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CAPACITAÇÃO EM NR-33.
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

Módulo: Supervisor

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................8
Apresentação da NR 33 ...................................................................................................................8
33.1 Objetivo e Definição ................................................................................................................................8
33.2 Das Responsabilidades ...........................................................................................................................8
33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados ....................................................9
33.3.3 Medidas administrativas: ...................................................................................................................10
33.3.4 Medidas Pessoais................................................................................................................................11
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados.......................................................................12
33.4 Emergência e Salvamento .....................................................................................................................13
33.5 Disposições Gerais .................................................................................................................................14
Anexo I - Sinalização ......................................................................................................................................14
Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho - PET.........................................................................................15
Anexo III – Glossário ......................................................................................................................................16
2. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................................19
2.1 Introdução ................................................................................................................................19
2.2 Objetivo ....................................................................................................................................19
2.3 Definição ..................................................................................................................................19
2.4 Características do Espaço Confinado ......................................................................................19
2.5 Exemplos de Espaços Confinados ...........................................................................................20
2.6 Onde encontramos Espaços Confinados .................................................................................21
2.7 Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados ...............................................21
3. RISCOS NO ESPAÇO CONFINADO ............................................................................................22
3.1 Os principais Riscos no Espaço Confinado ..............................................................................22
2.1.1 Deficiência de Oxigênio ........................................................................................................................22
3.1.2 Asfixia....................................................................................................................................................23
3.1.3 Exposição aos Agentes..........................................................................................................................23
3.1.4 Incêndio e explosão ..............................................................................................................................24
3.1.5 Intoxicação............................................................................................................................................25
3.1.6 Elétrico e Mecânico ..............................................................................................................................26
3.2 Composição do Ar Atmosférico ................................................................................................26
3.2.1 Níveis Incorretos de Oxigênio ...............................................................................................................26
3.2.2 Gases e Vapores Inflamáveis ................................................................................................................27
3.2.3 Gases e Vapores Tóxicos.......................................................................................................................27
3.2.4 Tabela dos Níveis de Oxigênio no Espaço Confinado ...........................................................................28
3.3 Riscos Combinados .................................................................................................................28
4 CLASSIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS .......................................................................29
4.1 Espaços Classe A ....................................................................................................................29
4.1.1Características de um Espaço Confinado Classe A ................................................................................29

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4.2 Espaços Classe B ....................................................................................................................29


4.2.1 Características de um Espaço Confinado Classe B................................................................................29
4.3 Espaços Classe C ....................................................................................................................29
4.3.1Características de um Espaço Confinado Classe C ................................................................................29
5 CHECK LIST ..................................................................................................................................30
5.1 Considerações para Entrada, Trabalho e saída de Espaços Confinados .................................30
5.2 Caracterizar um “Espaço” como “Espaço Confinado ................................................................31
6 PROFISSIONAIS DO ESPAÇO CONFINADO ...............................................................................32
6.1 Vigia: ........................................................................................................................................32
6.2 Trabalhador Autorizado ............................................................................................................32
6.3 Supervisor ................................................................................................................................32
6.4 Resgatista ................................................................................................................................33
7 PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO – PET .......................................................................33
7.1 Programa de entrada em espaço confinado .............................................................................36
8 RESPONSABILIDADES.................................................................................................................37
8.1 Cabe ao Empregador ...............................................................................................................37
8.1.1 Em caso de Terceirização......................................................................................................................38
8.2 Cabe aos Trabalhadores ..........................................................................................................38
8.2.1 Deveres dos trabalhadores autorizados ...............................................................................................39
8.2.3 Deveres dos vigias ................................................................................................................................40
8.2.4 Os Deveres do Supervisor de Entrada ..................................................................................................40
8.2.5 Serviços de Emergência e Resgate: ......................................................................................................41
9 AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS ...................................................................................42
9.1 Análise dos Riscos ...................................................................................................................42
9.2 Barreiras de Segurança ...........................................................................................................42
9.2.1 Controle na fonte .................................................................................................................................43
9.2.2 Controle no meio ..................................................................................................................................43
9.2.3 Controle no receptor ............................................................................................................................43
9.3 Medição e avaliação da atmosfera ...........................................................................................44
9.4 Bloqueio e Etiquetagem ...........................................................................................................45
9.5 Inertização ...............................................................................................................................45
9.6 Ventilação ................................................................................................................................45
9.7 Vigilância constante do exterior ................................................................................................47
9.8 Formação .................................................................................................................................47
9.9 Acompanhamento ....................................................................................................................47
10 MONITORAMENTO DOS RISCOS RESPIRATÓRIOS ................................................................48
11 DETECTORES DE GASES ..........................................................................................................49
11.1 Métodos de Amostragem .......................................................................................................49
11.1.2 Modo de Difusão ................................................................................................................................49
11.2.3 Modo de Extração de Amostra ...........................................................................................................49
11.2 Capacidade ............................................................................................................................50
11.3 Alarme....................................................................................................................................50
11.3.1 Alarmes de risco atmosférico .............................................................................................................50
11.3.2 Alarmes de Bateria Baixa ....................................................................................................................51
11.4 Outras Funcionalidades .........................................................................................................51
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12 EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ..................................................................52


12.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador: .....................................................................................53
12.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado: ......................................................................................53
12.3 Equipamentos ........................................................................................................................53
12.4 Exemplos de EPIs ..................................................................................................................54
12.4.1 Proteção dos Olhos e Face .................................................................................................................54
12.4.2 Proteção da Cabeça ............................................................................................................................54
12.4.3 Proteção Auditiva ...............................................................................................................................55
12.4.4 Proteção dos Membros Superiores ....................................................................................................56
12.4.5 Proteção dos Membros Inferiores ......................................................................................................57
12.4.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível .............................................................................58
12.4.7 Vestimentas de Segurança .................................................................................................................58
12.4.8 Sinalização ..........................................................................................................................................59
12.4.9 Proteção Respiratória .........................................................................................................................59
13 FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS.............................................................61
13.1 Guinchos para Pessoas e Materiais .......................................................................................61
13.1.1 Instruções de Uso dos Guinchos.........................................................................................................61
13.1.2 Instruções para Manutenção dos Guinchos .......................................................................................61
13.2 Trava-quedas Guiados ...........................................................................................................62
13.2.1 Uso Dos Trava-Quedas .......................................................................................................................62
13.2.2 Colocação dos trava-quedas ...............................................................................................................63
13.2.3 Inspeção dos Trava-Quedas Guiados .................................................................................................63
13.3 Cinturão Paraquedista............................................................................................................64
13.3.1 Forma de Vestir o Cinturão: ...............................................................................................................64
13.3.2 Ajuste e Travamento das Fivelas: .......................................................................................................64
13.3.3 Inspeção do Cinturão ..........................................................................................................................65
13.3.4 Manutenção do Cinturão: ..................................................................................................................65
13.4 Cabo de Aço ..........................................................................................................................65
13.4.1 Uso do Cabo de Aço............................................................................................................................65
13.4.2 Inspeção:.............................................................................................................................................67
13.4.3 Manutenção: ......................................................................................................................................68
13.5 Cordas de Segurança ............................................................................................................68
13.5.1 Uso das Cordas de Segurança.............................................................................................................68
13.5.2 Inspeção:.............................................................................................................................................69
13.5.3 Manutenção: ......................................................................................................................................69
13.6 Trava-Queda Resgatador .......................................................................................................70
13.6.1 Uso do Trava-Queda ...........................................................................................................................70
13.6.2 Inspeção do Trava-Queda Resgatador ...............................................................................................71
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13.6.3 Manutenção do Trava-Queda Resgatador .........................................................................................71


13.7 Espaço Confinado Com Escada .............................................................................................71
13.7.1 Critérios para Escolher Equipamentos com Cabo de Aço ou Corda ...................................................72
13.8 Espaço Confinado Sem Escada .............................................................................................73
13.8.1 Suporte de Ombros ............................................................................................................................73
13.8.2 Cadeira Suspensa ................................................................................................................................73
13.8.3 Guinchos .............................................................................................................................................73
14 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ..........................................................................74
14.1 Objetivo ..................................................................................................................................74
14.2 Requisitos de um Programa de Proteção Respiratória ...........................................................74
14.2.1 Práticas Permitidas .............................................................................................................................74
14.2.2 Responsabilidade do Empregador ......................................................................................................74
14.2.3 Responsabilidades do Empregado......................................................................................................75
14.2.4 Programa de Proteção Respiratória ...................................................................................................75
14.3 Administração do Programa de Proteção Respiratória ...........................................................76
14.3.1 Qualificações ......................................................................................................................................76
14.3.2 Responsabilidades ..............................................................................................................................76
14.4 Procedimentos Operacionais Escritos ....................................................................................76
14.4.1 Procedimentos Operacionais Escritos para o Uso Rotineiro de Respiradores ...................................76
14.4.2 Procedimentos Operacionais Escritos para o Uso em Situações de Emergência e de Salvamento ...77
14.5 Seleção, Limitações e Uso de Respiradores ..........................................................................78
14.5.1 Fatores que Influem na Seleção de um Respirador............................................................................78
14.5.2 Seleção de Respiradores para Uso Rotineiro .....................................................................................93
14.6 Seleção de Respiradores para Uso em Atmosferas IPVS e Espaços Confinados ou
Atmosferas com Pressão Reduzida ...............................................................................................98
14.6.1 Atmosfera IPVS ...................................................................................................................................98
14.6.2 Respiradores para uso em condições IPVS na pressão atmosférica normal ......................................98
14.6.3 Considerações sobre os espaços confinados......................................................................................98
14.6.4 Pressão atmosférica reduzida ............................................................................................................99
14.6.5 Operações de Jateamento ..................................................................................................................99
15 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ................................................... 101
15.1 Condições de Segurança e Saúde no Trabalho ................................................................... 101
15.2 Acidente do Trabalho ........................................................................................................... 102
15.2.1 Consideram-se acidente do trabalho: ..............................................................................................102
15.2.2 Não são consideradas como doença do trabalho: ...........................................................................102
15.2.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho: ...........................................................................................103
15.2.4 Comunicação do acidente ................................................................................................................104
15.3 Benefícios Previdenciários ................................................................................................... 104

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15.3.1 Auxílio-doença ..................................................................................................................................104


15.3.2 Auxílio- acidente ...............................................................................................................................104
15.3.3 Aposentadoria por invalidez .............................................................................................................105
15.3.4 Pensão por morte .............................................................................................................................105
15.3.5 Estabilidade provisória .....................................................................................................................106
15.4 Seguro Acidente do Trabalho - SAT ..................................................................................... 106
15.5 Normas Regulamentadoras.................................................................................................. 108
16 RESGATE EM ESPAÇO CONFINADO ...................................................................................... 110
16.1 Noções Básicas de Emergência e Salvamento .................................................................... 110
16.1.1 Planejamento e Preparação: Feito Antes de Iniciar a Execução do Trabalho ..................................110
16.2 Incidente .............................................................................................................................. 111
16.3 Material e Equipamento ....................................................................................................... 112
17. O SOCORRISTA ....................................................................................................................... 113
17.1 Definição .............................................................................................................................. 113
17.2 Regras ................................................................................................................................. 113
17.3 Responsabilidades ............................................................................................................... 114
17.4 Condições, Treinamento e Experiência ................................................................................ 114
18 PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................................................... 115
18.1 Procedimentos Gerais .......................................................................................................... 116
18.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros: .............................................................................................117
18.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro .......................................................................... 117
18.2.1 Aspectos Legais.................................................................................................................................117
18.3 Urgências Coletivas ............................................................................................................. 119
18.4 Caixa de Primeiros Socorros ................................................................................................ 119
18.5 Choques Elétricos ................................................................................................................ 119
18.5.1 Procedimentos para choque elétrico ...............................................................................................120
18.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR......................................................................................... 120
18.6.1 Parada Respiratória ..........................................................................................................................121
18.6.2 Parada Cardíaca ................................................................................................................................121
18.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória .............................................................................122
18.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP). ................................................................................................124
18.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca: ..............................................................................................124
18.7 Estado de Choque ............................................................................................................... 126
18.7.1 Sinais e sintomas ..............................................................................................................................127
18.7.2 Providencias a serem tomadas .........................................................................................................127
18.8 Distúrbios causados pela Temperatura ................................................................................ 129
18.8.1 Queimaduras ....................................................................................................................................129
18.8.2 Insolação ...........................................................................................................................................132
18.8.3 Intermação .......................................................................................................................................133
18.9 Intoxicações ......................................................................................................................... 133
18.10 Ferimentos ......................................................................................................................... 134

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18.10.1 Contusão .........................................................................................................................................134


18.10.2 Escoriações .....................................................................................................................................134
18.10.3 Amputações ....................................................................................................................................135
18.10.4 Ferimentos no Tórax.......................................................................................................................136
18.10.5 Ferimentos no Abdome ..................................................................................................................137
18.10.6 Ferimentos nos Olhos .....................................................................................................................137
18.11 Hemorragia ........................................................................................................................ 138
18.11.1 Hemorragia Externa........................................................................................................................138
18.11.2 Hemorragia Interna ........................................................................................................................138
18.11.3 Hemorragia Nasal ...........................................................................................................................139
18.12 Entorses, Luxações e Fraturas ........................................................................................... 139
18.12.1 Entorse............................................................................................................................................139
18.12.2 Luxações .........................................................................................................................................139
18.12.3 Fraturas...........................................................................................................................................140
18.13 Picadas de animais ............................................................................................................ 141
18.13.1 Serpentes ........................................................................................................................................141
18.13.2 Escorpiões e Aranhas ......................................................................................................................144
18.14 Técnicas Para Remoção e Transporte de Acidentados ...................................................... 146
18.14.1 Transporte em Maca ......................................................................................................................146
18.14.2 Transporte Sem Maca.....................................................................................................................149
18.15 Telefones Úteis .................................................................................................................. 152
19. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 153

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1. INTRODUÇÃO

O treinamento proposto visa capacitar os profissionais da área a prevenção de acidentes,


procedimentos e medidas de proteção em espaços confinados, de acordo com a NBR 14787 que
estabelece os requisitos mínimos para proteção dos trabalhadores e do local de trabalho contra os
riscos de entrada em espaços confinados.

Apresentação da NR 33

33.1 Objetivo e Definição


33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação
de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente
para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

33.2 Das Responsabilidades

33.2.1 Cabe ao Empregador:

a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;


b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho;
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II
desta NR;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam
atuar em conformidade com esta NR;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de
risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e

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j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada


acesso aos espaços confinados.
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;


b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos
espaços confinados.

33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

33.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e


avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e
capacitação para trabalho em espaços confinados.

33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não
autorizadas;
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos
em espaços confinados;
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para
verificar se o seu interior é seguro;
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos
trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se
as condições de acesso e permanência são seguras;
i) proibir a ventilação com oxigênio puro;
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme,
calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequência.
33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação
vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados;

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33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir


documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO.
33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado.
33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em
trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem
chama aberta, faíscas ou calor.
33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento,
engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas,
escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e
saúde dos trabalhadores.

33.3.3 Medidas administrativas:

a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos


desativados, e respectivos riscos;
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço
confinado;
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o
Anexo I da presente norma;
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;
e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR,
às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do
ingresso de trabalhadores em espaços confinados;
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada
e Trabalho;
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de
Entrada e Trabalho;
i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem
completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou
interrupção dos trabalhos;
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco
anos;
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o
conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do
trabalho;
l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os
deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida;
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos
espaços confinados;
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com
acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;
o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de
controle existentes no local de trabalho; e

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p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco,


considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada.
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de
forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço
– Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes,
Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores.
33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de
aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e
cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de
risco e medidas de controle.
33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e
Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração
dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da
ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:
a) entrada não autorizada num espaço confinado;
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;
c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e
f) identificação de condição de trabalho mais segura.

33.3.4 Medidas Pessoais

33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme
estabelecem as NR’s 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do
respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no
item 33.3.5.
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma
individual ou isolada.
33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os
meios para acioná-los estejam operantes;
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d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e


e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.
33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no
espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com
os trabalhadores autorizados;
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública
ou privada, quando necessário;
d) operar os movimentadores de pessoas; e
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou
quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por
outro Vigia.
33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever
principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;
33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem
em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na
Permissão de Entrada e Trabalho.
33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde -
Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara
autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com
cilindro auxiliar para escape.

33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados

33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia


capacitação do trabalhador.
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que
ocorrer qualquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não
sejam adequados.

33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem


receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas.
33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e Vigias deve ter carga horária
mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático
de::
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a) definições;
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
c) funcionamento de equipamentos utilizados;
d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e
e) noções de resgate e primeiros socorros.
33.3.5.5 A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário de
trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 33.3.5.4, acrescido de:

a) identificação dos espaços confinados;


b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos;
c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados;
d) legislação de segurança e saúde no trabalho;
e) programa de proteção respiratória;
f) área classificada; e
g) operações de salvamento.

33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga
horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial.
33.3.5.7 Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada
proficiência no assunto.
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do
trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço
confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do
responsável técnico.
33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve
ser arquivada na empresa.

33.4 Emergência e Salvamento

33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate


adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;


b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em
caso de emergência;
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas
de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em
espaços confinados.

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33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir
aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários
de acidentes identificados na análise de risco.

33.5 Disposições Gerais

33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas


atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e
iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros.
33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e
contratados.
33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a
emissão da Permissão de Entrada e Trabalho.

Anexo I - Sinalização

Sinalização para identificação de espaço confinado

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Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho - PET


Caráter informativo para elaboração da Permissão de Entrada e Trabalho
em Espaço Confinado
Nome da empresa:
Local do espaço confinado: Espaço confinado n.º:
Data e horário da emissão: Data e horário do término:
Trabalho a ser realizado:
Trabalhadores autorizados:

Vigia: Equipe de resgate:

Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
2
Oxigênio %O :
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem N/A ( ) S() N()


4. Purga e/ou lavagem N/A ( ) S() N()
5. Ventilação/exaustão – tipo, equipamento e tempo N/A ( ) S() N()
6 Teste após ventilação e isolamento: Horário:
Oxigênio % O2: > 19,5% < 23,0% N/A ( ) S() N()
Inflamáveis % LIE: <10% N/A ( ) S() N()
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

7 Iluminação geral: N/A ( ) S() N()


8 Procedimentos de comunicação: N/A ( ) S() N()
9 Procedimentos de resgate: N/A ( ) S() N()
10 Procedimentos e proteção de movimentação vertical: N/A ( ) S() N()
11 Treinamento de todos os trabalhadores? É atual? N/A ( ) S() N()
12. Equipamentos:
13. Equipamento de monitoramento contínuo de gases aprovados e certificados por um S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas
potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em condições:
Lanternas N/A ( ) S() N()
Roupa de proteção N/A ( ) S() N()
Extintores de incêndio N/A ( ) S() N()
Capacetes, botas, luvas N/A ( ) S() N()
Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar mandado N/A ( ) S() N()
com cilindro de escape
Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados S() N()
Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate N/A ( ) S() N()

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Escada N/A ( ) S() N()


Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos N/A ( ) S() N()
Equipamentos de comunicação eletrônica aprovados e certificados por um N/A ( ) S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho
em áreas potencialmente explosivas
Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado S() N()
com cilindro de escape para equipe de resgate
Equipamentos elétricos e eletrônicos aprovados e certificados por um N/A ( ) S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho
em áreas potencialmente explosivas
Legenda: N/A = “não se aplica”; N = “não”; S = “sim”.
Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos
Permissão de trabalhos a quente N/A ( ) S() N()
Procedimentos de Emergência e Resgate
Telefones e contatos:
Ambulância:
Bombeiros:
Segurança:
Obs.:
A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna
“não”.
A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do Vigia
ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área.
Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada.
Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho,
esta permissão deverá ser arquivada.

Anexo III – Glossário

Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está sendo
utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer
fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais visando a
eliminar energias perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados.
Alívio: o mesmo que abertura de linha.
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas causas,
conseqüências e medidas de controle.
Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão.
Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: qualquer atmosfera
que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas na
atmosfera do espaço confinado.
Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança de trabalho,
e demais documentos técnicos utilizados para implementar o Sistema de Permissão de Entrada e
Trabalho em espaços confinados.

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Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão,
vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas para trabalho
seguro em espaços confinados.
Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, que é também
denominada chama ou fogo.

Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que possa
resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que possa resultar em dano
ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço confinado.
Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do
espaço confinado.
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na
pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e
controlada.
Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos
finamente divididos.
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.
Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar que o
dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua remoção.
Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, polimento, corte ou
solda.
Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto de
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o
trabalho seguro em espaços confinados.
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás
inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.
Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar energia elétrica
ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de uma dada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um equipamento.
Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de contaminantes em
tempo real.
Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para permitir a
entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais como trabalhos a quente,
atmosferas IPVS ou outras.
Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço confinado.
Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço confinado.
Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %).

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Permissão de Entrada e Trabalho (PET): documento escrito contendo o conjunto de


medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de
emergência e resgate em espaços confinados.
Proficiência: competência, aptidão, capacitação e habilidade aliadas à experiência.
Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e administrativas
necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso correto dos
respiradores.
Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta de
gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem com água ou
vapor.
Quase-acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a possibilidade de
ocorrência de acidente.
Responsável Técnico: profissional habilitado para identificar os espaços confinados
existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de
emergência e resgate.
Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de trabalho ou
doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.
Riscos psicossociais: influência na saúde mental dos trabalhadores, provocada pelas
tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos.
Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com
conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a trabalhadores
em caso de emergência.
Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento escrito para
preparar uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET).
Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com
responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o
desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados.
Trabalhador autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente
dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.
Trava: dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir isolamento de dispositivos
que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma acidental.
Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é responsável
pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores.

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2. CONCEITOS BÁSICOS
2.1 Introdução

Só nos Estados Unidos, mais de 300 trabalhadores morrem anualmente como resultado de
acidentes ocorridos por entrada em espaços confinados.
A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial. Virtualmente,
qualquer ambiente industrial tem exemplos de espaços confinados. Nesses locais, somente pessoas
treinadas e autorizadas podem ingressar. O empregador é o responsável por este treinamento, que
deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos que não
foram cobertos na sessão de treinamento anterior.
Antes de o profissional ingressar no espaço confinado, a sua atmosfera deve ser testada pelo
supervisor, para verificar a presença de riscos a fim de se tomarem as medidas de proteção
necessárias à preservação da vida dos trabalhadores.
A NR 33 está publicada Portaria Nº 202, de 22/12/2006 DOU de 27/12/2006
Entrando em vigência 27/03/2007 (90 dias após a publicação)

2.2 Objetivo

O principal objetivo do curso de NR-33 é prevenir a ocorrência de acidentes que possam


comprometer a integridade física de profissionais ou terceiros em trabalhos no interior dos espaços
confinados ou até mesmo à proteção local e dos trabalhadores contra os riscos de entrada em
espaços confinado.
Entradas em espaços confinados como parte da atividade industrial podem ser feita por vários
motivos. A mais comum é para a realização de serviços de inspeção, reparos, manutenção, pintura,
limpeza ou qualquer outra operação cuja característica é não fazer parte da rotina industrial.

2.3 Definição

Espaço confinado é todo e qualquer local ou equipamento largo suficientemente e de tal


forma configurado, em que existe a possibilidade de um trabalhador inserir a cabeça, o tórax ou o
corpo inteiro, que possui meios limitados de entrada/saída, que não é projetado para ocupação
contínua de um trabalhador e que possui qualquer uma das seguintes características (antes do
processo de isolamento e limpeza)
A NBR 14787 (2001) define espaço confinado como qualquer área não projetada para
ocupação humana contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a ventilação
existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de
oxigênio que possam existir ou desenvolver
A NIOSH (1997) define espaço confinado como um espaço que apresenta passagens
limitadas de entrada e saída, ventilação natural deficiente que contém ou produz perigosos
contaminantes do ar e que não é destinado para ocupação humana contínua.

2.4 Características do Espaço Confinado

 Contém ou possui potencial para conter atmosfera perigosa (contaminada por vapores, gases
e/ou poeiras, inflamáveis, tóxicas e/ou explosivas, ou com deficiência ou excesso de
oxigênio);
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• Contém material capaz de encobrir totalmente seus ocupantes, causando asfixia;


• Possui configuração interna capaz de aprisionar ou asfixiar seus ocupantes;
 Possui potencial para sérios danos à saúde e à integridade física de seus ocupantes, tais
como: choque elétrico, radiação, movimentação de equipamentos mecânicos internos ou
stress calórico
 Possui tamanho e a configuração em que é possível adentrar e executar um trabalho;
 Não foi construído para trabalho contínuo;
 Possui entrada e/ou saída limitados ou restritos.

2.5 Exemplos de Espaços Confinados

 CARRETAS PRODUTOS  DUTOS E GALERIAS


PERIGOSOS

 CAIXAS D'ÁGUA  TANQUES COMBUSTÍVEIS

 SILOS

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2.6 Onde encontramos Espaços Confinados

Agricultura Indústria da Construção


Silos Caixões
Moegas Tubulões
Poços de elevadores Buracos
Transportadores fechados Valas
Tanques para armazenagem de fertilizantes Escavações

Indústria Química e Petróleo Indústria da Alimentação


Reatores Câmeras Frias
Coluna de destilação Fornos
Torre de resfriamento Extratores
Tanques de armazenamento Tanques de Aquecimento
Precipitadores
Impressão e Publicação
Indústrias Têxteis Tanques de Tinta
Caldeira a Vapor Tanques de Solvente

2.7 Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados

a) Limpeza para remoção de lama ou outros dejetos,


b) Inspeção da integridade física e processo de equipamentos,
c) Manutenções tais como jateamento abrasivo e aplicação de recobrimentos de
superfícies em subterrâneos com ou sem tubulações,
d) Instalações, inspeções, reparos e substituições de válvulas, tubos, bombas, motores
em covas ou escavações,
e) Ajustes ou alinhamentos de equipamentos mecânicos e seus componentes,
f) Verificações e leituras em manômetros, painéis, gráficos ou outros indicadores,
g) Instalações, ligações e reparos de equipamentos elétricos ou de comunicações,
instalações de fibras óptica
h) Resgate de trabalhadores que foram feridos ou que desmaiaram em tais espaços.

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3. RISCOS NO ESPAÇO CONFINADO

O trabalho em espaços confinados representa uma parcela representativa das atividades


que são desenvolvidas nas indústrias, em veículos tanque e nas concessionárias de serviços
públicos.
Os profissionais de segurança e as linhas de supervisão devem ter conhecimento para
reconhecer, avaliar e controlar os riscos inerentes aos trabalhos em espaços confinados.
Para isso precisamos diferenciar Risco de Perigo
Devemos ter a consciência que o risco é inerente a presença de um agente ou de um
ambiente, e o perigo é a exposição ao risco.
Um exemplo simples facilita entender essa diferença:
Atravessar uma rodovia é um risco ou um perigo?
O risco: a circulação de veículos na rodovia.
O perigo: A exposição dos pedestres.
A existência de uma passarela é uma forma de controlar o risco, ou seja, de oferecer um
recurso de segurança que não torne necessária a exposição das pessoas.
Esse exemplo permite concluir que é possível conviver com atividades de risco sem
exposições significativas, ou seja, sem perigo. Os trabalhos em espaços confinados é uma dessas
atividades.
São barreiras de segurança (medidas mitigadoras) que impedem ou minimizam as
exposições aos riscos. Entretanto, essas barreiras devem ser necessárias e suficientes. Quando
superdimensionadas representam desperdício de recursos. Quando subdimensionadas expõe as
pessoas e o patrimônio ao risco.
A análise preliminar do trabalho que será realizado é conveniente para reconhecer, avaliar e
determinar essas barreiras de segurança.

