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Latina: um o seugênero.
Além das mulheres que, no final do século XIX e
durante a primeira metade do século XX, lutaram pelos
plásticas feministas na América Lating. Qual é a natureza Laperrera (Lirna, atívo de 1999o 2004)
Infiuencias (Santiogo, Chie, atvo z)e
de sua relaçko com o feminismo e Com a arte ferninista Wiga
de outras regiões? Na Colórnbia, desde 2012, s Lobs
concentrado seu trabalho ern oções
politicos e artísticos baseodos no
de2004oU9
MLR As feministas argentings foram muito
e prática de fenínismos de reloçooe
influenciadas por dois livros, O sequndo sexo, de Sirnone
de Beauvoir, e Vamos cuspir em Hegel, de Carla Lonzi.
Embora elas também lessem Betty Friedan, Kate Millett
fronteiro,orgis,
díssídertes e erCentricos. Vórias de nés
aolhor pora essos formuloções: rtr
(Colôrnbia) e a Coordinodora
e Shulamith Firestone, Beguyoir e Lonzí foran as autorgs entre 1y S1err Wgre Universtoria
Serual, no Chile, por erermpio. Eritre as artisns
que exerceram uma influÇncig mgis direta, por exenplo,
nos curtas-metragens de María Luisa Bernberg, El mundo ferninistos que trabalham sozinhas,
Loreng Wolffer e Loreng Mendez (Merico, osie
de la mujer (1972) e Juguetes [Brinquedos] (1978). Vecre 1seritalj, 327
Granados/"La Fulrninante", Andreo
Escritoras feministas dos Estados Unidos, ern
particular apoeta Adrienne Rich e a revista Ms., dirigída
Borrogore
Flandes (Colómbía): Hijg de Perro, Iring Lo Lorre rire
Constanza Álvarez (Chile): Ana Gollordo
pela feministae ativista Glorig Steinem, exerceram urna
influêncía considerávelno trabalho de Fuskova, ainda (Argertrc:
DiangDaf (Peru): e Alejandro Dorodo (Boliva, H
tarmbém organízoções de orte terninisto como te
que ela conhecesse também aobra de Lonzíe Juliet
um projeto editorial, e redes Como Red de Arte
Mitchell. O que euquero enfatizar aqui éque não forarn
apenas as pensadoras europeias que influenciaram as
Activisrno Feministas e 2R Ped de Reaprooicire
armbas fundadas no México, em 2015. Esses sar
artistas feministas argentinas, mas também as norte
-americanas.Sua prática tratava tambérn de questões apenas alguns exemplos das mois de cem onisos
locais. Outro livro importante foi El género rmujer [O e grupos de ortistas qUe compõen o ceng do ora
gênero mulher], de Leonor Calvera, escrito en 1982, sob ferminista latino-americana.
Fig. 7 Éum poradoxO que, apesor dgexisténcig de
aditadura militar.1" Essa foia primeira vez que o conceito Alejarsra Farlas
de gênero foi discutido na Argentina. 3nrer2"o, L3 espErs histórig de rmais de quotrodécodos de arte femiriss.
ng América Lating, paralelo o históriainternociorg
MM Aarte feminista no México foi influenciada arte ferminista, os crioções e os movimentos tótics
pelos Estados Unidos; eu estudei no Woman's Building, "Just1,a t2tal eg2ra" estratégicos da produçõo artivista e dos orgonizocins
em Los Angeles. No entanto, o artivisrno de grupos como Cortes12 da ar1sta de arte ferninista do regiÑo só ogora comecem ose
La Revueltg e Las Leonas estava mais próximo das ídeias estudados. Esta exposiçôo certomente ajudorá o ícze
vindas da Itólia e da França.O texto de Eulalia Guzmán, com que tenham mais vísibilidode.
