Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Subjetividade Como Anomailia - Contribuiçoes Epistemológicas para A Crítica Do Modelo Biomedico PDF
A Subjetividade Como Anomailia - Contribuiçoes Epistemológicas para A Crítica Do Modelo Biomedico PDF
Abstract The purpose of this paper is to open a Resumo Este artigo tem como proposta estabele-
discussion on biomedicine focused on a reflection cer uma discussão sobre a biomedicina trazendo à
about the role subjective phenomena related to the tona uma reflexão sobre o lugar que os fenômenos
experience of illness are playing in that model. We subjetivos relacionados ao adoecimento ocupam
use epistemology as our main analytic tool, with nesse modelo. Utilizaremos como principal instru-
emphasis to the work of Thomas Kuhn and his mento de análise a epistemologia, com destaque
ideas of paradigm and anomaly and the contri- especial a Thomas Kuhn e às noções de “paradig-
butions of Ludwik Fleck and his concepts of ex- ma e anomalia”, e à contribuição de Ludwick Fleck
ceptions to theories and the persistence of thought com os conceitos de “exceções das teorias e a ten-
styles. We believe that the reflections presented here dência à persistência nos sistemas de idéias”. Acre-
can become a fundamental and suitable exercise ditamos que a presente reflexão possa vir a ser um
for improving/transforming the biomedical para- exercício fundamental e oportuno para a otimiza-
digm, principally in view of the high degree of sub- ção/transformação do paradigma biomédico, na
jectivity involved in the medical practice. medida em que é consensual o alto grau de subjeti-
Key words Biomedicine, Subjectivity, Epistemo- vidade que envolve a prática médica.
logy, Paradigm, Anomaly Palavras-chave Biomedicina, Subjetividade,
Epistemologia, Paradigma, Anomalia
1Instituto de Medicina
Social, Uerj. Rua São
Francisco Xavier, 524.
Pavilhão João Lyra Filho, 7o
andar, blocos D e E
Maracanã. 20550-900 Rio
de Janeiro RJ.
carla.guedes@globo.com
1094
Guedes, C. R. et al.
ceu um conjunto de proposições implícitas nor- cado por uma ambigüidade em relação ao que
teadoras à prática do médico, a teoria das doen- os médicos devem saber e ao que sentem ao fa-
ças: zer; o saber e o sentir seriam a expressão de uma
As doenças são coisas, de existência concreta, tensão estruturante que se encontra no interior
fixa e imutável, de lugar para lugar e de pessoa para da prática médica. Durante os anos de forma-
pessoa, as doenças se expressam por um conjunto ção, o médico aprenderia a manejar esta tensão,
de sinais e sintomas, que são manifestações de le- e gradativamente as manifestações relacionadas
sões, que devem ser buscadas por sua vez no âmago à subjetividade, ao emocional, iriam sendo ex-
do organismo e corrigidas por algum tipo de inter- cluídas da prática cotidiana. A tensão estrutu-
venção concreta4. rante apareceria em ocasiões de interações soci-
Essas proposições não aparecem explicita- ais que favorecessem a eclosão de conflitos. Como
mente em livros ou manuais de ensino da medi- exemplo o autor menciona o momento de pas-
cina, sendo entretanto familiares a qualquer mé- sagem das visitas médicas, o contato com o paci-
dico. A partir disto notamos que há pouco ou ente terminal e dá um destaque especial à diag-
nenhum questionamento sobre essa condição por nose.