3.1 Os principais Riscos no Espaço Confinado

2.1.1 Deficiência de Oxigênio


Além da concentração de aerodispersóides, gases e vapores ser inferior a valores
cientificamente aceitos, a atmosfera em um espaço confinado deve também conter de forma
constante um mínimo de 18% de oxigênio para que o mesmo seja liberado para trabalho humano,
sem a necessidade de utilização de equipamento autônomo ou ar induzido para respiração. A
concentração normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 21%. Concentrações de
oxigênio inferiores a 18% representam perigo imediato para o homem.

Algumas causas da deficiência de oxigênio em espaços confinados são:

 O deslocamento do ar por gás ou vapor devido a inertização, desvaporização, elevada


concentração de gases e vapores e do incêndio.
 A digestão de matéria orgânica por microorganismos.
 A oxidação do ferro (ferrugem).
Independente da causa, as consequências são similares, ou seja, a presença de uma
atmosfera incapaz de sustentar a vida, em função da baixa concentração de oxigênio.

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Uma avaliação criteriosa e responsável é necessária antes da liberação do trabalho no


espaço confinado. Uma pessoa habilitada conhecedora dos procedimentos deve efetuar as
medições da concentração de oxigênio utilizando um aparelho conhecido como “oxímetro”.
Esse aparelho deve ser previamente aferido.

3.1.2 Asfixia
Se a porcentagem de oxigênio ficar menos que 18%, irá provocar sintomas de asfixia que se
vão agravando conforme diminua essa percentagem.
É também importante mencionar que, em virtude do tipo de trabalhos que se desenvolvem
nestes espaços, por exemplo, trabalhos de soldadura, o consumo de oxigénio aumenta, agravando-
se o risco de asfixia.

3.1.3 Exposição aos Agentes

3.1.3.1 Agentes Químicos:


São representados pelos aerodispersóides provocando Atmosferas Imediatamente Perigosas
à Vida e à Saúde – IPVS.
Aerodispersóides são partículas sólidas ou líquidas dispersas no ar e que, pelo seu diminuto
tamanho, podem permanecer em dispersão por tempo suficiente para serem inaladas pelos
trabalhadores.

 Poeiras, Fumaças, Fumos, Gases e Vapores Sob Pressão

3.1.3.2 Agentes Físicos

 Vibração

 Quedas

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 Engolfamento

 Ruído

 Baixa Luminozidade

 Choque elétricos

3.1.3.3 Agentes Biológicos

 Serviço em Esgotos
 Túneis ou locais de transporte de água contaminada e minas subterrâneas
 Contato ou inalação de aerodispersóides líquidos ou sólidos, mordida de alguns bichos, ratos
e vetores biológicos como moscas e mosquitos.
 Algas, Fungos, Vírus, Riquetsias, Bactérias e Vermes

3.1.4 Incêndio e explosão

Num espaço confinado existe risco de incêndio e explosão por ser muito fácil a criação de
uma atmosfera inflamável. Esta deve-se a muitas causas, ligadas à evaporação de dissolventes de
pintura, gás de iluminação e líquidos inflamáveis diversos.
Explosão é uma reação química exotérmica em misturas explosivas onde ocorre grande
liberação de energia instantânea após a ignição. Em explosões a onda de pressão precede a frente
de chama (cerca de 100 - 300 m/s, com pressões de 3 - 10 BAR).
O incêndio é uma reação química de oxidação rápida e exotérmica, em que há geração de luz
e calor. É dividido em quatro classes:

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 Incêndios de classe A - são os que ocorrem em materiais de fácil combustão com


propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos.
Ex.: madeira, papel, tecidos, fibras, etc.
 Incêndios da classe B - são os que ocorrem em produtos considerados inflamáveis,
que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos. Ex.: óleo, graxas,
vernizes, tintas, gasolina, etc.
 Incêndio da classe C - são os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados.
Ex.: motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.
 Incêndios da classe D - são os que ocorrem em metais pirofóricos (magnésio,
selênio, antimônio, lítio, cádmio, potássio, zinco, sódio e zircônio).

A presença de gás, vapores e pós inflamáveis em espaços confinados constituem duas


situações de risco: a explosão/incêndio e a exposição do trabalhador a concentrações perigosas.
Uma série de medidas preventivas devem ser tomadas, para minimizar a exposição a esses riscos.

As explosões/incêndios estão relacionadas a:

 A presença de gases, vapores e pós em concentrações que formem misturas


inflamáveis, devido a ausência ou deficiência da remoção desses agentes.
 Aos erros de medição para a liberação do trabalho e ainda a modificação das
condições inicialmente presentes, como por exemplo a penetração de gases, vapores
e pós após a liberação do espaço confinado para o trabalho.
 Aos erros de medições que tem origem na deficiência do treinamento de pessoal, na
interpretação errada da leitura e na aferição do explosímetro, além dos procedimentos
incorretos, quando por exemplo, o ambiente confinado não é completamente avaliado
(números e locais das amostragens).

3.1.5 Intoxicação

O risco de intoxicação ocorre porque nestes espaços podem existir concentrações de


substâncias tóxicas acima dos limites de exposição permitidos, coexistindo em muitos casos com
atmosferas corrosivas e irritantes.

Principais agentes responsáveis por estas intoxicações:

Afetam as vias respiratórias:

 Cloro (CL2)
 Ozono (O2)
 Ácido clorídrico (CIH)
 Ácido fluorídrico(FH)
 Ácido sulfúrico (SO4H2)
 Amoníaco (NH3)
 Dióxido de enxofre (SO2)
 Dióxido de nitrogénio (NO2)

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Afetam a superfície de contato:

 Benzeno (C6H6)
 Tetracloreto de carbono (CCI4)
 Tricloroetano (CH3CL3)
 Tricloroetileno (CHCICCI2)
 Cloreto de etilo (C2H5CI)

3.1.6 Elétrico e Mecânico

Os perigos proporcionados por fatores elétricos e mecânicos em espaços confinados


dependem diretamente das atividades desenvolvidas. Ambos os fatores podem oferecer riscos como
fonte de ignição ou até mesmo ocasionar acidentes em função do mau estado de conservação.
Atividades como solda elétrica, corte oxi-gás, pintura, esmerilhamento, corte com abrasivo,
etc. tem sempre presentes os perigos elétricos ou mecânicos.
É importante também mencionar o risco oferecido pela eletricidade estática no processo de
ignição, e como medida de proteção mais importante, recomendar o aterramento ou a interligação
elétrica das partes eletricamente condutoras as partes elétricas.
Uma análise dos riscos elétricos e mecânicos deve ser feita com critério e responsabilidade
para as atividades desenvolvidas em espaços confinados.

3.2 Composição do Ar Atmosférico

Há três classes de problemas no ambiente de espaços confinados:


 Concentrações inadequadas de oxigênio
 Presença de gases e/ou vapores tóxicos
 Presença de gases e/ou vapores inflamáveis.

Alguns ambientes podem ter uma somatória dessas três condições de risco.
A utilização de analisadores portáteis de gases é o primeiro passo para identificação desses
riscos. A maioria deles tem condição de detectar mais de um gás e o mais típico deles mede:
oxigênio, gás combustível, CO (monóxido de carbono) e H2S (gás sulfídrico). Outros gases também
podem ser detectados, dependendo do caso particular de cada situação.
Quando se trata de uma atmosfera remota antes da entrada num espaço confinado, utiliza-se
uma sonda de teflon acoplada ao analisador de gás, para o processo poder ser executado do lado de
fora, eliminado risco para os operadores. Executa-se o teste em diversos níveis porque o ar
contaminado não é necessariamente igual em sua composição.

3.2.1 Níveis Incorretos de Oxigênio

O problema mais comum com o ar em espaços confinados é a maior causa de mortes porque
o ar possui pouco ou nenhum oxigênio. Os níveis de oxigênio na atmosfera normal se situam entre

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20 e 21% em volume. Muitas pessoas já tiveram a experiência de viajar para localidades de grande
altitude e sentiram fadiga ao desempenhar atividades normalmente simples como subir escadas.
O percentual de oxigênio no ar é normal nesses locais mas há menos oxigênio porque há
menos ar, por isso as pessoas sofrem o problema com suprimento inadequado de oxigênio. Sente-se
dificuldade em respirar a níveis próximos dos 14% e confusões mentais aparecem aos 12%. Aos
10% há perda de consciência e aos 8% ocorre a morte. As normas da OSHA determinam um mínimo
de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil nossas normas dizem que a
atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, há
Deficiência de Oxigênio, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e
controlada.

3.2.2 Gases e Vapores Inflamáveis

Os gases, vapores ou poeiras inflamáveis constituem a segunda classe de risco. Tanques ou


tonéis que armazenaram substâncias inflamáveis e estão sendo limpos ou sofrendo manutenção,
podem conter traços ou concentrações elevadas dos produtos que lá estavam armazenados. O
Limite Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.) pode ser atingido até antes de que se procedam medições
ambientais. Antes do ingresso, tais ambientes podem ser inundados com gás inerte, que não suporta
combustão, tal como o nitrogênio, num processo denominado inertização. Uma necessidade após a
inertização, é medir o teor de oxigênio e decidir que não haja risco de explosão ou fogo, então deixa-
se entrar oxigênio de volta ao ambiente durante o ingresso.
É comum associar combustão com líquidos, esquecendo-se da poeira combustível, mas
estas podem se tornar uma séria ameaça. Silos contendo produtos de agricultura também podem
explodir violentamente em presença de uma fonte de ignição. Como regra, níveis de poeiras
suficientes para obscurecer a visão em 1,5m devem ser considerados perigosos.

3.2.3 Gases e Vapores Tóxicos

Finalmente, deve-se levar em conta também os vapores e os gases tóxicos. Conhecer suas
concentrações ambientais antes de penetrar num espaço confinado ajuda a selecionar o método de
testar esses ambientes, mas as preocupações não devem ser limitadas a esses produtos químicos.
CO e H2S são gases tóxicos encontrados com frequência e pesquisar esses e outros possíveis
contaminantes é uma sábia precaução. Lembre-se de que muitas substâncias têm fracas
propriedades de alerta (percepção pelo olfato).

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3.2.4 Tabela dos Níveis de Oxigênio no Espaço Confinado

78% Nitrogênio (N²) + 21% Oxigênio(O²) + 01% Outros (CO²)

*Tabela: A tabela trata dos níveis de Oxigênio no Ambiente de Trabalho (Espaço confinado )

3.3 Riscos Combinados

A análise prévia deve identificar todos os riscos decorrentes do trabalho, bem como a
combinação desses riscos. A combinação de riscos pode resultar em outro risco, como exemplo: um
curto circuito pode provocar uma centelha que pode causar uma explosão ou um incêndio que pode
provocar deficiência de oxigênio. Sendo assim, o reconhecimento e avaliação dos riscos
combinados são importantes para determinar as medidas de controle.

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4 CLASSIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS

Os espaços confinados são classificados em 3 classes e Classe A, Classe B e Classe C.

4.1 Espaços Classe A


São aqueles que apresentam situações que são IPVS- (ATMOSFERAS IMEDIATAMENTE
PERIGOSAS À VIDA E À SAÚDE) Incluem os espaços que têm deficiência em O² (oxigênio) ou
contêm explosivos, inflamáveis ou atmosferas tóxicas;

4.1.1Características de um Espaço Confinado Classe A


 Imediatamente perigoso para a vida - requer procedimentos de resgate com mais de um
indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - manutenção de
comunicação necessária e um vigia adicional fora do espaço confinado
 OXIGÊNIO - Percentual menor de 16% (122 mmHg) ou maior 25% (190mmHg)
 INFLAMABILIDADE - 20% ou mais do L.I.E.
 TOXICIDADE - IDHL (IPVS)

4.2 Espaços Classe B
Não apresentam perigo para a vida ou a saúde, mas têm o potencial para causar lesões ou
doenças se medidas de proteção não forem usadas;

4.2.1 Características de um Espaço Confinado Classe B


 Perigoso, mas não imediatamente ameaçador - requer procedimentos de resgate com um
indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado - visualização indireta
ou comunicação frequente com os trabalhadores.
 % DE OXIGÊNIO - 16.1 a 19,4 (122 mmHg - 149 mmHg) ou
21.5 a 25 (163 mmHg - 190 mmHg)
 INFLAMABILIDADE - 10% a 19% do L.I.E.
 TOXICIDADE - Maior que o limite de contaminação
Menor que o valor IDHL (IPVS)
4.3 Espaços Classe C
São aqueles que os riscos existentes são insignificantes, não requerendo procedimentos ou
práticas especiais de trabalho.

4.3.1Características de um Espaço Confinado Classe C


 Riscos potenciais - não requer modificações nos procedimentos de trabalho - procedimentos
de resgate padrões - comunicação direta com os trabalhadores, de quem está fora do espaço
confinado.
 % DE OXIGÊNIO - 19.5 a 21.44 (148 mmHg - 163 mmHg)
 INFLAMABILIDADE - 10% do L.I.E. ou menos
 TOXICIDADE - Menor que o limite de contaminação
estabelecido pelo CFR 29

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5 CHECK LIST

5.1 Considerações para Entrada, Trabalho e saída de Espaços Confinados

ITEM Classe A Classe B Classe C


1. Permissão de Entrada N N N
2.Verificação da atmosfera N N N
3. Monitoramento N R R
4. Supervisão Médica N N R
5. Treinamentos N N N
6. Sinalização N N N
7. Preparação
7.1 Isolamento (bloqueio e N N R
etiquetagem)
7.2 Purga e Ventilação N N R
7.3 Processo de Limpeza R R R
7.4 Equipamentos/Ferramentas N N R
especiais
8. Procedimentos
N N N
8.1 Planejamento Inicial
N N R
8.2 Apoio/Substituto
N N N
8.3 Comunicação/Observação
N N N
8.4 Salvamento
N N N
8.5 Trabalho
R R R
9. EPI e vestimenta
R R
9.1 EPI-Proteção Respiratória
N N N
9.2 Cinto de Segurança
N R
9.3 Linha de Vida
N N N
10. Equipam. de Resgate
N N
11. Manut. Registros
N - Medidas NECESSÁRIAS - R - Medidas determinadas pela Pessoa Qualificada (RESPONSÁVEL TÉCNICO).

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5.2 Caracterizar um “Espaço” como “Espaço Confinado

Para caracterizar um “espaço” como “espaço confinado” deve-se fazer a seguinte avaliação:

Foi projetado e
construído para Pode ocorrer uma É um espaço
ocupação humana atmosfera perigosa? confinado?
contínua ?

Sim Sim Não


Sim Não Não
Não Sim Sim*
Não Não Não

*Em destaque ( Vermelho ) espaço confinado


Fonte: Ministry of Labour Ontario Occupational Health and Safety

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6 PROFISSIONAIS DO ESPAÇO CONFINADO

6.1 Vigia:

Trabalhador designado para permanecer fora do espaço


confinado e que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e
ordem de abandono para os trabalhadores
 Permanecer sempre do lado de fora
 Monitoramento Atmosférico Permanente
 Contagem e Controle
 Comunicação (contato permanente)
 Alertar sobre riscos
 Noções Primeiros Socorros / Resgate
 Aciona a equipe de resgate

6.2 Trabalhador Autorizado (Entrante)

Trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado,


ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e
das medidas de controle existentes.
 Executa o trabalho
 Reconhece os riscos
 Noções Primeiros Socorros

6.3 Supervisor

Pessoa capacitada para operar a permissão de entrada


com responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de
Entrada e Trabalho (PET) para o desenvolvimento de entrada e
trabalho seguro no interior de espaços confinados.
 Emite a PET
 Avalia e monitora riscos
 Primeiros Socorros / Resgate
 Encerra a PET

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6.4 Resgatista

Pessoa com procedimento operacional padronizado, com


conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os
primeiros socorros a trabalhadores em caso de emergência.
 A cada 20 trabalhadores, 02 devem ser resgatistas
 Primeiros Socorros
 Resgate

7 PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO – PET

A permissão para trabalho em espaço confinado é um documento e um importante instrumento


de controle, no qual consta em que condição se encontra o espaço, recomendações a serem erguidas
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e verificações periódicas a serem executadas, além da adoção de algumas práticas preventivas. Tem
como objetivo a manutenção das condições iniciais seguras do trabalho.
A permissão para trabalho deve ser feita por pessoa que tenha experiência operacional que
permita reconhecer os riscos, avaliá-los e especificar as barreiras de segurança para neutralizá-los ou
controlá-los.
A permissão para trabalhos nos espaços confinados não dá garantia contínua de liberação.
Uma permissão responsável estabelece rotinas de medições e verificações, bem como a frequência
destas, para cada situação de trabalho.
A permissão de entrada e trabalho deve ser adaptada para a empresa e possuir 3 vias, sendo
que uma delas necessariamente ficará no bloco e outra com o executante do trabalho. Antes da
execução, todos os campos da permissão devem ser preenchidos e a autorização de execução deve
ser feita através da colocação das assinaturas nos campos respectivos. Ao término ou nas
interrupções prolongadas do trabalho a permissão deve ser encerrada, com a colocação de assinatura
do executante na via do emitente e do emitente na via do executante. O bloco contendo pelo menos 1
das vias das permissões deve ser arquivado na empresa pelo prazo mínimo de 5 anos.
A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada serviço de entrada em espaço
confinado.
Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho
devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos,
com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
 Deve ficar visível no local de realização do trabalho;
 Preencher, assinar e datar 03 vias, antes do ingresso;
 Sistema de controle da PET (Numerado e arquivado);
 Cópia para Entrante / Vigia / Empresa;
 Encerrar a PET ao final das operações;
 Disponibilizar os procedimentos da PET aos trabalhadores;
 A PET é válida para cada entrada;
 Monitoramento atmosférico deve ser constantemente mantido.

É VEDADA a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a


emissão da PET
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Permissão de Entrada e Trabalho – PET

Caráter informativo para elaboração da Permissão de Entrada e Trabalho


em Espaço Confinado
Nome da empresa:
Local do espaço confinado: Espaço confinado n.º:

Data e horário da emissão: Data e horário do término:


Trabalho a ser realizado:
Trabalhadores autorizados:

Vigia: Equipe de resgate:

Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
2
Oxigênio %O :
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem N/A ( ) S() N()


4. Purga e/ou lavagem N/A ( ) S() N()
5. Ventilação/exaustão – tipo, equipamento e tempo N/A ( ) S() N()
6 Teste após ventilação e isolamento: Horário:
Oxigênio % O2: > 19,5% < 23,0% N/A ( ) S() N()
Inflamáveis % LIE: <10% N/A ( ) S() N()
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:

7 Iluminação geral: N/A ( ) S() N()


8 Procedimentos de comunicação: N/A ( ) S() N()
9 Procedimentos de resgate: N/A ( ) S() N()
10 Procedimentos e proteção de movimentação vertical: N/A ( ) S() N()
11 Treinamento de todos os trabalhadores? É atual? N/A ( ) S() N()
12. Equipamentos:
13. Equipamento de monitoramento contínuo de gases aprovados e certificados por um S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho em áreas
potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em condições:
Lanternas N/A ( ) S() N()
Roupa de proteção N/A ( ) S() N()
Extintores de incêndio N/A ( ) S() N()
Capacetes, botas, luvas N/A ( ) S() N()
Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar mandado N/A ( ) S() N()
com cilindro de escape
Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados S() N()
Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate N/A ( ) S() N()
Escada N/A ( ) S() N()
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Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos N/A ( ) S() N()


Equipamentos de comunicação eletrônica aprovados e certificados por um N/A ( ) S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho
em áreas potencialmente explosivas
Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado S() N()
com cilindro de escape para equipe de resgate
Equipamentos elétricos e eletrônicos aprovados e certificados por um N/A ( ) S() N()
Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO para trabalho
em áreas potencialmente explosivas
Legenda: N/A = “não se aplica”; N = “não”; S = “sim”.
Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos
Permissão de trabalhos a quente N/A ( ) S() N()
Procedimentos de Emergência e Resgate
Telefones e contatos:
Ambulância:
Bombeiros:
Segurança:
Obs.:
A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna
“não”.
A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do Vigia
ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área.
Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada.
Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho,
esta permissão deverá ser arquivada.

7.1 Programa de entrada em espaço confinado

Além da obrigatoriedade da PET, deverá haver um programa de entrada em espaço


confinado. Segundo a NBR 14787.
Deverá se manter permanentemente um procedimento de permissão de entrada que
contenha a permissão de entrada, arquivando-a.
Implantar as medidas necessárias para prevenir as entradas não autorizadas.
Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos trabalhadores.
Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores
autorizados com os respectivos nomes e assinaturas.
Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros sempre à disposição,
treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.
Desenvolver e implementar os meios, procedimentos e práticas necessárias para operações
de entradas seguras em espaços confinados, incluindo, mas não limitado, aos seguintes:
 Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras
para proteger os trabalhadores que nele entrarão
 Proceder a manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade.
 Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de gases ou vapores
inflamáveis, gases ou vapores tóxicos e concentração de oxigênio; antes de efetuar a
avaliação da atmosfera, efetuar teste de resposta do equipamento de detecção de
gases.
 Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido
o risco
 Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espaço confinado, para eliminar ou controlar os
riscos atmosféricos
 Proceder avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.
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8 RESPONSABILIDADES
8.1 Cabe ao Empregador
 Indicar formalmente o Responsável Técnico pelo cumprimento da Norma;
 Artº 932 - São também responsáveis pela reparação civil....
III - O empregador ou comitente por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele
(CÓDIGO CIVIL).

 Designação formal → por escrito

 NR não define profissional que pode ser designado como RESPONSÁVEL TÉCNICO;

 RESPONSÁEL TÉCNICO deve ter CONHECIMENTO, EXPERIÊNCIA e PROFICIÊNCIA


(expert) no assunto.

 RESPONSÁEL TÉCNICO deve também ter capacidade para trabalhar em equipe e para tomar
decisões;

 RESPONSÁEL TÉCNICO deve coordenar, supervisionar ou acompanhar a gestão de SST dos


espaços confinados, inclusive das contratadas;

 Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento ou de sua responsabilidade;


 Identificação dos espaços confinados deve ser feita no programa de
espaços confinados, plantas;
 Arrendatários, permissionários, concessionários, também devem
identificar os espaços confinados;
 Informações como dimensões, geometria e acessos são muito
importantes;

 Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;


 Fundamental para elaboração de procedimentos de trabalho e adoção das
medidas técnicas, administrativas e pessoais;
 Identificação dos riscos antes da entrada deve ser complementada com
uma APR;

 Implementar a gestão em SST em espaços confinados, por medidas técnicas, administrativas,


pessoais e de emergência e salvamento
 NR 33 → Norma Regulamentadora de Gestão
 Gestão dos espaços confinados deve ser melhorada continuamente;

 Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores


 Empregador deve disponibilizar recursos técnicos e financeiros;
 Responsável Técnico deve desenvolver programas para este fim;

 Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão da PET;
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 Responsável Técnico e Supervisores devem ter autoridade para não


permitir o acesso ao interior do espaço confinado;

8.1.1 Em caso de Terceirização
 Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão
suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
 Dimensões, acessos, geometria, riscos, etc.;
 Providenciar ou exigir a capacitação das contratadas;

 Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das


empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta NR
 Contratada possui Responsável Técnico?
Sim → Contratante supervisiona ou fiscaliza
Não → Contratante coordena

 A segurança no trabalho é responsabilidade da CONTRATANTE. É ele quem cria o risco


Quem escolhe mal, arca com as consequências da mal escolha.
Se escolheu ou contratou empresa inidônea responde por NEGLIGÊNCIA na escolha da
contratada, pouco importando as cláusulas contratuais existentes entre ambas.

O contratante deve:
FISCALIZAR o cumprimento das normas por parte da contratada.
Se escolheu bem, mas não fiscalizou o contrato celebrado, falhou em negligência por
ausência de vigilância ou de fiscalização
 Interromper o trabalho em caso de suspeição de condição de riscos grave e iminente,
procedendo ao imediato abandono do local

 Responsável Técnico, Supervisores, Vigias e Trabalhadores Autorizados


devem ter autorização para abandonar o espaço confinado em caso de
suspeição de risco grave e iminente;

 Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso
aos espaços confinados
 Procedimentos, orientações, folhetos, etc.
 Medidas de segurança, emergência, abandono, etc.

8.2 Cabe aos Trabalhadores


 Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
 Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
 Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e
saúde ou de terceiros, que sejam de seu conhecimento;
 Comunicação entre trabalhadores, vigias e supervisores deve ser
contínua;

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 Informações sobre as condições de trabalho no interior do espaço


confinado entre a equipe que sai e a equipe que entra é muito
importante;

 Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos


espaços confinados;
 Não realizar serviços não programados;
 Evitar entradas e saídas desnecessárias do espaço confinado;

São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e contratados

8.2.1 Deveres dos trabalhadores autorizados

O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deve assegurar que todos os
trabalhadores autorizados:

a) Conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante a


entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da
exposição;
b) Usem adequadamente os equipamentos;
c) Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o vigia monitore a
atuação dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espaço
confinado.

Alertas

O trabalhador deve alertar o vigia sempre que:

a) Reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação perigosa


não prevista;
b) Detectar uma condição proibida

Abandono

A saída de um espaço confinado deve ser processada imediatamente se:

a) O vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem abandono;


b) O trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma
situação perigosa;
c) Um alarme de abandono for ativado.

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8.2.3 Deveres dos vigias


São deveres dos vigias:

a) Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a


entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da
exposição.
b) Estar ciente dos riscos de exposição nos trabalhadores autorizados;
c) Manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores autorizados
no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar os
trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que estão
no espaço confinado;
d) Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até que
seja substituído por um outro vigia:
e) Acionar a equipe de resgate quando necessário;
f) Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência;
g) Manter comunicação com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para
alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;
h) Não realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o dever primordial, que é o
de monitorar e proteger os trabalhadores.

Abandono

As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os


trabalhadores permanecerem no interior do espaço. Deve-se ordenar aos trabalhadores o abandono
imediato do espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:

a) Se o vigia detectar uma condição de perigo;


b) Se o vigia detectar uma situação externa ao espaço que possa causar perigo aos
trabalhadores;
c) Se o vigia não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus
deveres.

8.2.4 Os Deveres do Supervisor de Entrada

 Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo


informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição;
 Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permissão
de Entrada e que todos os testes especificados na permissão tenham sido
executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na
permissão estejam no local antes que ocorra o endosso da permissão e
permita que se inicie a entrada;
 Cancelar os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada quando
necessário;

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 Verificar se os Serviços de Emergência e Resgate estão disponíveis e que os


meios para acioná-los estejam operantes;
 Determinar, no caso de troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela
continuidade da operação seja transferida para o próximo vigia.

