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Equipe Pré-UNIVESP
Proposta interdisciplinar Pré-UNIVESP
Edição 60
CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE
Assessoria Pedagógica
Bruno Aranha
Cristiane Imperador
Douglas Gouvêa
Eline Dias Moreira
Márcia Azevedo Coelho
Matérias utilizadas
Princípios do capitalismo, por Patricia Piacentini
O capitalismo sustentável, por John Ikerd
Para além do capitalismo verde, entrevista com Valquíria Padilha, por Chris Bueno
Pensando verde: entrevista com Mônica Pirrongeli, por Chris Bueno
Capitalismo e sustentabilidade, por Guilherme Borges
Disciplinas envolvidas
Língua Portuguesa
Literatura
História
Biologia
Recursos
Textos impressos
Computador com acesso à Internet
Lousa
Projetor
Celular
Texto introdutório
1. Em que medida esse modo de vida traz impactos para a sociedade e o meio ambiente?
2. Existem outras visões de mundo em nosso país que possam contrapor ao nosso atual
modelo de vida?
Leitura e interpretação
Em seguida, divida a sala em dois grupos, com o mesmo número de integrantes, proponha
a leitura do texto “Princípios do capitalismo”, de Patricia Piacentini, peça aos estudantes
que assistam aos vídeos propostos e que respondam às questões fundamentando-as com a
leitura do artigo.
Grupo I
Assista aos sete minutos iniciais do filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin (1936),
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CozWvOb3A6E, e responda:
1. Qual é o aspecto da paisagem urbana apresentada no filme?
2. Existe hierarquia no contexto da fábrica?
3. Quais foram os efeitos da divisão do trabalho para o sistema capitalista?
4. Como é mostrada a situação dos trabalhadores no filme?
5. Tal contexto possui semelhanças com os nossos dias?
Grupo II
Assista aos dois minutos iniciais do episódio de Bob Esponja intitulado “Uma semana antes
da hibernação”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rKWL8t69gq8, e
responda:
1. O que impossibilita a personagem Bob Esponja de se dedicar integralmente a sua amiga?
2. Segundo a animação, quem detém dos meios de produção?
3. Por que a mais-valia convém ao dono dos meios de produção?
Professor, a partir das respostas dos alunos, faça a devida associação com das cenas dos
filmes com a teoria de mais-valia de Karl Marx, elaborando um quadro sinóptico na lousa,
em que sejam elencadas todas as demandas do sistema capitalista para funcionar.
Solicite que os alunos, ainda em dois grupos, respondam às questões apresentadas a seguir.
Grupo I
1. Segundo o texto de Piacentini, “nem todos os estudiosos concordam com a especificidade
do capitalismo”. Explique quais são as teorias que fundamentam cada uma das correntes
e/ou pensadores apresentados no texto e defenda o seu ponto de vista sobre elas,
fundamentando-o.
2. De acordo com Comparato, um dos autores citados no artigo “Princípios do capitalismo”, o
capitalismo fundou-se, desde o seu nascimento, no princípio do egocentrismo. Explique a
relação entre capitalismo e egocentrismo.
3. Qual a relação existente entre globalização e capitalismo? De que maneira podemos
perceber essa relação atualmente?
4. Comparato afirma que é possível e necessário pensar em uma civilização pós-capitalista.
Levante hipóteses de como poderia ser essa civilização.
Grupo II
1. Segundo o texto de Piacentini, “nem todos os estudiosos concordam com a especificidade
do capitalismo (...) mesmo entre os marxistas, há divergências de interpretação”. Explique
quais são as divergências entre os marxistas e defenda o seu ponto de vista sobre elas,
fundamentando-o.
2. Existe uma relação intrínseca entre capitalismo e esgotamento. Gambi, autor citado na
reportagem “Princípios do capitalismo”, acredita que o sistema capitalista não tem
capacidade de resolver suas próprias contradições. Que contradições seriam essas?
Exemplifique-as e explique suas consequências para a sociedade atual.