parte dos médicos; as doenças não são vistas No momento de construção do diagnóstico,
como construções, ficções criadas e categoriza- aparecem vários elementos como sentimentos,
das por homens, mas efetivamente como entida- dúvidas, tentativas e erros, porém, no resultado
des que existem. Estas se apresentam e cabe ao final, isto desaparece, adquirindo um estatuto de
médico identificá-las, encontrar a lesão para, saber científico. Sendo assim, perdem-se as con-
como diria Foucault em O nascimento da clínica, textualizações históricas e sociais que se apresen-
dar visibilidade àquilo que está invisível. tavam no momento da sua construção: Com isso
Enquanto os referenciais teóricos do médico queremos dizer que nesse processo de constituição
são os acima citados, o sofrimento do paciente do diagnóstico ocorrem negociações, tácitas ou ex-
torna-se irrelevante; “quando a doença passa a plícitas, avaliação dos enunciados produzidos e do
ser ‘real’ o paciente virtualiza-se” 17. Paradoxal- agente que os produz, mas que na formulação “ci-
mente, ignora-se aquilo que deveria ser a catego- entífica” do diagnóstico ficam eliminadas. Deste
ria central, a qual nortearia a prática médica: o modo, a esse diagnóstico construído lhe é outorga-
médico, em última instância, deveria trabalhar do um critério de “objetividade”13.
sabendo que lida com um paciente que sofre e Os médicos, ao buscar a objetividade dos exa-
que esta experiência envolve uma série de ques- mes clínicos, relegando a segundo plano a obser-
tões as quais escapam ao biológico, pois se refe- vação clínica, não se atentam para o fato de que
rem a questões psicológicas, culturais e sociais. É os dados produzidos nos exames, por mais obje-
freqüente encontrarmos na prática discursiva da tivos que sejam, sempre vão passar por um pro-
medicina referências à necessidade de uma abor- cesso interpretativo4. Segundo Hacking19, as ins-
dagem biopsicossocial, mas há uma total prima- crições produzidas pelos dados, como gráficos,
zia do campo biológico sobre os demais: Catego- tabelas, fotografias e registros, são chamadas por
rias fundamentais no que concerne ao adoecer ele de “marcas”, e estas, para serem decifradas,
como, por exemplo, SOFRIMENTO, SAÚDE, requerem a interpretação.
HOMEM (no sentido de “ser humano”),VIDA, Embora a biomedicina tente se adequar ao
CURA encontram-se perdidas nas brumas do ima- modelo preconizado pela ciência, o médico em
ginário ou empurradas para o terreno da metafísi- sua prática clínica não consegue cumprir este
ca4. ensejo, pois a subjetividade apresenta-se em vá-
A partir desses referenciais, os médicos são rios momentos: na sua experiência, nas interpre-
guiados por comportamentos que tentam se ba- tações dos exames, ao tomar decisões e julgamen-
sear em padrões científicos mais que em parti- tos20.
cularidades e procuram fazer com que seu tra- Luz21 afirma que na sociedade contemporâ-
balho esteja focado na competência técnica e na nea existiria uma crise na medicina. Esta não es-
objetividade sem envolvimento emocional com taria ligada à produção de conhecimento da dis-
o paciente18. No entanto, nem sempre a ideal po- ciplina, mas sim às dimensões ética, política, pe-
sição de neutralidade e objetividade consegue ser dagógica e social. Dentre algumas questões abor-
mantida, pois há no interior do saber médico uma dadas pela autora podemos mencionar os pro-
grande valorização da experiência pessoal do gramas de atenção médica precários, ênfase na
médico 4, 18. diagnose em detrimento da cura do sujeito do-
Bonet13 afirma que o trabalho médico é mar- ente, relação médico-paciente perpassada pelo
1097
orias, aplicação e instrumentação é o que Kuhn2 mal. Desse modo, embora não haja esforço em
denomina de ciência normal, isto é, todo o tra- produzir novidades, estas efetivamente ocorrem
balho que se dirige para a consolidação do co- e podem produzir descontinuidade, o que o au-
nhecimento. tor denomina de revolução científica 2.
A elevação de uma nova teoria ao status de As novas descobertas são um processo lento
paradigma é justificada de duas formas: por con- e demorado, e caracterizam-se pela recorrência
seguir partidários que se convençam de que aque- de uma estrutura, isto é, esse processo se inicia
le paradigma pode solucionar questões as quais com a consciência de uma anomalia – aquilo que
os cientistas consideram graves e, concomitante- não estava previsto – com a qual o pesquisador
mente, ser amplo o suficiente para trazer uma não se encontra preparado para lidar: a descober-
gama de problemas que devem ser resolvidos por ta começa com a consciência da anomalia, isto é,
eles. com o reconhecimento de que, de alguma maneira,
Parte-se da noção de que o paradigma deve a natureza violou as expectativas paradigmáticas
ser constantemente aperfeiçoado e lapidado, fun- que governam a ciência normal2.
