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FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO

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Sumário
Apresentação .............................................................................................................. 3
1) Comunicação .......................................................................................................... 4
1.1 A Comunicação e o mercado de trabalho ........................................................................ 4
1.2 Princípios Normativos da Comunicação Oral e Escrita – Elementos da Comunicação .... 6
1.2.1 Elementos da Comunicação ......................................................................................... 6
1.3 Feedback e sua importância ............................................................................................ 9
1.4 Comunicação Eficaz ...................................................................................................... 11
2) Técnicas de argumentação e Oratória .................................................................. 13
3) Técnicas de Produção Textual .............................................................................. 19
3.1 Tipos de texto ................................................................................................................ 20
3.2 Gêneros Textuais ...................................................................................................... 27
3.3 Vícios de Linguagem ................................................................................................. 28
3.4 Erros na concordância verbal e nominal.................................................................... 33
4) Interpretação de Textos ........................................................................................ 35
4.1 Texto Informativo ........................................................................................................... 37
4.1.1 Características do texto informativo ............................................................................ 37
4.1.2 Estrutura do texto informativo ..................................................................................... 37
4.2 Texto Técnico ................................................................................................................ 39
5) Documentos Oficiais ............................................................................................. 40
6) Internet .................................................................................................................. 50
6.1 Navegadores ................................................................................................................. 52
6.2 Direitos Autorais............................................................................................................. 53
Referências ............................................................................................................... 55

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Apresentação
disciplina “Fundamentos da Comunicação e Informação” tem por
A finalidade proporcionar ao aluno a compreensão dos princípios básicos
da Língua Portuguesa e sua importância na comunicação oral e escrita, para que,
assim, possa identificar ideias e informações contidas em textos informativos e
técnicos, utilizando recursos da informática básica para a estruturação e
apresentação de informações. Desse modo, busca desenvolver a capacidade do
aluno em comunicar-se, permitindo reforçar uma das competências mais importantes
do mundo corporativo atual, que é a comunicação. Para tanto, trabalharemos
ferramentas da linguagem escrita muito utilizadas na rotina das empresas e o
desenvolvimento da nossa capacidade de comunicação oral, aprimorando aspectos
que são normalmente cobrados dos profissionais no desenvolvimento de suas
atividades. Certamente ao longo dos estudos dessa disciplina vocês terão acessos
à diversas ferramentas que utilizarão na prática em sua carreira profissional.

A concepção desta disciplina está voltada para a construção de uma


perspectiva que abrange a construção de um profissional mais preparado e capaz
de interagir de forma eficiente com o meio em que convive. Desenvolveremos o
plano proposto de forma prática, trazendo para o nosso cotidiano o que for visto na
teoria, a fim de tornarmos a busca pelo conhecimento mais dinâmica e interessante.

Em suma, os temas não se esgotam por si, crescem na razão direta da


capacidade de cada indivíduo estabelecer as correlações entre os próprios temas e
suas vidas, sobretudo entendendo que todas essas informações lhe serão muito
úteis em um promissor futuro que está logo ali. Bons estudos!

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1) Comunicação

A ntes de iniciar seus estudos, é necessário que tenha a compreensão de


que a língua (falada ou escrita) é um instrumento de comunicação. E é este
código escrito ou falado que proporciona o entendimento da mensagem que se
pretende informar.

De imediato, podemos classificar a comunicação conforme propõem os dicionários,


de acordo com o Michaelis pode-se definir como:

1. Ato ou efeito de comunicar(-se).

2. Ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens


entre o transmissor e o receptor, através da linguagem oral,
escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados de
signos e símbolos.

3. Transmissão de uma mensagem a outrem.

Mas tal classificação, além de insuficiente para descrever o termo, acaba


simplificando um dos fenômenos mais importante para a socialização e
desenvolvimento das relações humanas. O processo de comunicação
representa um dos fenômenos mais importantes e complexos da espécie
humana. Compreendê-lo, implica voltar no tempo, buscar as origens da fala, o
desenvolvimento as linguagens e verificar como e por que ele se modificou ao
longo da história. A linguagem, a cultura e a tecnologia são elementos
indissociáveis do processo de comunicação e a influenciam significativamente.

1.1 A Comunicação e o mercado de trabalho

Não importa qual o ramo ou segmento de uma empresa, uma boa comunicação no
ambiente de trabalho é necessária para uma organização se manter e prosperar no
mercado competitivo atual.

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Segundo uma pesquisa realizada pelo Project Management Institute Brasil (PMI),
76% de 300 grandes empresas, definem a comunicação no ambiente de trabalho
como o principal motivo de fracasso de diversas atividades propostas. Desse modo,
a comunicação é responsável por transmitir mensagens claras, com o objetivo de
aprimorar a rotina de trabalho, sendo uma ferramenta crucial em todas as suas faces.

Há décadas quem possuía grandes extensões de terra eram os detentores do poder,


e esse princípio vigorou por muito tempo, mas hoje diferentemente, quem possui o
poder hoje são aqueles que dominam a comunicação. As empresas mais poderosas
do mundo são veículos de comunicação, sejam de TV, jornal ou internet. Mas mesmo
para nós alunos ou profissionais a comunicação eficaz se torna indispensável.

Em um processo seletivo, um critério claro de escolha são aqueles candidatos que


se expressam melhor, e assim conseguem convencer o recrutador de suas
potencialidades. Na empresa as promoções, e o destaque quase sempre se
direcionam para aqueles que falam melhor, escrevem melhor, entendem as
orientações e se fazem entender, enfim aquele que se comunica melhor.

Nos dias de hoje para garantirem seu sucesso, as organizações dependem de um


sistema de comunicação eficaz tanto interna, quanto externamente. A comunicação
imprecisa, confusa e insuficiente tem gerado a ruína de muitas empresas. Por isso
as organizações precisam trabalhar os dados e as informações por elas geradas com
excelência. Para que isto ocorra de uma maneira colaborativa, grande parte destas
informações e da comunicação deve ser precisa, fluir corretamente e muitas vezes
ser documentada.

Portanto, é necessário que os profissionais


conheçam as formas de comunicação, sejam elas
escritas ou faladas, seja através de
correspondências, documentos e formulários
padrão de uma empresa e saibam onde localizá-
las com rapidez, sempre que delas precisarem.

É um fato que uma boa comunicação é fundamental tanto para o sucesso de


nossas vidas pessoais quanto profissionais.

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1.2 Princípios Normativos da Comunicação Oral e Escrita –
Elementos da Comunicação
Todos os conceitos mais relevantes que compreendem nossa sociedade, passam
de uma forma ou de outra, pela comunicação. Inclusive o próprio conceito de
sociedade. Foi por causa da necessidade de mostrar ao próximo suas ideias que a
palavra foi criada. A comunicação hoje é melhor entendida, sabemos que toda
comunicação para acontecer e se concretizar de forma eficiente deve fazer uso de 6
elementos.

Elementos da comunicação dizem respeito a cada aspecto presente no fluxo


comunicativo, desde o momento em que a mensagem é emitida, até quando é
recebida e compreendida. É importante salientar que esses elementos estão
presentes em qualquer tipo de comunicação e podem sofrer alterações para
adequarem-se ao contexto em questão.

1.2.1 Elementos da Comunicação


Todos nós realizamos atos comunicativos do momento em que acordamos até a
hora de voltarmos a dormir, e, para isso, podemos utilizar a linguagem verbal escrita,
falada, bem como a linguagem não verbal. Para cada momento em que utilizamos
essa ferramenta chamada linguagem, de forma consciente ou intuitiva, verificamos
um esquema mínimo, uma estrutura que nos permite criar e compreender
mensagens, conforme demonstrado a seguir.

Figura 1: Elementos da comunicação

Fonte: http://escolaeducacao.com.br acesso em 18/01/2021.

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Na língua dois atores são fundamentais para essa interlocução, confira!

EMISSOR OU DESTINADOR: É aquele que pronuncia ou envia uma mensagem.


