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Professor: David Martins

Disciplina: Lingua Portuguesa


Trabalho realizado por:
Cristiana Lagoa
Nº217 2ºTR
Quem foi Frei Luis de Sousa

Frei Luís de Sousa sofreu uma vida acidentada na Ásia e em África, onde prestou
serviços a Filipe II de Espanha. Regressando a Portugal, casou-se com D. Madalena de
Vilhena, viúva de D. João de Portugal, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir, a
quatro de Agosto de 1578. E em 1599 muda-se para Almada, nomeado capitão-mor
dessa localidade. No ano seguinte, devido à peste em Lisboa, os governadores do reino
pretenderam abrigar-se em Almada, numa casa de Manuel que, por questões pessoais,
lhe lançou fogo para não lhes ceder abrigo.
Em 1613, após o falecimento da filha única do casal, D. Manuel e D. Madalena seguem
o exemplo dos condes de Vimioso, dando entrada ele no Convento de S. Domingos de
Benfica e ela no convento do Sacramento.
Manuel, então Frei Luís de Sousa, desenvolveu alguns projectos literários até à sua
morte como “A Vida de D. Frei Bartolomeu dos Mártires”, “A História de S. Domingos
Particular do Reino e Conquistas do Reino”, a partir de materiais deixados por Frei Luís
Cácegas, num estilo fluente, cheio de naturalidade e poder expressivo marcando a prosa
clássica portuguesa.
Carreram diversas versões acerca da causa da morte para o mundo de D. Manuel e D.
Madalena, partindo uma delas de um biógrafo daquele, segundo o qual um peregrino
trouxera a notícia de que D. João de Portugal ainda estaria vivo na Terra Santa, 35 anos
após o seu desaparecimento, sendo o casamento de D. Manuel e D. Madalena
impossível. Foi este facto que deu origem a Frei Luís de Sousa, de Garrett.

Resumo da história

O primeiro marido de D. Madalena de Vilhena tinha partido para uma guerra de


Alcácer-Quibir (1578), após sete anos buscando D. João de Portugal, D. Madalena de
Vilhena decide casar-se de novo com D. Manuel de Sousa Coutinho, pelo qual nutre um
amor incondicional.
Dessa união, nasce Maria, filha dedicada e frágil. Com o casal e a filha vivia Telmo, um
fiel amigo e escudeiro de D. João de Portugal, primeiro marido de D. Madalena. Apesar
de viver feliz e amar verdadeiramente D. Manuel de Sousa Coutinho, D. Madalena, uma
mulher superticiosa, sente-se constantemente atormentada com a possibilidade do
regresso do seu primeiro marido, cujo corpo nunca fora encontrado.
Catorze anos depois, concretizam-se todos os pressentimentos e profecias de um fim
trágico anunciado por Telmo, e pressentimentos por D. Madalena. Reaparece D. João de
Portugal, morre Maria, D. Manuel e D. Madalena tomam o hábito.
Resumo por cenas

Ato I
Cena um e dois
Informações sobre o passado das personagens (caracterização de D.Madalena de
Vilhena, Manuel de Sousa Coutinho, Maria de Noronha, D.João de Portugal e Telmo
Pais).
Sinais que indicam o desenlace: Ao ler episódio de Inês de Castro, de "Os Lusíadas",
Madalena compara o seu estado de espírito com o de Inês de Castro (sente-se
predestinada para a morte). Telmo anuncia desgraças próximas, contínuo agouros; a
repetição do número sete por Madalena confere ao tempo um carácter ominoso
carregado de mistério e fatalismo; Telmo alimenta a presença do passado que Madalena
quereria "enterrar".

Cena três
Maria pergunta a Telmo pelo romance que ele lhe prometeu sobre D.Sebastião; a mãe
nem quer ouvir falar disso.
Sinais que indiciam o desenlace: Sebastianismo de Maria (se o rei não morreu D.João
de Portugal também não terá morrido...); tuberculose de Maria.

Cena quatro
Maria não consegue entender a perturbação dos pais relativamente ao regresso de
D.Sebastião; Madalena não pode revelar a causa das suas preocupações.
Sinais que indiciam o desenlace: Maria é dotada de uma prodigiosa imaginação (tem a
“doença de sonhar”; as “papoulas” que Maria traz murcham).

Cena cinco
Frei Jorge anuncia a intenção dos governadores de se instalarem em casa de Manuel de
Sousa Coutinho para fugirem à peste que ainda grassava em Lisboa.
Sinais que indiciam o desenlace: O ouvido apurado de Maria é encarado por Frei Jorge
como um "terrível sinal".

Cena seis
Miranda anuncia a chegada de Manuel de Sousa Coutinho.
Sinais que indiciam o desenlace: (os mesmos que na cinco)

Cena sete
Manuel de Sousa transmite à família a decisão de se mudarem para o palácio que fora
de D.João de Portugal.
Sinais que indiciam o desenlace: Madalena fica aterrorizada com a ideia de mudança.

Cena oito
Madalena não quer voltar à casa de D.João de Portugal: para ela é uma questão de vida
ou de morte, o que Manuel de Sousa interpreta como uma teimosia incompreensível; as
duas personagens vivem um conflito dominado pelas oposições passado/presente,
razão/coração.
Sinais que indiciam o desenlace: A mudança para o palácio de D.João de Portugal, mais
do que um regresso ao passado, é o regresso ao passado.
Cenas nove e dez
Telmo anuncia a chegada da comitiva dos governadores a Almada; Manuel de Sousa
certifica-se de que todas as providências foram tomadas e ordena que Madalena e Maria
partam para a "nova" casa.

Cena onze
Manuel de Sousa ateia fogo a casa.
Sinais que indiciam o desenlace: Manuel de Sousa fala da morte do pai e do que poderá
vir a acontecer-lhe, a ele, na sequência da sua atitude.

Cena doze
Incêndio do palácio de Manuel de Sousa.
Sinais que indiciam o desenlace: O retrato de Manuel de Sousa arde no incêndio.

Ato II
Cena um
Maria conversa com Telmo; interessa-se pelos três retratos que se encontravam na sala e
"sabendo" já que um deles é de D.João, o primeiro marido de sua mãe, pretende que
Telmo o confirme; Madalena encontra-se doente há oito dias; Manuel de Sousa está
escondido.
Sinais que indiciam o desenlace: Maria cita os primeiros versos da novela trágica
Menina e Moça; a causa de doença de Madalena - o retrato de Manuel de Sousa, que
ardeu no incêndio, apareceu-lhe substituído pelo retrato de D.João, iluminado por uma
tocha, quando entra no seu palácio- é "prognóstico fatal de uma perda maior que está
perto".

Cenas dois e três


Manuel de Sousa, de visita a casa, revela a Maria a identidade da personagem
representada no quadro e tece grandes elogios a D.João de Portugal.
Sinais que indiciam o desenlace: Maria continua febril e "sabe tudo". Manuel de Sousa
diz a Maria que aquela casa é quase um convento e que para frades de S. Domingos lhes
falta apenas o hábito.

Cena quatro
Frei Jorge anuncia a Manuel de Sousa a decisão dos governadores de esquecerem a sua
atitude, Manuel pretende deslocar-se a Lisboa e Maria pede-lhes para acompanhá-la, a
fim de conhecer Soror Joana.
Sinais que indiciam o desenlace: Soror Joana (Dona Joana de Castro e Mendonça) fora
de casada com o Conde de Vimioso, D. Luís de Portugal. A certa altura da vida,
decidem ambos professar.

