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A professora Classificação O Enc.

de Educação

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Parte A
GRUPO I
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Lê o texto.
Lê o texto.

Oymyakon – A vila mais fria do mundo

Em Portugal o inverno nada tem a ver com aquilo que se passa


noutros lugares.
Conhece a vila mais fria do mundo
Bem-vindo a Oymyakon
Este é o nome da vila mais fria do mundo, onde as temperaturas são muito pouco saudáveis, a menos que
sejas feito de gelado de morango ou um boneco de neve! É de Oymyakon, na Sibéria, Rússia, o recorde da
temperatura mais baixa do hemisfério norte: 71,2 graus negativos. Fresquinho, não achas? Na verdade, as menos
de 500 pessoas que vivem nesta localidade não têm uma vida muito simples. Esquece tudo o que viste de
maravilhoso no filme Frozen: Reino de gelo, da Disney! A realidade é bem mais complicada.

De outubro a abril, em Oymyakon a terra está permanentemente congelada, por isso não existe qualquer
possibilidade de cultivar alface ou feijão. Não há nada que sirva de alimento que venha do reino vegetal, a menos
que estejamos dispostos a comer pinheiros. Desses ainda há alguns, mais alguma vegetação rasteira que consegue
sobreviver às temperaturas inferiores a 40 e a 50 graus negativos dos invernos polares desta região.

Ai, a minha caneta congelou!

Quando por cá neva toda a noite, as estradas ficam cortadas e as escolas fecham. Nada disso acontece
nesta vila da Rússia. Como as estradas estão com neve, os transportes já estão preparados antecipadamente para
resistirem até aos 50 graus negativos, pois a partir dessa temperatura o gasóleo começa a congelar e, sem
combustível, tudo fica parado. Para contornar a situação, os habitantes deste frigorífico deixam os automóveis a
trabalhar todo o dia, pois assim os combustíveis não correm o risco de congelarem e é a forma de garantir
transporte, mesmo que nem seja preciso.

As escolas, essas só fecham se as temperaturas chegarem aos 50 graus negativos. A tinta das esferográficas
congela. Os computadores e as impressoras sofrem de males semelhantes: se forem ligados em salas pouco
aquecidas deixam de funcionar corretamente, tal como o telemóvel e outros equipamentos eletrónicos. Internet e
rede móvel?

Não há!

Visão Júnior, nº 140, janeiro de 2016 (texto com supressões)

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1. Assinala com X, de 1.1. a 1.5., a opção que completa corretamente cada frase, de acordo com o sentido
do texto. 3X5=15
1.1. O inverno
A. é igual em todos os países do mundo.
B. em Portugal é pior do que os outros países do mundo.
C. em Oymyakon é aprazível e agradável.
x D. em Oymyakon é o mais rigoroso do mundo.

1.2. Oymyakon é uma vila


x A. que fica localizada na Rússia.
B. onde só há gelados de morango e bonecos de neve.
C. onde o recorde de temperatura mais baixa é 7,12 graus negativos.
D. do filme Frozen, da Disney.

1.3. De outubro a abril, em Oymyakon


A. só é possível cultivar vegetais.
B. só é possível comer alface ou feijão.
C. os pinheiros servem de alimento.
x D. só há pinheiros e alguma vegetação rasteira.

1.4. A vida em Oymyakon decorre com normalidade até ao momento em que


A. as escolas fecham.
B. as estradas ficam cortadas.
x C. a temperatura é mais baixa do que 50 graus negativos.
D. o gasóleo congela.

1.5. Os habitantes de Oymyakon, no inverno, não desligam os motores dos carros durante o dia,
A. porque não precisam de garantir transporte.
x B. para o combustível se manter em estado líquido.
C. porque têm combustível em excesso.
D. porque as estradas estão com neve.

