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CAPACITAÇÃO EM NR-33.
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
Módulo: Supervisor
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................8
Apresentação da NR 33 ...................................................................................................................8
33.1 Objetivo e Definição ................................................................................................................................8
33.2 Das Responsabilidades ...........................................................................................................................8
33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados ....................................................9
33.3.3 Medidas administrativas: ...................................................................................................................10
33.3.4 Medidas Pessoais................................................................................................................................11
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados.......................................................................12
33.4 Emergência e Salvamento .....................................................................................................................13
33.5 Disposições Gerais .................................................................................................................................14
Anexo I - Sinalização ......................................................................................................................................14
Anexo II - Permissão de Entrada e Trabalho - PET.........................................................................................15
Anexo III – Glossário ......................................................................................................................................16
2. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................................19
2.1 Introdução ................................................................................................................................19
2.2 Objetivo ....................................................................................................................................19
2.3 Definição ..................................................................................................................................19
2.4 Características do Espaço Confinado ......................................................................................19
2.5 Exemplos de Espaços Confinados ...........................................................................................20
2.6 Onde encontramos Espaços Confinados .................................................................................21
2.7 Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados ...............................................21
3. RISCOS NO ESPAÇO CONFINADO ............................................................................................22
3.1 Os principais Riscos no Espaço Confinado ..............................................................................22
2.1.1 Deficiência de Oxigênio ........................................................................................................................22
3.1.2 Asfixia....................................................................................................................................................23
3.1.3 Exposição aos Agentes..........................................................................................................................23
3.1.4 Incêndio e explosão ..............................................................................................................................24
3.1.5 Intoxicação............................................................................................................................................25
3.1.6 Elétrico e Mecânico ..............................................................................................................................26
3.2 Composição do Ar Atmosférico ................................................................................................26
3.2.1 Níveis Incorretos de Oxigênio ...............................................................................................................26
3.2.2 Gases e Vapores Inflamáveis ................................................................................................................27
3.2.3 Gases e Vapores Tóxicos.......................................................................................................................27
3.2.4 Tabela dos Níveis de Oxigênio no Espaço Confinado ...........................................................................28
3.3 Riscos Combinados .................................................................................................................28
4 CLASSIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS .......................................................................29
4.1 Espaços Classe A ....................................................................................................................29
4.1.1Características de um Espaço Confinado Classe A ................................................................................29
1. INTRODUÇÃO
Apresentação da NR 33
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não
autorizadas;
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
mecânicos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos
em espaços confinados;
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para
verificar se o seu interior é seguro;
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos
trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se
as condições de acesso e permanência são seguras;
i) proibir a ventilação com oxigênio puro;
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme,
calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequência.
33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação
vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados;
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme
estabelecem as NR’s 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do
respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no
item 33.3.5.
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma
individual ou isolada.
33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os
meios para acioná-los estejam operantes;
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a) definições;
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
c) funcionamento de equipamentos utilizados;
d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e
e) noções de resgate e primeiros socorros.
33.3.5.5 A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário de
trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 33.3.5.4, acrescido de:
33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga
horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial.
33.3.5.7 Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada
proficiência no assunto.
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do
trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço
confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do
responsável técnico.
33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve
ser arquivada na empresa.
33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir
aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários
de acidentes identificados na análise de risco.
Anexo I - Sinalização
Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
2
Oxigênio %O :
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:
Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está sendo
utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer
fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais visando a
eliminar energias perigosas para o trabalho seguro em espaços confinados.
Alívio: o mesmo que abertura de linha.
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas causas,
conseqüências e medidas de controle.
Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão.
Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: qualquer atmosfera
que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.
Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas na
atmosfera do espaço confinado.
Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança de trabalho,
e demais documentos técnicos utilizados para implementar o Sistema de Permissão de Entrada e
Trabalho em espaços confinados.
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão,
vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas para trabalho
seguro em espaços confinados.
Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, que é também
denominada chama ou fogo.
Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que possa
resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que possa resultar em dano
ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço confinado.
Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do
espaço confinado.
Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na
pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e
controlada.
Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos
finamente divididos.
Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.
Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar que o
dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua remoção.
Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, polimento, corte ou
solda.
Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto de
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias para garantir o
trabalho seguro em espaços confinados.
Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás
inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.
Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar energia elétrica
ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de uma dada
atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um equipamento.
Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de contaminantes em
tempo real.
Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para permitir a
entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais como trabalhos a quente,
atmosferas IPVS ou outras.
Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço confinado.
Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço confinado.
Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %).
2. CONCEITOS BÁSICOS
2.1 Introdução
Só nos Estados Unidos, mais de 300 trabalhadores morrem anualmente como resultado de
acidentes ocorridos por entrada em espaços confinados.
A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial. Virtualmente,
qualquer ambiente industrial tem exemplos de espaços confinados. Nesses locais, somente pessoas
treinadas e autorizadas podem ingressar. O empregador é o responsável por este treinamento, que
deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos que não
foram cobertos na sessão de treinamento anterior.
Antes de o profissional ingressar no espaço confinado, a sua atmosfera deve ser testada pelo
supervisor, para verificar a presença de riscos a fim de se tomarem as medidas de proteção
necessárias à preservação da vida dos trabalhadores.
A NR 33 está publicada Portaria Nº 202, de 22/12/2006 DOU de 27/12/2006
Entrando em vigência 27/03/2007 (90 dias após a publicação)
2.2 Objetivo
2.3 Definição
Contém ou possui potencial para conter atmosfera perigosa (contaminada por vapores, gases
e/ou poeiras, inflamáveis, tóxicas e/ou explosivas, ou com deficiência ou excesso de
oxigênio);
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SILOS
3.1.2 Asfixia
Se a porcentagem de oxigênio ficar menos que 18%, irá provocar sintomas de asfixia que se
vão agravando conforme diminua essa percentagem.
É também importante mencionar que, em virtude do tipo de trabalhos que se desenvolvem
nestes espaços, por exemplo, trabalhos de soldadura, o consumo de oxigénio aumenta, agravando-
se o risco de asfixia.
Vibração
Quedas
Engolfamento
Ruído
Baixa Luminozidade
Choque elétricos
Serviço em Esgotos
Túneis ou locais de transporte de água contaminada e minas subterrâneas
Contato ou inalação de aerodispersóides líquidos ou sólidos, mordida de alguns bichos, ratos
e vetores biológicos como moscas e mosquitos.
Algas, Fungos, Vírus, Riquetsias, Bactérias e Vermes
Num espaço confinado existe risco de incêndio e explosão por ser muito fácil a criação de
uma atmosfera inflamável. Esta deve-se a muitas causas, ligadas à evaporação de dissolventes de
pintura, gás de iluminação e líquidos inflamáveis diversos.
Explosão é uma reação química exotérmica em misturas explosivas onde ocorre grande
liberação de energia instantânea após a ignição. Em explosões a onda de pressão precede a frente
de chama (cerca de 100 - 300 m/s, com pressões de 3 - 10 BAR).
O incêndio é uma reação química de oxidação rápida e exotérmica, em que há geração de luz
e calor. É dividido em quatro classes:
3.1.5 Intoxicação
Cloro (CL2)
Ozono (O2)
Ácido clorídrico (CIH)
Ácido fluorídrico(FH)
Ácido sulfúrico (SO4H2)
Amoníaco (NH3)
Dióxido de enxofre (SO2)
Dióxido de nitrogénio (NO2)
Benzeno (C6H6)
Tetracloreto de carbono (CCI4)
Tricloroetano (CH3CL3)
Tricloroetileno (CHCICCI2)
Cloreto de etilo (C2H5CI)
Alguns ambientes podem ter uma somatória dessas três condições de risco.
A utilização de analisadores portáteis de gases é o primeiro passo para identificação desses
riscos. A maioria deles tem condição de detectar mais de um gás e o mais típico deles mede:
oxigênio, gás combustível, CO (monóxido de carbono) e H2S (gás sulfídrico). Outros gases também
podem ser detectados, dependendo do caso particular de cada situação.
Quando se trata de uma atmosfera remota antes da entrada num espaço confinado, utiliza-se
uma sonda de teflon acoplada ao analisador de gás, para o processo poder ser executado do lado de
fora, eliminado risco para os operadores. Executa-se o teste em diversos níveis porque o ar
contaminado não é necessariamente igual em sua composição.
O problema mais comum com o ar em espaços confinados é a maior causa de mortes porque
o ar possui pouco ou nenhum oxigênio. Os níveis de oxigênio na atmosfera normal se situam entre
20 e 21% em volume. Muitas pessoas já tiveram a experiência de viajar para localidades de grande
altitude e sentiram fadiga ao desempenhar atividades normalmente simples como subir escadas.
O percentual de oxigênio no ar é normal nesses locais mas há menos oxigênio porque há
menos ar, por isso as pessoas sofrem o problema com suprimento inadequado de oxigênio. Sente-se
dificuldade em respirar a níveis próximos dos 14% e confusões mentais aparecem aos 12%. Aos
10% há perda de consciência e aos 8% ocorre a morte. As normas da OSHA determinam um mínimo
de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil nossas normas dizem que a
atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, há
Deficiência de Oxigênio, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e
controlada.
Finalmente, deve-se levar em conta também os vapores e os gases tóxicos. Conhecer suas
concentrações ambientais antes de penetrar num espaço confinado ajuda a selecionar o método de
testar esses ambientes, mas as preocupações não devem ser limitadas a esses produtos químicos.
CO e H2S são gases tóxicos encontrados com frequência e pesquisar esses e outros possíveis
contaminantes é uma sábia precaução. Lembre-se de que muitas substâncias têm fracas
propriedades de alerta (percepção pelo olfato).
