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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

CURSO ENGENHARIA CIVIL E ALIMENTOS


DISCIPLINA: FÍSICA II
PROFESSOR: ERNANDO
TURMA:01

Relatório da aula prática

Feira de Santana
Junho, 2012
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
CURSO ENGENHARIA CIVIL E ALIMMENTOS
DISCIPLINA: FÍSICA Il
PROFESSOR: ERNANDO
TURMA:01

JOAO PAULO
LEO
LÚRIA GOMES DE OLIVEIRA
ADRIELLE DA SILVA LIMA
SAULO SANTOS DA SILVA

Relatório da aula prática

Relatório apresentado em
cumprimento às exigências da
disciplina Física Il do Curso de
Engenharia Civil e Alimentos, da
Universidade Estadual de Feira de
Santana.

Feira de Santana
Junho, 2012
Introdução

Um corpo ligado à extremidade de uma mola, esticada ou comprimida, possui


energia potencial elástica. A mola comprimida exerce uma força sobre o corpo, a qual
realiza um trabalho sobre ele quando o abandonamos. Porém, se tentarmos esticar ou
comprimir uma mola, nota-se que a força produzida pela mola é diretamente
proporcional ao seu deslocamento do estado inicial, ou seja, quando este está em
equilíbrio. Tal estado na mola ocorre quando ela está em seu estado natural (sem
alteração no seu comprimento).
Experimentalmente sabemos (e a 3ª Lei de Newton confirma) que ao
exercermos uma força sobre a mola puxando para baixo (pendurando o peso padrão)
a mola exercerá uma força de intensidade oposta à força peso com o intuito de
restaurar o seu estado “relaxado” (ou natural) em que se encontrava inicialmente.
Essa força faz com que a mola volte para o ponto de equilíbrio, ela esta contra o
movimento, chamada muitas vezes de “força restauradora”, Hooke chamou de força
elástica da mola. Assim, para pequenos valores de x comparando ao comprimento
inicial (L0) da mola, podemos escrever:
𝐹 = 𝑘∆𝑥

Sendo k a constante elástica, que difere em cada mola, Dx a variação do


comprimento desta mola e F a força elástica que é restauradora.
As figuras 1(a) e 1(b) mostram a situação que iremos tratar nesta experiência.
Consiste em uma mola não distendida suspensa verticalmente, com comprimento
inicial (relaxado) x0. Em 1(b), temos a mesma mola sujeita a ação de uma força que a
distende até um comprimento x=x0+∆x.

Figura 1: (a) Mola sem ação de


força externa. x0 corresponde ao
seu comprimento natural.(b) Mola
sob ação de um corpo de peso
P=mg, o qual deforma a mola de
um valor ∆x = x – x0.
O peso P de um corpo com massa m pendurado na mola é a força responsável
pela distensão da mola. Na situação de equilíbrio (figura 1(b)), temos duas forças de
módulos iguais e sentidos contrários F e P agindo sobre o corpo. A primeira se deve á
força restauradora da mola, tal que F = -P, e a segunda é devida ao peso P = mg,
onde g é a aceleração da gravidade.

Então pela Lei de Hooke:

𝐹 = −𝑘∆𝑥 = 𝑃

O sinal negativo indica que a força esta contra o movimento.

𝑃 = 𝑘∆𝑥

A partir do momento em que o corpo é solto da posição mostrada na figura


1(b), este descreverá fenômeno periódico (oscilações com intervalos de tempo iguais).
O período T é tempo para uma oscilação.

Objetivos

Determina a constante elástica da mola.

Materiais Utilizados

 – Suporte para mola;


 – 01 Mola;
 – 10 pesos padrão
 – Cronometro
Procedimentos

Pegamos a mola e acoplamos no aparelho. Logo em seguida fizemos sete


experiências, para cada experiência determinamos o período de oscilação com
massas diferentes. Na determinação do período de oscilação: medimos o tempo para
vinte oscilações, repetimos o procedimento mais cinco vezes, tiramos à média e
dividimos por vinte. Os valores das massas e dos períodos foram:

Massa (g) Massa (Kg) Tempo (s)


1º Experiência 50 g 0,05 Kg 7,59 s
2º Experiência 100g 0,1Kg 8,992 s
3º Experiência 110g 0,11Kg 9,714 s
4º Experiência 130g 0,13Kg 10,354 s
5º Experiência 150g 0,15Kg 11,254 s
6º Experiência 170g 0,17Kg 11,765 s
7º Experiência 200g 0,2kg 12,182 s

Logo após colocamos esses dados no programa Origen 6.0 :