Aquele que emite a mensagem. Pode ser um indivíduo ou um grupo.
RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: É aquele que recebe a mensagem enviada pelo
emissor. Pode ser a pessoa que lê, ou ouve a mensagem.
No caso de uma correspondência, quando você escreve uma carta, o nome de quem
irá recebê-la é identificado como receptor (destinatário), e quem a escreve, neste
caso, é identificado como emissor (remetente).
Além desses atores principais existem outros elementos que fazem parte dessa
cena, acompanhe a seguir.
MENSAGEM: É o conteúdo transmitido, o objeto da comunicação, ou seja, aquilo
que se quer comunicar. Em um e-mail, por exemplo, a mensagem é o texto escrito.
CANAL DE COMUNICAÇÃO: É o meio físico pelo qual a mensagem é transmitida,
seja por jornal, televisão, rádio, internet, outdoor, fax, cartaz, entre outros.
CÓDIGO: É a forma como a mensagem foi enviada, seja escrita falada ou por gestos.
Trata-se de um conjunto de sinais estruturados a partir do qual se pode efetivar a
comunicação. Exemplos: Língua Portuguesa, Língua Francesa, Língua Inglesa, o
Código Nacional de Trânsito, Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) etc.
REFERENTE OU CONTEXTO: O objeto ou a situação a que a mensagem se refere.
É o assunto da mensagem. É um item muito importante, determina o sucesso ou
fracasso da comunicação, pois irá aludir à situação às quais a mensagem se refere.

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Figura 2: Elementos da Comunicação
Fonte: Português Digital

Exemplo de Referente

Suponhamos que um professor de biologia emita a seguinte mensagem


verbal durante a aula: “Pedro, venha até aqui e escreva o nome desta
parte do DNA.”

Dependemos do contexto para entender essa mensagem. O professor faz


referência a um referente espacial (aqui), usa o tempo presente (venha e
escreva) e se refere a um elemento que faz parte da situação (desta).
Dentro do contexto, o aluno Pedro sabe que o professor o está chamando
neste exato momento para ir à frente da sala escrever o nome de uma
parte da molécula de DNA representada na lousa.

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1.3 Feedback e sua importância

F eedback é uma parte integrante da comunicação, que passa a ser


amplamente conhecida dentro da maior parte das organizações. Significa
dar retorno sobre um comportamento ou postura profissional ou pessoal. Essa
ferramenta é utilizada dentro das empresas para auxiliar o desenvolvimento
profissional de cada colaborador. Nas empresas é mais comum que os superiores
hierárquicos deem um feedback a seus colaboradores, porém os funcionários poderão
dar um retorno a seus superiores, desde que o feedback utilizado por toda a empresa
seja a chamada AVALIAÇÃO 360º. Que é uma forma estruturada, concedida por
algumas empresas atualmente, em que a avaliação se faz em todos os níveis
hierárquicos, por chefes e subordinados.

Importância no ambiente organizacional

O feedback é uma ferramenta que não faz parte apenas das funções gerenciais
podendo ser solicitado a qualquer momento tanto pelo líder quanto pelo subordinado.
Cabe a cada um de nós promover o nosso autodesenvolvimento, identificando o bom
desempenho e pontos de melhorias. Pode-se descrever quando nos sentimos
satisfeitos, expondo as áreas que a empresa falhou em não dispensar atenção
necessária para realização de uma tarefa com êxito. Assim, podemos conhecer
nossos pontos fortes, nossos pontos fracos e os pontos que são importantes para a
empresa para nos mantermos focados nos objetivos da organização.

A aplicação

O feedback é fundamental e grande responsável pelo desenvolvimento pessoal e,


consequentemente, para a melhoria do relacionamento entre os colaboradores a fim
de atingir metas e resultados nos processos organizacionais. E quando falamos de
comportamento estamos falando de pessoas em que cada um tem o seu jeito de ser,
fazer e reagir diante de cada situação. Por isso, é necessário aprender e entender a
importância em separar a pessoa do profissional. As empresas devem preparar
seus colaboradores para darem e receberem feedbacks, de uma maneira
adequada, sempre direcionada a uma análise do profissional e não da pessoa
em si. Essa preparação é fundamental para que não exista possíveis mágoas e
ressentimentos, tão pouco protecionismos nesse processo. A intenção de dar um

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feedback não deve ser de inibir um comportamento ou ameaçar e sim direcionar,
colocar quais são as expectativas e buscar uma solução para o problema, sempre
reforçando um comportamento positivo ou uma atitude correta que é de extrema
importância para a autoestima e autoconfiança do colaborador.
O feedback fornecido pelos seus colaboradores ou superiores para o gestor é de
extrema importância para seu próprio desenvolvimento profissional e sucesso da
organização, pois faz parte da sua função e responsabilidade promover o
desenvolvimento de pessoas dentro da organização. Para tanto, há formatos mais
adequados para que o feedback, de fato, seja uma ferramenta em prol do
desenvolvimento.

Tipos de Feedback

Positivo: Deve reforçar o que a pessoa é o que fez de melhor. O comportamento


pode e deve ser repetido; quando não reforçamos comportamentos esperados, é
possível que eles não mais se repitam.
Corretivo: Deve ser aplicado quando o comportamento de quem está sendo avaliado
precisa mudar. Pontuando os comportamentos equivocados, mostrando uma direção
esperada e criando um plano de ação e um tempo para sua execução.
Ofensivo: Um feedback ofensivo, é na verdade uma forma incorreta de utilizar a
ferramenta por quem não tem preparo para executá-la. Acaba fazendo uso de
agressividade, e não mostra um caminho esperado, nem mesmo permite uma
oportunidade de melhora a quem é avaliado, é quase sempre uma crítica ofensiva e
vazia, que só leva a mágoa e inimizade, devendo ser sempre evitado.
Corretivo: É usado para corrigir um comportamento considerado inadequado ou
prejudicial. Dar esse tipo de feedback pode ser um desafio, uma vez que a maioria
das pessoas acaba confundindo o viés “corretivo” com “punitivo”, levando para o
pessoal e tomando como uma ofensa. Sem o treino necessário, não é possível dar
um feedback corretivo de forma eficaz, por isso é importante ter cautela ao fazê-lo.
Um modelo aceito por pesquisadores das relações interpessoais é o “feedback
sanduíche”, uma técnica simples e eficaz que ajuda no aprendizado de como fazer
uma crítica construtiva. Tem a seguinte fórmula:

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• Aspecto positivo – Inicie elogiando algo que a pessoa tenha feito ou costume
fazer de bom, sempre focado no comportamento que deve ser melhorado,
então essa parte inicial deve estar relacionada ao comportamento alvo;
• Feedback construtivo/corretivo – Em seguida, chega o momento de sugerir
melhorias, indicar o comportamento que precisa ser mudado, mudanças que
podem ajudar a pessoa a se tornar ainda melhor;
• Aspecto positivo – Finalize valorizando outras características positivas, para
que ela vá embora se sentindo motivada a se lembrar de tudo o que foi falado
e buscar aplicar as sugestões de melhoria.

Figura 3: Feedback Sanduíche


Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/ Acesso em 04/02/2021.

1.4 Comunicação Eficaz


Uma das coisas mais importantes e buscadas dentro das organizações empresariais
é uma comunicação eficaz. Diferente do que muitos acreditam, a comunicação não
está ligada apenas ao fato de saber dizer algo a outras pessoas. Ela consiste em fazer
com que o outro lado – no caso, o receptor – entenda aquilo que é dito, sem que haja
qualquer tipo de má interpretação.

É dever de quem está se comunicando assegurar que sua mensagem será


compreendida de forma clara e objetiva.

Mas, porque isso é tão importante para as organizações? Quais os


prejuízos que uma comunicação pouco eficiente pode causar para as
empresas? Para saber mais sobre esta e outras questões, convido
você a me acompanhar neste estudo.

O que é comunicação eficaz?

