Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2005
RICARDO MILLEGO DE CASTRO
Área de Concentração:
Engenharia Automotiva
Orientador:
Gilberto Francisco Martha de Souza
São Paulo
2005
INDICE
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
RESUMO
“ABSTRACT”
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................1
2 MOTIVAÇÃO...............................................................................................4
3 OBJETIVO...................................................................................................7
7.3 “SPALLING”...................................................................................................... 74
7.4 “SCORING”....................................................................................................... 74
TEÓRICOS................................................................................................................. 139
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................170
APÊNDICE
LISTA DE FIGURAS
Figura 11: Ação de uma evolvente sobre outra evolvente [1] ...................................................... 26
Figura 12: Distância entre centros, ângulo de pressão, raio primitivo e raio base [1] ................. 28
Figura 13: Formação de dentes de engrenagens pelas curvas evolventes [1] ........................... 32
Figura 17: Contato entre duas curvas evolventes – comprimentos de arcos diferentes............ 37
Figura 24: Alterações de espessura para correções positivas e negativas de perfil [9] .............. 47
Figura 25: Geração do perfil evolvente para dentes helicoidais [1] ............................................. 52
Figura 35: Macro-pitting (a), micro-pitting (b) [14] e pitting destrutivo (c) ..................................... 70
Figura 41: Diâmetro interno (di), diâmetro de raíz (df) e diâmetro externo (da) .......................... 95
Figura 44: Seção transversal considerada para cálculo de flexão no pé do dente [23] ............. 115
Figura 45: Perfil básico de referência com e sem protuberância [23] ........................................ 116
Figura 65: Pico de torque medido no semi-eixo de veículo experimental ................................ 160
Tabela 9: Ciclos de carga de tração do pinhão NL1 e fatores de aplicação KA [23] ...................... 92
Tabela 10: Constantes para cálculo do mínimo valor de flexibilidade de um par (q’) ............... 96
Tabela 11: Constantes CV1, CV2 e CV3 para cálculo de KV ........................................................ 100
Tabela 15: Classe de qualidade especificada para o par sob análise ..................................... 129
Tabela 16: Tipos de veículos utilizados nos testes de durabilidade acelerada........................ 130
Tabela 17: Porcetagem do uso das marchas a frente no teste veicular (%/100)..................... 132
Tabela 18: Valores da rotação de referência para todas as marchas da caixa ....................... 137
Tabela 24: Comparação em % de massa: 16MnCrS5 x 20NiMoCr6-4 [28, 29] ........................... 144
Tabela 31: Tempo de uso de cada marcha no teste de dinamômetro ..................................... 152
Tabela 32: Classe de qualidade especificada para o par de 1ª Velocidade ............................ 154
The purpose of this study is to inform the readers about gear working,
their properties and main failure modes, including the design criteria, defined by
DIN standard, applied to gear design, focusing on the analysis of helical gears
durability in manual automotive gearboxes. The enclosed study case shows the
evolution of a certain mating gear applied in a specific durability vehicle test
where the pinion and gear were modified in some design parameters, such as
material type, shot-peening, increase of gear width and lead corrections (micro-
geometry). This study intends to evaluate some design parameters and gear life
factors that define the mating gear durability and to compare the theoretical
results against to the experimental ones. These gear life factors (application
factor, contact factor, material type, etc) are enclosed in known standards (i.e.
DIN 3990).
The study shows the necessity of testing automotive transmissions in the
beginning of design process. This is the best way to identify some failure modes
that were not foreseen by the first calculations and hypothesis. Through the
experimental results obtained in vehicle test, the study concludes which are the
main design parameters that allowed the mating gear fulfill the test
requirements regarding tooth breakage.
By the end some other design changes are proposed to reduce the
product cost.
1
1 INTRODUÇÃO
vantagens competitivas.
de determinada peça;
econômico-financeiras.
volume, suas massas são diferentes). Este é um item que pode trazer alguma
combustível do veículo.
podem ter sua magnitude reduzida. Esta evolução técnica é que permite
3
termos de durabilidade.
2 MOTIVAÇÃO
são alguns dos componentes que uma caixa de transmissão dispõe, tal como
mostrado na Figura 1.
Engrenagem
Garfos
Eixos
Haste
Carcaça
Rolamentos
Parafusos
Vedador Junta
abrem um vasto campo para análise de critérios de projeto no que diz respeito,
tais como DIN e AGMA, que indicam como devem ser efetuados os cálculos de
sua durabilidade.
alguns modos de falha que não estavam previstos pelos cálculos e premissas
iniciais.
seja, alterações de projeto que são válidas para uma determinada caixa podem
não valer para uma outra caixa, que apesar de ser utilizada em uma mesma
3 OBJETIVO
veículos.
um protótipo da mesma.
durabilidade de uma engrenagem, porém seu efeito é mais difícil ser estimado
teoricamente.
8
pé do dente do pinhão.
pelo homem. Ela vem sendo utilizada por mais de 5000 anos [7].
era bastante utilizada pelos antigos) e carregamento de água dos poços [7].
pela primeira vez, na Era Moderna, pelo francês Philip de La Hire (1694), no
[4]
Maitre considera o matemático suíço Leonard Euler (1754) como o
[7]
grande pioneiro de engrenagens com perfil evolvente, Dudley diz que muitos
Willis (1832) foi quem deu uma forma prática a estas curvas [4].
Dentes Retos
Cremalheira
Próximo das
Dentes Cruzados
engrenagens
Helicoidais cilíndricas helicoidais
12
Dentes Retos
Dentes Cruzados
Inclinados Próximo das
engrenagens
cilíndricas helicoidais
(principalmente para
dentes espirais ou
hipoidais)
Dentes
Espirais
Engrenagem
Cruzados Baixos rendimentos
coroa / sem 45-95%
fim
13
conformação.
que deve ser usinado (vão do dente), portanto para este processo a usinagem,
na maioria das vezes, é feita dente a dente. Brochadeiras são bons exemplos
simultaneamente.
4.2.1.1 “Hobbing”
de dentes internos e quando não existe espaço axial suficiente para a saída de
4.2.1.2 “Shaping”
uma engrenagem de dente reto está sendo gerada então o caminho do avanço
estudo abordará três processos de uso mais comum e que estão presentes na
finishing”) e o “honing”.
4.2.2.1 “Shaving”
utiliza uma ferramenta de aço rápido, endurecida e retificada que tem a forma
Shaving Tratamento
Térmico
Hobbing
precisão.
retífica que na verdade é um disco abrasivo. Este disco abrasivo, por sua vez,
o flanco.
17
Tratamento
Térmico
Retífica
Hobbing
4.2.2.3 “Honing”
abrasivo, age contra o corpo de engrenagem. Este processo pode ser adicional
Rebolo
Dressador
Peça
engrenagem. É importante ressaltar que como nesta etapa a peça foi apenas
limitada para o máximo torque do motor sabendo que esta engrenagem irá
durar muitos anos sob um torque médio de uso do veículo (torque real de uso).
