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FISIOLOGIA RENAL - Resumo PDF
FISIOLOGIA RENAL - Resumo PDF
Figura 1
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RESUMO FISIOLOGIA RENAL
na parede do túbulo, conhecida como mácula densa, Secreção: Processo pelo qual moléculas não filtradas
em íntimo contato com a arteríola aferente. são eliminadas na urina, a partir dos capilares
peritubulares.
Néfron Cortical: Possui o glomérulo localizado na zona
cortical externa, e possui uma alça de Henle curta, com
pequena porção medular. Envolvido por extensa malha
de capilares peritubulares.
Figura 4
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RESUMO FISIOLOGIA RENAL
2. Filtração Glomerular:
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eletrostaticamente, e apresentam, portanto, maior podem ser alteradas constantemente, e, portanto, não
filtrabilidade. Observe, na fig. 6, o efeito do tamanho e fornecem um mecanismo de controle da TFG. A
da carga elétrica da dextrana em sua filtrabilidade. importância médica do Kf deve-se a algumas doenças
que reduzem o número de capilares glomerulares
Composição do Filtrado Glomerular: funcionantes ou aumentam a espessura da membrana
capilar, o que reduz, respectivamente, a área de
Sabendo que a membrana capilar é superfície de filtração e sua condutividade hidráulica.
relativamente impermeável às proteínas, mas muito Exemplos de doenças crônicas que causam tal quadro
permeável aos eletrólitos, sais e moléculas orgânicas. são: hipertensão crônica e diabetes melito.
Podemos caracterizar um filtrado glomerular com
concentrações destas substâncias permeáveis - Valores Estimados Normais da Pressão Líquida de
semelhantes às concentrações plasmáticas, e a Filtração:
ausência quase que total de proteínas no filtrado.
Outro conceito importante quanto à filtração é a Forças que se opõem à Filtração (mmHg)
fração de filtração, que é a razão entre a TFG e o fluxo
Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (PB) 18
plasmático renal. Como a TFG normal é de 20% do
Pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares 32
fluxo sangüíneo, a fração de filtração normal é de 0,2.
Pressão líquida de filtração = 60 – 18 – 32 = + 10 mmHg
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proteínas no capilar aumenta, pois 20% do plasma é aumento na resistência arteriolar eferente aumenta a
normalmente filtrado, a pressão coloidosmótica capilar taxa de filtração glomerular, por aumentar a , e
tende a aumentar da extremidade aferente ( 28 diminui o fluxo sangüíneo renal. A TFG atinge seu valor
mmHg) para a extremidade eferente ( 36 mmHg), máximo em um valor próximo a 1,7x o normal. A partir
assumindo um valor numérico médio de 32 mmHg. daí, tende a cair, pois, como o fluxo sangüíneo renal
Assim, dois fatores tendem a influenciar a pressão diminui, a fração de filtração aumenta, e,
coloidosmótica capilar: a pressão coloidosmótica no conseqüentemente, a pressão coloidosmótica do
plasma arterial, e a fração de filtração. capilar também aumenta. Mas, mesmo assim, a TFG
permanece maior que a TFG normal, até atingir um
Pressão Coloidosmótica do Plasma Arterial valor de resistência arteriolar eferente igual a 3x o
Pressão Coloidosmótica Capilar TFG normal, quando o aumento na pressão coloidosmótica
do capilar torna-se maior que o aumento na pressão
TFG / Fluxo Plasmático Renal Fração de hidrostática glomerular. A partir daí, a resistência
Filtração Pressão Coloidosmótica Capilar TFG arteriolar eferente crescente causa uma diminuição
efetiva na taxa de filtração glomerular.
Pressão Hidrostática Glomerular ( ):
A é a forma de controle primário da TFG. Como é a Controle Fisiológico da Filtração Glomerular e Fluxo
única força efetiva a favor da filtração glomerular, um Sangüíneo Renal:
aumento na causa um aumento na TFG, e uma
queda na causa uma queda na TFG. Três são as - Auto-regulação da TFG e fluxo sangüíneo renal:
variáveis fisiológicas que regulam a pressão
hidrostática glomerular: pressão arterial, resistência
arteriolar aferente, e resistência arteriolar eferente.