8.2.5 Serviços de Emergência e Resgate:

Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham


trabalhadores que entrem em espaços confinados para executar os serviços de resgate:

 O empregador, ou seu representante legal deverá assegurar que cada


membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual,
respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e
sejam treinados no uso adequado dos mesmos.
 Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar
as tarefas de resgate designadas.
 Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento
requerido para os Trabalhadores Autorizados.
 Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate
em espaços confinados, ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de
treinamentos simulados nas quais eles removam manequins ou pessoas dos
atuais espaços confinados ou espaços confinados representativos.
 Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da
abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços
confinados dos quais o resgate será executado.
 Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros
básicos e em reanimação cardiopulmonar(RCP). Ao menos um membro do
serviço de resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em
primeiros socorros e em RCP.

Sistemas de Resgate:

Os sistemas de resgate deverão ter os seguintes requerimentos:

Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a


equipe de resgate precise adentrar no mesmo, poderão ser utilizados movimentadores
individuais de pessoas, atendendo os princípios dos primeiros socorros desde que não
prejudiquem a vítima.

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9 AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS

Algumas práticas preventivas são fundamentais para manter as condições iniciais do trabalho:
O isolamento mecânico, que consiste no isolamento físico com retirar válvulas, colocação de
flanges cegos e de raquetes nas entradas e saídas das tubulações do espaço confinado.
O simples fechamento de válvulas, mesmo bloqueando-as na posição fechada muitas vezes
não é suficiente para a segurança na execução do trabalho.
A supervisão deve estar sempre atenta a práticas operacionais, que no desenvolvimento do
trabalho, podem provocar desvios das medidas de segurança estabelecidas, como exemplo podemos
citar: a limpeza de tanques e vasos com solventes, a raspagem ou aquecimento de crostas de óleo,
instalações elétricas não apropriadas, pequenos vazamentos de gás de corte (acetileno, G. L. P.).
Uma análise cuidadosa deve ser feita antes e durante trabalhos desenvolvidos em espaços
confinados. Tomando como exemplo conveniente, em um navio a análise dos riscos tem que ser feita
não só no tanque onde vai ser realizado o trabalho, como também em todos os tanques adjacentes e
tubulações comuns.
As medições da concentração de gases e vapores têm que ser feita por pessoa habilitada,
utilizando instrumentos (explosímetro, oxímetro) aferidos por órgão qualificado. Esta pessoa gera um
documento liberando o espaço confinado para o trabalho, estabelecendo rotinas de medições,
verificações, procedimentos e algumas medidas para garantia da condição de trabalho seguro.
As medições de concentrações dos gases, vapores e pós devem ser feitas imediatamente
antes da liberação do trabalho. Muitas explosões e incêndios ocorreram devido ao tempo decorrido
entre as medições e a realização do trabalho, motivadas pela alteração das condições ocorridas nesse
período.

9.1 Análise dos Riscos

É o procedimento fundamental para reconhecer, avaliar e determinar as barreiras de


segurança para que não haja exposição ao risco, ou seja, o perigo.
Dessa análise é conveniente participar, as pessoas que se envolverão com o serviço, além de
um técnico/engenheiro de segurança.
A profundidade e a extensão dessa análise é em função do tipo de trabalho que será
desenvolvido.

9.2 Barreiras de Segurança

O controle dos riscos está relacionado com três áreas:

Na fonte: impedir a formação ou a dispersão do agente no ambiente de trabalho.


No meio: impedir que o agente atinja os locais de trabalho, em concentração ou em
intensidade perigosa para a exposição humana.
No receptor: impedir que o agente penetre no organismo dos trabalhadores em concentração
ou em intensidade perigosa.

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9.2.1 Controle na fonte

Dentre os métodos de controle na fonte podemos citar: no projeto onde torna-se mais
eficiente e econômico, na substituição/modificação de substâncias por outras de menor toxicidade,
modificação do processo ou operação, isolamento de uma operação ou processo e a utilização do
processo úmido para reduzir a concentração de aerodispersóides sólidos.

9.2.2 Controle no meio

LIMPEZA - a limpeza no local de trabalho é uma medida simples, mas eficiente. É a primeira
medida a ser tomada para o controle dos contaminantes atmosféricos. O procedimento para a sua
remoção deve evitar a dispersão no ar. Aspiradores industriais são muito usados em substituição a
processos manuais.

SISTEMA DE ALARME - consiste na instalação no local de trabalho de medidores diretos de


concentração pré determinada de gases e vapores. Esse sistema pode acionar alarme (visual e/ou
sonoro), interromper processos, ou comandar a operação de sistemas conjugados (ventilação,
redução de pressão e temperatura).

VENTILAÇÃO - pode ser dividida em:

 Ventilação geral diluidora - consiste em movimentar o ar em um ambiente


objetivando reduzir a concentração de gases, vapores e pós. Na desvaporização e
desgaseificação utiliza-se sempre a insuflação, nunca a exaustão pois não é uma
prática segura remover o agente químico conduzindo-o de encontro a uma possível
fonte de ignição.
 Ventilação local exaustora - consiste na captação do agente químico no local onde é
produzido, antes de atingir a zona respiratória do trabalhador, conduzindo-o para o
exterior ou para um sistema de coleta.

9.2.3 Controle no receptor

São as medidas relativas ao pessoal e deve ser adotada quando os métodos de controle
anteriores não são tecnicamente viáveis, ou então não oferecer proteção adequada para o
trabalhador. É também conhecido como controle complementar.

Controle médico - é feito através dos exames médicos exigidos pela norma (N.R.7). Exames
pré-admissionais, periódicos ou demissionais.
Treinamento - é uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os riscos
inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção necessárias para minimizar ou
neutralizar a exposição. O treinamento é indispensável, independente da existência de outros
métodos de controle, ou seja, é uma medida complementar. Tem como principal objetivo dar
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condições para que o trabalhador identifique os riscos, as medidas de prevenção, informar e


desenvolver habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados que garantam a
eficiência das medidas de controle adotodatas.
Limitação do tempo de exposição - para determinadas condições pode ser uma medida
complementar importante. Os limites de tolerância são sempre estabelecidos em função do tempo
de exposição. A rotatividade de trabalhadores em determinadas tarefas é praticada para limitar o
tempo de exposição.
Equipamentos de proteção individual - E. P. I. - estes equipamentos são destinados a
proteger a integridade física do trabalhador, minimizar o risco de lesões mas não interferem nas suas
causas. A identificação da necessidade do uso do E. P. I. caracteriza uma situação de risco para o
empregado. A norma (N. R. 6) estabelece que o uso do E. P. I. está relacionado com a inviabilidade
técnica de medidas de proteção, ou ainda antes da sua implantação, ou para atender as situações de
emergência.

9.3 Medição e avaliação da atmosfera

O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições ambientais com
utilização de equipamento adequado. As medições devem efetuar-se antes e durante a realização
dos trabalhos, se estes forem susceptíveis de produzir variações na atmosfera.
Estas medições devem efetuar-se do exterior. Se não for possível alcançar do exterior a
totalidade do espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias para que a
medição se efetue a partir de uma zona segura

 Deve ser realizado antes da entrada (atividade realizada pelo supervisor)


 Mantido controle permanente durante toda a operação. (Atividade realizada pelo supervisor
podendo o vigia em alguns casos manter o controle, monitoramento e acompanhamento)

NO MONITORAMENTO DEVE VERIFICAR


 Nível de oxigênio
 Inflamabilidade
 Gases Tóxicos (monóxido de carbono, gás sulfídrico)
 Densidade (medir gases abaixo, no meio e acima)

DETECTOR MULTIGAS

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9.4 Bloqueio e Etiquetagem

 Sinaliza e impede a liberação de energias perigosas


 Identifica a pessoa responsável pelo bloqueio

RAQUETEAMENTO

9.5 Inertização

É o processo de remoção física de gases.


 Uso de gás inerte para remoção de
contaminantes.
 Produz uma atmosfera deficiente em
oxigênio (IPVS).
Ex.: Nitrogênio

9.6 Ventilação

A ventilação é uma das medidas preventivas fundamentais para assegurar a inocuidade da


atmosfera interior, quer prévia à realização dos trabalhos, quer para manter uma atmosfera respirável
no decurso dos mesmos.
Geralmente, nos trabalhos em espaços confinados, a ventilação natural é insuficiente sendo
preciso recorrer à ventilação forçada. O caudal de ar a introduzir no interior e a escolha do tipo de
ventilação adequada deve ter em conta as características do espaço, o tipo de contaminante e o
nível de contaminação existente.
Assim, por exemplo, quando tiver de se extrair gases de maior densidade que o ar será
recomendável introduzir o tubo de extração até ao fundo do recinto, possibilitando que a entrada de
ar renovado se faça pela abertura do espaço confinado. Pelo contrário, se tratar de substâncias de
densidade similar ou inferior à do ar será recomendável insuflar ar no fundo do recinto, facilitando a
saída do ar pela parte superior.

 Ventilação Natural X Mecânica


 Ventilação Pressão Positiva X Pressão Negativa (Exaustão)

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 Exaustão Geral X Loca

OXIGÊNIO PURO

ATENÇÃO: É Proibido Utilizar Oxigênio Puro para Ventilar! (Risco de Explosão)

VENTILAÇÃO NATURAL EXAUSTÃO LOCAL


Os circuitos de ventilação (entrada de ar e
extração) devem ser cuidadosamente
estudados para que a renovação do ar se
faça de forma adequada.

VENTILAÇÃO PRESSÃO POSITIVA EXAUSTÃO GERAL

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9.7 Vigilância constante do exterior

É necessário que do exterior exista um controlo total destas operações, especialmente um


controlo da atmosfera interior, de forma a assegurar, caso se torne necessário, o resgate, em
segurança, do operador.
O colaborador que permanecer no exterior (vigia) deve manter contato visual contínuo, ou por
outro meio de comunicação eficaz, com o operador que intervém no espaço confinado.
O colaborador que está no exterior é responsável por atuar em caso de emergência. O
operador que está no interior deve estar equipado com cinto de segurança com arnês, ligado a um
tripé com guincho no exterior para que, em caso de acidente, possa ser resgatado o mais rápido
possível.
Devem também estar disponíveis equipamentos de proteção respiratória para utilização em
emergências.

9.8 Formação

Atendendo ao número de acidentes que se verificam em espaços confinados e ao


desconhecimento do risco, é fundamental que os operadores tenham formação adequada sobre as
características destes espaços e a gravidade dos riscos existentes.
Para trabalhos deste tipo devem ser selecionadas pessoas com menos de 50 anos, que não
sejam claustrofóbicas, que tenham forte sentido de responsabilidade e que apresentem boas
condições físicas e psíquicas entre outros aspectos.

9.9 Acompanhamento

A presença de uma ou mais pessoas fora do espaço confinado para intervenção em


emergência (resgate, socorro, etc.) é de fundamental importância. Elas devem estar municiadas de
todo material necessário para uma atuação emergência (respiradores autônomos, maca, oxigênio,
etc.). Nos trabalhos em espaço confinado recomenda-se duas ou mais pessoas para realização de
qualquer atividade.

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10 MONITORAMENTO DOS RISCOS RESPIRATÓRIOS


Segundo o parágrafo 9.3.7 da Norma Regulamentadora 09, do Ministério do Trabalho e
Emprego, “para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve
ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à
introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário”.
É possível determinar o nível de exposição ao risco respiratório a que o usuário de respirador
está submetido pelo uso de instrumentos que medem a concentração dos contaminantes na zona
respiratória, ou do oxigênio no ar. Para conhecer o risco potencial ou efetivo a que estará exposto o
usuário do respirador, devem ser coletadas amostras e feitas análises convenientes, ou cálculos
apropriados para determinar a concentração média ponderada no tempo e, quando cabível, a
concentração de curta exposição. A concentração de uma substância no ar pode ser influenciada por
mudanças nas operações do processo, alterações da velocidade e direção do vento, mudanças da
temperatura ambiente entre o dia e a noite, e pela estação do ano.
Para que a determinação da concentração do contaminante no local de trabalho seja exata, é
essencial que o volume de ar amostrado contenha quantidade suficiente da substância responsável
pelo risco. O volume de ar a ser coletado, ou a duração da amostragem, depende dos seguintes
fatores:

 Concentração estimada da substância no ar;


 Sensibilidade do instrumento e procedimentos de amostragem;
 Valores estabelecidos para a concentração média ponderada no tempo e limite de
exposição para curta duração.

Embora se reconheçam as dificuldades para medir ou calcular a concentração da substância


tóxica no ambiente numa emergência, deve-se colocar todo empenho para estimá-la.
É recomendável o uso do monitoramento contínuo com alarme, a fim de alertar o usuário de
respiradores em caso do aparecimento súbito de alta concentração da substância tóxica.

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11 DETECTORES DE GASES

Como já vimos o controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições
ambientais com utilização de equipamento adequado.
As medições devem efetuar-se antes e durante a realização dos trabalhos, se estes forem
susceptíveis de produzir variações na atmosfera.
Para fazer as medições dessa atmosfera deve ser utilizado um detector de gás multi-sensor,
que pode ser configurado para satisfazer uma ampla variedade de necessidades encontradas em
trabalhos em espaços confinados.
Hoje muitos dos detectores de gases monitoram e exibem simultaneamente cinco riscos
atmosféricos. Sendo adaptáveis a uma variedade de aplicações, tendo uma seleção abrangente de
opções de campo selecionáveis pelo usuário.
Porém as funções e configurações de cada detector dependerá do modelo e fabricante, por
isso é recomendável fazer a leitura do manual do equipamento antes que utilizá-lo.

11.1 Métodos de Amostragem

Alguns dos detectores de gases podem ser usados em modo de difusão ou de extração de
amostra. Em qualquer dos modos a amostra de gás precisa atingir os sensores para que o
instrumento registre uma leitura de gás.
Os sensores podem estar localizados na parte inferior ou superior do instrumento
dependendo do modelo, tento geralmente três portas de sensor distintas que permitem que o ar
atinja os sensores individuais. Para isso é importante que essas portas sejam mantidas sem
obstrução, pois portas de sensor bloqueadas podem causar leituras imprecisas e potencialmente
perigosas.

11.1.2 Modo de Difusão


No modo de difusão a atmosfera que será medida alcançará os sensores por meio de difusão
através dos respiradouros localizados no instrumento. Os movimentos normais do ar são suficientes
para transportar a amostra até os sensores. Os sensores reagem rapidamente a alterações nas
concentrações dos gases que estão sendo medidos. A operação no estilo de difusão monitora
somente a atmosfera que circunda o detector em sua proximidade imediata.

11.2.3 Modo de Extração de Amostra

Alguns modelos que fazem a extração de amostra são usados para amostras de locais
remotos com o kit de extração de amostra com aspiração manual ou com a bomba de extração de
amostra motorizada, contínua.
Durante a amostragem remota, a amostra de gás é coletada para o compartimento do sensor
através do conjunto da sonda e/ou de um tubo. As operações de amostragem remota monitoram
somente a atmosfera localizada na extremidade da sonda de coleta de amostra.

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11.2 Capacidade

Como já comentado há vários modelos de detectores de gases, sendo necessário o


supervisor verificar os tipos de riscos atmosféricos no espaço confinado, por esse motivo há no
mercado detectores que podem ser configurados para monitorar simultaneamente vários gases como
oxigênio, monóxido de carbono, sulfeto de hidrogênio e gases combustíveis e vapores.
É necessário verificar a precisão do detector através de calibragem com gás de concentração
conhecida, sempre que seja feita uma alteração nos sensores instalados no instrumento.
Alguns modelos utilizam sensores de gás tóxicos eletroquímicos projetados para minimizar os
efeitos da interferência de gases comuns. Esses sensores fornecem leituras precisas, confiáveis,
para os gases tóxicos comumente encontrados em aplicações industriais com entrada em espaço
confinado e outras.

Diferentes unidades de medida são usadas, dependendo do gás que está sendo medido.

Obs.: lembramos que as unidades de medida podem variar dependendo do modelo e


fabricante do equipamento.

11.3 Alarme

Os alarmes de gás geralmente podem ser regulados com Software em um PC fornecido pelo
fabricante ou diretamente no aparelho, dependendo do modelo. Há modelos que podem ser
regulados em ambos os casos.
Os alarmes podem ser regulados para qualquer ponto dentro da faixa nominal do tipo de
sensor específico. Quando um ponto de regulagem do alarme é excedido, um alarme audível soa
alto e as luzes de alarme se acendem.

11.3.1 Alarmes de risco atmosférico


Os detectores de gás portáteis foram projetados para a detecção de deficiências de oxigênio,
acumulações de gases e vapores inflamáveis e acumulações de gases tóxicos específicos. Uma
condição de alarme que indique a presença de um ou mais desses riscos potenciais de ameaça à
vida deve ser encarada com muita seriedade.
Ocorrendo uma condição de alarme, é importante seguir os procedimentos estabelecidos. O
curso de ação mais seguro é abandonar imediatamente a área afetada e retornar somente após
testes adicionais determinarem que a área esteja novamente segura para ocupação. O não
abandono imediato da área pode resultar em dano físico sério ou morte.
Uma leitura subindo rapidamente seguida de uma leitura decrescente ou oscilante pode
indicar uma concentração de gás combustível perigosa, que exceda a faixa de detecção de zero a
100 por cento LEL.

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O alarme de gás combustível é ativado quando a concentração do gás em percentagem do


LEL (Limite Explosivo Inferior) excede um nível de alarme pré- regulado.
A maioria dos detectores possuem dois pontos de regulagem para oxigênio já previstos: um
alarme de perigo para baixas concentrações associadas com deficiência de oxigênio e um alarme de
alerta para concentrações altas associadas com enriquecimento do oxigênio. Porém o Supervisor
deve ficar atento e ler o manual do equipamento para verificar se ele possui os pontos regulados
para oxigênio e qual sua medida.

11.3.2 Alarmes de Bateria Baixa


Hoje em dia os detectores podem ser equipados com cartuchos de baterias recarregáveis de
Lítio Íon (Li-Ion) ou alcalinas.
O Alarmes são ativados sempre que a tensão da bateria estiver baixa demais para permitir
operação segura do instrumento.
Quando a tensão da bateria atinge o nível mais baixo de bateria automaticamente entra em
alarme, iniciando a sequência de fechamento e se desliga.

11.4 Outras Funcionalidades

Para um melhor entendimento e saber todas as funcionalidades do seu detector é


imprescindível a leitura de todo o manual, visto que cada equipamento possui sua peculiaridade.
Alguns oferecem alerta automático em caso de falhas de respostas de sensor de LEL devidas
à falta de oxigênio. Podendo incluir uma função de apito de segurança, que é projetada para
comunicar ao usuário que o instrumento está suficientemente energizado e funcionando.
É importante que os detectores incluam vários alarmes adicionais projetados para assegurar
a operação correta do instrumento. Quando detecta a ocorrência de um defeito eletrônico ou de uma
condição de falha, os alarmes audíveis e visíveis são ativados e uma mensagem explanatória ou
código de mensagem são exibidos.
Todo detector é projetado para detectar condições atmosféricas que potencialmente
ameaçam a vida.
Qualquer condição de alarme deve ser levada a sério. Lembramos que o curso de ação mais
seguro é conscientizar os trabalhadores a abandonar imediatamente a área afetada e retornar
somente após testes adicionais que irão determinar que a área está novamente segura para
ocupação, ou esteja utilizando os equipamentos de proteção adequados aos riscos.

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12 EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O usuário só deve utilizar Equipamentos de Proteção Individual ( EPIs) aprovados pelo


Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e especificados no Certificado de Aprovação (CA).
A utilização de um sistema de segurança constituído de componentes diferentes dos
especificados no CA, pode ocasionar graves acidentes, com inteira responsabilidade do empregador
e/ou usuário.
Visando inibir a utilização de sistemas de proteção diferentes dos especificados no Certificado
de Aprovação (CA), o MTE aplica multa de até 6000 UFIRs por trabalhador, para essa infração.

Conforme a NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso


individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho
e Emprego.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
 Para atender situações de emergência.
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12.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;


Exigir o seu uso;
Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação
 Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
 Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade
observada.
 Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico
Conforme o Art. 157 da CLT

Cabe às empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem
tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

12.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado:

 Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;


 Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Conforme o Art. 158 da CLT

Cabe aos empregados:

I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço


expedidas pelo empregador.

II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

12.3 Equipamentos

Segundo a NBR14787 deverão estar disponíveis os seguintes equipamentos, sem custo aos
trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta

a) Equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera, calibrado e testado


antes do uso, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas. Os equipamentos
que forem utilizados no interior dos espaços confinados com risco de explosão deverão ser
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intrinsecamente seguros (ex. I) e protegidos contra interferência eletromagnética e


radiofrequência, assim como os equipamentos posicionados na parte externa dos espaços
confinados que possam estar em áreas classificadas;
b) Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, através
de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do
espaço confinado com risco de explosão deverão ser adequados para trabalho em atmosfera
potencialmente explosivas, assim como os ventiladores posicionados na parte externa dos
espaços confinados que possam estar em áreas potencialmente explosivas;
c) Equipamento de comunicação, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas;
d) Equipamentos de proteção individual e movimentadores de pessoas adequados ao uso em
áreas potencialmente explosivas;
e) Equipamentos para atendimento pré-hospitalar;
f) Equipamento de iluminação, adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas.

12.4 Exemplos de EPIs

12.4.1 Proteção dos Olhos e Face

Óculos de segurança

Equipamento destinado à proteção contra elementos que


venham a prejudicar a visão. Proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.
A higienização dos óculos é lavar com água e sabão neutro e
secar com papel absorvente. (O papel não poderá ser friccionado na
lente para não riscá-la.)

12.4.2 Proteção da Cabeça

Capacetes de proteção

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Utilizado para proteção da cabeça do trabalhador contra agentes metereológicos (trabalho a


céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos,
queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde


haja risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras
provocadas por abertura de arco voltaico.

Higienização dos Capacetes

 Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e detergente ou


sabão neutro;

 O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando
assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria a rigidez
dielétrica do mesmo;

 Secar a sombra.

Obs.: a limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de segurança.

12.4.3 Proteção Auditiva

Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos prejudiciais à audição.

Tipo concha

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro, exceto
as espumas internas das conchas.

Protetor auditivo tipo inserção (plug)

Também é utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e


nos locais que apresentem ruídos excessivos, porem possui uma baixa
durabilidade.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro,
exceto as espumas internas das conchas.

Há no mercado, protetores auditivos descartáveis feitos de espuma, geralmente não utilizados


por visitantes ou pessoas que raramente necessita de seu uso.
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12.4.4 Proteção dos Membros Superiores


Luva isolante de borracha

Utilizada para proteção das mãos e braços do profissional contra choque em trabalhos e
atividades com circuitos elétricos energizados.
Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro, enxaguar com água, secar
ao ar livre e a sombra e polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.

Luva de cobertura

Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de


borracha. As luvas de cobertura devem ser utilizadas por cima das luvas
isolantes.
Para higienização deve-se, limpar utilizando pano limpo,
umedecido em água e secar a sombra.

Luva de proteção em raspa e vaqueta

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra


agentes abrasivos e escoriantes.

Para higienização deve-se, impar com pano limpo e umedecido


em água, secando a sombra

Luva de proteção em borracha nitrílica

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado


contra agentes químicos e biológicos.

Para higienização deve-se, lavar com água e sabão neutro.

Luva De Proteção Em PVC (Hexanol)

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado


contra recipientes contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Para higienização deve-se, lavar com água.


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12.4.5 Proteção dos Membros Inferiores

Calçado de proteção tipo botina de couro

Equipamento utilizado para minimizar as consequências de contatos com partes energizadas,


as botinas são selecionadas conforme o nível de tensão de isolação e aplicabilidade (trabalhos em
linhas energizadas ou não). Esse tipo de botina não pode ter biqueira de aço, para evitar transtornos
com a eletricidade.

Os calçados protegem os pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Calçado de proteção tipo bota de couro (cano médio)

Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

Para higienização e conservação deve-se, armazenar em local limpo, livre de poeira e


umidade, se molhado, secar a sombra e engraxar com pasta adequada para a conservação de
couros

Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

Utilizado para minimizar as consequências dos pés e pernas contra torção, escoriações,
derrapagens e umidade, o calçado cano longo protege contra ataque de animais peçonhentos.

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Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção deve-se, armazenar
em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a sombra e engraxar com pasta
adequada para a conservação de couros.

12.4.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível

Cinturão de segurança tipo paraquedista

Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo obrigatória sua utilização
em trabalhos acima de 2 metros de altura
Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou
flexível fixados em estruturas a serem escaladas.

12.4.7 Vestimentas de Segurança


As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades;

Vestimenta de proteção anti-chama

Utilizada para proteção dos trabalhadores contra queimaduras.

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 Para trabalhos externos as vestimentas deverão possuir elementos refletivos e cores


adequadas;
 Na ocorrência de abelhas, marimbondos, etc., em estruturas deverão ser utilizados
vestimenta adequada à remoção de insetos. E liberação da área para serviço.

12.4.8 Sinalização
Colete de sinalização refletivo

Utilizado para sinalização do empregado facilitando a visualização de sua presença em


espaços com pouca iluminação ou quando realizar trabalhos nas vias públicas.
Para higienização deve-se, quando sujo de barro limpar com pano umedecido com água e
detergente neutro e quando sujo de graxa limpar com pano umedecido com álcool.

12.4.9 Proteção Respiratória


Destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeiras.
Porém deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal
necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção
Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores).

Um espaço confinado, dependendo das características que vimos, não permite que nele se
penetre com respiradores purificadores de ar. Nesta classe se incluem as máscaras descartáveis, as
peças semifaciais filtrantes e as faciais inteiras que utilizem filtros químicos ou mecânicos. Pois os
carvões ativados dos cartuchos poderão reter uma certa quantidade de gases e vapores, mas se as
concentrações foram muito grandes, logo se saturariam, representando sério risco aos

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trabalhadores. Além disso, a falta de oxigênio não seria resolvida pelo uso desses cartuchos. O
mesmo pode ser dito com relação a poeiras no ambiente.
O equipamento de proteção respiratória nessas áreas IPVS pode ser o equipamento com
linha de ar, dotado de peça facial e cilindro auxiliar de ar comprimido para abandono da área. O ar
respirador pelo trabalhador é o da linha de ar. No abandono desse ambiente, desconectando-se a
mangueira de ar comprimido, abre-se a válvula do cilindro de abandono. Nessa situação, o usuário
tem de 10 a 20 minutos de autonomia, dependendo do aparelho, para atingir área segura.
Um respirador autônomo de ar comprimido, de pressão positiva, com cilindro de ar de
diversos tamanhos, também é um equipamento seguro para penetração e permanência em espaços
confinados. É preciso atentar para a autonomia que o aparelho pode oferecer e observar os
dispositivos de alarme que ele contém.