3. Qual a relação existente entre as crises e o capitalismo? De que maneira podemos perceber
essa relação atualmente?
4. Comparato afirma que é possível e necessário pensar em uma civilização pós-capitalista.
Levante hipóteses de como poderia ser essa civilização.
Professor, combine com os alunos um dia para apresentação das respostas e intermedeie
a discussão aprofundando os conceitos que considerar necessários.
Ampliando o conceito I
Entregue para cada um dos grupos um envelope contendo uma palavra escrita e uma folha
em branco. Um grupo receberá um envelope com a palavra capitalismo e o outro grupo
receberá a palavra sustentabilidade.
Oriente os integrantes de cada grupo que pesquisem, em um dicionário físico ou virtual, o
significado dos termos e escrevam, na folha em branco, palavras do mesmo campo
semântico de capitalismo (grupo I) e sustentabilidade (grupo II).
Professor, neste momento da aula, é interessante apresentar aos alunos a diferença entre
campo lexical e campo semântico. Informe-os de que as palavras que fazem parte de um
mesmo campo lexical são aquelas que derivam de um mesmo radical. Já as palavras que
pertencem a um mesmo campo semântico apresentam significados semelhantes. O
conceito de polissemia relaciona-se ao conceito de campo semântico.
Depois de escritas, solicite que um representante de cada grupo apresente as palavras para
todos os alunos da sala e explique como cada uma delas se relaciona com os termos
sustentabilidade e capitalismo.
Na sequência, questione se é possível estabelecer alguma relação semântica entre as
palavras dos dois grupos.
Retome os termos que deram origem aos dois campos semânticos: capitalismo e
sustentabilidade e solicite aos alunos que identifiquem os seus elementos mórficos e o
processo de formação de palavras de cada um.
Ampliando o conceito II
Apresente na lousa os termos utopia e distopia e peça para que os alunos, de cada grupo,
por escrito:
Grupo I
1. identifique o sentido de utopia, a partir do processo de formação de palavras;
2. relacione o termo a um dos campos semânticos (capitalismo/ sustentabilidade);
3. justifique a relação estabelecida;
4. escolha um ou dois membros do grupo para apresentar os resultados da pesquisa
oralmente para a turma na data previamente marcada.
Grupo II
1. identifique o sentido de distopia, a partir do processo de formação de palavras;
2. relacione o termo a um dos campos semânticos (capitalismo/ sustentabilidade);
3. justifique a relação estabelecida;
4. escolha um ou dois membros do grupo para apresentar os resultados da pesquisa
oralmente para a turma na data previamente marcada.
Pergunte aos estudantes se conhecem alguma obra de Thomas Morus, se já leram Utopia.
Caso um ou mais alunos tenha lido, peça que contem o enredo da obra para a turma, com a
sua ajuda. Faça o mesmo processo para saber sobre uma possível leitura da obra Não verás
nenhum país, de Ignácio de Loyola Brandão.
Professor, caso ninguém da classe conheça as obras, solicite que o grupo 1 leia Utopia e o
grupo 2, Não verás país nenhum, em um prazo estipulado, para, após a leitura, narrar a
obra para toda a classe. Caso isso não seja possível, em função do planejamento e
cronograma das aulas, ministre uma aula expositiva em que, a partir das definições de
utopia e distopia, seja apresentado o enredo das duas obras. Para saber mais sobre a
obra Utopia, uma dica é a aula do professor Dr. Thiago Martins Prado (UNEB), disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=3zP1WTJonCM
Depois dos alunos terem conhecido as obras e/ou os enredos, organize a sala em círculo e
faça a leitura comentada do artigo “História, cidade e distopia: a ficção científica de ‘Não
verás país nenhum”, de Ignácio Loyola de Brandão, escrito por Luís Felipe Brandão de
Souza.
Após a leitura, solicite que a classe se reorganize nos dois grupos para retomar o trabalho
apresentado sobre os campos semânticos, relacionados à utopia e distopia, a fim de
aprofundá-los com as informações obtidas no texto de Souza, respondendo às questões
abaixo.
