqui referidos deverá
ser efetivada, bimestralmente, com base na arrecadação do Considerando o art. 105, § 1º, do CTB, que estabelece que
bimestre anterior, até o 5º dia útil subseqüente; o CONTRAN determinará as especificações técnicas dos
b) os repasses financeiros correspondentes deverão ser equipamentos obrigatórios,
efetuados concomitantemente à descentralização dos créditos
respectivos; Resolve:
c) os saldos orçamentários relativos aos créditos
descentralizados, não empenhados até 31 de dezembro de Art. 1º Esta norma torna facultativo o uso do extintor de
cada exercício, serão cancelados e os recursos financeiros incêndio, para automóveis, utilitários, camionetas,
correspondentes recolhidos ao DENATRAN, ressalvados os caminhonetes e triciclos de cabine fechada, do tipo e
valores necessários à cobertura dos Restos a Pagar Inscritos; capacidade constantes da tabela 2 do Anexo desta Resolução,
d) o DENATRAN fará a redistribuição dos saldos instalado na parte dianteira do habitáculo do veículo, ao
financeiros apurados em 31 de dezembro de cada ano, na alcance do condutor (Redação dada pela Resolução nº
forma prevista no inciso I, após deduzir os valores necessários 556/2015)
à conclusão dos programas e projetos já iniciados e em § 1º Os proprietários dos veículos descritos no caput
andamento, de maneira a assegurar a sua continuidade, poderão optar pelo uso do extintor de incêndio.
devendo para tal realocá-lo aos respectivos Ministérios. § 2º Os fabricantes e importadores dos veículos descritos
nos caput deverão disponibilizar local adequado para a
II – os recursos distribuídos na forma prevista nesta instalação do suporte para o extintor de incêndio, na forma da
Resolução serão aplicados, exclusivamente, em Programas e legislação vigente.
Projetos a serem desenvolvidos em parceria ou isoladamente, § 3º Os proprietários de veículos que optarem por utilizar
visando à prevenção de acidentes de trânsito, devendo ser o extintor de incêndio deverão seguir as normas dispostas
apresentados relatórios ao CONTRAN, contendo diagnóstico nesta Resolução.
do problema, objetivos a serem alcançados, metas, público §4º É obrigatório o uso do extintor de incêndio para
alvo, abrangência territorial, indicadores de resultados e caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos
cronograma físico-financeiro. destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos,
gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de
Art. 5º A apreciação e aprovação dos programas e projetos passageiros.
pelo CONTRAN deverão ocorrer em até 60 (sessenta) dias
contados a partir da entrega dos mesmos, observados na Art. 2º. Os extintores de incêndio deverão exibir a Marca
análise custo/benefício, dentre outros, os seguintes fatores: de Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia,
- impacto sobre a morbi-mortalidade; Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, e ser
- educação para o trânsito; fabricados atendendo, no mínimo, as especificações do Anexo
- produção de informações; desta Resolução.
- intersetorialidade;
- segurança no trânsito; Art. 3º. Os extintores de incêndio instalados a partir de
- eventuais superposições com outros programas e sessenta dias após a data de publicação desta Resolução
projetos, e deverão atender os seguintes requisitos:
- impacto financeiro. I. quando em veículos previstos nos itens 1 e 4 da tabela 1
do Anexo, durabilidade mínima e validade do teste
Parágrafo único. A relação dos programas e projetos hidrostático pelo prazo de cinco anos da data de fabricação;
aprovados pelo CONTRAN deverá ser publicada no Diário II. quando em veículos previstos nos itens 2 e 3 da tabela 1
Oficial da União, no prazo de 20 (vinte) dias a contar da data do Anexo, durabilidade mínima de três anos e a validade do
de aprovação. teste hidrostático pelo prazo de cinco anos da data de
fabricação.
Art. 6º Ficam os Ministérios atendidos por estes recursos Parágrafo único. A partir da data constante do caput, os
obrigados à prestação de contas e resultados ao CONTRAN, veículos de que trata esta Resolução poderão circular com
mediante apresentação de relatórios físico-financeiros extintor de incêndio com carga de pó ABC ou outro tipo de
relativos à execução dos correspondentes Programas e agente extintor, desde que o agente utilizado seja adequado às
Projetos, anualmente ou após sua conclusão. três classes de fogo e que sejam atendidos os requisitos de

Legislação de Trânsito 55
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APOSTILAS OPÇÃO

capacidade extintora mínima previstos na tabela 2 do Anexo poderão circular equipados com extintores de incêndio com
desta Resolução. carga de pó ABC. (Redação dada pela Resolução nº 556/2015)
§ 3º A partir de 1º de outubro de 2015, os proprietários de
Art. 4°. A durabilidade mínima, a validade do teste automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos
hidrostático e as características de manutenção e massa dos de cabine fechada, que optarem pela utilização do extintor de
extintores de incêndio fabricados segundo a legislação vigente incêndio, deverão utilizar extintores de incêndio com carga de
até sessenta dias após a data de publicação desta Resolução pó ABC. (Incluído pela Resolução nº 556/2015)
serão as constantes do rótulo do equipamento.
Parágrafo único. A quantidade, o tipo e a capacidade Art. 9º. As autoridades de trânsito ou seus agentes deverão
mínima dos extintores de incêndio referidos no caput, fiscalizar os extintores de incêndio, nos veículos em que seu
conforme os veículos que os portem, deverão atender as uso é obrigatório, verificando os seguintes itens: (Redação
seguintes especificações: dada pela Resolução nº 556/2015)
I. automóvel, camioneta, caminhonete, e caminhão com I. o indicador de pressão não pode estar na faixa vermelha;
capacidade de carga útil até seis toneladas: um extintor de II. integridade do lacre;
incêndio, com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, III. presença da marca de conformidade do INMETRO;
de um quilograma; IV. os prazos da durabilidade e da validade do teste
II. caminhão, reboque e semirreboque com capacidade de hidrostático do extintor de incêndio não devem estar
carga útil superior a seis toneladas: um extintor de incêndio, vencidos;
com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, de dois V. aparência geral externa em boas condições (sem
quilogramas; ferrugem, amassados ou outros danos);
III. ônibus, microônibus, reboque e semirreboque de VI. local da instalação do extintor de incêndio.
passageiros: um extintor de incêndio, com carga de pó químico
seco ou de gás carbônico, de quatro quilogramas; Art. 10. O descumprimento do disposto nesta Resolução
IV. veículos de carga para transporte de líquidos ou gases sujeitará o infrator à aplicação das sanções previstas no Art.
inflamáveis: um extintor de incêndio com carga de pó químico 230, incisos IX e X do CTB.
de oito quilogramas, ou dois extintores de incêndio com carga
de gás carbônico de seis quilogramas cada. Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 5°. O rótulo dos extintores de incêndio deve conter, no
mínimo: Art. 12. Ficam revogadas as Resoluções do CONTRAN
I. a informação: “Dentro do prazo de validade do extintor, 560/80 e 743/89.
o usuário / proprietário do veículo deve efetuar inspeção
visual mensal no equipamento, assegurando–se: AILTON BRASILIENSE PIRES
- de que o indicador de pressão não está na faixa vermelha; Presidente
- de que o lacre está íntegro;
- da presença da marca de conformidade do INMETRO; ANEXO
- de que o prazo de durabilidade e a data do teste
hidrostático do extintor não estão vencidos; Tabela 1 – Extintores com carga de pó BC fabricados
- de que a aparência geral externa do extintor está em boas até trinta e um de dezembro de 2004
condições (sem ferrugem, amassados ou outros danos)”.
II. os procedimentos de uso do extintor de incêndio; Capacidade
III. recomendação para troca do extintor imediatamente Item Aplicação extintora
após o uso ou ao final da validade. mínima
Automóveis, utilitários,
Art. 6º. Os extintores de incêndio deverão ser fabricados camionetas, caminhonetes,
em conformidade à NBR 10.721 da Associação Brasileira de 1 caminhão, caminhão trator e 5-B:C
Normas Técnicas – ABNT. triciclo automotor de cabine
fechada
Art. 7º Os extintores de incêndio deverão atender às 2 Microônibus 10-B:C
seguintes exigências: (Redação dada pela Resolução nº Ônibus, veículos de
556/2015) 3 transporte inflamável 20-B:C
I – nos veículos automotores previstos no item 1 da tabela líquido ou gasoso
2 do ANEXO, deverão ter a durabilidade mínima e a validade Reboques e semi-reboques
do teste hidrostático de cinco anos da data de fabricação, e ao 4 com capacidade de carga útil 5-B:C
fim deste prazo o extintor será obrigatoriamente substituído maior que 6 toneladas
por um novo;
II. nos veículos automotores previstos nos itens 2 e 3 da Tabela 2 – Extintores com carga de pó ABC fabricados
tabela 2 do Anexo, deverão ter durabilidade mínima de três a partir de primeiro de fevereiro de 2007
anos e validade do teste hidrostático de cinco anos da data de
fabricação. Capacidade
Item Aplicação extintora
Art. 8º O extintor de incêndio com carga de pó BC deverá mínima
ser substituído, até o vencimento da validade do teste Automóveis, utilitários,
hidrostático, por extintor de incêndio novo com carga de pó camionetas, caminhonetes,
ABC obedecendo às especificações da tabela 2 do Anexo. 1 caminhão, caminhão- trator e 1-A :5-B:C
§ 1º Os extintores de incêndio substituídos deverão ser triciclo automotor de cabine
coletados e destinados conforme legislação ambiental vigente. fechada
§ 2º A partir de 1º de outubro de 2015, os veículos
2 Micro-ônibus 2-A :10-B:C
automotores obrigados a utilizar o extintor de incêndio só

Legislação de Trânsito 56
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APOSTILAS OPÇÃO

Ônibus, veículos destinados ao


3 transporte de produtos 2-A: 20-B:C
inflamáveis, líquidos ou gasosos

RESOLUÇÃO Nº 160, DE 22 DE ABRIL DE 2004.

Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN,


usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso VIII, da
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto nº 4.711, de
29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do 1.1.2. Dimensões Mínimas
Sistema Nacional de Trânsito - SNT, e
Considerando a aprovação na 5ª Reunião Ordinária da Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais,
Câmara Temática de Engenharia da Via. conforme o ambiente em que são implantados, considerando-
Considerando o que dispõe o Artigo 336 do Código de se que o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento
Trânsito Brasileiro, resolve: nas dimensões de orlas, tarjas e símbolos.
Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código de Trânsito a) sinais de forma circular
Brasileiro - CTB, anexo a esta Resolução.

Art. 2º Os órgãos e entidades de trânsito terão até 30 de


junho de 2007 para se adequarem ao disposto nesta
Resolução.

Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias


após a data de sua publicação.

ANEXO
ANEXO II DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - CTB

1. SINALIZAÇÃO VERTICAL

É um subsistema da sinalização viária cujo meio de


comunicação está na posição vertical, normalmente em placa,
fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo
mensagens de caráter permanente e, eventualmente,
variáveis, através de legendas e/ou símbolos pré-
reconhecidos e legalmente instituídos.
A sinalização vertical é classificada de acordo com sua
função, compreendendo os seguintes tipos: c) sinal de forma triangular – R-2
- Sinalização de Regulamentação;
- Sinalização de Advertência;
- Sinalização de Indicação.

1.1. SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO

Tem por finalidade informar aos usuários as condições,


proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Suas
mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui
infração. As informações complementares, cujas características são
descritas no item 1.1.5, possuem a forma retangular.
1.1.1. Formas e Cores
A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e 1.1.3. Dimensões Recomendadas
as cores são vermelha, preta e branca:
Características dos Sinais de Regulamentação a) sinais de forma circular

Constituem exceção, quanto á forma, os sinais R-1 – Parada


Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência, com as características:

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APOSTILAS OPÇÃO

1.1.5. Informações Complementares

c) sinal de forma triangular – R-2 Sendo necessário acrescentar informações para


complementar os sinais de regulamentação, como período de
validade, características e uso do veículo, condições de
estacionamento, além de outras, deve ser utilizada uma placa
adicional ou incorporada à placa principal, formando um só
conjunto, na forma retangular, com as mesmas cores do sinal
de regulamentação.

Características das Informações Complementares

1.1.4. Conjunto de Sinais de Regulamentação

Não se admite acrescentar informação complementar para


os sinais R-1 - Parada Obrigatória e R-2 - Dê a Preferência.
Nos casos em que houver símbolos, estes devem ter a
forma e cores definidas em legislação específica.
Exemplos:

1.2. Sinalização de Advertência


Tem por finalidade alertar os usuários da via para
condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza.

Legislação de Trânsito 58
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APOSTILAS OPÇÃO

1.2.1. Formas e Cores b) Sinais de forma retangular

A forma padrão dos sinais de advertência é quadrada,


devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. À
sinalização de advertência estão associadas às cores amarela e
preta.

Características dos Sinais de Advertência

Forma Cor
Fundo Amarel c) Cruz de Santo André
a
Símbol Preta
o
Orla Preta
interna
Orla Amarel
externa a
Legend Preta 1.2.3. Conjunto de Sinais de Advertência
a

Constituem exceções:
· quanto à cor:
- o sinal A-24 – Obras, que possui fundo e orla externa na
cor laranja;
- o sinal A-14 – Semáforo à Frente, que possui símbolo nas
cores preta, vermelha, amarela e verde;
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de
obras, possuem fundo na cor laranja.
· quanto à forma, os sinais A-26a – Sentido Único, A-26b –
Sentido Duplo e A-41 – Cruz de Santo André.

A Sinalização Especial de Advertência e as Informações


Complementares, cujas características são descritas nos itens
1.2.4 e 1.2.5, possuem a forma retangular.

1.2.2. Dimensões Mínimas

Devem ser observadas as dimensões mínimas dos sinais,


conforme a via em que são implantados, considerando-se que
o aumento no tamanho dos sinais implica em aumento nas
dimensões de orlas e símbolos.

a) Sinais de forma quadrada

Legislação de Trânsito 59
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APOSTILAS OPÇÃO

b) Sinalização Especial para Pedestres

c) Sinalização Especial de Advertência somente para


rodovias, estradas e vias de trânsito rápido.

1.2.5. Informações Complementares

Havendo necessidade de fornecer informações


complementares aos sinais de advertência, estas devem ser
inscritas em placa adicional ou incorporada à placa principal
formando um só conjunto, na forma retangular, admitida a
exceção para a placa adicional contendo o número de linhas
1.2.4. Sinalização Especial de Advertência férreas que cruzam a pista. As cores da placa adicional devem
ser as mesmas dos sinais de advertência.
Estes sinais são empregados nas situações em que não é
possível a utilização dos sinais apresentados no item 1.2.3. Características das Informações Complementares
O formato adotado é retangular, de tamanho variável em
função das informações nelas contidas, e suas cores são
amarela e preta:

Características da Sinalização Especial de Advertência

Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser


na cor laranja.
Exemplos:

a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas


Exclusivas de Ônibus

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APOSTILAS OPÇÃO

Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa devem ser


na cor laranja.

1.3. SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO


Tem por finalidade identificar as vias e os locais de
interesse, bem como orientar condutores de veículos quanto
aos percursos, os destinos, as distâncias e os serviços
auxiliares, podendo também ter como função a educação do
usuário. Suas mensagens possuem caráter informativo ou
educativo.

As placas de indicação estão divididas nos seguintes


grupos:

1.3.1. Placas de Identificação


Características das Placas de Identificação de Rodovias e
Posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento, ou
Estradas Estaduais
com relação a distâncias ou ainda aos locais de destino.

a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas

Características das Placas de Identificação de Rodovias e


Estradas Pan-Americanas

b) Placas de Identificação de Municípios


Características das Placas de Identificação de Rodovias e
Estradas Federais Características das Placas de Identificação de Municípios

c) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de


Tráfego e Logradouros

A parte de cima da placa deve indicar o bairro ou


avenida/rua da cidade. A parte de baixo a região ou zona em

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APOSTILAS OPÇÃO

que o bairro ou avenida/rua estiver situado. Esta parte da e) Placas de Identificação Quilométrica
placa é opcional.
Características das Placas de Identificação Quilométrica
Características das Placas de Identificação de Regiões de
Interesse de Tráfego e Logradouros

Na utilização em vias urbanas as dimensões devem ser


determinadas em função do local e do objetivo da sinalização.

Exemplos:

d) Placas de Identificação Nominal de Pontes,


Viadutos, Túneis e Passarelas

Características das Placas de Identificação Nominal de


Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas.

f) Placas de Identificação de Limite de Municípios /


Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano

Características das Placas de Identificação de Limite de


Municípios / Divisa de Estados / Fronteira / Perímetro Urbano

Legislação de Trânsito 62
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APOSTILAS OPÇÃO

a) Placas Indicativas de Sentido (Direção)

Características das Placas Indicativas de Sentido

b) Placas Indicativas de Distância

Características das Placas Indicativas de Distância


1.3.2. Placas de Orientação de Destino

Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir


para atingir determinados lugares, orientando seu percurso
e/ou distâncias.

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APOSTILAS OPÇÃO

c) Placas Diagramadas Quando num mesmo local encontra-se mais de um tipo de


serviço, os respectivos símbolos podem ser agrupados numa
Características das Placas Diagramadas única placa.

a) Placas para Condutores

Características das Placas de Serviços Auxiliares para


Condutores

1.3.3. Placas Educativas

Tem a função de educar os usuários da via quanto ao seu


comportamento adequado e seguro no trânsito. Podem conter
mensagens que reforcem normas gerais de circulação e
conduta.

Características das Placas Educativas

Obs.: Os pictogramas podem ser utilizados opcionalmente


nas placas de orientação

b) Placas para Pedestres

Características das Placas de Serviços Auxiliares para


Pedestres

1.3.4. Placas de Serviços Auxiliares

Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos


podem dispor dos serviços indicados, orientando sua direção
ou identificando estes serviços.

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APOSTILAS OPÇÃO

a) Placas de Identificação de Atrativo Turístico

Características das Placas de Identificação de Atrativo


Turístico

1.3.5. Placas de Atrativos Turísticos


Indicam aos usuários da via os locais onde os mesmos
podem dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando
sobre sua direção ou identificando estes pontos de interesse.

Exemplos de Pictogramas:
Atrativos Turísticos Naturais

b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico


Características de Placas Indicativas de Sentido

c) Placas Indicativas de Distância de Atrativos


Turísticos

Características das Placas Indicativas de Distância de


Atrativos Turísticos

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APOSTILAS OPÇÃO

- Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas


portadoras de deficiência física, em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.
- Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o
pavimento e a pintura.

Para identificação da cor, neste documento, é adotada a


seguinte convenção:

2.2. CLASSIFICAÇÃO

A sinalização horizontal é classificada em:


- marcas longitudinais;
- marcas transversais;
- marcas de canalização;
- marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou
2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL parada;
- inscrições no pavimento.
É um subsistema da sinalização viária que se utiliza de
linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos 2.2.1. Marcas Longitudinais
sobre o pavimento das vias. Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a
Têm como função organizar o fluxo de veículos e parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos,
pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas
com problemas de geometria, topografia ou frente a de uso exclusivo de um tipo de veículo, reversíveis, além de
obstáculos; complementar os sinais verticais de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição.
regulamentação, advertência ou indicação. Em casos De acordo com a sua função, as marcas longitudinais são
específicos, tem poder de regulamentação. subdivididas nos seguintes tipos:
2.1. CARACTERÍSTICAS a) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos
A sinalização horizontal mantém alguns padrões cuja Separam os movimentos veiculares de sentidos contrários
mescla e a forma de coloração na via definem os diversos tipos e regulamentam a ultrapassagem e os deslocamentos laterais,
de sinais. exceto para acesso à imóvel lindeiro.
2.1.1. Padrão de Traçado
Seu padrão de traçado pode ser:
- Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho da via
onde estão demarcando; podem estar longitudinalmente ou
transversalmente apostas à via.
- Tracejado ou Seccionado: são linhas interrompidas, com
espaçamentos respectivamente de extensão igual ou maior
que o traço.
- Símbolos e Legendas: são informações escritas ou
desenhadas no pavimento, indicando uma situação ou
complementando sinalização vertical existente.

2.1.2. Cores

A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores:


- Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos
opostos; na delimitação de espaços proibidos para
estacionamento e/ou parada e na marcação de obstáculos.
- Vermelha: utilizada para proporcionar contraste,
quando necessário, entre a marca viária e o pavimento das
ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada à
linha de bordo branca ou de linha de divisão de fluxo de
mesmo sentido e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
- Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo
sentido; na delimitação de trechos de vias, destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos em condições
especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres,
símbolos e legendas.

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APOSTILAS OPÇÃO

b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido

Separam os movimentos veiculares de mesmo sentido e


regulamentam a ultrapassagem e a transposição

c) Linha de Bordo

Delimita a parte da pista destinada ao deslocamento de


veículos.

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APOSTILAS OPÇÃO

b) Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade

Conjunto de linhas paralelas que, pelo efeito visual,


d) Linha de Continuidade
induzem o condutor a reduzir a velocidade do veículo.
Proporciona continuidade a outras marcações
longitudinais, quando há quebra no seu alinhamento visual

2.2.3. Marcas Transversais


Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os
harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos
pedestres, assim como informam os condutores sobre a
necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de
pedestres e posições de parada.
Em casos específicos têm poder de regulamentação.
De acordo com a sua função, as marcas transversais são
subdivididas nos seguintes tipos:

a) Linha de Retenção
Indica ao condutor o local limite em que deve parar o
veículo.

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APOSTILAS OPÇÃO

c) Linha de “Dê a Preferência”

Indica ao condutor o local limite em que deve parar o


veículo, quando necessário, em locais sinalizados com a placa
R-2.

e) Marcação de Cruzamentos Rodocicloviários


d) Faixas de Travessia de Pedestres
Regulamenta o local de travessia de ciclistas.
Regulamentam o local de travessia de pedestres.

Legislação de Trânsito 69
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APOSTILAS OPÇÃO

Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusiva(s).

f) Marcação de Área de Conflito


Assinala aos condutores a área da pista em que não devem
parar e estacionar os veículos, prejudicando a circulação.

2.2.4. Marcas de Canalização

Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a


circulação de veículos. Regulamentam as áreas de pavimento
não utilizáveis.
Devem ser na cor branca quando direcionam fluxos de
mesmo sentido e na proteção de estacionamento e na cor
amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.

g) Marcação de Área de Cruzamento com Faixa


Exclusiva

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APOSTILAS OPÇÃO

2.2.5 Marcas de Delimitação e Controle de


Estacionamento e/ou Parada

Delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é


proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de
veículos, quando associadas à sinalização vertical de
regulamentação. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação. De acordo com sua função as marcas de
delimitação e controle de estacionamento e parada são
subdivididas nos seguintes tipos:

a) Linha de Indicação de Proibição de Estacionamento


e/ou Parada

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APOSTILAS OPÇÃO

Delimita a extensão da pista ao longo da qual se aplica a


proibição de estacionamento ou de parada e estacionamento
estabelecido pela sinalização vertical correspondente.

b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos


Específicos

Delimita a extensão da pista destinada à operação


exclusiva de parada. Deve sempre estar associada ao sinal de
regulamentação correspondente.
É opcional o uso destas sinalizações quando utilizadas
junto ao marco do ponto de parada de transporte coletivo.

c) Marca Delimitadora de Estacionamento


Regulamentado

Delimita o trecho de pista no qual é permitido o


estacionamento estabelecido pelas normas gerais de
circulação e conduta ou pelo sinal R-6b.

· Paralelo ao meio-fio:
- Linha simples contínua ou tracejada

Legislação de Trânsito 72
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APOSTILAS OPÇÃO

Legislação de Trânsito 73
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APOSTILAS OPÇÃO

2.2.6 Inscrições no Pavimento

Melhoram a percepção do condutor quanto às condições


de operação da via, permitindo-lhe tomar a decisão adequada,
no tempo apropriado, para as situações que se lhe
apresentarem. São subdivididas nos seguintes tipos:

a) Setas Direcionais

b) Símbolos

Indicam e alertam o condutor sobre situações específicas


na via "DÊ A PREFERÊNCIA"
INDICATIVO DE INTERSEÇÃO COM VIA QUE TEM
PREFERÊNCIA

Legislação de Trânsito 74
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APOSTILAS OPÇÃO

c) Legendas
Advertem acerca de condições particulares de operação
da via e complementam os sinais de regulamentação e
advertência.

Obs: Para legendas curtas a largura das letras e


algarismos podem ser maiores.
- Comprimento mínimo:
Para legenda transversal ao fluxo veicular: 1,60 m
Para legenda longitudinal ao fluxo veicular: 0,25 m

- Cor: branca

Exemplos de legendas:

3. DISPOSITIVOS AUXILIARES
Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados ao
pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos próximos, de
forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via. São
constituídos de materiais, formas e cores diversos, dotados ou
não de refletividade, com as funções de:
- incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento
da via ou de obstáculos à circulação;
- reduzir a velocidade praticada;
- oferecer proteção aos usuários;
- alertar os condutores quanto a situações de perigo
potencial ou que requeiram maior atenção.
Os Dispositivos Auxiliares são agrupados, de acordo com
suas funções, em:
- Dispositivos Delimitadores;

Legislação de Trânsito 75
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APOSTILAS OPÇÃO

- Dispositivos de Canalização; · Tachas – elementos contendo unidades refletivas,


- Dispositivos de Sinalização de Alerta; aplicados diretamente no pavimento.
- Alterações nas Características do Pavimento; - Cor do corpo: branca ou amarela, de acordo com a marca
- Dispositivos de Proteção Contínua; viária que complementa.
- Dispositivos Luminosos; - Cor do elemento refletivo:
- Dispositivos de Proteção a Áreas de Pedestres e/ou branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
Ciclistas; amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos,
- Dispositivos de Uso Temporário. vermelha – em rodovias, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
3.1. DISPOSITIVOS DELIMITADORES vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto.
São elementos utilizados para melhorar a percepção do - Especificação mínima: Norma ABNT.
condutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento
e a sua separação em faixas de circulação. São apostos em série Exemplos:
no pavimento ou em suportes, reforçando marcas viárias, ou
ao longo das áreas adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de possuírem
uma ou duas unidades refletivas. O tipo e a(s) cor (es) das faces
refletivas são definidos em função dos sentidos de circulação
na via, considerando como referencial um dos sentidos de
circulação, ou seja, a face voltada para este sentido.

Tipos de Dispositivos Delimitadores:


· Balizadores - unidades refletivas mono ou bidirecionais,
afixadas em suporte.
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em vias rurais, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, junto ao bordo da pista ou acostamento do sentido
oposto.
Exemplo:
Tachões – elementos contendo unidades refletivas,
aplicados diretamente no pavimento.
- Cor do corpo: amarela
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em rodovias, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, junto à linha de bordo do sentido oposto.
- Especificação mínima: Norma ABNT.

Exemplos:
Balizadores de Pontes, Viadutos, Túneis, Barreiras e
Defensas – unidades refletivas afixadas ao longo do guarda-
corpo e/ou mureta de obras de arte, de barreiras e defensas.
- Cor do elemento refletivo:
branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
vermelha – em vias rurais, de pista simples, duplo sentido
de circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor
vermelha, afixados no guarda-corpo ou mureta de obras de
arte, barreiras e defensas do sentido oposto.
Exemplo:

Cilindros Delimitadores
Exemplo:

Legislação de Trânsito 76
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APOSTILAS OPÇÃO

3.2. DISPOSITIVOS DE CANALIZAÇÃO


Os dispositivos de canalização são apostos em série sobre
a superfície pavimentada.
Tipos de Dispositivos de Canalização:
· Marcadores de Perigo – unidades refletivas fixadas em
Prismas – tem a função de substituir a guia da calçada suporte destinadas a alertar o condutor do veículo quanto a
(meio-fio) quando não for possível sua construção imediata. situação potencial de perigo.
- Cor: branca ou amarela, de acordo com a marca viária que
complementa.
Exemplo:

Segregadores – tem a função de segregar pistas para uso


exclusivo de determinado tipo de veículo ou pedestres.
- Cor: amarela.
Exemplo:

3.4. ALTERAÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS DO


PAVIMENTO

São recursos que alteram as condições normais da pista de


rolamento, quer pela sua elevação com a utilização de
dispositivos físicos colocados sobre a mesma, quer pela
mudança nítida de características do próprio pavimento. São
3.3. DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO DE ALERTA utilizados para:
São elementos que têm a função de melhorar a percepção - estimular a redução da velocidade;
do condutor quanto aos obstáculos e situações geradoras de - aumentar a aderência ou atrito do pavimento;
perigo potencial à sua circulação, que estejam na via ou - alterar a percepção do usuário quanto a alterações de
adjacentes à mesma, ou quanto a mudanças bruscas no ambiente e uso da via, induzindo-o a adotar comportamento
alinhamento horizontal da via. cauteloso;
Possuem as cores amarela e preta quando sinalizam - incrementar a segurança e/ou criar facilidades para a
situações permanentes e adquirem cores laranja e branca circulação de pedestres e/ou ciclistas.
quando sinalizam situações temporárias, como obras.
3.5. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTÍNUA
Tipos de Dispositivos de Sinalização de Alerta: São elementos colocados de forma contínua e permanente
ao longo da via, confeccionados em material flexível, maleável
· Marcadores de Obstáculos – unidades refletivas apostas ou rígido, que têm como objetivo:
no próprio obstáculo, destinadas a alertar o condutor quanto - evitar que veículos e/ou pedestres transponham
à existência de obstáculo disposto na via ou adjacente a ela. determinado local;
- evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de veículos
sobre o fluxo oposto.
Tipos de Dispositivos para Fluxo de Pedestres e
Ciclistas:

· Gradis de Canalização e Retenção


Devem ter altura máxima de 1,20 m e permitir
intervisibilidade entre veículos e pedestres.
Exemplos:

Legislação de Trânsito 77
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APOSTILAS OPÇÃO

3.6. DISPOSITIVOS LUMINOSOS


São dispositivos que se utilizam de recursos luminosos
para proporcionar melhores condições de visualização da
sinalização, ou que, conjugados a elementos eletrônicos,
permitem a variação da sinalização ou de mensagens, como
por exemplo:
- advertência de situação inesperada à frente;
- mensagens educativas visando o comportamento
adequado dos usuários da via;
- orientação em praças de pedágio e pátios públicos de
estacionamento;
- informação sobre condições operacionais das vias;
- orientação do trânsito para a utilização de vias
alternativas;
- regulamentação de uso da via.

Tipos de Dispositivos Luminosos:

Painéis Eletrônicos
Exemplos:
Tipos de Dispositivos para Fluxo Veicular:
· Defensas Metálicas
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:

Painéis com Setas Luminosas


Exemplos:

· Barreiras de Concreto
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplos:

3.7. DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO


São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados em
situações especiais e temporárias, como operações de trânsito,
obras e situações de emergência ou perigo, com o objetivo de
alertar os condutores, bloquear e/ou canalizar o trânsito,
proteger pedestres, trabalhadores, equipamentos, etc.
Aos dispositivos de uso temporário estão associadas as
cores laranja e branca.

Tipos de Dispositivos de Uso Temporário:

· Dispositivos Anti-ofuscamento Cones


Especificação mínima: Norma ABNT Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo: Exemplo:

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APOSTILAS OPÇÃO

ARTICULADOS

Cilindro DESMONTÁVEIS
Especificação mínima: Norma ABNT
Exemplo:

Barreiras
Exemplos:

FIXAS
Balizador Móvel
Exemplo:

MÓVEIS

Tambores
Exemplos:

CANCELAS

Fita Zebrada
Exemplo:
PLÁSTICAS

Tapumes
Exemplos:

Cavaletes
Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO

Gradis
Exemplos:

4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização
viária que se compõe de indicações luminosas acionadas
alternada ou intermitentemente através de sistema
Elementos Luminosos Complementares elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.
Exemplos: Existem dois (2) grupos:
- a sinalização semafórica de regulamentação;
- a sinalização semafórica de advertência.

Formas e Dimensões

4.1. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE


REGULAMENTAÇÃO
Bandeiras
Exemplos: A sinalização semafórica de regulamentação tem a função
de efetuar o controle do trânsito num cruzamento ou seção de
via, através de indicações luminosas, alternando o direito de
passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres.

4.1.1. Características
Compõe-se de indicações luminosas de cores
preestabelecidas, agrupadas num único conjunto, dispostas
verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela, podendo
neste caso ser fixadas horizontalmente.

Faixas 4.1.2. Cores das Indicações Luminosas


Exemplos: As cores utilizadas são:

a) Para controle de fluxo de pedestres:


- Vermelha: indica que os pedestres não podem
atravessar.
- Vermelha Intermitente: Indica para o pedestre o
término do direito de iniciar a travessia. Sua duração deve
permitir a conclusão das travessias iniciadas no tempo de
verde;
- Verde: assinala que os pedestres podem atravessar.

b) Para controle de fluxo de veículos:


- Vermelha: indica obrigatoriedade de parar.
- Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor parar o
veículo, salvo se isto resultar em situação de perigo.

Legislação de Trânsito 80
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APOSTILAS OPÇÃO

- Verde: indica permissão de prosseguir na marcha,


podendo o condutor efetuar as operações indicadas pelo sinal
luminoso, respeitadas as normas gerais de circulação e
conduta.

4.1.3. Tipos

a) Para Veículos:
4.2. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE ADVERTÊNCIA
- Compostos de três indicações luminosas, dispostas na A sinalização semafórica de advertência tem a função de
sequencia preestabelecida abaixo: advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa,
devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas
de precaução compatíveis com a segurança para seguir
adiante.

4.2.1. Características
Compõe-se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo
funcionamento é intermitente ou piscante alternado, no caso
de duas indicações luminosas.

O acendimento das indicações luminosas deve ser na


sequência verde, amarelo, vermelho, retornando ao verde.
Para efeito de segurança recomenda-se o uso de, no
mínimo, dois conjuntos de grupos focais por aproximação, ou
a utilização de um conjunto de grupo focal composto de dois
focos vermelhos, um amarelo e um verde.
- Compostos de duas indicações luminosas, dispostas na
sequência preestabelecida abaixo. Para uso exclusivo em No caso de grupo focal de regulamentação, admite-se o uso
controles de acesso específico, tais como praças de pedágio e isolado da indicação luminosa em amarelo intermitente, em
balsa. determinados horários e situações específicas. Fica o condutor
do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o
disposto no Artigo 29, inciso III, alínea C.

5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS

A Sinalização de Obras tem como característica a utilização


dos sinais e elementos de Sinalização
Com símbolos, que podem estar isolados ou integrando
Vertical, Horizontal, Semafórica e de Dispositivos e
um semáforo de três ou duas indicações luminosas.
Sinalização Auxiliares combinados de forma que:
Exemplos:
- os usuários da via sejam advertidos sobre a intervenção
realizada e possam identificar seu caráter temporário;
- sejam preservadas as condições de segurança e fluidez do
trânsito e de acessibilidade;
- os usuários sejam orientados sobre caminhos
alternativos;
- sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a evitar a
deposição e/ou lançamento de materiais sobre a via.
Na sinalização de obras, os elementos que compõem a
sinalização vertical de regulamentação, a sinalização
horizontal e a sinalização semafórica têm suas características
preservadas.
A sinalização vertical de advertência e as placas de
orientação de destino adquirem características próprias de
cor, sendo adotadas as combinações das cores laranja e preta.
Entretanto, mantém as características de forma, dimensões,
símbolos e padrões alfanuméricos:

b) Para Pedestres:

Os dispositivos auxiliares obedecem às cores estabelecidas


no capítulo 3 deste Anexo, mantendo as características de
forma, dimensões, símbolos e padrões alfanuméricos.

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APOSTILAS OPÇÃO

São exemplos de sinalização de obras: b) Gestos de Condutores

6. GESTOS
a) Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito
As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade
de Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as
normas definidas por outros sinais de trânsito. Os gestos
podem ser:

Obs: Válido para todos os tipos de veículos.

7. SINAIS SONOROS

Sinais de
Significado Emprego
apito
Liberar o
Um silvo trânsito em direção
Siga
breve / sentido indicado
pelo agente
Dois silvos Indicar parada
Pare
breves obrigatória
Quando for
Um silvo Diminuir a necessário fazer
longo marcha diminuir a marcha
dos veículos

Os sinais sonoros somente devem ser utilizados em


conjunto com os gestos dos agentes.

RESOLUÇÃO Nº 168, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2004

Estabelece Normas e Procedimentos para a formação de


condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos
exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de
formação, especializados, de reciclagem e dá outras
providências.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN


usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I e
artigo 141, da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o
Decreto n° 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,

RESOLVE:

Art. 1º As normas regulamentares para o processo de


formação, especialização e habilitação do condutor de veículo
automotor e elétrico, os procedimentos dos exames, cursos e
avaliações para a habilitação, renovação, adição e mudança de
categoria, emissão de documentos de habilitação, bem como
do reconhecimento do documento de habilitação obtido em
país estrangeiro são estabelecidas nesta Resolução.