Figura 9
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dia de 1,5 litros para inacreditáveis 46,5 litros, sendo estrutura especializada chamada aparelho
um aumento de mais de 30x. justaglomerular, formado por células da mácula densa,
São dois os mecanismos fisiológicos que limitam localizada no início do túbulo contornado distal, e
o aumento da TFG: a auto-regulação miogênica, e o células justaglomerulares nas paredes arteriolares
balanço tubuloglomerular. aferentes e eferentes. Vide fig. 10. A baixa TFG diminui
o fluxo do filtrado na alça de Henle, o que aumenta a
Mecanismo Miogênico: O mecanismo miogênico renal reabsorção de NaCl no ramo ascendente da alça de
é semelhante ao encontrado em outros vasos do Henle. Assim, a concentração de NaCl na mácula densa
corpo. Este mecanismo previne que aumentos na diminui, o que desencadeia a vasodilatação da
pressão arterial causem grandes aumentos na TFG. O arteríola aferente, aumentando a TFG, e a liberação de
aumento na pressão causa estiramento de canais de renina, que, através da alça renina-angiotensina, causa
Ca+2 mecanossensíveis, o que permite um maior vasoconstrição da arteríola eferente, também
influxo de Ca+2 na célula muscular lisa, que se contrai causando aumento na TFG, por aumentar a pressão
com maior vigor, causando vasoconstrição arteriolar, o hidrostática glomerular. Vide fig. 11.
que diminui o fluxo sangüíneo e, conseqüentemente, a
TFG.
Figura 11
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Figura 12
Figura 13
Observe que esse mecanismo envolve duas
etapas. A primeira é a difusão de sódio, facilitada ou Pinocitose: O processo de pinocitose promove a
não, da região de maior concentração para a região de reabsorção de proteínas no túbulo proximal, proteínas
menor concentração, ou seja, do lúmen tubular para as estas que aderem à borda em escova das células
células tubulares, via transcelular, ou diretamente para tubulares, são internalizadas e digeridas em
o interstício, via paracelular, e, a partir daí, para os aminoácidos. Trata-se de um tipo de transporte ativo
capilares peritubulares. Você deve estar se por envolver gasto de energia.
perguntando onde está o envolvimento da Na+K+
ATPase. A Na+K+ ATPase, presente na membrana
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Mecanismo Passivo de Reabsorção de Água: A água é Reabsorção e Secreção ao longo dos Túbulos
reabsorvida por uma força osmótica, que causa sua Renais:
difusão do meio de menor concentração de soluto
(lúmen tubular) para o meio de maior concentração de - Túbulo Contornado Proximal:
soluto (interstício), e daí para os capilares
peritubulares. O transporte de soluto, como Características Gerais:
explicitado anteriormente, do lúmen tubular para o o Células tubulares com metabolismo elevado e
interstício renal cria um gradiente que favorece a um grande número de mitocôndrias Energia
reabsorção de água. A reabsorção de água pode ser para o transporte ativo de solutos;
por via transcelular ou por via paracelular, através das o Borda em escova na membrana apical
junções oclusivas, que são relativamente permeáveis a (microvilos) Reabsorção tubular;
água e pequenos íons (Na+, Cl-, K+, Ca+2, Mg+2). o Junções oclusivas permeáveis à água e pequenos
íons.
Mecanismo Passivo de Reabsorção de Cl- e Uréia: A
reabsorção de Na+ para o interstício causa um Membrana Apical:
gradiente elétrico, que facilita a reabsorção passiva de o Co-transportadores de Na+/Glicose, Na+/AA
Cl- pela via paracelular, de modo a manter o equilíbrio Reabsorção de glicose, aminoácidos e Na+;
elétrico. A reabsorção de água também tende a o Contratransportadores de Na+/H+
concentrar íons Cl- no lúmen, o que também facilita Reabsorvem Na+ e secretam H+;
sua reabsorção, por criar um gradiente de o Difusão de CO2 do lúmen tubular para as células
concentração. Da mesma maneira, a uréia é tubulares Formação de H+ (secretado 80-
parcialmente reabsorvida por aumentar sua 90%) e HCO3- (reabsorvido 80-90%);
concentração luminal devido à reabsorção de água. o Secreção de ácidos e bases orgânicos (sais
biliares, oxalato, urato, catecolaminas), drogas e
Podemos concluir que nenhum mecanismo de fármacos.
reabsorção é totalmente passivo, visto que todos os
mecanismos ditos passivos estão acoplados e Membrana Basolateral:
dependentes da reabsorção ativa de Na+. o Na+K+ ATPase Manter o gradiente
eletroquímico de Na e K+;
+
Secreção Ativa Primária: Algumas substâncias, como o o Canais de Glicose Difusão facilitada de Glicose
H+, podem ser secretadas diretamente no lúmen pela para o interstício;
ação de bombas, que utilizam a energia liberada pela o Canais de Aminoácidos Difusão facilitada de
quebra do ATP em ADP para bombear soluto contra aminoácidos para o interstício.
seu gradiente eletroquímico.