2. Seleciona, entre as opções de A. a F. aquelas que evidenciam as consequências, nas escolas, das
temperaturas abaixo dos 50 graus negativos. = 5
x A. A tinta congela.
x B. Os equipamentos eletrónicos funcionam mal.
C. A internet mantém-se em funcionamento, mas com irregularidades.
D. O aquecimento deixa de funcionar.
E. As salas ficam pouco aquecidas.
x F. As escolas encerram.

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Parte B
Lê o texto que se segue, com muita atenção.

Somos amigos das rãs

O Martinho entra na loja da mãe, um pomar ali perto da paragem da camioneta, sempre cheio de
abelhas que se fartam de reinar sobre a fruta.
Ficámos eu e o Nicolau. Para chegarmos a casa temos de andar um bom pedaço por entre campos e
montes. De vez em quando, assustamo-nos quando, saído duma lura, salta um coelho bravo e foge a grande
5 velocidade, ou vemos as perdizes a levantar voo, assustadas com a nossa presença.

E lá vamos nós a subir, sempre a subir. Que ideia tola foi essa de os nossos pais terem resolvido morar
numa aldeia tão pequena! São vinte casas, contadas e recontadas, com cinco lâmpadas públicas quase sempre
fundidas, dois fontenários e um lavadoiro público, uma capela e uma venda onde há de tudo, desde fósforos a
panelas.
10 Felizmente que a luz elétrica chegou ao Pragal quando eu andava na escola primária. Lembro-me que
nesse dia estoiraram foguetes e o tio Zé Maria Coxo, o dono da venda, ligou a televisão a cores e fartou-se de
vender bebidas e rebuçados.
O Nicolau e eu sabemos os caminhos de cor. Sabemos o sítio onde fica uma pedra mais escura, onde
brota a mais pequenina nascente, o local exato dum buraco mais avantajado. E somos amigos das rãs, que
15 vivem descansadas nas poças de água, cobertas por uma manta de limos verdes.

Um dia apareceu, numa poça de água, sempre coberta por mosquitos, uma grande quantidade de
cabeçudos. O Nicolau disse que estávamos com sorte, pois o que nós tínhamos descoberto na poça eram
peixinhos acabados de nascer. Qualquer dia ficariam grandes, depois era só ter o trabalho de os agarrar e levá-
los para casa. Custou-me a acreditar, mas calei-me.
20 ─ Não duvides, tu vais ver! – dizia o Nicolau, todas as vezes que parávamos junto da poça.
─ Como é que vieram aqui nascer? – perguntei um dia, farto de esperar pelos peixes.
Nicolau pôs-se a olhar o céu, a ver se a resposta caía das nuvens. Daí a pedacinho, íamos já a subir a
encosta, explicou muito sério:
─ Tão fácil! Um pássaro apanhou um peixe no rio. O peixe estava cheio de ovos. Pois! O pássaro ia levá-
25 lo para cima de um penedo para o comer com muita calma, mas o espertalhão do peixe escapou-se-lhe do
bico!... Foi isso!
─ E depois? – perguntei sem perceber nada.
─ Põe a cabeça a funcionar, rapaz! O peixe veio aos trambolhões por ali abaixo, por acaso caiu na poça
cheio de susto e desovou. Quando o pássaro apanhou o peixe, claro que não viu os ovos!
30 Aquela explicação convenceu-me.
E já eu sonhava com os olhares admirados de meus irmãos ao verem a sacalhada de peixes, quando o
encanto se quebrou. Um dia fomos à poça espreitar e vimos uma grande quantidade de rãs pequeninas, com
aqueles olhos muito abertos!...
Ficámos calados, desanimados. E depois desatámos a rir como loucos. Só parámos quando as barrigas
35 nos começaram a doer.

─ Ai, Pedro, é tão triste ser analfabeto! ─ costuma agora dizer o Nicolau quando passamos na poça e
ouvimos o coaxar das rãs.
António Mota, Pedro Alecrim, ASA

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1. Identifica os protagonistas desta narrativa. =2
Os protagonistas desta narrativa são o Pedro e Nicolau.