Grupo I
1. Como se denomina o diálogo entre a obra de Loyola e o poema de Bilac?
2. Conceitue o tipo de relação, entre as duas obras, a partir do sentido estabelecido (paródica
ou parafrástica).
3. Faça uma pesquisa sobre cada autor e a época em que vivia para contextualizar a ideologia
presente na obra de Olavo Bilac e a de Ignácio de Loyola.
4. Demonstre como o posicionamento do autor está presente, nas obras, com elementos do
texto.
5. Levante hipóteses, a partir do contexto estudado, sobre a influência do capitalismo nas
perspectivas que Inácio de Loyola Brandão apresenta em sua obra.
Grupo II
1. Como de denomina o diálogo entre a obra de Loyola e a de Thomas Morus?
2. Conceitue o tipo de relação entre as duas obras a partir do sentido estabelecido (paródica
ou parafrástica).
3. Faça uma pesquisa sobre cada autor e a época em que vivia para contextualizar a ideologia
presente na obra de Morus e na de Brandão.
4. Explique a frase de Thomas Morus “Os carneiros estão devorando as pessoas”, associando-
a ao contexto histórico e social em que foi produzida.
5. Demonstre como o posicionamento do autor está presente com elementos do texto, em
cada uma das obras.
6. Levante hipóteses, a partir do contexto estudado, sobre a influência do capitalismo na
perspectiva que cada autor apresenta em sua obra.
Para finalizar, apresente a entrevista (ou um trecho dela) feita com Brandão disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6PBvvfHdkFM, a fim de que os alunos percebam o
processo de construção que fundamentou a obra Não verás país nenhum.
Ampliando o conceito III
Ainda divididos em grupos, peça aos estudantes que façam a leitura do artigo “Capitalismo
sustentável”, de John Ikerd. Os estudantes poderão utilizar o celular, um computador ou
uma cópia impressa do texto. Para a realização de uma leitura produtiva, eles deverão
seguir algumas etapas que nortearão a atividade e promoverão uma breve discussão
produtiva entre os integrantes de cada grupo.
Monte um grupo da turma no WhatsApp, divida a sala em cinco grupos e solicite que
respondam, as questões apresentadas a seguir e as compartilhe pelo grupo.
Grupo I
1. Que mudanças o autor do texto propõe para que possamos, de fato, conseguir relacionar
capitalismo e sustentabilidade?
2. Por que o autor afirma que maneiras de pensar e agir que deram certo no passado não
são mais possíveis nos dias de hoje?
Grupo II
1. O texto afirma que o capitalismo trouxe benefícios e malefícios. Elenque alguns benefícios
e malefícios trazidos pelo capitalismo.
2. Como se relacionam as palavras energia, capitalismo e sustentabilidade, de acordo com o
texto?
Grupo III
1. Explique a seguinte afirmação: “a economia capitalista dissipa economia social e transforma
relações humanas em transações econômicas”.
2. Apresente uma definição para o conceito de obsolescência programada e explique de que
maneira ele se relaciona com o capitalismo.
Grupo IV
1. O autor do texto faz uso dos termos: capitalismo clássico, capitalismo competitivo,
capitalismo sustentável e capitalismo predatório. Explique cada um deles.
2. Como é possível utilizar a energia de maneira construtiva e não destrutiva? Explique.
Grupo V
1. É possível relacionar economia competitiva a uma sociedade equitativa e justa? Justifique a
sua resposta.
2. Explique de que maneira os valores da democracia relacionam-se com os princípios
fundamentais do capitalismo e conclua se esses valores também podem ser relacionados ao
conceito de sustentabilidade.
Aprofundando o conceito I
Para dar continuidade ao estudo do tema, solicite aos alunos que, em grupos, leiam as
entrevistas publicadas na edição nº 60 da Pré-Univesp e respondam às questões
apresentadas. As respostas poderão ser registradas no próprio celular dos estudantes. A
análise das entrevistas é a etapa inicial de uma fala em audiência pública que será realizada
posteriormente, na atividade de produção de texto.