Via Paracelular:
Secreção Ativa Secundária: Na secreção ativa
o Reabsorção passiva de Na+, K+, Cl- e água
secundária, a secreção de determinada substância
Permeabilidade relativa das junções oclusivas.
contra seu gradiente eletroquímico está acoplada a
uma reabsorção de outra substância a favor de seu
Balanço Geral: Reabsorção de toda a glicose e
gradiente eletroquímico (contratransporte). O principal
aminoácidos; 80-90% do HCO3- filtrado; e 65% do Na+,
exemplo é o apresentado na fig. 14, que mostra a
K+, Cl- e água. Além de 80-90% da secreção de H+, e
secreção de H+ acoplada à reabsorção de Na+.
secreção de ácidos e bases orgânicas.
Figura 14
Figura 15
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Figura 18
Membrana Apical:
o Co-transportadores de Na+/K+/2Cl-
+ + -
Reabsorção de Na , K e Cl ;
Figura 16
o Canais de Na+ Entrada passiva de Na+;
- Segmento Descendente Fino da Alça de Henle: o Canais de K+ Efluxo de K+, mantendo a
concentração intracelular;
Características Gerais: o Contratransportadores de Na+/H+
+ +
o Altamente permeável à água Reabsorção de Reabsorvem Na e secretam H ;
20% da água filtrada; o Difusão de CO2 do lúmen tubular para as células
o Impermeável a solutos Concentração do tubulares Formação de H+ (secretado 10%)
líquido tubular. e HCO3- (reabsorvido 10%);
o Reabsorção de considerável quantidade de Ca+2
e Mg+2.
Membrana Basolateral:
o Na+K+ ATPase Manter o gradiente
eletroquímico de Na+ e K+;
o Canais de Potássio (K+) Difusão facilitada de
K+ para o interstício;
o Canais de Cloreto (Cl-) Difusão facilitada de Cl-
para o interstício.
Figura 17
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Figura 21
Via Paracelular:
Figura 19 o Não há transporte paracelular Junções
Oclusivas praticamente impermeáveis à água e
- Túbulo Distal Inicial: pequenos íons.
Células Principais:
o Membrana Luminal Canais de Na+ e K+
Permitem o influxo de Na+ e o efluxo de K+;
o Membrana Basolateral Na+K+ ATPase
Manter o gradiente eletroquímico de Na+ e K+;
o Reabsorvem Na+ e Cl-, e secretam K+;
o São susceptíveis à ação da Aldosterona. De
maneira que, em situações de baixa
Figura 20
concentração de Na+ e/ou alta concentração de
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Figura 22
Células Intercaladas:
o Secretam avidamente H+, mesmo contra um
gradiente de concentração de 1000 para 1, por
uma H+ ATPase;
o Reabsorvem HCO3- e K+.
Ações da aldosterona:
Figura 25 o Reabsorção de Na+ Retém Na+;
o Secreção de K+ Elimina K+;
TFG Fração de filtração Concentração no o Reabsorção de água Equilíbrio Osmótico;
plasma capilar Pressão coloidosmótica capilar ( c) o Reabsorção de Cl- Equilíbrio elétrico;
Reabsorção capilar peritubular o Secreção de H+ Elimina H+.
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Figura 26
o Estimula amplamente a secreção de aldosterona
Uma deficiência em aldosterona, como na (efeito explicado anteriormente);
Síndrome de Addison, provoca perda acentuada de Na+ o Estimula diretamente a reabsorção de Na+ e
e água na urina, e acúmulo de K+, hipercalemia. No secreção de H+, por estimular a atividade da
outro extremo, um excesso de aldosterona, como na Na+K+ ATPase na membrana basolateral e
Síndrome de Conn, promove retenção de Na+ e estimular um trocador de Na+/H+ na membrana
depleção de K+, hipocalemia. apical, e conseqüente reabsorção de Cl- e água;
o Contrai as arteríolas eferentes:
Contrai as
arteríolas
eferentes
Fluxo
Pc Sangüíneo
Renal
Reabsorção Fração de
Tubular filtração
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Figura 30
4. Regulação da Osmolaridade:
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Quando o LEC encontra-se hiposmótico, a hipófise Ramo descendente da alça de Henle (Osmolaridade
diminui a liberação de ADH, diminuindo a 600-1200 mOsm/L): Conforme o líquido descende pela
permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores alça de Henle, a medula renal hiperosmótica e a
à água, o que resulta no aumento da diurese, com permeabilidade do epitélio à água promovem
eliminação de urina mais diluída. Observe, na fig. 31, reabsorção de água, atingindo a mesma osmolaridade
os efeitos da ingestão de 1 litro de água sobre a do interstício, concentrando o líquido tubular.