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Uma comunicação eficaz no cenário organizacional pode ser entendida como aquela
que transforma a atitude das pessoas. Se a comunicação apenas muda suas ideias,
mas não provoca nenhuma mudança de comportamentos, então ela não atingiu seu
resultado.
Assim, quando falamos em comunicação eficaz, estamos falando daquela que atinge
com efetividade seu objetivo, que é transmitir uma mensagem com clareza, utilizando
os mais diversos tipos de canais de comunicação para isso. Ou seja, basicamente é
quando o emissor passa uma informação ao seu receptor e este entende a mensagem
exatamente como ela foi transmitida, sem acrescentar nada a mais ou a menos à sua
interpretação.
E por falar em mundo corporativo, é necessário lembrar que a boa comunicação neste
ambiente é bastante dinâmica. Ela não é realizada apenas por meio de conversas,
formais e informais, telefonemas e reuniões. Ela está presente desde a pausa do café
até a emissão de documentos importantes. Além disso, há também a utilização de
ferramentas de comunicação escrita – como e-mail, memorandos e circulares, por
exemplo – que fazem parte do dia a dia de qualquer organização atualmente.
Por isso, saber escrever de forma clara e objetiva, assim como se comunicar de forma
geral, utilizando todos os meios, é fundamental para o desenvolvimento das
demandas. Neste sentido, investir em uma comunicação eficaz não é somente investir
em comunicações verbais, uma vez que esta envolve também as comunicações não
verbais.

Lembre-se sempre que um bom profissional deve saber planejar e


esquematizar suas ideias para transmiti-las de forma eficiente e
serem entendidas com assertividade por aqueles que receberem
estas mensagens.

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2) Técnicas de argumentação e Oratória

A comunicação oral ocorre de forma espontânea, através dos recursos


da fala. Apesar de ser a de uso mais simples, pode levar a um grande
número de erros se não executada com cuidado, pois fatores extralinguísticos como
timbre de voz, velocidade, tom de voz dentre outros, são fundamentais para a
compreensão da comunicação. O domínio desses fatores levará a uma maior
capacidade de comunicação do emissor.

Damos o nome de Oratória a arte e ciência de


se expressar em público. Trata-se de um
conjunto de regras e técnicas que permitem
apurar as qualidades pessoais de quem se
destina a falar em público, ou seja, arte porque
tem um componente subjetivo (carisma) e
ciência porque possui os componentes objetivos
(técnicas).

A oratória corresponde a capacidade de convencer por meio das palavras,


posturas e gestos adequados. Enquanto as palavras esclarecem o assunto que é
exposto, a linguagem corporal e aspectos como ritmo e tom de voz dão vida à ideia
que se deseja transmitir.

Diante disto, é possível afirmar que a oratória é objeto de aprendizagem constante,


uma vez que ela é composta de técnicas e habilidades que serão desenvolvidas e
aplicadas por meio da própria prática diária. Dessa forma, o sucesso de cada um
dependerá da sua dedicação e do seu planejamento psicológico e técnico.

O planejamento psicológico é essencial para se verificar e controlar basicamente os


medos, fazendo a mente trabalhar a nosso favor. Associando a mente a um barco,
devemos fazê-lo deslizar no lago ligando as turbinas e direcionando corretamente o
leme para que ele possa chegar aonde desejamos.

Por outro lado, para o planejamento técnico, cabem informações que compõem o
alicerce das técnicas de oratória e que contribuem de forma impactante para o
processo de comunicação eficaz. Tais técnicas correspondem a: presença do sujeito,
ritmo, dicção, postura, respiração e voz.

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Benefícios de uma boa oratória

• Falar bem em público ajuda a projetar uma boa imagem, o que favorece em
muito no seu marketing pessoal.

• Permite segurança de se expor, dar opiniões e participar efetivamente de uma


reunião, de uma aula ou evento.

• Falar bem em público lhe permite aproveitar as oportunidades, que podem


trazer benefícios futuros.

• Uma boa oratória reforça a sua autoestima.

Principais Falhas na comunicação em uma apresentação

• Falta de ordenação lógica do raciocínio;

• Descontrole de falar em público;

• Medo de falar em público;

Segundo Reinaldo Polito em seu livro “29 minutos para falar bem em
público” o medo em uma apresentação tem 3 origens principais, são elas:

• Medo de esquecer algo importante ou dar uma informação errada;

• Medo de ser criticado negativamente;

• Medo de que as pessoas riam, zombem ou debochem de você ou de sua


apresentação.

Como enfrentar o medo de falar em público:

• Como os primeiros momentos da apresentação são os mais difíceis, saiba o


que dizer no início.

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• Leve um roteiro escrito como
apoio. Mesmo que não sejam
utilizadas, as anotações deixarão você
mais seguro.

• Para que o tremor das mãos


não seja percebido pelos ouvintes, imprima seu discurso em uma folha mais
encorpada.

• Converse com os colegas de trabalho ou amigos sobre o que pretende


apresentar. Peça a opinião deles.

• Prepare-se durante o máximo de tempo possível. Essa preparação lhe dará


mais segurança.

Especialistas em comunicação como Marcello Pepe e Reinaldo Polito,


destacam os 5 principais elementos de uma apresentação.

• Apresentador: (Ser natural, carismático, ter emoção na fala, passar


credibilidade).

• Voz: (Intensidade, velocidade alternada, trabalhe a Dicção, evite a repetição


excessiva de termos como “tá” e “né”).

• Vocabulário: (Deve ser adequado ao público, gramática correta).

• Expressão Corporal: (Postura, gestos que acompanhem a mensagem,


enquadramento das mãos, expressão facial, olhar na plateia, tanto para os
ouvintes amistosos quanto para os resistentes).

• Retórica: (Estrutura do discurso, início, meio e fim; dar um desfecho, instigar


uma reflexão, dar uma certeza, peça alguma ação, elogie com sinceridade os
ouvintes ou provoque arrebatamento).

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Orientações para uma boa apresentação

possível desenvolver, aperfeiçoar e valorizar a comunicação oral


É estudando e aplicando técnicas e exercícios de dicção, voz e oratória,
lendo muito, fortalecendo a autoestima, aprimorando a capacidade de
comunicar-se em público com desembaraço, eficiência e naturalidade,
eliminando bloqueios e inibições. Abaixo destacaremos algumas dessas
técnicas:

• Domine o assunto sobre o qual irá falar;


• Planeje sua apresentação de acordo com o perfil do público que irá lhe ouvir;
• Pratique muito o que vai falar;
• Seja natural e bem humorado;
• Faça contato com os ouvintes antes de falar;
• Faça gestos que correspondam ao ritmo e a cadência da fala (Evite o excesso
e a falta desses gestos);
• Colecione histórias interessantes durante a sua apresentação, elas ajudam no
entendimento dos ouvintes, mas cuidado com o excesso delas.
• Olhe para todos os lados da plateia com moderação;
• Alterne o volume da voz e a velocidade da fala, para tornar sua comunicação
mais agradável;
• Tome cuidado com a postura;
• Memorize a introdução e a conclusão da palestra;
• Faça um bom encerramento
• Agradeça ao público pela atenção e a instituição
pela oportunidade.

Recursos corporais: o que não fazer

• Não cruzar os braços, pernas estando em pé.


• Não colocar as mãos no bolso.
• Não entrelaçar ou estalar os dedos ou ficar mexendo com anéis, brincos ou
similares.
• Não fique estático em um só lugar a apresentação toda.
• Não tocar o nariz, pescoço, orelha, cabelo, várias vezes.
• Não se coçar.

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• Não dar as costas para a audiência enquanto fala.
• Não escrever uma cola na mão.

A força da linguagem nas relações interpessoais

A comunicação é tão importante que se realizada de forma


inadequada ou insuficiente pode gerar graves problemas no
relacionamento interpessoal entre seus participantes, pois a
maneira como nós nos comunicamos oralmente ou através da
escrita, cria uma percepção positiva ou negativa das pessoas sobre nós.
A amizade, o companheirismo, a cooperação são criados pela empatia entre as
partes, que é favorecida por uma comunicação eficiente e que possua
correspondência.
Outro reflexo da comunicação nas relações pessoais é o afastamento e falta de
sinergia entre os indivíduos, pois quando eles começam a não entender ou
concordar plenamente a mensagem que o outro projeta, cria-se uma barreira entre
emissor e receptor.
Essas barreiras podem ser definidas como sendo obstruções ao processo
comunicativo, muitas vezes desencadeadas por valores, interferências físicas ou
limitações decorrentes dos símbolos utilizados na comunicação.
As barreiras que impedem ou distorcem a comunicação podem ser classificadas
como bloqueio, filtragem ou ruído.

