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ÍNDICE

Agremiação Página

G.R.E.S. IMPÉRIO SERRANO 03

G.R.E.S. UNIDOS DO VIRADOURO 59

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO GRANDE RIO 111

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO 177

G.R.E.S. BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS 233

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE 303

G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA 361

1
G.R.E.S.
Império Serrano

PRESIDENTE
VERA LÚCIA CORRÊA DE SOUZA
3
“O que é , o que é?”

Carnavalesco
PAULO MENEZES
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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“O que é, o que é?”
Carnavalesco
Paulo Menezes
Autor(es) do Enredo
Paulo Menezes
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Paulo Menezes
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Paulo Menezes
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Em busca do CURY, Augusto. Planeta do Brasil 2013 Todas


sentido da vida

02 O sentido da vida GREIVE, Bradley Sextante 2002 Todas


Trevor.

03 Por um sentido na PURDY, Amy. Nova Fronteira 2015 Todas


vida

04 El sentido de la PARRILLA, Alianza 2003 Todas


vida humana Miguel Salles.

05 A ciência e o ARSAC, Jacques. Inst. Piaget 1995 Todas


sentido da vida

06 Vida, Virtude e GARZERI, Madras 2016 Todas


Mistérios Alexandre.

07 Gonzaguinha e ECHEVERRIA, Casa da Palavra 2012 Todas


Gonzagão Regina.

08 A Filosofia do GUTTMANN, Perspectiva 2013 Todas


Judaísmo Julius.

09 Islamismo: JOMIER, Jacques. Vozes 2002 Todas


História e Doutrina

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

10 Uma breve história BLAINEY, Fundamento 2012 Todas


do cristianismo Geoffrey.

11 Um olhar sobre a REIS, Lenilda. Zcortecci 2008 Todas


vida

12 A arte da vida BAUMAN, Zahar 2009 Todas


Zygmunt.

13 Serra, serrinha, VALENÇA, Record 2017 Todas


serrano. O império Rachel e
do samba VALENÇA,
Suetonio.

Outras informações julgadas necessárias

Obs.: O compositor Luiz Gonzaga Junior, ao iniciar a composição, conversava com várias
pessoas nas ruas, bares, ônibus, e perguntava o que era a vida para cada um. Com as respostas, foi
compondo a letra.

O carnavalesco além de se inspirar na letra, usou a mesma tática que o compositor, mas para
construir o enredo. Várias pessoas de várias camadas da sociedade foram consultadas, e as
respostas foram aglutinadas junto à pesquisa para a elaboração do desenvolvimento do enredo.
Alguns vídeos dessas respostas inclusive podem ser vistos nas redes sociais do Império Serrano e
do carnavalesco Paulo Menezes.

Paulo Menezes iniciou seu trabalho na Unidos de Manguinhos, em 92. Ganhou seu primeiro
campeonato no grupo B com o Difícil é o Nome em 94. Esteve no Acadêmicos do Engenho da
Rainha em 98; no Paraíso do Tuiuti, ficou de 99 a 2002, inclusive levando a escola ao Grupo
Especial, em 2001. Em 2003, foi para a União da Ilha do Governador onde ficou até 2004.
Ganhou vários prêmios Sambanet de Melhor Conjunto de Fantasias, Melhor Enredo e Melhor
Conjunto de Alegorias. No Grupo especial chegou com identidade definida e personalidade
própria. Acostumou-se a dar solução a falta de dinheiro, com elegância e soluções baratas. Com o
trabalho aplaudido e reconhecido pela mídia, esteve na Mocidade Independente de Padre Miguel,
em 2005; no Império Serrano, em 2006. Reeditou em 2007, O Tititi do Sapoti, na Estácio de Sá.
Em 2009, esteve à frente da Renascer de Jacarepaguá, em parceria com Paulo Barros.

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FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Em 2010, assumiu a Unidos do Porto da Pedra, conquistando os prêmios: Estrela do Carnaval,


melhor conjunto de fantasias e o Plumas e Paetês, melhor figurinista; permanecendo na escola até
2011, onde conquistou o prêmio Tamborim de Ouro de melhor enredo.

Em 2012 chegou à Portela com um enredo dentro das características da Escola, dando a ela o
direito do retorno ao Desfile das Campeãs.

Em seu segundo carnaval pela azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, conquistou os
prêmios Tamborim de Ouro e Sambanet por seu enredo.

Em 2014 retornou à Mocidade Independente, com um enredo de forte identificação com a


comunidade. Em 2016 tem o seu retorno à União da Ilha, festejado por toda a comunidade
Insulana.

Em 2017 retorna à Portela, retomando a parceria com Paulo Barros, vendo a escola sagrar-se
campeã empatada com a Mocidade Independente. Em 2018, assina junto com Paulo Barros o
carnaval da Unidos de Vila Isabel.

Para 2019, retorna ao Império Serrano.

Destacado pela riqueza em detalhes e um preciosismo no acabamento. É considerado pela mídia


especializada uma das grandes revelações do carnaval carioca.

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HISTÓRICO DO ENREDO

O QUE É, O QUE É?

"E a vida?
e a vida o que é diga lá, meu irmão?"

Alguma vez você já parou para se perguntar sobre isso? Acreditamos que sim.
Seria a vida somente existir? Seria ela somente amar, trabalhar, criar, acumular e vencer
ou seria somente sofrimento e dor?
Seria alegria ou lamento? Seria luta ou prazer?
Seria tudo isso junto ou não seria nada disso?

"Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo


é uma gota é um tempo que nem dá um segundo..."

A pergunta nos pega de surpresa. Nos faz parar para pensar, nos obriga a refletir.
Seria a vida uma aventura? Se for, sinta, ame, ria, chore, brinque, ganhe, perca, tropece,
mas levante-se e siga em frente. Sempre!
Se for uma viagem, que você seja o melhor passageiro, em direção aos melhores rumos.
Se for um presente, que seja aquele que há tempos você deseja!
Se for uma guerra, que você seja o tratado de paz.
Mas se a vida for amor, que ela seja o melhor romance! Aqueles amores à primeira vista!
Afinal...

"Somos nós que fazemos a vida


como der ou puder ou quiser..."

E o que você faz da sua vida? Pois ela é você quem faz, as decisões são suas. É o seu
querer que define o que você será!
Faça dela um frenesi, uma ilusão, um sonho, mas transforme tudo isto em realidade, sem
medos! Afinal, ela pode tomar diferentes rumos,
mas é você que escolhe como vai encará-los, como num labirinto, procurando os
melhores caminhos.
Lembre-se: a sua vida pode te levar à imortalidade. E isto só depende de você!
Agora tomem um tempo para pensar o que é a vida para vocês, pois para nós, o Império
Serrano, é nunca perder a alegria, é renovar a fé no mundo e nas pessoas.
Para nós, viver é cantar, cantar, cantar... e nunca ter vergonha de ser feliz!
Pois para nós, a vida é bonita, é bonita e é bonita!

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO

O QUE É VIDA?
Se procurarmos definições, encontraremos várias, mas precisamos entender que todos os
conceitos não podem ser tomados como uma verdade absoluta.
O conceito de vida se confunde ao reunir definições religiosas, científicas ou filosóficas,
sobre o início ou o final desta. A ciência define que a vida acaba com a morte, mas para
algumas religiões a morte é recomeço, é renovação.
Estes conceitos variam de acordo com crenças e descrenças.
A ciência aponta vários tipos de vida, mas a construção do enredo se prende somente a
vida humana. A maneira que o ser humano pensa e encara a vida, como a ciência define e
conceitua a vida e como a religiosidade a explica são os nossos pontos de interesse para o
desenvolvimento do enredo.

O CAMINHO INVERSO:
Geralmente a construção de um enredo se dá após a escolha do mesmo. Parte-se para a
pesquisa e escolha dos elementos a serem abordados. Então, prepara-se um texto
chamado Sinopse, que é direcionado aos compositores, como direcionamento para a
construção do samba. Aqui fizemos o caminho ao contrário. A composição, grande
sucesso, datada de 1982, de Luiz Gonzaga Junior (Gonzaguinha), foi o ponto inicial para
a construção do enredo. Destrinchar a letra para encontrar caminhos, usá-la como base
para elaborar os tópicos e os setores para contar uma história que possua linearidade,
consistência e verdade.

A COMPOSIÇÃO:
Gonzaguinha, ao pensar na ideia da composição, saiu por ai pelas ruas, bares, ônibus e
metrôs conversando com as pessoas e perguntando: O que é a vida para você? E das
respostas nasceu a composição.
Paulo Menezes seguiu o mesmo caminho do compositor, saiu em campo perguntando a
pessoas de várias camadas da sociedade, fazendo a mesma pergunta: O que é a vida para
você? O curioso é que mais de trinta anos depois, a essência das respostas continua a
mesma, as pessoas continuam com os mesmos desejos e as mesmas ansiedades. Isto
prova que o tempo muda, mas a essência humana não.
Alguns vídeos dessa pesquisa podem ser vistos nas redes sociais do carnavalesco Paulo
Menezes e do GRES Império Serrano.

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A VIDA PELA VISÃO DA CIÊNCIA:


Uma explicação completa sobre a origem da vida atualmente não existe, mas grupos de
pesquisadores ao redor do mundo têm trabalhado neste mistério.
Mas uma coisa temos certeza, ao nascermos já começamos a morrer. O relógio biológico
começa a marcar o nosso tempo de vida. Não sabemos o tempo que temos, mas sempre
achamos que somos imortais.
Possuímos um motor que carrega, limpa e distribui o nosso combustível: o coração. Sem
ele não há vida, há quem diga que sim. Mas ele é sinônimo não só de vida, mas também
de emoção, amor, sentimentos. O coração nos rege, e seus batimentos dão o tom da nossa
passagem por aqui.

A VIDA PELA VISÃO DA RELIGIÃO:


Qual o sentido da vida? Eis a pergunta... E inicia a criação; começam as buscas nas
poesias, nas músicas, nas filosofias, nas religiões etc. Teorias surgem como resposta à
pergunta. Mas são sempre superficiais e fragmentadas. Pois o sentido da vida não é em
si, não existe em si.
A religião é uma teoria enquanto forma de pensar e entender o fenômeno da existência
humana, isto é, teoria que tende a explicar o porquê e o para quê da existência humana.
Aqui mostramos um pouquinho das teorias, ou lendas, ou preceitos ou ideologias do
Candomblé, do Budismo, do Judaísmo, do Islamismo e do Cristianismo para tentar
explicar a existência humana.

A VIDA PELA VISÃO DO HOMEM:


Aqui mostramos um pouco da visão humana da vida. De forma poética e romantizada,
mostramos o pensamento do homem de como ele vê a vida. Sua maneira de pensar
muitas vezes nos leva a refletir que seu pensamento pode ser tão simples quanto
complexo.

A DICOTOMIA DA VIDA:
A vida não é feita somente de momentos bons e felizes, mas temos que saber caminhar
entre os bons e maus momentos. A vida é feita de escolhas, e elas dependem unicamente
de nós.
Devemos escolher sempre os nossos caminhos: os sonhos ou os pesadelos, a guerra ou a
paz, a ilusão a realidade?
O bem e o mal estão sempre a nossa frente, esperando a nossa escolha. Depende de nós.

O LADO LÚDICO DA VIDA:


Sempre procuramos explicar ou entender a vida por um lado bom, um lado lúdico. A
busca da Felicidade é o mote da existência humana.
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O QUE SE ESPERA DA VIDA?:


Nosso caminhar é repleto de desejos e esperamos sempre o melhor, não importando se os
desejos são individuais ou coletivos. Para viver desejamos sempre paz, amor, saúde,
sorte...
A vida é um eterno aprender, nunca sabemos tudo. Estamos em plena evolução.

A VIDA NOS TORNA IMORTAIS:


Tudo aquilo que fizemos, construímos durante a nossa vida, pode nos levar a
imortalidade. As nossas ações, a nossa caminhada nos leva a isso. O Império Serrano
homenageia Dona Ivone Lara, que nos deixou há pouco. Mas nos deixou somente no
plano físico, pois ela tornou-se imortal. A sua obra, o seu posicionamento perante a vida
não vão deixá-la morrer jamais. Ela estará sempre viva em nossos corações, em nossos
pensamentos e em suas canções.
Salve Dona Ivone Lara!
A Grande Dama Imortal do Samba!

E a sua vida? O que tem feito com ela e por ela? Vai viver ou passar em branco por este
mundo? Vai buscar sua imortalidade ou vai se contentar ser um simples mortal,
esquecido pelo tempo e pelas pessoas?
A sua vida é o que você quer que ela seja, pois ela pode tomar diferentes rumos, mas é
você quem decide qual vai escolher.
Viva!

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ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – “A VIDA PELA VISÃO DA CIÊNCIA”

Comissão de Frente
“NASCER OU RENASCER?
EIS A QUESTÃO.”

Elemento Cenográfico

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Diego Jesus e Verônica Lima
“A VIDA É ENERGIA”
Guardiões – Grupo com 20 componentes

Rainha da Escola
Monique Rizzeto
“O RELÓGIO DA VIDA”

Tripé – Pede Passagem


“É UM TEMPO QUE NEM DÁ UM SEGUNDO”

Ala 01 – Comunidade (Ala Coreografada)


A VIDA QUE CORRE NAS VEIAS

Alegoria 01 – Abre-Alas
“ELE É A BATIDA DE UM CORAÇÃO”

2º SETOR – “A VIDA PELA VISÃO RELIGIOSA”

Ala 02 – Comunidade
CANDOMBLÉ – OXALÁ – A VIDA
NASCE DO BARRO

Ala 03 – Ala Heróis da Liberdade


ISLAMISMO

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Ala 04 – Ala das Feras


BUDISMO

Ala 05 – Ala Rica


JUDAÍSMO

Ala 06 – Comunidade
CRISTIANISMO

Musa 1
Nilce Mell
“VIVER NÃO É PECADO!”

Alegoria 02
“É O SOPRO DO CRIADOR”

3º SETOR – “A VIDA PELA VISÃO DO HOMEM”

Ala 07 – Ala Miraí


A VIDA É UMA AVENTURA

Ala 08 – Comunidade
A VIDA É UM TESOURO

Ala 09 – Comunidade
A VIDA É UM JARDIM

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Matheus Machado e Maura Luiza
“A VIDA É UM QUEBRA-CABEÇAS”

Ala 10 – Comunidade
A VIDA É UMA VIAGEM

Ala 11 – Comunidade
A VIDA É UM PRESENTE

Musa 02
Fernanda Corrêa
“A RAINHA BRANCA DO JOGO DA VIDA”

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Alegoria 03
“VOCÊ DIZ QUE É LUTA E PRAZER”

4º SETOR – “A DICOTOMIA DA VIDA”

Ala 12 – Ala Amigos do Dedé


SERIA A VIDA UM SONHO OU UM
PESADELO?

Ala 13 – Comunidade
SERIA A VIDA UMA ILUSÃO?

Rainha das Passistas Padrinho da Ala de Passistas


Sheila Cunha Hélio Rainho

Ala 14 Ala de Passistas


SERIA A VIDA UM MISTÉRIO?

Rainha de Bateria
Quitéria Chagas
“DEPOIS DA GUERRA, SEMPRE VEM A PAZ”

Ala 15 – Bateria
SERIA A VIDA UMA GUERRA?

Ala 16 – Alas das Guerreiras


SERIA A VIDA UM NADA NO MUNDO?

Musa 03
Michele Gemma
“NÃO TENHO MEDO DA VIDA”

Ala 17 – Comunidade
SERIA A VIDA SOFRIMENTO E DOR?

