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INTRODUÇÃO........................................... 2 INFORMAÇÕES
GERAIS................................... 2 O
Neem............................................... 2
Vantagens............................................ 3 Inseticidas
orgânicos x inseticidas químicos......... 3 PRAGAS QUE PODEM SER
CONTROLADAS COM O NEEM.......... 3
Grandes culturas e lavouras
Algodão (Gossypium spp.) ............................ 4 Arroz (Oryza
sativa) ................................ 4 Batata (Solanum tuberosum)
.......................... 5 Café (Coffea arabica)
............................... 5 Girassol (Helianthus annuus)
........................ 6 Leguminosas - Feijão (Phaseolus vulgaris),
ervilha
(Pisum sativum) e fava (Vicia faba) ................. 6 Mamona (Ricinus
comunis) ............................ 7 Mandioca (Manihot esculenta)
........................ 7 Milho (Zea mays)
.................................... 7 Soja (Glycine max)
.................................. 8 Trigo (Triticum aestivum), aveia
(Avena sativa)
e cevada (Hordeum vulgare) .......................... 8
Frutíferas
Acerola (Malpighia punicifolia) ..................... 9 Amora (Morus
alba) .................................. 9 Banana (Musa spp.)
.................................. 9 Cacau (Theobroma cacao)
............................. 9 Caqui (Diospyrus kaki)
............................. 10 Carambola (Averrhoa carambola)
..................... 10 Citros (Citrus spp.)
............................... 10 Figo (Ficus carica)
................................ 11 Goiaba (Psidium guajava) e araçá
(Psidium catteianum)11 Jabuticaba (Myrciaria jaboticaba)
.................. 12 Kiwi (Actinidia deliciosa)
......................... 12 Maçã (Pyrus malus), pêra (Pyrus communis)
e marmelo
(Cydonia oblanga)................................... 12 Mamão (Carica
papaya) .............................. 13 Manga (Mangifera indica)
........................... 13 Maracujá (Passiflora spp.)
......................... 14 Morango (Fragaria vesca)
........................... 14 Nêspera (Eriobotrya japonica) e ameixa
(Prunus
domestica) ......................................... 14
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INFORMAÇÕES GERAIS
O Neem
O que é?
O neem é uma árvore originária da Índia, mais especificamente da região de Burna, das zonas
áridas do Sudoeste Asiático e do subcontinente indiano. A árvore pertence à família das
Meliáceas, sendo extremamente resistente e de rápido crescimento. De seus frutos é extraído
o óleo, a partir de uma prensagem a frio da amêndoa das sementes. O óleo possui mais de
150 princípios ativos, sendo que nove deles possuem ação inseticida cientificamente
comprovada. O princípio ativo mais importante e estudado é o Tetranortriterpenóide
Azadiractina A.
VANTAGENS
- Inofensivo aos animais de sangue quente;
- Melhor relação custo x benefício;
- Não afeta inimigos naturais e polinizadores;
- Apresenta diversas formas de ação sobre os insetos, não gerando resistência;
- Totalmente biodegradável;
- Não é bioacumulável;
- Mundialmente aceito pela IFOAM na agricultura orgânica;
- Pode ser associado ao controle biológico;
- Não apresenta período de carência, bastando apenas lavar bem o alimento para retirar
quaisquer resíduos do produto que possam alterar seu sabor.
Existem inúmeras referências na literatura do controle de algumas das espécies que são tidas
como pragas do algodoeiro (1, 3, 5, 6, 12, e 13) e que também atacam inúmeras outras
culturas.
Para o controle das pragas da cultura de sequeiro, o recomendado seriam aplicações de 0,7 a
0,9 L/ha de DalNeem Orgânico (dependendo da infestação), com intervalos variando de 12 a
20 dias. Isso dependerá da reinfestação das pragas e do estádio fenológico da planta.
Para o controle das pragas da cultura irrigada, as pulverizações deverão variar também de 0,7
a 0,9 L/ha. Os intervalos entre aplicações também serão variáveis. A DalNeem irá desenvolver,
em breve, um trabalho no Sul de Santa Catarina para o controle de pragas da cultura irrigada,
o que dará muitos subsídios para a recomendação de uso do produto.
A batata é uma das culturas comerciais que mais demandam aplicações de produtos químicos
na atualidade, seja para o controle de pragas, seja para o controle de doenças. Muitos dos
produtos utilizados são altamente tóxicos, podendo causar intoxicação tanto no aplicador do
produto, quanto no con-sumidor, e ainda provocar danos consideráveis ao meio ambiente. Em
um trabalho realizado em São Paulo (dados não publicados), Evangelista (2005) obteve um
ótimo resultado no controle de várias das pragas da referida cultura.
Durante todo o ciclo da cultura foram feitas apenas duas pulverizações com produtos químicos
para o controle de ácaros e pulgões. A utilização desses produtos não seria necessária se a
dosagem do DalNeem Orgânico tivesse sido aumentada para, no mínimo, 0,75%. O trabalho
foi conduzido fazendo-se pulverizações semanais com solução a 0,5%. A recomendação para
o controle de pragas dessa cultura seria pulverizações semanais com solução a 0,75% e,
quando o foco for ácaros e pulgões, fazer pulverizações com solução variando de 0,75% a 1%,
dependendo do grau de infestação.
Os estudos foram desenvolvidos pela Escola Agrotécnica Federal de Machado (MG) e pela
Eco Insumos Agrícolas, de Pouso Alegre (MG). O manejo consiste em fazer aplicações
periódicas, focando principalmente o bicho-mineiro e as cigarras. Para o controle do bicho-
mineiro, as pulverizações são feitas no período principal de ataque da praga, o que pode variar
de acordo com as condições edafo-climáticas de cada região. Para o controle de cigarras, as
pulverizações são feitas na base da planta, próximas ao solo. O controle dessa praga pode ser
feito também utilizando-se a Torta de Neem, em torno de 100 g/planta a cada 90 dias. O
produto pode ser espalhado na superfície, com uma leve incorporação.
Esse controle das cigarras acaba sendo efetivo também para o controle da mosca-das-raízes.
Para o controle das demais pragas, soluções entre 0,5% e 0,75% são recomendadas, com
intervalos variáveis de acordo com a época e com o nível de infestação. Para o controle de
cochonilhas, recomenda-se usar soluções que podem variar de 0,7% a 1%, conforme a
infestação.
Tem aumentado a área cultivada com girassol em função da crescente procura por
combustíveis alternativos, sobretudo o biodiesel. O controle de suas pragas pode ser feito com
o DalNeem Orgânico, com resultados muito expressivos. Existem inúmeras referências
bibliográficas falando do controle da lagarta-rosca e da vaquinha. As demais pragas da cultura,
sobretudo as lagartas, podem ser controladas usando-se soluções a 0,5%.
Diabrotica speciosa
6 Vaquinhas Lagria villosa
Cerotoma arcuatus
Pragas de solo
Omiodes indicatus
8 Lagartas-das-folhas Urbanus proteus
Pseudoplusia includens
Etiella zinckenella
12 Lagartas-das-vagens
Michaelus jebus
O manejo adotado para leguminosas segue o exemplo do manejo adotado para a cultura da
soja. Atualmente uma das principais pragas das leguminosas é a mosca-branca. O foco
principal deve ser o controle dessa praga, sobretudo no Brasil Central. De um modo geral, três
pulverizações de Óleo de Neem Orgânico para as leguminosas seriam suficientes para se ter
um controle efetivo de referida praga. A primeira pulverização deve ser feita utilizando-se
solução de 0,7% (700 mL/ha), no momento em que houver os primeiros sinais de ataque de
mosca-branca, ou se porventura, houver ataque de lagartas desfolhadoras antes do ataque da
referida praga, o que deverá ocorrer por volta dos 20 dias após a emergência. Para a segunda
pulverização, recomenda-se usar solução 0,8% (800 mL/ha), o que deverá ocorrer entre 40 e
50 dias após a emergência.
A terceira aplicação deverá ser feita utilizando-se solução de 0,7% (700 mL/ha), o que deverá
ocorrer entre os 75 e 85 dias após a emergência. Se houver infestação antes dos períodos
supracitados, as pulverizações devem ser ante-cipadas, e dependendo da variedade plantada,
pode haver necessidade de uma quarta aplicação. Um cuidado todo especial deve ser tomado
para não pulverizar a lavoura em período de floração, pois pode provocar abortamento de
flores. Da mesma forma, deve-se respeitar um intervalo mínimo de quatro dias entre uma
pulverização de fungicida e o neem, e vice-versa. Um cuidado todo especial deve também ser
tomado quando houver ataque do ácaro-branco. Em função do rápido ciclo de vida da referida
praga, em torno de quatro dias, pode ser necessário fazer aplicações de DalNeem com
intervalos menores, e tendo que usar muitas das vezes soluções a 1,3%.
A exemplo da cultura do girassol, tem crescido a área cultivada com mamona. Da mesma
forma, existem referências na literatura do controle de algumas de suas pragas pelo neem (1,
5). Para o controle das lagartas de um modo geral, soluções a 0,7% de DalNeem Orgânico
seriam suficientes. Já para o controle do percevejo e da cigarrinha, recomendam-se aplicações
com solução variando de 0,7% a 1%, dependendo do grau de infestação. Intervalos médios de
15-20 dias entre aplicações também são recomendados.
