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Transferência de Massa
TRANSFERÊNCIA DE MASSA
Bibliografia:
WELTY, J.R., WICKS, C.E., WILSON, R.E., RORRER, G., Fundamentals of Momentum, Heat
and Mass Transfer, 4th Edition, John Wiley & Sons, Inc., 2001.
WELTY, J.R., WICKS, C.E., WILSON, R.E., Fundamentals of Momentum, Heat and Mass
Transfer, 3th Edition, John Wiley & Sons, Inc., 1984.
BIRD, R.B., STEWART, W.E., LIGTHFOOT, E.N., Fenômenos de Transporte, 2a. edição, LTC
EDITORA, 2004.
CREMASCO, M.A., Fundamentos de Transferência de Massa, 2ª. Edição revista, Editora
UNICAMP, 2002.
GEANKOPLIS, C.J., Mass Transfer Phenomena, Holt Rineart and Winston, Inc., 1972.
MILLS, A.F., Mass Transfer, Prentice Hall, 2001.
CUTLIP, M.B., SHACHAM, M., Problem Solving in Chemical Engineering with Numerical
Methods, Prentice Hall PTR, Chapter 7 Mass Transfer, 1999.
Fundamentos de Transferência de Massa 1.1
o Exemplos:
o A remoção de poluente a partir de uma corrente de descarga por absorção.
‘Stripping’ de gases por lavagem de água.
o Difusão de nêutron em um reator nuclear.
o A difusão de substâncias adsorventes dentro de poros de carbono ativado.
o A taxa de catalise química e reações biológicas.
1815 → Panot observou quantitativamente que uma mistura de gases contendo duas ou mais
espécies moleculares, na qual as concentrações relativas variam de um ponto ao outro, um processo
natural resulta em diminuir a desigualdade da composição, chamando de difusão molecular.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.2
CONCENTRAÇÕES:
Moléculas de espécie A
ρA ρA
Fração mássica = w A = = (1.2)
n ρ
∑ρi
i =1
n
∑wi =1 (1.3)
i =1
ρA
cA = (1.4)
MA
MA = peso molecular de A
nA pA
cA = = (1.5)
V RT
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.3
T = temperatura absoluta
R = constante dos gases
n n total P
c = ∑ci = = (1.6)
i =1 V RT
P = pressão total
cA p A RT pA
yA = = = (1.8) Lei de Dalton
c P RT P
n n
∑ x i =1 e ∑yi =1 (1.9)
i =1 i =1
Exemplo 1: A composição do ar é muitas vezes dada em termos das duas espécies principais na
mistura de gases:
O 2 ⇒ y O 2 = 0 , 21
N 2 ⇒ y N 2 = 0 , 79
Velocidades
Num sistema multicomponentes as varias espécies n, moverá normalmente a diferentes
velocidades. A velocidade de mistura será a media das velocidades da cada espécie presente.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.4
n n
r r
r
∑ρi vi ∑ρi vi
i =1 i =1
v= = (1.10) velocidade média mássica
n ρ
∑ρi
i =1
r
v i = velocidade absoluta de i para um eixo estacionário
n
r
r
∑ci vi
i =1
V= (1.11) velocidade média molar
c
r r
v i − v = velocidade de difusão de i relativa a velocidade mássica média
r r
v i − V = velocidade de difusão de i relativa a velocidade molar média
De acordo com a lei de Fick um componente pode ter uma velocidade relativa para a velocidade
média molar ou mássica somente se existir gradientes de concentração.
Exemplo 2: Sabendo que as velocidades absolutas das espécies químicas presentes na mistura
gasosa são: v CO,z = 10 cm/s; v O,z = 13 cm/s; v H 2 O,z = 19 cm/s; v N 2 ,z = 11 cm/s;
Determinar:
a) velocidade média molar da mistura
b) velocidade média mássica da mistura
c) velocidade de difusão de O2 na mistura relativa a velocidade média molar da mistura
d) velocidade de difusão de O2 na mistura relativa a velocidade média mássica da mistura
Fluxos
Podem ser definidos com referência a coordenadas fixas no espaço, coordenadas que movem com a
velocidade média mássica ou molar.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.5
dcA
J A , z = − D AB 1ª Lei de Fick (1.12)
dz
dyA
J A ,z = − cD AB (1.13)
dz
dwA
j A ,z = − ρD AB (1.14)
dz
dρA
j A , z = − D AB (1.15)
dz
Para um sistema binário com uma velocidade média constante na direção z o fluxo molar
relativo a velocidade média molar é:
J A , z = c A (ϑ A , z − V z ) (1.16)
J A ,z = c A (ϑ A ,z − Vz ) = -cD A,B
dy A
dz
dy A
Portanto : c A ϑ A ,z = − cD A,B + c A Vz
dz
sendo : V z =
1
(c A ϑ A ,z + c B ϑ B ,z ) ou c A Vz = y A (c A ϑ A ,z + c B ϑ B ,z )
c
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.6
+ y A (c A ϑ A ,z + c B ϑ B ,z )
dy A
Logo : c A ϑ A ,z = − cD A,B
dz
r r r r
N A = c AϑA e N B = c BϑB
temos que :
+ y A ( N A ,z + N B ,z )
dy A
N A ,z = − cD A,B
dz
r r
(r
N A = − cD A,B ∇y A + y A N A + N B ) (1.17)
r r n
N A = − cD A,M ∇y A + y A ∑ i
N (1.18)
i =1
+ x A ( N A,z + N B,z )
dx A
N A,z = − cD A,B para liquidos
dz
+ w A (n A,z + n B,z )
dw A
n A,z = − ρD A,B
dz
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.7
2. COEFICIENTE DE DIFUSÃO
− J A ,z M 1 L2
≡
D AB = ≡
dc A dz L t M L ⋅ 1 L
2 3 t
D AB = f ( P , T , w )
Viscosidade cinemática: ν
Difusividade térmica: α = k/ρcp
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.8
ρA = ρA(y)
y ∆y
∆x
Transferência de massa
0 (estacionário)
1 ∂ρ
j A ,y = Cλ A
3 ∂y
1
D AA = Cλ
3
?
8 kT
C= ⇒ velocidade molecular ao acaso
πm
1
λ= ⇒ caminho livre médio
2πd 2 N
k = constante de Boltzmann
N = concentração molecular
m = massa de uma molécula
1
Z = NC
4
d = diâmetro da molécula esférica
Z = freqüência em que as moléculas alcançam a área ∆x ∆z
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.9
1 2
kT
2
Logo : D AA * =
3π d N m
3 2 2
NkT = cRT = P
1 2
2 k 3T3
D AA * = Coeficiente de difusão de uma mistura de moléculas similares.
3 2 2
3π d P m
Ex A e seu isótopo A *
A equação de Chapman-Enkosg:
1 2
−3 1 1
1, 858 x 10 T 3 2
+
MA MB
D AB =
Pσ 2AB Ω D
kT
Ω = f TABELA K.1 WELTY
ε AB
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.10
1 3
σ = 1,18 V b
1 3
σ = 0 , 841V c
1 3
Tc
σ = 2 , 44
Pc
ε A k = 0 , 77 T c
ε A k = 1,15 T b
Vb = volume molar para o ponto normal de ebulição (cm3/gmol) ⇒ TABELA 24.4 WELTY
Vc = volume molar crítico (cm3/gmol)
Tc = temperatura crítica (K)
Tb = temperatura de ebulição normal (K)
Pc = pressão crítica em (atm)
σA + σB
σ AB =
2
ε AB = ε A ε B
P1 T2
3 2
Ω D ,T1
D AB ,T 2 ,P 2 = D AB ,T1 , P1
P2 T1 Ω D ,T 2
Exemplo 4: Avaliar o coeficiente de difusão para o CO2 no ar a 20ºC e 1 atm. Comparar com os
dados experimentais.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.11
Quando os parâmetros de Lennard-Jones não são disponíveis pode-se utilizar a equação de Fuller.
1 2
−3 1 1
10 T 1 , 75
+
MA MB
D AB = ϑ ⇒ TABELA 24.3 WELTY
P [(∑ ϑ ) 1 3
A
+ (∑ ϑ )
B
]
1 3 2
Para compostos polares, tem-se a equação de Hirschfelder com a integral de colisão avaliada por:
0 ,169 δ 2AB
Ω D = Ω Do +
T∗
onde : δ AB = ( δ A δ B )1 2
1, 94 x 10 3 µ p
δ=
Vb T b
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.12
kT
T* =
ε AB
1 2
ε AB ε ε
= A + B
k k k
ε
k
(
= 1,18 1 + 1, 3 δ 2 T b )
A C E G
Ω Do = + + +
T* B exp ( DT * ) exp ( FT * ) exp ( HT * )
A = 1,06036 E = 1,03587
B = 0,15610 F = 1,52996
C = 0,19300 G = 1,76474
D = 0,47635 H = 3,89411
σ AB = diâmetro de colisão
σ AB = ( σ A σ B )1 2
1 3
1, 585 V b
σ=
1 + 1, 3 δ 2
1
D 1,mistura =
y ′2 y ′3 y ′n
+ L
D 1, 2 D 1, 3 D 1,n
y2
Fração molar livre de 1 ⇒ y ′2 =
y2 + y3 + y 4 L+ yn
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.13
y O 2 = 0 , 2 , y N 2 = 0 , 70 , y CO = 0 ,10
kT
D AB = Solução diluída de não eletrólitos. É uma equação pouco precisa
6 πµ B
D AB
Em geral: = f (V ) Função do volume molar
kT
D AB 7 , 4 x10 −8 ( φ B M B )1 2
Equação de Wilke-Chang para não eletrólitos: µ B =
T V A0 , 6
Exemplo 9
Estimar o coeficiente de difusão em liquido do etanol (C2H5OH) em solução diluída de água a 10oC
O volume molecular do etanol pode ser avaliado usando valores da tabela 24.5.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.14
O coeficiente de difusão de um sal univalente em soluções diluídas pode ser calculado utilizando a
equação de Nernst
2 RT
D AB =
1 1 2
+ ℑ
λo λo
+ −
R = 8 , 316 J / K .gmol
Exemplo 10: Estimar o coeficiente de difusão em solução diluída do cloreto de potássio a 30o C.
Comparar com o valor experimental de 2,233 x 10-5 cm2/s.
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.15
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.16
D AB = D o e − Q RT
difusão
Energia
Q Q = energia de ativação difusional (cal/mol)
R = 1,987 cal/mol K
Do = coeficiente de difusão sem que
houvesse a necessidade de salto energético
Q e Do = TABELA 1.13 - CREMASCO
z
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.17
Difusão ordinária
• Poros maiores que o livre caminho médio das moléculas difundentes.
dC A
J A ,z = − D ef 1ª Lei de Fick
dz
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.18
εp
D ef = D AB
τ
εp = porosidade
τ = tortuosidade ⇒ TABELA 1.14 – CREMASCO
τ = 4,0
εp = 0,5 ⇒ Na ausência de dados tabelados
Difusão de Knudsen
Poros estreitos da ordem de tamanho do livre caminho médio do difundente, ocorre colisões
com as paredes dos poros.
1
D k = Ωd p
3
[cm / s ]
1 2
T
Dk = 9 , 7 x 10 r p
3
2
MA
2ε p 2 Vp
rp = = [cm ]
Sρ B S
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.19
εp
D Kef = D K
τ
Devido a estrutura do sólido poroso, um soluto gasoso, ao se difundir, pode deparar com vários
tamanhos de poros, ocorrendo a difusão ordinária e a de Knudsen, logo:
1 1 1
= +
D Aef D ef D Kef
12 3 { 12 3
efetivo ordinária Knudsen
segue a
1 a Lei de Fick
Difusão configuracional
−Q
D A zeo = D o exp ⇒ TABELA 1.16 – CREMASCO
RT
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.20
Difusão em membranas
• Osmose inversa
• Ultrafiltração
• Diálise
• Perevaporação
• Perpetração
• A difusão do soluto em polímeros ocorre por um processo de estado ativado, via saltos
energéticos, ocupando vazios na estrutura polimérica.
Q
D a me = D o exp − ⇒ TABELA 1.17 - CREMASCO
RT
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.21
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Fundamentos de Transferência de Massa 1.22
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.1
O balanço material para uma dada espécie química A através de um volume de controle apropriado
é:
∆y
?y
∆z
∆x
r
ρ A ϑ A , x ∆y∆z ou n A = ρ A ϑ A
x
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.2
∂ρ A
∆x∆y∆z
∂t
Se A é produzido no interior do volume de controle por uma reação química a uma taxa rA (massa
de A produzida)/(volume⋅tempo), a taxa de produção de A é:
rA ∆x∆y∆z
n A, x − n A, x n A, y − n A, y n A, z − n A, z ∂ρ A
x + ∆x y + ∆y y z + ∆z
x
+ + z
+ − rA = 0
∆x ∆y ∆z ∂t
∂n A , x ∂n A , y ∂n A , z ∂ρ A
+ + + − rA = 0 (2.2)
∂x ∂y ∂z ∂t
r ∂ρ
∇ ⋅ n A + A − rA = 0 (2.3)
∂t
Operador divergente
r ∂ρ
∇ ⋅ n B + B − rB = 0 (2.4)
∂t
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.3
r r ∂ (ρ A + ρ B )
∇ ⋅ (n A + n B ) + − ( rA + rB ) = 0
∂t
r r r r r
n A + n B = ρ A ϑ A + ρ B ϑ B = ρϑ
ρA + ρB = ρ
rA = − rB
r ∂ (ρ )
Logo: ∇ ⋅ ρϑ + =0 (2.5)
∂t
D ∂ r
= + ϑ⋅∇
Dt ∂ t
Logo:
Dρ r
+ ρ∇ ⋅ ϑ = 0
Dt
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.4
Dw A r
ρ + ∇ ⋅ J A − rA = 0
Dt
∂w A r r
ρ + ρϑ ⋅ ∇ w A + ∇ ⋅ J A − r A = 0
∂t
r ∂c
∇⋅NA + A − RA = 0 Componente A
∂t
r ∂c
∇⋅NB + B −R B = 0 Componente B
∂t
e a mistura:
(
∂ c A + c cA )
( )
r r
∇⋅ NA + NB + − (R A + R B ) = 0
∂t
r r r r r
N A + N B = c A ϑ A + c B ϑ B = cϑ
cA + cB = c
Não se pode tomar RA + RB = 0, salvo para cada mol de A produzido desaparece o mesmo
tanto de B (ou vice-versa).
A↔B
em geral:
r ∂c
∇ ⋅ cϑ + − (R A + R B ) = 0
∂t
∂c r
∂t
[ r
]
+ ϑ ⋅ ∇c + c ∇ ⋅ ϑ = ( R A + R B )
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.5
r ∂c
∇⋅NA + A = R A
∂t
( )
r r r
Como: N A = − cD AB ∇y A + y A N A + N B
e seus equivalentes:
r r
N A = − cD AB ∇y A + c A ϑ
r r r
e n A = − ρD AB ∇w A + w A ( n A + n B )
e seu equivalente:
r r
n A = − ρD AB ∇w A + ρ A ϑ
nós obtemos:
r ∂ρA
− ∇ ⋅ ρD AB ∇w A + ∇ ⋅ ρ A ϑ + − rA = 0 (2.6)
∂t
r ∂c
− ∇ ⋅ cD AB ∇y A + ∇ ⋅ c A ϑ + A − R A = 0 (2.7)
∂t
SIMPLIFICAÇÕES
r r ∂ρA
− D AB ∇ 2 ρ A + ρ A ∇
{ ⋅ϑ + ϑ∇ρ A + − rA = 0
=0
∂t
equação da continuidade
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.6
r ∂c
ϑ ⋅ ∇c A + A = D AB ∇ 2 c A + R A
∂t
(2.8)
contribuição contribuição
+ ( acúmulo ) = + ( geração )
convectiva difusiva
r ∂c
ϑ ⋅ ∇c A + A = D AB ∇ 2 c A
∂t
DcA
ou = D AB ∇ 2 c A
Dt
r
c) ϑ = 0 , RA = 0: sem reação química, ρ e DAB = constantes
∂cA
= D AB ∇ 2 c A 2ª Lei de Fick da difusão.
∂t
- Líquidos estagnados
- Sólidos
∂cA
=0
∂t
2ª Lei de Fick
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.7
∂cA 1 ∂ 2 ∂cA 1 ∂ ∂c 1 ∂ cA
2
= D AB r + senθ A + Coordenadas
∂t r 2 ∂ r ∂r r 2 senθ ∂ θ ∂θ r 2 senθ ∂ φ 2
esféricas.
