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Ok

Sumário Geral Capítulo 1 Capítulo2 Capítulo3 Capítulo4 Capítulo5 Capítulo6 Fale Conosco
Capítulo 06 - Dinamicas: de Apresentação - Integração e Aquecimento - Sexualidade - Prevenção à DST/AIDS - Prevenção ao
uso de drogas - Educação para paz - Planejamento - Encerramento e Avaliação.

DINÂMICAS DE SEXUALIDADE
O Semáforo
Objetivo: Identificar temas de maior interesse em sexualidade.

Duração: 20 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, papel sulfite, pincéis atômicos, 03 círculos de papel cartão nas cores
vermelha, amarela e verde.

Desenvolvimento:

Trabalho individual (5 minutos):

1. O facilitador fornecerá folhas de sulfite e pincel atômico para cada


participante.
2. Pedir a cada um que dobre em 3 partes a folha de sulfite, no sentido do
comprimento.
3. Em cada tira de papel (ou ficha), será escrita uma palavra que corresponda
a um tema de interesse próprio sobre sexualidade. Pode-se também
escrever uma pergunta, no caso de não se saber a que assunto ela
pertença.
4. O facilitador colocará 3 círculos distanciados, lado a lado, no chão da sala.
Trabalho grupal (15 minutos):

1. Cada participante distribuirá suas fichas pelos círculos ou "sinais do


semáforo", dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre
os temas.
2. O sinal vermelho representa muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo
representa dificuldade média e o verde significa pouca dificuldade.
3. O facilitador pedirá aos jovens que passem pelos círculos e leiam os temas
escolhidos.
4. Solicitar que as fichas sejam enfileiradas abaixo de cada círculo, em ordem
decrescente, e que cada um escolha.
Sugestões para reflexão:

• Por que esses assuntos são importantes para os jovens?


• Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por que?
• Qual o tema mais fácil? Por que?

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Brincadeira do Saco
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a manifestarem suas dúvidas sobre
sexualidade e reprodução.
Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel, pincéis atômicos e saco de plástico.

Desenvolvimento:

1. O facilitador fornece folhas de papel e pincel atômico para os adolescentes.


2. Cada participante do grupo escreve em tiras de papel, sem colocar seu
nome, os temas ou perguntas que gostaria que fossem tratadas nos
encontros.
3. Todas as tiras são colocadas em um saco.
4. Cada um retira do saco uma tira.
5. Cada pessoa lê, em voz alta, o que contém na tira que retirou.
6. Abre-se um espaço para os comentários e o grupo discute os temas e a
organização dos encontros.
Sugestões para reflexão:

• Sentimentos mobilizados.
• Facilidades e dificuldades em ouvir sobre os temas escolhidos por outros.
Resultado esperado: Estabelecimento, com a participação dos adolescentes, dos conteúdos a serem
tratados nos encontros.
Espelho Mental
Objetivo: Tomar consciência da imagem do seu próprio corpo.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite, lápis, toca-fitas e música lenta.

Desenvolvimento:

Orientação geral (5 minutos):

1. Pedir a todos os participantes que andem pela sala (descalços) ao som da música, seguindo as
instruções do facilitador:

• Andar na ponta dos pés.


• Andar apoiando o corpo no calcanhar.
• Andar na chuva.
• Andar em uma superfície quente.
• Andar passando por uma porta estreita.
• Andar em câmara lenta.
• Andar em marcha ré.
Os participantes não deverão tocar o corpo do outro colega.

2. Pedir a todos que parem onde estão, fechem os olhos, pensem na parte do seu corpo que acham mais
bonita e atrativa e guardem mentalmente essa imagem consigo.

Trabalho individual (10 minutos):

1. Solicitar a cada participante a se sentar, a pegar sua folha de papel sulfite e a procurar esquematizar no
papel a imagem captada pelo seu cérebro. Não colocar o nome.

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2. Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico.

Trabalho em grupo (35 minutos):

1. Pedir a cada participante que vire o esquema para baixo e aguarde.

2. Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com o esquema para baixo.

3. Pedir-lhes que parem de passar quando as folhas atingirem a metade do círculo, e que desvirem-nas.

4. Cada participante, com uma folha nas mãos, comentará ou mostrará o que a pessoa conseguiu passar
de sua imagem mental.

5. Quando todos terminarem a tarefa, pedir que façam circular todos os esquemas, para serem vistos.

6. Cada participante guardará sua folha.

Sugestões para reflexão:

• Mudanças físicas da adolescência.


• Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.
• Resultado esperado:
• Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e
mulheres.
• Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.
• Possibilidades de avanço no tema com a montagem da história do
personagem _ a partir dos desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o
que faz, o que gostaria que acontecesse na sua vida e família).
Expressando a Sexualidade
Objetivo: Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.
Duração: 1 hora

Material: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas, jornais atuais e
cola.

Desenvolvimento:

Atividade Individual

1. Facilitador pede aos adolescentes para pensarem em algo que tenham


visto, ouvido, falado ou sentido, sobre sexualidade.
2. Solicita aos participantes que guardem esses pensamentos para si. Não é
necessário escrevê-los.
Atividade em pequenos grupos

1. Forma grupo de 5 adolescentes e solicita que conversem sobre as situações


em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2. Entrega revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos
grupos.
3. Solicita aos grupos que montem um painel com figuras, anúncios e textos
relacionados com a sexualidade.
Atividade de grande grupo (todos os participantes)

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1. Após a elaboração do painel, pede a cada grupo que eleja um


representante para falar do processo de discussão e montagem do painel.
2. Cada representante de grupo coloca seu painel na parede da sala e explica
para o grande grupo o seu significado.
3. Após as apresentações dos representantes, abre o debate para todos os
participantes.
4. O facilitador pode fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar
a reflexão sobre as manifestações da sexualidade em diferentes culturas.
Sugestões para reflexão:

• Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo?


• De que maneira a sexualidade pode ser expressada?
• Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?
• Que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?
Resultado esperado: Debate das concepções do grupo sobre sexualidade e suas diferentes maneiras de
expressão.
Jogo da Auto-estima
Objetivo: Explicar aos jovens o que é auto-estima e o que influi nela.
Duração: 20 a 30 minutos.

Material: Folhas de papel para cada membro do grupo.

Desenvolvimento:

1. Pergunte ao grupo se alguém sabe o que é "auto-estima". Se ninguém


souber, explique que a auto-estima é a forma como uma pessoa se sente a
respeito de si mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada
com nossa família e nosso meio ambiente. Mostre que, a cada dia,
enfrentamos situações que afetam o modo como nos sentimos a respeito
de nós mesmos. Por exemplo, se brigarmos com nossos pais ou se um
amigo nos critica, isso pode prejudicar nossa auto-estima.
2. Entregue uma folha de papel para cada participante, explicando que
representa sua auto-estima. Explique que você lerá uma lista de situações
que podem ocorrer, ocasionando prejuízo à nossa auto-estima.
3. Diga que cada vez que você ler uma frase, eles devem arrancar um pedaço
da folha de papel, na mesma proporção em que essa situação afetaria a
auto-estima. Dê um exemplo: leia a primeira frase, rasgue um pedaço de
sua própria folha de papel, dizendo: "Isso me afeta muito, ou isso não me
afeta muito".
4. Leia as frases que julgar adequadas, ou crie suas próprias frases.
5. Depois de ler todas as frase que afetam a auto-estima, explique que agora
eles vão recuperar a auto-estima. Diga que reconstituirão sua auto-estima
aos pedaços, também.
6. Comente os pontos de discussão.
Observação: Certifique-se deter a mesma quantidade de frases para reforçar a auto-estima e para
enfraquecê-la. Adapte ou crie frases, de forma que reflitam o mais fielmente possível as situações vividas
pelos jovens em sua comunidade.

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Afetar a auto-estima (imagine que, na última semana, aconteceu o seguinte:)

1.Uma briga com seu/sua namorado


2.Seu chefe ou seu professor criticou seu trabalho
3.Um grupo de amigos íntimos não o convidou para um passeio
4.Seu pai ou sua mãe o chamou de malcriado
5.Umo amigo revelou um segredo que você contou a ele
6.Surgiu um boato sobre sua reputação
7.Seu/sua namorado o deixou por causa de outro
8.Um grupo de amigos zombou de você por causa de sua roupa ou de seu
penteado
9. 9. Você tirou péssimas notas numa prova, ou fracassou no trabalho
10. 10. Seu time de futebol perdeu um jogo importante
11. 11. Umo menino de quem você gosta recusou um convite para sair com
você
Recuperar a auto-estima (Na última semana, imagine que aconteceu o seguinte:)

1. Algumo colega de trabalho ou da escola pediu seus conselhos sobre um


assunto delicado
2. Um rapaz/uma moça de quem você gosta convidou-o para sair
3. Seu pai ou sua mãe lhe disse que gosta muito de você
4. Você recebeu uma carta ou um telefonema de umo amigo
5. Você tirou boas notas numa prova, ou se saiu bem em seu trabalho
6. Um rapaz/uma moça aceitou seu convite para sair
7. Seu time ganhou um jogo importante
8. Seus colegas da escola o escolheram como líder
9. Você ganhou uma bolsa de estudos
10. Seu/sua namorado mandou-lhe uma carta de amor
11. Todos os seus/suas amigos elogiaram sua roupa ou seu penteado
Sugestões para reflexão:

• Todos recuperaram sua auto-estima?


• Qual foi a situação que mais afetou sua auto-estima? Por quê?
• E qual causou menos danos?
• Qual foi a situação mais importante na recuperação da auto-estima?
• Que podemos fazer para defender nossa auto-estima quando nos sentimos
atacados?
• Que podemos fazer para ajudar nossos amigos e familiares quando sua
auto-estima está baixa?
• Crie alguns pontos de discussão para as perguntas que surgirem.
Atividades Opcionais:

1. Peça aos jovens que façam uma lista sobre como reagiriam a situações que
afetassem sua auto-estima, como poderiam se defender do efeito que
essas situações pudessem causar.