A mandioca é outra cultura em que o neem apresenta um grande potencial para o controle de
suas pragas. No caso das moscas-brancas, existem inúmeras referências da literatura falando
do seu controle. E seguramente na atualidade não existe inseticida algum no mundo com maior
eficiência que o neem para o controle da referida praga.
Para o controle das pragas dessa cultura recomenda-se, no mínimo, pulverizações com
solução a 0,7%, podendo chegar a 0,9% de DalNeem Orgânico, sobretudo para o controle de
sugadores, tais como o tripes e o percevejo-de-renda. O intervalo entre aplicações dependerá
da praga a ser combatida, do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar de 15 a 25
dias entre as aplicações.
A soja é uma das principais espécies estudadas nos últimos anos, sobretudo no Brasil Central,
onde se concentra a maior área plantada. Pragas como a mosca-branca (Bemisia sp.) tem
migrado para a cultura da soja e provocado grandes prejuízos. Em trabalhos realizados a
campo na cidade de Primavera do Leste (MT) pela Agrocamp (dados não publicados) foram
obtidos resultados excelentes no controle das pragas da cultura da soja com apenas três
pulverizações de Óleo de Neem Orgânico.
O manejo recomendado para a cultura da soja é o seguinte: como o maior foco é a mosca
branca (Bemisia sp.), o início do tratamento com Óleo de
Neem Orgânico deve ser no momento em que a referida praga atingir nível de alarme, o que
provavelmente ocorre entre os estádios V3 e V6, tendo
ocorrido em média 20 dias após a emergência. Se houver ataque de lagartas fitófagas antes
desse período, o tratamento deve ser antecipado. O nível de alarme das lagartas é de 30% de
desfolha na fase vegetativa ou 40 lagartas maiores que 1,5 cm/pano-de-batida. Para a primeira
pulverização, recomenda-se a utilização de uma dosagem de 0,7 L/ha. A segunda pulverização
deve ocorrer entre 40 e 50 dias após a emergência, ou se houver reinfestação (atingirem o
nível de alarme) antes desse período.
Recomenda-se utilizar uma dosagem de 0,8 L/ha. A terceira pulverização deve ocorrer entre 75
e 85 dias após a emergência, ou se houver reinfestação (atingirem o nível de alarme) antes
desse período. Da mesma forma, recomenda-se a utilização de uma dosagem de 0,7 L/ha.
Essas três aplicações de Óleo de Neem Orgânico são suficientes para controlar de forma
efetiva as pragas da cultura da soja, sobretudo a mosca-branca (Bemisia sp.). A exemplo do
que foi sugerido para as leguminosas, recomenda-se não fazer pulverizações durante o
período de floração, e respeitar também um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação
de um fungicida e do Óleo de Neem, e vice-versa.
Frutíferas
Acerola (Malpighia punicifolia)
Tabela 12: Pragas da acerola
Nome comum Nome científico
1 Piolho-de-são-josé Quadraspidiotus perniciosus
2 Pulgão-branco Icerya purchasi
3 Coelobroca Trachyderes thoracicus
4 Percevejo Pachycoris torridus
Fonte: Gallo, 2002.
Para o controle das pragas da acerola, recomenda-se fazer pulverizações periódicas com
solução de DalNeem Orgânico a 0,6%. Para um controle curativo, sobretudo sobre o piolho-de-
são-josé, o pulgão-branco e o percevejo, recomenda-se usar soluções entre 0,75% e 1%,
dependendo do grau de infestação. O intervalo entre as pulverizações dependerá também do
grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.
Para o controle das pragas da amoreira, recomenda-se fazer pulverizações periódicas com
solução 0,6% de DalNeem Orgânico. Quando o foco for a cochonilha e os besouros, a solução
a ser utilizada pode variar de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação. O intervalo entre
as pulverizações dependerá também do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas,
podendo variar entre 15-25 dias.
Calligo illioneus
4 Lagartas destruidoras do limbo foliar
Opsiphanes sp.