*Tabela: A tabela trata dos níveis de Oxigênio no Ambiente de Trabalho (Espaço confinado )
A análise prévia deve identificar todos os riscos decorrentes do trabalho, bem como a
combinação desses riscos. A combinação de riscos pode resultar em outro risco, como exemplo: um
curto circuito pode provocar uma centelha que pode causar uma explosão ou um incêndio que pode
provocar deficiência de oxigênio. Sendo assim, o reconhecimento e avaliação dos riscos
combinados são importantes para determinar as medidas de controle.
5 CHECK LIST
Para caracterizar um “espaço” como “espaço confinado” deve-se fazer a seguinte avaliação:
Foi projetado e
construído para Pode ocorrer uma É um espaço
ocupação humana atmosfera perigosa? confinado?
contínua ?
6.1 Vigia:
6.3 Supervisor
6.4 Resgatista
e verificações periódicas a serem executadas, além da adoção de algumas práticas preventivas. Tem
como objetivo a manutenção das condições iniciais seguras do trabalho.
A permissão para trabalho deve ser feita por pessoa que tenha experiência operacional que
permita reconhecer os riscos, avaliá-los e especificar as barreiras de segurança para neutralizá-los ou
controlá-los.
A permissão para trabalhos nos espaços confinados não dá garantia contínua de liberação.
Uma permissão responsável estabelece rotinas de medições e verificações, bem como a frequência
destas, para cada situação de trabalho.
A permissão de entrada e trabalho deve ser adaptada para a empresa e possuir 3 vias, sendo
que uma delas necessariamente ficará no bloco e outra com o executante do trabalho. Antes da
execução, todos os campos da permissão devem ser preenchidos e a autorização de execução deve
ser feita através da colocação das assinaturas nos campos respectivos. Ao término ou nas
interrupções prolongadas do trabalho a permissão deve ser encerrada, com a colocação de assinatura
do executante na via do emitente e do emitente na via do executante. O bloco contendo pelo menos 1
das vias das permissões deve ser arquivado na empresa pelo prazo mínimo de 5 anos.
A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada serviço de entrada em espaço
confinado.
Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho
devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos,
com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
Deve ficar visível no local de realização do trabalho;
Preencher, assinar e datar 03 vias, antes do ingresso;
Sistema de controle da PET (Numerado e arquivado);
Cópia para Entrante / Vigia / Empresa;
Encerrar a PET ao final das operações;
Disponibilizar os procedimentos da PET aos trabalhadores;
A PET é válida para cada entrada;
Monitoramento atmosférico deve ser constantemente mantido.
Supervisor de Entrada:
Procedimentos que devem ser completados antes da entrada
1. Isolamento S() N()
2. Teste inicial da atmosfera: Horário:
2
Oxigênio %O :
Inflamáveis % LIE:
Gases/vapores tóxicos Ppm:
Poeiras/fumos/névoas tóxicas Mg/m³:
Nome legível / assinatura do Supervisor dos testes:
8 RESPONSABILIDADES
8.1 Cabe ao Empregador
Indicar formalmente o Responsável Técnico pelo cumprimento da Norma;
Artº 932 - São também responsáveis pela reparação civil....
III - O empregador ou comitente por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele
(CÓDIGO CIVIL).
NR não define profissional que pode ser designado como RESPONSÁVEL TÉCNICO;
RESPONSÁEL TÉCNICO deve também ter capacidade para trabalhar em equipe e para tomar
decisões;
Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão da PET;
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O contratante deve:
FISCALIZAR o cumprimento das normas por parte da contratada.
Se escolheu bem, mas não fiscalizou o contrato celebrado, falhou em negligência por
ausência de vigilância ou de fiscalização
Interromper o trabalho em caso de suspeição de condição de riscos grave e iminente,
procedendo ao imediato abandono do local
Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso
aos espaços confinados
Procedimentos, orientações, folhetos, etc.
Medidas de segurança, emergência, abandono, etc.
O empregador, ou seu representante com habilitação legal, deve assegurar que todos os
trabalhadores autorizados:
Alertas
Abandono
Abandono
Sistemas de Resgate:
Algumas práticas preventivas são fundamentais para manter as condições iniciais do trabalho:
O isolamento mecânico, que consiste no isolamento físico com retirar válvulas, colocação de
flanges cegos e de raquetes nas entradas e saídas das tubulações do espaço confinado.
O simples fechamento de válvulas, mesmo bloqueando-as na posição fechada muitas vezes
não é suficiente para a segurança na execução do trabalho.
A supervisão deve estar sempre atenta a práticas operacionais, que no desenvolvimento do
trabalho, podem provocar desvios das medidas de segurança estabelecidas, como exemplo podemos
citar: a limpeza de tanques e vasos com solventes, a raspagem ou aquecimento de crostas de óleo,
instalações elétricas não apropriadas, pequenos vazamentos de gás de corte (acetileno, G. L. P.).
Uma análise cuidadosa deve ser feita antes e durante trabalhos desenvolvidos em espaços
confinados. Tomando como exemplo conveniente, em um navio a análise dos riscos tem que ser feita
não só no tanque onde vai ser realizado o trabalho, como também em todos os tanques adjacentes e
tubulações comuns.
As medições da concentração de gases e vapores têm que ser feita por pessoa habilitada,
utilizando instrumentos (explosímetro, oxímetro) aferidos por órgão qualificado. Esta pessoa gera um
documento liberando o espaço confinado para o trabalho, estabelecendo rotinas de medições,
verificações, procedimentos e algumas medidas para garantia da condição de trabalho seguro.
As medições de concentrações dos gases, vapores e pós devem ser feitas imediatamente
antes da liberação do trabalho. Muitas explosões e incêndios ocorreram devido ao tempo decorrido
entre as medições e a realização do trabalho, motivadas pela alteração das condições ocorridas nesse
período.
Dentre os métodos de controle na fonte podemos citar: no projeto onde torna-se mais
eficiente e econômico, na substituição/modificação de substâncias por outras de menor toxicidade,
modificação do processo ou operação, isolamento de uma operação ou processo e a utilização do
processo úmido para reduzir a concentração de aerodispersóides sólidos.
LIMPEZA - a limpeza no local de trabalho é uma medida simples, mas eficiente. É a primeira
medida a ser tomada para o controle dos contaminantes atmosféricos. O procedimento para a sua
remoção deve evitar a dispersão no ar. Aspiradores industriais são muito usados em substituição a
processos manuais.
São as medidas relativas ao pessoal e deve ser adotada quando os métodos de controle
anteriores não são tecnicamente viáveis, ou então não oferecer proteção adequada para o
trabalhador. É também conhecido como controle complementar.
Controle médico - é feito através dos exames médicos exigidos pela norma (N.R.7). Exames
pré-admissionais, periódicos ou demissionais.
Treinamento - é uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os riscos
inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção necessárias para minimizar ou
neutralizar a exposição. O treinamento é indispensável, independente da existência de outros
métodos de controle, ou seja, é uma medida complementar. Tem como principal objetivo dar
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O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições ambientais com
utilização de equipamento adequado. As medições devem efetuar-se antes e durante a realização
dos trabalhos, se estes forem susceptíveis de produzir variações na atmosfera.
Estas medições devem efetuar-se do exterior. Se não for possível alcançar do exterior a
totalidade do espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias para que a
medição se efetue a partir de uma zona segura
DETECTOR MULTIGAS
RAQUETEAMENTO
9.5 Inertização
9.6 Ventilação
OXIGÊNIO PURO
9.8 Formação
9.9 Acompanhamento
11 DETECTORES DE GASES
Como já vimos o controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições
ambientais com utilização de equipamento adequado.
As medições devem efetuar-se antes e durante a realização dos trabalhos, se estes forem
susceptíveis de produzir variações na atmosfera.
Para fazer as medições dessa atmosfera deve ser utilizado um detector de gás multi-sensor,
que pode ser configurado para satisfazer uma ampla variedade de necessidades encontradas em
trabalhos em espaços confinados.
Hoje muitos dos detectores de gases monitoram e exibem simultaneamente cinco riscos
atmosféricos. Sendo adaptáveis a uma variedade de aplicações, tendo uma seleção abrangente de
opções de campo selecionáveis pelo usuário.
Porém as funções e configurações de cada detector dependerá do modelo e fabricante, por
isso é recomendável fazer a leitura do manual do equipamento antes que utilizá-lo.
Alguns dos detectores de gases podem ser usados em modo de difusão ou de extração de
amostra. Em qualquer dos modos a amostra de gás precisa atingir os sensores para que o
instrumento registre uma leitura de gás.
Os sensores podem estar localizados na parte inferior ou superior do instrumento
dependendo do modelo, tento geralmente três portas de sensor distintas que permitem que o ar
atinja os sensores individuais. Para isso é importante que essas portas sejam mantidas sem
obstrução, pois portas de sensor bloqueadas podem causar leituras imprecisas e potencialmente
perigosas.
Alguns modelos que fazem a extração de amostra são usados para amostras de locais
remotos com o kit de extração de amostra com aspiração manual ou com a bomba de extração de
amostra motorizada, contínua.
Durante a amostragem remota, a amostra de gás é coletada para o compartimento do sensor
através do conjunto da sonda e/ou de um tubo. As operações de amostragem remota monitoram
somente a atmosfera localizada na extremidade da sonda de coleta de amostra.
11.2 Capacidade
Diferentes unidades de medida são usadas, dependendo do gás que está sendo medido.