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2. Peça aos jovens que elaborem uma lista, durante um dia, sobre coisas ou
fatos que melhoraram sua auto-estima, e que apresentem suas listas em
pequenos grupos.
Adolescer
Objetivo: Possibilitar aos jovens uma reflexão sobre como percebem o processo
da adolescência.
Duração: 1 hora

Material: Sala ampla, aparelho de som, papel sulfite, lápis de cor ou cêra e hidrocor.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicitará ao grupo que faça um desenho representando como


eles percebem a fase da adolescência.
2. Após a realização dos desenhos, solicitar aos jovens que escrevam algo
sobre: Adolescência é...
3. Cada adolescente irá falar a respeito de seu desenho, relatando como
caracterizou a adolescência.
Sugestões para reflexão:

• Como o adolescente se percebe?


• Como o adolescente é visto pela Sociedade?
• De que forma o adolescente contribui com as transformações sociais?
Descobrindo a Adolescência
Objetivo: Conversar sobre o que é ser adolescente hoje e auxiliar os
adolescentes a identificarem suas possibilidades.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas de papel, pincéis atômicos para cada participante.

Desenvolvimento:

Com o grupo todo reunido, o facilitador solicitará a realização das seguintes tarefas:

1. Falar da infância:
◦ Imagine uma criança, seu nome, idade, o que ele gosta de fazer e de
brincar.
◦ Representem o que imaginaram através de um objeto.
◦ Falem do seu objeto para o grupo e, juntos, definam (numa frase ou
numa imagem) o que é ser criança.
2. Falar da adolescência:
◦ Pensem que a criança cresceu e entrou na adolescência.
◦ Falem sobre o que aconteceu com ela.
◦ Escolham um objeto que represente o adolescente ou sua própria
adolescência.
◦ os adolescentes apresentam seus objetos, conversam e definem o que
é adolescência.
◦ Discutem qual o objeto que representa melhor a passagem da
adolescência para a vida adulta.

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3. Falar do novo na adolescência:


◦ Solicitar que os participantes façam uma lista de acontecimentos
importantes em suas vidas, destacando a "primeira vez" em que
ocorreram.
Sugestões para reflexão:

• Refletir se é fácil ser adolescente.


• Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras.
• Com quem os adolescentes conversam sobre essa etapa de suas vidas.
Resultados esperados:

Verbalização de diferentes e semelhantes histórias de vida.

Oportunidade de reconhecer mudanças físicas e identificar pessoas com quem dividir essa etapa da vida.

Possibilidade de avanço no tema com a montagem de uma história, a partir da lista por eles elaborada.
Montam a história, criam personagens e enredos. Encenam ou relatam para o grupo e juntos discutem as
cenas.

Observação:

Podem surgir situações como o primeiro beijo, o primeiro não, a primeira transa e outras. O facilitador não
deve sugerir, ele deve esperar trabalhar com o material que surge do grupo, inclusive com o silêncio e as
inibições que possam eventualmente aparecer, tentando apontar seu significado.
Jogo das Aparências
Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem
na comunicação e percepções sobre outra pessoa.
Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, canetas e música alegre e movimentada.

Desenvolvimento:

1. Facilitador entrega um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em


branco para cada um dos participantes.
2. Pede para cada adolescente escrever no papel 3 características pessoais,
de maneira que, a partir dessas características, elo possa ser identificada
pelos outros participantes.
3. A seguir, os participantes dobram o papel e colocam-no dentro do balão.
4. Cada pessoa enche seu balão e quando estiverem cheios, devem ser todos
jogados para cima, ao mesmo tempo e ao som de música animada.
5. Quando a música parar, cada um pega o balão que estiver na sua frente e
o estoura.
6. Finalmente, cada adolescente lê o papel que encontrou dentro do balão e
tenta identificar a pessoa que tem as características descritas.
Sugestões para reflexão:

• Como adquirimos os estereótipos?


• Por que muitas vezes as aparências enganam?

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• Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das


pessoas? De que maneira?
• Tudo o que parece ser é? E o que é parece ser?
Resultado esperado:

Reflexão sobre o modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros e sobre os
estereótipos conhecidos pela comunidade.
Eu era assim fiquei assim
Objetivos: Construir coletivamente o conceito de adolescência e evidenciar o
conhecimento já existente no grupo sobre o tema em pauta.
Duração: 40 minutos.

Material: Folhas grandes de papel pardo, canetas pilot de 4 cores, caixas de gizão de cera, fitas crepe,
tubos de cola branca, tesouras, revistas velhas, sucatas em geral.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em dois subgrupos. Cada subgrupo, após discutir o tema a ser desenvolvido, fará dois
grandes cartazes coletivos sobre as características de uma criança e de umo adolescente brasileiro. Um
subgrupo abordará o sexo masculino e o outro, o sexo feminino.

Sugestões para reflexão:

• Os cartazes serão apresentados e discutidos em plenária. A discussão será


aprofundada pelo facilitador, com análise dos tópicos do tema o que é
adolescência, tendo como base o que foi expresso nos cartazes e o que
faltou.
• As novas idéias que surgirem deverão ser acrescentadas aos cartazes ou
escritas em uma folha de papel pardo, que será pregada ao lado deles.
Depois da discussão, será construído o conceito coletivo de adolescência,
que deverá ser exposto em local visível.
• Refletir com o grupo se as características levantadas são exclusivas dos
adolescentes ou se pertencem também às outras faixas etárias, como a dos
adultos. Ex.: Rebeldia (característica que pode ser do adolescente e do
adulto).
Eu era assim fiquei assim - II
Objetivos: Aprofundar a análise e o conhecimento sobre a fase evolutiva da
adolescência e evidenciar o conhecimento já existente no grupo sobre o tema
em pauta.
Duração: 20 minutos.

Material: Cartelas de cartolina amarela, branca e verde, fita crepe e canetas pilot.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 4 subgrupos. Pedir-lhes que observem os cartazes já


prontos e escrevam nas cartelas amarelas as modificações biológicas que
encontrarem nos cartazes, referentes à maturação sexual; nas cartelas
brancas deverão escrever as modificações do crescimento esquelético e nas
verdes as outras que encontrarem e que não se encaixarem nessas duas
modalidades.

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2. Unir os subgrupos de dois em dois para que analisem o trabalho que


fizeram, acrescentando nas cartelas as modificações pubertárias que estão
faltando. As cartelas serão pregadas com fita crepe em papel pardo,
separadas por cores.
Sugestões para reflexão:

• Pregar esses trabalhos em local visível e analisá-los em plenário. Construir


um trabalho coletivo com todas as modificações encontradas, colando-as
sob o título correspondente, cuidando para que essas modificações não
estejam repetidas ou faltando alguma. Colocar esse trabalho em local
visível.
• Durante o trabalho coletivo, o facilitador desfará os equívocos e as dúvidas
e aprofundará o tema.
Linguagem Popular
Objetivo: Introduzir a terminologia científica e fazer com que os jovens se
sintam mais à vontade em relação a ela.
Duração: 20 a 35 minutos.

Material: Folhas de papel e canetas.

Observação: Antes de apresentar esta atividade, escreva em cada folha de papel um dos seguintes
termos:

• Mulher Ato sexual


• Homem Masturbação
• Seios Testículos
• Pênis Menstruação
• Vagina Sexo oral
• Homossexual
Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade dizendo que os adultos e os adolescentes usam


muitos termos populares relacionados com a sexualidade.
2. Espalhe as folhas de papel pelo chão da sala. Em cima de cada uma,
coloque uma caneta.
3. Peça a todos que escrevam nas folhas os termos equivalentes que
conhecem. Devem ter inteira liberdade para escrever qualquer palavra.
4. Marque 15 minutos.
5. Em seguida, reúna o grupo para a discussão.
6. Peça a voluntários que leiam as listas em voz alta. Pergunte ao grupo como
se sentiu e em quê pensava ao desenvolver esta atividade.
7. Comente sobre o significado sóciocultural dos termos identificados e suas
implicações nas relações.
Linha da Vida
Objetivos: Lembrar dos acontecimentos e sentimentos importantes nas
diversas fases da vida.
Duração: 20 minutos.

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Material: Aparelho de som CD e fita com músicas que lembram as fases da vida.

Desenvolvimento:

1. 1. Colocar a música e pedir que se movimentem de acordo com o ritmo da


música, procurando fixar as lembranças e sentimentos que vão surgindo.
2. 2. No final, relatar os acontecimentos e sentimentos e relacioná-los ao
período da vida em que ocorreram.
Linha da Vida - II
Objetivo: Refletir sobre a vivência da sexualidade nas diferentes fases da vida.
Duração: 1 hora.

Material: 08 folhas de papel pardo, caneta hidrocor, fita adesiva, texto Confúcio.

Desenvolvimento:

1. 1. Colocar uma folha na extensão da folha de papel pardo, com uma linha
no meio separando por fases da vida:
◦ CRIANÇA;
◦ ADOLESCENTE ;
◦ ADULTO;
◦ IDOSO;
2. 2. Escrever na folha os fatos que marcaram em cada fase da vida.
3. 3. Apresentação das conclusões do grupo.
4. 4. Leitura e comentários do texto de Confúcio.
Sugestões para reflexão:

• Como vivenciamos a sexualidade e as mudanças em cada fase do


desenvolvimento?
• Como vivenciamos as vantagens e as limitações em cada fase do
desenvolvimento?
• Como vivermos plenamente cada fase de nossa vida?
Leitura do texto:

"Aos quinze anos orientei meu coração para aprender


Aos trinta plantei meus pés firmemente no chão
Aos quarenta, não mais sofria de perplexidade
Aos cinqüenta, sabia quais eram os preceitos do céu
Aos sessenta, eu ouvia com ouvido dócil
Aos setenta, eu podia seguir as indicações do meu próprio coração, pois o que
eu desejava não mais excedia as fronteiras da justiça." (Confúcio)
Conhecimento do Corpo
Objetivo: Fazer uma reciclagem sobre os conhecimentos de anatomia e
fisiologia do sistema reprodutor masculino e feminino.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas grandes (2 metros) de papel pardo e pincéis atômicos.