Do Processo de Habilitação do Condutor

Art. 2º O candidato à obtenção da Autorização para


Conduzir Ciclomotor – ACC, da Carteira Nacional de

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APOSTILAS OPÇÃO

Habilitação – CNH, solicitará ao órgão ou entidade executivo Art. 6º O Exame de Aptidão Física e Mental será exigido
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio quando da:
ou residência, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão I – obtenção da ACC e da CNH;
ou entidade, a abertura do processo de habilitação para o qual II – renovação da ACC e das categorias da CNH;
deverá preencher os seguintes requisitos: III – adição e mudança de categoria;
I – ser penalmente imputável; IV – substituição do documento de habilitação obtido em
II – saber ler e escrever; país estrangeiro.
III – possuir documento de identidade; §1º Por ocasião da renovação da CNH o condutor que ainda
IV – possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF. não tenha frequentado o curso de Direção Defensiva e de
§1º O processo de habilitação do condutor de que trata o Primeiros Socorros, deverá cumprir o previsto no item 4 do
caput deste artigo, após o devido cadastramento dos dados anexo II desta Resolução.
informativos do candidato no Registro Nacional de
Condutores Habilitados – RENACH, deverá realizar Avaliação §2º A Avaliação Psicológica será exigida quando da:
Psicológica, Exame de Aptidão Física e Mental, Curso Teórico- a) obtenção da ACC e da CNH;
técnico, Exame Teórico-técnico, Curso de Prática de Direção b) renovação caso o condutor exercer serviço
Veicular e Exame de Pratica de Direção Veicular, nesta ordem. remunerado de transporte de pessoas ou bens;
§2° O candidato poderá requerer simultaneamente a ACC c) substituição do documento de habilitação obtido em
e habilitação na categoria “B”, bem como requerer habilitação país estrangeiro;
em “A” e “B” submetendo-se a um único Exame de Aptidão d) por solicitação do perito examinador.
Física e Mental e Avaliação Psicológica, desde que considerado §3° O condutor, com Exame de Aptidão Física e Mental
apto para ambas. vencido há mais de 5 (cinco) anos, contados a partir da data de
validade, deverá submeter-se ao Curso de Atualização para a
§3º O processo do candidato à habilitação ficará ativo no Renovação da CNH.
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, pelo prazo de 12 (doze) meses, contados da Da Formação do Condutor
data do requerimento do candidato.
§4º A obtenção da ACC obedecerá aos termos e condições Art. 7º A formação de condutor de veículo automotor e
estabelecidos para a CNH nas categorias “A”, “B” e, “A” e “B”. elétrico compreende a realização de Curso Teórico-técnico e
de Prática de Direção Veicular, cuja estrutura curricular, carga
Art. 3º Para a obtenção da ACC e da CNH o candidato horária e especificações estão definidas no anexo II.
devera submeter-se a realização de:
I – Avaliação Psicológica; Art. 8º Para a Prática de Direção Veicular, o candidato
II – Exame de Aptidão Física e Mental; deverá estar acompanhado por um Instrutor de Prática de
III – Exame escrito, sobre a integralidade do conteúdo Direção Veicular e portar a Licença para Aprendizagem de
programático, desenvolvido em Curso de Formação para Direção Veicular – LADV expedida pelo órgão ou entidade
Condutor; executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal,
IV – Exame de Direção Veicular, realizado na via pública, contendo no mínimo, as seguintes informações:
em veículo da categoria para a qual esteja se habilitando. I – identificação do órgão ou entidade executivo de trânsito
expedidor;
Art. 4º O Exame de Aptidão Física e Mental será preliminar II – nome completo, número do documento de identidade,
e renovável a cada cinco anos, ou a cada três anos para do Cadastro de Pessoa Física - CPF e do formulário RENACH do
condutores com mais de sessenta e cinco anos de idade, no candidato;
local de residência ou domicílio do examinado. III – categoria pretendida;
§1º O condutor que exerce atividade de transporte IV – nome do Centro de Formação de Condutores – CFC
remunerado de pessoas ou bens terá que se submeter ao responsável pela instrução;
Exame de Aptidão Física e Mental e a Avaliação Psicológica de V – prazo de validade.
acordo com os parágrafos 2º e 3º do Art. 147 do Código de §1º A LADV será expedida em nome do candidato com a
Trânsito Brasileiro. identificação do CFC responsável e/ou do Instrutor, depois de
§2º Quando houver indícios de deficiência física, mental ou aprovado nos exames previstos na legislação, com prazo de
de progressividade de doença que possa diminuir a validade que permita que o processo esteja concluído de
capacidade para conduzir veículo, o prazo de validade do acordo com o previsto no § 3º, do art 2º, desta Resolução.
exame poderá ser diminuído a critério do perito examinador. §2º A LADV será expedida mediante a solicitação do
§3º O condutor que, por qualquer motivo, adquira algum candidato ou do CFC ao qual o mesmo esteja vinculado para a
tipo de deficiência física para a condução de veículo formação de prática de direção veicular e somente produzirá
automotor, deverá apresentar-se ao órgão ou entidade os seus efeitos legais quando apresentada no original,
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal para acompanhada de um documento de identidade e na Unidade
submeter-se aos exames necessários. da Federação em que tenha sido expedida.
§3º Quando o candidato optar pela mudança de CFC será
Art. 5º - (Revogado pelo art. 2º, da Resolução nº 464/2013) expedida nova LADV, considerando-se as aulas já ministradas.
§4º O candidato que for encontrado conduzindo em
O Art. 2º da Resolução nº 464, de 27 de novembro de desacordo com o disposto nesta resolução terá a LADV
2013: Os tripulantes de aeronaves titulares de Cartão suspensa pelo prazo de seis meses.
Saúde ou de Extrato de Pesquisa sobre Licença e
Habilitações, expedidos pelas Forças Armadas ou pela Art. 9º A instrução de Prática de Direção Veicular será
Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, ficam realizada na forma do disposto no art. 158 do CTB.
dispensados do exame de aptidão física e mental necessário Parágrafo único. Quando da mudança ou adição de
à obtenção ou à renovação periódica da habilitação para categoria o condutor deverá cumprir as instruções previstas
conduzir veículo automotor, ressalvados os casos previstos nos itens 2 ou 3 do Anexo II desta Resolução.
no § 4º do art. 147 do CTB.

Legislação de Trânsito 83
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APOSTILAS OPÇÃO

Dos Exames atividades previstas neste artigo e seus parágrafos,


informando ao órgão máximo executivo de trânsito da União
Art. 10. O Exame de Aptidão Física e Mental e a Avaliação acerca da sua execução.
Psicológica, estabelecidos no art. 147 do CTB, seus § 5º O Departamento Nacional de Trânsito fiscalizará,
procedimentos, e critérios de credenciamento dos direta e permanentemente, o cumprimento dos requisitos e
profissionais das áreas médica e psicológica, obedecerão ao exigências constantes desta Resolução, abrangendo a
disposto em Resolução específica. verificação da comunicação eletrônica entre os sistemas de
controle e monitoramento do DENATRAN, mais
Art. 11. O candidato à obtenção da ACC ou da CNH, após a especificamente com o sistema RENACH e dos órgãos
conclusão do curso de formação, será submetido a Exame executivos estaduais de trânsito com os simuladores de
Teórico-técnico, constituído de prova convencional ou direção, na condição de integrantes do processo de formação
eletrônica de no mínimo 30 (trinta) questões, incluindo todo o de condutores incluindo a regularidade na utilização do
conteúdo programático, proporcional à carga horária de cada hardware e software utilizados. (Redação dada pela Resolução
disciplina, organizado de forma individual, única e sigilosa, CONTRAN Nº 543/2015)
devendo obter aproveitamento de, no mínimo, 70% (setenta § 6º O Departamento Nacional de Trânsito fiscalizará,
por cento) de acertos para aprovação. direta e permanentemente, o cumprimento dos requisitos e
Parágrafo único. O exame referido neste artigo será exigências constantes desta Resolução, abrangendo a
aplicado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do verificação da comunicação eletrônica entre os sistemas de
Estado ou do Distrito Federal, ou por entidade pública ou controle e monitoramento do DENATRAN, mais
privada por ele credenciada. especificamente com o sistema RENACH e dos órgãos
executivos estaduais de trânsito com os simuladores de
Art. 12. O Exame de Direção Veicular previsto no art. 3º direção, na condição de integrantes do processo de formação
desta Resolução será realizado pelo órgão ou entidade de condutores incluindo a regularidade na utilização do
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal e hardware e software utilizados. (Redação dada pela Resolução
aplicado pelos examinadores titulados no curso previsto em CONTRAN nº 493/2014).
regulamentação específica e devidamente designados.
Parágrafo único. Os examinadores responderão pelos atos Art. 14. O Exame de Direção Veicular será realizado
decorrentes, no limite de suas responsabilidades. perante uma comissão formada por três membros, designados
pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de trânsito do
Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da CNH, adição ou Estado ou do Distrito Federal.
mudança de categoria, somente poderá prestar Exame de §1º A comissão de que trata o caput deste artigo poderá ser
Prática de Direção Veicular depois de cumprida a seguinte volante para atender às especificidades de cada Estado ou do
carga horária de aulas práticas: (Redação dada pela Resolução Distrito Federal, a critério do respectivo órgão ou entidade
CONTRAN Nº 543/2015) executivo de trânsito.
I – obtenção da ACC: mínimo de 20 (vinte) horas/aula, das §2º No Exame de Direção Veicular, o candidato deverá
quais 04 (quatro) no período noturno; estar acompanhado, durante toda a prova, por no mínimo, dois
II – obtenção da CNH na categoria “A”: mínimo de 20 membros da comissão, sendo pelo menos um deles habilitado
(vinte) horas/aula, das quais 04 (quatro) no período noturno; na categoria igual ou superior à pretendida pelo candidato.
III – adição da CNH na categoria “A”: mínimo de 15 (quinze) §3º O Exame de Direção Veicular para os candidatos à ACC
horas/aula, das quais 03 (três) no período noturno; e à categoria “A” deverá ser realizado em área especialmente
IV – obtenção da CNH na categoria “B”: mínimo de 25 (vinte destinada a este fim, que apresente os obstáculos e as
e cinco) horas/aula, distribuídas na seguinte conformidade: dificuldades da via pública, de forma que o examinado possa
a) 20 (vinte) horas/aula em veículo de aprendizagem, das ser observado pelos examinadores durante todas as etapas do
quais 04 (quatro) no período noturno; exame, sendo que pelo menos um dos membros deverá estar
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, habilitado na categoria “A”.
das quais 1 (uma) com conteúdo noturno;
V – adição para a categoria “B”: mínimo de 20 (vinte) Art. 15. Para veículo de quatro ou mais rodas, o Exame de
horas/aula, distribuídas na seguinte conformidade: Direção Veicular deverá ser realizado:
a) 15 (quinze) horas/aula em veículo de aprendizagem, I - em locais e horários estabelecidos pelo órgão ou
das quais 03 (três) no período noturno; entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, Federal, em acordo com a autoridade responsável pela via;
das quais 1 (uma) com conteúdo noturno; II - com veículo da categoria pretendida, com transmissão
§ 1º Para atendimento da carga horária prevista nas letras mecânica e duplo comando de freios;
“a” dos incisos IV e V deste artigo, as aulas realizadas no III – com veículo identificado como “aprendiz em exame”
período noturno poderão ser substituídas, opcionalmente, por quando não for veículo destinado à formação de condutores.
aulas ministradas em simulador de direção veicular, desde que Parágrafo único. Ao veículo adaptado para portador de
o aluno realize pelo menos 01 (uma) aula de prática de direção deficiência física, a critério médico não se aplica o inciso II.
veicular noturna na via pública, conforme disposto no § 2º, do
Art. 158, do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 16. O Exame de Direção Veicular, para veículo de
§ 2º As aulas realizadas em simulador de direção veicular, quatro ou mais rodas, é composto de duas etapas:
em substituição às aulas de aprendizagem no período noturno, I – estacionar em vaga delimitada por balizas removíveis;
deverão observar o conteúdo didático noturno. II – conduzir o veículo em via pública, urbana ou rural.
§ 3º Os Centros de Formação de Condutores deverão §1º A delimitação da vaga balizada para o Exame Prático
comprovar junto aos órgãos e entidades executivos de trânsito de Direção Veicular, em veículo de quatro ou mais rodas,
dos Estados e do Distrito Federal a realização das aulas de deverá atender as seguintes especificações, por tipo de veículo
prática de direção veicular e de aulas em simulador de direção utilizado:
veicular executadas no período noturno nos termos desta a) Comprimento total do veículo, acrescido de mais 40
Resolução. (quarenta por cento) %;
§ 4º É atribuição dos órgãos e entidades executivos de b) Largura total do veículo, acrescida de mais 40
trânsito dos Estados e do Distrito Federal fiscalizar as (quarenta por cento) %.

Legislação de Trânsito 84
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º Caberá à autoridade de trânsito do órgão ou entidade d) manter a porta do veículo aberta ou semiaberta
executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal definir o durante o percurso da prova ou parte dele;
tempo máximo para o estacionamento de veículos em espaço e) não sinalizar com antecedência a manobra
delimitado por balizas, para três tentativas, considerando as pretendida ou sinalizá-la incorretamente;
condições da via e respeitados os seguintes intervalos: f) não usar devidamente o cinto de segurança;
a) para a categoria “B”: de dois a cinco minutos; g) perder o controle da direção do veículo em
b) para as categorias “C” e “D”: de três a seis minutos; movimento;
c) para a categoria “E”: de cinco a nove minutos h) cometer qualquer outra infração de trânsito de
natureza grave.
Art. 17. O Exame de Direção Veicular, para veículo de duas III – Faltas Médias:
rodas, será realizado em área especialmente destinada para tal a) executar o percurso da prova, no todo ou parte dele,
fim em pista com largura de 2m, e que deverá apresentar no sem estar o freio de mão inteiramente livre;
mínimo os seguintes obstáculos: b) trafegar em velocidade inadequada para as
I – ziguezague (slalow) com no mínimo quatro cones condições adversas do local, da circulação, do veículo e do
alinhados com distância entre eles de 3,5m (três e meio clima;
metros); c) interromper o funcionamento do motor, sem justa
II – prancha ou elevação com no mínimo oito metros de razão, após o início da prova;
comprimento, com 30cm (trinta centímetros) de largura e 3cm d) fazer conversão incorretamente;
(três centímetros) de altura com entrada chanfrada; e) usar buzina sem necessidade ou em local proibido;
III – sonorizadores com réguas de largura e espaçamento f) desengrenar o veículo nos declives;
de 0,08m (oito centímetros) e altura de 0,025m (dois g) colocar o veículo em movimento, sem observar as
centímetros e cinco milímetros), na largura da pista e com cautelas necessárias;
2,5m (dois e meio metros) de comprimento; h) usar o pedal da embreagem, antes de usar o pedal de
IV – duas curvas sequenciais de 90o (noventa graus) em “L” freio nas frenagens;
(ele); i) entrar nas curvas com a engrenagem de tração do
V – duas rotatórias circulares que permitam manobra em veículo em ponto neutro;
formato de “8” (oito). j) engrenar ou utilizar as marchas de maneira
incorreta, durante o percurso;
Art. 18. O candidato será avaliado, no Exame de Direção k) cometer qualquer outra infração de trânsito de
Veicular, em função da pontuação negativa por faltas natureza média.
cometidas durante todas as etapas do exame, atribuindo-se a IV – Faltas Leves:
seguinte pontuação: a) provocar movimentos irregulares no veículo, sem
motivo justificado;
I – uma falta eliminatória: reprovação; b) ajustar incorretamente o banco de veículo destinado
II – uma falta grave: 03 (três) pontos negativos; ao condutor;
III – uma falta média: 02 (dois) pontos negativos; c) não ajustar devidamente os espelhos retrovisores;
IV – uma falta leve: 01 (um) ponto negativo. d) apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo
Parágrafo único. Será considerado reprovado na prova engrenado e em movimento;
prática de direção veicular o candidato que cometer falta e) utilizar ou Interpretar incorretamente os
eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos ultrapasse a 3 instrumentos do painel do veículo;
(três). f) dar partida ao veículo com a engrenagem de tração
ligada;
Art. 19. Constituem faltas no Exame de Direção Veicular, g) tentar movimentar o veículo com a engrenagem de
para veículos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”: tração em ponto neutro;
I – Faltas Eliminatórias: h) cometer qualquer outra infração de natureza leve.
a) desobedecer à sinalização semafórica e de parada
obrigatória; Art. 20. Constituem faltas, no Exame de Direção Veicular,
b) avançar sobre o meio fio; para obtenção da ACC ou para veículos da categoria “A”:
c) não colocar o veículo na área balizada, em no máximo I – Faltas Eliminatórias:
três tentativas, no tempo estabelecido; a) iniciar a prova sem estar com o capacete
d) avançar sobre o balizamento demarcado quando do devidamente ajustado à cabeça ou sem viseira ou óculos de
estacionamento do veículo na vaga; proteção;
e) transitar em contramão de direção; b) descumprir o percurso preestabelecido;
f) não completar a realização de todas as etapas do c) abalroar um ou mais cones de balizamento;
exame; d) cair do veículo, durante a prova;
g) avançar a via preferencial; e) não manter equilíbrio na prancha, saindo
h) provocar acidente durante a realização do exame; lateralmente da mesma;
i) exceder a velocidade regulamentada para a via; f) avançar sobre o meio fio ou parada obrigatória;
j) cometer qualquer outra infração de trânsito de g) colocar o(s) pé(s) no chão, com o veículo em
natureza gravíssima. movimento;
II – Faltas Graves: h) provocar acidente durante a realização do exame.
a) desobedecer a sinalização da via, ou ao agente da i) cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza
autoridade de trânsito; gravíssima.
b) não observar as regras de ultrapassagem ou de II – Faltas Graves:
mudança de direção; a) deixar de colocar um pé no chão e o outro no freio ao
c) não dar preferência de passagem ao pedestre que parar o veículo;
estiver atravessando a via transversal para onde se dirige o b) invadir qualquer faixa durante o percurso;
veículo, ou ainda quando o pedestre não haja concluído a c) fazer incorretamente a sinalização ou deixar de fazê-
travessia, mesmo que ocorra sinal verde para o veículo ; la;
d) fazer o percurso com o farol apagado;

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e)cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza Art. 26. Os condutores de veículos automotores habilitados
grave. na categoria “B”, “C”, “D” ou “E”, que pretenderem obter a
III – Faltas Médias: categoria “A” e a ACC, deverão se submeter aos Exames de
a) utilizar incorretamente os equipamentos; Aptidão Física e Mental e de Prática de Direção Veicular,
b) engrenar ou utilizar marchas inadequadas durante o comprovando a realização de, no mínimo, 15 (quinze)
percurso; horas/aula de prática de direção veicular em veículo
c) não recolher o pedal de partida ou o suporte do classificado como ciclomotor.
veículo, antes de iniciar o percurso;
d) interromper o funcionamento do motor sem justa Art. 27. Os examinadores, para o exercício de suas
razão, após o início da prova; atividades, deverão ser designados pelo dirigente do órgão ou
e) conduzir o veículo durante o exame sem segurar o entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para Federal para o período de, no máximo, um ano, permitida a
indicação de manobras; recondução por um período de igual duração, devendo
e) cometer qualquer outra infração de trânsito de comprovar na data da sua designação e da recondução:
natureza média. I – possuir CNH no mínimo há dois anos;
IV – Faltas Leves: II – possuir certificado do curso específico, registrado junto
a) colocar o motor em funcionamento, quando já ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
engrenado; Distrito Federal;
b) conduzir o veículo provocando movimento irregular III – não ter cometido nenhuma infração de trânsito de
no mesmo sem motivo justificado; natureza gravíssima nos últimos doze meses;
c) regular os espelhos retrovisores durante o percurso IV – não estar cumprindo pena de suspensão do direito de
do exame; dirigir e, quando cumprida, ter decorrido doze meses;
d) cometer qualquer outra infração de trânsito de V – não estar cumprindo pena de cassação do direito de
natureza leve. dirigir e, quando cumprida, ter decorrido vinte e quatro meses
de sua reabilitação.
Art. 21. O Exame de Direção Veicular para candidato §1º São consideradas infrações do examinador, puníveis
portador de deficiência física será considerado prova pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de trânsito dos
especializada e deverá ser avaliado por uma comissão especial, Estados ou do Distrito Federal:
integrada por, no mínimo um examinador de trânsito, um a) induzir o candidato a erro quanto às regras de circulação
médico perito examinador e um membro indicado pelo e conduta;
Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN ou Conselho de b) faltar com o devido respeito ao candidato;
Trânsito do Distrito Federal - CONTRADIFE, conforme dispõe c) praticar atos de improbidade contra a fé pública, contra
o inciso VI do art. 14 do CTB. o patrimônio ou contra a administração pública ou privada.
Parágrafo único. O veículo destinado à instrução e ao §2º As infrações constantes do §1º serão apuradas em
exame de candidato portador de deficiência física deverá estar procedimentos administrativos, sendo assegurado o direito
perfeitamente adaptado segundo a indicação da Junta Médica constitucional da ampla defesa e do contraditório que
Examinadora podendo ser feito, inclusive, em veículo determinarão em função da sua gravidade e
disponibilizado pelo candidato. independentemente da ordem sequencial, as seguintes
penalidades:
Art. 22. No caso de reprovação no Exame Teórico-técnico a) advertência por escrito;
ou Exame de Direção Veicular, o candidato só poderá repetir o b) suspensão das atividades por até 30 (trinta) dias;
exame depois de decorridos 15 (quinze) dias da divulgação do c) revogação da designação
resultado, sendo dispensado do exame no qual tenha sido
aprovado. Art. 28. O candidato a ACC e a CNH, cadastrado no RENACH,
que transferir seu domicilio ou residência para outra Unidade
Art. 23. Na Instrução e no Exame de Direção Veicular para da Federação, terá assegurado o seu direito de continuar o
candidatos às categorias “B”, C”, “D” e “E”, deverão ser processo de habilitação na Unidade da Federação do seu novo
atendidos os seguintes requisitos: domicílio ou residência, sem prejuízo dos exames nos quais
I – Categoria “B” – veículo motorizado de quatro rodas, tenha sido aprovado.
excetuando-se o quadríciclo; Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se
II – Categoria “C” – veículo motorizado utilizado no também, aos condutores que estiverem em processo de adição
transporte de carga, registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, ou mudança de categoria.
no mínimo, 6.000 kg;
III – Categoria “D” – veículo motorizado utilizado no Do Candidato ou Condutor Estrangeiro
transporte de passageiros, registrado com capacidade mínima
de vinte lugares; Art. 29. ao Art. 32 (Revogados pela Resolução Contran
IV – Categoria “E” – combinação de veículos, cujo caminhão 360/2010)
trator deverá ser acoplado a um reboque ou semirreboque,
registrado com Peso Bruto Total (PBT) de, no mínimo, 6.000kg Dos Cursos Especializados
ou veículo articulado cuja lotação exceda a vinte lugares
Art. 33 Os Cursos especializados serão destinados a
Art. 24. Quando se tratar de candidato à categoria "A", o condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de
Exame de Direção Veicular deverá ser realizado em veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produtos
duas rodas com cilindrada acima de 120 (cento e vinte) perigosos ou de emergência, de transporte de carga indivisível
centímetros cúbicos. e motocicletas e motonetas destinadas ao transporte
remunerado de mercadorias (motofrete) e de passageiros
Art. 25. A aprendizagem e o Exame de Direção Veicular, (motofrete).
para a obtenção da ACC, deverão ser realizados em qualquer §1º Os cursos especializados serão ministrados:
veículo de duas rodas classificado como ciclomotor. a) pelos órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estados e do Distrito Federal;

Legislação de Trânsito 86
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APOSTILAS OPÇÃO

b) por instituições vinculadas ao Sistema Nacional de internamente por esses órgãos e entidades, não se exigindo o
Formação de Mão-de-Obra. cumprimento do item 6 do Anexo II. (acrescentado pela
§2º As instituições em funcionamento, vinculadas ao Resolução CONTRAN nº 473/2014)
Sistema Nacional de Formação de Mão-de-Obra credenciadas § 11. O registro de que trata o § 4º, para os cursos
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do especializados realizados pelos órgãos ou entidades públicas
Distrito Federal deverão ser recadastradas em até 180 (cento de segurança, de saúde e forças armadas e auxiliares será
e oitenta) dias da data da publicação desta Resolução, com realizado diretamente pelo órgão máximo executivo de
posterior renovação a cada dois anos. trânsito da União (acrescentado pela Resolução CONTRAN nº
§3º Os conteúdos e regulamentação dos cursos 473/2014)
especializados constam dos anexos desta resolução. § 12. Aplica-se a exigência de curso de transporte de carga
§4º O órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou indivisível aos condutores de guindastes móveis facultados a
do Distrito Federal registrará no RENACH, em campo transitar na via. (acrescentado pela Resolução nº 484/2014)
específico da CNH, a aprovação nos cursos especializados, § 13. Poderá ser feito o aproveitamento de estudos de
conforme codificação a ser definida pelo órgão máximo conteúdos que o condutor tiver realizado em outro curso
executivo de trânsito da União. especializado, nos termos do Anexo II. (acrescentado pela
§ 5º As entidades que, quando da publicação da Resolução Resolução nº 484/2014)
nº. 168/04, se encontravam credenciadas para ministrar
exclusivamente cursos especializados, para continuidade do Da Expedição da Carteira Nacional de Habilitação e da
exercício de suas atividades, deverão efetuar Permissão Internacional para Dirigir Veículo
recadastramento, renovando-o a cada dois anos.”
§6º O curso especializado de transporte de passageiros Art. 34. A ACC e a CNH serão expedidas pelo órgão ou
(mototaxista) e entrega de mercadorias (motofretista) que entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas Federal, em nome do órgão máximo executivo de trânsito da
e motonetas poderá ser ministrado por instituições ou União, ao condutor considerado apto nos termos desta
entidades públicas ou privadas e centros de formação de resolução.
condutores. (Incluído pela Resolução Contran nº 409/2012) § 1º Ao candidato considerado apto nas categorias “A”, “B”
§7º As instituições ou entidades públicas ou privadas e ou “A” e “B”, será conferida Permissão para Dirigir com
centros de formação de condutores que desejarem realizar o validade de 01(um) ano e ao término desta, o condutor poderá
curso à distância deverão ser credenciados pelo órgão ou solicitar a CNH definitiva, que lhe será concedida desde que
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito tenha cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB.
Federal, adotando-se os requisitos estabelecidos no anexo III § 2º Ao candidato considerado apto para conduzir
desta resolução (redação Resolução CONTRAN nº 659/2017) ciclomotores será conferida ACC provisória com validade de
§7ºA - Os pedidos de credenciamento que atenderem a 01(um) ano e, ao término desta, o condutor poderá solicitar a
todos os requisitos estabelecidos no Anexo III e que forem Autorização definitiva, que lhe será concedida desde que tenha
negados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos cumprido o disposto no §3° do art. 148 do CTB.”
Estados ou do Distrito Federal poderão ser encaminhados ao §3° A CNH conterá as condições e especializações de cada
DENATRAN pelo interessado. (acrescentado pela Resolução condutor e terá validade em todo o Território Nacional,
CONTRAN nº 659/2017) equivalendo ao documento de identidade, produzindo seus
§7ºB - A negativa do órgão ou entidade executivo de efeitos quando apresentada no original e dentro do prazo de
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal deverá ser por validade.
escrito. (acrescentado pela Resolução CONTRAN nº §4° Quando o condutor possuir CNH, a ACC será inserida
659/2017) em campo específico da mesma, utilizando-se para ambas, um
§7ºC - Fica vedado aos órgãos e entidades executivos de único registro conforme dispõe o § 7o do art.159 do CTB.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal estabelecer §5°. Para efeito de fiscalização, fica concedido ao condutor
requisitos complementares aos previstos no Anexo III desta portador de Permissão para Dirigir, prazo idêntico ao
Resolução. (acrescentado pela Resolução CONTRAN nº estabelecido no art. 162, inciso V, do CTB, aplicando-se a
659/2017) mesma penalidade e medida administrativa, caso este prazo
§7ºD – Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos seja excedido.
Estados e do Distrito Federal deverão disponibilizar e manter
lista atualizada em seu sítio eletrônico das instituições Art. 35. O documento de Habilitação terá 2 (dois) números
credenciadas na forma disposta nesta Resolução de identificação nacional e 1 (um) número de identificação
(acrescentado pela Resolução CONTRAN nº 659/2017). estadual, que são:
§8º São reconhecidos os cursos especializados, inclusive I – o primeiro número de identificação nacional - Registro
na modalidade ensino à distância, ministrados pelos órgãos de Nacional, será gerado pelo sistema informatizado da Base
segurança pública e forças armadas e auxiliares para os seus Índice Nacional de Condutores - BINCO, composto de 9 (nove)
integrantes, não se aplicando neste caso o previsto na caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de segurança,
Resolução CONTRAN nº 358/2010 (redação Resolução sendo único para cada condutor e o acompanhará durante
CONTRAN nº 435/2013) toda a sua existência como condutor não sendo permitida a sua
§9º As instituições ou entidades públicas ou privadas e os reutilização para outro condutor.
centros de formação de condutores que já tenham obtido II – o segundo número de identificação nacional - Número
anteriormente junto ao Denatran suas respectivas do Espelho da CNH) será formado por 8 (oito) caracteres mais
homologações para os cursos de renovação e/ou reciclagem de 1 (um) dígito verificador de segurança, autorizado e
condutores na forma do anexo III e/ou IV da resolução controlado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União,
168/2004 deverão apenas atualizar os respectivos conteúdos e identificará cada espelho de CNH expedida;
à grade curricular específica para os cursos especializados III – o número de identificação estadual será o número do
obrigatórios de que trata o caput deste artigo. (acrescentado formulário RENACH, documento de coleta de dados do
pela Resolução nº 413/2012) candidato/condutor gerado a cada serviço, composto,
§ 10. Os conteúdos e regulamentação dos cursos obrigatoriamente, por 11 (onze) caracteres, sendo as duas
especializados dos órgãos ou entidades públicas de segurança, primeiras posições formadas pela sigla da Unidade de
de saúde e forças armadas e auxiliares serão definidos

Legislação de Trânsito 87
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APOSTILAS OPÇÃO

Federação expedidora, facultada a utilização da última posição §2º O Registro Nacional do condutor de que trata o artigo
como dígito verificador de segurança. 35, que teve cassado o direito de dirigir, será desbloqueado e
§1º O número do formulário RENACH identificará a mantido, quando da sua reabilitação.
Unidade da Federação onde o condutor foi habilitado ou §3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se
realizou alterações de dados no seu prontuário pela última obter a habilitação, imputada pelo Poder Judiciário, será
vez. registrada na BINCO.
§2º O Formulário RENACH que dá origem às informações
na BINCO e autorização para a impressão da CNH, deverá ficar Art. 41-A. Para efeito desta resolução, os dados requeridos
arquivado em segurança, no órgão ou entidade executivo de para o processo de habilitação e os constantes do RENACH são
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. de propriedade do órgão máximo executivo de trânsito da
União.
Art. 36. A expedição do documento único de habilitação
dar-se-á: Art. 42. O condutor que tiver a CNH cassada poderá
I – na autorização para conduzir ciclomotores (ACC); requerer sua reabilitação, após decorrido o prazo de dois anos
II – na primeira habilitação nas categorias “A”, “B” e “A” e da cassação.
“B”; Parágrafo único. Para abertura do processo de reabilitação
III – após o cumprimento do período permissionário, será necessário que o órgão ou entidade executivo de trânsito
atendendo ao disposto no §3º do art. 148 do CTB; do Estado ou do Distrito Federal certifique-se de que todos os
IV – na adição ou alteração de categoria; débitos registrados tenham sido efetivamente quitados.
V – em caso de perda, dano ou extravio;
VI – na renovação dos exames, atendendo ao disposto no Art. 42-A. A reabilitação de que trata o artigo anterior dar-
art. 150 do CTB; se-á após o condutor ser aprovado no curso de reciclagem e
VII – na aprovação dos exames do processo de reabilitação; nos exames necessários à obtenção de CNH da categoria que
VIII – na alteração de dados do condutor, exceto mudança possuía, ou de categoria inferior, preservada a data da
de endereço; primeira habilitação.
IX – no reconhecimento da Carteira de Habilitação
estrangeira. Art. 43. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias
Parágrafo Único. Nos processos de adição, mudança de de “A” à “E”, obedecida a gradação prevista no Art. 143 do CTB
categoria ou renovação, estando ainda válida a CNH do e a no Anexo I desta resolução, bem como para a ACC.
condutor, o órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
ou do Distrito Federal, deverá entregar a nova CNH, mediante Art. 43-A. O processo de habilitação de candidato que
devolução da anterior para inutilização procedeu ao requerimento de sua abertura anterior à vigência
desta norma, permanecerá ativo no órgão ou entidade
Art. 37. (Revogado pelo art. 3º da Resolução nº 169, de executivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal, pelo prazo
17/03/2005) de doze meses a partir da data de publicação desta resolução.

Art. 38. (Revogado pelo art. 3º da Resolução nº 169, de Art. 43-B. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da
17/03/2005) União autorizado a baixar as instruções necessárias para o
pleno funcionamento do disposto nesta resolução, objetivando
Art. 39. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da sempre a praticidade e a agilidade das operações, em benefício
União e ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado do cidadão
ou do Distrito Federal, inspecionar o local de emissão da CNH.
Art. 43-C. Fica concedido prazo até 28 de fevereiro de 2015
Art. 40. A Permissão Internacional para Dirigir será para os condutores de veículos pertencentes a órgãos de
expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do segurança pública, forças armadas e auxiliares realizarem os
Estado ou Distrito Federal detentor do registro do condutor, cursos especializados previstos no caput do art. 145 do CTB.
conforme modelo definido no Anexo VII da Convenção de
Viena, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro Art. 44. Revogam-se as Resoluções Nos 412, de 21 de
de 1981, contendo os dados cadastrais do RENACH. janeiro de 1969; 491, de 19 de março de 1975; 520 de 19 de
Parágrafo único. A expedição do documento referido neste julho de 1977; 605, de 25 de novembro de 1982; 789, de 13 de
artigo dar-se-á após o cumprimento dos requisitos mínimos novembro de 1994; 800, de 27 de junho de 1995; 804, de 25
exigidos em normas específicas, com prazo de validade igual de setembro de 1995; 07 de 23 de janeiro de 1998; 50, de 21
ao do documento nacional. de maio de 1998; 55, de 21 de maio de 1998; 57, 21 de maio de
1998;58 de 21 de maio de 1998; 67, de 23 de setembro de
Art 40-A. O CONTRAN definirá, no prazo máximo de 1998; 85, de 04 de maio de 1999; 90, de 04 de maio de 1999;
noventa dias da data publicação desta resolução, 91, de 04 de maio de 1999; 93, de 04 de maio de 1999; 98, de
regulamentação especificando modelo único do documento de 14 de julho de 1999 e 161, de 26 de maio de 2004 e artigo 3º
ACC, Permissão para Dirigir e CNH da resolução 700, de 04 de outubro de 1988 e incisos VIII, IX,
X, XI, XII do artigo 12 e artigo 13 da Resolução 74, de 19 de
Das Disposições Gerais novembro de 1998.

Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores – BINCO Art. 45. Esta Resolução entrará em vigor 90 (noventa) dias
conterá um arquivo de dados onde será registrada toda e após a data de sua publicação.
qualquer restrição ao direito de dirigir e de obtenção da ACC e
da CNH, que será atualizado pelos órgão ou entidade executivo Os Anexos desta resoluções trazem disposições
de trânsito do Estado e do Distrito Federal. especificas que devem ser observadas pelas entidades que
§1º O condutor, que for penalizado com a suspensão ou aplicam os cursos para concessão ou mudança de categoria
cassação do direito de dirigir, terá o seu registro bloqueado de habilitações. Por este motivo não iremos reproduzir
pelo mesmo prazo da penalidade. esses dispositivos, no entanto, caso haja disponibilidade de
tempo e interesse na complementação do estudo, os anexos

Legislação de Trânsito 88
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podem ser consultados no site: de instauração de processo administrativo para aplicação da


http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm. penalidade de suspensão do direito de dirigir.
§ 1º. Os órgãos e entidades do SNT que aplicam
penalidades deverão comunicar aos órgãos de registro da
RESOLUÇÃO N.º 182/05; habilitação o momento em que os pontos provenientes das
multas por eles aplicadas poderão ser computados nos
Dispõe sobre uniformização do procedimento prontuários dos infratores.
administrativo para imposição das penalidades de suspensão do § 2º. Se a infração cometida for objeto de recurso em
direito de dirigir e de cassação da Carteira Nacional de tramitação na esfera administrativa ou de apreciação judicial,
Habilitação. os pontos correspondentes ficarão suspensos até o julgamento
e, sendo mantida a penalidade, os mesmos serão computados,
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no observado o período de doze meses, considerada a data da
uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da Lei infração.
n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Transito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto n.° 4.711, de Art. 7º. Será instaurado processo administrativo para
29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir
Nacional de Transito - SNT, quando a soma dos pontos relativos às infrações cometidas
Considerando a necessidade de adoção de normas atingir, no período de doze meses, vinte pontos.
complementares de uniformização do procedimento § 1º. Será instaurado um único processo administrativo
administrativo adotado pelos órgãos e entidades de trânsito para aplicação da penalidade de suspensão do direito de
de um sistema integrado; dirigir mesmo que a soma dos pontos referida no caput deste
Considerando a necessidade de uniformizar o artigo ultrapasse vinte no período de doze meses.
procedimento relativo à imposição das penalidades de § 2º. Os pontos relativos às infrações que preveem, de
suspensão e de cassação da Carteira Nacional de Habilitação forma específica, a aplicação da penalidade de suspensão do
na forma do disposto nos Arts. 261 e 263 do CTB. direito de dirigir não serão computados para fins da aplicação
da mesma penalidade na forma prevista no inciso I do artigo
RESOLVE: 3º desta Resolução.
I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES SEÇÃO II – POR INFRAÇÃO
Art. 1º. Estabelecer o procedimento administrativo para Art. 8º. Para fins de cumprimento do disposto no inciso II
aplicação das penalidades de suspensão do direito de dirigir e do Art. 3º desta Resolução será instaurado processo
cassação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH. administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do
Parágrafo único. Esta resolução não se aplica à Permissão direito de dirigir quando esgotados todos os meios de defesa
para Dirigir de que trata os §§ 3º e 4º do art. 148 do CTB. da infração na esfera administrativa.
Art. 2º. As penalidades de que trata esta Resolução serão III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
aplicadas pela autoridade de trânsito do órgão de registro da
habilitação, em processo administrativo, assegurada a ampla Art. 9º. O ato instaurador do processo administrativo
defesa. conterá o nome, qualificação do infrator, a infração com
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema descrição sucinta do fato e indicação dos dispositivos legais
Nacional de Trânsito – SNT que aplicam penalidades deverão pertinentes.
prover os órgãos de trânsito de registro da habilitação das Parágrafo Único. Instaurado o processo, far-se-á a
informações necessárias ao cumprimento desta resolução. respectiva anotação no prontuário do infrator, a qual não
constituirá qualquer impedimento ao exercício dos seus
Art. 3º. A penalidade de suspensão do direito de dirigir direitos.
será imposta nos seguintes casos:
I - sempre que o infrator atingir a contagem de vinte Art. 10. A autoridade de trânsito competente para impor as
pontos, no período de 12 (doze) meses; penalidades de que trata esta Resolução deverá expedir
II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas notificação ao infrator, contendo no mínimo, os seguintes
infrações preveem, de forma específica, a penalidade de dados:
suspensão do direito de dirigir. I. a identificação do infrator e do órgão de registro da
habilitação;
Art. 4º. Esta Resolução regulamenta o procedimento II. a finalidade da notificação:
administrativo para a aplicação da penalidade de cassação da a. dar ciência da instauração do processo administrativo;
Carteira Nacional de Habilitação para os casos previstos nos b. estabelecer data do término do prazo para apresentação
incisos I e II do artigo 263 do CTB. da defesa;
Parágrafo único. A regra estabelecida no inciso III do Art. III. os fatos e fundamentos legais pertinentes da infração
263 só será aplicada após regulamentação específica do ou das infrações que ensejaram a abertura do processo
CONTRAN. administrativo, informando sobre cada infração:
1. n.º do auto;
II – DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR 2. órgão ou entidade que aplicou a penalidade de multa;
SEÇÃO I – POR PONTUAÇÃO 3. placa do veículo;
4. tipificação;
Art. 5º. Para fins de cumprimento do disposto no inciso I 5. data, local, hora;
do Art. 3º desta Resolução, a data do cometimento da infração IV. número de pontos;
deverá ser considerada para estabelecer o período de V. somatória dos pontos, quando for o caso.
12(doze) meses.