20
movimento rotatório uniforme de um eixo para outro, por meio de contato dos
desenvolvidos.
21
A : ponto primitivo
círculo primitivo
ponto de contato escolhido até o ponto primitivo (ponto fixo). Essa linha reta ou
também um perfil básico do dente (“Basic Rack Form”). Este perfil básico é o
perfil básico é uma linha reta [1], tal como indicado na Figura 9.
estudo.
estudo deste trabalho dará uma abordagem, somente, a este tipo de perfil.
Linha de Perfil
Ação Básico
Linha Primitiva
Ângulo de
Pressão
α
Ponto
Primitivo
Caminho de
Contato
seguir.
r : raio vetor
rb : raio base
tem-se que:
r 2 − rb r 2 − rb
2 2
ε − θ = tg −1 ou θ = ε − tg −1 (5.1)
rb rb
r 2 − rb
2
r 2 − rb = rb ε ε= (5.2)
2
ou
rb
r 2 − rb r 2 − rb
2 2
θ= − tg −1 (5.3)
rb rb
Portanto:
rdθ r 2 − rb2
Onde: tgψ = = (5.5)
dr rb
da seguinte forma:
rc = 2
[r + (dr / dθ ) 2
2 2
]
3
[1] (5.6)
r − r (d 2 r / dθ 2 ) + 2(dr / dθ ) 2
Como
− r.rb
4
dr r.rb d 2r
= e =
dθ r 2 − rb
2 dθ 2
(
r 2 − rb
2
)
2 (5.7)
rc = r 2 − rb
2
(5.8)
até o ponto Pt, conforme indicado pela Figura 11, muda uniformemente.
permanece constante.
27
distância entre centros não exerce nenhuma influência sobre a relação relativa
rb1 ω 2
= (5.9)
rb 2 ω1
rb2 = raio base do círculo maior (dobro do tamanho do círculo menor) [mm]
maneira análoga, por discos planos conduzidos um pelo outro por atrito. Estes
discos são conhecidos como círculos primitivos, enquanto que seus diâmetros
diâmetro pode ser um potencial diâmetro primitivo. Isto ocorre, pois o caminho
de contato é uma linha reta, logo, com uma forma que é simétrica sobre
qualquer ponto nesta linha. Além do mais, para curvas evolventes, o caminho
d2 : diâmetro primitivo da 2ª
evolvente [mm]
Figura 12: Distância entre centros, ângulo de pressão, raio primitivo e raio base [1]
somente do contato entre suas curvas evolventes. Existe uma relação definida
29
d1 + d 2
a1 = (5.11)
2
d1 / d 2 = rb1 / rb 2 (5.12)
Então:
d1 = d 2 rb1 / rb 2 (5.13)
(d 2 rb1 / rb 2 ) + d 2
a1 = = d 2 (rb1 + rb 2 ) / 2 ⋅ rb 2 (5.14)
2
Portanto:
d 2 = 2 ⋅ rb 2 a1 /(rb1 + rb 2 ) (5.15)
12.
d1 cos α d cos α
∴ rb1 = e rb 2 = 2 (5.19)
2 2
menores [2].
é reduzido.
forma:
círculo base.
ao ponto primitivo.
considerado para a construção de um dos dois lados do dente será válido para
pb = 2π ⋅ rb / z (5.20)
z = número de dentes
33
base deve ser idêntico em ambas as engrenagens para obter uma ação
contínua e suave.
p:
p = π .d 1 / z 1 [mm] (5.21)
Onde:
medida padrão é o “diametral pitch” (P) que indica o número de dentes por
como sendo:
d1 2.r1
m= = [mm / dentes] (5.22)
z1 z1
z1
P= [dentes / in] (5.23)
d1
25,4
m= (5.24)
P
34
p = π .m [mm] (5.25)
evolventes em contato são iguais, logo, seus módulos também têm a mesma
para definir as seções dos dentes são: o adendo ha, distância entre o diâmetro
• h = ha + hf (5.26)
• hf = (d – df)/2 (5.28)
(*) Válido para dente padrão e sem correções de perfil (ver seção 5.1.8 para maiores detalhes)
35
et st ha = adendo
hf = dedendo
diâmetro primitivo
são padronizados como se segue: 25, 20, 15, 12, 10, 8, 6, 5, 4, 3, 2.5, 1.5, 0.8,
0.5 [2]. Engrenagens que necessitam ser confeccionadas com tamanhos fora do
que não são diretamente medidas numa engrenagem. Eles são utilizados como
maneira mais lenta quanto mais longe o raio de curvatura estiver do mesmo
circulo base. Isto mostra que quanto mais próximo o raio de curvatura estiver
variações de forma.
Figura 17: Contato entre duas curvas evolventes – comprimentos de arcos diferentes
evolvente. Estes dois perfis devem escorregar entre si uma distância igual a
reduzidos a zero no ponto primitivo, onde existe apenas rolamento puro, depois
engrenagens.
v = π ⋅ d1 n / 60 (5.30)
ve = (rc1ω1 − rc 2ω 2 ) (5.31)
ω 2 = d1ω1 / d 2 (5.32)
d1 senα
ve = [2 ⋅ v ⋅ (d1 + d 2 ) / d1 d 2 ]( r1 − rb1 −
2 2
) (5.36)
2
⎡1 1⎤ d senα
∴ ve = 2 ⋅ v ⋅ ⎢ + ⎥ ( r1 − rb1 − 1
2 2
) (5.37)
⎣ d1 d 2 ⎦ 2
40
projeto de engrenagens.
primeiro ponto de contato com seu dente casado até que os dois dentes
entre dois dentes conjugados e vai até o ponto primitivo, o arco de recesso é
aquele que parte do ponto primitivo até o final do contato entre os dentes.
41
⎛ ⎛ d ⎞2 d senα ⎞⎟
∴ yv = ⎜ ⎜ a 2 ⎟ − rb 2 − 2 = xv − xy
2
(5.40)
⎜ ⎝ 2 ⎠ 2 ⎟
⎝ ⎠
d senα
2
⎛d ⎞
xy = 2 xv = ⎜ a 2 ⎟ − rb 2 (5.41)
2
Ö
2 ⎝ 2 ⎠
⎛ ⎛ d ⎞2 ⎞
⎜ ⎜ a1 ⎟ − r 2 − d1 senα ⎟
⎜ ⎝ 2 ⎠ b1
2 ⎟ (5.43)
βr = ⎝ ⎠
rb1
( (d a1 / 2) 2 − rb1 + (d a 2 / 2) 2 − rb 2 − a 0 .senα )
2 2
εα = (5.44)
pb
ação.