Alegoria 04
“SOMOS NÓS QUE FAZEMOS A VIDA”

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5º SETOR – “O LADO LÚDICO DA VIDA”

Ala 18 – Ala Sacode Quem Pode


A VIDA É UM DOCE

Ala 19 – Ala Tributo ao Império


A VIDA É UM CARNAVAL

Ala 20 – Ala Cigana Guerreira


A VIDA É UMA SINFONIA

Ala 21 – Ala das Crianças


A PUREZA DAS CRIANÇAS

Ala 22 – Ala das Baianas


A VIDA GIRA COMO UM CARROSSEL

Musa 4
Elaine Babo
“SEJA DOMADORA DA SUA VIDA”

Alegoria 05
“EU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA
DAS CRIANÇAS”

6º SETOR – “O QUE SE ESPERA DA VIDA”

Ala 23 – Comunidade
ESPERAMOS TER APRENDIZADO

Ala 24 – Comunidade (Ala Coreografada)


ESPERAMOS TER SAÚDE

Ala 25 – Ala Resistência


ESPERAMOS TER SORTE

Ala 26 – Comunidade
ESPERAMOS TER PAZ

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3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Yuri Pires e Joana Carolina
“DA VIDA QUEREMOS SEMPRE O
MELHOR”

Ala 27 – Ala dos Devotos


ESPERAMOS VOLTAR A SER
CAMPEÕES

Musa 05
Anny Santos
“ESPERAMOS TER AMOR”

Alegoria 06
“... A BELEZA DE SER UM ETERNO
APRENDIZ...”

7º SETOR – “A VIDA NOS TORNA IMORTAL”

Ala 28 – Departamento Feminino


A DAMA IMORTAL DO SAMBA

Ala 29 – Ala dos Cabelos Brancos


TRAJE TRADICIONAL

Ala 30 – Ala da Velha-Guarda


TRAJE TRADICIONAL

Ala 31 – Ala dos Compositores


TRAJE TRADICIONAL

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Tripé – Pede Passagem Parece óbvio dizer que seu tempo de vida está
diminuindo, mas será que realmente você já parou
“É UM TEMPO QUE NEM para pensar nisto e pensar em como está gastando esse
DÁ UM SEGUNDO” precioso tempo?

Quem dera soubéssemos o tempo que ainda temos por


aqui...quanto tempo de vida ainda teremos para
realizarmos nossos sonhos?

Se carregássemos em nosso pulso, em vez de um


relógio “convencional”, um que marcasse apenas o
tempo que ainda temos, talvez não perdêssemos tantos
momentos envolvidos naquilo que realmente não fará
diferença alguma quando o relógio zerar. O relógio da
* Essa imagem é do croqui original vida é um relógio em contagem regressiva, pois um
e serve apenas como referência, pois dia a mais de vida, na realidade é um dia a menos para
foram realizadas modificações de viver.
estética e de cor na execução do
tripé. O relógio da vida não para.
E então, o que fará com o tempo que lhe resta?

Destaque Central: Thiago Monarca


Fantasia: O Tempo é o Senhor

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 Abre-Alas "Estou ouvindo o coração, estou sentindo a vida, estou


vivendo, estou vivendo. Bum-bum... Bum-bum... É o
“ELA É A BATIDA DE UM pulsar da vida.
CORAÇÃO”
Vida: geração e reprodução, nascimento, crescimento,
multiplicação e morte. Pulsar, pulsar, pulsar. Élan vital,
força vital, atividade, função, mecanismos vitais, pulso,
coração, respiração, estou vivo. Mas também, energia,
saúde, tônus, vigor, vivacidade. Sopro de vida, alma,
espírito, anima, pneuma. Existência." Ciro Marcondes
Filho
Coração, a máquina da vida. Bombeia e impulsiona o
sangue para o corpo, para sentir, para viver, para existir.
Relógio do corpo, relógio das emoções. A cada batida,
uma certeza: ainda estamos vivos!
* Essa imagem é do croqui original
e serve apenas como referência, pois E ao entrar na Avenida, o coração bate mais forte,
foram realizadas modificações de acelera... bate mais forte! Oxigena o corpo, oxigena a
estética e de cor na execução da alma, oxigena o sangue. E o surdo também bate, como
Alegoria. na batida do coração, fazendo acelerar todos os corações
Imperianos, bombeando e oxigenando o sangue dessa
Nação, que não corre vermelho nas veias, ele corre
verde, ele corre branco, transportando energia, esperança
e amor. Voltando para um verde coração, que bate por
uma Coroa que está ali, guardada no seu interior,
girando, oxigenando o corpo e alma Imperiana.
Destaque Central Baixo: Leticia Escafura
Fantasia: O Pulsar da Vida
Destaque Central Alto: Diogo Ribeiro
Fantasia: O Pulsar de um Coração Imperiano
Destaque Lateral Esquerdo: Claudia Macedo
Fantasia: Artérias
Destaque Lateral Direito: Karyn Kliver
Fantasia: Artérias
Composições Femininas: Hemácias
Composições Masculinas: Glóbulos

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 “É O SOPRO DO CRIADOR” Entres as inúmeras teorias, que tendem a afirmar,


definir e explicar o sentido da vida em si, está a
religião, ou como queira as religiões. Mas a religião,
ou religiões em si já é uma teoria enquanto forma de
pensar e entender o fenômeno da existência humana,
isto é, teoria que tende a explicar o porquê e o para
quê da existência humana.

Assim, a medida que a religião afasta o homem da


experiência do nada, do caos, do fim, cria-lhe o
sentido da vida, isto é, esconde o homem da tragédia
* Essa imagem é do croqui original existencial: qual o real sentido da vida? De onde
e serve apenas como referência, pois viemos e para onde vamos?
foram realizadas modificações de
estética e de cor na execução da A alegoria nos remete ao famoso afresco de
Alegoria. Michelangelo "A criação de Adão", onde Deus, com o
toque do seu dedo, cria e dá vida ao primeiro homem.
Aqui, usamos o imaginário que Deus está dando vida a
todos que estão na Sapucaí, vendo a alegoria passar.

Destaque Central Baixo: Fabio Lima


Fantasia: A Criação

Composições Masculinas: Anjos da Criação

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 “VOCÊ DIZ QUE É LUTA E A vida é um jogo forte e alucinante, como um jogo de
PRAZER” xadrez.

Ou te moves ou serás removido, onde o movimento


sutil de uma peça pode mudar o destino de todas as
outras.
Sacrifícios são necessários para a vitória. Perdas são
inevitáveis, mas você aprende a lidar com elas, pois
enquanto há tempo, há jogo.

Enquanto há vida, há possibilidades. Pois o jogo


sempre continua após o xeque-mate.
* Essa imagem é do croqui original
e serve apenas como referência, pois A alegoria representa um jogo de xadrez, onde as
foram realizadas modificações de casas parecem estar representadas em 3D, com as
estética e de cor na execução da peças em posições estratégicas de um jogo.
Alegoria.
Destaque Central Baixo: Georgia Veneno
Fantasia: A Rainha Preta do Jogo

Destaque Central Alto: Marcos Lerroy


Fantasia: Os Reis

Composições Femininas: O Jogo da Vida

Composições Coreografadas: As Peças do Jogo

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 “SOMOS NÓS QUE A vida é feita pelas nossas escolhas ... como se fosse
FAZEMOS A VIDA” um labirinto, cheio de caminhos, esquinas e retas.
Precisamos escolher o melhor caminho, mesmo que
não saibamos pra onde esse caminho vai nos levar ...
A cada escolha, um novo caminho, e uma nova
maneira de avançar ... sempre lembrando que podemos
mudar de caminho a qualquer momento, pois o
caminho escolhido sempre tem volta, afinal, escolher
mudar ou continuar também é uma escolha!!!

Há caminhos para o bem e para o mal, para o certo e


para o errado, para subir e para descer. E a cada
* Essa imagem é do croqui original escolha, a expressão muda, o sentimento muda e a
e serve apenas como referência, pois vida se transforma. Escolha o seu caminho!
foram realizadas modificações de
estética e de cor na execução da A alegoria representa um labirinto, onde os caminhos
Alegoria. nos levam do mal para o bem e vice-versa,
dependendo da escolha de cada um.

Personagem: Dill Costa


Fantasia: O Homem Atormentado por suas Escolhas

Destaque Central Alto: Iran Monteiro


Fantasia: Em Busca do Bem

Composição Coreografada: À Procura do seu


Caminho
Fantasia: Em Busca do Caminho

Composição Feminina: Pesadelo

Composição Masculina: Caminhos para o Mal

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 “EU FICO COM A PUREZA Ser criança é enxergar o mundo de uma forma leve, é
DA RESPOSTA DAS acreditar no impossível e encarar o mundo como uma
CRIANÇAS” grande diversão. Crianças surpreendem-se com a vida,
acreditando que o melhor sempre acontecerá. Crianças
agem como se todo dia fosse um novo desafio e uma
nova descoberta.
Quanto de criança ainda temos em nossas vidas? De
que forma encaramos o nosso dia-a-dia? Manter um
espírito infantil é um dos grandes desafios que o
mundo adulto nos impõe, afinal não é fácil manter
uma postura leve perante as responsabilidades que
agregamos, conforme amadurecemos. Entretanto,
manter um espírito leve, brincalhão e sensível também
* Essa imagem é do croqui original
é uma forma de amadurecimento.
e serve apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de Manter a criança livre só depende de nós. Ver o
estética e de cor na execução da mundo com os olhos de uma criança certamente dará
Alegoria. mais ânimo e colorido à nossa vida. Experimente!
A alegoria traduz o imaginário circense infantil.
Imaginário de alegria, felicidade e inocência.

Destaque Lateral Baixo: Jaison Duarte


Fantasia: Mágico

Destaque Lateral Médio: Glaucy Moura


Fantasia: Domadora

Destaque Lateral Alto: Carlos Tavares


Fantasia: Apresentador

Composição Feminina: Trapezistas

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Menezes
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 “... A BELEZA DE SER UM Viver é um eterno aprendizado.


ETERNO APRENDIZ...”
Aprender é uma ação e a vida é a grande professora
constante e que pode ser encontrada em todos os
momentos da nossa vida. Uma palavra, um gesto, uma
experiência.

Para o Império Serrano, cada carnaval é um novo


aprendizado, uma nova conquista, um novo degrau na
evolução. Evoluir nem sempre significa andar para
frente, evoluir significa aprender com os erros e os
acertos. Evoluir significa procurar a imortalidade,
* Essa imagem é do croqui original através de nossos gestos, ações e a maneira que
e serve apenas como referência, pois construímos nossa caminhada. O futuro não nos
foram realizadas modificações de pertence, o que há depois daqui, não sabemos... mas
estética e de cor na execução da todos sempre sabem o que querem da vida, e nós
Alegoria. queremos voltar a ser protagonista dessa festa maior
que se chama Carnaval.

A Alegoria faz uma homenagem a Dona Ivone Lara,


que nesta vida aprendeu e ensinou, deixando um
legado para o futuro, para a imortalidade. Pois a sua
obra não vai morrer nunca, e com ela a sua alma se
torna imortal.

Salve Dona Ivone Lara, A Dama Imortal do Samba!


Salve o Império Serrano, o eterno aprendiz! O
Reizinho de Madureira!

Destaque Central Médio: Marilda Lafette


Fantasia: O Eterno Aprendiz

Composição Feminina: Obra Imortal

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Diogo Ribeiro Estilista

Fábio Lima Cabeleireiro

Iran Monteiro Contador

Georgia Veneno Médica

Carlos Tavares Cabeleireiro

Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 07
Diretor Responsável pelo Barracão
Paulo Elias e Zé Luiz Escafura
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Vilson Medeiros Robson Vieira
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Max Muller e Estevão Gilmar Moreira
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Equipe Márcio Paulo Ferraz
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Romildo, Beto, Xica e Ivan - Chefe de Aderecistas


Mega e Cezinha - Movimentos
Renato - Laminação, Fibra e Empastelação
Equipe KnowHow - Iluminação e Efeitos
Alexsandro - Esculturas em Espuma
Equipe Sandro Bigode - Espelho
Vilmar - Acrílico
Ricardo Testa e Mauro Junior - Coreógrafos de Alas e Grupos Teatrais
João Torres - Plantas de Carros
Danielly Valente - Arte Gráfica

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Paulo Menezes
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 A Vida que Assim como um motor precisa estar Comunidade Departamento


Corre nas Veias bem lubrificado para funcionar, (Ala de Carnaval
nosso corpo também. Para isso, em Coreografada)
vez de óleo, nós temos o sangue, um (1947)
importante componente da vida,
correndo em nossas veias. E esse
importante componente da vida tem
suas histórias para contar:
Sabemos o que é sangue e a sua cor,
mas nem todo mundo entende
exatamente qual a função desse
líquido em nosso corpo.
A principal função do sangue é
oxigenar as células, ou seja, ele é o
responsável por fazer com que nosso
corpo respire a nível celular.
Quando nós absorvemos o ar, ele vai
para o pulmão e a coisa não para por
aí. O oxigênio é absorvido e passa
para o sangue. Por sua vez, o sangue
transporta isso para as células, dessa
maneira elas podem continuar
fazendo as funções que são
necessárias para manter a vida.
Todos sabemos que o sangue é
vermelho, mas assim como dizem
que a realeza tem o sangue azul,
podemos dizer que o sangue que
corre nas veias da Nação Imperiana
é verde.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
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Fantasia Representa Ala pela Ala
02 Candomblé – O candomblé é uma religião cercada de Comunidade Departamento
Oxalá – A Vida lendas sobre os orixás. E uma delas diz (1947) de Carnaval
Nasce do Barro que o homem foi criado através do barro
por Oxalá, a mando de Olorum.
Ele, então, modela o homem e a mulher, e
Olorum os anima com o sopro da vida.
A fantasia remete a um Oxalá todo feito
em barro, como se dali ele criasse o
homem, a parte de cima, branca, nos
remete a Olorum e ao sopro da vida.

03 Islamismo A religião islâmica tem dois significados Ala Heróis da Cosme e


para a palavra vida: a primeira é a vida Liberdade Milton
temporária, ou a “vida do agora" e a vida (1989)
além que é eterna e significa "vida
adulta". No entanto, não pense que essas
duas vidas estejam completamente
separadas, há uma relação de equilíbrio
entre elas. Não se pode pensar apenas na
vida após a morte, nem se pode falar de
uma vida que ignora as realidades. A vida
temporária mostra através da realidade,
que o mundo é a evidência da vida além.
O ALCORÃO explica em vários de seus
versos, seu ponto de vista sobre a vida
humana e a vida além, fazendo uma
relação entre elas. No geral, o Islã não
projeta uma espiritualidade.
que deixa o mundo com uma posição
materialista, mas prefere um meio termo.
De acordo com o conceito islâmico, a
vida temporal é muito importante porque
o mundo é o lugar onde se ganha a vida
eterna. O mundo é bom ou mau de acordo
com a vida humana.

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04 Budismo Todo lugar é aqui e todo momento é Ala das Feras Rosimeri
agora. Costumamos pensar apenas no (1985)
passado ou estar excessivamente
preocupados com o futuro. Isso nos
impede de viver o momento e faz com
que nossas vidas passem sem que
tenhamos consciência disso.
O budismo nos mostra o aqui e o agora.
Devemos aprender a estar plenamente
presentes e desfrutar cada momento, em
busca da felicidade.
Nossa vida é vasta. Ela não termina nos
limites daquilo que pessoalmente
vivenciamos. Não é algo concreto ou
delimitado.
A vida se estende por todas as direções,
como uma rede. Jogamos a rede e ela
vai se expandindo, para tocar muitas
outras vidas, para se tornarem partes
constantes.
Assim o Budismo entende a vida.