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13 FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

13.1 Guinchos para Pessoas e Materiais

São equipamentos destinados à movimentação vertical do trabalhador em serviços


constantes ou no resgate em espaço confinado.
Os guinchos para pessoas devem obedecer a todos os requisitos da NBR 14.751 ABNT, com
desempenho comprovado e possuir três travas de segurança, suplantando a exigência de duas
travas do Ministério do Trabalho (NR 18.15.51).
Em geral os guinchos são de fácil e seguro funcionamento: com simples rotação da manivela
movimenta-se com mínimo esforço, até 120 kg (pessoa mais material de trabalho).
Para subir: gira-se num sentido.
Para descer: gira-se ao contrário.
Para parar: basta tirar a mão da manivela.
Quando a manopla da manivela é dobrável facilita o transporte. Podem ser fixados, sem uso
de ferramentas, nos tripés e monopés.
Cada guincho possui uma capacidade de armazenamento de cabo ou corda, dependendo do
modelo e fabricante.

Importante:

Os guinchos devem sempre ser usados em conjunto com trava-quedas.

13.1.1 Instruções de Uso dos Guinchos

Antes de cada uso, inspecionar:

1 - Os guinchos não devem ter peças gastas, quebradas, trincadas ou aparência duvidosa.

2 - Os componentes devem ser inspecionados como:

 Trava-queda guiado
 Cinturão de segurança
 Inspeção de Sistema de Proteção Contra Quedas

13.1.2 Instruções para Manutenção dos Guinchos

1. Armazenar os guinchos limpos e abrigados das intempéries, em lugar seco.


2. Os guinchos devem ser revisados anualmente conforme exigência da norma NBR
14.751.
3. Manter os eixos lubrificados, através dos três furos, com óleo tipo máquina de costura.
(dependendo de cada modelo)

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13.2 Trava-quedas Guiados

São normalmente feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de segurança. Resistem ao
contato com os produtos corrosivos, que normalmente são usados em serviços de limpeza. Efetuam
travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando, consequentemente, a
eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem aprovados pelo Ministério do Trabalho
possuindo o numero de CA.
O dispositivo trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos
para funcionar.
A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento trava-se imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado
imediatamente em qualquer ponto do cabo.
O trava-queda guiado é indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer
comprimento.

13.2.1 Uso Dos Trava-Quedas


Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de
nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista.
Só deve ser usado trava-queda com cinturão e extensor especificados no CA (NR 6.6.1c). A
não obediência destas exigências acarreta em multa de até 6.000 UFIR's (mais de seis mil reais) por
trabalhador (infração código 206.007-8, nível 3).

O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente em ponto que
resista a, no mínimo, 15 kN.
Os trava-quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados
somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois
mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.
Nota: nunca aumentar o comprimento da ligação entre o aparelho e o cinturão; no máximo
usar seis elos de corrente.

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13.2.2 Colocação dos trava-quedas

a) Retirar o mosquetão e mover as alavancas para cima;


b) Girar o aparelho na horizontal e introduzir o cabo na sua abertura intermediária:
c) Recolocar o aparelho na vertical; o cabo se ajustará normalmente;
d) Verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima), recolocar o
mosquetão e apertar a porca de sua segurança.

Antes de usar o aparelho faça o teste inicial de funcionamento que segue da seguinte forma:

a) Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque
alguns centímetros para cima;
b) Só use o aparelho após constatar que o mesmo trava-se imediatamente no cabo
vertical após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.

Não se esqueça: o trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas
(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão paraquedista.

13.2.3 Inspeção dos Trava-Quedas Guiados


Antes de cada uso, inspecionar:

 Os trava-quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência
duvidosa.

Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.

 Os trava-quedas, sem o mosquetão, devem apresentar perfeita mobilidade das


alavancas, isto é, movendo-se as alavancas para cima, elas devem retornar
totalmente e rapidamente à sua posição original.

Nota: havendo problema de mobilidade, verificar orientação em Manutenção.


Não esqueça de fazer a inspeção no cabo de aço, corda e cinturão.

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13.3 Cinturão Paraquedista

O cinturão tipo paraquedista é um importante equipamento de segurança para o trabalhador.


Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinturão tipo paraquedista,
com ligação obrigatoriamente frontal ou dorsal dependendo da atividade.
Produzido em poliéster, possibilita ancoragem no peito e nas costas.
Tamanho único, porem em sua maioria possuem 5 ajustes das fitas primárias e fita
secundária para fechamento peitoral. Oferece total conforto, inclusive no agachamento, sem o
necessário reajuste dos cinturões com apenas duas fivelas.
Há modelos que possuem argolas nos ombros para trabalho e/ou resgate em espaço
confinado com o Suporte de Ombros.

13.3.1 Forma de Vestir o Cinturão:


1. Pegue o cinturão pela argola dorsal (A).
2. Passe os pés nos porta-coxas (B) já afivelados.
3. Coloque os suspensórios (C), um a um, pelos braços.
4. Ajuste e trave a fivela da cintura(D).
5. Ajuste e trave as fivelas dos suspensórios (E).
6. Ajuste e trave as fivelas dos porta-coxas (F).
7. Ajuste e trave a fivela secundária frontal (G).

13.3.2 Ajuste e Travamento das Fivelas:


1. Passe a ponta da fita pela peça maior e, em seguida pela menor.
2. Retorne a ponta da fita passando pela peça maior e faça o ajuste necessário.
3. Puxe a ponta da fita até a união das duas peças, completando o travamento da fivela.

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13.3.3 Inspeção do Cinturão


Antes de cada uso, o usuário deve certificar-se de que:

1) Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes
queimadas, desfiamentos, mesmo que parciais.
2) Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.
3) Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados.
4) Não há suspeita de contaminação por produtos químicos.

Importante: o cinturão deve ser aposentado quando houver constatação de qualquer


problema na inspeção.

13.3.4 Manutenção do Cinturão:


O cinturão de segurança deve ser usado por um único trabalhador que é responsável pelos
seguintes cuidados:

 Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
 Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
 Aposentá-lo: os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em
contato com o ar, mesmo sem serem utilizados.

Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de
uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.

13.4 Cabo de Aço

13.4.1 Uso do Cabo de Aço

Os cabos de aço utilizados nas cadeiras suspensas, guinchos e trava-quedas, são de


construção 6x19, galvanizados ou inoxidáveis. São 6 pernas com 19 arames cada, torcidas em torno
de uma alma que pode ser de fibra ou aço.

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13.4.1.1 Medição do diâmetro: o diâmetro do cabo de aço é aquele da sua circunferência


máxima.

13.4.1.2 Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado
corretamente, a fim de não ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de
nós fechados. Se o cabo for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem
girar o rolo ou o carretel, o cabo ficará torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo
já estará estragado e precisará ser substituído ou cortado no local.

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Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá


render serviço máximo, conforme a capacidade garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-
se perigoso, podendo causar graves acidentes.

13.4.1.3 Superlaço: os cabos de aço devem ser fornecidos com olhal tipo superlaço, de
máxima segurança, inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A
construção deste superlaço é detalhado nas figuras abaixo.

Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior
à carga de trabalho do cabo (posição 5).

13.4.2 Inspeção:
Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes
problemas:

1. Formação de nó fechado, em decorrência de manuseio incorreto.


2. Número de arames rompidos:
 Cabo de aço com 4,8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 3 cm
de comprimento e substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em
uma única perna, tiver 3 arames rompidos.
 Cabo de aço com 8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 5 cm de
comprimento e substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em uma
única perna, tiver 3 arames rompidos.
3. Corrosão: quando se verificar a incidência de corrosão na galvanização.

Atenção:

1) Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas
localizados, ele pode ser cortado e usado.
2) Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado
grave, o cabo deve ser substituído, mesmo que o número admissível de arames
rompidos não tenha atingido o limite encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter
nenhum arame rompido.
A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos
mesmos.

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13.4.3 Manutenção:
1) Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.
2) Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção
estrutural.
3) Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos
de aço galvanizados (fig. abaixo), conforme tabela abaixo:
 Para cabo de aço com diâmetro de 4,8 mm, usa-se 3 grampos de 3/16” com
espaçamento entre si de 29 mm.
 Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm, usa-se 3 grampos de 5/16” com
espaçamento entre si de 48 mm.
Os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de
aço.

Alguns modelos de cabos de aço não podem ser lubrificados, para evitar escorregamento dos
aparelhos. (da cadeira suspensa)

13.5 Cordas de Segurança

13.5.1 Uso das Cordas de Segurança


As cordas utilizadas para sustentação da cadeira suspensa, trava-queda e cinturão de
segurança deverão obedecer as seguintes especificações do Ministério do Trabalho e Emprego:

a) Deve ser constituído de trançado triplo e alma central.


b) Trançado externo em multifilamento de poliamida.
c) Trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em multifilamento de
polipropileno ou poliamida com o mínimo de 50% de identificação, não podendo
ultrapassar a 10% da densidade linear.

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d) Trançado interno em multifilamento de poliamida.


e) Alma central torcida em multifilamento de poliamida.
f) Construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.
g) Número de referência: 12 (diâmetro nominal em mm).
h) Densidade linear 95 + 5 KTEX ( igual a 95 + 5 g/m).
i) Carga de ruptura mínima de 20 kN.
j) Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15 kN.

Importante: uso de corda diferente da acima especificada é de responsabilidade do


supervisor, podendo provocar graves acidentes.

13.5.2 Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.

 Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem
cortes, fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e
sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura.

 Inspeção interna: palpando-a em todo o comprimento, a corda não deve apresentar


caroço, inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna), movimentação
ou folga entre capa e alma.

Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo
problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.

13.5.3 Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas devemos
tomar os seguintes cuidados:

1) Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos afiados e


piso das obras.
Jamais pisá-la com sapatos sujos: partículas de areia, terra e pó penetram nas
fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
Recomenda-se armazenar a corda em carretel para fácil manuseio, sem torção
estrutural.

2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas
macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
4) Aposentá-la: nossas cordas são fabricadas em poliamida, produto que envelhece
naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem usadas.
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Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após
um ano de uso.

13.6 Trava-Queda Resgatador

O trava-queda resgatador é especialmente indicado para trabalho em espaço confinado.


Possui manivela de resgate que só deve ser usada na emergência, visto que o equipamento não é
projetado para movimentação constante de pessoa ou peso. Em condições normais de trabalho a
manivela de resgate é mantida desativada e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer trava-
queda retrátil.
O trava-queda resgatador usa cabo de aço galvanizado ou inoxidável (opcional) com 4,8 mm
de diâmetro, comprimento de até 20m, revestimento sintético (opcional) para uso em atmosfera
potencialmente explosiva.

13.6.1 Uso do Trava-Queda

1) Só deve ser usado com o cinturão de segurança especificado no CA:


2) O trava-queda retrátil deve ser fixado em um ponto com resistência igual ou superior a
1500 kg (NBR 14628).
3) A carga máxima de trabalho dos trava-quedas retráteis (peso do trabalhador) é de 100
kg (NBR 14628).
4) Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, faça o teste inicial de bom
funcionamento: só use o aparelho após constatar:
a) Imediato travamento do cabo após ser puxado com força para fora.
b) Retorno integral do cabo retrátil após deixar de ser puxado.

5) O cabo retrátil deve ser conectado à argola dorsal (costas) do cinturão paraquedista
ou ao suporte de ombros, e durante o uso é necessário que fique esticado pela
ação da mola retrátil.
6) Após o uso, nunca deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo cuidado
que se exige com trenas de medição).

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7) Cabo de aço inox: para atender especificações de indústrias farmacêuticas,


alimentícias, ou atividades marítimas, os trava-quedas podem ser fornecidos com
cabo e sapatilha em aço inox.
8) Cabo de aço com revestimento sintético: para trabalho em locais com atmosfera
potencialmente explosiva, os trava-quedas podem ser fornecidos com cabo de aço
revestido.
9) Retificação do cabo de aço: durante o uso do cabo de aço retrátil, podem ocorrer
pequenas deformações que podem ser eliminadas com sua retificação manual.
Alertamos que pequenas deformações impedem a necessária retração total do cabo e
se não forem eliminadas, tornam-se permanentes e obrigam a sua substituição.

13.6.2 Inspeção do Trava-Queda Resgatador

Os trava-quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados antes de cada uso,


fazendo-se o teste de bom funcionamento.

Importante: não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o
pino de segurança do destorcedor do aparelho, este deverá ser enviado para revisão.

O cabo de aço retrátil deve ser inspecionado conforme vimos no item 13.4.

O cinturão paraquedista deve ser inspecionado conforme item 13.3 e inutilizado após reter
uma queda (NBR 11370).

13.6.3 Manutenção do Trava-Queda Resgatador

O trava-queda retrátil deve ser revisado junto ao fabricante nas seguintes condições:

1) Reprovação no teste inicial de bom funcionamento.


2) Pino de segurança ou destorcedor rompido ou danificado (indica que o aparelho já
reteve uma queda e de acordo com a NBR 14628 necessita de revisão).
3) Cabo retrátil frouxo devido às suas deformações permanentes, fios partidos e/ou mola
interna retrátil desregulada.
4) Inspeção anual obrigatória, conforme a NBR 14628, já vencida.

Nota: Os aparelhos a serem enviados para revisão não devem ser abertos (risco de
ferimento).

13.7 Espaço Confinado Com Escada


O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados com
escadas, equipamentos adequados que garantam em qualquer situação, conforto e segurança do
trabalhador nas três operações fundamentais:

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a) Fácil movimentação em escadas que obedeçam as exigências do item


18.12.5 da NR 18 do MTE.
b) Proteção contra queda por meio de dispositivo trava-queda conforme
exigência do Anexo I da NR 6 do MTE.
c) Rápido e fácil resgate por um só vigia, por meio de um guincho,
conforme exigência do item 33.4 da NR 33 do MTE

13.7.1 Critérios para Escolher Equipamentos com Cabo de Aço ou Corda

Para escolha adequada, devem ser considerados os seguintes aspectos:

a) Para segurança contra perigo de faísca em espaço confinado com


atmosfera potencialmente explosiva é comum usar equipamentos com corda sintética
ou cabo de aço com revestimento sintético;
b) Em serviços envolvendo solda, máquina de corte ou produtos ácidos,
costuma-se usar cabo de aço;
c) Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar
corda devido à sua baixa condutividade elétrica;
d) Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias, é normal usar cabo de aço
inoxidável;
e) Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas
cortantes de concreto ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de
aço com 8 mm de diâmetro, carga de ruptura de 3480 kg.

Em espaço confinado com escada existem duas alternativas de trabalho:

1) Usar um só aparelho denominado trava-queda resgatador.


2) Usar um guincho para pessoas em conjunto com um trava-queda guiado.

Trava queda Resgatador

O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo
retrátil nunca fica frouxo, devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou
desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda do profissional
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou
no piso do espaço confinado, bastará o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate.
Guincho para Pessoas em Conjunto com um Trava-Queda Guiado

O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de
aço do trava-queda ou corda do trava-queda é preso no tripé, mantido esticado por um pequeno
peso. Havendo movimento brusco ou desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se
imediatamente e evita a queda da pessoa
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou
no piso do espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de
içamento.

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13.8 Espaço Confinado Sem Escada

Não havendo escada, a movimentação vertical, geralmente, é feita por cadeira suspensa e
em alguns casos por suporte de ombros.
O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados sem
escadas, equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança ao
trabalhador nas três operações fundamentais descritas no item anterior.
Na hora de escolher o equipamento com cabo de aço ou corda siga dos critérios de escolhas
igualmente descritos nos trabalhos com escada.

13.8.1 Suporte de Ombros

O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas
dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho às argolas dos
ombros do cinturão paraquedista. Resiste à carga deve ser verificada com o fabricante.

13.8.2 Cadeira Suspensa

O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que
o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse o peso estipulado pelo fabricante. O uso da
cadeira suspensa oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo
do espaço confinado.
As cadeiras suspensas devem obedecer às exigências do MTE (NR 18 - item cadeira
suspensa) e da norma NBR 14.751 da ABNT e também da NR-35 Trabalho em Altura.
Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do
trabalhador para manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço
confinado. Nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local
(manivelas).

13.8.3 Guinchos

Os guinchos para pessoas devem obedecer a todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT,
com desempenho comprovado. Devendo possuir três travas de segurança, de acordo com a
exigência de duas travas do Ministério do Trabalho.
Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, bastará o vigia liberar o cabo
em quantidade suficiente. Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo.

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14 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


O PPR – Programa de Proteção Respiratória é um conjunto de medidas práticas e
administrativas através das quais se pretende proteger a saúde do trabalhador pela seleção
adequada e uso correto dos respiradores.
O objetivo do uso de equipamento de proteção respiratória é a proteção contra a inalação de
contaminantes nocivos do ar e contra a inalação de ar com deficiência de oxigênio na atmosfera do
ambiente de trabalho.
Em um bom programa de proteção respiratória, é essencial a avaliação correta do perigo.
Isso requer que se conheça o processo, as matérias primas empregadas, os produtos finais,
derivados e outros.
Com esse conhecimento deve-se recolher uma quantidade suficiente de amostras
apropriadas, que mostrem, durante todas as condições de operação, atmosferas que por seu
conteúdo de oxigênio e níveis de concentração, sejam suficientemente conhecidas para avaliar a que
exposição uma pessoa estará exposta durante o trabalho.
Iremos aprender nesta unidade as recomendações e requisitos mínimos para a elaboração,
execução e administração de um programa sobre seleção e utilização corretas dos equipamentos de
proteção respiratória.

14.1 Objetivo

Manter o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos
funcionários envolvidos em ambientes contendo elementos que provoquem danos às vias aéreas
(pulmão, traqueia, fossas nasais, faringe).
Utilizam-se protetores quando ocorrem emergências, quando medidas de controle coletivo
não são viáveis, ou enquanto não estão sendo implantadas ou estão em fase de implantação.

14.2 Requisitos de um Programa de Proteção Respiratória

14.2.1 Práticas Permitidas

No controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com, por
exemplo, poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a
contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de
controle de engenharia (enclausuramento, ventilação, ou substituição de substâncias por outras
menos tóxicas). Quando as medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão sendo
implantadas ou avaliadas, ou em situações de emergência, devem ser usados respiradores
apropriados em conformidade com os requisitos que serão apresentados.

14.2.2 Responsabilidade do Empregador

 Criar uma equipe de elaboração, providenciar recursos, definir, implementar e documentar


o PPR;

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 Fornecer o respirador, quando necessário, para proteger a saúde do trabalhador.


 Fornecer o respirador conveniente e apropriado para o fim desejado.
 Ser responsável pelo estabelecimento e manutenção de um programa de uso de
respiradores para proteção respiratória.
 Permitir ao empregado, que usa o respirador, deixar a área de risco por qualquer motivo
relacionado com o seu uso. Essas razões podem incluir, mas não se limitam as seguintes:
a) Falha do respirador que altere a proteção proporcionada pelo mesmo;
b) Mau funcionamento do respirador;
c) Detecção de penetração de ar contaminado dentro do respirador;
d) Aumento da resistência à respiração;
e) Grande desconforto devido ao uso do respirador;
f) Mal-estar sentido pelo usuário do respirador, tais como: náusea, fraqueza,
tosse, espirro, dificuldade para respirar, calafrio, tontura, vômito, febre;
g) Lavar o rosto e a peça facial do respirador, sempre que necessário, para
diminuir a irritação da pele;
h) Trocar o filtro ou outros componentes, sempre que necessário;
i) Descanso periódico em área não contaminada.
 Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar providências para saná-la.
Se o defeito for de fabricação, o empregador deverá comunicá-lo ao fabricante e a SSST (Secretaria
de Segurança e Saúde no Trabalho).
 Fornecer somente equipamentos aprovados, isto é, com Certificado de Aprovação emitido
pelo MTPS.

14.2.3 Responsabilidades do Empregado

 Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e treinamento recebidos.


 No caso de uso do respirador com vedação facial, não apresentar pelos faciais que
interfiram na selagem do respirador em seu rosto;
 Guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo conveniente para que não se
danifique ou deforme.
 Se observar que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar imediatamente a
área contaminada e comunicar o defeito à pessoa responsável indicada pelo empregador nos
"Procedimentos operacionais escritos".
 Comunicar a pessoa responsável sobre qualquer alteração do estado de saúde, que
possa influir na capacidade de usar o respirador, de modo seguro.

14.2.4 Programa de Proteção Respiratória

No texto do programa de proteção respiratória deve haver referência explícita, no mínimo, aos
tópicos: administração do programa, existência de procedimentos operacionais escritos, exame
médico do candidato ao uso de respiradores, seleção de respiradores, treinamento, uso de barba,
ensaios de vedação, manutenção, higienização e guarda dos respiradores, uso de respiradores para
fuga, emergências e resgates e avaliação periódica do programa.

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14.3 Administração do Programa de Proteção Respiratória

A responsabilidade e a autoridade pelo programa de proteção respiratória devem ser


atribuídas a uma só pessoa. É preferível que seja da área de Higiene Ocupacional da própria
empresa, da Medicina do Trabalho ou do departamento de Engenharia de Segurança. Nas empresas
em que essas áreas ou departamentos não existem, o administrador do programa pode ser uma
pessoa qualificada responsável pela supervisão da fábrica.

14.3.1 Qualificações
Para assumir as responsabilidades da administração do programa, a pessoa deve ter
conhecimentos de proteção respiratória, bem como conhecer e estar atualizada no que se refere às
publicações e aos regulamentos legais vigentes.

14.3.2 Responsabilidades
As responsabilidades do administrador do programa devem incluir:

a) Preparação dos procedimentos operacionais escritos;


b) Medições, estimativas ou informações atualizadas sobre a concentração do
contaminante na área de trabalho, antes de ser feita a seleção do respirador, e
periodicamente durante o uso de respiradores, com a finalidade de garantir que o
respirador apropriado está sendo usado;
c) Seleção do tipo ou classe de respirador apropriado que proporcione proteção
adequada para cada contaminante presente ou em potencial;
d) Manutenção de registros e procedimentos escritos, de tal maneira que o programa
fique documentado e permita uma avaliação da sua eficácia;
e) Avaliação da eficácia do programa.

O programa, por mais abrangente que seja, terá pouco valor se não for mantido e executado
conforme planejado. Portanto, além de ter acompanhado o seu desenvolvimento, ele deve ser
avaliado periodicamente.

14.4 Procedimentos Operacionais Escritos

O administrador do programa deve estabelecer procedimentos operacionais para o uso


correto dos respiradores em situações de rotina e de emergência. Cópias destes procedimentos
devem estar disponíveis para que os usuários as possam ler. O administrador deve ler e revisar os
procedimentos periodicamente, se necessário.

14.4.1 Procedimentos Operacionais Escritos para o Uso Rotineiro de Respiradores

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Os procedimentos operacionais devem ser escritos e cobrir o programa completo de uso de


respiradores para proteção respiratória. Deve incluir, no mínimo:
Política da empresa na área de proteção respiratória;
a) Seleção;
b) Ensaios de vedação;
c) Treinamento dos usuários;
d) Distribuição dos respiradores;
e) Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção;
f) Monitoramento do uso;
g) Monitoramento do risco.

14.4.2 Procedimentos Operacionais Escritos para o Uso em Situações de Emergência


e de Salvamento
Embora não seja possível prever todas as situações de emergência e de salvamento para
cada tipo de operação industrial, podem-se prever muitas condições nas quais será necessário o uso
de respiradores. A análise cuidadosa dos riscos potenciais devidos a enganos na condução do
processo industrial ou a defeitos ou falhas no funcionamento permite a escolha de respiradores
apropriados para uma situação concreta.

Os procedimentos escritos para emergência ou salvamento devem:

a) Definir os prováveis respiradores a serem usados, considerando os materiais e as


substâncias utilizados, os equipamentos, a área de trabalho, o processo e as pessoas
envolvidas em cada operação;
b) Com base nesta análise preliminar, verificar se os respiradores disponíveis podem
proporcionar a proteção adequada quando os usuários necessitarem de entrar na área
potencialmente perigosa. Existem situações que podem impedir usuários de
respiradores de entrar em uma atmosfera ipvs (por exemplo, ambientes onde haja o
risco potencial de atmosferas inflamáveis ou explosivas).
c) Selecionar os respiradores apropriados e distribuí-los em quantidade adequada para
uso nas situações de emergência ou salvamento;
d) Indicar como esses respiradores devem ser mantidos, inspecionados e guardados de
modo que sejam acessíveis e estejam em condições de uso imediato, quando
necessário.

Os procedimentos devem ser revistos por pessoa que esteja familiarizada com o processo em
particular ou com a operação. Deve-se levar em conta as ocorrências passadas que exigiram o uso
de respiradores para situações de emergência e de salvamento e as consequências que resultaram
do seu uso. Devem ser levadas em consideração as possíveis consequências provocadas por falhas
eventuais dos respiradores, falta de energia, ocorrência de reações químicas não controláveis, fogo,
explosão, falhas humanas e os riscos potenciais que podem resultar do uso desses respiradores.

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14.5 Seleção, Limitações e Uso de Respiradores

14.5.1 Fatores que Influem na Seleção de um Respirador

14.5.1.1 Adequação do respirador a tarefa

14.5.1.1.1 Duração da Tarefa

A frequência e a duração da tarefa devem ser a primeira preocupação a ser levada em conta.
O tempo de uso de uma máscara autônoma, tanto de circuito aberto, quanto de circuito
fechado, é muito crítico visto que o volume de ar/gás respirável é limitado. Da mesma forma, para os
respiradores purificadores de ar o tempo de uso é igualmente um fator importante visto que o
conforto e a aceitação pelo usuário são essenciais para assegurar o uso prolongado do respirador.
Deve ser estabelecido e implementado um programa de troca de filtros que depende do tempo de
uso, do esforço físico e da concentração do contaminante.
As baterias empregadas nos respiradores motorizados têm um tempo de serviço limitado, o
qual deve ser suficientemente longo para cobrir a tarefa a ser executada.

14.5.1.1.2 Nível de esforço físico

O nível de esforço físico influencia na autonomia das máscaras autônomas e também, na vida
útil dos filtros químicos e para partículas. Assim, o aumento da frequência respiratória esgota o ar
dos cilindros antes do tempo de serviço nominal, e os filtros químicos e para partículas atingem a sua
saturação tanto mais rápido quanto maior for o volume de ar inspirado.
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As classes vão de trabalho leve a trabalho muito pesado referem-se às atividades do


cotidiano que podem se repetir várias vezes ao dia, durante 5 dias de trabalho por semana. Os
valores apresentados são valores médios para uma jornada de trabalho, incluindo os tempos de
parada. As três últimas classes descrevem atividades em períodos de tempo limitado, que podem se
repetir durante atividades de resgate, de segurança ou de combate a incêndio. Esses valores são a
média para somente o período de atividade e incluem o uso de respiradores.
A ISO 16975.1 descreve os níveis de esforço conforme a atividade:
Classificação Volume Exemplos de atividades e trabalhos
minuto
Nível de esforço
(L/min)
 Média para a jornada total, incluindo os tempos de
parada.
 Sentado confortavelmente: trabalho manual leve
(escrever, digitar, desenhar, costurar, escrituração contábil);
 Trabalhos com mãos e braços (pequenas ferramentas
de bancada, inspeção, seleção ou montagem de materiais
Trabalho leve 20 leves);
 Trabalhos com braços e pernas (dirigir veículos em
condições normais, acionar chaves ou pedais com os pés;
em pé com furadeira – peças pequenas – ou com retífica
manual – peças pequenas – enrolar bobinas; operar
máquinas de baixa potência).