2. Indica o recurso expressivo presente na passagem: “São vinte casas, contadas e recontadas, com cinco
lâmpadas públicas quase sempre fundidas, dois fontenários e um lavadoiro público, uma capela e uma venda
onde há de tudo, desde fósforos a panelas.” =2
O recurso expressivo é a enumeração.

3. Descreve, por palavras tuas, o local onde vivem os dois rapazes. =4


Os dois rapazes vivem numa aldeia muito pequena, no Pragal, onde só havia vinte casas, cinco lâmpadas
públicas, dois fontenários, um lavadoiro público, uma capela e uma venda (loja).
4. Refere como foi celebrada a chegada da luz elétrica ao Pragal. =4
Atiraram-se foguetes e o dono da venda ligou a televisão a cores e vendeu muitas bebidas e rebuçados.

5. Transcreve do texto uma expressão que demonstre que eles conheciam muito bem os sítios por onde
passavam. =3
“O Nicolau e eu sabemos o caminho de cor.”
6. Certo dia, fizeram uma descoberta numa poça.
6.1 O que encontraram? =2
Encontraram uma grande quantidade de cabeçudos.
6.2 Que explicação deu o Nicolau? =2
Nicolau disse que eram peixinhos acabados de nascer.
6.3 E o Pedro acreditou? Justifica a tua resposta com expressões do texto. =3
Pedro não estava a acreditar como se lê em: “Custou-me a acreditar, mas calei-me.”
7. “Nicolau pôs-se a olhar o céu, a ver se a resposta caía das nuvens.”
7.1. Resume as hipóteses que Nicolau apresentou a Pedro para o convencer de que ali havia peixes. =4
Nicolau referiu que um pássaro apanhara no rio um peixe cheio de ovos, que o deixara cair ali na poça e que,
com o susto do impacto, desovara.
8. Afinal, na poça tinham nascido rãs e não peixinhos. Regista a reação dos rapazes quando viram as rãs?
8.1 O que sentiram os rapazes quando viram as rãs? =4
Eles ficaram calados e desanimados (ou desapontados e tristes) e depois desataram a rir porque, em vez de
peixes, tinham nascido rãs.

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GRUPO II
1. Lê o seguinte excerto: ”E lá vamos nós a subir, sempre a subir. Que ideia tola foi essa de os nossos pais terem
resolvido morar numa aldeia tão pequena! São vinte casas, contadas e recontadas, com cinco lâmpadas
públicas quase sempre fundidas (…)”.

1.1. Preenche a tabela, identificando a classe e subclasse das palavras sublinhadas. =8

Classe Subclasse
lá Advérbio De predicado - lugar
nós Pronome pessoal
ideia Nome Comum
essa Pronome Demonstrativo
nossos Determinante Possessivo
pequena Adjetivo Qualificativo
com Preposição ----------------
cinco Quantificador Numeral cardinal

2. Lê as frases que se seguem e reescreve-as, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes pessoais
corretos. =6
2.1. “(…) vemos as perdizes a levantar voo (…)”
Vemo-las a levantar voo.
2.2. “O Nicolau e eu sabemos os caminhos de cor.”
Nós sabemos os acaminhos de cor.

2.3. “─ Põe a cabeça a funcionar, rapaz!”


- Põe-na a funcionar, rapaz!

3. Faz corresponder cada expressão sublinhada à função sintática correspondente. Segue o exemplo. =6

A B

“Ficámos eu e o Nicolau.” 2 1. Vocativo


“O Nicolau e eu sabemos os caminhos de cor.” 3 2. Sujeito
O Pedro deu a novidade à mãe. 5 3. Predicado
O Martinho foi à loja. 6 4. Complemento direto
“O pássaro ia levá-lo para cima de um penedo (…)” 4 5. Complemento indireto
Naquela tarde, eles foram espreitar a poça. 7 6. Complemento oblíquo
“─ Ai, Pedro, é tão triste ser analfabeto!” 1 7. Modificador

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