ção dos cientistas ao fazer a ciência normal que, Após o seu reconhecimento, os cientistas de-
mesmo sem se dar conta, estariam trabalhando dicam-se a adequar essa anomalia ao paradigma,
para a sua manutenção. O fazer ciência não in- e para isto é feita uma exploração na área onde
cluiria novos fenômenos, e tampouco a invenção esta ocorreu. Há uma tentativa de ajustamento
de teorias novas; o enfoque estaria “dirigido para deste elemento inesperado. Em síntese, todas as
a articulação dos fenômenos e teorias já forneci- descobertas apresentam três traços básicos: a
dos pelo paradigma” 2. consciência da anomalia, a verificação desta no
Desse modo, os cientistas teriam um traba- plano conceitual e da observação e, finalmente,
lho restrito no que tange à produção de concei- uma modificação das categorias e procedimen-
tos, não iriam além das cercanias dos padrões e tos de um paradigma. A transformação geralmen-
modelos paradigmáticos nos quais estão incluí- te é seguida de uma resistência por parte dos ci-
dos. Essas áreas seriam minúsculas, e não have- entistas.
ria nenhum interesse por parte dos cientistas em Kuhn2 relata o processo de consciência de
ampliá-las, produzindo novidades. uma anomalia, demonstrando como uma nova
Segundo Kuhn2 o cientista resolve “quebra- descoberta fora do padrão paradigmático é rece-
cabeças” em sua pesquisa normal. A utilização bida com resistência, e como esta irá garantir que
deste termo estaria relacionada à exposição de o cientista tente incorporar a novidade ao para-
enigmas que colocariam em teste a habilidade dos digma.
indivíduos na solução de problemas. No proces- A anomalia produz fracasso na resolução dos
so de fazer ciência, problemas de grande impor- enigmas (os “quebra-cabeças”) cotidianos enfren-
tância não são considerados os “quebra-cabeças”. tados pelos cientistas na ciência normal, geran-
Assim, estes não são definidos pela sua relevân- do insegurança profissional, modificações nos
cia, mas pela sua capacidade de serem solucioná- aparatos técnicos e produção de novas teorias.
veis. Essas características seriam o enunciado de uma
O autor ainda afirma que um paradigma pos- crise.
sui problemas que podem ser resolvidos, e os seus Novas teorias ocorrem precedidas de uma
membros são estimulados a fazê-lo. A habilidade crise, cuja anomalia necessariamente se encon-
de solucionar “quebra-cabeças” é a demonstra- tra presente. Entretanto, os fenômenos anôma-
ção de que um indivíduo é um perito nesta sea- los não seriam razão para que cientistas abando-
ra: o que o incita ao trabalho é a convicção de que, nassem um modelo paradigmático, por mais que
se for suficientemente habilidoso, conseguirá solu- estes sejam persistentes. Uma das razões para essa
cionar um quebra-cabeça que ninguém resolveu ou, posição é que, ao negar um paradigma, é neces-
pelo menos, não resolveu tão bem2. sário que já se tenha um substituto: “rejeitar um
A orientação do trabalho do cientista pode paradigma sem simultaneamente substituí-lo por
se dar sem a presença de regras explícitas. As re- outro é rejeitar a própria ciência” 2.