 Média para a jornada total, incluindo os tempos de


parada.
 Trabalho contínuo com mãos e braços (bater pregos,
 Desbastar, limar, lixar);
 Trabalhos com braços e pernas (operação de caminhões
fora de estrada, tratores ou equipamentos de construção);
Trabalho moderado 35  Trabalho com braços e tronco (com marteletes
pneumáticos, montagem de tratores, rebocar paredes,
movimentação intermitente de materiais moderadamente
pesados, capinar, colher frutas ou legumes, puxar ou
empurrar carretas leves ou carrinhos de mão, forjar peças,
caminhar a uma velocidade até 5,5 km/h).

 Média para a jornada total, incluindo os tempos de


parada.
 Trabalho intenso de braços e tronco (carregando
Trabalho materiais
50 pesados, trabalho com pá, com marreta, serrar, trabalhos
pesado com plaina manual ou formão em madeira dura, com
cortadores de grama manual, cavar, puxar ou empurrar
carretas e carrinhos de mão pesadamente carregados,
raspar
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e aparar peças fundidas, assentar blocos de concreto).

 Média para a jornada total, incluindo tempos de parada.


 Atividade muito intensa a um ritmo acelerado (trabalhos
com
Trabalho machado, cavar ou trabalhar intensamente com pá, subir
65 degraus, rampas ou escadas, caminhar rapidamente com
muito pesado pequenos passos, correr, caminhar a uma velocidade
superior
a 5,5 km/h).

 Trabalho contínuo de até 2 horas sem interrupção.


 Trabalho de resgate com equipamentos pesados e/ou
equipamentos de proteção individual;
Trabalho
 Escape de minas ou túneis;
 Indivíduos em boa condição física exercendo 50% –
muito muito 85
60% de sua capacidade aeróbica máxima;
pesado  Caminhar rápido ou correr com equipamentos de
proteção individual e/ou ferramentas ou materiais; caminhar
a 5 km/h em rampa com 10% de elevação.

 Trabalho contínuo de até 15 minutos sem interrupção.


 Trabalho de combate a incêndio e resgate de alta
intensidade;
 Indivíduos em boas condições físicas e bem treinados
Trabalho
exercendo 70% – 80% de sua capacidade aeróbica
máxima;
extremamente 105
 Inspeção em espaços contaminados;
pesado  Rastejar e escalar obstáculos; remover
escombros/entulhos;
 Carregar mangueira;
 Caminhar a 5 km/h em rampa com 15% de elevação.

 Trabalho contínuo inferior a 5 minutos sem interrupção.


 Trabalho de resgate e combate a incêndio na
intensidade máxima;
 Indivíduos em boas condições físicas e bem treinados
Trabalho
exercendo 80% – 90% de sua capacidade máxima de
135
trabalho físico;
máximo
 Subir degraus e escadas em alta velocidade;
 Remover e transportar vítimas;
 Caminhar a 5 km/h em rampa com 20% de elevação.

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14.5.1.1.3 Uso de ferramentas

Ferramentas utilizadas durante a execução de uma tarefa podem influenciar no desempenho


de um respirador e por isso elas devem ser consideradas no processo de seleção. A seguir, são
apresentadas algumas situações em que essa influência é importante:
 Respiradores purificadores de ar motorizados usados nos processos de soldagem ou em
certos processos de fundição podem estar sujeitos a campos elétricos ou magnéticos extremamente
fortes, que podem causar problemas em seu funcionamento. Isso pode ocorrer mesmo quando o
equipamento está de acordo com as regulamentações pertinentes da EMC (Electromagnetic
Compatibility) de compatibilidade eletromagnética, pois essas normas não contemplam emissões
extremamente elevadas.
 Respiradores usados durante a soldagem ou outros processos podem estar sujeitos ao
impacto de partículas quentes ou fundidas, as quais podem causar danos ou ignição de
componentes, tais como os filtros. Para essas operações, devem ser selecionados respiradores que
assegurem uma resistência adequada ou que tenham partes que possam ser facilmente descartadas
e substituídas de acordo com um plano de troca programada. Onde existir o risco de inflamabilidade
de um componente, deve ser selecionado um respirador alternativo com maior resistência ao calor e
à chama.
 Algumas vezes, o ar necessário para o respirador de adução de ar é suprido pela mesma
fonte que alimenta as ferramentas pneumáticas. Essa não é uma boa prática. Porém, quando isso
ocorrer, o processo de seleção deve assegurar que a vazão e a qualidade do ar enviado ao
respirador sejam corretas durante todo o tempo de uso. Se o respirador e a ferramenta pneumática
são ligadas à mesma fonte de suprimento de ar, é importante que o compressor tenha capacidade de
fornecer ar suficiente para os dois e que seja de qualidade respirável.
 Nas operações com tinta, revestimentos, adesivos ou inseticidas envolvendo a formação
de névoas, deve ser considerada a possibilidade de danos e contaminação do respirador pelas
gotículas que retornam. A limpeza do respirador, nestes casos, pode ser difícil e deve-se considerar
o uso de respirador descartável adequado, de películas descartáveis nos visores ou outras
coberturas protetoras. A limpeza com solventes poderá provocar danos ao respirador, a não ser que
seja recomendado pelo fabricante e, nestes casos, deve-se verificar qual é o melhor agente de
limpeza a ser usado. Adesivos e algumas névoas podem afetar o funcionamento de válvulas muito
rapidamente se estas não forem limpas ou trocadas frequentemente. Nestes casos, devem ser
preferidos os respiradores com válvulas bem protegidas.
 Ferramentas motorizadas podem prejudicar o desempenho do respirador devido à
transmissão de vibrações, impacto de jatos de ar proveniente delas ou impacto de partículas que
possam atingir o respirador. Em tais casos, se os jatos ou as partículas atingirem a zona de selagem
facial ou as válvulas, poderá ocorrer uma significativa redução da proteção oferecida. Deve-se
assegurar que nenhum jato de ar ou partículas em alta velocidade interajam com o respirador nessas
áreas sensíveis.

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14.5.1.1.4 Mobilidade

Devem ser avaliados a mobilidade necessária para se realizar determinada tarefa e o quanto
o respirador selecionado compromete os movimentos. A localização da área perigosa poderá limitar
os tipos de respiradores que podem ser usados com segurança. Por exemplo: os equipamentos de
linha de ar comprimido não devem ser usados quando a entrada em uma área perigosa requer andar
por muitos metros, quando há deslocamentos entre pisos ou níveis em edifícios, há passagem por
aberturas muito estreitas ou em dutos e túneis, quando são usadas escadas de mão ou existe a
necessidade de cruzar linhas férreas. Nestes casos, existe a possibilidade da mangueira adutora de
ar ficar enroscada ou sofrer danos.
O comprimento máximo das mangueiras dos respiradores de linha de ar comprimido
especificado nas respectivas normas técnicas define o máximo avanço do usuário no local de
trabalho.
Quando se usa a máscara autônoma ou um respirador de linha de ar comprimido com cilindro
auxiliar para fuga, a distância entre o local contaminado e a área segura mais próxima com
atmosfera respirável deve ser conhecida a fim de assegurar que a quantidade de ar/gás respirável
disponível no cilindro seja suficiente.
Os espaços confinados devem receber atenção especial no tocante à avaliação do nível de
exposição, limitações do espaço e meios de comunicação entre o usuário do respirador e o pessoal
auxiliar de prontidão.
Certas tarefas podem envolver o acesso a áreas difíceis, tais como dutos, túneis, espaços
estreitos, ou exigir trabalhos em posições desajeitadas.
Há locais que exigem movimentos significativos do corpo, tais como, dobrar, curvar, esticar,
rastejar ou executar trabalhos manuais. Nesses casos, deve ser avaliada a influência desses
movimentos na segurança. Devem ser avaliadas as possibilidades de tais movimentos causarem
desconforto ou lesões no sistema musculoesquelético do trabalhador em virtude do uso do
respirador, bem como o fato de que tais movimentos podem afetar a selagem e a proteção oferecida.
O respirador deve ser selecionado com muito cuidado para que não sofra danos durante a
atividade nem limite em demasia os movimentos.
Mochilas, bolsas volumosas ou cilindros de ar comprimido podem causar problemas se o
usuário tiver que girar o corpo ou tiver que transpor passagens estreitas. Em alguns casos, poderá
ser necessário retirar temporariamente a mochila, a bolsa ou o cilindro. Nesses casos, a segurança
tem que ser mantida. O risco de que mangueiras e tubos fiquem enroscados ou sejam atacados
pelos agentes químicos deve ser devidamente avaliado a fim de que seja selecionado um
equipamento que minimize os riscos de avarias e falhas na proteção. As limitações da mobilidade no
uso de roupas encapsuladas ou com suprimento de ar devem ser avaliadas considerando-se
pormenores de sua construção e volume.
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14.5.1.1.5 Recursos especiais de comunicação

A comunicação verbal entre usuários de respirador pode se tornar difícil em um ambiente


ruidoso. Falar em voz alta pode provocar o deslocamento de peça facial de um respirador com
vedação facial e prejudicar a sua vedação no rosto. O usuário pode ser tentado a retirar
temporariamente a peça facial do rosto enquanto fala. Ambas as situações são indesejáveis, no
entanto, existem várias opções para melhorar a comunicação quando são usados respiradores.
Os dispositivos eletrônicos devem ser selecionados e usados com cautela em atmosferas
explosivas. Nestes casos, deve-se verificar se eles obedecem aos requisitos exigidos e se são
intrinsecamente seguros. Deve-se também considerar os efeitos das emissões de radiofrequência
desses dispositivos quando utilizados nas proximidades de equipamentos eletrônicos sensíveis.
Alguns recursos especiais de comunicação são discutidos a seguir:

 Diafragma de voz

É uma superfície ressonante instalada em uma cavidade que vibra durante a fala do usuário
do respirador, ampliando sua voz. As peças faciais inteiras normalmente são fornecidas com esses
diafragmas vibratórios.
Quando presentes, os seguintes pontos devem ser considerados:

a) Existência de componentes-chave que mantêm a vedação do diafragma na peça facial e


que merecem cuidados especiais no momento da instalação e no manuseio;
b) Operações de solda, corte a quente ou esmerilhamento que geram partículas volantes que
podem queimar ou furar o diafragma de voz, causando um vazamento. Alguns respiradores
para essas operações possuem diafragma de voz metálico ou têm cobertura especial;
c) Nem todos os respiradores possuem diafragma de voz, sendo conveniente lembrar esse
detalhe no momento da seleção.

 Microfone interno
Um microfone de pequenas dimensões é instalado dentro da peça facial do respirador ou
conectado a ele. O microfone pode estar ligado a um rádio, telefone, alto-falante ou outro meio de
comunicação eletrônica.
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Quando existirem microfones, considerar que:


a) Qualquer componente colocado na cobertura das vias respiratórias ou que a perfure pode
afetar seu funcionamento ou mesmo invalidar o Certificado de Aprovação do respirador.
Quando o componente é fornecido pelo fabricante do respirador, devem ser obedecidas
integralmente as instruções de instalação e realizados os testes de vedação recomendados
para verificar a ocorrência de vazamentos;
b) Os respiradores purificadores de ar motorizados ou de linha de ar comprimido, os sistemas
de comunicação ativados pela voz do usuário podem apresentar um ruído de fundo,
provocado pela ventoinha ou pelo ar comprimido.

 Microfones no crânio, garganta ou ouvido

Um microfone craniano ou de garganta é mantido no lugar por meio de tiras ou suportes. O


microfone de ouvido é usado de maneira idêntica aos fones de ouvido dos rádios transmissores e
permite ouvir e falar. Como esses equipamentos não são instalados no interior do respirador, não
alteram as suas características de aprovação. Podem ser usados com rádio, telefone, alto-falantes
ou outros meios de comunicação do mesmo modo que os microfones internos.
Quando esses tipos de microfones forem usados, considerar que:
a) Os microfones no crânio nunca devem ser colocados por baixo dos tirantes do respirador,
visto que podem provocar o deslocamento dos tirantes;
b) Os fios de ligação dos microfones devem ser fixados no corpo do usuário para evitar que
interfiram no posicionamento do respirador.

 Telefone de mão

Monofone é um tipo de aparelho de telefone que reúne o transmissor e o receptor em uma só


peça. Como a pessoa exala enquanto fala, a válvula de exalação fica parcialmente aberta nesses
momentos. Este é o local perfeito para colocar um monofone manual a fim de se obter a transmissão
mais clara da voz. Uma alternativa é manter o monofone, ou microfone, encostado na garganta
enquanto o usuário fala.

 Sinais com as mãos ou sinais codificados


Um conjunto de sinais previamente combinados pode ser muito útil na comunicação.

14.5.1.1.6 Necessidades adicionais de visão

A maioria dos respiradores interfere de alguma maneira na visão, seja pela redução do campo
visual ou pela qualidade óptica do visor ou da cobertura facial. Os respiradores devem atender a
requisitos mínimos normativos neste aspecto, porém as necessidades visuais podem ser maiores em
certas tarefas. Assim, quando o usuário precisa observar detalhes, como, por exemplo, acabamento
de superfícies, luzes de alerta, ler textos etc., pode ser necessária uma boa qualidade óptica do
visor.
Quando não estão presentes perigos para os olhos, é aceitável selecionar respiradores com
peça semifacial ou um quarto facial, nos quais a visão é total.
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Quando é necessário amplo campo visual, como, por exemplo, no ato de subir ou descer
escadas, onde haja a circulação de veículos ou a necessidade de movimentação na área, é
necessária a seleção de um respirador que provoque a menor redução possível do campo visual.

14.5.1.2 Adequação do respirador ao usuário

14.5.1.2.1 Requisitos físicos e psicológicos

Todo o respirador impõe certa carga e desconforto ao usuário que influem em sua aceitação.
Como muitos perigos respiratórios não podem ser percebidos pelos sentidos humanos ou não
apresentam efeitos imediatos sobre a saúde, o usuário deve ser instruído para entender a
importância de colocar e usar o respirador corretamente. Ele deve, entretanto, estar apto a usar o
respirador selecionado e isso inclui aspectos físicos e psicológicos.

Requisitos Físicos

O estado clínico do usuário deve ser verificado antes de iniciar o uso do respirador e repetido
regularmente.
Dependendo do tipo do respirador, o exame médico inclui prova de função pulmonar,
funcionamento do sistema músculo esquelético, problemas cardiovasculares e outros. Se há um
histórico cardíaco ou de doença pulmonar severa, isso deve ser considerado pelo profissional da
saúde.
A condição física diária do usuário também é importante e ele não deve utilizar o respirador
se não se sentir em condições de saúde suficientes para isso.

 Peso do respirador
Um respirador pode ser pesado. Mesmo que as normas exijam que o respirador tenha um
desenho ergonômico, o que inclui peso e respectiva distribuição, a capacidade fisiológica de cada
usuário deve ser levada em consideração. Alguns respiradores podem ser muito pesados para serem
utilizados por alguns usuários, especialmente quando devem ser usados por tempo prolongado.

 Uso simultâneo de EPIs


Se houver a necessidade de se usar outros EPIs e/ou equipamentos pesados (ferramentas)
simultaneamente com o respirador, o peso total deve ser considerado.

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 Calor ou frio gerados pelo respirador


Certos respiradores produzem superfícies quentes ou gás de inalação quente durante o uso,
por exemplo, filtros químicos ou respiradores com oxigênio gerado quimicamente. Outros podem
provocar correntes de ar sobre a face do usuário que poderão esfriar a pele, como nos purificadores
de ar motorizados. Dependendo das condições de uso, aquecimento ou resfriamento localizado pode
representar sobrecarga ou desconforto ao usuário.

 Irritação da pele
Alguns usuários poderão desenvolver sensibilidade dérmica devido ao contato direto de
certos materiais do respirador com a pele.

 Seleção do respirador
Se um usuário não está apto a utilizar um determinado tipo de respirador por razões
fisiológicas, poderá ser escolhido outro tipo que ofereça a mesma proteção e que seja adequado sob
todos os demais aspectos.

Requisitos Psicológicos/Neurológicos

Respiradores causam desconforto que pode ser um importante fator limitante na capacidade
de uso. A natureza do desconforto varia desde o desconforto físico até quadros de ansiedade.
Alguns usuários poderão estar inaptos a usar respiradores em virtude de razões psicológicas, como
claustrofobia, sensação de isolamento ou por problemas neurológicos, tais como epilepsia, ataxia e
tremores.
Algumas vezes, as restrições psicológicas podem ser superadas com treinamento e
aclimatação. Os aspectos psicológicos são tão importantes quanto os aspectos físicos no uso de
respirador.

14.5.1.2.2 Características faciais do usuário

O nível de proteção de um respirador com vedação facial depende de quanto o ajuste da


peça facial ao rosto do usuário é perfeito. A superfície da peça é projetada para se adaptar a uma
ampla gama de faces de usuários com certa semelhança de contorno. De qualquer maneira, além de
tamanho, comprimento ou largura de um rosto, as características faciais sempre devem ser
consideradas em um processo de análise da adequação do respirador ao usuário.
Mesmo que a peça facial tenha sido desenhada com base em uma ampla gama de usuários,
levando em conta contornos faciais de grupos étnicos, poderá haver acentuados desvios, tais como
maçãs do rosto exageradas, queixos muito cônicos ou narizes muito aduncos, que poderão interferir
na selagem do respirador com peça facial no rosto do usuário.
Além disso, características da pele do rosto (como cicatrizes, rugas ou dobras muito
profundas), uso de joias faciais ou rosto não barbeado podem afetar significativamente a proteção
proporcionada por alguns respiradores.
Isto será particularmente verdadeiro nos respiradores com peça semifacial ou facial inteira,
em que o nível de proteção alcançado depende de uma boa selagem facial. Tais respiradores não
devem ser escolhidos quando houver pelos faciais ou irregularidades faciais na área de selagem.
Nesses casos, serão mais adequados os respiradores com selagem na gola como capuz ou
roupas/macacão.

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Neste contexto, rosto não barbeado significa uma barba que tenha sido feita num período
superior a 8 horas da jornada de trabalho. Estudos indicam que o crescimento da barba, mesmo com
menos de um dia, pode elevar consideravelmente a penetração através da selagem. O respirador do
tipo com vedação facial somente oferecerá a proteção esperada quando se ajustar ao contorno da
face e se mantiver firme na posição.
O uso de alguns acessórios de efeito pessoal (piercing) pode interferir no funcionamento da
válvula ou no posicionamento da peça facial. O uso de cremes, maquiagens ou loções também
podem provocar o deslizamento da peça facial.

14.5.1.2.3 Lentes corretivas

 Óculos

O uso de óculos com lentes corretivas pode interferir na proteção oferecida por muitos tipos
de respiradores. Quando óculos corretivos são necessários, estes devem ter um desenho compatível
com o respirador. Há óculos que se adaptam no interior da cobertura facial do respirador sem
comprometerem a selagem do rosto, sendo oferecidos como acessórios pelos fabricantes de
respirador. Como alternativa, podem ser selecionados respiradores com cobertura das vias
respiratória sem vedação facial, como o capuz. O fabricante do respirador pode orientar na solução
adequada.

 Lentes de contato
Lentes de contato podem ser usadas com o respirador se o usuário já estiver perfeitamente
acostumado a este tipo de lente e após ter praticado seu uso em conjunto com o respirador. Em
certos casos, entretanto, o uso dessas lentes pode causar problemas, tais como excessiva secagem
dos olhos devido ao fluxo de ar do respirador e deslocamento das lentes durante o uso.
Em ambos os casos, o usuário tenderá a remover o respirador para corrigir o problema,
ficando então exposto ao contaminante. O usuário deve ser orientado a se dirigir a uma área limpa,
onde ele possa remover o respirador para corrigir o problema com as lentes. Se isto não puder ser
feito rapidamente e sem expor o usuário ao contaminante, é recomendável que seja evitado o uso de
lentes de contato.
Os soldadores e as pessoas que circulam nas proximidades da área de soldagem não devem
usar lentes de contato.
Deve ser conhecido o fato de um usuário de respirador utilizar lentes de contato e isto deve
constar em seu prontuário médico. Onde eles estiverem trabalhando, devem haver pessoas com
conhecimentos mínimos sobre remoção das lentes em emergências. Isto inclui também paramédicos
e socorristas.

14.5.1.2.4 Comunicação verbal

Em muitas tarefas, existe a necessidade de comunicação verbal entre os colaboradores. Uma


vez que os respiradores geralmente prejudicam a comunicação, pode ser necessária uma avaliação
dos riscos adicionais envolvidos.
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Quando os trabalhadores encontram dificuldade de comunicação, eles são tentados a


remover o respirador na área de trabalho, resultando em exposição aos contaminantes. Respiradores
com cobertura das vias respiratórias do tipo sem vedação facial interferem menos com a fala, pois a
face inteira está visível, mas os que cobrem os ouvidos podem reduzir a audição. Em alguns tipos de
respiradores, a audição também pode ser prejudicada pelo ruído provocado pelo fluxo de ar. A
comunicação pode ser melhorada selecionando respiradores que incluam transmissores de voz ou
modelos que incorporem microfones ou rádios. O uso destes equipamentos é recomendável quando
a comunicação verbal for imprescindível para assegurar a segurança do usuário e de outras
pessoas.

14.5.1.2.5 Compatibilidade com outros EPIs

Mais de um tipo de perigo pode estar presente em muitos ambientes de trabalho, sendo então
necessário o uso de mais de um equipamento de proteção individual. É importante que esses
equipamentos sejam compatíveis entre si e que continuem proporcionando proteção efetiva contra os
riscos.
Quando capacete de segurança, protetor auditivo, proteção para os olhos, roupa de
segurança e respirador forem usados simultaneamente, é importante que a proteção de cada um
desses EPIs não seja prejudicada por qualquer interferência entre eles. Essas interferências incluem:
jugular do capacete passando sobre as hastes do protetor auricular tipo concha, óculos deslocando o
respirador, roupa interferindo na selagem do respirador na face.
Quando for necessário o uso de vários EPIs simultaneamente, deve ser dada preferência ao
uso de EPIs conjugados. São exemplos de equipamentos conjugados aqueles fabricados para
aplicações especiais, como soldagem e jateamento, os quais dão proteção simultânea à cabeça, à
face, aos olhos e aos ouvidos.
Quando mais de um EPI serem utilizados simultaneamente, é necessário definir a sequência
da retirada deles para garantir que a proteção respiratória seja mantida enquanto necessária, como,
por exemplo, na descontaminação que deve ser feita após a exposição ao asbesto.

14.5.1.3 Adequação do respirador ao ambiente de trabalho

As condições do ambiente em que o respirador será utilizado, incluindo fatores como


temperatura e umidade extremas, atmosferas corrosivas, explosivas, velocidade do vento, pressão
elevada etc., também devem ser consideradas para a seleção do respirador.

14.5.3.1.1 Condições climáticas extremas

O processo de seleção deve incluir uma avaliação dos possíveis efeitos da temperatura ou da
umidade extrema existentes no ambiente de uso do respirador. De um modo geral, os fabricantes
incluem essas limitações nas instruções de uso. Os limites de temperatura e umidade normalmente
são mencionados tanto para a armazenagem, quanto para o uso do respirador.

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Efeitos sobre o respirador

Geralmente, o fabricante adverte o usuário sobre as condições de uso do respirador. Os


respiradores não devem ser utilizados fora das condições limites de temperatura e umidade de
guarda ou estocagem contidas obrigatoriamente nas instruções de uso que os acompanham, salvo
nos casos em que haja concordância do fabricante.

 Baixas temperaturas

Temperaturas extremamente baixas (por exemplo -30°C) podem afetar o desempenho do


respirador com consequente redução ou mesmo perda da capacidade de proteção respiratória. Por
esta razão, deve ser selecionado um respirador indicado para uso em temperaturas extremamente
baixas, com componentes (mangueiras, gaxetas, o-rings e diafragmas) projetados e testados para
assegurar bom desempenho sob tais condições.
Os respiradores podem ser afetados pelas baixas temperaturas de diferentes maneiras:
a) a cobertura das vias respiratórias do respirador e partes dela, tais como a superfície de
selagem ou de capuz flexível, podem se tornar quebradiças e se romperem ou se tornar menos
flexíveis, causando problemas de selagem ou conforto;
b) os componentes dos respiradores de adução de ar, tais como mangueiras e tubos, podem
igualmente ficar quebradiços e se romperem ou se tornarem menos flexíveis, tornando seu manejo
difícil e causando problemas de conforto e selagem;
c) alguns componentes, tais como as válvulas, podem não funcionar eficientemente em
temperaturas excessivamente baixas;
d) as válvulas do respirador podem congelar, abertas ou fechadas, por causa da presença da
umidade. Alguns respiradores de adução de ar usam o tubo Vortex para aquecer o ar que chega à
peça facial;
e) o desempenho de respiradores de circuito fechado pode ser seriamente afetado em
condições de temperaturas muito baixas;
f) o desempenho de baterias eletroquímicas utilizadas no respirador, ou outros equipamentos,
decai rapidamente com a queda de temperatura, podendo afetar o fluxo de ar e a sua duração;
g) o embaçamento das lentes ou dos visores pode aumentar em baixas temperaturas.
Películas protetoras ou tratamentos especiais na parte interna do visor ou nas lentes podem evitar o
embaçamento em temperaturas próximas a 0°C. As peças faciais inteiras geralmente possuem uma
mascarilha interna que direciona, através da válvula de exalação, o ar exalado para o meio exterior,
evitando com isso o embaçamento do visor e permitindo visão satisfatória em baixas temperaturas,
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como -30°C. As máscaras autônomas com peça facial inteira aprovadas para trabalhos abaixo de
0°C devem possuir mascarilha interna ou tratamento conveniente da superfície interna do visor.
O usuário deve familiarizar-se com o uso do respirador em baixas temperaturas, bem como
com as precauções e os cuidados que deve tomar, como, por exemplo:
 O ponto de orvalho do ar comprimido em cilindro;
 A estanqueidade das conexões que podem ser afetadas quando expostas a baixas
temperaturas;
 A guarda do respirador fora do ambiente frio, pois os componentes elastoméricos podem
sofrer graves distorções se não forem convenientemente guardados, impedindo, por exemplo,
posterior vedação na face;
 A seleção de acessórios e componentes especialmente projetados para resistirem a baixas
temperaturas.

 Altas temperaturas

Temperaturas extremamente altas (acima de 60oC) podem afetar o desempenho do


respirador de diversas maneiras e, algumas vezes, podem reduzir ou até mesmo anular a proteção
respiratória. Em função disso, devem ser selecionados respiradores classificados para altas
temperaturas, os quais são projetados e testados para garantir seu perfeito funcionamento sob tais
condições.
As altas temperaturas podem afetar o respirador de diversas maneiras, como, por exemplo:
a) fundindo ou amolecendo os materiais comumente usados nos respiradores, tais como
plásticos;
b) piorando o desempenho e a vida útil dos filtros químicos;
c) facilitando a deterioração da peça facial e de componentes elastoméricos de respirador
guardado em ambiente com alta temperatura, criando deformações permanentes, o que exige uma
inspeção frequente.

