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Açao Do Vento em Torres PDF
Açao Do Vento em Torres PDF
O tópico apresentado a seguir visa o estudo das forças devidas ao vento em torres e estruturas
similares segundo a norma brasileira NBR 6123/87.
Nas torres de telecomunicações, o vento atuante sobre a estrutura e sobre as antenas e
equipamentos instalados é o principal carregamento. A segurança e operacionalidade destas estruturas
depende diretamente da correta determinação dos efeitos causados pelo vento. Vamos analisar a
seguir como determinar as forças devidas ao vento nestas estruturas utilizando a norma NBR 6123 -
Forças devidas ao vento em edificações.
A força de arrasto na direção do vento (Fa) é uma força estática obtida por:
Fa = Ca .q. Ae
onde: C a é o coeficiente de arrasto, q é a pressão dinâmica de vento e Ae é a área frontal efetiva. A
área frontal efetiva corresponde à área de projeção ortogonal da estrutura sobre um plano
perpendicular à direção do vento ("área de sombra").
A velocidade característica do vento (Vk) é a velocidade do vento que atua sobre uma
determinada parte da estrutura. Depende da altura em relação ao solo, da rugosidade do terreno, das
variações do relevo e das dimensões e do grau de segurança da estrutura. É obtida através da
expressão: Vk = V0 .S 1 .S 2 .S 3
onde S1 é o fator topográfico, S 2 é o fator que considera a rugosidade do terreno, dimensões da
estrutura e altura sobre o terreno, e S 3 é o fator estatístico.
A velocidade básica do vento, V0, é a velocidade de uma rajada de 3s, excedida em média
uma vez em 50 anos, a 10 m acima do terreno em campo aberto e plano. Admite-se que o vento
básico pode soprar em qualquer direção horizontal.
Como exemplo vamos apresentar o cálculo da força de vento atuando sobre uma torre
metálica com 5,47 metros de altura instalada sobre uma caixa de água de concreto com 40 metros de
altura na região de Curitiba. A estrutura da torre é formada por cantoneiras com a geometria
apresentada na figura 2.
Para dimensionamento e cálculo das forças devidas ao vento a estrutura foi dividida em 3
trechos ou módulos conforme figura 3.
As cargas devidas ao vento obtidas para esta torre considerando o vento nas direções 1 e 2
são apresentados na tabela abaixo:
Para o cálculo da força de vento atuante sobre as 13 antenas setorizadas consideramos cada
antena com área exposta ao vento de 0,36 m2.
Como as antenas setorizadas distribuem-se uniformemente em torno da plataforma circular da
torre, consideramos 8 antenas com toda a área frontal exposta ao vento (Ca = 1,2) e 5 antenas
sombreadas por outras antenas ou pela estrutura (Ca = 0,4).
A combinação de antenas acima equivale a :
Ae = 3,50 m2 (área exposta ao vento das antenas);
Ca = 1,20 (coeficiente de arrasto das antenas).
As cargas obtidas para o vento atuando nas antenas são apresentadas na tabela abaixo: