Você está na página 1de 45

Ensaios para medição

do Arrasto e do Cd de
Paraquedas
Divisão de Aeroestruturas e Integração
Subgrupo de Aerodinâmica e Recuperação.
12/08/2021

1
Importância de se conhecer o Cd real
Quando projetamos um paraquedas não sabemos de fato o Cd (Coeficiente de Arrasto) do mesmo,
mas como precisamos deste parâmetro para calcular o diâmetro do velame consideramos um
valor nominal baseado em ensaios anteriores e na bibliografia consultada.
Este valor nominal e adimensional gira em torno de 1,5 para paraquedas semielípticos.

Fonte: Fruity Chutes. 2


Importância de se conhecer o Cd real
Existem diversos fatores que contribuem
para o valor do coeficiente de arrasto,
podemos listar alguns:

• Permeabilidade do tecido: Quanto mais


ar o velame conseguir aprisionar em seu
interior, maior será o arrasto gerado.
Tecidos pouco impermeáveis agirão como
peneiras, enquanto tecidos impermeáveis
(com lona ou resina) contribuem para
aprisionar mais moléculas de ar dentro
do velame;
• Formato do Velame: O formato do velame
contribui para a velocidade de queda e
estabilização;

Fonte: Flight Parachutes – LabRat Scientific 2019. 3


Importância de se conhecer o Cd real
Existem diversos fatores que contribuem para o valor do coeficiente de arrasto, podemos listar
alguns:

• Comprimento das Linhas de Suspensão: Deve haver uma relação L/D que faça com que o
velame inflado atinja o diâmetro máximo projetado. Linhas muito curtas limitam o ângulo
Theta entre o Velame e as linhas e não deixam o velame inflar totalmente.

Fonte: Richard Nakka. 4


Importância de se conhecer o Cd real
• Flutuabilidade/Geração de Sustentação: Como o Cd de uma
paraquedas em voo real depende da velocidade terminal (de
queda) do sistema paraquedas-carga, se houver geração de
sustentação e consequente derrapagem lateral do mesmo, a
velocidade terminal diminui, pois o sistema levará mais tempo
para tocar o solo, logo o Cd real aumentará.

A sustentação é muito
observada em paraquedas Sustentação
semielípticos, parasheets e
semiesféricos porque
nesses casos o velame se
assemelha a um perfil Derrapagem
aerodinâmico, e há a
presença do efeito Coanda.

Fonte: Richard Nakka. 5


Importância de se conhecer o Cd real
Todos esses fatores podem influenciar o valor do Cd Real, tornando-o maior ou menor que o Cd
Nominal (aquele usado na fase do projeto).
É preciso conhecer o valor do Cd Real para avaliar se adotou-se bons materiais e processos de
fabricação e também se o método de cálculo é eficaz.
Se o Cd real for muito diferente do Cd nominal, algumas hipóteses podem ser levantadas:

Cd Real acima do Nominal Cd Real abaixo do Nominal


• Material do velame bem impermeável; • Material do velame muito permeável,
• Houve flutuação por sustentação no ensaio agindo como “peneira”;
de queda livre; • O valor do Cd nominal do “chute” no projeto
• O valor do Cd nominal do “chute” no projeto foi mais alto do que a média;
foi mais baixo do que a média; • Houve erro(s) no(s) ensaio(s) de medição do
• Cd da carga contribui para o Cd total Cd Real, ou no pós processamento e análise
medido. dos dados.
• Houve erro(s) no(s) ensaio(s) de medição do
Cd Real, ou no pós processamento e análise
dos dados.

6
Tipos de ensaio para medir o Cd
É possível realizar dois tipos de ensaios para medir o Cd de um paraquedas: O Ensaio de Queda
Livre e o Ensaio de Medição de Arrasto com Dinamômetro.

Ensaio de Queda Livre Ensaio com Dinamômetro


Neste ensaio é preciso “jogar” o paraquedas Neste ensaio o que se mede é a força de
de diâmetro (d) aberto de uma altura arrasto gerada pelo paraquedas. Isso pode
conhecida (Δx) preso a uma carga de massa ser feito prendendo-o a um dinamômetro, e
também conhecida, coletando-se a fazendo com que o velame se infle em
velocidade média de queda do sistema escoamento sob velocidade conhecida, o que
paraquedas-carga (Vt). Deve-se conhecer a pode ser feito através de Túnel de Vento ou
massa especifica do ar na hora do ensaio e o de equipamento montado em um veículo.
valor da gravidade no local. Os parâmetros são colocados na Equação
Todos os parâmetros coletados podem ser abaixo:
colocados na equação abaixo:
8 𝑚 𝑔Ԧ 8 𝐹𝑑
𝐶𝑑 = 𝐶𝑑 =
𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2 𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2