11.3 Alarme
Os alarmes de gás geralmente podem ser regulados com Software em um PC fornecido pelo
fabricante ou diretamente no aparelho, dependendo do modelo. Há modelos que podem ser
regulados em ambos os casos.
Os alarmes podem ser regulados para qualquer ponto dentro da faixa nominal do tipo de
sensor específico. Quando um ponto de regulagem do alarme é excedido, um alarme audível soa
alto e as luzes de alarme se acendem.
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender situações de emergência.
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Cabe às empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem
tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.
II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.
12.3 Equipamentos
Segundo a NBR14787 deverão estar disponíveis os seguintes equipamentos, sem custo aos
trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta
Óculos de segurança
Capacetes de proteção
O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando
assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria a rigidez
dielétrica do mesmo;
Secar a sombra.
Obs.: a limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de segurança.
Tipo concha
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos.
Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro, exceto
as espumas internas das conchas.
Utilizada para proteção das mãos e braços do profissional contra choque em trabalhos e
atividades com circuitos elétricos energizados.
Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro, enxaguar com água, secar
ao ar livre e a sombra e polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.
Luva de cobertura
Utilizado para proteção dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.
Utilizado para minimizar as consequências dos pés e pernas contra torção, escoriações,
derrapagens e umidade, o calçado cano longo protege contra ataque de animais peçonhentos.
Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção deve-se, armazenar
em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a sombra e engraxar com pasta
adequada para a conservação de couros.
Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo obrigatória sua utilização
em trabalhos acima de 2 metros de altura
Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou
flexível fixados em estruturas a serem escaladas.
12.4.8 Sinalização
Colete de sinalização refletivo
Um espaço confinado, dependendo das características que vimos, não permite que nele se
penetre com respiradores purificadores de ar. Nesta classe se incluem as máscaras descartáveis, as
peças semifaciais filtrantes e as faciais inteiras que utilizem filtros químicos ou mecânicos. Pois os
carvões ativados dos cartuchos poderão reter uma certa quantidade de gases e vapores, mas se as
concentrações foram muito grandes, logo se saturariam, representando sério risco aos
trabalhadores. Além disso, a falta de oxigênio não seria resolvida pelo uso desses cartuchos. O
mesmo pode ser dito com relação a poeiras no ambiente.
O equipamento de proteção respiratória nessas áreas IPVS pode ser o equipamento com
linha de ar, dotado de peça facial e cilindro auxiliar de ar comprimido para abandono da área. O ar
respirador pelo trabalhador é o da linha de ar. No abandono desse ambiente, desconectando-se a
mangueira de ar comprimido, abre-se a válvula do cilindro de abandono. Nessa situação, o usuário
tem de 10 a 20 minutos de autonomia, dependendo do aparelho, para atingir área segura.
Um respirador autônomo de ar comprimido, de pressão positiva, com cilindro de ar de
diversos tamanhos, também é um equipamento seguro para penetração e permanência em espaços
confinados. É preciso atentar para a autonomia que o aparelho pode oferecer e observar os
dispositivos de alarme que ele contém.
Importante:
1 - Os guinchos não devem ter peças gastas, quebradas, trincadas ou aparência duvidosa.
Trava-queda guiado
Cinturão de segurança
Inspeção de Sistema de Proteção Contra Quedas
São normalmente feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de segurança. Resistem ao
contato com os produtos corrosivos, que normalmente são usados em serviços de limpeza. Efetuam
travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando, consequentemente, a
eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem aprovados pelo Ministério do Trabalho
possuindo o numero de CA.
O dispositivo trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos
para funcionar.
A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento trava-se imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado
imediatamente em qualquer ponto do cabo.
O trava-queda guiado é indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer
comprimento.
O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente em ponto que
resista a, no mínimo, 15 kN.
Os trava-quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados
somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois
mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.
Nota: nunca aumentar o comprimento da ligação entre o aparelho e o cinturão; no máximo
usar seis elos de corrente.
Antes de usar o aparelho faça o teste inicial de funcionamento que segue da seguinte forma:
a) Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque
alguns centímetros para cima;
b) Só use o aparelho após constatar que o mesmo trava-se imediatamente no cabo
vertical após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.
Não se esqueça: o trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas
(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão paraquedista.
Os trava-quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência
duvidosa.
Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.
1) Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes
queimadas, desfiamentos, mesmo que parciais.
2) Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.
3) Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados.
4) Não há suspeita de contaminação por produtos químicos.
Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
Aposentá-lo: os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em
contato com o ar, mesmo sem serem utilizados.
Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de
uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.
13.4.1.2 Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado
corretamente, a fim de não ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de
nós fechados. Se o cabo for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem
girar o rolo ou o carretel, o cabo ficará torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo
já estará estragado e precisará ser substituído ou cortado no local.
13.4.1.3 Superlaço: os cabos de aço devem ser fornecidos com olhal tipo superlaço, de
máxima segurança, inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A
construção deste superlaço é detalhado nas figuras abaixo.
Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior
à carga de trabalho do cabo (posição 5).
13.4.2 Inspeção:
Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes
problemas:
Atenção:
1) Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas
localizados, ele pode ser cortado e usado.
2) Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado
grave, o cabo deve ser substituído, mesmo que o número admissível de arames
rompidos não tenha atingido o limite encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter
nenhum arame rompido.
A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos
mesmos.
13.4.3 Manutenção:
1) Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.
2) Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção
estrutural.
3) Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos
de aço galvanizados (fig. abaixo), conforme tabela abaixo:
Para cabo de aço com diâmetro de 4,8 mm, usa-se 3 grampos de 3/16” com
espaçamento entre si de 29 mm.
Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm, usa-se 3 grampos de 5/16” com
espaçamento entre si de 48 mm.
Os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de
aço.
Alguns modelos de cabos de aço não podem ser lubrificados, para evitar escorregamento dos
aparelhos. (da cadeira suspensa)
13.5.2 Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.
Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem
cortes, fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e
sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura.
Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo
problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.
13.5.3 Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas devemos
tomar os seguintes cuidados:
2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de
calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas
macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
4) Aposentá-la: nossas cordas são fabricadas em poliamida, produto que envelhece
naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem usadas.
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Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da
frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e
luz solar.
Praticamente, para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro
anos após sua fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após
um ano de uso.
5) O cabo retrátil deve ser conectado à argola dorsal (costas) do cinturão paraquedista
ou ao suporte de ombros, e durante o uso é necessário que fique esticado pela
ação da mola retrátil.
6) Após o uso, nunca deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo cuidado
que se exige com trenas de medição).
Importante: não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o
pino de segurança do destorcedor do aparelho, este deverá ser enviado para revisão.
O cabo de aço retrátil deve ser inspecionado conforme vimos no item 13.4.
O cinturão paraquedista deve ser inspecionado conforme item 13.3 e inutilizado após reter
uma queda (NBR 11370).
O trava-queda retrátil deve ser revisado junto ao fabricante nas seguintes condições:
Nota: Os aparelhos a serem enviados para revisão não devem ser abertos (risco de
ferimento).
O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo
retrátil nunca fica frouxo, devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou
desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda do profissional
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou
no piso do espaço confinado, bastará o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate.
Guincho para Pessoas em Conjunto com um Trava-Queda Guiado
O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de
aço do trava-queda ou corda do trava-queda é preso no tripé, mantido esticado por um pequeno
peso. Havendo movimento brusco ou desiquilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se
imediatamente e evita a queda da pessoa
Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou
no piso do espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de
içamento.
Não havendo escada, a movimentação vertical, geralmente, é feita por cadeira suspensa e
em alguns casos por suporte de ombros.
O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados sem
escadas, equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança ao
trabalhador nas três operações fundamentais descritas no item anterior.
Na hora de escolher o equipamento com cabo de aço ou corda siga dos critérios de escolhas
igualmente descritos nos trabalhos com escada.
O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas
dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho às argolas dos
ombros do cinturão paraquedista. Resiste à carga deve ser verificada com o fabricante.
O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que
o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse o peso estipulado pelo fabricante. O uso da
cadeira suspensa oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo
do espaço confinado.
As cadeiras suspensas devem obedecer às exigências do MTE (NR 18 - item cadeira
suspensa) e da norma NBR 14.751 da ABNT e também da NR-35 Trabalho em Altura.
Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do
trabalhador para manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço
confinado. Nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local
(manivelas).
13.8.3 Guinchos
Os guinchos para pessoas devem obedecer a todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT,
com desempenho comprovado. Devendo possuir três travas de segurança, de acordo com a
exigência de duas travas do Ministério do Trabalho.
Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, bastará o vigia liberar o cabo
em quantidade suficiente. Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo.
14.1 Objetivo
Manter o controle para o correto uso de protetores das vias aéreas (respiratórias), e dos
funcionários envolvidos em ambientes contendo elementos que provoquem danos às vias aéreas
(pulmão, traqueia, fossas nasais, faringe).
Utilizam-se protetores quando ocorrem emergências, quando medidas de controle coletivo
não são viáveis, ou enquanto não estão sendo implantadas ou estão em fase de implantação.
No controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com, por
exemplo, poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a
contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de
controle de engenharia (enclausuramento, ventilação, ou substituição de substâncias por outras
menos tóxicas). Quando as medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão sendo
implantadas ou avaliadas, ou em situações de emergência, devem ser usados respiradores
apropriados em conformidade com os requisitos que serão apresentados.
No texto do programa de proteção respiratória deve haver referência explícita, no mínimo, aos
tópicos: administração do programa, existência de procedimentos operacionais escritos, exame
médico do candidato ao uso de respiradores, seleção de respiradores, treinamento, uso de barba,
ensaios de vedação, manutenção, higienização e guarda dos respiradores, uso de respiradores para
fuga, emergências e resgates e avaliação periódica do programa.