"Lamujer en la ciencia yen el arte" [A mulher na ciência
e na arte], entretanto, é um precedente e, como mostra
a edição dos meses de janeiro a março de 1976 do jornal
Artes visuales, a questão da mulher na arte pairava no or.
polonesa Alina Szapocznikow propôs em 1971, manifes logia de olhar para fora, ou seja,
Curadores
tando extrema audócia e ultraje. Em uma proposta escrita
à mãoem 1970, intitulada "Meu sonho americano", a
com plena consciència de
singulare definida pela
sua propria posição
geografia, olhando
t roabsaulbhjaenlv£ao
artista descreveu um gigantesco e inúil monumento à de diversas culturas em
uma tentativa de para
riqueza, estacionado no gramado de uma pessoa rica colonizd--los. Aqui, estou pensando na situ0-l0ats isemstos
e servindo como o ponto central de um extravagante
coquetel (fig. 4).* Em alguma ocasio, aartista acabou
(1997), de Catherine DavId, e na
Move [Cidades em movimento] (1997),
de Hans
Documenta
exposiçko Cities anl0..
se correspondendo com Harald Szeemann, diretor da Fig. e Hou Hanru, duas mostras
que Ulrich
Curatorial e a estrutura de WACK!.orientarama
Marta Minujín, Statue of
Documenta 5, que pediu que ela encontrasse financia
mento para a obra, o que nunca se concretizou, fazendo
Liberty Lying Down (Estátua
da Libergade deitada
1979. Tinta sobre papel curatorial global e uma sede de
estrategio
Esse imperativa
noas
com que Szapocznikow nunca participasse da mostra.5
Essas quase inserções, momentos de ambiciosa grandio
70 x 90 cm. Cortesia dos
Arquivos Marta Minujin.
anos 1970 resultaram em
varias
de artistas mulheres e feministas exposiçoes
que
interpretações dos
int eenaciemangrongs
sidadee tentativas falidas de questionar o mundo
da \arte dominado pelos homens são práticas comuns
daguilo que Mignon Nixon chama de aparecioam
lógica do oroui
explodido, na qual as narrativas são "isoladas
entre artistos mulheres em todoo mundo. O desejo
objetivo de "desestabilizar categorias existentescomade
de proporcionar ao público, ao espectador médio e ao recepcão critica historica", Em vez de expressor um
e
cidadãO um contato direto comahistória de objetos
ponto de vista, tais exposiçÕes
heroicOs e com a hegemonia das narrativas e monumentos
narrativas existentes de momentosbuscaram complicr os
históricos masculinos é um profundo impulso feminista. ou elaborar possiveis históricos especiticns
Mulheres rodicgis: arte latino-americang, 1960-1985, narrativas quando não existiom
uma exposição histórica que investiga o uso e a imagem
Fig. 2a
Marta Minu11n, El obe lisco ngrrativas prvias. Mulheres radicais também é organizac
acostado [O obelisco em torno de um forte impulso
do corpo político por artistas mulheres de catorze poises deitado). 1978. Pr ime ira arquivistico. No entanto
Bienal Latino - Ameri oque é fundamentalmente diferente no caso da
da América Latina e de artistas latinas dos Estados Unidos, såo Paulo,
ricana de
1978. Cortesia America
éinaugurada ern Los Angeles uma década depois de dos Arguivos Marta Minujin. Latina e da arte de mulheres é que várias pråicas e
WACK! Art and the Feminist Revolution [WACK! Arte e a narrativas individuais foram perdidas ou ainda não foram
revolução feminista] (figs.5 e 6). Como a primeira exposição construidas. Este projeto nasce a partir de um senso
de exclusão histórica e de um desejo de ver e
internacíonal aexamingr a arte feitg em reposta à sequnda entender
onda do ferminismo, WACK! foi organizada pelo Museu a complexa história da arte latino-americange latina.
de Arte Conternporûnea em Los Angeles. Fui acuradora Ascategorias de artista mulher e de temåtica
da rnostra, go lado de una equipe de jovens e feminista formam dois conjuntos diferentes de condiçies
talentosas Uma revisão no cientifica dos projetos, desde 2007
Curadoras e estudiosas e um grupo de consultores
interngcíonais, seguindo uma estruturg e uma metodolo (o "Ano da Mulher") - incluindo exposições na Europa
gia muito sirnilares is desta exposição Mulheres radicais.6 Estados Unidos, Canadåe Asia -, computou mais
Concebidaoriginalmente corno uma investigaçko de cinquenta exposições coletivas sobre o tema
do rnovirnento ferninista do feminismo, com exibição de obras produzidas
norte-americano, a exposição
acabouse tornando interngcional em seu escopo e
Fig.