A cultura da banana apresenta um potencial muito grande para a utilização dos produtos à
base de neem no controle de suas pragas. Existem relatos na literatura falando do controle de
pragas, tais como o moleque-da-bananeira e a vaquinha. Determinadas pragas, como é o caso
do moleque, podem ser controladas utilizando-se a Torta de Neem em cobertura nas
proximidades do caule da planta. O ideal seria a utilização de aproximadamente 100 g de
torta/planta a cada 90 dias. Para o controle das demais pragas, recomendam-se pulverizações
com DalNeem Orgânico com soluções a partir de 0,6%. Quando o foco for o pulgão, a solução
pode chegar até 1%. O intervalo entre aplicações irá depender das condições edafo-climáticas
e do grau de infestação e/ou de reinfestação das pragas, podendo variar entre 15-25 dias.
Hemeroblemma mexicana
7 Lagartas Stenoma decora
Sylepta prorogate
Das pragas que atacam o cacaueiro existem referências apenas do controle da cochonilha
Planococcus citri. Essa praga pode ser controlada usando soluções de DalNeem Orgânico que
variam de 0,75% a 1%, dependendo do grau de infestação. Essas soluções seriam suficientes
para controlar também outros sugadores, tais como o tripes, o pulgão e os percevejos. Quando
o foco for as demais pragas, recomenda-se soluções a 0,6%. O intervalo entre aplicações irá
depender das condições edafo-climáticas e do grau de infestação e/ou de reinfestação das
pragas, podendo variar entre 15-25 dias.
Para o controle das pragas do caqui (1, 3, 4, 5 e 7), recomenda-se fazer pulverizações com
solução de DalNeem Orgânico a 0,75%. Quando o foco for o controle de cochonilha,
recomenda-se solução que pode chegar a 1%, dependendo do grau de infestação. Para o
controle da lepidobroca, uma alternativa seria o pincelamento de DalNeem Orgânico puro nos
orifícios do caule. O intervalo entre as aplicações dependerá do grau de infestação e/ou de
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.
Ceratitis capitata
2 Mosca-das-frutas
Anastrepha fraterculus
Para o controle das pragas da carambola, recomendam-se pulverizações com soluções entre
0,6% e 0,85% de DalNeem Orgânico, dependendo do grau de infestação. O intervalo entre as
pulverizações dependerá da mesma forma, do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo
variar entre 15 e 25 dias.
Aetalion reticulatum
22 Cigarrinhas-das-frutíferas
Metcalfiella pertusa
Leptoglossus gonagra
23 Percevejos
Platytylus bicolor
Diploschema rotundicolle
Trachyderes thoracicus
24 Coleobrocas
Macropophora accentifer
Cratosomus reidii
Macrodactylus pumilio
25 Besouros Naupactus cervinus
Naupactus rivulosus
São inúmeras as pragas que atacam os citros, e deve-se ter muito cuidado ao adotar uma
estratégia para o seu controle. Existem referências na literatura do controle da cochonilha
Planococcus citri com o óleo de neem, e mais recentemente, trabalhos publicados pela
Embrapa mostrando eficácia no controle de algumas espécies de ácaros. As recomendações
para a cultura dos citros seriam as seguintes: para o controle das pragas 1, 2, 3, 4, 6, 20, 25,
26, 27, 29, 30 e 31, recomenda-se usar solução 0,7% de DalNeem Orgânico. Para o controle
das pragas 5, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23 e 28, recomenda-se usar soluções entre
0,7% e 0,9%. Para o controle das pragas 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 22, recomenda-se usar soluções
entre 0,85% e 1%. Para o controle da praga 24, recomenda-se pincelar o DalNeem Orgânico
puro no orifício criado pelo inseto no tronco. O intervalo entre pulverizações dependerá do grau
de infestação e/ou reinfestação, da(s) praga(s) que está(ão) sendo focada(s), podendo variar
entre 15 e 25 dias. Recomenda-se também a utilização da Torta de Neem em cobertura na
projeção da copa a cada 90 dias. A quantidade a ser utilizada dependerá do porte e da idade
da planta, podendo variar de 50 g a 200 g/planta.
Deve-se tomar um cuidado especial para não se fazer aplicações em período de floração, ou
logo após a emissão dos frutos, pois pode provocar abortamento de flores e frutos pequenos.
Da mesma forma, recomenda-se um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação de um
fungicida e de DalNeem, e vice-versa.
Para o controle das pragas 1 e 2, recomenda-se pincelar o tronco com Óleo de Neem Orgânico
puro no orifício provocado pela praga, e ainda fazer pulverizações com solução a 1%. Para o
controle das pragas 3 e 5, recomenda-se pulverizações com soluções variando de 0,75% a 1%,
dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 4, recomenda-se pulverizações
com solução a 0,7%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.
