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A capacidade de arranjar está relacionada com a habilidade de variar. Um bom arranjador deve ter
um alto grau de criatividade. Independente da linguagem, seja ela Popular ou Erudita, o aluno de
composição deve ser incentivado a criar arranjos, pois o desenvolvimento de estratégias no
PLANEJAMENTO E FINALIZAÇÃO DE UM ARRANJO pode ajudá-lo na concretização de obras de
maior envergadura. É importante que o aluno seja colocada frente a este problema: adaptar uma
certa melodia dada a uma configuração instrumental, vocal ou mista.
Para exemplificar a idéia anterior, pode-se notar que na seção DIFERENTES PROCESSOS DE
DISTRIBUIÇÃO E CONDUÇÃO DE VOZES, apresentam-se conceitos tradicionais vinculados aos
movimentos paralelo, oblíquo e contrário e o processo de arranjo da música popular denominada
de Escrita em Bloco. Na perspectiva tradicional o objetivo é aumentar a eficiência na condução de
vozes, dando-lhes autonomia e evitando saltos desnecessários. Em contrapartida, quando o
arranjador faz uso de blocos a melodia é suportada pela harmonia sem preocupação na
individualidade das vozes que formam o bloco. Neste caso, o resultado é uma textura derivada do
amalgama de instrumentos de mesmo timbre, como, por exemplo um naipe de saxofones numa
Big Band. Todavia, a medida que o arranjador diminui o uso de acordes na posição fechada e nas
posições abertas (conhecidos como DROPS), adotando também posições espalhadas
(denomindas de SPREADS), o produto sonoro final tende a possuir características de
independência de vozes. Nos "spreads", a nota do baixo, na voz mais grave do bloco, gera
movimentos contrários e oblíquos entre as vozes superiores. Os spreads podem ser escritos como
corais quando, em trechos lentos, soam como uma "cortina harmônica". Este exemplo mostra que
o arranjador pode produzir um continuum de transformações, variar sua técnica, gerando um
espaço onde poderá transitar entre duas linguagens de forma criativa.
As seis seções que se seguem estão conectadas entre si; na realidade há uma sequência
gradual e acumulativa de conceitos que culminam com a seção ESCRITA PARA BIG BAND. O
aluno perceberá que é necessário utilizar TÉCNICAS DE REHARMONIZAÇÃO para variar o
conteúdo harmônico do arranjo. Poderá também transformar o tema original através de TÉCNICAS
DE CONSTRUÇÃO E VARIAÇÃO melódicas. Portanto, as seções da aula estão interligados entre
si.
Finalmente, a seção ESCRITA PARA BIG BAND engloba os pontos apresentados nas seções
anteriores. Não somente o arranjo para um conjunto específico como uma Big Band, como
qualquer outra formação instrumental, se vincula aos conhecimentos discutidos nesta home page.
Todavia, este conjunto que tem uma configuração especial e uma sonoridade peculiar, pode servir
de modelo de estudo. Muito da sua idiomática vem da articulação rítmica, ou seja, do swing com o
qual a melodia é executada. Outro ponto relevante é uso de seções instrumentais como blocos
unitários de sonoridade compacta. Como discutido em parágrafo anterior, o paralelismo usado
nesta estrutura é paradoxal à postura tradicional de condução de vozes. Todavia, o bloco em si
pode ser tomado como uma voz única e desta forma pode-se estabelecer outras relações sonoras.
DELAMONT reitera que o conceito de bloco sonoro funcionando como unidade, leva a construção
de antifonias entre blocos. Usam-se contrastes entre seções instrumentais no lugar de contraponto
escolástico. O primeiro tópico desta seção denominado de Planejamento do Arranjo, está
vinculado ao parágrafo anterior. O tópico Blocos Instrumentais, apresenta a configuração padrão
da Big Band em seções individuais: Metais Agudos e Graves e Saxofones. O tópico Seção
Rítmica, discute o conjunto de instrumentos que é responsável pela sustentação do rítmo e da
harmonia. Os outros tópicos Mecânica de Escrita em Blocos, Introdução e Variações e Interlúdios
descrevem métodos para o desenvolvimento do arranjo, desde a escrita em blocos até
procedimentos para enriquecimento do conteúdo musical do mesmo.
HARMONIA
TÉCNICAS DE REHARMONIZAÇÃO
PLANEJAMENTO E FINALIZAÇÃO DE UM ARRANJO
REFERÊNCIAS
BERNSTEIN, Leornard. "Jazz in Serious Music". Em The Infinite Variety of Music, ed. Bernstein,
Signet Classics, Mentor and Plume Books. Congress Catalog Card: 66-24038, 1970.
DELAMONT, Gordon. Modern Arranging Technique, Kendor Music Inc.: Delevan, New York, 1965.
GUEST, Ian. Arranjo, Método Prático VolI, Lumiar Editora:Rio de Janeiro, ISBN 85-85426-31-4,
1996.
GUEST, Ian. Arranjo, Método Prático VolII, Lumiar Editora:Rio de Janeiro, ISBN 85-85426-31-4,
1996.
GUEST, Ian. Arranjo, Método Prático VolIII, Lumiar Editora:Rio de Janeiro, ISBN 85-85426-31-4,
1996.
JAFFE, Andrew. Jazz Theory, WM. C. Brown Company Publishers: Dubuque, Iowa, ISBN 0-697-
03549-2, 1983.
RUSSO, William. Composing Music: A New Approach, The University of Chicago Press: Chicago,
ISBN 0-226-73216-9, 1983.