14.3.1 Qualificações
Para assumir as responsabilidades da administração do programa, a pessoa deve ter
conhecimentos de proteção respiratória, bem como conhecer e estar atualizada no que se refere às
publicações e aos regulamentos legais vigentes.
14.3.2 Responsabilidades
As responsabilidades do administrador do programa devem incluir:
O programa, por mais abrangente que seja, terá pouco valor se não for mantido e executado
conforme planejado. Portanto, além de ter acompanhado o seu desenvolvimento, ele deve ser
avaliado periodicamente.
Os procedimentos devem ser revistos por pessoa que esteja familiarizada com o processo em
particular ou com a operação. Deve-se levar em conta as ocorrências passadas que exigiram o uso
de respiradores para situações de emergência e de salvamento e as consequências que resultaram
do seu uso. Devem ser levadas em consideração as possíveis consequências provocadas por falhas
eventuais dos respiradores, falta de energia, ocorrência de reações químicas não controláveis, fogo,
explosão, falhas humanas e os riscos potenciais que podem resultar do uso desses respiradores.
A frequência e a duração da tarefa devem ser a primeira preocupação a ser levada em conta.
O tempo de uso de uma máscara autônoma, tanto de circuito aberto, quanto de circuito
fechado, é muito crítico visto que o volume de ar/gás respirável é limitado. Da mesma forma, para os
respiradores purificadores de ar o tempo de uso é igualmente um fator importante visto que o
conforto e a aceitação pelo usuário são essenciais para assegurar o uso prolongado do respirador.
Deve ser estabelecido e implementado um programa de troca de filtros que depende do tempo de
uso, do esforço físico e da concentração do contaminante.
As baterias empregadas nos respiradores motorizados têm um tempo de serviço limitado, o
qual deve ser suficientemente longo para cobrir a tarefa a ser executada.
O nível de esforço físico influencia na autonomia das máscaras autônomas e também, na vida
útil dos filtros químicos e para partículas. Assim, o aumento da frequência respiratória esgota o ar
dos cilindros antes do tempo de serviço nominal, e os filtros químicos e para partículas atingem a sua
saturação tanto mais rápido quanto maior for o volume de ar inspirado.
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14.5.1.1.4 Mobilidade
Devem ser avaliados a mobilidade necessária para se realizar determinada tarefa e o quanto
o respirador selecionado compromete os movimentos. A localização da área perigosa poderá limitar
os tipos de respiradores que podem ser usados com segurança. Por exemplo: os equipamentos de
linha de ar comprimido não devem ser usados quando a entrada em uma área perigosa requer andar
por muitos metros, quando há deslocamentos entre pisos ou níveis em edifícios, há passagem por
aberturas muito estreitas ou em dutos e túneis, quando são usadas escadas de mão ou existe a
necessidade de cruzar linhas férreas. Nestes casos, existe a possibilidade da mangueira adutora de
ar ficar enroscada ou sofrer danos.
O comprimento máximo das mangueiras dos respiradores de linha de ar comprimido
especificado nas respectivas normas técnicas define o máximo avanço do usuário no local de
trabalho.
Quando se usa a máscara autônoma ou um respirador de linha de ar comprimido com cilindro
auxiliar para fuga, a distância entre o local contaminado e a área segura mais próxima com
atmosfera respirável deve ser conhecida a fim de assegurar que a quantidade de ar/gás respirável
disponível no cilindro seja suficiente.
Os espaços confinados devem receber atenção especial no tocante à avaliação do nível de
exposição, limitações do espaço e meios de comunicação entre o usuário do respirador e o pessoal
auxiliar de prontidão.
Certas tarefas podem envolver o acesso a áreas difíceis, tais como dutos, túneis, espaços
estreitos, ou exigir trabalhos em posições desajeitadas.
Há locais que exigem movimentos significativos do corpo, tais como, dobrar, curvar, esticar,
rastejar ou executar trabalhos manuais. Nesses casos, deve ser avaliada a influência desses
movimentos na segurança. Devem ser avaliadas as possibilidades de tais movimentos causarem
desconforto ou lesões no sistema musculoesquelético do trabalhador em virtude do uso do
respirador, bem como o fato de que tais movimentos podem afetar a selagem e a proteção oferecida.
O respirador deve ser selecionado com muito cuidado para que não sofra danos durante a
atividade nem limite em demasia os movimentos.
Mochilas, bolsas volumosas ou cilindros de ar comprimido podem causar problemas se o
usuário tiver que girar o corpo ou tiver que transpor passagens estreitas. Em alguns casos, poderá
ser necessário retirar temporariamente a mochila, a bolsa ou o cilindro. Nesses casos, a segurança
tem que ser mantida. O risco de que mangueiras e tubos fiquem enroscados ou sejam atacados
pelos agentes químicos deve ser devidamente avaliado a fim de que seja selecionado um
equipamento que minimize os riscos de avarias e falhas na proteção. As limitações da mobilidade no
uso de roupas encapsuladas ou com suprimento de ar devem ser avaliadas considerando-se
pormenores de sua construção e volume.
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Diafragma de voz
É uma superfície ressonante instalada em uma cavidade que vibra durante a fala do usuário
do respirador, ampliando sua voz. As peças faciais inteiras normalmente são fornecidas com esses
diafragmas vibratórios.
Quando presentes, os seguintes pontos devem ser considerados:
Microfone interno
Um microfone de pequenas dimensões é instalado dentro da peça facial do respirador ou
conectado a ele. O microfone pode estar ligado a um rádio, telefone, alto-falante ou outro meio de
comunicação eletrônica.
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Telefone de mão
A maioria dos respiradores interfere de alguma maneira na visão, seja pela redução do campo
visual ou pela qualidade óptica do visor ou da cobertura facial. Os respiradores devem atender a
requisitos mínimos normativos neste aspecto, porém as necessidades visuais podem ser maiores em
certas tarefas. Assim, quando o usuário precisa observar detalhes, como, por exemplo, acabamento
de superfícies, luzes de alerta, ler textos etc., pode ser necessária uma boa qualidade óptica do
visor.
Quando não estão presentes perigos para os olhos, é aceitável selecionar respiradores com
peça semifacial ou um quarto facial, nos quais a visão é total.
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Quando é necessário amplo campo visual, como, por exemplo, no ato de subir ou descer
escadas, onde haja a circulação de veículos ou a necessidade de movimentação na área, é
necessária a seleção de um respirador que provoque a menor redução possível do campo visual.
Todo o respirador impõe certa carga e desconforto ao usuário que influem em sua aceitação.
Como muitos perigos respiratórios não podem ser percebidos pelos sentidos humanos ou não
apresentam efeitos imediatos sobre a saúde, o usuário deve ser instruído para entender a
importância de colocar e usar o respirador corretamente. Ele deve, entretanto, estar apto a usar o
respirador selecionado e isso inclui aspectos físicos e psicológicos.
Requisitos Físicos
O estado clínico do usuário deve ser verificado antes de iniciar o uso do respirador e repetido
regularmente.
Dependendo do tipo do respirador, o exame médico inclui prova de função pulmonar,
funcionamento do sistema músculo esquelético, problemas cardiovasculares e outros. Se há um
histórico cardíaco ou de doença pulmonar severa, isso deve ser considerado pelo profissional da
saúde.
A condição física diária do usuário também é importante e ele não deve utilizar o respirador
se não se sentir em condições de saúde suficientes para isso.
Peso do respirador
Um respirador pode ser pesado. Mesmo que as normas exijam que o respirador tenha um
desenho ergonômico, o que inclui peso e respectiva distribuição, a capacidade fisiológica de cada
usuário deve ser levada em consideração. Alguns respiradores podem ser muito pesados para serem
utilizados por alguns usuários, especialmente quando devem ser usados por tempo prolongado.
Irritação da pele
Alguns usuários poderão desenvolver sensibilidade dérmica devido ao contato direto de
certos materiais do respirador com a pele.
Seleção do respirador
Se um usuário não está apto a utilizar um determinado tipo de respirador por razões
fisiológicas, poderá ser escolhido outro tipo que ofereça a mesma proteção e que seja adequado sob
todos os demais aspectos.
Requisitos Psicológicos/Neurológicos
Respiradores causam desconforto que pode ser um importante fator limitante na capacidade
de uso. A natureza do desconforto varia desde o desconforto físico até quadros de ansiedade.
Alguns usuários poderão estar inaptos a usar respiradores em virtude de razões psicológicas, como
claustrofobia, sensação de isolamento ou por problemas neurológicos, tais como epilepsia, ataxia e
tremores.
Algumas vezes, as restrições psicológicas podem ser superadas com treinamento e
aclimatação. Os aspectos psicológicos são tão importantes quanto os aspectos físicos no uso de
respirador.
Neste contexto, rosto não barbeado significa uma barba que tenha sido feita num período
superior a 8 horas da jornada de trabalho. Estudos indicam que o crescimento da barba, mesmo com
menos de um dia, pode elevar consideravelmente a penetração através da selagem. O respirador do
tipo com vedação facial somente oferecerá a proteção esperada quando se ajustar ao contorno da
face e se mantiver firme na posição.
O uso de alguns acessórios de efeito pessoal (piercing) pode interferir no funcionamento da
válvula ou no posicionamento da peça facial. O uso de cremes, maquiagens ou loções também
podem provocar o deslizamento da peça facial.