05 Judaísmo Todos desejamos levar uma vida Ala Rica Marcos


significativa. Mas por que estamos (2001)
vivendo? O que estamos fazendo neste
mundo?
Para encontrar a resposta a essa questão
fundamental, devemos procurar no
próprio livro da vida – a Torá, que é
chamada Torá Chaim (Torá Viva). A
palavra “Torá” significa “instruções” ou
“orientação”, pois a Torá é nosso guia
na vida.
Ela nos faz constantemente cônscios de
nossos deveres nos fornecendo uma
verdadeira definição de nosso
propósito, nos mostrando os caminhos e
meios de atingirmos esta meta

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06 Cristianismo O sentido da vida segundo o Comunidade Departamento


Cristianismo é baseado na (1947) de Carnaval
comunhão com Deus. Confissão,
pecado e arrependimento são pré-
requisitos, onde o ideal é a
libertação dos pecados. A fantasia
tem por base o período medieval,
período das trevas, do medo e da
escuridão.

07 A Vida é uma Ao nascermos começa uma grande Ala Miraí Joaquim


Aventura aventura de sobrevivência. (2008)
A experiencia que adquirimos
durante a nossa trajetória nos faz
muitas vezes tratá-la como uma
grande aventura, como um filme de
capa e espada, travando grandes
batalhas para seguirmos nossos
destinos.

08 A Vida é um Um tesouro, um brilhante, uma joia Comunidade Departamento


Tesouro rara. (1947) de Carnaval
Assim podemos considerar a vida.
Mas dependendo da nossa forma de
conduzi-la, essa joia pode se
transformar numa bijuteria.

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09 A Vida é um A nossa vida é como um jardim. As Comunidade Departamento


Jardim vezes florido, as vezes não. (1947) de Carnaval
Mesmo florido, não podemos
esquecer dos espinhos de algumas
flores.
O que não podemos nunca é deixar
de ser o jardineiro do nosso próprio
jardim. Saber adubá-lo, rega-lo e
poda-lo na hora certa.

10 A Vida é uma Quantas viagens já fizemos nessa Comunidade Departamento


Viagem vida! Algumas boas, outras ruins. O (1947) de Carnaval
que importa são as experiências que
vamos adquirindo. A nossa vida é
como um passaporte, que vamos
carimbando a cada viagem feita.
Nesse percurso especial que é viver,
a plena felicidade é tudo que nos
interessa.
O mapa de sua vida será mais
completo a cada experiência
adquirida nessas viagens. Aproveite
bem o caminho.

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11 A Vida é um A vida é um presente com gostinho Comunidade Departamento


Presente de surpresa. (1947) de Carnaval
Cabe a nós recebê-lo com alegria e
felicidade, para que possamos usá-lo
da melhor maneira possível.

12 Seria a Vida um É importante saber lidar com as Ala Amigos do André Augusto
Sonho ou um dificuldades da vida, pois a vida é Dedé
Pesadelo? mais que vários desafios, mas um (2017)
único e grande desafio.
Se ela não chega a ser um “sonho”,
ao menos não é um “pesadelo”.
O certo é que ela é um grande
desafio a ser enfrentado por todos.
Sonhos são projetos de vida. Não
durma demais, coloque-os em
prática.

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13 Seria a Vida uma O mundo não passa de uma ilusão. Comunidade Departamento
Ilusão? Essa é uma frase que costumamos (1947) de Carnaval
usar subjetivamente quando estamos
desacreditados da vida e do mundo
que nos cerca.
É como se nossos olhos vissem o
que estão aptos para ver, mas não
significa que essa seja a verdade
concreta.
O mundo é concreto ou subjetivo? A
vida é real ou subjetiva? As
respostas para essas perguntas são
objetivas ou subjetivas? Quem
saberá?

14 Seria a Vida um A vida não é uma pergunta a ser Ala de Bruno Tete e
Mistério? respondida. É um mistério a ser Passistas Luciana Tete
vivido. (1947)
O caminho da vida - é e sempre será
o caminho do mistério. Qualquer
olhar sobre a vida que não seja com
o entendimento do mistério que ela
é, e sem o desejo de compreender
este mistério, é um olhar raso,
superficial.
Seja você um Sherlock Holmes e
descubra os caminhos e mistérios de
sua existência.

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Fantasia Representa Ala pela Ala

15 Seria a Vida uma "A vida é uma guerra constituída por Bateria Mestre Gilmar
Guerra? batalhas difíceis onde nem sempre (1947) Cunha
os mais fortes vencem e sim os mais
resistentes e estratégicos."
Sid Aguiar

Não se deixe abater, pois, o primeiro


passo para a vitória é a vontade de
vencer.
E lembre-se: depois da guerra,
sempre vem a Paz!

16 Seria a Vida um Há pessoas que levam a vida sem fé, Ala das Departamento
Nada no sem paz, sem esperança. Para elas a Guerreiras de Carnaval
Mundo? vida é um nada. Não sentem prazer (1947)
em viver, a desesperança vive como
uma sombra ao lado delas.

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17 Seria a Vida Será mesmo que a dor é inevitável e Comunidade Departamento


Sofrimento e o sofrimento opcional? Será que (1947) de Carnaval
Dor? fugir do sofrimento a todo custo nos
faz pessoas melhores ou nos
enfraquece cada vez mais? Você
precisa mudar a forma como você
enxerga tudo isso!
Não se deixe chegar ao fundo do
poço. Afaste seus medos e
fantasmas.

18 A Vida é um Existem momentos tão bons em Ala Sacode Jorge e Cleide


Doce nossa vida, que procuramos saboreá- Quem Pode
lo da melhor maneira possível, como (1990)
se fosse um doce, um bolo ou um
pote de sorvete.
A doçura de sua vida depende dos
ingredientes que você vai
acrescentando.
Procure decorar este doce da
maneira mais bonita possível.

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19 A Vida é um A vida é um carnaval, é festa, é Ala Tributo ao Ilmar e


Carnaval alegria. Somos os personagens que Império Sebastião
quisermos ser nessa festa. (1993)

Mas nunca mascare a sua


identidade, tenha sempre a exata
noção do que é de quem você é.

20 A Vida é uma A vida é música, é arte, é poesia. A Ala Cigana Adriana


Sinfonia vida é uma composição e nós somos Guerreira
os poetas de nossas obras. (1999)

Procure sempre as melhores rimas,


mas lembre-se: nem sempre as mais
fáceis dão melhores melodias.

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21 A Pureza das Ser criança é enxergar o mundo de Ala das Débora


Crianças uma forma leve, é acreditar no Crianças Cristina
impossível e encarar o mundo como (1947)
uma grande diversão.
Crianças surpreendem-se com a
vida, acreditando que o melhor
sempre acontecerá.
Crianças agem como se todo dia
fosse um novo desafio e uma nova
descoberta.
Quanto de criança ainda
temos em nossas vidas? De que
forma encaramos o nosso dia-a-dia?
Manter um espírito infantil é um dos
grandes desafios que o mundo
adulto nos impõe, afinal não é fácil
manter uma postura leve perante as
responsabilidades que agregamos,
conforme amadurecemos.
Entretanto, manter um espírito leve,
brincalhão e sensível também é uma
forma de amadurecimento. Manter a
criança livre só depende de nós.
Ver o mundo com os olhos de uma
criança certamente dará mais ânimo
e colorido à nossa vida.
Experimente!

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22 A Vida Gira A vida é como um carrossel... Ela Ala das Tia Eni
Como um gira como o mundo gira, e a cada Baianas
Carrossel volta pode nos trazer uma surpresa (1947)
ou se repetir. E para tirar o melhor
deste carrossel são importantes os
ensinamentos de cada parada, vistos
de fora ou de dentro do carrossel...
Por isso, cuidado com suas ações,
pois o "tempo" é infalível e você
poderá surpreender-se... Ou não...

23 Esperamos ter A vida é um eterno aprendizado. A Comunidade Departamento


Aprendizado cada dia aprendemos alguma coisa, (1947) de Carnaval
acrescentamos algum conhecimento
e experiência. Mantenha mente e
corações abertos.
A cada coisa que aprendemos vamos
acumulando experiências, erros,
acertos, crescimento.
Algumas vezes você é mestre e
ensina, mas todos os dias você é
aluno.

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24 Esperamos ter Para algumas pessoas, vida saudável Comunidade Departamento


Saúde é simplesmente evitar doenças. Na (Ala de Carnaval
verdade, o conceito é muito mais Coreografada)
amplo, vai muito além. Para uma (1947)
vida saudável é necessário encontrar
um ponto de equilíbrio e, esse ponto
é obtido com os valores do bem-
estar físico, mental, social e
espiritual.
Vida saudável é ser feliz, é precisar
de um atendimento médico decente,
é chegar a um hospital e ser tratado
como devemos e merecemos. Vida
saudável é ser respeitado enquanto
ser humano.

25 Esperamos ter Esperamos ter sorte na vida. Mas o Ala Resistência Ida e Danielle
Sorte que é sorte? Seria destino, fado, (2017)
acaso, coincidência? Há várias
denominações, mas a sorte maior é
você não ficar sentado, à espera dos
acontecimentos. Faça a sua sorte,
corra atrás do seu destino, não fique
refém do acaso. A sorte grande
quem faz é você!

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26 Esperamos ter A paz vem de dentro de você Comunidade Departamento


Paz mesmo, não procure à sua volta. (1947) de Carnaval
Paz é equilíbrio, no coração e na
alma. Estando em paz consigo
mesmo você poderá lutar por seus
sonhos e lembre-se: a paz no mundo
começa dentro de você!

27 Esperamos Para o Império Serrano, cada Ala dos Vitor e


Voltar a ser carnaval é um novo aprendizado, Devotos Eduardo
Campeões uma nova conquista, um novo (2002)
degrau na evolução. Evoluir nem
sempre significa andar para frente,
evoluir significa aprender com os
erros e os acertos. Evoluir significa
procurar a imortalidade, através de
nossos gestos, ações e a maneira que
construímos nossa caminhada. O
futuro não nos pertence, o que há
depois daqui, não sabemos... mas
todos sempre sabem o que querem
da vida, e nós queremos voltar a ser
protagonista dessa festa maior que
se chama Carnaval.

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Fantasia Representa Ala pela Ala

28 A Dama Imortal Homenagem a Dona Ivone Lara, que Departamento Departamento


do Samba nesta vida aprendeu e ensinou, Feminino de Carnaval
deixando um legado para o futuro, (1960)
para a imortalidade. Pois a sua obra
não vai morrer nunca, e com ela a
sua alma se torna imortal.

29 Traje Tradicional Traje Tradicional. Ala dos Seu Cacaio


Cabelos
Brancos
(1947)

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Paulo Menezes
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

30 Traje Traje Tradicional. Ala da Seu Jorge e


Tradicional Velha-Guarda Sérgio
(1947)

31 Traje Traje Tradicional. Ala dos Jorge Lucas


Tradicional Compositores
(1947)

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Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, nº. 60 – Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 07
Diretor Responsável pelo Atelier
Ana Paula, Evelyn, Jaqueline, Graça, Jefferson, Márcio e Rafael Drumond
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Equipe do Barracão Equipe do Barracão
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Equipe do Barracão Alexandre
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Paulo Menezes e Junior Barata - Figurinos


Eliana Gomes - Modelagem
Alexandre Junior e Paulo - Estruturas de arame
Renato - Sublimação

Outras informações julgadas necessárias

Musa 1 – Viver Não é Pecado! Musa 2 – A Rainha Branca do Musa 3 – Não Tenho Medo da
Jogo da Vida Vida

Musa 4 – Seja Domadora da Musa 5 – Esperamos Ter


Sua Vida Amor

* Essas imagens são do croqui original e servem apenas como referência, pois, foram realizadas
modificações de estética e de cor na execução das Fantasias.

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Gonzaguinha (Luiz Gonzaga Junior)


Enredo
Presidente da Ala dos Compositores
Jorge Lucas
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Jorge Lucas Lucas Donato
(setenta) 75 anos 23 anos
Outras informações julgadas necessárias

E a vida Eu só sei que confio na moça


E a vida o que é? E na moça eu ponho a força da fé
Diga lá, meu irmão Somos nós que fazemos a vida
Ela é a batida de um coração Como der ou puder ou quiser
Ela é uma doce ilusão Sempre desejada
(Êh! Oh!) Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Mas e a vida Só saúde e sorte
Ela é “maravida” ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento? E a pergunta roda
O que é, o que é? E a cabeça agita
Meu irmão Fico com a pureza
Da reposta das crianças
Há quem fale É a vida, é bonita
Que a vida da gente E é bonita
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo Viver
Que nem dá um segundo E não ter a vergonha
De ser feliz
Há quem fale Cantar (e cantar e cantar)
Que é um divino A beleza de ser
Mistério profundo Um eterno aprendiz
É o sopro do Criador (Ah meu Deus!)
Numa atitude repleta de amor Eu sei
Que a vida devia ser
Você diz que é luta e prazer Bem melhor e será
Ele diz que a vida é viver Mas isso não impede
Ela diz que melhor é morrer Que eu repita
Pois amada não é É bonita, é bonita
E o verbo é sofrer E é bonita

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
O samba começa com o questionamento: O que é a vida?
E são as respostas a este questionamento que darão o embasamento para o samba e o enredo.

Ela é a batida de um coração


O coração é o relógio biológico que marca o nosso tempo de vida. Não sabemos o tempo que
temos, mas sempre achamos que somos imortais.

Ela é uma doce ilusão


Sempre procuramos explicar ou entender a vida por um lado bom, um lado lúdico. A busca da
Felicidade é o mote da existência humana.

Mas e a vida
Ela é "maravida" ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
Em nossa vida, sempre haverá os dois momentos. E é nos momentos difíceis que temos o nosso
maior aprendizado. São os momentos difíceis que nos tornam mais fortes para enfrentar os
desafios. Tudo tem seu preço. Mas sempre serão os maravilhosos momentos de alegria, que se
perpetuarão e serão eternamente lembrados.

O que é, o que é?
Meu irmão?
E prossegue a dúvida e a indagação sobre o que seria a vida para cada um.

Há quem fale
Que a vida da gente é um nada no mundo
E durante o desenvolvimento da letra, teremos várias interpretações sobre a existência humana. A
vida não é feita somente de momentos bons e felizes, mas temos que saber caminhar entre os bons
e maus momentos.

É uma gota, é um tempo que nem dá um segundo,


Parece óbvio dizer que seu tempo de vida está diminuindo, mas será que realmente você já parou
para pensar nisto e pensar em como está gastando esse precioso tempo?
Quem dera soubéssemos o tempo que ainda temos por aqui...quanto tempo de vida ainda teremos
para realizar nossos sonhos?

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Há quem fale que é um divino mistério profundo


É o sopro do Criador numa atitude repleta de amor
Entres as inúmeras teorias, que tendem a afirmar, definir e explicar o sentido da vida em si, está a
religião, ou como queira as religiões. Mas a religião, ou religiões em si já é uma teoria enquanto
forma de pensar e entender o fenômeno da existência humana, isto é, teoria que tende a explicar o
porquê e o para quê da existência humana.

Você diz que é luta e prazer;


Ele diz que a vida é viver;
Ela diz que o melhor é morrer,
Pois amada não é e o verbo é sofrer.
Precisamos escolher o melhor caminho, mesmo que não saibamos pra onde esse caminho vai nos
levar ... A cada escolha, um novo caminho, e uma nova maneira de avançar ... sempre lembrando
que podemos mudar de caminho a qualquer momento, pois o caminho escolhido sempre tem
volta, afinal, escolher mudar ou continuar também é uma escolha!!!
Há caminhos para o bem e para o mal, para o certo e para o errado, para subir e para descer. E a
cada escolha, a expressão muda, o sentimento muda e a vida se transforma.

Eu só sei que confio na moça


E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Não podemos delegar esta função. Nossa vida somos nós que fazemos. Somos senhores de nossas
decisões. E o querer é o que define o que se pode e o que será! Tome as rédeas de sua vida.
Conduza-a através das estradas traçadas em sua mente.

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
Nosso caminhar é repleto de desejos e esperamos sempre o melhor, não importando se os desejos
são individuais ou coletivos. Para viver desejamos sempre paz, amor, saúde, sorte...
A vida é um eterno aprender, nunca sabemos tudo. Estamos em plena evolução.