Cenas cinco, seis e sete.


Madalena afirma estar já curada do seu mal (o terror de perder Manuel de Sousa), mas
continua a mostrar-se nervosa, preocupada com a viagem que o marido vai fazer a
Lisboa, receosa por ter de ficar sozinha.
Sinais que indiciam o desenlace: Quando toma consciência de que estava numa sexta-
feira, Madalena fica aterrorizada: "Este dia de hoje é o pior..."
Madalena despede-se do marido e da filha como se fosse para sempre: "Vão, vão...
adeus!".
Cena oito
Madalena despede-se de Manuel de Sousa, abraçando-o repetidamente como se ele
fosse embarcar "num galeão para a Índia"; referindo-se a Soror Joana, Jorge diz que a
perfeição verdadeira é a do Evangelho: "Deixa tudo e segue-me".
Sinais que indiciam o desenlace: Madalena não consegue entender a atitude dos Condes
de Vimioso que se "enterraram vivos" depois de tantos anos de amor.

Cena nove
Frei Jorge começa a sentir que alguma desgraça está para acontecer.

Cena dez
Madalena revela a Frei Jorge a razão que está na origem dos seus medos: amou Manuel
de Sousa desde o primeiro instante em que o viu, era ainda casada com D.João; pecou,
teme ser castigada.
Sinais que indiciam o desenlace: Naquela sexta-feira, fazia anos que Madalena casara
com D. João, que D.Sebastião desaparecera na batalha de Alcácer Quibir, que se
apaixonara por Manuel de Sousa Coutinho.

Cenas onze, doze e treze.


Miranda anuncia a chegada de um romeiro, vindo da Terra Santa, que deseja falar a
Madalena.
Sinais que indiciam o desenlace: O Romeiro só dará o recado que traz da Palestina a
Madalena. Quando Frei Jorge pergunta ao Romeiro se é aquela a fidalga com quem
deseja falar, a resposta dele:- "A mesma." - pode indiciar que ele a reconhece.

Cena catorze
O Romeiro vai-se dando a conhecer gradualmente; Madalena fica aterrorizada ao tomar
conhecimento que D. João de Portugal está vivo - o seu casamento com Manuel de
Sousa não existe e Maria é filha ilegítima; sai de cena espavorida e gritando.
Sinais que indiciam o desenlace: Atinge-se o clímax da acção - D.João de Portugal está
vivo.

Cena quinze
Questionado por Jorge sobre a sua identidade, o Romeiro responde-lhe: "Ninguém",
mas aponta para o retrato de D. João de Portugal.
Sinais que indiciam o desenlace: O Romeiro é D. João de Portugal.

Ato III
Cena um
Manuel de Sousa, que até aqui nos apareceu como um homem racional e decidido
apresenta-se agora, emotivo e atormentado, sobretudo em relação ao destino de Maria:
chega a afirmar que prefere vê-la morta pela doença que a consome do que por
vergonha pela situação de ilegitimidade em que agora se encontra. Sente-se responsável
por toda a desgraça. O seu discurso é, por vezes, contraditório. A sua entrada para o
convento é, nas suas próprias palavras, a sua morte (“morri hoje”.).
Maria, que tinha chegado já doente de Lisboa, ficou ainda pior quando viu o estado em
que sua mãe se encontrava.
Frei Jorge informa Manuel de Sousa de que está tudo tratado e que ele e Madalena
tomarão o hábito ainda naquele dia. Diz-lhe ainda que apenas eles e o Arcebispo saibam
a verdadeira identidade do Romeiro.

Cenas dois e três


Telmo traz notícias de Maria: "está melhor, mas muito abatida e muito fraca".

Cena quatro
Telmo está completamente mudado; é grande o seu conflito interior: deve ficar ao lado
do seu "filho", D. João de Portugal, ou da sua "filha", Maria?
Dividido entre a fidelidade ao passado e o amor ao presente, ofereceu a sua vida a Deus
em troca da vida de Maria.

Cena cinco
Telmo reconhece, no Romeiro, a voz de D. João e a sua dolorosa fragmentação afectiva
é cada vez mais viva; o Romeiro pede-lhe para evitar a desgraça iminente mandando - o
dizer que aquele peregrino é um impostor e que tudo não passou de um "embuste"
organizado pelos inimigos de Manuel de Sousa.

Cena seis
Última "ilusão" de D. João que, ouvindo Madalena chamar de fora pelo seu marido,
pensou que aquele se dirigia a si.

Cenas sete e oito


Telmo transmite a Frei Jorge o recado que o Romeiro lhe tinha dado na cena anterior;
porém, Frei Jorge não consente em tal; Madalena tenta evitar o inevitável, dando conta,
aos dois irmãos, das suas dúvidas em relação à veracidade daquilo que o Romeiro disse;
Frei Jorge e Manuel, sabendo que o Romeiro é o próprio D. João, não permite qualquer
recuo; Madalena acaba por seguir a decisão que Manuel tomou pelos dois.

Cenas nove e dez


Dá-se início à cerimónia da tomada de hábito.

Cena onze
Maria interrompe a cerimónia, dando origem á cena mais melodramática da peça.
Alienada pela febre, em delírio, exprime-se de forma violenta, mostrando uma profunda
revolta contra o mundo, contra Deus, contra a sociedade hipócrita que não permite a
dissolução do casamento, transformando assim, em filhos ilegítimos aqueles que são
apenas vítimas de actos que lhe são alheios.

Cena doze
A voz do Romeiro, que Maria ouve pedindo a Telmo que os salve, pois ainda está a
tempo, desfere o golpe fatal. Maria morre.
Cenário

O Acto I passa-se numa "câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância
dos princípios do século XVII", no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada.
Neste espaço elegante parece brilhar uma felicidade, que será, apenas, aparente.

O Acto II acontece "no palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada, salão
antigo, de gosto melancólico e pesado, com grandes retratos de familia…". As
evocações do passado e a melancolia prenunciam a desgraça fatal.

O Acto lll passa-se na capela, que se situa na "parte baixa do palácio de D. João de
Portugal". "É um casarão vasto sem ornato algum". O espaço denuncia o fim das
preocupações materiais. Os bens do mundo são abandonados.

A crença do sebastianismo

O mito do sebastianismo está espalhado por toda a obra. “Logo no início, Madalena
afirma a Telmo”. Mas as tuas palavras misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse
desgraçado rei de D. Sebastião, que o seu mais desgraçado povo ainda quis acreditasse
que morresse, por quem ainda espera em sua leal incredulidade.

No sebastianismo, como ele é representado no Frei Luís de Sousa, por Telmo e Maria,
reside somente à crença em que o rei ao voltar conduzira a uma época mundial do
direito e da grandeza, a qual será última no plano de salvação dos Homens.
Personagens

Manuel de Sousa Coutinho


D. Madalena de Vilhena
D. Maria de Noronha
Telmo Pais – aio
Romeiro
Miranda
Pior de Benfica
Arcebispo
Frei Jorge Coutinho
Doroteia
Irmão Converso

Personagens principais
Manuel de Sousa Coutinho “Frei Luís de Sousa” – Segundo
marido de madalena; pai de Maria; pai e marido extremoso; teme
que a saúde débil de sua filha progrida para uma doença grave;
homem decidido, de coragem, “bom português”, honrado,
patriota (incendeia o seu palácio, por motivos políticos, porque
este iria ser ocupado pelos governadores espanhóis); sofre e sente
terríveis remorsos com o trágico final de Maria, optando pelo
escapulário e por uma vida de penitência e redenção, enquanto
Frei Luís De Sousa.