• Bloqueio: ocorre quando a mensagem não é captada e a comunicação é


interrompida.
• Filtragem: acontece quando a mensagem é recebida apenas em parte.
• Ruído: ocorre quando a mensagem é destorcida ou mal interpretada.

Existem ainda outros fatores que afetam a comunicação além dos descritos
acima. As consideradas barreiras à comunicação criadas por parte do emissor,
do receptor ou de ambos correspondem aos outros aspectos que podem
comprometer a transmissão da mensagem.

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A) Barreiras por parte do emissor
➢ Dificuldade para se expressar;
➢ Medo de expressar suas opiniões;
➢ Hora imprópria;
➢ Suposições e preconceitos em relação ao diálogo;
➢ Excesso de mensagens;
➢ Linguagem imprópria.

B) Barreiras por parte do receptor


➢ Desinteresse;
➢ Experiências anteriores;
➢ Preconceito;
➢ Distração;
➢ Reação apressada às mensagens recebidas.

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3) Técnicas de Produção Textual

A lém da comunicação oral a comunicação verbal por meio da escrita também


é importante. A linguagem escrita é muito utilizada nas atividades
profissionais. Os textos escritos precisam apresentar uma linguagem adequada e
devem ser eficientes ao transmitir a mensagem.

O processo é bastante simples e cada parágrafo expressa uma ideia. O parágrafo


deverá ser estruturado de forma a levar o leitor a compreender o sentido do texto, ou
seja, o que se pretende transmitir. Por isso não pode haver ideias com sentido duplo
ou contraditórias, também não pode conter frases incompletas ou sem sentido. É
necessário que as frases tenham ligação umas com as outras criando sentido ao texto.
No entanto, existem textos que é permitido o uso de ambiguidades, como é o caso
dos textos literários. Os textos podem ter tamanhos variados, não existe uma regra
única, o que existe são tipos textuais diferentes com características próprias e que
devem transmitir a ideia pretendida pelo emissor.

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Produção de Textos - Como Começar?
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

A produção de textos é o ato de expor por meio de palavras as ideias sobre


determinado assunto.

Saber como escrever um texto pode ser um pré-requisito para conseguir um


emprego ou uma vaga em faculdade ou concurso. Isso porque pessoas que
escrevem bons textos conseguem se expressar melhor.

Vale lembrar que o hábito da leitura é essencial para se produzir um bom


texto. Enquanto estamos lendo vamos ampliamos nosso vocabulário e,
consequentemente, nosso universo interpretativo.

Ou seja, com o ato da leitura estamos aumentando nossa capacidade de entender


melhor tudo que nos rodeia.

Na sequência aprenda sobre alguns tipos de texto.

3.1 Tipos de texto


O texto pode ser entendido como um conjunto de palavras que formam um
sentido relacionado a um contexto. Os textos podem ser divididos em dois
grandes grupos: literários e não literários.
Os textos literários são aqueles que possuem função estética. Este tipo de texto é
destinado à arte, à ficção, ao entretenimento. Já os textos não literários são os textos
que, dentre outras características, informam, convencem, explicam, ordenam.

Mas, por que é necessário fazer essa diferenciação?

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ara estudar os possíveis tipos de textos que existem, e porque é importante
P entender como é possível usá-los para tornar a comunicação mais eficaz.

Os tipos textuais se referem a estrutura do texto, e aparecem em número limitado.


Alguns dos principais tipos textuais são:

• Narração
• Dissertação
• Descrição
• Injunção

3.1.1 Narração

Quer contar histórias? O melhor formato de texto para isso é o narrativo que possui
uma estrutura característica muito fácil de ser identificada em livros, nos textos de
novela, entre outros.
Um texto narrativo caracteriza-se pelo relato acerca de um determinado
acontecimento, num determinado tempo e espaço, contando com a participação de
alguns elementos primordiais, como, narrador, personagens, espaço, dentre outros.
Exemplo: crônicas, fábulas, novelas, romances, etc.

Exemplo: “Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas
e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita [...] Depois, como se
voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando
as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, em seguida sapateava,
miúdo e cerrado freneticamente” [...]

Aluísio Azevedo. O cortiço

Narração:
• Relato de fatos;
• Presença de personagens, espaço, foco narrativo e enredo (conflito);
• É mesclada de descrições;
• Deve surpreender e cativar o leitor.

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Figura 4: Narração em Nuvem de Palavras
Fonte: Narratologia Archives

DIVISÃO DOS PERSONAGENS


Protagonista, personagem principal ou herói: desempenha um papel central, a sua
atuação é fundamental para o desenvolvimento da ação.

Personagem secundária: Assume um papel de menor relevância que o protagonista,


sendo ainda importante para o desenrolar da ação.

Antagonista: É o personagem que representa a oposição contra a qual


o protagonista tem de lutar. Em outras palavras, é uma pessoa, ou um grupo de
pessoas que se opõem ao personagem principal, ou aos personagens principais.

Figurante: tem um papel irrelevante no desenrolar da ação, cabendo-lhe, no entanto,


o papel de ilustrar um ambiente ou um espaço social de que é representante.

ESPAÇO
Espaço ou Ambiente físico: é o espaço real, que serve de cenário à ação, onde as
personagens se movem.

Espaço ou Ambiente psicológico: espaço interior da personagem, abarcando as


suas vivências, os seus pensamentos e sentimentos.

FOCO NARRATIVO

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É o elemento estrutural da narrativa que compreende a perspectiva através da qual
se conta uma história. É, basicamente, a posição a qual o narrador, enquanto instância
narrativa ou voz que articula a narração, conta a história. Os pontos de vista mais
conhecidos são dois: narrador observador e narrador personagem.

Narrador-Observador: é aquele que conta a história através de uma perspectiva de


fora da história, isto é, ele não se confunde com nenhum dos personagens. Este foco
narrativo se dá, predominantemente, em terceira pessoa

Narrador-Personagem: é aquele que conta a história através de uma perspectiva de


dentro da história, isto é, ele, de alguma forma participa do enredo, sendo um dos
personagens da história, usando a Primeira Pessoa (eu ou nós) para se contar
história.

3.1.2 Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou
explicar um assunto, discorrer sobre ele. Este
tipo defende uma ideia, sendo um texto
argumentativo e opinativo. Exemplos: artigos,
ENEM
resenhas, ensaios, monografias, etc. Pode ser
dividido em: Dissertação Expositiva e
Dissertação Argumentativa.

DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA
O texto dissertativo expositivo não está preocupado com a persuasão e sim, com a
transmissão de conhecimento, sendo, a princípio um texto informativo. Por fim é um
tipo de texto em que se expõem as ideias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com
que o leitor os considere coerentes e não o fazer concordar com eles.

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu
comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

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Esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é
convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso
se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados,
estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc.

Características de uma dissertação


• Defesa de um argumento;
• Apresentação de uma tese que será defendida;
• Desenvolvimento ou argumentação;
• Predomínio da linguagem objetiva.

Estrutura de uma Dissertação


Introdução: No primeiro parágrafo você deverá expor o problema e o caminho a ser
seguido no texto para expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.

Desenvolvimento: Aqui se encontram os argumentos, opiniões, estatísticas, fatos e


exemplos. Ao apresentá-los você deve sempre se direcionar para um lado da questão,
um ângulo de visão, uma opinião específica.
Conclusão: Aqui você deixa claro o objetivo da sua dissertação, expõe o ponto de
vista defendido ou a conclusão da sua exposição de forma que se arremate todos os
argumentos utilizados durante a construção do texto.

Orientações
• Cuidado para não se contradizer, ou seja, ao apresentar seu contra-argumento
você deve estar preparado para convencer o leitor, e deve estar munido de
informações convincentes para que possa fazê-lo.
• Sempre defenda um ponto de vista, pois seu objetivo é esclarecer e não
confundir ainda mais as opiniões do leitor a respeito daquele assunto.
• No caso de temas muito polêmicos, o melhor fundamentar seus argumentos
em fatos, estatísticas e opiniões em massa.

3.1.3 Descrição
O texto descritivo pauta-se pelo registro das características pertinentes a um objeto,
animal, acontecimento, lugar, pessoa, um fato, e muitos outros. Assim, descreve

24
objetos, pessoas, animais, lugares ou acontecimentos. Exemplos: diários, relatos,
biografias, currículos, etc.