7
Ensaio com Dinamômetro

8
Ensaio de Queda Livre
O Equacionamento matemático depende do diâmetro do velame – este por sua vez depende da
forma com que o projeto fora feito, ou seja, se considerou-se como área de referência a área
frontal projetada ou a área molhada interna do velame. Abordaremos o projeto feito utilizando a
área frontal projetada para o cálculo. Desta forma, o diâmetro do velame é dado por:

𝜌 𝐶𝑑 𝐴𝑟 𝑉𝑡 2 𝑊 = 𝑚𝑔Ԧ
𝐹𝐷 =
2
𝐹𝐷 = 𝑊 = 𝑚𝑔Ԧ

𝑚 𝑔Ԧ
𝐴𝑟 =
𝜌 𝐶𝑑 𝑉𝑡 2
2

𝜋 𝑑2 2
8 𝑚 𝑔Ԧ 8 𝑚 𝑔Ԧ
𝐴𝑟 = 𝐴𝑝 = 𝑑 = 𝐶𝑑 =
4 𝜋 𝜌 𝐶𝑑 𝑉𝑡 2 𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2

9
Ensaio de Queda Livre
Conhecido o equacionamento, é necessário conhecer quais são as varáveis e como coletá-las.
8 𝑚 𝑔Ԧ
𝐶𝑑 =
𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2

m: Massa do sistema paraquedas-carga* medida em balança de precisão [kg];


NOTA: m é a massa do sistema paraquedas-carga, pois ambos juntos geram o peso (W) que puxa o sistema
para baixo. O Cd obtido também é referente ao sistema, pois a carga também gera arrasto.

𝒈: Aceleração da gravidade terrestre na posição geográfica do local do ensaio (latitude e altitude)


calculada com base na Fórmula Internacional da Gravidade [m/s²]

Onde: λ = latitude em graus [°] e h = altitude em metros [m]

10
Ensaio de Queda Livre
Conhecido o equacionamento, é necessário conhecer quais são as varáveis e como coletá-las.
8 𝑚 𝑔Ԧ
𝐶𝑑 =
𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2

𝝆: Massa específica do ar no momento do ensaio. Seu valor pode ser conhecido a partir da
equação de Estado dos Gases ideais se conhecemos os valores da pressão atmosférica (p) e da
Temperatura (T).
Pressão: Barômetro
Temperatura: Termômetro.
𝒑 [𝑷𝒂]
𝝆= =
𝑹𝑻 𝑱
. 𝑲 [𝑲]
𝒌𝒈

Onde:
𝑹: Constante Universal dos Gases Ideais para o Ar Seco: (287,053 J/kg.K)

11
Ensaio de Queda Livre
Conhecido o equacionamento, é necessário conhecer quais são as varáveis e como coletá-las.
8 𝑚 𝑔Ԧ
𝐶𝑑 =
𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2

d: Diâmetro do Velame Inflado. É o projetado, mas pode ser medido após a costura do velame
com uma trena [m].

12
Ensaio de Queda Livre
Conhecido o equacionamento, é necessário conhecer quais são as varáveis e como coletá-las.
8 𝑚 𝑔Ԧ
𝐶𝑑 =
𝜌 𝜋 𝑑 2 𝑉𝑡 2
ti = 0 s
Vt: A Velocidade Terminal será a velocidade média de
queda do sistema paraquedas-carga
∆𝑥 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ℎ 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑛𝑎 [𝑚]
𝑉𝑚é𝑑 = =
∆𝑡 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎 𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑒 𝑜 𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜
Construção
h = Δx
Ou Drone
Δt = tf-ti (tempo final – 0) [s]

NOTA: O Δt deve ser medido por cronômetro por pelo menos duas
pessoas, e o valor que entrará no cálculo da Velocidade Média deve
ser a média entre as duas medições
tf
13
Ensaio de Queda Livre
Influência da Distância até a inflagem total

O paraquedas deve ser lançado bem aberto para


minimizar a distância necessária para que o
velame seja inflado 100%.
O mais correto seria desprezar essa distância no
cálculo da velocidade terminal, mas a sua
medição não é tão simples.