E a pergunta roda
E a cabeça agita
E a busca por uma resposta continua. A pergunta nos pega de surpresa. Nos faz parar para pensar,
nos obriga a refletir.

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Fico com a pureza da resposta das crianças


É a vida, é bonita e é bonita
Quem não foi criança e não teve seus sonhos? Quando que, enquanto crianças, nos prendemos nos
aspectos negativos ou fomos pessimistas com relação do futuro? Toda criança é otimista e vê
apenas as coisas boas da vida. Se com o passar do tempo perdemos esta perspectiva, está na hora
de retomarmos esta pureza que nos indica o caminho do futuro. Afinal a vida é bonita e sempre
será!

Viver, e não ter a vergonha de ser feliz


A felicidade, muitas vezes, é vista como algo estranho, do qual não temos
direito. E o que acaba acontecendo é exatamente isso: geralmente temos vergonha de ser feliz.
Mas devemos pensar que nosso ideal é buscar a felicidade, sempre!
Não tenhamos vergonha disso. Sejamos literalmente “sem vergonhas de sermos felizes!”

Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz


Viver é um eterno aprendizado.
Aprender é uma ação e a vida é a grande professora constante e que pode ser encontrada em todos
os momentos da nossa vida. Uma palavra, um gesto, uma experiência.
Para o Império Serrano, cada carnaval é um novo aprendizado, uma nova conquista, um novo
degrau na evolução. Evoluir nem sempre significa andar para frente, evoluir significa aprender
com os erros e os acertos.

Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será


Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita!
Será, certamente será! Esta certeza devemos levar conosco a cada momento de nossa vida. A vida
foi feita para ser bela. E ela será sempre melhor. Estamos aqui para evoluir e, mesmo que
estejamos em momentos não muito felizes de nossas vidas, eles passarão, assim como passam as
estações. Sempre teremos momentos ruins, mas após eles, sempre virão momentos bons. Sempre
será melhor...

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Mestre Gilmar Cunha
Outros Diretores de Bateria
Paulo Vitor, Wallace Gomes, Sílvio Manuel, Sílvio, Rafael, Renan Alvarenga, João Elis, Fabiane
Brum, Felipe D’Lelis, Walter, André Silva e André
Total de Componentes da Bateria
270 (duzentos e setenta) componentes
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
12 12 17 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
80 0 36 0 20
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
01 30 24 0 24
Outras informações julgadas necessárias

• 14 Frigideiras.

➢ Fantasia da Bateria: Seria a vida uma guerra?


O que representa: "A vida é uma guerra constituída por batalhas difíceis onde nem sempre os
mais fortes vencem e sim os mais resistentes e estratégicos." Sid Aguiar

Não se deixe abater, pois o primeiro passo para a vitória é a vontade de vencer. E lembre-se: depois
da guerra, sempre vem a Paz!

➢ Mestre de Bateria: Gilmar Campos Cunha


Mestre Gilmar Cunha
41 anos. Começou no carnaval com 10 anos. Com 11 anos desfilou pela primeira vez no Império
Serrano tocando agogô.

Com 23 anos foi chamado para ser Diretor de Bateria pelo Mestre Átila, tendo recebido quatro
Estandartes de Ouro.

Aos 31 anos assumiu o comando da bateria em substituição ao Mestre Átila.


Neste ano completa 10 anos à frente da Sinfônica do Samba.

48
Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Julinho Fonseca
Outros Diretores de Harmonia
Cláudio Henrique, Eddie Murph, Paulo Nabuco, Maurício, Carlos Professor, Nívia Maria,
Alexander Afonso, Pedro e Carlos Café
Total de Componentes da Direção de Harmonia
50 (cinquenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérpretes: Silas Leleu e Anderson Paz
Cantores de Apoio do Samba-Enredo: Jovaci Silva, Andinho Samara, Lucas Donato, Marquinhos
Silva, Deyse Peixoto e Rodrigo Digão
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Raphael Ribeiro, Igor Souza e Evandro Alves
Outras informações julgadas necessárias

Direção Musical – Rafael Prates

➢ Intérprete: Silas Leleu


O início de tudo foi em um coral de uma Igreja evangélica, passando por grupos de pagode. No
samba minha carreira teve início cantando na Escola de Samba Independente da Praça da Bandeira
ao lado do Cantor Tico do Gato, em 2003. Em 2005, assumi o microfone principal da Escola com a
saída do Tico do Gato para a Unidos da Ponte. De 2006 a 2008, fui o cantor principal da Ponte,
tendo sido agraciado três vezes com o prêmio Samba NET no Grupo B.

Em 2009, com a indicação do Leonardo Bessa e Chico Frota, fui contratado pela Escola de Samba
Arranco do Engenho de Dentro. Fui agraciado com o prêmio Jorge Lafond como melhor intérprete
do Grupo B, neste mesmo ano atuei como apoio de voz de Leonardo Bessa na São Clemente.
Em 2010, fui contratado pela Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha e assumi o microfone
principal. Fui agraciado com o prêmio Gato de Prata como melhor intérprete do Grupo A, neste
mesmo ano atuei como apoio de voz do Dominguinhos do Estácio na Imperatriz Leopoldinense.
Em 2011, fui contratado pela Escola de samba Unidos do Viradouro e assumi o microfone principal
e lá atuei nos Carnavais de 2011e 2012, e fui agraciado com o prêmio Jorge Lafond.

Em 2012 como melhor intérprete do Grupo A. Em 2013, fui contratado de volta à Acadêmicos da
Rocinha, onde permaneci até 2018. Neste mesmo ano de 2013, também atuei como cantor de apoio
de Wantuir na Inocentes de Belford Roxo que estava no Grupo Especial. Em 2018 também uma
passagem como cantor de apoio de Marquinho Art Samba, no Glorioso Império Serrano, no
Carnaval de 2018.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

➢ Intérprete: Anderson Paes


Revelado no Bloco Carnavalesco Mataram meu Gato da Favela Nova Holanda, na Maré, em
1990, Anderson Paz começa sua trajetória no G.R.E.S. Portela em 1994 permanecendo até 2000.
Dê lá, segue para a Lins Imperial no Grupo B, sendo premiado como melhor intérprete com o
S@mba Net, na Marques de Sapucaí. Sendo convidado pelo G.R.E.S. São Clemente em 2001, é
vice-campeão subindo para o Grupo Especial e, também, obtendo um primeiro lugar no Carnaval
de 2003 e ficou até o ano de 2004. Em 2005 é contratado pela Académicos da Rocinha sendo
campeão no mesmo ano pelo Grupo A e, no ano de 2006 leva a Rocinha ao Grupo especial. Em
2007, convidado pela Estácio de Sá, participa da reedição do Tititi do Saputi, cantando pela
vermelho e branco do morro de São Carlos.

Em 2008 retorna para a Acadêmicos da Rocinha, se mantendo até o ano de 2012. Em 2010,
Paraíso do Tuiuti e em 2011, Unidos do Peruche em São Paulo.

Após ficar fora do carnaval por motivos religiosos, retorna ao carnaval Carioca em 2013 pela
Unidos do Porto da Pedra de São Gonçalo, permanecendo por lá até o ano de 2017.

Já em 2018 é convidado pela Inocente de Belford Roxo e no carnaval de 2019 irá defender as
cores Verde e Branco do reizinho de Madureira, Império Serrano com o enredo baseado no samba
de Gonzaguinha, "O QUE É, QUE É?".

50
Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Julinho Fonseca
Outros Diretores de Evolução
Cláudio Henrique, Eddie Murph, Paulo Nabuco, Maurício, Carlos Professor, Nívia Maria,
Alexander Afonso, Pedro e Carlos Café
Total de Componentes da Direção de Evolução
50 (cinquenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Alessa Guimarães e Alyne de Souza
Principais Passistas Masculinos
Douglas Cardoso e Rômulo Santos
Outras informações julgadas necessárias

Diretores da Ala de Passistas: Bruno Teté e Luciana Teté

Rainha dos Passistas: Sheila Cunha

Padrinho da Ala de Passistas: Hélio Rainho

Mascotes dos Passistas: Emilly Vitória e Leandro

Obs.: Os componentes da Direção de Evolução são os mesmo que constituem


a Direção de Harmonia.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Paulo Elias
Diretor Geral de Carnaval
Rildo Seixas e Zé Luiz Escafura
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Débora Cristina
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
70 40 30
(setenta) (quarenta) (trinta)
Responsável pela Ala das Baianas
Tia Eni
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Dona Lindalva Daniele Almeida
(oitenta) 84 anos 39 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Seu João Sérgio
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
65 Dona Pedrinha Richa Joacir Martins
(sessenta e cinco) 88 anos 53 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Tia Maria do Jongo, Aluisio Machado, Quitéria Chagas, Antonia Fontenele, Daniel Gonzaga,
Rogério Silvestre e Maria Augusta
Outras informações julgadas necessárias

Responsável pela Cabelos Brancos: Seu Cacaio


Total de Componentes da Cabelos Branco: 60 (sessenta) componentes
Componentes mais idoso (nome e idade): Tia Marina – 87 anos
Componentes mais jovem (nome e idade): Simone – 46 anos

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Cláudia Mota
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Cláudia Mota
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 06 09
(quinze) (seis) (nove)
Outras informações julgadas necessárias
Assistente: Edifranc Alves
Produção: Verônica Chehebe

Obs.: As fantasias da Comissão de Frente são confeccionadas pelo Ateliê de Fernando


Magalhães.

➢ A Comissão de Frente:
Nascer ou Renascer? Eis a questão.
Independente da questão religiosa, de imortalidade, de alma e de ressurreição, ao nascer uma vida,
com ela renascem vários sentimentos: renasce a fé, o amor, o sonho, a esperança.
E os sentimentos renascem independente de classe e posição social, de riqueza ou pobreza,
independente de onde for, o nascimento de uma criança sempre renova as nossas esperanças em
um mundo melhor.
Afinal, aquele que nasceu para nos salvar, nasceu em um estábulo, junto aos animais. Nasceu para
renascer.
E nos dias de hoje? Ele teria nascido onde? Num hospital? Em casa? Nas ruas? Isso não importa,
o importante é saber que mais uma vez, com ele, teriam nascido ou renascido a fé, o amor, o
sonho e a esperança! Pois as crianças nos ensinam a ficar mais puros e refletir que, apesar de tudo,
a vida é bonita, é bonita e é bonita!

Componentes Femininos: Componentes Masculinos:


1. Sofia Campos 1. Dudu Varello
2. Vanessa Pedro 2. Luiz Henrique
3. Dandara Faria 3. Thiago Santiago
4. Paula Ramos 4. Hugo Lopes
5. Karol Marquez 5. Lucas Esteves
6. Ana Paula Borges 6. Wiliam Careli
7. Edcarlo Vieira
8. Paulo Pinna
9. Glauber Hilário

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

➢ Currículo de Claudia Mota:

Primeira Bailarina do Theatro Municipal do RJ


Internacional Dance Council Member UNESCO

• Iniciou seus estudos aos 4 anos na Academia Valeria Moreira.


• Formada pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa.
• Primeira Bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando todos os primeiros
papéis do repertório clássico e contemporâneo da Companhia.
• Diplomada pelo grande Maître cubano, Fernando Alonso, em Excelência da Técnica Cubana.
• Prêmio de Melhor Bailarina da América Latina, eleita pelo Conselho Latino-americano de
Dança.
• Representa o Brasil em Galas Internacionais, como Gala Latino-americana em Assunção,
Buenos Aires Ballet dançando em todas as principais cidades da Argentina, incluindo a capital
Buenos Aires, Gala de Etoiles of Miami, Gala Grand Prix Vladimir Malakhov, na República
Dominicana, entre outras.
• International Guest Artist no Ballet Nacional Sodre, Uruguay, sob a direção de Julio Bocca.
• Apontada por Natalia Makarova como um dos maiores talentos brasileiros da dança.
• Ministra Master Classes e workshops por todo o Brasil e em países como Argentina, Portugal e
Alemanha.
• Única bailarina brasileira patrocinada pela maior marca de sapatilhas do mundo, Gaynor
Minden.
• ZARELY Role Model, marca de roupas para dança americana.
• Embaixadora Internacional da Dança pela UNESCO e Embaixadora da Cidade do Rio de
Janeiro.
• Foi escolhida Embaixadora no Brasil do filme "A Bailarina", a convite da Paris Filmes.
• Hoje, possui sua própria marca de figurinos de ballet, Mota Designer.
• É considerada hoje, a maior bailarina brasileira da atualidade, com sucesso de público e crítica.

• No carnaval, em 2016, obteve as notas máximas do corpo de jurados, sendo ganhadora de


vários prêmios do carnaval carioca com o inesquecível com o enredo “Silas Canta Serrinha”,
quando o Império Serrano tornou-se campeão da Série A, ascendendo ao Grupo Especial.
Nos anos de 2017 e 2018, participou como coreógrafa da Comissão de Frente da Imperatriz
Leopoldinense.
Neste Carnaval de 2019, é responsável pelo trabalho coreográfico da Comissão de Frente e do
Primeiro Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da G.R.E.S Império Serrano.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Diogo Jesus 28 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Verônica Lima 37 anos
2º Mestre-Sala Idade
Matheus Machado 20 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Maura Luiza 33 anos
3º Mestre-Sala Idade
Yuri Pires 22 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Joana Carolina 17 anos
Outras informações julgadas necessárias
Obs.: As fantasias da Comissão de Frente são confeccionadas pelo Ateliê de Fernando
Magalhães.
1º Casal: Diogo Jesus e Verônica Lima
Fantasia: Vida é Energia
O que representa: O corpo humano é uma complexa rede de energia com um importante papel na
manutenção da saúde vital dos nossos aspectos físico, mental, emocional e espiritual.
Quando a energia está equilibrada e funcionando de forma harmoniosa e eficiente, a vida é suave.
Quando não, o corpo não responde aos instintos.
É a energia que conduz harmonia entre o cérebro e corpo. Para a dança, a harmonia energética é
essencial, pois é essa harmonia que dará a sensação de prazer ao dançarino.
Ao serem perguntados o que era a vida para eles, Diogo e Verônica responderam, sem parar para
pensar, no mesmo momento: Dançar!
E dançar na Sapucaí é um dançar em 360º dançar para todos os lados, para todos os ângulos. Mas em
2019, esse dançar terá um novo olhar, uma nova forma, uma nova direção. É a vida se manifestando
de outras maneiras.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Currículo da Porta-Bandeira Verônica Lima


Nascida e criada em Duque de Caxias, Veronica Lima estreou a sua vida carnavalesca no
Acadêmicos do Grande Rio, aos 14 Anos, como segunda porta-bandeira da casa.

Em 1998, ascendeu ao posto de primeira porta-bandeira da agremiação tricolor caxiense, carreira


que se estendeu até 2001, quando se fez ausente por um pequeno período de tempo.

Sempre envolvida com carnaval, recebeu um convite para retornar ao maior espetáculo
televisionado da terra defendendo o pavilhão da Imperatriz Leopoldinense, trajetória que durou
entre os anos de 2006 a 2010.

Nos dois carnavais seguintes, a oportunidade de uma nova agremiação veio da União da Ilha do
Governador, até 2012. Em 2013, recebeu a proposta para retornar à sua escola de origem, a
tricolor de Caxias, permanecendo na agremiação até o carnaval de 2018, ano que ganhou o seu
segundo Estandarte de Ouro seguido.

Em 2019, para compor o time do tradicional Império Serrano, a Presidente do Projeto Latopá, que
completa 4 anos de fundação e centenas de alunos formados nas mais variáveis aulas sobre cultura
do carnaval carioca, defenderá o pavilhão verde e branco da Serrinha no enredo “O que é, o que
é?”, assinado pelo carnavalesco Paulo Menezes.