Art. 6º. Esgotados todos os meios de defesa da infração na


esfera administrativa, os pontos serão considerados para fins
Legislação de Trânsito 89
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§ 1º. A notificação será expedida ao infrator por remessa I – Para infratores não reincidentes na penalidade de
postal, por meio tecnológico hábil ou por os outros meios que suspensão do direito de dirigir no período de doze meses:
assegurem a sua ciência; a. de 01 (um) a 03 (três) meses, para penalidades de
§ 2º. Esgotados todos os meios previstos para notificar do suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
infrator, a notificação dar-se-á por edital, na forma da lei; para as quais não sejam previstas multas agravadas;
§ 3º. A ciência da instauração do processo e da data do b. de 02 (dois) a 06 (seis) meses, para penalidades de
término do prazo para apresentação da defesa também poderá suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
se dar no próprio órgão ou entidade de trânsito, responsável para as quais sejam previstas multas agravadas com fator
pelo processo. multiplicador de três vezes; (redação dada pela Resolução nº
§ 4º. Da notificação constará a data do término do prazo 557/2015)
para a apresentação da defesa, que não será inferior a quinze c. de 04 (quatro) a 10 (dez), para penalidades de suspensão
dias contados a partir da data da notificação da instauração do do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as
processo administrativo. quais sejam previstas multas agravadas com fator
§ 5º. A notificação devolvida por desatualização do multiplicador de cinco vezes; (redação dada pela Resolução nº
endereço do infrator no RENACH, será considerada válida para 557/2015)
todos os efeitos legais. d. de 08 (oito) a 12 (doze) meses, para penalidades de
§ 6º. A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
repartições consulares de carreira e de representações de para as quais sejam previstas multas agravadas com fator
organismos internacionais e de seus integrantes será remetida multiplicador de dez vezes (incluído pela Resolução nº
ao Ministério das Relações Exteriores para as providências 557/2015).
cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
conhecimento pelo infrator. II - Para infratores reincidentes na penalidade de
suspensão do direito de dirigir no período de doze meses:
IV - DA DEFESA a. de 06 (seis) a 10 (dez) meses, para penalidades de
suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
Art. 11. A defesa deverá ser interposta por escrito, no prazo para as quais não sejam previstas multas agravadas;
estabelecido, contendo, no mínimo, os seguintes dados: b. de 08 (oito) a 16 (dezesseis) meses, para penalidades de
I - nome do órgão de registro da habilitação a que se dirige; suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
II - qualificação do infrator; para as quais sejam previstas multas agravadas com fator
III - exposição dos fatos, fundamentação legal do pedido, multiplicador de três vezes;
documentos que comprovem a alegação; c. de 10 (dez) a 20 (vinte) meses, para penalidades de
IV - data e assinatura do requerente ou de seu suspensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações
representante legal. para as quais sejam previstas multas agravadas com fator
§ 1º. A defesa deverá ser acompanhada de cópia de multiplicador de cinco (redação dada pela Resolução nº
identificação civil que comprove a assinatura do infrator; 557/2015).
§ 2º. O infrator poderá ser representado por procurador d. de 16 (dezesseis) a 24 (vinte e quatro) meses, para
legalmente habilitado mediante apresentação de procuração, penalidades de suspensão do direito de dirigir aplicadas em
na forma da lei, sob pena de não conhecimento da defesa. razão de infrações para as quais sejam previstas multas
agravadas com o fator multiplicador de dez vezes (incluído
Art. 12. Recebida a defesa, a instrução do processo far-se-á pela Resolução nº 557/2015).
através de adoção das medidas julgadas pertinentes,
requeridas ou de ofício, inclusive quanto à requisição de Art. 17. Aplicada a penalidade, a autoridade notificará o
informações a demais órgãos ou entidades de trânsito. infrator utilizando o mesmo procedimento dos §§ 1º e 2º do
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema art. 10 desta Resolução, para interpor recurso ou entregar sua
Nacional de Trânsito, quando solicitados, deverão CNH no órgão de registro da habilitação, até a data do término
disponibilizar, em até trinta dias contados do recebimento da do prazo constante na notificação, que não será inferior a
solicitação, os documentos e informações necessários à trinta dias contados a partir da data da notificação da aplicação
instrução do processo administrativo. da penalidade.

V - DO JULGAMENTO Art. 18. Da notificação da aplicação da penalidade


constarão no mínimo, os seguintes dados:
Art. 13. Concluída a análise do processo administrativo, a I. identificação do órgão de registro da habilitação,
autoridade do órgão de registro da habilitação proferirá responsável pela aplicação da penalidade;
decisão motivada e fundamentada. II. identificação do infrator e número do registro da CNH;
III. número do processo administrativo;
Art. 14. Acolhida as razões de defesa, o processo será IV. a penalidade aplicada e sua fundamentação legal;
arquivado, dando-se ciência ao interessado. IV. data do término do prazo para interpor recurso junto à
JARI.
Art. 15. Em caso de não acolhimento da defesa ou do seu
não exercício no prazo legal, a autoridade de trânsito aplicará VII – DO CUMPRIMENTO DA PENALIDADE
a penalidade.
Art. 19. Mantida a penalidade pelos órgãos recursais ou
VI – DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE não havendo interposição de recurso, a autoridade de trânsito
notificará o infrator, utilizando o mesmo procedimento dos §§
Art. 16. Na aplicação da penalidade de suspensão do direito 1º e 2º do art. 10 desta Resolução, para entregar sua CNH até
de dirigir a autoridade levará em conta a gravidade da a data do término do prazo constante na notificação, que não
infração, as circunstâncias em que foi cometida e os será inferior a 48 (quarenta e oito) contadas a partir da
antecedentes do infrator para estabelecer o período da notificação, sob as penas da lei.
suspensão, na forma do art. 261 do CTB, observados os § 1º. Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo, a
seguintes critérios: imposição da penalidade será inscrita no RENACH.

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§ 2º. Será anotada no RENACH a data do início do efetivo Art. 28. Fica o órgão máximo executivo de trânsito da União
cumprimento da penalidade. autorizado a expedir instruções necessárias para o pleno
§ 3º. Sendo o infrator flagrado conduzindo veículo, funcionamento do disposto nesta Resolução, objetivando
encerrado o prazo para a entrega da CNH, será instaurado sempre a praticidade e a agilidade das operações, em benefício
processo administrativo de cassação do direito de dirigir, nos do cidadão usuário dos serviços.
termos do inciso I do artigo 263 do CTB.
Art. 29. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Art. 20. A CNH ficará apreendida e acostada aos autos e Distrito Federal terão até o dia 01 de março de 2006 para
será devolvida ao infrator depois de cumprido o prazo de adequarem seus procedimentos aos termos da presente
suspensão do direito de dirigir e comprovada a realização do Resolução.
curso de reciclagem.
Art. 30. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
Art. 21. Decorridos dois anos da cassação da CNH, o publicação, revogadas às disposições em contrário, em
infrator poderá requerer a sua reabilitação, submetendo-se a especial a resolução n.º 54/98.
todos os exames necessários à habilitação, na forma
estabelecida no § 2º do artigo 263 do CTB.

VIII – DA PRESCRIÇÃO Questões


Art. 22. A pretensão punitiva das penalidades de
suspensão do direito de dirigir e cassação de CNH prescreverá
01. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de
em cinco anos, contados a partir da data do cometimento da
Transportes Urbanos – Pref. RJ/2016) De acordo com o
infração que ensejar a instauração do processo administrativo.
Código Brasileiro de Trânsito (DENATRAN, 2008), um dos
Parágrafo único. O prazo prescricional será interrompido
objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito consiste em:
com a notificação estabelecida na forma do artigo 10 desta
(A) estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito,
Resolução.
com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa
ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu
Art. 23. A pretensão executória das penalidades de
cumprimento
suspensão do direito de dirigir e cassação da CNH prescreve
(B) zelar pela uniformidade e cumprimento das normas
em cinco anos contados a partir da data da notificação para a
contidas no Código Brasileiro de Trânsito e nas resoluções
entrega da CNH, prevista no art. 19 desta Resolução.
complementares
(C) dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal
(D) estimular e orientar a execução de campanhas
Art. 24. No curso do processo administrativo de que trata
educativas de trânsito
esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no prontuário
do infrator, inclusive para fins de mudança de categoria da
02. (Emdec - Técnico em Mobilidade Urbana Jr -
CNH, renovação e transferência para outra unidade da
IBFC/2016) Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os
Federação, até a notificação para a entrega da CNH, de que
órgãos ou entidades relacionados abaixo, exceto o que está na
trata o art. 19.
alternativa:
§ 1º. O processo administrativo deverá ser concluído no
(A) Conselho Nacional de Trânsito.
órgão executivo estadual de trânsito que o instaurou, mesmo
(B) Conselhos Estaduais de Trânsito.
que haja transferência do prontuário para outra unidade da
(C) Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
Federação.
(D) Conselho do Ministério dos Transportes.
§ 2º O órgão executivo estadual de trânsito que instaurou
o processo e aplicou a penalidade de suspensão do direito de
03. (Emdec - Controlador de Trânsito e Transporte Jr -
dirigir ou cassação da CNH, deverá comunicá-la ao órgão
IBFC/2016) Leia as afirmativas a seguir tendo como base a lei
executivo estadual de trânsito para onde foi transferido o
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.
prontuário, para fins de seu efetivo cumprimento.
Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
Art. 25. As defesas e os recursos não serão conhecidos
I. Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de
quando interpostos:
trânsito, no âmbito de suas atribuições.
I - fora do prazo;
II. Implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os
II - por quem não seja parte legítima.
dispositivos e os equipamentos de controle viário.
Parágrafo único. O não conhecimento do recurso não
III. Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os
impede a autoridade de trânsito e as instâncias recursais de
acidentes de trânsito e suas causas.
reverem de ofício ato ilegal, desde que não ocorrida a
IV. Implantar, manter e operar sistema de estacionamento
preclusão administrativa.
rotativo pago nas vias.
V. licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e
Art. 26. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do início
propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando,
e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias
aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de
consecutivos.
infrações.
Art. 27. A autenticação das cópias dos documentos exigidos
Das afirmações apresentadas estão corretas:
poderá ser feita por servidor do órgão de trânsito, à vista dos
(A) Apenas I e IV.
originais.
(B) Apenas II e III.
(C) Apenas I, III e V
(D) I, II, III, IV e V.

Legislação de Trânsito 91
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APOSTILAS OPÇÃO

04. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) Os os demais sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais
veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de normas de trânsito
polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre 08. (Prefeitura de Quixadá/CE - Motorista D -
circulação, estacionamento e parada. Assinale a alternativa em Serctam/2016) Os candidatos poderão habilitar-se nas
que essa regulamentação deverá ocorrer: categorias de A a E. Marque a alternativa errada.
(A) Em qualquer situação. (A) Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas
(B) Em quando em serviço de urgência. rodas, com ou sem carro lateral.
(C) Em quando em serviço de urgência e devidamente (B) Categoria B - condutor de veículo motorizado, não
identificado por dispositivos regulamentares. abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a
(D) Em fins particulares do condutor socorrista. três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a
oito lugares, excluído o do motorista.
05. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de (C) Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado
Transportes Urbanos - Pref. RJ/2016) Considerando-se as em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil
normas de circulação e conduta de veículos motorizados, é e quinhentos quilogramas.
correto afirmar que: (D) Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado
(A) o condutor não poderá ultrapassar veículos em vias no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito
com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em lugares, excluído o do motorista;
curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens (E) Categoria E - condutor de combinação de veículos em
de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, que a unidade tratora se enquadre nas Categorias B, C ou D e
mesmo que haja sinalização permitindo a ultrapassagem cuja unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou articulada,
(B) não é permitido utilizar a troca de luz baixa e alta, de tenha seis mil quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja
forma intermitente, com o objetivo de indicar para outros lotação exceda a oito lugares, ou, ainda, seja enquadrado na
motoristas a intenção de ultrapassar o veículo que segue à categoria trailer.
frente, nem que seja por um curto período de tempo
(C) o condutor, ao perceber que outro que o segue tem o 09. (Prefeitura de Quixadá/CE - Motorista D -
propósito de ultrapassá-lo, deverá deslocar-se para a faixa da Serctam/2016) A não utilização do cinto de segurança por
direita, sem acelerar a marcha, independentemente da faixa condutor e passageiros, conforme previsto no art. 65 do
em que estiver circulando Código de Trânsito Brasileiro – CTB, acumula quantos pontos
(D) veículos de transporte coletivo regular de passageiros, na Carteira Nacional de Habilitação do infrator?
quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, (A) 7.
deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e à noite (B) 5.
(C) 4.
06. (MS/CONCURSOS - Agente Municipal de Trânsito - (D) 3.
Prefeitura de Itapema/SC/2016) Conforme o art. 61, a (E) 6
velocidade máxima permitida para a via será indicada por
meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e 10. (CODAR - Motorista II - EXATUS-PR/2016) Em
as condições de trânsito. Nas vias urbanas, onde não existir rodovias forçar uma ultrapassagem em local proibido acarreta
sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de: uma multa:
(A) Setenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito (A) Gravíssima, com seu valor multiplicado por três vezes.
rápido, cinquenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e (B) Gravíssima, com seu valor multiplicado por cinco
vinte quilômetros por hora, nas vias locais. vezes.
(B) Cento e dez quilômetros por hora, nas vias de trânsito (C) Gravíssima, com seu valor multiplicado por sete vezes.
rápido, sessenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e (D) Gravíssima, com seu valor multiplicado por dez vezes.
quarenta quilômetros por hora, nas vias locais.
(C) Noventa quilômetros por hora, nas vias de trânsito 11. (Prefeitura de Quixadá/CE - Motorista D -
rápido, setenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e Serctam/2016) Transitar com velocidade em até 20%
trinta quilômetros por hora, nas vias locais. superior à máxima permitida em rodovias, vias de trânsito
(D) Oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido e vias arteriais, leva as seguintes infrações e
rápido, quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras e penalidades:
trinta quilômetros por hora, nas vias locais. (A) Infração – gravíssima, Penalidade – multa
(B) Infração – grave, Penalidade – suspensão do direito de
07. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de dirigir.
Transportes Urbanos – Pref. RJ/2016) De acordo com o (C) Infração – gravíssima, Penalidade – suspensão do
Código Brasileiro de Trânsito, a sinalização terá a seguinte direito de dirigir e multa.
ordem crescente de prevalência: (D) Infração – média, Penalidade – multa.
(A) I - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; II (E) Infração – grave, Penalidade – multa.
- ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e
outros sinais; III - as indicações dos sinais sobre as demais 12. (Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - Fiscal de
normas de trânsito Transportes Urbanos - Pref. RJ/2016) Após um acidente de
(B) I - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; II trânsito, o condutor do veículo prestou pronto e integral
- as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito; socorro à vítima. Neste caso, NÃO pode ser aplicada a este
III - ordens do agente de trânsito sobre as normas de condutor a:
circulação e outros sinais (A) imposição de prisão em flagrante, mas é permitida a
(C) I - as indicações dos sinais sobre as demais normas de exigência de fiança e a apreensão do veículo
trânsito; II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; (B) imposição de prisão em flagrante e apreensão do
III - ordens do agente de trânsito sobre as normas de veículo, mas é permitida a exigência de fiança
circulação e outros sinais (C) imposição de prisão em flagrante, bem como a
(D) I. ordens do agente de trânsito sobre as normas de exigência de fiança
circulação e outros sinais; II - as indicações do semáforo sobre (D) exigência de fiança, bem como a apreensão de veículo

Legislação de Trânsito 92
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APOSTILAS OPÇÃO

13. (SURG - Agente de Trânsito – CONSULPAM/2014) (A) Estreitamento à direita.


Segundo a Resolução n°. 14, de 06/02/1998, publicada em (B) Estreitamento à esquerda.
12/02/1998, constituem-se equipamentos obrigatórios (C) Depressão.
exigidos para a circulação de veículos ciclomotores, EXCETO: (D) Área com desmonoramento.
(A) espelhos retrovisores, de ambos os lados. (E) Pista escorregadia.
(B) farol dianteiro, de cor branca ou amarela.
(C) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira. 17. (Pref. Alhandra/PB - Agente de Fiscalização de
(D) iluminação da placa traseira. Trânsito - EducaPB/2016) As Placas Educativas têm a função
de educar aos usuários da via quanto ao seu comportamento
14. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito – adequado e seguro no trânsito. Podem conter mensagens que
IBFC/2016) As sinalizações verticais de regulamentação reforcem normas gerais de circulação. A respeito das Placas
possuem a finalidade de transmitir aos usuários as condições, Educativas, assinale a alternativa que representa a Placa:
proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e Informações Turísticas:
rurais. Dentre as sinalizações verticais de regulamentação
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as
figuras apresentadas abaixo, indicam respectivamente:

18. (MPE/GO - Auxiliar Motorista - IADES) A Resolução


CONTRAN nº 168/2004 estabelece normas e procedimentos
para a formação de condutores de veículos automotores e
elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos
de habilitação, os cursos de formação, especializados, de
(A) Peso máximo permitido por eixo; Sentido de circulação
reciclagem e dá outras providências. O art. 2º dessa resolução
da via ou pista.
estabelece que os requisitos mínimos para iniciar os processo
(B) Peso bruto total mínimo permitido; Sentido único.
de habilitação são:
(C) Peso bruto total máximo permitido; Passagem
(A) Ser penalmente imputável; saber ler e escrever;
Obrigatória.
possuir documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física
(D) Peso mínimo permitido por eixo; Depressão à direita.
(CPF).
(B) Ser penalmente imputável; saber ler e escrever; em
15. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito –
caso de menor de idade, possuir documento jurídico que
IBFC/2016) A sinalização vertical de advertência tem por
comprove a emancipação; ter documento de identidade, e
finalidade alertar aos usuários das condições potencialmente
Cadastro de Pessoa Física (CPF).
perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou
(C) Ser penalmente imputável; não é necessário saber ler e
adjacentes a ela, indicando a natureza dessas situações à
escrever; possuir documento de identidade e Cadastro de
frente, quer sejam permanentes ou eventuais. De acordo com
Pessoa Física (CPF).
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a sinalização vertical de
(D) Ter documento de identidade e Cadastro de Pessoa
advertência apresentada abaixo corresponde a:
Física (CPF).
(E) Saber ler e escrever e possuir documento de
identidade.

19. (MPE/GO - Auxiliar Motorista - IADES) Considere a


Resolução nº 422/2012, que altera dispositivos da Resolução
CONTRAN nº 168/2004, que trata das normas e
procedimentos para a formação de condutores de veículos
(A) Junções sucessivas contrárias, primeira à esquerda. automotores e elétricos. Em relação às normas e às regras
(B) Junções sucessivas contrárias, primeira à direita. estabelecidas pelo CONTRAN, é correto afirmar que as aulas
(C) Confluência à direita. realizadas no simulador de direção veicular aplicadas
(D) Entroncamento obliquo à esquerda. exclusivamente aos pretendentes à obtenção da habilitação
nas categorias
16. (Pref. Alhandra/PB - Agente de Fiscalização de (A) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga
Trânsito - EducaPB/2016) A Sinalização de Obras têm como horária relativa às aulas práticas regulamentares, e antes da
característica a utilização dos sinais e elementos de sinalização realização do exame teórico.
vertical, horizontal, semafórica, de dispositivos e sinalizações (B) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga
auxiliares combinados de forma que os usuários da via sejam horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e antes da
advertidos sobre a intervenção realizada e possam identificar realização do exame teórico.
seu caráter temporário; que sejam preservadas as condições (C) “B” e “C” serão ministradas após o cumprimento da
de segurança e fluidez do trânsito e de acessibilidade; que os carga horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e
usuários sejam orientados sobre caminhos alternativos. antes da realização do exame teórico.
A respeito da Placa de Sinalização de Obras, assinale a (D) “C”, “D” e “E” serão ministradas após o cumprimento da
alternativa que corresponde ao símbolo da Placa abaixo carga horária relativa às aulas práticas regulamentares, e
CORRETA: depois da realização do exame teórico.
(E) “B” serão ministradas após o cumprimento da carga
horária relativa às aulas teóricas regulamentares, e depois da
realização do exame teórico.

Legislação de Trânsito 93
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APOSTILAS OPÇÃO

20. (Pref. Jandira/SP - Agente de Trânsito –


IBFC/2016) De acordo com o art. 3º da Resolução nº
182/2005 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), a
penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta
sempre que o infrator atingir a contagem de __________, no
período de __________.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas
corretamente.
(A) Dez pontos; oito meses.
(B) Doze pontos; doze meses.
(C) Dezoito pontos; dez meses.
(D) Vinte pontos; doze meses.

Respostas

01. A/ 02. D/ 03. A/ 04. C/ 05. D/ 06. D/ 07. C/ 08. A/


09. B/ 10. D/ 11. D/ 12. C/ 13. D/ 14. C/ 15. B/ 16. C/ 17. C/
18. D/ 19. B/ 20.D/

Anotações

Legislação de Trânsito 94
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REGULAMENTAÇÃO DE
TRANSPORTES PÚBLICOS
DE PASSAGEIROS

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APOSTILAS OPÇÃO

II - Autorização: ato unilateral pelo qual o Estado do


Ceará, através do órgão ou entidade competente,
discricionariamente, faculta o exercício de atividade, em
caráter precário;
III - Bagageiro: compartimento destinado
exclusivamente ao transporte de volumes ou bagagens, com
acesso pela parte externa do veículo;
IV - Bilhete de passagem: documento que comprova o
contrato de transporte entre a transportadora e o usuário do
serviço;
Decreto nº. 26.103 de 12 de V - Concessão de Serviço: a delegação de sua prestação,
feita pelo poder concedente, mediante licitação, na
janeiro de 2001. modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco e por prazo determinado;
DECRETO n. 26.103, de 12 de janeiro de 2001.
VI - Concorrência ruinosa: exploração do serviço de
transporte de passageiros por linha regular sem observância
Aprova o Regulamento dos Serviços de Transporte
das normas deste regulamento;
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará e
VII - Demanda: volume de passageiros potenciais por
dá outras providências.
itinerário considerado;
VIII - Frequência: número estabelecido de viagens por
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso das
unidade de tempo ou período fixado;
atribuições que lhe confere a Constituição do Estado em seu
IX - Frota: conjunto de veículos da transportadora,
art. 88, incs. IV e VI, e
cadastrado pelo poder concedente;
X - Horário: momento de partida, trânsito e chegada,
CONSIDERANDO os termos da Lei estadual n. 13.094, de 12
determinado pelo poder concedente;
de janeiro de 2001, que dispõe sobre o Sistema de Transporte
XI - Horário antecipado: partida do veículo antes do
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará
horário determinado;
e a conveniência de regulamentá-la;
XII - Horário extra: horário permitido pelo poder
concedente, quando do aumento momentâneo da demanda;
DECRETA:
XIII - Índice de aproveitamento: relação entre o
passageiro-equivalente e o número de lugares oferecidos;
TÍTULO I
XIV - Infração: ação ou omissão da transportadora ou de
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, DEFINIÇÕES E
seus prepostos e empregados, que contrarie à Lei Federal nº
CLASSIFICAÇÕES
8.666, de 21 de junho de 1993, com suas modificações, à Lei
Federal nº 8.987/95, à Lei Estadual nº. 12.788/97, à Lei
CAPÍTULO I
Estadual n. 13.094/2001, a este Regulamento, a atos, normas
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ou instruções emitidos pelo Poder Concedente, e a demais
normas legais, regulamentares ou pactuadas pertinentes;
Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento dos Serviços de
XV - Intervalo de horário: resguardo de tempo entre os
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
horários de partidas ordinárias das linhas de cada
Estado do Ceará, nos termos deste Decreto.
transportadora ao longo das secções realizadas;
Parágrafo único - O Sistema de Transporte Rodoviário
XVI - Itinerário: trajeto entre os pontos terminais de uma
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará, inclusive os
linha previamente estabelecido pelo poder concedente e
Terminais Rodoviários de Passageiros, reger-se-ão por este
definido pelas vias e localidades atendidas;
Regulamento e demais normas legais, regulamentares e
XVII - Linha: transporte de passageiros entre municípios
pactuadas pertinentes, em especial pelas Lei Federal nº. 8.987,
por itinerário e secções preestabelecidos;
de 13 de fevereiro de 1995, Lei Estadual nº. 12.788, de 30 de
XVIII - Linha alimentadora: linha que tem como
dezembro de 1997 e Lei Estadual nº 13.094, de 12 de janeiro
característica principal a alimentação de uma ou mais linhas
de 2001.
de maior relação passageiro transportado por quilometragem
percorrida;
Art. 2º - Compete ao Estado do Ceará explorar, organizar,
XIX - Linha diametral: linha que liga localidades,
dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de
passando pelo Município de Fortaleza;
serviços públicos relativos ao Sistema de Transporte
XX - Linha experimental: linha cujo serviço é outorgado
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos Terminais
para ser explorado por um período determinado, para
Rodoviários de Passageiros, conforme o disposto no art. 303
verificação de sua viabilidade;
da Constituição Estadual.
XXI - Linha integrada: linha que possui mecanismos
físico-operacionais e/ou tarifários que permitem a
CAPÍTULO II
transferência dos seus usuários para outra linha,
DAS DEFINIÇÕES
independentemente da modalidade de transporte;
XXII - Linha radial: linha que liga determinada localidade
Art. 3º - Serão consideradas, para efeito deste
do Estado do Ceará ao Município de Fortaleza;
Regulamento, as seguintes definições:
XXIII - Linha regional: linha que liga localidades do Estado
I - Atraso de horário:
do Ceará, sem passar pelo Município de Fortaleza;
no regime de frequência: a partida de veículo realizada
XXIV - Linha regular: linha utilizada na prestação de
fora do horário programado correspondente ao índice acima
Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
de 10 % dos horários programados durante o dia em cada
Passageiro;
linha.
XXV - Linha social: linha que funciona em horário especial,
no regime de horário: partida do veículo entre 10 (dez) a
cujo custo operacional é parcialmente coberto por receita
30 (trinta) minutos, após o horário estabelecido;
oriunda de outro serviço;

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 1


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APOSTILAS OPÇÃO

XXVI - Lotação: número máximo permitido de passageiros Rodoviários, nas diversas modalidades previstas neste
por veículo; Regulamento, prestados no âmbito do Estado do Ceará;
XXVII - Microônibus: veículo automotor de XLVII - Tarifa: contraprestação paga pelo usuário pela
transporte coletivo, com corredor central e capacidade de até utilização de serviço de transporte rodoviário intermunicipal
28 (vinte e oito) passageiros; de passageiros;
XXVIII - Omissão de viagem: viagem não realizada XLVIII - Tempo de viagem: tempo de duração total da
ou quando a partida do veículo tiver atraso superior a 100% viagem, computando-se os tempos de paradas;
(cem por cento) do intervalo de tempo para o regime de XLIX - Transportadora: pessoa física, pessoa jurídica ou
frequência, ou após 30 (trinta) minutos do horário consórcio de empresas que preste Serviço de Transporte
estabelecido para o regime de horário; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, mediante
XXIX - Ônibus metropolitano: veículo automotor de concessão, permissão ou autorização, conforme estabelecido
transporte coletivo de passageiros que apresente, no mínimo, neste Regulamento e nas demais normas legais,
duas portas e saídas de emergência, com mecanismo regulamentares e pactuadas pertinentes;
embarcado de controle de demanda, além das condições L - Transporte clandestino: exploração do serviço de
exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e demais normas transporte rodoviário intermunicipal de passageiros sem
pertinentes; outorga do poder concedente ou sem observância deste
XXX - Ônibus interurbano: veículo automotor de regulamento;
transporte coletivo de passageiros que apresente saídas de LI - Terminal: ponto inicial ou final de uma linha;
emergência, e uma única porta de entrada e saída, além das LII - Tripulação: compõe-se de motorista e cobrador,
condições exigidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e demais excetuados os casos previstos neste Regulamento nos quais
normas pertinentes; inexiste a obrigatoriedade de cobrador;
XXXI - Padrão operacional: conjunto de índices e LIII - Veículo de transporte de passageiros: ônibus
parâmetros fixados pelo poder concedente utilizados para interurbano e metropolitano, microônibus e veículos
avaliar operacionalmente cada linha; utilitários, utilizados no transporte de passageiros, nos termos
XXXII - Partida ordinária: saída do veículo no deste Regulamento;
horário preestabelecido; LIV - Veículo utilitário misto: veículo automotor destinado
XXXIII - Passageiro-equivalente: cálculo efetuado ao transporte simultâneo de carga e passageiro, com
com base na relação entre a receita e a tarifa integral de capacidade máxima de 04 (quatro) passageiros sentados, mais
determinada linha; a tripulação;
XXXIV - Percurso: distância percorrida entre o LV – Veículo padrão: veículo que atenda os requisitos e
ponto inicial e o ponto terminal de uma linha regular por um especificações estabelecidos no edital e contrato de concessão
itinerário previamente estabelecido; ou permissão, bem como nas demais normas legais,
XXXV - Permissão de serviço: a delegação, a título precário, regulamentares e pactuadas pertinentes.
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita LVI - Veículo utilitário de passageiro: veículo fechado, com
pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que capacidade mínima de 07 (sete) passageiros sentados e
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e máxima de 15 (quinze) passageiros sentados, mais a
risco. tripulação;
XXXVI - Pessoal de Operação: compõe-se de LVII – Viagem: deslocamento de um veículo ao longo do
motorista, cobrador, fiscal e despachante; itinerário, entre dois pontos terminais;
XXXVII - Poder Concedente: Estado do Ceará, LVIII - Viagem completa: deslocamento de um veículo ao
atuando diretamente ou através de entidade ou órgão da longo de um itinerário, com retorno ao ponto de origem;
Administração Estadual direta ou indireta a quem este delegar LVIX - Viagem-expressa: viagem realizada sem pontos de
competência originária sua relativa ao Sistema de Transporte parada ao longo do itinerário.
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos terminais
rodoviários de passageiros, inclusive no tocante ao exercício CAPÍTULO III
de fiscalização e regulação de tais serviços; DA CLASSIFICAÇÃO
XXXVIII - Ponto de apoio: local destinado à
prestação de serviço de manutenção, socorro e troca de Art. 4º - Os Serviços de Transporte Rodoviário
tripulação, instalado ao longo do itinerário; Intermunicipal de Passageiros ficam assim classificados:
XXXIX - Ponto de escala: local previamente I - Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
estabelecido para o descanso e alimentação de passageiros e Intermunicipal de Passageiros:
tripulantes; a) Serviço Regular Interurbano Convencional:
XL - Ponto de parada: local determinado para embarque e transporte de passageiros realizado entre dois ou mais
desembarque de passageiros, ao longo do itinerário; XLI - Municípios do Estado do Ceará, situando-se, pelo menos um
Porta-volume: bagageiro dentro do ônibus, destinado ao deles, fora da Região Metropolitana de Fortaleza;
transporte de pequenos volumes; b) Serviço Regular Interurbano Executivo: serviço
XLII - Reforço de horário: aumento de horários em uma regular interurbano prestado com um número reduzido de
linha, autorizado pelo poder concedente, devido a um paradas, passageiros somente sentados e realizado por veículo
acréscimo da demanda, ocorrido após a criação da linha, entre com ar-condicionado e banheiro com sanitário;
secções; c) Serviço Regular Interurbano Leito: serviço regular
XLIII - Regime de frequência: número de viagens de um interurbano prestado com um número reduzido de paradas, e
linha com intervalos de, no máximo, 30 (trinta) minutos, entre realizado com veículo dotado de poltrona reclinável tipo leito
si; e ar-condicionado e banheiro com sanitário;
XLIV - Regime de horário: número de viagens de uma linha d) Serviço Regular Metropolitano Convencional:
com mais de 30 (trinta) minutos de intervalo, entre si; transporte de passageiros realizado entre os Municípios da
XLV - Secção ou Seccionamento: trecho de linha regular em Região Metropolitana de Fortaleza, ou entre Municípios
que é autorizado o fracionamento da tarifa; vizinhos quaisquer quando a linha atravessar região com
XLVI - Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal elevada densidade populacional, a critério do poder
de Passageiros: conjunto de todos os serviços de transporte concedente;
rodoviário intermunicipal de passageiros e os Terminais

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 2


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e) Serviço Regular Metropolitano Executivo: serviço III - Inclusão ou exclusão de seccionamento;


regular metropolitano prestado com um número reduzido de IV - Horários;
paradas, passageiros somente sentados e realizado por veículo V - Encurtamento.
com ar-condicionado. Parágrafo único - É vedado às transportadoras em débito
para com o poder concedente, referente a tributos, multas,
II - Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de cadastros, remuneração de serviço, entrega da relação dos
Passageiros por Fretamento: transporte de pessoas sem as veículos componentes de sua frota ou da declaração de que os
características do serviço regular, mediante o aluguel global mesmos estão em perfeitas condições de segurança, conforto
do veículo, podendo ser contínuo ou eventual. e uso para operar, proporem qualquer alteração nos serviços,
até que seja efetuado o devido pagamento ou adimplemento
TÍTULO II da obrigação, sem prejuízo das demais cominações legais.
DOS SERVIÇOS REGULARES DE TRANSPORTE
RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS Art. 9º - A modificação de linha regular será comunicada ao
sindicato da transportadora e divulgada através da afixação
CAPÍTULO I em local apropriado pelo poder concedente.
DA CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE LINHAS REGULARES §1º - Os interessados terão um prazo de 10 (dez) dias,
contados da data da comunicação da modificação da linha
Art. 5º - As linhas regulares serão criadas ou extintas a regular aos sindicatos das transportadoras, para se
critério do poder concedente, visando a satisfação do interesse manifestarem sobre a mesma.
público e observadas a oportunidade e a conveniência da §2º - As manifestações apresentadas fora do prazo
implantação dos serviços. previsto no parágrafo anterior não serão apreciadas pelo
poder concedente.
Art. 6º - O processo de estudo de criação de linha regular §3º - Diante das manifestações dos interessados, o poder
poderá ser iniciado à critério do poder concedente ou a pedido concedente poderá, a seu critério, rever as modificações
da parte interessada no qual constará os seguintes elementos: previstas.
I - Dados gerais sobre o desenvolvimento
socioeconômico da região que se pretende servir e SEÇÃO II
informações que permitam aquilatar a conveniência do Do Prolongamento de Linha Regular
serviço e da influência deste sobre os meios de transportes
existentes; Art. 10 - Linha regular poderá ser prolongada pela
II - Vias a serem utilizadas, com croquis e distâncias; transferência de um dos seus pontos terminais, a critério do
III - Estimativa de atendimento, quanto a horário e poder concedente, observadas as seguintes condições:
frequência; I - Estudo técnico e de demanda que o justifique;
IV - Viabilidade de exploração econômica; II - Que o novo terminal não diste do antigo, mais do
V - Consideração do mercado de outros serviços já em que 20% (vinte por cento) da extensão do percurso original;
execução, outorgados pelo poder concedente, ou nos limites III - Que a linha a ser prolongada já venha sendo
das respectivas competências, por órgão federal ou municipal. explorada há pelo menos 03 (três) anos.
§1º - Para efeito de verificação dos fatores referidos neste
artigo, desde que não haja linha regular interligando os dois SEÇÃO III
terminais pelo itinerário pretendido, poderá ser outorgada, Da Alteração de Itinerário
sua exploração pelo poder concedente, mediante permissão,
pelo prazo de 06 (seis) meses, prorrogáveis por mais 06 (seis) Art. 11 - O poder concedente poderá admitir alteração de
meses, a critério do poder concedente, findo o qual, verificada itinerário da linha regular, a seu critério, nas seguintes
a viabilidade da linha, novo procedimento licitatório será hipóteses:
realizado. I - Quando o itinerário se mostrar impraticável, impedindo
§2º - O poder concedente poderá adicionar novos critérios o tráfego de veículos;
técnicos para a criação de linha regular. II - Quando implantada nova estrada ou trecho melhorado;
III - Para prestação de um serviço mais eficiente.
Art. 7º - O processo de estudo de extinção de linha regular §1º - Ocorrendo impraticabilidade de itinerário, a
poderá ser iniciado a critério do poder concedente ou a pedido transportadora, enquanto não se verificar o restabelecimento
da transportadora. do mesmo, executará o serviço por outras vias, comunicando o
Parágrafo único – O pedido da transportadora relativo a fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas ao poder concedente
extinção de linha regular deverá conter os seguintes que poderá estabelecer novo trajeto provisório.
elementos: §2º - A alteração de itinerário decorrente da implantação
I - Estudo global da demanda; de nova via ou trecho melhorado, será autorizada, a critério do
II - Verificação da real necessidade da população; poder concedente, de ofício ou a requerimento de interessado,
III – Avaliação econômico - financeira da exploração do quando proporcionar atendimento mais econômico e
serviço. confortável ao usuário, preservado eventual atendimento da
demanda remanescente.
CAPÍTULO II
DAS MODIFICAÇÕES DE LINHAS REGULARES SEÇÃO IV
SEÇÃO I Da Inclusão ou Exclusão de Seccionamento
Das Disposições Gerais
Art. 12 - A inclusão de seccionamento em linha regular
Art. 8º - O poder concedente poderá, a seu critério ou a poderá ser autorizada, a critério do poder concedente, quando:
requerimento de interessados, proceder modificações de linha I - Existir demanda justificável entre localidades;
regular, antecedidas de estudo para analisar a viabilidade das II - Inexistir linha regular, pelo mesmo itinerário,
mesmas, referentes a: coincidente com os pontos de seccionamento, salvo em
I - Prolongamento; existindo linha regular explorada pela mesma transportadora,
II - Alteração de itinerário;

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cujos pontos terminais coincidam com o seccionamento 2001, bem como regular sua observância por meio da
requerido. expedição de Portarias e Resoluções, nos termos dos arts. 2º,
Parágrafo único - A autorização de seccionamento entre 62 e 63 da citada Lei, observado o disposto no art. 130 deste
localidades situadas dentro da Região Metropolitana de Decreto.
Fortaleza é exclusiva às linhas metropolitanas. §2º - As concessões e permissões de Serviços Regulares de
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
Art. 13 - A exclusão de secção poderá ocorrer, a critério do sujeitar-se-ão à direção e fiscalização pelo Poder Público
poder concedente, quando esta apresentar volume médio Estadual concedente, nos termos das normas legais e
semestral de passageiros igual ou inferior a 5% (cinco por regulamentares, com a cooperação dos usuários.
cento) do volume total da linha correspondente, desde que §3º - A concessão de Serviço Regular de Transporte
preservado o atendimento de eventual demanda Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada
remanescente. mediante contrato administrativo, precedido de licitação na
modalidade de concorrência, observado o disposto no inciso II
SEÇÃO V do artigo 2º da Lei Federal nº. 8.987, de 13 de fevereiro de
Dos Horários 1995, e demais normas legais, regulamentares e pactuadas.
§4º - A permissão de Serviço Regular de Transporte
Art. 14 - Os horários das viagens referentes às linhas Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada
regulares serão fixados pelo poder concedente em função da mediante termo de permissão, precedido de licitação,
demanda de transporte e características de cada linha, observado o disposto no inciso III do artigo 2º da Lei Federal
objetivando a satisfação do usuário. nº. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e demais normas legais
e regulamentares pertinentes e no respectivo edital de
Parágrafo Único - Horário extra poderá ser autorizado pelo licitação, inclusive quanto à precariedade e revogabilidade
poder concedente, em caso de acréscimo momentâneo de pelo poder concedente, dado ser por prazo indeterminado.
demanda. §5º - As linhas regulares serão criadas, alteradas ou
extintas a critério exclusivo do poder concedente, visando à
Art. 15 - Constatada a necessidade de aumento de horários satisfação do interesse público, observadas a oportunidade e a
na linha regular, a transportadora será consultada para que, no conveniência da medida.
prazo de 05 (cinco) dias, se manifeste sobre o interesse de §6º - As linhas regulares são classificadas em:
executar o novo horário. - radial: linha que liga determinada localidade do Estado
§1º - Em caso de resposta positiva da transportadora em do Ceará ao Município de Fortaleza;
executar os serviços de que trata o presente artigo, esta terá - regional: linha que liga localidades do Estado do Ceará,
um prazo de 08 (oito) dias para iniciar a nova operação, sendo sem passar pelo Município de Fortaleza;
este prazo ampliado para 90 (noventa) dias se o acréscimo de - diametral: linha que liga localidades do Estado do Ceará
horário acarretar necessidade de elevação da frota, ressalvada passando pelo Município de Fortaleza.
falta de veículo no mercado para aquisição e arrendamento.
§2º - Não havendo resposta por parte da transportadora, §7º - As linhas radiais e diametrais, quando operadas por
ou sendo esta intempestiva ou negativa, o poder concedente ônibus, serão outorgadas mediante concessão e quando
poderá licitar o serviço de que trata o “caput” deste artigo. operadas por veículo utilitários de passageiros e veículos
utilitários mistos serão outorgadas por permissão.
SEÇÃO VI §8º - As linhas regionais, quando operadas por ônibus,
Do Encurtamento de Linha Regular serão outorgadas mediante concessão, e, quando operadas por
veículos utilitários de passageiros e veículos utilitários mistos
Art. 16 - O poder concedente, atendendo as peculiaridades serão outorgadas por permissão.
dos serviços e objetivando racionalizar e reduzir os custos
operacionais, poderá autorizar, a seu critério, de ofício ou a Art. 18 - Na exploração dos Serviços Regulares de
requerimento da transportadora interessada, o encurtamento Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros,
de linha regular. mediante concessão ou permissão, observar-se-ão três
Parágrafo único - O encurtamento somente poderá ser princípios básicos:
concedido se a linha vier sendo explorada há pelo menos 03 I - Ausência de exclusividade na exploração do serviço;
(três) anos e desde que o terminal excluído não venha a sofrer II - Liberdade de escolha do usuário;
falta de atendimento à sua demanda. III - Competitividade.