∂ c A ∂ N A , x ∂ N A , y ∂ N A ,z
+ + + =RA
∂t ∂x ∂y ∂z
∂cA 1 ∂ ∂N ∂N
+ (r N A , r ) + 1 A , θ + A , z =RA
∂t r ∂r r ∂θ ∂z
∂cA 1 ∂ 2
∂t
+ ( )
r N A ,r +
1 ∂
( N A ,θ senθ ) +
1 ∂ N A ,φ
= RA
r 2 ∂ r r senθ ∂ θ r senθ ∂ φ
yA = yA1, gases
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.8
Quando o sistema é um gás pode-se utilizar a pressão parcial pela lei Dalton:
pA = pA1 = yA1P
Para casos específicos de difusão de um líquido dentro de uma fase gasosa, pode-se utilizar a
equação da lei de Rault:
pA1 = xAPA
b) O fluxo mássico para a superfície pode ser especificado como, por exemplo:
jA = jA1 ou NA = NA1
O fluxo na superfície pode ser:
dw A
j A ,z = − ρD AB
dz z =0
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Equações diferenciais em transferência de massa 2.9
d) Quando o fluido esta escoando sobre uma fase, a espécie pode ser perdida a partir da fase de
interesse por transferência de massa convectiva.
N A 1 = k c ( c A 1 − c A∞ )
EXEMPLO 2.1:
Num cilindro de combustível nuclear com material fissionável, a taxa de produção de nêutrons é
proporcional a concentração de nêutrons. Use a equação diferencial de transferência de massa para
escrever a equação diferencial que descreve o processo de transferência de massa. Liste suas
condições de contorno.
EXEMPLO 2.2:
Numa câmara de combustão, o oxigênio difunde através de um filme de ar para a superfície de
carbono, onde ele reage de acordo com a seguinte equação:
3 C + 2 O 2 → 2 CO + CO 2
O2 CO CO2
z=δ
z=0
a) Escreva a equação diferencial especifica para este processo em estado estacionário para o
componente O2.
b) Escreva a lei de Fick para o componente oxigênio.
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Difusão em regime permanente 3.1
r ∂c
∇⋅NA + A − RA = 0
∂t
RA = taxa de produção química do componente A dentro da fase através da qual a massa esta sendo
transferida.
∂cA
= acumulo de A dentro da fase.
∂t
∂cA
= 0 no estado estacionário, ou seja, a concentração de A não varia com o tempo.
∂t
+ y A ( N A , z + N B ,z )
dy A
N A ,z = − cD AB
dz
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Difusão em regime permanente 3.2
Gás B escoando
z = z2
NAz|z+∆z
∆z
NAz|z
z = z1
Líquido puro A
cD AB ( y A 1 − y A 2 )
Solução: N A ,z = (3.1)
z 2 − z1 y B ,ln
n P pA
Para um gás ideal: c = = e yA = , substituindo em (3.1), temos:
V RT P
PD AB (p A1 − p A 2 )
N A ,z = (3.2)
RT ( z 2 − z 1 ) p B ,ln
Líquido A
Escoamento
de gás B
Líquido A
Figura 3.2 Modelo do filme para a transferência de massa do componente A movendo para a
corrente gasosa.
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Difusão em regime permanente 3.3
PD AB ( p A 1 − p A 2 )
N A ,z =
RTδ p B ,ln
N A ,z = k c ( c A 1 − c A 2 ) ou
kc
N A ,z = (ρ A 1 − ρ A 2 )
RT
D AB P
kc =
p B ,ln δ
Determine o perfil de concentração para a difusão através de um filme gasoso inerte estagnado e
também sua concentração media.
( z − z 1 ) ( z 2 − z1 )
y y
Solução: B = B 2 Perfil de concentração
y B1 y B1
y B 2 − y B1
yB = = y B ,ln Concentração média
ln ( y B 2 y b 1 )
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Difusão em regime permanente 3.4
Exercício 3.1:
Através de uma abertura acidental de uma válvula, água foi espalhada no chão de uma planta
industrial em uma área remota de difícil acesso. Estimar o tempo necessário para evaporar a água
nas vizinhanças que esta estagnada. A camada de água é de 0,04’’, que pode ser assumida constante
a temperatura de 75º F. O ar esta a 75º F e 1 atm, com uma umidade absoluta de 0,002 lb de água/lb
ar seco. A evaporação é assumida constante e ocorre por difusão molecular através do filme de gás
de espessura 0,20 in.
Resposta: 2,73 hrs
Gás B escoando
NAz|z+∆z
∆z
NAz|z
z = z1 para t0 = zto
z = z1 para t1 = zt
Líquido puro A
cD AB ( y A 1 − y A 2 )
N A ,z = , onde z 2 − z 1 = z (3.2.1)
z y B ,ln
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Difusão em regime permanente 3.5
• O fluxo molar NA,z esta relacionado com a quantidade de A deixando o liquido por:
ρ A ,L dz ρ A ,L
N A ,z = , onde = densidade molar de A na fase líquida (3.2.2)
M A dt MA
ρ A ,L dz cD AB ( y A 1 − y A 2 )
= (3.2.3)
M A dt z y B ,ln
Integrando:
zt
t ρ A , L y B ,ln M A
∫ dt = cD AB ( y A 1 − y A 2 ) ∫ z dz
0 zt0
Rearranjando, temos:
ρ A , L y B ,ln M A z t − z t 0
2 2
D AB = (3.2.4)
c ( y A 1 − y A 2 ) t 2
A equação (3.2.4) é utilizada para determinação do coeficiente de difusão do gás a partir dos
dados experimentais da célula de Arnold.
Exemplo 3.2:
E. M. Larson, usando uma célula de Arnold, mediu a difusividade do clorofórmio no ar a 25º C e 1
atm de pressão. A densidade do clorofórmio líquido a 25º C é 1,485 g/cm3, e sua pressão de vapor a
25º C é 200 mmHg. No tempo tempo t = 0 a superfície do liquido de clorofórmio era 7,40 cm a
partir do topo do tubo, e após 10 hrs a superfície do líquido caiu de 0,44 cm. Se a concentração do
clorofórmio é zero no topo do tubo, qual seria o coeficiente de difusão do gás clorofórmio no ar?
Resposta: 9,3 x 10-6 m2/s
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Difusão em regime permanente 3.6
∇⋅NA = 0
d
N A ,z = 0
dz
• Lei de Fick
N A ,z = − D AB A + y A ( N A ,z + N B ,z )
dc
1424 3 14442444
dz 3
bulk
difusão
• Como N A , z = − N B , z , logo:
dc A
N A ,z = − D AB (3.3.1)
dz
• Condições de contorno:
D AB
N A ,z = (c A1 − c A 2 ) (3.3.2)
z 2 − z1
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.7
nA pA
cA = = , substituindo, fica:
V RT
D AB
N A ,z = (p A1 − p A 2 ) (3.3.3)
RT ( z 2 − z 1 )
Por comparação:
D AB
N A ,z = (c A1 − c A 2 ) = k o (c A1 − c A 2 )
δ
para a contradifusão equimolar.
D AB
Logo : k o =
δ
Exemplo 3.3:
Calcule o fluxo molar da amônia gasosa, sabendo-se que ela se difunde num capilar de 10 cm de
comprimento com 2 reservatórios contendo nitrogênio. O sistema esta a 25º C e 1 atm. A pressão
parcial da amônia em um dos reservatórios é 90 mmHg e no outro 10 mmHg.
B ≡ Nitrogênio
∆z
pA1 = 10 mmHg
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.8
• Quando ocorre uniformemente através de uma fase => reação homogênea. Acontece em todos
os pontos do elemento de volume. Aparece diretamente na equação da continuidade do soluto.
• Toma lugar numa região restrita no contorno da fase => reação heterogênea.
r ∂cA
∇⋅NA + − RA =0 (3.4.1)
∂t {
taxa de aparecimento
da espécie A (homogênea)
R A = N A ,z = kscA0
z =δ
• Quando a taxa de reação é instantânea em relação a taxa de difusão => processo com difusão
controlada.
• Quando a taxa de reação para o componente transferido nos limites da superfície limita a taxa de
transferência de massa => processo com reação controlada.
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Difusão em regime permanente 3.9
Exemplo:
Partícula de carvão pulverizada dentro de uma câmara de combustão em leito fluidizado => difusão
controlada.
Moles de oxigênio transferido pelo tempo
Ar nas vizinhanças
NCO2,r
R
C
∆r r
NO2,r
NCO,r
3 C ( s ) + 2 , 5 O 2 ( g ) → 2 CO 2 ( g ) + CO ( g )
∂cA
∂t
1 ∂ 2
+
2 ∂r
(
r N A ,r +
r
)
1
senθ ∂
∂
θ
( N A ,θ senθ ) +
r
1 ∂ N A ,φ
sen θ ∂ φ
= RA
123 r 1444444424444444 3
=0 =0
estado difusão
estacionário unidirecional em r
∂ 2
∂r
( )
r N O 2 ,r = 0 ⇒ r 2 N O 2 ,r = cte ou r 2 N O 2 ,r
r
= R 2 N O 2 ,r
R
quadro
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.10
cD O 2 −mis dy O 2
N O 2 ,z = −
1 + 0, 2 y O 2 dr
Condições de contorno:
1 cD O 2 −mis 1
Solução: r 2 N O 2 ,z = ln
R 0, 2 1, 042
(
Como WO 2 = Moles de O 2 transferido pelo tempo = 4 π r 2 N O 2 r )
cD O 2 −mis
WO 2 = −4 πR ln (1, 042 )
0, 2
A esfera de carvão oxida com o tempo => diminuição da esfera => pseudo-estacionário
quadro
ρC
MC
(R 2
i − R f2 )
t=
12 cD O 2 −mis ln (1, 042 )
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.11
Ar nas vizinhanças
NCO2,r
R
C
∆r r
NO2,r
C ( s ) + O 2 ( g ) → CO 2 ( g )
quadro
dy O 2
N O 2 ,r = − cD O 2 − mis
dr
Condições de contorno:
r = ∞, yO2 = yO2∞
1
(
Solução: r 2 N O 2 , r = − cD O 2 − mis y O 2 ∞ − y O 2 s )
R
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Difusão em regime permanente 3.12
quadro
c O 2s − N O2R
y O 2s = = logo:
c ksc
− 4 πRcD O 2 −mis y O 2 ∞
WO 2 =
D O 2 − mis
1+
ksR
Se k s >> D O 2 −mis
W O 2 = −4 πRcD O 2 − mis y O 2 ∞
EXEMPLO 3
Um reator de leito fluidizado de carvão tem sido proposto para uma nova planta. Se operar a 1145
K, o processo será limitado pela difusão de oxigênio em contracorrente com dióxido de carbono,
formado na superfície da partícula. Assumir que o carvão é carbono puro sólido com densidade de
1,28 x 103 kg/m3 e que a partícula é esférica com diâmetro inicial de 1,5 x 10-4 m. Ar (21% O2 e
79% N2) existe a vários diâmetros da esfera. Sob as condições de combustão, a difusividade do O2
na mistura é 1,3 x 10-4 m2/s a 1145 K. Se o processo esta em estado estacionário, calcular o tempo
necessário para reduzir o diâmetro da partícula de carbono a 5 x 10-5 m. O ar nas vizinhanças é uma
fonte infinita de transferência de O2, onde a oxidação do carbono na superfície da partícula é
diminuída pela transferência de O2. A reação na superfície é: C ( s ) + O 2 ( g ) → CO 2 ( g )
Resposta: t = 0,92 s
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Difusão em regime permanente 3.13
Superfície
do líquido Mistura gasosa z
(A e gás inerte)
z=0
NAz|z
∆z
NAz|z+∆z
Líquido B
z=δ
Fluxo molar: N A , z = − D AB A + y A ( N A , z + N B , z )
dc
(3.4.2.1)
1424 3 14442444
dz 3
bulk
difusão ≈ 0, a concentração de A
é muito pequena dentro do
filme
dN A , z
− RA =0 (3.4.2.2)
dz {
taxa de desaparecimento
da espécie A (homogênea)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.14
d dc
− D AB A + k 1 c A = 0 , com DAB = constante, fica:
dz dz
d 2cA
− D AB + k 1c A = 0 (3.4.2.4)
dz 2
k1 k1
c A = c 1 cosh z + c 2 senh z
D AB D AB
k1
c A 0 senh z
k1 D AB
c A = c A 0 cosh z− (3.4.2.4)
D AB k1
tgh δ
D AB
Fluxo molar:
dc A
N A ,z = − D AB
dz
Solução:
k1
δ
D AB c A 0 D AB
N A ,z = (3.4.2.5)
z =0 δ k1
tgh δ
D AB
D AB c A 0
• Se não houver reação química: N A ,z =
δ
k1
δ
D AB
• Numero adimensional de Hatta = ⇒ mostra a influencia da reação química.
k1
tgh δ
D AB
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.15
k1
• Se a taxa da reação química aumenta (k1 aumenta) o fator tgh δ se aproxima de 1, e
D AB
N A ,z = D AB k 1 ( c A 0 − 0 )
z =0
kc ∝ D AB ⇒ Teoria da penetração
Capítulo 28 Welty
Se k c ∝ D AB ⇒ Teoria do filme
EXEMPLO 4
Considerando um processo unitário com um disco rotativo para o tratamento de fenol (espécie A)
em água. O biofilme contém um microrganismo em enzima peroxidase que degrada o fenol. A
concentração de A dentro do biofilme diminuirá à medida que o penetra, ou seja A é degradado.
Não há resistência convectiva entre o fluido e a superfície do biofilme.
Corrente de alimentação da
água de lavagem Seção transversal do
CAi = moles/m3 biofilme
Biofilme
CAO Superfície
Sólida inerte
CA(z)
biofilme
Água de lavagem
tratada CAO
Mistura perfeita
z=0 z=δ
dcA/dz = 0
É desejável tratar 0,1 m3/h de água contendo 0,1 mol/m3 de fenol. Se a espessura do biofilme é 2 x
10-3 m, qual é a área do biofilme necessária para obter uma concentração de saída de 0,02 mol/m3?
R A , max c A
A taxa de degradação é descrita pela cinética de Michales-Menten: RA =
kA + cA
onde RA,max = 5,7 x 10-3 mol/m3, kA = 0,3 mol/m3 e DAB = 2 x 10-10 m2/s a T = 25º C.
Solução: S = 57 m2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.16
Quando um sólido poroso apresenta sua área interna maior (30 m2/g ou maior) ou da mesma
magnitude do que a sua superfície externa, considera-se o soluto, depois de atingir a superfície da
partícula, difunda no interior desta para depois ser absorvido e sofrer transformação por reação
química nas paredes dos sítios ativos do catalisador, conforme mostra a figura.
sólido
A R”A
B
poro
CAs
∂cA
∂t
1 ∂ 2
+
2 ∂r
( )
r N A ,r +
1 ∂
r senθ ∂ θ
( N A ,θ senθ ) + 1 ∂ N A ,φ
r senθ ∂ φ
= aR ′A′
123 r 1444444424444444 3
=0 =0
estado difusão
estacionário
unidirecional em r
∴
1 ∂ 2
( )
r N A ,r = aR ′A′ (3.4.3.1)
r2 ∂r
R ′A′ = − k s C A (3.4.3.2)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.17
dC A
N A ,r = − D ef (3.4.3.3)
dr
d 2 dC A k a
r = r 2 s C A (3.4.3.4)
dr dr D ef
ksa
Denominando: λ2 =
D ef
d 2CA 2 dC A
+ − λ2 C A = 0 (3.4.3.5)
dr 2 r dr
C.C.1: em r = R → CA = CAs
dC A
C.C.2: em r = 0 → = 0 ou lim C A = valor finito (simetria da partícula)
dr r →0
Chamando: rC A = ψ
d 2ψ
+ − λ2 ψ = 0 (3.4.3.6)
2
dr
ψ = C 1 cosh ( λr ) + C 2 senh ( λr ) ou CA =
1
[C 1 cosh ( λr ) + C 2 senh ( λr )] (3.4.3.7)
r
A determinação das constantes parte da aplicação das condições de contorno C.C.1 e C.C.2,
ficando:
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.18
CA R senh ( λr )
= (3.4.3.8)
C As r senh ( λR )
O fator de efetividade
O fator de efetividade representa o efeito que a taxa da matéria exerce na taxa de reação
numa partícula, sendo definido como a razão entre a taxa real de reação química, Rsg, e a taxa da
reação baseada nas condições de superfície externa da partícula, como se toda a superfície ativa dos
poros estivesse exposta nas mesmas condições da superfície, R sg . Assim:
R sg
ηε =
R sg
dC A
com: R sg = 4 πR 2 N A ,R = −4 πR 2 D ef
dr r =R
representado todo o soluto consumido na superfície externa da partícula transportado para dentro
dessa partícula. Substituindo a eq. (3.4.3.8) e efetuando a derivação, temos:
R sg = −4 πRD ef C As [1 − ( λR ) coth ( λR )]
4 4
R sg = πR 3 R ′A′ = − πR 3 ak s C As
3 3
3 [( λR ) coth ( λR ) − 1]
Logo: η ε =
( λR ) 2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.19
CA R senh ( 3 φr R )
=
C As r senh ( 3 φ )
3 φ coth ( 3 φ ) − 1
ηε =
3φ 2
Exemplo
No craqueamento catalítico do petróleo utilizaram-se microesferas de sílica-alumina de diâmetro
igual a 1,8 mm e de área especifica dos poros de 3,2 cm2/cm3. Estime o valor do fator de efetividade
considerando que a reação química catalítica, cuja velocidade é 6,9 cm/s, é irreversível e de 1ª
ordem. O coeficiente efetivo de difusão é 8,0 x 10-4 cm2/s.