Marta Minuiin com sua obra predominantemente por mulheres.9 Em sua introduçao
E1 obelisco acostado
cronologia, mapeando as interseções entre ferninismo (0 obelisco deitado], 1978 para a cronologia de mostras coletivas de artistas
e arte e Cortesia dos Arquivos mulheres no catálogo da WACK!, JenniSorkin escreveu
denonstrando g exísténcia de femínismose Marta Minujin. "O formato de exposicões exclusivas de mulheres Se
prátícas artísticas paralelos entre diferentes ngcionali
dades. Quando aexposição foi inaugurada, em 2007, manifestacomo a desterritorialização da tradilonu
prática de mostras coletivas. Embora sua proximidaue
rnarcou oinícío de urna década de projetos feninistas,
temporal pareça sugerir uma conexão, não existe u
revelando urna quantidade inédita de materiais críados
por artistas rnulheres, cujos trabalhos e carreiras haviam cronologia relevante de exposições feministas. AO
contrário, elas foram esporádicas, dispares e locais
sido, ern grande parte, apagados da hístória da arte
multinacio
dorminante e da consideração contemnporanea. mesmo tempo que foram um fenômeno
momente
Corn foco no período entre 1965 e 1980, WACK! OCorrido em comunidgdes especificas em
cruciais de seus desenvolvimentos individuais."
Coneçoud ser pesquisada entre o final da década de
1990 e o corneço da década de 2000, e foi concebida Feminismo, arte feminista e arte de mulheres Sao
amalgamadas
ginda no início da era das exposições glotbais. Em 2007, Categorias sobrepostas que foram fenomeno
Fig. 3 Simples construn
NiKi de Saint Pnalle, anos 1960 e 1970, de mnodo queo
o6 discursosferninistas dos Estados Unidos e de outros e
trabalhos
Jean Tinguely e Per Olof união de mulheres para exibir seus mesmonos
paises angiófanos ginda dorninavarn aquilo que Ultvedt, Hon (Ela], 1966.
Vista da instalaç o, comunidades como artistas era
subversivo, hostisa
enitendiarnos sobre a arte fenninista da época. Portonto, Moderna Museet, Estocolmo, eram menosassumindo
países onde osregimes politicosOcupando e
om o intuitode corrigiro registro histórico, foram 1966
pensamento radical. Mulheres e poderos
realizodos vários projetos voltados para as práticas ameaçador mundo
espaço, juntas, sempre foialgo redordoMulheres
ferninistas naEuropa Central e no Leste Europeu, na Ásig é só pensar nos protestos recentes ao
Estados Unidos.
e noOriente Médio.' Ern geral, a pesquisa e a prática Contra as eleições de 2016 nos ident1iticoam
urgtoriais de erposições globais seguiam una metodo artistas que se
radicais está centrada em
Monumontos oaiedoss ) oontluumn feminleta
mplcnonume
açdesto
O momento atual fez-se urgente como apelo retórico inveatigaçoo odus
de Martinez pela destruição dos museus ocidentais,
tais como o Metropolitan Museum of Art, cujas coleções,
polítics e poeticaa de um oopo de
podem nervir de modeloa de
leite ideramao
reaiatÓncia, tanto 0rao
tompo delas quanto para o nOANO,
ele acredita, apoiam um aparato cultural que defende
o racismo e asupressão de histórias e identidades.
Ele fechou sua palestra citando nosso atual presidente,
que, de maneira retrógrada, faz uso de umadeturpa
ção alarmista do que é ser muçulmano, mexicano ou
afro-americano.17
Frear o apagamento de histórias propagado por
essas caricaturas racistas, em especial as histórias de
artistas mulheres latino-americanas e latinas nos anos
abrangidos por esta exposição, nunca foi algo tão
urgente. Müller, uma artista estabelecida que trabalha
nos Estados Unidos, expressa uma forma de ver a história
que pode ser conceitualizada em termos de redes.