Anastrepha obliqua
7 Mosca-das-frutas Anastrepha fraterculus
Ceratitis capitata
8 Gorgulho-da-goiaba Conotrachelus psidii
Para o controle das pragas 1 e 2 recomenda-se solução de Óleo de Neem Orgânico entre
0,75% e 1%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 3, recomenda-se o
uso de solução 0,7%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. Para o controle da praga 3, sobretudo de
pupas no solo, recomenda-se fazer aplicações de Torta de Neem, entre 50g e 200 g/planta a
cada 90 dias.
Recomenda-se ainda o uso de Torta de Neem (50 g a 200 g/planta a cada 90 dias), em
cobertura na projeção da copa. Deve-se tomar o cuidado para não fazer pulverizações na
época da florada, pois pode provocar o abortamento de flores e a repelência dos polinizadores.
Existem referências bibliográficas mostrando o controle dos pulgões Aphis gossypii e Myzus
persicae e do ácaro-rajado Tetranychus urticae usando solução a 0,7%. Com essa mesma
solução pode ser feito o controle das pragas 1, 4 e 5. Para o controle das pragas 2 e 6
recomenda-se o uso de soluções de Óleo de Neem Orgânico entre 0,7% e 0,9%, dependendo
da infestação. Para o controle das coleobrocas, recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo
de Neem Orgânico puro no orifício provocado pelo inseto e pulverizações com solução a 1%,
sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de
infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.
Para o controle das pragas 1 e 10, recomenda-se o uso de soluções de Óleo de Neem
Orgânico entre 0,75% e 1%. Para o controle das pragas 2, 3, 6, 7, 8 e 9 recomenda-se o uso
de solução entre 0,65% e 0,9%, dependendo do grau de infestação. Para o controle da praga 5
recomenda-se fazer o pincelamento de Óleo de Neem Orgânico puro no orifício provocado pelo
inseto e pulverizações com solução a 1%, sobretudo no caule e nos ramos. O intervalo entre as
pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25
dias. O controle da praga 4 é feito através do uso de porta-enxertos resistentes e podas das
áreas atacadas.
spp.)
Tabela 26: Pragas do maracujazeiro
Nome comum Nome científico
Dione juno juno
1 Lagartas
Agraulis vanillae vanillae
Diactor bilineatus
2 Percevejos
Holumenia clavigera
3 Mosca-da-fruta Anastrepha pseudoparallela
4 Coleóptero Cyclocephala melanocephala
5 Mosquito-do-maracujá Gargaphia lunulata
6 Broca-do-maracujazeiro Philonis passiflorae
7 Irapuá Trigona spinipes
8 Mosca Dasiops inedulis
9 Lagarta-do-fruto Azamora sp.
Fonte: Gallo, 2002.
Para o controle da praga 6, recomendam-se pulverizações nos locais atacados com solução
entre 0,75% e 1%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. Um cuidado todo especial deve ser tomado
para evitar pulverizações sobre as flores, pois além de poder provocar abortos quando do uso
de soluções mais concentradas, pode repelir a mamangava, que é o seu polinizador.
Morango (Fragaria vesca)
Tabela 27: Pragas do morangueiro
Nome comum Nome científico
Capitophorus fragaefolii
1 Pulgões
Cerosipha forbesi
2 Lagarta-rosca Agrotis ipsilon
3 Formiga-lava-pé Solenopsis saevissima
4 Ácaro-rajado Tetranychus urticae
5 Broca-do-morango Lobiopa insularis
Fonte: Gallo, 2002.
Trabalhos a campo têm mostrado que soluções a 0,25% estão sendo eficientes no controle de
ácaros sem afetar os ácaros predadores.
Porém é um processo gradual e demora certo tempo até atingir esse nível de controle.
O manejo consiste basicamente em fazer aplicações periódicas com soluções que variam de
0,5% a 0,75%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.
Normalmente essas pulverizações são feitas no período em que a planta ainda se encontra em
período de dormência. Para o controle das pragas 4, 5, 6, 7 e 8 recomendam-se pulverizações
com solução 0,6%. O intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou
reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias. É ainda recomendável o uso de Torta de
Neem, entre 100 g e 200g/planta a cada 90 dias em cobertura na projeção da copa. Essas
aplicações teriam como foco o controle de nematóides e de formas jovens de algumas pragas
que tem parte do seu ciclo no solo. O mesmo tratamento se aplica às culturas anteriormente
citadas.