A[x] para a massa e B[y] para o período. Selecionamos B[y] ; clicamos em PLOT e
depois em SCATTER para traçar os pontos no gráfico.
Logo em seguida clicamos ANALYSIS e depois em NON-LINEAR CURVE FIT... Onde
aparecerá essa tela a seguir:

Em seguida é só clicar no botão branco que está com a seta preta na tela. Com isso
aparecerá essa outra tela a seguir:

Em DEFINITION definiremos a função que representa o nosso gráfico, que será do


tipo:
Y=P1*x0,5 tal função é semelhante a essa t=(2*π/√𝑘)*m^0.5 então:
P1=2*π/√𝑘 x=m y=t
Em seguida clicaremos em FORM, colocaremos a opção EQUATIONS; logo depois
clicaremos na seta preta e aparecera a tela a seguir:
Cliquemos agora na seta preta e apareça a tela a seguir:

Clique na telinha branca, logo abaixo de VALUE e digite qualquer número. Em seguida
clique em “1Lter” até que os algarismos significativos, logo a baixo de VALUE, parem
de variar; logo depois clique em “10lter”, fazendo o mesmo; depois em “10 Simplex
lter” e por final, em DONE. Com isso aparecerá a tela a seguir:
Obs: o “a” no canto esquerdo do gráfico é igual P1.

Então: P1= 2,87409 ± 0,05847 P1=2,87409 (valor médio) £P1=0,05847 (desvio


padrão).
Como P1=2*π/√𝑘 teremos que k (essa constante elástica equivale ao valor
médio que representaremos como k1) será:
K1=4*π/P1^2=(4*3,14²)/2,87409²= 4,788 N/m

Então meu k será:


K= k1 ± £

£: desvio padrão
e £ será:
£=|(dk/dP1)*£P1|= |(-8*π²/ P13)*0,05847| = |-3,337*0,05847|= 0,2 N/m

Então k =4,788±0,2 N/m


Aplicando a linearização :

Clicamos na coluna B[y] com o botão esquerdo do mouse e depois clicamos SET
COLUMN VALUES... Que irá aparecer a tela a seguir:

Agora apagamos o termo com a facha preta e colocamos “col[b]²” e depois clicamos
em OK. Com isso voltaremos para a página com a tabela. Selecionamos o termo B[y]
e clicamos em PLOT, depois em SCATTER. Com isso irá apresenta uma função do 1º
grau crescente. Logo depois o procedimento será o mesmo como citado
anteriormente, mudando apenas o cálculo para encontrar o valor do K e em
DEFINITION colocaremos a função y=P1*x. O gráfico mostrado será:
Obs: o “a” no canto esquerdo do gráfico é igual P1.
P1=7,94581 ± 0,63321 P1=7,94581 (valor médio) £P1=0,63321
Então y= t² a=P1=4*π² /k k=4*π²/P1=  k1=4,96 N/m (valor médio)
Então meu k será:
K= k1±£
£: desvio padrão
e £ será:
£=|(dk/dP1)*£P1|=|(-4*π²/ d²P1)*0,633|=|-0,626*0,633|= 0,4 N/m
Então k =4,961±0,4 N/m

Análise dos resultados

Os resultados obtidos foram satisfatório devido à interseção entre os valores de


k obtidos, tanto no primeiro método como o da linearização. No segundo k encontrado
a amplitude da incerteza (±0,39) deu maior que o primeiro caso (±0,2) devido à
propagação do erro com a elevação ao quadrado da ordenada (eixo y). Tais erros
tiveram causas acidentais e de truncamento de número, sendo o primeiro:
manuseação dos instrumentos, como o cronômetro principalmente.

Conclusão

Por meio do sistema massa-mola podemos observa que o período de oscilação


depende da massa do corpo suspenso e da constante elástica da mola que o
sustenta. De forma experimental, percebemos que a velocidade máxima com a qual a
mola atinge ao passar no ponto de equilíbrio, dependera da massa prendida a ela;
quanto maior for a massa do corpo suspenso, menor será o módulo velocidade
máxima nesse ponto (visualmente: mais lentamente a mola oscilará) e quanto mais
leve for a massa, maior será o módulo velocidade máxima (visualmente: oscilará mais
rapidamente). Com isso, para a realização dessa prática, tivemos um pouco de
dificuldade de contar os números de oscilações devido o fato que os pesos, as quais
utilizamos, eram leves, dificultando na contagem. Apenas nos últimos pesos (de 170 g
e de 200 g) tivemos mais facilidade para contar.
Referências

 TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física: para cientistas e engenheiros. 6


ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2009
 http://www.fec.unicamp.br/~nilson/apostilas/tracaocompressaoleidehooke.pdf

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