Fonte: Flight Parachutes – LabRat Scientific 2019. 14


Ensaio de Queda Livre
Influência da Distância até a inflagem total

Fonte: Flight Parachutes – LabRat Scientific 2019. 15


Ensaio de Queda Livre
São realizadas várias quedas, no mínimo 5.

Os resultados obtidos em cada tentativa serão acomodados em uma tabela no Excel, que fará os
cálculos necessários.

É natural que em cada tentativa se obtenha uma velocidade terminal diferente, por isso no final
do ensaio haverá um desvio padrão e um erro experimental no valor do Cd.

IMPORTANTE:

O Cd obtido será influenciado pela massa do pqd, pelo arrasto da carga e pelo deslizamento.
Esses parâmetros não foram considerados no projeto inicial do paraquedas.

16
Ensaio de Queda Livre
Lista de equipamentos:

• Trena
• Barômetro
• Termômetro
• 2 Cronômetros
• Prancheta e Caneta
• Calculadora
• Balança de Precisão
• Altímetro
• GPS

17
Análise dos Ensaios feitos
em 14/08/2021

18
Análises dos Ensaios feitos
Em 14/08/2021 ensaiou-se os paraquedas:

• Verde e Branco – 8 gomos Pequeno, para o Oberon-X


• Azul e Branco – 12 gomos Grande, para o Oberon-II Mk1

19
Análises dos Ensaios feitos
Analisando a construção os dois
foram bem construídos.

Na próxima é necessário
informar qual é a corda que deve
ser usada para evitar que quem
for fazer as amarrações use
linhas mais finas que o projetado.

Usa-se sempre a Linha de


sapateiro encerrada já ensaiada
com tração máxima suportada
de 12 kg.

20
Análises dos Ensaios feitos
Pré Ensaio: Medições a serem tomadas. Dados do Paraquedas Ensaiado - Medições Após Construído

Dado Unid. Valor


Medimos a massa dos paraquedas d Diâmetro do Velame Inflado [m] 0,5448
prontos (com cordas, presilhas, giradores Swet' Área Molhada do Velame sem Vent Hole [m²] 0,3784

e etc.). Também medimos a massa das dvh Diâmetro do Vent Hole [m] 0,0545

cargas e a massa dos paraquedas com as Avh Área do Vent Hole [m] 0,0023

cargas amarradas. Swet Área Molhada do Velame com Vent Hole [m²] 0,3760

G Número de Gomos [n] 8

Tec Tecido Utilizado [-] Nylon Não impermeável


Faltou medir:
C Comprimento das cordas [m] Não medido
Diâmetro do velame construído; mpqd Massa do paraquedas pronto [g] 43,00
Diâmetro do vent hole; mcarga Massa da carga que será presa ao pqd [g] 310,00

Comprimento das linhas depois de msist Massa do paraquedas com a carga amarrada [g] 353,00
amarradas;

21
Análises dos Ensaios feitos
O local dos ensaios foi a arquibancada da Dados do Local do Ensaio - Cálculo da Gravidade
Arena Univap, onde a altura do guarda Dado Unid. Valor
corpo até o chão na parte de trás da
estrutura é de 8,60 metros. Essa altura é a ASL Altitude do Local do Ensaio (No Solo) [m] 567
Latitude (λ) [°] -23,210
que chamamos (h). GPS
Longitude (h) [°] -45,960

A altitude do local do ensaio é medida para Valor da Aceleração da Gravidade


g [m/s²] 9,7866
se fazer o cálculo do valor da aceleração da no Local do Ensaio

gravidade. Pode-se usar o valor da altitude


no solo (ex: base da arquibancada) porque
não existe grande diferença entre g no solo
e no ponto de lançamento do paraquedas.
A diferença de altitude é muito baixa.

22
Análises dos Ensaios feitos
O local dos ensaios foi a arquibancada
da Arena Univap, onde a altura do
guarda corpo até o chão na parte de trás
da estrutura é de 8,60 metros. Essa
altura é a que chamamos (h).

O ideal é que a carga presa aos


paraquedas fique paralela a essa
distância, uma vez que a altura da queda
(Δz) é a distância entre a carga e o solo
por que leva-se em consideração a
primeira parte do sistema pqd-carga que
toca o solo, no caso a carga presa ao
paraquedas.

