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l eSI n
Da Ostentação
àcgmoçãof
KATlA FAGGIANI
KATIA FAGGiANi
Poder
-
d eSI n
Da Os~~ação _
. a'-0rrwça&
Copyright© 2006, Kátia Faggiani
CAPA:
Kátia Faggiani
FOTOS DA CAPA :
Kátia Faggiani, Hímen Designers/Ronaldo Castro: Prospecto Julieta de
Serpa, DivulgaçãolEtcl Cannona: Biombo Esteira, Divulgação/Constllnça
Basto: Sapato Larderello, DivulgaçãolMontblanc, Divulgação/Ferrari/
Crédito: Gui lber HidakaJMetropolis.
REVISÃO:
André Lessa
COU 7.014
CDO 701
ISBN : 85 - 7062-522-7
Ao meu sogro Valdir, pela amizade e apoio sempre demonstrados, com quem
pude compartilhar minhas preocupações e ansiedades;
Por fim, à querida Julie. aos meus avós Antonio e JÚlia. aos naonos Gino e
Antônia, aos tios Fernando e Nádia, às primas e a toda a minha amada
fam ília, que me apoiou de inúmeras maneiras nesta conquista.
tEB gradecimentos
Ao amigo Victor Alegria que, com sua ternura e amizade, me llcolhcu desde o
primeiro momento, acreditando no meu trabalho e me apoiando sempre na
busca de minhas conquistas;
Enfim, a todos aqueles que contribuíram de alguma forma com esta primeira
edição e aos que estiveram ao meu lado, durante toda esta jornada.
Apresentação .. ...... ..... ...... ... .... . ... .. ...... ..... ... .. ...... ... ......... .. ... 9
Bihliografia .. ..... .......... . .... ... .. ... .... . .... .... .. ... .. .. ... ..... .. .. 123
tfBpresentação
Próximos aI)!; produtos de lww, oum nível abaixo. e,tão o, produtos "upmarket" c/ou "prcmium".
Juntos. constituem Um.:l faix~ de mercado que: podemos dumar de "pmdutos de prc:>.tigio" ou ·'produtos
de alto padrão". Adefinição de··prcmium" é praticamente igual;' definição de "luxo". A difc:renç~
dos produtos "uprnarkcC ou "prem ium·' dos produtos de luxo é que estes sào produzidos por empresas
Q\lC: atuam exclusivamente no extremo final de uni conjunto contínuo quc ahrangc todos os lipos de
produtos li disposição. Nilio são. p<ma mo, VCr.lÔcS sofisticada5 de produtos comuns. como muitas
\'l:l';C , ocom:com os produtos prcm ium. o qual pode HlntO SCr produzido por urna empresa que atua
em di\'ersa~ faixas de mercado. como ~ Foronl. M.Officer, Siberian, Trilon , TNn Zoomp c l:lIus. ror
exemplo. como por empresas C1(çlusivamc:nte voltadas ao luxo como a Vcrsacc .
Kátia Faggiani () Poder do Dcsign
"As velhas identidades. que por lama lempu eswbilizamm () mundo social.
eSúlo em declíniu, fa:::endo surgir novas idenlidade.~ e fragmenlando o
indivíduo moderno. A assim a chamada "crise de idenlidade" é vis/a como
parte de um processo mai.l· amplo de mudança. que esta deslocando as
estruturas e processos cen/rais das soôedade.l· modernas e abalando os
quadros de relerencia que davam (,lOS individuas uma ancoragem estável no
mundo social"' (Half. 20(}2. 7).
'Oqueé produzido pelo sistema Industrializado de produção cul tural (TV. .-.ídjo,jomal. revistas.
etc.) elabomdo de fonna a inlluellClur. aumentar o consumo. tr:msfomlar Mbilos. educar. in ronnar,
pretendendo-se ainda. em alguns casos ser capaz de aUnglr a sociedade como todo (Neto. 1996).
' V~ lor 100 lal. tardo valoreJ. Qualidade pela qua l d~terminada pe~soa ou coisa é est imá ve l em
maior ou menor gmu; riléritu ou merec;l11ell1o inlrinsc<:o; va li a. Importânc ia d~ dctt:rm inadaeoisa.
