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Inventário
Alexandra Almada de Oliveira
Gabriela de Chevalier
Quézia Júnia de Moraes Rocha
Organização e Indexação
Valéria Pinto Lemos
Rio de Janeiro
2014
Fundação Biblioteca Nacional
Coordenadoria de Editoração
Av. Rio Branco, 219, 5º andar
20040-008 – Rio de Janeiro, RJ
editoracao@bn.br | www.bn.br
Editor
Marcus Venicio Ribeiro
Revisão
Bruna Cezario Soares
Estagiários
Fernanda Cury • Marlon Magno Abreu de Carvalho • Marta Correia Gomes
Reprodução Fotográfica
Claudio de Carvalho Xavier
Projeto Gráfico e Diagramação
Conceito Comunicação Integrada
FBN / Divisão de Manuscritos
Ana Lúcia Merege Correia • Daniele Cavaliere Brando • Eliane Perez • Frederico de
Oliveira Ragazzi • Igor Calaça Martins • Jaury Nepomuceno de Oliveira • Luciane Simões
Medeiros • Maria de Fátima da Silva Morado • Monique Matias Ramos de Oliveira •
Priscila Helena Pereira Duarte • Vera Lúcia Miranda Faillace. Autônoma: Lívia Peixoto
Rocha
Capa
Fachada do Teatro Imperial. K. W. Theremin (des.) e W. Loeillot (lith.). 1835.
Divisão de Icononografia / FBN
Inclui índice.
ISBN 978-85333-0636-3
CDD 792.0981
23.ed.
A
Carmen Moreno e Vera Faillace,
os agradecimentos da equipe responsável
pela preparação deste inventário.
Uma cartografia notável 9
Marco Lucchesi
A coleção em movimento 13
Valéria Pinto Lemos
Inventário 17
Índice onomástico 343
Índice das peças teatrais 367
Uma cartografia notável
Marco Lucchesi
* Valéria Pinto Lemos é bacharel em Letras e técnica empromoção cultural do Centro de Pesquisa e Editoração da Fundação Biblioteca
Nacional.
como definitivos, descartando-se novo levantamento ou conferência. Houve consultas aos
documentos, mas estas foram feitas especificamente para a compreensão do conjunto e para
a solução de questões sobre formatos e padrões. As alterações fundamentais introduzidas
basearam-se em parâmetros definidos sob a orientação da curadoria do acervo.
Primeiramente, foram observadas as descrições existentes na base. A análise das
2.534 fichas disponíveis (consideradas aqui como as fichas originais) mostrou que todas
descreviam em seu título um tipo específico de documento (carta, parecer, decreto, etc.) e
apresentavam como entrada principal o nome do autor do referido documento. Quase 98%
desse material são remanescentes do arquivo técnico do Conservatório durante o período em
que ele funcionou como a entidade censora oficial do Brasil. Os outros 2% dos documentos
são originários do arquivo administrativo da instituição.
Os tipos de documento predominantes nos títulos do arquivo técnico eramrequerimentos
(algo em torno de 1.500), designações (700), pareceres (90) e despachos (20). Também
se constatou que muitas fichas informavam, em notas, a existência de vários documentos
desses mesmos tipos anexados ao documento principal. Pesquisas na área das notas das
fichas revelaram que foram considerados como anexos outros aproximadamente 200
requerimentos, 1.200 designações, dois mil pareceres e dois mil despachos.
A seguir, observou-se o próprio conjunto documental, a fim de se estabelecer a relação
existente entre os documentos descritos e seus anexos. Esta verificação mostrou que o
conjunto está organizado em pastas que contêm não um documento principal acompanhado
de anexos variados, mas sim um dossiê completo que registra o exame censório de uma ou
mais peças teatrais. A composição padrão de cada dossiê é a seguinte:
1) Requerimento de exame: petição manuscrita remetida ao Conservatório por seu autor
ou tradutor ou por membros de equipes de teatros e de companhias dramáticas interessadas
em sua encenação.
2) Designação: formulário impresso preenchido como título da peça, o nome do membro
do Conservatório designado para realizar a censura, o nome da entidade que solicita o exame
e o número de registro do exame nos livros do Conservatório; e assinado pelo responsável
pela indicação do censor.
3) Parecer: manuscrito de extensão variável exarado no próprio formulário de designação
(ou em folhas soltas) pelo membro do Conservatório designado como censor.
4) Despacho: manuscrito breve com a decisão final sobre a licença para encenação da
peça, assinado pelo presidente do Conservatório (geralmente lançado no formulário de
designação ou no requerimento).
5) Outras espécies de documentos: cartas, bilhetes, recibos e notas de encaminhamento
(indicações da condução do processo no Conservatório, anotadas, usualmente, no formulário
de designação ou no requerimento).
Concluiu-se que a escolha aleatória de umtipo de documento para figurar como principal
nos campos “título” e “autor” das fichas criava algumas impressões que precisavam ser
desfeitas. A primeira era relativa às quantidades de cada tipo documental, que pareciam
muito inferiores às reais, a se tomar por base exclusivamente os títulos das fichas. Em
segundo lugar, os documentos registrados nos títulos pareciam mais relevantes do que
Vista panorâmica do Rio de Janeiro: da Cidade Nova e Campo de Santana até o Campo da Aclamação (atual
Praça Tiradentes), onde se veem os prédios da Imperial Academia de Belas Artes e do Teatro São Pedro.
Panorama da Cidade de Rio de Janeiro: tomado do morro de St. Antonio a voo de pássaro. Des. de Iliuchar
Desmons. 1854.
Divisão de Iconografia / FBN
O jornalista e teatrólogo Manoel José de Araújo Porto Alegre, um dos fundadores e pareceristas
do Conservatório Dramático. Ret. por Ferdinand Krumholz, 1848.
Museu Nacional de Belas Artes
Cônego Januário da Cunha Barbosa: outro dos fundadores e
pareceristas do Conservatório Dramático Brasileiro.
Litogravura de Sebastien A. Sisson
Divisão de Iconografia / FBN
A Praça Tiradentes e o Imperial Teatro São Pedro de Alcântara.
Divisão de Iconografia / FBN
Documento designando Antonio Pinto de Figueiredo Mendes Antas para emitir parecer
sobre o drama O aventureiro das Espanhas.
Divisão de Manuscritos / FBN
Cartaz do “Programa do Grande Artista Hermann” apresentado no Imperial Teatro
D. Pedro II (antigo Teatro Lyrico), situado no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, e
demolido em 1934.
Divisão de Manuscritos / FBN