CAPÍTULO III Art. 19 - Na concessão do serviço, o edital da licitação


DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS especificará, durante o respectivo prazo, o número de
REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO delegatários de cada linha, o número mínimo de veículos a
INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS serem empregados por cada um e critérios de desempate.
Parágrafo único - Respeitado o número mínimo fixado no
SEÇÃO I edital de licitação, poderá o poder concedente alterar o
Das Disposições Gerais número de veículos a serem empregados na prestação de
serviço, tendo como base a relação demanda x oferta por ele
Art. 17 - Compete ao Estado do Ceará explorar diretamente auferida, objetivando sempre a satisfação do usuário e a
ou mediante concessão ou permissão os Serviços Regulares de segurança de tráfego.
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, no
âmbito de sua jurisdição, sempre através de licitação, nos Art. 20 - A concessão será outorgada pelo prazo máximo de
termos deste Regulamento, da Lei federal nº. 8.987/95, da Lei 7 (sete) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez, por
estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001 e demais normas até igual período, a critério exclusivo do poder concedente,
legais e regulamentares pertinentes. desde que haja interesse público e anuência da concessionária
§1º - Caberá à Agência Reguladora de Serviços Públicos na prorrogação do contrato e na continuidade da prestação do
Delegados do Estado do Ceará – ARCE fiscalizar o serviço.
cumprimento da Lei estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de

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§1º - Caberá exclusivamente ao Poder Concedente VI – Na concessão, prazos máximos de amortização para
reconhecer o interesse público na continuidade da prestação veículos, estoque de peças de reposição (estoque do
do serviço, de acordo com a conveniência e oportunidade da almoxarifado), dos equipamentos e instalações;
Administração, caso em que a prorrogação do contrato VII - Relação de bens reversíveis ao término da
dependerá do resultado do índice de que trata o art. 129 deste concessão, ainda não amortizados, mediante justa
Regulamento. indenização;
§2º - A permissão, outorgada a título precário e por prazo VIII - Critério de indenização, em caso de encampação;
indeterminado, pode ser revogada a qualquer tempo, a critério IX - Percentual sobre o valor total da receita bruta tarifária
exclusivo do poder concedente, sem direito a indenização ao mensal, a ser recolhido mensalmente ao órgão ou entidade
permissionário, sendo que, em cada linha, este não poderá responsável pela fiscalização por parte do poder concedente,
operar com mais de um veículo. nos termos do art. 111, deste Regulamento.
§1º - Este Regulamento será parte integrante do edital de
SEÇÃO II licitação de Serviço Regular de Transporte Rodoviário
Da Licitação e Contratos Intermunicipal de Passageiros e do respectivo contrato.
§2º - Além dos requisitos estabelecidos neste
Art. 21 - O julgamento da licitação para concessão ou Regulamento, o edital de licitação de Serviço Regular de
permissão dos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e o
Intermunicipal de Passageiros observará um dos seguintes respectivo contrato de concessão ou permissão obedecerão
critérios: aos requisitos constantes na Lei Federal nº 8.666/93 e
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser alterações, na Lei Federal nº. 8.987/95, na Lei Estadual no
prestado; 12.788/97, na Lei estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001,
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder e em demais normas legais e regulamentares pertinentes.
concedente pela outorga; III - a combinação dos critérios
referidos nos incisos I e II deste artigo; Art. 24 - Na qualificação técnica exigida da transportadora
IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no licitante, além do estabelecido na Lei de Licitações de nº
edital; 8.666/93, exigir-se-á:
V - melhor proposta em razão da combinação de I - A comprovação da disponibilidade da frota, que
propostas técnica e de oferta de pagamento pela outorga; ou poderá ser feita mediante comprovantes de propriedade ou
VI - melhor oferta de pagamento pela outorga após cessão, para atender ao serviço objeto da licitação, devendo os
qualificação de propostas técnicas. referidos veículos encontrarem-se disponibilizados no prazo
§1º - A aplicação do critério previsto no inciso III só será fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90 (noventa)
admitida quando previamente estabelecida no edital de dias após o recebimento da Ordem de Serviço, e não podendo
licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para tais veículos estarem comprometidos com outros serviços à
avaliação econômico-financeira. época da prestação do serviço objeto da licitação, obedecido o
§2º - O poder concedente recusará propostas prazo acima e o disposto no art. 56 deste Regulamento;
manifestamente inexequíveis ou financeiramente II - Termo de compromisso de disponibilidade da frota,
incompatíveis com os objetivos da licitação. no caso de impossibilidade de apresentação imediata da
§3º - Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V e comprovação prevista no inciso anterior, respeitado o prazo
VI deste artigo, o edital de licitação conterá parâmetros e nele previsto;
exigências para a formulação de propostas técnicas. III - Prova de que possui, ou compromisso de
disponibilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para
Art. 22 - A concessão será explorada pelo prazo máximo de dar suporte à execução do contrato pelo período da prestação
07 (sete) anos, podendo ser prorrogada por até igual período, dos serviços, exceto para veículos utilitários de passageiros.
a critério do poder concedente, desde que a transportadora
demonstre interesse por escrito, no prazo compreendido entre Art. 25 - Para assinatura do contrato de concessão ou
12 (doze) e 06 (seis) meses da data da expiração, e desde que termo de permissão, a licitante deverá apresentar, dentre
haja interesse público na continuidade da prestação do outros exigidos no respectivo edital, os seguintes documentos,
serviço. no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de
Parágrafo único - O requerimento da transportadora para decadência:
prorrogação de concessão somente será analisado, quando I - Comprovação de cursos de capacitação do pessoal
demonstrado a sua regularidade junto ao poder concedente de operação necessários para o cadastramento da tripulação,
quanto ao cadastramento, pagamento de taxas e multas, e conforme disposto no art. 71, §1º, inciso VI, deste
mediante a apresentação da documentação prevista nos arts. Regulamento;
29 e 31 da Lei nº 8.666/93. II - Apólice de seguro de responsabilidade civil, com
valor determinado no edital;
Art. 23 - O edital de licitação para concessão ou permissão III - Certidão de inexistência de débito para com a
conterá as condições e as características do serviço, Fazenda Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacional
especificando: e Previdência Social e FGTS.
I - Linha, itinerário, características do veículo, horários §1º - Em caso de ocorrência da decadência prevista no
e frequências, extensão, pontos de parada, além de eventuais “caput” deste artigo, o poder concedente poderá outorgar a
seccionamentos e restrições de trechos; concessão à classificada imediatamente posterior.
II - Frota mínima necessária à execução do serviço e §2º - Todas as minutas de editais e contratos de concessão
respectiva renovação, bem como a frota reserva, observado o ou permissão relativos a outorga de Serviço Regular de
disposto no art. 56, deste Regulamento; Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverão
III - Vigência da concessão, sua natureza e a ser obrigatoriamente encaminhados à Agência Reguladora de
possibilidade de renovação; Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, para
IV - Valor da outorga da concessão ou permissão e sua exame e homologação prévias, caso esta não tenha sido
forma de pagamento; responsável pela elaboração das mesmas.
V - Forma de reajuste da tarifa;

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SEÇÃO III Art. 32 - A inexecução total ou parcial do contrato


Da Intervenção acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de
caducidade da concessão ou a aplicação de sanções, nos
Art. 26 - O poder concedente poderá intervir na concessão, termos deste Regulamento e demais normas legais,
com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, regulamentares e pactuadas.
bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, §1º - A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo
regulamentares e legais pertinentes. poder concedente quando:
Parágrafo único - A intervenção far-se-á por decreto do I - O serviço estiver sendo prestado de forma
poder concedente, que conterá a designação do interventor, o inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios,
prazo da intervenção, além dos objetivos e limites da medida. indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço,
inclusive o Índice de Desempenho Operacional - IDO;
Art. 27 - Declarada a intervenção, o poder concedente II - A transportadora descumprir cláusulas contratuais
deverá, no prazo de 30 (trinta) dias, instaurar procedimento ou disposições legais ou regulamentares concernentes à
administrativo para comprovar as causas determinantes da concessão;
medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de III - A transportadora paralisar o serviço ou concorrer
ampla defesa. para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso
Parágrafo único - O procedimento administrativo a que se fortuito ou força maior;
refere o "caput" deste artigo deverá ser concluído no prazo de IV - A transportadora perder as condições econômicas,
até 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de considerar-se sem técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do
validade a intervenção. serviço concedido;
V - A transportadora não cumprir as penalidades
Art. 28 - Cessada a intervenção, se não for extinta a impostas por infrações, nos devidos prazos;
concessão, a administração do serviço será devolvida à VI - A transportadora não atender a intimação do poder
transportadora, precedida de prestação de contas pelo concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço;
interventor, que responderá pelos atos praticados na sua VII - A transportadora for condenada em sentença
gestão. transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive
contribuições sociais;
SEÇÃO IV VIII - A transportadora não efetuar o pagamento do
Da Extinção da Concessão percentual sobre o valor total da receita tarifária mensal
arrecadada à Agência Reguladora de Serviços Públicos
Art. 29 - Extingue-se a concessão, por: Delegados do Estado do Ceará – ARCE, nos termos do art.111,
I - Advento do termo contratual; deste Regulamento.
II - Encampação; §2º - A declaração da caducidade da concessão deverá ser
III - Caducidade; precedida da verificação da inadimplência da transportadora
IV - Rescisão; em processo administrativo, assegurado o direito de ampla
V - Anulação; defesa.
VI - Falência ou extinção da transportadora, e §3º - Não será instaurado processo administrativo de
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa inadimplência antes de comunicados à transportadora
individual. detalhadamente os descumprimentos contratuais referidos no
§1º - Extinta a concessão, retornam ao poder todos os bens parágrafo primeiro deste artigo, dando-lhe um prazo para
reversíveis, direitos e privilégios transferidos a corrigir as falhas e transgressões apontadas e para efetuar as
transportadora conforme previsto no edital e estabelecido em alterações devidas.
contrato de concessão. §4º - Instaurado o processo administrativo e comprovada
§2º - Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do
serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos poder concedente, independentemente de indenização prévia.
levantamentos, avaliações e liquidações necessários. §5º - Declarada a caducidade, não resultará para o Poder
§3º - A assunção do serviço autoriza a ocupação das Público qualquer espécie de responsabilidade em relação aos
instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou
bens reversíveis. com empregados da transportadora.
§4º - Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o
poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão, Art. 33 - O contrato de concessão poderá ser rescindido por
procederá aos levantamentos, avaliações necessárias à iniciativa da transportadora, no caso de descumprimento das
determinação do montante da indenização que será devida à normas contratuais pelo Poder Público, mediante ação judicial
transportadora, na forma dos arts. 29 e 30 deste Regulamento. especialmente intentada para esse fim.
Parágrafo único - Na hipótese prevista no "caput" deste
Art. 30 - A reversão no advento do termo contratual far-se- artigo, os serviços prestados pela transportadora não poderão
á com a indenização das parcelas dos investimentos ser interrompidos ou paralisados, até decisão judicial
vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou transitada em julgado.
depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de
garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. Art. 34 - A anulação da licitação tornará sem efeito o
Parágrafo único - Em caso de reversão, esta se dará respectivo contrato de concessão.
automaticamente com relação aos bens já amortizados ou
depreciados. Art. 35 - Não poderá habilitar-se à nova concessão a
empresa que tiver seu contrato de concessão rescindido, pelo
Art. 31 - Considera-se encampação a retomada do serviço período de 02 (dois) anos, a partir da data do trânsito em
pelo poder concedente durante o prazo de concessão, por julgado da decisão judicial a que se refere o parágrafo único do
motivo de interesse público, mediante lei autorizativa art. 33, deste Regulamento.
específica e após prévio pagamento da indenização, na forma
do artigo anterior.

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Art. 36 - Para exploração do Serviço Regular de Transporte atendimento de informações, dados, planilhas de custo, fontes
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de de receitas principal, alternativa, acessória, complementar ou
concessão, a transportadora prestará garantia, podendo optar global, documentos e outros elementos, sempre na forma e
por uma das modalidades previstas no art. 56 da Lei nº periodicidade requisitados;
8.666/93, no valor de 5% (cinco por cento) sobre o total da III - Manter as características fixadas pelo poder
frota a ser utilizada na linha objeto da licitação, conforme concedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em
estabelecido no respectivo edital, tendo por base o valor de execução, nos termos das normas legais e regulamentares
veículo padrão novo. pertinentes;
§1º - A extinção da concessão, por infração a norma legal, IV - Preservar a inviolabilidade dos instrumentos
regulamentar ou pactuada, incluindo este Regulamento, contadores de passageiros, equipamento registrador
implica na perda da garantia pela infratora, em favor do poder instantâneo inalterável de velocidade e tempo e outros
concedente. instrumentos, conforme exigidos em normas legais e
§2º - Em caso de extinção da concessão que não resultou regulamentares;
em aplicação de penalidade, a garantia será liberada ou V - Apresentar seus veículos para início de operação
restituída, em favor da concessionária. em condições de segurança, conforto e higiene, bem como
atender as especificações, normas e padrões técnicos
Art. 37 - A prestação da garantia resguardará a execução estabelecidos pelas normas legais, regulamentares e
do serviço e pagamento de multas e/ou débitos, quando não pactuadas pertinentes;
forem recolhidos no devido tempo. VI - Manter somente em serviço os motoristas,
cobradores, fiscais e despachantes cadastrados junto ao poder
Art. 38 - Sempre que for deduzida a garantia ou parte dela, concedente;
no exercício do direito que trata o artigo anterior, a VII - Preencher as guias e formulários referentes a dados
transportadora fica obrigada a proceder a sua recomposição operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo poder
no prazo de 10 (dez) dias a contar do recebimento da concedente;
notificação, sob pena de caducidade da concessão. VIII - Tomar imediatas providências para
prosseguimento da viagem quando de sua interrupção;
SEÇÃO V IX - Efetuar o reabastecimento e manutenção em locais
Do Registro de Transportadora apropriados, e sem passageiros a bordo;
X - Não operar com veículo que esteja derramando
Art. 39 - Os Serviços Regulares de Transporte Rodoviário combustível ou lubrificantes na via pública e terminais
Intermunicipal de Passageiros serão executados somente por rodoviários ou com ameaça de apresentar defeito;
transportadoras registradas junto ao poder concedente. XI - Tomar as providências necessárias com relação à
Parágrafo único - As transportadoras concessionárias empregado ou preposto que, comprovadamente, não atenda
serão automaticamente registradas junto ao poder satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do poder
concedente, por ocasião da assinatura do contrato de concedente.
concessão.
Art. 42 - A transportadora deverá apresentar mensalmente
Art. 40 - O registro cadastral deverá ser atualizado quadro demonstrativo do movimento de passageiros, na
anualmente, no mês de junho. forma regulamentada pelo poder concedente.
§ 1º - Na atualização do registro cadastral, a
transportadora apresentará os seguintes documentos: Art. 43 - Os prepostos, empregados, contratados das
I - Certidão negativa de falência e concordata expedida transportadoras, ou qualquer que atue em seu nome, deverão:
pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução I - Conduzir-se com atenção e urbanidade para com os
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; usuários do serviço e representantes do Poder Concedente no
II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do exercício de suas funções;
último exercício social; II - Apresentar-se em serviço corretamente
III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto ao uniformizados e identificados com o respectivo crachá;
poder concedente; III - Prestar aos usuários, quando solicitados, as
IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil. informações necessárias, principalmente sobre itinerários,
§ 2º - Trimestralmente a transportadora apresentará ao tempo de percurso, pontos de parada, distâncias e preços das
poder concedente a apólice de seguro de responsabilidade passagens;
civil, mediante a apresentação dos recibos de quitação. IV - Cumprir as normas legais, regulamentares e
pactuadas relativas à execução dos serviços.
SEÇÃO VI Parágrafo único - É vedado o transporte do pessoal da
Dos Encargos da Transportadora transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação, sem
o respectivo crachá.
Art. 41 - Sem prejuízo dos encargos previstos em normas
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, a Art. 44 - Sem prejuízo do cumprimento dos encargos e
transportadora prestadora de Serviço Regular de Transporte deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverá: pactuadas pertinentes, o motorista da transportadora é
I - Prestar serviço adequado, na forma prevista em obrigado a:
normas legais, regulamentares e pactuadas, e em especial
neste Regulamento, nas ordens de serviço e no respectivo I - Dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a segurança
contrato; e conforto dos usuários;
II - Submeter-se à direção e fiscalização do poder II - Não movimentar o veículo, sem que as portas estejam
concedente diretamente ou através da Agência Reguladora de totalmente fechadas;
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE ou III - Manter uma velocidade compatível com a situação
outro órgão ou entidade da Administração Estadual das vias, respeitando os limites fixados pela legislação de
designado, facilitando-lhes a ação e cumprindo as suas trânsito;
determinações, especialmente no correto fornecimento e

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IV - Diligenciar para o fiel cumprimento dos horários e III - Encontrar-se em trajes manifestamente impróprios
frequências estabelecidos; ou ofensivos a moral pública;
V - Não fumar no interior do veículo; IV - Portar arma de fogo ou de qualquer natureza, salvo
VI - Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) horas legalmente autorizado;
antecedentes ao início de sua jornada de trabalho e até o seu V - Pretender transportar, como bagagem, produtos
término; que, pelas suas características, sejam considerados perigosos
VII - Não se afastar do veículo no ponto de parada, ou representem riscos para os demais passageiros, nos termos
orientando o embarque e o desembarque de passageiros; da legislação específica sobre Transporte Rodoviário de
VIII - Prestar à fiscalização do poder concedente, exercida Cargas Perigosas;
diretamente ou através de órgãos e entidades delegadas, os VI - Conduzir animais domésticos ou selvagens, quando
esclarecimentos que lhe forem solicitados; não devidamente acondicionados, em desacordo com as
IX - Exibir à fiscalização do poder concedente, exercida disposições legais e regulamentares próprias;
diretamente ou através dos órgãos e entidades, quando VII - Conduzir objetos de dimensões e
solicitado, ou entregar, contra recibo, os documentos do acondicionamentos incompatíveis com o porta-volume;
veículo, o mapa de viagem e outros que forem exigíveis; VIII - Incorrer em comportamento incivil;
X - Não conversar, enquanto estiver na condução do IX - Comprometer a segurança, o conforto e a tranquilidade
veículo; dos demais passageiros;
XI - Atender aos sinais de parada em locais permitidos e X - Usar aparelhos sonoros durante a viagem;
somente neles; XI - Fumar no interior do veículo.
XII - Observar, rigorosamente, o esquema de operação
dos corredores e faixas exclusivas para ônibus; SEÇÃO VII
XIII - Diligenciar na obtenção de transporte para usuários, Dos Direitos Dos Usuários
em caso de avaria e interrupção da viagem;
XIV - Desviar o veículo para o acostamento nas calçadas Art. 48 - Sem prejuízo dos direitos previstos em normas
e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para embarque e legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são direitos
desembarque de passageiros; dos usuários:
XV - Recolher o veículo à respectiva garagem, quando I - Ser transportado em condições de segurança, higiene e
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por em conforto, do início ao término da viagem;
risco a segurança e conforto dos usuários; II - Ter assegurado seu lugar no veículo, nas condições
XVI - Prestar socorro aos usuários feridos, em caso de fixadas no bilhete de passagem;
acidente. III - Ser atendido com urbanidade, pelos dirigentes,
prepostos e empregados da transportadora e pelos agentes
Art. 45 - Os demais componentes da equipe de operação do dos órgãos e entidades responsáveis pela fiscalização por
veículo deverão: parte do poder concedente;
I - Auxiliar o embarque e desembarque de passageiros, IV - Ser auxiliado no embarque e desembarque pelos
especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e deficientes prepostos da transportadora, em especial quando tratar-se de
motores, sendo que, no caso de serviço regular de transporte crianças, senhoras, pessoas idosas ou com dificuldade de
de passageiros metropolitano, tal exigência só será devida nos locomoção;
terminais; V - Receber informações sobre as características dos
II - Procurar dirimir as pendências ou dúvidas serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendidas e
referentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir outras de seu interesse;
na relação entre passageiro e transportadora; VI - Ter sua bagagem transportada no bagageiro e
III - Diligenciar para manutenção da ordem e para a porta-volume, observado o disposto no art. 84 deste
limpeza do veículo; Regulamento e demais normas legais e regulamentares;
IV - Colaborar com o motorista em tudo que diga VII - Receber os comprovantes dos volumes
respeito à regularidade da viagem, especialmente à transportados no bagageiro;
comodidade e à segurança dos passageiros; VIII - Pagar a tarifa correta fixada para o serviço utilizado,
V - Não fumar no interior do veículo; bem como receber eventual troco em dinheiro.
VI - Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) horas
antecedentes ao início e durante a sua jornada de trabalho; CAPÍTULO IV
VII - Diligenciar junto a transportadora, no sentido de DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE
evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco correto. TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE
PASSAGEIROS
Art. 46 - A transportadora manterá em seus veículos um
livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado em SEÇÃO I
suas folhas pela fiscalização do poder concedente, à disposição Das Viagens
dos usuários para consignarem suas sugestões ou
reclamações, e do pessoal de operação para registrar as Art. 49 - As viagens serão executadas de acordo com o
ocorrências da viagem. padrão técnico-operacional estabelecido pelo poder
Parágrafo único – No caso de serviço regular de transporte concedente com relação às classificações de serviços,
de passageiros metropolitano, a exigência de que trata o caput observados os horários, ponto inicial e final, itinerários,
só será devida nos terminais. pontos de parada e os seccionamentos determinados.

Art. 47 - O usuário dos Serviços Regulares de Transporte Art. 50 - Fica estabelecida uma tolerância máxima de 10
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado o (dez) minutos, além do horário marcado, para a chegada do
embarque ou determinado o seu desembarque, em local veículo no ponto inicial da linha.
seguro e adequado, quando: §1º - Decorrido o prazo fixado neste artigo, o poder
I - Não se identificar, quando exigido; concedente notificará a empresa transportadora para a
II - Encontrar-se em estado de embriaguez; colocação de outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta)
minutos.

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APOSTILAS OPÇÃO

§2º - Caso a empresa transportadora não adote a Parágrafo único - A exigência de que trata o caput deste
providência referida no parágrafo anterior, o poder Artigo não se aplicará no caso de serviço regular explorado por
concedente poderá requisitar um veículo de outra empresa veículo utilitário de passageiros e veículo utilitário misto.
transportadora para a realização da viagem.
§3º - Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, Art. 57 - Deverá o poder concedente realizar constante
o poder concedente notificará a transportadora faltosa para, ação fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo,
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o pagamento à em qualquer tempo e independentemente da vistoria
transportadora requisitada, no valor presumido para a viagem ordinária prevista na legislação de trânsito, realizar inspeções
completa, obedecendo os coeficientes tarifários e a taxa de e vistorias nos veículos, determinando, se observada qualquer
ocupação constante da planilha tarifária em vigor. irregularidade quanto às condições de funcionamento,
higiene, conforto e segurança, sua retirada de operação, até
Art. 51 - Os pontos terminais de parada e de escala só que sejam sanadas as deficiências.
poderão ser utilizados pelas transportadoras após
devidamente homologados pelo poder concedente. Art. 58 - Semestralmente a transportadora apresentará ao
Parágrafo único - O poder concedente somente Poder Concedente relação dos veículos componentes de sua
homologará terminais rodoviários, pontos de parada e pontos frota, declarando que estão em perfeitas condições de
de escala compatíveis com o seu movimento e que apresentem segurança, conforto e uso para operar.
padrões adequados de operacionalidade, segurança, higiene e
conforto. Art. 59 - Além dos documentos exigidos pela legislação de
trânsito e demais normas legais e regulamentares pertinentes,
Art. 52 - O poder concedente fixará o tempo de duração da os veículos deverão conduzir:
viagem e de suas etapas, observados os critérios técnicos. I - No seu interior:
a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
Art. 53 - A interrupção de viagem decorrente de defeito b) quadro de preços das passagens;
mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior, será c) capacidade de lotação do veículo;
objeto de comunicação imediata da transportadora ao poder d) número do telefone da Agência Reguladora de
concedente. Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou de
§1º - A interrupção da viagem pelos motivos elencados no outro órgão ou entidade designado pelo Poder Concedente
“caput” deste artigo, por um período superior a 03 (três) horas, para eventuais reclamações pelos usuários.
dará direito ao passageiro, à alimentação e pousada, por conta
da transportadora, além do transporte até o destino de viagem. II - Na parte externa:
§2º - Nos casos de substituição de veículo por outro de a) indicação da origem e destino final da linha;
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir o b) número de registro do veículo no Poder Concedente
passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço de (Selo de Registro);
tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvido c) número de ordem do veículo;
anteriormente à interrupção da viagem. d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema
ou logotipo e/ou razão social da empresa, aprovados pelo
Art. 54 - Os horários serão fixados em função da demanda Poder Concedente.
de passageiros e características de cada linha, objetivando a
satisfação do usuário, a segurança de tráfego e a rentabilidade Art. 60 - Considera-se, para efeito da capacidade de lotação
das viagens, evitadas sempre que possível, as superposições do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do
de horários. motorista e a do cobrador, quando houver este último.
§1º - Considerar-se-á lotado o veículo que estiver com sua
SEÇÃO II capacidade completa.
Dos Veículos §2º - Não é permitido o excesso de lotação, ressalvado o
disposto nos parágrafos 3º e 4º deste artigo.
Art. 55 - Na prestação dos Serviços Regulares de §3º - Excepcionalmente, o Poder Concedente poderá, a seu
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão critério, autorizar passageiros excedentes até o limite de 20%
utilizados os seguintes tipos de veículos: (vinte por cento) da lotação sentada nos serviços de
I - Ônibus interurbano convencional; transporte regular interurbano convencional prestados por
II - Ônibus interurbano executivo; ônibus.
III - Ônibus interurbano leito; §4º - No serviço de transporte regular metropolitano
IV - Ônibus metropolitano convencional; convencional e no serviço de transporte regular interurbano
V - Ônibus metropolitano executivo; convencional, este último em linhas com extensão de até 75
VI - Microônibus; (setenta e cinco) quilômetros, ambos prestados por ônibus, o
VII - Veículo utilitário de passageiros; poder concedente poderá autorizar, a seu critério, passageiros
VIII - Veículo utilitário misto. excedentes, inclusive em limite superior ao estabelecido no
Parágrafo único - As dimensões, lotação e características §3º deste artigo.
internas e externas dos veículos utilizados na prestação dos §5º - Nos serviços regular interurbano convencional e
serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal regular metropolitano convencional operados por veículos
de Passageiros obedecerão as normas e especificações utilitários e microônibus, somente poderão ser transportados
técnicas que determinam os padrões dos respectivos serviços passageiros sentados.
a serem prestados pelos mesmos, nos termos das normas
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes. Art. 61 - Todos os veículos registrados junto ao poder
concedente pelas transportadoras deverão circular com
Art. 56 - A frota de cada transportadora deverá ser equipamento registrador instantâneo inalterável de
composta de veículos, em número suficiente para prestação do velocidade e tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro
serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação, mais diário aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a ser
a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez por cento) determinados pelo poder concedente.
e máximo de 20% (vinte por cento) da frota operacional.

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Art. 62 - A transportadora manterá, pelo período de 90 estipulado para a frota dimensionada da transportadora,
(noventa) dias, os dados do equipamento registrador incluindo a frota reserva prevista no art. 56, deste
instantâneo inalterável de velocidade e tempo ou de outro Regulamento.
dispositivo eletrônico com tal finalidade de todos os seus
veículos em operação, devidamente arquivados, em perfeito Art. 68 - O poder concedente não fará registro de veículos
estado de conservação, acompanhados da análise de cada oriundos de cessão celebrada entre as suas transportadoras
viagem realizada, podendo os mesmos serem solicitados pelo concessionárias ou permissionárias.
poder concedente.
Parágrafo único - Na ocorrência de acidente, a Art. 69 - Não será efetuado registro de ônibus com idade
transportadora manterá os dados do equipamento registrador superior a 07 (sete) anos, microônibus com idade superior a
instantâneo de velocidade das últimas 24 (vinte e quatro) 03 (três) anos e veículo utilitário de passageiros e veículo
horas, pelo prazo de 01 (um) ano. utilitário misto com idade superior a 03 (três) anos,
observados as seguintes disposições:
Art. 63 - Será permitida a fixação de publicidade na parte I - Para efeito de contagem da vida útil, será
externa do veículo, exceto quando colocar em risco a considerado o ano de fabricação do veículo ou do primeiro
segurança do trânsito. encarroçamento de chassi, devidamente comprovado por nota
§1º - Não poderão ser veiculadas na parte externa dos fiscal do encarroçador ou pela observação no Certificado de
veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as que Registro e Licenciamento de Veículo;
firam a moral e os bons costumes. II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação
§2º - Somente serão permitidas na parte interna do veículo do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano;
mensagens de interesse dos usuários, a critério do Poder III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for
Concedente. adquirido no ano seguinte ao da sua fabricação, diretamente
do fabricante ou de concessionário do mesmo, conforme
SEÇÃO III comprovado por nota fiscal, será considerado a data de
Do Registro dos Veículos entrega para contagem da vida útil.

Art. 64 - Como condição para prestarem Serviços Art. 70 - A renovação do veículo deverá ser procedida até
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de o mês de vencimento da sua vida útil.
Passageiros, os veículos da frota das transportadoras deverão
estar devidamente registrados junto ao poder concedente. SEÇÃO IV
§1º - Ao proceder o registro, o poder concedente vinculará Do Cadastramento da Tripulação
o veículo a um dos serviços previstos no art. 4º do presente
Regulamento. Art. 71 - É obrigatório o cadastramento junto ao poder
§2º - Às transportadoras sediadas além do limites de 75 concedente da tripulação que operará em todos os veículos das
(setenta e cinco) quilômetros do Município de Fortaleza, será transportadoras prestadoras de Serviços Regulares de
permitida a exploração dos Serviços de Transporte Rodoviário Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros.
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento com a frota §1º - O cadastramento será efetuado mediante
reserva ou ociosa do serviço regular prestado. apresentação dos seguintes documentos:
I - Carteira de Identidade;
Art. 65 - A transportadora para obter o registro e vistoria II - Carteira Nacional de Habilitação, categoria “D”, para
do veículo, deverá apresentar os seguintes documentos: I - motorista;
Certificado de propriedade ou cessão; III - Quitação militar e eleitoral;
II - Apólice de seguro previsto em lei e neste regulamento; IV - Atestado médico de sanidade física e mental;
III - Documento de licenciamento; V - Certidão de conclusão de 1º grau completo;
IV - Categoria do veículo; VI - Certificado de aprovação em curso de relações
V - Número de ordem do veículo, modelo e ano do humanas, de princípios básicos deste Regulamento, de
chassi da carroceria, número do chassi, placa e capacidade de procedimentos de primeiros socorros, e de direção defensiva,
lotação. este último aplicável apenas aos motoristas;
VII - Comprovação de residência e domicílio;
§1º - Registrado o veículo, o poder concedente emitirá VIII - Duas fotos coloridas atualizadas 3x4 (três por
“Selo de Registro” que deverá ser afixado no pára-brisa quatro);
dianteiro. IX - Certidão negativa do distribuidor criminal;
§2º - O número de ordem do veículo será regulamentado X - Comprovante do pagamento da taxa de inscrição.
pelo poder concedente. Art. 66 - Dar-se-á o cancelamento do §2º - Após efetuado e aprovado o cadastro, o poder
registro de veículo, quando: concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
I - Não mais tiver condições de atender aos serviços, a (dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empregado
critério do poder concedente; estiver em serviço.
II - Ultrapassar a idade de 10 (dez) anos para ônibus §3º - A tripulação deverá apresentar novo documento ou
com potência motriz igual ou superior a 200 (duzentos) revalidar os já apresentados, dentre os relacionados no
cavalos; parágrafo primeiro deste artigo, quando assim for exigido pelo
III - Ultrapassar a idade de 07 (sete) anos para ônibus poder concedente.
com potência motriz inferior a 200 (duzentos) cavalos; IV - §4º - O Poder Concedente poderá a qualquer momento
Ultrapassar a idade de 05 (cinco) anos para microônibus; exigir a apresentação da documentação necessária ao
V - Ultrapassar a idade de 05 (cinco) anos para veículos cadastramento da tripulação ou revalidação daquela já
utilitários de passageiros e veículos utilitários misto. VI - A apresentada.
pedido da transportadora, para sua substituição. §5º - O atestado médico de sanidade física e mental deverá
ser apresentado no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar
Art. 67 - Os veículos que tiverem seus registros cancelados da data de sua expedição e renovado anualmente.
deverão ser substituídos, no máximo, dentro de 90 (noventa) §6º - No serviço de transporte regular interurbano
dias, caso haja necessidade de complementação do número executivo e leito e no serviço de transporte regular

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metropolitano executivo não existe a obrigatoriedade de a modicidade das tarifas, nos termos dos arts. 11 e 17 da Lei
cobrador. Federal nº. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
§4º - A definição, revisão e reajuste das tarifas referentes
SEÇÃO V aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
Dos Acidentes Intermunicipal de Passageiros levará em consideração:
I – a média dos parâmetros dos índices de consumo de
Art. 72 - No caso de acidente, a transportadora fica cada serviço;
obrigada a: II - a remuneração do capital empregado para a
I - Adotar as medidas necessárias visando prestar prestação do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro do
imediata e adequada assistência aos usuários e prepostos; contrato, consideradas obrigatoriamente para a aferição do
II – Comunicar, por escrito, o fato ao órgão ou entidade inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato as fontes
do Poder Concedente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, de receitas previstas no §3º deste artigo;
indicando as circunstâncias e o local do acidente, além das III - a manutenção do nível do serviço estipulado para as
medidas adotadas para atendimento do disposto no inciso linhas e a possibilidade de sua melhoria;
anterior; IV - o recolhimento mensal de percentual sobre o valor
III – Manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do total da receita bruta tarifária mensal obtida pela
equipamento registrador instantâneo inalterável de transportadora à Agência Reguladora de Serviços Públicos
velocidade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal Delegados do Estado do Ceará – ARCE ou outro órgão ou
finalidade do veículo envolvido no acidente devidamente entidade indicados pelo poder concedente, nos termos do art.
arquivados, em perfeito estado de conservação, 111, deste Regulamento;
acompanhados da análise da viagem realizada, podendo os V – o nível de serviço prestado;
mesmos serem requisitados pelo Poder Concedente. VI – a coleta de dados e a prestação de informação pelas
transportadoras através de procedimentos uniformes;
Art. 73 - Quando do acidente resultar morte ou lesões VII - Os mecanismos de controle que garantam a
graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os confiabilidade das informações.
seguintes elementos:
I - Dados constantes do equipamento registrador Art. 76 - Os parâmetros operacionais adotados na planilha
instantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro tarifária, serão analisados periodicamente, objetivando o
dispositivo eletrônico; aperfeiçoamento do nível do serviço.
II - Regularidade da jornada de trabalho do motorista;
III - Seleção, treinamento e reciclagem do motorista; SEÇÃO II
IV - Manutenção dos veículos; Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
V - Perícia, realizada por órgão ou entidade competente.
Parágrafo único – O Poder Concedente manterá controle Art. 77 - É vedada a prestação de Serviço Regular
estatístico de acidente de veículo por transportadora. Intermunicipal de Passageiros, sem a emissão do respectivo
bilhete de passagem a cada usuário, exceto nos serviços
Art. 74 - O poder concedente poderá emitir norma metropolitanos.
regulamentar dispondo sobre investigações das causas dos
acidentes, envolvendo veículos que operem nos Serviços Art. 78 - Os bilhetes de passagem serão emitidos manual,
Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de mecânica ou eletronicamente, em 03 (três) vias, contendo as
Passageiros e propor medidas preventivas de aumento da seguintes indicações:
segurança do Sistema de Transporte Rodoviário I - Nome, endereço, número de inscrição no Cadastro
Intermunicipal de Passageiros. Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ ou Cadastro de Pessoa
Física - CPF e no Cadastro Geral dos Fornecedores no Estado
CAPÍTULO V do Ceará – CGF da transportadora;
DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE II – Data da emissão;
TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE III - Tipo de serviço prestado, nos termos do art. 4º,
PASSAGEIROS deste Regulamento;
IV - Denominação: “Bilhete de Passagem”;
SEÇÃO I V - Preço da tarifa;
Das Tarifas VI - Número do bilhete, número da via, série ou sub-
série, conforme o caso;
Art. 75 - A remuneração dos Serviços Regulares de VII - Origem e destino da viagem;
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros VIII - Identificação do passageiro;
realizar-se-á através do pagamento de tarifas pelo usuário. IX - Prefixo da linha e seus pontos terminais;
§1º - Compete ao poder concedente a definição das tarifas X - Data e horário da viagem;
referentes aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário XI - Número da poltrona;
Intermunicipal de Passageiros. XII - Agência emissora do bilhete;
§2º - Compete ao Poder Concedente, de ofício ou a pedido XIII - Nome da empresa impressora do bilhete, seu
de interessado, a revisão e reajuste das tarifas referentes aos número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal Jurídicas - CNPJ e no Cadastro Geral dos Fornecedores no
de Passageiros, nos termos das normas legais, regulamentares Estado do Ceará - CGF.
e pactuadas pertinentes. §1º - O bilhete de passagem será emitido em 03 (três) vias,
§3º - Deverá o Poder Concedente prever, em favor da respectivamente destinadas ao usuário, à empresa
concessionária ou permissionária, no edital de licitação, a transportadora e ao órgão ou entidade fiscalizadora
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas competente do poder concedente.
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos §2º - Com relação aos serviços metropolitanos, poderão
associados, inclusive proveniente de transporte de ser utilizados bilhetes simplificados, aparelhos de contagem
encomenda, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer mecânica ou eletrônica de passageiros, desde que asseguradas