D. João de Portugal – 1º marido de D. Madalena desapareceu na


batalha de Alcácer Quibir, onde combateu ao lado de D. Sebastião,
é tido como morto, apesar das dúvidas manifestadas na trama;
austero; sofrido; o seu amor por Madalena e amizade por Telmo
fazem-no sobreviver ao cativeiro e regressar na figura do Romeiro;
à pergunta “Quem és tu?”, D. João, na figura do romeiro, vai
respondendo “ninguém”.

Dona Madalena – Suposta viúva de D. João de Portugal; casa


com Manuel de S. Coutinho; nasce Maria, filha de D. Manuel;
vive na angústia em relação à possível ilegitimidade do seu
casamento e ao futuro da sua filha Maria; sofre de remorsos
profundos por ter gostado de D. Manuel, enquanto ainda era
casada com D. João; manifesta uma constante inquietação e
medo; insegura; marcada pelo fatalismo dos seus
pressentimentos; perfil romântico; solidão na sua dor
incompreendida.

Maria de Noronha – Filha de D. Madalena e D. Manuel; amor


filial, puro e incondicional; precoce; mulher-anjo; sonhadora,
intuitiva, inteligente; marcada pela fantasia e o idealismo
nacionalista e patriótico; sebastianista por influência de Telmo;
adivinhava "lia nos olhos e nas estrelas", “é que eu sabia de um
saber cá de dentro; ninguém mo tinha dito”; sempre febril, sofre de tuberculose. Tem
um fim trágico, morrendo na última cena junto dos seus pais.

Telmo Pais – Escudeiro de família dos condes Vimioso, nunca


acreditou na morte de D. João; espicaça a consciência de D.
Madalena; sofre, porque antevê o trágico fim de Maria, que tem
como filha; acaba por reconhecer intimamente que o regresso do seu
velho amo, nunca deveria ter ocorrido. Por amor a Maria e a pedido
de D. João, dispõese a declarar o Romeiro como um impostor; é o
confessor das personagens femininas; tem a função de coro (como na
tragédia clássica); acredita na predestinação.

Frei Jorge Coutinho – Irmão de D. Manuel e representante do clero; esta personagem é


marcada pelo uso da razão e comedimento nas situações mais dramáticas da obra; é
sábio; confessor de D. Madalena e de D. Manuel no final do acto III; marca presença
nos principais momentos da acção.
Características do Romantismo na obra

O texto escrito em prosa;


A crítica aos preconceitos que vitimam inocentes (como Maria);
A situação real que subfaz à acção da peça, o que retira a preocupação de Garrett
com a verdade e realidade dos acontecimentos;
O homem como alvo de atenção analítica;
A exaltação dos valores patrióticos e nacinais (sobretudo através de Manuel de
Sousa Coutinho);
As superstições e agouros populares que retratam a cultura portuguesa;
A região cristã como um consolo;
O realismo psicológico que caracteriza a tranformação dos sentimentos de
Telmo dividido entre o amor a D. João e a D. Maria de Noronha;
A projecção da experiência pessoal do autor, que possuía uma filha ilegítima de
Aldelaide Pastos Deville, por quem se apaixonara ainda casado com Luísa
Midsosi;
A morte de Maria em palco;
O não cumprimento da lei das três unidades da tragédia (unidade de acção, de
espaço e de tempo).

Caracteríticas da tragédia na obra


Existência de um número reduzido de personagens.
Personagens pertencentes a estratos sociais elevados.
Condensação do tempo em que a acção decorre.
Existência de poucos espaços.
Acção sintética, isto é, existe um número reduzido de acções a convergir para a
acção trágica.
Reminiscência do coro da tragédia clássica em Frei Jorge e Telmo Pais.
Existência de momentos que retardam o desenlace trágico.
Ambiente trágico marcado por uma solenidade clássica.
Presença de elementos da tragédia clássica
Elementos caraterísticos da tragédia
Hybris: desafio do protagonista aos deuses, às autoridades ou ao destino;
Presente essencialmente no casamento de D. Madalena com Manuel de Sousa
Coutinho, sem a confirmação da morte de seu primeiro marido, e no incêndio do
palácio de Manuel de Sousa Coutinho pelo próprio.
Pathos: sofrimento intenso como consequência do desafio e capaz de despertar a
compaixão do espectador;
Agnórise ou anagnórise: reconhecimento de um facto inesperado, que
desencadeia o climax (crescimento trágico até à peripécia, ou seja, à mudança
repentina de estado nas personagens, muitas vezes como resultado da agnórise);
Momento de identificação do Romeiro como D. João de Portugal
Katastrophe, catástase (desfecho trágico);
Morte de Maria, separação e morte espiritual do casal, desgosto de Telmo e
conscienciliação de D. João de que já não faz parte do mundo daqueles que
amou.
Cathársis (reflexão purificadora, purgação das emoções dos espectadores);
Renúncia ao prazer mundano pelo casal, que se refugia num convento, e
ascensão de Maria ao espaço celeste, devido à sua inocência.
Némesis (vingança dos deuses, ou do destino, perante o desafio arrogante do
homem);
Ananké (necessidade como fatalidade);
Responsável pela ausência e cativeiro de D. João de Portugal durante vinte e um
anos e pela mudança da família de Manuel se Sousa Coutinho para o palácio de
D. João de Portugal.
Phóbos (sentiemnto de terror, de medo);
Ágon (conflito) – a alma da tragédia que decorre da hybris desencadeada;
Manifesta-se a nível psicológico nos conflitos interiores e dilemas vivos por
Telmo e por D. Madalena.
Estrutura Externa

Acto I – 12 cenas
Cenas I – IV – informação sobre o passado das personagens;
Cenas V – VIII – preparação da acção: decisão dos governadores e decisão de
incendiar o palácio;
Cenas IX – XII – acção: incêndio do palácio.

Acto II – 15 cenas
Cenas I – IV – informações sobre o que se passou depois do incêndio;
Cenas IV – VIII – preparação da acção: ida de Manuel de Sousa Coutinho a
Lisboa;
Cenas IX – XV – acção: chegada do romeiro.

Acto III – 12 cenas


Cena I – informações sobre solução adoptada;
Cenas II – IX – preparação do desenlace;
Cenas X – XII – desenlace
Espaço

O espaço situa-se em três lugares: o palácio de Manuel de Sousa Coutinho (acto


I), palácio de D. João de Portugal (acto II) e a capela / parte baixa do palácio (acto III).
A mudança do acto I para o II é provocada pelo incêndio e o espaço tende a
concentrar-se. O acto I envolve um espaço aberto, com amplas janelas, luz, decoradas e
comunica com o exterior, o que se relaciona com alguma felicidade que se vive naquele
lugar.
O acto II decorre num espaço mais fechado, mais sombrio e melancólico. Não
tem janelas e as portas têm reposteiros, há grandes retratos de família, lembrando o
passado. É aqui que vai chegar o Romeiro e felicidade da família começa a desagregar-
se.
No acto III, o espaço ainda é mais fechado e subterrâneo, não há janelas e há
poucas portas. Não há decoração. Na capela não há decoração, há apenas um altar e uma
cruz, símbolos de sacrifício e de morte. É lá que Manuel e Madalena vão professar e
Maria vai morrer.
Em suma pode dizer-se que, à medida que a acção avança e se torna mais
trágica, o espaço é mais fechado e opressivo e aniquilador das personagens.