Currículo do Mestre-Sala Diogo Jesus


Nascido e criado em Madureira, iniciou sua carreira no carnaval pelo Projeto
Madureira Toca, Canta e Dança, sendo incentivado por sua avó Dona Dulcineia
Oliveira, incentivadora no seu processo de projeto. Mulher guerreira e batalhadora.

Seus primeiros passos como Mestre-Sala se deram na Escola Mirim do Império Serrano, o
Império do Futuro. Teve passagens pela Acadêmicos da Rocinha, Portela, Mocidade
Independente de Padre Miguel e Acadêmicos do Cubango.

Em 2017 foi campeão defendendo o primeiro posto na Mocidade Independente de Padre Miguel.
Hoje no Império, onde começou, defende o posto de Mestre-Sala da verde e branco da Serrinha
no enredo “O que é, o que é?”, idealizado pelo carnavalesco Paulo Menezes.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal: Matheus Machado e Maura Luiza


Fantasia: A Vida é um Quebra-Cabeças
O que representa: Há momentos em nossas vidas, que parecem desencontrados, como peças de
um quebra-cabeças, que misturadas, dificultam o perfeito entendimento de determinada situação.
É preciso, como no jogo, num exercício de paciência, juntar peça por peça, para que o jogo se
complete.

3º Casal: Yuri Pires e Joana Carolina


Fantasia: Da Vida Queremos Sempre o Melhor
O que representa: Algumas pessoas esperam da vida somente bens materiais, como casas,
carros, dinheiro, posição social. Outras esperam somente o mínimo para sobreviverem. Mais é
menos ou menos é mais?

57
G.R.E.S.
UNIDOS DO
VIRADOURO

PRESIDENTE
MARCELO CALIL PETRUS FILHO
PRESIDENTES DE HONRA
JOSÉ CARLOS MONASSA BESSIL (EM MEMÓRIA) E
MARCELO CALIL PETRUS
59
“Viraviradouro!”

Carnavalesco
PAULO BARROS
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Viraviradouro”
Carnavalesco
Paulo Barros
Autor(es) do Enredo
Paulo Barros
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Paulo Barros - Isabel Azevedo - Ana Paula Trindade - Simone Martins
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Paulo Barros
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 A Psicanálise dos Bruno Bettelheim Paz e Terra 1980 Todas


Contos de Fadas

02 Contos Tradicionais, Vários autores Ministério da 2000 Todas


Fábulas, Lendas e Educação
Mitos

03 Mito e Realidade Mircea Eliade Perspectiva 1986 Todas

04 Metamorfoses Ovídio Editora 34 2017 Todas

05 As Mais Belas Gustav Schwab Paz e Terra 1997 Todas


Histórias da
Antiguidade
Clássica:
Metamorfoses e
Mitos Menores

O Livro de Ouro da
06 Mitologia: Histórias Thomas Bulfinch Ediouro 2002 Todas
de Deuses e Heróis

07 As Mil e Uma Antoine Galland Editora Revan 2000 Todas


Noites: Contos (Trad. Ferreira
Árabes Gullar)

08 O Conto de Fadas: Nelly Novaes Difusão Cultural 2003 Todas


Símbolos, Mitos e Coelho do Livro
Arquétipos

63
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
09 Contos de Grimm Irmãos Grimm Editora Itatiaia 2013 Todas
(Obra Completa)

10 Alice no País das Lewis Carroll L&PM Editores 2003 Todas


Maravilhas

11 A Bela e a Fera ao Betsy Hearne Companhia das 2012 Todas


Redor do Globo (Org.) Letrinhas

12 O Livro das Fadas: Francis Melville Editora 2003 Todas


Um Guia sobre o Dinalivro
Mundo dos Elfos,
Pixies, Duendes e
outros Espíritos
Mágicos

13 O Livro das Fadas: Betty Bib Publifolha 2005 Todas


Uma Linda Editora
Viagem pelo
Mundo Encantado
Outras informações julgadas necessárias
Filmes:
A Bela e a Fera (Walt Disney, 1992 e 2017)
Drácula de Bram Stoker (Columbia Pictures, 1992)
Van Helsing – O Caçador de Monstros (Stephen Sommer, 2004)
Piratas do Caribe – O Baú da Morte (Walt Disney Entertainment, 2006)
O Motoqueiro Fantasma (Marvel Studios/Columbia Pictures, 2007)
Discos:
A Bela e a Fera (Coleção Disquinho – Continental, 1960)
O Gato de Botas (Coleção Disquinho – Continental, 1960)
O Soldadinho de Chumbo (Coleção Disquinho – Continental, 1960)
A Gata Borralheira (Coleção Disquinho – Continental, 1960)
Alice no País das Maravilhas (Coleção Disquinho – Continental, 1960)
Coleção Disquinho, o Melhor da Coleção (Som Livre, 2003)
Sites:
www.youtube.com/watch?v=3en4mcgj3_A (documentário)
www.bbc.com/portuguese/vert-cul-43984190
http://guiadoscuriosos.uol.com.br
www.historiadomundo.com.br

64
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO

VIRAVIRADOURO!

Cresci ouvindo as histórias que Vovó me contava desde muito pequeno. Lembro-me bem de
uma das últimas noites em que sentei ao seu lado para ouvi-la sem hora para terminar. O
tempo parecia não existir, mas a verdade é que ele havia me alcançado e, sem que eu
percebesse, toda a fantasia dos tempos de criança se desfez. Até que... naquela noite
inesquecível, ela me chamou mais uma vez e, com um olhar misterioso, disse: “Venha...
quero lhe mostrar um segredo!”.

De uma pesada gaveta da estante, sacou um antigo volume de capa de couro escura, com o
título: VIRAVIRADOURO! O LIVRO SECRETO DOS ENCANTOS. E ordenou: “Preste
bem atenção... porque essa é a palavra mágica que transformará nosso conto em encanto. E
tudo o que acontecer daqui por diante deve ficar entre nós...”, e soltou uma gargalhada
impressionante... Vovó, uma bruxa??? O que se passou a partir daquele momento é o que
vamos descobrir agora.

Sentei curioso, ao seu lado, com saudades de ouvi-la contar mais uma das deliciosas
aventuras que animaram a minha infância. Vovó começou: “Conhecemos histórias muito
antigas, que chegam até nós através de livros e de contadores. Elas guardam mistérios sem
fim!”. E abriu a primeira página do estranho livro. E Vovó repetia: “Viraviradouro vai
virar! Viraviradouro vai virar!”.

Em alguns segundos, uma inquietação tomou conta de mim. Aquele livro me atraía e, sem
que eu pudesse evitar, senti que alguma coisa estranha começou a acontecer. Era como se
tivesse me tornado criança novamente. Em segundos, eu já estava na frente da casa da Vovó,
brincando com a mesma energia da minha infância. Encontrei a noite lá fora e uma forte
sensação de que me observavam. Não me importei. Minha avó saiu de casa com o
Viraviradouro nas mãos.

E, assim, começa o encanto da Viradouro na Avenida.

Tentei pegar o precioso livro para descobrir os segredos tão bem guardados pela querida
Vovó. “Cuidado, menino!!! Você está se arriscando demais!”, gritava, enquanto resistia a
me entregá-lo. De repente, corajosos cavalheiros nos cercaram, tentando proteger o livro,
mas não conseguiram. Peguei e abri o Viraviradouro. Bruxas surgiram de todos os cantos e
minha doce vozinha foi transformada em uma delas. Dominados pela feitiçaria, personagens
apareciam de todos os lugares, saíam dos contos que ouvi e li durante muitos anos, quando
era um jovem menino. Iam e vinham, em minha memória, me fazendo recordar seus feitos
maravilhosos. Minha Vovó Bruxa e suas amigas me fizerem viajar por todas as histórias que
ouvi na infância. E nem conto a vocês tudo o que aconteceu daí por diante...

65
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

“O PRIMEIRO CAPÍTULO”, conta minha Vó, “mostra os ENCANTADORES, que podem


realizar desejos impossíveis ou lançar terríveis maldições. O pouco que se sabe sobre eles
está oculto em livros muito antigos; habitam um universo enigmático e mágico. Você nunca
deve zombar ou duvidar da força que possuem”. E lançou um feitiço:

“Se um Deus quiser, faz a terra tremer... ao gênio da lâmpada, você contará seus desejos; o
encanto da fada faz a sorte mudar; cuidado com o diabo e sua maldição; mas é com a bruxa
que começa a diversão: Viraviradouro vai virar!”.

Essa frase mágica abre os caminhos por onde entram os ENCANTADORES. Deuses,
gênios, fadas madrinhas, demônios e bruxas surgem de todos os cantos e dos contos, para
mostrar seus incríveis poderes capazes de provocar grandes transformações. Eles saem do
livro e viram aventura na vida, na Avenida.

Minha Vovó Bruxa sorri, ao perceber minha alegria, e diz: “É com eles que começa toda a
magia. Vamos ver o que traz o SEGUNDO CAPÍTULO”. E, virando as páginas mais uma
vez, exclama: “Ah, os ENCANTADOS contos de fadas! Quanta magia nos apaixona desde
que somos bem pequenos... Quantos personagens, jovens casais se encontram, para nos
revelar suas histórias de amor e coragem! Veja que linda moça dançando com seu amado, na
noite do Baile Real. Parece uma princesa! Mas logo se quebrará o encanto e ela voltará a ser
a pobre órfã entregue aos maus-tratos de sua madrasta”. O rosto de Vovó se ilumina, ao
perceber quem está na página seguinte: “Olhe aqui, que belo soldadinho esculpido em
chumbo! Lembra? Os brinquedos ganham vida durante a noite, e ele e sua bailarina de papel,
enamorados, sofrem com a inveja de um cruel feiticeiro e acabam desaparecendo nas chamas
de uma lareira. A próxima é a curiosa menina que se aventura no País das Maravilhas, onde
ela se transforma, ao longo do caminho, e até enfrenta uma rainha má. Quantos desafios,
não?”.

Pegando a folha envelhecida com a ponta dos dedos, Vovó passa mais uma página: “Esse
aqui é o bichano esperto, que calça um par de botas para percorrer muitas léguas
velozmente. O gatinho engana a todos e, com sua inteligência, conquista riquezas e muda o
destino de seu dono. Mas também existem contos que começam com encantos terríveis,
como o castigo da bruxa, que transforma um príncipe arrogante em horrível besta e todos os
criados de seu castelo em objetos falantes, até que o coração de pedra desse nobre
impertinente aprenda a amar e ser amado. Mas o final dessa história é feliz... Ele encontra
sua Bela, se apaixonam e o feitiço se desfaz...”.

E continua: “Veja aqui, o TERCEIRO CAPÍTULO é sobre AMALDIÇOADOS e guarda


uma perigosa magia. Muitos são os seres mitológicos condenados a viver o destino
escolhido pela ira ou por capricho divino. Mais antigos do que a própria história, nobres ou
pobres mortais, monstros ou heróis ousaram desafiar os deuses ou desejar mais do que
deveriam. E assim aconteceu com a habilidosa tecelã transformada em uma aranha, por
ousar competir com a deusa das artes do Olimpo. Presa a sua teia, ela passou a fiar seus
lindos e perfeitos bordados, cada vez mais e mais... E, também, com o ambicioso rei que

66
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

conquistou o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro e seu maior desejo virou sua
maldição. Pobre coitado! Não podia se alimentar, nem abraçar seus entes queridos”.

“O que mais está escrito no Viraviradouro?”, perguntei. “Quem pode nos dizer é Merlin,
mestre na arte da magia. O poderoso mago conhece como ninguém os mistérios da vida e da
morte, dos homens e dos deuses. Dizem que Merlin ajudou a escrever esse livro”, confessa
Vovó, sussurrando em meus ouvidos. Será? A magia está no ar...

“Muito cuidado agora! Feche os olhos, não olhe diretamente para ela! Fuja do terrível
encanto, para não virar pedra. Essa bela sacerdotisa foi transformada, pela deusa do seu
templo, em um dos mais temidos monstros da mitologia grega, após ter sido seduzida pelo
deus do mar.”

Então, Vovó me pergunta, desafiando minha curiosidade: “Você conhece o navio fantasma
holandês, que causa medo aos navegantes há séculos? Essa é mais uma das terríveis
maldições que atormentam os sete mares. Assustadores piratas são condenados a vagar pela
eternidade, em busca de liberdade, por terem desafiado a vontade dos deuses. Lembro-me de
ter visto essa assombração num filme, aliás, como muitas outras histórias. Os fantasmas
pareciam tão reais na tela do cinema!”. Vovó sorri novamente: “Todos metem muito medo”,
diz enquanto espera a legião de seres do mal, que evoca ao virar mais uma página do livro.

A noite avança quando chegamos ao QUARTO CAPÍTULO: CRIATURAS DA NOITE. Está


escrito: “São filhos da escuridão, que vagam pela terra ou se escondem embaixo dela, criaturas
que espreitam as sombras ou caminham famintas sob a luz da Lua; por ambição, vingança
ou pacto com o demônio, perderam a paz e seguem penando para todo o sempre”.

Vovó continua a leitura: “Os vampiros vagam à procura do sangue de suas vítimas inocentes,
o sarcófago range, quando a amaldiçoada múmia do Antigo Egito acorda do sono eterno, e a
Lua cheia desperta a ira do lobisomem, que andava quieto, metido no corpo de um pobre
coitado”. Diante de toda maldade do mundo, quis saber se existiam encantos para derrotar o
medo. “Existem homens corajosos que lutam contra todo tipo de crueldade. Esse lendário
caçador é um deles. Já ouviu alguma de suas extraordinárias aventuras? Ele luta contra todo
tipo de monstros! Falando neles, existem também os mortos-vivos, que devoram suas
vítimas para, em pouco tempo, se transformarem, aumentando uma legião de desalmados
famintos. Mas há tantos outros que não acreditam que o mal possa dominar o mundo. Alguns
são tão fortes que entregam a alma ao Diabo, porém usam seus poderes contra ele ao longo
de muitos séculos e gerações! Sim, as assombrações também se renovam. Veja, esse é um
dos meus favoritos! Quando o conheci, ele andava a cavalo”, disse, rindo, enquanto me
mostrava a caveira: “Hoje só anda de motocicleta, hehe...”.

E a noite corre veloz, carregando nosso maior pesadelo... Será o fim? Não vamos voltar a
sonhar? Vovó me abraça e sussurra: “Não podemos quebrar o encanto e deixar o mal
dominar. Ele pode nos destruir e, então, tudo se acabará! A cada dia, perdemos nossa

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

capacidade de acreditar na fantasia... Esquecemos como é bom ser criança e brincar com a
imaginação!”.

Ao abrir o ÚLTIMO CAPÍTULO do livro de magia, Vovó me diz: “Observe o pássaro


mitológico, símbolo da renovação, que sempre ressurge das cinzas, de onde nada mais
parece existir. Consegue perceber que, assim como ele, a vida renasce em todos os seres da
floresta encantada? Se você acreditar, poderá vê-los de novo!”. E lá estão eles e elas! Faunos
valentes, agitadas fadas, inquietos gnomos, elfos incansáveis e ninfas delicadas, que
dominam a terra, a água, o ar e o fogo, surgem para reinventar a vida, renovar nossas forças
e nossos sonhos.