osmolaridade, o fluxo urinário e a excreção urinária de
soluto, e note que não houve grande variação na Ramo ascendente da alça de Henle (Osmolaridade
quantidade de soluto excretado. 100 mOsm/L): Conforme o líquido ascende pela alça
de Henle, ocorre reabsorção ávida de sódio, potássio e
cloreto, e, como o epitélio é praticamente
impermeável à água, o líquido tubular torna-se cada
vez mais hiposmótico (diluído).
Figura 31
Figura 33
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Figura 35
ductos coletores medulares para o interstício. O do interstício, em parte pela perda de água para o
gradiente osmótico de uréia, que permite a difusão, é interstício. Chegando às porções mais profundas da
estabelecido pelo aumento da concentração do líquido medula, o sangue apresenta osmolaridade de, até,
tubular durante a reabsorção de água nos túbulos 1200 mOsm/L, semelhante àquela do interstício
coletores corticais, em presença de ADH. Assim, medular. Ao ascender, o processo inverso ocorre, e o
quando o líquido tubular chega aos ductos coletores sangue torna-se progressivamente menos concentrado
medulares, a uréia é reabsorvida passivamente. Essa pela entrada de água e saída de solutos nos vasa recta.
difusão é facilitada por transportadores de uréia, que O formato em U dos vasa recta minimizam a perda de
são ativados em presença de ADH. Mesmo com a soluto do interstício, mas não geram
reabsorção, a concentração de uréia no líquido tubular hiperosmolaridade.
continua alta, e grande quantidade de uréia é A hiperfiltração ocorre normalmente, e é através
excretada na urina. Seguindo o mesmo raciocínio, dela que ocorre a reabsorção de água e solutos
quando há um excesso de água no corpo e baixos provenientes do lúmen tubular. Os vasa recta,
níveis de ADH, os ductos coletores medulares têm uma portanto, apenas retiram do interstício a quantidade
permeabilidade muito baixa à água e uréia, havendo de soluto reabsorvida a partir dos túbulos renais, sem
maior excreção de uréia pela urina. alterar a hiperosmolaridade intersticial medular.
Observe, na fig. 35, o mecanismo de recirculação
da uréia. Note que a uréia reabsorvida nos ductos 5. Regulação do Equilíbrio Ácido-Base:
coletores medulares ajuda a manter a alta
osmolaridade do interstício medular renal, A regulação do equilíbrio ácido-base é de vital
contribuindo com cerca de 550 mOsm/L, totalizando importância para a manutenção da homeostase. Esse
incríveis 1200 mOsm/L de osmolaridade. A uréia equilíbrio é feito a partir da regulação precisa da
reabsorvida recircula de volta ao líquido tubular na concentração de H+ nos líquidos corporais. Sua
alça de Henle. importância deve-se ao fato de que todos os sistemas
de enzimas do corpo serem influenciadas pela
Importância dos vasa recta na manutenção da concentração de H+. De maneira que, sutis mudanças
hiperosmolaridade do interstício renal: na concentração de H+ são suficientes para alterar
praticamente todas as funções celulares corporais. É
costume expressar a concentração de H+ em uma
escala logarítmica, usando unidades de pH. Observe,
na tabela abaixo, os valores de pH e [H+] normais para
os diversos compartimentos líquidos corporais:
Compartimento Concentração de H+ pH
(mEq/L)
Líquido Extracelular
Sangue arterial 4,0 x 10-5 7,40
Sangue venoso 4,5 x 10-5 7,35
Líquido Intersticial 4,0 x 10-5 7,40
1 x 10 a 4 x 10-5
-3
Líquido Intracelular 6,0 a 7,4
Urina 3 x 10-2 a 1 x 10-5 4,5 a 8,0
HCl gástrico 160 0,8
pK= 6,1
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contra a hipóxia, visto que, com a diminuição da produzem novo bicarbonato, que é acrescentado ao
freqüência respiratória, diminui também a pO2, o que LEC, o que reduz a [H+] para os níveis normais.
poderia ser danoso ao organismo. Logo, são três os mecanismos renais que
regulam a [H+] no LEC:
o Secreção de H+;
o Reabsorção de HCO3-;
o Produção de novo HCO3-.