Grupo I: “Para além do capitalismo verde: entrevista com Valquíria Padilha”, por Chris Bueno.
Grupo II: “Pensando verde: entrevista com Monica Pirrongeli”, por Chris Bueno.
1. A entrevista que você leu aborda um tema geral e, no contexto desse tema, um aspecto
bastante específico a ele associado. Qual é o tema geral e qual o aspecto específico?
2. Qual a relação entre o tema específico abordado na entrevista e o perfil do entrevistado?
3. A análise do conjunto das questões feitas pela jornalista à entrevistada permite identificar
quais delas explicitam para o leitor aquele que será o foco da entrevista. Identifique tais
questões.
4. Destaque os principais argumentos utilizados pela entrevistada para defender a sua
opinião.
Ampliando o conceito IV
A partir das duas entrevistas lidas questione os alunos sobre quais seriam então as
melhores estratégias para aliar um desenvolvimento sustentável ao consumo em uma
sociedade capitalista. Anote as ideias no quadro.
Depois, solicite que os alunos realizem uma pesquisa sobre os possíveis destinos do lixo
produzido pelo ser humano.
Monte um quadro na lousa para comparar os destinos ou estratégias de manejo de lixo.
Discuta qual é a viabilidade de cada destino, o seu custo de implantação, seus impactos
para o meio ambiente e o tipo de lixo que deve ser destinado. Garanta que sejam
abordados os seguintes tópicos: lixões, aterros sanitários, incineração, biodigestores e
coleta seletiva.
Peça que os alunos pesquisem sobre os 5 R's da sustentabilidade (repensar, recusar,
reduzir, reutilizar e reciclar) e justifiquem essas políticas no consumo e manejo do lixo.
Selecione várias situações em que se deveria utilizar cada um dos Rs da sustentabilidade.
Apresente-as para a turma e peça que apontem o R mais adequado para a situação e
justifiquem a escolha.
Aprofundando o conceito II
Divida a sala em cinco grupos e peça que cada grupo pesquise sobre:
I- Teias alimentares; biomassa e biodiversidade; ciclo do carbono; ciclo do nitrogênio e
nutrientes minerais e orgânicos do solo, relacionando-os com possíveis aplicações no âmbito
da agroecologia (por exemplo, as teias alimentares ao controle biológico natural de pragas, a
biomassa com a matéria orgânica que vai crescendo na região, o ciclo do carbono ao processo
de reciclagem de matéria orgânica, ciclo do nitrogênio ao processo de adubação verde do solo,
e os nutrientes do solo ao "solo vivo" e a fertilidade do mesmo).
II- Práticas agroecológicas que visem alguns dos seguintes temas: preparo do solo;
implantação de quebra-ventos; adubação orgânica; implantação de sistemas agroflorestais;
manejo de animais em contextos agroecológicos; defensivos agroecológicos.
Após realizada a pesquisa, sorteie um tema para cada grupo. Oriente os alunos, no dia
marcado, a compartilharem a pesquisa sobre o tema sorteado por meio de uma apresentação
de até 10 minutos. A estratégia de apresentação deverá ficar a critério de cada grupo.
Produção de texto
Divididos em grupos, os alunos realizarão uma fala em audiência pública sobre o tema
capitalismo X sustentabilidade, discutido e trabalhado, durante todo o plano, a partir das
visões de diferentes disciplinas e textos da revista Pré-Univesp.
Professor, informe os alunos que a fala em audiência pública é uma das formas mais
diretas de participação dos cidadãos nos debates sobre questões de relevância social. Na
fala em audiência pública há a defesa de um ponto de vista. A argumentação dirige-se ao
convencimento das demais partes interessadas no tema debatido. Para isso, o orador
expõe o problema segundo a visão do grupo representado por ele.
Depois de redigido, o texto deverá ser lido em voz alta para que os integrantes do grupo
possam avaliar se está adequado a uma fala de cinco minutos. Caso seja necessário,
informações deverão ser suprimidas ou acrescentadas.