2
⎛d ⎞
uv = a 0 .senα − ⎜ a 2 ⎟ − rb 2
2
(5.45)
⎝ 2 ⎠
43
Pode-se dizer que o raio que define o início do perfil ativo (Ra1= O1v)
2
⎛ ⎛ d a2 ⎞
2 ⎞
R a1 = rb1
2 ⎜
+ ⎜ a 0 ⋅ senα − ⎜ ⎟ − rb 2
2 ⎟ (5.46)
⎝ 2 ⎠ ⎟
⎝ ⎠
2
⎛ ⎛ d a1 ⎞
2 ⎞
Ra 2 = rb 2
2 ⎜
+ a 0 ⋅ senα − ⎜ ⎟ − rb1
2 ⎟ (5.47)
⎜ ⎝ 2 ⎠ ⎟
⎝ ⎠
ou máximo raio de raíz permitido (df/2) para pinhão e coroa devem ser
definidos [1].
observadas:
d f 1 = 2.(a 0 − d a 2 / 2) (5.51)
d f 2 = 2.(a 0 − d a1 / 2) (5.52)
(reduz a espessura como indicado na Figura 20), pode encurtar a evolvente útil
tópico.
(engrenagem) até que a reta média (RM) da cremalheira (ferramenta com perfil
RM = Reta Média RM ≡ CP
Existe uma distância (x.mn), como mostra a Figura 23, entre as duas
crista (topo) do dente fica mais aguçada e sua espessura não pode ser inferior
[9]
a 0,4.mn para se evitar o desaparecimento do núcleo dúctil junto a cabeça.
deslocamento positivos.
dente que também pode ser crítico considerando a durabilidade do dente [9].
RM
RM
CP CP
CBase x = +1,0 CB
x=0
RM RM
CP
CP CB
CB x = - 0,5
x = + 0,5
Figura 24: Alterações de espessura para correções positivas e negativas de perfil [9]
e pinhão) tem sua distância entre centros teórica a0 idêntica a sua distância
5.1.8.3 Engrenamento V0
uma coroa, par conjugada do pinhão anteriormente proposta, opere sem que
haja jogo no flanco dos dentes é necessário que mesma seja corrigida com
x1 + x 2 = 0 ⇒ x1 = − x 2 (5.53)
5.1.8.4 Engrenamento V
1) x1 + x2 ≠ 0
primitivas teóricas (d1 e d2) do pinhão e coroa não coincidem com suas
1
.(d w1 + d w 2 ) = a (5.54)
2
2 ⋅ z1 2⋅a cos α t d b1
d w1 = ⋅a = = d1 . = (5.55)
z1 + z 2 u +1 cos α wt cos α wt
2 ⋅ z2 2⋅a ⋅u cos α t d b2
d w2 = ⋅a = = d2. = (5.56)
z1 + z 2 u +1 cos α wt cos α wt
d b1 d b 2 ( z1 + z 2 ) ⋅ mt
cos α ωt = = = ⋅ cos α t (5.57)
d w1 d w 2 2⋅a
Sendo:
u = relação de transmissão
pt ⎛π ⎞
st = + 2 ⋅ x ⋅ mn = mt ⋅ ⎜ + 2 ⋅ x ⋅ tan α n ⎟ (5.58)
2 ⎝2 ⎠
Onde:
[9]
De acordo com OLIVEIRA , dentre os motivos para a aplicação do
robusto).
relacionadas a seguir.
de dentes helicoidais.
como indicado na Figura 25, esta borda se torna uma hélice com um
ponto desta borda descreve uma curva evolvente, entretanto cada ponto
começa a partir de uma posição angular diferente sobre este cilindro. O cilindro
Conclui-se, como indicado pela Figura 26, que apenas existem dois
Curva Borda de
Evolvente papel
β
Cilindro
Base
Engrenagem
pt
d
pn
π .d
β
Comprimento do
círculo primitivo
β
π .d
L=
tgβ
Comprimento de hélice
β Plano Normal
αn
α
Plano de Rotação
tgβ b r
L = 2π .rb / tgβ b = π .d / tgβ ⇒ = b = cos α (5.60)
tgβ (d / 2)
Onde:
(transversal).
55
b.senβ .z1 b
εβ = = (5.65)
π .d1 L
Onde:
helicoidais (ECDH).
dentes e helicoidais estão dispostas sobre eixos paralelos. Para ECDR a face
Figura 29. Pode-se notar que a ECDH apresenta um “overlap” na direção axial,
• ECDH tem uma maior área de dentes em contato do que uma ECDR,
isto para uma mesma largura de face. Portanto, a ECDH apresenta uma
que para uma ECDR). Esta melhor distribuição garante uma transmissão
axiais [10].
ECDR ECDH
“overlap” axial
contato duplo
Linha oblíqua de
contato
contato único
esforços (Força F) dos quais um dente de uma engrenagem motora (1) e uma
contato A.
exerce sobre a engrenagem movida (2) e sua respectiva reação podem ser
1. Força tangencial Ö Ft
2. Força radial Ö FR
nos mancais de rolamento dos eixos sobre os quais o par engrenado está
montado.
T1
círculo
ω1 primitivo
engrenagem (pinhão)
motora (1) d1
At
ângulo
de
α pressão R
R
α
At
d2
ω2
T2
círculo
engrenagem
primitivo
movida (2)
(coroa)
ser estabelecidas:
Ft ⋅ d1 (6.2)
T1 = [Nm]
2
Torque no pinhão
Ft ⋅ d 2 (6.3)
T2 = [Nm]
2
Torque na coroa
60
de contato A entre dois perfis evolventes pode ser decomposta em três outras
forças.
1. Força tangencial Ö Ft
2. Força radial Ö FR
3. Força axial Ö Fa
ou transversal (seção R-R) e o plano normal (seção N-N). Nota-se que existem
6.2 e 6.3 também podem ser utilizadas para engrenagens cilíndricas de dentes
helicoidais.
61
em função de Ft:
Ft (6.6)
Fb = [N]
cos β
Fb Ft (6.7)
F= = [N]
cos α n cos β ⋅ cos α n
Ft ⋅ tgα n (6.9)
Fr = [N]
cos β
importante determinar qual foi a causa raíz para aquela falha [2].
Tabela 5 [2].
[2]
De acordo com Dudley , as principais partes envolvidas, no caso de
• Projeto;
64
• Manufatura;
• Instalação;
• Meio-ambiente;
• Operação / Uso.