Características de uma Descrição


• Relato de pessoas, ambientes, objetos;
• Resulta em uma imagem física ou psicológica;
• Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem.

Exemplo de Descrição
“A árvore é grande, com tronco grosso e galhos longos. É cheia de cores, pois tem o
marrom, o verde, o vermelho das flores e até um ninho de passarinhos”.

Agora que você já conheceu as características da descrição, que tal praticar?

Voce conseguiria criar um texto com 2 ou 3 linhas descrevendo seu amigo?


Teste e verifique se, pelas características descritas por você, outras pessoas conseguem
descobrir quem você descreveu.

Descrição Técnica
A descrição técnica é utilizada para descrição de instrumentos, aparelhos,
equipamentos, ferramentas; ou para descrição de processos: fases de uma
pesquisa, processos de fabricação e funcionamento de mecanismos, por exemplo.
A descrição técnica precisa ser objetiva, deve ter frases claras e o vocabulário deve
ser preciso.

Micrômetro
Observe o trecho de uma descrição técnica de um equipamento de medição (micrômetro):

Um instrumento muito comum nas instalações industriais é o micrômetro. O


micrômetro é um instrumento utilizado para a medição externa ou interna com
elevada precisão, da ordem de micrômetros, que são a milionésima parte do metro.
Existem vários modelos que permitem medições de diâmetros internos,
profundidades e pequenas espessuras. Apresentam graduação em milímetros e em
polegada milesimal e resolução de 0,01mm a 0,001mm (um centésimo de milímetro

25
ou um milésimo de milímetro) e 0,001 a 0,0001 (um milésimo de polegada ou um
décimo de milésimo de polegada).

Na figura a seguir podemos observar o micrômetro e suas principais partes.

Figura 4: Micrômetro

Figura 5: Micrômetro
Fonte: SENAI/MG, 2016.

3.1.4 Injunção
Os textos injuntivos são textos instrucionais que explicam como realizar algo.
Exemplos: receitas, bula de remédio, manual de instruções, propagandas, etc. Indica
como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente.
Ex: Receitas culinárias e manuais. (Leve ao fogo uma panela com duas xícaras
(chá) de água e deixe levantar fervura. Adicione o mamão já limpo, cortado em cubos
de 2 cm e deixe levantar fervura novamente. Escorra. Ponha nessa mesma panela o
mamão, o açúcar, a casca de limão e a água. Deixe cozinhar em fogo baixo, sem
tampa, até começar a açucarar).

Um outro exemplo de injunção são os manuais de fabricantes.

26
Você, provavelmente, já leu um manual, certo? Geralmente, os produtos
eletroeletrônicos adquiridos por você vieram acompanhados dessa importante
ferramenta. Já observou o que vem descrito neles?
Os manuais trazem informações técnicas quanto ao bom uso do produto ou serviço,
e utiliza-se da injunção para orientar como montar, instalar, fazer uso e a manutenção
de um determinado produto.
Eles são guias essenciais para a boa utilização de um produto por parte do usuário.
Neles são descritas características técnicas e recomendações do fabricante, tudo em
uma linguagem clara e objetiva.

A emissão de manuais de Em se tratando dos manuais


fabricantes é obrigatória, de máquinas e
previsto no art. 6º, III, do equipamentos, deve-se
Código de Defesa do observar e fazer cumprir os
Consumidor (CDC), que itens 12.125 até 12.129 da
estabelece que o consumidor Norma Regular 12 (NR-12),
tem direito a receber a que trata da segurança do
informação adequada e clara colaborador na operação de
sobre os produtos e serviços. máquinas e equipamentos.

3.2 Gêneros Textuais


e o tipo textual é organizado pelos seus elementos formais, o gênero é
S caracterizado pelo estilo do texto, pela sua função sociocomunicativa, ou
seja, para o fim a que se destina. Podem ser orais e/ou escritos. São,
portanto, tipos específicos de textos, e de qualquer natureza, literários ou não.

Exemplos de gêneros textuais: Bula de remédios, bilhete, narrativas, artigos de


opinião, crônicas, e-mail, cardápio, chat, telefonema, charge, edital de concurso,
relatório, outdoor.

É muito importante não confundir tipo textual com gênero textual. Os tipos como vimos
aparecem em número limitado. Já os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto

27
que são textos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento
histórico.
Assim, um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma
que um único gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo
pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.

Cuidados com a Gramática!

Em 2014, uma pesquisa feita pela Associated Press com 402


companhias brasileiras mostrou que os executivos identificaram
a redação como a habilidade mais valorizada em um empregado,
mas 80% dessas empresas, disseram que os seus empregados
em todos os níveis precisavam melhorar seus textos. As
empresas norte-americanas, por exemplo, investem anualmente mais de 3 bilhões de
dólares em cursos de reaproveitamento do próprio idioma. Na linguagem escrita, o
contato é indireto entre os interlocutores. As estruturas e o vocabulário são mais
apurados e mais conservadores. Também há alguns desafios e um deles é que a
necessidade de oficializar as informações faz com que cada vez mais escrevamos
muito, mesmo quando outra forma de comunicação seria a melhor opção. No Brasil a
maioria dos nativos da língua cometem inúmeros erros na utilização da língua. Nesta
seção destacaremos algumas dessas falhas.

3.3 Vícios de Linguagem

A língua portuguesa é uma língua complexa, repleta de nuances, e a ocorrência de


falhas em sua utilização é de certa forma aceitável. Porém todo tipo de incorreção no
uso da linguagem deve ser evitado, sobretudo os mais graves. Deste grupo de erros
graves na utilização da língua escrita e falada, destacaremos os Vícios de
Linguagem e os erros de concordância verbal.

Chamamos de Vícios de linguagem as alterações defeituosas das normas da língua


padrão, provocadas por desconhecimento, descuido ou descaso por parte do falante.

28
Porém alguns desses vícios comprometem o processo comunicativo e depõe contra
nós no ambiente de trabalho, devendo ser evitados.

a) Cacofonia: Palavra inconveniente resultante da união das sílabas de palavras


vizinhas. Exemplo: Boca dela; Uma mão; Distribua uma porcada.

Figura 6: Cacofonia Charge


Fonte: Dr Pepper

b) Prolixidade: Ser prolixo é utilizar mais palavras do que o necessário para


exprimir uma ideia. É alongar-se, e não ir direto ao assunto, é “enrolar” para
falar algo.

Exemplo: "De tanto pensar, e muito pensou, chegou à conclusão de que só lhe
restaram duas ideias. Ideias rearranjadas de modo tão entrincheirado, que eram duas
únicas ideias. A primeira era de que já não era mais a mesma. A segunda era que não
sabia quem era. E se perguntava se é possível não ser ninguém no espaço atemporal
entre não ser mais quem você já foi, e ser quem você será futuramente. Ia vivendo
outro ser provisório, enquanto não estava pronta a ponto de ser nova. E nisso, de não
ser quem era e nem quem será, ia descobrindo que era leve a condição de não ser
absoluta."

c) Pleonasmo: É o exagero, ou repetição desnecessária de uma ideia.


Exemplos:
o Entrar para dentro
o Sair para fora
o Subir para cima
o Descer para baixo
o Certeza Absoluta
o Acabamento final
o Encarar de frente

29
d) Arcaísmo: Emprego rotineiro de palavras antigas que caíram em desuso, e
não são mais utilizadas pela maioria dos falantes da língua .
Exemplos:
o Alcaide: (Prefeito)
o Ceroula: (Cueca)
o Outrossim: Também
o Soer: Acostumar
o Vosmecê: Você
o Quiçá: Talvez

e) Gerundismo: A utilização do Gerúndio consiste no acréscimo do sufixo NDO


aos verbos para demonstrar uma ação que está ocorrendo no presente ou
que estava acontecendo no passado.
Gerundismo por sua vez é a utilização exagerada de palavras no gerúndio, o que
provoca uma reação negativa no receptor devido
ao incômodo causado pelas terminações
repetitivas das palavras, que, além de importunar,
compromete o entendimento da mensagem
recebida pelo ouvinte. Infelizmente o gerundismo
ainda é muito percebido nos operadores de
Telemarketing, que utilizam expressões incorretas
como: Estarei transferindo, estarei verificando,
etc.

f) Ambiguidade: Trata-se de um duplo sentido, causado pela inadequação ou


a má colocação formação da frase. Essa inadequação normalmente se dá
pelo uso incorreto de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais,
expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo
sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que
seguem:

• "O professor falou com o aluno parado na sala"


• "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."