Resposta: ηε = 0,187
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.20
Exemplo:
Considerar uma placa plana retangular fina, largura W e comprimento L. O topo é imerso em
inseticida (y = L).
y
CA = C(x)
L
CA = 0
CA = 0
0 CA = 0 W x
r ∂c
∇ ⋅ N A + A − R A = 0 ou
∂t
∂ N Ax ∂ N Ay ∂ N Az ∂cA
+ + + − RA =0
∂x ∂y ∂z ∂t {
123 123 0
0 0 sem (3.5.1)
estado reação
estacionário química
dC A
N Ax = − D AB + y A ( N Ax + N Bx ) (3.5.2)
dx 144 42444 3
termo bulk = 0
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.21
N Ay = − D AB
dC A
dy 144
(
+ y A N Ay + N By
42444 3
) (3.5.3)
termo bulk = 0
∂ 2CA ∂ 2CA
+ =0 (3.5.4)
∂x2 ∂ y2
que é uma equação diferencial parcial, linear e homogênea com solução da forma:
C A ( x , y ) = X ( x )Y ( y ) (3.5.5)
1 d2X 1 d2Y
=
x dx2 y dy2
d2X
+ λ2 X = 0 (3.5.6)
2
dx
d2Y
− λ2 Y = 0 (3.5.7)
2
dy
Y = De − λy + Ee λy (3.5.9)
(
C A ( x , y ) = ( A cos λx + Bsenλx ) De − λy + Ee λy ) (3.5.10)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.22
x = 0 → CA = 0
x = W → CA = 0
y = 0 → CA = 0
y = L → CA = C(x)
∞
nπx nπy
C A ( x , y ) = ∑ A n sen senh (3.5.11)
n =1 W W
∞
nπx nπL
C A ( x ) = ∑ A n sen senh (3.5.12)
n =1 W W
nπy
senh
2 ∞
W
W nπx nπx
C A (x , y ) = ∑ sen ∫ C A ( x )sen dx (3.5.13)
W n =1 nπL W 0 W
senh
W
Exemplo:
Considere a situação na qual ocorra o fluxo mássico de A através da superfície de um catalisador.
Ao entrar em contato com o catalisador, o soluto A se difunde nas direções x e y. Atingindo três das
quatro superfícies, a espécie A reage instantaneamente. Em y = L para qualquer x, a sua
concentração mantém-se constante em um valor β. Considerando a existência da contradifusão
equimolar entre produto e reagente, pede-se:
a) a distribuição mássica do soluto A.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.23
• Exemplo: Secagem de uma superfície molhada pelo calor de um gás quente e seco: energia
transferida a para superfície fria por convecção e radiação; transferência de massa associada a
entalpia na corrente gasosa se movendo.
• Os processos de transporte simultâneos são mais complexos, requerendo o tratamento
simultâneo de cada fenômeno de transporte envolvido.
• Condições isotérmicas
r n r
qD
= ∑ Ni Hi (3.6.1.1)
A i =1
r
qD
= fluxo de calor por difusão mássica
A
H i = entalpia molar parcial de i numa mistura
r n r
qD
= − k{∇T − h{ ∆T + ∑ N i H i (3.6.1.2)
A condutivo convectivo i=1
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.24
Filme líquido
condensado Contorno do
filme gasoso
T = T(z)
T1
T2
T3
yA= yA(z) yA1
yA2
z3 z2 z1
1 4
0 , 670 Ra L
Nu L = 0 , 68 +
[1 + (0, 492 / Pr ) ]
9 16 4 9
d
N A ,z = 0 ⇒ fluxo mássico é constante na direção z.
dz
Se o componente A esta se difundindo através do gás estagnado, o fluxo é descrito pela seguinte
forma da lei de Fick:
− cD AB dy A
N A ,z =
1 − y A dz
Se o perfil de temperatura é conhecido:
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.25
n
T z
=
T1 z 1
3 2 3n 2
T z
D AB = D AB T1
= D AB T1
T1 z1
P P
c= =
RT R ( z z 1 ) n
− P D AB T1 z
n 2
dy A
N A ,z =
RT1 (1 − y A ) z 1 dz
Para uma pequena faixa de temperatura, pode-se aproximar para uma equação:
( cD AB ) médio dy A
N A ,z =
(1 − y A ) dz
( cD AB ) médio ( y A 1 − y A 2 )
N A ,z =
( z 2 − z 1 ) y B ,ln
qz
= h L ( T2 − T3 ) = h C ( T1 − T 2 ) + N A ,z M A ( H 1 − H 2 )
A
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.26
Exemplo:
Uma mistura de vapor etanol-água esta sendo destilada pelo contato da solução liquida etanol/água.
O etanol é transferido a partir do líquido para a fase vapor e a água é transferida na direção oposta.
A condensação de vapor de água fornece a energia para a vaporização do etanol. Ambos os
componentes estão se difundindo através do filme de gás de 0,1 mm de espessura. A temperatura é
368 K e a pressão é 1,013 x 105 Pa. Para estas condições, a entalpia de vaporização dos
componentes puros do etanol e água são 840 e 2300 kJ/kg, respectivamente.
a)Desenvolver a equação de fluxo para o vapor de etanol.
b) Desenvolver a equação de fluxo assumindo que os componentes tem calores equimolares de
vaporização.
Vapor Filme
Mistura liquida saturada de etanol/água
etanol/água gasoso
(δ)
NEtOH
(vapor) Parede
adiabática
NH2O
(condensado)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.27
• Absorção: A dissolução seletiva de um dos componentes de uma mistura gasosa por um líquido:
coluna de parede molhada.
• Escoamento de um filme ao longo de uma parede na qual esta em contato com uma mistura de
gás.
Suposições:
1. O comprimento para contato entre as duas fases é curto, portanto uma pequena quantidade de
massa é absorvida ⇒ propriedades do liquido são inalteradas.
∂ τ
∂ϑx ∂ϑx ∂ ϑx ∂ϑx = − ∂ P − ∂ τ xx + ∂ τ zx
ρ
yx
+ ϑx + ϑy + ϑz + + ρg x
∂t ∂x { ∂y { ∂z ∂x ∂x ∂y ∂z
123 123 =0 =0 { 123 123
0 0 = 0 = 0 =0
estado estacionário ϑ x =cte
∂ τ yx
Logo, = − ρg (3.6.2.1)
∂y
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.28
dϑ x
Fluido newtoniano: τ xy = µ
dy
∂ 2 ϑx ∂ϑx ρg ρg y 2
µ = − ρg ⇒ = − y + c1 ⇒ ϑ x = − + c1 y + c 2 (3.6.2.2)
∂ y2 ∂y µ µ 2
Pela C.C.1 ⇒ c2 = 0
ρg y 1 y 2
ϑx = − δ2 − (3.6.2.3)
µ δ 2 δ
ρg 2
ϑ max = ϑ x y =δ
= δ (3.6.2.4)
2µ
y 1 y 2
Logo: ϑ x = 2 ϑ max − (perfil de velocidade) (3.6.2.5)
δ 2 δ
r ∂cA
∇⋅NA + − RA = 0
∂t {
123 =0
=0 sem
estado reação
estacionário química
∂ N A ,x ∂ N A ,y
+ =0 (3.6.2.6)
∂x ∂y
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.29
+ x A ( N A ,x + N B ,x )
dc
N A ,x = − D AB A (3.6.2.7)
1424 dx
3 14442444 3
=cAϑx
desprezar, o tempo de contato
do vapor com o liquido é muito
curto.
N A , y = − D AB
dc A
(
+ x A N A ,y + N B ,y
dy 14442444 3
) (3.6.2.8)
desprezar , muito baixa
a solubilidade de A em B
∂ (c A ϑ x ) ∂2 cA
+ − D AB = 0 , como ϑ x é dependente de y apenas, logo :
∂x ∂ y2
∂cA ∂2 cA
ϑx + − D AB =0 (3.6.2.9)
∂x ∂ y2
y 1 y 2 ∂c ∂2 cA
2 ϑ max − A
+ − D AB =0 (3.6.2.9)
δ 2 δ ∂ x ∂ y2
C.C.1: para x = 0 → cA = 0
∂cA
C.C.2: para y = 0 → = 0 (parede)
∂y
A qual pode ser resolvida numericamente pelo método das diferenças finitas.
Johnstone & Pigford (1942) resolveram a equação (3.2.6.9) analiticamente, e obtiveram a
concentração adimensional no fundo da coluna(Trans. AICHE, 38, 25, 1942):
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.30
cA x =L
− cA y =δ
= 0 , 7857 e −5 ,1213 n + 0 ,1001e −39 , 318 n + 0 , 03500 e −105 , 64 n
cA x =0
− cA y =δ (3.2.6.10)
+ 0 , 01811e −204 , 75 n + L
Onde:
D AB L
n=
δ 2 ϑ max
cA x =L
= concentração do soluto no fundo da coluna
cA x =δ
= concentração do soluto na interface gás - liquido
cA x =0
= concentração do soluto no topo da coluna
L = altura da coluna
δ = espessura da película
ϑ max = velocidade máxima do filme, localizada na superfície
D AB = coeficiente de difusão do soluto no líquido
Teoria da penetração: modelo desenvolvido por Higbie (Trans, AICHE, 31, 368-389, 1935)
Profundidade da penetração
• O soluto A não será afetado pela presença da parede, então o fluido pode ser considerado de
profundidade infinita.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão em regime permanente 3.31
∂cA ∂2 cA
ϑ max = D AB
∂x ∂ y2
Fazendo ξ = δ - y, temos:
∂cA ∂2 cA
ϑ max = D AB
∂x ∂ξ2
∂ 2 c A (ξ , s )
ϑ max s c A − 0 = D AB no domínio de Laplace
∂ξ2
∂ 2 c A (ξ , s ) ϑ max s c A
rearranjando: − =0
∂ξ 2 D AB
ϑ max s ϑ max s
c A ( ξ , s ) = A 1 exp ξ + B 1 exp − ξ
D AB D AB
cA0
C.C.1: para ξ = 0 → c A ( 0 , s ) = (contato com o gás)
s
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Difusão em regime permanente 3.32
C.C.2: para ξ = ∞ → c A ( ∞ , s ) = 0
Produzindo a solução:
cA0 ϑ max s
c A (ξ , s ) = exp − ξ
s D AB
ξ
c A (x ,ξ ) = c A 0 1 − erf ou
4 D AB x
− ϑ max
1 − erf ξ
c A (x ,ξ ) = c A 0
− 4 D AB t exp
∂cA D AB D AB
= N A ,y = − D AB = cA0 = c{ A1 − c
{
Fluxo: N A , y A 2
ξ =0 y=δ ∂y y =δ
πt exp πt exp
A0
= c =0
D AB 1 2
kc = ou k c ∝ D AB ⇒ Teoria da penetração.
πt exp
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Difusão molecular no estado transiente 4.1
• Processos transientes:
o O processo na qual esta em estado não estacionário somente em sua partida inicial.
o O processo na qual é uma batelada (descontínuo) ou operações em sistemas fechados do
começo ao fim de sua duração.
SOLUÇÃO ANALÍTICA
Logo:
r ∂c
∇⋅NA + A − RA =0 (1)
∂t {
=0
sem reação
química
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.2
( )
r r
N A ,z = − cD AB ∇x A + x A N A + N B 1ª Lei de Fick, logo:
1442 r
443
=cϑ=0
N A ,z = − D AB ∇c A (2)
∂cA
= D AB ∇ 2 ⋅ c A 2ª Lei de Fick (3)
∂t
Útil para:
• Difusão em sólidos, líquidos estacionários, ou em sistemas em contradifusão equimolar.
• Devido a taxa de difusão extremamente lenta em líquidos, a contribuição do movimento bulk,
r
da 1ª lei de Fick (isto é, x A ∑ N i ) aproxima de zero para soluções diluídas, portanto satisfaz a
2ª lei de Fick.
∂cA ∂ 2cA
= D AB
∂t ∂z2
C.C.2: c A = c A 0 para z = ∞, para todo t, o soluto penetra uma distância muito pequena
durante o tempo finito de exposição em relação a profundidade do meio.
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Difusão molecular no estado transiente 4.3
CAs
CA0
z
z
usando a transformação:
θ = cA − cA0
∂θ ∂2 θ
= D AB (2)
∂t ∂z2
C.I.: θ(z ,0 ) = 0
C.C.1: θ ( 0 , t ) = c As − c A 0
C.C.2: θ ( ∞ , t ) = 0
∂2 θ
s θ − 0 = D AB ou
∂z2
∂2 θ sθ
− =0 (3)
∂z2 D AB
( c As − c A 0 )
C.C.1: θ ( 0 , s ) =
s
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Difusão molecular no estado transiente 4.4
C.C.2: θ ( ∞ , s ) = 0
s D AB z − s D AB z
θ = Ae + Be
c − cA0 − s D AB z
Logo: θ = As e (4)
s
θ = ( c As − c A 0 )erfc
z ou
2 D t
AB
cA − cA0 z
= 1 − erf (perfil de concentração) (5)
c As − c A 0 2 D t
AB
dc A D AB
NA z =0
= − D AB = ( c As − c A 0 ) (6)
dz z =0 πt
• Um corpo é submetido a uma mudança subta nas vizinhanças a qual influencia sua
concentração na superfície cAs.
• Consideramos uma lamina larga de madeira a qual possui uma espessura uniforme L.
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Difusão molecular no estado transiente 4.5
• Condições:
CAs CAs
z=0 z=L
c A − c As
A equação da 2ª lei de Fick, com a concentração adimensional, Y = , na direção z, fica:
c A 0 − c As
∂Y ∂2 Y
= D AB (1)
∂t ∂z2
dY
( L 2 , t ) = 0 , devido a simetria no meio da placa.
dz
Resolvendo a equação (1) pelo método de separação de variáveis (Welty) leva a seguinte solucao
produto:
Y = ( C 1 cos λx + C 2 senλx )e −D AB λ
2
t
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Difusão molecular no estado transiente 4.6
c A − c As 2 ∞
L
nπz −( nπ 2 )2 X D nπz
Y= = ∑ sen
c A 0 − c As L n =1 L
e ∫ Y0 ( z )sen L
dz (2)
0
onde:
D AB
XD = → razão de tempo relativo
x1
x 1 = comprimento caracteristico de L/2
n = 1, 3, 5, L
Se a lamina tem uma concentração uniforme, no instante inicial, isto é Y0(z) = Y0, então a eq. (2),
fica:
c A − c As 4 ∞ 1 nπz −( nπ 2 )2 X D
Y= = ∑ sen e (3)
c A 0 − c As π n =1 n L
onde: n = 1, 3, 5, ...
O fluxo mássico para algum plano da placa de madeira pode ser avaliado por:
∂cA
N A ,z = − D AB
∂z
∞
( c As − c A 0 ) ∑ cos nπz e −( nπ 2 ) X D
4 D AB 2
N A ,z =
L n =1 L
onde: n = 1, 3, 5, ...
dc A
No centro da placa (z = L/2), NA = 0 pois (L 2 , t ) = 0
dz
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Difusão molecular no estado transiente 4.7
Exemplo:
Considerando a dopagem do fósforo no silício cristalino, semicondutor tipo n, a 1100º C, uma
temperatura capaz de promover a difusão do fósforo. A concentração da superfície do fósforo (cAs)
no silício é 2,5 x 1020 atomos de P/cm3 de Si sólido, que é relativamente diluído, desde que o silício
contem 5 x 1022 atomos de Si/cm3 de sólido. A cobertura rica de fósforo é considerada como uma
fonte infinita para a quantidade de átomos de P transferido, de maneira que, cAs é constante.
Predizer a profundidade do filme Si-P após 1 h, se a concentração é de 1% na superfície (2,5 x 1018
atomos de P/cm3 de silício sólido).