23
Análises dos Ensaios feitos
Como em alguns casos h ≠ Δz
devemos achar a altura real de queda (Δz)
medindo-a na hora do ensaio, com uma trena.
Deveríamos ter feito isso.
257,94 = 8,60 𝑚
206,57 = 𝑥
Mas também pode-se aplicar regra de 3 através
da escala com base em alguma medida 206,57.8,60 = 257,94 𝑥
conhecida. Por isso pode-se levar algum objeto
para servir de escala. h 206,57.8,60
𝑥=
257,94
Δz
Neste caso como a carga está abaixo do ponto de
soltura, h ≠ Δz. 𝑥 = 6,85 𝑚
A velocidade de queda deve levar em consideração
a distância entre a carga e o solo, que é Δz.

24
Análises dos Ensaios feitos
Medições durante o Ensaio - 5 quedas

Captação dos dados: Dado Unidade Queda 1 Queda 2


Medições

Queda 3 Queda 4 Queda 5

m-sist Massa do Sistema Pqd-Carga [kg] 0,3530 0,3530 0,3530 0,3530 0,3530

Foi preenchido uma tabela a mão. Para uma Δz Altura da Queda - Da carga ao solo [m] 8,60 8,60 8,60 8,60 8,60

primeira vez foi adequado, mas para manter p Pressão Atmosférica [hPa] 1026,00 1026,00 1026,00 1026,00 1026,00

T Temperatura do Ar [ºC] 24,20 24,20 24,20 24,20 24,20

melhor organização dos dados nos próximos UR Umidade Relativa do Ar [%]

testes usaremos uma planilha pronta e PO Ponto de Orvalho [°C]

ρ
impressa, como a que está no Excel. μ
Massa Especifica do Ar

Viscosidade Dinâmica do Ar
[kg/m³]

[N.s/m²]
1,2020

1,833E-05
1,2020

1,833E-05
1,2020

1,833E-05
1,2020

1,833E-05
1,2020

1,833E-05

Nós não usamos o Excel já nos testes para v-wind Velocidade do Vento [m/s] 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20

haver redundância nos dados coletados, Azim Direção do Vento [°]

pois se alguém cometer algum erro de Δt-1 Tempo de Queda - Pessoa 1


RELEASE
[s] 2,00 1,90 2,00 2,40 2,30

preenchimento na planilha, posteriormente Δt-2 Tempo de Queda - Pessoa 2 [s] 2,00 2,09 2,60 2,70 2,20

o erro é difícil de ser encontrado, enquanto Δt-médio Tempo Médio de Queda [s] 2 1,995 2,3 2,55 2,25

no papel é mais fácil.


Vméd Velocidade Média [m/s] 4,30 4,31 3,74 3,37 3,82

Re Número de Reynolds [-] 106.006,75 106.272,43 92.179,78 83.142,55 94.228,22

Depois os dados são passado pro Excel. Dist L Distância Lateral [m] 1,64 3,30 1,64 6,41 0,00

x/y Razão de Descida [-] 0,191 0,384 0,191 0,745 0,000

25
Análises dos Ensaios feitos
Vamos ver as planilhas com os resultados – Verde e Azul
Medições durante o Ensaio - 5 quedas
Medições

Dado Unidade Queda 1 Queda 2 Queda 3 Queda 4 Queda 5

m-sist Massa do Sistema Pqd-Carga [kg] 0,3530 0,3530 0,3530 0,3530 0,3530

Δz Altura da Queda - Da carga ao solo [m] 8,60 8,60 8,60 8,60 8,60

p Pressão Atmosférica [hPa] 1026,00 1026,00 1026,00 1026,00 1026,00

T Temperatura do Ar [ºC] 24,20 24,20 24,20 24,20 24,20

UR Umidade Relativa do Ar [%]

PO Ponto de Orvalho [°C]

ρ Massa Especifica do Ar [kg/m³] 1,2020 1,2020 1,2020 1,2020 1,2020

μ Viscosidade Dinâmica do Ar [N.s/m²] 1,833E-05 1,833E-05 1,833E-05 1,833E-05 1,833E-05

v-wind Velocidade do Vento [m/s] 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20

Azim Direção do Vento [°]

RELEASE
Δt-1 Tempo de Queda - Pessoa 1 [s] 2,00 1,90 2,00 2,40 2,30

Δt-2 Tempo de Queda - Pessoa 2 [s] 2,00 2,09 2,60 2,70 2,20

Δt-médio Tempo Médio de Queda [s] 2 1,995 2,3 2,55 2,25

Vméd Velocidade Média [m/s] 4,30 4,31 3,74 3,37 3,82

Re Número de Reynolds [-] 106.006,75 106.272,43 92.179,78 83.142,55 94.228,22

Dist L Distância Lateral [m] 1,64 3,30 1,64 6,41 0,00

x/y Razão de Descida [-] 0,191 0,384 0,191 0,745 0,000

26
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Verde –
Oberon-X Dados do Paraquedas Ensaiado - Medições Após Construído