30
• "Chefe, o funcionário acaba de sair com sua mãe”

g) Barbarismo: Esse vício ocorre quando grafamos ou pronunciamos uma


palavra que não está de acordo com a norma culta. Pode ocorrer um
barbarismo na pronúncia ou na grafia.
Exemplos:
Pograma (o certo seria programa)
Rúbrica (rubrica)
Advinhar (o certo seria adivinhar)
Pobrema (Problema)

h) Plebeísmo: Qualquer desvio que caracteriza a falta de instrução. As gírias


são um bom exemplo de plebeísmo.

Figura 7: Plebeísmo Charge


Fonte: Guia do estudante

i) Neologismo: O próprio significado da palavra neologismo o define: nova


palavra. Nós como falantes, sentimos necessidade em criar e recriar
palavras e sentidos, pois a língua é viva e apresenta muitas possibilidades
de transformações e inovações.
Os neologismos são muito comuns na internet, com a criação de novas expressões
como: blz, qq, vc, ker, xau, bju.
Até mesmo os próprios símbolos como os emojis são formas aceitas de neologismos.

31
Figura 8: Exemplos de neologismo
Fonte: WordPress

32
3.4 Erros na concordância verbal e nominal
Outro erro que depõe contra qualquer comunicador, são os erros de concordância
verbal e nominal. Muitas vezes eles até passam despercebidos por quem os fala, mas
não por quem os ouve ou lê. Destacaremos a seguir alguns dos principais erros de
concordância verbal e nominal cometidos no uso da língua portuguesa.

1. "Fazem" dez dias. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal (ou seja,
não varia): o correto seria Faz dez dias. / Fez dois meses.

2. "Haviam" muitos alunos. Haver, no sentido de existir, também é


invariável: Havia muitos alunos na classe.

3. "Vende-se" terrenos. O verbo deve concordar com o sujeito: Vendem-se


terrenos. / Alugam-se casas./ Fazem-se consertos.
a. Porém se houver preposição depois do verbo, ele fica invariável: Trata-
se dos amigos leais./ Precisa-se de balconistas. / Recorre-se a todos.

4. "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com o sexo de pessoa:


"Obrigada", disse a moça.

5. Ela "mesmo" o convidou. Mesmo, quando equivale a próprio, varia


normalmente: Ela mesma (própria) o convidou. /As vítimas mesmas
prenderam os bandidos (as próprias vítimas prenderam...).

6. O termômetro marcou 0 "graus". Zero é sempre singular: zero grau,


zero hora, zero-quilômetro.

7. Chegue ao meio-dia e "meio". Como está implícita a palavra hora, o


certo é: Chegue ao meio-dia e meia(hora).

8. Comprei duzentas gramas de presunto! A grama, no gênero feminino,


é o mesmo que planta, relva, mato. Assim, pedir a alguém duzentas
gramas de presunto significa pedir duzentas unidades de mato de
presunto.

33
a. O certo, então, é usar a concordância no masculino, pois o grama, sim,
refere-se à unidade de medida de massa correspondente a um milésimo
do quilograma. O correto seria: Comprei duzentos gramas de presunto!

9. “Seje” bem-vindo!
a. A palavra seje está errada. Seja é a forma conjugada do verbo ser no
presente do subjuntivo. O correto seria: Seja bem-vindo!

10. “Ele é um dos que pensam assim”


a. Um dos... faz concordância no plural: Ele é um dos que pensam assim.

11. Estava "meia" adoentada.


a. Meio, é um advérbio, Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Portanto não
varia: meio adoentada, meio louca, meio atrasada.

12. Medidas "econômicas-financeiras".


a. Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: medidas
econômico-financeiras, acordos político-partidários.

34
4) Interpretação de Textos
a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões
É chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado acadêmico,
eficiência na solução de exercícios e mesmo na compreensão de situações do dia a
dia.
Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre o assunto, o elemento
de fundamental importância para interpretar e compreender corretamente um texto é
ter o domínio da língua. E mesmo dominando a língua é muito importante ter um
dicionário por perto. Isso porque ninguém conhece o significado de todas as palavras
e é muito difícil interpretar um texto desconhecendo certos termos.
Finalmente, o mais importante: leia! Somente a prática da leitura facilitará a sua
capacidade de compreensão e interpretação de textos.

O QUE É INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS?


A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito,
oral).

Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor
para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi
sendo adquirido ao longo da vida.
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande parte,
da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor
interpretação dos textos e conexão das ideias.

A seguir 7 dicas que vão te mostrar como interpretar um texto!

1. Leia todo o texto pausadamente


O primeiro contato com o texto é muito importante. É nesse momento que você
vai saber qual o assunto tratado e qual a posição do seu autor.

Leia devagar e sem interromper a leitura.

2. Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado

35
Agora que você já sabe qual é o assunto, na segunda leitura você dará início a
uma fase mais detalhada.

Na existência de palavras desconhecidas, anote em um rascunho ou sublinhe


no próprio texto.

3. Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote


Consulte o dicionário e anote os sinônimos ou a explicação do seu sentido.
Releia o texto substituindo as palavras desconhecidas por aquelas que você já
conhece.

Isso não só ajuda a entender um texto em específico, como também aumenta


o seu vocabulário.

4. Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo


Separe o texto em parágrafos. À medida que lê, utilize um rascunho para fazer
um resumo daquilo que leu.

A partir daí você está exercitando a sua capacidade em compreender a leitura.

Resuma aquilo que leu. Agregar ao texto ideias precipitadas não demonstra
concentração, e isso pode levar você a divagar no assunto e, inclusive, tirar
conclusões erradas.

5. Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda


Ler pode ser uma atitude passiva, mas quando você experimenta usar o texto
fazendo perguntas sobre ele e respondendo, absorve melhor o teor das suas
palavras e os seus significados.

Nesse momento você poderá perceber que, afinal, ainda havia muita coisa
para entender.

6. Questione a forma usada para escrever


Questione o motivo pelo qual o autor usou determinada forma para se
expressar. Qual teria sido a sua intenção para escrever assim e não de outro
modo?

E as palavras utilizadas, será que elas indicam alguma coisa?

7. Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor
Assinale as ideias principais e se certifique que as inclui no texto. Escrever o
mesmo, mas com as suas palavras é uma prova de que entendeu aquilo que
leu.
No final, certifique-se de que não “colocou palavras na boca do autor”,
dizendo algo que não foi mencionado no texto por ele.

36
4.1 Texto Informativo
um texto em que o escritor expõe brevemente um tema, fato
É ou circunstância ao leitor. Trata-se de uma produção textual
objetiva, com linguagem clara e direta.
Tem como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de
duplas interpretações.
Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o
texto informativo utiliza linguagem denotativa.
Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou
seja, o texto é isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.
Pode-se atribuir ao texto informativo a mesma estrutura do texto dissertativo, já vista
anteriormente.

4.1.1 Características do texto informativo


O autor dos textos informativos é um transmissor que se preocupa em relatar
informações da maneira mais objetiva e verossímil. No caso das notícias, por exemplo,
o escritor está encarregado de transmitir a informação para os receptores leitores da
maneira objetiva e alheia a ele.
Escrito em prosa, o texto informativo apresenta dados que o tornam mais credível.

4.1.2 Estrutura do texto informativo


Tal como outros Gêneros Textuais, o texto informativo é constituído por:

✓ Introdução (tese): momento de exposição das informações necessárias para


informar o tema que será explorado pelo emissor (autor).
✓ Desenvolvimento (antítese): parte fundamental que contém as informações
completas sobre o tema, desde dados mais relevantes, ou melhor, todos os
dados que se pode reunir para apresentação do tema.
✓ Conclusão (nova tese): encerramento do texto com exposição da ideia central.