Efeitos sobre o usuário

O conforto térmico do usuário deve ser levado em conta em todas as aplicações. Ele pode ser
afetado pela intensidade do trabalho, pelas condições do meio ambiente e pelo uso de outros
equipamentos de proteção individual.
A dissipação do calor produz suor, o qual, em excesso, faz com que a peça facial escorregue
na face, reduzindo a proteção oferecida pelo respirador. Além disso, a dissipação do calor e o
desconforto podem levar o usuário a folgar ou abrir a roupa de proteção, anulando, assim, a proteção
proporcionada por ela. Quando um usuário de respirador e roupa de proteção necessita realizar
trabalhos muito intensos, é importante que sejam tomadas medidas adequadas, tais como períodos
de descanso adequado e, se necessário, existência de um bom sistema de refrigeração ou de
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acompanhamento médico.
Como os equipamentos de proteção respiratória podem cobrir a cabeça e outras partes do corpo, a
dissipação natural do calor do corpo pode reduzir-se de maneira significativa. Essa dissipação pode
ser impedida de tal maneira que a temperatura central do corpo possa chegar, com relativa rapidez,
a níveis desconfortáveis ou perigosos, principalmente em condições de altas temperaturas
ambientais ou umidade e/ou alta intensidade de trabalho ou, ainda, quando são usadas roupas
isolantes ou impermeáveis.
Essa elevação da temperatura central do corpo pode levar progressivamente ao estresse
térmico: desconforto, vertigens, fadiga, desorientação, mal-estar, inconsciência, coma e morte, a não
ser que seja feita uma intervenção rápida e eficaz.
Quando se prevê a possibilidade da ocorrência do estresse térmico em ambientes com
temperatura elevada, é recomendável o uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou
respiradores de adução de ar do tipo fluxo contínuo, que terão um efeito refrescante sobre o corpo;
respiradores com peça semifacial no lugar de facial inteira, desde que ofereçam nível de proteção
suficiente. O uso do tubo Vortex nos respiradores de ar comprimido de fluxo contínuo reduz a
temperatura do ar fornecido à peça facial.
Além disso, devem ser planejadas e implementadas paradas ou intervalos no trabalho, fornecimento
suficiente de água potável (fria, não efervescente e se possível com adição de eletrólitos essenciais),
bem como planos de escape, resgate e primeiros-socorros.
Em clima frio ou em áreas de trabalho refrigeradas, o estresse provocado pelo frio pode se
tornar preocupante. O uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou de fluxo contínuo pode
aumentar a perda de calor corpóreo e causar enregelamento parcial ou ulceração localizada. Alguns
respiradores de linha de ar comprimido são fornecidos com um aquecedor para ar respirável.
Considerando que o ar respirável comprimido, ao chegar à cobertura das vias respiratórias,
apresenta umidade relativa muito baixa, o uso de respiradores com alta vazão e por períodos
prolongados pode provocar desidratação, mesmo em condições ambientais normais. Devem ser
adotadas providências para que haja intervalos regulares de paradas e disponibilidade suficiente de
água potável.

14.5.3.1.2 Outros perigos não respiratórios

Na seleção do respirador também devem ser considerados quaisquer outros perigos


associados à atividade, como, por exemplo, a possibilidade de respingos, faíscas, fogo,
inflamabilidade.

Atmosferas ricas em O2

Uma atmosfera rica em oxigênio é pouco comum nos ambientes de trabalho, mas pode
ocorrer, por exemplo, em espaços confinados com alguns tipos de soldagens, aumentando
significativamente o risco de ocorrência de fogo ou explosão. Nas atmosferas ricas em oxigênio, o
respirador deve ser cuidadosamente selecionado para que seja de material antiestático, não produza
faíscas e não seja inflamável. Na manutenção de respiradores para uso nessas condições, somente
devem ser utilizados os lubrificantes recomendados pelo fabricante.

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Atmosferas corrosivas

Em algumas situações, pode ser necessário o uso de respiradores para proteção contra
contaminantes que sejam corrosivos por natureza. Durante o trabalho, esses contaminantes sob a
forma de gases, aerossóis, respingos ou esguichos de líquidos podem entrar em contato com a pele,
os olhos ou o respirador e isso também deve ser considerado na seleção do respirador adequado.
No caso do uso de roupa de proteção e respirador, é necessário levar em conta a interferência entre
eles.
Certas substâncias são capazes de enfraquecer componentes e peças do respirador, fazendo
com que ocorra uma redução da sua resistência ao longo do tempo. Nestes casos, deve-se levar em
conta a diminuição do desempenho com o tempo, como, por exemplo, dano nas válvulas ou em
outros componentes do respirador, tais como capacetes ou visores, tornando-os significativamente
mais fracos ou opacos e exigindo uma manutenção e/ou um programa de substituição de peças mais
cuidadoso.
Informações do fabricante devem ser solicitadas a fim de se certificar de que o equipamento é
adequado para o ambiente e, se necessário, alterar a escolha.

Atmosferas potencialmente explosivas

Quando o respirador é usado em atmosfera potencialmente explosiva, sua seleção deve


verificar se ele é uma possível fonte de ignição. Qualquer respirador, roupa ou equipamento utilizado
pelo usuário pode se tornar uma fonte de ignição pela geração de faíscas devido ao impacto sobre
partes metálicas ou pelo acúmulo de eletricidade estática.
A limpeza e a manutenção do respirador devem ser planejadas no sentido de se assegurar
que possível acúmulo de eletricidade estática não seja aumentado pelo processo de limpeza ou que
não sejam reduzidas as propriedades antiestáticas inerentes ao produto.
Para que se possa utilizar um respirador em ambientes com atmosfera potencialmente explosiva, o
equipamento deve ter segurança intrínseca e atender, por exemplo, à Portaria Inmetro/Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio do Exterior (MDIC) nº 179, de 18/05/2010, ou a que estiver
vigente.
O fabricante deve ser consultado para garantir que o respirador seja adequado a esse tipo de
ambiente.

Contaminantes potencialmente permeantes

Certos contaminantes presentes no ambiente de trabalho, quando em contato com o


respirador, são capazes de permear através dos materiais utilizados na construção do EPR e de
evaporarem dentro dele, causando uma sobre-exposição do usuário. Nesses casos, devem ser
selecionados respiradores que utilizam materiais mais impermeáveis. Essa análise deve ser feita,
principalmente, em certos componentes, como cobertura das vias respiratórias, traqueia, mangueiras
de ar comprimido respirável que possam ser imersas acidentalmente no contaminante líquido. Deve-
se lembrar de que a permeação
pode ocorrer mesmo nos respiradores que operam em pressão positiva.
Devem ser tomados cuidados com certos componentes que conduzem o ar respirável,
particularmente com as mangueiras de suprimento de ar, pois várias substâncias químicas perigosas
podem penetrar e contaminar o ar.

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Calor radiante

Altas temperaturas resultantes de calor radiante podem provocar danos nos respiradores. Em
casos extremos, como em fundições, o calor irradiado pode fundir ou amolecer os componentes
plásticos do respirador. Nestes casos, deve-se usar respirador de classe resistente a altas
temperaturas ou ao calor radiante.

Velocidade do vento

Ventos com velocidade acima de 7 km/h podem diminuir a proteção oferecida por alguns
respiradores, particularmente os com cobertura das vias respiratórias sem vedação facial, nos quais
o ar contaminado pode penetrar na zona respiratória apesar do fluxo de ar do respirador. A seleção
de respiradores para uso em áreas com vento deve levar em conta essa possibilidade. O fabricante
do respirador deve ser consultado para informações adicionais.

Ambientes com pressão elevada

A pressão ambiente elevada pode ter um efeito negativo no desempenho e no funcionamento


do respirador, tornando-o potencialmente perigoso ao usuário, e isso deve ser considerado ao
realizar a sua seleção. O respirador pode ser afetado de várias maneiras:
a) o medidor de vazão com flutuador ou outro instrumento de checagem do respirador deve
ser recalibrado para uso em pressão elevada.
b) a teoria de filtração prevê aumento da penetração no filtro para partículas em pressão
elevada, especialmente as partículas muito finas, podendo a penetração, do filtro utilizado,
ultrapassar o valor máximo permitido para a sua classe de filtro.
c) em igualdade de concentração de exposição, a saturação dos filtros químicos usados em
pressão elevada ocorre antes da sua saturação em pressão atmosférica normal.
d) a resistência à respiração aumenta com a elevação da pressão, particularmente nos filtros
químicos.
e) o apito do alarme de baixa pressão das máscaras autônomas poderá não funcionar em
ambiente de pressão mais elevada.
f) as chaves acionadas por membranas tendem a funcionar mal sob pressão elevada.

14.5.2 Seleção de Respiradores para Uso Rotineiro

O respirador apropriado deve ser selecionado, conforme o seguinte procedimento:

O respirador adequado ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida deve
ser selecionado por pessoa competente, conforme o seguinte procedimento:
a) se a atmosfera for deficiente em oxigênio, o respirador selecionado dependerá da
porcentagem de O2 e da altitude do local, isto é, da pressão parcial de oxigênio (ppO2) e da
aclimatação do usuário:
a1) se a concentração de oxigênio for menor que 12,5% ao nível do mar (ppO2 menor que 95
mmHg), a atmosfera é IPVS e devem ser usados os respiradores indicados nos próximos itens;
a2) se a concentração de oxigênio for maior que 12,5% ao nível do mar (ppO2 maior que 95
mmHg) e menor que 18% ao nível do mar (ppO2 menor que 137 mmHg), a atmosfera não é IPVS

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e deve ser usado qualquer respirador de adução de ar. Se, entretanto, também estiverem
presentes contaminantes, deve ser usado respirador de adução de ar com Fator de Proteção
Atribuído (FPA), adequado para estes contaminantes, selecionado conforme o item (b);
a3) se a concentração de oxigênio for maior que 18% ao nível do mar (ppO2 maior que 137
mmHg), não há deficiência de oxigênio, continuar no item (b);
b) se não for possível determinar qual o contaminante potencialmente perigoso que possa
estar presente no ambiente, ou a sua concentração, considerar a atmosfera IPVS.
c) se não existir limite de exposição ou valores de orientação da exposição ocupacional
disponíveis, e se não puder ser feita a estimativa da toxidez, considerar a atmosfera IPVS. Se existir
limite de exposição, ou valores de orientação da exposição ocupacional disponíveis, ou se puder ser
feita a estimativa da toxidez, continuar no item (d);
d) se a concentração medida ou estimada do contaminante for considerada IPVS, continuar
no item 5.2. Se não for IPVS, continuar no item (e);
e) calcular o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR), dividindo a concentração medida
ou estimada do contaminante na condição mais crítica de exposição prevista pelo limite de exposição
adequado ou valor de orientação, conforme e1, e2 ou e3. Se o FPMR for menor que 1, não é
necessário o uso de respirador, exceto para aerossóis contendo asbesto(*). Se o FPMR for maior
que 1, continuar no item (g). Se mais de uma substância estiver presente, ir para o item (f).
e1) dividir a concentração média ponderada para o contaminante determinado pelo limite de
exposição aplicável, ou seja, se o limite é para 8 horas, a concentração média ponderada deve ser
para 8 horas; se o limite é para 10 horas, a concentração média ponderada deve ser para 10
horas.
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no mínimo,
peça semifacial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual ou maior que o
limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol contiver sílica cristalina,
deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se FPMR for menor que 10). Para
substâncias com limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3
se FPMR for menor que 10).
e2) se o contaminante possuir valor teto, dividir a concentração máxima de exposição pelo valor
teto.
e3) se o contaminante possuir limite de curta exposição, dividir a concentração média de 15 ou 30
minutos pelo limite de curta exposição definido para 15 ou 30 minutos, respectivamente.
f) se mais de uma substância estiver presente, avaliar os efeitos aditivos ou sinérgicos de
exposição em vez de considerar o efeito isolado de cada substância. Para isso, calcular, inicialmente,
o FPMR para cada substância, como indicado em (e). Se as substâncias não apresentarem efeitos
tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema (fígado, rim, sistema nervoso central etc.),
considerar, para a seleção do respirador, o maior FPMR calculado. Se as substâncias apresentarem
efeitos tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema, devem ser considerados os efeitos
aditivos. Isto é feito utilizando a fórmula:
(Cm/Tm) = (C1/T1) + (C2/T2) + .... + (Cn/Tn)
Onde: C1,2,…,n = concentração de cada substância
T1,2,...,n = seu respectivo limite de exposição
Cm e Tm= concentração e limite de exposição da mistura
Se o valor de (Cm/Tm) for menor que a unidade, não é necessário o uso de respirador. Se a
soma dos quocientes (Ci/Ti) for maior que a unidade, tal valor é o FPMR para a mistura. Continuar
em (g).
g) Com base no Quadro 1, selecionar um respirador ou tipo de respirador que possua FPA
maior que o FPMR, considerando, para a escolha final, a adequação do respirador ao usuário, à
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tarefa (o tipo de trabalho a ser realizado, o nível de esforço físico, a duração e a frequência da tarefa,
necessidades quanto à mobilidade, comunicação e visão etc.) e ao ambiente de trabalho. Se o
contaminante for irritante aos olhos ou sua concentração no local de trabalho for tal que cause danos
aos olhos, selecionar um respirador com peça facial inteira, capuz ou capacete. Se o respirador
selecionado for do tipo purificador de ar, continuar no item (h);
Nota: Informações sobre o potencial irritante das substâncias podem ser obtidas na FISPQ ou em
International Chemical Safety Cards, no site http://www.cdc.gov/niosh/ipcs/
h) se o contaminante for um gás ou vapor, escolher o filtro químico apropriado. As seguintes
condições devem ser satisfeitas simultaneamente: 1) a concentração do contaminante no ambiente
deve ser menor que a sua concentração IPVS; 2) a concentração do contaminante no ambiente deve
ser menor que a Máxima Concentração de Uso (MCU) do filtro, conforme Quadro 2; 3) o filtro
químico deve ser compatível com a peça facial do respirador selecionado em (g); 4) para algumas
substâncias ver também o item (i). Se também estiver presente contaminante do tipo particulado ou
se o contaminante for somente do tipo particulado, continuar no item (j);
Nota: Quando estiverem presentes gases ou vapores e também contaminantes particulados,
devem ser usados filtros combinados (filtro químico + filtro para partículas), observando os critérios
de seleção dos itens (h) a (j).
i) se o contaminante for um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta, ou de toxidez
elevada, ou de difícil retenção pelo sorbente, é recomendado, de modo geral, o uso de respiradores
de adução de ar. Se estes não puderem ser usados por causa da inexistência de fonte de ar
respirável, ou por causa da necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar
poderá ser usado somente quando:
i1) o filtro químico possuir um indicador confiável de fim de vida útil que alerte o usuário antes de o
contaminante começar a atravessar o filtro; ou
i2) existir um plano de troca de filtro que se baseie em informações ou dados, tais como a vida útil
do filtro, a dessorção (a não ser que a substituição seja diária), a concentração esperada e o
tempo de exposição, que assegure que os filtros sejam substituídos antes de atingirem a
saturação.
j) se o contaminante for do tipo particulado, a seleção do filtro depende também da presença
ou ausência de partículas oleosas no aerossol. Se o aerossol:
j1) for mecanicamente gerado (poeiras ou névoas), usar filtro classe P1(*)(**) ou peça semifacial
filtrante para partículas PFF1(*)(**) se o FPMR for menor que 5;
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no mínimo,
peça semifacial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual ou maior que o
limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol contiver sílica cristalina,
deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se FPMR for menor que 10). Para
substâncias com limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3
se FPMR for menor que 10).
** Se o aerossol for oleoso (proveniente de lubrificantes, fluídos de corte, glicerina, veículos com
motor de combustão interna, ar comprimido de compressores lubrificados a óleo etc.), deverá ser
selecionado filtro resistente a óleo. A presença do óleo no ar pode ser determinada pelo método
NIOSH 5026 (oil mist, mineral).
j2) for mecanicamente gerado (poeiras e névoas) ou termicamente gerado (fumos), usar filtro
classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2(*)(**) se o FPMR for menor que
10);
j3) for névoa à base de tinta, esmalte ou verniz contendo solvente orgânico, usar filtro combinado:
filtro químico contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**). Pode-se utilizar filtro
da classe P1(*) (**) quando o FPMR for menor que 5;

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j4) for névoa contendo agrotóxico em veículo orgânico, usar filtro combinado: filtro químico contra
vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**); se o contaminante for um agrotóxico em
veículo água, usar filtro para partículas classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas
PFF2(*)(**), se o FPMR for menor que 10);
j5) contiver radionuclídeos, usar filtro classe P3(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas
PFF3(**) se o FPMR for menor que 10).

Quadro Fatores de proteção atribuídos (FPA)(a)


Tipos de coberturas das vias respiratórias
com vedação facial(b) sem vedação facial(b)
Tipo de respirador
peça semifacial(c) Peça facial capuz(e) outros(f)
inteira(d)
A – Purificador de ar
não motorizado 10(g) 100(h) ––––– –––––
motorizado(i) 50(j) 1000(k) 1000(k) 25
B – de adução de ar
de demanda sem pressão positiva 10(j) 100 ––––– –––––
de demanda com pressão positiva 50(j) 1000 ––––– –––––
de fluxo contínuo 50(j) 1000 1000 25
B2 – máscara autônoma (circuito aberto
ou fechado)
de demanda sem pressão positiva(l) 10(j) 100 ––––– –––––
de demanda com pressão positiva ––––– 10000 ––––– –––––
Fonte: Programa de Proteção Respiratória (FUNDACENTRO)

Observações sobre o Quadro 1:


(a) o FPA só é válido quando o respirador é utilizado conforme as recomendações contidas no
Programa de Proteção Respiratória (seleção correta, ensaio de vedação, treinamento, política da
barba etc.) e com a configuração constante em seu Certificado de Aprovação. O FPA não é aplicável
para respiradores de fuga.
(b) Processo pelo qual não exista vazamento ou entrada de ar contaminado;
(c) inclui as peças um quarto facial e semifacial reutilizáveis e a peça semifacial filtrante (PFF).
(d) para respiradores com peça facial inteira aprovados somente no ensaio de vedação qualitativo, o
FPA é igual a 10.
(e) o FPA é 1000 para respiradores com cobertura das vias respiratórias que cobrem a face, a
cabeça e se estendem até os ombros e também para capuzes considerados com vedação facial
(possuem uma peça semifacial em seu interior).
(f) inclui capacete, protetor facial etc.
(g) para respiradores com peças semifaciais reutilizáveis com, no mínimo, filtro P2 ou para peça
semifacial filtrante, no mínimo, PFF2, o FPA é 10. Para respiradores com peças semifaciais
reutilizáveis com filtro P1 ou para a PFF1, o FPA é 5. Para respiradores com peça um quarto facial, o
FPA é 5, independentemente da classe do filtro para partículas.
(h) para respiradores com peça facial inteira, o FPA é 100 somente quando equipado com, no
mínimo, filtro P2. Não se deve utilizar filtro P1 com esse tipo de respirador.
(i) não se deve utilizar filtros classe P1 com esse tipo de respirador.
(j) não se deve utilizar peça um quarto facial com esse tipo de respirador.

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(k) os FPA apresentados são de respiradores com filtros P3 ou sorbentes (cartuchos químicos
pequenos, médios ou grandes). Com filtros classe P2, deve-se usar FPA 100, devido às limitações
do filtro.
(l) a máscara autônoma de demanda sem pressão positiva não deve ser usada para combate a
incêndio ou situações IPVS.

Quadro Máxima concentração de uso de um filtro químico(a)


Máxima concentração Tipo de peça facial
Classe do filtro Tipo
de uso(c) (mL/m3)(d) compatível
Vapor orgânico(b) Um quarto facial,
FBC
Gases ácidos(b) 300 semifacial, facial inteira
Baixa capacidade
Amônia ou conjunto bocal
Vapor orgânico(b 1.000
Amônia 300
Um quarto facial,
Classe 1 Metilamina 100
semifacial, facial inteira
Cartucho pequeno Gases ácidos(b) 1.000
ou conjunto bocal
Ácido clorídrico 50
Cloro 10
Vapor orgânico(b) 5.000
Classe 2
Amônia 5.000 Facial inteira
Cartucho médio
Gases ácidos(b) 5.000
Vapor orgânico(b) 10.000
Classe 3
Amônia 10.000 Facial inteira
Cartucho grande
Gases ácidos(b) 10.000
Fonte: Programa de Proteção Respiratória (FUNDACENTRO)

Observações sobre da Máxima concentração de uso de um filtro químico:


(a) a máxima concentração de uso de um respirador em situação rotineira que incorpore filtro
químico, para um dado gás ou vapor, deve ser:
• menor que o valor IPVS;
• menor que o valor indicado neste Quadro para o referido gás ou vapor;
• menor que o produto FPA do respirador purificador utilizado x limite de exposição.
Dos três valores obtidos, o que for menor.
(b) não usar contra vapores orgânicos ou gases ácidos com fracas propriedades de alerta, ou
que geram alto calor de reação com o conteúdo do cartucho.
(c) para alguns gases ácidos e vapores orgânicos, esta concentração máxima de uso é mais
baixa.
(d) 1 mL/m3 = 1 ppm

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14.6 Seleção de Respiradores para Uso em Atmosferas IPVS e Espaços


Confinados ou Atmosferas com Pressão Reduzida

14.6.1 Atmosfera IPVS

Uma concentração de contaminantes IPVS é aquela que representa um risco muito grave à
saúde, podendo ter efeitos irreversíveis sobre esta, bem como em reduzir a capacidade do indivíduo
de abandonar áreas de risco ou mesmo podendo causar a morte.
Um local é considerado IPVS quando:
a) o contaminante presente ou a sua concentração é desconhecida; ou
b) a concentração do contaminante é maior que a concentração IPVS; ou
c) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em volume ao
nível do mar ou ppO2 = 159 mmHg), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja
devidamente monitorada e controlada; ou
d) é um espaço confinado não avaliado; ou
e) o teor de oxigênio é menor que 12,5% ao nível do mar (ppO2 menor que 95 mmHg); ou
f) para um indivíduo aclimatado ao nível do mar, a pressão atmosférica do local é menor que
450 mmHg (equivalente a 4.240 m de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem
de oxigênio ou redução na pressão que leve a uma pressão parcial de oxigênio menor que 95
mmHg.

14.6.2 Respiradores para uso em condições IPVS na pressão atmosférica normal

Se o respirador será utilizado em uma área IPVS, ele deve ser alternativamente:
I. Uma máscara autônoma de ar comprimido (possui peça facial inteira) com pressão positiva
aprovada com CA e que tenha autonomia mínima de 30 minutos, ou;
II. Um respirador que seja uma combinação de peça facial inteira com pressão positiva e com
suprimento por ar de linha dotada e também de um cilindro de ar comprimido reserva para
abandonos de emergência.
Deve ser mantida comunicação contínua entre o trabalhador, que entrou na atmosfera IPVS e
o que está de prontidão. Enquanto permanecer na área IPVS, o usuário deve estar com cinturão de
segurança e cabo que permita a sua remoção em caso de necessidade.
Podem ser usados outros recursos também, no lugar do cinturão e cabo de resgate, desde
que equivalente.

14.6.3 Considerações sobre os espaços confinados


Os espaços confinados são causas de numerosas mortes e de sérias lesões. Portanto,
qualquer espaço confinado com menos que 20,9% de oxigênio deve ser considerado IPVS, a menos
que a causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e controlada. Esta restrição é imposta
porque qualquer redução do teor de oxigênio é, no mínimo, uma prova de que o local não é
adequadamente ventilado.

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Pode ser permitida a entrada sem o uso de respiradores em espaço confinado, que contenha
de 19,5% até 20,9% em volume de oxigênio ao nível do mar, somente quando forem tomadas
precauções extraordinárias, quando é conhecida e entendida a causa da redução do teor de oxigênio
e ainda quando se tem certeza de que não existem áreas mal ventiladas nas quais o teor de oxigênio
possa estar abaixo da referida faixa. Não se conhecendo a causa do baixo teor de oxigênio, ou se
ela não for controlada, a atmosfera do espaço confinado deve ser considerada IPVS.

14.6.4 Pressão atmosférica reduzida


Mesmo mantendo a concentração em 20,9%, quando a pressão atmosférica é reduzida, a
pressão parcial de oxigênio (ppO²) pode atingir valores muito baixos (ver Tabela 5). Por isso, quando
são realizados trabalhos em pressão atmosférica reduzida, deve-se exprimir a concentração de
oxigênio em termos de pressão parcial de oxigênio e não em porcentagem em volume.

14.6.4.1 Deficiência de oxigênio IPVS envolvendo pressão atmosférica reduzida


Quando a pressão parcial de oxigênio de um dado ambiente é igual ao menor que 95 mmHg,
a situação deve ser considerada IPVS. Essa deficiência de oxigênio pode ser causada pela redução
do teor de oxigênio abaixo de 20,9%, pela redução da pressão atmosférica até 450 mmHg
(equivalente a uma altitude de 4.240 m), ou pela combinação da diminuição da porcentagem de
oxigênio e da pressão atmosférica. A Tabela 5 indica as condições nas quais deve ser usada a
máscara autônoma de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, ou o respirador de
linha de ar comprimido, de demanda com pressão positiva, com peça facial inteira, combinado com
cilindro auxiliar para escape.

14.6.4.2 Deficiência de oxigênio não IPVS


Um ambiente cuja pressão parcial de oxigênio está entre 95 e 122 mmHg deve ser
considerado atmosfera com deficiência de oxigênio não IPVS. Esse ambiente pode afetar de modo
adverso pessoas com baixa tolerância a níveis reduzidos de oxigênio, ou pessoas não aclimatadas
desempenhando tarefas que requeira grande acuidade mental ou tarefas muito pesadas. Nestas
condições, com a finalidade de atenuar esses efeitos, deve-se usar respiradores de adução de ar,
conforme indicado na Tabela 5.
Deve ser levada em consideração qualquer condição médica adversa que afete a tolerância
de um indivíduo a níveis reduzidos de oxigênio. Para esses indivíduos pode ser recomendável o uso
de respiradores de adução de ar a partir da pressão parcial de oxigênio mais elevada que os valores
indicados. Esta decisão deve ser tomada durante o exame médico que antecede a atribuição
daquela tarefa.

14.6.5 Operações de Jateamento


Para operações de jateamento deve-se selecionar respiradores especificamente aprovados
para este fim. O jateamento em espaços confinados pode gerar níveis de contaminação que
ultrapassam a capacidade de qualquer respirador, exigindo a adoção de outras medidas de controle
de modo a diminuir o Fator de Proteção Requerido abaixo do Fator de Proteção Atribuído para
aquele respirador. Deve-se estar atento à obrigatoriedade do uso de ar respirável.