Dado Unid. Valor


Dados do paraquedas d Diâmetro do Velame Inflado [m] 0,5448

construído Swet' Área Molhada do Velame sem Vent Hole [m²] 0,3784

dvh Diâmetro do Vent Hole [m] 0,0545

Avh Área do Vent Hole [m] 0,0023

Swet Área Molhada do Velame com Vent Hole [m²] 0,3760

G Número de Gomos [n] 8

Tec Tecido Utilizado [-] Nylon Não impermeável

C Comprimento das cordas [m] Não medido

mpqd Massa do paraquedas pronto [g] 43,00

mcarga Massa da carga que será presa ao pqd [g] 310,00

msist Massa do paraquedas com a carga amarrada [g] 353,00

27
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Verde – Cálculo da Força de Arrasto Real Obtida Experimentalmente - Queda Livre com Cronômetro

Oberon-X Valor por


medição
[N] 3,455 3,455 3,455 3,455 3,455

Análise com Média [-] 3,455

Cronômetros na hora do Força de Arrasto Desvio [-] 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Fd
teste
Variância [-] 0,000

Desvio
[-] 0,000
Padrão

[N] 3,455 ± 0,000


Valor Experimental
[kgf] 0,353 ± 0,000

Cálculo do Coeficiente de Arrasto Real Obtido Experimentalmente - Queda Livre com Cronômetro
Valor por
[-] 1,334 1,327 1,764 2,168 1,688
medição

Média [-] 1,656

Coeficiente de Arrasto Desvio [-] 0,104 0,108 0,012 0,262 0,001


Cd
Variância [-] 0,487

Desvio
[-] 0,698 42 %
Padrão

Valor Experimental [-] 1,656 ± 0,698

28
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Verde – Cálculo do Coeficiente de Arrasto Real Obtido Experimentalmente - Queda Livre com Vídeo
Valor por
1,614 1,715 1,972 1,535
Oberon-X
[-]
medição

Média [-] 1,709


Análise com Frames dos Coeficiente de Arrasto Desvio [-] 0,009 0,000 0,069 0,030

Vídeos Cd
Variância [-] 0,108

Desvio
[-] 0,329 19 %
Padrão

Valor Experimental [-] 1,709 ± 0,329

Cálculo da Força de Arrasto Real Obtida Experimentalmente - Queda Livre com Vídeo
Valor por
[N] 3,455 3,455 3,455 3,455
medição

Média [-] 3,455

Força de Arrasto Desvio [-] 0,000 0,000 0,000 0,000

Fd Variância [-] 0,000

Desvio
[-] 0,000
Padrão

[N] 3,455 ± 0,000


Valor Experimental
[kgf] 0,353 ± 0,000

29
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Azul –
Oberon-II Mk1 Dados do Paraquedas Ensaiado - Medições Após Construído

Dado Unid. Valor


Dados do paraquedas d Diâmetro do Velame Inflado [m] 1,2477

construído Swet' Área Molhada do Velame sem Vent Hole [m²] 1,9845

dvh Diâmetro do Vent Hole [m] 0,1996

Avh Área do Vent Hole [m] 0,0313

Swet Área Molhada do Velame com Vent Hole [m²] 1,9532

G Número de Gomos [n] 12

Tec Tecido Utilizado [-] Nylon Não impermeável

C Comprimento das cordas [m] Não medido

mpqd Massa do paraquedas pronto [g] 172,00

mcarga Massa da carga que será presa ao pqd [g] 576,00

msist Massa do paraquedas com a carga amarrada [g] 749,00

30
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Azul – Cálculo do Coeficiente de Arrasto Real Obtido Experimentalmente - Queda Livre com Cronômetro

Oberon-II Mk1
Valor por
[-] 2,267 2,494 3,232 2,104 1,293
medição

Análise com
Média [-] 2,278

Coeficiente de Arrasto Desvio [-] 0,000 0,047 0,909 0,030 0,970

Cronômetros na hora do Cd
Variância [-] 1,956

teste Desvio
Padrão
[-] 1,399 61 %

Valor Experimental [-] 2,278 ± 1,399

Cálculo da Força de Arrasto Real Obtida Experimentalmente - Queda Livre com Cronômetro
Valor por
[N] 7,330 7,330 7,330 7,330 8,965
medição

