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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL


GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

FICHAMENTO

“A IMAGEM DA CIDADE ”
CAPÍTULO 3: A IMAGEM DA CIDADE E OS SEUS ELEMENTOS

KEVIN LYNCH

PETRÓPOLIS
2018
GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

“A IMAGEM DA CIDADE”
FICHAMENTO – CAPÍTULO 3

Trabalho apresentado no segundo semestre do ano


letivo do ano de 2017, como requisito avaliativo
parcial à disciplina de Paisagismo do curso de
Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Professor: Dr. André Carvalho

PETRÓPOLIS
2018
No terceiro capítulo do livro “A Imagem da Cidade”, Kevin Lynch disserta sobre a
relação de que cada indivíduo possui uma imagem própria e única de qualquer cidade, e
a imagem pública de uma cidade é “a sobreposição de imagens de muitos indivíduos”.
A formação dessa imagem, limitada aos efeitos dos elementos físicos perceptíveis é
influenciada por fatores como: o significado social de uma área, sua função, a história e
também o nome do lugar.
A partir de então, o autor desenvolve uma análise, primeiramente conceitual sobre os
elementos da paisagem urbana (que podem referir-se à forma física): vias, limites,
bairros, cruzamentos e elementos marcantes.
Vias:
- Canais ao longo dos quais o observador se move usual, ocasional ou potencialmente;
- Ruas, passeios, linhas de trânsito, canais e caminhos de ferro;
- Elementos predominantes na imagem para muitas pessoas;
- Meio pelo qual as pessoas observam a cidade à medida que nela se desloquem, e os
outros elementos são organizados e relacionados ao longo delas.

Limites:
- Elementos lineares;
- Não usados nem considerados como vias;
- Fronteiras entre duas partes; interrupções na continuidade; costas marítimas ou
fluviais, cortes de caminhos de ferro;
- Referências secundárias;
- Menos importantes que as vias;
- Característica organizadora: especialmente em manter unidas áreas diversas.

Bairros:
- Regiões urbanas de tamanho médio ou grande;
- Extensão bidimensional:
- Observador penetra mentalmente e que reconhece como tendo algo de comum e
identificável;
- Passível de identificação no interior e no exterior;
- A menor parte dos cidadãos estrutura sua cidade assim.
Cruzamentos:
- Pontos estratégicos da cidade;
- O observador pode entrar nela;
- Constituem intensivos focos para os quais e dos quais ele se desloca;
- “Junções locais de interrupção num transporte; entrecruzar ou convergir de vias,
momentos de mudança de uma estrutura para outra” (LYNCH, ).
- Simples concentrações importantes por serem o resumo de hábitos ou seu caráter
físico (Ex: esquina de uma rua; largo rodeado de elementos);
- Alguns desses nós são o resumo e o símbolo de um bairro;
- Relacionado com o conceito de via; Convergência de vias:
- Centro polinizador do bairro; “centro”;
- Encontram-se em pontos focais; São a característica dominante em alguns casos.

Pontos marcantes:
- Referência em que o observador está externo;
- Normalmente representados por um objeto físico (Ex.: edifício, sinal, loja e
montanha);
- Distinção e evidência em relação a outros elementos;
- Dentro da cidade ou a tal distância que desempenham a função constante de símbolos
de direção (Ex.: torres isoladas, cúpulas douradas e colinas extenas0;
- Podem ser apenas locais, podendo ser avistados apenas em regiões restritas e com
certa proximidade;
- Fachadas de lojas, árvores, puxadores de porta e detalhes urbanos;
- Possuem indicações de identidade e estrutura e adquirem significado e se tornam
familiares.

O autor chega à conclusão que nenhum dos elementos existe isoladamente na realidade
e todos estão inter-relacionados e sobrepostos ente si, e a partir disso, ele aprofunda sua
análise sobre o que seria a imagem da cidade, ampliando o diagnóstico sobre cada um
dos elementos da paisagem urbana anteriormente citados, exemplificando cada um deles
em cidades reais – principalmente estadunidenses- como Boston, Los Angeles, Cidade
de Jersey e Nova York.
Neste ponto, o autor mostra os erros e acertos na estrutura urbana das cidades por ele
expostas e destaca fatores importantes a serem considerados em planejamento urbano,
como a importância da continuidade desses elementos e outras características deles e
como cada um deles inter-relacionados fazem com que as regiões das cidades sejam
identificáveis e tenham uma imagem – o foco do livro – clara na mente dos usuário dos
espaços urbanos em questão.
Essas imagens podem ser diferenciadas por vários motivos, como escala da área
envolvida, ponto de vista, hora do dia e estação do ano, variando para cada observador,
de modo a ser uma imagem viva ou generalizada.
Lynch finaliza o capítulo recomendando uma tentativa de organização urbana que
facilite os esforços organizadores que temos em estruturar e organizar nossos arredores
de modo a não os frustrar.

LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade

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