Óculos
O uso de óculos com lentes corretivas pode interferir na proteção oferecida por muitos tipos
de respiradores. Quando óculos corretivos são necessários, estes devem ter um desenho compatível
com o respirador. Há óculos que se adaptam no interior da cobertura facial do respirador sem
comprometerem a selagem do rosto, sendo oferecidos como acessórios pelos fabricantes de
respirador. Como alternativa, podem ser selecionados respiradores com cobertura das vias
respiratória sem vedação facial, como o capuz. O fabricante do respirador pode orientar na solução
adequada.
Lentes de contato
Lentes de contato podem ser usadas com o respirador se o usuário já estiver perfeitamente
acostumado a este tipo de lente e após ter praticado seu uso em conjunto com o respirador. Em
certos casos, entretanto, o uso dessas lentes pode causar problemas, tais como excessiva secagem
dos olhos devido ao fluxo de ar do respirador e deslocamento das lentes durante o uso.
Em ambos os casos, o usuário tenderá a remover o respirador para corrigir o problema,
ficando então exposto ao contaminante. O usuário deve ser orientado a se dirigir a uma área limpa,
onde ele possa remover o respirador para corrigir o problema com as lentes. Se isto não puder ser
feito rapidamente e sem expor o usuário ao contaminante, é recomendável que seja evitado o uso de
lentes de contato.
Os soldadores e as pessoas que circulam nas proximidades da área de soldagem não devem
usar lentes de contato.
Deve ser conhecido o fato de um usuário de respirador utilizar lentes de contato e isto deve
constar em seu prontuário médico. Onde eles estiverem trabalhando, devem haver pessoas com
conhecimentos mínimos sobre remoção das lentes em emergências. Isto inclui também paramédicos
e socorristas.
Mais de um tipo de perigo pode estar presente em muitos ambientes de trabalho, sendo então
necessário o uso de mais de um equipamento de proteção individual. É importante que esses
equipamentos sejam compatíveis entre si e que continuem proporcionando proteção efetiva contra os
riscos.
Quando capacete de segurança, protetor auditivo, proteção para os olhos, roupa de
segurança e respirador forem usados simultaneamente, é importante que a proteção de cada um
desses EPIs não seja prejudicada por qualquer interferência entre eles. Essas interferências incluem:
jugular do capacete passando sobre as hastes do protetor auricular tipo concha, óculos deslocando o
respirador, roupa interferindo na selagem do respirador na face.
Quando for necessário o uso de vários EPIs simultaneamente, deve ser dada preferência ao
uso de EPIs conjugados. São exemplos de equipamentos conjugados aqueles fabricados para
aplicações especiais, como soldagem e jateamento, os quais dão proteção simultânea à cabeça, à
face, aos olhos e aos ouvidos.
Quando mais de um EPI serem utilizados simultaneamente, é necessário definir a sequência
da retirada deles para garantir que a proteção respiratória seja mantida enquanto necessária, como,
por exemplo, na descontaminação que deve ser feita após a exposição ao asbesto.
O processo de seleção deve incluir uma avaliação dos possíveis efeitos da temperatura ou da
umidade extrema existentes no ambiente de uso do respirador. De um modo geral, os fabricantes
incluem essas limitações nas instruções de uso. Os limites de temperatura e umidade normalmente
são mencionados tanto para a armazenagem, quanto para o uso do respirador.
Baixas temperaturas
como -30°C. As máscaras autônomas com peça facial inteira aprovadas para trabalhos abaixo de
0°C devem possuir mascarilha interna ou tratamento conveniente da superfície interna do visor.
O usuário deve familiarizar-se com o uso do respirador em baixas temperaturas, bem como
com as precauções e os cuidados que deve tomar, como, por exemplo:
O ponto de orvalho do ar comprimido em cilindro;
A estanqueidade das conexões que podem ser afetadas quando expostas a baixas
temperaturas;
A guarda do respirador fora do ambiente frio, pois os componentes elastoméricos podem
sofrer graves distorções se não forem convenientemente guardados, impedindo, por exemplo,
posterior vedação na face;
A seleção de acessórios e componentes especialmente projetados para resistirem a baixas
temperaturas.
Altas temperaturas
O conforto térmico do usuário deve ser levado em conta em todas as aplicações. Ele pode ser
afetado pela intensidade do trabalho, pelas condições do meio ambiente e pelo uso de outros
equipamentos de proteção individual.
A dissipação do calor produz suor, o qual, em excesso, faz com que a peça facial escorregue
na face, reduzindo a proteção oferecida pelo respirador. Além disso, a dissipação do calor e o
desconforto podem levar o usuário a folgar ou abrir a roupa de proteção, anulando, assim, a proteção
proporcionada por ela. Quando um usuário de respirador e roupa de proteção necessita realizar
trabalhos muito intensos, é importante que sejam tomadas medidas adequadas, tais como períodos
de descanso adequado e, se necessário, existência de um bom sistema de refrigeração ou de
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acompanhamento médico.
Como os equipamentos de proteção respiratória podem cobrir a cabeça e outras partes do corpo, a
dissipação natural do calor do corpo pode reduzir-se de maneira significativa. Essa dissipação pode
ser impedida de tal maneira que a temperatura central do corpo possa chegar, com relativa rapidez,
a níveis desconfortáveis ou perigosos, principalmente em condições de altas temperaturas
ambientais ou umidade e/ou alta intensidade de trabalho ou, ainda, quando são usadas roupas
isolantes ou impermeáveis.
Essa elevação da temperatura central do corpo pode levar progressivamente ao estresse
térmico: desconforto, vertigens, fadiga, desorientação, mal-estar, inconsciência, coma e morte, a não
ser que seja feita uma intervenção rápida e eficaz.
Quando se prevê a possibilidade da ocorrência do estresse térmico em ambientes com
temperatura elevada, é recomendável o uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou
respiradores de adução de ar do tipo fluxo contínuo, que terão um efeito refrescante sobre o corpo;
respiradores com peça semifacial no lugar de facial inteira, desde que ofereçam nível de proteção
suficiente. O uso do tubo Vortex nos respiradores de ar comprimido de fluxo contínuo reduz a
temperatura do ar fornecido à peça facial.
Além disso, devem ser planejadas e implementadas paradas ou intervalos no trabalho, fornecimento
suficiente de água potável (fria, não efervescente e se possível com adição de eletrólitos essenciais),
bem como planos de escape, resgate e primeiros-socorros.
Em clima frio ou em áreas de trabalho refrigeradas, o estresse provocado pelo frio pode se
tornar preocupante. O uso de respiradores purificadores de ar motorizados ou de fluxo contínuo pode
aumentar a perda de calor corpóreo e causar enregelamento parcial ou ulceração localizada. Alguns
respiradores de linha de ar comprimido são fornecidos com um aquecedor para ar respirável.
Considerando que o ar respirável comprimido, ao chegar à cobertura das vias respiratórias,
apresenta umidade relativa muito baixa, o uso de respiradores com alta vazão e por períodos
prolongados pode provocar desidratação, mesmo em condições ambientais normais. Devem ser
adotadas providências para que haja intervalos regulares de paradas e disponibilidade suficiente de
água potável.
Atmosferas ricas em O2
Uma atmosfera rica em oxigênio é pouco comum nos ambientes de trabalho, mas pode
ocorrer, por exemplo, em espaços confinados com alguns tipos de soldagens, aumentando
significativamente o risco de ocorrência de fogo ou explosão. Nas atmosferas ricas em oxigênio, o
respirador deve ser cuidadosamente selecionado para que seja de material antiestático, não produza
faíscas e não seja inflamável. Na manutenção de respiradores para uso nessas condições, somente
devem ser utilizados os lubrificantes recomendados pelo fabricante.
Atmosferas corrosivas
Em algumas situações, pode ser necessário o uso de respiradores para proteção contra
contaminantes que sejam corrosivos por natureza. Durante o trabalho, esses contaminantes sob a
forma de gases, aerossóis, respingos ou esguichos de líquidos podem entrar em contato com a pele,
os olhos ou o respirador e isso também deve ser considerado na seleção do respirador adequado.
No caso do uso de roupa de proteção e respirador, é necessário levar em conta a interferência entre
eles.
Certas substâncias são capazes de enfraquecer componentes e peças do respirador, fazendo
com que ocorra uma redução da sua resistência ao longo do tempo. Nestes casos, deve-se levar em
conta a diminuição do desempenho com o tempo, como, por exemplo, dano nas válvulas ou em
outros componentes do respirador, tais como capacetes ou visores, tornando-os significativamente
mais fracos ou opacos e exigindo uma manutenção e/ou um programa de substituição de peças mais
cuidadoso.
Informações do fabricante devem ser solicitadas a fim de se certificar de que o equipamento é
adequado para o ambiente e, se necessário, alterar a escolha.
Calor radiante
Altas temperaturas resultantes de calor radiante podem provocar danos nos respiradores. Em
casos extremos, como em fundições, o calor irradiado pode fundir ou amolecer os componentes
plásticos do respirador. Nestes casos, deve-se usar respirador de classe resistente a altas
temperaturas ou ao calor radiante.
Velocidade do vento
Ventos com velocidade acima de 7 km/h podem diminuir a proteção oferecida por alguns
respiradores, particularmente os com cobertura das vias respiratórias sem vedação facial, nos quais
o ar contaminado pode penetrar na zona respiratória apesar do fluxo de ar do respirador. A seleção
de respiradores para uso em áreas com vento deve levar em conta essa possibilidade. O fabricante
do respirador deve ser consultado para informações adicionais.