Placa de Si
P
Fonte rica de P
z=0
cAs
P Si
Resposta: 1,76 µm
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Difusão molecular no estado transiente 4.8
• Gráficos de “Gurney-Lurie” apresentam soluções para placa plana, esfera e cilindros longos.
• Equação diferencial para condução de calor análoga a equação diferencial para difusão
molecular ⇒ estes gráficos podem ser utilizados para ambos os fenômenos de transportes.
c As − c A
Y = mudança na concentração adimensional =
c As − c A 0
D AB t
XD = tempo relativo =
x 12
x
n = posição relativa =
x1
Condições:
a) Assumir a 2ª lei de Fick, isto é, ϑ = 0 , nenhum termo de produção, RA = 0, e difusividade
constante.
b) O corpo tem um concentração inicial uniforme, cA0.
c) O contorno esta sujeito a uma nova condição que permaneça constante com o tempo.
1. Para formas onde o transporte ocorre em somente uma das faces, a razões adimensionais são
calculadas como se a espessura fosse duas vezes o valor verdadeiro.
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Difusão molecular no estado transiente 4.9
selada
b
b
a a
selada
Ybar = YaYb
Ya = avaliação com a largura x1 = a
Yb = avaliação com a espessura x1 = b
2) Paralelepípedo retangular
c
b
c b
a a
Ypar = YaYbYc
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Difusão molecular no estado transiente 4.10
R
R
Exemplo
Uma placa de madeira 12 in por 12 in por 1 in, é exposta ao ar seco. As extremidades são
inicialmente seladas para limitar o processo de secagem para as faces planas mais largas da placa. O
liquido interno difunde para a superfície, onde é evaporada pela passagem da corrente de ar. O
conteúdo de umidade sobre a superfície permanece constante a 15% em peso. Após 10 hr de
secagem o conteúdo de umidade do centro diminui de 50 para 32% em peso Se o coeficiente de
transferência de massa convectivo pode ser considerado suficientemente elevado, a resistência
relativa m é aproximada para zero, calcule:
a) O coeficiente de difusão efetiva.
b) O conteúdo de umidade se as seis faces são usadas para o mesmo período de secagem.
c) O tempo necessário para diminuir o conteúdo de umidade do centro de um cubo de 1 ft de aresta
feito com a mesma madeira, de 50 para 32% em peso se todas as 6 faces são usadas. Assumir
que o coeficiente de difusão efetiva calculado em (a) é constante através do cubo.
Resposta: a) 8,85 x 10-5 ft2/h; b) 0,471 lbm de água/lbm de madeira seca; c)650 h
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Difusão molecular no estado transiente 4.11
Enunciado:
Uma placa de material com uma espessura de 0,004 m tem uma superfície subitamente exposta a
uma solução do componente A com CA0 = 6 x 10-3 kg-mol/m3 enquanto que a outra superfície é
suportada sólido isolado permitindo nenhuma transferência de massa. Há um perfil de concentração
inicial linear para o componente A dentro da placa a partir de CA = 1 x 10-3 kg-mol/m3 para um lado
e CA = 2 x 10-3 kg-mol/m3 para o lado sólido. A difusividade DAB = 1x 10-9 m2/s. O coeficiente de
distribuição. O coeficiente de distribuição entre a concentração na solução adjacente a placa CALi e
a concentração na placa sólida para a superfície CAi é definida por: K = CAli/CAi, onde K = 1,5. O
coeficiente de transferência de massa para a superfície da placa pode ser considerado infinito.
x = 0,004 m
x dx = 0,0005 m
Superfície exposta
Condições de contorno
CA1 é mantido a um
valor constante.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
∂CA ∂ 2CA
= D AB 2ª Lei de Fick
∂t ∂x2
Condições iniciais
CA para t = 0, perfil linear de 1 x 10-3 a 2 x 10-3
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Difusão molecular no estado transiente 4.12
Condições de contorno
Como a equação diferencial é de 2ª ordem são necessárias duas condições de contorno:
CA0
CC1: C Ai x =0
= , onde k = 1,5
k
∂CA
CC2: = 0 , condição de fluxo difusional para o contorno isolado.
∂x x =0 , 004
a) Calcular as concentrações dentro da placa até 2500 s. Utilize o método numérico em x com
intervalo entre nodos de 0,0005 m (ver fig. 1) correspondente a 9 nodos.
b) Fazer o gráfico da concentração versus tempo ate 2500 s.
Método numérico
O método de linhas (MOL: method of lines): o tempo é resolvido como equações diferenciais
ordinárias: método de Euler ou Runge Kutta por exemplo. O espaço é discretizado por diferenças
finitas.
Neste exemplo o espaço é dividido em N = 8 intervalos envolvendo N + 1 = 9 nodos (figura 1).
Utilizando a fórmula da diferença central para a 2ª derivada (equação A9), deixando o tempo como
uma derivada ordinária, temos:
dC A D AB
= (
C A n +1 − 2 C A n + C A n −1 ) para 2 ≤ n ≤ 8
dt ∆x 2
Condições de contorno
Superfície exposta
Neste exemplo em x = 0
CA0 CA1
x=0
∂CA
k c ( C A 0 − KC A 1 ) = − D AB
∂x x =0
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Difusão molecular no estado transiente 4.13
Usando a formula das diferenças (A5) para o derivativo do lado direito desta equação temos:
∂CA (− C A 3 + 4 C A 2 − 3C A1 )
=
∂x x =0
2 ∆x
(− C A 3 + 4 C A 2 − 3C A1 )
Logo: k c ( C A 0 − KC A 1 ) = − D AB
2 ∆x
2 k c C A 0 ∆x − D AB C A 3 + 4 D AB C A 2
C A1 =
3 D AB + 2 k c K∆x
CA0
no nosso exemplo temos que kc →∞ logo C A 1 = , onde K = 1,5.
K
Superfície isolada
Neste exemplo em x = L
CA9
isolante
x=0 x = L = 0,004m
∂CA
=0
∂x x =0 , 004
dC A 9 3 C A 9 − 4 C A 8 + C A 7
= =0
dx 2 ∆x
4C A8 − C A 7
CA9 =
3
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Difusão molecular no estado transiente 4.14
Condição inicial
Perfil de concentração inicial, neste exemplo é lineal de 1 x 10-3 a 2 x 10-3, ficando:
x em m CA x 103 Nodo n
0 1 1
0,0005 1,125 2
0,001 1,25 3
0,0015 1,375 4
0,002 1,5 5
0,0025 1,625 6
0,003 1,75 7
0,0035 1,825 8
0,004 2 9
dx = 0,0005
Equações discretizadas:
dC A 2 (C A 3 − 2 C A 2 + C A1 )
f2 = = D AB
dt dx 2
dC A 3 (C A 4 − 2 C A 3 + C A 2 )
f3 = = D AB
dt dx 2
dC A 4 (C A 5 − 2 C A 4 + C A 3 )
f4 = = D AB
dt dx 2
dC A 5 (C A 6 − 2 C A 5 + C A 4 )
f5 = = D AB
dt dx 2
dC A 6 (C A 7 − 2 C A 6 + C A 5 )
f6 = = D AB
dt dx 2
dC A 7 (C A 8 − 2 C A 7 + C A 6 )
f7 = = D AB
dt dx 2
dC A 8 (C A 9 − 2 C A 8 + C A 7 )
f8 = = D AB
dt dx 2
4C A8 − C A 7
CA9 =
3
CA0
C A1 =
K
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.15
dC A 2
f2 =
dt
C A 2 ( j +1 ) − C A 2 ( j )
f2 =
∆t
C A 2 ( j +1 ) = f 2 ∆t + C A 2 ( j )
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.16
Fluxograma:
Dados
Condições
iniciais
J = 0 a 2500
f 2 = D AB ( C A 3 ( j ) − 2 C A 2 ( j ) + C A 1 ( j ) ) dx 2
f 3 = D AB ( C A 4 ( j ) − 2 C A 3 ( j ) + C A 2 ( j ) ) dx 2
f 4 = D AB ( C A 5 ( j ) − 2 C A 4 ( j ) + C A 3 ( j ) ) dx 2
f 5 = D AB ( C A 6 ( j ) − 2 C A 5 ( j ) + C A 4 ( j ) ) dx 2
f 6 = D AB ( C A 7 ( j ) − 2 C A 6 ( j ) + C A 5 ( j ) ) dx 2
f 7 = D AB ( C A 8 ( j ) − 2 C A 7 ( j ) + C A 6 ( j ) ) dx 2
f 8 = D AB ( C A 9 ( j ) − 2 C A 8 ( j ) + C A 7 ( j ) ) dx 2
C A 1 ( j + 1) = C A 0 K
C A 2 ( j + 1 ) = C A 2 ( j ) + f 2 dt
C A 3 ( j + 1 ) = C A 3 ( j ) + f 3 dt
C A 4 ( j + 1 ) = C A 4 ( j ) + f 4 dt
C A 5 ( j + 1 ) = C A 5 ( j ) + f 5 dt
C A 6 ( j + 1 ) = C A 6 ( j ) + f 2 dt
C A 7 ( j + 1 ) = C A 7 ( j ) + f 2 dt
C A 8 ( j + 1 ) = C A 8 ( j ) + f 2 dt
C A 9 ( j + 1) = ( 4 C A 8 ( j + 1) − C A 7 ( j + 1)) 3
t ( j + 1 ) = t ( j ) + dt
Impressão
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.17
'Dados
dx = 0.0005
CA0 = 0.006
K = 1.5
DAB = 0.000000001
tf = 2500
Cells(12, 1) = "dx ="
Cells(12, 2) = dx
Cells(13, 1) = "CA0 ="
Cells(13, 2) = CA0
Cells(14, 1) = "K ="
Cells(14, 2) = K
Cells(15, 1) = "DAB ="
Cells(15, 2) = DAB
'Condições iniciais
t(0) = 0
CA1(0) = 0.001
CA2(0) = 0.001125
CA3(0) = 0.00125
CA4(0) = 0.001375
CA5(0) = 0.0015
CA6(0) = 0.001625
CA7(0) = 0.00175
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.18
CA8(0) = 0.001825
CA9(0) = 0.002
dt = 1
'Solução numérica
For j = 0 To 2500
f2 = DAB * (CA3(j) - 2 * CA2(j) + CA1(j)) / dx ^ 2
f3 = DAB * (CA4(j) - 2 * CA3(j) + CA2(j)) / dx ^ 2
f4 = DAB * (CA5(j) - 2 * CA4(j) + CA3(j)) / dx ^ 2
f5 = DAB * (CA6(j) - 2 * CA5(j) + CA4(j)) / dx ^ 2
f6 = DAB * (CA7(j) - 2 * CA6(j) + CA5(j)) / dx ^ 2
f7 = DAB * (CA8(j) - 2 * CA7(j) + CA6(j)) / dx ^ 2
f8 = DAB * (CA9(j) - 2 * CA8(j) + CA7(j)) / dx ^ 2
CA1(j + 1) = CA0 / K
CA2(j + 1) = CA2(j) + f2 * dt
CA3(j + 1) = CA3(j) + f3 * dt
CA4(j + 1) = CA4(j) + f4 * dt
CA5(j + 1) = CA5(j) + f5 * dt
CA6(j + 1) = CA6(j) + f6 * dt
CA7(j + 1) = CA7(j) + f7 * dt
CA8(j + 1) = CA8(j) + f8 * dt
CA9(j + 1) = (4 * CA8(j + 1) - CA7(j + 1)) / 3
t(j + 1) = t(j) + dt
Next j
'impressão na planilha
For i = 0 To 8
Cells(18, 5 + i) = i * dx
te = 50
Next i
For j = 0 To 2500 Step te
Cells(20 + j / te, 4) = t(j)
Cells(20 + j / te, 5) = CA1(j)
Cells(20 + j / te, 6) = CA2(j)
Cells(20 + j / te, 7) = CA3(j)
Cells(20 + j / te, 8) = CA4(j)
Cells(20 + j / te, 9) = CA5(j)
Cells(20 + j / te, 10) = CA6(j)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.19
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.20
dx = 0.00050
CA0 = 0.00600
K= 1.50000
DAB = 1.00000E-09
distância x
0 0.0005 0.001 0.0015 0.002 0.0025 0.003 0.0035 0.004
tempo
(s) CA1 CA2 CA3 CA4 CA5 CA6 CA7 CA8 CA9
0 0.001 0.001125 0.00125 0.001375 0.0015 0.001625 0.00175 0.001825 0.002
50 0.004 0.001616 0.001294 0.001378 0.0015 0.001624 0.001741 0.001816 0.00184
100 0.004 0.001965 0.001394 0.001392 0.001501 0.001622 0.001733 0.001806 0.00183
150 0.004 0.002217 0.001514 0.001421 0.001505 0.00162 0.001726 0.001796 0.00182
200 0.004 0.002406 0.001635 0.001462 0.001514 0.001619 0.001719 0.001787 0.00181
250 0.004 0.002553 0.001751 0.00151 0.001527 0.001618 0.001713 0.001778 0.0018
300 0.004 0.002669 0.001859 0.001564 0.001544 0.00162 0.001707 0.00177 0.00179
350 0.004 0.002764 0.001957 0.00162 0.001565 0.001623 0.001703 0.001761 0.001781
400 0.004 0.002843 0.002047 0.001676 0.001589 0.001628 0.001699 0.001754 0.001772
450 0.004 0.00291 0.002128 0.001732 0.001615 0.001635 0.001696 0.001747 0.001764
500 0.004 0.002967 0.002202 0.001787 0.001643 0.001644 0.001695 0.00174 0.001756
550 0.004 0.003017 0.002269 0.001841 0.001673 0.001655 0.001694 0.001735 0.001748
600 0.004 0.003061 0.00233 0.001892 0.001703 0.001667 0.001695 0.00173 0.001741
650 0.004 0.003101 0.002386 0.001941 0.001734 0.001681 0.001697 0.001725 0.001735
700 0.004 0.003136 0.002438 0.001987 0.001765 0.001695 0.0017 0.001722 0.001729
750 0.004 0.003167 0.002485 0.002032 0.001795 0.00171 0.001704 0.00172 0.001725
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.21
800 0.004 0.003196 0.002529 0.002074 0.001825 0.001726 0.001709 0.001718 0.001721
850 0.004 0.003222 0.00257 0.002114 0.001855 0.001743 0.001715 0.001717 0.001718
900 0.004 0.003246 0.002608 0.002153 0.001884 0.00176 0.001721 0.001717 0.001716
950 0.004 0.003269 0.002643 0.002189 0.001913 0.001777 0.001728 0.001718 0.001715
1000 0.004 0.003289 0.002677 0.002224 0.00194 0.001795 0.001736 0.00172 0.001714
1050 0.004 0.003308 0.002708 0.002257 0.001968 0.001812 0.001745 0.001723 0.001715
1100 0.004 0.003326 0.002737 0.002288 0.001994 0.00183 0.001754 0.001726 0.001716
1150 0.004 0.003342 0.002764 0.002319 0.00202 0.001848 0.001764 0.00173 0.001719
1200 0.004 0.003358 0.00279 0.002347 0.002045 0.001865 0.001774 0.001735 0.001722
1250 0.004 0.003372 0.002814 0.002375 0.002069 0.001883 0.001785 0.00174 0.001726
1300 0.004 0.003386 0.002837 0.002401 0.002093 0.0019 0.001796 0.001747 0.00173
1350 0.004 0.003398 0.002859 0.002426 0.002115 0.001918 0.001807 0.001753 0.001736
1400 0.004 0.003411 0.00288 0.00245 0.002138 0.001935 0.001819 0.001761 0.001742
1450 0.004 0.003422 0.002899 0.002473 0.002159 0.001952 0.00183 0.001769 0.001748
1500 0.004 0.003433 0.002918 0.002495 0.00218 0.001969 0.001843 0.001777 0.001756
1550 0.004 0.003443 0.002936 0.002516 0.002201 0.001986 0.001855 0.001786 0.001763
1600 0.004 0.003453 0.002953 0.002537 0.002221 0.002003 0.001868 0.001796 0.001772
1650 0.004 0.003462 0.002969 0.002556 0.00224 0.002019 0.00188 0.001805 0.00178
1700 0.004 0.003471 0.002985 0.002575 0.002259 0.002035 0.001893 0.001816 0.00179
1750 0.004 0.003479 0.003 0.002594 0.002277 0.002052 0.001906 0.001826 0.001799
1800 0.004 0.003487 0.003014 0.002611 0.002295 0.002068 0.001919 0.001837 0.001809
1850 0.004 0.003495 0.003028 0.002628 0.002313 0.002083 0.001933 0.001848 0.00182
1900 0.004 0.003503 0.003041 0.002645 0.00233 0.002099 0.001946 0.001859 0.001831
1950 0.004 0.00351 0.003054 0.002661 0.002346 0.002114 0.001959 0.001871 0.001842
2000 0.004 0.003516 0.003066 0.002676 0.002363 0.00213 0.001973 0.001883 0.001853
2050 0.004 0.003523 0.003078 0.002691 0.002379 0.002145 0.001986 0.001895 0.001865
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.22
2100 0.004 0.003529 0.00309 0.002706 0.002394 0.00216 0.002 0.001907 0.001876
2150 0.004 0.003535 0.003101 0.00272 0.00241 0.002175 0.002013 0.00192 0.001888
2200 0.004 0.003541 0.003111 0.002734 0.002425 0.002189 0.002027 0.001932 0.001901
2250 0.004 0.003547 0.003122 0.002747 0.002439 0.002204 0.00204 0.001945 0.001913
2300 0.004 0.003552 0.003132 0.00276 0.002454 0.002218 0.002054 0.001958 0.001926
2350 0.004 0.003558 0.003141 0.002773 0.002468 0.002232 0.002068 0.001971 0.001938
2400 0.004 0.003563 0.003151 0.002786 0.002482 0.002246 0.002081 0.001983 0.001951
2450 0.004 0.003568 0.00316 0.002798 0.002495 0.00226 0.002095 0.001997 0.001964
2500 0.004 0.003573 0.003169 0.00281 0.002509 0.002274 0.002108 0.00201 0.001977
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.23
0.0045
CA1 CA2 CA3 CA4 CA5 CA6 CA7 CA8 CA9
0.0040
0.0035
CA (kg-mol/m 3)
0.0030
0.0025
0.0020
0.0015
0.0010
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600
tempo (s)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Difusão molecular no estado transiente 4.24
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.1
NA = kc ∆c A
{ { {
Fluxo de massa coeficiente de diferença de
→ ocorre na direção transferência concentração
do decréscimo de de massa
concentração convectivo
kc
função das propriendades do fluido, caracteristicas dinâmicas e geometria do sistema
h
q
é análogo a : = h∆T da transferência de calor
A
⇒ Escoamento laminar: o transporte entre a superfície do fluido escoando é por meio molecular.