Caso queira, o representante poderá transformar o texto em esquema que contemple todo
o conteúdo que será dito durante a fala, na mesma sequência em que pretende dizê-la. No
dia da fala em audiência pública, o texto não poderá ser lido, por isso, o aluno deve ensaiar
a sua fala.
No dia combinado, os representantes dos grupos terão cinco minutos para apresentarem o
seu ponto de vista e sustentá-lo com bons argumentos. Posteriormente, deverá ser aberto
um espaço para que o público se manifeste, também com tempo determinado.
Depois de realizada a fala em audiência pública, a gravação será assistida pelos grupos para
que redijam um relatório que deverá apresentar, de maneira articulada:
a. uma breve descrição da atividade;
b. o registro dos melhores argumentos apresentados pelos oradores;
c. um parágrafo avaliativo que apresente qual foi o melhor orador, ou seja, aquele que
melhor defendeu o ponto de vista do grupo;
d. um dos parágrafos dissertativos-argumentativos, selecionado pelo grupo, sobre a questão:
qual a relação semântica estabelecida entre a expressão capitalismo sustentável e o que se
afirma no artigo de Souza sobre a obra Não verás país nenhum, produzido anteriormente.
Habilidades
As estéticas literárias, embora costumem ser datadas nos livros didáticos com início e término
pós-determinados, não se deixam aprisionar pela rigidez cronológica. Assinale o comentário
adequado em relação à expressão estética do poema "A Pátria" de Olavo Bilac (1865-1918).
3. (UENP 2011) A palavra utopia, originalmente elaborada por Thomas More, tem seu
significado derivado do grego e corresponde a “não lugar”, ou “lugar que não existe”.
Analise as proposições a seguir:
I. As utopias, embora alguns as considerem como narrativas fantásticas, trazem no seu bojo
uma profunda crítica social, na medida em que sugerem uma filosofia das ausências.
II. Thomas More foi um grande humanista, um dos primeiros filósofos a criticar a propriedade
privada e a defender um modelo mais igualitário de organização social.
III. Existe uma série de “utopias” anteriores à de Thomas More, como o Timeu, de Platão, e
outras posteriores como Cidade do Sol (1623), de Tommasio Campanella, A Nova Atlântida
(1627), de Francis Bacon, a Panorthosia (1657), de Comenius e o Complemento à Nova
Atlântida, de Glanvill (1675).
IV. A contemporaneidade também produz utopias. Elas estão voltadas para o futuro, propõem
transformações radicais e revoluções, para a construção de “novos mundos”, como é o caso
do marxismo ou do anarquismo.
4. (UEM 2011) A filosofia política encontrou nas utopias renascentistas uma forma peculiar de
expressão em que a imaginação e a razão conjugam-se para apresentar ideias sobre a
melhor forma de organização social e política. Sobre o papel das utopias, assinale o que for
correto.
1) Karl Marx e Friederich Engels criticaram as utopias por considerá-las ideologias, isto é,
sistemas de ideias dissociadas da realidade, bem como opuseram, ao socialismo utópico, o
socialismo científico.
2) Thomas More, filósofo humanista renascentista, escreve A Utopia para criticar a República
de Platão e para afirmar sua adesão à teoria política aristotélica.
4) A Nova Atlântida, utopia escrita por Francis Bacon, reflete o novo espírito da Idade
Moderna, que prestigia a técnica, a experiência e a observação dos fatos, rejeitando a
filosofia contemplativa da antiguidade clássica.
5) A Utopia, de Thomas More, é uma obra de ficção científica na qual está ausente a crítica
social e econômica. Foi escrita com o intuito de propor a modernização tecnológica da
Inglaterra.
6) O humanista renascentista Erasmo de Roterdam escreveu, junto com Francis Bacon, várias
utopias para denunciar a insensatez, a loucura e os desmandos dos estados e governantes
de sua época.