~slabclccida ou arbitrada de antcmão. O equivalente. em dinheim ou bens. de alguma coisa: prcço:
poder de compra. ESlima. apreço. Maiorou menor aprcço que um individuo tem pordClenninado
bem Ou scrviço, e que pode ser de uso Ou de troea.r V. valor de uso e valor de troca] . Carálcr do
que. de modo relativo (ou pal"ll um só ou para a lguns)ou de modo absolmo(l"'l"lIlodos). é tidoou
deve ser lido como objeto de L",tima ou de desejo (ferreira. 1999).
K:í.tia FllgJ.,>1ani o Poder do Design
"( . .) A gente não quer só comida. A gente quer cumida. diversão e arfe.
A [.!ente quer bebida. direr.\'üo, balé. A g ente quer prazer pra aliviar a
dor. A gente n(lo quer só dinheiro, A gente quer dinhâro e felicidade
( ..)" (1i'/à.\' , 1980J-
passam ~ ser o que possuem. A pressa por alcançar um número cada VCL
maior de produtos cria um instrumento que transforma bens supérflu os em
essenc iais, já que na sociedade atual, o grau de sucesso é medido pelo nível
de detenção e consumo de bens materiais (Penna, 1999).
• Grup<> 80cial é um conj unto de pessoas pertencentes a uma Olesma socicdJdc que sc rclJcionmn
co m 3 finalidade de alcançar objet ivos comuns e comparti lhar os me,mos interesse,. inclusive dc
compra. partilhando uma interdepcndência func ional (cau,a da forte in fl uência do grupo ,,,hre a
conduta dos seus integrantes). substitu indo a simples snma de ind ividuo8 alheados e i,olados.
Kátia Faggiani ~22 .... o Jlodtr do Dt:~ih'fl
sistema de signos e sim bolos vinculado aos objetos nunca foi tão forte e
representativo da ordem social e tão emaranhado na coletividade. Essa é
a caractcrística que diferencia a sociedade atual das suas prcdcccssoras :
o mundo do consumo é um conjunto de signos e significados interligados
e Interdependentes e oferece uma maneira de socializllção aos seus
individuos (8audrillard, 1981).
De acordo com diversos aUlores, entre eles Hawkins (1998), Dubois &
Celma (1999), Hawkins & Best (1994), SchiITman & Kanuk (1997) e Solomon
1999), podem-se resumir as seguintes características sobre a cultura:
Talvez a grande pergunta seja por que alguns objetos retem o poder
de fascinar, emocionar, surpreender e comunicar, enquanto outros perdem
sua capacidade de exprimir-se, persuadir e convencer, caindo no sih!ncio,
tornando~se simplesmente obtusos c sem interesse?
Segundo Castarêdc (2005). a febre do luxo. nos anos 90. foi originada
por um impulso de crescimento econômico que criou uma nova classe de
pessoas abastadas. espec ialmente nos EUA. D<lí se poderia notar que a
ostentaçào c o exibicioni smo tenham sido proporcionados pelos novos ricos,
c não pelos ricos tradicionais. normalmente mais moderados. Pessoas
realmente ricas fogem à ostentação, recorda Richcrs (1996). Nos anos 2000
teria iniciado, por fim, uma época de otimismo, prazer e audácia, com
produtos de luxo servindo a uma erotizaçào da vida diária (RISC, 20/H)_
, Raridade 100 la!. raritatc]. Qualidade de raro. Objeto raro. pouco volgar. ISil1. ger" p. us.:
mre'l.a.J (Ferre ira, 1999).
Kátia Faggiani o Poder do Deslgn
··Hoje em dill o luxo é relotivo. Cudu indivíduo () vê a seu modo. Para /Im
sohrecarrej;ado presidente de empre.l"lJ. luxo é o li'mpo. Para um uj;ricultor.
é a .~ocia"ilidade. que pode traduzir-se nl/mo boa rejdçrlo em companhia
dos (lmiRO.\·· (Cl/s/areJe. 2005. 33).
Vivemos assim entre dois apelos: por um lado, para nossa vida valer
a pena. devemos consumir, e consumir o que há de bom e melhor; por outro,
boa partc da nossa sociedade vive na carência.
"0 luxo está. em suma. no encontro do homem com .\·ua história. no ato
I'oluntário do individuo no que este lem de único para U.uinolar SlIa
liberdade c gratuita e pra::ero...-ameme. e/I!w/r-sc acima de suu cundição"
(D 'ls/ria. /991:/4).