N A = k c ( c As − c A )
Onde:
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.2
EXEMPLO 1
O ar escoa sobre uma placa sólida de dióxido de carbono congelado (gelo seco) com uma área
superficial exposta de 1 x 10-3 m2. O CO2 sublima com uma corrente escoando a 2 m/s e taxa de
liberação de 2,29 x 10-4 mol/s. O ar está a 293 K e 1,013 x 105 Pa ( D CO 2 ,ar = 1, 5 x10 −5 m 2 s e νar
= 1,55x10-5 m2/s). Determine o coeficiente de transferência de massa do CO2 sublimando sobre o ar
escoando.
Resp.: 0,118 m/s
µ
ν= difusividade de momento
ρ
2
k L
α= difusividade térmica
ρc p t
D AB = difusividade mássica
ν µ difusividade de momento
Sc = = =
D AB ρD AB difusividade mássica
α k difusividade térmica
Le = = =
D AB ρc p D AB difusividade mássica
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.3
ϑ∞
cAs - cA∞
y
ϑ = ϑ(y)
cAs na interface
Figura 5.1 – Perfil de velocidade e concentração para um fluido escoando numa superfície sólida.
d ( c A − c As )
N A = − D AB Entrando no fluido por difusão melecular
dy y =0
d ( c A − c As )
Logo: k c ( c As − c A ∞ ) = − D AB
dy y =0
kcL d ( c A − c As ) ( c As − c A ∞ )
=− ⇒
D AB dy y =0
L
kcL
= Nu AB ou Sh
D AB
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.4
EXEMPLO 2
Determine o número de Schmidt para o metanol em ar a 298 K e 1,013 x 103 Pa e em água líquida a
298 K.
D ρ µ ϑ DAB kc
M 0 1 1 1 0 1
L 1 -3 -1 0 2 0
t 0 0 -1 -1 -1 1
DAB, ρ e D → variáveis central (núcleo) pode conter qualquer das variáveis que, entre elas incluem
todas as dimensões básicas (MLt).
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.5
π1 = D aAB ρ b D c k c
π 2 = D dAB ρ e D f ϑ
π 3 = D gAB ρ h D i µ
a
L2 M b
1= ( L ) c L
t L t
L : 0 = 2 a − 3 b + c + 1 a = −1
t : 0 = − a −1 b=0
M:0 = b c =1
kcD
π1 = ≡ Nu ou Sh
{
D AB 12AB
3
no. de Nusselt no. de Sherwood
para transferência
de massa
Dϑ µ
π2 = e π3 = ≡ Sc
D AB ρD AB no. de {
Schimidt
π 2 Dϑ D AB ρ Dϑρ
= = ≡ Re
π 3 D AB µ µ {
no. de Reynolds
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.6
Nu = f(Re, Pr)
L DAB ρ µ g ∆ρA kc
L 1 2 1 1 1 0
M 0 0 -3 -1 -2 1
t 0 -1 0 -1 -2 -1
⇒ DAB, L e µ → variáveis central (núcleo) pode conter qualquer das variáveis que, entre elas
incluem todas as dimensões básicas (MLt).
⇒ Matriz 3 x 3 ⇒ maior det ≠ 0, portanto o rank = 3
⇒ i = no de variareis – rank = 6 – 3 = 3 grupos adimensionais.
π1 = D aAB Lb µ c k c
π 2 = D dAB Le µ f ρ
π 3 = D gAB Lh µ i g∆ρ A
kcL ρD AB 1 L3 g∆ρ A
π1 = ≡ Nu AB , π 2 = ≡ , π3 =
D AB µ Sc µD AB
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.7
Multiplicando π2 e π3
ρD AB L g∆ρ A L3 g∆ρ A
3
π 2 π 3 = = ≡ Gr
µD AB ρν 2 AB
µ
12 3
no de Grashof
⇒ Extensão da solução exata desenvolvida por Blasius para a camada limite hidrodinâmica.
x cA = cA(y)
cAs y
Figura – Camada limite de concentração para escoamento laminar em uma placa plana
2
∂cA ∂cA ∂cA ∂cA ∂ cA ∂ cA 2
∂ cA
2
+ ϑx + ϑy + ϑz = D AB + + + R
∂ y { ∂ z
A
∂t ∂x ∂ x 2
∂ y 2
∂ z 2 {
123 =0 123 123 =0
=0 ∂ 2c =0 nenhuma
estado << 2A c A =f ( x , y ) produção
de A
estacionário
∂ y
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.8
logo, temos:
∂cA ∂cA ∂ 2c A
ϑx + ϑy = D AB (13)
∂x ∂y ∂ y2
Equação similar as equações desenvolvidas a partir das equações de momento e energia para a
solução da camada limite hidrodinâmica e a camada limite térmica; portanto terá solução análoga as
estes fenômenos de transporte, pois as condições de contorno são análogas.
Condições de contorno:
c A − c As
= 0 para y = 0; e
c A ∞ − c As
c A − c As
= 1 para y=∞
c A ∞ − c As
ν
Sc = =1
D AB
ϑx ϑ x − ϑ x ,s c − c As
f′=2 =2 =2 A (14) e
ϑ∞ ϑ ∞ − ϑ x ,s c A ∞ − c As
y ϑ∞ y xϑ ∞ y
η= = = Re x (15)
2 νx 2x ν 2x
ψ (x , y )
f (η ) = (16)
( νxϑ ∞ )
∂ ψ ϑ∞
ϑx = = f ′(η ) (17)
∂y 2
∂ψ 1 νϑ ∞
ϑy = = ( ηf ′ − f ) (18)
∂x 2 x
f ′′′ + ff ′′ = 0
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.9
f = f ′ = 0 p/η = 0
f′=2 p/η = ∞
c − c As
d 2 A
df ′ c A ∞ − c As
= f ′′ ( 0 ) = = 1, 328 (19)
dη y
d Re x
2 x y =0
A equação (19) pode ser rearranjada para obter uma expressão para o gradiente de concentração na
interface:
dc As 0 , 332
= ( c A ∞ − c As ) Re x (20)
dy y =0 x
Eq. (20) ⇒ a taxa na qual a massa entra ou deixa a superfície da camada limite é tão pequena que
não altera o perfil de velocidade predito pela solução de Blasius, onde ϑy não é envolvido.
∂cA
N A , y = − D AB (21)
∂y y =0
0 , 332
N A , y = D AB Re x ( c As − c A∞ ) (22)
x
N A , y = k c ( c As − c A∞ ) (23)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.10
kcx
= Nu AB = 0 , 332 Re x (24)
D AB
ϑ ys
Re 1x 2 > 0 ⇒ transferência de massa a partir da placa para dentro da camada limite.
ϑ∞
ϑ ys
Re 1x 2 < 0 ⇒ transferência de massa a partir do fluido para a placa.
ϑ∞
ϑ ys taxa de transferência de massa não tem nenhum efeito sobre o perfil de velocidade, e em y =
Re 1x 2 = 0 ⇒
ϑ∞ a inclinação é 0,332 ⇒ equação (19).
ϑ ys
⇒ Em muitas operações físicas envolvendo transferência de massa Re 1x 2 é desprezível,
ϑ∞
valendo a equação (24).
⇒ Vaporização de um material volátil dentro de uma corrente gasosa escoando a baixa pressão, a
suposição de baixa transferência de massa não pode ser feita.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.11
Inclinação = 0,332
c As − c A
c As − c A∞
ϑys = 0
ϑ ys 1 2
Re x Sc 1 3
ϑ∞
δ
= Sc 1 3
Solução de Pohlhausen
δc
Para y = 0, temos:
dc As 0 , 332
= ( c A ∞ − c As ) Re x 3
Sc
dy y =0 x
kcx
Conduzindo a: = Sh x = 0 , 332 Re x 3
Sc (25)
D AB
Coeficiente de transferência de massa médio para uma placa plana (largura W e comprimento L)
1 2
ϑ ∞ ρx
L L 1 2 L 0 , 332 D AB
µ
0 , 332 D AB Re x
W ∫ k c dx ∫ Sc 1 3 dx ∫ Sc 1 3 dx
x x
kc = 0
= 0
= 0
⇒
L L L
W ∫ dx
0
1 2L
ϑ∞ρ −1 2
k c L = 0 , 332 D AB Sc ∫x
1 3
dx
µ 0
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.12
kcL 1 2
= Sh L = 0 , 664 Re L Sc 1 3
(28)
D AB
O numero de Sherwood local para uma distancia x, esta relacionado com o numero de Sherwood
médio para uma placa plana pela relação:
ShL = 2 Shx|x=L
ϑ ys 1 2
O parâmetro do limite da superfície, Re x > 0 , aumenta quando a inclinação da curva
ϑ∞
decresce (ver gráfico). Como a magnitude do coeficiente de transferência de massa esta relacionado
c −cA
d As
c As − c A∞
com a inclinacao pela relação: k c = , o decréscimo na inclinação => o sistema
dy
y =0
com valores elevados no limite da superfície terá um menor coeficiente de transferência de massa.
Escoamento turbulento
c A − c A ,∞ = η + ξy 1 7
obtendo: Sh x = 0 , 0292 Re 4x 5
para Sc = 1 e aplicando a solução de Pohlhausen, extende-se para:
4 5
Sh x = 0 , 0292 Re x Sc 1 3 , para Rex > 3 x 105 (29)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.13
EXEMPLO 3
O coeficiente de transferência de massa para uma camada limite turbulenta formado sobre uma
placa plana tem sido correlacionado em termos de um número de Sherwood local por:
k c ,turb x
Sh x = = 0 , 0292 Re 4x 5 Sc 1 3
D AB
onde x é a distancia a partir do começo de turbulência da placa plana. A transição do escoamento
laminar para turbulento ocorre para Rex = 2 x 105.
a) Desenvolver a expressão para o coeficiente de transferência de massa médio para uma placa
plana de comprimento L.
b) Um vasilhame contendo acetona foi acidentalmente derrubado, cobrindo uma superfície plana
do laboratório. O exaustor produz uma velocidade de ar de 6 m/s paralelo a superfície da
bancada de 1 m de largura. O ar foi mantido a 298 K e 1,013 x 105 Pa. A pressão de vapor da
acetona a 298 K é 3,066 x 104 Pa.
1. Determinar o coeficiente de transferência de massa a 0,5 m do ponto inicial da bancada.
2. Determinar a quantidade de acetona evaporada por m2 de superfície a cada segundo. A 298 K, a
viscosidade cinemática do ar é 1,55 x 10-5 m2/s e a difusividade mássica da acetona em ar é 0,93 x
10-5 m2/s.
Analogia de Reynolds
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.14
Placa plana com Sc = 1. Os perfis de concentração e velocidade dentro da camada limite estão
relacionados por:
∂ c A − c As
∂ ϑx
= (30)
∂ y c A ∞ − c As
∂ y ϑ ∞
y =0 y =0
∂
N A , y = − D AB ( c A − c As ) = k c ( c As − c A∞ ) (31)
∂y y =0
∂ c A − c As
De (31), k c = − D AB
∂ y c As − c A∞ y =0
µ ∂ϑx
kc = (33)
ρϑ ∞ ∂ y y=0
τ0 2µ ∂ ϑ x
Cf = = (34)
ρϑ ∞ 2 2 ∂y
ρϑ ∞ y=0
k c Cf
= (35), que é a analogia de Reynolds para transferência de massa para Sc = 1.
ϑ∞ 2
h C
= f , analogia de Reynolds para transferência de calor para Pr = 1.
ρc p ϑ ∞ 2
A equação (35) não pode ser utilizada se o sistema envolver forma de arraste.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.15
uma corrente onde o fluido adjacente tem uma velocidade media, ϑ x . A velocidade de
y+L
d ϑx
ϑ ′x = ϑ x − ϑx = ±L (1)
y+L y dy
dϑ x
τ=µ − ρ ϑ ′x ϑ ′y (2)
dy
[
τ = ρ ν + Lϑ ′y ]ddy
ϑx
ou τ = ρ [ν + ε M ]
dϑx
dy
(3)
Onde:
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.16
y
cA y+ L
cA y
dc A
L
dy
ξA
N A , y = c ′A ϑ ′y (4)
onde: c A = cA + c ′A
{ {
concentração flutuação
média temporal da concentração
do componente A
dc A
c ′A = c A y+ L
− cA y
= ±L (5)
dy
dc A
N A , y = − ϑ ′y L taxa de transferência de massa instantânea devido a turbulência.
dy
dc dc dc
N A , y = − D AB A − ϑ ′y L A = − ( D AB + ε D ) A (6)
dy dy dy
14243 1424 3
laminar turbulento
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.17
qy dT
= − ρc p α
{ + ε H
A {
difusividade difusivida dy
molecular térmica
de
térmica turbilhonar
Analogia de Prandtl
⇒ Considerações dos efeitos na região turbulenta e na subcamada laminar.
Subcamada laminar
⇒ Difusividade turbilhonar de momento e massa são desprezíveis
⇒ τs = tensão de cisalhamento na superfície = constante.
⇒ NAy,s = fluxo de massa na superfície = cte.
ϑx ξ
τs ξ τsξ
∫ dϑ x =
ρν ∫0
dy ou ϑ x ξ
=
ρν
(7)
0
cA
∫c As ξ dc A = −
N Ay ,s
D AB
ξ
∫0 dy ou (c As − cA ξ
) = ND
Ay ,s ξ
(8)
AB
( ) (9)
ρν ϑ x ξ D AB
= c As − c A ξ
τs N Ay ,s
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.18
Região turbulenta
⇒ Aplica-se a analogia de Reynolds:
kc Cf τs
= =
ϑ∞ 2 ρϑ ∞
2
de y = ξ a y = condições bulk.
N Ay = k c c A ( ξ
)
− c A∞ =
(
ρν ϑ ∞ − ϑ x
τs
)(c A ξ − c A∞ ) (10)
ξ
c As − c A∞ ρ ν
= ϑ∞ + ϑx
ξD
− 1 (11)
N Ay τs AB
Substituindo as definições:
τs NA ν
Cf = ; kc = ; Sc =
ρϑ∞
2
2 c As − c A∞ D AB
kc Cf 2
=
(
ϑ ∞ 1 + ϑ x ξ ϑ ∞ (Sc − 1 ) ) (12)
ϑx ξ
ϑx ξ Cf
ϑ+ = = 5 ou =5 (13)
Cf ϑ∞ 2
ϑ∞
2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.19
kc Cf 2
= (14)
ϑ∞ Cf
1+ 5 (Sc − 1)
2
(C f 2 ) Re Sc
Sh = (15)
Cf
1+ 5 (Sc − 1 )
2
As equações (13) e (14) são análogas a analogia de Prandtl para momento e energia. Elas reduzem a
analogia de Reynolds quando Sc = 1.