Tempo
Tal como o espaço, também o tempo se fecha e concentra. Inicialmente amplo e vasto
(21 anos).
1578 – batalha de Alcácer Quibir.
+7 – anos de buscas por parte de Madalena.
+14 – segundo casamento / +13 nascimento de Maria
1599 – tempo presente.

No presente, a peça passa-se numa sexta-feira à tarde, 21 anos após a batalha de


Alcácer Quibir, passam oito dias desde o incêndio (noite de sexta para sábado), é de
novo sexta-feira. Chega o Romeiro, Manuel de Sousa e Madalena professam e Maria
morre.
Toda a acção dramática se passa “Hoje”, o dia em que tudo se concentra: por um lado,
Madalena teme esse dia; por outro lado, D. João quer chegar ali “Hoje” (é o dia em que
faz 21 anos que ocorreu a batalha).
Em síntese, podemos dizer que a acção, espaço e tempo convergem e concentram-se
progressivamente, até à tragédia final.
O espaço cénico
Acto I
Palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada.
Câmara antiga (luxo e elegância)
Peças de mobiliário: bufete pequeno, cadeiras antigas, tambores rasos,
contadores.
Objetos decorativos: Porcelanas, Xarões, flores, livros, tapeçarias, um vaso da
china de colo alto.
Metais: prata (metal Precioso)
Tecidos referidos: sedas e veludo
Retratos: Retrado de Manuel de Sousa Coutinho, qundo era noviço de S. João de
Jerusalém.

Encontramos um ambiente de luxo, de opulência e de requinte, com certo ar exótico


(xarões, vaso da china). Este espaço, embora interior, permite a comunicação com o
exterior, através de duas janelas rasgadas, que deixam ver o eirado e o rio Tejo. Através
das janelas, entra também a claridade. Temos, pois um espaço cheio de luminosidade e
colorido, o que sugere alegria, leveza. É neste espaço que Manuel e Madalena vivem
felizes o seu amor. O espaço revela igualmente traços do carácter das personagens que
nele se inserem. O luxo, a opulência, o requinte remetem para personagens que
valorizam o bem-estar físico, os materiais. Os livros reflectem preocupações eruditas,
mas é também um “alimento” para as almas mais fantasiosas, alimentando sonhos e
devaneios.

Acto II
Palácio que pertenceu a D. João de Portugal, em Almada.
Salão antigo (melancólico e pesado)
Peças de mobiliário: não são referidas
Janelas: não há apenas uma tribuna que deita sobre a capela de Nossa Senhora
da Piedade
Objetos decorativos: não há referências
Metais: prata
Tecidos referidos: não são referidos, mas fala-se de resposteiros grandes,
pesados, que tapavam portas e tribuna, ostentando as armas dos condes de
Vimioso.
Retratos: grandes retratos de família – bispo, damas, cavaleiro e monges; três
retratos em destaque: D. Sebastião, Luís de Camões e o de D. João de Portugal.

O requinte e a elegância deram lugar à melancolia e à austeridade. O espaço torna-se


muito fechado – não há janelas e as portas e as varandas estão tapadas por reposteiros.
Não há contacto com o exterior, nem entra a claridade. O ambiente é escuro, pesado e
triste. Parece que «grades invisíveis» se formaram à volta da família, conduzindo-a
inevitavelmente.
Para um fim trágico. Mesmo que tentem fugir, tal não é possível. Por essa razão,
Madalena não queria regressar à sua anterior casa, à casa que pertenceu a D. João de
Portugal; tal seria como regressar para os seus «braços». Seria uma ameaça ao seu amor
e à sua felicidade. O cenário de este acto adequa-se ao carácter de D. João de Portugal,
também ele inflexível, austero, de princípios rígidos e melancólicos.
Acto III
Parte baixa do palácio de D. João de Portugal/ Capela da Senhora da Piedade, na
igreja de S. Paulo dos Domínicos de Almada.
Casarão vasto.
Peças de mobiliário: banca velha com dois ou três candelabros.
Janelas: não há
Objectos decorativos: utensílios próprios da igreja (tocheiras; cruzes; ciriais; um
esquife-tumba; uma grande cruz de pau; uma toalha branca; um castiçal; um
hábito completo – túnica, escapulário, rosário, cinto, etc).
Metais: chumbo
Tecidos referidos: algodão
Retratos: não há.

A austeridade é total. O espaço fechou-se completamente. Todos os objectos


remetem para o fim das personagens: a tomada do hábito e a morte (física e
psicológica). O espaço não apresenta um único objecto que remeta para uma vida
terrena, material. O «despir» do espaço também tem a ver com o despojamento dos
bens materiais – Manuel e Madalena têm que deixar tudo o que os ligava a uma vida
terrena, material, de felicidade. É como se «morressem» para a vida; nem a tumba
falta no cenário. As porcelanas, os xarões, as sedas, os veludos, a prata são
substituídos por algodão, madeira e chumbo. É o peso de uma vida de resignação, de
sacrifícios que se abate sobre eles. Nem Maria é poupada, morrendo em cena. A
cruz de madeira, ainda por cima negra, remete para o calvário e a morte de Cristo.
Também as personagens «morrem» e também elas têm de percorrer a sua «via
dolorosa» (Manuel e Madalena). Ao mesmo tempo, este calvário, forçosamente
percorrido por elas, funciona como uma espécie de expiação dos pecados, de
purificação, encontrando-se em a salvação das almas. Tomarem o hábito era a única
atitude digna que poderiam ter tomado. Ou era isso, ou era viverem para sempre em
pecado, o que implicava a perdição das suas almas.
Questionário de escolha múltipla
Acto I, Cenas I e II.
1. O lugar da cena é:
Coimbra
Lisboa
 Almada
Jerusalém

2. A didascália descreve-nos um espaço que:


É fortemente iluminada por velas e candelabros
Tem duas portas de acesso
É uma câmara fechada e escura
 Recebe a luz de duas grandes janelas

3. No local onde se desenrola a ação:


 Avista-se em Lisboa, do outro lado do Tejo.
Existe um moniliário típico de uma modesta casa do século XVII
Percebe-se o amanhecer de um novo dia.
Existe um quadro de um jovem cavaleiro entre as janelas.

4. A sala onde se inicia a Cena I:


 É requintadamente luxuosa, sugerindo um ambiente nobre.
Mostra um armário envidraçado, com livros.
Tem uma porta que dá acesso ao interior da casa.
Não tem qualquer comunicação com o exterior.

5. Na cena I Madalena está a ler:


O episódio de Adamastor em “Os Lusiadas” de Luis de Camões.
O episódio do consílio dos Deuses em “Os Lusiadas” de Luís de Camões.
O episódio da Batalha de Ajubarrota em “Os Lusiadas” de Luis de Camões.
 O episódio de Inês de castro em “Os Lusiadas” de Luias de Camões.

6. A propósito da leitura de “Os Lusiadas”, Madalena:


Rejeita a semelhança entre a sua vida e o que acabou de ler.
Divide-se entre sentimentos de felicidade e de morrer.
Revela o seu receio de que descubram o seu estado de espirito.
 Medita acerca da fatalidade do destino.