5. (UENP 2010) A cidade inteira se divide em quatro quarteirões iguais. No centro de cada
quarteirão, encontra-se o mercado das coisas necessárias à vida. São depositados aí os
diferentes produtos do trabalho de todas as famílias. Esses produtos, depositados
primeiramente nos entrepostos, são em seguida classificados nas lojas de acordo com sua
espécie. Cada pai de família vai procurar no mercado aquilo de que tem necessidade para si
e os seus. Tira o que precisa sem que seja exigido dele nem dinheiro nem troca. Jamais se
recusa alguma coisa aos pais de família. A abundância sendo extrema, em todas as coisas,
não se teme que alguém tire além de sua necessidade. De fato, aquele que tem a certeza
de que nada faltará jamais, não procurará possuir mais do que é preciso. O que torna, em
geral, os animais cúpidos e rapaces, é o temor das privações no futuro. No homem, em
particular, existe uma outra causa de avareza - o orgulho, que o excita a ultrapassar em
opulência os seus iguais e a deslumbrá-los pelo aparato de um luxo supérfluo. Mas as
instituições utopianas tornam este vício impossível.
Thomas Morus. Utopia. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000070.pdf.
6 (ENEM 2010). A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro. As
cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua
desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que
seu poder.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979
(adaptado).
9. (ENEM 2010) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na
miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que
exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra Apud HUBERMAN, L. História da
Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou
uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa
durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada na riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
10. (Espcex/Aman 2014). Ao se alistar, não imaginava que o combate pudesse se realizar em
tão curto prazo, embora o ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao longe.
Quanto ao processo de formação das palavras sublinhadas, é correto afirmar que sejam,
respectivamente, casos de:
"Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito
de um termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe
sempre gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem
conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os
negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho ideia. Mas o que posso dizer é que se os negros
acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão."
(Revista Veja)
13. (ENEM PPL 2015). Os parasitoides são insetos diminutos, que têm hábitos bastante
peculiares: suas larvas se desenvolvem dentro do corpo de outros animais. Em geral, cada
parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso, esses organismos vêm
sendo amplamente usados para o controle biológico de pragas agrícolas.
Santo, M. M. E. Et AL. Parasitoides: insetos benéficos e cruéis. Ciência
Hoje, n. 291, abr. 2012 (adaptado).
O uso desses insetos na agricultura traz benefícios ambientais, pois diminui o(a)
14. (G1 - CFTMG 2015). Os neonicotinóides, inseticidas que atacam o sistema nervoso de
abelhas, têm dizimado populações desses polinizadores. Ao serem pulverizados sobre as
flores, onde elas coletam o néctar, causam sua morte. Estratégias de manejo integrado são
sugeridas para minimizar esse problema.
Disponível em<http://www.unesp.br>. Acesso em: 15 jan. 2014
(adaptado).
15. (G1 - CPS 2016). A adubação verde é uma prática utilizada pelos agricultores, em várias
regiões do mundo, para recuperar os solos degradados pelo cultivo, melhorar aqueles que são
naturalmente pobres ou conservar os que já são produtivos. Consiste no plantio de espécies
de plantas, como as leguminosas (soja, feijão, alfafa) tanto em conjunto com outras plantas
(plantações consorciadas), como em períodos alternados (rotações de culturas). As
leguminosas são muito utilizadas como adubo verde, pois suas raízes são capazes de se
associar a bactérias, que fixam o gás nitrogênio diretamente do ar presente no solo e com ele
produzem compostos nitrogenados que, incorporados ao solo, atuam na sua adubação
natural.
Além disso, esses compostos nitrogenados são compartilhados com as plantas leguminosas,
contribuindo assim para um melhor desenvolvimento desses vegetais que, em troca, fornecem
compostos orgânicos às bactérias.
A figura ilustra o sistema radicular de uma planta de soja com bactérias fixadoras de
nitrogênio. As bactérias estão nas “bolinhas” que aparecem na raiz.
Gabarito:
1. B
2. A
3. D
4. 05
5. C
6. E
7. C
8. B
9. E
10. B
11. D
12. A
13. C
14. D
15. E
16. D