"Tudo considerado, não seria () lu,(o um d/Js meios para que os h()mell~ e
mulheres deS"ubram a gr(lnde;:a que tem em si?" (Cus/arede. 2005) ,
, hl1p://www.cscopo.com/
o PodcI Jo D~ sign <g. 45 .... Kátia Faggiani
fcsta Chanel, para o qual sc paga mais por causa da marca, porém o luxo
quc mais nos interessa é o luxo acessível, pois nos parece ler maior ênfase
em símbolos e significados.
Para a grande maioria da classe média, embora investir no luxo acabe por
obrigá-la a uma redução de despesas de outras ordens, o saerificio finaneeiro
dá a ela a afirmação social que busca, além da sensação de afirmação da
personalidade e de uma aproximação ao único e diferenciado.
Ta lvez nossa sociedade ainda tenha muito que oste ntar para
futuramente descobrir este novo luxo. Acredito que muitos brasile iros ainda
têm necessidade de cxpor e mostrar seus sinais de opulência, talvez por
estarmos em um país onde o luxo é para poucos. t provável que ,
posteriormente, sobrevenha um luxo ocasional, nào para abismar os outros,
mas pam se ter momentos de felicidade, de desfrute por meio de experiências.
Deixo aqui estas questões em aberto para futuras pesquisas.
2.
II[Do it. aniginoo.1 S. m. !.ArtiSla (4) que e;t<&rte uma atividade produti va de car~tcr individual. 2.
Individuo que e)(erce poreoma própria uma ane. um oficio manual (Ferreira, 1999). Geralmente, o
artesão. é responsãvcl pela sdeçào da matcria-prima a ser utilizada c pelo proccsso de tl1lnsrormaçào
dessa matêria-prima em produto acabado. Nonnalmen~e o artesão participa de todas as fases do
processo. exaltando r.a1isfaçào e identificaÇão com o prodoto. Pode-se considerar artesanato, todo
ullbalho manual. onde a grande maioria do produto foi feito pelo próprio artesão. alem disso o
produto habitualmcntc n::ll1Ita li relaçàu do artesão com o meio ondc vivc c sua culturo. com ou sem
lim comereial. Ounas partieularida<ies são a produção cm olieinas caseiras e. portanto li baixa
quantidade produzida. Exemplos aU.lais de artesanato bTIIsileiro: Fcira dc &antana, Sobr... l e Camaru.
"{De lme I + -iSla.] S. 2 g. 1. Pcssoa que se dedica h bela~-arte'. e.Iou qoe delas faz proliss~o. 2.
Pessoa que revela ~n1imemo artistico (Ferreira. 1999). O anista usa sua capacidadc dc criar para
dcmons~rar .~mjmentos. sensações e cxperiências. De modo geral. a arte ~ a nprcssão e manifC:Slaç~o
máxima do momento, seja histórico ou mesmo pessoa l. A anc registra c narra id~ias e ideais de
çultur...~ •.o;endo imponamc c essencial para a compreensão da história da humanidade e do individuo.
Algumas l"armas de expressão artística podem. ainda. ultrapassar li realidade. concebeodo nova~
formas para se ob~ervar. De forma mais gcral. pode ser determinada como li e)(tcnsAo do
conhecimento relacionado iJ. criação e critica dc obras quc evocam a vivênci a e tradoção scnsorial.
emocional e intelectual da vida humana em todos os aspectos.
Kátia Faggiani o Poder do Design
" Modem Times. EUA. ! 936. Dircçào, roteiro, produçào e música: Charles Chaplin.
o Poder do Desih'1l Kâlia Faggiani
" A "Teoria da Gcstall" a!inna qu" não s" p<.>d" I"rconhecimento do lodo através das panes, e sim
das panes através do todo. Só atra vés da percepção da totalidade é que o árebro pode de fato
perceber, decodificar c assimilar uma imagem ou um conceito. A Gesta!t eSlabelece sele relações
através das quais as panes da imagem sâo agrupuda~ na pl'rcepção visuaL proximidade (elementos
agrupados dc acordo com a distância entre s i). semelhança ou similaridade (objetos sim il ares
tendem a se agrupar), direç ão ou continuidade (coincidência de dire<;ÕCS ou alinhamento de fonnas),
pregnància (as forntas sào percebidas em scu caráter mais ,imp ! ~s), rechamenlO ou clausura (a
hoa fonna se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada) c experiência
passada (e"nas fonnas só podem ser entendida, se já a conhecennos. ou se livennos consciência
prévia de sua existência ). Esse dom natural de "arrumar" as infonnaçõ~s passadas em seu cérebro
possibilita ao homcm assimilar esses dados com maior facilidade e rapidez.
o Poder do Dcsign Kária faK!-,o1ani
Nesse meio tempo, em 1926, Mies van der Rohe, inovou gerando a
cadeira "Cantilever" em aço tubular sem as pernas traseiras e, após tres
anos, em 1929, criou a cadeira "Barcelona", para a Exposição Universal da
cidade espanhola.