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Observações sobre a Tabela 5:


a) A ppO² = 95 mmHg, que dita a necessidade de máscara autônoma de demanda com
pressão positiva, com peça facial inteira, ou respirador de linha de ar combinado com
cilindro auxiliar, exige que o usuário seja saudável. Deve ser levada em consideração
qualquer condição clínica que afete desfavoravelmente a tolerância individual à
redução de teor de O². Para estes indivíduos, é maior a ppO² a partir da qual é
necessário o uso dos respiradores indicados. Esta é uma decisão médica.
b) Observe que em 3.030 m e acima desta altitude, qualquer respirador de adução de ar
que forneça ar com 20,9 % de oxigênio não conseguindo atingir a ppO² de 122 mmHg
e assim evitar os seguintes sintomas: aumento da frequência respiratória e do
batimento cardíaco, diminuição da atenção e do raciocínio e redução da coordenação
motora. Portanto, neste caso que exigem o uso de respirador porque o teor de O² está
abaixo de 20,9 %, deve-se escolher um respirador especial. Aprovado, do tipo de
adução de ar que forneça oxigênio enriquecido ou máscara autônoma de circuito
fechado. A 3.030 m de altitude deve-se usar ar com no mínimo 23 % de O² e a 4.240
m o ar deve conter 27 % de O² (ppO² = 122 mmHg).
c) De demanda com pressão positiva e peça facial inteira.

Nota: A NR-6 especifica que um ambiente deve ser considerado como deficiente de oxigênio quando a
concentração de oxigênio é de 18%. Como se vê, é uma situação não IPVS. Os respiradores purificadores de
ar somente devem ser usados quando a concentração de oxigênio no ambiente estiver acima de 18%.

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15 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


No Direito do Trabalho e no Direito Previdenciário observa-se uma dinâmica intensa, as
modificações são frequentes, as alterações periódicas. Sabemos que a partir da lei, no sentido estrito
do termo, percorre-se uma longa cadeia de atos até a concretização da norma (temos então
Portarias, Instruções Normativas, Ordens de Serviço, Modelos).
A Segurança e saúde no Trabalho preocupa-se com todas as ocorrências que interfiram em
solução descontinuidade em qualquer processo produtivo, independente se nele tenha resultado
lesão corporal, perda material, perda de tempo ou mesmo esses três fatores conjuntos.
É sabido que prevenção de acidentes não se faz simplesmente com a aplicação de normas,
porém elas indicam o caminho obrigatório e determinam limites mínimos de ação para que se
alcance, na plenitude, os recursos existentes na legislação. É necessário que se conheça seus
meandros e possibilidades e, com isso, conseguir eliminar, ao máximo, os riscos nos ambientes de
trabalho.

15.1 Condições de Segurança e Saúde no Trabalho

Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e
saudável qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os direitos humanos e a
qualidade de vida, verifica-se, gradativamente, a grande preocupação com as condições do trabalho.
A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato que,
infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. É possível
conciliar economia e saúde no trabalho.
As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as lesões por esforços repetitivos),
já há séculos vem sendo diagnosticadas.
Os problemas relacionados com a saúde intensificam-se a partir da Revolução Industrial. As
doenças do trabalho aumentam em proporção a evolução e a potencialização dos meios de
produção, com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades.
No início da década de 70, o Brasil foi o detentor do título de campeão mundial de acidentes.
e, em 1977,o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por sua
reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. Trata-se do
Capítulo V, Título II, artigos154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho, hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, regulamenta os
artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando Normas Regulamentadoras - NRs.
Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde ocupacional.

A proteção à saúde do trabalhador fundamenta-se, constitucionalmente, na tutela “da vida


com dignidade”, e tem como objetivo primordial a redução do risco de doença, como exemplifica o
art. 7º, inciso XXII, e também o art. 200, inciso VIII, que protege o meio ambiente do trabalho, além
do art. 193, que determina que “a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como
objetivo o bem-estar e a justiça sociais”. Posteriormente, o Ministério do Trabalho, por meio da
Portaria nº 3.067, de 12.04.88, aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais vigentes.
A Portaria SSST nº 53, de 17.12.97, aprovou a Norma Regulamentadora de Segurança e
Saúde no Trabalho Portuário.

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Atuando de forma tripartite o Ministério do Trabalho e Emprego, divulga para consulta pública
a Portaria SIT/SST nº 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, para a criação da Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria nº 30, de 22.10.02, da Secretaria de Inspeção
do Trabalho, do MTE, divulgando para consulta pública proposta de texto de criação da Norma
Regulamentadora Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.
Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no
trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais
e na sociedade como um todo.
Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor número de acidentes e
doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços,
devem ser apoiadas.
Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a
conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador
saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.

15.2 Acidente do Trabalho

Acidente do trabalho e o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa


ou pelo exercício do trabalho dos segurados previdenciários, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho.

15.2.1 Consideram-se acidente do trabalho:


1) Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social;
2) Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da
Previdência Social

15.2.2 Não são consideradas como doença do trabalho:


a) Doença degenerativa
b) A inerente a grupo etário;
c) A que não produza incapacidade laborativa;
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.

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15.2.3 Equiparam-se ao acidente do trabalho:

1) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
2) O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
3) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade;
4) O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhorar capacitação da
mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade
do segurado;

5) Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação


de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho;

Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do
anterior.

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15.2.4 Comunicação do acidente

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o


primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-
contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências.
Da comunicação de acidente do trabalho receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou
qualquer autoridade pública, não prevalecendo o prazo previsto de um dia.
A empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação do acidente feita
pelos terceiros acima citados. Os sindicatos e as entidades de classe poderão acompanhar a
cobrança das multas, pela Previdência Social.

15.3 Benefícios Previdenciários

15.3.1 Auxílio-doença
O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo
Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias
consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao
segurado empregado o seu salário integral.
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o
exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar
o segurado empregado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar os
quinze dias.
O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade.
Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova
atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, for aposentado
por invalidez.
O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como
licenciado.

15.3.2 Auxílio- acidente


O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua

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acumulação com qualquer aposentadoria. O recebimento de salário ou concessão de outro benefício,


exceto de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
A Previdência Social prevê que a perda da audição, em qualquer grau, somente
proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade
entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho, que habitualmente exercia.

15.3.3 Aposentadoria por invalidez


A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será
devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á
paga enquanto permanecer nesta condição.
A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação mediante exame
médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se
acompanhar de médico de sua confiança.
Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o
trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado empregado, a contar do décimo
sexto dia do afastamento da atividade, ou a partir da entrada do requerimento, se entre o
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias.
Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá
à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será
observado o seguinte procedimento:

I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da


aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, o benefício
cessará de imediato para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como
documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social.

II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data
da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente
exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade.

Observe-se que o beneficiário empregado em gozo de uma das prestações, acima citadas,
tem direito ao abono anual, equivalente ao 13º salário

15.3.4 Pensão por morte


A pensão por morte seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é devida aos
dependentes do segurado.

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15.3.5 Estabilidade provisória


O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença
acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Em se tratando de contrato por prazo determinado, a rescisão contratual poderá ser efetuada
no término do prazo ajustado, não havendo que se falar em estabilidade.
Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por até 15 (quinze) dias da empresa, não
há concessão do auxílio-doença e não haverá garantia de emprego.
A garantia de emprego de doze meses só é assegurada após a cessação do auxílio-doença.
Caso o empregado se afaste com periodicidade para tratamento médico, com percepção de auxílio-
doença acidentário, será computada a garantia de doze meses a partir do retorno do empregado ao
trabalho, isto é, quando da cessação definitiva do auxílio-doença acidentário.
Destaque-se, também, que o contrato de trabalho do empregado encontra-se interrompido até
o décimo quinto dia e suspenso a partir do décimo sexto dia ao do acidente.

15.4 Seguro Acidente do Trabalho - SAT

O Seguro Acidente do Trabalho - SAT tem sua base constitucional estampada no inciso
XXVIII do art. 7º, Inciso I do art. 195 e inciso I do art. 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo
ao empregado um seguro contra acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante
pagamento de um adicional sobre a folha de salários, com administração atribuída à Previdência
Social.

A base infraconstitucional da exação é a Lei nº 8.212/91, que estabelece em seu art. 22, II:
“Art.22 – A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de:
I - ................................................................................................................................................

II - para o financiamento do benefício previsto nos ART’s 57 e 58 da Lei 8.213/91, de 24 de


julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas,
no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de


acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de
acidentes do trabalho seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de
acidentes do trabalho seja considerado grave.

A atividade preponderante da empresa, para fins de enquadramento na alíquota de grau de


risco destinada a arrecadar recursos para custear o financiamento dos benefícios concedidos em

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razão de maior incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, é aquela que
ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos.
O enquadramento das atividades da empresa é de responsabilidade da própria empresa
como, também, estabelece o Decreto nº 3.048/99, em seu art.202, § 4º, que a empresa o faça de
acordo com a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes graus de risco, prevista em
seu Anexo V, obedecidas as seguintes disposições:

a) A empresa com estabelecimento único e uma única atividade enquadrar-se-á na


respectiva atividade;
b) A empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica para
enquadrar-se simulará o enquadramento em cada uma delas, prevalecendo como
preponderante aquela que tenha o maior número de segurados empregados e
trabalhadores avulsos;
 Para fins de enquadramento não serão considerados os empregados que
prestam serviços em atividades-meio, assim entendidas aquelas atividades
que auxiliam ou complementam indistintamente as diversas atividades
econômicas da empresa, como, por exemplo, administração geral, recepção,
faturamento, cobrança, etc.;
c) A empresa com mais de um estabelecimento e diversas atividades econômicas
procederá da seguinte forma:
 Enquadrar-se-á, inicialmente, por estabelecimento, em cada uma das
atividades econômicas existentes prevalecendo como preponderante aquela
que tenha o maior número de segurados empregados e trabalhadores
avulsos e, em seguida, comparará os enquadramentos dos estabelecimentos
para definir o enquadramento da empresa, cuja atividade econômica
preponderante será aquela que tenha o maior número de segurados
empregados e trabalhadores avulsos, apurada dentre todos os seus
estabelecimentos;
 Na ocorrência de atividade econômica preponderante idêntica (mesmo
CNAE), em estabelecimentos distintos, o número de segurados empregados
e trabalhadores avulsos dessas atividades será totalizado para definição da
atividade econômica preponderante da empresa;
d) Apurando-se, no estabelecimento, na empresa ou no órgão do poder público, o
mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades
econômicas distintas, será considerado como preponderante aquela que corresponder
ao maior grau de risco.
Importante frisar que, para o financiamento dos benefícios de aposentadoria especial,
segundo a Lei nº 9.732/98 (DOU de 14.12.98), com vigência a partir da competência de abril/99, as
alíquotas (1%, 2% ou 3%) serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a
atividade, exercida pelo segurado a serviço da empresa, que permita a concessão desse benefício
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.

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15.5 Normas Regulamentadoras

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal


que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e
segurança por meio de normas específicas
As Normas Regulamentadoras, também chamadas de “NR’s”, foram publicadas pelo
Ministério do Trabalho através da Portaria N.° 3.214 em 08 de junho de 1978, com o objetivo de
estabelecer os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde
Ocupacional (SSO). A partir de então, uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério
do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao
trabalhador. Assim as NRs regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios
relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil.
As NRs são de observância obrigatória pelas empresas privadas, públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Elas são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta por representantes
do governo, empregadores e empregados. As NR são elaboradas e modificadas por meio de
Portarias expedidas pelo MTE.
A NR-33 (Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados) tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento,
avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a
segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

Atualmente existem 35 Normas Regulamentadoras que são:


NR - 01 - Disposições Gerais
NR - 02 - Inspeção Prévia
NR - 03 - Embargo ou Interdição
NR - 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho
NR - 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR - 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI
NR - 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional
NR - 08 - Edificações
NR - 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
NR - 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR - 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR - 12 - Máquinas e Equipamentos
NR - 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
NR - 14 - Fornos
NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres
NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas
NR - 17 - Ergonomia
NR - 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR - 19 - Explosivos
NR - 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
NR - 21 - Trabalho a Céu Aberto
NR - 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR - 23 - Proteção Contra Incêndios
NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR - 25 - Resíduos Industriais
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NR - 26 - Sinalização de Segurança
NR - 27- Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades
NR - 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR - 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR - 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura
NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR - 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR – 35 – Trabalho em Altura

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16 RESGATE EM ESPAÇO CONFINADO

16.1 Noções Básicas de Emergência e Salvamento

Entradas para resgatar trabalhador acidentado devem ser precedidas de planejamento.


Todos os riscos potenciais existentes devem ter sido revistos. O vigia e o socorrista devem conhecer
antecipadamente a disposição física do espaço, os procedimentos de saída de emergência e de
suporte à vida necessários

16.1.1 Planejamento e Preparação: Feito Antes de Iniciar a Execução do Trabalho

Sob nenhuma circunstância o vigia deverá adentrar ao espaço confinado até que ele esteja
seguro e certificado que adequada assistência está presente. Enquanto aguarda a chegada de
pessoal de resgate e primeiros socorros ele deverá, do lado de fora do espaço confinado, fazer
tentativas de resgatar o trabalhador através da linha de vida.
Os riscos encontrados e associados com entradas e trabalho em espaços confinados são
capazes de causar lesões, doenças ou até mesmo a morte do trabalhador. Acidentes ocorrem
porque geralmente as pessoas que adentram esses locais falham no reconhecimento dos riscos
potenciais.
Antes de iniciar o salvamento, informações sobre o espaço confinado deverão ser obtidas,
tais como: natureza do agente contaminante, metragem cúbica, o tipo de trabalho que estava sendo
realizado e quantos trabalhadores estão operando no local. Se utilizar ventilação forçada, está não
deverá criar riscos adicionais, como a recirculação do agente contaminante devido a uma má
colocação da saída da manga de exaustão.
Muito embora a norma tenha sido desenvolvida para, através da prevenção e da previsão,
evitar o resultado acidente de trabalho tornando desnecessário o emprego de equipes de
salvamento, a verdade é que as peculiares condições que envolvem operações em um espaço
confinado acabam, por vezes, ultrapassando os limites da previsibilidade e dando margem a
manifestação da emergência. É nesse momento que entram em cena os socorristas, minimizando os
efeitos deletérios do acidente.
As técnicas de primeiros socorros que são abordadas não serão diferentes daquelas
universalmente aceitas e reconhecidas como de maior efetividade na manutenção da vida, bem
como o perfil do trabalhador empregado como socorrista não será diferente daquele que vem sendo
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utilizado no recrutamento e seleção desse profissional. O socorrista que, de acordo com a norma,
atuará no espaço confinado deverá ter as mesmas habilidades e capacitação de seus colegas que
prestam atendimento pré-hospitalar em qualquer outra área. O que vai diferenciá-lo é que em seu
campo de trabalho o ambiente de atuação determinará as tomadas de decisão, alterando as
prioridades e sequências do atendimento, em prol do bem estar da vítima e do próprio socorrista.
Podemos apontar que a principal diferença que norteará as decisões do socorrista, diz
respeito ao local de intervenção e prestação de socorros. Espaços confinados podem e comumente
desenvolvem atmosferas IPVS e nesses casos a vítima deverá ser primeiramente removida do local
para depois receber cuidados médicos. O socorrista deverá redobrar sua atenção quando adentrar
nesses ambientes para que também não venha a se tornar uma vítima.
A NBR 14787 prevê que as empresas que executem trabalhos em espaços confinados, mantenham
serviços de resgate: “5.6 Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros
sempre à disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.”

16.2 Incidente

A sequência de ações a seguir, é para entradas em espaços confinados acidentalmente.

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16.3 Material e Equipamento

A norma menciona que a empresa deverá dispor de equipamentos para realizar primeiros
socorros:
“Equipamentos para atendimento pré-hospitalar.”
Os equipamentos e materiais disponíveis no mercado são frutos de pesquisas e
experiências de muitos anos no atendimento de vítimas com vida nas mais diversas situações. As
equipes de resgates devem analisar e utilizar aqueles que atendem suas necessidades e seus
procedimentos operacionais.
A seguir alguns exemplos que podem nortear um chefe de equipe de resgate, lembrando
que nessa área a tecnologia está sempre desenvolvendo novos equipamentos. Para facilitar
grupamos os materiais da seguinte forma:
Equipamentos para Transporte: padiola, sked e maca com rodas.
Equipamento para Ventilação e Reanimação: sistema portátil de oxigênio, ventiladores
manuais (ambus), máscaras, cânulas orofaringeasl, etc.
Material para Imobilização: talas infláveis, prancha curta e longa, talas rígidas, talas de
arame, bandagem triangular, etc.
Material para Ferimentos: bandagens de diversos tamanhos, fita adesiva, tesoura, pinças,
bandagens para queimaduras, luvas, “campos” esterilizados, cobertor, etc.
Material Médico: esfigmomanômetro, estetoscópio, soro fisiológico, toalhas, etc.
Equipamentos para salvamento terrestre: cunha hidráulica, martelete picotador,
alavancas, pás de escota, croque isolante, moto abrasivo, caixa de ferramentas completa, luvas
isolantes, talha de corrente, etc.
Equipamento para salvamento aquático: nadadeiras e flutuador salva-vidas.
Equipamento para salvamento em altura: Freseg, cordas multiuso, mosquetões etc.
Equipamento de proteção: cone de sinalização, iluminação de emergência, capas de
proteção, coletes reflexivos, óculos de segurança, faca de salvamento, lanternas, equipamento de
proteção respiratória, extintor de incêndio, capacetes, farol (tipo Sealed-Beam com extensão de 5m),
etc.
Equipamento de comunicação: rádio transceptor, hand-talk, protocolo, etc.

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17. O SOCORRISTA

Para os objetivos do nosso treinamento, vamos importar, em grande parte, os conceitos


utilizados na formação desse profissional em outras áreas da atividade humana e em particular do
Corpo de Bombeiros, pois o que os diferencia é o campo de atuação. Dessa forma vamos conhecer
a definição do socorrista e quais as características físicas e psíquicas desejáveis nesse profissional.

17.1 Definição

Socorrista é a pessoa habilitada em atendimento pré-hospitalar capaz de dispensar cuidados


médicos de emergência no local do acidente, ou em deslocamento ao hospital, a qualquer paciente
que porventura venha a assistir. Uma pessoa que haja sofrido um acidente ou um mal súbito
qualquer é chamada de vítima. Uma vez que um socorrista habilitado e credenciado inicia a
prestação de cuidados de emergência, a vítima passa a ser chamada de paciente.

17.2 Regras

Em um local de emergência toda atividade do socorrista é direcionada no sentido de


assegurar ao paciente: segurança, cuidados médicos, e conforto. Mas para atingir esses objetivos, o
socorrista deve preocupar-se inicialmente com a sua própria segurança.
Em virtude disso deve-se observar as principais regras, que são:

1. Estar sempre preparado para atender as emergências.


2. Atender rapidamente, mas com segurança.
3. Certificar-se de que sua entrada no local da emergência é segura.
4. Garantir acesso ao paciente, utilizando ferramentas especiais quando necessário.
5. Determinar qual o problema do paciente e providenciar os cuidados de emergência
necessários.
6. Liberar, erguer e mover o paciente sem lhe causar lesões adicionais.
7. Planeje e execute com cuidado a movimentação de um paciente, do local onde se encontra
até o veículo de socorro.
8. Transporte o paciente para o recurso médico adequado, transmitindo informações sobre o
paciente.

OBSERVAÇÃO: A preocupação com a segurança pessoal é sobretudo importante para


o socorrista que vai atuar em um espaço confinado. O desejo de ajudar aqueles que
necessitam de cuidados médicos podem fazê-lo esquecer dos perigos do local. O mesmo
deve certificar-se de que pode chegar de maneira segura até a vítima e que essa segurança se
manterá enquanto você prover os primeiros socorros.

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17.3 Responsabilidades

Trabalhando como socorrista, poderá exercer uma ou todas as funções e ações que iremos
relacionar em seguida:
 Controlar um local de acidente, promovendo primeiramente segurança pessoal e ao paciente,
evitando acidentes adicionais.
 Analisar o local da ocorrência, verificando se não irá precisar de auxílio de: policiais,
bombeiros, companhias concessionárias de serviço público e outros serviços que possam ser
necessários.
 Assegurar acesso ao paciente em ocorrência de desabamento, soterramento, explosão,
incêndio, etc.
 Determinar qual o problema do paciente, colhendo informações do local, testemunhas e do
próprio paciente, verbais ou através de exames.
 Dar o máximo de si, promovendo cuidados de emergência dentro do seu nível de
treinamento.
 Tranquilizar o paciente, parentes e testemunhas, providenciando suporte psicológico.
 Liberar o paciente utilizando técnicas e materiais apropriados.
 Transportar com segurança um paciente, para o recurso médico apropriado, monitorando-o
durante o trajeto, promovendo cuidados de emergência e comunicando-se com o Centro de
Operações.
 Informar ao setor de emergência do hospital, as informações obtidas, o trabalho realizado e
colaborar com qualquer auxílio que lhe for solicitado

17.4 Condições, Treinamento e Experiência

Para se tornar um socorrista e trabalhar em equipes de resgate, além do curso específico, o


candidato, dependendo do seu local de trabalho, ainda poderão ter que ser habilitado e credenciado
em:
 Atividades de salvamento em altura, uma vez que em determinadas ocorrências, há
necessidade de utilizar material e técnicas específicas.
 Utilização das ferramentas e equipamentos que estão disponíveis na equipe de
resgate.
 Técnicas de combate a incêndios.
 Operar equipamento de radiocomunicação, conhecendo os códigos utilizados para
transmissão.
 Conhecer os procedimentos operacionais adotados pela equipe de resgate da qual vai
fazer parte e comportar-se de acordo com o que eles prescrevem.

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18 PRIMEIROS SOCORROS

O curso da NR-33 por se tratar da Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços


Confinados, tem os primeiros socorros direcionados para acidentes provocados em espaço
confinado, sendo considerados os riscos diretos e indiretos e suas consequências, dependendo do
trabalho a ser executado no ambiente confinado.
Salientamos que um curso de primeiros socorros é bem amplo e especifico, não tendo este
modulo (NR-33), o objetivo de substituir um curso de primeiros socorros, pois somente com um curso
completo e especifico de primeiros socorros a pessoa terá o conhecimento profundo das técnicas
para diversas situações que podem ocorrer no dia-a-dia.
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o
atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente presta-se
atendimento no próprio local.
As providências a serem tomadas inicialmente são:
 Uma rápida avaliação da cena e vítima;
 Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,
com a utilização de técnicas simples;
 Acionar corretamente um serviço de emergência local.
Apesar das medidas de segurança comumente adotadas no ambiente de trabalho e dos
cuidados que as pessoas têm com suas próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados
porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do
nosso cotidiano, o que requer a presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. Mas, por mais que se
aparelhem hospitais e pronto-socorro, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMU’s – Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do atendimento
profissional. E, nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas pessoas
presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo local.
Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa
que esta preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou mal súbitos deve ter
noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a
chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. A
prestação dos Primeiros Socorros depende de conhecimentos básicos, teóricos e práticos por parte
de quem os está aplicando-o. Por isso é fundamental que as pessoas tenham um curso especifico de
primeiros socorros, para assim auxiliar ou até mesmo não agravar mais o estado da vitima.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequado capazes de auxiliar numa emergência. O socorro imediato evita que um
ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte
do acidentado.
É comum que as pessoas sintam-se incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. Mas não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas de
acidentes ou de um mal súbito.

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Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas


dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém
que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,
ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem
um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar
assistência especializada como, ambulância e bombeiros, é de suma importância para o atendimento
adequado. Ao pedir ajuda, deve procurar passar o máximo de informações, como endereço do
acidente, ponto de referencia, sexo da vitima, idade aproximada, tipo de acidente e numero de
vitimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um
curativo num ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a equipe
especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que
estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.

18.1 Procedimentos Gerais

Em espaços confinados, assim que o vigia chamar o socorrista, que


indicará das prioridades ao socorrista, o mesmo irá fazer uma rápida avaliação da
situação.
O socorrista deve fazer uma observação detalhada da cena, certificando-
se de que o local onde se encontra a vítima está seguro, analisando a existência
de riscos, como desabamentos, atropelamentos, colisões, afogamento,
eletrocussão, agressões entre outros.
Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que o socorrista deve ser
aproximar da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar
mais uma vítima. Lembre-se Primeiro o Socorrista, depois sua equipe e por ultimo a Vítima.

Antes de examinar a vítima, se deve proteger para evitar riscos de contaminação através do
contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso é importante a utilização de kits de
primeiros socorros como; luvas, óculos, máscaras entre outros. Na ausência desses dispositivos,
vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam disponíveis.
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar suas condições enquanto conversa com ela.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
 Pedido de ajuda qualificada e especializada
 Avaliação das vias áreas
 Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos
 Prevenção do estado de choque
 Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves
 Preparação da vítima para remoção segura
 Providencias para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)

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18.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros:

 Agir com calma e confiança – evitar o pânico


 Ser rápido, mas não precipitado
 Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações
 Usar criatividade para improvisação
 Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança
 Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima
 Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a
 Falar de modo claro e objetivo
 Aguardar a resposta da vítima
 Não atropelar com muitas perguntas
 Explicar o procedimento antes de executá-lo
 Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer
 Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário,
para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue.
 Atender a vítima em local seguro (remove-la do local se houver risco de explosão,
desabamento ou incêndio).

18.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro

Devido à importância do ato de prestar socorro, há artigos específicos na legislação brasileira


acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por exemplo, todo indivíduo tem o dever de
ajudar um acidentado ou chamar o serviço especializado para atendê-lo; a omissão de socorro
constitui crime previsto no Artigo 135.
Na CLT, o artigo 181 prescreve a necessidade dos que trabalham com eletricidade de
conhecerem os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico. Por isso, a NR-10 ao tratar de
situações de emergência, reforça, em seu item 10.12.2, uma exigência, bem como inclui um
conteúdo básico de treinamento para os trabalhadores que venham a ser autorizados a intervir em
instalações elétricas.
Código penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal ou de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
CLT - Art. 181 – Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem
estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

18.2.1 Aspectos Legais


Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto
comentaremos os principais tópicos penais que podem ser de interesse.

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Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.

Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito

Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstancias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.

Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.

Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.

Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.

As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 18.2 do código penal art. 135, a omissão de socorro é crime,
cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o deve jurídico de prestar
assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os iniciar
os procedimentos. Por outro lado o Art. 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de
outrem.
Por este motivo deve-se estar muito confiante, preparado e treinado para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.

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Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima quando não estamos preparados para iniciarmos manobras complexas.

18.3 Urgências Coletivas

Acidentes em locais onde há aglomeração de pessoas costuma envolver um grande número


de vitimas e nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso.
Ao se deparar com uma urgência coletiva, se deve tomar as seguintes medidas:
 Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa cível,
bombeiros e polícia.
 Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas.
 Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas.
 Retirar as vítimas que estejam em local instável
 Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas
para que as mais graves possam ser removidas primeiro.
 Providenciar o transporte de forma adequada para não complicar as lesões

18.4 Caixa de Primeiros Socorros

É importantíssimo e recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa de primeiros


socorros, para que no caso de algum inconveniente você esteja preparado.
Há alguns itens necessários para uma caixa de primeiros socorros como:
 Compressas de gaze (preferencialmente esterilizadas).
 Rolos de atadura de crepe ou de gaze (tamanhos diversos)
 Esparadrapo
 Tesoura de ponta arredondada
 Pinça
 Soro fisiológico ou água bidestilada
 Luvas de látex
 Lanterna

18.5 Choques Elétricos

Alguns trabalhos em ambiente confinado são para reparação ou manutenção de fios ou


equipamentos elétricos.
Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima
de choque elétrico às vezes apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a pessoa que leva o choque fica presa
no equipamento ou fios elétricos, isso pode ser fatal. Se tocar na pessoa, a corrente também irá
atingi-lo, por isso, antes de tudo é necessário desligar o aparelho desligando a chave geral.