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as condições necessárias ao controle e coleta de dados líquida/peso bruto total máximo, poderá utilizar o espaço
estatísticos. remanescente para o transporte de encomendas.
Parágrafo único - O transporte de encomendas só poderá
Art. 79 - A venda de passagens será feita pela própria ser efetuado no bagageiro, resguardada a segurança dos
transportadora nos terminais rodoviários e em suas agências, passageiros e da tripulação.
e, na ausência destes, por agentes credenciados, admitindo-se,
ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita dentro do veículo. Art. 86 - O transporte de encomendas e bagagens,
Parágrafo único - Nas localidades dotadas de terminais conduzidas no bagageiro, somente poderá ser feito mediante a
rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem o respectiva emissão de documento fiscal apropriado e talão de
respectivo bilhete de passagem, com exceção dos serviços bagagem.
metropolitanos.
Art. 87 - O transporte de encomendas, quando admitido
Art. 80 - As passagens deverão estar à venda em horários pelo Poder Concedente, atenderá ao disposto nos §§3º e 4º do
compatíveis com o serviço e o interesse público, com a art. 75 deste Regulamento.
abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias
antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação aos Art. 88 - Nos casos de extravio ou dano de encomenda ou
serviços metropolitanos e os serviços operados por veículos bagagem, conduzidas no bagageiro, a transportadora
utilitários de passageiros veículos utilitários misto. indenizará o passageiro, em quantia equivalente a 10 (dez)
vezes o valor da maior tarifa vigente do serviço utilizado, no
Art. 81 - É livre a concessão de desconto ou promoção de prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da reclamação.
tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos, devendo §1º - As transportadoras somente serão responsáveis pelo
efetivá-los em caráter uniforme para todos os usuários e para extravio da bagagem transportada no bagageiro, desde que
todas as secções da linha, devendo no entanto avisar ao Poder apresentado pelo passageiro comprovante do respectivo talão
Concedente com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e de bagagem ou documento fiscal e até o limite fixado no
oito) horas. "caput" deste artigo.
§2º - Para ter direito à indenização no caso de dano ou
Art. 82 - A transportadora obriga-se a proporcionar seguro extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto no
de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no “caput” deste artigo, o interessado fica obrigado a declará-lo e
respectivo edital de licitação, emitindo o respectivo a pagar prêmio de seguro para a cobertura do excesso.
comprovante. §3º - Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de
Art. 83 - Fica isento do pagamento de tarifa, o agente seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente responsável
responsável pela fiscalização por parte do poder concedente pelos danos verificados.
ou por parte da Agência Reguladora de Serviços Públicos
Delegados do Estado do Ceará - ARCE, quando em serviço, TÍTULO III
devendo a transportadora reservar-lhe uma poltrona, desde DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
que a reserva tenha sido requisitada pelo menos 12 (doze) INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO
horas antes da partida do veículo.
Parágrafo único - Outros agentes responsáveis pela CAPÍTULO I
fiscalização por parte do poder concedente ou da ARCE estarão DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
isentos do pagamento de tarifa quando necessitarem executar TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE
trabalho de caráter emergencial, independentemente de PASSAGEIROS POR FRETAMENTO
reserva.
SEÇÃO I
SEÇÃO III Das Disposições Gerais
Da Bagagem e das Encomendas
Art. 89 - Os Serviços de Transporte Rodoviário
Art. 84 - O preço da tarifa abrange necessariamente, a título Intermunicipal de Passageiros por Fretamento serão
de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para o executados mediante autorização expedida pelo poder
passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume, concedente.
observados os seguintes limites de peso e dimensão: Parágrafo único – A autorização a que se refere o “caput”
I - no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco deste artigo poderá ser cassada, a critério do poder
quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapasse 240 concedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de
dm3 (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou, cada Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
volume, 1m (um metro) na maior dimensão; e, existente.
II - no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco
quilogramas), com dimensões que se adaptem ao porta- Art. 90 - Os Serviços de Transporte Rodoviário
volume, desde que não sejam comprometidos o conforto e a Intermunicipal de Passageiros por Fretamento classificam-se
segurança dos passageiros. em:
Parágrafo único - Excedidos os limites de peso e dimensão I – Serviço de fretamento contínuo: serviço de
fixados nos incisos I e II, deste artigo, o passageiro pagará transporte rodoviário de passageiros prestado à pessoa
apenas o que exceder do permitido na base de 50% (cinquenta jurídica, mediante contrato escrito, para um determinado
por cento) da tabela de preços de encomendas, respeitados os número de viagens ou por um período pré-determinado, não
direitos dos demais passageiros. superior a 12 (doze) meses, com horários fixos, destinado ao
transporte de usuários definidos, que se qualificam por
Art. 85 - Garantida a prioridade de espaço no bagageiro manterem vínculo específico com a contratante para
para condução de bagagem dos passageiros e das malas desempenho de sua atividade, mediante prévia autorização do
postais, a transportadora, respeitada a legislação em vigor, poder concedente;
referente ao peso bruto total máximo do veículo, aos pesos II – Serviço de fretamento eventual: serviço de
brutos por eixo ou conjunto de eixos e a relação potência transporte rodoviário de passageiros prestado a uma pessoa

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ou a um grupo de pessoas, em circuito fechado, para uma Fretamento deverão apresentar requerimento instruído com a
viagem com fins culturais ou recreativos, mediante prévia seguinte documentação:
autorização do poder concedente. I - Certidão Negativa de Falência e Concordata
expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de
SEÇÃO II execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
Da Autorização dos Serviços de Fretamento Contínuo II - Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em
vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades
Art. 91 - Compete ao poder concedente autorizar, a seu comerciais e, no caso de sociedades por ações, acompanhado
critério, a operação dos serviços de fretamento contínuo de documentos de eleição de seus administradores;
mediante atendimento dos seguintes requisitos por parte da III - Prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
empresa prestadora do serviço: Estadual e Municipal do domicílio ou sede da empresa;
I - Documento que comprove instalações de sede ou IV - Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
escritório no Estado do Ceará; Jurídicas - CNPJ;
II - Instalações próprias ou alugadas contendo área V - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do
apropriada para estacionamento do(s) veículo(s); último exercício social, exceto as empresas com menos de um
III - Registro na Junta Comercial; ano de constituição.
IV - Cópia autenticada do contrato social da empresa;
V - Certificado Geral do Ministério da Fazenda; Art. 96 - As empresas registradas receberão o Certificado
VI - Certidões negativas junto à Secretaria de Finanças de Registro do poder concedente - CR, do qual constará:
do Município, Secretaria da Fazenda do Estado e Receita I - Número do processo de registro;
Federal, referentes respectivamente aos tributos federais, II - Número do registro;
estaduais e municipais; III - Data da emissão do registro e o prazo de sua validade;
VII - Cópia autenticada do contrato firmado entre a IV - Modalidades de serviços em que operam;
transportadora e a pessoa jurídica a quem o serviço será V - Nome, cargo ou função e assinatura da autoridade
prestado, contendo a qualificação dos contratantes, o objeto do expedidora do Certificado.
serviço, valor e o prazo do contrato, horário, duração,
itinerário e distância das viagens; Art. 97 - Os documentos abaixo relacionados deverão ser
VIII - Apresentação da apólice de seguro de atualizados anualmente, no mês de junho, junto ao poder
responsabilidade civil. concedente, sob pena de cancelamento da autorização para
prestação de serviços rodoviários de fretamento:
SEÇÃO III I - Certidão Negativa de falência e concordata expedida
Da Autorização dos Serviços de Fretamento Eventual pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução
patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
Art. 92 - Compete ao poder concedente autorizar a II - Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do
prestação de serviço de fretamento eventual por parte de último exercício social;
empresa transportadora mediante a expedição de Autorização III - Certidão de inexistência de débito pecuniário junto ao
Especial para Fretamento Eventual. poder concedente;
Parágrafo único - Para obtenção da Autorização Especial IV - Apólice de seguro de responsabilidade civil.
para Fretamento Eventual, a empresa pagará valor fixado pelo Parágrafo único - Trimestralmente a transportadora
poder concedente. apresentará ao poder concedente a apólice de seguro de
responsabilidade civil, mediante a apresentação dos recibos
Art. 93 - Na execução do serviço rodoviário de fretamento de quitação.
eventual, levar-se-ão em conta:
I - As disposições do Conselho Nacional de Turismo, do Art. 98 - Anualmente será procedida vistoria nos veículos
poder concedente e da Secretaria de Turismo do Estado do pelo poder concedente para verificação do atendimento às
Ceará; condições de conforto e segurança.
II - As condições de segurança, conforto, higiene e §1º - Realizada a vistoria e aprovado o veículo, será
trafegabilidade do veículo, nos termos das normas legais e expedido o Certificado de Vistoria, bem como o Selo de
regulamentares pertinentes. Registro.
§2º - Não será permitida a utilização em prestadoras de
Art. 94 - A viagem relativa a serviço de fretamento eventual Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
será executada por veículo de empresa de turismo, agência de Passageiros por Fretamento de veículo que não seja portador
viagem ou empresa de transporte eventual, registrada junto ao de Certificado de Vistoria.
poder concedente.
CAPÍTULO II
Parágrafo único - O veículo utilizado em serviço de DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS RODOVIÁRIOS DE
fretamento eventual deverá apresentar, no para-brisa FRETAMENTO
dianteiro, o nome da empresa contratante e o selo de registro
expedidos pelo poder concedente. SEÇÃO I
Das Viagens
SEÇÃO IV
Do Registro das Transportadoras Art. 99 - Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-se aos
Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Art. 95 - As transportadoras prestadoras de Serviço de Passageiros por Fretamento os arts. 72 a 74, deste
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Regulamento.
Fretamento deverão obter registro junto ao poder concedente.
Parágrafo único - Para obtenção do registro junto ao poder Art.100 - Ocorrendo interrupção da viagem de Serviço de
concedente, as empresas prestadoras de Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua
continuidade, o mesmo veículo ou outro de característica

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idêntica ou superior ao que vinha sendo utilizado, observados SEÇÃO III


os requisitos de conforto e segurança estabelecidos. Do Registro dos Veículos

Parágrafo único - Fica a transportadora obrigada a Art. 106 - Os veículos utilizados na prestação de Serviços
comunicar a interrupção de viagem ao poder concedente, no de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes as Fretamento serão devidamente registrados junto ao poder
causas e as providências adotadas, as quais deverão ser concedente.
comprovadas sempre que exigido. Parágrafo único - Não será efetuado registro de ônibus com
idade superior a 10 (dez) anos e veículo utilitário de
Art. 101 – Nos Serviços de Transporte Rodoviário passageiros com idade superior a 05 (cinco) anos, observados
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento somente os requisitos abaixo:
poderão ser transportados passageiros sentados. I - Para efeito de contagem da vida útil, será
§1º - Será dispensada a presença de cobrador na tripulação considerado o ano de fabricação do veículo ou do primeiro
dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de encarroçamento de chassi, devidamente comprovado por nota
Passageiros por Fretamento. fiscal do encarroçador ou pela observação no Certificado de
§2º – Ao motorista de viagem relativa a Serviço de Registro e Licenciamento de Veículo;
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por II - O prazo máximo para a diferença entre a fabricação
Fretamento, aplicam-se todos os encargos relativos ao do chassi e o seu encarroçamento é de 01 (um) ano;
motorista de viagem relativa a Serviço Regular de Transporte III - Quando o veículo novo (zero quilômetro) for
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, inclusive no adquirido no ano seguinte à sua fabricação, diretamente do
tocante ao cadastramento previsto no art. 70, deste fabricante ou de concessionário seu, comprovado por nota
Regulamento. fiscal, será considerado a data de entrega para contagem da
vida útil.
SEÇÃO II
Dos Veículos Art. 107 - Na execução dos Serviços de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento
Art. 102 - Na prestação de Serviços de Transporte somente serão utilizados veículos que atendam as seguintes
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento condições:
serão utilizados os seguintes tipos de veículos: I - A utilização de ônibus, com mais de 10 (dez) anos,
I - Ônibus interurbano convencional; não poderá ultrapassar a 50% (cinquenta por cento) da frota
II - Ônibus interurbano executivo; registrada por empresa;
III - Ônibus interurbano leito; II - A utilização de microônibus, com mais de 5 (cinco)
IV - Ônibus metropolitano convencional; anos, não poderá ultrapassar a 50% (cinquenta por cento) da
V - Ônibus metropolitano executivo; frota registrada por empresa;
VI - Microônibus; III - A utilização de veículos utilitários, com mais de 3
VII - Veículo utilitário de passageiros. (três) anos, não poderá ultrapassar a 50% (cinquenta por
§1º - As dimensões, lotação e características internas e cento) da frota registrada por empresa.
externas dos veículos obedecerão aos padrões e especificações
técnicas estabelecidas nas normas legais e regulamentares TÍTULO IV
pertinentes. DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES
§2º - Ônibus metropolitano só poderá ser utilizado em
serviço rodoviário de fretamento cuja distância entre a origem CAPÍTULO I
e destino não ultrapasse 75 (setenta e cinco) quilômetros. DA FISCALIZAÇÃO

Art. 103 - Nos veículos utilizados nos Serviços de Art. 108 - A fiscalização dos Serviços de Transporte
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto
Fretamento é obrigatória a instalação de equipamento diga respeito a segurança da viagem, conforto do passageiro e
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ao cumprimento da legislação de trânsito e de tráfego
devendo a transportadora mantê-lo em perfeito estado de rodoviário intermunicipal será exercida pelo poder
funcionamento e analisar os dados relativos a cada viagem concedente, através dos órgãos e entidades competentes,
realizada. visando ao cumprimento das normas legais, regulamentares e
Parágrafo único - Sempre que necessário, a critério do pactuadas pertinentes.
poder concedente, poderá ser exigida a exibição dos dados do
equipamento registrador instantâneo inalterável de Art. 109 - O Departamento de Edificações, Rodovias e
velocidade e tempo, o qual deverá ser preservado pela Transportes - DERT e a Agência Reguladora de Serviços
empresa transportadora pelo prazo de 90 (noventa) dias. Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE exercerão as
atribuições de fiscalização dos Serviços de Transporte
Art. 104 - Os veículos utilizados em Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento previstas neste Regulamento, observado o disposto nos
deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo com parágrafos deste artigo.
o nome ou razão social do cliente, no caso de fretamento §1º - O DERT poderá outorgar, mediante convênio, suas
contínuo; ou a palavra "TURISMO", no caso de fretamento atribuições de fiscalização dos Serviços de Transporte
eventual. Rodoviário Intermunicipal de Passageiros a órgão ou entidade
da Administração Estadual direta ou indireta.
Art. 105 - Quanto à fixação de publicidade nos veículos §2º - Além da competência prevista no “caput” deste artigo,
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário caberá ao DERT exercer as atribuições relativas ao
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art. planejamento do Sistema de Transporte Rodoviário
63, deste Regulamento. Intermunicipal e à execução de obras nas rodovias federais,
estadual e municipais integrantes do Sistema Viário do Estado
do Ceará.

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Art. 110 - Além da fiscalização de que trata o artigo Art. 113 - O poder concedente promoverá, quando julgar
anterior, as prestadoras de Serviços de Transporte Rodoviário necessário, a realização de auditorias contábil- financeira e
Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará submeter- técnico-operacional na transportadora.
se-ão ao poder regulatório da Agência Reguladora de Serviços §1º - Por ocasião das auditorias, fica a transportadora
Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE. obrigada a fornecer os livros e documentos requisitados,
§1º - O poder regulatório da ARCE será exercido nos satisfazendo e prestando outros dados e exigências do Poder
termos das Leis Estaduais nº. 12.786/97 e n. 13.094/2001 e Concedente.
demais normas legais, regulamentares e pactuadas §2º - O resultado das auditorias serão encaminhados à
pertinentes, cabendo à ARCE com relação aos Serviços de transportadora, acompanhados de relatório contendo as
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem recomendações, determinações, advertências e outras sanções
prejuízo de outras atribuições: ou observações do poder concedente.
I - fiscalizar indiretamente os órgãos ou entidades
privados e públicos envolvidos na prestação do serviço, CAPÍTULO II
através de auditagem técnica de dados fornecidos por estes ou DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
coletados pela ARCE;
II - atender e dar provimento às reclamações dos Seção I
usuários do serviço, decidindo inclusive sobre indenizações ou Das Espécies de Penalidade
reparações a serem pagas pelas transportadoras,
independentemente de outras sanções a estas aplicáveis; Art. 114 - Verificada a inobservância de qualquer das
III - expedir normas regulamentares sobre a prestação disposições deste Regulamento, aplicar-se-á à transportadora
do serviço; infratora a penalidade cabível, conforme estabelecido na Lei
IV - responder a consultas de órgãos ou entidades estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001 e demais
públicas e privadas sobre a prestação do serviço; disposições legais.
V – quando for o caso, encaminhar ao órgão ou Parágrafo único - As penalidades aplicadas pelo poder
entidade responsável pela aplicação de penalidades a concedente não isentam o infrator da obrigação de reparar ou
constatação, através de decisão definitiva proferida pela ARCE, ressarcir dano material ou pessoal resultante da infração,
de infração cometida por transportadora. causado a passageiro ou a terceiro.
§2º - No desempenho do poder regulatório, incluindo as
competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá de Art. 115 - As infrações aos preceitos deste Regulamento,
todas as prerrogativas conferidas pelas Leis Estaduais nº. baseados na Lei estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001,
12.876/97 e n. 13.094/2001 e demais normas legais e sujeitarão a transportadora infratora, conforme a natureza da
regulamentares pertinentes. falta, às seguintes penalidades:
I - Advertência por escrito;
§3º - As prestadoras de Serviço de Transporte Rodoviário II - Multa;
Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a III - Retenção do veículo;
modalidade de serviço prestado, são submetidas à regulação IV – Apreensão do veículo
estabelecida pela ARCE, nos termos das Leis Estaduais nº. V – Revogação unilateral da permissão.
12.876/97 e n. 13.094/2001 e demais normas legais e VI - Caducidade da concessão.
regulamentares pertinentes. §1º - Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no caso
de infração a qualquer dispositivo deste Regulamento para a
Art. 111 - A prestadora de Serviço Regular de Transporte qual inexista expressa previsão de penalidade diversa.
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a §2º - As penas de multa, retenção e apreensão de veículo
modalidade de serviço prestado, estará obrigada ao serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes deste
pagamento de percentual de até 4% (quatro por cento) sobre capítulo.
o valor total da receita bruta tarifária mensal, nos termos do §3º - Aplicar-se-á a pena de revogação unilateral da
edital e respectivo contrato de concessão ou termo de permissão no caso de prestação inadequada ou ineficiente do
permissão, a ser recolhido mensalmente, até o dia 05 (cinco) serviço, a critério do poder concedente, sem prejuízo da
do mês subsequente, junto à Agência Reguladora de Serviços medida administrativa de revogação unilateral da permissão,
Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE ou outro órgão por conveniência e oportunidade da Administração, dada a
ou entidade indicado pelo Poder Concedente, sob pena de supremacia do interesse público sobre o particular e a
caducidade da concessão ou cancelamento da permissão. precariedade da permissão.
Parágrafo único - No caso de Serviço Regular de §4º - Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão nos
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros casos previstos no art. 35, §1º, da Lei estadual nº. 12.788 de 30
prestado por veículos utilitários de passageiros, veículos de dezembro de 1997, e na Lei estadual n. 13.094, de 12 de
utilitários mistos e microônibus, o valor mensal a que se refere janeiro de 2001.
o caput deste Artigo é fixado em R$ 100,00 (cem reais), por §5º - A aplicação das penas previstas neste artigo não está
veículo, sendo este valor reajustado pelo percentual médio da limitada à observância de gradatividade.
variação das tarifas dos serviços.
Art. 116 – O cometimento de duas ou mais infrações,
Art. 112 – O poder concedente no exercício da fiscalização independentemente de sua natureza, sujeitará o infrator à
dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de aplicação das penalidades correspondentes a cada uma delas.
Passageiros, através da Agência Reguladora de Serviços
Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE e do SEÇÃO II
Departamento de Edificações, Rodovias e Transportes – DERT Das Multas
e de outros órgãos e entidades da Administração Pública
Estadual incumbidos dessa atividade, tem pleno acesso a Art. 117 - A pena de multa, calculada em função do “custo
qualquer veículo ou instalação que diga respeito aos serviços, quilométrico operacional médio” dos serviços em vigor,
exercendo o poder de polícia, nos termos das normas legais e conforme valores previamente estabelecidos pelo Poder
regulamentares pertinentes. Concedente, será aplicada quando do cometimento das

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seguintes infrações, conforme estabelecido no art. 70, da Lei h) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos
estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001: veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57, §4º, da Lei
I - a transportadora, através de dirigente, gerente, estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001, conforme a
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu espécie de serviço prestado.
nome, alternativamente: Pena - Multa correspondente ao valor de 60 (sessenta)
a) não apresentar seus veículos para início da operação em quilômetros.
perfeito estado de conservação e limpeza;
b) tratar passageiro com falta de urbanidade; III - a transportadora, através de dirigente, gerente,
c) não apresentar tripulação corretamente uniformizada e empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu
identificada em serviço; nome, alternativamente:
d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as a) não observar as características fixadas para o veículo
informações necessárias; pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; retardar a
e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passageiros entrega de informações ou documentos exigidos pelo poder
fumem; concedente;
f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem motivo b) não desviar o veículo para o acostamento nas calçadas
justo; e/ou rodovias para o embarque e o desembarque de
g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver em passageiros;
movimento; c) não manter em seus veículos, nos locais próprios, livro
h) não atender aos sinais de parada em locais permitidos; de ocorrência;
i) não observar o esquema de operação dos corredores e d) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez)
faixas exclusivas para ônibus; minutos, além do horário marcado, para a chegada do veículo
j) não auxiliar o embarque e desembarque de passageiros, no ponto inicial da linha;
especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e deficientes e) não pagar ao passageiro alimentação, pousada, e
motores, quando solicitado; transporte até o destino da viagem, quando houver
l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas interrupção de viagem, por um período superior a 03 (três)
referentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir horas, caso em que a multa será cobrada por cada passageiro;
na relação entre passageiro e transportadora; f) não apresentar semestralmente ao poder concedente
m) utilizar pontos para parada e para escala sem que esteja relação dos veículos componentes de sua frota e declaração de
devidamente autorizado pelo poder concedente; que os referidos veículos estão em perfeitas condições de
n) não comunicar ao poder concedente, dentro do prazo segurança, conforto e uso para operar, no caso de
legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito mecânico, transportadora prestadora de Serviço Regular de Transporte
acidente do veículo ou motivo de força maior; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros;
o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de g) (revogado)
tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de h) permitir o transporte de passageiros sem a emissão do
características inferiores; bilhete de passagem, no caso de transportadora prestadora de
p) não transportar gratuitamente a bagagem de Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
passageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei e Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
em normas regulamentares pertinentes; passageiro embarcado sem o respectivo bilhete, salvo na
q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na hipótese dos serviços metropolitanos;
prática de infração que já tenha sido objeto de advertência por i) efetuar a venda de passagens em locais não permitidos
escrito por parte do poder concedente, nos termos do §1º do ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos arts. 46 e 47
art. 68 da Lei estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001. da Lei estadual n. 13.094, de 12 de janeiro de 2001;
Pena - Multa correspondente ao valor de 30 (trinta) j) permitir o embarque de passageiros nas localidades
quilômetros. dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bilhete de
passagem, no caso de transportadora prestadora de Serviço
II - a transportadora, através de dirigente, gerente, Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
nome, alternativamente: passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços
a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais metropolitanos;
inapropriados ou com passageiros a bordo; atrasar ou l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa dos
adiantar horário de viagem sem motivo justo; veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário
b) não diligenciar para manutenção da ordem e para a Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos termos
limpeza do veículo; deste Regulamento e demais disposições normativas.
c) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste caso, m) não apresentar trimestralmente ao poder concedente a
um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, sem apresentação dos recibos de quitação da apólice de seguro de
prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do troco responsabilidade civil.
devido; Pena - Multa correspondente ao valor de 120 (cento e
d) transportar passageiros excedentes sem autorização do vinte) quilômetros.
poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada com
relação a cada passageiro excedente; IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
e) deixar de fazer constar nos locais adequados do veículo empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu
as legendas obrigatórias, internas ou externas; nome, alternativamente:
f) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro para a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem motivo
transporte da bagagem a que tem direito os passageiros, justificado e sem comunicar o fato ao poder concedente;
utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente para b) não renovar os documentos necessários para o registro
finalidade diversa; da transportadora, conforme estabelecido neste Regulamento;
g) transportar encomendas e bagagens, conduzidas no c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos
bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal registradores de velocidade e tempo;
apropriado ou talão de bagagem; d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fiscais ou
despachantes não cadastrados junto ao poder concedente;

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e) deixar de adotar ou retardar as providências relativas SEÇÃO III


ao transporte de passageiros, no caso de interrupção da Da Retenção do Veículo
viagem;
f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança ou em Art. 119 - Sem prejuízo da aplicação de multa ou de outra
prejuízo do conforto dos usuários; sanção cabível, a penalidade de retenção de veículo será
g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas aplicada, independentemente de a transportadora ou pessoa
antecedentes ao início de sua jornada até o seu término; física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não, operando
h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou utilizá- serviço mediante regular concessão, permissão ou autorização
lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que do Poder Concedente, quando:
possam por em risco a segurança dos usuários; I - o veículo não oferecer condições de segurança,
i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso de conforto e higiene, ou não apresentar especificações
acidente; estabelecidas em normas legais e regulamentares pertinentes;
j) não colocar outro veículo após notificação do poder II - o veículo transportar cargas perigosas sem o devido
concedente no ponto inicial da linha; acondicionamento e autorização do poder concedente ou dos
l) retirar o “Selo de Registro” afixado no para-brisa órgãos ou entidades competentes;
dianteiro, pelo poder concedente; III - o motorista apresentar sinais de embriaguez;
m) não substituir os veículos que tiverem seus registros IV - o equipamento registrador de velocidade e tempo
cancelados; estiver adulterado ou sem funcionamento;
n) operar veículo sem o dispositivo de controle de número V - o veículo não estiver cadastrado junto ao poder
de passageiros ou com catracas violadas, no caso dos concedente.
transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem o §1º - Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos I,
equipamento registrador instantâneo inalterável de II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato, sendo o
velocidade e tempo, conforme estabelecido na Lei estadual n. veículo retido no local onde for constatada a irregularidade,
13.094/2001, para cada espécie de serviço; devendo a transportadora providenciar a substituição por
o) não portar a devida Autorização, no caso de viagem veículo padrão em condições adequadas de operação.
relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de §2º - Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e V, o
Passageiros por Fretamento; veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser
p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para atender determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério do
ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder concedente; agente fiscalizador competente.
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem §3º - O veículo retido será recolhido à garagem da
autorização do poder concedente, aplicando-se um auto de transportadora, quando possível, ou a local indicado pelo
infração por cada horário desatendido; órgão ou entidade responsável pela fiscalização, sendo
r) operar veículo com vazamento de combustível ou liberado somente quando comprovada a correção da
lubrificantes; irregularidade que motivou a retenção, sem prejuízo da
s) colocar ou manter o veículo em movimento com as aplicação das penalidades cabíveis.
portas abertas, colocando em risco a segurança de passageiro;
t) recusar informação ou a exibição de documentação SEÇÃO IV
requisitadas pelo poder concedente, sem prejuízo da Da Apreensão do Veículo
obrigação de prestar as informações e de exibir os documentos
requisitados; Art. 120 - A penalidade de apreensão do veículo será
u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por parte do aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a
poder concedente; transportadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver
v) circular com veículos da frota sem estar devidamente operando o serviço sem regular concessão, permissão ou
registrados no poder concedente; autorização do Poder Concedente.
x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 05 (cinco) § 1º - O veículo apreendido será recolhido a local
dias úteis, a cópia do contrato, bem como a identificação dos determinado pelo Poder Concedente, e somente será liberado
passageiros, nos casos de serviço de fretamento contínuo, mediante a apresentação da guia de recolhimento
conforme definido neste Regulamento e demais disposições comprovando o pagamento das multas cabíveis e das despesas
normativas. decorrentes da apreensão.
Pena - Multa correspondente ao valor de 240 (duzentos e § 2º - O infrator fica obrigado ao pagamento de multa diária
quarenta) quilômetros. de 30 (trinta) quilômetros, por veículo apreendido, até a data
de liberação do mesmo, incluindo esta, independentemente de
Art. 118 - As multas serão aplicadas em dobro, quando outras sanções cabíveis, calculada a multa em função do "custo
houver reincidência da mesma infração, no período de até 90 quilométrico operacional médio" dos serviços em vigor,
(noventa) dias. conforme valores previamente estabelecidos pelo Poder
Parágrafo único - A reincidência será computada: Concedente.
I - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
Passageiros prestado por ônibus, tomando-se por base CAPÍTULO III
ocorrência em cada linha, por evento; DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE MULTA
II - no Serviço Regular de Transporte Rodoviário de
Passageiro prestado por veículo utilitário de passageiros, Art. 121 - O procedimento para aplicação das penalidades
tomando-se por base ocorrência por cada veículo, por evento; de multa terá início mediante a lavratura de Termo de
III - no Serviço de Transporte Rodoviário de Passageiros Abertura de processo administrativo ou de Auto de Infração,
por Fretamento, tomando-se por base ocorrência relativa a por servidor público incumbido das atividades de fiscalização
cada empresa, por evento. dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Passageiros.
§ 1º - O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) vias de
igual teor e conterá:
I - nome do infrator;

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II - número de ordem do auto de infração, identificação do dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos valores
veículo e da linha; mínimos fixados neste Regulamento.
III - local, data e horário da infração; Parágrafo único – As atuais permissionárias que tenham
IV - discrição sumária da infração cometida e seguro de acidente pessoal terão o prazo máximo de 6 (seis)
dispositivo legal violado; meses, a contar da publicação deste Decreto, para cumprir o
V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o disposto no caput deste artigo.
caso, declaração de recusa firmada pelo fiscal;
VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou. Art. 127 - Para efeito de contratação pelas transportadoras
Parágrafo único - Não efetuado o pagamento da multa do seguro de responsabilidade civil, as seguradoras deverão
aplicada, no prazo devido, a mesma será inscrita na Dívida estar credenciadas junto ao poder concedente.
Ativa, para ser cobrada por via judicial, sem prejuízo da § 1º - As Seguradoras serão credenciadas mediante o
aplicação de outras penalidades cabíveis. atendimento dos seguintes requisitos: possuir capital
integralizado no valor mínimo de R$ 200.000.000,00
Art. 122 - Formalizado o Auto de Infração encaminhar-se- (duzentos milhões de reais);
á uma cópia do mesmo à infratora, com aviso de recebimento, - apresentar atestado de idoneidade e de regularidade de
para que a referida, querendo, ofereça a competente defesa no funcionamento emitido pela Superintendência de Seguros
prazo de 10 (dez) dias corridos a contar do recebimento da Privados – SUSEP;
notificação, comprovado através de aviso de recebimento. - ter sucursal no Estado do Ceará, devidamente inscrita e
§ 1º - O órgão ou entidade responsável pela fiscalização por registrada na SUSEP;
parte do poder concedente deverá remeter o Auto de Infração - possuir central de atendimento e assistência 24 (vinte e
à infratora, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da quatro) horas por dia, com capacidade de atendimento no local
data de sua lavratura. do sinistro, em qualquer ponto do território do Estado, com
§ 2º - A defesa deverá ser tempestivamente protocolada veículos e equipamentos apropriados para socorro de
junto ao órgão ou entidade do poder concedente responsável emergências.
pela fiscalização. § 2º - O poder concedente poderá definir outros critérios
para o credenciamento de seguradoras.
Art. 123 – Caberá ao órgão ou entidade do poder § 3º - O valor mínimo da apólice de seguro de
concedente responsável pela fiscalização proferir a decisão responsabilidade civil por acidente de veículo, em favor da
sobre a procedência da autuação, cabendo recurso para a tripulação, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, para
instância de maior hierarquia da ARCE, no prazo de cinco dias cobertura de danos materiais e pessoais (corporais e morais),
úteis. será de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) por
ônibus, R$ 100.000,00 (cem mil reais) por microônibus e R$
TÍTULO V 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) por veículo utilitário de
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS passageiro e veículo utilitário misto.

Art. 124 - A transportadora que explorar Serviço Regular Art. 128 - Será mantido pelo Poder Concedente um
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros em cadastro atualizado de cada transportadora, devendo
sua modalidade convencional, não poderá explorar, em linhas qualquer alteração de seus contratos, estatutos sociais ou
com itinerário idêntico, o serviço em suas modalidades registro de firma individual ser prontamente comunicado, sob
executivo ou leito, valendo esta vedação para qualquer das pena de caducidade da concessão ou cancelamento da
modalidades exploradas com relação às demais. permissão ou autorização.
Parágrafo único - Fica assegurado às transportadoras que
já exploram duas ou mais modalidades diferentes de Serviço Art. 129 - O desempenho operacional das transportadoras
Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de será quantificado e qualificado através do Índice de
Passageiros, sejam elas convencional, executivo ou leito, em Desempenho Operacional – IDO, que traduz o
linhas com itinerários idênticos, o direito de explorá-las até acompanhamento de forma direta e continuada das condições
findar o prazo máximo estipulado no art. 43 da Lei Estadual nº de prestação do serviço, nos termos do Anexo Único deste
12.788/97. Decreto.
Parágrafo único – Será decretado pelo Poder Concedente a
Art. 125 - Cada transportadora só poderá participar do caducidade da concessão ou a revogação da permissão
Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de daquelas concessionárias e permissionárias que não
Passageiros com o percentual máximo de 12% (doze por atingirem, na apuração do IDO, os índices mínimos de
cento) e de 8% (oito por cento) da demanda anual de aprovação (satisfatório) no período considerado, de
passageiros, respectivamente, para as linhas radiais e conformidade com o que estabelece o art. 80 da Lei estadual n.
regionais, tomando-se por base relatório dos dados 13.094, de 12 de janeiro de 2001.
operacionais emitidos pelo Poder Concedente.
Parágrafo único - Fica assegurado à transportadora que já Art. 130 - As atribuições relativas ao Transporte
participa do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, definidas no art. 2º
de Passageiros com percentual superior ao estipulado no da Lei estadual n. 12.694, de 20 de maio de 1997, serão
caput deste artigo, o direito de continuar na exploração do gradativamente transferidas do Departamento de Edificações,
serviço até findar o prazo máximo estipulado no art. 43 da Lei Rodovias e Transportes – DERT para a Agência Reguladora de
Estadual nº 12.788/97. Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, com
observância do disposto no Convênio n. 36/2000, de 1º de
Art. 126 - As transportadoras atuantes nos Serviços de junho de 2000.
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veículos Art. 131 - As questões omissas neste Regulamento serão
cadastrados junto ao poder concedente, seguro de solucionadas pelo poder concedente, através do órgão ou
responsabilidade civil por acidente de que resulte morte ou entidade competente.
danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do veículo,

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 132 – Este Decreto entrará em vigor na data de sua (A) de 5 (cinco) minutos;
publicação, revogadas as disposições em contrário. (B) de 10 (dez) minutos
(C) de 15 (quinze) minutos;
Tasso Ribeiro Jereissati (D) de 20 (vinte) minutos;
Governador do Estado (E) de 30 (trinta) minutos.

O Anexo único deste Decreto, estabelece normas e Respostas


instruções para a apuração do índice de Desempenho
Operacional – IDO, assim, caso haja disponibilidade de 01. B/ 02. C/ 03. CERTO/ 04. D/ 05. B
tempo para complementação do estudo, este pode ser
consultado no site:
http://www.arce.ce.gov.br/index.php/legislacao/decretos Decreto nº. 26.803, de 24
de outubro de 2002.
Questões

01. De acordo com o Decreto n. 26.103/2001, serão DECRETO Nº26.803, de 24 de outubro de 2002.
consideradas para fins do regulamento as seguintes
definições: APROVA O REGULAMENTO DO SERVIÇO REGULAR
I - Atraso de horário: no regime de horário: partida do COMPLEMENTAR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
veículo entre 10 (dez) a 30 (trinta) minutos, após o horário INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS DO ESTADO DO CEARÁ,
estabelecido; REVOGANDO O DECRETO Nº26.524, DE 27 DE FEVEREIRO DE
II - Autorização: ato unilateral pelo qual o Estado do 2002, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Ceará, através do órgão ou entidade competente,
discricionariamente, faculta o exercício de atividade, em O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso das
caráter precário; atribuições que lhe confere a Constituição do Estado em seu
III - Bilhete de passagem: documento que comprova o artigo 88, incisos IV e VI, e CONSIDERANDO os termos da Lei
contrato de transporte entre a transportadora e o usuário do Estadual nº13.094, de 12 de janeiro de 2001, que dispõe sobre
serviço; o Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
IV - Frequência: volume de passageiros potenciais por Passageiros do Estado do Ceará, inclusive o disposto em seu
itinerário considerado; art.3º, parágrafo único; CONSIDERANDO a conveniência de
aperfeiçoar-se o Regulamento do Serviço Regular
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
corretas. Passageiros do Estado do Ceará; DECRETA:
(A) I, II e IV são corretas.
(B) apenas I, II e III são corretas. TÍTULO I
(C) apenas III e IV são corretas. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E DAS DEFINIÇÕES
(D) II, III e IV são corretas.
CAPÍTULO I
02. Assinale qual das alternativas não indicia uma das Das Disposições Preliminares
formas de classificação dos Serviços Regulares de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros: Art.1º - Fica aprovado o Regulamento do Serviço Regular
(A) Serviço Regular Interurbano Convencional; Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
(B) Serviço Regular Interurbano Executivo; Passageiros do Estado do Ceará, subclassificação dos serviços
(C) Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de regulares previstos no artigo 3º da Lei Estadual
Passageiros por Fretamento; nº13.094/2001, nos termos deste Decreto.
(D) Serviço Regular Interurbano Leito. §1º. A subclassificação a que se refere o caput deste artigo
não exclui a subclassificação existente no artigo 4º do Decreto
03. Considerando o que prevê o Decreto nº 26.103/2001, nº26.103, de 12 de janeiro de 2001.
julgue o item a seguir: §2º. O Serviço Regular Complementar de Transporte
As linhas regulares serão criadas ou extintas a critério do Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará
poder concedente, visando a satisfação do interesse público e reger-se-á por este regulamento e demais normas legais,
observadas a oportunidade e a conveniência da implantação regulamentares e pactuadas pertinentes, em especial pela Lei
dos serviços. Federal nº8.987, de 13 de fevereiro de 1995, pela Lei Estadual
(...) Certo nº12.788, de 30 de dezembro de 1997 e pela Lei Estadual
(...) Errado nº13.094, de 12 de janeiro de 2001.