Nesse meio tempo, mais uma vez o design torna-se inerte devido à
mobilização de toda tecnologia de ponta a serviço do estado e do exército,
frente à Guerra-fria, travada entre os EUA c a URSS.
"AO todo, oarquilclo deixou aproximadamente 700 projetoslobm~ e~pal hados pelo Brasil, sendo
que. dada a sua importância para a história da arquitetura bmsileira. IOdo esse acervo é preservado
nos arquivos da FAU-USP.
Kálil\ Fa~'lam o Podc:r do Dcsign
Nos anos 60 a guerra termina, c com ela, mais uma vez, a austeridade
chega ao fim . Com isso, os nascidos no pós-guerra cresceram formando
uma nova e poderosa multidão de consumidores. Iniciou-se a sociedade do
descartávcl, onde a obsolescência foi colocada como fator de progrcsso.
Assim, os indivíduos começaram a busca pela diferença, por uma
identidade e visual próprio.
o inglês Trevor Baylis criou o rádio mecânico que produzia sua própria
energia, e daqui surgem dois dos mais imponanles imperativos do design da
década de 90: a ecologia e a comunicação.
· ·D/~.Çigner é
aquele que se dossific/I p()r slIaformaçào. oH!/I.\" c()nhecimentos
técnicu~· ..\"Ua
experiimcia e .\"Ua .\"I:n.l"ibilid(lde pora a tu,.efá de deferminar
• o.~ materiais, aJ estrlltllra.~. o.~ mecani.mIQ.f. li farma. o trlllamentQ de
superficie~· e a decoruÇlia do.~ produ/(ls fabric(ldas em se,.ie. por meio de
procedimentos industriais·· (ICSID - Infernoliona! Cmll/cil af S()cielie.,· uf
Ind/ls/rial Oe.l"igll ").
I. Processo pelo qual uma empresa. adota c/ou apcríeiçoa os melhores desempenhos de outnu
McCracken (2003) sugere que esta teoria possa ser delineada ao longo
de uma ou várias dimensões demográficas nos dias atuais, onde a mesma
permite ao observado antecipar novas modas e Julgar novos estilos de acordo
com um conjunto de expectativas altamente explicitas . Assim, pode-se
especificar, sem precisão, a direção da mudança c algumas de suas
propriedades simbólicas, que normalmente são efêmeras . Infom1ado dos
motivos e objetivos simbólicos de modas imitativas anteriores, o observador
se antecipa em modas futuras para sua continua diferenciação.
"O design ~'e aproxima ainda muis neSle finu/ de sêclllo das ciêncius sociais ,
da sociolo}!ia, da antmpo!twia e da filosofia. em husca de antecipar as
necessidades reais dos usuários dofuluro" (Moraes, 1997: 56).
"Um designer nuo pode viver isolado no a//o de um pedes/aI. lem que
experimel/lar e compreender as siwaçães e problemas relacionadus com a
ufilizaç'ào de: um prodUTo" (Bone:TO, 1993: 95).
o design por ser uma área de natureza criativa tem uma dinâmica
própria, c, portanto sua atuação e especialidades têm freqüentemente passado
por revisões e atualizações com a sucessão dos anos.
• Briefing
Como vimos no capítulo anterior, antes de iniciar qualquer criação, é
imprescindível ter o maximo de informação possível sobre o consumidor,
produto, serviço e emprcsa, c para tanto, ou pode-se dcsenvolver uma pesquisa
de mercado ou fazer um "hriejil7g", onde detalhes são discutidos bem como
requisitos básicos. Ncsta fase devemos buscar IOdas as informações
ncccssarias e objetivos mercadológicos do projeto.