Meio-
Projeto Manufatura Instalação Operação
Ambiente
1. Tipo de 1.Precisão do 1. Rigidez 1. Ar (não 1. Manutenção
engrenagem dentado (perfil, adequada poluído) (ex: pode
(dentes retos, concentricidade, 2. Alinhamento 2. Temperatura necessitar de
dentes etc.) 3. Sistema de (equipamentos troca de óleo)
helicoidais, etc) 2. Material do lubrificação para manter 2. Atender aos
2. Disposição de dentado (dureza, (limpeza, estabilidade) limites de
componentes composição, preenchimento 3. Água operação
3. Projeto do etc.) adequado) (proteção (Temperatura,
dentado 3. Engrenagem 4.Instrumentação adequada contra escoamento de
4. Projeto do (qualidade do OK. chuva, água do óleo, etc.)
corpo da forjado) 5. Parafusos mar, etc.) 3. Sobre-carga
engrenagem 4. Carcaças fixados de 4. Peças de (evitar operação
5. Projeto dos (Posicionamento maneira reposição sem
eixos e tamanhos dos adequada devem ser carregamento
6. Projeto dos furos, etc.) mantidas limpas extra)
rolamentos 5. Montagem e protegidas 4. Aplicação
7. Projeto das contra corrosão indevida
carcaças (velocidade e
8. Projeto dos torque)
vedadores e
juntas
9. Projetos dos
parafusos
10. Projeto do
óleo
11. Vibração
critica do
sistema
de maneira a eliminá-las.
• Vibração;
• Desalinhamento;
• Temperatura.
geram momentos de flexão não previstos e podem causar falhas nos mancais
[12]
Alban aborda a fadiga de flexão no pé do dente como sendo o modo
Figura 32.
carregado.
conforme o especificado.
67
ponto focal contribuem para que a quebra por fadiga ocorra com mais
região, existe uma grande chance que a quebra tenha como causa um destes
por fadiga (ver Figura 33). Mesmo com um ou dois dentes quebrados por
estes dentes faz com que os choques aumentem o que ocasiona a quebra em
B
A – Quebra por fadiga
A
B – Evidência de sobrecarga
dente está suportando maior parte do carregamento, como indicado pela Figura
34. Uma possível causa que pode gerar este desalinhamento pode estar no
do par [2].
69
[2]
De acordo com Dudley , pesquisas indicam a fadiga de contato ou
veiculares. Isto contradiz o exposto por Alan [12] que afirma que o modo de falha
normalmente são necessários 10.000 ciclos para se iniciar este tipo de dano.
• Macro-pitting;
• Micro-pitting;
• Pitting destrutivo.
Dente quebrado
Figura 35: Macro-pitting (a), micro-pitting (b) [14] e pitting destrutivo (c)
dentes de engrenagem.
Linha de
ação
L.P.
L.P.
Rotação
DIREÇÕES DE ESCORREGAMENTO EM ENGRENAGENS NOVAS
Perfis Metal
Originais excedente
Trincas de
COROA superfície Maior quantidade
de metal sai desta
região
Metal
comprimido Trincas de
superfície
L.P. L.P.
PINHÃO
Aresta Curvatura
arredondada côncava
existe uma região de contato para um único par de dentes que suporta todo o
carregamento, como indica a Figura 37. Esta região inclui a linha primitiva até
72
[2]
1/3 da parte superior do dedendo e até 1/3 da parte inferior do adendo . As
CONTATO
COMPARTILHADO
CONTATO DE
UM ÚNICO PAR
DE DENTES
CONTATO
COMPARTILHADO
total [2].
puro que originam “micro-pittings” que não se propagam. Este modo de falha é
infinito.
uma rápida deformação e / ou “pitting” no metal que faz com que esta região
fadiga de contato podem remover metal suficiente que acabam por corrigir
dentes em contato, seja por o óleo estar muito fino ou pelas superfícies que
são rugosas em demasia que não tem uma condição favorável para aderência
engrenagens.
74
de sua face.
7.3 “SPALLING”
7.4 “SCORING”
Este tipo de falha, diferente das falhas ocasionadas por fadiga, pode
dente. Existem quatro lugares onde o “scoring” ocorre com maior freqüência [2]:
Outro fator relevante para este tipo de falha está relacionado à dureza
que operam em altas velocidades (ex: engrenagens veiculares) com óleos finos
bem como, óleos mais viscosos podem ajudar a resolver problemas com
temperaturas.
suficientemente espesso.
para cada par de dentes em contato, ou seja, assume-se que não é uma
[15]
lubrificação contínua . A espessura do filme de óleo para dentes em contato
flanco dos dentes, onde para dentes de engrenagem existem dois tipos de
também se torna muito alta, com isto o filme de óleo acaba cisalhando e falhas
torque máximo e torque médio nos quais estão sendo aplicados. No entanto,
intuito de reduzí-las.
vibrações.
transmissão [2].
instante e voltarem a ter contato novamente com certo impacto (este é o torque
definido pelo erro de transmissão). Nota-se que para altas velocidades, onde
sendo menores.
necessário para o seu cálculo apurar os erros do dentado, a rigidez dos eixos
que pode resultar em uma falha prematura. É bastante salutar investigar como
após certo uso nas condições de carregamento leve ou normal poderão haver
pelo projeto inicial (extremidade esta oposta àquela que na condição de pico de
dente.
[23]
A norma DIN 3990 Parte 41 , que é uma norma específica para
duplos.
83
qualidade maior será o desvio de tolerância permitido, ou seja, menor será sua
• β < 45°
• mn < 7
85
• x1 ≥ x2 e -0,5 ≤ x1 + x2 ≤ 2,0
• 1 ≤ qs < 10
efetuadas.
• sR > 3,5.mn
Figura 42.
86
8.1.12 Lubrificação
(“pitting”).
87
Sendo:
P = potência [kW].
Equivalente
uma hipótese simples linear do acúmulo de danos. Esta regra pressupõe que
operação; isso significa que o primeiro ciclo de carga (por exemplo de maior
vida útil de carga (Equação 8.2) é a relação entre o número de ciclos de carga
⎛n ⎞ (8.2)
∑i ⎜⎜ Ni ⎟⎟ ≤ 1
⎝ i ⎠
equivalente Fteq de maneira análoga ao calculado pela Equação 8.1 para força
cargas real está descrito na seção 9.2.1.2 (Equação 9.2) deste estudo.
fatores de segurança.
90
[23]
De acordo com a norma DIN 3990 , os fatores de influência Kv, KHβ,
KFβ, KHα, KFα e que são detalhados posteriormente neste capítulo (Tabela 8),
sucessivamente.
sendo estudado.
91
engrenagens.
Fteq (8.4)
KA =
Ft
relação:
(*) Considerada marcha direta, posição em que nenhuma marcha transmite potência
a) Kv com Ft.KA
93
41].
par engrenado sob análise, sua definição e cálculo estão descritos na seção
8.4.3.1.
n1 n ⋅ π ⋅ z1 mred (8.5)
N= = 1
n E1 30000 cγ
Sendo:
J 1*, 2 (8.7)
m *
1, 2 =
rb21, 2
Sendo:
m1*, 2 = massas equivalentes por mm de largura dos dentes do pinhão, coroa [kg/mm].
J1*, 2 = momentos polares de inércia por mm de largura dos dentes do pinhão, coroa
[kg.mm3].