Exemplos de textos informativos


O texto informativo pode ser jornalístico, técnico, dentre outros.

37
Veículos de informação tais como jornais, revistas e entrevistas são os exemplos mais
notórios de textos informativos.
Além deles, os livros didáticos, as enciclopédias e os verbetes de dicionários são
outros exemplos.

Confira exemplos:

1. Notícia de Jornal
Combate à Dengue

A picada do mosquito Aedes Aegypti tem demonstrado grande preocupação. Isso


porque o aumento de mortes no país por motivo de dengue tem crescido de forma
considerável nos últimos meses.
A melhor maneira de combater a doença é explorar a única arma: a prevenção.
Projetos de conscientização alertam a população para os perigos da proliferação do
mosquito.

O foco está nos métodos necessários para acabar com os acúmulos de água nas
casas. Isso porque são os ambientes mais propícios para a reprodução do
transmissor da doença.

2. Verbete de Dicionário
Significado de Alienação

s.f. Ação ou efeito de alienar: alienação de uma propriedade.

Jurídico. Ato de transferir para alguém uma propriedade ou um direito: alienação de


um apartamento.
Resultado de algum tipo de abandono ou efeito da ausência de um direito comum:
alienação da segurança.

Filosofia. Hegelianismo. Quando a consciência se torna desconhecida a si própria


ou a sua própria essência.

38
Informal. Desinteresse por questões políticas ou sociais.

4.2 Texto Técnico


s textos informativos tem como objetivo expor alguma informação sobre
O algum tema de maneira clara, e de forma que não seja possível duplas
interpretações, os textos técnicos estão voltados mais para o lado das
“profissões”, são textos de uso mais específico, escritos em linguagem conceitual
usados em trabalhos escolares, relatórios, cartas, documentos de empresas,
processos jurídicos, normas administrativas, leis, comunicados internos de empresas.
Ele é utilizado quando se trata de um assunto técnico, quando se quer explicar sobre
um equipamento, relatar sobre uma visita, quando queremos comunicar dados, ideias,
relatos, reflexões teóricas, propostas, considerações… enfim, informações objetivas.

A seguir você irá conhecer mais detalhes sobre esses tipos de documentos.
Acompanhe!

39
5) Documentos Oficiais

U m documento oficial deve ser produzido contendo o timbre da empresa. O


papel timbrado nada mais é do que o logotipo da empresa, e informações
básicas para seu reconhecimento como: razão social, CNPJ, endereço completo,
telefone, site ou e-mail.
Abaixo conheceremos os principais documentos oficiais utilizados pelas empresas.

a) Aviso/Comunicado: são documentos emitidos com a finalidade de dar


conhecimento público a uma informação. Eles podem ser divulgados por
instituições e marcas de todos os tipos para veicular novidades, alterações
de rotina, esclarecimentos e uma série de outros conteúdos.

Figura 9: Modelo de Aviso


Fonte: Canva

40
b) Carta: Forma de correspondência com personalidade pública ou
particular, utilizada para fazer solicitações, cobranças, convites, externar
agradecimentos ou transmitir informações.

Figura 10: Modelo de carta


Fonte: “Template Word”

41
c) Declaração: Documento em que se procede a uma exposição clara de uma
determinada situação ou fato. É elaborada por escrito e constitui prova de
compromisso perante uma terceira pessoa ou entidade, pois o declarante
compromete-se relativamente ao conteúdo da sua declaração.

Figura 11: Modelo de declaração


Fonte: “Divulgação”

42
d) Relatório: Documento em que apresentamos à autoridade superior a
realização de serviços inerentes ao exercício do cargo. Relatamos o
desempenho de um colaborador, de uma equipe, ou mesmo os resultados de
um evento ou experimento.

Figura 12: Modelo de relatório


Fonte: “Docsity”

43
e) Circular: é um meio de comunicação escrita de caráter oficial, trazendo em
seu corpo uma solicitação de providência ou, em alguns casos, uma
informação. É correspondência oficial enviada simultaneamente a diversos
destinatários, com texto idêntico, transmitindo instruções ou esclarecendo
normas e regulamentos.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

(nome da entidade)

Circular nº XXX/XXXX

Senhor(a) Gestor(a),

Em razão da implantação da nova ferramenta para acompanhamento dos pedidos


oriundos do sistema online, informamos a Vossa Senhoria que a partir desta data
os vendedores poderão consultar o andamento dos mesmos diretamente pelo site,
bastando acessar o link "acompanhamento de pedidos".

Dessa forma, solicitamos a divulgação junto aos vendedores para bem utilização
da ferramenta implementada, visto a facilidade e agilidade decorrentes.

Atenciosamente,

(nome)
(cargo)

Figura 13: Modelo de circular


Fonte: “o autor”

44
f) Oficio: O ofício nada mais é que uma correspondência oficial enviada a
alguém, normalmente funcionário ou autoridade pública. É o nome
comumente utilizado para solicitar, reivindicar, notificar ou comunicar
formalmente sobre determinado tema. Mais utilizado por repartições públicas
ou corporativas que precisam ter um registro e controle das notificações
enviadas utilizando-se para tanto uma numeração contínua e crescente dos
ofícios enviados. Este controle busca permitir também a devida
correspondência à resposta ao ofício, viabilizando a organização interna do
que foi emitido e do que foi respondido. A diferença, em relação à carta, é
que o endereçamento ao destinatário vai ao final, após o endereço do
remetente, e colocado na margem esquerda.

O formato correto de um ofício contempla:

• Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:


Exemplos: Of. 123/2002-MME

• Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo: Brasília, 28 de fevereiro de 2002.

• Assunto: resumo do teor do documento: Exemplo: Necessidade de aquisição


de novos computadores.

• Destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação.

• No caso do ofício, deve ser incluído também o endereço;

MODELO DE OFÍCIO

45
Minas Gerais, __ de ________ de 20__.

Ofício nº ________ / _____ / 20__

REF.: CADASTRAMENTO E CONTROLE DE ACESSO AO SISTEMA licitações-e

Tendo em vista o convênio firmado junto ao Banco do Brasil – Agência Governo Minas Gerais,
encaminho a V.Sa. os Termos preenchidos e assinados, juntamente com as documentações
necessárias dos servidores deste Órgão XXXX – (nome do órgão) autorizados a operar o
referido sistema, conforme relação abaixo:

NOME PERFIL

Autoridade Competente /
Homologador
Pregoeiro
Apoio
Dispensa de Licitação

_____________________________
Nome / Autoridade Competente

Figura 14: Modelo de Oficio


Fonte: “a autora”

46
g) Ata: É o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, ou reunião
para um determinado fim. Geralmente, as atas são transcritas a mão pelo secretário,
em livro próprio, que deve conter um termo de abertura e um termo de encerramento,
assinado pela autoridade máxima da entidade ou por quem receber daquela
autoridade a delegação de poderes para tanto; essa também deverá numerar e
rubricar todas as folhas do livro.
Como a ata é um documento de valor jurídico, deve ser lavrada de tal forma, que
nada lhe poderá ser acrescentado ou modificado. Se houver engano, o secretário
escreverá a expressão “digo”, retificando o pensamento. Se o engano for notado no final
da ata, escrever-se-á a expressão – “Em tempo: Onde se lê..., leia-se...”
➢ Nas atas, os números devem ser escritos por extenso, evitando-se também as
abreviações. As atas redigidas sem parágrafos e sem se deixarem espaço, a fim de
se evitarem acréscimos.
➢ Quanto à assinatura, deverão fazê-lo todas as pessoas presentes ou, quando
deliberado, apenas o presidente e o secretário. Permite-se também a transcrição da
ata em folhas digitadas, desde que as mesmas sejam convenientemente arquivadas,
impossibilitando fraude.

Figura 15: Modelo de Ata de Reunião da Diretoria para Criação de Filial da Empresa
Fonte: modelosimples.com.br

47
h) Mensagens Eletrônicas (E-MAIL)

A mensagem eletrônica é como outra qualquer mensagem escrita. Requer os


mesmos cuidados de clareza, simplicidade, coerência, coesão entre as
ideias e precisão. Além desse cuidado com a precisão da informação, o redator deve
considerar aspectos relativos à persuasão: com gentileza poderá alcançar melhores
resultados do que com rispidez. Desta forma, procure usar: por favor, por gentileza,
muito obrigado, obrigado por sua atenção, entre outras expressões de cortesia.