7. Telmo, ao chegar:
Afirma que só a Bíblia é superior a “Os Lusiadas”.
Reconhece imediatamente Manuel de Sousa Coutinho como seu “senhor”.
Zanga-se com Madalena por esta estar a ler.
 Sente-se um pouco constrangido por a bíblia estar em latim.

8. Na cena II, o diálogo entre Telmo e Madalena, informa-nos de que:


Telmo nutre uma imensa estima por Maria.
Telmo já cuidava de Madalena desde que esta era criança.
 Maria tem agora treze anos.
Madalena se casou quando ainda era uma criança.
9. Deduz-se que:
Telmo já era aio do ex-marido de Madalena, quando esta se casou.
 Telmo se mantinha fiel e saudoso de D. João de Portugal.
D. João de Portugal foi rei de Portugal até 1570.
D João de Portugal foi o primeiro marido de Madalena.

10. O diálogo entre Telmo e Madalena permite-nos ainda concluir que:


O nascimento de Maria trouxe uma grande satisfação a Telmo.
 Telmo considera Maria, agora com treze anos, como que uma filha muito
estimada.
Madalenase assusta com os agouros e profecias de Telmo.
Maria tem uma curiosidade e compreensão reveladoras de uma maturidade
precoce.

11. Ao falarem do passado, ficamos, a saber, que:


Madalena tinha 17 anos quando ficou viúva.
 Madalena procurou seu marido durante sete anos.
Madalena encontrou vários indícios de que seu marido estava vivo.
Telmo duvida que seu antigo amo, D. João de Portugal, tenha perecido na
batalha.

12. Ao recordarem o passado:


 Telmo acusa Madalena de não ter amado o seu primeiro marido.
Ficamos, a saber, que Madalena já está casada novamente faz 14 anos.
Telmo revela uma maior admiração por Manuel de Sousa Coutinho do que por
dão João de Portugal.
Madalena confessa que o casamento com Manuel de Sousa nunca foi asserte
pelas familias.

13. Desde o desaparecimento de D. João de Portugal na batalha de Alcacer-


Quibir, em 1578, já decorrram:
 21 anos
28 anos
14 anoos
7 anos

14. Esta primeira apresentação das personagens mostranos que:


D. João de Portugal é presentado como um espectro. É respeitado e admirado,
mas também aterrador.
 Maria é uma criança de treze anos, magra e alta, inteligente e perspicaz.
Madalena vive na insegurança da sua decisão do passado de ter contraido novo
casamento.
Telmo acredita na possibilidade do regresso de D. Sebastião, também
desaparecido na batalha em Africa.

15. No final da cena II:


 Madalena está angustiada com a demora do marido que está em Lisboa.
Madalena pede a Telmo para ir a Lisboa saber do marido.
O Tejo suscita em Madalena sentimentos de serenidade e confiança, neste fim de
tarde.
Telmo recebe ordens para procurar Frei Jorge Coutinho, irmão de Manuel de
Sousa Coutinho.
Questionário de Compreensão Global do Ato II

1. Relê a cena um do Ato I.


1.1 Que facto aproxima o início das duas primeiras cenas dos dois primeiros
Atos?
R: O facto que aproxima o início das duas primeiras cenas, dos dois
primeiros actos era o facto de ao decorrer da conversa eles tornavam-se mais
austeros e lamentavam-se pelo destino trágico que poderia ter.

2. O incendio do palácio de Manuel de Sousa, no final do Ato I, provocou


reações diferentes em Maria e em Madalena.
2.1 Esplica-os.
R: A razão de Maria, que não fugia sem o pai, a reação de Madalena era para
salvar o retrato do marido e que não fazia sem o marido.
2.2 Identifica as razões que estão na origem da reação de Madalena.
R: A origem da reação de Madalena era em relação ao retrato do seu marido,
pois era o seu retrato favorito e em ele estava tão gentil e vestido de
cavaleiro de Malta com a sua cruz branca no peito.
2.3 Que pensa Maria destes constantes agouros da mãe?
R: Maria pensa que estes constantes agouros da mãe, seja de uma grande
desgraça a cair sobre seu pai ou até mesmo sobre sua mãe.

3. Á três retratos, na sala onde se encontram Maria e Telmo, que fascinam


Maria.
3.1 Apresenta as razões desse fascinio de cada um deles.
R: Os retratos que fascinaram Maria foram de D. Sebastião que dava a
entender a sua austeridade, a sua lealdade, a verdadeira pessoa que era e que
seus olhos e boca lhe retratavam a sua morte; O retrato de Luís de Camões
pelo seu desimbaraço e tão galã que era, com o seu único olho, era como se
tivesse os seus dois olhos; e por fim o retrato de D. João de Portugal com o
seu aspecto triste, com expressão de melancolia e como se não tivesse apoio,
proteção, nem mesmo outro amor.

4. Telmo sempre respeitou Manuel de Sousa, não poupando elogios ás suas


qualidades.
4.1 Que sentimento revela ele agora em relação áquele que, de alguma
forma, veio tomar o lugar do sei velho amo D. João?
R: Telmo revela que admira o segundo marido de D. Madalena com
entusiasmo, por ser um português às direitas, mas que não trocapelo amor
que tem por D. João que o carregou ao colo.

5. No final desta cena, Manuel de Sousa chega embuçado.


5.1 Procura no texto as razões que originam as necessidades destes
cuidados.
R: Manuel de Sousa chega embuçado e as suas razões desses cuidados era
para não ser reconhecido.
Cenas 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9

1. Procura, nas cenas 3 e 4, novos indícios do desenlace trágico.


R: Os indícios de desenlace trágico nas cenas 3 e 4 é a ida para Lisboa, numa
sexta-feira.

2. Apartir deste momento, o clima trágico vai-se adensando.


2.1 Basiando-te nas informações contidas nas didascálias da cena 5,
reconstitui as oscilações do esta de espírito de Madalena, bem como os
factos que estão na sua origem.
R: Oestado de espírito de Madalena é de alegria pelo marido ter aparecido
há beira dela, depois recai na sua tristeza por ter lido as orações e Deus não
se lembrou, só se lembrou das orações de sua filha e por fim ficou num
estado de desespero porque o marido partiria para Lisboa a uma sexta-feira.
2.2 Relembra o que aconteceu na conversa de Madalena e Telmo, na cena 2
do ato I, e adinata uma explicação para o facto de aquela não querer,
agora (cena 6), ficar a sós com Telmo.
R: Uma das explicações para que Madalena não quisesse ficar a sós com
Telmo era para falar dos sentimentos de Telmo por Maria a Manuel.
2.3 Interpreta o comentario que Madalena tece, na sena oito, á entrada dos
condes de Vimoso para o convento.
R: Madalena afirmaque não inveja a perfeição da condessa Joana de Catros,
porque Manuel afirma que Joana de Castro não faria tanto espetáculo ao se
despedir do seu marido.
2.4 Explica de que forma o monólogo de Jorge, na cena, contribui para a
intensificação do clima de tragédia.
R: Jorge faz por estar alegre, mas não esconde a desgraça que por ai vem a
afetar a sua família.