WRIGHT, Rayburn. Inside the Score, Kendor Music Inc.: New York, 1982.
The Berklee Correspondence Course, Berklee Press Publications: Boston, Massachusetts
INTERNET
Aspectos Gerais
o Curva Melódica
o Frase, Períodos e Repetições
o Contexto: Motívico, Harmônico e Rítmico
Estruturas Motívicas
o Repetição
o Inversão e Retrogradação
Inversão Intervalar
Inversão Melódica
o Variação e Fragmentação
Construção Melódica
o Agregando e Variando Motivos
o Transpondo Motivos
o Progressão
o Forma Canção ou Lead
Variações Rítmicas
o Repetição do mesmo padrão rítmico
o Sincopando a Melodia
o Isoritmia
o Repetição de Padrão com Deslocamento de Acento
o Aumento e Diminuição da duração das Figuras
Variações Harmônicas
o Arpejos e Notas de Passagem
o Uso do mesmo Padrão Melódico em Acordes Diferentes
o Uso do mesmo Padrão Melódico no mesmo Acorde
o Repetição de Padrão Harmônico
o Escala de Acordes
Arranjo da Melodia
o Solo Acompanhado pela Seção Rítmica
o Desdobramento em Diferentes Instrumentos
o Imitação: Efeito de Eco
o Escrita em Bloco
DIFERENTES PROCESSOS DE DISTRIBUIÇÃO E CONDUÇÃO DE VOZES
Aspectos Gerais
o Condução é o Movimento Horizontal entre Vozes de dois Acordes
o Distribuição é a distância Vertical entre as Vozes de um Acorde
o Objetivo é aumentar a eficiência na condução de vozes
o Evitar Paralelismo
o Evitar Saltos
o Procurar Grau Conjunto
Condução
o Movimento Paralelo
o Movimento Contrário
o Movimento Oblíquo
Distribuição
o Posição Fechada
o Posição Aberta
Condução do Baixo
o Evitar Movimento Paralelo
o Baixo em Grau Conjunto - Movimento Oblíquo ou Contrário
o Baixo Pedal - Movimento Oblíquo
o Baixo com Saltos - Movimento Oblíquo ou Contrário
o Baixo Cromático
Ascendente ou Descendente: Acordes Diminutos e Meio Diminutos
Descendente: Dominantes Substitutivas
Condução em Bloco
o Vozes em Movimento Paralelo e melodia na 1o. Voz num mesmo bloco
o Bloco usandoTríades: A3 ou A4 com dobramento da melodia
o Bloco usando Tétrades A4 ou A5 com dobramento da melodia
o Bloco em Posição Fechada ou Aberta (Drops)
Drop 2: segunda nota da posição fechada oitava abaixo
Drop 3: terceira nota da posição fechada oitava abaixo
Drop 2+4: segunda e quarta notas da posição fechada oitava abaixo
o Posição Espalhada (spreads)
fundamental do acorde na voz mais grave e 1o. voz melodia
outras vozes completam o acorde (presença 3o. ou 4o. e 7o. ou 6o.)
podem aparecer blocos a A3, A4, A5 e A6 vozes.
HARMONIA
Planejamento Estrutural
Aplicação do Arranjo
o Música ao Vivo: concerto, show, trilha sonora de teatro etc.
o Gravação: disco, trilha sonora de filme ou teatro, cinema etc.
o Treinamento: desenvolvimento de técnicas
Duração do Arranjo: tempo (minutos), número de compassos versus
andamento
Análise da Forma doTema: Canção, Rondó, Livre
Forma Geral - Repetições do Tema: 1 Choro, 1 1/2 Choro, 2 Choros
Blocos: Introdução, Choros, Interlúdios, Improvisações e Finalização
Diagrama Geral do Arranjo
Plano Estrutural e Forma Geral descritos num texto
Planejamento Instrumental
Planejamento do Arranjo
Blocos Instrumentais
o 03 Blocos Instrumentais Distintos e Seção Rítmica
o Configuração Básica Tradicional
Trompetes: 04 Trompetes em Sib
Saxofones: 02 Saxes alto em Mib, 02 Saxes tenor em Sib, 01 Baritono em
Mib
Trombones: 03 Trombones tenores, 01 Trombone baixo
Seção Rítmica
Guitarra, Baixo, Piano e Bateria
nota: em geral, os músicos de sax são capazes de dobrar a clarineta e a
flauta.
o Tessitura e Efeitos dosTrompetes
Região Aguda: escrita Fa#2...Do5, soa Mi2...Sib4
Staccatos
Duplo e Triplo, Flutter Tongue
Glissandos
Flare, Gliss Longo, Dropped Note
Trilhos
Lip Trills e Fingered Trills
Uso de Surdina
o Tessitura e Efeitos dos Saxofones
Região Média: todos escrevem Sib2....Fa5, Alto soa Reb2..Lab4, Tenor
soa Lab1....Mib4, Baritono soa Réb1...Lab3
Ligação Harmônica e Melódica
Glissandos Rápidos e Pedais
o Tessitura e Efeitos dos Trombones
Região Grave: Tenor escreve e soa Mi1...Sib3, Baixo escreve e soa
Do1,,,Fa3
Evitar Passagens Rápidas no Grave (abaixo de La2)
Produz todos os Efeitos do Trompete mais o glissando longo
Uso de Surdina
Seção Rítmica
o Função de Sustentar a Harmônia e o Rítmo
o Configuração Básica: Piano ou Teclado, Contra-baixo, Guitarra, Bateria e
Percussão
o Escrita: Cifras, Orientações Rítmicas e eventuais trechos escritos em casos
específicos