Ah, então, Viraviradouro é a magia de quem só quer alegria para a vida virar! Divertir quem
gosta de histórias, brincar com a memória e nos transformar. Queimar a semente do mal e
renascer das cinzas, se não for por toda a vida, que seja na Avenida, numa noite de
Carnaval! E Vovó me revela: “Essa é a última página do Livro de Encantos de mais uma
história sem fim. Invente a sua, acredite e seja feliz! Viraviradouro vai virar!”.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
A Viradouro traz para a Avenida, em 2019, um divertido enredo para encantar o público da
Sapucaí. Uma história mágica, que só existe ao ser contada pela irreverente Vovó ao seu
neto, desacreditado e já sem forças para transformar sua vida sem graça, marcada pela rotina
e pela desilusão. A intrigante senhora esconde o Viraviradouro! O Livro Secreto dos
Encantos, que, dizem os mais antigos, começou a ser compilado pelo legendário mago
Merlin, ainda na Idade Média. O livro carrega, em suas páginas envelhecidas pelo tempo, o
segredo de muitas poções mágicas, feitiços, bruxarias, rituais e os poderes extraordinários
dos seres elementais. Foi guardado, por muitos anos, pela velha senhora que habita uma
casinha nas terras de Niterói, lugar “onde as águas se escondem”, assim chamado pelos
povos que lá viveram tempos atrás.

Nessa noite de Carnaval, a Vovó recebe seu neto entristecido. O que teria acontecido ao
menino que trazia o brilho no olhar? Que caminhos tortuosos apagaram a luz da esperança
que sempre acendeu, em seu rosto de criança, o prazer de cada nova aventura?

A noite cai e o neto procura o abraço da Vovó, que tanto lhe trouxe felicidade na infância.
Ao contemplar a tristeza do neto, a velhinha caminha decidida até a estante e retira o pesado
volume do livro de encantos, para revelar a magia das deliciosas histórias que sempre
animaram os encontros com o menino do passado. Essa criança alegre e ousada ressurge na
Abertura do desfile, despertada pela curiosidade de conhecer os segredos do grande livro. E,
assim, começa o encantamento.

A figura de uma avó bondosa e sábia é um arquétipo que nos remete ao acolhimento que
recebemos na infância. Nossas mães e nossos pais também nos contaram histórias que
ouviram e aprenderam quando pequenos. Porém, o lugar onde encontramos o abrigo mais
confortável e a certeza de nossos desejos atendidos é nos braços de uma avó carinhosa, sem
tantas atribulações. Mesmo que as modernas vovós tenham uma vida repleta de
compromissos e responsabilidades, as horas de deleite com um neto são razão suficiente
para uma atenção redobrada com a criança.

O neto desse conto, pressupõe-se, já é um adulto. Seu desencanto com o mundo e sua
decisão de procurar a avó é o mote do enredo. Ele aparece criança, no início da narrativa,
pois a descoberta do livro Viraviradouro produz a mágica esperada de mergulhá-lo em suas
memórias, revivendo um passado de aventuras e exemplos de superação do medo. Ao final
do desfile, encontraremos o personagem adulto e feliz.

Em A Psicanálise dos Contos de Fadas (1980), Bruno Bettelheim discute “como os contos
de fadas podem intervir nos processos evolutivos da criança, ajudando-a na compreensão do
que está acontecendo com si mesma, e, ainda, resolvendo de forma mais saudável seus
conflitos internos”. Logo no início da obra, Bettelheim mostra como é mais fácil e
interessante que a criança aprenda através dos contos de fadas. Assim, ela encontra refúgio e
solução para seus problemas.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

Sem nenhuma intenção de discorrer sobre a psicologia infantil, o enredo pretende trazer, à
memória do público, conhecidos personagens da ficção presentes na literatura e no cinema,
para diverti-lo.

É importante lembrar que o enredo transcorre em forma de conto de fadas, mas está
recheado de protagonistas da mitologia, das lendas e outras narrativas presentes nas
“contações” de histórias. Das conversas, que caracterizam a tradição oral, aos livros e filmes,
personagens impressionantes e suas histórias são construídos, modificados e transmitidos
por gerações. “Os mitos sempre se configuram nas bases do pessimismo, sendo que em
alguns deles seus finais são trágicos, já os contos guardam sempre um final feliz... Contudo,
todos têm em comum o fato de tentarem deixar uma mensagem gravada nos cérebros de seus
assíduos espectadores, dado que assim eles aprendem a trabalhar desde o início da infância
com a obscuridade do mundo, com a distinção do certo e errado no âmbito social, e também
com momentos de extrema felicidade” (BETTELHEIM, 1980).

A Abertura do desfile traz uma cena que apresenta a força surpreendente do Viraviradouro!
O Livro Secreto dos Encantos. O encontro do neto com sua avó é cercado de mistérios e
mostra como toda a força da narrativa está nas mãos de seus contadores. Os poderes
extraordinários dessa obra influenciaram clássicos da literatura infantil. Histórias que se
propagaram pelo mundo por sua capacidade infinita de mexer com a nossa imaginação. No
entanto, está escrito no Viraviradouro: “Só conhecerá o segredo do começo de todas as
coisas aquele que tiver a capacidade de entender e aguardar o momento certo da revelação”.
Enigmático? Sim, sem dúvida. Então, para não provocar a ira do sobrenatural, devemos
continuar a história de onde nos é permitido seguir.

Os setores do desfile representam os diferentes capítulos do livro mágico e, de cada um


deles, surgem personagens relacionados a uma tipologia que procura dividi-los por suas
características mais fortes:

O capítulo 1 mostra os ENCANTADORES – Detentores de poderes incríveis, eles


transformam tudo o que quiserem, para realizar desejos ou castigar aqueles que não
cumprirem os seus desígnios. Habitam as histórias da mitologia, as mil e uma noites dos
contos árabes, podem ser do bem ou do mal e nos surpreendem com suas magias que
animam os contos de fadas. Zeus, o potente deus mitológico, que controla todos os seres da
natureza; o Gênio da Lâmpada, que usa seu poder para satisfazer pedidos de todos os tipos; a
Fada Madrinha, que deixa seu ambiente natural nas florestas para, com sua varinha de
condão, socorrer suas afilhadas, princesas desamparadas ou em perigo. Mas nem só de raios,
lâmpadas e varinhas vivem os encantadores: as poções mágicas são fundamentais na hora de
realizar os encantos! Estão, aqui, também representados, os mais terríveis demônios, que
atormentam a existência de suas vítimas. As bruxas encerram esse capítulo, atravessando a
Passarela. “Elas voarão por cima de nossas cabeças para acordar todos os nossos sonhos e
pesadelos!”, sentencia o feitiço do livro.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

O capítulo 2 – ENCANTADOS – E quem fica encantado? O que é mais encantador do que


um conto de fadas? Nos apaixonamos, desde cedo, pelas histórias de lindas donzelas em
perigo, brinquedos, animais e objetos que ganham vida, pela coragem e determinação de
personagens que nos causam tanta admiração... Não nos cansamos de pedir, a quem nos
conta, que repita inúmeras vezes as aventuras que queremos guardar para sempre na
memória. Aqui, vamos nos lembrar dessas figuras, que, transformadas pela magia,
encontraram seus destinos. Abrindo o setor, estão os príncipes e as princesas. Os
componentes dessa ala pertencem ao projeto de formação de mestres-salas e porta-bandeiras
da Unidos do Viradouro. Esses jovens, a exemplo do Primeiro Casal, carregam orgulhosos o
Pavilhão da Escola e representam o par romântico de muitos contos de fadas. Além desses,
diversos outros encantados surgem do Viraviradouro: a pobre menina órfã, que a madrasta e
suas filhas maltratam. Explorada pelas malvadas, ela vive coberta de cinzas e em trapos,
cuidando de todos os afazeres domésticos. Eis que surge sua fada madrinha e realiza seu
desejo de ir ao baile real, transformando-a na linda Cinderela; encantado também é o
Soldadinho de Chumbo, que, enamorado por uma delicada bailarina de papel, enfrenta um
“geniozinho” malvado e, simbolicamente, eterniza seu amor, nas noites mágicas em que
todos os brinquedos ganham vida; e a curiosa Alice, que se perde no País das Maravilhas?
Sua passagem por esse estranho lugar é repleta de encantos. No caminho, sofre muitas
mudanças, até que enfrenta a louca Rainha de Copas, para encontrar o caminho de volta para
casa; como não lembrar do arguto e animado Gato de Botas, que, por sua inteligência,
conquista o título de nobreza para seu jovem e pobre amo; e de Lumière? O bondoso e
elegante servo, de sotaque francês, foi transformado em candelabro pela maldição lançada
por uma bruxa maltratada pelo seu arrogante patrão. Todos foram amaldiçoados no Castelo,
inclusive seu nobre dono. A Bela e a Fera é um dos mais encantadores contos de fadas, por
revelar a força do verdadeiro amor, capaz de quebrar qualquer feitiço.

Chegamos ao Capítulo 3 – AMALDIÇOADOS – Por desobediência aos deuses, inveja,


ambição ou por, simplesmente, terem se envolvido com quem não deviam, esses
personagens mitológicos carregam para a eternidade castigos cruéis e impiedosos dos mais
poderosos. Aracne, a notável tecelã que bordava melhor do que a deusa Atenas é o mito de
criação das aranhas; o Rei Midas, que queria descobrir como transformar tudo em ouro,
sofre com o cumprimento de seu desejo, porque, ao tocar em qualquer coisa, tudo vira o vil
metal; o Mago Merlin está na Bateria, fazendo pulsar o coração da Escola, enquanto
Morgana, que se tornou uma cruel feiticeira das histórias arturianas, desfila todo o seu poder
na Sapucaí; a Medusa, sacerdotisa de Atenas, recebe o pior castigo por seu envolvimento
com Poseidon, o deus dos mares, e se torna um dos mais terríveis monstros, com sua cabeça
de serpentes, que petrifica a todos que ousarem olhá-la diretamente; inspirada na versão
apresentada no filme O Baú da Morte, da série de cinema Piratas do Caribe, a história do
navio Holandês Voador é assustadora. Davy Jones comanda a embarcação fantasma e o
poder de uma horripilante aparição que assombra os sete mares. Para isso, evoca: “Que não
se ouçam vozes alegres... Que nenhum homem olhe para o céu com esperança... E que
amaldiçoado seja esse dia por nós que despertamos do Kraken”! Esses piratas condenados
pela deusa Calypso cumprem a terrível sina de navegar pela eternidade, saqueando
embarcações e assombrando os oceanos.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

O Capítulo 4 – CRIATURAS DA NOITE – Que perigos se escondem no manto negro da


noite, quando ninguém está por perto para nos salvar? A história avança e revela o medo do
farfalhar de asas, que nos rondam sem que possamos nada ver, os mistérios da morte, o
assustador uivo de um lobo, os passos cadenciados que nos perseguem... Um sentimento que
acelera a respiração mesmo em nossos pesadelos. O vampiro, eternizado pela figura do
Conde Drácula; a múmia amaldiçoada, que arrasta seu corpo deteriorado em busca de
vingança; o feroz lobisomem, que, despertado pela luz da Lua, percorre os caminhos
farejando suas vítimas. Quando não parece mais haver saída, surgem caçadores de
assombrações, como Van Helsing, e nos livram dessas tenebrosas criaturas. São capazes de
derrotar até os mortos-vivos, arrancados de suas covas pelo desejo de saciar sua fome e
carregar outros homens para a mórbida eternidade em que estão enterrados. Mas, para
vencer o pior dos males, somente aqueles que detêm o mesmo poder são capazes de afastar
todo o mal: transformado em demônio pelo próprio verdugo, o Motoqueiro Fantasma ataca
seus algozes, lançando seu fogo impiedoso para que sucumbam à sua força demoníaca. A
lenda desse personagem remonta aos tempos em que o mesmo era o Cavaleiro Fantasma,
que, na versão do cinema que inspira sua aparição na Avenida, trocou a montaria pela
motocicleta.
O último capítulo intitula-se DAS CINZAS VOLTAR, NAS CINZAS VENCER! Nada
parecia mais existir... O mal dominava o Universo e o desânimo derrotava a esperança de
vencer os tempos sombrios. O fogo consumia os desejos de mudança. Tristeza e melancolia.
Agora, chegamos ao final: nenhum vestígio da vida parece mais existir. Perdas, derrotas,
infortúnio. Nos deparamos com a ameaça de, sem resistência e coragem, sucumbir diante
das mazelas que muitas vezes nos impõem. Para enfrentar tanto desatino, a aventura
proporcionada pelo Viraviradouro nos remete aos tempos de criança, onde nada é capaz de
abater nossa alegria. Como nos contos de fadas, sabemos que a terra é fértil, ainda que
pareça seca e sem vida. E pode germinar na primeira chuva. É preciso acreditar que é
possível vencer, dominando nossos medos e afastando o desânimo. Para isso, o feitiço do
“Livro” convoca os faunos, deuses campestres protetores dos rebanhos, que facilitam a
descoberta de novos caminhos, porque detêm o poder da previsão; as encantadas fadas, que
habitam as flores e defendem a floresta, transportando luz para dar vida às plantas; os
gnomos, que habitam o interior da terra e cuidam de suas raízes; os elfos, seres belos e
luminosos, que cuidam dos quatro elementos que dão vida à natureza; e a ninfa Dríade,
protetora das árvores. A Vovó desafia seu neto: “Toque o chão e sinta o pulsar da vida”. O
encanto se conclui. Da terra ressequida, ressurge a natureza. A semente do mal se extinguiu.
A vida floresce por todo o lado. A felicidade é devolvida ao mundo das coisas ditas reais.
“Quem me viu chorar, vai me ver sorrir. Pode acreditar, o amor está aqui! Viraviradouro
iluminou... O brilho do olhar voltou!”
Este enredo da Viradouro é uma obra de ficção e qualquer semelhança com um conto de
fadas, não é mera coincidência. A Viradouro quer enfeitiçar você em 2019! Prepare-se,
porque tudo pode acontecer diante dos seus olhos. Seres e poderes extraordinários, histórias
incríveis, que apaixonam a humanidade há séculos, vão emocionar a Sapucaí. E, para
mostrar que o melhor encanto é aquele que pode transformar o mundo real, a poderosa
Fênix, o pássaro mitológico, inspira todos a renovar as esperanças e recomeçar, ressurgindo
das cinzas.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

ROTEIRO DO DESFILE
ABERTURA – VIRAVIRADOURO!
O LIVRO SECRETO DOS ENCANTOS

Comissão de Frente
VIRAVIRADOURO VAI VIRAR!!

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Julinho Nascimento e Rute Alves
O AMOR ESTÁ AQUI!

Ala 01 – Comunidade
MAGIA E ENCANTO NO AR

Alegoria 01 – Abre-Alas
HISTÓRIAS E MISTÉRIOS SEM FIM

Ala 02 – Velha Guarda


TRAJE TRADICIONAL

1º SETOR - ENCANTADORES

Ala 03 – Comunidade
ZEUS

Ala 04 – Comunidade
GÊNIO DA LÂMPADA

Ala 05 – Comunidade
FADA MADRINHA

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Jeferson Souza e Amanda Poblete
POÇÃO MÁGICA

Ala 06 – Baianas
POÇÃO MÁGICA

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Ala 07 – Comunidade
DEMÔNIO

Ala 08 – Comunidade
BRUXA

Alegoria 02
BRUXAS

2º SETOR - ENCANTADOS

Ala 09 – Projeto Mestre-Sala e


Porta-Bandeira
PRÍNCIPES E PRINCESAS

Ala 10 – Comunidade
CINDERELA E PRÍNCIPE ENCANTADO

Ala 11 – Paixão Vermelha e Branca


SOLDADINHO DE CHUMBO

Ala 12 – Comunidade
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Ala 13 – Sol Nascente


GATO DE BOTAS

Ala 14 – Comunidade
LUMIÈRE

Alegoria 03
A BELA E A FERA

3º SETOR - AMALDIÇOADOS

Ala 15 – Artistas
ARACNE

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Destaque de Chão
Luana Bandeira
BRILHO DO OURO

Ala 16 – Comunidade
REI MIDAS

Ala 17 – Passistas
TOQUE DE MIDAS

Rainha de Bateria
Raissa Machado
MORGANA

Ala 18 – Bateria
MAGO MERLIN

Ala 19 – Comunidade
MEDUSA

Ala 20 – Comunidade
PIRATA

Alegoria 04
HOLANDÊS VOADOR

4º SETOR – CRIATURAS DA NOITE

Ala 21 – Reis da Folia


DRÁCULA

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Diego Jenkins e Gislaine Lira
MÚMIAS

Ala 22 – Comunidade
MÚMIA

Ala 23 – Comunidade
LOBISOMEM

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Ala 24 – Comunidade
VAN HELSING

Ala 25 – Comunidade
MORTOS-VIVOS

Alegoria 05
MOTOQUEIRO FANTASMA
Obs.: um veículo sairá da Alegoria, tocará o solo e
retornará ao carro alegórico.