3. Prova, com exemplos retirados das cenas 5 a 8, que, por oposição a sua
mulher, Manuel de Sousa continua a mostrar-se um homem decidido e
racional.
R: Os exemplos que provam que Manuel de Sousa era um homem decidido e
racional eram:
- Cena cinco → “... É hoje sexta-feira, e daqui a oito... Vamos – daqui a quinze
dias bem contados não saio de casa. Estás contente?...”
- Cena cinco → “... sim, e não posso deixar de ir. Sabes que por fim desta minha
pendencia com os governadores, eu fiquei em divida...”
- Cena cinco → “... Não, sussega, não, estão aqui ao anoitecer. E nunca mais
saio ao pé de ti. E não serão quinze dias, vinte, os que tu quiseres...”.
- Cena cinco → “... tur mãe tem razão, não há-de ser assim, hje não pode ser...”.
- Cena seis → “... é preciso deixá-la espairecer, mudar de lugar, destrair-se,
aquele sangue está em chama. Arde sobre si e consome-se, a não o deixarem
correr á vontade. Há-de vir melhor verás”.
- Cena oito → “... Ora vamos: ao anoitecer, antes da noite, aqui estou. E Jesus?...
Olha a condessa de Vimioso... Olha se ela faria esses prantos, quando disee o
último adeus ao marido.”
Cena 10

1. A cena 10 vem clarificar os receios que madalena exteriorizou na cena 5,


relativamente aquele dia.
1.1 Expplica, resumidamente, porque razão Madalena teme tanto esta
sexta-feira.
R: Naquela sexta-feira, fazia anos que Madalena casara com D. João de
Portugal, que D.Sebastião desaparecera na batalha de Alcácer-Quibir, que se
apaixonara por Manuel de Sousa Coutinho.
1.2 Até que ponto as palavras da íltima fala de Madalena exclarecem
melhor o facto de esta personagem viver sempre em estado de prefunda
anciedade?
R: Na última fala de Madalena, ela esclarece que quando conheceu Manuel
de Sousa começou tudo nnum crime, pois quando ela viu Manuel de Sousa
apaixonou-se logo e ainda era casada com D. João de Portugal então se
sentia em pecado e a imagem que lhe passava na alma era de amante.

2. Compara a última fala de Madalena com a de Telmo, na cena 2 do Ato 1,


que transcrevemos:
Telmo – “Desgraçada! Por quê? Não sois feliz na companhia do homem que
amais, nos braços a quem sempre quisestes mais sobre todos? Que o pobre
de meu amo... respeito, devoção, lealdade, tudo lhe tivestes, como tão nobre
e onrada senhora que sois... mas amar?”
R: Na fala de Telmo, ele pergunta a Madalena o porquê da desgraça e pergunta
se ela não era feliz ao lado de Manuel de Sousa. Na fala de Madalena, ela
confessa a desgraça que ela tanto temia e afirma que quando conheceu Manuel
de Sousa ainda era casada com D. João de Portugal entºao achava-se em viver
em pecado.
2.1 Que função cumpre Frei Jorge nesta cena?
R: A função de Frei Jorge nesta cena é fazer com que Madalena não pense
que a sexta-feira seja um dia tão infeliz.

Cenas 11, 12, 13, 14, 15

1. Miranda anuncia a chegada de um peregrino que pretende falar a


Madalena.
1.1 Que efeito tem as palavras de Miranda sobre Madalena? Como
caracteriza Miranda o peregrino?
R: Madalena fica assustada com as palavras de Miranda. Miranda
caracteriza o peregrino como um pobre velho peregrino, um romeiro, um
coitado, um velho com barbas de velho tão alvo.
2. Cena 14, onde a tragédia atinge o climax, pode dividir-se em três momentos.
1º Momento: o romeiro fornece informações sobre si proprio.
2.1 Soblinha as informações objetivas que ele fornece.
R: As informações objetivas que ele fornece são: “... Parentes!... Os mais
chegados os que me importava achar... contaram com a minha morte,
fizeram a sua felicidade com ela, não de jurar que não me conhecem...”
2.2 Destaca as passagens em que o romeiro aponta factos que são já
indícios da sua verdasdeira identidade.
R: O Romeiro afirmava que viveu junto com esse homem jerusalem.
Afirmou que o homem de quem falava ficou em cativopor causa da Batalha
de Alcácer-Quibir, e conhecia homem como se o viesse a si próprio no
espelho.
2.3 Mostra que Madalena não atribui importância a esses factos.
R: Madalena, ao contrário do que tem aconteciso nos outors Atos trata o
Romeiro como “bom velho amigo” recusando, até onde lhe é possível a
verdade que está à frente dos seus olhos.

2º Momento: o romeiro transmite o recado que traz para Madalena.


2.4 Comenta o sorriso amargo do romeiro ao prenunciar as palavras que
iniciam este segundo momento.
R: O sorriso amargo do Romeiro era por pensava que Frei Jorge o queria
despachar, que não estavam com paciencia para ouvi-lo a sua mensagem.
2.5 Recorda a cena 10 do acto II explica porque razão queria o Romeiro
chegar exatamente naquele dia.
R: O Romeiro queria chegar exactamente naquele dia, pois era um dia fatal
para Madalena e porque tinha sido o dia que se casou com Madalena.
2.6 Com que objetivo o Romeiro vai revelando gradualmente os factos,
demorando-se em comentarios laterais?
R: O objetivo do Romeiro é fazer com que Madalena sofra “... sofrei que ele
Também sofreu muito...”.
2.7 Presta atenção ás didascálias e prova que o crescendo da acção se reflete
no estado de espírito de Madalena.
R: Com o crescer da acção o estado de Madalena altera-se, primeiro está
aterrada depois com o desenrolar da conversa fica na maior ansiedade, pois
quer saber quem enviou a Romeiro e por fim quando descobre que o homem
é D. João de Portugal fica espavorida com tal situação.
2.8 Explica a relação entre a perturbação crescente de Madalena e
alteração do seu discurso.
R: A relação entre aperturbação e alteração do discurso de Madalena é que
começa a perceber que D. João de Portugal está vivo e fica desesperada.

3º momento: O Romeiro revela a identidade daquela que o enviou.


2.9 Demonstra que, através das três respostas que o Romeiro dá a Jorge, se
podem deduzir, seguramente, a identidade do romeiro.
R: “A referencia” a mim mesmo é um dos indicadores claros da sua
identidade, e o outro é quando ele aponta para o retrato de D. João de
Portugal sem olhar para outro qualquer.
2.10 Como explicas que, depois d reconhecimento de que D. João está
vivo, Madalebna se preocupe particularmente com a filha?
R: Madalena preocupa-se com a filha, porque a filha pode-se tornar orfã de
pai e mãe, que é filha ilegitima, o seu casamento com Manuel de Sousa não
existe e teme pela frágil saúde da filha.