O respirador adequado ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida deve
ser selecionado por pessoa competente, conforme o seguinte procedimento:
a) se a atmosfera for deficiente em oxigênio, o respirador selecionado dependerá da
porcentagem de O2 e da altitude do local, isto é, da pressão parcial de oxigênio (ppO2) e da
aclimatação do usuário:
a1) se a concentração de oxigênio for menor que 12,5% ao nível do mar (ppO2 menor que 95
mmHg), a atmosfera é IPVS e devem ser usados os respiradores indicados nos próximos itens;
a2) se a concentração de oxigênio for maior que 12,5% ao nível do mar (ppO2 maior que 95
mmHg) e menor que 18% ao nível do mar (ppO2 menor que 137 mmHg), a atmosfera não é IPVS
e deve ser usado qualquer respirador de adução de ar. Se, entretanto, também estiverem
presentes contaminantes, deve ser usado respirador de adução de ar com Fator de Proteção
Atribuído (FPA), adequado para estes contaminantes, selecionado conforme o item (b);
a3) se a concentração de oxigênio for maior que 18% ao nível do mar (ppO2 maior que 137
mmHg), não há deficiência de oxigênio, continuar no item (b);
b) se não for possível determinar qual o contaminante potencialmente perigoso que possa
estar presente no ambiente, ou a sua concentração, considerar a atmosfera IPVS.
c) se não existir limite de exposição ou valores de orientação da exposição ocupacional
disponíveis, e se não puder ser feita a estimativa da toxidez, considerar a atmosfera IPVS. Se existir
limite de exposição, ou valores de orientação da exposição ocupacional disponíveis, ou se puder ser
feita a estimativa da toxidez, continuar no item (d);
d) se a concentração medida ou estimada do contaminante for considerada IPVS, continuar
no item 5.2. Se não for IPVS, continuar no item (e);
e) calcular o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR), dividindo a concentração medida
ou estimada do contaminante na condição mais crítica de exposição prevista pelo limite de exposição
adequado ou valor de orientação, conforme e1, e2 ou e3. Se o FPMR for menor que 1, não é
necessário o uso de respirador, exceto para aerossóis contendo asbesto(*). Se o FPMR for maior
que 1, continuar no item (g). Se mais de uma substância estiver presente, ir para o item (f).
e1) dividir a concentração média ponderada para o contaminante determinado pelo limite de
exposição aplicável, ou seja, se o limite é para 8 horas, a concentração média ponderada deve ser
para 8 horas; se o limite é para 10 horas, a concentração média ponderada deve ser para 10
horas.
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no mínimo,
peça semifacial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual ou maior que o
limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol contiver sílica cristalina,
deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se FPMR for menor que 10). Para
substâncias com limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3
se FPMR for menor que 10).
e2) se o contaminante possuir valor teto, dividir a concentração máxima de exposição pelo valor
teto.
e3) se o contaminante possuir limite de curta exposição, dividir a concentração média de 15 ou 30
minutos pelo limite de curta exposição definido para 15 ou 30 minutos, respectivamente.
f) se mais de uma substância estiver presente, avaliar os efeitos aditivos ou sinérgicos de
exposição em vez de considerar o efeito isolado de cada substância. Para isso, calcular, inicialmente,
o FPMR para cada substância, como indicado em (e). Se as substâncias não apresentarem efeitos
tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema (fígado, rim, sistema nervoso central etc.),
considerar, para a seleção do respirador, o maior FPMR calculado. Se as substâncias apresentarem
efeitos tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema, devem ser considerados os efeitos
aditivos. Isto é feito utilizando a fórmula:
(Cm/Tm) = (C1/T1) + (C2/T2) + .... + (Cn/Tn)
Onde: C1,2,…,n = concentração de cada substância
T1,2,...,n = seu respectivo limite de exposição
Cm e Tm= concentração e limite de exposição da mistura
Se o valor de (Cm/Tm) for menor que a unidade, não é necessário o uso de respirador. Se a
soma dos quocientes (Ci/Ti) for maior que a unidade, tal valor é o FPMR para a mistura. Continuar
em (g).
g) Com base no Quadro 1, selecionar um respirador ou tipo de respirador que possua FPA
maior que o FPMR, considerando, para a escolha final, a adequação do respirador ao usuário, à
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tarefa (o tipo de trabalho a ser realizado, o nível de esforço físico, a duração e a frequência da tarefa,
necessidades quanto à mobilidade, comunicação e visão etc.) e ao ambiente de trabalho. Se o
contaminante for irritante aos olhos ou sua concentração no local de trabalho for tal que cause danos
aos olhos, selecionar um respirador com peça facial inteira, capuz ou capacete. Se o respirador
selecionado for do tipo purificador de ar, continuar no item (h);
Nota: Informações sobre o potencial irritante das substâncias podem ser obtidas na FISPQ ou em
International Chemical Safety Cards, no site http://www.cdc.gov/niosh/ipcs/
h) se o contaminante for um gás ou vapor, escolher o filtro químico apropriado. As seguintes
condições devem ser satisfeitas simultaneamente: 1) a concentração do contaminante no ambiente
deve ser menor que a sua concentração IPVS; 2) a concentração do contaminante no ambiente deve
ser menor que a Máxima Concentração de Uso (MCU) do filtro, conforme Quadro 2; 3) o filtro
químico deve ser compatível com a peça facial do respirador selecionado em (g); 4) para algumas
substâncias ver também o item (i). Se também estiver presente contaminante do tipo particulado ou
se o contaminante for somente do tipo particulado, continuar no item (j);
Nota: Quando estiverem presentes gases ou vapores e também contaminantes particulados,
devem ser usados filtros combinados (filtro químico + filtro para partículas), observando os critérios
de seleção dos itens (h) a (j).
i) se o contaminante for um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta, ou de toxidez
elevada, ou de difícil retenção pelo sorbente, é recomendado, de modo geral, o uso de respiradores
de adução de ar. Se estes não puderem ser usados por causa da inexistência de fonte de ar
respirável, ou por causa da necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar
poderá ser usado somente quando:
i1) o filtro químico possuir um indicador confiável de fim de vida útil que alerte o usuário antes de o
contaminante começar a atravessar o filtro; ou
i2) existir um plano de troca de filtro que se baseie em informações ou dados, tais como a vida útil
do filtro, a dessorção (a não ser que a substituição seja diária), a concentração esperada e o
tempo de exposição, que assegure que os filtros sejam substituídos antes de atingirem a
saturação.
j) se o contaminante for do tipo particulado, a seleção do filtro depende também da presença
ou ausência de partículas oleosas no aerossol. Se o aerossol:
j1) for mecanicamente gerado (poeiras ou névoas), usar filtro classe P1(*)(**) ou peça semifacial
filtrante para partículas PFF1(*)(**) se o FPMR for menor que 5;
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no mínimo,
peça semifacial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual ou maior que o
limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol contiver sílica cristalina,
deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se FPMR for menor que 10). Para
substâncias com limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3
se FPMR for menor que 10).
** Se o aerossol for oleoso (proveniente de lubrificantes, fluídos de corte, glicerina, veículos com
motor de combustão interna, ar comprimido de compressores lubrificados a óleo etc.), deverá ser
selecionado filtro resistente a óleo. A presença do óleo no ar pode ser determinada pelo método
NIOSH 5026 (oil mist, mineral).
j2) for mecanicamente gerado (poeiras e névoas) ou termicamente gerado (fumos), usar filtro
classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2(*)(**) se o FPMR for menor que
10);
j3) for névoa à base de tinta, esmalte ou verniz contendo solvente orgânico, usar filtro combinado:
filtro químico contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**). Pode-se utilizar filtro
da classe P1(*) (**) quando o FPMR for menor que 5;
j4) for névoa contendo agrotóxico em veículo orgânico, usar filtro combinado: filtro químico contra
vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**); se o contaminante for um agrotóxico em
veículo água, usar filtro para partículas classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas
PFF2(*)(**), se o FPMR for menor que 10);
j5) contiver radionuclídeos, usar filtro classe P3(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas
PFF3(**) se o FPMR for menor que 10).
(k) os FPA apresentados são de respiradores com filtros P3 ou sorbentes (cartuchos químicos
pequenos, médios ou grandes). Com filtros classe P2, deve-se usar FPA 100, devido às limitações
do filtro.
(l) a máscara autônoma de demanda sem pressão positiva não deve ser usada para combate a
incêndio ou situações IPVS.
Uma concentração de contaminantes IPVS é aquela que representa um risco muito grave à
saúde, podendo ter efeitos irreversíveis sobre esta, bem como em reduzir a capacidade do indivíduo
de abandonar áreas de risco ou mesmo podendo causar a morte.
Um local é considerado IPVS quando:
a) o contaminante presente ou a sua concentração é desconhecida; ou
b) a concentração do contaminante é maior que a concentração IPVS; ou
c) é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em volume ao
nível do mar ou ppO2 = 159 mmHg), a menos que a causa da redução do teor de oxigênio seja
devidamente monitorada e controlada; ou
d) é um espaço confinado não avaliado; ou
e) o teor de oxigênio é menor que 12,5% ao nível do mar (ppO2 menor que 95 mmHg); ou
f) para um indivíduo aclimatado ao nível do mar, a pressão atmosférica do local é menor que
450 mmHg (equivalente a 4.240 m de altitude) ou qualquer combinação de redução na porcentagem
de oxigênio ou redução na pressão que leve a uma pressão parcial de oxigênio menor que 95
mmHg.
Se o respirador será utilizado em uma área IPVS, ele deve ser alternativamente:
I. Uma máscara autônoma de ar comprimido (possui peça facial inteira) com pressão positiva
aprovada com CA e que tenha autonomia mínima de 30 minutos, ou;
II. Um respirador que seja uma combinação de peça facial inteira com pressão positiva e com
suprimento por ar de linha dotada e também de um cilindro de ar comprimido reserva para
abandonos de emergência.