π ⎛ d m1 ⎞
2
d m21 (8.8)
mred = ⎜ ⎟
8 ⎜⎝ d b1 ⎟⎠ 1 1
+
( ) (
1 − q1 ⋅ ρ1 1 − q 2 ⋅ u 2 ⋅ ρ 2
4 4
)
(d a1, 2 + d f 1, 2 ) (8.9)
d m1, 2 =
2
d i1, 2 (8.10)
q1, 2 =
d m1, 2
95
Figura 41: Diâmetro interno (di), diâmetro de raíz (df) e diâmetro externo (da)
Sendo:
da1,2 = diâmetro externo do pinhão (1), coroa (2) [mm] (indicado na Figura 41).
df1,2 = diâmetro de raíz do pinhão (1), coroa (2) [mm] (indicado na Figura 41).
di1,2 = diâmetro interno do pinhão (1), coroa (2) [mm] (indicado na Figura 41).
por cγ.
z1, 2 (8.13)
z n1, 2 =
cos 3 β
1 (8.14)
c'th =
q'
Tabela 10: Constantes para cálculo do mínimo valor de flexibilidade de um par (q’)
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9
O valor teórico para o máximo valor de rigidez c’th também pode ser
ln(bs / b) (8.16)
CR = 1 +
5 ⋅ e ( 0, 2⋅ s R / m n )
Sendo:
obedecidos:
Para bs/b < 0,2 usar bs/b = 0,2, para bs/b > 1,2 usar bs/b = 1,2
perfil de referência CB
comparado ao perfil padrão do dente. De acordo com a DIN 867 e ISO 53:1974
98
C BS = 0,5 ⋅ (C BS 1 + C BS 2 ) (8.20)
vale:
dinâmico.
assentamento.
formulações:
[19, 20]
O parâmetro f pe define o desvio do passo no engrenamento,
[19, 20]
enquanto que o parâmetro f fα ou f f define o desvio da forma do perfil.
c'.C a (8.28)
BK = 1 −
Ft / b ⋅ K A
1 ⎛σ ⎞
2 (8.29)
C ay = ⋅ ⎜ H lim − 18,45 ⎟ + 1,5
18 ⎝ 97 ⎠
C ay1 + C ay 2 (8.30)
C ay =
2
K V = N (CV 1 ⋅ B p + CV 2 ⋅ B f + CV 3 ⋅ BK ) + 1 (8.31)
N ≤ 0,85
grandes nas linhas dos flancos dos dentes decorrentes da deformação dos
sob a ação das forças axiais, de acordo com as folgas dos mancais.
consideram uma correção angular correspondente nas linhas dos flancos dos
fabricação.
cγ ⋅ Fβy (8.35)
K Hβ = 1 +
2 ⋅ Ft / b ⋅ K A ⋅ K V
dente.
1 (8.36)
K Fβ = K Hβ 1+ h / b + (h / b )2
d a1, 2 − d f 1, 2 (8.37)
h1, 2 =
2
Para a relação h/b, deve ser considerado o maior valor de h1/b1 e h2/b2.
engrenagens em contato.
104
utilizada na linha do flanco do dente é igual a Ft/b.KA.KV.KHβ (com Ft/b.KA > 100
N/mm).
εγ ⎛ cγ ⋅ ( f pe − yα ) ⎞ (8.38)
K Hα = K Fα = ⎜ 0,9 + 0,4 ⋅ ⎟
2 ⎜⎝ Ft / b ⋅ K A ⋅ K V ⋅ K Hβ ⎟
⎠
yα = assentamento do perfil
⎛ 2 ⋅ (ε γ − 1) cγ ⋅ ( f pe − yα ) ⎞ (8.39)
K Hα = K Fα = 0,9 + 0,4 ⋅ ⎜ ⋅ ⎟
⎜ εγ Ft / b ⋅ K A ⋅ K V ⋅ K Hβ ⎟
⎝ ⎠
εγ εγ
Quando K Hα > , então K Hα = ; e quando K Hα < 1 , então
εα ⋅ Zε 2
ε α ⋅ Z ε2
K Hα = 1.
εγ εγ
Quando K Fα > , então K Fα = ; e quando K Fα < 1 , então
ε α ⋅ Yε ε α ⋅ Yε
K Fα = 1.
0,75 (8.41)
Yε = 0,25 +
ε αn
maior valor entre ambos deve ser utilizado para o restante dos cálculos.
σ H = Z B , D ⋅ σ H 0 ⋅ K A ⋅ K V ⋅ K Hβ ⋅ K Hα ≤ σ HP (8.42)
Ft u + 1 (8.43)
σ H 0 = Z H ⋅ Z E ⋅ Zε ⋅ Z β ⋅
d1 ⋅ b u
Onde:
ZH = fator de zona
ZE = fator de elasticidade
u = relação de transmissão
Sendo que pressão nominal nos flancos σH0 considera a pressão nos
nominal).
coroa.
respectivos KA, KV, KHβ e KHα calculados para carga máxima (estática).
σ H lim σ HG (8.44)
σ HP = Z L ⋅ ZV ⋅ Z R =
S H min S H min
nos flancos σHlimS, ao invés de σHlim, bem como, SHmin, ZL, ZV, e ZR para
resistência estática.
nos flancos σHlim, bem como, SHmin, ZL, ZV, e ZR para resistência à fadiga.
deverão ser função da qualidade (ML, MQ e ME) e tipo do material, bem como,
vida útil.
⎛ 5.10 7 ⎞
exp
(8.45)
σ HP = σ HP − Fadiga ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ NL ⎠
108
⎛σ ⎞ (8.46)
exp = 0,3705 ⋅ log⎜ HPestática ⎟
⎜σ ⎟
⎝ HP − Fadiga ⎠
relação:
σ HP ⋅ S H min σ HG (8.47)
SH = = ≥ S H min
σH σH
tan α wt (8.50)
M1 =
⎛ d2 ⎞ ⎛ d2 ⎞
⎜ a1 − 1 − 2π ⎟ ⋅ ⎜ a 2 − 1 − (ε − 1) ⋅ 2π ⎟
⎜ d b21 z1 ⎟ ⎜ d b22 α
z2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
109
tan α wt (8.51)
M2 =
⎛ d2 ⎞ ⎛ d2 ⎞
⎜ a 2 − 1 − 2π ⎟ ⋅ ⎜ a1 − 1 − (ε − 1) ⋅ 2π ⎟
⎜ d b22 z2 ⎟ ⎜ d b21 α
z1 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Sendo:
ZB = ZD = 1 (8.52)
Sendo:
Z E = 189,8 N / mm 2 (8.56)
recobrimento do perfil.