04. De acordo com o Decreto nº 26.103/2001, extingue-se CAPÍTULO II


a concessão dos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário Das Definições
Intermunicipal de Passageiros, pelos seguintes motivos,
exceto: Art.2º- Define-se como Serviço Regular Complementar de
(A) Advento do termo contratual; Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros aquele
(B) Encampação; prestado, mediante permissão, por profissional autônomo, da
(C) Caducidade; categoria motorista, associado a cooperativa de transporte de
(D) Renovação; passageiros, para exploração do transporte rodoviário
(E) Anulação; intermunicipal de passageiros, utilizando veículos utilitários
de passageiros (VUP) ou veículos utilitários misto (VUM).
05. Nos termos do Decreto nº 26.103/2001, nas viagens Parágrafo único - Serão consideradas, para efeito deste
fica estabelecida uma tolerância máxima, além do horário Regulamento, as seguintes definições:
marcado, para a chegada do veículo no ponto inicial da linha,
sendo essa:
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APOSTILAS OPÇÃO

I. Bagageiro: compartimento destinado Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos


exclusivamente ao transporte de mercadorias, volumes ou terminais rodoviários de passageiros, inclusive no tocante ao
bagagens, com acesso pela parte externa do veículo; exercício de fiscalização e regulação de tais serviços;
II. Cooperativa: sociedade de pessoas, com XXII. Ponto de parada: local determinado para embarque e
personalidade jurídica e natureza civil, sem objetivo de lucro, desembarque de passageiros, ao longo do itinerário;
não sujeitas a falência, instituída e registrada na forma da Lei XXIII. Secção ou Seccionamento: trecho de linha regular em
e das demais normas que regem as cooperativas de trabalho, que é autorizado o fracionamento da tarifa;
constituída por profissionais autônomos da categoria XXIV. Serviço Regular Complementar de Transporte:
motorista, cujo objeto é o transporte de passageiros; serviço de transporte rodoviário intermunicipal prestado,
III. Demanda: volume de passageiros potenciais por mediante permissão, por profissionais autônomos, da
itinerário considerado; categoria motorista, associados a cooperativa de transporte de
IV. Frequência: número estabelecido de viagens por passageiros, para exploração do transporte rodoviário
unidade de tempo ou período fixado; intermunicipal de passageiros, utilizando veículos utilitários
V. Horário: momento de partida, trânsito e chegada, de passageiros (VUP) ou veículos utilitários misto (VUM);
determinado pelo Poder Concedente; XXV. Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
VI. Infração: ação ou omissão do permissionário ou de Passageiros: o conjunto de todos os serviços de transporte
seus prepostos e empregados, que contrarie à Lei Federal rodoviário intermunicipal de passageiros e a rede dos
nº8.666, de 21 de junho de 1993, com suas modificações; à Lei terminais rodoviários, prestados e existentes no âmbito do
Federal nº8.987/95, à Lei Estadual nº12.788/97; à Lei Estado do Ceará;
Estadual nº13.094/2001; a este Regulamento; a atos, normas XXVI. Tarifa: preço público correspondente à
ou instruções emitidos pelo Poder Concedente, e a demais contraprestação a ser paga pelo usuário pela utilização de
normas legais, regulamentares ou pactuadas pertinentes; serviço regular complementar de transporte rodoviário
VII. Itinerário: trajeto entre os pontos terminais de uma intermunicipal de passageiros, conforme valor e/ ou critérios
linha previamente estabelecido pelo Poder Concedente e fixados pelo Poder Concedente;
definido pelas vias e localidades atendidas; XXVII. Tempo de viagem: tempo de duração total
VIII. Linha: transporte de passageiros entre Municípios da viagem, computando-se os tempos de paradas;
por itinerário e secções preestabelecidos; XXVIII. Transporte clandestino: ato ilícito
IX. Linha alimentadora: linha que tem como consistente na exploração ou prestação do serviço de
característica principal a alimentação de uma ou mais linhas transporte rodoviário intermunicipal de passageiros sem
de maior relação passageiro transportado por quilometragem outorga do Poder Concedente ou sem observância deste
percorrida; regulamento;
X. Linha diametral: linha que liga localidades, passando XXIX. Terminal: ponto inicial ou final de uma linha;
pelo Município de Fortaleza; XXX. Tripulação: compõe-se de motorista e cobrador,
XI. Linha experimental: linha cujo serviço é outorgado excetuados os casos previstos neste Regulamento nos quais
para ser explorado por um período determinado, para inexiste a obrigatoriedade de cobrador;
verificação de sua viabilidade; XXXI. Veículo de transporte de passageiros: ônibus
XII. Linha radial: linha que liga determinada localidade interurbano e metropolitano, microônibus e veículos
do Estado do Ceará ao Município de Fortaleza; utilitários, utilizados no transporte de passageiros, nos termos
XIII. Linha regional: linha que liga localidades do Estado deste Regulamento;
do Ceará, sem passar pelo Município de Fortaleza; XXXII. Veículo utilitário misto (VUM): veículo
XIV. Linha regular: linha utilizada na prestação de Serviço automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e
de Transporte Regular Rodoviário Intermunicipal de passageiro, com capacidade máxima de 04 (quatro)
Passageiro; passageiros sentados, mais a tripulação;
XV. Lotação: número máximo permitido de passageiros XXXIII. Veículo utilitário de passageiro (VUP):
por veículo; veículo fechado, com capacidade mínima de 07 (sete)
XVI. Passageiro-equivalente: cálculo efetuado com base passageiros sentados e máxima de 15 (quinze) passageiros
na relação entre a receita e a tarifa integral de determinada sentados, mais a tripulação;
linha; XXXIV. Viagem: deslocamento de um veículo ao
XVII. Percurso: distância percorrida entre o ponto inicial e longo do itinerário, entre dois pontos terminais;
o ponto terminal de uma linha regular por um itinerário XXXV. Viagem completa: deslocamento de um
previamente estabelecido; veículo ao longo de um itinerário, com retorno ao ponto de
XVIII.Permissão de serviço: a delegação feita pelo Poder origem;
Concedente, a título precário e intuito personae, mediante XXXVI. Viagem-expressa: viagem realizada sem
licitação, da prestação de serviço público de transporte pontos de parada ao longo do itinerário.
rodoviário regular complementar de passageiros, à pessoa
física, profissional autônomo da categoria motorista, TÍTULO II
associado a cooperativa de transporte de passageiros, que DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DO SERVIÇO REGULAR
demonstre capacidade para desempenho do serviço, por sua COMPLEMENTAR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
conta e risco, com apoio logístico e operacional da cooperativa; INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
XIX. Permissionário: profissional autônomo da categoria
motorista, associado a cooperativa de transporte de CAPÍTULO I
passageiros, detentor da permissão para operar no Serviço Das Disposições Gerais
Regular Complementar Rodoviário de Transporte
Intermunicipal de Passageiro; Art.3º - Caberá à Agência Reguladora de Serviços Públicos
XX. Pessoal de Operação: compõe-se de motorista, Delegados do Estado do Ceará - ARCE e demais órgãos e
cobrador, auxiliar, fiscal e despachante; entidades competentes, fiscalizar o cumprimento da Lei
XXI. Poder Concedente: o Estado do Ceará, atuando Estadual nº13.094/2001, bem como regular sua observância
diretamente ou através de entidade ou órgão da por meio da expedição de Portarias e Resoluções, nos termos
Administração Estadual, direta ou indireta, a quem este dos arts.2º, 62 e 63 da citada Lei.
delegar competência originária sua relativa ao Sistema de

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APOSTILAS OPÇÃO

Art.4º - As permissões de Serviço Regular Complementar CAPÍTULO III


de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Da Licitação e Termo de Permissão
sujeitar-se-ão à direção e fiscalização pelo Poder Concedente,
nos termos das normas legais e regulamentares, com a Art.14 - O julgamento da licitação para permissão do
cooperação dos usuários. Serviço de Transporte Complementar Rodoviário
Intermunicipal de Passageiros observará um dos seguintes
Art.5º - A permissão de Serviço Regular Complementar de critérios:
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser
formalizada mediante termo de permissão, precedido de prestado;
licitação, observado o disposto no inciso IV do artigo 2º da II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao Poder
Lei Federal nº8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e demais Concedente pela outorga;
normas legais e regulamentares pertinentes e no respectivo III - a combinação dos critérios referidos nos incisos I e II
edital de licitação, inclusive quanto à precariedade, à deste artigo;
transferibilidade, à caducidade e à revogabilidade pelo Poder IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no
Concedente e à forma e ao valor a ser pago pela outorga. edital;
V - melhor proposta em razão da combinação de
Art.6º - As linhas radiais, diametrais e regionais, operadas propostas técnica e de oferta de pagamento pela outorga; ou
por veículos utilitários de passageiros (VUP) e veículos VI - melhor oferta de pagamento pela outorga após
utilitários mistos (VUM) serão outorgadas por permissão. qualificação de propostas técnicas.
§1º - A aplicação do critério previsto no inciso III só será
Art.7º - A permissão, outorgada a título precário e por admitida quando previamente estabelecida no edital de
prazo indeterminado, pode ser revogada a qualquer tempo, a licitação, com regras e fórmulas precisas para avaliação
critério exclusivo do Poder Concedente, sem direito a econômico- financeira.
indenização ao permissionário. §2º - O Poder Concedente recusará propostas
§1º. O permissionário em nenhuma hipótese poderá manifestamente inexequíveis ou financeiramente
operar o serviço com mais de um veículo concomitantemente. incompatíveis com os objetivos da licitação.
§2º. A revogação ou a caducidade de qualquer permissão §3º - Para fins de aplicação do disposto nos incisos IV, V e
em nenhuma hipótese gerará direito a indenização à VI deste artigo, o edital de licitação conterá parâmetros e
respectiva cooperativa. exigências para a formulação de propostas técnicas.

Art.8º - O número total de permissões do Serviço Regular Art.15 - O edital de licitação para permissão conterá as
Complementar de Transporte de Passageiros para as linhas condições e as características do serviço, especificando:
radiais será limitado a um percentual sobre a frota cadastrada I - linha, itinerário, características do veículo, horários
no Serviço Regular por Ônibus e Microônibus correspondente, e frequências, extensão, pontos de parada, além de eventuais
definido a critério do poder concedente. seccionamentos e restrições de trechos, quando for o caso;
II - valor, forma de pagamento e renovação da outorga
Art.9º - As linhas do Serviço Complementar não poderão da permissão;
ter extensão superior a 200Km, mediante análise técnica, a III - forma de reajuste da tarifa;
critério do poder concedente. IV - valor a ser pago mensalmente à Agencia Reguladora de
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, ou a
Art.10 - A função de motorista do veículo alocado ao órgão ou entidade responsável pela fiscalização, nos termos do
Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário artigo 54 deste Decreto.
Intermunicipal de Passageiros será exercida pessoalmente §1º - Este Regulamento será parte integrante do edital de
pelo permissionário, sendo-lhe facultada a contratação de um licitação de Serviço de Transporte Complementar Rodoviário
único motorista para auxiliar na operação do serviço. Intermunicipal de Passageiros e do respectivo termo de
permissão.
CAPÍTULO II §2º - Além dos requisitos estabelecidos neste
Das Linhas Regulamento, o edital de licitação de Serviço Regular
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Art.11 - As linhas servidas pelo Serviço Regular Passageiros e o respectivo termo de permissão obedecerão aos
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de requisitos constantes na Lei Federal nº8.666/93 e alterações,
Passageiros serão criadas ou extintas a critério do Poder na Lei Federal nº8.987/95, na Lei Estadual nº12.788/97, na
Concedente, visando a satisfação do interesse público e Lei Estadual nº13.094/2001, e em demais normas legais e
observadas a oportunidade e a conveniência da implantação regulamentares pertinentes.
dos serviços.
Art.16 - Para assinatura do termo de permissão, deverão
Art.12 - O processo de estudo de criação das linha referidas ser apresentados, dentre outros exigidos no respectivo edital,
no artigo anterior poderá ser iniciado à critério do Poder os seguintes documentos, no prazo máximo de 90 (noventa)
Concedente ou a pedido da parte interessada no qual constará, dias, sob pena de decadência:
no mínimo, os dados gerais da região que se pretende servir, a I - Pela cooperativa:
demanda prevista e as vias a serem utilizadas; a) estatuto em vigor e último aditivo, devidamente
registrados nas entidades competentes, nos termos da lei e
Art.13 - O Poder Concedente poderá, sempre a seu critério, demais normas que regem as cooperativas de trabalho;
de ofício ou a requerimento da parte interessada, proceder a b) comprovação de ter como objeto o transporte de
modificações de linhas, autorizando prolongamento, passageiros e de que é constituída de profissionais autônomos
encurtamento ou alteração de itinerário, assim como inclusão da categoria motorista;
e exclusão de seccionamento. c) prova de inscrição nas Fazendas Federal, Estadual e
Municipal;
d) alvará de funcionamento;

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 21


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e) comprovação de quitação para com as Fazendas estabelecidos pelas normas legais, regulamentares e
Federal, Estadual e Municipal; pactuadas pertinentes;
f) comprovação de situação regular perante o Instituto VI - manter somente em serviço os motoristas e
Nacional do Seguro Social - INSS; cobradores cadastrados junto ao Poder Concedente;
g) comprovação de situação regular perante o Fundo de VII - preencher as guias e formulários referentes a dados
Garantia por Tempo de Serviço - FGTS; operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo Poder
Concedente;
II - Pelo profissional autônomo: VIII - tomar imediatas providências para prosseguimento
a) comprovação de filiação a cooperativa de transporte da viagem quando de sua interrupção;
de passageiros devidamente registrada nas entidades IX - efetuar o reabastecimento e manutenção em locais
competentes, nos termos da lei e demais normas que regem as apropriados, e sem passageiros a bordo;
cooperativas de trabalho; X - não operar com veículo que esteja derramando
b) comprovação de cursos de capacitação de pessoal de combustível ou lubrificantes na via pública e terminais
operação necessários para o cadastramento da tripulação, rodoviários ou com ameaça de apresentar defeito;
conforme regulamentação a ser feita pela ARCE; XI - tomar as providências necessárias com relação a
c) apólice de seguro de responsabilidade civil, com empregado ou preposto que, comprovadamente, não atenda
valor determinado no edital; satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do Poder
d) comprovação de quitação para com as Fazendas Concedente.
Federal, Estadual e Municipal; Parágrafo único - A cooperativa a qual o permissionário é
e) cópia autenticada da carteira de identidade e do CPF; associado será obrigada a fornecer a este o apoio logístico e
f) carteira de habilitação categoria D; operacional para a execução do serviço, nos termos definidos
g) comprovante de residência no Estado do Ceará; por Resolução da ARCE.
h) declaração atestando não ser titular de autorização,
permissão ou concessão de qualquer outro serviço público, Art.18 - Os prepostos, empregados ou qualquer que atue
inclusive o de transporte; em nome do permissionário, deverão:
i) comprovante de bons antecedentes, mediante I - conduzir-se com atenção e urbanidade para com os
certidões negativas de antecedentes criminais expedidas pela usuários do serviço e representantes do Poder Concedente no
Justiças Estaduais Comum e Militar, Justiças Federais Comum, exercício de suas funções;
Militar e Eleitoral e pelas Polícias Civil e Federal. II - apresentar-se em serviço corretamente
Parágrafo único - Todas as minutas de editais e termos de uniformizados e identificados com o respectivo crachá;
permissão relativos à outorga da prestação do Serviço Regular III - Prestar aos usuários, quando solicitados, as
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de informações necessárias, principalmente sobre itinerários,
Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à tempo de percurso, pontos de parada, distâncias e preços das
Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado passagens;
do Ceará - ARCE, para exame e homologação prévias, caso esta IV - cumprir as normas legais, regulamentares e
não tenha sido responsável pela elaboração das mesmas. pactuadas relativas à execução dos serviços.

CAPÍTULO IV Art.19 - Sem prejuízo do cumprimento dos encargos e


Dos Encargos do Permissionário e da Cooperativa deveres previstos nas normas legais, regulamentares e
pactuadas pertinentes, o motorista é obrigado a:
Art.17 - Sem prejuízo dos encargos previstos em normas I - dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a segurança
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, o e conforto dos usuários;
permissionário do Serviço Regular Complementar de II - não movimentar o veículo, sem que as portas estejam
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverá: totalmente fechadas;
I - prestar serviço adequado, na forma prevista em III - manter uma velocidade compatível com a situação
normas legais, regulamentares e pactuadas e em especial das vias, respeitando os limites fixados pela legislação de
neste Regulamento, nas ordens de serviço e no respectivo trânsito;
termo de permissão; IV - diligenciar para o fiel cumprimento dos horários e
II - submeter-se à direção e fiscalização do Poder frequências estabelecidos;
Concedente diretamente ou através da Agência Reguladora de V - não fumar no interior do veículo;
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE ou VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) horas
outro. órgão ou entidade da Administração Estadual antecedentes ao início de sua jornada de trabalho e até o seu
designado, facilitando-lhes a ação e cumprindo as suas término;
determinações, especialmente no correto fornecimento e VII - Não se afastar do veículo no ponto de parada,
atendimento de informações, dados, planilhas de custo, fontes orientando o embarque e o desembarque de passageiros;
de receitas principal, alternativa, acessória, complementar ou VIII - prestar à fiscalização do Poder Concedente,
global, documentos e outros elementos, sempre na forma e exercida diretamente ou através de órgãos e entidades
periodicidade requisitados; delegadas, os esclarecimentos que lhe forem solicitados;
III - manter as características fixadas pelo Poder IX - exibir à fiscalização do Poder Concedente, exercida
Concedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em diretamente ou através dos órgãos e entidades, quando
execução, nos termos das normas legais e regulamentares solicitado, ou entregar, contra recibo, os documentos do
pertinentes; veículo, o mapa de viagem e outros que forem exigíveis;
IV - preservar a inviolabilidade dos instrumentos X - Não conversar, enquanto estiver na condução do
contadores de passageiros, se existentes, equipamento veículo;
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo e XI - Atender aos sinais de parada em locais permitidos e
outros instrumentos, conforme exigidos em normas legais e somente neles;
regulamentares; XII - Observar, rigorosamente, o esquema de operação
V - apresentar seus veículos para início de operação e dos corredores e faixas exclusivas para ônibus;
manter em condições de segurança, conforto e higiene, bem XIII - diligenciar na obtenção de transporte para usuários,
como atender as especificações, normas e padrões técnicos em caso de avaria e interrupção da viagem;

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 22


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APOSTILAS OPÇÃO

XIV - desviar o veículo para o acostamento nas calçadas VI - ter sua bagagem transportada, observado o
e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para embarque e disposto nos artigos 49 e 50 deste Decreto e demais normas
desembarque de passageiros; legais e regulamentares;
XV - recolher o veículo, quando ocorrerem indícios de VII - receber os comprovantes dos volumes
defeitos mecânicos, que possam por em risco a segurança e transportados no bagageiro;
conforto dos usuários; VIII - pagar a tarifa correta fixada para o serviço utilizado,
XVI - prestar socorro aos usuários feridos, em caso de bem como receber eventual troco em dinheiro.
acidente.
XVI - submeter-se a treinamentos em relações humanas, TÍTULO III
direção defensiva, primeiros socorros, legislação de trânsito e DA OPERAÇÃO DO SERVIÇO REGULAR
regulamento de transporte de passageiros, conforme COMPLEMENTAR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
disciplinados no CTB - Código de Trânsito Brasileiro e em INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
normas regulamentares.
CAPÍTULO I
Art.20 - O permissionário manterá em seu veículo um livro Das Viagens
de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado em suas
folhas pela fiscalização do Poder Concedente, à disposição dos Art.23 - As viagens serão executadas de acordo com o
usuários para consignarem suas sugestões ou reclamações, e padrão técnico-operacional estabelecido pelo Poder
do pessoal de operação para registrar as ocorrências da Concedente com relação às classificações de serviços,
viagem. observados os horários, ponto inicial e final, itinerários,
pontos de parada e seccionamentos determinados.
Art.21 - O usuário do Serviço de Transporte Complementar
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado o Art.24 - Fica estabelecida uma tolerância máxima de 10
embarque ou determinado o seu desembarque, em local (dez) minutos além do horário marcado, para a chegada do
seguro e adequado, quando: veículo no ponto inicial da linha.
I - não se identificar, quando exigido;
II - encontrar-se em estado de embriaguez; Art.25 - A interrupção de viagem decorrente de defeito
III - encontrar-se em trajes manifestamente impróprios mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior, será
ou ofensivos a moral pública; objeto de comunicação imediata ao Poder Concedente.
IV - portar arma de fogo ou de qualquer natureza, salvo §1º - A interrupção da viagem pelos motivos elencados no
legalmente autorizado; “caput” deste artigo, por um período superior a 03 (três) horas,
V - pretender transportar, como bagagem, produtos dará direito ao passageiro, à alimentação e pousada, por conta
que, pelas suas características, sejam considerados perigosos do permissionário, além do transporte até o destino de viagem.
ou representem riscos para os demais passageiros, nos termos §2º - Nos casos de substituição de veículo por outro de
da legislação específica sobre Transporte Rodoviário de características inferiores, o permissionário deverá ressarcir o
Cargas Perigosas; passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço de
VI - conduzir animais domésticos ou selvagens, quando tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvido
não devidamente acondicionados, em desacordo com as anteriormente à interrupção da viagem.
disposições legais e regulamentares próprias;
VII - conduzir objetos de dimensões e Art.26 - Os horários e frequências serão fixados em função
acondicionamentos incompatíveis com o bagageiro ou no da demanda de passageiros e características de cada linha,
interior do veículo; objetivando a satisfação do usuário, a segurança de tráfego e a
VIII - incorrer em comportamento incivil; rentabilidade das viagens, evitadas sempre que possível, as
IX - comprometer a segurança, o conforto e a superposições de horários.
tranquilidade dos demais passageiros;
X - usar aparelhos sonoros durante a viagem; CAPÍTULO II
XI - fumar no interior do veículo. Dos Veículos

CAPÍTULO V Art.27 - Na prestação do Serviço de Transporte


Dos Direitos Dos Usuários Complementar Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
serão utilizados os seguintes tipos de veículos:
Art.22 - Sem prejuízo dos direitos previstos em normas I - Veículo utilitário de passageiros (VUP);
legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são direitos II - Veículo utilitário misto (VUM).
dos usuários: Parágrafo único - As dimensões, lotação e características
I - ser transportado em condições de segurança, internas e externas dos veículos utilizados na prestação do
higiene e conforto, do início ao término da viagem; Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
II - ter assegurado seu lugar no veículo, mediante Intermunicipal de Passageiros obedecerão as normas e
pagamento da tarifa; especificações técnicas que determinam os padrões dos
III - ser atendido com urbanidade, pelos respectivos serviços a serem prestados pelos mesmos, nos
permissionários, prepostos e empregados e pelos agentes dos termos das normas legais, regulamentares e pactuadas
órgãos e entidades responsáveis pela fiscalização por parte do pertinentes.
Poder Concedente;
IV - ser auxiliado no embarque e desembarque pelos Art.28 - Deverá o Poder Concedente realizar constante
prepostos do permissionário, em especial quando tratar-se de ação fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo,
crianças, senhoras, pessoas idosas ou com dificuldade de em qualquer tempo e independentemente da vistoria
locomoção; ordinária prevista na legislação de trânsito, realizar inspeções
V - receber informações sobre as características dos e vistorias nos veículos, determinando, se observada qualquer
serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendidas e irregularidade quanto às condições de funcionamento,
outras de seu interesse; higiene, conforto e segurança, sua retirada de operação, até
que sejam sanadas as deficiências.

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Art.29 - Além dos documentos exigidos pela legislação de CAPÍTULO III


trânsito e demais normas legais e regulamentares pertinentes, Do Registro dos Veículos
os veículos deverão conduzir:
I - No seu interior: Art.36 - Como condição para prestar o Serviço Regular
a) um indicativo com nome do motorista; Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
b) quadro de preços das passagens; Passageiros, o permissionário deverá providenciar o registro
c) capacidade de lotação do veículo; de seu veículo junto ao Poder Concedente.
d) número do telefone da Agência Reguladora de Parágrafo único - O Poder Concedente ao fazer o registro
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, ou de vinculará o veículo ao respectivo Termo de Permissão, sendo
outro órgão ou entidade designado pelo Poder Concedente admitida a substituição posterior do veículo, mediante prévia
para eventuais reclamações pelos usuários. autorização do Poder Concedente.

II - Na parte externa: Art.37 - O permissionário para obter o registro e vistoria


a) indicação da origem e destino final da linha; do veículo, deverá apresentar os seguintes documentos:
b) número de registro do veículo no Poder Concedente I - certificado de propriedade, admitidos o
(Selo de Registro); arrendamento mercantil e a alienação fiduciária em garantia;
c) pintura em cor e desenhos padronizados, aprovados II - apólice de seguro previsto em lei e neste
pelo Poder Concedente. regulamento;
III - documento de licenciamento - CRLV, na categoria de
Art.30 - Considera-se, para efeito da capacidade de lotação veículo de aluguel;
do veículo, todas os assentos disponíveis, exceto a do IV - número de ordem do veículo, modelo e ano de
motorista e a do cobrador ou auxiliar, quando existente. fabricação, número do chassi, placa e capacidade de lotação;
§1º - Considerar-se-á lotado o veículo que estiver com sua V - cópia autenticada do Termo de Permissão para a
capacidade completa. prestação do Serviço Regular Complementar de Transporte
§2º - Não é permitido o excesso de lotação. Intermunicipal de Passageiros outorgado pelo Poder
§3º - Não é permitido o transporte de passageiros no Concedente ao permissionário.
bagageiro de veículos utilitário mistos (VUM). §1º - Registrado o veículo, o Poder Concedente emitirá
“Selo de Registro” que deverá ser afixado na parte superior do
Art.31 - Todos os veículos registrados junto ao Poder lado direito do para-brisa dianteiro.
Concedente deverão circular com equipamento registrador §2º - O número de ordem do veículo será regulamentado
instantâneo inalterável de velocidade e tempo ou outro pelo Poder Concedente. Art.38 - Dar-se-á o cancelamento do
dispositivo eletrônico de registro diário aferido, ou ainda registro de veículo, quando:
outros instrumentos que vierem a ser determinados pelo I - não mais tiver condições de atender aos serviços, a
Poder Concedente. critério do Poder Concedente;
II - ultrapassar a idade de 05 (cinco) anos de vida útil,
Art.32 - O permissionário manterá, pelo período de 90 calculada nos termos dos incisos I e II do artigo 40 deste
(noventa) dias, os dados do equipamento registrador Decreto.
instantâneo inalterável de velocidade e tempo ou de outro III - a pedido do permissionário, para sua substituição.
dispositivo eletrônico com tal finalidade, de seu veículo em
operação, devidamente arquivados, em perfeito estado de Art.39 - Os veículos que tiverem seus registros cancelados
conservação, acompanhados da análise de cada viagem deverão ser substituídos, no máximo, dentro de 30 (trinta)
realizada, podendo os mesmos serem solicitados pelo Poder dias.
Concedente. Parágrafo único - Na ocorrência de acidente, o
permissionário manterá os dados do equipamento registrador Art.40 - Não será efetuado registro de veículo utilitário de
instantâneo de velocidade das últimas 24 (vinte e quatro) passageiros (VUP) e veículo utilitário misto (VUM) com idade
horas, pelo prazo de 01 (um) ano. superior a 03 (três) anos, observadas as seguintes
disposições:
Art.33 - Mediante aprovação da Agência Reguladora de I - para efeito de contagem da vida útil, será
Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, será considerado o ano de fabricação do veículo devidamente
permitida a fixação de publicidade na parte externa do veículo, comprovado por nota fiscal ou pelo Certificado de Registro e
exceto quando colocar em risco a segurança do trânsito. Licenciamento de Veículo;
§1º - Não poderão ser veiculadas na parte externa dos II - quando o veículo novo (zero quilômetro) for
veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as que adquirido no ano seguinte ao da sua fabricação, diretamente
firam a moral e os bons costumes. do fabricante ou de concessionário do mesmo, conforme
§2º - Somente serão permitidas na parte interna do veículo comprovado por nota fiscal, será considerado a data de
mensagens de interesse dos usuários, a critério do Poder entrega para contagem da vida útil.
Concedente.
Art.41 - A renovação do veículo deverá ser procedida até o
Art.34 - Nos casos em que o veículo cadastrado encontrar- mês de vencimento da sua vida útil.
se fora das condições exigidas para a prestação do serviço,
decorrente de defeito ou avaria, poderá o permissionário CAPÍTULO IV
substitui-lo por outro, de características semelhantes, Do Cadastramento do Permissionário, da Cooperativa
mediante prévia vistoria e autorização do poder Concedente, e da Tripulação
por prazo determinado.
Art.42 - É obrigatório o cadastramento junto ao Poder
Art.35 - O Poder Concedente não fará registro de veículos Concedente do Permissionário, da Cooperativa e da tripulação
oriundos de cessão celebrada entre seus permissionários. que operará o veículo utilizado na prestação do Serviço de
Transporte Regular Complementar Rodoviário Intermunicipal
de Passageiros.

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§1º - O permissionário e a respectiva cooperativa serão Passageiros e propor medidas preventivas de aumento da
automaticamente cadastrados junto ao Poder Concedente por segurança do Sistema de Transporte Rodoviário
ocasião da assinatura do termo de permissão, nos termos do Intermunicipal de Passageiros.
artigo 16 deste Decreto.
§2º - O cadastramento da tripulação será efetuado TÍTULO IV
mediante apresentação dos seguintes documentos: DA REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO REGULAR
I - carteira de Identidade; COMPLEMENTAR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
II - carteira Nacional de Habilitação, categoria “D”, para INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
os motoristas;
III - atestado médico de sanidade física e mental, cuja CAPÍTULO I
validade será de 15 (quinze) dias, a contar da data de sua Das Tarifas
expedição e renovado anualmente;
IV - documento de comprovação de conclusão da 4ª Art.46 - A remuneração do Serviço de Transporte
série do Ensino Fundamental, ou equivalente, expedido por Complementar Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
Estabelecimento de Ensino devidamente registrado no órgão realizar-se-á através do pagamento de tarifas pelo usuário.
competente; §1º - Compete ao Poder Concedente a definição das tarifas
V - certificado de aprovação em curso de relações referentes ao Serviço Regular Complementar de Transporte
humanas, de princípios básicos deste Regulamento, de Rodoviário Intermunicipal de Passageiros.
procedimentos de primeiros socorros e de direção defensiva; §2º - Compete ao Poder Concedente, de ofício ou a pedido
VI - comprovação de residência e domicílio; de interessado, a revisão e reajuste das tarifas referentes ao
VII - duas fotos coloridas atualizadas 3x4 (três por Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
quatro); Intermunicipal de Passageiros, nos termos das normas legais,
VIII - certidão negativa do distribuidor criminal; regulamentares e pactuadas pertinentes.
IX - comprovante do pagamento da taxa de inscrição. §3º - A definição, revisão e reajuste das tarifas referentes
§3º - Após efetuado e aprovado o cadastro da tripulação, o ao Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
Poder Concedente emitirá Carteira Padrão o motorista a qual Intermunicipal de Passageiros levará em consideração:
terá validade de 02 (dois) anos, sendo esta de porte I - a média dos parâmetros dos índices de consumo de cada
obrigatório durante o serviço. serviço;
§4º - A renovação periódica e obrigatória dos cadastros do II - a remuneração do capital empregado para a prestação
permissionário, da cooperativa e da tripulação deverá ser do serviço;
disciplinada por Resolução do Agência Reguladora de Serviços III - a manutenção do nível do serviço estipulado para as
Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE. linhas e a possibilidade de sua melhoria;
IV - o valor a ser pago mensalmente à Agência
CAPÍTULO V Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do
Dos Acidentes Ceará - ARCE, ou a entidade responsável pela fiscalização, nos
termos do artigo 54 deste Decreto;
Art.43 - No caso de acidente, o permissionário fica V - o nível de serviço prestado;
obrigado a: VI - outros fatores a critério do Poder Concedente.
I - adotar as medidas necessárias visando prestar
imediata e adequada assistência aos usuários e prepostos; Art.47 - Os parâmetros operacionais adotados na planilha
II - comunicar, por escrito, o fato ao órgão ou entidade tarifária, serão analisados periodicamente, objetivando o
do Poder Concedente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, aperfeiçoamento do nível do serviço.
indicando as circunstâncias e o local do acidente, além das
medidas adotadas para atendimento do disposto no inciso Art.48 - Fica isento do pagamento de tarifa, o agente
anterior; responsável pela fiscalização por parte do Poder Concedente
III - manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do
equipamento registrador instantâneo inalterável de Estado do Ceará - ARCE, quando em serviço de fiscalização da
velocidade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal linha.
finalidade, do veículo envolvido no acidente, devidamente
arquivados, em perfeito estado de conservação, CAPÍTULO II
acompanhados da análise da viagem realizada, podendo os Da Bagagem, Mercadorias
mesmos serem requisitados pelo Poder Concedente.
Art.49 - O preço da tarifa abrange necessariamente, a título
Art.44 - Quando do acidente resultar morte ou lesões de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para o
graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os passageiro, de volumes no bagageiro e no interior do veículo,
seguintes elementos: observados os seguintes limites de peso e dimensão:
I - dados constantes do equipamento registrador I - no bagageiro de veículo utilitário misto: até o limite
instantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro coletivo que não ultrapasse a capacidade de carga do veículo;
dispositivo eletrônico; II - no interior do veículo: até o limite de 5kg (cinco
II - jornada de trabalho do motorista; quilogramas), com dimensões que não comprometam o
III - seleção, treinamento e reciclagem do motorista; conforto e a segurança dos passageiros.
IV - manutenção dos veículos;
V - perícia realizada por órgão ou entidade competente. Art.50 - Nos casos de extravio ou dano de encomenda,
Parágrafo único - O Poder Concedente manterá controle bagagem ou mercadoria, conduzidas no bagageiro, o
estatístico de acidente de veículo. permissionário indenizará o passageiro, em quantia
equivalente a 10 (dez) vezes o valor da maior tarifa vigente do
Art.45 - O Poder Concedente poderá emitir norma serviço utilizado, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da
regulamentar dispondo sobre investigações das causas dos data da reclamação.
acidentes, envolvendo veículos que operem no Serviço Regular §1º - Os permissionários somente serão responsáveis pelo
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de extravio da bagagem ou mercadoria transportada no

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bagageiro, desde que apresentado pelo passageiro Art.54 - O permissionário de Serviço Regular
comprovante do respectivo talão ou documento fiscal e até o Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
limite fixado no “caput” deste artigo. Passageiros, estará obrigado ao pagamento mensal de
§2º - Para ter direito à indenização no caso de dano ou R$100,00 (cem reais) por veículo, reajustável pelo IGPM a
extravio da bagagem ou mercadoria cujo valor exceda o limite partir da data de promulgação da Lei 13.094, e, a partir da
previsto no caput deste artigo, o interessado fica obrigado a assinatura do termo de permissão, pelo percentual médio da
declará-lo e a pagar prêmio de seguro para a cobertura do variação das tarifas do serviço, sempre que houver
excesso. reajustamento desta, valor este a ser recolhido mensalmente,
§3º - Para fins do parágrafo anterior, os permissionários até o dia 05 (cinco) do mês subsequente, junto à Agência
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do
seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente responsável Ceará - ARCE ou a outro órgão ou entidade indicado pelo Poder
pelos danos verificados. Concedente, sob pena de cancelamento da permissão, tudo
conforme Resolução a ser emitida pela ARCE.
TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES DO Art.55 - O Poder Concedente no exercício da fiscalização do
SERVIÇO REGULAR COMPLEMENTAR DE TRANSPORTE Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS Intermunicipal de Passageiros, através da Agência Reguladora
de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE e
CAPÍTULO I de outros órgãos e entidades da Administração Pública
Da Fiscalização Estadual incumbidos dessa atividade, tem pleno acesso a
qualquer veículo ou instalação que diga respeito aos serviços,
Art.51 - A fiscalização do Serviço Regular Complementar exercendo o poder de polícia, nos termos das normas legais e
de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, em regulamentares pertinentes.
tudo quanto diga respeito a segurança da viagem, conforto do
passageiro e ao cumprimento da legislação de trânsito e de CAPÍTULO II
tráfego rodoviário intermunicipal será exercida pelo Poder Das Espécies de Penalidade
Concedente, através dos órgãos e entidades competentes,
visando ao cumprimento das normas legais, regulamentares e Art.56 - Verificada a inobservância de qualquer das
pactuadas pertinentes. disposições deste Regulamento, aplicar-se-á ao
permissionário a penalidade cabível, conforme estabelecido
Art.52 - A Agência Reguladora de Serviços Públicos na Lei Estadual nº13.094/2001 e demais disposições legais.
Delegados do Estado do Ceará - ARCE exercerá as atribuições Parágrafo único - As penalidades aplicadas pelo Poder
de fiscalização indireta do Serviço Regular Complementar de Concedente não isentam o permissionário, da obrigação de
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do reparar ou ressarcir dano material ou pessoal resultante da
Estado do Ceará previstas neste Regulamento. infração, causado a passageiro ou a terceiro.

Art.53 - Além da fiscalização de que trata o artigo anterior, Art.57 - As infrações aos preceitos deste Regulamento,
os prestadores de Serviço Regular Complementar de baseados na Lei Estadual nº13.094/2001, sujeitarão o
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros no permissionário infrator, conforme a natureza da falta, às
Estado do Ceará submeter-se-ão ao poder regulatório da seguintes penalidades:
Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado I - advertência por escrito;
do Ceará - ARCE. II - multa;
§1º - O poder regulatório da ARCE será exercido nos III - retenção do veículo;
termos das Leis Estaduais nº12.786/97 e nº13.094/2001 e IV - apreensão do veículo;
demais normas legais, regulamentares e pactuadas V - caducidade da permissão.
pertinentes, cabendo à ARCE com relação ao Serviço Regular
Complementar de Transporte Rodoviário Intermunicipal de §1º - Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no caso
Passageiros, sem prejuízo de outras atribuições: de infração a qualquer dispositivo deste Regulamento para a
I - fiscalizar indiretamente os órgãos ou entidades qual inexista expressa previsão de penalidade diversa.
privados e públicos envolvidos na prestação do serviço, §2º - As penas de multa, retenção e apreensão de veículo
através de auditagem técnica de dados fornecidos por estes ou serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes deste
coletados pela ARCE; capítulo.
II - atender e dar provimento às reclamações dos §3º - Aplicar-se-á a pena de caducidade da permissão no
usuários do serviço, decidindo inclusive sobre indenizações ou caso de prestação inadequada ou ineficiente do serviço, a
reparações a serem pagas pelos permissionários, critério do Poder Concedente, sem prejuízo da medida
independentemente de outras sanções a estes aplicáveis; administrativa de revogação unilateral da permissão, por
III - expedir normas regulamentares sobre a prestação conveniência e oportunidade da Administração, dada a
do serviço; supremacia do interesse público sobre o particular e a
IV - responder a consultas de órgãos ou entidades precariedade da permissão.
públicas e privadas sobre a prestação do serviço; §4º - A aplicação das penas previstas neste artigo não está
V - quando for o caso, encaminhar ao órgão ou entidade limitada à observância de gradatividade.
responsável pela aplicação de penalidades a constatação,
através de decisão definitiva proferida pela ARCE, de infração Art.58 - O cometimento de duas ou mais infrações,
cometida pelo permissionário. independentemente de sua natureza, sujeitará o infrator à
§2º - No desempenho do poder regulatório, incluindo as aplicação das penalidades correspondentes a cada uma delas.
competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá de
todas as prerrogativas conferidas pelas Leis Estaduais
nº12.876/97 e nº13.094/2001 e demais normas legais e
regulamentares pertinentes.