Algumas das mais interessantes configurações da WACKI
se referiam a intersecções de gênero e exigências
pessoais e politicas que existiam na periferia do mundo
da arte, mas que agora fazem parte da rede e da
memória histórica de certos trabalhos, tais como o retrato
de Andy Warhol feito por Alice Neel após ele ter
um tiro de Valerie Solanas, a autora do SCUM
tomado
Manifestol0
(1967), traduzidoe publicado pela primeira vez em italiano
por Anne-Marie Sauzeau-Boetti, escritora e curadora
feminista ativa na Itáliadesde o final da década de 1960.
Reimaginar o corpo e sua representação é tão
relevante hoje quanto era quatro ou cinco décadas atrás,
quando muitos dos trabalhos de Mulheres radicais foram
produzidos. Ainda que as ideias atuais sobre a fluidez da
identidade de gênero, que circulam na imprensa e em
nossas experiências vividas, pareçam indicar uma
emancipação sem precedentes na história da humanidade.
também está claro que os corpos de pessoas gays,
lésbicas, queer e trans, e também de mulheres, estão
sob uma pressão nunca antes sentida, não apenas ng
América Latina, mas também nos Estados Unidos,10
Quando comecei a pensar este texto, os Estados
Unidos pareciam prestes a eleger sua primeira presidente
do sexo feminino. Ao invés disso, o pais agora é liderado
por um homem que é um predador sexual confesso.
As economiase os cidadãos dos países ao Sul, nossos
vizinhos, com quem compartilhamos nossa população
e economia, jáestão sofrendo as consequências
devastadoras das eleições. Parece-me que o pais
vivencia um retrocesso de proporções épicas e, em vez
de abraçar a liderança de uma mulher, começamos
uma vez mais a organizar as vidas, os desejos políticos
e os corpos de milhões de mulheres e homens contra
a opressäo política, raciale de gênero. Conforme o
47
Notas
15 Afrase é de um poema de Jones chamado Black People!: "As
NUN Morta To Turn or the Art of Turning: Marta Minujin".
palavras migicas são: mãos na parede, filho da puta/ Isso é un roubo!".
INSouthern Colifornia Art Magazine, n. 25, nov.-dez. 1979 p. 49 A
nroosta de Minuin foipublicada Com outros propostos de imoortantes HARRIS, William; BARAKA, Amiri (orgs.). The LeRoi Jones/ Amiri Baraka
Reader. Nova York: Thunder's Mouth Press, 1991, p. 224. De acordo com
ortistos kotino-omerioanaS em uma revisto editada por Caria Stellweo
Rick Perlstein, a frose parte da "ordem que os policiois de Newark
Que enfotizova a arte na Amrica Latina.
supostamente gritavam pora os negros sob custódia". PERLSTEIN, Rick.
NOORTHOORN, Victoria. Marta Minujin: Obras, 1959-1989. Buenos
Nixonland: The Rise of a President and the Fracturing of America. Nova
Aires Nuseo de Arte Latinoamerioono de Buenos Aires, 2010. pp, 110-11.
York: Scribner, 2009, p. 238.
MINUIN, Marta. op. cit., p. 48.
16 GRINDON, Gavin. "Poetry Written in Gasoline: Black Mask and
Szopocznikow escreveu: "Essa obra ou objeto seró muito cara.
Up Against the WallMotherfucker". Art History 38, fev. 2015, p. 171.
comoletomente inutile a imagem de um Deus do luxo supremo. Em outras
17 Mortinez foi um dos palestrantes em "Dialogues in the Present
polovros uma obra de arte 'completa'. Se existir alqum esnobe que
Tense: Latino and Lotin American Art through the Lens of Pacific Standard
enoomende a manufatura deste trabalho, com o objetivo de que sejo
Time: LALA", Getty Center, Los Angeles, 16 maio 2016.
olocaoo no meio de seu gramado particular para receber seus
18 A sigla para Society for Cutting Up Man (Sociedade para a destruição
oonvidodos e tomor cOquetéis em seUs assentos de mårmore. meu sonho
do sexo masculino], SCUM, também significa "escória" em inglês.
amerioano se tornará realidade". A proposta ea maquete da esculturo
19 Sou muito grata à conferència Histórias da Sexualidade, no Museu
estöo ilustrodas em FILIPOVIC, Elena; MYTKOWASKA, Joanna. Alina
de Arte de São Paulo, em outubro de 2016, organizada por Adriano
SzoDocznikow: Sculpture Undone, 1955-1972. Nova York: Museum of
Pedrosa e André Mesquita.