4 − εα (8.57)
Zε =
3
1 (8.58)
Zε =
εα
4 − εα εβ (8.59)
Zε = ⋅ (1 − ε β ) +
3 εα
Z β = cos β (8.60)
relações a seguir.
cementadas):
0,36 (8.61)
Z L = 0,91 + 2
⎛ 134 ⎞
⎜⎜1,2 + ⎟
⎝ ν 40 ⎟⎠
0,14 (8.62)
Z v = 0,93 + 0,5
⎛ 32 ⎞
⎜ 0,8 + ⎟
⎝ v ⎠
(8.63)
v = d 1 .n1 / 19098
⎛ a1 / 3 ⎞
0 , 08
(8.64)
Z R = 1,02 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ R z1 + R z 2 ⎠
cementadas):
112
ZL.ZV.ZR = 1.
temperadas e cementadas):
do tópico 8.5.2.3).
σ F = σ F 0 ⋅ K A ⋅ K V ⋅ K Fβ ⋅ K Fα (8.65)
Ft (8.66)
σ F0 = ⋅ YF ⋅ YS ⋅ Yβ
b ⋅ mn
mn = módulo normal
coroa.
σ FE σ FG (8.67)
σ FP = YδrelT ⋅ YRrelT =
S F min S F min
ao invés de σFE, bem como, SFmin, YδrelT, YRrelT para resistência estática.
114
vida útil.
⎛ 3.10 7 ⎞
exp
(8.68)
σ FP = σ FP − Fadiga ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ NL ⎠
⎛σ ⎞ (8.69)
exp = 0,2876 ⋅ log⎜ FPestática ⎟
⎜σ ⎟
⎝ FP − Fadiga ⎠
σ FP ⋅ S F min σ FG (8.70)
SF = = ≥ S H min
σF σF
pontos:
• O perfil de referência dos dentes possui um raio finito no pé (ρfp > 0).
do dente da ferramenta).
Figura 44: Seção transversal considerada para cálculo de flexão no pé do dente [23]
116
hFe (8.71)
6⋅ ⋅ cos α Fen
mn
YF =
⎛ s Fn ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ cos α n
⎝ mn ⎠
Onde:
αFen = ângulo de atuação de força no ponto de contato individual externo dos dentes retos
equivalentes [rad].
externos.
117
[23]
A norma DIN 3990 traz algumas grandezas auxiliares para o cálculo
seguir:
π s pr ρ fp (8.72)
E= ⋅ m n − h fp ⋅ tan α n + − (1 − senα n ) ⋅
4 cos α n cos α n
ρ fp h fp (8.73)
G= − +x
mn mn
2 ⎛π E ⎞ π (8.74)
H= ⎜⎜ − ⎟⎟ −
zn ⎝ 2 m n ⎠ 3
2G (8.75)
ϑ= ⋅ tan ϑ − H
zn
π
Esta equação converge com pelo menos duas iterações Ö ϑ inicial =
6
Sendo:
spr = entalhe ou protuberância do pé no perfil básico de referência (indicado na Figura 45) [mm]
G = variável auxiliar
s Fn ⎛π ⎞ ⎛ G ρ fp ⎞ (8.76)
= z n ⋅ sen⎜ − ϑ ⎟ + 3 ⋅ ⎜⎜ − ⎟
⎟
mn ⎝3 ⎠ ⎝ cos ϑ m n ⎠
é descrita:
ρF ρ fp 2 ⋅G2 (8.77)
= +
m n m n cos ϑ ⋅ ( z n ⋅ cos 2 ϑ − 2 ⋅ G )
εα (8.78)
ε an =
cos β b
2
d (8.79)
dn = = mn ⋅ z n
cos 2 β b
d bn = d n ⋅ cos α n (8.80)
d an = d n + d a − d (8.81)
2 (8.82)
z ⎡ ⎛ d ⎞ 2 ⎛ d ⎞ 2 π ⋅ d ⋅ cos β ⋅ cos α ⎤ ⎛ d bn ⎞
2
d en = 2⋅ ⋅ ⎢ ⎜ an
⎟ −⎜ bn
⎟ − n
⋅ (ε αn − 1) ⎥ + ⎜ ⎟
z ⎢ ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ z ⎥ ⎝ 2 ⎠
⎣ ⎦
⎛ d bn ⎞ (8.83)
α en = arccos⎜⎜ ⎟⎟
⎝ d en ⎠
π (8.84)
+ 2 ⋅ x ⋅ tan α n
ye = 2 + invα n − invα en
zn
119
α Fen = α en − y e (8.85)
hFe 1 ⎡ d ⎛π ⎞ G ρ fP ⎤ (8.86)
= ⋅ ⎢(cos y e − seny e ⋅ tan α Fen ) ⋅ en − z n ⋅ cos⎜ − ϑ ⎟ − + ⎥
mn 2 ⎣ mn ⎝3 ⎠ cos ϑ m n ⎦
Sendo:
1 (8.87)
YS = (1,2 + 0,13 ⋅ L) ⋅ q s (1, 21+ 2,3 / L )
Onde:
s Fn (8.88)
L=
hFe
s Fn (8.89)
qs =
2ρ F
L = variável auxiliar
120
qs = parâmetro de entalhe
β (8.90)
Yβ = 1 − ε β ⋅
120°
σFEN
curvas para uma probabilidade estatística de falha de 1%. Na Figura 46, por
dente σFE e resistência estática σFS para o material 16 MnCr 5 cuja qualidade
e cementadas).
122
⎛ 3.10 7 ⎞
exp
(8.93)
YδrelT = YδrelT − fadiga ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ NL ⎠
YRrelT = 1 (8.95)
⎛ 3.10 7 ⎞
exp
(8.96)
YRrelT = YRrelT − fadiga ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ NL ⎠
sob análise.
validação da transmissão.
185
170
155
Nm
140
125
110
1000 2000 3000 4000 5000 6000
(rpm)
MOTOR A MOTOR B
Relação
Massa Relação de Transmissão Óleo
Par Final
1a Marcha = 3.73
LONGA CURTA 4.19
a
2 Marcha 1.96 2.14
31,5 Kg a
3 Marcha 1.32 1.41 3.94 Mineral SAE 80
(s/ óleo) a
4 Marcha 0.95 1.21
a
5 Marcha 0.76 0.89 3.74
Marcha Ré = 3.31
125
H = 365 mm
Pinhão
W = 494 mm
A L = 361 mm B Coroa
pinhão e coroa da caixa de transmissão sob análise que definem sua relação
de par final.
Elemento 16MnCrS5
Carbono (C) 0,15 a 0,20
Silício (Si) 0,15 max
Manganês (Mn) 1,10 a 1,30
Fósforo (P) 0,035 max
Enxofre (S) 0,020 a 0,040
Cromo (Cr) 0,90 a 1,10
Molibidênio (Mo) -
Níquel (Ni) 0,25 max
Alumínio (Al) 0,020 a 0,070
Cobre (Cu) 0,25 max
esteja entre 145 a 185 HB. Após algumas operações de torneamento, retífica e
dos flancos dos dentes deve ser no mínimo de 700 HV10. A dureza de núcleo
Dureza superficial
Profundidade de camada
Dureza do
núcleo
diferencial de projeto.
tabela consideram a relação do par final 4,19 (caso crítico). Para efeito de
cálculo este par será utilizado como base para as evoluções e comparações do
térmico.