Deve ser mantida comunicação contínua entre o trabalhador, que entrou na atmosfera IPVS e
o que está de prontidão. Enquanto permanecer na área IPVS, o usuário deve estar com cinturão de
segurança e cabo que permita a sua remoção em caso de necessidade.
Podem ser usados outros recursos também, no lugar do cinturão e cabo de resgate, desde
que equivalente.
Pode ser permitida a entrada sem o uso de respiradores em espaço confinado, que contenha
de 19,5% até 20,9% em volume de oxigênio ao nível do mar, somente quando forem tomadas
precauções extraordinárias, quando é conhecida e entendida a causa da redução do teor de oxigênio
e ainda quando se tem certeza de que não existem áreas mal ventiladas nas quais o teor de oxigênio
possa estar abaixo da referida faixa. Não se conhecendo a causa do baixo teor de oxigênio, ou se
ela não for controlada, a atmosfera do espaço confinado deve ser considerada IPVS.
Nota: A NR-6 especifica que um ambiente deve ser considerado como deficiente de oxigênio quando a
concentração de oxigênio é de 18%. Como se vê, é uma situação não IPVS. Os respiradores purificadores de
ar somente devem ser usados quando a concentração de oxigênio no ambiente estiver acima de 18%.
Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e
saudável qualidade de vida, na medida em que não se pode dissociar os direitos humanos e a
qualidade de vida, verifica-se, gradativamente, a grande preocupação com as condições do trabalho.
A primazia dos meios de produção em detrimento da própria saúde humana é fato que,
infelizmente, vem sendo experimentado ao longo da história da sociedade moderna. É possível
conciliar economia e saúde no trabalho.
As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as lesões por esforços repetitivos),
já há séculos vem sendo diagnosticadas.
Os problemas relacionados com a saúde intensificam-se a partir da Revolução Industrial. As
doenças do trabalho aumentam em proporção a evolução e a potencialização dos meios de
produção, com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades.
No início da década de 70, o Brasil foi o detentor do título de campeão mundial de acidentes.
e, em 1977,o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por sua
reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. Trata-se do
Capítulo V, Título II, artigos154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77.
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho, hoje denominado Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, regulamenta os
artigos contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando Normas Regulamentadoras - NRs.
Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde ocupacional.
Atuando de forma tripartite o Ministério do Trabalho e Emprego, divulga para consulta pública
a Portaria SIT/SST nº 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, para a criação da Norma
Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria nº 30, de 22.10.02, da Secretaria de Inspeção
do Trabalho, do MTE, divulgando para consulta pública proposta de texto de criação da Norma
Regulamentadora Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.
Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no
trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais
e na sociedade como um todo.
Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor número de acidentes e
doenças de trabalho, com progresso social na agricultura, na indústria, no comércio e nos serviços,
devem ser apoiadas.
Para isso deve haver a conjunção de esforços de todos os setores da sociedade e a
conscientização na aplicação de programas de saúde e segurança no trabalho. Trabalhador
saudável e qualificado representa produtividade no mercado globalizado.
1) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
2) O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
3) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício
de sua atividade;
4) O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhorar capacitação da
mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade
do segurado;
15.3.1 Auxílio-doença
O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo
Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias
consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao
segurado empregado o seu salário integral.
A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o
exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar
o segurado empregado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar os
quinze dias.
O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade.
Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova
atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, for aposentado
por invalidez.
O segurado empregado em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa como
licenciado.
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data
da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a anteceda sem interrupção, ou ainda
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente
exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade.
Observe-se que o beneficiário empregado em gozo de uma das prestações, acima citadas,
tem direito ao abono anual, equivalente ao 13º salário
O Seguro Acidente do Trabalho - SAT tem sua base constitucional estampada no inciso
XXVIII do art. 7º, Inciso I do art. 195 e inciso I do art. 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo
ao empregado um seguro contra acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante
pagamento de um adicional sobre a folha de salários, com administração atribuída à Previdência
Social.
A base infraconstitucional da exação é a Lei nº 8.212/91, que estabelece em seu art. 22, II:
“Art.22 – A contribuição a cargo da empresa destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de:
I - ................................................................................................................................................
razão de maior incidência de incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, é aquela que
ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos.
O enquadramento das atividades da empresa é de responsabilidade da própria empresa
como, também, estabelece o Decreto nº 3.048/99, em seu art.202, § 4º, que a empresa o faça de
acordo com a Relação de Atividades Preponderantes e correspondentes graus de risco, prevista em
seu Anexo V, obedecidas as seguintes disposições:
NR - 26 - Sinalização de Segurança
NR - 27- Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
NR - 28 - Fiscalização e Penalidades
NR - 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR - 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR - 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura
NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
NR - 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR – 35 – Trabalho em Altura
Sob nenhuma circunstância o vigia deverá adentrar ao espaço confinado até que ele esteja
seguro e certificado que adequada assistência está presente. Enquanto aguarda a chegada de
pessoal de resgate e primeiros socorros ele deverá, do lado de fora do espaço confinado, fazer
tentativas de resgatar o trabalhador através da linha de vida.
Os riscos encontrados e associados com entradas e trabalho em espaços confinados são
capazes de causar lesões, doenças ou até mesmo a morte do trabalhador. Acidentes ocorrem
porque geralmente as pessoas que adentram esses locais falham no reconhecimento dos riscos
potenciais.
Antes de iniciar o salvamento, informações sobre o espaço confinado deverão ser obtidas,
tais como: natureza do agente contaminante, metragem cúbica, o tipo de trabalho que estava sendo
realizado e quantos trabalhadores estão operando no local. Se utilizar ventilação forçada, está não
deverá criar riscos adicionais, como a recirculação do agente contaminante devido a uma má
colocação da saída da manga de exaustão.
Muito embora a norma tenha sido desenvolvida para, através da prevenção e da previsão,
evitar o resultado acidente de trabalho tornando desnecessário o emprego de equipes de
salvamento, a verdade é que as peculiares condições que envolvem operações em um espaço
confinado acabam, por vezes, ultrapassando os limites da previsibilidade e dando margem a
manifestação da emergência. É nesse momento que entram em cena os socorristas, minimizando os
efeitos deletérios do acidente.
As técnicas de primeiros socorros que são abordadas não serão diferentes daquelas
universalmente aceitas e reconhecidas como de maior efetividade na manutenção da vida, bem
como o perfil do trabalhador empregado como socorrista não será diferente daquele que vem sendo
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utilizado no recrutamento e seleção desse profissional. O socorrista que, de acordo com a norma,
atuará no espaço confinado deverá ter as mesmas habilidades e capacitação de seus colegas que
prestam atendimento pré-hospitalar em qualquer outra área. O que vai diferenciá-lo é que em seu
campo de trabalho o ambiente de atuação determinará as tomadas de decisão, alterando as
prioridades e sequências do atendimento, em prol do bem estar da vítima e do próprio socorrista.
Podemos apontar que a principal diferença que norteará as decisões do socorrista, diz
respeito ao local de intervenção e prestação de socorros. Espaços confinados podem e comumente
desenvolvem atmosferas IPVS e nesses casos a vítima deverá ser primeiramente removida do local
para depois receber cuidados médicos. O socorrista deverá redobrar sua atenção quando adentrar
nesses ambientes para que também não venha a se tornar uma vítima.
A NBR 14787 prevê que as empresas que executem trabalhos em espaços confinados, mantenham
serviços de resgate: “5.6 Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros
sempre à disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.”
16.2 Incidente
A norma menciona que a empresa deverá dispor de equipamentos para realizar primeiros
socorros:
“Equipamentos para atendimento pré-hospitalar.”
Os equipamentos e materiais disponíveis no mercado são frutos de pesquisas e
experiências de muitos anos no atendimento de vítimas com vida nas mais diversas situações. As
equipes de resgates devem analisar e utilizar aqueles que atendem suas necessidades e seus
procedimentos operacionais.
A seguir alguns exemplos que podem nortear um chefe de equipe de resgate, lembrando
que nessa área a tecnologia está sempre desenvolvendo novos equipamentos. Para facilitar
grupamos os materiais da seguinte forma:
Equipamentos para Transporte: padiola, sked e maca com rodas.
Equipamento para Ventilação e Reanimação: sistema portátil de oxigênio, ventiladores
manuais (ambus), máscaras, cânulas orofaringeasl, etc.
Material para Imobilização: talas infláveis, prancha curta e longa, talas rígidas, talas de
arame, bandagem triangular, etc.
Material para Ferimentos: bandagens de diversos tamanhos, fita adesiva, tesoura, pinças,
bandagens para queimaduras, luvas, “campos” esterilizados, cobertor, etc.
Material Médico: esfigmomanômetro, estetoscópio, soro fisiológico, toalhas, etc.
Equipamentos para salvamento terrestre: cunha hidráulica, martelete picotador,
alavancas, pás de escota, croque isolante, moto abrasivo, caixa de ferramentas completa, luvas
isolantes, talha de corrente, etc.
Equipamento para salvamento aquático: nadadeiras e flutuador salva-vidas.
Equipamento para salvamento em altura: Freseg, cordas multiuso, mosquetões etc.
Equipamento de proteção: cone de sinalização, iluminação de emergência, capas de
proteção, coletes reflexivos, óculos de segurança, faca de salvamento, lanternas, equipamento de
proteção respiratória, extintor de incêndio, capacetes, farol (tipo Sealed-Beam com extensão de 5m),
etc.
Equipamento de comunicação: rádio transceptor, hand-talk, protocolo, etc.