Desenvolvimento:

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Atividade em pequenos grupos

1. Com o grupo todo reunido, divida os participantes em grupos de 3 ou 4


adolescentes.
2. Distribua o material para a atividade (folha de papel pardo e pincel
atômico) entre os grupos.
3. Peça para os participantes desenharem como se vêem por fora e por
dentro.
4. Peça para destacar o que mudou na adolescência, usando pincel de uma
determinada cor.
5. Explique que os desenhos não precisam ser bonitos e que ninguém vai
corrigí-los.
6. Após a confecção dos desenhos, eles deverão ser guardados sem nenhum
comentário.
7. Inicia-se, então, o grupo de estudos. Após a discussão nos grupos de
estudos, com as novas informações recebidas, cada grupo faz a correção
do seu desenho.
Sugestões para reflexão:

• Mudanças físicas da adolescência.


• Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.
Resultados esperados:

• Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e


mulheres.
• Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.
• Possibilidade de avanço no tema com a montagem da história do
personagem - a partir do desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o
que faz, o que gostaria que acontecesse na sua vida e família).
Masturbação: Mitos e Realidade
Objetivo: Discutir o que é masturbação e por que tantos mitos cercam esta
prática sexual.
Duração: 50 minutos.

Material: Cópia do Caça-Palavras para todos, cópia dos textos Perguntas e Respostas sobre a Masturbação
e Você sabia que... para todos.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicita que façam o Caça-Palavras

Caçando palavras

Leia o texto abaixo e depois procure e marque as palavras EM DESTAQUE, no texto, no diagrama de letras.
Elas podem estar na horizontal, na vertical e de trás para frente.

P: É verdade que a MASTURBAÇÃO afina o pênis?

Não, não é verdade.


A masturbação não afina o PÊNIS, não deforma a VAGINA, não dá espinha, não

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emagrece, não deixa ninguém louco, não faz crescer pêlos na palma da mão e
nem interfere no TESÃO.
Isso tudo são mitos muito antigos. A masturbação é um ato que acompanha a
vida inteira das pessoas e cuja freqüência depende da idade, das experiências e
dos ENCONTROS de cada um.
Os ADOLESCENTES, tanto as meninas quanto os meninos, costumam
masturbar-se mais do que os adultos porque é nessa faixa etária que os
HORMÔNIOS SEXUAIS começam a se desenvolver. Além do mais, a
masturbação nessa fase da vida tem um sentido exploratório, de pesquisa e
experimentação do próprio CORPO na busca das áreas mais PRAZEROSAS.
Enfim, a masturbação é uma prática comum e natural de se buscar PRAZER, de conhecer o próprio corpo e
de se preparar para uma vida sexual gostosa.

DSROPROCAETZEAEFEZWPSQAXEFWCRYY
POILPPMLKPJGOPPEMOSEMOFLHMBPVRA
RMADOLESCENTEPDPAEPNSPEIOEUOAIE
AHORMONUPDPDWPKLAOLILFJEFFERPAO
ZVAGINAPTABCDEFGHIJSENCONTROSPE
EPHISIAUXESSOINOMROHPMIPGEPOEIO
RKPLPOOORPRAZEROZAPEPAPAEIOUPAI
PRMASTURBAÇAOPRQPAOASETJPBHSEQR

2. Cinco minutos depois, pergunta quem conseguiu achar todas as palavras.

3. Junto com eles, identifica o mito sobre masturbação no texto e levanta outros.

4. Finaliza, definindo o que é masturbação e em seguida solicita que um aluno leia as Perguntas e
Respostas sobre Masturbação e que outro leia o texto Você sabia que...

Perguntas e Respostas sobre Masturbação

P: O que é masturbação a dois? Isso é normal?

É, sim. A masturbação a dois é uma prática erótica na qual os namorados ficam se acariciando até
chegarem ao orgasmo. É considerada uma forma de se praticar sexo seguro pois, não existindo a
penetração, não transmite o vírus da aids.

P: Por que me sinto culpado toda vez que me masturbo?

Isso acontece porque muitos de nós receberam uma educação sexual repressora que vê o sexo como uma
coisa feia e suja. Mas não existe motivo nenhum para se sentir culpado: a masturbação é um ato natural e
não traz nenhum tipo de problema, nem físico nem psicológico.

P: Eu me masturbo todo dia. Será que quando eu tiver relações sexuais o meu/minha namorado vai
perceber isso?

Não, nem o menino nem a menina têm como saber se o outro se masturba ou não.

Você sabia que...

• A palavra masturbação vem do latim mano stuprare que significa sujar com
as mãos, carregando assim um forte significado negativo? Por este motivo,
alguns/as sexólogos querem mudar o nome masturbação para auto-
erotização.
• A masturbação pode ser a primeira maneira de uma pessoa experimentar
prazer sexual?

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• A masturbação é muito comum entre homens e mulheres de todas as


idades?
• A freqüência da masturbação varia de pessoa para pessoa e não existe
nenhum padrão do que é uma quantidade normal ou anormal?
• Objetos que possam machucar o próprio corpo ou o corpo do outro não
devem ser usados na masturbação?
• A masturbação, seja sozinho ou com umo parceiro, é uma das maneiras de
sentir prazer sexual sem arriscar uma gravidez ou uma doença
sexualmente transmissível, inclusive a aids?
Por quê tanta diferença?
Objetivo: Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre
homens e mulheres na sociedade.
Duração: 40 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas e cartolinas ou papel manilha.

Desenvolvimento:

1. Dividir os participantes em 6 grupos:


◦ 02 grupos do sexo masculino.
◦ 02 grupos do sexo feminino.
◦ 02 grupos mistos.
2. Solicitar a 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto
a discutirem em subgrupos:
◦ As vantagens de ser mulher.
◦ As desvantagens de ser mulher.
3. Solicitar 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto a
discutirem em subgrupos:
◦ As vantagens de ser homem.
◦ As desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens de ser homem
ou mulher.

Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.

Observação:

Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem sobre as vantagens e, às desvantagens de
ser mulher e vice-versa.

Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do outro.

Sugestões para reflexão:

• Qual a origem dessas diferenças?


• Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
• Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
• Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
• É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em "mulher" e
vice-versa?

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 14 de 37

• O que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e


"fêmea"?
Masculino ou Feminino
Objetivo: Evidenciar as diferenças entre os papéis sexuais dentro do nosso contexto cultural.

Duração: 30 minutos.

Material: Uma caixa, frases com comportamentos, papel pardo, hidrocor e aparelho de som.

Desenvolvimento:

1. Peça ao grupo que se sente em círculo. A seguir, coloque a música e


entregue a caixa com comportamentos escritos em pequenos papéis aos
participantes. Ao parar a música, quem tiver a caixa na mão deverá sortear
um comportamento, sem olhar; deverá lê-lo e classificá-lo enquanto
masculino ou feminino. Esta classificação deverá ser registrada em papel
pardo.
2. Ao final, analise os registros e discuta com o grupo acerca da classificação
dos comportamentos enquanto masculinos ou femininos.

FAZER CURSO DE INFORMÁTICA


TOMAR A INICIATIVA SEXUAL
URINAR EM PÉ
SAIR PARA UM CHOPP
PASSAR A ROUPA DA FAMÍLIA
SER GERENTE DE HOTEL
USAR ROUPAS ÍNTIMAS DELICADAS
TOMAR INICIATIVA PARA NAMORAR
USAR COSMÉTICOS
DIRIGIR CAMINHÃO
ORIENTAR SEXUALMENTE OS FILHOS
SER SENSÍVEL
CHORAR EM FILMES DRAMÁTICOS
USAR BRINCOS
TER FORÇA E CORAGEM
TER DOCILIDADE E ROMANTISMO
LAVAR LOUÇA
TER ESPÍRITO PRÁTICO
FUMAR CHARUTO

Mensagens dos Meios de Comunicação


Objetivo: Reconhecer algumas mensagens transmitidas pela televisão e outros
meios de comunicação, sobre os papéis sexuais e as relações pessoais.
Duração: 50 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Observação: Antes de propor esta atividade, verifique se é adequada para a comunidade onde você está
trabalhando. Nas áreas rurais, por exemplo, a televisão pode não ser muito comum. Nesse caso, utilize
revistas, rádio e outros meios de comunicação existentes. (Leia "Atividades Opcionais"). Se nem todos os

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 15 de 37

participantes do grupo tiverem televisão, uma opção é gravar em vídeo alguns anúncios e programas e
assistir juntamente com o grupo.

Desenvolvimento:

1. Sem muitas explicações, peça ao grupo que assista a programas de TV


durante duas horas.
2. Informe que as duas horas devem incluir pelos menos cinco anúncios, um
programa sobre família e uma novela sobre relações entre casais.
3. Distribua uma Ficha de Trabalho "Mensagens dos Meios de Comunicação" a
cada participante e peça-lhe que a preencha quando terminar de assistir
aos programas. Você pode dar alguns exemplos.
4. Solicite aos jovens que tragam a Ficha de Trabalho na sessão seguinte,
quando serão discutidos os seguintes pontos:
Sugestões para reflexão:

Parte I

1. Em que tipos de atividades estiveram envolvidos os homens e as


mulheres?
2. Você percebeu alguns padrões nos quais homens e mulheres estivessem
representados?
3. Que tipos de produtos eram anunciados pelas mulheres? E pelos homens?
4. Você acha que os anúncios são realistas?
Parte II

1. Que papéis foram desempenhados por homens e mulheres em relação à


família?
2. Quem exercia papel dominante nas famílias? Alguém representou algum
papel não tradicional?
3. A família apresentada no programa parecia real?
4. Quem eram os personagens que estavam envolvidos em relações
românticas no programa sobre casais?
5. Os casais apresentados eram casados?
6. As relações românticas mostradas pareciam realistas?
7. Você acha que a televisão reflete os valores de sua família? Ou de seus
amigos?
Atividades opcionais:

1. Se na comunidade não existe televisão ou se deseja explorar outras fontes de mensagens, o


coordenador pode propor uma "pesquisa sobre mensagens dos meios de comunicação". Esta atividade
assemelha-se à "pesquisa sobre estereótipos" e consiste em procurar exemplos de estereótipos e
mensagens sexuais na comunidade, incluindo cartazes, filmes, pessoas e eventos.