[18] [19]
Importante ressaltar que a norma DIN 3961 , DIN 3962 e DIN 3963
[20]
classifica a qualidade, para alguns parâmetros de micro-geometria, dos
Classe de Qualidade
Parâmetros de micro-geometria pinhão coroa
Desvio de forma do perfil ff 5 5
Desvio angular do perfil f Hα 7 7
Desvio total do perfil Ff —
Desvio indvudual do passo f p 6 6
Desvio do passo de engrenamento f pe 6 6
Erro no passo de dente a dente f u 6 6
Desvi total do passo Fp 6 6
Erro acumulativo do passo circular sobre
— —
circunferência Fpz/8
Desvio radial (batimento) Fr 7 6
Variação da espessura do dente Rs — —
Desvio total da linha dos flancos Fβ — —
Desvio angular da linha dos flancos f Hβ 5 5
Desvio de forma da linha dos flancos f βf 5 5
Erro no rolamento flanco duplo Fi'' 8 7
Erro composto flanco duplo f i'' 7 8
Erro no rolamento flanco simples Fi' — —
Erro composto flanco duplo f i' — —
determinados.
Tabela 12, são utilizadas em diferentes tipos de veículos que estão listados na
Tabela 16.
entre si.
47.
foram divididos pela relação de transmissão (1:4.19) do par final para que a
decisão foi tomada, pois como indica a seção 9.2.1.2 deste estudo, o torque
material é alterado apenas para o pinhão do par sob análise, como indicado
Tabela 17: Porcetagem do uso das marchas a frente no teste veicular (%/100)
reais para a transmissão sob análise montada com um veículo tipo A (Tabela
contato.
1) x1 ≥ x2 e - 0,5 ≤ x1 + x2 ≤ 2,0.
x2= - 0,857. Portanto, a condição x1+x2 ≥ -0,5 não é atendida uma vez que
x1+x2 = - 0,599.
correção de perfil não atende a norma por 0,099 e para a segunda condição o
Importante ressaltar que com isso a confiabilidade dos resultados pode ser um
pouco penalizada.
A) Fator de aplicação KA
pinhão.
134
reais positivos que são medidos nas rodas dianteiras do veículo como indicado
na Figura 50 (seção 9.1.3), estes valores ainda são divididos pela relação do
par final (1:4.19) para que o cálculo do torque e força tangencial equivalentes
⎛ n .T p + n 2 .T2p + ... ⎞
1/ p (9.1)
Teq = ⎜ 1 1 ⎟
⎜ N ⎟
⎝ eq ⎠
2000.Teq (9.2)
Fteq =
d1
(Equação 9.1) para as diferentes faixas de torque Ti, são gerados pelo método
do veículo, que é justamente o torque atuante na coroa do par final sob análise,
durabilidade.
(DIN 3990-Parte 6) [23]. Portanto, o cálculo do torque limite pode ser dado como
se segue:
σ FE .b.mn .d (9.3)
Tcorte = 0,7 * Tσ FE Tσ FE =
2000.YF .YS .Yβ .K A .K V .K Fβ .K Fα
Equações 9.3 e 9.4. O APÊNDICE D deste trabalho traz maiores detalhes dos
cálculos e resultados obtidos para os esforços reais no qual o par final está
submetido.
136
seus respectivos ciclos (n1, n2, n3, n4 e n5). Como T5 é inferior ao Tcorte, este valor
= Tlimite
B) Fator dinâmico KV
detalhadas. O estudo utiliza um par final e a norma de cálculo DIN 3990 [23] não
rotação de referência no par final para cada velocidade pode ser vista na
Tabela 18.
N1 0,0578
N2 0,1100
N3 0,1634
N4 0,2270
N5 0,2837
utilizado é uma média ponderada dos valores de N1, N2, N3, N4 e N5. Os valores
par final sob análise atende a condição de regime sub-crítco, ou seja, está
o menor valor do número de ciclos real NLF ou 3.106 (para fadiga de flexão); e
maior valor dos dois canais (CH0 e CH1). Se o valor de número de ciclos NLF
for inferior a 3.106 para fadiga de flexão e se o valor de número de ciclos NLH
for inferior a 5.107 para fadiga de contato, os fatores de segurança para falha
por fadiga de flexão ou para falha por fadiga de contato serão calculados por
tempo limitado.
19:
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 2,39 2,98
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 2,21 2,21
139
Estes valores apenas reforçam o fato do atual projeto seguir norma DIN
TEÓRICOS
Apesar de, sob o ponto de vista teórico, o projeto do par sendo analisado
de vista do projeto como pode ser constatado nos dados da Tabela 20. Os
fadiga, como mostra a Figura 52. Apesar dos resultados teóricos apresentarem
a aplicação de “shot peening” e uma mesma peça que não recebe este
tratamento, podem ser conferidas na Tabela 21. Estes valores foram coletados
de Benedetti [26].
[26]
O estudo de Benedetti revela que para diferentes corpos de prova,
Ganho de 15%
(Tabela 22).
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 2,45 2,92
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 2,21 2,21
[28]
Tabela 24 . Este material de alto desempenho apresenta uma maior
aproximadamente 50 N/mm2 maior que o material anterior (de 550 para 600
teor de Níquel (Ni ≥ 1,5%) como sendo de alta qualidade ME [Apêndice C.2].
[23]
Portanto, assume-se, por norma DIN 3990 , que o material 16MnCrS5
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 2,67 2,91
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 2,47 2,24
momento do dano para quatro veículos (veículo tipo A + motor tipo B) que
com o motor tipo B, a média do teste para transmissões apenas com o “shot
peening” e sem o novo material no pinhão foi de 88% do teste total (50000
Km), enquanto qua a média do teste para transmissões com o “shot peening” e
par final.
Arruela removida
Thrust-3.1mm
Washer removed
- 3.1mm
Pinhão
Pinion
+ 2.0mm
+ 2.0 mm
4th–Gear
Cubo 4ª VelHub
+ 1.1mm
+ 1.1mm
Coroa
Helical Gear
+ 1.5mm
+ 1.5 mm
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 2,91 3,20
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 2,56 2,34
Ao analisar o modo de falha (Figura 52), é possível notar que ele sempre
ocorre na extremidade direita do flanco do dente. Isto indica que para este
geoemetria do dentado.
diâmetro diâmetro
pitchprimitivo
diameter pitch primitivo
diameter
Projeto
fHβ – current Base
specs
Nova
fHβ – new especificação
specs
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 2,87 3,16
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 2,55 2,32
149
pequena perda. Isto já era esperado, pois nesta nova mudança foi introduzido
mostra a Tabela 30, e não comprometeu o desempenho do par final no que diz
9.4.1.1 Componentes
4. Dutos de reafecimento
6. Equipamentos de controle
e S2 funcionam como a força resistiva que simula a reação do solo nas rodas
(para fadiga de flexão) são números referenciados pela norma DIN 3990 –
[23]
Parte 41 para o par de 1ª Marcha aplicado em veículos de passeio de cinco
como para fadiga de flexão (3.106 para fadiga de flexão e 5.107 para fadiga de
tempo limitado.
condicionais por norma DIN 3990 (campos de aplicação) para uma maior
seguinte:
Tabela 32.