17. O SOCORRISTA
17.1 Definição
17.2 Regras
17.3 Responsabilidades
Trabalhando como socorrista, poderá exercer uma ou todas as funções e ações que iremos
relacionar em seguida:
Controlar um local de acidente, promovendo primeiramente segurança pessoal e ao paciente,
evitando acidentes adicionais.
Analisar o local da ocorrência, verificando se não irá precisar de auxílio de: policiais,
bombeiros, companhias concessionárias de serviço público e outros serviços que possam ser
necessários.
Assegurar acesso ao paciente em ocorrência de desabamento, soterramento, explosão,
incêndio, etc.
Determinar qual o problema do paciente, colhendo informações do local, testemunhas e do
próprio paciente, verbais ou através de exames.
Dar o máximo de si, promovendo cuidados de emergência dentro do seu nível de
treinamento.
Tranquilizar o paciente, parentes e testemunhas, providenciando suporte psicológico.
Liberar o paciente utilizando técnicas e materiais apropriados.
Transportar com segurança um paciente, para o recurso médico apropriado, monitorando-o
durante o trajeto, promovendo cuidados de emergência e comunicando-se com o Centro de
Operações.
Informar ao setor de emergência do hospital, as informações obtidas, o trabalho realizado e
colaborar com qualquer auxílio que lhe for solicitado
18 PRIMEIROS SOCORROS
Antes de examinar a vítima, se deve proteger para evitar riscos de contaminação através do
contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso é importante a utilização de kits de
primeiros socorros como; luvas, óculos, máscaras entre outros. Na ausência desses dispositivos,
vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam disponíveis.
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar suas condições enquanto conversa com ela.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
Pedido de ajuda qualificada e especializada
Avaliação das vias áreas
Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos
Prevenção do estado de choque
Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves
Preparação da vítima para remoção segura
Providencias para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.
Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito
Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstancias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.
Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.
Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.
Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.
As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 18.2 do código penal art. 135, a omissão de socorro é crime,
cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o deve jurídico de prestar
assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os iniciar
os procedimentos. Por outro lado o Art. 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de
outrem.
Por este motivo deve-se estar muito confiante, preparado e treinado para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima quando não estamos preparados para iniciarmos manobras complexas.
Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.
Para atender uma vítima de choque elétrico devemos seguir alguns passos básicos como:
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que vemos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvido esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica pode desligá-los. Nesse caso, entre em contato
com a central, os bombeiros ou a policia, indicando o local exato do acidente. Procedendo dessa
maneira, você certamente poderá evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que você deverá prestar socorro.
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.
Nos ambientes confinados, quando não são utilizados os EPIs adequadamente, podem levar
a uma parada cardiorrespiratória, sendo essencial buscarmos saber do que se trata e como proceder
nesses casos.
Como sabemos o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia, essa ultima pode ocorrer em
ambientes confinados.
A parada respiratória pode correr por diversas situações como afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpo
estranhos na garganta, choque elétrico entre outros.
Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vitima, chegando
bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
Se o tórax se expande
Se há algum ruído de respiração
Sentir na sua própria face se há saída de ar
Inconsciência
Tórax imóvel
Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca)
Ocorrendo uma parada respiratória temos que ficar atentos, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.
Inconsciência
Ausência de pulsação (batimentos cardíacos)
Ausência de som de batimentos cardíacos
Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais que passam pelo
corpo, as mais utilizadas é a que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre uma
ausência de pulsação nessas artérias é um dos sinais mais evidentes que ocorreu uma parada
cardíaca.
Quando ocorrer de ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se
observar se a vítima apresenta algum sinal de circulação como:
Respiração
Tosse ou emissão de som
Movimentação
Em casos onde esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima esta sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.
Primeiramente deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima
buscando saber se ela esta consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência a
prioridade é pedir auxilio qualificado.
Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, o socorrista deve usar os dispositivos de
proteção possíveis ou improvisados como; luvas, panos ou sacos plásticos.
A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
A - Vias Aéreas
B - Boca (Respiração) ou Boa respiração
C - Circulação
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).
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A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas por várias maneiras como; sangue, secreções
e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa
esta inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás,
impedindo a passagem do ar.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vitima
esteja respirando o socorrista deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar
a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável
Se os procedimentos do item 12.6.3.1 obstrução das Vias Aéreas, não foram suficientes para
a vítima retornar a respirar, ou até mesmo a vitima não apresenta pulsação, será necessário a
reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer
respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as
chances de vida. Até então no Brasil 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de
chegar ao hospital.
A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, além de possuir os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50%
até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
Procedimentos.
Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima
Manter os braços retos e os cotovelos estendidos
Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros;
O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência
médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente
não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.
Deitar a Vitima
Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a
vitima não deve ser movimentada.
Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.
Pulso
Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No
choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).
Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.
Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
18.8.1 Queimaduras
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua
localização, extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando a avaliar a gravidade de
uma queimadura.
Providências
As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande ou sejam em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em 3
dias.
Providências
Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Os casos mais graves a vítima deve ser encaminhada ao hospital.
Deve-se:
Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos
inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir
grande extensão do corpo.
Providências
O tratamento de queimaduras de modo geral pode ser feito da seguinte forma, podendo ser
de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.
Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.
Queimaduras elétricas:
Requer urgência hospitalar porque podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos.
18.8.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém,
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte
ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.
Sinais e Sintomas:
Tontura
Enjoo
Dor de cabeça
Pele seca e quente
Rosto avermelhado
Febre alta
Pulso rápido
Respiração difícil
Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente observam-se
apenas alguns deles.
Providências
O ideal é deixar que a temperatura vá diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, divido quedas bruscas de temperatura.
18.8.3 Intermação
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados como alguns espaços
confinados com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no
organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.
Sinais e Sintomas:
Providências
18.9 Intoxicações
Dor de cabeça
Sonolência
Enjoo
Fraqueza muscular
Respiração difícil
Providências
18.10 Ferimentos
18.10.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.
Em alguns casos quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.
Procedimentos
18.10.2 Escoriações
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feita deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.
18.10.3 Amputações
Procedimentos
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque.
Procedimentos
Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa
ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.
Procedimentos
Procedimentos
Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
18.11 Hemorragia
É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc;
ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de
primeiros socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.
Sangramento visível;
Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
Palidez de pele e mucosa.
Procedimentos
Procedimentos
Procedimentos
Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe
a(s) narina(s) durante cinco minutos;
Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
18.12.1 Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou
rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidentem pode ter
havido fratura, deve-se procurar atendimento médico de imediato.
Procedimentos:
Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas
Após este tempo aplicar compressas mornas.
Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).
A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.
18.12.2 Luxações
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.
Sinais e Sintomas
Procedimentos
18.12.3 Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fratura:
Fechadas: sem exposição óssea.
Expostas: o osso está ou esteve exposto.
Procedimentos
18.13.1 Serpentes
Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada.
Olhos pequenos, com pupila em fenda Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
vertical e fosseta loreal entre os olhos e as lacrimal ausente.
narinas (quadradinho preto).
Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que
poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a
situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.
3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de
socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da
falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de
envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo
decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para
avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local
em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...
Procedimentos
Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros 30 minutos após a picada, a ação
precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.
Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário
procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma
Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir
garroteamento.
Lavar o local com bastante água corrente.
Compressas de gelo ou água fria retardam os efeitos do veneno.
Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração.
Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo que disponha de soro
antiofídico – único tratamento eficiente para combater os males causados por
serpentes venenosas.
Os primeiros socorros são úteis e importantes até 30 minutos depois da picada, portanto
encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.
Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas
também para suas próprias espécies, pois devoram-se mutuamente. São também sues inimigos
naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios (principalmente sapos), no caso dos
escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como
característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou
para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves.
Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento.
18.13.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto nos faz tomar pouco cuidado com
elas.
Algumas espécies, porém, são muito venenosas.
Devemos dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.
Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos A aranha marrom tem o corpo escuro e as
gramados e jardins. pernas mais claras. É pouco agressiva e não
causa dor local; sua mordida pode passar
despercebida. Os sintomas aparecem depois
de oito a 20 horas: inchaço local e bolhas são
os mais comuns. Nos casos graves, a urina do
acidentado fica com uma cor marrom escura.
Sintomas
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Procedimentos
18.13.2.2 Escorpiões
Seu veneno pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Eles têm hábitos noturnos e
não são agressivos.
Procedimentos
Se conseguir pegar o escorpião, guarde-o para levar ao médico, que extrairá dele o
antídoto contra o veneno da picada.
O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima.
Torniquete não é aconselhado.
Aplique compressas frias nas primeiras horas.
Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos
sintomas mais graves.
A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não
é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande risco de
morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é a maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.
A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima. Dependendo do local onde o acidente
tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. O mais importante é saber colocar
a vítima sobre a maca.
A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é
muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.
Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de
vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a
superfície sobre a qual a vítima será colocada.
Para utilizarmos o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam
resistentes para suportar do peso da vítima
Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.
Fonte: Senac
Transporte de Apoio
Transporte em cadeirinha
Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.
Transporte no Colo
Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.
19. REFERÊNCIAS
ABNT, NBR 1214. NBb 11 350). Controle dos Riscos de Gases e Vapores em Embarcações, RJ,
1990.
CAMPOS, José Luiz Dias e CAMPOS, Adelina Bitelli Dias. Responsabilidade Penal, Civil e
Acidentária do Trabalho. Edit. LTR, 4ª ed. Atualizada.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. Edit. Saraiva, 24ª
Edição.
GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. Edit. LTR 2000.
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. Edit. LTR, 3ª.
Edição.