3. A cena 15 parece dispensável uma vez que o espectador/leitor já percebeu


que o Romeiro é D. João de Portugal.
3.1 Explica a sua importancia para Frei Jorge.
R: Frei Jorge irmão de Manuel de Sousa Coutinho pretendia saber se o
Romeiro era D. João de Portugal, pois esperava uma grande desgraça
naquela família.
3.2 Interpreta o(s) sentido(s) do pronome indefenido “... Ninguém,”
proferido pelo Romeiro no final da cena.
R: D. João de Portugal identifica-se com um “ninguém” por ter sido dado
como morto por aqueles que amavam e sua casa estava agora ocupada por
uma família construida.
Questionário para compreenção de Leitura do Ato III
Grupo I

1. Nesta primeira cena ao Ato III, Manuel de Sousa aparece como uma vitima
ao destino. A intensidade do seu sofrimento transforma-o.
1.1 Que transformação é essa?
R: A transformação de Manuel de Sousa é, sobretudo por causa do
agravamentoda doença da sua filha a decisão de tomada do hábito e o
aparecimento do D. João de Portugal.
1.2 Faz o levantamento das marcas que refletem a emotividade do seu
discurso, salientando nomeadamete:
. Os sentimentos contraditórios;
. O vocabolário trágico utilizado;
. Os recursos exprimem o exagero (hipérboles, metáforas de conotação
negativa,...);
. O uso da pontuação como recurso expresivo.
R: No discurso de Manuel de Sousa refletem-se marcas de emotividade tais
como:
- Os sentimentos contraditórios: A “razão” leva-o a desejar a morte da filha e
o “amor” leva-o a contrariar a “razão” e a implorar saúde e vida para ela.
- O vocabulário trágico utilizado – desgraça, vergonha, escárnio, desonra,
sepultura, ignominia, epitáfio e infâmia.
- Os recursos que exprimem o exagero – prefere vê-la morta, que na
vergonha que se encontra, “... morri hoje...”.
. O uso da pontuação como recurso expressivo – O seu desespero perante a
filha: “Oh, minha filha, minha filha!...”, “Resgate! sim, para o céu; nesse
confio eu... mas o mundo?”.
1.3 Refere os sentimentos de Manuel de Sousa em relação a si próprio, a
Maria, a Madalena e ao Romeiro.
R: Manuel de Sousa acha-se um falhado, um injusto, a pessoa que poderia
ter impedido muita coisa, mas que não o fez, acha-se repugnante. Manuel de
Sousa sente amor por paternal por Maria, trata Madalena como se não a
conhecesse, e diz que Romeiro é uma pessoa cruel, que não tem coração, é
duro e desapiedado.

2. O diálogo entre os irmãos fornece informações acerca dos acontecimentos


ocorridos após a cena da revelação com que termina o Ato II.
2.1 Resume esses acontecimentos.
R: Esses acontecimentos são quando o Romeiro vai com D. Madalena aos
retratos e aponta para D. João de Portugal.
3. Explica as funções desempenhadas por Frei Jorge nesta cena.
R: As funções desempenhadas por Frei Jorge nesta cena são em animar seu
irmão Manuel, para que ele não pense tão negativamente sobre ele e sua filha,
dando-lhe exemplos.

4. Prova, com passagens do texto, que as personagens envolvidas nesta


tragédia não detêm todo o mesmo nível de conhecimento em relação aos
factos.
R: As personagens envolvidas nesta tragédia não têm o mesmo nível de
conhecimento em relação aos factos, porque Madalena chama o marido
pensando que é Manuel de Sousa que estava por de trás da porta junto com
Telmo. Tirando do texto do Ato III da cena VI:
Madalena - “Esposo, esposo, abri-me, por quem sois! Bem sei que aqui estais!
Abri!”.
Madalena – “Meu marido, meu amor, meu Manuel!”.

Grupo II

1. Tendo em conta que as cenas II e III são apenas cenas de transição, atente
particularmente na cena IV.
1.1 Identifica os sentimentos com que se debate a personagem.
R: Telmo sente-se confuso, angustiado e com rumores, pois se sente
dividido entre o humor e lealdade ao seu amo e amor profundo que,
entretanto desenvolveu por Maria.
1.2 Comenta as contradições expressas por Telmo e D. João de Portugal.
R: As contradições expressas por Telmo neste monólogo são os seus
pensamentos perante o sucedido, tanto queria que quando aconteceu, já não
o desejava.
1.3 Indica os processos que, ao nível do discurso, sugerem a sua agitação
interior.
R: Ao nível do discurso, a sua agitação interior fica mais confuso e com
medo.

Grupo III

1. Na cena V dá-se, finalmente, o encontro entre Telmo o D. João de Portugal.


1.1 Á mesma pergunta que Frei Jorge tinha feito na última cena do Ato II,
dá o Romeiro a Telmo uma resposta semelhante.
R: Romeiro simplesmente disse “ninguém” a Jorge e a Telmo disse que “não
era ninguém, Telmo! Ninguém, se nem já tu me conheces!...”.
1.1.1 Em que diferem as duas respostas?
R: As duas respostas diferem-se porque uma delas o Romeiro
respondeu apontando o dedo para quem era ele e a outra foram para
Telmo dizendo que não era ninguém já que ele próprio não o
reconhecia.
1.2 O romeiro pretende comunicar a Telmo intenção.
1.2.1 Qual?
R: João pretende tentar salvar aquela família, mandando Telmo dizer
que o Romeiro era um impostor e que tudo foi mandado pelos
inimigos de Miguel de Sousa, para o destruir
1.2.2 Antes de transformar essa intenção numa resolução, o que é que
o Romeiro pretende que Telmo lhe confirme?
R: João diz ter acerteza por boca de Telmo, que a Madalena tinha
feito tudo o que era preciso fazer para encontrá-lo.

2. Telmo é neste mommento, uma personagem dividida.


2.1 Copia do texto as personagens que o confirmam.
R: As personagens que confirmam que Telmo é neste momento uma
personagem dividida são: “já não sei pedir se não pela outra. (alto) E que
pedisse por ele oupor outrem, porque não me há de ouvir Deus, se lhe peço a
vida de um inocente.”.

3. “Fui imprudente, fui injusto, fui duro e cruel.”


3.1 Expplica estas acusações que o Romeiro faz a si próprio.
R: Refere de ter a certeza de que Madalena tudo haveria feito para encontrá-
lo, o João sente-se injusto, duro e cruel porque esta a destruir uma família
inocentee afirma ainda que foi imprudente por não ter pensado nas
consequências da sua atitude.

4. D. João de Portugal é uma espécie de “fantasma” do passado.


4.1 Prova a veracidade da afirmação feita em 4, recorrendo a elementos
textuais.
R: Romeiro é um “fantasma” do passado, a frase que afirma tal coisa é:
“(tirando o chapéu e elevantando o cabelo dos olhos) – Ninguém, Telmo!
Ninguém, se nem já tu me conheces!”.

5. Telmo considera que a resolução do Romeiro é “nobre e digna”.


5.1 Concordas com ele? Apresenta as razões que justificam a tua resposta.
R: Sim, porque apesar de Romeiro pedir a Telmo para mentir, com esta
mentira está a tentar corrigir um erro e a proteger Madalena.
6. Na cena VI, cria-se um equívoco que logo se desfaz.
6.1 Identifica-o.
R: O equivoco cria-se quando D. João ao ouvir Madalena do lado de fora a
chamar pelo seu marido e refere-se a ao amor que sente por ele, ela tem uma
última ilusão: a de que Madalena se refere a ele. Este engano e desfeito
quando Madalena se refere ao nome de Manuel.
6.2 Aponta os sentimentos que atravessam a alma do Romeiro.
R: Os sentimentos que atravessam a alma de Romeiro são de frustração.

Grupo IV

1. Madalena faz uma última tentativa para evitar a catástrofe final.


1.1 Que argumento a apresenta a Manuel de Sousa?
R: Madalena tenta convencer Manuel que pode ter sido percicitado por
terem dado demasiado importancia as palavras de um desconhecido, tudo
parecia chama-lo porque afirma que, “a nossa união”, “ o nosso amor é
impossível”.
1.2 Como reage ele?
R: Ele reagiu como uma pessoa perdida, desamparada, porque ele que é
ímpossivel o amor entre eles, por D. João ter aparecido.