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CAPÍTULO III g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro


Das Multas para transporte da bagagem a que tem direito os passageiros,
utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente para
Art.59 - A pena de multa, calculada em função do “custo finalidade diversa;
quilométrico operacional médio” dos serviços em vigor, h) transportar encomendas, bagagens e mercadorias,
conforme valores previamente estabelecidos pelo Poder conduzidas no bagageiro, sem a respectiva emissão de
Concedente, será aplicada quando do cometimento das documento fiscal apropriado ou talão de bagagem;
seguintes infrações, conforme estabelecido no artigo 70 da Lei i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos
Estadual nº13.094/2001: veículos, com violação ao disposto no artigo 37 da Lei Estadual
I - O permissionário, através do motorista, trocador, nº13.094/2001, conforme a espécie de serviço prestado.
auxiliar, empregado, preposto, contratado ou qualquer que Pena - Multa correspondente ao valor de 60 (sessenta)
atue em seu nome, alternativamente: quilômetros.
a) não apresentar seu veículo para início da operação
em perfeito estado de conservação e limpeza; III - O permissionário, através do motorista, trocador,
b) tratar passageiro com falta de urbanidade; auxiliar, empregado, preposto, contratado ou qualquer que
c) não apresentar tripulação corretamente atue em seu nome, alternativamente:
uniformizada e identificada em serviço; a) não observar as características fixadas para o veículo
d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as pelas normas legais, regulamentares e pactuadas;
informações necessárias; b) retardar a entrega de informações ou documentos
e) fumar no interior do veículo ou permitir que exigidos pelo Poder Concedente;
passageiros fumem; c) não desviar o veículo para o acostamento nas
f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem calçadas e/ou rodovias para o embarque e o desembarque de
motivo justo; passageiros;
g) motorista conversar, enquanto o veículo estiver em d) não manter em seus veículos, nos locais próprios,
movimento; livro de ocorrência;
h) não atender aos sinais de parada em locais e) ultrapassar a tolerância máxima, além do horário
permitidos; marcado, para a chegada do veículo no ponto inicial da linha;
i) não observar o esquema de operação dos corredores f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada, e
e faixas exclusivas; transporte até o destino da viagem, quando houver
j) não auxiliar o embarque e desembarque de interrupção de viagem, por um período superior a 06 (seis)
passageiros, especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas horas, caso em que a multa será cobrada por cada passageiro;
e deficientes motores, quando solicitado; g) não apresentar trimestralmente ao Poder
k) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas Concedente a apresentação dos recibos de quitação da apólice
referentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir de seguro de responsabilidade civil. Pena - Multa
na relação entre passageiro e o permissionário; correspondente ao valor de 120 (cento e vinte) quilômetros.
l) utilizar pontos para parada e para escala sem que
esteja devidamente autorizado pelo Poder Concedente; IV - O permissionário, através do motorista, trocador,
m) não comunicar ao Poder Concedente, dentro do auxiliar, empregado, preposto, contratado ou qualquer que
prazo legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito atue em seu nome, alternativamente:
mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior; a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
n) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de motivo justificado e sem comunicar o fato ao Poder
tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de Concedente;
características inferiores; b) não renovar os documentos necessários para o
o) não transportar gratuitamente a bagagem de cadastro do permissionário, conforme estabelecido neste
passageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei e Regulamento;
em normas regulamentares pertinentes; c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos
p) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na registradores de velocidade e tempo;
prática de infração que já tenha sido objeto de advertência por d) mantiver em serviço motoristas não cadastrados
escrito por parte do Poder Concedente, nos termos do §1º do junto ao Poder Concedente;
artigo 68 da Lei Estadual nº13.094/2001. Pena - Multa e) deixar de adotar ou retardar as providências
correspondente ao valor de 30 (trinta) quilômetros. relativas ao transporte de passageiros, no caso de interrupção
da viagem;
II - O permissionário, através do motorista, trocador, f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança ou
auxiliar, empregado, preposto, contratado ou qualquer que em prejuízo do conforto dos usuários;
atue em seu nome, alternativamente: g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas
a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais antecedentes ao início de sua jornada até o seu término;
inapropriados ou com passageiros a bordo; h) não recolher o veículo ou utilizá-lo, quando
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por em
justo; risco a segurança dos usuários;
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso de
limpeza do veículo; acidente;
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste j) retirar o “Selo de Registro” afixado no para-brisa
caso, um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, sem dianteiro, pelo Poder Concedente;
prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do troco k) não substituir o veículo que tiver seus registro
devido; cancelado;
e) transportar passageiros excedentes, sendo neste l) operar veículo sem o equipamento registrador
caso, a multa cobrada com relação a cada passageiro instantâneo inalterável de velocidade e tempo, conforme
excedente; estabelecido na Lei Estadual nº 13.094/2001.
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do m) suspender total ou parcialmente o serviço sem
veículo as legendas obrigatórias, internas ou externas; autorização do Poder Concedente;

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n) operar veículo com vazamento de combustível ou CAPÍTULO VI


lubrificantes; Da Formalização do Processo de Multa
o) colocar ou manter o veículo em movimento com as
portas abertas, colocando em risco a segurança de passageiro; Art.63 - O procedimento para aplicação das penalidades de
p) recusar informação ou a exibição de documentação multa terá início mediante a lavratura de Termo de Abertura
requisitadas pelo Poder Concedente, sem prejuízo da de processo administrativo ou de Auto de Infração, por
obrigação de prestar as informações e de exibir os documentos servidor público incumbido das atividades de fiscalização do
requisitados; Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
q) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por parte Intermunicipal de Passageiros.
do Poder Concedente; §1º - O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) vias de
r) circular com veículos sem estar devidamente igual teor e conterá:
registrados no Poder Concedente. Pena - Multa I - nome do motorista infrator e do proprietário do veículo;
correspondente ao valor de 240 (duzentos e quarenta) II - número de ordem do auto de infração, identificação do
quilômetros. veículo e da linha;
III - local, data e horário da infração;
Art.60 - As multas serão aplicadas em dobro, quando IV - discrição sumária da infração cometida e
houver reincidência da mesma infração, no período de até 90 dispositivo legal violado;
(noventa) dias. V - assinatura do infrator, ou de seu representante ou
preposto ou, sendo o caso, declaração de recusa firmada pelo
CAPÍTULO IV fiscal;
Da Retenção do Veículo VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
§2º - Não efetuado o pagamento da multa aplicada, no
Art.61 - Sem prejuízo da aplicação de multa ou de outra prazo devido, a mesma será inscrita na Dívida Ativa, para ser
sanção cabível, a penalidade de retenção de veículo será cobrada por via judicial, sem prejuízo da aplicação de outras
aplicada, independentemente do operador infrator encontrar- penalidades cabíveis.
se, ou não, operando serviço mediante regular permissão do
Poder Concedente, quando: Art.64 - Formalizado o Auto de Infração encaminhar-se-á
I - o veículo não oferecer condições de segurança, uma cópia do mesmo ao infrator, com atestação de
conforto e higiene, ou não apresentar especificações recebimento, para que o referido, querendo, ofereça a
estabelecidas em normas legais e regulamentares pertinentes; competente defesa no prazo de 10 (dez) dias corridos a contar
II - o veículo transportar cargas perigosas sem o devido do recebimento da notificação.
acondicionamento e autorização do Poder Concedente ou dos §1º - O órgão ou entidade responsável pela fiscalização por
órgãos ou entidades competentes; parte do Poder Concedente deverá remeter o Auto de Infração
III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; ao infrator, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
IV - o equipamento registrador de velocidade e tempo data de sua lavratura.
estiver adulterado ou sem funcionamento; §2º - A defesa deverá ser tempestivamente protocolada
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao Poder junto ao órgão ou entidade do Poder Concedente responsável
Concedente. pela fiscalização.
§1º - Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos I,
II e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato, sendo Art.65 - Caberá ao órgão ou entidade do Poder Concedente
o veículo retido no local onde for constatada a irregularidade, responsável pela fiscalização proferir a decisão sobre a
devendo o permissionário providenciar a substituição por procedência da autuação, cabendo recurso para a instância de
veículo padrão em condições adequadas de operação. maior hierarquia da ARCE, no prazo de cinco dias úteis.
§2º - Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e V, o
veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser TÍTULO VI
determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério do DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
agente fiscalizador competente.
§3º - O veículo retido será liberado somente quando Art.66 - Os permissionários autônomos atuantes no
comprovada a correção da irregularidade que motivou a Serviço Regular Complementar de Transporte Rodoviário
retenção, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará são
obrigadas a contratar, para seu veículo cadastrado junto ao
CAPÍTULO V Poder Concedente, seguro de responsabilidade civil por
Da Apreensão do Veículo acidente de que resulte morte ou danos pessoais ou materiais,
em favor da tripulação do veículo, dos passageiros, de
Art.62 - A penalidade de apreensão do veículo será pedestres e de terceiros, nos valores mínimos fixados neste
aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando estiver Regulamento.
operando o serviço sem regular permissão do Poder Parágrafo único - O valor mínimo da apólice de seguro de
Concedente. responsabilidade civil por acidente de veículo, em favor da
§1º - O veículo apreendido será recolhido a local tripulação, dos passageiros, de pedestres e de terceiros, para
determinado pelo Poder Concedente, e somente será liberado cobertura de danos materiais e pessoais (corporais e morais),
mediante a apresentação da guia de recolhimento será de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) por veículo
comprovando o pagamento das multas cabíveis e das despesas utilitário de passageiro e veículo utilitário misto.
decorrentes da apreensão.
§2º - O infrator fica obrigado ao pagamento de multa diária Art.67 - O desempenho operacional dos permissionários e
de 30 (trinta) quilômetros, por veículo apreendido, até a data das cooperativas respectivas será quantificado e qualificado
de liberação do mesmo, incluindo esta, independentemente de através do Índice de Desempenho Operacional - IDO, que
outras sanções cabíveis, calculada a multa em função do “custo traduz o acompanhamento de forma direta e continuada das
quilométrico operacional médio” dos serviços em vigor, condições de prestação do serviço, nos termos definidos por
conforme valores previamente estabelecidos pelo Poder Resolução da ARCE.
Concedente.

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 28


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APOSTILAS OPÇÃO

§1º - Será decretado pelo Poder Concedente a caducidade Ceará - ARCE, ou de outro órgão ou entidade designado pelo
da outorga do permissionário que não atingir, na apuração do Poder Concedente para eventuais reclamações pelos usuários.
IDO, os índices mínimos de aprovação (satisfatório) no
período considerado. 04. Analise o item a seguir, considerando o que dispõe o
§2º - Será decretado pelo Poder Concedente a caducidade Decreto nº 26.803/2002 sobre os veículos:
de todas as permissões da linha quando a cooperativa não Todos os veículos registrados junto ao Poder Concedente
atingir, na apuração do IDO, os índices mínimos de aprovação deverão circular com equipamento registrador instantâneo
(satisfatório), no período considerado. inalterável de velocidade e tempo ou outro dispositivo
eletrônico de registro diário aferido, ou ainda outros
Art.68 - A comunicação entre o Poder Concedente e o instrumentos que vierem a ser determinados pelo Poder
permissionário será feita diretamente ou através da respectiva Concedente.
cooperativa, mediante carta com aviso de recebimento ou (...) Certo
outro meio hábil a comprovar sua efetivação. (...) Errado
Parágrafo único - O permissionário e a cooperativa
deverão manter endereços atualizados junto ao Poder 05. As infrações aos preceitos do Regulamento previsto
Concedente, sendo desnecessárias as intimações pessoais e pelo Decreto nº 26.803/2002, sujeitarão o permissionário
bastante o envio de carta com AR para o endereço constante infrator, conforme a natureza da falta, às seguintes
do cadastro. penalidades, exceto:
(A) advertência por escrito;
Art.69 - As questões omissas neste Regulamento serão (B) multa;
solucionadas pelo Poder Concedente, através do órgão ou (C) apreensão do veículo;
entidade competente. (D) proibição de contratar com o Poder Concedente por 5
(cinco) anos.
Art.70 - Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogados o Decreto nº26.524, de 27 de Respostas
fevereiro de 2002, e as demais disposições em contrário.
01. ERRADO/ 02. D/ 03. C/ 04. CERTO/ 05. D/
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
Fortaleza, aos 24 de outubro de 2002.
Lei nº. 13.094, de 12 de
Questões
janeiro de 2001.
01. Considerando o que dispõe o Decreto nº 26.803/2002,
sobre as linhas de transporte rodoviário intermunicipal de
Lei nº. 13.094, de 12 de janeiro de 2001
passageiros, julgue o item a seguir:
O processo de estudo de criação das linhas poderá ser
Dispõe sobre o Sistema de Transporte Rodoviário
iniciado exclusivamente à critério do Poder Concedente, no
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará e dá outras
qual constará, no mínimo, os dados gerais da região que se
providências.
pretende servir, a demanda prevista e as vias a serem
utilizadas;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, Faço saber
(...) Certo
que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a
(...) Errado
seguinte Lei:
02. Segundo o Decreto nº 26.803/2002, o usuário do
CAPÍTULO I
Serviço de Transporte Complementar Rodoviário
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Intermunicipal de Passageiros terá recusado o embarque ou
determinado o seu desembarque, em local seguro e adequado,
Art. 1º O Sistema de Transporte Rodoviário
quando:
Intermunicipal de Passageiros do Estado do Ceará e os
I - não se identificar, quando exigido;
Terminais Rodoviários de Passageiros reger-se-ão por esta
II - encontrar-se em estado de embriaguez;
Lei, seu Regulamento, e demais normas legais, regulamentares
III - encontrar-se em trajes manifestamente impróprios ou
e pactuadas pertinentes, em especial pela Lei Federal nº. 8.987,
ofensivos a moral pública;
de 13 de fevereiro de 1995, e Lei Estadual nº. 12.788, de 30 de
IV - usar aparelhos sonoros durante a viagem.
dezembro de 1997.
Das afirmativas,
Art. 2º Compete ao Estado do Ceará explorar, organizar,
(A) I, II e IV são corretas.
dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de
(B) apenas I e II são corretas.
serviços públicos relativos ao Sistema de Transporte
(C) apenas III e IV são corretas.
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos Terminais
(D) todas são corretas.
Rodoviários de passageiros, conforme o disposto no art. 303
da Constituição Estadual.
03. Além dos documentos exigidos pela legislação de
trânsito e demais normas legais e regulamentares pertinentes,
Art. 3º O Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal
os veículos deverão conduzir:
de Passageiros fica classificado em Serviços Regulares de
(A) no seu interior um indicativo com nome do motorista;
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e
(B) no seu interior quadro de preços das passagens no seu
Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
interior
Passageiros por Fretamento.
(C) no seu interior pintura em cor e desenhos
Parágrafo único. A regulamentação desta Lei disporá
padronizados, aprovados pelo Poder Concedente
sobre as características e subclassificações de cada
(D) no seu interior o número do telefone da Agência
modalidade do serviço prevista no caput deste artigo.
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 29


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APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO II serviço, tendo como base a relação demanda x oferta por ele
DO REGIME DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS auferida, objetivando sempre a satisfação do usuário e a
REGULARES DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO segurança do tráfego.
INTERMUNICIPAL
DE PASSAGEIROS Art. 7º A concessão será outorgada pelo prazo máximo de
10 (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez, por
Art. 4º Compete ao Estado do Ceará explorar diretamente até igual período, a critério exclusivo do poder concedente,
ou mediante concessão ou permissão os Serviços Regulares de desde que haja interesse público e anuência da concessionária
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, no na prorrogação do contrato e na continuidade da prestação do
âmbito de sua jurisdição, sempre através de licitação, nos serviço. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09)
termos desta Lei, da Lei Federal nº. 8.987/95 e demais normas § 1º Caberá exclusivamente ao Poder Concedente
legais e regulamentares pertinentes. reconhecer o interesse público na continuidade da prestação
§ 1º As concessões e permissões de Serviços Regulares de do serviço, de acordo com a conveniência e oportunidade da
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros Administração, caso em que a prorrogação do contrato
sujeitar-se-ão à direção e fiscalização pelo Poder Público dependerá do resultado do índice de que trata o art. 80 desta
Estadual concedente, nos termos das normas legais e Lei, na forma de seu Regulamento.
regulamentares, com a cooperação dos usuários. § 2º A permissão poderá ser outorgada por prazo máximo
§ 2º A concessão de Serviço Regular de Transporte de 6 (seis) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez,
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada por até igual período, a critério exclusivo do poder concedente,
mediante contrato administrativo, precedido de licitação na desde que haja interesse público, atendimento do resultado do
modalidade de concorrência, observado o disposto no inciso II índice de que trata o art. 80 desta Lei e anuência do
do art. 2º da Lei Federal n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e permissionário na prorrogação do termo de permissão e na
demais normas legais, regulamentares e pactuadas. continuidade da prestação do serviço. (Redação dada pela Lei
§ 3º A permissão de Serviço Regular de Transporte nº 14.288, de 06.01.09)
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros será formalizada
mediante termo de permissão, precedido de licitação, Art. 8º O edital de licitação para concessão ou permissão
observadas as normas legais, regulamentares e pactuadas. conterá as condições e as características do serviço,
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) especificando:
§ 4º As linhas regulares serão criadas, alteradas ou I - linha, itinerário, características do veículo, horários e
extintas a critério exclusivo do Poder Concedente, visando à frequências, extensão, pontos de parada, além de eventuais
satisfação do interesse público, observadas a oportunidade e a seccionamentos e restrições de trechos;
conveniência da medida. II - frota mínima necessária à execução do serviço e
§ 5º As linhas regulares são classificadas em: respectiva renovação, bem como a frota reserva, observado o
a) radial: linha que liga determinada localidade do Estado disposto no art. 31 desta Lei;
do Ceará ao Município de Fortaleza; III - vigência do contrato de concessão, sua natureza e a
b) regional: linha que liga localidades do Estado do Ceará, possibilidade de renovação;
sem passar pelo Município de Fortaleza; IV - valor da outorga da concessão ou permissão e sua
c) diametral: linha que liga localidades do Estado do Ceará forma de pagamento;
passando pelo Município de Fortaleza. V - forma de reajuste da tarifa;
§ 6º Excepcionalmente, as linhas radiais, diametrais e VI - na concessão, prazos máximos de amortização para
regionais, quando operadas por Consórcio de Cooperativas, veículos, estoque de peças de reposição (estoque de
utilizando mini-ônibus, micro-ônibus, veículos utilitários de almoxarifado), dos equipamentos e instalações;
passageiros e veículo utilitário misto poderão ser outorgadas VII - relação de bens reversíveis ao término da concessão,
por Concessão. (Redação dada pela Lei n.º 15.491, de 27.12.13) ainda não amortizados, mediante indenização;
§ 7º Ato do Poder Concedente definirá as áreas de VIII - critério de indenização, em caso de encampação;
operação e a extensão máxima das linhas que poderão ser IX - percentual sobre o valor total da receita bruta tarifária
operadas por miniônibus, micro-ônibus, veículos utilitários de mensal, a ser recolhido mensalmente à Agência Reguladora de
passageiros e veículo utilitário misto. (Redação dada pela Lei Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ao
nº 14.288, de 06.01.09) órgão ou entidade responsável pela fiscalização por parte do
§ 8º Áreas de operação são espaços geográficos formados Poder Concedente, nos termos do art. 64 desta Lei.
pelos territórios dos municípios por afinidades viárias, sob Parágrafo único. Além dos requisitos estabelecidos nesta
influência de um ou mais municípios polos socioeconômicos, e Lei e em seu regulamento, o edital de licitação de Serviço
instituídos pelo Estado do Ceará.(Acrescido pela Lei nº 14.288, Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
de 06.01.09) Passageiros e o respectivo contrato de concessão ou termo de
permissão obedecerão às demais exigências legais e
Art. 5º Na exploração dos Serviços Regulares de regulamentares aplicáveis, inclusive às constantes da Lei
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Federal nº 8.666/93, e suas alterações, da Lei Federal nº.
mediante concessão ou permissão, observar-se-ão três 8.987/95, e da Lei Estadual nº.12.788/97.
princípios básicos:
I - ausência de exclusividade; Art. 9º Na qualificação técnica exigida da transportadora
II - liberdade de escolha do usuário; licitante, além do estabelecido na Lei Federal nº 8.666/93, e
III - competitividade. suas alterações, exigir-se-á:
I – a comprovação da disponibilidade da frota para atender
Art. 6º Na concessão do serviço, o edital da licitação ao serviço licitado, que poderá ser feita mediante
especificará, durante o respectivo prazo, o número de comprovantes de propriedade ou arrendamento mercantil,
delegatários de cada linha, o número mínimo de veículos a devendo os veículos encontrarem-se disponibilizados no
serem empregados por cada um e critérios de desempate. prazo fixado no edital, o qual deverá ser no máximo de 90
Parágrafo único. Respeitado o número mínimo fixado no (noventa) dias após o recebimento da Ordem de Serviço, e não
edital de licitação, poderá o Poder Concedente alterar o podendo tais veículos estarem comprometidos com outros
número de veículos a serem empregados na prestação de serviços à época da prestação do serviço objeto da licitação,

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 30


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obedecido o prazo acima e o disposto no art. 31 desta Lei; concessionária ou permissionária fica obrigada a proceder a
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) sua recomposição no prazo de 10 (dez) dias a contar do
II - termo de compromisso de disponibilidade da frota, no recebimento da notificação, sob pena de caducidade da
caso de impossibilidade de apresentação imediata da concessão e cancelamento da permissão. (Redação dada pela
comprovação prevista no inciso anterior, respeitado o prazo Lei nº 14.288, de 06.01.09)
nele previsto;
III - prova de que possui, ou compromisso de Art. 14. Os Serviços Regulares de Transporte Rodoviário
disponibilizar, imóvel destinado à instalação de garagem para Intermunicipal de Passageiros serão executados somente por
dar suporte à execução do contrato pelo período da prestação transportadoras registradas junto ao Poder Concedente, nos
dos serviços, exceto para veículos utilitários de passageiros. termos da regulamentação desta Lei, devendo o registro
cadastral ser atualizado anualmente.
Art. 10. Para assinatura do contrato de concessão ou do
termo de permissão, a licitante deverá apresentar, dentre Art. 15. A regulamentação desta Lei disporá também sobre
outros exigidos no respectivo edital, os seguintes documentos, a criação, modificação e extinção de linhas regulares de
no prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros.
decadência:
I - comprovação de cursos de capacitação do pessoal de CAPÍTULO III
operação necessários para o cadastramento da tripulação, DOS ENCARGOS DA TRANSPORTADORA PRESTADORA
conforme a regulamentação desta Lei; DE SERVIÇO REGULAR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO
II - apólice de seguro de responsabilidade civil, com valor INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS
determinado no edital;
III - certidão de inexistência de débito para com a Fazenda Art. 16. Sem prejuízo dos encargos previstos em normas
Pública do Estado do Ceará, Fazenda Pública Nacional, legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, a
Previdência Social e FGTS. transportadora prestadora de Serviço Regular de Transporte
§ 1º Em caso de ocorrência da decadência prevista no Rodoviário Intermunicipal de Passageiros deverá:
caput deste artigo, o Poder Concedente poderá outorgar a I - prestar serviço adequado, na forma prevista em normas
concessão à classificada imediatamente posterior. legais, regulamentares e pactuadas, e em especial nesta Lei,
§ 2º Todas as minutas de editais e de contratos de nas ordens de serviço e no respectivo contrato;
concessão ou de termos de permissão relativos à outorga de II - submeter-se à direção e fiscalização do Poder
Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Concedente, diretamente ou através da Agência Reguladora de
Passageiros deverão ser obrigatoriamente encaminhados à Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou
Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado outro órgão ou entidade da Administração Estadual
do Ceará - ARCE, para exame e homologação prévios, caso esta designado, facilitando-lhes a ação e cumprindo as suas
não tenha sido responsável pela elaboração das mesmas. determinações, especialmente no correto fornecimento e
atendimento de informações, dados, planilhas de custo, fontes
Art. 10-A. Em situações excepcionais, em observância ao de receitas principal, alternativa, acessória, complementar ou
princípio da continuidade dos serviços públicos, o Poder global, documentos e outros elementos, sempre na forma e
Concedente poderá, nas ligações cujas licitações forem periodicidade requisitados;
desertas ou fracassadas, contratar mediante dispensa de III - manter as características fixadas pelo Poder
licitação, nos termos do art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666, de 21 Concedente para o veículo, segundo a categoria do serviço em
de junho de 1993. execução, nos termos das normas legais e regulamentares
pertinentes;
Art. 10-B. Ficam ratificados os atos, e respectivos efeitos, IV - preservar a inviolabilidade dos instrumentos
de operação das ligações expedidos pelo Poder Concedente a contadores de passageiros, equipamento registrador
partir do ano de 2007 até as licitações realizadas para o serviço instantâneo inalterável de velocidade e tempo e outros
complementar de transporte intermunicipal de passageiros. instrumentos, conforme exigidos nesta Lei e em sua
(Acrescido pela Lei n.º 14.719, de 26.05.10) regulamentação;
V - apresentar seus veículos para início de operação em
Art. 11. Para exploração de Serviço Regular de Transporte condições de segurança, conforto e higiene, bem como atender
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros através de as especificações, normas e padrões técnicos estabelecidos
concessão ou permissão, a transportadora prestará garantia, pelas normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes;
podendo optar por uma das modalidades previstas no art. 56 VI - manter em serviço somente os motoristas, cobradores,
da Lei nº 8.666/93, no valor de até 5% (cinco por cento) do fiscais e despachantes cadastrados junto ao Poder Concedente;
contrato, atualizado nas mesmas condições daquele. (Redação VII - preencher as guias e formulários referentes a dados
dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) operacionais, cumprindo prazos e normas fixadas pelo Poder
§ 1º A extinção da concessão ou permissão, por infração à Concedente;
norma legal, regular ou pactuada, incluindo esta Lei, implica na VIII - tomar imediatas providências para prosseguimento
perda da garantia pela concessionária ou permissionária, em da viagem quando de sua interrupção;
favor do poder concedente. IX - efetuar o reabastecimento e manutenção em locais
§ 2º Em caso de extinção da concessão ou permissão que apropriados, e sem passageiros a bordo;
não resultou em aplicação de penalidade, a garantia será X - não operar com veículo que esteja derramando
liberada ou restituída em favor da concessionária ou combustível ou lubrificantes na via pública e terminais
permissionária. rodoviários ou com ameaça de apresentar defeito;
XI - tomar as providências necessárias com relação a
Art. 12. A prestação da garantia resguardará a execução do empregado ou preposto que, comprovadamente, não atenda
serviço e pagamento de multas e/ou débitos, quando não satisfatoriamente aos usuários e à fiscalização do Poder
forem recolhidos no devido tempo. Concedente.

Art. 13. Sempre que for deduzida a garantia ou parte dela,


no exercício do direito que trata o artigo anterior, a

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 31


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Art. 17. A transportadora deverá apresentar mensalmente de passageiros metropolitano, tal exigência só será devida nos
quadro demonstrativo do movimento de passageiros, na terminais;
forma regulamentada pelo Poder Concedente. II - procurar dirimir as pendências ou dúvidas referentes a
bagagens, passagens e outras que possam surgir na relação
Art. 18. Os prepostos, empregados e contratados das entre passageiro e transportadora;
transportadoras, ou quem quer que atue em seu nome, III - diligenciar para manutenção da ordem e para a
deverão: limpeza do veículo;
I - conduzir-se com atenção e urbanidade para com os IV - colaborar com o motorista em tudo que diga respeito
usuários do serviço e representantes do Poder Concedente no à regularidade da viagem, especialmente à comodidade e à
exercício de suas funções; segurança dos passageiros;
II - apresentar-se em serviço corretamente uniformizados V - não fumar no interior do veículo;
e identificados com o respectivo crachá; VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) horas
III - prestar aos usuários, quando solicitados, as antecedentes ao início e durante a sua jornada de trabalho;
informações necessárias, principalmente sobre itinerários, VII - diligenciar junto a transportadora, no sentido de
tempo de percurso, pontos de parada, distâncias e preços das evitar insuficiência de moeda fracionária para o troco correto.
passagens;
IV - cumprir as normas legais, regulamentares e pactuadas Art. 21. A transportadora manterá em seus veículos um
relativas à execução dos serviços. livro de ocorrência, em local visível, rubricado e numerado em
Parágrafo único. É vedado o transporte do pessoal da suas folhas pela fiscalização do Poder Concedente, à disposição
transportadora quando em serviço, incluindo a tripulação, sem dos usuários para consignarem suas sugestões ou
o respectivo crachá. reclamações, e do pessoal de operação para registrar as
ocorrências da viagem.
Art. 19. Sem prejuízo do cumprimento dos encargos e Parágrafo único. No caso de serviço regular de transporte
deveres previstos nas normas legais, regulamentares e de passageiros metropolitano, a exigência de que trata o caput
pactuadas pertinentes, o motorista de transportadora só será devida nos terminais.
concessionária ou permissionária é obrigado a:
I - dirigir o veículo, de modo a não prejudicar a segurança Art. 22. O usuário dos Serviços Regulares de Transporte
e o conforto dos usuários; Rodoviário Intermunicipal de Passageiros terá recusado o
II - não movimentar o veículo, sem que as portas estejam embarque ou determinado o seu desembarque, em local
totalmente fechadas; seguro e adequado, quando:
III - manter uma velocidade compatível com a situação de I - não se identificar, quando exigido;
segurança das vias, respeitando os limites fixados pela II - encontrar-se em estado de embriaguez;
legislação de trânsito; III - encontrar-se em trajes manifestamente impróprios ou
IV - diligenciar para o fiel cumprimento dos horários e ofensivos a moral pública;
frequências estabelecidos; IV - portar arma de fogo ou de qualquer natureza, salvo
V - não fumar no interior do veículo; quando legalmente autorizado;
VI - não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 (doze) horas V - pretender transportar, como bagagem, produtos que,
antecedentes ao início de sua jornada de trabalho e até o seu pelas suas características, sejam considerados perigosos ou
término; representem riscos para os demais passageiros, nos termos da
VII - não se afastar do veículo no ponto de parada, legislação específica sobre Transporte Rodoviário de Cargas
orientando o embarque e o desembarque de passageiros; Perigosas;
VIII - prestar à fiscalização do Poder Concedente, exercida VI - conduzir animais domésticos ou selvagens, quando
diretamente ou através de órgãos e entidades delegadas, os não devidamente acondicionados, em desacordo com as
esclarecimentos que lhe forem solicitados; disposições legais e regulamentares pertinentes;
IX - exibir à fiscalização do Poder Concedente, exercida VII - conduzir objetos de dimensões e acondicionamentos
diretamente ou através dos órgãos e entidades delegadas, incompatíveis com o porta-volume;
quando solicitado, ou entregar, contra recibo, os documentos VIII - incorrer em comportamento incivil;
do veículo, o mapa de viagem e outros que forem exigíveis; IX - comprometer a segurança, o conforto e a tranquilidade
X - não conversar, enquanto estiver na condução do veículo dos demais passageiros;
em movimento; X - usar aparelhos sonoros durante a viagem;
XI - atender aos sinais de parada em locais permitidos e XI - fumar no interior do veículo.
somente neles;
XII - observar, rigorosamente, o esquema de operação dos CAPÍTULO IV
corredores e faixas exclusivas para ônibus; DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS
XIII - diligenciar na obtenção de transporte para usuários,
em caso de avaria e interrupção da viagem; Art. 23. Sem prejuízo de direitos previstos em outras
XIV - desviar o veículo para o acostamento nas calçadas normas legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são
e/ou rodovias, fora dos casos permitidos, para embarque e direitos dos usuários:
desembarque de passageiros; I - ser transportado em condições de segurança, higiene e
XV - recolher o veículo à respectiva garagem, quando conforto, do início ao término da viagem;
ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que possam por em II - ter assegurado seu lugar no veículo, nas condições
risco a segurança e conforto dos usuários; fixadas no bilhete de passagem;
XVI - prestar socorro aos usuários feridos, em caso de III - ser atendido com urbanidade, pelos dirigentes,
acidente. prepostos e empregados da transportadora e pelos agentes
dos órgãos e entidades responsáveis pela fiscalização por
Art. 20. Os demais componentes da equipe de operação do parte do Poder Concedente;
veículo deverão: IV - ser auxiliado no embarque e desembarque pelos
I - auxiliar o embarque e desembarque de passageiros, prepostos da transportadora, em especial quando tratar-se de
especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e deficientes crianças, senhoras, pessoas idosas ou com dificuldade de
motores, sendo que, no caso de serviço regular de transporte locomoção;

Regulamentação de Trans. Público de Passageiros 32


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V - receber informações sobre as características dos Art. 29. Os horários serão fixados em função da demanda
serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendidas e de passageiros e características de cada linha, objetivando a
outras de seu interesse; satisfação do usuário, a segurança de tráfego e a rentabilidade
VI - ter sua bagagem transportada no bagageiro e porta- das viagens, evitadas sempre que possível, as superposições
volume, observado o disposto nesta Lei e em normas de horários.
regulamentares pertinentes;
VII - receber os comprovantes dos volumes transportados SEÇÃO II
no bagageiro; Dos Veículos
VIII - pagar apenas o valor da tarifa correta fixada para o
serviço utilizado, bem como receber eventual troco em Art. 30. Na prestação dos Serviços Regulares de
dinheiro. Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão
utilizados os seguintes tipos de veículos:
CAPÍTULO V I - ônibus interurbano convencional;
DA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE II - ônibus interurbano executivo;
TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE III - ônibus interurbano leito;
PASSAGEIROS IV - ônibus metropolitano convencional;
V - ônibus metropolitano executivo;
Seção I VI – micro-ônibus;
Das Viagens VII - veículo utilitário de passageiros.
VIII – veículo utilitário misto.
Art. 24. As viagens serão executadas de acordo com o IX – Miniônibus. (Acrescida pela Lei nº 14.288, de
padrão técnico-operacional estabelecido pelo Poder 06.01.09)
Concedente com relação às classificações de serviços, § 1º. As dimensões, lotação e características internas e
observados os horários, ponto inicial e final, itinerários, externas dos veículos utilizados na prestação dos serviços
pontos de parada e os seccionamentos determinados. Regulares de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Passageiros obedecerão as normas e especificações técnicas
Art. 25. Fica estabelecida uma tolerância máxima de 10 que determinam os padrões dos respectivos serviços a serem
(dez) minutos, além do horário marcado, para a chegada do prestados pelos mesmos, nos termos das normas legais,
veículo no ponto inicial da linha. regulamentares e pactuadas pertinentes.
§ 1º Decorrido o prazo fixado neste artigo, o Poder § 2º. Os veículos a que se refere o inciso VIII deste artigo
Concedente notificará a transportadora para a colocação de prestarão serviços regulares de transporte intermunicipal de
outro veículo, no prazo máximo de 30 (trinta) minutos. passageiros somente nas linhas regionais, nos moldes da letra
§ 2º Caso a transportadora não adote a providência “b” do § 5º do artigo 4º desta Lei.
referida no parágrafo anterior, o Poder Concedente poderá
requisitar um veículo de outra transportadora para a Art. 31. A frota de cada transportadora deverá ser
realização da viagem. composta de veículos, em número suficiente para a prestação
§ 3º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, do serviço, conforme fixado no respectivo edital de licitação,
o Poder Concedente notificará a transportadora faltosa para, mais a frota reserva equivalente ao mínimo de 10% (dez por
no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, efetuar o pagamento à cento) e máximo de 20% (vinte por cento) da frota
transportadora requisitada, do valor presumido para a viagem operacional.
completa, obedecendo aos coeficientes tarifários e à taxa de
ocupação constante da planilha tarifária em vigor. Art. 32. Deverá o Poder Concedente realizar constante
ação fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo,
Art. 26. Os pontos terminais de parada e de escala só em qualquer tempo e independentemente da vistoria
poderão ser utilizados pelas transportadoras após ordinária prevista na legislação de trânsito, realizar inspeções
devidamente homologados pelo Poder Concedente. e vistorias nos veículos, determinando, se observada qualquer
Parágrafo único. O Poder Concedente somente irregularidade quanto às condições de funcionamento,
homologará terminais rodoviários, pontos de parada e pontos higiene, conforto e segurança, sua retirada de operação, até
de escala compatíveis com o seu movimento e que apresentem que sanadas as deficiências.
padrões adequados de operacionalidade, segurança, higiene e
conforto. Art. 33. Semestralmente a transportadora apresentará ao
Poder Concedente relação dos veículos componentes de sua
Art. 27. O Poder Concedente fixará o tempo de duração da frota, declarando que estão em perfeitas condições de
viagem e de suas etapas, observados os critérios técnicos. segurança, conforto e uso para operar.

