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BELÉM
2018
LUCAS VIEIRA TIRADENTES
BELÉM
2018
SUMÁRIO
1 Introdução ..............................................................................................3
1.1 Objetivos............................................................................................................ 3
1.2 Metodologia ....................................................................................................... 3
2 Referencial teórico.................................................................................4
2.1 Fórmulas de arquitetura naval ......................................................................... 4
2.2 Correção do calado devido ao trim ................................................................. 5
2.3 Centro de gravidade ......................................................................................... 6
3 Teste de inclinação ................................................................................7
3.1 Estimação inicial ............................................................................................... 7
3.2 Peso a ser movimentado .................................................................................. 8
3.3 Correção de trim ............................................................................................... 8
3.4 Dados das curvas hidrostáticas ...................................................................... 9
3.5 Cálculo de KG ................................................................................................. 10
3.6 Cálculo do LCG ............................................................................................... 11
4 Conclusão ............................................................................................12
1 Introdução
Uma das mais importantes experiências possíveis de serem realiadas a bordo de
uma embarcação a fim de aferir suas propriedades é o teste de inclinação. De maneira
resumida, o teste consiste em mover determinados cargas, com massas previamente
conhecidas, de um bordo para outro. A partir do momento gerado, a embarcação inclina
para um dos lados, de modo que pode-se encontrar o ângulo dessa inclinação, o qual, em
conjunto com mais alguns dados, permite encontrar o centro de gravidade da embarcação.
1.1 Objetivos
O trabalho consiste em determinar a posição do centro de gravidade, bem como o
seu deslocamento leve. Para tanto, foram fornecidas suas curvas hidrostáticas, seu plano
de linhas e alguns dados da realiação da prova.
1.2 Metodologia
Para a efetiva resolução desse problema, foi desenvolvida uma planilha em Excel,
de maneira que o mesmo problema pudesse ser resolvido de maneira efeciente caso
houvesse a necessidade.
Figura 1 - Planilha de cálculos
Fonte: Autor
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2 Referencial teórico
Para um melhor entendimento dos resultados mostrados em seções futuras deste
trabalho, bem como compreender as fórmulas utilizadas na planilha Excel, nesta seção
serão abordados os principais conhecimentos de base utilizados na resolução do problema.
4
2.2 Correção do calado devido ao trim
As curvas hidrostáticas de uma embarcação expressam as suas propriedades
hidrostáticas em relação ao seu calado, se’ndo muito úteis para estimar dados de interesse
prático, como deslocamento (Δ) ou toneladas por centímetro de imersão (TPC).
Fonte: Autor
5
A partir do triângulo formado pelos pontos A e E, temos:
𝑦1 − 𝑦5
tan 𝛼 =
𝑥1 − 𝑥5
∗
𝑇𝑃𝑃𝐴𝑅 + 6𝑇𝑃𝑃𝑀𝑁 + 𝑇𝑃𝑃𝐴𝑉
𝑇𝑚𝑒𝑑 =
8
O calado acima representa o calado médio da embarcação, entretanto necessita-se
de apenas mais uma correção. A partir das curvas hidrostáticas, checa-se a posição do
centro longitudinal da área de flutuação (LCF) com base nesse calado () e então,
dependendo se o LCF estiver pra frente ou pra trás da meia nau, soma-se ou subtrai-se
uma quantidade do calado calculado. Logo, temos:
∗
𝑇𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑇𝑚𝑒𝑑 ± (𝐿𝐶𝐹 ∗ tan 𝛼)
Esse é o calado que deve ser levado em consideração para qualquer obtenção de
dados nas curvas hidrostáticas, pois ele já leva em conta os efeitos provocados pelo trim
presente na embarcação.