Modern Art: Bruxelas: Mercatorfonds, 2012, pp. 58-59.
5 GOLA, Jolo. Chronology of Szapocznikow's Life and Work". lbid.
p 196.
6 Minhos colaborodoras prÏximas ng mostra - incluindo Corrina
Peipon, Jenni Sorkin e Lisa Mark- faziam parte da equipe curatorial do
Museum of Contemporary Art, Los Angeles.
7 Vejo, por exemplo, as exposições Gender Check: Femininity and
Masculinity in the Art of Eastern Europe, Museum Moderner Kunst (MuMoK),
Viena, 2009, e Dreom and Reality: Modern and Contemporary Women
Artists from Turkey, Istanbul Modern, 2011.
8 NIXON, Mignon In DEUTSCHE, Rosalyn; D'SOUZA, Arung; KWON,
Miwon; MÜLLER, UIrike; NIXON, Mignon; OKUDZETO, Senam. "Feminist
Time: A Conversation". Grey Room, n. 31, primavera 2008, pp. 32-67.
Essa mesa-redonda foi umg das mais produtivas discussões ocorridas
na mostra WACK!.
9 Como parte da pesquisa para este texto, Emily Gonzalez-Jarrett
compilou uma lista de exposições coletivas de artistas mulheres de 2007
a 2016. A lista é inédita e foi realizada como uma tentativa de entender
o impacto de uma década de exposições só de artistas mulheres sob os
ternas de gênero ou feminismo.
10 Ver SORKIN, Jenni. "The Feminist Nomad: The All-Women Group
Show' in WACK! Art and the Feminist Revolution. BUTLER, Cornelia; MARK,
Lisa Gabrielle (orgs.). Los Angeles: Museum of Contemporary Art;
Cambridge: MIT Press, 2007, pp. 458-99.
11 LIPPARD, Lucy R. "Spinning the Common Thread" In DE ZEGHER,
M. Catherine (org.). The Precarious: The Art and Poetry of Cecilia Vicuña.
Kortrijk: Kangal Art Foundation; Hanover: University Press of New England
Tor Wesleyan University Press, 1997,p. 12. Conforme observa Andrea
Giunta, em seu ensaio "Poéticas de resistência", presente neste volume,
o "leite" era, na verdade, tinta branca.
12 Cecilia Vicuña, citgda em DE ZEGHER, M. Catherine. "Ouvrage:
Knot a Not, Notes as Knots". Ibid., p. 21.
13 MULLER, Ulrike. In DEUTSCHE et al. "Feminist Time", op. cit., p. 36.
14 POLLOCK, Griselda. "Mónica Mayer: Performance, Moment, and the
Politics of Life" In Mónica Mayer: Si tiene dudas... pregunte; Una exposición
Tetrocolectiva / When in Doub... Ask: A Retrocollective Exhibit. Cidade do
Mexico: Museo Universitario Arte Contemporáneo, Fundación Alumnos47,
2016, p. 118.
Temas da
exposição
A maioria dos
ensaios neste
Autorretrato Paisagem do corpo
Mapeando ocorpo
As obras desta seção presentam Esta seção busco elucidar as
catálogo são dedicados a uma narrativas conceituais e psicológicas Estg
região ou pais em particular, formas nas quis as paisagens se
que questionam os ideias canônicas tornam um local parao corpo
ea seço de imagens éorganizada de beleza, sendo críticas contunden
em ordem interagir com o gmbiente natural.
alfabética por artista. o
Entretanto, a exposição foi
tes contra concepções reducionistas
da mulher e reivindicando um
Essas conexões entre a terra eo
corpo revelam operações conceitu
ferninúno - en ,4V,
estruturada por temas, dividida em espaço de autoexpresso crítica.
nove seções que exploram ais e estéticas de uma natureza
diferentes
aspectos do assunto central: o
O conceito de identidade é
explorado de maneiras não literais,
simbólica, cultural e ritual. repúdioa quslqe
corpo politico. Esta página oferece
umabreve descrição de cada um que vão além das formas Mara Alvares disso,gs artistS
e traz uma lista das tradicionais do retrato.