A seguir, estão alguns exemplos de imagens que os participantes podem apresentar:

• Uma mulher como objeto sexual.


• Um homem machista.
• Uma mulher vítima de violência.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 16 de 37

• Uma imagem promovendo a promiscuidade.


• Uma imagem promovendo a paternidade responsável.
A discussão deve iniciar o conteúdo da mensagem e o que podemos fazer para mudar as imagens
estereotipadas ou irreais pelos meios de comunicação.

2. Outra alternativa para esta atividade é solicitar que cada participante traga três dos seus anúncios
preferidos. Peça que cada um apresente os anúncios ao grupo e que responda às seguintes perguntas:

• Que imagem das mulheres é apresentada?


• Que imagem dos homens é apresentada?
• O que esses anúncios mostram como sendo "correto" fazer?
• Como os anunciantes dizem que você mudará se consumir seus produtos?
• Você gostaria de que sua irmã ou seu irmão menor seguisse o modelo no
anúncio? Por quê?

Ficha de Trabalho - Mensagens dos meios de comunicação


PARTE I:
Analise 5 comerciais de televisão e preencha as lacunas. Observe o exemplo.

Nome do Produto Papel do Personagem Sexo Local

Exemplo Cera para chão Dona-de-casa - Cozinha

Com.1 ______________________________________________________________________

Com.2 ______________________________________________________________________

Com.3 ______________________________________________________________________

Com.4 ______________________________________________________________________

Com.5 ______________________________________________________________________

PARTE II:

Agora, assista a um programa de TV sobre família e descreva os principais personagens:

Nome do Programa: ___________________________________________________________

Personagens Sexo Características e atitudes

1.
__________________________________________________________________________

2.
__________________________________________________________________________

3.
__________________________________________________________________________

4.
__________________________________________________________________________

5.
__________________________________________________________________________
PARTE III:

Assista a uma novela sobre casais e relações. Que mensagens sobre amor e sexo são
veiculadas?

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 17 de 37

Nome do Programa: ___________________________________________________________

Mensagens de amor e sexo:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Estou Satisfeito como Sou


Objetivo: Conscientizar os participantes do grupo sobre seus sentimentos em
relação ao sexo a que pertencem.
Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Papel, canetas e fita adesiva.

Desenvolvimento:

1. 1. Divida o grupo em pequenos subgrupos do mesmo sexo.


2. 2. Peça que pensem em todos os finais possíveis para as seguintes frases:
Grupos de moças: "Estou satisfeita em ser mulher porque..." Grupos de
rapazes: "Estou satisfeito em ser homem porque..."
3. 3. Dê exemplos.
4. 4. Peça que cada subgrupo complete a frase, anotando as respostas numa
folha de papel, durante aproximadamente 10 minutos.
5. 5. A seguir, peça aos grupos que façam o mesmo com outra frase: Grupos
de moças: "Se fosse homem, eu..." Grupos de homem: "Se fosse mulher,
eu..."
6. 6. Peça que anotem os finais para as frases, durante 10 minutos.
7. 7. Peça a voluntários de cada subgrupo que copiem as frases de seu
subgrupo no quadro-negro, na seguinte ordem:
1. Respostas das moças:
Estou satisfeita em ser mulher. "Se fosse homem, eu ... Porque..."
2. Respostas dos rapazes:
Estou satisfeito em ser homem. "Se fosse mulher, eu... Porque..."
8. 8. Promova uma discussão sobre os seguintes pontos:
◦ Algumas das respostas foram iguais para os dois grupos?
◦ Foi difícil pensar em razões pelas quais estão satisfeitos com seu
sexo?
◦ Foi difícil pensar nas vantagens de pertencer ao outro sexo?
◦ Quais das vantagens em ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
◦ É possível ser homem e ter ou fazer algumas das coisas listadas em
"mulher"? (e vice-versa?)
◦ Podemos pensar em alguma mulher conhecida que apresente algumas
das características listadas em "homem"? (e vice-versa?)
◦ Que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e
"fêmea"? O que significa o termo "andrógino"?

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 18 de 37

Atividades opcionais: Outra atividade que pode ajudar o grupo a entender qual o papel "atual" do
homem e da mulher é "O Marciano". Consiste em se tentar explicar a um "marciano" as diferenças entre
homens e mulheres. O coordenador do grupo é um "marciano" recém-chegado ao nosso planeta que quer
saber quais são as diferenças entre homens e mulheres, uma vez que em Marte, tais diferenças não
existem. O marciano pede ao grupo que mencione todos os tipos de diferenças: físicas, psicológicas,
sentimentos, pensamentos e de expressão das emoções. Depois, quer saber quais as que não se alteram
com o tempo, o lugar, a cultura. Só devem restar as diferenças físico-sexuais. Como tema de discussão,
pede-se ao grupo que reflita como, a partir de diferenças físicas, o processo de socialização nos leva a
comportamentos diferentes para homens e mulheres (Esta atividade foi adaptada de Peru-Mulher, Lima,
Peru).
Relações Masculinas e Femininas
Objetivo: Analisar a maneira pela qual o fato de ser homem ou mulher afeta as
reações das pessoas e suas relações.
Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Desenvolvimento:

1. Distribua a Ficha de Trabalho.


2. Divida o grupo em subgrupos e peça que cada um escolha um relator.
3. Escolha um caso para cada subgrupo.
4. Solicite um jovem de cada subgrupo para que leia o caso indicado, em voz
alta, para o seu subgrupo.
5. Cada subgrupo deverá analisar as seguintes questões:
◦ Como você reagiria nesta situação?
◦ Como você acha que seus pais teriam reagido quando eram jovens?
6. Após 10 minutos, reúna todo o grupo para comentar as reações
apresentadas e os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

• Peça a voluntários que expliquem por que teriam aquelas reações e como
acreditam que as pessoas reagiriam 20 anos atrás.
• O que mudou?
• O que provocou essas mudanças?
• De que forma os papéis sexuais afetaram as relações entre homens e
mulheres? Você considera essas mudanças positivas ou negativas?
Atividades opcionais: Peça aos jovens que conversem com seus pais a respeito das reações a essas
situações 20 anos atrás e perguntem a eles que reações teriam. Discuta na sessão seguinte.

Ficha de Trabalho - Reações Masculinas e Femininas


Estudo de casos

1. Miguel vai convidar Laura para sair com ele pela primeira vez. Ele gostaria de
jantar fora e depois ir ao cinema. Miguel acha que Laura deveria dividir a conta
com ele. O que deve fazer? O que ela deve fazer?

2. Rosa está interessada em Roberto há alguns meses. Ela acha que ele também
está interessado nela, mas que é muito tímido para convidá-la para sair. Rosa
pensa em falar com ele e convidá-lo para sair com ela, mas tem medo de
assustá-lo. O que acontecerá se ela o convidar?

3. Marina e José estão casados há dois anos. Os dois sempre trabalharam fora.
Agora Marina está grávida, mas quer voltar a trabalhar o mais rápido possível,

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 19 de 37

após o parto. Seu marido quer que ela fique em casa até que a criança entre na
escola. O que ela deve fazer?

4. Samuel quer comprar uma boneca para seu irmão de 3 anos. Ele já viu
algumas muito bonitas na loja. Mas, quando comenta isso com seu amigo João,
este responde: "Meninos não brincam com bonecas". O que Samuel deve fazer?

5. Margarida está doente e Carlos lava a roupa e cozinha, porque eles não têm
dinheiro para pagar uma empregada. Carlos começa a perceber que seus amigos
zombam dele e dizem que essas tarefas são para as mulheres. O que Carlos pode
fazer para que seus amigos deixem de aborrecê-lo, sem magoá-los nem brigar
com eles?

6. Maria e Pedro vivem no campo e estão casados há pouco tempo. Pedro vai à
capital para trabalhar durante dois meses. Enquanto ele está fora, a casa tem de
ser reparada e pintada devido aos estragos provocados pelas chuvas. Como
Pedro está ausente, Maria tem de fazer o serviço. Quando Pedro volta, seus
amigos o recriminam por não cuidar de sua mulher. O que ele deve fazer? Maria
agiu corretamente?

Árvore dos Valores


Objetivo: Fazer com que o grupo perceba como se dá a construção e a
reprodução dos papéis de gênero.
Duração: 50 minutos.

Material: Folhas de sulfite/papel ofício divididas em três partes, canetas hidrográficas, fita crepe ou
gomada e cartaz com desenho de uma árvore com raiz aparente, tronco e galhos, com aproximadamente 2
m de altura.