Média [-] 7,657

Força de Arrasto Desvio [-] 0,107 0,107 0,107 0,107 1,710

Fd Variância [-] 2,137

Desvio
[-] 1,462
Padrão

[N] 7,657 ± 1,462


Valor Experimental
[kgf] 0,782 ± 0,149

31
Análises dos Ensaios feitos
Paraquedas Azul – Cálculo do Coeficiente de Arrasto Real Obtido Experimentalmente - Queda Livre com Vídeo
Valor por
[-] 1,741 2,384 3,508 1,845
Oberon-II Mk1 medição

Média [-] 2,370


Análise com Frames dos Coeficiente de Arrasto Desvio [-] 0,395 0,000 1,296 0,275

Vídeos Cd
Variância [-] 1,966

Desvio
[-] 1,402 59 %
Padrão

Valor Experimental [-] 2,370 ± 1,402

Cálculo da Força de Arrasto Real Obtida Experimentalmente - Queda Livre com Vídeo
Valor por
[N] 7,330 7,330 7,330 7,330
medição

Média [-] 7,330

Força de Arrasto Desvio [-] 0,000 0,000 0,000 0,000

Fd Variância [-] 0,000

Desvio
[-] 0,000
Padrão

[N] 7,330 ± 0,000


Valor Experimental
[kgf] 0,749 ± 0,000

32
Análises dos Ensaios feitos
Podemos concluir que:

• Em alguns casos houve grande flutuação, por isso o Cd teve um valor alto.

• Os tempos coletados por cronômetro tem grande erro devido ao fator humano. O cd obtido
pelo vídeo é mais preciso, mas sempre é bom fazer pelos dois jeitos para poder comparar.

• O cd dos paraquedas no dinamômetro vai ser menor. Esse valor poderá ser comparado com o
de projeto porque não existe a influência de fatores como a flutuação.

• O cd obtido no ensaio de queda é mais próximo do que acontece em um voo real porque nessa
condição haverá a flutuação.

33
Análises dos Ensaios feitos
PRINCIPAIS ERROS

Medida da Distância Lateral.

A distância lateral é a medida entre a


projeção do local de lançamento no plano
x,y e o ponto no mesmo plano onde ocorreu
o toque da carga.
É uma medida quase sempre na diagonal.

A maioria das medidas foi feita com base na


distância do ponto de toque para a
arquibancada.

34
Análises dos Ensaios feitos
PRINCIPAIS ERROS

Medida da Distância Lateral. – Vista superior


x

y
35
Análises dos Ensaios feitos
PRINCIPAIS ERROS z

Medida da Distância Lateral.

Distância entre a projeção do eixo z


no plano x,y (origem dos eixos) e o
ponto em que a carga toca o solo.

Ponto de origem
dos eixos
O solo é o Plano x,y
x

Distância
y Lateral

36
Análises dos Ensaios feitos
MELHORIAS

Vimos que as linhas enrolam bastante e é


preciso um modo de desenrolá-las mais
facilmente.
As linhas enroladas fazem o paraquedas ser
instável e diminuem o ângulo entre as cordas e
o velame, prejudicando a abertura e até
impedindo o velame de atingir o diâmetro
máximo.

Ex: Vídeo da GoPro

37
Análises dos Ensaios feitos
MELHORIAS

Podemos confeccionar um dispositivo chamado Slider.


Ele pode atuar como desenbaraçador e como controlador de reefing.

38
Análises dos Ensaios feitos

39
Análises dos Ensaios feitos
MELHORIAS

Podemos confeccionar um dispositivo


chamado Slider.
Ele pode atuar como desenbaraçador
e como controlador de reefing.

40
Análises dos Ensaios feitos

41
Análises dos Ensaios feitos
MELHORIAS

Podemos confeccionar um dispositivo chamado Slider.


Ele pode atuar como desenbaraçador e como controlador de reefing.

42
Análises dos Ensaios feitos
MELHORIAS

Podemos confeccionar um dispositivo chamado Slider.


Ele pode atuar como desenbaraçador e como controlador de reefing.

43
Análises dos Ensaios feitos
NO GERAL

Para uma primeira vez, os ensaios tiveram resultados amplamente satisfatórios.

Próximos passos:

• Dispositivo desenrolador
• Teste de Cd com dinamômetro

44
FIM 45

Você também pode gostar