Claudia Andujar corpo e suGs psrEn
artistas cujos
trabalhos foram agrupados sobo Delfing Bernal (p. 66)
mesmo tema. Várias artistas estão
Judith F. Baca
Alicia Barney Sandra Llano-Aeiis
Teresa Burga Anng Maria
representadas em mais de uma Maria Teresa Cano
Vera Chaves Barcellos Maiolino (p. t2A,
Liligng Maresca
seção da exposição. Nesses casos, Yolanda Freyre (não ilustrada)
o nome da artista é Maria Eugenia Chellet (não ilustrada)
Silvia Gruner (p. 113, topo) María Evelia Marmoleip lo.
seguido pelo
número da página que corresponde
Liliane Dardot
María Evelia Marmolejo (p. 143, topo) AngMendieta (pp. 149 e1504,
àilustração do Lenora de Barros (p. 90) Liliana Porter
trabalho que Wilma Martins (não ilustrada)
Virginia Errázuriz Dalila Puzzovio
aparece naquela seção. A divisão Anng Bella Geiger (p. 105)
Ana Mendieta (p. 148, esquerda)
ilustrada nesta lista se refere Lygia Pape (p. 167) Sophie Rivera
somente àexposição realizada ng Lourdes Grobet (p. 110) Margot Römer
Celeida Tostes
Pinacoteca de São Paulo. Narcisa Hirsch (p. 119) Amelia Toledo
Pola Weiss
Magali Lara Eugenia Vargas Pereira
Yeni yNan
Yolanda López
María Martínez-Cañas
Frieda Medín (não ilustrada)
Margarita Morselli Performance do corpo
Rosa Navarro
Os trabalhos
Letícia Parente (p. 169,
esquerda) reunidos nesta
Wanda Pimentel seção coexistem na
intersecção
entre dança, performance
Sylvia Salazar Simpson e teatro.
Victoria Santa Cruz Por meio de uma
Regina Vater
abordagem
performática multidisciplinar, as
artistas usamo corpO Como
ferramenta para
de temporalidade,explorar noções
estética,
subjetividade e espectatorialidade.
Martha Araújo
Margarita Azurdig
Analívia Cordeiro
Ana Kamien & Marilú
Marini
Sylvia Palacios Whitman
Antonieta Sosa
Teresa Trujillo
Cecilia Vicuña (p. 212,
AniVillanueva esquerdo)
Resistência e medo Opoder das palavras Lugares sociais O
erótico
De maneira explicitamente não Enquanto as ditaduras ng Tradicionalmente, o erótico tem
As obras de arte, nesta seção,
gpologética, as artistas desta seção América Latina utilizavam medidas afirmam que o social é pessoal e, sido definido como o dominio das
abordam, em seus trabalhos, a extremas de vigilância para fantasias sexuais masculinas,
nesse sentido, politicamente
extrema violência praticada pelos controlar a linguagem -táticas constituído. Os trabalhos reunidos enquanto as mulheres são consti
regimes políticos opressivOs. Como repressivas que tinham como alvo sob esta categoria expõem estereó tuidas como os objetos desses
ferramentas poderosas de resistên tanto a palavra escrita e falada tipos e buscam dar voz a grupos desejose não seu sujeito. Traba
cig política, essas obras se opõem quantO Os corpos que as enuncig marginalizados e desprovidos de Ihando em oposição a essas noções
aos métodos de sanção oficial que vam -, as artistas criaram formas direitos, tais como transexuais, simplistas, as artistas desta seção
indiretas de lidar com a dura prostitutas, indigenas, deficientes abordam o erótico com senso de
instilavam o medo e registram
eventos traumáticos que os arquivos realidade política que vivenciavam. e aqueles perseguidos pelos regimes humor e um olhar crítico em relação
aos pontos de vista estereotipados
oficiais deixaram de documentar. Aqui, o político se torna poético e repressivos.
sobre g sexualidade femininae as
o poético se torna político.
Gracia Barrios Claudia Andujar suas complexidades psicológicas.