gras somente são colocadas em questão quando Além disto, o fato de se encontrarem anoma-
os paradigmas mostram-se inseguros. Nos perí- lias não significa que haja uma crise. Kuhn2 in-
odos em que está para ocorrer uma substituição daga-se sobre o que diferencia a ciência normal
paradigmática, é constante a indagação sobre os e aquela em estado de crise. Segundo ele, não se-
métodos, solução de problemas, e tudo aquilo ria a presença de fenômenos anômalos. Os “que-
que envolve os procedimentos da ciência nor- bra-cabeças” no cotidiano dos cientistas se
1099
tema. Entendemos que esses autores nos dizem quisadores como Latour et al.28 demonstraram
algo muito semelhante – quando há algo não como se dá a produção de conhecimentos em
previsto em um modelo, sempre ocorre uma ten- laboratório de ciências. Por meio destes estudos,
tativa de incorporar o imprevisto em previsível. somos capazes de notar como a prática científica
Em biomedicina isso se daria, sobretudo, pela é marcada por processos parciais e subjetivos.
categorização. Kuhn1 coloca em debate o porquê de a subje-
Apesar disso, os recursos terapêuticos são tividade não poder ser aceita na produção cien-
parcos, os desencontros entre médicos e pacien- tífica. O autor indaga-se sobre essa insistente ne-
tes freqüentes, configurando-se um problema, gação dos fenômenos subjetivos na ciência: “por
com o qual a biomedicina parece ter poucas fer- que razão estes elementos (subjetivos) lhe pare-
ramentas para lidar, ou seja, não possui recursos cem um índice da fraqueza humana, e não um
teóricos e cognitivos para se defrontar com de- índice da natureza do conhecimento científico?” 1
mandas como essa. Demandas que não se inclu- O que vemos na prática médica é a intenção
em nas bases objetivas e organicistas científicas. de se aproximar do modelo de ciência em que o
Portanto, para que possa haver uma reestru- cientista é imparcial e foca seu olhar única e ex-
turação no paradigma biomédico, faz-se neces- clusivamente para o seu objeto de estudo – a ob-
sário questionar a estreita relação entre o discur- jetividade da doença. Modelo que, como demons-
so médico e o das ciências naturais. Estamos de trou Clavreul10, causa uma dessubjetivação do
acordo com Canguilhem 27 quando afirma que a próprio doente.
clínica não é uma ciência: Sayd29 nos mostra que a terminologia “tera-
Ora, a clínica não é uma ciência e jamais o será, pêutica” é originada do verbo therapeuien e que
mesmo que utilize meios cujo eficácia seja cada vez significa servir e prestar assistência. Funções
mais garantida cientificamente. A clínica é insepa- médicas estas colocadas em detrimento de refe-
rável da terapêutica e a terapêutica é uma técnica renciais cientificistas. Assim, como nos lembra
de instauração do normal, cujo fim escapou à ju- Camargo Jr. 5, perde-se a idéia de sofrimento a
risdição do saber objetivo, pois é a satisfação subje- qual Canguilhem afirma ser o ponto de partida
tiva de saber que uma norma é instaurada27. da terapêutica.
Além disto, é preciso desconstruir a noção de Entendemos que a noção de cuidado e o prin-
ciência como produtora de verdades absolutas e cípio de integralidade abordados por diversos
capaz de realizar um retrato neutro e objetivo da pesquisadores – como a recusa ao reducionismo
natureza, que ainda impera no Ocidente. Como e a objetivação dos indivíduos – podem ajudar a
vimos em Kuhn2, ela nada mais é que algo pro- construir caminhos alternativos para a assistên-
duzido por uma comunidade de cientistas que cia médica, oferecendo novos parâmetros con-
entrou em consenso em relação a um objeto in- ceituais e técnicos para o modelo biomédico.
vestigado. Também não é perene e cumulativa, Estariam estas novas propostas de atenção à
ao contrário, é marcada por descontinuidades e saúde criando espaço para abrigar a subjetivida-
substituições que melhor se adéqüem às exigên- de do adoecer que, até então, não teve lugar neste
cias de um dado momento histórico. Alguns pes- paradigma?
1103
Referências
1. Kuhn T. Reconsiderações acerca dos paradigmas. In: 17. Camargo Jr. K. Medicina, médicos, doenças e tera-
Kuhn T. A tensão essencial. Lisboa: Edições 70; 1989. pêutica: exame crítico de alguns conceitos; 1998.
p. 353-82 (Série Estudos em Saúde Coletiva 170).