5º SETOR – DAS CINZAS VOLTAR, NAS CINZAS VENCER!

Ala 26 – Comunidade
FAUNOS

Ala 27 – Comunidade
FADAS

Ala 28 – Comunidade
GNOMOS

Ala 29 – Amizade
ELFOS

Ala 30 – Comunidade
NINFA DRÍADE

Alegoria 06
A FÊNIX E O RENASCER DAS CINZAS

Ala 31 – Compositores
TRAJE TRADICIONAL

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 HISTÓRIAS E MISTÉRIOS O Abre-Alas é uma grande estante de onde as bruxas


SEM FIM retiram algumas histórias a serem contadas na
Avenida. Acordam seus personagens e os enfeitiçam,
para que, dominados por elas, nos lembrem de suas
aventuras. Dizem que todos os poderes extraordinários
dos contos escritos mundo afora estão no Livro
Secreto dos Encantos, que guarda mistérios sem fim.
Agora, ressurgem provocados pelo feitiço das bruxas.
O maior segredo do Viraviradouro é despertar nossa
lembrança e nos fazer acreditar de novo na fantasia
capaz de recuperar a esperança de transformar nosso
futuro. “Se tem magia, encanto no ar, vou viajar
* Essa imagem é do croqui original ouvindo histórias!”
e serve apenas como referência,
pois foram realizadas modificações
de estética e de cor na execução da
Alegoria.

02 BRUXAS “Não creio em bruxas, mas que elas existem,


existem…”. Sempre temidas por dominarem os
segredos da natureza, elas são perseguidas como seres
malvados, que amaldiçoam e enfeitiçam. Histórias de
poções mágicas e rituais sombrios e misteriosos
provocam nossa imaginação, inspiram contos
fantásticos, causam medo e fascínio. Elas saltam do
Livro de Encantos da Viradouro e atravessam a
Passarela para atiçar todos os espíritos. As bruxas
estão à solta! E voam pela Sapucaí para despertar
sonhos e pesadelos!
* Essa imagem é do croqui original
e serve apenas como referência,
pois foram realizadas modificações
de estética e de cor na execução da
Alegoria.

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 A BELA E A FERA Um jovem príncipe muito bonito, mas egoísta e


arrogante, nega ajuda a uma bruxa. Ela lança um
feitiço sobre ele, e o transforma em uma besta feia e
repugnante, e todos os moradores de seu castelo viram
objetos encantados. Certo dia, um homem procurando
refúgio acaba preso pela terrível Fera e, para salvá-
lo, sua filha Bela aceita ficar no lugar do
pai. Aos poucos, Bela e Fera se apaixonam e a magia
lançada ao príncipe é quebrada. “Num conto de fadas,
a felicidade invade o meu coração pra cantar, deixando
* Essa imagem é do croqui original a tristeza do lado de lá”. A história de A Bela e a
e serve apenas como referência, Fera mostra que é preciso olhar para além das
pois foram realizadas modificações aparências, porque o amor pode estar bem perto
de estética e de cor na execução da e nos convidar para dançar.
Alegoria.

04 HOLANDÊS VOADOR “E quem ousou desafiar a ira divina vagou no mar...”.


Muitas são as histórias contadas sobre o mitológico
Holandês Voador e sua assustadora tripulação. Uma
das lendas mais conhecidas surge em águas caribenhas
e inspira o filme Piratas do Caribe: o baú da morte,
com o terrível Davy Jones no comando da
amaldiçoada embarcação. Após desobedecer à deusa
Calypso, o capitão e seus marujos são transformados
em “cracas” e monstruosos seres marinhos,
condenados a navegar por toda a eternidade, sem
descanso. Vingativo, Jones tem o poder de evocar o
* Essa imagem é do croqui original monstro Kraken das profundezas, para afundar
e serve apenas como referência, embarcações e aprisionar a alma de navegantes. Seja
pois foram realizadas modificações na Alegoria ou em alto-mar, o navio fantasma
de estética e de cor na execução da continua a assombrar...
Alegoria.

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 MOTOQUEIRO FANTASMA A noite avança, o fim se aproxima… Criaturas das trevas


e a escuridão de um cemitério assombrado dominam
nossos piores pesadelos. Quando tudo parece perdido,
em um rastro de fogo, surge o Motoqueiro Fantasma,
disposto a vencer as forças do mal. Nas histórias em
quadrinhos e no cinema, esse jovem piloto faz um pacto
com o Diabo, para proteger a vida de quem ama, e se
transforma no infernal justiceiro em chamas, que
persegue cruéis demônios. Mesmo vendendo sua alma,
enfrenta Mefisto e usa a maldição para salvar inocentes.
* Essa imagem é do croqui original “Mas a coragem que me faz lutar é a esperança, razão de
e serve apenas como referência, sonhar...”. Não se pode viver com medo! A luta do bem
pois foram realizadas modificações contra o mal incendeia a Avenida!
de estética e de cor na execução da
Alegoria.

06 A FÊNIX E O RENASCER Quando tudo parece perder a graça e o sentido... Quando


DAS CINZAS não vislumbramos nenhuma saída para os problemas que
nos oprimem e entristecem, perdemos a confiança e o
caminho da transformação de nossas vidas. É como se
um impiedoso inimigo quisesse nos roubar o ar, a água, o
amor e o ânimo, elementos vitais de nossa existência. O
fogo arde e consome os nossos sonhos, que se tornam
cinzas. Mas o correr da vida e as lições da natureza nos
ensinam que a vida pulsa e é capaz de brotar e florescer,
mesmo do chão mais ressequido, após a primeira chuva.
Para isso, é preciso reencontrar a esperança e a
criatividade. E como os seres elementais dos contos de
fadas, trabalhar juntos pelo futuro. E das cinzas, qual a
* Essa imagem é do croqui original Fênix, o pássaro mitológico do renascimento, recuperar a
e serve apenas como referência, alegria e o prazer da vitória. Das cinzas voltar, nas cinzas
pois foram realizadas modificações vencer. E Vovó termina a história: “O final, meu neto,
de estética e de cor na execução da você pode adivinhar... A vida floresceu e todos viveram
Alegoria. felizes para sempre!”.
“Quem me viu chorar, vai me ver sorrir
Pode acreditar, o amor está aqui
Viraviradouro iluminou
O brilho no olhar voltou”

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Alegoria 01
Rachel Pinto Leite – Fantasia: Asas à Imaginação Fisioterapeuta
Susie Monassa – Fantasia: Voo da Fantasia Empresária

Alegoria 02
Edmilton Paracambi – Fantasia: A Noite das Bruxas Promoter de Eventos e Decorações

Alegoria 03
Will Passos – Fantasia: Horloge Cabeleireiro

Alegoria 04
Marcelo Rocha – Fantasia: Pirata: o Vilão dos Empresário
Mares
Rebeca Farias – Fantasia: O Ardil do Krahen Empresária
Alexandre Maguolo – Fantasia: Jack Sparrow Ator

Alegoria 05
Rodrigo Totti – Fantasia: Fogo Fátuo Especialista de Inteligência de Mercado

Alegoria 06
Talita Monassa – Fantasia: Renovação da Vida Empresária
Tatiana Guimarães – Fantasia: Fogo Designer de Interiores
Transformador
Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão nº. 01 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Windsor Rocco, Soninha, Alessandro, Niltinho e Alex Fab
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
João Lopes Edson de Lima
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Flavinho Policarpo Leandro Assis
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Júlio Cal

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Outros Profissionais e Respectivas Funções

Nino - Fibra e Empastelação


Rogério e Ricardo André - Decoradores
Mário Sérgio - Iluminação
Alex - Trabalho em Espuma
Luiz - Borracharia
Sandro - Decoração em Espelho
Thiago Ledetc - Efeitos Especiais
Tinoco - Efeitos em Água
Nildo Parintins - Tecnobre Movimentos Especiais
Monclair Filho - Arquiteto e Projetista
Rogério Azevedo - Ateliê
Marlene - Costureira
Rogério, Cigano e Bebeto - Aderecistas
José - Sapateiro

Outras informações julgadas necessárias

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de estética e de cor na execução das Alegorias.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Paulo Barros
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 Magia e Encanto no Ar Os personagens das histórias de Comunidade Harmonia


nossa infância surgem dos livros, (1946)
encantados pelas feiticeiras que
guardam os segredos do
Viraviradouro. São fadas,
gnomos, magos, bruxas, rainhas,
príncipes e princesas, monstros e
aparições... A magia e o encanto
estão no ar... Está “lançado o
feitiço pra vida virar!”.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Paulo Barros
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Velha-Guarda A Velha-Guarda, que conhece todas Velha-Guarda Sr. Joel


as histórias da Viradouro, vem de (1946)
traje tradicional.

03 Zeus Zeus é a maior divindade da Comunidade Marcelo


mitologia grega. Do alto do Monte (1946) Sandryni e
Olimpo, controla raios, relâmpagos Roberta
e transforma o destino de homens e Nogueira
deuses: pune os que se comportam
mal ou recompensa aqueles que
fazem o bem. “De um livro secreto,
mistérios sem fim” de histórias
míticas de poder e conquista.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Paulo Barros
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

04 Gênio da Agora, faça um pedido! Em uma Comunidade Harmonia


Lâmpada lâmpada muito antiga, habita um (1946)
gênio com poderes mágicos.
Quando libertado, atende aos
desejos de quem possui a lamparina
encantada. Esse tipo é bem famoso
pelas mil e uma noites de histórias
que contam sobre ele. Mas, no
folclore árabe, os gênios podem ser
bons ou maus, sempre
transformando a sina daqueles que o
encontram.

05 Fada Madrinha Como por encanto, a Fada Madrinha Comunidade Harmonia


surge para realizar os anseios de (1946)
suas afilhadas. Esse ser mágico, que
povoa nossa imaginação, transforma
simples plebeias em lindas princesas
e cuida de suas protegidas pela vida
inteira. Ela “muda a sorte e sela o
destino”, revelando que sonhos
impossíveis podem ser realizados.

06 Poção Mágica Uma pitada de alegria e uma boa Baianas Tia Cleia
dose de tradição. Nos giros das (1946)
baianas, mexa tudo e deixe ferver!
Está pronta a poção mágica para
transformar essa noite de magia em
uma festa inesquecível.

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Fantasia Representa Ala pela Ala
07 Demônio O mal está sempre à espreita… E Comunidade Harmonia
recebe muitos nomes: Demônio, (1946)
Lúcifer, Diabo, Satanás… Os seres
das trevas aterrorizam e
atormentam nossas vidas, e podem
nos levar a cometer os atos mais
impensados e deploráveis. Todo
cuidado é pouco!

08 Bruxa As bruxas exercem um enorme Comunidade Harmonia


fascínio… De curandeiras temidas (1946)
e reverenciadas, que dominam os
segredos da natureza, ao longo do
tempo são perseguidas e
incompreendidas: malvadas e
perigosas, capazes de feitiçarias e
maldições. As histórias fantásticas
sobre seus rituais misteriosos,
magias e poções mágicas
alimentam a imaginação e o medo.
E elas continuam a atiçar os
espíritos, soltas na noite de
Carnaval da Viradouro.

09 Príncipes e Princesas Das folhas do livro Viraviradouro, Projeto Daniel


saem príncipes e princesas. Mestre-Sala e Ghanem,
Mestres-salas e porta-bandeiras Porta-Bandeira Marcelo
transformam-se nesses (2018) Sandryni e
personagens dos contos de fadas, Roberta
que despertam e fascinam nossa Nogueira
imaginação desde a infância. Na
Escola de Samba, no mágico
bailado do Carnaval, todo
encantamento é possível. “E, na
fantasia, a minha alegria é um
sonho real...”

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10 Cinderela e Há muitos e muitos anos, uma Comunidade Harmonia


Príncipe maltrapilha órfã, maltratada pela (1946)
Encantado madrasta e suas filhas, transforma-
se, por encanto, em uma linda jovem
luxuosamente vestida, graças às
palavras mágicas de sua fada
madrinha. Durante a festa no
castelo, o príncipe dança com aquela
formosa dama até o relógio bater
meia-noite, quando ela foge antes
que toda a magia se encerre.
Enamorado, ele busca
incansavelmente por todo o reino e
reencontra sua amada Cinderela. O
final desse conto, que tem várias
versões mundo afora, toda criança
sabe: eles foram felizes para sempre.

11 Soldadinho de Conta a história que um soldadinho Paixão Thiago e


Chumbo de chumbo se apaixona Vermelha e Renata Matias
perdidamente por uma linda Branca (2007)
bailarina de papel. À noite, quando
os brinquedos despertam e se
divertem a valer, um geniozinho
malvado e enfezado lança pragas ao
jovem amante. E, assim, começa sua
triste desventura, que emociona
gerações e gerações. Mas, pela
eternidade, esse bravo soldado segue
enamorado, fiel ao seu grande amor.

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12 Alice no País das A curiosa Alice se perde em um Comunidade Marcelo


Maravilhas fantástico universo, ao entrar pelo (1946) Sandryni e
buraco de uma toca. Tentando voltar Roberta
para casa, a menina se aventura e se Nogueira
transforma, cresce e diminui de
tamanho. Entre tantas descobertas,
conhece a Rainha de Copas, uma
ditadora soberana disposta a cortar a
cabeça de qualquer súdito
desobediente ou de quem não se
dobre aos seus caprichos. Um
mundo de mil maravilhas que
atravessa o tempo e permanece
mágico e encantador.

13 Gato de Botas Era uma vez, um gato falante pra lá Sol Nascente Raquel e
de esperto. Com inteligência e um (2017) Renata Pinto
par de botas para percorrer grandes
distâncias e viver muitas aventuras,
convence a todos que seu dono é um
homem nobre e rico. Esse astuto
bichano continua por aí aprontando
das suas, nessa inesquecível história
que diverte e fascina a criança que
mora em cada um de nós.

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14 Lumière Lumière é empregado de um Comunidade Marcelo


príncipe muito bonito, mas egoísta e (1946) Sandryni e
arrogante, que acaba enfeitiçado ao Roberta
negar abrigo a uma bruxa disfarçada. O Nogueira
nobre vira uma horrível besta e todos os
seus servos se convertem em objetos
encantados. Transformado em um
candelabro falante, o criado ajuda seu
amo a quebrar o feitiço: amar e ser
amado, apesar de sua aparência terrível.
“No reino da ilusão, o amor seduz o
vilão”, e a história de A Bela e a Fera
acalenta corações pelo mundo.

15 Aracne As páginas da mitologia grega revelam: Artistas Sohail e Suely


quem desafia os deuses do Olimpo, tece (1972) Saud
seu destino. E assim acontece
com Aracne, a talentosa tecelã da
cidade de Lídia, que ousa competir com
a deusa das artes e acaba transformada
em uma aranha. Eternamente presa a
sua teia, a jovem é condenada a fiar
seus belos e incomparáveis bordados
até o fim dos tempos.

* Brilho do Ouro O ouro que fascina o Rei Midas Destaque de Luana


reluz por toda a Passarela e seduz a Chão Bandeira
Sapucaí!