• Geração de Idéias
Com as diretrizes definidas c as informações organizadas, dá-se inicio ao
processo de geração de idéias e conceitos. de forma mais criativa e menos
racional. Nes ta etapa podem-se utilizar processos que facilitam o
desenvolvimento de idéias. como o brainstorming l ", por exemplo.
• Apresentação
Com o projeto finalizado, é de bom grado que se faça uma apresentação da
I' Técnica de reuniâo ~m que os participantes expõem livremente ;;uas idCias, em busca de solução
criativa pa ra um <la<lo problema.
o Poder do Dcsign Kátia Paggiam
• Apresentação Final
Depois dc feitas as altcraçõcs e correções, uma nov~ apresentação deve ser
feita. Ao ser aprovado, o projeto apresentado deve ser entregue junto a um
manual de aplicação da idéia, onde constarão regras e condições dc aplicação.
Posterionnente, o projeto poderá ser encaminhado para registro ou patente,
caso se faça necessário.
• Redesign ou Releitura
Refere-se à inovação, atualização e/ou modernização de um projeto ou cstilo,
substituindo seus componentes (técnicos, tecnológicos ou matéria-prima)
por outros mais rccentes e mais eficientes.
• Reedição
Um produto pode ter sua fabricaçào interrompida por um certo tempo, scja
por problemas técnicos ou por falta de matéria-prima. Posteriormente, ao
ser produzido novamcntc, há a possibilidade de ~lgum~s modificaçõcs ou
melhoras, como por excmplo, a introduçào de novas tecnologias ou a
substituição dos materiais utilizados a principio. De qualquer uma das formas,
o ~utor nào perde o direito sobre ~ obra apresentada inicialmente.
• Réplica
Denominad~ como a reproduçàode algum produto, lev~ndo em conta medid~s
e materi~is, o qual da mesma forma pode receber alterações ou inovações
tecnOlógicas no processo dc produção.
• Reprodução
Fabricantes que detém direitos sobre um produto podem licenciar outras
empresas para produzi-los sob as detcrminações do autor.
Kátia Faggiani o PodCI do Dc:sign
A Tiffany. por sua vez, também mod ificou o conceito de suas lojas no
Brasil. Ao passo que suas vendas são efetuadas em balcões nos 40 paises
onde a empresa está presente, no nosso pais existem mesas para os clientes
serem atendidos de forma calorosa, entre goladas de café.
• Branding
Hoje em dia muito se fala de "branding", mas o que vem a ser isso'?
"Brunef' vem da língua inglesa c significa "marca", o que dc maneira
o Poder do D~~il-.>n K:itia 1:aggiani
" (••• ) {I im(Jgem de marca é !orm(lda pelas as.l·ociaçues Ijue s(io jCitlls /ta.l·
"Valorplltrimoniat da marca.
:o A participação da marca. ou de produto. no mercado em Idação ~ ~I%S eoocom:ntes.
"Valorde m~rcado.
II Marcas remes sãoabsotutamenl~ dam, Mlbrco que são. Ela. ~nwndcme respeitam su~ "Promessa
de Vatoref' que é o qllC justamente a, mantém disl imas de seus competidorcs e pem,itt (jUt ~traiam
e ~onMruam leatdade junto ã. uma disputada parceta de cOllsumidoTC>.
ser.
lJ Marcas fortes são também consi,tentts. Elas sempre são o (jU~ dizem
l' A marcadeve se manteTvisive] ao seu público-alvo. Marcas forte~ tio constantes: elas sempre
estão peno de seus clicnt"" c prospccts.
Kátia Faggiani _g6~ o Poder do Oesigo
:JtlUp:Jlwww.ctuxury.com
o Poder do Design .,.. 87.q K:iria raggiani
:· htlp://www.e-consultingeOIJl·e.)m.br
" Refere-se iI quantidade de esforço e de recursos TK:ccssários par.. se chegar" um dctcrminado
objetivo.
10 De malleirn gcm!. refere-se 00 nível de conforto que o usuanoscntc ao us.ar a interface e qual sua
aceitação. tstando relacionada a fatores subjetivos.
Kârin Faggiani o PCKlcr do Dcsign
)O Combinação de de,enho,. loto" grálicos, ele .. p~r.; ~ ~presentação visual drJ.mmi~da de dados
e infomlaçõcs.