Figura 39 Figura 41
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para reverter a alcalose, e, então, os rins diminuem a decorrência da incapacidade de o organismo excretar
secreção de H+, o que aumenta a excreção de HCO3- na os produtos metabólicos finais das proteínas.
urina, compensando o aumento inicial na [HCO3-]. Esta condição global é denominada uremia
devido à elevada concentração de uréia nos líquidos
6. Doenças Renais: corporais. Os pacientes com insuficiência renal crônica
quase sempre desenvolvem anemia provocada por
As doenças renais podem ser divididas em duas secreção diminuída de eritropoetina, que estimula a
categorias principais: insuficiência renal aguda, em que medula óssea a produzir hemácias.
os rins param de funcionar abruptamente, por
completo ou quase por completo, podendo 7. Diuréticos:
eventualmente recuperar uma função quase normal; e
insuficiência renal crônica, em que ocorre perda Os diuréticos são uma família de drogas que
progressiva da função de cada vez mais néfrons, promove a formação de urina. São usados para reduzir
diminuindo gradualmente a função renal global. o acúmulo de água ou edema como também para
tratar a hipertensão arterial, cirrose, e insuficiência
Insuficiência Renal Aguda: A insuficiência renal aguda cardíaca. Os diuréticos são classificados como
pode resultar da diminuição do suprimento sangüíneo excretores de K+ se promoverem a perda de K+ na
para os rins, em conseqüência de insuficiência cardíaca urina, ou como poupadores de K+ se promoverem a
com redução do débito cardíaco e pressão arterial sua retenção nas células. O objetivo terapêutico dos
baixa ou condições associadas como a hemorragia diuréticos é reduzir o volume de líquido extracelular
grave. A insuficiência renal aguda intra-renal resulta de (LEC); para que isso aconteça, a quantidade de NaCl
anormalidades no próprio rim, incluindo as que afetam que sai deve exceder a quantidade de NaCl que entra.
os vasos sanguíneos, glomérulos ou túbulos. O uso de fármacos como diuréticos implica no
A glomerulonefrite aguda é um tipo de aumento da excreção de água e de solutos, ao
insuficiência renal aguda intra-renal geralmente contrário da diurese por alta ingestão de água que
provocada por uma reação imune anormal que lesa os excreta apenas água a mais do normal.
glomérulos. A insuficiência renal aguda pós-renal Todos os diuréticos agem inibindo a reabsorção
refere-se à obstrução do sistema coletor urinário em de Na+ no néfron, causando assim uma Natriurese.
qualquer ponto, desde os cálices até a saída da bexiga. Os diuréticos agem sobre sistemas de transporte
As causas mais importantes de obstrução do específicos. Atuam a partir da luz do néfron. Eles
trato urinário fora dos rins incluem cálculos renais chegam aí pela filtração e pela secreção.
produzidos pela precipitação de cálcio, urato ou O efeito do diurético depende do volume do
cistina. LEC. Quando o LEC diminui, a filtração glomerular
diminui diminuindo assim a filtração de Na+. Por outro
Insuficiência Renal Crônica: A insuficiência renal lado, há um aumento da reabsorção de Na+ no túbulo
crônica resulta da perda irreversível de grande número proximal. Logo, o efeito de um diurético que age no
de néfrons funcionantes. Em geral, pode ocorrer em túbulo distal seria ineficiente, havendo então uma
conseqüência de distúrbios dos vasos sanguíneos, natriurese menor do que com um volume de LEC
glomérulos, túbulos, interstício renal e trato urinário normal.
inferior.
Em muitos casos, a insuficiência renal crônica Local de ação dos diuréticos (Vide fig.44):
pode evoluir para insuficiência renal terminal, na qual
o indivíduo necessita de tratamento com rim artificial o diuréticos osmóticos: túbulo proximal e alça
ou transplante de rim natural para sobreviver. descendente de Henle;
Recentemente, o diabetes melito e a hipertensão o inibidor da anidrase carbônica: túbulo proximal;
passaram a ser reconhecidos como as principais causas o diuréticos de alça: ramo ascendente espesso da
de insuficiência renal terminal. A perda de néfrons alça de Henle;
funcionais exige que os néfrons sobreviventes o diuréticos tiazídicos: parte proximal do túbulo
excretem mais água e solutos. distal;
Os principais efeitos da insuficiência renal o diuréticos poupadores de K+: parte distal do
incluem: edema generalizado decorrente da retenção túbulo distal e tubo coletor cortical.
de água e sal, acidose resultante da incapacidade de os
rins eliminarem produtos ácidos normais,
concentração elevada de nitrogênio não-protéico –
sobretudo uréia, creatinina e ácido úrico – em
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