E.1).
155
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 1,75 2,00
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 1,21 1,23
Tabela 34.
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) - SF(N) 1,61 1,84
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 1,17 1,18
marginal (SH = 1,17 para o pinhão). Como indicado pelos resultados teóricos,
Como indicado pelo gráfico da Figura 63, este novo óleo apresenta uma
o que sob o ponto de vista experimental traz melhores resultados. Com relação
aos valores teóricos, esta diferença não é observada, pois a 40º C, que é a
temperatura utilizada pela norma para cálculo dos fatores de segurança para
100000
10000
1000
100
10
1
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Viscosidade MTF 0063, cSt (mm2/s) Viscosidade M 75, cSt (mm2/s)
Sintético Mineral
fHβ
Cb
fHβ
Cb
pinhão coroa
Fator de segurança (flexão) – SF(N) 1,70 1,94
Fator de segurança (“pitting”) - SH(N) 1,21 1,22
retornando aos tópicos 7.7.2 e 8.4.4 deste estudo, pode-se concluir que a
causa especial para este modo de falha está relacionada aos picos de torque
que acabam por ocasionar deflexões não desejadas no sistema, gerando assim
159
Consequentemente, isto pode resultar em uma falha prematura por fadiga, que
contato dos dentes podem ser eficazes. Tais resultados reforçam o que já
[2]
havia sido sugerido por Dudley e que também é comentado na norma DIN
3990 [23].
1-2
0-1
2-3
3-4
4-3
3-2
2-1
Roda Direita
RETRAÇÃO
TRAÇÃO OFF-SET
Roda Esquerda
Curva de Amortecimento
da Embreagem
1470 Nm (RE)
acoplamento da embreagem.
Para tal, foi definido para o projeto base um custo unitário (1.0000) e
cada uma das novas propostas de projeto foram comparadas a este custo
do dente representou pouco aumento de custo, uma vez que houve a remoção
Custo
1. projeto base 1.0000
2. “shot peening” 1.0065
3. material de alta performance 1.0538
4. aumento de largura do dente 1.0035
5. correção de micro-geometria – passo (*) 1.0000
(*) Pode afetar ferramental
experimentais de durabilidade.
capítulo 7.2 deste estudo. As duas potenciais causas evidenciadas são: o óleo
axiais.
projeto para o par final sob análise (relação 4.19), os veículos dos tipos B e C
engrenagens.
10 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
de engrenagem, onde se considerou para este caso a norma DIN 3990 [23].
comparações:
resultados teóricos por norma [23]. As duas condições não atendidas são:
normas existentes, ele apenas reforça o que esta mesma literatura relata para
experimentais deste trabalho (seção 9.4), onde nota-se pela a análise do modo
real, obtém-se um projeto otimizado com o menor custo possível. Isto é muito
e da composição de aditivos).
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Publications, 1988.
Technomic, 1994.
Hill, 1985.
Guanabara, 1983.
http://www.metricgears.com/Q410/Q410cat.htm
APÊNDICE
APÊNDICE A.1
Cálculos do par final 4.19 – Projeto Base
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9
0,04723 0,15551 0,25791 -0,00635 -0,11654 -0,00193 -0,24188 0,00529 0,00182
rig. teórica do dente (c'th) [N/(mm.μm) 17,3436 Eq. 8.14
min. flexibilidade do dente q' = 1/c'th 0,0577 Eq. 8.15
número dentes virtual - pinhão (zn1) 27,12 Eq. 8.12
número dentes virtual - coroa (zn2) 113,58 Eq. 8.12
fator de correção (CM) 0,8 Cap. 8.4.3.1 pinhão (1) coroa (2) corrigido(1) corrigido(2)
APÊNDICA A.2
Cálculos do par final 4.19 – Shot peening
7
APÊNDICE A.3
Cálculos do par final 4.19 – material alta performance
8
APÊNDICE A.4
Cálculos do par final 4.19 – aumento de largura do dentado.
9
APÊNDICE A.5
Cálculos do par final 4.19 – correção do erro de traçagem fHβ.
10
11
APÊNDICE B.1
Método gráfico para determinação do fator c’th [23].
12
APÊNDICE B.2
Método gráfico para determinação do fator CR [23].
13
APÊNDICE C.1
Gráfico do material para resistência a fadiga de contato σHlim – DIN 3990
Parte 5 [23].
Aço-liga cementado
Dureza superficial
14
APÊNDICE C.2
Gráfico do material para resistência a fadiga de flexão σFE / σFlim – DIN
3990 Parte 5 [23].
Teor de níquel
Dureza do núcleo
alta
média
baixa
Aço-liga cementado
Dureza superficial
15
APÊNDICE D.1
Ciclo de RAINFLOW para fadiga de flexão – pinhão do par final
• Cálculo do Teq para o projeto original
16
APÊNDICE D.2
Ciclo de RAINFLOW para “pitting” – pinhão do par final
• Cálculo do Teq para o projeto original
17
APÊNDICE D.3
Ciclo de RAINFLOW para fadiga de flexão – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening
18
APÊNDICE D.4
Ciclo de RAINFLOW para “pitting” – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening
19
APÊNDICE D.5
Ciclo de RAINFLOW para fadiga de flexão – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material
20
APÊNDICE D.6
Ciclo de RAINFLOW para “pitting” – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material
21
APÊNDICE D.7
Ciclo de RAINFLOW para fadiga de flexão – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material + largura de face
22
APÊNDICE D.8
Ciclo de RAINFLOW para “pitting” – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material + largura de face
23
APÊNDICE D.9
Ciclo de RAINFLOW para fadiga de flexão – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material + largura de face + fHβ
24
APÊNDICE D.10
Ciclo de RAINFLOW para “pitting” – pinhão do par final
• Cálculo do Teq considerando shot peening + material + largura de face + fHβ
25
APÊNDICE E.1
Cálculos do par de 1ª velocidade – Te = 170 Nm / Projeto Base
26
27
28
29
30
APÊNDICE E.2
Cálculos do par de 1ª velocidade – Te = 185 Nm / Projeto Base
APÊNDICE E.3
Cálculos do par de 1ª velocidade – Te = 185 Nm com alterações de projeto