2. Kuhn T. A estrutura das revoluções científicas. São 18. Freidson E. Profession of medicine: a study of soci-
Paulo: Perspectiva; 2003. ology of applied knowledge. New York: Harper &
3. Fleck L. La genesis y el desarrollo de un hecho científi- How, 1988.
co. Madri: Alianza; 1986. 19. Hacking I. The self-vindication of the laboratory
4. Camargo Jr. K. Biomedicina, saber e ciência: uma abor- sciences. In: A Pickering, organizador. Science as
dagem crítica. São Paulo: Hucitec; 2003. practice and culture; 1992. p. 29-64. Chicago: The
5. Camargo Jr. K. Epistemologia numa hora dessas? (Os University Press.
limites do cuidado). In: R Pinheiro & RA Mattos, or- 20. Guimarães MB, Luz MT. Intuição e arte de curar: pen-
ganizadores. Cuidado: as fronteiras da integralidade. samento e ação na clínica médica; 2000. (Série Estu-
Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco; 2004. p. 157-70. dos em Saúde Coletiva 203).
6. Camargo Jr. K. Paradigmas, ciência e saber médicos, 21. Luz MT. Cultura contemporânea e medicinas alterna-
1992. Rio de Janeiro: IMS/Uerj. (Série Estudos em Saú- tivas: novos paradigmas em saúde no fim do século
de Coletiva, 6). XX. Physis – Rev Saúde Col 1997; 7(1):13-43.
7. Birman J. Enfermidade e loucura: sobre a medicina das 22. Simonetti A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa
inter-relações. Rio de Janeiro: Campos, 1980. da doença. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004.
8. Camargo Jr. K, Matta GC, Almeida, E C, Guedes CR. A 23. Almeida ELV. Medicina hospitalar – medicina extra-
psicologia médica: um trajeto teórico-institucional; hospitalar: duas medicinas? [dissertação]. Rio de Ja-
1999. Rio de Janeiro: IMS/Uerj. (Série Estudos em neiro: Instituto de Medicina Social, Uerj; 1988.
Saúde Coletiva 192). 24. Camargo Jr. K. (Ir)racionalidade médica: os parado-
9. Guedes CR. A psicologia médica na Universidade do xos da clínica [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto
Estado do Rio de Janeiro: um estudo de caso [disser- de Medicina Social, Uerj; 1990.
tação]. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, 25. Moretto MLT. O que pode um analista no hospital?
Uerj; 2000. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2001.
10. Clavreul J. A ordem médica: poder e impotência do 26. Silveira ML. O nervo cala, o nervo fala: a linguagem da
discurso médico. São Paulo: Brasiliense; 1983. doença. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000.
11. Foucault M. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: 27. Canguilhem G. O normal e o patológico. Rio de Janei-
Forense Universitária; 2001. ro: Forense Universitária; 1990.
12. Camargo Jr. K. A biomedicina. Physis – Rev Saúde Col 28. Latour B, Woolgar S. A vida de laboratório: a produ-
1997; 7(1):45-68. ção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Du-
13. Bonet O. O saber e o sentir. Uma etnografia da apren- mará; 1997.
dizagem da biomedicina. Physis – Rev Saúde Col 1999; 29. Sayd, JD. Mediar, medicar, remediar: aspectos da tera-
9 (1):123-50. pêutica na medicina ocidental. Rio de Janeiro: Ed. Uerj;
14. Nogueira MI. Entre a conversão e o ecletismo: de como 1998.
médicos brasileiros tornam-se “chineses”[tese]. Rio de
Janeiro: Instituto de Medicina Social, Uerj; 2003.
15. Luz MT. Natural, racional e social: razão médica e ra- Artigo apresentado em 18/06/2005
cionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Cam- Aprovado em 5/09/2005
pus; 1988. Versão final apresentada em 18/10/2005
16. Canguilhem G. Escritos sobre medicina. Rio de Janei-
ro: Forense Universitária; 2005.