2. “Tenho que vos dizer; ouvi.”


2.1 Reconstitui o que Telmo terá dito a Jorge.
R: Telmo terá dito a Jorge aqueilo que Romeiro o ordenou dizer na cena 5.
2.2 Explica a reação de Jorge àquilo que Telmo lhe diz.
R: Jorge não queria acreditar o que Telmo lhe tinha dito sobre Romeiro.

3. Relê a última indicação cénica da cena VII.


3.1 Explica a “repugnância” de Telmo e o facto de ele tentar falar com
Madalena.
R: Telmo fica repugnado por Jorge não o deixar falar com Madalena pelo
aparecimento de D. João de Portugal

Grupo V

1. Que função desempenha, na peça, a cena X?


R: A cena X o cenário de onde vai a tomada de hábito de Manuel de Sousa e
Madalena.
2. As cenas XI e XII formam um conjunto – o desfecho do conflito – que
sesoluciona de forma irreversível com a morte de Martia e a tomada de
hábito de Manuel de Sousa e Madalena.
2.1 Poderemos afirmar que Maria se transforma aqui na personagem
principal? Por quê?
R: Maria torna-se a personagem principal por ter descoberto a verdade e
entra na igreja a correr para tentar impedir o acontecimento, mas como tinha
uma sáude frágil não resiste e morre, dando o fim ao drama.

3. O discurso de Maria é um discurso violento no tom, nos gestose nas ideias.


3.1 Contra quem e contra quê dirige a sua revolta?
R: Maria dirige a sua revolta contra todo o mundo, deus e a sociedade
hipocrita que não permite a dissolução do casamento, tornando assim
ilegitimos essas pequenas vítimas de atos que lhes são alheios.
3.2 Embora já as “conhecesse”, o leitor/espectador ouve, agora, da boca da
própria a Maria, as razões que lhe tiravam o sono “cf. Cena IV, Ato I”.
3.2.1 Identifica-as
R: Maria procura perceber por que razão os pais estão sempre tão
preocupados com ela.
3.3 Evidenciam, nesta longa fala de Maria, os recursos expressivos que dão
conta do “estado de completa alienação” da personagem.
R: Os recursos expressivos de Maria eram de completa tristesa, desalento e
acima de tudo medo.
Glossário
Agouros – que indica presságio, sensação.

Aparente – que parece ser, mas não é, visível, evidente.

Austero – rígido, sevéro, de carácter inabalável.

Calvário – lugar da crucificação do cristo, martírio.

Candelabro – suporte feito normalmente em bronze, alguns com riqueza nos detalhes e
que serve com aparato para se colocar velas.

Cirial – castiçal grande, terminado em lanterna, que acompanha a cruz.

Consentir – aceitar.

Desagregar – separar, decompor, desunir.

Desferir – aplicar, atirar, levantar.

Devaneio – acto ou efeito de devanear, fantasia, sonho.

Dissolução – acto ou efeito de dissolver ou dissolver-se, extinção, fim.

Eirado – lugar descoberto e saliente sobre uma casa, ao nível de um andar, terraço,
açoteia.

Embuste – mentira artificiosa, ardil, patranha, logro.

Eruditas – que revela vasto saber académico, doutor, adquirido através do estudo.

Espavorida – que está muito assustada, ou apavorada.

Escapulário – parte do vestuário monástico que cai sobre as espáduas e o peito;


distintivo pendente do pescoço sobre o peito e as costas, próprio de certas confrarias.

Esquife-tumba – caixão fúnebre; ataúde, tumba.

Extremoso – carinhoso afetuoso: mãe extremosa; capaz de praticar extremos por


alguém.

Galeão – Barco

Ilegítima – que não se adequa às circunstâncias determinadas pela lei, pelo direito:
contrato ilegitimo.

Incredulidade – falta de credulidade, repugnância em crer, falta de fé religiosa, de


crença.

Leveza – Qualidade do que é leve, pouco espesso, pouco pesado, pouco maciço: a
leveza de uma pluma, do alumínio.
Melancolia – Estado de tristeza intensa, traduzida pelo sentimento de dor moral e
caracterizada pela inibição das funções motoras e psicomotoras.

Melodramática – Que traduz sentimentos de maneira exagerad.

Ominoso – Em que pode haver infelicidade; que pode expressar ou trazer mau agouro;
funesto.

Opulência – Excesso de riqueza ou abundância de bens materiais.

Opressivo – Que provoca mal-estar.

Ornada – Varneiro; Terreno estéril e arenoso.

Ornato – Ação ou efeito de ornamentar; modo ou prática de ornamentar;

Penitência – Religião arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus.

Peripécia – Circunstância ocasional que intercorre inesperadamente em alguma


situação; incidente; episódio; aventura.

Prazer mundano - Que diz respeito ou pertence ao que é propriamente característico do


mundo material.

Prodigioso – Qurtem o caráter de prodígio; miraculoso; maravilhoso; espantoso;


extraordinário.

Profecias – Ação de predizer o futuro, que se acredita ser por meio de uma inspiração
divina: as profecias bíblicas.

Purgação – Ato ou efeito de purgar; purga.

Receosa – Com receio; que deixa de fazer alguma coisa por medo das consequências.

Redenção - pedir perdão.

Reposteiro – Espécie de cortina utilizada normalmente para substituir uma porta.

Veracidade – Características ou particularidade do que é verdadeiro; qualidade daquilo


que contém e expressa verdade.

Sábio – Que ou aquele que sabe muito, que tem extensos e profundos conhecimentos;
erudito: os sete sábios da Grécia.

Solenidade – Festa solene.


A opinião de Garrett sobre a sua obra
“Contento-me para a minha obra com o título modesto de drama; só peço que não as
julguem pelas leis que regem, ou devem reger essa composição de forma e índole nova;
porque a minha, se na forma desmerece da categoria, pela índole dá-de ficar
pertencendo sempre ao antigo género trágico”.

Memória ao Conservatório Real de Almeida Garrett


Opinião e conclusão pessoal sobre a obra

O trabalho elaborado entre grupo foi optimo, pela pesquisa feita, pela elaboração do
questionário, pela análise final da história de Frei Luis de Sousa – Almeida Garrett,
pelo empenho do grupo para a finalização e interpretação do trabalho, concluo que
foi um dos trabalhos mais árduos concretizado com êxito.
É uma composição muito específica, que engloba o dramatismo e o romantismo
entre dois homens e uma mulher e que por fim a perda da filha, embora possua
algumas características de um clássico: o nacionalismo, o patriotismo, a crença em
superstições, o amor pela liberdade, indícios de uma catástrofe, o sofrimento
crescente, o reduzido número de personagens e o coro, para as pessoas que gostam
de uma boa leitura, aconcelhava esta belissima obra, tendo em conta que a análise da
leitura do livro é muito atribulada e sufisticada, assim também se torna um desafio
para os leitores.
Através da conclusão de pesquisa, de comentários encontrados na internet
poderemos idealizar que o autor da obra é considerado um dos mais brilhantes
autores da língua portuguesa e foi um grande criador literário e humanista, como
personalidade histórica era um homem corajoso, nobre, defensor dos seus ideais,
patriota, marcando assim a época em que viveu.
É um trabalho de abertura futura, para o conhecimento da obra e o conhecimento de
uma parte da história portuguesa, contudo a obra deu para entender que a vida por
vezes pode ser cruel...

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