Daktulosphaira vitifoliae
2 Filoxera
Cochonilhas da parte aérea
Cochonilha-branca
3 Cochonilha-amarela Hemibrlesia lataniae
Pseudaulacaspis pentagona
Euphoria lurida
12 Besouro-dos-frutos
Gymnetis pantherina
Uma das mais importantes pragas da videira na atualidade é a pérola-da-terra. Várias são as
medidas adotadas para o seu controle, usando na maioria das vezes produtos químicos
altamente tóxicos. Estudos estão sendo realizados em São Paulo em parreirais atacados pela
referida praga.
culturas
Para o controle de pragas dessa cultura, recomenda-se o uso de Óleo de Neem Orgânico a
0,7%. O manejo adotado para o controle de pragas dessa cultura pode ser o mesmo adotado
na cultura da batata, com pulverizações periódicas, podendo variar a cada 10-15 dias,
dependendo da infestação e/ou reinfestação.
A cultura do fumo é, sem sombra de dúvidas, uma das que mais demandam produtos com alta
toxicidade para o controle de suas pragas, o que tem se refletido em sérios problemas de
saúde nos produtores. Por resistência de muitas empresas que trabalham com o fumo, ainda
não foram desenvolvidos trabalhos na referida cultura. Porém, pode-se propor o seguinte: é
recomendado o uso de Torta de Neem misturada ao substrato para a produção de mudas, a
1% do peso total do substrato. Com isso, acredita-se que haverá uma redução significativa de
pragas como o Fungus gnatis, muito comum no sul do Brasil. Recomenda-se também a
pulverização das mudas com soluções de Óleo de Neem Orgânico, que pode variar de 0,3 a
0,5%.
Para o controle de todas as pragas recomenda-se pulverizações com soluções entre 0,7% e
0,95% de Óleo de Neem Orgânico. O intervalo entre pulverizações dependerá do grau de
infestação e/ou reinfestação, podendo variar entre 15 e 25 dias.
Horticultura
Existem muitas referências na literatura sobre o controle de uma série de pragas das
crucíferas. Cooper (1999) obteve ótimos resultados no controle de várias pragas no Caribe,
sobretudo da traça-das-crucíferas (Plutella xylostella). Resultados semelhantes foram obtidos
por Meadow & Seljasen (1999). Roychoudhury & Bhatt (1999) obtiveram bons resultados no
controle do pulgão Myzus persicae em estudos realizados em laboratório.
Existem relatos na literatura do controle da mosca branca Bemisia tabaci, das lagartas Plutella
xylostella e Agrotis ipsilon e do pulgão Brevicoryne brassicae. Acredita-se também que as
demais pragas das crucíferas possam ser facilmente controladas com o Óleo de Neem
Orgânico, as quais cita-se: o curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis), a lagarta mede-
palmo (Trichoplusia ni) e a broca-da-couve (Hellula phidilealis). Recomendam-se, para o
controle das pragas, soluções que podem variar de 0,5% a 0,75%, dependendo da praga e da
infestação. As soluções mais concentradas seriam para o controle principalmente dos pulgões.
Muitas das pragas aqui relacionadas (1, 2, 3, 6, 8) já foram estudadas e a eficiência do seu
controle utilizando o óleo de neem comprovado. Roychou-dhury & Bhatt (1999) obtiveram bons
resultados no controle dos pulgões Aphis gossypii e Myzus persicae em estudos realizados em
laboratório. Para o controle das pragas dessas culturas, recomendam-se pulverizações com
soluções que podem variar de 0,6% a 0,8% de Óleo de Neem Orgânico. O intervalo entre as
pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação.
Existem referências bibliográficas falando do controle das duas lagartas citadas na tabela 36
em diferentes culturas. Para o controle das demais pragas das hortaliças, recomendam-se
soluções de Óleo de Neem Orgânico de 0,5% (5mL/L de água). Uma solução mais
concentradas pode ser usada para o controle de pulgões e cochonilhas.
Para o controle das pragas 1 e 4 recomenda-se pulverizações de Óleo de Neem Orgânico com
soluções de 0,5% a 0,75%. Para o controle das lagartas, soluções a 0,5% seriam suficientes. O
intervalo entre as pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação, mas
recomenda-se algo em torno de 10-15 dias.
Para o controle dos pulgões, recomendam-se pulverizações com soluções de Óleo de Neem
Orgânico que variam de 0,6% a 0,75%, dependendo da infestação. Para o controle das demais
pragas, recomenda-se o uso de solução a 0,6%. O intervalo entre as pulverizações dependerá
do grau de infestação e/ou reinfestação, mas recomenda-se que seja algo em torno de 10-15
dias.
Frankliniella schultzei
1 Tripes
Thrips palmi
Tuta absoluta
6 Traças
Phthorimaea operculella
Phthia picta
8 Percevejos
Corythaica cyathicollis
Besouros
Phyrdenus divergens
11 Bicho-de-tromba-de-elefante
Faustinus sp.
Neocurtilla hexadactyla
14 Paquinhas
Scapteriscus spp.