(C f 2 ) Re Sc
Sh = (16)
Cf
1+ 5 {Sc − 1 + ln [(1 + 5 Sc ) 6 ]}
2
kc Sh (C f 2)
ou = = (17)
ϑ ∞ Re Sc Cf
1+ 5 {Sc − 1 + ln [(1 + 5Sc ) 6 ]}
2
kc Sh (C f 2 )
= = → resultados de muitas analogias
ϑ ∞ Re Sc
grupo
14444
complexos de termos
4244444 3
correção
para a analogia de Reynolds
Analogia de Chilton-Colburn
kc
jD = Sc 2 3
→ fator j para transferência de massa.
ϑ∞
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.20
kc Cf
jD = Sc 2 3
= (18)
ϑ∞ 2
A equação (18) satisfaz a solução exata para escoamento laminar sobre uma placa plana:
1 2
Sh x = 0 , 332 Re x Sc 1 3
Sh x 0 , 332
= (19)
Re x Sc 1 3
Re x
1 2
Sh x Sh x Sc 2 3 k c x µ ρD AB 2 k c Sc 2 3
= = Sc 3
= (20)
Re x Sc 1 xϑ ∞ ρ µ ϑ∞
3 Re x Sc D AB
k c Sc 2 3
0 , 332 Cf
= = (21)
ϑ∞ 1 2
Re x 2
Cf
jH = jD = (22)
2
A equação (22) é válida quando não tem nenhuma forma de arraste presente. Porem quando a forma
de arraste esta presente, temos:
jH = jD (23)
h k c Sc 2 3
ou Pr 2 3
= (24),
ρϑ ∞ c p ϑ∞
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.21
⇒ A equação (24) é uma relação entre transferência de massa e calor convectivos, válida para 0,6
< Sc < 2500 e 0,6 < Pr < 100.
⇒ A equação (24) é válida para muitas geometrias diferentes como: escoamento em placas planas,
escoamento em tubos, e escoamento ao redor de cilindros.
EXEMPLO 4
Utilizando o enunciado e o coeficiente de transferência de massa do exemplo 1, determinar o valor
do coeficiente de transferência de calor, h, para a corrente de ar.
EXEMPLO 5
O ar seco sob pressão de 1,013 x 105 Pa sopra o termômetro na qual o bulbo foi coberto com um
pano úmido. A clássica temperatura do bulbo úmido indica que a temperatura no estado
estacionário foi alcançado por uma pequena quantidade de água evaporando num grande
reservatório de mistura de gás e vapor insaturado. A leitura no termômetro é 290 K.
Propriedades do ar e água:
PA, pressão de vapor da água = 1,94 x 103 Pa
ρ, densidade do ar = 1,219 kg/m3
λTs, calor latente de vaporização da água = 2461 kJ/kg
Pr = 0,71
Sc = 0,61
cp, calor especifico do ar = 1,006 J/kgK
Qual é a temperatura do ar seco?
Resp: 322,1 K
Teoria do filme: é baseada na presença de um filme fictício de fluido, onde se admite existir toda a
resistência e transferência de massa, na qual o transporte é inteiramente por difusão molecular.
A espessura do filme, δ, é estendida alem da subcamada laminar para incluir uma resistência
equivalente encontrada com a mudança de concentração dentro da região de transição e do núcleo
turbulento.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.22
D AB P k D P
N Az = ( p A 1 − p A 2 ) ≡ c ( p A 1 − p A 2 )∴ k c = AB
RTp B ,ln δ RT p B ,ln δ
dc A
N Az = − D AB + x A ( N Az + N Bz )
dz 14 4244 3
=0
D AB
(c A1 − c A 2 )
z2 cA2
N Az ∫ dz = − D AB ∫ dc A ⇒ N Az =
z1 c A1 z 2 − z1
D AB
z 2 − z 1 = δ , como N Az = k c ( c A 1 − c A 2 )∴ k 0c =
δ
O superescristo 0 → não há uma transferência molar liquida dentro do filme devido a contradifusão
equimolar.
Na teoria do filme: kc esta relacionado com DAB e δ é fictício, portanto nunca será medido.
Teoria da penetração: originalmente proposta por Higbie em 1935, para explicar a transferência de
massa na fase liquida durante a absorção do gás.
⇒ Aplicada para escoamento turbulento por Danckwerts (Ind. Eng. Chem. 43, 1460-67, 1951)
quando o componente que difunde apenas penetra uma curta distancia dentro de uma fase
de interesse, devido ao seu rápido desaparecimento através da reação química ou seu tempo
relativamente curto de contato.
⇒ Higbie considerou a transferência de massa para dentro da fase liquida como um transporte
molecular no estado não estacionário, encontrando:
D AB
N Ay = ( c As − c A∞ )
πt exp
⇒ Danckwertz aplicou este conceito de estudo não estacionário para a absorção do componente
A numa corrente liquida turbulenta. Seu modelo assume que o movimento do liquido é
constantemente levado por turbilhões de liquido fresco do interior até a superfície, onde
estes substituem os elementos do liquido anteriormente sobre a superfície. Enquanto que
sobre a superfície cada elemento do liquido torna-se exposto a uma segunda fase e a massa é
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa por convecção 5.23
transferida para dentro do liquido apesar dela ser estagnante e de profundidade infinita. A
total penetração do soluto no turbilhão num tempo de exposição é:
1 2
D AB D t
( c As − c A∞ ) ∫0 dt = 2 ( c As − c A∞ ) AB exp
t exp t exp −1 2
∫0 N A dt =
π
t
π
1 2
D t
NA = 2 ( c As − c A∞ ) AB exp
{ π
taxa de transferência média
durante o t exp
NA = D AB s ( c As − c A∞ )
k c ∝ D 0AB
,5
a D AB
D AB
k c = 0 , 664
1 2 1 3
Re L Sc
123
L
ν
=
D AB
logo k c ∝ D 2AB3
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.1
⇒ A transferência entre duas fases requer o desvio do equilíbrio a qual pode existir entre a
concentração media (bulk) dentro de cada fase ⇒ desvio do equilíbrio fornece o gradiente de
concentração dentro de uma fase.
6.1 EQUILÍBRIO
⇒ Equilíbrio dinâmico: é indicado por uma concentração constante do soluto na fase líquida
(solvente) e uma concentração constante ou pressão parcial do soluto na fase gasosa. Exemplo:
inicialmente ar e amônia na fase gasosa e água pura na fase líquida → quando em contato, a
amônia é transferida para dentro da água, a qual é solúvel, e a água é vaporizada dentro da fase
gasosa, um equilíbrio dinâmico entre as duas fases eventualmente será estabelecido.
Pressão parcial de A no gás PA
Concentração de A no líquido, cA
Figura 6.1 – Distribuição de equilíbrio do soluto A entre uma fase gasosa e uma líquida à
temperatura controlada.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.2
p A = x A PA (1)
Onde:
p A = pressão parcial de equilíbrio do componente A na fase vapor acima da fase líquida.
x A = fração molar de A na fase líquida.
P A = pressão de vapor de A puro para a temperatura de equilíbrio.
pA = yAP (2)
Onde:
y A = fração molar de A na fase gasosa.
P = pressão total do sistema.
y A P = x A PA (3)
p A = Hc A (4)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.3
1. Para condições fixas de temperatura e pressão, a regra das fases de Gibbs estabelece que existe
relações de equilíbrio, a qual pode ser apresentada na forma de curva de distribuição de
equilíbrio.
2. Quando o sistema esta em equilíbrio, não há transferência de massa liquida entre as fases.
3. Quando o sistema não esta em equilíbrio, componente ou componentes do sistema serão
transportados de tal maneira que cause a composição do sistema um retorno ao equilíbrio num
tempo suficiente.
EXEMPLO 1
Uma corrente de exaustão a partir de uma unidade de fabricação de um semicondutor contem 3
mol% de acetona e 97 mol% de ar. Para eliminar alguma possível poluição ambiental, esta corrente
de acetona-ar alimenta uma coluna de transferência de massa na qual a acetona será eliminada por
contracorrente de água a 293 K. A torre opera a uma pressão total de 1,013 x 105 Pa. Se a relação de
equilíbrio Raoult-Dalton pode ser usada para determinar a distribuição acetona entre o ar e a fase
aquosa, determinar:
a) A fração molar da acetona dentro da fase aquosa a qual estaria em equilíbrio com 3 mol% de
acetona na mistura gasosa.
b) A fração molar da acetona na fase gasosa a qual estaria em equilíbrio com 20 ppm de acetona na
fase aquosa.
EXEMPLO 2
A constante da lei de Henry para o oxigênio dissolvido em água é 4,06 x 109 Pa/(mol de O2 por mol
da solução total) a 293 K. Determine a concentração da solução de oxigênio na água que é exposta
ao ar seco a 1,013 x 105 Pa e 293 K. A lei de Henry pode ser expressada em termos de unidade de
fração molar por: p A = H ′x A , onde H’ é 4,06 x 109 Pa/(mol de O2/mol da solução total).
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Transferência de massa convectivo entre fases 6.4
Envolvem 3 etapas:
1. Transferência de massa do meio (bulk) de uma fase para a superfície interfacial.
2. Transferência através da interface para a segunda fase.
3. Transferência para o meio (bulk) da segunda fase.
NA
Interface gás-líquido
Figura 6.2 – Absorção de um gás com um soluto A transferido da fase gasosa para a fase líquida.
⇒ A teoria das duas resistências foi inicialmente sugerida por Whitman (Chem. Met. Engr., 29 (4),
147, 1923), esta possuía duas suposições principais:
1. A taxa de transferência de massa entre as duas fases é controlada pela taxa de difusão
através das fases sobre cada lado da interface
2. Nenhuma resistência é oferecida na transferência do componente difundindo na interface.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.5
δG δL δG δL
Concentração de A se difundindo
Concentração de A se difundindo
pAG pAG
cAi
cAL
cAi
pAi pAi
cAL
Interface se Interface se
H < 1,0 H =1,0
Distância z Distância z
Figura 6.3 – Gradientes de concentração entre duas fases em contato, onde o soluto é transferido do
gás para o líquido.
Na fig. 6.3 o gradiente de pressão parcial, pAG, até a composição do gás interfacial, pAi, e o
gradiente de concentração da fase líquida, cAi, na interface até a concentração bulk da fase líquida,
cAL.
⇒ Se não existe nenhuma resistência a transferência de massa na interface ⇒ pAi e cAi são
concentrações de equilíbrio.
⇒ PAi pode ser menor, maior ou igual a cAi, de acordo com as condições da temperatura e pressão
do sistema.
Se ocorrer transferência de massa da fase liquida para a gasosa ⇒ cAL > cAi e pAi > pAG como
mostram as figuras abaixo:
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.6
NA
Interface gás-líquido
Figura 6.4 – Desorção (stripping) do liquido com o soluto A transferido do líquido para o gás.
δG δL
Concentração de A se difundindo
cAL
pAi
cAi
pAG
Interface
Distância z
Figura 6.5 – Gradiente de concentração entre duas fases em contato quando o soluto é transferido
do líquido para o gás.
N Az = k G ( p AG − p Ai ) (6)
N Az = k L ( c Ai − c AL ) (7)
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Transferência de massa convectivo entre fases 6.7
Onde:
Em regime no estado estacionário, o fluxo de massa de uma fase é igual ao fluxo de massa na
segunda fase, portanto:
N Az = k G ( p AG − p Ai ) = − k L ( c AL − c Ai ) (8)
kL p AG − p Ai
e − = (9)
kG c AL − c Ai
Inclinação = -kL/kG
0
pAG
Curva de equilíbrio
Pressão parcial de A na fase gasosa
pAi
cAL cAi
Figura 6.6 – Composições interfacial predita pela teoria das duas resistências.
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Transferência de massa convectivo entre fases 6.8
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.9
(
N A = K G p AG − p ∗A ) (10)
Onde:
moles de A transferico
K G ≡
tempo x área interfacial x pressão
(
N A = K L c ∗A − c AL )
Onde:
moles de A transferico
K L ≡
tempo x área interfacial x moles/volume
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Transferência de massa convectivo entre fases 6.10
Figura 6.7 – Forças direcionais de concentrações para a teoria das duas resistências.
A figura 6.7 ilustra as forças direcionais associadas a cada fase e as forças direcionais global.
p Ai = m
{ c Ai (12)
= H, constante
da lei de Henry
para baixas concentrações
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Transferência de massa convectivo entre fases 6.11
p AG = mc ∗A
p ∗A = mc AL
p Ai = mc Ai
1 p AG − p ∗A p AG − p Ai p Ai − p ∗A
= = +
KG N Az N Az N Az
1 p AG − p ∗A p AG − p Ai m ( c Ai − c AL )
= = +
KG N Az N Az N Az
1 1 m
= + (13)
KG kG kL
Pode ser encontrada uma expressão similar para KL, como segue:
1 c ∗A − c AL ( p AG − p Ai ) ( c Ai − c AL )
= = + ou
KL N Az mN Az N Az
1 1 1
= + (14)
K L mk G k L
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Transferência de massa convectivo entre fases 6.12
EXEMPLO 3
Num estudo experimental de absorção de amônia em água numa coluna de parede molhada, o
coeficiente global de transferência de massa, KG, foi encontrado no valor de 2,74 x 10-9 kg
mol/m2.s.Pa. Para um ponto na coluna, a fase gasosa contem 8 mol% de amônia e a concentração na
fase líquida foi de 0,064 kg mol de amônia/m3 de solução. A torre opera a 293 K e 1,013 x 105 Pa.
Para esta temperatura, a constante da lei de Henry é 1,358 x 103 Pa/(kg mol/m3). Se 85% da
resistência total para transferência de massa é encontrada na fase gasosa, determine os coeficientes
individuais de massa do filme e as composições interfaciais.
EXEMPLO 4
Uma corrente de água para lavagem é introduzida no topo de uma torre de transferência de massa
onde uma corrente de ar escoa em contracorrente. Para um ponto na torre, a corrente de água
contem 1 x 10-3 g mol de A/m3 e o ar é essencialmente livre de A. Para as condições de operação da
torre, os coeficientes de transferência de massa do filme são kL = 5 x 10-4 kg/mol/m2.s.(kg mol/m3)
e kG = 0,01 kg mol/m2.s.atm. As concentrações esta na região da lei de Henry onde pAi =HcAi com
H = 10 atm/(kg mol/m3). Determine
a) O fluxo de massa global de A.
b) O coeficiente de transferência de massa global, KL e KG.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.1
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.2
PLACA PLANA
kcL 1 2
Sh L = = 0 , 664 Re L Sc 1 3
(Laminar) ReL < 2 x 105 (1)
D AB
kcL
Sh L = = 0 , 0365 Re 0L, 8 Sc 1 3
(Turbulento) ReL > 2 x 105 (2)
D AB
ρϑ ∞ L
onde: Re L =
µ
kcx 1 2
Sh L = = 0 , 332 Re x Sc 1 3
(Laminar) (3)
D AB
ρϑ ∞ x
onde: Re x =
µ
2 3
kc kcL µ D AB ρ µ Sh L
jD = Sc 2 3
= = , logo:
ϑ∞ D AB Lϑ ∞ ρ µ ρD AB Re L Sc 1 3
−1 2
j D = 0 , 664 Re L (laminar) Re < 2 x 105 (4)
j D = 0 , 0365 Re L−0 , 2 (turbulento) Re > 2 x 105 (5)
Estas equações podem ser usadas com 0,6 < Sc < 2500.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.3
ϑ∞
cA∞
δ
δc
NA
CA = 0 p/ parede cAs
Figura: Escoamento laminar sobre uma placa plana com inicio da camada limite hidrodinamica
antes da camada limite de concentração.