Desenvolvimento:

1. Colar o cartaz com a árvore na parede.


2. O facilitador solicita que o grupo se divida em subgrupos e discuta todas as
instruções, frases, brinquedos e brincadeiras que são dadas para meninos e
meninas, diferentemente.
3. Pede que escrevam cada uma delas em uma parte da folha de sulfite.
4. Quando terminarem, cada grupo fixa suas folhas na raiz da árvore.
5. Depois, pede que reflitam quem é o responsável pela reprodução destas
instruções. Em geral saem: família, escola, sociedade como um todo,
religião e mídia.
6. O facilitador escreve o nome dessas instituições no tronco.
7. O facilitador solicita que novamente os pequenos grupos pensem quais são
as características psicológicas, as tendências profissionais e o
comportamento em relação a sexualidade e afetividade, dos adultos e de
homens e mulheres, que são criados com essas orientações.
8. Novamente, colocam-se os resultados da discussão na árvore, agora como
frutos.
O Beijo
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a se desinibirem e preparar o grupo para
uma discussão sobre sexualidade.
Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e boneca infantil.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 20 de 37

Desenvolvimento:

Atividade em grande grupo:

1. O facilitador pede para o grupo sentar em círculo.


2. Mostra uma boneca e explica que todos devem dar um beijo numa parte da
boneca, uma de cada vez, porém não se pode beijar uma parte que já foi
beijada. Exemplo: o facilitador dá um beijo no dedo do pé da boneca e a
passa para a pessoa que está ao seu lado; essa dá um beijo na nuca e a
passa para outra pessoa e assim por diante.
3. Quando todos tiverem beijado a boneca, a mesma volta para o facilitador.
4. O facilitador solicita, estão, que agora deve ser dado um beijo na colega ao
lado, no mesmo lugar em que foi dado na boneca. Exemplo: o facilitador dá
um beijo no dedo do pé da pessoa ao seu lado e a próxima, na nuca, e
assim por diante.
5. Inicia-se o debate livre sobre o que cada um sentiu e faz-se reflexões sobre
a atividade.
Sugestões para reflexão:

• Por que é difícil expressar carinho?


• Por que é mais fácil expressar carinho em uma boneca do que em uma
pessoa?
• Por que homem não beija homem?
Resultado Esperado: Verbalização dos sentimentos e o papel da sexualidade na vida dos adolescentes.
O Festival dos Dois Minutos
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém com diferenças quanto às emoções,
idealizações, sonhos e expectativas.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, tiras de papel, canetas coloridas e cola.

Desenvolvimento:

1. O facilitador escreverá em tiras de papel uma lista de profissões e o sexo


correspondente. Por exemplo: professor, médico, estudante, cantor,
político, cozinheiro, vendedor e o sexo:
◦ Professor: estudante homem
◦ Professora: estudante mulher
2. O facilitador distribuirá os papéis entre os adolescentes. Ninguém pode
revelar o sexo.
3. Cada um busca a sua dupla apenas pela profissão.
4. As duplas têm um minuto para combinar uma cena. Improvisam,
apresentam-se como profissionais.
5. Em seguida, cada dupla (por profissão) tem 1 minuto para se apresentar.
6. Todos se apresentam. O grupo tenta identificar o sexo de cada elemento da
dupla.
7. No final, o facilitador abre espaço para comentários e debate sobre
estereótipos.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 21 de 37

Sugestões para reflexão:

O que a família, a escola e a sociedade ensinam aos meninos e meninas sobre ser homem e ser mulher?

Resultado esperado: Debate das concepções de gênero e características femininas e masculinas ligadas
às diferentes profissões.
Jogo da Mochila
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém singular em desejo, pensamento,
maneira de perceber o mundo; considerar os riscos decorrentes de se guiar
apenas pelo desejo próprio.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas, jornais atuais e
cola.

Desenvolvimento:

Atividade em grupo:

1. O facilitador divide os adolescentes em 2 grupos.


2. Um dos grupos monta uma mochila contendo objetos que os homens
costumam usar ou levam para viagem, para a escola, etc...
3. Outro grupo monta uma mochila contendo os objetos das mulheres.
Dicas para o facilitador:

• Se não encontrar objetos no local, desenhá-los ou escrever seus nomes


num papel.
• Os dois grupos não podem se comunicar nesta hora. É surpresa!
• A mochila pode ser um saco de supermercado contendo os objetos.
Atividade com o grande grupo:

1. Os dois grupos tentam adivinhar o que tem dentro das mochilas.


2. Cada grupo ganha pontos pelos acertos.
3. No final, cada grupo mostra todos os objetos de cada mochila, colocando-
os sobre o chão.
Variações:

1. Observar as mochilas;
2. Dar um adjetivo/qualidade para o homem e para a mulher de acordo com o
que tem na mochila. Exemplo: ele/ela é faceira...
3. Fazer uma troca de objetos de uma mochila para a outra (um a um) e ir
nomeando o personagem. Exemplo: agora ele/ela ficará _______ a cada
mudança que ocorre.
4. Pode-se acrescentar novos objetos.
5. Retirar de cada mochila o que mais caracteriza ser essa mochila de mulher
ou de homem.
6. Ao final da atividade, o facilitador propõe uma síntese que aborde as
semelhanças e diferenças que observarem durante o jogo.
Sugestões para reflexão:

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 22 de 37

• Qual a origem dessas diferenças?


• Como essas diferenças afetam mulheres e homens?
• Discutir valores, preconceitos, mitos que surgem durante o jogo.
Resultado esperado:

Pensar nas questões de gênero: o que é esperado do homem e o que é esperado da mulher na sociedade.
Estereótipos
Objetivo: Conversar sobre os estereótipos que dificultam a expressão dos
adolescentes; conhecer como um "modelo pronto" interfere nos sentimentos e
na vivência da sexualidade de homens e mulheres.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel, canetas coloridas e fita crepe.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede ao grupo para lembrar frases que se ouve desde criança
(em casa, na escola, na tv) que têm a ver com sexualidade.
2. Todas as frases são escritas em tiras grandes de papel.
3. O grupo faz um meio-círculo. Um garoto e uma garota ficam de pé, de
frente para o grupo.
4. os adolescentes lêem as tiras de papel e colocam, uma a uma, sobre as
partes do corpo onde se relacionam essas mensagens. Por exemplo:
"Homem que é homem não chora". Onde colocar? Na frente do coração do
garoto?
5. O grupo observa onde ficam as frases e discute semelhanças e diferenças
que há na educação dos meninos e das meninas, as conseqüências deste
modelo e possíveis mudanças.
Sugestões para reflexão:

• Quais as possíveis mudanças desse modelo?


• Por que homem não pode chorar?
Resultados esperados:

Reconhecimento da construção social das condutas para homens e mulheres.


Vivência da possibilidade de mudanças do modelo de gênero imposto pela sociedade.
Jogos dos Mitos e da Realidade
Objetivo: Refletir sobre os mitos relacionados à anatomia, fisiologia,
anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Duração: 30 a 45 minutos.

Material: Tiras de papel com frases escritas (ver as frases na Folha de Recursos do Coordenador) e
quadro-negro ou folhas grandes de papel.

Observação: Leve em conta a sensibilidade dos adolescentes. Se o grupo rir da resposta de algum deles,
lembre que todo mundo acredita num mito.

Desenvolvimento:

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 23 de 37

1. Diga aos jovens que vocês vão participar de um jogo que os ajudará a
saber a verdade sobre os mitos relacionados com a sexualidade. Esclareça
que, embora sexo e sexualidade estejam presente em todas as áreas de
nossa sociedade (televisão, livros, revistas e filmes), raramente a
informação correta é fornecida. Explique que os mitos, boatos e
superstições freqüentemente são aceitos como realidade.
2. Divida o grupo em duas equipes e peça que fiquem em lados opostos da
sala. Cada subgrupo deverá escolher um nome para si.
3. Apresente as tiras com as frases viradas para baixo. Peça a um voluntário
de uma das equipes que escolha um dos papéis e leia o que está escrito
em voz alta. Os membros da equipe podem falar entre si durante algum
tempo para determinar se a frase é um mito ou uma realidade. O
voluntário que fez a leitura deve anunciar a decisão final do grupo.
4. Em seguida, diga se a resposta está correta e marque um ponto sob o
nome da equipe num cartaz.
5. Continue com os demais voluntários das equipes, até que todas as frases
tenham sido discutidas.
6. Marque um tempo para a discussão de cada frase. Aproveite esse tempo
para dar informações adicionais, caso necessário.
7. Comente os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

• Pergunte ao grupo se tem perguntas sobre alguns dos mitos.


• Diga ao grupo que muitas pessoas acreditam em alguns mitos, e que estes
variam de acordo com época e a cultura.
• De onde provêm? Onde adquirimos informações sobre a sexualidade? É
correta a informação que adquirimos? Onde podemos obter informações
corretas?
Atividades opcionais: Peça aos adolescentes que discutam os mitos sexuais com seus pais. Além disso,
que verifiquem os mitos em que seus pais acreditavam quando eram jovens. Marque cinco minutos para
discutir os mitos dos pais na sessão seguinte.

Folha de Recurso do Coordenador


Mito ou realidade?

A seguir, apresentamos algumas frases, com instruções para utilização no jogo


de mitos e realidade. Leia cuidadosamente cada uma das frases para ver se são
adequadas à sua comunidade e acrescente informações relevantes sobre as
políticas e as leis que regulam a saúde reprodutiva dos jovens (quando escrever
as frases, não escreva "Mito" ou "Realidade"):

Mito 1 - Quase todos os adolescentes já tiveram relações sexuais ao completar


19 anos. Pesquisas indicam que muitos adolescentes brasileiros tiveram relações
sexuais antes dos 19 anos, mas, por outro lado, uma grande percentagem delos
escolheu não ter relações sexuais durante a adolescência, ou antes do
casamento.

Realidade 2 - Uma vez que uma menina tenha tido sua primeira menstruação,
poderá ficar grávida. Quando uma menina começa a ter os períodos menstruais,
significa que seus órgãos reprodutores começaram a funcionar e que, por isso,
pode ficar grávida. Entretanto, isso não quer dizer que esteja pronta para ter um
filho, nem que seu corpo esteja maduro para tê-lo.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 24 de 37

Realidade 3 - Antes de ter sua primeira menstruação, a menina pode ficar


grávida. Como os ovários podem liberar um óvulo antes de seu primeiro período
menstrual, é possível, mas não freqüente, que fique grávida antes da primeira
menstruação.

Mito 4 - Não é saudável para a menina lavar a cabeça ou nadar durante o seu
período menstrual. Não há razão nenhuma para que uma mulher restrinja suas
atividades durante a menstruação. Atividade física diminui cólicas menstruais.

Mito 5 - Sem penetração e ejaculação vaginal não há risco de gravidez. Pode


ocorrer a gravidez sem penetração, caso o rapaz ejacule próximo a vagina (sexo
nas coxas).