Tetranychus urticae
15 Ácaro-rajado
Polyphagotargonemus latus
Para o controle das demais pragas, soluções a 0,7% são suficientes. O intervalo entre as
pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou rein-festação, mas recomenda-se que
seja algo em torno de 5-8 dias.
Existem ainda muitas referências relatando o efeito do neem sobre os nematóides que atacam
a cultura. Mojumder (1999) controlou o nematóide Meloidogyne incognita utilizando a Torta de
Neem nos canteiros.
Pastagens
Existem inúmeras referências bibliográficas que falam do controle das lagartas que também
atacam essa cultura. Recomendam-se soluções entre 0,5% e 0,7% do Óleo de Neem para o
controle das pragas da alfafa.
O intervalo de aplicações será variável de acordo com o grau de infestação e/ou reinfestação.
Porém as aplicações devem ter intervalo aproximado de 15-20 dias no período de maior
ocorrência das pragas.
Pastagens – Geral
Tabela 41: Pragas das pastagens
Nome comum Nome científico
Zulia entreriana
1 Cigarrinhas
Deois flavopicta
Deois schach
Mahanarva fimbriolata
2 Cochonilha-dos-capins Antonina graminis
3 Percevejo-das-gramíneas Blissus antillus
4 Curuquerê-dos-capinzais Mocis latipes
5 Lagarta-do-cartucho-do-milho Spodoptera frugiperda
6 Lagarta-do-trigo Pseudaletia sequax
Scaptocoris castanea
7 Percevejo-castanho
Atarsocoris brachiariae
Schistocerca spp.
8 Gafanhotos
Rhammatocerus spp.
Cornitermes cumulans
9 Cupins
Syntermes sp.
As cigarrinhas de pastagem foram uma das primeiras pragas no Brasil na qual foi estudado o
uso do Óleo de Neem para o seu controle. Resultados ótimos são obtidos utilizando-se
soluções que podem variar de 0,7% a 1% de Óleo de Neem Orgânico, dependendo do grau de
infestação. O jato deve ser direcionado para a parte inferior da planta, onde normalmente a
praga se instala. O intervalo de aplicações será variável de acordo com o grau de infestação
e/ou reinfestação. Porém as aplicações devem ter intervalo aproximado de 15-20 dias no
período de maior ocorrência das pragas.
Espécies florestais
Eucalipto (Eucaliptus spp.)
Tabela 43: Pragas do eucalipto
Nome comum Nome científico
Coptotermes spp.
Heterotermes spp.
Anoplotermes spp.
Armitermes spp.
1 Cupins
Cornitermes spp.
Neocapritermes spp.
Procornitermes spp.
Syntermes spp.
Atta spp.
2 Saúvas e quenquéns
Acromyrmex spp.
Eupseudosoma aberrans
Eupseudosoma involuta
Euselasia apisaon
3 Lagartas-das-folhas Glena unipennaria unipennaria
Sabulodes caberata caberata
Sarsina violascens
Thyrinteina arnobia
Bolax flavolineatus
Sternocolaspis quatuordecimcostata
4 Besouros-de-folhas
Costalimaita ferruginea
Gonipterus gibberus
5 Broca-das-mirtáceas Timocratia palpalis
Achryson urinamum
6 Coleobrocas Mallodon spinibarbis
Phoracantha semipunctata
7 Besouro-de-raiz Migdolus fryanus
Fonte: Gallo, 2002.
Espécies ornamentais
Neocurtilla hexadactyla
7 Paquinhas
Scapteriscus spp.
Um cuidado todo especial deve ser tomado na recomendação de determinados produtos para
jardinagem, sobretudo na amadora e residencial.
Muitas vezes o consumidor acaba usando produtos tóxicos sem a devida orientação, o que
pode trazer sérios problemas. O Óleo de Neem pode ser perfeitamente utilizado na jardinagem,
tanto profissional quanto amadora, com ótimos resultados.
Para o controle de lagartas, tripes e ácaros, podem ser utilizadas soluções entre 0,6% e 0,75%.
Já para o controle de cochonilhas, recomenda-se o uso de soluções um pouco mais
concentradas, variando de 0,5% a 0,75% conforme a infestação. O intervalo entre
pulverizações dependerá do grau de infestação e/ou reinfestação. Porém, recomendam-se
pulverizações com intervalos entre 12 e 15 dias.
Deve-se tomar um cuidado todo especial nas pulverizações de flores, pois essas podem
apresentar manchas e sofrer depreciação para o mercado.