Assim como outros centros em corpos, o centro de gravidade pode ser calculado a
partir da razão do momento de uma propriedade pela propriedade em questão.Dessa
forma, o centro de gravidade de um corpo pode ser calculado a partir da fórmula a seguir:
∑𝑑 𝑃 ∑𝑑 𝑚 ∑𝑑 𝑚 (2. 4)
𝐶𝐺 = = =
∑𝑃 ∑𝑚 Δ 𝑚
𝑃: 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑁
𝑑: 𝐷𝐼𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚
𝑚: 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑘𝑔
Δ: 𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑘𝑔
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3 Teste de inclinação
Vale ressaltar que houve um erro de comunicação na sala de aula, de modo que
considerou-se o pontal sendo 130 𝑚𝑚, em vez de 200 𝑚𝑚. Como os pesos foram
modelados a partir dessa consideração, neste trabalho o CG calculado também será
considerado para o pontal de 130 𝑚𝑚. Logo, temos:
𝐶𝐺 = 0,7 ∗ 130 = 91 𝑚𝑚
𝐾𝑀 = 𝐾𝐺 + 𝐺𝑀
𝐺𝑀 = 𝐾𝑀 − 𝐾𝐺 = 185,92 − 91
𝐺𝑀 = 94,92 𝑚𝑚
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3.2 Peso a ser movimentado
A fim de determinar-se a massa padrão a ser movimentada no convés para a
geração de momento, tem-se os seguintes dados.
Dados Valor Unidade
Ângulo de bada (𝛽) 2 º
Calado leve (t) 91,03 𝑚𝑚
Deslocamento leve (Δ) 9,6 𝑘𝑔
𝐺𝑀 94,92 𝑚𝑚
Distância de movimentação (d) 280 𝑚𝑚
𝑃𝑑 1
tan 𝛽 =
Δ 𝐺𝑀
Δ 𝐺𝑀 tan 𝛽 9,6 ∗ 94,92 ∗ tan 2º
𝑃= = = 0,1136 𝑘𝑔
𝑑 280
Novamente, houve algum tipo de aproximação em sala de aula, de modo que o peso
calculado foi de 0,112 𝑘𝑔. Dessa forma, esse também será o peso considerado válido para
o resolução do problema.
MN 490 88
10
PP MN 500 87,94
AV 685 85
271,45
PP AV 956,45 83,41
8
Vale ressaltar que os dados em vermelho foram obtidos segundo o procedimento
abordado na seção 2.2. Além dos calados, outros dados úteis são fornecidos na tabela
abaixo.
Dados Valor Unidade
Ângulo de trim (𝛼) 0,3345 º
Tangente de 𝛼 0,0058 1
Calado médio (𝑇𝑚) 87,47 𝑚𝑚
LCF no calado médio -36,63 𝑚𝑚
Correção de calado (𝑑𝑇) 0,2139 𝑚𝑚
Calado efetivo (𝑇𝑒) 87,68 𝑚𝑚
𝑇𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜 = 87,68 𝑚𝑚
A partir dos dados acima, em conjunto com as fórmulas da seção 2.1, é possível
estabelecer as seguintes relações:
9
3.5 Cálculo de KG
A partir da movimentação dos pesos no convés do navio pode-se determinar o termo
𝐺𝑀, que é definido como a distância do centro de gravidade até o metacentro.
Δ𝐶𝐺 𝑃𝑑 1
𝐺𝑀 = =
tan 𝛽 Δ tan 𝛽
Além desses dados, as distâncias entre as partes verticais dos tubos U são de 25,5
no tubo da popa e 13,8 no tubo da proa.
Aplicando a fórmula mostrada na média entre os ângulos de proa e popa, pôde-se
calcular o GM em cada movimentação. Logo, tem-se:
𝐺𝑀 = 56,49 𝑚𝑚
Por fim, a partir da relação encontrada no final da seção 3.4, é possível determinar
o centro de gravidade:
𝐾𝐺 = 127,868 𝑚𝑚
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3.6 Cálculo do LCG
A partir da fórmula disponível na NORMAM, mostrada abaixo, pode-se calcular a
posição longitudinal do centro de gravidade. Logo, tem-se:
𝑀𝑇𝐶 ∗ 𝑡
𝐿𝐶𝐺 = 𝐿𝐶𝐵 −
Δ
Com base nos dados fornecidos em seções anteriores, tem-se:
88,23 ∗ 5,29
𝐿𝐶𝐺 = 522,16 − = 469,79
8,9177
𝐿𝐶𝐺 = 469,79 𝑚𝑚
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4 Conclusão
Ao final dos cálculos realizados em seções anteriores, obtiveram-se os seguintes
resultados a respeito da embarcação de análise:
Dado Valor Unidade
Deslocamento 8,91 𝑘𝑔
KG 127,86 𝑚𝑚
LCG 469,79 𝑚𝑚
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