Mito 6 - Umo adolescente precisa da autorização dos pais para solicitar métodos
anticoncepcionais num serviço de planejamento familiar. Os serviços de
planejamento familiar geralmente asseguram o sigilo de seus atendimentos
(Observação ao coordenador: verifique se isso ocorre em sua comunidade).

Realidade 7 - os jovens podem ter doenças sexualmente transmissíveis sem


manifestar sintomas. Algumas doenças sexualmente transmissíveis manifestam
sintomas facilmente reconhecíveis, outras não. A gonorréia, por exemplo,
geralmente não apresenta sintomas na mulher. É importante consultar um
médico se há suspeita de infecção, ou contato sexual com pessoa infectada.

Mito 8 - Uma moça não pode engravidar se teve poucas relações sexuais. Uma
mulher pode ficar grávida sempre que mantém relações sexuais, inclusive na
primeira vez.

Realidade 9 - Uma moça pode ficar grávida se tiver relações sexuais durante a
menstruação. É possível que uma moça fique grávida durante seu período
menstrual. Se os ciclos menstruais são curtos e o período menstrual longo, a
ovulação pode ocorrer no final da menstruação.

Mito 10 - As pílulas anticoncepcionais causam câncer. As pílulas, na realidade,


protegem as mulheres contra dois tipos de câncer dos órgãos reprodutores
(câncer endometrial e câncer dos ovários). Entretanto, a pílula é um dos métodos
anticoncepcionais mais seguros e eficazes e quaisquer que sejam os efeitos
colaterais e riscos, estes são menores que as conseqüências da gravidez e do
parto.

Mito 11 - A ducha previne a gravidez. A ducha vaginal não é um método


anticoncepcional e deve ser evitada, pois pode provocar infecções vaginais e após
a relação ajuda a levar o sêmen para dentro do útero.

Mito 12 - Uma vez que se tenha curado da gonorréia, não se volta a contraí-la.
Uma pessoa pode adquirir gonorréia tantas vezes quanto tenha relações sexuais
com um parceiro infectado. Por isso, é importante que qualquer pessoa que tenha
sido tratada de gonorréia (ou de qualquer outra doença sexualmente
transmissível) certifique-se de que seu parceiro sexual também seja tratado.

Realidade 13 - As camisinhas ou preservativos ajudam a prevenir a propagação


das doenças sexualmente transmissíveis. As camisinhas são um método
anticoncepcional efetivo, e também um modo eficaz de prevenir a propagação de
muitas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a aids.

Realidade 14 - os adolescentes podem receber tratamento para doenças


sexualmente transmissíveis sem permissão dos pais. Como no caso de
fornecimento de métodos anticonceptivos, as clínicas e os médicos geralmente
não exigem permissão dos pais para o tratamento de doenças sexualmente
transmissíveis. (Observação ao coordenador: verifique as leis ou políticas atuais).

Mito 15 - O álcool e a maconha são estimulantes sexuais. Têm exatamente o


efeito contrário. O álcool e a maconha podem aumentar o desejo e reduzir as

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 25 de 37

inibições, mas dificultam o ato sexual por reduzir o fluxo de sangue da área
genital.

Mito 16 - Uma moça pode saber sempre exatamente qual é o seu período fértil,
a fim de evitar a gravidez. Ninguém pode estar absolutamente segura de quando
ovula. Embora os métodos não naturais (Billings, tabela, temperatura) possam
funcionar com alguns casais, são muito seguros, e implicam em muitas regras
rígidas sobre quando o casal pode ter relações sexuais. Esses métodos podem ser
de difícil utilização pelos jovens.

Mito 17 - Há tratamento para o herpes. Existem drogas para evitar os sintomas


do herpes, mas não há cura para essa doença.

Mito 18 - As meninas, em geral, são estupradas por estranhos. Uma grande


percentagem dos estupros registrados é realizada por homens conhecidos das
mulheres (amigos ou parentes).

Realidade 19 - O Câncer dos testículos é mais comum entre homens jovens.


Realmente, o câncer dos testículos é a forma de câncer mais comum entre os
homens de 15 a 34 anos. O diagnóstico precoce é importante para a cura; um
médico pode treinar os jovens no auto-exame dos testículos.

Mito 20 - Um homem com o pênis maior é sexualmente mais potente do que um


homem com pênis pequeno. O tamanho do pênis não tem relação alguma com a
potência sexual.

Mito 21 - Uma vez que o homem esteja excitado e tenha uma ereção, deve
continuar até o fim, porque pode ser perigoso interromper o processo. Não é
perigoso não ejacular, depois do homem ter tido uma ereção. Às vezes, o rapaz
pode se sentir mal caso se mantenha excitado durante um longo período. Isso
passará se ele conseguir relaxar.

Realidade 23 - Uma moça pode ficar grávida na primeira vez em que mantém
relações sexuais. Uma moça pode ficar grávida na primeira vez ou em qualquer
das vezes em que tenha relações sexuais, a menos que utilize um método
anticonceptivo eficaz.

Mito 24 - A masturbação pode causar doenças mentais. A masturbação não


causa nenhuma doença física ou mental.

Mito 25 - Se um jovem ou uma jovem mantém qualquer tipo de relação sexual


com uma pessoa do mesmo sexo, significa que é e sempre será homossexual.
Muitos adolescentes tem experiências homossexuais durante seu
desenvolvimento, mas isso não quer dizer que são homossexuais.

Mito 26 - Se uma pessoa tem um parceiro e se masturba, é sinal de que tem


problemas com o parceiro. Muitas pessoas se masturbam de vez em quando, até
mesmo as pessoas casadas, e isso não significa que existem problemas entre o
casal.

A Visita do E.T
Objetivo: Auxiliar os adolescentes em questionamentos relativos à sexualidade.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos, fita crepe e adereços para a cabeça.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede a todos que caminhem pela sala.


2. Avisa que chegaram E.T.s na Terra e querem saber sobre a sexualidade
dos humanos.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 26 de 37

3. O facilitador comenta que apareceram 5 jornalistas para conversar com os


E.T.s e coloca crachás com a instrução "Imprensa" em 5 participantes.
4. Em seguida, o facilitador pede que formem 5 grupos de E.T.s, com 1
jornalista em cada grupo, sentados no chão.
5. Esses 5 jornalistas registram as perguntas que os E.T.s fazem sobre
sexualidade dos terráquios.
6. Para cada grupo, é dada 1 cartolina e 1 pincel atômico; o jornalista anota
os itens interessantes perguntados pelos E.T.s e procura respondê-los.
7. A prefeitura também pode ajudar a enviar 5 consultores da cidade para
complementar as dúvidas dos E.T.s (nesse caso, poderão ser envolvidos
outros facilitadores da instituição. Por exemplo: alunos do curso de
graduação em enfermagem).
8. Antes de finalizar, o facilitador pergunta se as expectativas dos E.T.s foram
atendidas e pede aos jornalistas que afixem a matéria da reportagem (as
cartolinas) na parede.
Sugestões para reflexão:

• Refletir se é fácil ou não falar sobre sexualidade.


• Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras?
• Com quem os adolescentes sentem-se mais a vontade para conversar
sobre sexualidade.
Resultado esperado: Verbalização de fantasias e assuntos desprovidos das "amarras sociais", isto é, de
preconceitos, estigmas, estereótipos e crenças.
Conhecendo nosso Corpo II
Objetivo: Conhecer o funcionamento do aparelho reprodutor masculino e
feminino, levantando mitos e tabus sobre o assunto.
Duração: 1 hora.

Desenvolvimento:

1. 1. Manter a mesma divisão dos grupos e sortear as turmas: Ovulação -


menstruação - masturbação - poluição noturna.
2. 2. Levantar nas discussões conhecimento prévio em mitos e tabus
existentes.
3. 3. Apresentação para o fechamento da atividade.
4. 4. Esclarecer as dúvidas.
5. 5. Falar sobre os mitos e tabus existentes naquela comunidade
O que recebo? E o que Dou?
Objetivo: Refletir sobre a existência de diferentes relações interpessoais que
demonstre as distintas necessidades de reconhecimento, valorização, inclusão,
afeto, atenção e interesse.
Duração: 30 minutos.

Material: Formulário - O que recebo? O que dou?

Desenvolvimento:

1. Distribuir a ficha, para ser respondida individualmente

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 27 de 37

2. Cada treinando vai preencher os espaços em branco, com o nome de


pessoas do seu relacionamento (pai - mãe - irmão - amigo - namorado...)
3. Na coluna perpendicular ao nome, marcar com "X" apenas os lugares onde
são compartilhados aquele carinho com a pessoa indicada na linha de cima.
Sugestões para reflexão:

• Fale das facilidades e/ou dificuldades para realizar a atividade.


• Que critérios você utiliza na hora de dar e receber carinhos?
• Como a escolha destes critérios afeta a sua vida?
Ex:

O que recebo? O que dou? Ponha uma cruz no local correspondente:


Eu recebo de Pai Irmão Tio

Beijos X

Frases carinhosas X X

Brincadeiras de mau gosto X


_____________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Eu recebo de_________________________________________________________________

Beijos______________________________________________________________________

Abraços _____________________________________________________________________

Frases carinhosas ____________________________________________________________

Brincad. de mau gosto _________________________________________________________

Maltrato
_____________________________________________________________________

Consolo ____________________________________________________________________

Compreensão ________________________________________________________________

Aborrecimento _______________________________________________________________

Gritos ______________________________________________________________________

Ajuda ______________________________________________________________________

Conversa ___________________________________________________________________

Atenção ____________________________________________________________________

Gestos de carinho ____________________________________________________________

Carícias ____________________________________________________________________

Conquistas _________________________________________________________________

Pedido de opinião ____________________________________________________________

Informação __________________________________________________________________

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 28 de 37

Ficar é... Namorar é....