Kátia Faggmlll o Poder do Dcsign
4.2.1. Embalagens
Outro aspecto que deve ser levado em consideração são as impl icações
econômicas da embalagem para a empresa e posteriormente para o
consumidor final. A formll, cores, materiais e demais características da
embalagem influenciam no preço final do produto, portanto o designer precisa
estar atento para suas escolhas.
l' A distribuição de um prooJu lO pode ser dcli nida como a entrega do produlO em um tocat
determ inado, em tempo ceno c em condições perfeilU~ de uso, atribuindo a logística o j!:erel1cjam~nu,
desse processo como um !Odo.
o Poder do Desij.,>Tl
4.3.4. Saúde
4.4.3.11ustração
Todavia, hoje, mais uma vcz devido às novas tecnologias, é possível efetuar-
se qualquer tipo de ilustração. e, dessa fomla, a mesma tomou-se uma das
maneiras mais eficientes de comunicação, não necessitando, na maioria das
vezes, de mais nenhum me io complementar (como textos, por exemplo),
para conseguir transmitir uma idéia de forma direta e instantânea.
4.4.6. Informatização
4.4.8. Ecodesign
." Modelo preliminar, em tamanho natural e dim~n>ôe, precisas, feito para lestes e estu do da
ap3r~ncia do produto.
o Poder do Design """ 105.q. Kátia Faggiani
'" A originalidade eum elcmcmo relaTivo, porque sempre há autilização do acervo cuhur.. l comum
para inspiração de novas idêias (De Masi. 2(01).
" Direitos patrimoniais são os que se referem'; utilização econôm ica da obr... podendo ser objeto
de lransfe~ncia. cess~o. venda. distribuição. ou ainda de divcrsas formas de 1.1>0 como a edição. a
tradução. a adaptação nu inclus.âo em fonograma ou película einematogrãftca, a comunicação ao
publico. direta ou indireta. porqualquer forma ou proces.~ apenas com a autori~odo aulorda
obra intelectual. A lei autoral preve diferentes penalidades a nível civil e administrativo, sem prejuízo
das sanções penais cabíveis.
ü Poder (lo Design ~113.qo K:ítia l'aggill.ni
mora[l!) exercido pelo autor ou por seus descendentes sobre suas obras. No
Brasil, o direito à proteção de criações intelectuais é garantia constitucional
(an. 5°, ineisosXXVII e XXIX). Os direitos e obrigaçõcs relativos à propriedade
industrial sào regulados pela Lei no 9279. de 14 de maio de 1996.
"Di r~ito morat é o que se refere, a ter o nom e, p~eu\lônimo ou sinal convencional indicado ou
anuneiadonaobm como s.cndoo llutorde ,uaobra; conservá-la i n~dita: assegurar-lhe a integridade.
opondo-s.c a quaisquer mooi fiçaÇÕC5. ou à prática <.!e atos que. de qual,!u"," lonna. possam prejudicá-
la. ou atingi -lo. oomoaulor, em sua reputação e Ilonra; modificá-Ia. antes ou deflOis\lccin:ulação.
ou de lhe suspender qualquer rorma de utilização J3 autorizada. Vale salientar que os direitos
moraissàu intransferi\'cis c lIlabd,eaveis.
K:itia Faggiani opo !!4 "'lf o Poder do DesiJ..'"
Já no caso de obra coletiva (ou seja, por duas ou mais pessoas, ou por
organização e responsabilidade de uma pessoa física ou j uríd ica), a
titularidade autoral patrimonial, pertence à pessoa (física ou jurídica)
organizadora e o restante dos participantes passa a deter simplesmente os
di reitos autorais morais.
" Estrutura organizac ional c física da empresa - ilum inação. ambientaçào, tempcratura, ruído e
mo"cis. visando o bem e,tar e O bom (k,empenho como um todo - assim como funcionári o,
clientes e fabricante,.
o l'odcr do Dc: ~ign .g.117.q. f..:iria l'aggiani
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Kátia faggiaoi <po132~ o Podcr do Dcsign
LAVS DEO
"Quinze anos atrás, as empresas competiam
em preço. Hoje é em qualidade. Amanhã será
no Design:' (Robcrt Hayes, professor da
Harvard Business School· Exame683, 1997)
"Uma sociedade demonstra progresso, quando se coloca no nível não apenas das
necessidades, mas também das aspirações. Estas ajudam o homem a transcender·
se. Por conseguinte, nào seria o luxo esta pequena diferença entre o viver e o
sobreviver?" (Castarede, 2005)
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