Condições de contorno:
0 ≤ x < X, cA = cA∞
X ≤ x < ∞, cA = cAs
1 3
Sc
Sh x = 0 , 332 Re 1x 2
3 4
X
1 −
x
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Correlações para transferência de massa convectiva 7.4
Exemplo 7.1
Alimentação de gás
Distribuidor de gás
Gás de alimentação:
H2 + Ga(CH3)3 + AsH3
Placa de silício de 10 cm
Placa aquecida
(susceptor)
x = 0 cm x = 4 cm x = 9 cm
2 A s H 3 ( g ) → 2 As ( s ) + 3 H 2 ( g )
2 Ga ( CH 3 )3 ( g ) + 3 H 2 ( g ) → 2 Ga ( s ) + 6 CH 4 ( g )
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.5
ESFERA ÚNICA
Forma geral:
kcD
Sh = = 2{ +C
1Re
m
42Sc
4
1 3
443
D AB difusão convecção
molecular forçada
ρϑ ∞ D
Re =
µ
Sh =
kLD
D AB
( 2 3
= 4 + 1, 21Pe AB ) 1 2
(Brian and Hales) (1)
1 3
Sh = 1, 01Pe AB Levick, para PeAB > 10000 (2)
kcD
Sh = = 2 + 0 , 552 Re 1 2 Sc 1 3
(Fröessling) (3)
D AB
A equação (1) a (3) são válidas quando a convecção natural é desprezível e a convecção forçada é
predominante, isto é, quando:
Re ≥ 0 , 4 Gr 1 2 Sc −1 6
(4)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.6
(
Sh = Sh o + 0 , 347 Re Sc 1 )
2 0 , 62
(Steinberger and Treybal) (5)
D 3 ρg ∆ρ
Gr = (7)
µ2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.7
EXEMPLO 7.2
Estimar a distância de percurso de uma gota esférica de água em escoamento, originalmente 1,0 mm
em diâmetro, em ar seco imóvel a 323 K, de modo a reduzir seu volume em 50%. Assumir que a
velocidade da gota é sua velocidade terminal avaliada no diâmetro médio e que a água permaneça a
293 K. Avaliar as propriedades do gás para a temperatura média do filme gasoso de 308 K.
O sistema físico requer uma analise combinada de transporte de momento e massa. A gota de água
líquida é a fonte de transferência de massa, o ar das vizinhanças serve como meio infinito, e o vapor
de água (A) é transferido. A taxa de evaporação é pequena de maneira que a gota de água é
considerada isotérmica a 293 K, senão o transporte de calor também deveria ser combinado.
Considerando um balanço de força na partícula esférica no meio fluido, nós podemos mostrar que a
velocidade terminal da partícula é:
( )
4 d p ρ água − ρ ar g
ϑo =
3 C D ρ ar
Resp: 56,6m
CILINDROS ÚNICOS
k G PSc 0 , 56
= 0 , 281( Re D ) −0 , 4 válida para 400 < ReD < 25000 e 0,6 < Sc < 2,6
GM
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.8
EXEMPLO 7.3
Em um aparelho de umidificação, a água líquida escoa em filme estreito sobre um cilindro vertical.
Ar seco a 310 K e 1,013 x 105 Pa escoa em ângulo reto alinhado verticalmente ao cilindro de 0,076
m de diâmetro e 1,22 m de comprimento a uma velocidade de 4,6 m/s. A temperatura do filme
líquido é 290 K. Calcular a taxa na qual o líquido deve ser suprido ao topo do cilindro se a
superfície total do cilindro é usada para o processo de evaporação e nenhuma água deve escorrer a
partir do fundo do cilindro.
O filme líquido do lado externo do cilindro representa a fonte de transferência de massa, e a
corrente de ar escoando normal ao cilindro representa o meio infinito. As propriedades da corrente
de ar são avaliadas para a temperatura média do filme de 300 K (ρ = 1,1769 kg/m3, ν = 1,5689 x 10-
5
m2/s).
Resp.: 1,14 x 10-4 kg/s.
k c D p b ,ln
= 0 , 023 Re 0 , 83 Sc 0 , 44 para 2000 < Re < 35000 e 0,6 < Sc < 2,5 (Gilliland and
D AB P
Sherwood) (1)
onde D é o diâmetro interno do cano; pB,ln é a composição média logarítmica do gás de arraste,
avaliado entre a composição da superfície e a corrente bulk; P é a pressão total; DAB é a
difusividade mássica do componente A se difundindo no gás de arraste B; Re e Sc são avaliados nas
condições bulk da corrente de escoamento.
kLD
= 0 , 023 Re 0 , 83 Sc 1 3
para 2000 < Re < 35000 e 1000 < Sc < 2260 (Gilliland, Sherwood e
D AB
Linton)(2)
O coeficiente de transferência de massa convectivo para a corrente gasosa utiliza a equação (1)
anterior. O coeficiente para o filme líquido segue a correlação:
1 6
kLz ρ 2 gz 3
= 0 , 433 (Sc )1 2 ( Re L ) 0 , 4 (Vivian and Peaceman) (3)
D AB µ2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.9
4Γ 4 w
Re L = =
µ πDµ
EXEMPLO 7.4
Uma coluna de parede molhada de 2 esta sendo utilizada para absorver CO2 a partir de uma solução
aquosa por uma corrente de ar escoando a 2,5 ft/s. Para um ponto da coluna, a concentração de CO2
na corrente de ar é 1 mol%. Para o mesmo ponto da coluna, a concentração de CO2 na água é 0,5
mol%. Determinar o coeficiente de transferência de massa na fase gasosa e o fluxo mássico para o
ponto da coluna. A coluna é operada a 10 atm e 25º C.
- Adsorção
- troca íons
- cromatografia
- reações gasosas catalisadas em superfícies sólidas.
d p u ave ρ
onde: Re =
µ
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.10
1, 09
ε jD = para 0,0016 < Re ′′′ < 55, 165 < Sc < 70600 e 0,35 < ε < 0,75.
Re ′′′
0 , 25
ε jD = para 55 < Re ′′′ < 1500, 165 < Sc < 10690
( Re ′′′ ) 0 , 31
2 , 06
ε jD = para 90 < Re ′′′ < 4000
( Re ′′′ ) 0 , 575
0 , 863
ε j D = 0 , 010 +
( Re ′′′ ) 0 , 58 − 0 , 483
Mais detalhes sobre transferências de massa, calor e momento em leitos fluidizados se encontra no
livro de Kunii & Levenspiel, Fluidization Engineering, Wiley, New York, 1969.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.11
EXEMPLO 7.5
Para realizar ensaios de transferência de massa, construí-se uma coluna que se comportasse como
leito fixo e fluidizado, dependendo da velocidade de injeção do fluido de trabalho na base do
equipamento. Para proceder a experimentação, esferas de naftaleno de 2,9 mm de diâmetro e massa
especifica igual a 1,145 g/cm3 foram eleitas como material de teste. Utilizando ar seco como fluido
de trabalho a 25º C e 1 atm (Sc = 2,45 e DAB = 0,0611 cm2/s), determine:
a) O valor de Sherwood da partícula quando o ar é injetado a 14,91 cm/s na base da coluna. Nessa
condição observou-se que o leito comportara-se como fixo de porosidade 0,49. Utilize a
correlação apresentada neste tópico e compare os resultados obtidos com o experimental que é
12,95.
b) Mantendo-se a carga de partículas presentes no item anterior, estime o valor do ShP, para o caso
da velocidade do ar ser duplicada. Nesse caso, assume-se que o leito comporta-se como
fluidizado com porosidade igual a 0,69.
uo
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.12
k Ldb
Sh = = 0 , 31Gr 1 3 Sc 1 3
para db < 2,5 mm
D AB
k Ld b
Sh = = 0 , 42 Gr 1 3 Sc 1 2
para db ≥ 2,5 mm
D AB
d 3b ρ L g∆ρ
Gr =
µ 2L
Para relacionar o fluxo NA com a taxa de transferência a razão ‘hold up’do gás deve ser conhecida
(φg).
Ai Vg área da bolha 6
= ⋅ = φg pois
V V Volume da bolha db
área da bolha πd 2b 6
= =
Volume da bolha π 3 d b
d
6 b
ϑ
φg < 0,2 para muitos casos e φ g ∝ com a agitação mecânica do líquido.
ϑt
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.13
Conversão de unidades:
A i m m 2 −1
k La = k = =s
L
V s m 3
wA = NA ⋅
Ai
V
(
⋅ V = k L a ⋅ V c ∗A − c A )
0, 4
Pg
( k L a )O 2 = 2 ,16 x 10 −2
V
(u gs )0 , 5 para V < 2,6 cm3 de líquido, e
0,7
−3
Pg
( k L a )O 2 = 2 x 10
V
(u gs )0 , 2 para V < 2,6 cm3 de líquido
Pg
Ambas valendo para: 500 < < 10000 w/m3
V
ugs = velocidade superficial do gás escoando através do recipiente vazio (m/s) = (vazão volumétrica
do gás)/(área da seção transversal)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Correlações para transferência de massa convectiva 7.14
EXEMPLO 7.6:
Num projeto de remediação airada para tratamento de água contaminada com tricloroetileno (TCE)
a uma concentração de 50 mg/L. A trincheira é um duto aberto de 1 m de largura (W) e
profundidade de 2 m (H), e a vazão volumétrica da água de lavagem adicionada a trincheira é 0,1
m3/s. O ar é borbulhado no fundo do duto a uma taxa que fornece um hold up de gás de 0,02 m3 de
gás por 1 m3 de água, e o diâmetro médio das bolhas é 0,01 m. Determine o comprimento da
trincheira necessária para reduzir a concentração do efluente TCE para 0,05 mg/L. A temperatura
do processo é 293 K e a pressão do sistema é 1 atm.
NAAi
Atmosfera
H=2m
Ar
z z + ∆z
⇒ Estado estacionário
⇒ Processo contínuo onde TCE é transferido da água de lavagem para o gás de aeração.
⇒ Variação do perfil apenas na direção axial (boa mistura)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.1
Classificação em 4 tipos gerais de acordo com o método usado para produzir contato entre as duas
fases:
TORRES DE BOLHAS
Consiste de uma câmara aberta na qual a fase líquida escoa e a fase gasosa é dispersa no líquido na
forma de pequenas bolhas. As bolhas fornecem a área de contato desejada.
⇒ A fase líquida normalmente controla a taxa de transferência de massa. Ex. absorção de gases
parcialmente insolúveis, como a oxidação pelo ar na água.
O tempo de contato e a área de contato determinam a quantidade de massa transferida entre as fases.
⇒ Oxidação biológica
tanque de mistura aeróbios
⇒ Operações de tratamento de água
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.2
Entrada do líquido
Saída do gás
Saída do líquido
Entrada do gás
TORRES DE SPRAY
O gás escoa para cima numa câmara aberta e a fase líquida é introduzida, na parte superior, por
atomização na forma de pequenas gotas em contracorrente a fase gasosa. As pequenas gotas
garantem uma grande área de contato entre as duas fases.
⇒ Gases altamente solúveis.
⇒ A resistência da fase gasosa normalmente controla a taxa de transferência de massa.
Entrada do líquido
Saída do gás
Entrada do gás
Saída do líquido
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.3
TORRES DE RECHEIO
Envolve o contato contracorrente continuo entre duas fases imiscíveis. As torres são colunas
verticais preenchidas com recheio (ver figura).
Uma variedade de materiais para recheios é usada como cerâmicas e plásticos.
A proposta do recheio é fornecer uma grande área de contato entre as duas fases imiscíveis. O
líquido é distribuído sobre o leito e escoa sobre a superfície do recheio com um filme líquido.
O gás geralmente escoa para cima em contracorrente ao líquido.
⇒ Sistemas gás-líquido na qual as resistências de ambas as fases controlam a taxa de transferência
de massa (ambas são importantes).
⇒ Ex. torre de resfriamento onde a água é recirculada como meio de transferência de calor
(condicionador de ar natural).
Entrada do líquido
Saída do gás
Entrada do gás
Saída do líquido
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.4
TORRES DE PRATOS
⇒ São as torres mais comumente utilizadas nas industrias.
⇒ Mecanismo combinado: torre de bolhas com torre spray.
Em cada prato, as bolhas de gás são formadas a partir do fundo do liquido pobre, forçando o gás
através de pequenos orifícios no prato ou sobre válvulas imersas no liquido.
A transferência de massa interfase ocorre durante a formação das bolhas, e quando as bolhas
aumentam em dímetro através do liquido agitado.
Os pratos são arranjados um em cima do outro em uma torre cilíndrica (fig.5). O líquido escoa
cruzando o primeiro prato superior e então os pratos abaixo. O vapor aumenta através de cada prato.
⇒ Torres de pratos não podem ser projetadas por equações obtidas por integração sobre uma
área continua de contato interfase. São projetadas por cálculos para cada estágio ou prato.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.5
Absorção: O soluto no gás de aeração é transferido para o líquido. Muitas vezes o soluto é o
oxigênio gasoso presente no ar, a qual é poupadamente solúvel em água. A absorção de oxigênio na
água é muito importante em muitos processos de engenharia química.
Stripping: O soluto volátil dissolvido é transferido do líquido para o gás de aeração, importante em
processos de tratamento de água em engenharia ambiental.
Quando o gás está disperso em uma fase continua líquida, a fase líquida controla a taxa de
transferência de massa, portanto o balanço de massa para transferência de massa do soluto é feito
para a fase líquida.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.6
A transferência de massa do soluto A nos filmes gás e liquido baseado no coeficiente global de
transferência de massa é (ver cap. 6):
(
N A = K L c ∗A − c A ) (1)
WA = K L
Ai
V
( )
V c ∗A − c A = K L aV c ∗A − c A ( ) (2)
pA
onde: c ∗A = Lei de Henry.
H
d (c A V )
ϑ 0 c A 0 − ϑc A + N A A i + RAV = (3)
1
424 3 { 123 dt
=0 =0 =0
não há reação
homogenea
cA dc A t
c ∗A = constante, logo: ∫c A 0 − = − K L a ∫ dt (4)
c ∗A − cA 0
( )
ficando: c A = c ∗A − c ∗A − c A 0 e − K L a ⋅ t (5)
c A ≅ c ∗A se t → ∞
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.7
d (c A V )
ϑ 0 c A 0 − ϑc A + N A A i + RAV = (6)
1
424 3 { 123 dt 4
entrada saída =0
1
42 3
não há reação =0
homogenea estado
estacionário
Para processos com soluções diluídas as vazões volumétricas ϑ 0 = ϑ , a equação (6), fica:
(
ϑ ( c A 0 − c A ) + K L a ⋅ V c ∗A − c A = 0 )
ϑ0
c A 0 + K L a ⋅ c ∗A
ou cA = V (7)
ϑ0
+ K La
V
EXEMPLO 8.1
O projeto de um sistema de aeração para processos de fermentação aeróbia é baseado na
transferência de massa gás-líquido. Microorganismos crescem numa suspensão líquida e são
alimentados por nutrientes dissolvidos em glicose e sais minerais. Microorganismos aeróbios em
líquidos suspensos também requerem oxigênio para o seu crescimento. Se o oxigênio não é suprido
com uma taxa suficiente para suportar o crescimento da célula, as células morrerão.
No presente processo, Aerobacter aerogenes está sendo cultivado dentro de um fermentador
continuo de 3 m3 de volume líquido (V) e o diâmetro do tanque (dT) de 1,5 m. O meio nutriente
fresco contem uma quantidade de traços de oxigênio dissolvido a uma concentração de 0,01 mol
O2/m3 entrando no fermentador a uma vazão de 1,8 m3/h. Para condições de estado estacionário, o
fermentador aeróbio opera a uma concentração celular (cX) de 5 kg de massa sêca/m3 de cultura
líquida.
A concentração celular é determinada por taxa de crescimento especifico dos organismos e a
composição nutriente do meio líquido.
A suspensão celular líquida consome oxigênio proporcionalmente a concentração da célula de
acordo com a equação da taxa: R A = − q 0 c X
onde q0 é a taxa de consumo de oxigênio especifico das células = 20 mol O2/kg de célula⋅h, que é
assumido constante. Determinar o valor de KLa necessário para assegurar que a concentração de
oxigênio na cultura líquida (cA) é pelo menos 0,05 mol/m3. Determinar a potencia de entrada para 3
m3 do fermentador se a vazão de gás no fermentador é 1 m3 de ar/min para as condições do
processo a 298 K e 1 atm. Assumir que as bolhas não coalescem. Para 298 K, a constante da lei de
Henry para o oxigênio dissolvido no meio nutriente líquido é 0,826 atm.m3/mol.
Resp.: KLa = 0,136 s-1 e Pg = 4716 W
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.8
Eckenfelder desenvolveu uma correlação geral par transferência de oxigênio de bolhas de ar para o
liquido.
1+ n
A θgQg h
0 , 78
KL = (8)
V V
onde:
θg = constante de acordo com o tipo de dispersador.
Qg = taxa de escoamento do gás (ft/min).
n = constante que depende do tamanho dos orifícios do dispersador.
h = profundidade abaixo da superfície líquida para qual o ar é introduzido no tanque.
Figura 7 – fator de transferência de oxigênio para um único dispersor num tanque de aeração.
EXEMPLO 8.2
Uma lagoa de aeração de 566 m3 é airada com 15 dispersores, cada um usando ar comprimido a
uma taxa de 7,08 x 10-3 m3/s. Os dispersores estão localizados a 4,57 m abaixo da superfície da
lagoa. Encontrar o tempo requerido para aumentar o oxigênio dissolvido de 2 mg/L para 5 mg/L se
a temperatura da água é de 293 K.