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18.5.1 Procedimentos para choque elétrico

Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.

Para atender uma vítima de choque elétrico devemos seguir alguns passos básicos como:

 Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação);


 Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração.
 Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem
cardíaca.
 Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu
alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha
atingido. Depois prestar os primeiros socorros, providencie assistência médica
imediata.

As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que vemos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvido esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica pode desligá-los. Nesse caso, entre em contato
com a central, os bombeiros ou a policia, indicando o local exato do acidente. Procedendo dessa
maneira, você certamente poderá evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que você deverá prestar socorro.

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica o acidentado


pode apresentar:
 Sensação de formigamento;
Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;
 Inconsciência;
 Dificuldade respiratória ou parada respiratória;
 Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;
 Queimaduras;
 Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;

No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.

18.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR

Nos ambientes confinados, quando não são utilizados os EPIs adequadamente, podem levar
a uma parada cardiorrespiratória, sendo essencial buscarmos saber do que se trata e como proceder
nesses casos.

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A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é


a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada
de uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A
parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.

18.6.1 Parada Respiratória

Como sabemos o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia, essa ultima pode ocorrer em
ambientes confinados.
A parada respiratória pode correr por diversas situações como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpo
estranhos na garganta, choque elétrico entre outros.
Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vitima, chegando
bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
 Se o tórax se expande
 Se há algum ruído de respiração
 Sentir na sua própria face se há saída de ar

Sinais de Parada Respiratória

 Inconsciência
 Tórax imóvel
 Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca)

18.6.2 Parada Cardíaca

Ocorrendo uma parada respiratória temos que ficar atentos, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.

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Sinais de Parada Cardíaca

 Inconsciência
 Ausência de pulsação (batimentos cardíacos)
 Ausência de som de batimentos cardíacos

Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais que passam pelo
corpo, as mais utilizadas é a que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre uma
ausência de pulsação nessas artérias é um dos sinais mais evidentes que ocorreu uma parada
cardíaca.

Quando ocorrer de ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se
observar se a vítima apresenta algum sinal de circulação como:
 Respiração
 Tosse ou emissão de som
 Movimentação
Em casos onde esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima esta sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.

18.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória

Primeiramente deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima
buscando saber se ela esta consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência a
prioridade é pedir auxilio qualificado.
Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, o socorrista deve usar os dispositivos de
proteção possíveis ou improvisados como; luvas, panos ou sacos plásticos.
A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
 A - Vias Aéreas
 B - Boca (Respiração) ou Boa respiração
 C - Circulação

Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).
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16.6.3.1 Obstrução das Vias Aéreas

A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas por várias maneiras como; sangue, secreções
e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa
esta inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás,
impedindo a passagem do ar.

O que fazer em casos de obstrução

 Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.


 Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da
vítima com um pano limpo e virar sua cabeça para o lado facilitando a saída do liquido.
 Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo; essa
manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas.
 Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda
acidente de transito, agressão entre outros fatores, é necessário proteger a coluna
cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da
mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente
por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes
para frente, ou seja mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo
somente a boca da vítima.
 Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta
secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três
socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.

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A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vitima
esteja respirando o socorrista deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar
a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável

18.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP).

Se os procedimentos do item 12.6.3.1 obstrução das Vias Aéreas, não foram suficientes para
a vítima retornar a respirar, ou até mesmo a vitima não apresenta pulsação, será necessário a
reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer
respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as
chances de vida. Até então no Brasil 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de
chegar ao hospital.
A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, além de possuir os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50%
até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.

18.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca:

A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.

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Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente de


oxigênio, para o coração e o cérebro, interrompida quando o coração para. Não espere mais de dez
segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção.
Como demanda esforço físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se
puder

Procedimentos.

 Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou


 Colocar a vítima sobre uma superfície rígida
 Ajoelhar-se ao lado da vítima
 Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no meio do peito
da vítima (entre os dois mamilos).

 Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima
 Manter os braços retos e os cotovelos estendidos
 Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros;

 Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;


 Faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção
 Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos
 Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.

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Apesar de a nova norma mundial, não exigir a respiração artificial em reanimação


cardiopulmonar desde 2010, a NR-10 exige que seja passada o conhecimento, visto que a norma
regulamentar nº10 é de 2004.
Para uma suposta vítima de afogamento ou por asfixia a prioridade é para fornecer cerca de 5
ciclos (aproximadamente 2 minutos) de RCP- Reanimação Cardiopulmonar convencionais
(incluindo resgate de respiração) antes de ativar o sistema de resposta de emergência.
Este ciclo corresponde a 30 massagens cardíacas e 2 de respiração boca-a-boca;

Técnica de respiração boca-a-boca

 Manter a cabeçada vítima estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as


vias aéreas abertas.
 Fechar as narinas da vítima.
 Cobrir toda a boca da vítima com a sua boca e sobrar duas vezes com um intervalo
entre as ventilações.
 Liberar as narinas para que saia o ar que foi insuflado
 Observar se o tórax da vítima se expande (sobe) enquanto esta recebendo ventilação.
 Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou 6 segundos;
 Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao local

ATENÇÂO: As manobras de Primeiros Socorros sempre são reformuladas sendo necessário


o aluno sempre estar buscando se atualizar.

18.7 Estado de Choque

As principais causas do estado de choque são: hemorragias e queimaduras graves, choque


elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de qualquer origem, infecção grave e envenenamento por
produtos químicos.
O estado de choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas que não
possui, uma definição única que compreenda todas as suas diversas causas e origens.
Didaticamente, o estado de choque se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos
sanguíneos (artérias ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo.
O estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação dos tecidos do
corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema
cardiovascular.

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O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência
médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.

18.7.1 Sinais e sintomas


O estado de choque pode se manifestar de diferentes formas. A vítima pode apresentar
diversos sinais de sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. O
quadro clínico, portanto, é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o
estado de choque.

A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta geralmente os


seguintes sintomas:

 Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas,


lábios e pontas dos dedos.
 Suor intenso na testa e palmas das mãos.
 Fraqueza geral.
 Pulso rápido e fraco.
 Sensação de frio, pele fria e calafrios.
 Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.
 Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo, com pupilas dilatadas,
agitação.
 Medo (ansiedade).
 Sede intensa.
 Visão nublada.
 Náuseas e vômitos.
 Respostas insatisfatórias a estímulos externos.
 Perda total ou parcial de consciência.
 Taquicardia
 Queda de pressão arterial
 Tonturas e calafrios

18.7.2 Providencias a serem tomadas

Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente
não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.

Deitar a Vitima

 A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente.


 Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30cm) e a cabeça virada
para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar
pneumonia. (Caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna)

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 No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça,


os membros inferiores não devem ser elevados.
 Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a
circulação
 Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.
No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca
ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado
na Figura.

Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.

Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.

Pulso
Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No
choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).

Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.

Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.

Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque,


providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento
complexo que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos. Não
se deve dar nada para beber.
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18.8 Distúrbios causados pela Temperatura

A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos


químicos, podem causar lesões diferenciadas no corpo humano.
A temperatura do corpo humano, em um determinado momento, é o resultado de vários
agentes que atuam como fatores internos ou externos, aumentando ou reduzindo a temperatura.
Mecanismos homeostáticos internos atuam para manter a vida com a constância da temperatura
corporal dentro de valores ideais para a atividade celular. Estes valores oscilam entre 34,4 e 400C.
O contato com chamas e substancias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e até
mesmo à temperatura ambiente muito elevada, provocam reações no organismo humano que podem
se limitar à pele ou afetar funções orgânicas vitais.

18.8.1 Queimaduras

Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua
localização, extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando a avaliar a gravidade de
uma queimadura.

ÁREA ATINGIDA EXTENSÃO


Cabeça 7%
Pescoço 2%
Tórax e Abdome 18%
Costas e Região Lombar 18%
Cada Braço 9%
Cada Perna 18%
Genitália 1%

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Profundidade ou Grau das Queimaduras

Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em


graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.
São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso
de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de crianças de até 10 anos.

18.8.1.1 Queimadura de Primeiro Grau

É a mais comum, deixa a pele avermelhada, além de provocar


ardor e ressecamento, sendo a lesão é superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado quase sempre por
exposição prolongada à luz solar ou por contando breve com líquidos
ferventes.

Providências

As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande ou sejam em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em 3
dias.

18.8.1.2 Queimadura de Segundo Grau

Mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela


que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das
camadas superficiais da pele, com formação de feridas avermelhadas e
muito dolorosas.

Providências

Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Os casos mais graves a vítima deve ser encaminhada ao hospital.

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Deve-se:

 Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos 5 minutos;


 Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
 Cobrir com um pano limpo
 Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente):
 Não deve-se estourar as bolhas.
 Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.
 Não colocar nenhum produto caseiro.

Nota: Não se deve usar algodão porque aderir à ferida

18.8.1.3 Queimadura de Terceiro Grau

Queimaduras de terceiro grau são aquela em que todas as


camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e
ossos. Essas queimaduras apresentam-se secas, esbranquiçadas ou de
aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro,
diferentemente do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo
graus.

Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos
inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir
grande extensão do corpo.

Providências

O tratamento de queimaduras de modo geral pode ser feito da seguinte forma, podendo ser
de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.

 Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos 5 minutos.


 Proteger o local com um pano limpo.
 Providenciar atendimento médico.

Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.

Queimaduras elétricas:

Requer urgência hospitalar porque podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos.

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18.8.2 Insolação

A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém,
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte
ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.

Sinais e Sintomas:

 Tontura
 Enjoo
 Dor de cabeça
 Pele seca e quente
 Rosto avermelhado
 Febre alta
 Pulso rápido
 Respiração difícil

Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente observam-se
apenas alguns deles.

Providências

 Remover a vítima para lugar fresco e arejado;


 Aplicar compressas frias sobre sua cabeça;
 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas
umedecidas;
 Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente;
 Mantê-la deitada;
 Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
 Providenciar transporte adequado;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

O ideal é deixar que a temperatura vá diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, divido quedas bruscas de temperatura.

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18.8.3 Intermação
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados como alguns espaços
confinados com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no
organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.

Sinais e Sintomas:

 Temperatura do corpo elevada;


 Diferentes níveis de consciência;
 Pele úmida e fria
 Palidez ou tonalidade azulada no rosto
 Cansaço
 Calafrios
 Respiração superficial
 Diminuição da pressão arterial
Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de
tempo em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que
contenham sal.

Providências

 Remover a vítima para lugar fresco e arejado;


 Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;
 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano
umedecido com água;
 Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
 Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar.

18.9 Intoxicações

A intoxicação resulta da penetração de substância tóxica/nociva no organismo através da


pele, aspiração e ingestão.
Em trabalhos em espaços confinados há a possibilidade de inalação de algumas substancias
quando o profissional não utiliza os EPI’s adequadamente.

Sinais e sintomas de Inalação:

 Dor de cabeça
 Sonolência
 Enjoo
 Fraqueza muscular
 Respiração difícil

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 Inconsciência (em casos graves)


 Mudança da cor da pele (em casos graves)

Em atendimentos a vítimas de intoxicação, deve-se tomar cuidado para não se transformar


em mais uma vítima, expondo-se a intoxicação.

Providências

 Afastar imediatamente a vítima do ambiente contaminado e levá-la para um local


arejado.
 Observar o pulso e respiração, adotando os procedimentos adequados caso haja
necessidade.
 Manter a vítima quieta e agasalhada
 Encaminhá-la imediatamente para o atendimento médico

18.10 Ferimentos

18.10.1 Contusão

A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.
Em alguns casos quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.

Procedimentos

 Manter em repouso a parte contundida


 Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize.
 Caso utiliza o gelo, proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.

18.10.2 Escoriações

São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de


continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas
costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima quando isoladas.
Geralmente são causadas por instrumento cortante ou contundente.

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As escoriações acontecem quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele.


Esse tipo de ferimento acontece geralmente em consequência de quedas, quando a pele de certas
partes do corpo, sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações
mais frequente.
Procedimentos

 Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar.


 Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar
 Secar a região machucada com um pano limpo
 Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até
cessar o sangramento.
 Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não
seja possível, usar um lenço ou pano limpo.
 Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre o ferimento.
 Manter o curativo limpo e seco.

As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feita deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.

18.10.3 Amputações

As amputações são definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma


estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou
por forças de tração.
O reimplante é a primeira opção para pessoas que perderam um membro (se houver
esmagamento em qualquer parte do membro, as chances de reimplante diminuem). A primeira
providência, ao presenciar esse tipo de acidente, é ligar para 193 (serviço de resgate móvel). Se a
cidade dispuser de SAMU (Serviço de Atendimento Municipal ao Usuário), ligar 192

Procedimentos

 Chamar ajuda: tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais


rápido for feito o atendimento, maiores as chances de sucesso no
reimplante. Primeiro chamar o socorro e depois cuidar da vítima

 Assistência À vítima: Se a vitima estiver consciente fazer o possível


para acalmá-la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer
compressão no local da amputação, isso evita grandes perdas
sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é constante.

 Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito


Importante: não trocar os panos usados para fazer a compressão.

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Desse modo, a equipe médica poderá dimensionar a perda


sanguínea

 Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos


plásticos

 Isopor e Gelo: Colocar o membro embalado dentro de um isopor


com gelo e tampar, caso haja tampa. Nunca colocar a parte
amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso pode
causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante

 Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na


ambulância. Caso isso não seja possível, ter o cuidado de enviar a
parte amputada para o mesmo hospital onde a vítima está sendo
atendida

É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque.

18.10.4 Ferimentos no Tórax

Os ferimentos no Tórax podem ser muito graves, principalmente se os pulmões forem


atingidos.
Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede
do tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício.

Procedimentos

 Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes


 Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto)
 Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico.

O curativo impedirá a entrada de ar na inspiração, mas permitirá a saída de ar na expiração.

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Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa
ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.

18.10.5 Ferimentos no Abdome


Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do ferimento pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de
algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-
los no lugar.

Procedimentos

 Chamar atendimento especializado (SAMU 192, Bombeiros 193)


 Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos
úmidos.
 Nunca cubra os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha, papel
higiênico, algodão), que deixam resíduos difíceis de remover.
 Caso tenha algum objeto encravado não tente retira-lo.

18.10.6 Ferimentos nos Olhos


Os olhos são órgãos muito sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de
recursos para tratá-los. Portanto, cabe apenas adotar cuidados para não ferir ainda mais os olhos
que estiver sendo tratado

Procedimentos

 Nunca retirar dos olhos um objeto que esteja entranhado ou encravado.


 Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.
 Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos o que evitará mais irritação

Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.

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18.11 Hemorragia

É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc;
ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de
primeiros socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

18.11.1 Hemorragia Externa


Sinais e Sintomas

 Sangramento visível;
 Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
 Palidez de pele e mucosa.
Procedimentos

 Comprimir o local usando um pano limpo. (Quantidade excessiva de pano pode


mascarar o sangramento);
 Manter a compressão até os cuidados definitivos;
 Se possível, elevar o membro que está sangrando;
 Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

18.11.2 Hemorragia Interna


Sinais e Sintomas

 Sangramento geralmente não visível;


 Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do sangramento.
 Sangramento pela urina;
 Sangramento pelo ouvido;
 Fratura de fêmur;
 Dor com rigidez abdominal;
 Vômitos ou tosse com sangue;
 Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.

Procedimentos

 Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando


adequadamente nas intercorrências;
 Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado.

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18.11.3 Hemorragia Nasal


Sinais e Sintomas

 Sangramento nasal visível

Procedimentos

 Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe
a(s) narina(s) durante cinco minutos;
 Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

18.12 Entorses, Luxações e Fraturas

Quedas, pancadas e encontrões podem lesar nosso ossos e articulações e provocar


entorses, luxações ou fraturas.

18.12.1 Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou
rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidentem pode ter
havido fratura, deve-se procurar atendimento médico de imediato.

Procedimentos:
 Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas
 Após este tempo aplicar compressas mornas.
 Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).
 A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
 Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.

18.12.2 Luxações
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.

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Sinais e Sintomas

 Dor local intensa;


 Dificuldade ou impossibilidade de movimentar a região afetada;
 Hematoma;
 Deformidade da articulação;
 Inchaço;

Procedimentos

 Manipular o mínimo possível o local afetado;


 Não colocar o osso no lugar;
 Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)
 Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

18.12.3 Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fratura:
 Fechadas: sem exposição óssea.
 Expostas: o osso está ou esteve exposto.

Procedimentos

 Manipular o mínimo possível o local afetado;


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 Não colocar o osso no lugar;


 Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
 Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)
 Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

18.13 Picadas de animais

Em muitos espaços confinados há presença de animais peçonhentos, e é muito importante


tomar certos cuidados com eles, pois suas picadas podem provocar intoxicação ou envenenamento.
Animais peçonhentos ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas
(venenos) e que têm órgãos específicos para sua inoculação. Entre eles, os mais importantes, pelo
número de acidentes que provocam, são as serpentes (cobras), os escorpiões e as aranhas.

18.13.1 Serpentes

As serpentes são classificadas em venenosas e não-venenosas. A picada das não-venenosas


não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor moderada e,
eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem tomadas
providências imediatas pode levar a vítima à morte. Por isso é tão importante que todos aqueles que
trabalham em espaços confinados, onde estão sujeitos à aparição de cobras, tenham informações
suficientes que permitam identificá-las.
As cobras venenosas distinguem-se das não-venenosas por vários fatores. Um deles tem a
ver com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o
bote na presença de outro animal ou pessoa, as não venenosas tornam-se medrosas e fogem.
Segundo o Instituto Butantan aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal
quando a vítima não é socorrida a tempo.

Principais diferenças entre cobras venenosas e não-venenosas:

Venenosas Não Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

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Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).

Escamas do corpo alongadas, pontudas, Escamas achatadas, sem carena, dando ao


imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.
tato uma impressão de aspereza.

Cabeça com escamas pequenas Cabeça com placas em vez de escamas.


semelhantes às do corpo.

Cauda curta, afinada bruscamente. Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, Quando perseguida, foge.


enrodilhando-se.

Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que
poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a
situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.

1) Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis


coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma
cobra coral. A confusão com as serpentes coral falsas é irrelevante, pois não trará nenhum
perigo à sua saúde.
2) Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel.
O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a
cauda para lhe espantar com o ruído. Repetimos que o chocalho é muito óbvio e fácil de
reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

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As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam


a maturidade após 2 anos (as grandes cobras, jiboia e sucuri, após
4 ou 5). Durante suas vidas os ofídios mudam a pele regularmente
e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no
Chocalho campo. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair
completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na
cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos
anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos
que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído
característico. A finalidade é de advertir a sua presença e espantar
os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma
ótima chance de evitar o confronto.

3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de
socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da
falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de
envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo
decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para
avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...

Procedimentos

Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros 30 minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.

 Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma
 Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
 Lavar o local com bastante água corrente.
 Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
 Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração.
 Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo que disponha de soro
antiofídico – único tratamento eficiente para combater os males causados por
serpentes venenosas.

O que não deve ser feito

 Não dê álcool a vítima, sedativos ou aspirinas


 Nunca faça cortes ou incisões
 O uso do torniquete é contraindicado
 Não deixe a vítima ir caminhando em busca de atendimento médico, pois quanto mais
ela se movimentar mais risco há de o veneno se espalhar pelo organismo.
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Os primeiros socorros são úteis e importantes até 30 minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.

18.13.2 Escorpiões e Aranhas

Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para suas próprias espécies, pois devoram-se mutuamente. São também sues inimigos
naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios (principalmente sapos), no caso dos
escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como
característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou
para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.

18.13.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto nos faz tomar pouco cuidado com
elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Devemos dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.

Armadeira não tem pelos; fica na posição de


Caranguejeira é preta e peluda. bote para atacar, apoiada nas pernas de trás e
com as da frente levantadas. Sua cor é
marrom-café.

Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos A aranha marrom tem o corpo escuro e as
gramados e jardins. pernas mais claras. É pouco agressiva e não
causa dor local; sua mordida pode passar
despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a 20 horas: inchaço local e bolhas são
os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.
Sintomas
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Configura acidente grave o aparecimento de tremores, vômitos, espasmos musculares e


dificuldade respiratória.
Neste caso, procure assistência médica imediata.

Procedimentos

 Em caso de acidente com aracnídeos, se conseguir apanhar o animal, leve-o com


você, quando for ao hospital. Dele será extraído o antídoto que poderá salvar a vida
do acidentado.
 Nunca faça torniquete em um membro picado.
 Manter a vítima no mais completo repouso para que o veneno não se espalhe em seu
organismo, e providencie ou aguarde atendimento médico.
 Lavar o local afetado com água corrente.

18.13.2.2 Escorpiões

Seu veneno pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Eles têm hábitos noturnos e
não são agressivos.

Sintomas de uma picada:

Os sintomas de uma picada de escorpião são:

 Formigamento no local, podendo espalhar-se por todo o corpo.


 Dor moderada a intensa.
 Se aparecerem outros sintomas, como taquicardia, aumento da pressão arterial,
temperatura baixa, suores intensos seguidos de tremores ou salivação exagerada,
enjoos ou vômitos, procure um pronto-socorro.
 Nas primeiras 24 horas após a picada do escorpião, a pessoa corre risco de vida.

Procedimentos

 Se conseguir pegar o escorpião, guarde-o para levar ao médico, que extrairá dele o
antídoto contra o veneno da picada.
 O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima.
 Torniquete não é aconselhado.
 Aplique compressas frias nas primeiras horas.
 Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos
sintomas mais graves.
 A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.

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18.14 Técnicas Para Remoção e Transporte de Acidentados

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não
é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande risco de
morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é a maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.

18.14.1 Transporte em Maca

A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima. Dependendo do local onde o acidente
tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. O mais importante é saber colocar
a vítima sobre a maca.
A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é
muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.

Maca improvisada com porta. Fonte: Senac

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Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizarmos o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima

Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.

Como deve ser feito o transporte para maca:

 Em primeiro lugar, alguém coloca a maca bem perto da vítima.


 Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela
e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobe o corpo da vítima, de modo
que ele fique todo no mesmo nível.
 Com bastante cuidado, vão levantando a vitima, sem deixar que ele dobre qualquer
parte de seu corpo, e a colocam sobre a maca.
Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá
cuidar exclusivamente da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.

Deve-se suspeitar de lesão na coluna quando a vítima apresentar marcas de trauma no


tronco ou ainda das clavículas, ou, ainda, se estiver inconsciente.
Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser
transportada em maca plana e rígida (do tipo porta ou tábua)

Vamos ver alguns exemplos de macas improvisadas com cabo(s):

 Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou


similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.
 Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos
ou dobre as laterais do tecido sobre eles.
 Usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada
lateral do saco.
 Peque cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada
lateral.

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Fonte: Senac

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18.14.2 Transporte Sem Maca

Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa


acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados
para não agravar o estado em que a vitima esta.

18.14.2.1 Transporte com Um Socorrista

Transporte de Apoio

Esses são recursos a ser adotado quando o acidentado está


consciente e tem apenas ferimentos leves:

 Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.

 Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá-la


pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no
socorrista.

Transporte nas Costas

 De costas para a vítima (que deve estar de pé),


passar os braços dela em torno do seu pescoço.
 Com seu corpo um pouco inclinado para frente,
levantar e carregar a vítima.

Se a pessoa tiver condições de se firmar no


tronco do socorrista, ele poderá usar os braços para
segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior
firmeza durante o transporte.

Transporte nos Braços


Esse recurso é adequado quando a vítima está
consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas que
impedem de caminhar.

 Colocar um braço sob os joelhos e o outro em


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torno da parte superior do tórax da vítima, e


levantá-la. Quanto mais alta for a posição da
vítima no colo do socorrista menos ele vai se
cansar.

18.14.2.2 Transporte com Dois Socorristas

Transporte em cadeirinha

Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.

 Faça a cadeirinha conforme figura.


Passe os braços da vítima o redor do seu
pescoço e levante a vítima.

Transportes pelas extremidades

 Um socorrista segura a vítima por debaixo


dos braços e o outro pelas pernas.

Esse tipo de transporte só deve ser


feito se não houver suspeita de fraturas na
coluna ou nos membros da vítima.

Transporte por cadeira

 Sentar a vítima em uma cadeira.


 Um socorrista pega a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto.

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Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.

18.14.2.3 Transporte com Três Socorristas

Transporte no Colo

Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.

 Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
 Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.

18.14.2.4 Transporte com Quatro Socorristas


Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo
qualquer tipo de deslocamento.

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18.15 Telefones Úteis

CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) ................................................................................ 193


AMBULÂNCIA SAMU............................................................................................................ 192
POLÍCIA MILITAR.................................................................................................................. 190

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19. REFERÊNCIAS

ABNT. NBR nº14.787 Espaço Confinado –Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas


de proteção. São Paulo: ABNT. 2001.

ABNT. NBR 1318. Prevenção de Acidentes em Espaços Confinados, Associação Brasileira de


Normas Técnicas, RJ, 1990.

ABNT, NBR 12962. Desgaseificação de Tanque Rodoviário para Transporte de Produto


Perigoso, RJ, 1993.

ABNT, NBR 1214. NBb 11 350). Controle dos Riscos de Gases e Vapores em Embarcações, RJ,
1990.

ABNT, NBR 12543 – Equipamentos de Proteção Respiratória – Terminologia. RJ; 1999.

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Standard for Respiratory Protection. Nova York: ANSI; 1992.

BRASIL. Normas Regulamentadoras Brasília: Ministério do Trabalho. 1978.

BRASIL. Portaria. Portaria nº3214 de 08.06.78. Brasília: Ministério do Trabalho. 1978.

CAMPOS, José Luiz Dias e CAMPOS, Adelina Bitelli Dias. Responsabilidade Penal, Civil e
Acidentária do Trabalho. Edit. LTR, 4ª ed. Atualizada.

CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. Edit. Saraiva, 24ª
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GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. Edit. LTR 2000.

ILO. InternationalLabourOrganization. Encyclopaediaof OccupationalHealthandSafety. Geneva:


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JORGE NETO, Francisco Ferreira e CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa.


Responsabilidade e as Relações do Trabalho. Edit. LTR, 1998.

MANUAIS DE LEGISLAÇÃO, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Edit. Atlas, 47ª Edição.


OLIVEIRA, José de. Acidentes do Trabalho. Edit. Saraiva, 3ª Edição.

MINISTÉRIO DE TRABAJO Y ASSUNTOS SOCIALES. Trabajos em Espacios Confinados. Madrid:


Instituto Nacional de Seguridade Higiene em ElTrabajo. 2005.

MTB, Portaria 31/90: Exigências de Vistoria e Emissão do Certificado de Desgaseificação por


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MUNHOZ, João Antonio. Identificação do Espaço Confinado. Site: http://www.cpsol.com.br

OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. Edit. LTR, 3ª.
Edição.

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