Olga Blinder Roser Bru Sybil Brintrup
Gloria Camiruaga Lenora de Barros (p. 91) Victoria Cabezas Delfing Bernal (p. 65)
Graciela Carnevale Gloria Gómez-Sánchez Barbara Carrasco (p. 80, direita) Feliza Bursztyn (p. 73)
lole de Freitas Marta Minujin (p. 152) lsabel Castro (p. 82) Delia Cancela
Marie Orensanz Lygia Clark (não ilustrado) Mercedes Elena González
Luz Donoso
Diana Dowek Letícia Parente (p. 170) Ximena Cuevas Silvia Gruner (p. 113, meio, inferior)
Marta Maria Pérez Sandra Eleta Nelly Gutmacher (não ilustrada)
Carmela Gross
Neide Sá(p. 192, inferior direito) Diamela Eltit Kati Horna
Sonia Gutiérrez
Regina Silveira (p. 198) Paz Errázuriz Karen Lamassonne
Anna Maria Maiolino (p. 135)
Anna Bella Geiger (p. 104) Márcia X.
María Evelia Marmolejo Janet Toro
Beatriz González Marta Minujín (p. 153, direita)
(pp. 142 e 143, inferior)
Lourdes Grobet (p. 111) Lygia Pape (p. 168)
Ana Mendieta (p. 148, direita)
Graciela Gutiérrez Marx Maria do Carmo Secco (não ilustrada)
Sara Modiano Feminismos
Narcisa Hirsch (p. 118) Teresinha Soares
Ang Vitória Mussi
Esta seção se concentra em Graciela Iturbide Cecilia Vicuña (p. 212, direita)
Margarita Paksa
artistas que exploraram formas Lea Lublin (p. 132)
(pp. 162 e 163, esquerda)
Nelbia Romero de articular os direitos das mulheres Clemencia Lucena
Yolanda Andrade
María Luisa Bemberg
Maris Bustamante
Josely Carvalho
Ang Victoria Jiménez
Mónica Mayer
Polvo de Gallina Negra
Patricia Restrepo
Carla Rippey
Jesusa Rodriguez
Tecla Tofano
Angentia
Rodrigo Alonso
a obsessiva de um
respiração agitada de um casal
de Sergio Avello: Fabulous adequadas". Frases desse tipo reapareceram em seus
fozendo amor. Nobodies Production (Roberto
Jacoby e Kiwi Sainz) . trabalhos posteriores. Entrea reflexão e suas condições
Paksa adotou uma Cortesia de Archivo Museo de possibilidade, entre a observação critica e suas
atitude politica
atmostnoera opressiva daqueles anos. Emoposta a
Castagnino + MACRo
ressonâncias, entre palavras e coisas, seu trabalho
1968, primeiro outubro de estabeleceu campos com projeções imprevisiveis que
"Che' Guevara, elaaniitingiu versári
da
deo vermelho a Ernesto
morte de exigiam um repensar constante. Em Manifiesto del
Conjunto defontes em Buenos Ela água de um
de fragmentismo [Manifesto do fragmentismo] (1975
parexperticiipeouncia Tucumán arde (1968),
Aires. também
uma complexa
1978), escrito logo após Manifiesto Eros, Orensanz
afirmou: "O incompleto uma constante em meu
coletiva que
utilizou
contrainformações trabalho, pois penso que somos fragmentos de um
224
Rodrigo Alonso
Rodrigo Alonso
condena afeminilidade presa em mercadorias de 6 Em lunfardo, uma forma de giria associado a Buenos Aires.
consumo, na moda como afirmação em Cancela e "revolcarse significa fazer amor.
Puzzovio, ng maternidade como significante político 7 Em obras como Simultaneidod en simultaneidad (instituto Torcuato
em Lublin e nadescoberta de Schvartz do poder do Di Tella, 1966), Circuito (Expo 67, Canodá, 1967) e Minuphone (Howard
doméstico - assim como nas incontáveis variações Wise Gallery, Nova York, 1967).
nos trabalhos de cada uma dessas artistas, individuais 8 Os colchões usodos por Marta Minujín em seus trabaihos tombem
e em grupo -, manifestam-se estratégias formais e foram obtidos em hospitais.
críticas que a arte contemporânea argentina ainda Paulo Herkenhoff destoca essa caracteristico em trabaincs ce
artistas como Delia Cancelo, Anng Marig Maiolino, Wanda Pimentei e
não conseguiudisciplinar.