Recomendações:
• Releia o texto antes de enviá-lo e certifique-se de que não existem erros de
português e que o texto está claro;
• Verifique se foi digitado o endereço correto da pessoa que deverá receber o e-
mail;
• Ao final do texto, deve colocar um fecho, e logo depois dele o nome e
sobrenome para que o interlocutor possa identificar quem escreveu o e-mail;
• Em e-mails empresariais e recomendado que exista ao final do e-mail uma
identificação da empresa, como razão social, endereço completo, telefone e
logotipo.
• Utilize o e-mail da empresa para enviar somente mensagens do trabalho.

O e-mail é um documento empresarial como qualquer outro. Apesar da rapidez em


enviar/receber a mensagem e da proximidade que há com o leitor, ele deve seguir as
mesmas regras de etiqueta e profissionalismo que regem as relações nos negócios.

48
Todavia ainda se percebe uma grande quantidade de erros em sua utilização. Os
principais erros percebidos em e-mails profissionais são:
• Descuidos da escrita;
• Escrever textos muito longos;
• Copiar pessoas sem necessidade;
• Não colocar o assunto;
• Responder por impulso;
• Abusar da informalidade;
• Não responder aos e-mails.

Figura 16: Modelo de E-mail


Fonte: “a autora”

49
6) Internet

E stamos todos conectados na internet sempre que podemos: postamos


opiniões, fotos e vídeos, indicamos o local em que estamos, trocamos
mensagens com diferentes pessoas. Muitas vezes, os ambientes digitais são os
espaços de convivência das nossas relações, assim estar conectado hoje tornou-se
parte do relacionamento interpessoal, na vida pessoal e também profissional.
No entanto, nos ambientes organizacionais a utilização da internet prevê alguns
cuidados, há a necessidade de controle.
A internet permite a difusão rápida de informações e abre novas perspectivas para o
futuro das empresas e profissionais.
As empresas estão cada vez mais na era
digital, utilizam todos os tipos de
programas (software), normas,
tabelas, etc. para obter resultados mais
positivos em todos os seus
departamentos. Em razão disso, o
profissional deve acompanhar e estar
integrado aos objetivos da empresa para que consiga estabelecer um trajeto de
ascensão profissional.
Quando você integraliza os objetivos da empresa com os seus objetivos pessoais,
sabendo do seu papel dentro do universo corporativo, você deverá saber como se
comportar dentro dos padrões adequados.
Toda empresa tem seu regimento, no qual alguns direitos e deveres do funcionário são
preestabelecidos, como o uso da internet, procedimentos administrativos, entre outros.
Você, como funcionário, não poderá ultrapassar esse limite estabelecido.

Muitas empresas enfrentam dificuldades


quanto à gestão do uso da internet e do e-mail
corporativo. O descumprimento das normas da
empresa poderá acarretar penalidades que
vão desde a advertência até a dispensa do
colaborador.

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É importante ressaltar que os meios digitais são mais do que necessários no mundo
do trabalho, mas também requerem todo um cuidado especial.

LEMBRE-SE: UTILIZAR A INTERNET NA VIDA PESSOAL É


DIFERENTE DE UTILIZAR NA VIDA PROFISSIONAL!

Falando de internet, a seguir você irá entender melhor sua funcionalidade. A princípio,
sua funcionalidade pode parecer um pouco complexa, mas conforme você for se
apropriando das informações, entenderá o seu funcionamento e isso facilitará a
utilização seja para navegar, coletar informações ou fazer uma pesquisa.

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6.1 Navegadores

s navegadores ou web browser surgiram para auxiliar a interação com as


O páginas ou sites. O servidor web é um programa que permite ao usuário
acessar a internet, ver vídeos, escutar músicas, jogar e interagir com
documentos virtuais.
Um dos recursos mais utilizados na internet é o sistema de buscas. Os buscadores
surgiram logo após a popularização da internet com intuito de filtrar as informações
para os usuários conforme sua necessidade. Entre as maiores empresas de busca
estão Google, Yahoo, Bing e o Lycos. Os buscadores se mostraram indispensáveis
para aumentar o fluxo de informação e o acesso de novos usuários a sites.
Existem vários tipos de buscadores, dentre eles destacam-se:

Por exemplo, se você for pesquisar sobre a história do papel (quando e onde foi
descoberto), você irá utilizar os buscadores globais; mas se você quiser saber o preço
do papel, sua gramatura, tipos de fabricantes e lojas, neste caso o ideal é utilizar os
buscadores verticais em sua pesquisa.
Quando você faz uma pesquisa na internet e acha algum arquivo interessante para
utilizar no seu trabalho, geralmente você precisa copiá-lo para o computador.
Essa ação de transferir o arquivo é chamada de download.
É possível fazer o download de arquivos em vários formatos, conforme você pode ver
a seguir:

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Quando você faz o download de um arquivo, esse arquivo pode ser anexado para
envio através do correio eletrônico (e-mail).
Toda informação utilizada no correio eletrônico (e-mail) do trabalho deve seguir as
normas da empresa. Geralmente essas informações são confidenciais, devendo
permanecer o sigilo profissional.
Na sequência, você estudará como é aplicado o direito autoral. Acompanhe!

6.2 Direitos Autorais

Todo conteúdo desenvolvido deve ser registrado para que não seja plagiado,
principalmente para que sejam garantidos os direitos autorais.

Esse tema é crucial para qualquer criador de obras ou empresas


que exploram comercialmente programas de computador,
marcas, patentes, desenhos, músicas, coreografias, obras
plásticas, desenhos, adaptações, traduções, dentre muitas outras
coisas.
Alguns sites, principalmente de imagens, quando você copia a
imagem, mostram uma frase dizendo que aquela imagem tem
direitos autorais.
É muito importante referenciar todo o conteúdo utilizado em
trabalhos, apresentações, relatórios para que os autores fiquem
resguardados.

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➔ Veja um trecho da lei 9610/98 e alguns exemplos dos itens que são abrangidos
pela legislação:

I. textos, livros, folhetos e outros materiais que sejam literários, científicos ou


artísticos;
II. sermões, conferências e outros bens similares;
III. obras dramáticas e dramático-musicais, tendo letras ou não;
IV. coreografias cuja execução cênica se fixe por escrito ou outras formas;
V. obras fotográficas — produzidas por qualquer processo equivalente à
fotografia;
VI. obras audiovisuais — com som ou não;
VII. ilustrações, cartas geográficas e outras similares;
VIII. softwares — programas de computador;
IX. adaptações, traduções e demais transformações da obra;
X. desenhos, gravuras, esculturas, pinturas, artes cinéticas etc.

Mesmo com a legislação em vigor, as situações que ocorrem na internet ainda são
muito recentes e há muita discussão sobre essa questão dos direitos autorais,
portanto é necessário atenção em todas as situações que possam causar dúvida.

N esta seção você conheceu mais sobre assuntos relacionados à internet,


como às ferramentas, os softwares, e direitos autorais.
Vale lembrar que a internet é muito ágil e possui uma infinidade de informações, mas
cabe a você utilizá-las de forma correta e saber filtrá-las tirando o maior proveito para
o seu trabalho e para sua vida pessoal.

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Referências
ARREDONDO, Lani. Aprenda a se comunicar com habilidade e clareza. Rio
de Janeiro: Sextante, 2007.

FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 1992.

KIGNEL, Rubens. O corpo no limite da comunicação. São Paulo: Summus,


2005.

LIMA, Antônio Oliveira. Manual da redação oficial: teoria, modelos e exercícios.


2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

POLITO, Raquel; Polito, Reinaldo. 29 minutos para falar bem em público. Rio
de Janeiro: Ed Sextante, 2015.
SOARES, Regina Maria Freire; PICCOLOTTO, Leslie. Técnicas de impostação
e comunicação oral. São Paulo: Ed. Loyola, 1980.

TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Práticas de linguagem: leitura e produção


de textos. São Paulo: Scipione, 2001.

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