Objetivo: Refletir sobre a importância da afetividade e do encontro humano nos
relacionamentos amorosos e identificar as diferenças da maneira de se
relacionar dos meninos e das meninas, e como estas diferenças influenciam em
seus comportamentos amorosos.
Duração: 40 minutos.

Gostaria de que meu namorado, Não gostaria de que meu namorado

ou minha namorada fosse: ou minha namorada fosse:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Material: Cartolinas, revistas velhas, tesouras, cola branca, gizão de cera e hidrocor, canetas pilot e papel
chamex.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 2 subgrupos. Solicitar que um deles discuta o que é ficar e o que é namorar. Estes
subgrupos apresentarão os seus trabalhos com diferentes formas de comunicação. O 1º fará uma colagem,
o 2º fará uma pequena dramatização.

Sugestões para reflexão: Após as apresentações, o facilitador discutirá com o grupo a importância do
relacionamento amoroso na adolescência e em todas as idades, ressaltando os fatores individuais e
culturais que nele influenciam, dando ênfase às relações de gênero, e como esses fatores interagem nas
idealizações pessoais como a crença de que existe alguém que corresponderá a todas as idealizações
criadas, na convivência de duas pessoas e na saúde sexual.
Negociação
Objetivo: A instrumentalização para a negociação do uso de anticoncepcionais
com os parceiros, o reconhecimento e a busca de possíveis soluções frente a
conflitos no relacionamento.
Duração: 60 minutos.

Material: Um roteiro para cada grupo.

Desenvolvimento:

1. 1. O facilitador explica a dinâmica e pede aos participantes que se


subdividam em grupos de até 6 pessoas.
2. 2. Após, designará um roteiro que deverá ser encenado pelo grupo. O
grupo montará uma encenação usando quantos personagens achar
necessário.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 29 de 37

3. 3. Após o tempo estabelecido para o preparo da encenação, reúne os


grupos e pede a cada um que represente para os demais.
4. 4. Depois que todos os grupos se apresentarem, faz as observações
necessárias acerca do trabalho. Explora, também, as sensações
experimentadas por esta vivência.
5. 5. Fecha o exercício informando-os que antes de se iniciar uma negociação,
é necessário pensar:
◦ Quais são os meus argumentos?
◦ Quais serão os argumentos da outra pessoa e como poderei responder
a eles?
◦ Até onde posso ceder?
◦ Qual a solução melhor para as duas partes?

Roteiros
Grupo I
Jade e Daniel estão tendo relação sexuais há três meses e até agora não usaram
nenhum método contraceptivo. Eles têm medo de ir a uma farmácia ou a um
posto de saúde porque acham que todo mundo vai ficar sABEndo que eles estão
transando.

Todo mês ficam nervosíssimos, morrendo de medo da menstruação de Jade


atrasar.

Representação

• Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.


• Sugerir uma solução.
Grupo II

Lena e Felipe estão transando há seis meses. O método que estão usando é a
tabelinha, só que, mesmo marcando tudo direitinho na sua agenda e sendo super
regulada, Lena está muito insegura.

Ela acha que Felipe poderia usar a camisinha, já que é fácil de comprar e assim
ela não vai dar bandeira em casa. Acontece que Felipe é terminantemente contra.

Representação

• Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.


• Sugerir uma solução.
Grupo III

Fernando e Dorothy já namoram há três meses. Um dia, os pais de Dorothy


foram viajar e ela convidou Fernando a ir até lá. Ele disse que ia, mas que ficaria
só um pouco porque no dia seguinte tinha prova de matemática e ele estava indo
muito mal nesta matéria. Quando ele chegou Dorothy disse que eles deveriam
aproveitar a ocasião e ficar transando a tarde toda.

Quando Fernando disse que não dava porque estava preocupado com a prova,
Dorothy ficou muito brava dizendo que ele não era homem.

Representação

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 30 de 37

• Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.


• Sugerir uma solução.

Casos e Casos
Objetivo: Encorajar os adolescentes a buscarem soluções decisivas para as
situações da vida real.
Duração: 40 minutos.

Material: Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel sulfite, folhas com
situações descritas.

Desenvolvimento:

1. Dividir a turma em grupos de cinco participantes.


2. Entregar para cada grupo uma descrição de uma situação diferente, para
que o grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
3. Solicitar o grupo a desenvolver as seguintes atividades:
◦ Apontar as vantagens, desvantagens, alternativas e conseqüências
para cada uma das situações propostas na página seguinte.
◦ Identificar uma única decisão sobre o caso.
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES

Situação 1

"Quando conheci meu vizinho, éramos só amigos. Com o passar do tempo acabamos saindo juntos e, hoje,
apesar de já ter se mudado, ele vem todos os dias na minha casa. Como está estudando, não quer se
prender a ninguém. Só quer transar, mas não somos namorados. Será que se eu transar, ele fica
comigo?" (Revista Meu Amor, nº 39)

Situação 2

"Tive uma criação muito repressora. Meus pais não me deixam namorar nem sair com meus amigos.
Agora, estou apaixonada por um garoto que me curte um monte, só que ele usa drogas e eu quero ajudá-
lo a sair dessa."

Situação 3

Alex, 16 anos, namora Marina de 17, há quase um ano. Ela está terminando o 2º grau e está em dúvida se
vai para a Universidade ou se começa a trabalhar. Seus pais não são ricos e às vezes até enfrentam
dificuldades. Há uma semana, Marina lhe contou que acha que está grávida. Agora Alex tem que tomar
uma decisão em sua vida.

Situação 4

"Tenho 15 anos, estudo e estou gostando de um cara mais velho. Minhas amigas dão a maior força para
ficarmos juntos. Ele também está a fim. Tenho medo de me envolver e depois não dar certo. O que devo
fazer? " (Revista Querida, Ano VI nº 100)

Sugestões para reflexão:

• A decisão tomada pode ter conseqüência graves?


• Estar seguro de que essa decisão não prejudicaria alguém.
• Dificuldade para tomar a decisão.
• Fazer uma comparação com a vida real.

Refletindo sobre a Virgindade

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 31 de 37

Objetivo: Fornecer uma reflexão crítica que favoreça uma tomada de decisão
consciente.
Duração: 1 hora.

Desenvolvimento:

1. Temas _ A 1ª vez _ Sentimentos antes e depois.


2. Virgindade _ vantagens e desvantagens.
3. Material _ papel pardo e canetinha hidrocor.
4. Dividir 4 grupos, sendo que dois grupos discutam o mesmo tema.
Sugestões para reflexão:

• Quais os fatores que influenciaram estes sentimentos?


• Que motivos a pessoa deve ter para continuar a ser virgem?
• Que motivos a pessoa deve ter para não continuar a ser virgem?
• Existe diferença na virgindade e 1ª vez do homem e da mulher? Por quê?
• Que critérios o homem e a mulher devem adotar na hora de decidir?
Frio na Barriga
Objetivo: Estimular a reflexão sobre os sentimentos que as pessoas têm em
relação a um relacionamento sexual e que dificultam o estabelecimento de
atitudes preventivas.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e sem cadeiras fixas, papel e lápis para todos, quadro-negro ou parede lisa e giz.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicita que formem pequenos grupos, só de meninos e só de


meninas. Solicita que cada pessoa, individualmente, imagine uma cena de
transa.
2. Depois de alguns minutos, pede que cada pessoa:
◦ pense em três palavras que mais tem a ver com a cena pensada;
◦ o que teme que aconteça;
◦ o que não pode acontecer de jeito nenhum.
3. Em seguida, pede que cada participante escreva numa folha de papel, sem
se identificar, as respostas a esses três ítens.
4. Os grupos, masculino e feminino, se reúnem, tabulam as respostas e
apresentam para os demais. Enquanto vão sendo apresentadas as
respostas, o educador divide o quadro-negro em duas partes (feminino e
masculino) e vai escrevendo as respostas no quadro. Quando todas as
respostas forem lidas, compara junto com os participantes os pontos
comuns e os diferentes, apresentados pelos grupos de meninos e de
meninas.
As Cores da Prevenção
Objetivos: Identificar todos os métodos contraceptivos e identificar os de uso
mais indicado e sua eficácia.
Duração: 50 minutos.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 18/09/2015
Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 32 de 37

Material: Papel pardo, pincéis atômicos de várias cores, fita adesiva e etiquetas circulares coloridas
(verde, amarela, vermelha).

Desenvolvimento:

1. O facilitador colará uma folha de papel pardo na parede.


2. Após, solicitará aos participantes listarem individualmente os métodos
contraceptivos conhecidos.
3. Deverá anotar na coluna dos métodos contraceptivos e localizar, conforme
as seguintes categorias:
◦ Métodos de barreira.
◦ Métodos comportamentais.
◦ Métodos hormonais.
◦ Dispositivos intra-uterinos.
◦ Métodos cirúrgicos.
4. O facilitador provocará discussão no grupo, para que os participantes
identifiquem cada método dentro das várias categorias.
5. O facilitador apresentará o kit de anticoncepção com todos os métodos.
6. Colocará os adesivos autocolantes das 3 cores sobre a mesa.
7. Solicitará aos participantes pegarem os adesivos e colocarem em cada
método, considerando que:
◦ verde - livre uso para o adolescente;
◦ vermelho - não recomendável;
◦ amarelo - algumas restrições (atuação, considerando que o método a
ser utilizado deve ser monitorado por um profissional do Serviço de
Saúde).
Sugestões para reflexão:

• Quem deve usar método anticoncepcional?


• O que é planejamento familiar?
• Porque os métodos naturais não são recomendados para os adolescentes?
• Com quem o adolescente deve esclarecer-se sobre anticoncepção?
• Em uma relação, de quem é a responsabilidade da anticoncepção?
Resultado esperado: Reflexão sobre o planejamento familiar e os diferentes métodos anticoncepcionais;
modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros; discussão dos estereótipos
conhecidos pela comunidade.
Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois?
Objetivo: Ajudar os adolescentes a refletirem sobre o impacto que um bebê
teria em suas vidas agora e no futuro.
Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Folha de papel, jornais e pincéis.

Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade, assinalando sobre as responsabilidades na hora da


decisão de se ter um filho. Anime os participantes a pensarem

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 33 de 37

cuidadosamente nisso, uma vez que ter a responsabilidade de uma vida


gera contínuos ajustes na vida dos pais.
2. Divida os jovens em grupos e dê a cada um, uma folha de papel com as
informações, pedindo que pensem na forma como um filho afetaria suas
vidas.
3. Faça com que as moças compartilhem suas idéias com os rapazes.
4. Comente os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

• Refletir sobre os vários contextos sócio-culturais e características


individuais que podem ocorrer na gravidez na adolescência.
• Salientar que a gravidez também tem mudanças positivas.
• Haveria diferenças no efeito que um filho pode ter na vida de uma moça e
na de um rapaz?
Atividades opcionais: Peça que os adolescentes entrevistem seus próprios pais, assim com pais de filhos
pequenos. Como os filhos mudam a vida das pessoas? Em seguida, reúna o grupo para que compartilhem
suas conclusões.

Ficha de Trabalho (Escreva nos quadros as mudanças que ocorrerão)


1. Educação/Carreira 2. Amigos/Vida social
mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas

1. Finanças/Dinheiro 2. Rotina Diária

mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas

Estudo de Caso
Objetivo: Que os participantes do grupo tenham a oportunidade de discutir e se
posicionar frente a um caso de gravidez na adolescência, bem como de refletir
acerca da importância de se planejar uma transa e de fazer contracepção.
Duração: 50 minutos.

Material para cada grupo: Cópia do estudo de caso "A estória de Camila"; lápis ou canetas; folhas em
branco para as respostas.

Desenvolvimento:

1. O instrutor forma subgrupos de até 8 pessoas e solicita-lhes que escolham


alguém para coordenar.
2. Explica a dinâmica, distribui para cada grupo as três folhas com "A estória
de Camila" e esclarece as funções da coordenação no subgrupo.
3. As funções do coordenador serão: distribuir as partes do estudo de caso,
para que todos leiam e respondam as questões ao final de cada página;
permitir que todos os membros do grupo se posicionem e anotar as
respostas em uma folha em branco. Convém ao instrutor se reunir um
pouco antes com quem coordenará, para tirar dúvidas quanto à dinâmica.
Deixar bem claro que só se passa à parte seguinte da estória depois de
discutidas as questões.

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 34 de 37

4. Após o tempo determinado, pede que as respostas de cada grupo sejam


apresentadas em plenário pelo coordenador.
5. O instrutor encerra a dinâmica, fazendo comentários sobre a iniciação
sexual da população jovem, a gravidez na adolescência, a importância de
planejar a contracepção e que isso não tira o prazer nem do homem, nem
da mulher.
arte 1

A estória de Camila

Camila tem 15 anos e é a filha mais velha, numa família de três irmãos. A sua mãe é secretária em uma
grande empresa e trabalha o dia inteiro; à noite, mesmo quando está atarefada, sempre encontra um
tempinho para conversar com os filhos e ver se vai tudo bem com eles. O pai também trabalha o dia todo.

Quando terminou a 8ª série, Camila foi com a família de sua melhor amiga passar as férias em Salvador.
Era a primeira vez que ela viajava sem a sua própria família e por isso sua mãe lhe fez mil recomendações,
mesmo confiando no bom senso da filha e acreditando que havia lhe dado todo tipo de informação possível
sobre sexualidade.

O sol, a praia, o calor, tudo era maravilhoso e Camila sentia que estava vivendo o melhor período da sua
vida. Teve certeza disso quando conheceu Tiago. Um mineiro de Itajubá, 18 anos, olhos cor de mel.

O namoro corria solto, gostoso, até que um dia Tiago convidou Camila a ir na casa em que ele estava
hospedado porque todo mundo tinha ido a Itaparica e eles poderiam ficar toda a tarde juntos, sozinhos e
tranqüilos.

Camila pensou um pouco e resolveu aceitar. Afinal, estava apaixonada e se sentia preparada para iniciar
sua vida sexual.

◾ Quem teria que pensar na contracepção? Camila ou Tiago?


◾ Como vocês imaginam que seria um papo sobre contracepção entre os
dois?
◾ Como eles poderiam se prevenir ?
Parte 2

A estória de Camila

Quando chegou na casa de Tiago, Camila teve certeza que a transa ia rolar. O ambiente cheirava a caju
maduro, Tiago estava super romântico. Foram para um canto da sala e começaram a se beijar e a se
abraçar.

Um dado momento Camila disse que era virgem, que não tomava pílula e que tinha medo de engravidar.
Tiago acalmou-a dizendo que ninguém engravida na primeira vez que transa, que ele tinha certeza.

Camila, então, lhe disse que sua mãe sempre lhe dizia que se cuidasse e que todo mundo deveria usar
camisinha por causa da aids. Tiago ficou nervoso: "Transar com camisinha é o mesmo que chupar bala
com papel" - disse ele. "Além do mais eu não sou homossexual, nem tomo drogas. Não ponho camisinha
de jeito nenhum".

◾ A menina pode engravidar na primeira vez que transa?


◾ O que vocês acharam da atitude de Tiago quando Camila lhe pediu que
usasse camisinha?
◾ O que vocês acham que Camila fez quando Tiago se recusou a usar o
preservativo?
◾ O que vocês acham que ela deveria ter feito?

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 35 de 37

◾ O que vocês acharam da afirmação de Tiago quanto a não ser homossexual


nem tomar drogas e portanto, não ter aids?
Parte 3

A estória de Camila

Camila acabou topando e eles transaram sem prevenção alguma.

As férias acabaram e Camila voltou para casa. Ficava horas pensando naquela tarde, lembrando detalhe
por detalhe e escrevendo longas cartas para Tiago. Tiago, por sua vez, também ia lhe escrevendo cartas e
mais cartas.

Depois de um mês e meio, Camila percebeu que alguma coisa estava acontecendo, tinha enjôos constantes
e sua menstruação estava atrasada.

Ficou desesperada. "E se eu estiver grávida?", pensou.

A mãe de Camila notou que sua filha estava muito agoniada. Nem parecia aquela Camila que tinha voltado
tão radiante e apaixonada das férias. È noite, quando voltou do trabalho, foi até o quarto da menina e
perguntou-lhe o que estava acontecendo.

Quando Camila contou, sua mãe começou a chorar e a lhe dizer que ela tinha lhe dito mil vezes que se
prevenisse e que ela tinha que ter tomado esses cuidados.

No dia seguinte foram ao médico e veio a confirmação. Camila estava realmente grávida.

◾ Como vocês encaram a atitude da mãe de Camila?


◾ Como vocês acham que Camila se sentiu com a notícia?
◾ Quais seriam as opções de Camila?
◾ Qual delas vocês acham mais acertada para este caso? Por que?
◾ Qual vocês acham que será a atitude de Tiago?
◾ E do pai de Camila?
Observações:

• Contracepção de emergência - até 72 horas - dosagem de pílula - procurar


médico
• Aborto legal: risco de vida da mãe, estupro (tentativas - anomalia fetal) -
Cytoteck
• Lembrar prevenção - conversa inicial sobre métodos - uso da camisinha
• Idade ideal - conversa antes - lembrar que o diálogo significa
amadurecimento
• Resgatar "tragédias"

Parando para pensar sobre a violência.


Objetivo: Identificar situações de violência vividas no cotidiano dos
adolescentes; refletir sobre como evitá-las e proteger-se delas.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla e confortável, folhas grandes de papel pardo, folhas de papel, canetas coloridas e
cola.

Desenvolvimento:

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 36 de 37

Atividade em pequenos grupos

1. Utilizando as informações sobre o Código Penal Brasileiro, os participantes


devem selecionar situações, retiradas de jornais, revistas ou noticiários,
relacionando-as.
2. A partir deste material, deverão trocar idéias sobre:
◦ O que gera estas situações.
◦ Se é possível prevení-las ou prevenir-se delas.
◦ Se sim, de que forma.
◦ Que outras situações deveriam ser incluídas ao Código Penal.
Sugestões para reflexão:

• A violência sexual contra homens e mulheres é diferente?


• Quais os recursos existentes na comunidade para o atendimento das
vítimas de violência sexual?
Resultados esperados:

• Entendimento sobre a violência sexual.


• Aprendizagem para identificação de situações de risco de violência sexual e
de como evitá-la.
Gravidez não Planejada
Objetivo: Relacionar as questões e dúvidas que a mulher adolescente tem, no
momento em que descobre uma gravidez não planejada; refletir sobre a
questão do aborto e a legislação vigente.
Duração: 1 hora e meia.

Material: Sala ampla e confortável.

Desenvolvimento:

1. Uma das participantes apresenta-se voluntariamente para a aplicação da


técnica.
2. O facilitador inicia fornecendo as instruções: "Faz de conta que essa jovem
acabou de saber que está grávida. Vocês pensem sobre isso, e em seguida
cada um dará a esta grávida um motivo para que ela tenha esse filho e um
motivo para que ela não tenha esse filho".
3. Em seguida a "grávida" senta-se no centro da sala e em silêncio aguarda
os motivos dos colegas, enquanto os demais caminham em volta, refletindo
sobre o tema abordado.
4. Cabe ao facilitador fazer o registro de todas as opiniões para depois expô-
las ao grupo, ressaltando as prováveis dúvidas que povoam a imaginação
da mulher nessa situação.
Pontos para discussão:

• A quem cabe a decisão final sobre ter ou não ter esse filho?
• A legislação em vigor, em relação ao aborto e à violência sexual.

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Revista Adolescer - ABEn Nacional. Página 37 de 37

Resultado esperado:

• Entendimento sobre porque evitar a gestação não desejada.


• Aprendizagem sobre a legislação sobre o aborto.

Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn Nacional


SGAN 603, Conjunto "B". CEP: 70830-030, Brasília-DF
E-mail: aben@abennacional.org.br
Fone: (61) 3226-0653

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