Dalila Puzzovio. Ver: HERKENHOFF. Poulo (ora.). Arte de controdicciores
Pop, realismos y politica; Brasil-Argenting 1960. Buenos Aires: Fundoción
Prog, 2012.
10 O Prêmio Nocional Instituto Torcuato Di Tella consistia em umc
quantio de dinheiro para realizar umg vigoem de estudo ao erterior, D¿n
como a oportunidode de participar do Prémio interngcional do Irsttuto
e
no ono seguinte. O premio interngcional tinha um caráter cosmopoito
de vanguarda, levandoa Buenos Aires artistas de grande estotura, tos
Rouschenoe
Como Arman, Jasper Johns, Alen Jones Sol LeWitt. Robert
e Frank Stello, entre outros.
11 Apos uma discussão ocirrada, o júri concedeu o prêmio a ROOEt
Morris.
Rhetorc
12 Nesse sentido, ver: CHAVE. Anng. "Minimalism and the
Power, Arts Magazine 64. ian. 1990, pp. 44-63.
227
pp, 102-3.
19 TISCORNIA, Ana. "Un conejo que se escapa: Entrevista a Liliana
Porter" In Liliana Porter: Fotografia yficción. Buenos Aires: Centro Cultural
Recoleto, 2003, pp. 55-6. Sobre o conceito de fragmentação no trabalho
de Porter, ver tambm RAM0REZ, MariCarmen. "Fragmentación ilusoria: La
mnemotecnia ortistica de Liliana Porter" In Liliana Porter: Fotografi y
ficción. op. cit., pp. 129-47.
20 De acordo com Catalina Trebisacce, a Unión Feminista Argenting foi
criada em 1970, em resposta a uma entrevista com Maria Luisa Bemberg
sobre seu trabalho como cineasta, na qual ela se declarou feminista.
Algumos mulheres que ouviram a entrevista entraram em contato com a
artista e decidiram formar o grupo. (Em espanhol, a sigla do nome do
grupo - UFA - é onomatopeica, sendo seu som uma expressão de rebelião
e protesto.)
21 Camila (1984), gue foi nomeado para o Oscar de melhor filme
estrangeiro, conta a história real de uma mulher da classe alta argenting
que se apaixona por um padre. Miss Mary (1986) também se
passa em um
cenário de classe alta e retrata a relação entre uma
governanta e seu
aluno.
22 FERNÁNDEZ, Horacio, El fotolibro latinoamericano. Barcelona: RM,
2011, p. 120.
23 Nos últimos anos do governo de Juan Domingo Perón e durantea
administração de sua sucessora, Isabel Martinez de Perón, algumas
organizações radicais usaram a violência como uma forma de obter o
poder politico. As forcas militares
gssumiram a presidência do pais em
1976, com o propósito de pÓr fima essa
violência que era atribuida aos
militantes esquerdistas. Para isso, foram empregados
clondestinos e ilegais (perseguições, torturas, procedimentos
execuções
desaparecimentos) em atos de terrorismo do Estado.
e
24
GIUNTA, Andrea. "Pintura en los 70: Inventario y
realidad" In Arte y
poder: 5o Jornadas de Teoria e Historig de las
Artes. Buenos Aires: Centro
Argentino de Investigadores en Artes, 1993, p. 221.
25
Noqueles anos, a palavra, em espanhol,
(procedimento) era uma referência direta a "procedimiento"
26 uma operação paramilitar.
Por um periodo de tempo.
Gutiérrez Marx trabalhou com a maiS
Importante figura do arte pOstal ng Argenting.
Edaardo Antonio Vigo, que
COmeçou Ousar esse suporte em 1965. Ver:
ROMER0, Juan Carlos (orgs.). Elorte correo enDELGADO, Fernando;
Vórtice, 2005. Argentina. Buenos Aires:
27
Madres de Plaza de Mavo [Mães da
pracg de
organização não governgmental. criada pelas mãesMaio] é umo
Tepressa0 estatal ng Argenting, O arupo foi das vitimas dd
mtar pora exigir o formado em meio àditadura
retorno em vida das
equestradas pelo reaimne. Sug atividodepessogs que haviam sido
continuou apÓs volta da
a