Art. 28. A interrupção de viagem decorrente de defeito Art. 34. Além dos documentos exigidos pela legislação de
mecânico, acidente do veículo ou motivo de força maior, será trânsito e demais normas legais e regulamentares pertinentes,
objeto de comunicação imediata da transportadora ao Poder os veículos deverão conduzir:
Concedente. I - no seu interior:
§ 1º A interrupção da viagem pelos motivos elencados no a) um indicativo com nome do motorista e cobrador;
caput deste artigo, por um período superior a 03 (três) horas, b) quadro de preços das passagens;
dará direito ao passageiro à alimentação e pousada, por conta c) capacidade de lotação do veículo;
da transportadora, além do transporte até o destino de viagem. d) número do telefone da Agência Reguladora de Serviços
§ 2º Nos casos de substituição de veículo por outro de Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE, ou de outro
características inferiores, a transportadora deverá ressarcir o órgão ou entidade designado pelo Poder Concedente, para
passageiro, ao término da viagem, a diferença de preço de eventuais reclamações pelos usuários.
tarifa, qualquer que tenha sido o percurso desenvolvido II - na parte externa:
anteriormente à interrupção da viagem. a) indicação da origem e destino final da linha;
b) número de registro do veículo no Poder Concedente
(Selo de Registro);

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c) número de ordem do veículo; caso haja necessidade de complementação do número


d) pintura em cor e desenhos padronizados, emblema ou estipulado para a frota dimensionada da transportadora,
logotipo e/ou razão social da empresa, aprovados pelo Poder incluindo a frota reserva prevista no art. 31, desta Lei.
Concedente. § 2º A regulamentação desta Lei disporá sobre as
condições necessárias para o registro do veículo, bem como
Art. 35. Todos os veículos registrados junto ao Poder sobre o cancelamento deste.
Concedente pelas transportadoras deverão circular com
equipamento registrador instantâneo inalterável de SEÇÃO III
velocidade e tempo ou outro dispositivo eletrônico de registro Do Cadastramento da Tripulação
diário aferido, ou ainda outros instrumentos que vierem a ser
determinados pelo Poder Concedente. Art. 40. É obrigatório o cadastramento junto ao Poder
Concedente da tripulação que operará em todos os veículos
Art. 36. A transportadora manterá, pelo período de 90 das transportadoras prestadoras de Serviços Regulares de
(noventa dias), os dados do equipamento registrador Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros,
instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou de outro conforme as condições e requisitos estabelecidos na
dispositivo eletrônico com tal finalidade, de todos os seus regulamentação desta Lei.
veículos em operação, devidamente arquivados, em perfeito § 1º Após efetuado e aprovado o cadastro, o Poder
estado de conservação, acompanhados da análise de cada Concedente emitirá Carteira Padrão que terá validade de 02
viagem realizada, podendo os mesmos serem requisitados (dois) anos, sendo seu porte obrigatório quando o empregado
pelo Poder Concedente. estiver em serviço.
§ 2º O Poder Concedente poderá a qualquer momento
Art. 37. Será permitida a fixação de publicidade na parte exigir a apresentação da documentação necessária ao
externa do veículo, exceto quando colocar em risco a cadastramento da tripulação ou revalidação daquela já
segurança do trânsito. apresentada, nos termos da regulamentação desta Lei.
§ 1º Não poderão ser veiculadas na parte externa dos
veículos propagandas políticas, religiosas, filosóficas, e as que SEÇÃO IV
firam a moral e os bons costumes. Dos Acidentes
§ 2º Somente serão permitidas na parte interna do veículo
mensagens de interesse dos usuários, a critério do Poder Art. 41. No caso de acidente, a transportadora fica
Concedente. obrigada a:
I - adotar as medidas necessárias visando prestar imediata
Art. 38. Considera-se, para efeito da capacidade de lotação e adequada assistência aos usuários e prepostos;
do veículo, todas as poltronas disponíveis, exceto a do II - comunicar, por escrito, o fato ao órgão ou entidade do
motorista e a do cobrador, quando houver este último. Poder Concedente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
§ 1º Considerar-se-á lotado o veículo que estiver com sua indicando as circunstâncias e o local do acidente, além das
capacidade completa. medidas adotadas para atendimento do disposto no inciso
§ 2º Não é permitido o excesso de lotação, ressalvado o anterior.
disposto nos parágrafos 3º e 4º deste artigo. III - manter, pelo período de 1 (um) ano, os dados do
§ 3º Excepcionalmente, por ocasião de feriados equipamento registrador instantâneo inalterável de
prolongados, eventos religiosos e datas cívicas, o poder velocidade e tempo, ou de outro dispositivo eletrônico com tal
concedente poderá, a seu critério, autorizar passageiros finalidade, do veículo envolvido no acidente, devidamente
excedentes até o limite de 20% (vinte por cento) da lotação arquivados, em perfeito estado de conservação,
sentada no serviço regular interurbano convencional, acompanhados da análise da viagem realizada, podendo os
observadas as seguintes condições: mesmos serem requisitados pelo Poder Concedente.
I - nas linhas com extensão de até 200 (duzentos) Km,
quando operadas por ônibus; Art. 42. Quando do acidente resultar morte ou lesões
II - nas linhas com extensão de até 100 (cem) Km, quando graves, serão avaliadas suas causas tendo em vista os
operadas por miniônibus, micro-ônibus e veículo utilitário de seguintes elementos:
passageiro. (Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) I - dados constantes do equipamento registrador
§ 4º No serviço de transporte regular metropolitano instantâneo inalterado de velocidade e tempo, ou outro
convencional e no serviço de transporte regular metropolitano dispositivo eletrônico;
complementar, o poder concedente poderá autorizar, a seu II - regularidade da jornada de trabalho do motorista;
critério, passageiros excedentes, inclusive em limite superior III - seleção, treinamento e reciclagem do motorista;
ao estabelecido no § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº IV - manutenção do veículo;
14.288, de 06.01.09) V - perícia realizada por órgão ou entidade competente.
§ 5° A autorização excepcional prevista neste artigo deverá Parágrafo único. O Poder Concedente manterá controle
ser requerida para período determinado, com antecedência estatístico de acidente de veículo por transportadora.
mínima de 72 (setenta e duas) horas, acompanhada da devida
justificativa, indicando com precisão as linhas e respectivos CAPÍTULO VI
horários, ficando autorizada a viagem apenas depois de DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS REGULARES DE
expedida autorização expressa do Poder Concedente. TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL DE
(Redação dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) PASSAGEIROS

Art. 39. Como condição para prestarem Serviços Regulares SEÇÃO I


de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, os Das Tarifas
veículos da frota das transportadoras deverão estar
devidamente registrados junto ao Poder Concedente, nos Art. 43. A remuneração dos Serviços Regulares de
termos da regulamentação desta Lei. Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros
§ 1º Os veículos que tiverem seus registros cancelados realizar-se-á através do pagamento de tarifa pelos usuários e
serão substituídos, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, por outras fontes alternativas de receitas estabelecidas no

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contrato de concessão ou termo de permissão. (Redação dada respectivo bilhete de passagem, com exceção dos serviços
pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) metropolitanos.
§ 1° Compete ao DETRAN/CE, de ofício ou a pedido do
interessado, promover o reajuste e a revisão extraordinária Art. 47. As passagens deverão estar à venda em horários
das tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte compatíveis com o serviço e o interesse público, com a
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, nos termos das abertura de reservas no prazo mínimo de 15 (quinze) dias
normas regulamentares e pactuadas pertinentes. antecedentes ao da respectiva viagem, exceto com relação aos
§ 2º Compete à ARCE/CE promover a revisão ordinária das serviços metropolitanos.
tarifas referentes aos Serviços Regulares de Transporte
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, bem como Art. 48. É livre a concessão de desconto ou promoção de
homologar o reajuste e a revisão extraordinária praticados tarifa pelas transportadoras ou seus prepostos, devendo
pelo DETRAN/CE, nos termos das normas regulamentares e efetivá-los em caráter uniforme para todos os usuários e para
pactuadas pertinentes. todas as secções da linha, devendo no entanto avisar ao Poder
§ 3º Deverá o Poder Concedente prever, em favor da Concedente com uma antecedência mínima 48 (quarenta e
concessionária ou permissionária, no edital de licitação, a oito) horas.
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos Art. 49. A transportadora obriga-se a proporcionar seguro
associados, inclusive proveniente de transporte de de responsabilidade civil, no limite mínimo fixado no
encomenda, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer respectivo Edital de Licitação, emitindo o respectivo
a modicidade das tarifas, nos termos dos arts. 11 e 17 da Lei comprovante.
Federal n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
§ 4º A definição, revisão e reajuste das tarifas referentes Art. 50. Fica isento do pagamento de tarifa, o agente
aos Serviços Regulares de Transporte Rodoviário responsável pela fiscalização por parte do Poder Concedente
Intermunicipal de Passageiros levará em consideração os ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do
seguintes aspectos, conforme disciplinado no regulamento Estado do Ceará - ARCE, quando relacionado em serviço de
desta Lei: transporte, devendo a transportadora reservar-lhe uma
I - a média dos parâmetros dos índices de consumo de cada poltrona, desde que a reserva tenha sido requisitada pelo
serviço; menos 12 (doze) horas antes da partida do veículo.
II - a remuneração do capital empregado para a prestação Parágrafo único. Outros agentes responsáveis pela
do serviço e o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, fiscalização por parte do Poder Concedente ou da ARCE
consideradas obrigatoriamente para a aferição do inicial estarão isentos do pagamento de tarifa quando necessitarem
equilíbrio econômico-financeiro do contrato as fontes de executar trabalho de caráter emergencial, vinculado à
receita previstas no §3º deste artigo; atividade de transporte, independentemente de reserva.
III - a manutenção do nível do serviço estipulado para as
linhas e a possibilidade de sua melhoria; SEÇÃO III
IV - o recolhimento mensal de percentual sobre o valor Da Bagagem e das Encomendas
total da receita bruta tarifária mensal obtida pela
transportadora à Agência Reguladora de Serviços Públicos Art. 51. O preço da tarifa abrange necessariamente, a título
Delegados do Estado do Ceará – ARCE, ou outro órgão ou de franquia, o transporte obrigatório e gratuito, para o
entidade indicados pelo Poder Concedente, nos termos do art. passageiro, de volumes no bagageiro e no porta-volume do
64, desta Lei; veículo, nos termos desta Lei e de sua regulamentação.
V - o nível de serviço prestado; § 1º Cada passageiro terá direito de portar bagagem:
VI - a coleta de dados e a prestação de informação pelas a) no bagageiro: até o limite de 35kg (trinta e cinco
transportadoras através de procedimentos uniformes; quilogramas) de peso, sem que o volume total ultrapasse
VIII - os mecanismos de controle que garantam a 240dm3 (duzentos e quarenta decímetros cúbicos) ou, cada
confiabilidade das informações; volume, 1m (um metro) em sua maior dimensão; e,
IX - outros princípios e critérios básicos adotados no b) no porta-volume: até o limite de 5kg (cinco
regulamento desta Lei para aprimoramento do modelo quilogramas), com dimensões que se adaptem ao porta-
tarifário. volume, desde que não comprometa o conforto e a segurança
dos passageiros.
Art. 44. Os parâmetros operacionais adotados na planilha § 2º Excedidos os limites indicados no parágrafo anterior,
tarifária, serão analisados periodicamente, objetivando o o passageiro pagará apenas o que exceder do permitido na
aperfeiçoamento do nível do serviço. base de 50% (cinquenta por cento) do valor indicado na tabela
de preços de encomendas da transportadora, respeitados os
SEÇÃO II direitos dos demais passageiros.
Dos Bilhetes de Passagem e sua Venda
Art. 52. O transporte de encomendas e bagagens,
Art. 45. É vedada a prestação de Serviço Regular de conduzidas no bagageiro, somente poderá ser feito mediante a
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem a respectiva emissão de documento fiscal apropriado e talão de
emissão do respectivo bilhete de passagem a cada usuário, bagagem.
exceto nos serviços metropolitanos.
Parágrafo único. Os bilhetes de passagem serão emitidos Art. 53. O transporte de encomendas, quando admitido
conforme a regulamentação desta Lei. pelo Poder Concedente, atenderá ao disposto nos §§3º e 4º do
art. 43 desta Lei.
Art. 46. A venda de passagens será feita pela própria
transportadora nos terminais rodoviários e em suas agências Art. 54. Nos casos de extravio ou dano de bagagem,
e, na ausência destes, por agentes credenciados, admitindo-se, conduzida no bagageiro, a transportadora indenizará o
ainda, que, ao longo do itinerário, seja feita dentro do veículo. passageiro, em quantia equivalente a 10 (dez) vezes o valor da
Parágrafo único. Nas localidades dotadas de terminais maior tarifa vigente do serviço utilizado, no prazo máximo de
rodoviários é vedado o embarque de passageiros sem o 15 (quinze) dias, contados da data da reclamação.

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§ 1º As transportadoras somente serão responsáveis pelo continuidade, o mesmo veículo ou outro de característica
extravio da bagagem transportada no bagageiro, desde que idêntica ou superior ao que vinha sendo utilizado, observados
apresentado pelo passageiro comprovante do respectivo talão os requisitos de conforto e segurança estabelecidos.
de bagagem ou documento fiscal e até o limite fixado no caput Parágrafo único. Fica a transportadora obrigada a
deste artigo. comunicar a interrupção de viagem ao Poder Concedente, no
§ 2º Para ter direito à indenização no caso de dano ou prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especificando-lhes as
extravio da bagagem cujo valor exceda o limite previsto no causas e as providências adotadas, as quais deverão ser
caput deste artigo, o interessado fica obrigado a declará-lo e a comprovadas sempre que exigido.
pagar prêmio de seguro para a cobertura do excesso.
§ 3º Para fins do parágrafo anterior, as transportadoras Art. 60. Será dispensada a presença de cobrador na
são obrigadas a proporcionar ao usuário a contratação de tripulação dos Serviços de Transporte Rodoviário
seguro específico, sob pena de ficar pessoalmente responsável Intermunicipal de Passageiros por Fretamento.
pelos danos verificados. Parágrafo único. Ao motorista de viagem relativa a
Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
CAPÍTULO VII Passageiros por Fretamento, aplicam-se todos os encargos
DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO relativos ao motorista de viagem relativa a Serviço Regular de
INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR FRETAMENTO Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros,
inclusive no tocante ao cadastramento previsto no art. 40
Art. 55. Os Serviços de Transporte Rodoviário desta Lei.
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento serão
executados mediante autorização expedida pelo Poder Art. 61. A regulamentação desta Lei disporá sobre a
Concedente, conforme as condições e requisitos estabelecidos operação dos Serviços de Transporte Rodoviário
na regulamentação desta Lei. Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, dispondo
Parágrafo único. A autorização a que se refere o caput inclusive sobre as características dos veículos que poderão ser
deste artigo poderá ser cassada, a critério do Poder utilizados na prestação do serviço.
Concedente, em caso de concorrência com Serviço Regular de
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros CAPÍTULO VIII
existente. DA FISCALIZAÇÃO

Art. 56. As empresas de Serviço de Transporte Rodoviário Art. 62. A fiscalização dos Serviços de Transporte
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento deverão obter Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, em tudo quanto
registro junto ao Poder Concedente, de acordo com a diga respeito a segurança da viagem, conforto do passageiro e
regulamentação desta Lei. ao cumprimento da legislação de trânsito e de tráfego
rodoviário intermunicipal, inclusive desta Lei, será exercida
Art. 57. Os veículos prestadores de Serviços de Transporte pelo Poder Concedente através dos órgãos e entidades
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento competentes, visando ao cumprimento das normas legais,
serão devidamente registrados junto ao Poder Concedente, regulamentares e pactuadas pertinentes.
conforme as condições e requisitos estabelecidos na Parágrafo único. Os órgãos ou entidades competentes
regulamentação desta Lei. para realizar a fiscalização dos Serviços de Transporte
§ 1º Nos veículos utilizados nos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros serão definidos
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento é conforme a regulamentação desta Lei.
obrigatória a instalação de equipamento registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo, devendo a Art. 63. Além da fiscalização de que trata o artigo anterior,
transportadora mantê-lo em perfeito estado de as prestadoras de Serviços de Transporte Rodoviário
funcionamento e analisar os dados relativos a cada viagem Intermunicipal de Passageiros no Estado do Ceará submeter-
realizada. se-ão ao poder regulatório da Agência Reguladora de Serviços
§ 2º Sempre que necessário, a critério do Poder Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE.
Concedente, poderá ser exigida a exibição dos dados do § 1º O poder regulatório da ARCE será exercido nos termos
equipamento registrador instantâneo inalterável de desta Lei e da Lei Estadual nº.12.788, de 30 de dezembro de
velocidade e tempo, o qual deverá ser preservado pela 1997, e demais normas legais, regulamentares e pactuadas
empresa transportadora pelo prazo de 90 (noventa) dias. pertinentes, cabendo à ARCE, com relação aos Serviços de
§ 3º Os veículos utilizados em Serviço de Transporte Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por Fretamento prejuízo de outras atribuições:
deverão apresentar, na parte externa, letreiro indicativo, nos I - fiscalizar indiretamente os órgãos e entidades privadas
termos da regulamentação desta Lei. e públicas envolvidos na prestação do serviço, através de
§ 4º Quanto à fixação de publicidade nos veículos auditagem técnica de dados fornecidos por estes ou coletados
utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário pela ARCE;
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, aplica-se o art. II - atender e dar provimento às reclamações dos usuários
37, desta Lei. do serviço, decidindo inclusive sobre indenizações ou
§ 5º Nos Serviços de Transporte Rodoviário reparações a serem pagas pelas transportadoras,
Intermunicipal de Passageiros por Fretamento somente independentemente de outras sanções a estas aplicáveis;
poderão ser transportados passageiros sentados. III - expedir normas regulamentares sobre a prestação do
serviço;
Art. 58. Quanto à ocorrência de acidentes, aplicam-se aos IV - responder a consultas de órgãos e entidades públicas
Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de e privadas sobre a prestação do serviço;
Passageiros por Fretamento os arts. 41 e 42, desta Lei. V - encaminhar ao órgão ou entidade responsável pela
aplicação de penalidades a constatação, através de decisão
Art. 59. Ocorrendo interrupção da viagem de Serviço de definitiva proferida pela ARCE, de infração cometida por
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros por transportadora, caso não tenha sido delegada à ARCE tal
Fretamento, a transportadora deverá utilizar, para sua aplicação.

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§ 2º No desempenho do poder regulatório, incluindo as serviço de transporte rodoviário intermunicipal de


competências atribuídas neste artigo, a ARCE usufruirá de passageiros, mediante concessão, permissão ou autorização.
todas as prerrogativas asseguradas através da Lei Estadual nº.
12.786, de 30 de dezembro de 1997, e outras normas legais e Art. 68. As infrações aos preceitos desta Lei sujeitarão a
regulamentares pertinentes. transportadora infratora, conforme a natureza da falta, às
§ 3º As prestadoras de Serviço de Transporte Rodoviário seguintes penalidades:
Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a I - advertência por escrito;
modalidade de serviço prestado, tornam-se entidades II - multa;
reguladas pela ARCE por força desta Lei, estando submetidas III - retenção do veículo;
à competência regulatória desta, nos termos da Lei Estadual IV - apreensão de veículo;
nº. 12.786/97 e demais normas legais e regulamentares V - revogação unilateral da permissão;
pertinentes. VI - caducidade da concessão.
§ 1º Aplicar-se-á a pena de advertência por escrito no caso
Art. 64. A prestadora de Serviço Regular de Transporte de infração a qualquer dispositivo desta Lei para a qual
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, qualquer que seja a inexista expressa previsão de penalidade diversa.
modalidade do serviço prestado, fica obrigada ao pagamento § 2º As penas de multa, retenção e apreensão de veículo
de percentual de até 4% (quatro por cento) sobre o valor total serão aplicadas nos casos previstos nas seções seguintes deste
da receita bruta tarifária mensal, nos termos do edital e capítulo.
respectivo contrato de concessão ou termo de permissão, a ser § 3º Aplicar-se-á a pena de revogação unilateral da
recolhido mensalmente, até o dia 5 (cinco) do mês permissão no caso de prestação inadequada ou ineficiente do
subsequente, junto ao órgão ou entidade responsável pela serviço, a critério do Poder Concedente, sem prejuízo da
fiscalização por parte do Poder Concedente, a Agência medida administrativa de revogação unilateral da permissão,
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do por conveniência e oportunidade da Administração, dada a
Ceará – ARCE, ou outro órgão ou entidade indicado pelo Poder supremacia do interesse público sobre o particular e a
Concedente, sob pena de caducidade da concessão ou precariedade da permissão.
cancelamento da permissão. § 4º Aplicar-se-á a pena de caducidade da concessão nos
Parágrafo único. No caso de Serviço Regular de casos previstos no art. 35, §1º, da Lei Estadual nº. 12.788 de 30
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de dezembro de 1997.
prestado por veículos utilitários de passageiros, veículos § 5º A aplicação das penas previstas neste artigo não está
utilitários mistos e micro-ônibus, o valor a que se refere o limitada à observância de gradatividade.
caput deste artigo é fixado em R$ 100,00 (cem reais), por
veículo, sendo este valor reajustado pelo percentual médio da Art. 69. O cometimento de duas ou mais infrações,
variação dos serviços. independentemente de sua natureza, sujeitará o infrator à
concomitante aplicação das penalidades correspondentes a
Art. 65. O Poder Concedente no exercício da fiscalização cada uma delas.
dos Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Passageiros, através da Agência Reguladora de Serviços SEÇÃO II
Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE e de outros Das Multas
órgãos e entidades da administração pública estadual
incumbidos dessa atividade, tem pleno acesso a qualquer Art. 70. A pena de multa, calculada em função do valor da
veículo ou instalação que diga respeito aos serviços, exercendo Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará - UFIRCE, ou
poder de polícia, nos termos desta Lei. outro índice estadual que venha substituí-la, será aplicada
quando do cometimento das seguintes infrações: (Redação
Art. 66. O Poder Concedente promoverá, quando julgar dada pela Lei nº 14.288, de 06.01.09)
necessário, a realização de auditorias contábil-financeira e I - a transportadora, através de dirigente, gerente,
técnico-operacional na transportadora. empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu
§ 1º Por ocasião das auditorias, fica a transportadora nome, alternativamente:
obrigada a fornecer os livros e documentos requisitados, a) não apresentar seus veículos para início da operação em
satisfazendo e prestando outros dados e exigências do Poder perfeito estado de conservação e limpeza;
Concedente. b) tratar passageiro com falta de urbanidade;
§ 2º Os resultados das auditorias serão encaminhados à c) não apresentar tripulação corretamente uniformizada e
transportadora, acompanhados de relatório contendo as identificada em serviço;
recomendações, determinações, advertências e outras sanções d) não prestar aos usuários, quando solicitados, as
ou observações do Poder Concedente. informações necessárias;
e) fumar dentro do ônibus ou permitir que passageiros
CAPÍTULO IX fumem;
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES f) afastar-se do veículo no horário de trabalho, sem motivo
justo;
Seção I g) o motorista conversar, enquanto o veículo estiver em
Das Espécies de Penalidade movimento;
h) não atender aos sinais de parada em locais permitidos;
Art. 67. Verificada a inobservância de qualquer das i) não observar o esquema de operação dos corredores e
disposições previstas nesta Lei, aplicar-se-ão à transportadora faixas exclusivas para ônibus;
infratora as penalidades legais. j) não auxiliar o embarque e desembarque de passageiros,
§ 1º As penalidades aplicadas pelo Poder Concedente não especialmente crianças, senhoras, pessoas idosas e deficientes
isentam o infrator da obrigação de reparar ou ressarcir dano motores, quando solicitado;
causado a passageiro ou terceiro, decorrente da infração. l) não procurar dirimir as pendências ou dúvidas
§ 2º Para os fins desta Lei, considera-se transportadora a referentes a bagagens, passagens e outras que possam surgir
pessoa física, jurídica ou consórcio de empresas que preste na relação entre passageiro e transportadora;

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m) utilizar pontos para parada e para escala sem que esteja c) não desviar o veículo para o acostamento nas calçadas
devidamente autorizado pelo poder concedente; e/ou rodovias para o embarque e o desembarque de
n) não comunicar ao poder concedente, dentro do prazo passageiros;
legal, a interrupção de viagem decorrente de defeito mecânico, d) não manter em seus veículos, nos locais próprios, livro
acidente do veículo ou motivo de força maior; de ocorrência;
o) não ressarcir ao passageiro a diferença de preço de e) ultrapassar a tolerância máxima de até 10 (dez)
tarifa, nos casos de substituição de veículo por outro de minutos, além do horário marcado, para a chegada do veículo
características inferiores; no ponto inicial da linha;
p) não transportar gratuitamente a bagagem de f) não pagar ao passageiro alimentação, pousada e
passageiro, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei e transporte até o destino da viagem, quando houver
em normas regulamentares pertinentes; interrupção de viagem, por um período superior a 3 (três)
q) reincidir, em período inferior a 90 (noventa) dias, na horas, caso em que a multa será cobrada por cada passageiro;
prática de infração que já tenha sido objeto de advertência por g) não apresentar semestralmente ao poder concedente
escrito por parte do poder concedente, nos termos do §1º do relação dos veículos componentes de sua frota e declaração de
art. 68 desta Lei. que os referidos veículos estão em perfeitas condições de
r) recusar injustificavelmente o embarque gratuito de segurança, conforto e uso para operar, no caso de
passageiro para o qual a Lei determine isenção do pagamento transportadora prestadora de Serviço Regular de Transporte
da tarifa, especialmente os maiores de 65 (sessenta e cinco) Rodoviário Intermunicipal de Passageiros;
anos de idade, militares estaduais da ativa e os agentes h) permitir o transporte de passageiros sem a emissão do
responsáveis pela fiscalização por parte do Poder Concedente bilhete de passagem, no caso de transportadora prestadora de
ou da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Estado do Ceará - ARCE, nos termos da legislação pertinente; Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
s) não conceder o benefício da meia entrada estudantil nas passageiro embarcado sem o respectivo bilhete, salvo na
passagens dos transportes rodoviários intermunicipais aos hipótese dos serviços metropolitanos;
estudantes regularmente matriculados nos estabelecimentos i) efetuar a venda de passagens em locais não permitidos
de ensino público ou particular, situados nos municípios que ou fora dos prazos estabelecidos, nos termos dos arts. 46 e 47
compõem as macrorregiões do Estado do Ceará, nos termos da desta Lei;
legislação pertinente. (Nova redação dada pela Lei n.º 14.719, j) permitir o embarque de passageiros nas localidades
de 26.05.10) dotadas de terminais rodoviários, sem o respectivo bilhete de
passagem, no caso de transportadora prestadora de Serviço
Pena - Multa correspondente ao valor de 40 (quarenta) Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
UFIRCEs. Passageiros, aplicando-se um auto de infração por cada
II - a transportadora, através de dirigente, gerente, passageiro embarcado, salvo na hipótese dos serviços
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu metropolitanos;
nome, alternativamente: l) não apresentar letreiro indicativo na parte externa dos
a) efetuar reabastecimento e manutenção em locais veículos utilizados em Serviço de Transporte Rodoviário
inadequados ou com passageiros a bordo; Intermunicipal de Passageiros por Fretamento, nos termos da
b) atrasar ou adiantar horário de viagem sem motivo justo; regulamentação desta Lei.
c) não diligenciar para manutenção da ordem e para a Pena - Multa correspondente ao valor de 170 (cento e
limpeza do veículo; setenta) UFIRCEs.
d) recusar-se a devolver o troco, aplicando-se, neste caso, IV - a transportadora, através de dirigente, gerente,
um auto de infração por cada valor de tarifa alterado, sem empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu
prejuízo do cumprimento da obrigação de entrega do troco nome, alternativamente:
devido; a) alterar o itinerário ou interromper a viagem, sem
e) transportar passageiros excedentes sem autorização do motivo justificado e sem comunicar o fato ao poder
poder concedente, sendo neste caso, a multa cobrada com concedente;
relação a cada passageiro excedente; b) não renovar os documentos necessários para o registro
f) deixar de fazer constar nos locais adequados do veículo da transportadora, conforme estabelecidos na
as legendas obrigatórias, internas ou externas; regulamentação desta Lei;
g) deixar de garantir o espaço adequado no bagageiro para c) não preservar a inviolabilidade dos instrumentos
transporte da bagagem a que tem direito os passageiros, registradores de velocidade e tempo;
utilizando, no todo ou em parte, o espaço existente para d) mantiver em serviço motoristas, cobradores, fiscais ou
finalidade diversa; despachantes não cadastrados junto ao poder concedente;
h) transportar encomendas e bagagens, conduzidas no e) deixar de adotar ou retardar as providências relativas
bagageiro, sem a respectiva emissão de documento fiscal ao transporte de passageiros, no caso de interrupção da
apropriado ou talão de bagagem; viagem;
i) afixar material publicitário ou inserir inscrições nos f) dirigir o veículo colocando em risco a segurança ou em
veículos, com violação ao disposto nos arts. 37 e 57, §4º, desta prejuízo do conforto dos usuários;
Lei, conforme a espécie de serviço prestado. g) ingerir bebida alcoólica nas 12 (doze) horas
Pena - Multa correspondente ao valor de 80 (oitenta) antecedentes ao início de sua jornada até o seu término;
UFIRCEs. h) não recolher o veículo à respectiva garagem ou utilizá-
III - a transportadora, através de dirigente, gerente, lo, quando ocorrerem indícios de defeitos mecânicos, que
empregado, preposto, contratado ou qualquer que atue em seu possam por em risco a segurança dos usuários;
nome, alternativamente: i) não prestar socorro aos usuários feridos, em caso de
a) não observar as características fixadas para o veículo acidente;
pelas normas legais, regulamentares e pactuadas; j) não colocar outro veículo após notificação do poder
b) retardar a entrega de informações ou documentos concedente no ponto inicial da linha;
exigidos pelo poder concedente; l) retirar o “Selo de Registro” afixado no para-brisa
dianteiro, pelo poder concedente;

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APOSTILAS OPÇÃO

m) não substituir os veículos que tiverem seus registros § 2º Ocorrendo as hipóteses previstas nos incisos IV e V, o
cancelados; veículo poderá ser retido de imediato ou poderá ser
n) operar veículo sem o dispositivo de controle de número determinada sua retenção após o fim da viagem, a critério do
de passageiros ou com catracas violadas, no caso dos agente fiscalizador competente.
transportes metropolitanos, e, em qualquer caso, sem o § 3º O veículo retido será recolhido à garagem da
equipamento registrador instantâneo inalterável de transportadora, quando possível, ou a local indicado pelo
velocidade e tempo, conforme estabelecido nesta Lei para cada órgão ou entidade responsável pela fiscalização, sendo
espécie de serviço; liberado somente quando comprovada a correção da
o) não portar a devida Autorização, no caso de viagem irregularidade que motivou a retenção, sem prejuízo da
relativa a Serviço de Transporte Rodoviário Intermunicipal de aplicação das penalidades cabíveis.
Passageiros por Fretamento;
p) colocar em tráfego veículo sem cobrador para atender SEÇÃO IV
ao serviço, salvo nos casos autorizados pelo poder concedente; Da Apreensão do Veículo
q) suspender total ou parcialmente o serviço sem
autorização do poder concedente, aplicando-se um auto de Art. 73. A penalidade de apreensão do veículo será
infração por cada horário desatendido; aplicada sem prejuízo da multa cabível, quando a
r) operar veículo com vazamento de combustível ou transportadora ou qualquer pessoa física ou jurídica estiver
lubrificantes; operando o serviço sem regular concessão, permissão ou
s) colocar ou manter o veículo em movimento com as autorização do Poder Concedente.
portas abertas, colocando em risco a segurança de passageiro; Parágrafo único. O veículo apreendido será recolhido a
t) recusar informação ou a exibição de documentação local determinado pelo Poder Concedente, e somente será
requisitada pelo poder concedente, sem prejuízo da obrigação liberado mediante a apresentação da guia de recolhimento
de prestar as informações e de exibir os documentos comprovando o pagamento das multas exigíveis e das
requisitados; despesas decorrentes da apreensão, sendo o tempo de
u) resistir, dificultar ou impedir a fiscalização por parte do custódia definido em função das circunstâncias da infração e
poder concedente; obedecendo aos critérios abaixo:
v) circular com veículos da frota sem estar devidamente I – de 1 (um) a 10 (dez) dias, quando se tratar da primeira
registrados no poder concedente; apreensão no prazo de 12 (doze) meses;
x) não enviar ao poder concedente, no prazo de 5 (cinco) II – de 11 (onze) a 30 (trinta) dias, quando de reincidência
dias úteis, a cópia do contrato, nos casos de serviço de na infração no prazo de 12 (doze) meses. (Nova redação dada
fretamento contínuo, conforme definido na regulamentação pela Lei n.º 14.719, 26.05.10)
desta Lei.
z) operar o serviço de transporte rodoviário CAPÍTULO X
intermunicipal de passageiros sem regular concessão, DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE MULTA
permissão ou autorização do Poder Concedente. (Redação
dada pela Lei n.º 14.719, 26.05.10) Art. 74. O procedimento para aplicação das penalidades de
Pena - Multa correspondente ao valor de 340 (trezentas e multa terá início mediante a lavratura de Termo de Abertura
quarenta) UFIRCEs. de processo administrativo ou de Auto de Infração, por
servidor público incumbido das atividades de fiscalização dos
Art. 71. As multas serão aplicadas em dobro, quando Serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
houver reincidência da mesma infração, no período de até 90 Passageiros.
(noventa) dias. § 1º O Auto de Infração será lavrado em 03 (três) vias de
igual teor e conterá:
SEÇÃO III I - nome do infrator;
Da Retenção do Veículo II - número de ordem do auto de infração, identificação do
veículo e da linha;
Art. 72. Sem prejuízo da aplicação de multa ou de outra III - local, data e horário da infração;
sanção cabível, a penalidade de retenção de veículo será IV - descrição sumária da infração cometida e dispositivo
aplicada, independentemente de a transportadora ou pessoa legal violado;
física ou jurídica infratora encontrar-se, ou não, operando V - assinatura do infrator ou de preposto ou, sendo o caso,
serviço mediante regular concessão, permissão ou autorização declaração de recusa firmada pelo fiscal;
do Poder Concedente, quando: VI - matrícula e assinatura do fiscal que a lavrou.
I - o veículo não oferecer condições de segurança, conforto § 2º Será garantido ao indiciado oportunidade de defesa,
e higiene, ou não apresentar especificações estabelecidas em conforme prazos e disposições estabelecidos na
normas legais e regulamentares pertinentes; regulamentação desta Lei e em normas expedidas pela Agência
II - o veículo transportar cargas perigosas sem o devido Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Estado do
acondicionamento e autorização do Poder Concedente ou dos Ceará - ARCE.
órgãos ou entidades competentes; § 3º Não efetuado o pagamento da multa aplicada, no prazo
III - o motorista apresentar sinais de embriaguez; devido, nem interposto recurso em tempo hábil, a mesma será
IV - o equipamento registrador de velocidade e tempo inscrita na dívida ativa, para ser cobrada por via judicial, sem
estiver adulterado ou sem funcionamento; prejuízo da aplicação de outras penalidades cabíveis.
V - o veículo não estiver cadastrado junto ao Poder
Concedente. CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
§1º Em se tratando das hipóteses previstas nos incisos I, II
e III, deste artigo, a retenção será feita de imediato, sendo o Art. 77. Na concessão do Serviço Regular de Transporte
veículo retido no local onde for constatada a irregularidade, Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, Interurbano ou
devendo a transportadora providenciar a substituição por Metropolitano, o edital da licitação especificará, durante o
veículo padrão em condições adequadas de operação. respectivo prazo, dados estimados de receita operacional,
ficando a participação de cada concessionária limitada ao

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APOSTILAS OPÇÃO

percentual máximo correspondente a 40% (quarenta por PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em
cento) da referida receita em cada sistema. (Redação dada pela Fortaleza, aos 12 de janeiro de 2001.
Lei nº 14.288, de 06.01.09)
§ 1º É vedada, na concessão do Serviço Regular Questões
Interurbano de Transporte Rodoviário Intermunicipal de
Passageiros, a participação da mesma concessionária em mais 01. Consoante o que disciplina a Lei nº 13.094/2001,
de 3 (três) áreas de operação, mesmo que o percentual de julgue o item a seguir:
receita não ultrapasse o percentual máximo previsto no caput Compete ao Estado do Ceará explorar, organizar, dirigir,
deste artigo. coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de
§ 2º O limite estipulado no caput deste artigo será serviços públicos relativos ao Sistema de Transporte
observado durante todo o período da concessão, ressalvada, Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e aos Terminais
apenas, a hipótese de crescimento da receita decorrente do Rodoviários de passageiros, conforme o disposto no art. 303
incremento de demanda na área contratada. da Constituição Estadual.
(...) Certo
Art. 78. As transportadoras atuantes nos Serviços de (...) Errado
Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do
Estado do Ceará são obrigadas a contratar, para seus veículos 02. Nos termos da Lei nº 13.094/2001, analise o item
cadastrados junto ao Poder Concedente, seguro de subsequente:
responsabilidade civil por acidente de que resulte morte ou A permissão será outorgada pelo prazo máximo de 10
danos pessoais ou materiais, em favor da tripulação do veículo, (dez) anos, podendo ser prorrogada, por uma única vez, por
dos passageiros, de pedestres e de terceiros, nos valores até igual período, a critério exclusivo do poder concedente,
mínimos fixados em regulamento desta Lei. desde que haja interesse público e anuência da concessionária
Parágrafo único. As atuais permissionárias que tenham na prorrogação do contrato e na continuidade da prestação do
seguro de acidente pessoal terão o prazo máximo de 6(seis) serviço.
meses, a contar da publicação desta Lei, para cumprir o (...) Certo
disposto no caput deste artigo. (...) Errado

Art. 79. Será mantido pelo Poder Concedente um cadastro 03. Sem prejuízo de direitos previstos em outras normas
atualizado de cada transportadora, devendo qualquer legais, regulamentares e pactuadas pertinentes, são direitos
alteração de seus contratos, estatutos sociais ou registro de dos usuários:
firma individual ser prontamente comunicado, sob pena de (A) ser transportado em condições de segurança, higiene e
caducidade da concessão ou cancelamento da permissão ou conforto, do início ao término da viagem;
autorização. (B) ter assegurado seu lugar no veículo, nas condições
fixadas no bilhete de passagem;
Art. 80. O desempenho operacional das transportadoras (C) receber informações sobre as características dos
será quantificado e qualificado através do Índice de serviços, tais como, tempo de viagem, localidades atendidas e
Desempenho Operacional – IDO, que visa o acompanhamento outras de seu interesse;
de forma direta e continuada das condições de prestação do (D) ter sua bagagem transportada no bagageiro e porta-
serviço. volume, de acordo com seu critério, mesmo que contrário as
§ 1º O Índice de Desempenho Operacional calculado pelo normas pertinentes;
Poder Concedente terá sua metodologia, critérios de (E) receber os comprovantes dos volumes transportados
pontuação e avaliação estabelecidos no Decreto que no bagageiro.
regulamentar esta Lei.
§ 2º Será decretada pelo Poder Concedente a caducidade 04. Analise a afirmativa a seguir, considerando o que
da concessão ou a revogação da permissão daquelas dispõe a Lei nº 13.094/2001, sobre os veículos:
concessionárias e permissionárias que não atingirem os Deverá o Poder Concedente realizar constante ação
índices mínimos de aprovação no período considerado. fiscalizadora sobre as condições dos veículos, podendo, em
qualquer tempo e independentemente da vistoria ordinária
Art. 81. A transferência de concessão ou permissão, ou do prevista na legislação de trânsito, realizar inspeções e vistorias
controle societário da concessionária, ou alteração da nos veículos, determinando, se observada qualquer
composição societária ou equivalente da permissionária, sem irregularidade quanto às condições de funcionamento,
prévia anuência do poder concedente, implicará a caducidade higiene, conforto e segurança, sua retirada de operação, até
da concessão e cancelamento da permissão. (Redação dada que sanadas as deficiências.
pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) (...) Certo
Parágrafo único. Para fins de obtenção da anuência de (...) Errado
que trata o caput deste artigo o pretendente deverá;
I- atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade 05. Nos termos da Lei nº 13.094/2001, julgue o item
financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à abaixo:
assunção do serviço, inclusive no que se refere ao limite É vedada a prestação de Serviço Regular de Transporte
máximo de participação no Serviço Regular de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sem a emissão do
Rodoviário Intermunicipal de Passageiros; e, (Redação dada respectivo bilhete de passagem a cada usuário, inclusive nos
pela Lei nº 14.288, de 06.01.09) serviços metropolitanos.
II - comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do (...) Certo
contrato em vigor. (...) Errado

Art. 82. O Poder Executivo no prazo de 30 (trinta) dias Respostas


regulamentará esta Lei através de Decreto.
01. Certo/ 02. Errado/ 03. D/ 04. Certo/ 05. Errado/
Art. 83. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

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