Orquídeas
Tabela 46: Pragas das orquídeas
Nome comum Nome científico
1 Percevejo-das-orquídeas Tenthecoris orchidearum
2 Vespinha-das-orquídeas Eurytoma orchidearum
Cerataphis orquidearum
3 Pulgões
Macrosiphum luteum
Diaspis boisduvali
Parlatoria proteus
4 Cochonilhas
Pseudoparlatoria parlatorioides
Besourinhos-da-orquídeas
Besourinho-negro
5 Besourinho-castanho Diorymerellus minensis
Diorymerellus lepagei
6 Larva-mineira-das-orquídeas Mordellistena cattleyana
7 Tripes Aurantothrips orchidearum
8 Ácaro Brevipalpus californicus
Fonte: Gallo, 2002.
O controle das pragas das orquídeas também pode ser obtido usando soluções do Óleo de
Neem que variam de 0,5% a 0,75%. As doses mais elevadas devem ser usadas para o
controle de pulgões e cochonilhas. Para o controle das demais pragas, soluções a 0,5% são
suficientes. O intervalo entre as pulverizações varia de acordo com a infestação e com a época
do ano. Geralmente os períodos mais quentes é que são mais propícios ao ataque das pragas.
Da mesma forma, recomenda-se um cuidado todo especial para não pulverizar as flores, pois
estas podem apresentar manchas e sofrer depreciação para o mercado.
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO
Para garantir a total eficácia do Óleo de Neem, adote os cuidados e dicas abaixo:
Usar água com pH neutro. O nível de tolerância é entre 5,8 e 7,5. Se houver necessidade, faça
a correção do pH usando produtos específicos.
Não misture com outros produtos químicos, como herbicidas, fungicidas, inseticidas, nem
mesmo produtos à base de cobre.
Prepare apenas a calda a ser aplicada no dia. Não é recomendável guardar calda pronta para
aplicações posteriores.
Em dias frios o produto fica pastoso, cristalizado. Para voltá-lo à forma líquida, aqueça em
banho-maria à temperatura média de 37º C por dois minutos.
Respeite um intervalo mínimo de quatro dias entre a aplicação do Óleo de Neem e quaisquer
outros produtos, sejam eles herbicidas, fungicidas, inseticidas, acaricidas e adubos foliares.
CONCLUSÃO
Com o aumento da consciência dos efeitos nefastos dos agrotóxicos sintéticos sobre a saúde
do homem e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, tem crescido a busca por alimentos
orgânicos e alternativos e, por conseqüência, tem crescido a busca por produtos para combater
as pragas de uma forma racional e natural. O neem é um desses produtos, sendo hoje
considerado uma das mais importantes ferramentas agroeco-lógicas para o terceiro milênio
(nota do autor).
Dentre uma série de vantagens, pode-se destacar o fato de ser atóxico para animais de sangue
quente, é totalmente biodegradável, não é bioacumulável, é mundialmente aprovado para a
agricultura orgânica, pode ser associado ao controle biológico, tem pouca ação sobre
polinizadores e insetos benéficos, além das pragas não apresentarem resistência aos mesmos.
O produto não apresenta período de carência, bastando apenas lavar bem os alimentos para
retirar os resíduos do produto que podem alterar o sabor dos mesmos.
Desde que usado adequadamente, o produto é muito eficaz no combate a pragas das mais
diversas culturas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Abstracts of papers at the World Neem Conference. University of British Columbia, Vancouver,
Canada – 19-21 may, 1999.
EVANGELISTA, Fábio Marcelo Martos. Efeito da aplicação do Óleo de Neem (Organic Neem)
na produtividade da cultura da Batata (Solanum tuberosum) var. Atlantic. Dados não
publicados.
IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná. O Nim – Azadirachta indica: natureza, usos múltiplos,
produção. Instituto Agronômico do Paraná; editado por Sueli Souza Martinez. – Londrina:
IAPAR, 2002. 142 p.
MARTINEZ, Sueli Souza; MENEGUIM, Ana Maria. Reduction of egg laying and egg survival of
Perileucoptera coffeella caused by neem oil. In: Abstracts of papers at the World Neem
Conference. University of British Columbia, Vancouver, Canada – 19-21 may, 1999.
MEADOW, Richard; SELJASEN, Randi. Neem extracts against major pests of cabbage. In:
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Canada – 19-21 may, 1999.
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banana pest management. In: Abstracts of papers at the World Neem Conference. University of
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vectoral activity of aphid vectors. In: Abstracts of papers at the World Neem Conference.
University of British Columbia, Vancouver, Canada – 19-21 may, 1999.
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In: Abstracts of papers at the World Neem Conference. University of British Columbia,
Vancouver, Canada – 19-21 may, 1999.