Resp.: 1540 s.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.9
São quatro fundamentos importantes que constituem a base de projeto para equipamentos de
contato contínuo:
1) Balanço material e de entalpia, envolvendo equações de conservação da massa e energia:
forma a expressão para avaliar a composição bulk das duas fases em contato em algum
ponto da torre, bem como a mudança nas composições bulk entre dois pontos da torre.
2) Equilíbrio interfase (leis termodinâmicas => capítulo 6)
3) Equações de transferência de massa: desenvolvidas nas formas diferenciais, combinadas
com o balanço diferencial de massa, e quando integrado sobre a área interfacial de contato
fornece o comprimento requerido na troca de massa.
4) Equações de transferência de momento: importante para avaliar a queda de pressão no
equipamento.
Escoamento contracorrente
Considerando alguma operação no estado estacionário que envolve o contato contracorrente de duas
fases insolúveis como mostra a fig. 8. As duas fases insolúveis são identificadas como G e L.
z = z2
z = z1
L1, xA1, XA1 G1, yA1, YA1
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.10
moles de A moles de A
entrtando na torre = deixando na torre
ou G 1 y A1 + L 2 x A 2 = G 2 y A 2 + L1 x A1 (1)
G 1 y A 1 + L z x Az = G z y Az + L 1 x A 1 (2)
As equações ficam mais fáceis de manipular se forem designadas concentrações por unidade de
concentração livre de soluto como:
yA
YA = (3)
1− yA
xA
XA = (4)
1− x A
L S = L 1 (1 − x A 1 ) = L 2 (1 − x A 2 )
G S = G 1 (1 − y A 1 ) = G 2 (1 − y A 2 )
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.11
G S YA 1 + L S X A 2 = G S Y A 2 + L S X A 1 ou
G S ( YA 1 − YA 2 ) = L S ( X A 1 − X A 2 ) (5)
LS YA 1 − YA 2
Logo: = (6)
GS X A1 − X A 2
Equação (6) ⇒ equação de uma reta que passa por (XA1,YA1) e (XA2,YA2) com inclinação LS/GS.
G S YA 1 + L S X Az = G S YAz + L S X A 1 ou
G S ( YA 1 − YAz ) = L S ( X A 1 − X Az ) (7)
LS YA 1 − YAz
Logo: = (8)
GS X A 1 − X Az
Equação (7) ⇒ equação de uma reta que passa por (XA1,YA1) e (XAz,YAz) com inclinação LS/GS.
A equação (7) é uma expressão geral relacionando as composições bulks das duas fases para algum
ponto do trocador de massa. Esta define as condições operacionais dentro do equipamento: é linha
de operação para operações contracorrente.
Figura 9: Ilustra a localização da linha de operação relativa a linha de equilíbrio para transferência
de soluto da fase G para a fase L(absorção). O equilíbrio bulk, localizado sobre a linha de operação
, deve ser maior do que a concentração de equilíbrio para fornecer uma força direcional,
YAG − YAi ou seu equivalente p AG − p Ai ou YAG − YA∗ ou seu equivalente p AG − p ∗A ,
necessária para transferir a partir da fase G para fase L.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.12
YA Linha de operação
YA1
LS
inclinação =
GS
Curva de equilíbrio
YAi versus XAi
YA2
XA2 XA1 XA
YA
Curva de equilíbrio
YAi versus XAi
YA2
Linha de
operação
LS
YA1 inclinação =
GS
XA
XA1 XA2
Figura 10: Ilustra a localização da linha de operação relativa a linha de equilíbrio para
transferência de soluto da fase L para a fase G(stripping). A localização da linha de operação abaixo
da curva de equilíbrio assegura uma força direcional, x Ai − x AL ou seu equivalente c Ai − c AL ou
x ∗A − x AL ou seu equivalente c ∗A − c AL , necessária para transferir a partir da fase L para fase G.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.13
O balanço de massa para o componente A sobre o comprimento diferencial dz, é facilmente obtido
pela diferenciação da equação (7). Esta equação diferencial
L S dX A = G S dYA
relaciona a transferência molar em operações contracorrente pelo tempo e pela área da seção
transversal disponível no comprimento dz
No projeto de equipamentos de transferência de massa, a vazão de pelo menos uma fase e três das 4
composições de entrada e saída devem ser fixadas pelo requisito do processo. A necessidade da
vazão da segunda fase é muitas vezes a variável projetada.
Três possíveis linhas de operação são mostradas na figura 11. A inclinação decresce quando o valor
da vazão LS decresce. O mínimo LS, que deve ser usado, corresponde a linha de operação que toca a
linha de equilíbrio. Para o ponto de tangencia a força direcional é zero, e a transferência de massa
entre as duas fases não ocorre. Isto representa a condição limite, a razão mínima LS/GS para
transferência de massa.
YA
YA1 P1 P2 P3
(LS/GS)2
(LS/GS)3
(LS/GS)1
Curva de equilíbrio
inclinações
YA2
XA2 XA
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.14
EXEMPLO 8.3
A amônia deve ser absorvida a partir de uma mistura com ar a 293 K e 1,013 x 105 Pa de pressão
numa torre de recheio contracorrente, usando água a 293 K como absorvente. A vazão do gás de
entrada é 1,21 x 10-2 m3/s e uma corrente de água sem amônia de 9,46 x 10-3 kg/s será utilizada. Se
a concentração da amônia, NH3, é reduzida de 3,52 1,29% por volume, determine a razão
( L S G S ) real ( L S G S ) min . Os dados de equilíbrio para o sistema a 293 K e 1,013 x 105 Pa são
os seguintes:
kg mol de NH 3
X 0,0164 0,0252 0,0349 0,0455 0,0722
kg mol de H 2 O
kg mol de NH 3
Y 0,021 0,032 ,042 0,053 0,08
kg mol de H 2 O
Resp.: 1,38
Equilíbrio
X Y
kg mol de NH3/ kg mol de NH3/
kg mol de H2O kg mol de H2O
0 0
0.0164 0.0210
0.0252 0.0320
0.0349 0.0420
0.0455 0.0530
0.0722 0.0800
linha de operação
0 0.0131
0.0215 0.0365
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.15
0.09
0.08
0.07
(Ls/Gs)min
YA, mol de NH3/mol de ar
0.06
0.05
Curva de equiíbrio
0.03
Linha de operação
0.02
0.0296
0, 0.0131
0.01
0.00
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08
XA, moles de NH3/mol de água
Escoamento cocorrente
z = z2
z = z1
L1, LS, xA1, XA1 G1, GS, yA1, YA1
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.16
G S YA 2 + L S X A 2 = G S YA1 + L S X A1 ou
G S (YA1 − YA 2 ) = L S (X A 2 − X A1 ) (1)
LS YA1 − YA 2
Logo: − =
GS X A1 − X A 2
Equação (1) ⇒ equação de uma reta que passa por (XA1,YA1) e (XA2,YA2) com inclinação -LS/GS.
Um balanço de massa em A no plano z1 e o plano arbitrário z em termos livre de soluto:
G S Y Az + L S X Az = G S Y A 1 + L S X A 1 ou
G S ( Y A 1 − Y Az ) = L S ( X Az − X A 1 ) (2)
LS Y A 1 − Y Az
Logo: − =
GS X A 1 − X Az
Equação (1) e equação (2) ambas são equações de uma reta que passa por um ponto
comum(XA1,YA1) com a mesma inclinação -LS/GS. A equação (2) é uma expressão geral que
relaciona a composição das duas fases em contato para algum ponto do equipamento. É designada
como equação da linha de operação para operações cocorrente. As figuras 15 e 16 ilustram a
localização do linha de operação relativa a curva de equilíbrio.
YA
Linha de operação
YA1
LS
inclinação = -
GS
YA2
Curva de equilíbrio
YAi versus XAi
XA1 XA2 XA
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.17
YA
Curva de equilíbrio
YAi versus XAi
LS
YA2 inclinação = -
GS
Linha de
operação
YA1
XA
XA2 XA1
Um balanço de massa para o componente A sobre o comprimento diferencial, dz, para escoamento
cocorrente:
L S dX A = − G S dY A
EXEMPLO 8.4
Uma corrente de ar-amônia descrita no exemplo 3 é alimentada cocorrentemente com uma corrente
de água sem amônia. A concentração da amônia deve ser reduzida de 3,52 para 1,29% por volume,
usando uma corrente de água 1,37 vezes a mínima. Determine (a) a razão mínima LS/GS, (b) vazão
real de água, e (c) concentração na corrente aquosa de saída.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.18
Equilíbrio
X Y
kg mol de NH3/ kg mol de NH3/
kg mol de H2O kg mol de H2O
0 0
0.0164 0.0210
0.0252 0.0320
0.0349 0.0420
0.0455 0.0530
0.0722 0.0800
linha de operação
0 0.0365
0.0072 0.0131
0.09
0.08
0.07
YA, mol de NH3/mol de ar
(Ls/Gs)min
0.06
0.05
0.04
0, 0.0365
Curva de equiíbrio
0.03
Linha de operação
0.02
0.01
0.0072, 0.0131
0.00
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08
XA, moles de NH3/mol de água
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.19
L 2 H L 2 + GH G = G 2 H G 2 + LH L (1)
H L = c pL ( T L − T 0 ) M avg + ∆H S (2)
A entalpia molar para a mistura gasosa, com a mesma temperatura base e estado padrão do soluto é
[ (
H G = y soluto c p ,G ,soluto M soluto + (1 − y soluto ) c p ,G ,livre soluto fase G )(M livre soluto da fase G )]
(TG − T 0 ) + y soluto h f ,g ,soluto M soluto
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.20
N A = k G (p A ,G − p A ,i ) (1)
(
N A = K G p A ,G − p ∗A ) (2)
Para coluna de parede molhada as equações (1) e (2) são convenientes, pois possui a área da
superfície interfacial definida.
Outros equipamentos de transferência de massa são impossíveis de se medir a área da superfície
interfacial, por esta razão a é introduzido como área da superfície interfacial/volume.
N A a dz = k G a (p A ,G − p A ,i )dz (3) e
(
N A a dz = K G a p A ,G − p ∗A dz ) (4)
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.21
N A a dz = k L a (c A ,i − c A ,L )dz (5) e
( )
N A a dz = K L a c ∗A − c A ,L dz (6)
gmol de A
k La
gmol de A
s⋅m ⋅ 3
3
m de solução
Hipóteses:
- isotérmico
- contracorrente
- KYa = constante
moles de A transferido
= L dX = G S dY A (1)
( tempo )( área da seção transversal ) S A
moles de A transferido
( tempo )( área da seção transversal )
( )
= N A adz = K Y a Y A − Y A∗ dz (2)
(
− G S dY A = K Y a Y A − Y A∗ dz
14243
)
a fase G
esta perdendo A
GS dY A
ou dz = −
K Y a Y A − Y A∗
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.22
z2 GS YA 2 dY A
∫z1 dz = −
K Y a ∫YA 1 Y A − Y A∗
(3)
GS dY A
= (z 2 − z1 ) =
YA 1
K Y a ∫YA 2 Y
z{
∗
comprimento A − YA
de troca de massa 1442443
integração (4)
gráfica ou numérica
Pela curva de equilíbrio e a linha de operação (fig. 19) podemos avaliar YA − YA∗ e calcular o
recíproco 1 YA − Y A∗ plotando contra YA (fig. 20) e encontrando a área sob a curva.
YA Linha de operação
YA1
YA Curva de equilíbrio
YA2
YA∗
XA2 XA1 XA
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.23
1
YA − YA∗ YA1 dYA
Área = ∫
YA 2
YA − YA∗
YA2 YA1 YA
YA 1 dY A
Figura 20 – Avaliação da integral ∫YA 2 Y − Y A∗
A
Após obter a área sob a curva da figura 20, podemos avaliar o comprimento do trocador de massa
pela equação (4).
G S dY A
1424 3
(
= K Y a Y A∗ − Y A dz )
a fase G
esta ganhando A
GS dY A GS dY A
= (z 2 − z 1 ) =
YA 1 YA 1
z{
KYa ∫YA 2 Y
− Y A∗
=
K Y a ∫YA 2 p AG − p ∗A
(5)
comprimento A
de troca de massa 1442443 1442443
integração integração
gráfica ou numérica gráfica ou numérica
Em termos da fase líquida, para a transferência de massa de A a partir da fase G para a fase L,
temos:
L S dX A
1424 3
(
= K X a X A − X ∗A dz)
a fase L
esta ganhando A
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.24
LS dX A
= (z 2 − z 1 ) =
X A1
z{ ∫X A 2 X ∗ (7)
A −XA
comprimento
KXa
de troca de massa 1442443
integração
gráfica ou numérica
O coeficiente de capacidade global variável quando a inclinação da linha de equilíbrio varia dentro
da região que incluem as concentrações bulk e interfacial.
No caso se as linhas de equilíbrio tiver curvatura pronunciada, o cálculo exato é baseado sobre um
dos coeficientes de capacidade individual.
O balanço de massa para A sobre um comprimento diferencial dz é
L S dX A = G S dY A (1)
yA
YA = , que diferenciando fica:
1− y A
dy A
dY A =
(1 − y A ) 2
Substituindo em (1),
dy A
N A adz = L S dX A = G S (2)
(1 − y A ) 2
Sabemos que:
N A a dz = k G a (p A ,G − p A ,i )dz (3)
− G S dy AG
dz = ou
k G a ( p AG − p Ai )(1 − y AG )2
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.25
− G S dy AG
dz =
k G aP ( y AG − y Ai )(1 − y AG )2
A composição interfacial, yAi e xAi pode ser encontrada para cada ponto da linha de operação
dirigindo uma reta até tocar a linha de equilíbrio. As inclinações destas retas são − k L k G para
gráfico pA contra cA ou − ck L Pk G para gráfico yA contra xA, ver figuras 21.
Figura 21 Determinação da composição interfacial para transferência a partir da fase G para a fase
L.
Hipóteses:
⇒ Para correntes relativamente diluídas
⇒ Curva de equilíbrio e linha de operação linear em termos de frações molares na faixa de
concentração envolvida.
⇒ G1 ≈ G2≈ G e L1 ≈ L2≈ L
L ( x Ai − x A ) = G ( y Ai − y A ) (1)
(
N A adz = K G aP y A − y ∗A dz) (3)
Definindo ∆ = y A − y ∗A
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.26
d∆ ∆1 − ∆ 2
=
dy A y A 1 − y A 2
G dy A G dy A
Como dz = − =−
K G aP y A − y ∗A K G aP ∆
G ( y A 1 − y A 2 ) d∆
Ou dz = −
K G aP ∆ 1 − ∆ 2 ∆
Integrando e rearranjando:
G ( y A1 − y A 2 )
z=−
( )
(4)
K G aP y A − y ∗A
ln
(
onde: y A − ) = (y
y ∗A ln
A − y ∗A ) − (y
1 A − y ∗A ) 2
( )
(5)
y A − y ∗A 1
ln
(
y A − y ∗A 2 )
L ( x A1 − x A 2 )
z=
( )
(6)
K L ac x ∗A − x A
ln
) = (x ) − (x )
∗ ∗
( x ∗A −xA
A −xA 1 A −xA 2
( )
onde: ln (7)
x ∗A − x A
ln
1
(
x ∗A − x A ) 2
EXEMPLO 8.5
A amônia é absorvida a partir do ar a 293 K e 1,013 x 105 Pa de pressão em uma torre de recheio
contracorrente de 0,5 m de diâmetro, utilizando água livre de amônia como absorvente. A vazão do
gás de entrada é 0,2 m3/s e a vazão da água de entrada 203 kg/s. Sob estas condições o coeficiente
mol
de capacidade global, KYa, pode ser assumido para ser 80 . A fração molar da amônia
m ⋅ s ⋅ ∆Y A
3
será reduzida de 0,0825 para 0,003. A torre será resfriada, operação ocorrera a 293 K; os dados de
equilíbrio do exemplo 3 poder ser usado. Determinar o comprimento do trocador de massa.
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.27
X Y
kg mol de NH3/ kg mol de NH3/
kg mol de H2O kg mol de H2O
0.0164 0.0210
0.0252 0.0320
0.0349 0.0420
0.0455 0.0530
0.0722 0.0800
0.05
Y
0.04
0.03
0.02
0.01
0.00
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08
X
Samuel Luporini/DEQ/UFBA
Equipamentos de transferência de massa 8.28
400
350
300
250
1/(Y-Y*)
3 2
200 y = -721827x + 150572x - 11309x + 365.43
2
R = 0.9986
150
100
50
0
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Y
Samuel Luporini/DEQ/UFBA