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16 Rei Midas O lendário Rei Midas carrega uma triste Comunidade Harmonia
sina... “Cego pela sede da ambição”, ao (1946)
ganhar o direito de fazer um pedido ao
deus Dionísio, o rico soberano só pensa
em aumentar sua fortuna: "Quero
transformar em ouro tudo o que minhas
mãos tocarem". E é atendido... Mas,
que ironia, seu maior desejo torna-se a
mais terrível maldição. Com o poderoso
toque, Midas não consegue mais se
alimentar ou abraçar sua família, sem
que tudo vire ouro.

17 Toque de Midas Transformados no ouro tão cobiçado Passistas Valci Pelé


pelo célebre Rei Midas, os passistas (1946)
são um toque especial na Avenida.

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18 Mago Merlin Merlin, o maior mago de todos os Bateria Mestre Ciça
tempos, dá o tom na bateria! Mestre na (1946)
arte dos encantamentos e das profecias,
ele domina os segredos da natureza, dos
deuses e dos homens. Nas lendas do Rei
Arthur, o sábio conselheiro usa esse
mágico poder para proteger o reino de
todo mal. Nesse Carnaval, é a Furacão
Vermelho e Branco que leva para a
Sapucaí todos os artifícios e encantos
para enfeitiçar você!

19 Medusa Quem conhece os perigos lançados por Comunidade Harmonia


deuses ou seres amaldiçoados, avisa: (1946)
melhor não encarar os olhos da Medusa,
eles podem petrificar. Trágica e
solitária, tudo vira pedra ao seu olhar. A
bela sacerdotisa de Atena é
transformada em um dos mais
assustadores monstros da mitologia
grega, com sua cabeleira de serpentes,
como castigo após ter sido seduzida
pelo deus dos mares.

20 Pirata “E quem ousou desafiar a ira divina Comunidade Harmonia


vagou no mar...”. Esse é o destino da (1946)
tripulação do Holandês Voador, o navio
fantasma que assombra os marinheiros
há séculos e continua a inspirar
clássicos da ficção. Uma das histórias
mais populares é sobre os piratas do
Caribe, transformados em monstros
marinhos, pois seu terrível capitão
desobedeceu à mitológica divindade
dos mares. Na Avenida, o famigerado
Davy Jones continua a dominar e
aterrorizar os oceanos sem fim.

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21 Drácula “Seres da sombria madrugada” Reis da Folia Luana e
avançam na Sapucaí. Durante o dia, (2013) Luciano
eles dormem, mas, quando a noite Tinoco
chega, espalham o terror por onde
passam. Envolto em lendas e
mistérios, o mais terrível dos
vampiros é imortalizado pela
literatura do século XIX. Essa alma
perdida, amaldiçoada por sua
crueldade, ataca inocentes para sugar
todo seu sangue. Condenado à sede
eterna, o Conde Drácula segue em
busca da próxima vítima.

22 Múmia Prepare-se, a múmia do Antigo Egito Comunidade Harmonia


está de volta... Afinal, histórias das (1946)
maldições dos faraós embalsamados
continuam a fascinar e amedrontar ao
longo dos séculos. A poderosa múmia
desperta do seu sono eterno, após a
descoberta de um segredo milenar.
Ávida por vingança, quer destruir
aqueles que cruzarem seu caminho.

23 Lobisomem Em noites de Lua cheia, o perigo Comunidade Marcelo


ronda campos e florestas. Essa é a (1946) Sandryni e
hora da maldição que transforma Roberta
homens em lobos famintos por carne Nogueira
humana. A antiga lenda
do lobisomem está presente no
folclore dos mais diversos povos,
como um castigo divino. Algumas
crenças garantem: quem for atacado
pela feroz criatura também pode se
transformar. Se correr, o bicho pega...

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24 Van Helsing “Mas a coragem que me faz Comunidade André


lutar...”. Van Helsing, o célebre (1946)
caçador de monstros e vampiros,
segue a mesma sina de seus
ancestrais: enfrentar as criaturas das
trevas que assombram corações e
mentes. Agora, elas estão à solta na
Avenida e o destemido personagem
dos filmes de terror está preparado
para lutar contra todo tipo de
crueldade.

25 Mortos-Vivos O fim está próximo e uma legião de Comunidade André


mortos-vivos ataca novamente. (1946)
Decrépitos e famintos, eles vagam
sem descanso e sem alma, para
devorar quem estiver no caminho. A
lenda tem origem nas antigas
crenças haitianas sobre zumbis, os
cadáveres reanimados que voltam do
além e espalham o medo na
escuridão. Esses seres amaldiçoados
só fazem aumentar e alimentar as
mais terríveis histórias. Cuidado
para não ser mordido e virar um
deles!

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26 Faunos Descendentes do mítico rei Fauno, Comunidade Harmonia


eles são divindades campestres, (1946)
protetoras de rebanhos e plantações.
Metade homem, metade bode,
também se relacionam ao dom da
profecia. Que os faunos tragam
fartura e bons presságios!

27 Fadas Elas são seres encantados que Comunidade Harmonia


habitam as florestas e se ligam aos (1946)
ciclos da vida. Com brilho mágico e
suave, as fadas protegem a mãe-terra
para tudo florescer. Brincando,
germinam alegria e povoam de
magia a natureza.

28 Gnomos Esses pequenos espíritos vivem nas Comunidade Harmonia


profundezas do solo, cuidando das (1946)
riquezas minerais. Os gnomos são
seres elementais que, com grande
sabedoria, guardam e revigoram
toda a força da terra. Sinta a vida
pulsar e brotar do chão!

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Fantasia Representa Ala pela Ala

29 Elfos Protetores dos bosques, das Amizade Ubirajara e


montanhas e das águas, os elfos são (1986) Sandra
luminosos e dotados de poderes Siqueira
mágicos. Enquanto dançam alegres
e incansáveis, cuidam dos quatro
elementos da natureza. Com eles,
não há desânimo! O mundo será
sempre fértil e cheio de vida.

30 Ninfa Dríade Contam que, perto de cada árvore, Comunidade Harmonia


existe uma Dríade cuidando de seus (1946)
troncos, raízes e frutos. Essa ninfa
vive enquanto sua protegida respira.
E os deuses punem aqueles que
machucam ou matam uma árvore.
Amante da música e da dança, ela
reverencia o alicerce e a alma das
florestas.

31 Compositores Os compositores desfilam com seu Compositores Paulo Cesar


traje tradicional (1946) Portugal

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Fantasias

Local do Atelier
Rua Minas Gerais, 170, Ponta D´areia – Niterói
Diretor Responsável pelo Atelier
Paulo Barros e Thiago Matias
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Maria da Conceição Keila da Conceição
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Keila da Conceição José e Alexandre
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Júnior e Alexandre - Trabalhos Arame


Paula e Anderson - Trabalhos Espuma

Ateliês de Apoio:

Rua Rivadávia Correa, 60, Gamboa


Rogério e Luiz Henrique

Rua Santo Cristo, 99


Alessandra Reis e Glauber Costa

Av. Craveiro Lopes, 623, Barreto, Niterói


Ateliê Rachel Pinto

Outras informações julgadas necessárias

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência,
pois foram realizadas modificações na execução das fantasias, de acordo com materiais
disponíveis no mercado.

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Renan Gêmeo, Bebeto Maneiro, Thiago Carvalhal, Ludson Areia,
Enredo Jr. Filhão, Raphael Richaid, Ricardo Neves, Carlinhos Viradouro
e Rodrigo Gêmeo.
Presidente da Ala dos Compositores
Paulo Cesar Portugal
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
60 Maria Preta Daniel Passos
(sessenta) 70 anos 25 anos
Outras informações julgadas necessárias

Se tem magia, encanto no ar


Eu vou viajar ouvindo histórias
De um livro secreto, mistérios sem fim
Vovó desperta a infância em mim
Em cada verso, sou mais um menino
Que muda a sorte e sela o destino
Lançado o feitiço pra vida virar
Pro bem ou pro mal, é carnaval
E, na fantasia, a minha alegria é um sonho real

No reino da ilusão, o amor seduz o vilão


Num conto de fadas, a felicidade
Invade o meu coração pra cantar
Deixando a tristeza do lado de lá

E quem ousou desafiar a ira divina


Vagou no mar
Cego pela sede da ambição
Carregando a sina dessa maldição
Seres da sombria madrugada
O medo caminhou na escuridão
Mas a coragem que me faz lutar
É a esperança, razão de sonhar
Imaginar e renascer no sol de cada amanhecer
Das cinzas voltar
Nas cinzas vencer

Quem me viu chorar, vai me ver sorrir


Pode acreditar, o amor está aqui
Viraviradouro iluminou
O brilho no olhar voltou

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Um clima de magia tomou conta do ar. Como num passe de mágica, vovó me fez reviver todo
encanto das histórias infantis e voltei a ser criança ouvindo cada uma delas.

Viraviradouro é o livro secreto tirado da estante, a palavra mágica que me fez mergulhar nesse
mundo encantado, no nosso mundo encantado.

Em cada verso do samba que canto me junto a tantos outros meninos que querem ter a sua sorte,
seu destino mudado. Se os encantadores têm o poder de virar a vida, vamos viver esse sonho de
Carnaval, porque a nossa alegria está aqui!

No nosso mundo encantado, nem o pior vilão é páreo para o amor. Nos contos de fadas, só tem
espaço para felicidade, que nos faz cantar, que invade os nossos corações, expulsando toda
tristeza do mundo real.

Triste é o destino de quem ousou desafiar a ira de um Deus. Os amaldiçoados carregam o fardo de
uma maldição.

Esse é o lado sombrio da história. Afinal, o medo é algo muito presente em nossas vidas. Tudo
piora quando cai a noite. Seres assombram as madrugadas e precisam ser enfrentados com a força
de um Herói!

A coragem é fundamental. É o que nos move em nossas vidas e, assim como nos contos de fadas,
podemos ter esperança na vitória.

Mesmo que tudo pareça perdido, todos nós temos oportunidade de ressurgir, renascer das cinzas e,
por que não, vencer na quarta-feira.

A fênix simboliza todo esse sentimento de superação!

Choramos todos juntos com os momentos difíceis da nossa Viradouro, mas quem um dia me viu
chorar, hoje vai me ver sorrir!

Acredite!

Por Raphael Richaid - Compositor

97
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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

A melodia envolvente se encaixa perfeitamente à letra, respeitando a métrica. O compasso binário


2/4, tradicional e genuíno do gênero “samba de enredo”, tem seus momentos de ênfase, emoção e
acentuação em trechos como "é carnaval”, no bis do refrão do meio onde se nota variação
melódica "No Reino da ilusão, o amor seduz vilão, num conto de fadas a felicidade “, “Mas a
coragem que me faz lutar” e “Das cinzas voltar, nas cinzas vencer”.

O refrão principal, além de emotivo, é o ponto alto da melodia e traduz todo o sentimento em
acordes, levando todos a cantar de peito e braços abertos.
Vale ressaltar que a melodia facilita as bossas da bateria, permitindo sua execução de maneira
segura, pois são desenhadas com base nos compassos definidos pelos compositores.
Em relação ao canto, ela flui de maneira natural, com acentuações, descanso e pausas feitas nos
momentos certos, dando segurança aos músicos, cantores e comunidade. Confortavelmente, o
samba está no tom “Sb” com passagens em menor e relativo, principalmente na “segunda” do
samba, onde os compositores expressam todo o seu amor pela escola que renasce das cinzas e
orgulhosamente canta: "quem me viu chorar, vai me ver sorrir "

Dessa forma apresentamos “Viraviradouro”. Letra e melodia em sintonia retratando, em versos e


acordes, que o amor está aqui e o brilho no olhar voltou!

Zé Paulo Sierra e Maestro Jorge Cardoso

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Mestre Ciça
Outros Diretores de Bateria
Serginho, Ulisses, Marquinho, Gabriel, Romildo, Rogerinho, Herinho, Mauro, Monique, Leandro,
Russo, Dalmir, Arídio e Thiago
Total de Componentes da Bateria
280 (duzentos e oitenta) componentes
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
15 15 15 - -
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
120 - 40 - 26
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
- 01 24 - 24
Outras informações julgadas necessárias

Bateria
Nome da Fantasia: Mago Merlin
O que representa: Merlin, o maior mago de todos os tempos, dá o tom na bateria! Mestre na arte
dos encantamentos e das profecias, ele domina os segredos da natureza, dos deuses e dos homens.
Nas lendas do Rei Arthur, o sábio conselheiro usa esse mágico poder para proteger o reino de
todo mal. Nesse Carnaval, é a Furacão Vermelho e Branco que leva para a Sapucaí todos os
artifícios e encantos para enfeitiçar você!

Rainha da Bateria: Raissa Machado


Nome da Fantasia: Morgana
O que representa: Morgana, a misteriosa sacerdotisa das histórias do rei Arthur, lança todo seu
encanto para seduzir o mago Merlin e enfeitiçar a Avenida!

Mestre Ciça: Reconhecido por sua ousadia há 30 anos, Mestre Ciça, um dos mais respeitados
mestres, esteve à frente de grandes baterias.
1988-1997: Estácio de Sá
1998: Unidos da Tijuca
1999-2009: Unidos do Viradouro
2010-2014: Grande Rio
2015-2018: União da Ilha do Governador
2019: Unidos do Viradouro

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Mestre Ciça sempre foi, e é até hoje, um dos mestres mais aguardados na Sapucaí. Lugar no qual faz
seus sonhos se tornarem realidade! Como o próprio diz: “Se for para fazer feijão com arroz, fico em
casa!”. Eis o motivo de tanta ousadia. Grandes momentos marcaram a carreira dessa “lenda” do
Carnaval carioca. Um dos mais marcantes, se não “o mais marcante”, foi na Viradouro, em 2007,
quando a bateria desfilou até o recuo em um carro alegórico. Simplesmente inesquecível para os
amantes do Carnaval!
Outro momento muito marcante em sua carreira foi sua passagem pela União da Ilha, especificamente
no Carnaval 2017, no qual resgatou a batida de caixa, marca registrada da Escola e a essência e união
da bateria. Com isso, veio a recompensa, o tão sonhado Estandarte de Ouro, o prêmio Sambanet e
muitos outros. Um desfile impecável, o verdadeiro ano de Ouro do nosso Mestre!
Em 2019, Mestre Ciça retorna à Unidos do Viradouro, onde passou 10 anos de grandes momentos. E
volta com força total!
Isso mesmo, Mestre Ciça já está com quatro bossas que poderão ser realizadas ao longo do desfile.
Com seu talento e carisma, a Bateria Furacão Vermelho e Branco da Viradouro pretende sacudir a
Sapucaí, comemorando o seu retorno.

“Quem me viu chorar, vai me ver sorrir


Pode acreditar, o amor está aqui
Viraviradouro iluminou
O brilho no olhar voltou”

Voltou o brilho no olhar, o sorriso no rosto, a alegria do canto e a felicidade nas mãos. Sim, voltou o
grande Mestre Ciça, de passagens memoráveis pela Sapucaí com a bateria da Viradouro. Voltou a
alma e o espírito vencedor do saudoso Mestre Jorjão, que imortalizou a bossa da batida funk, tornando
a Viradouro campeã do Carnaval. Voltaram os antigos ritmistas e é nesse resgate que a bateria da
Viradouro está pronta para emocionar a Avenida, com criatividade e ousadia. 280 ritmistas, divididos
entre naipes de cuícas, chocalhos, tamborins, caixas, repiques e surdos de 1ª, 2ª e 3ª. Trabalho, muito
trabalho foi preciso para se chegar ao nível de uma bateria campeã. Desde abril, quando foi feita a
primeira convocação, se viu esse “brilho no olhar”, que os compositores tão bem captaram, e, nesse
momento, todos acreditaram que “o amor estava ali”. Foram meses e meses em busca da batida
perfeita, da afinação dos instrumentos e da sintonia entre eles. Mestre Ciça e seus diretores não
mediram esforços para, quando chegar o momento do grande dia do Desfile, não só emocionar, como
“apaixonar” a Sapucaí, unindo a tradição da velha batida, com a modernidade de bossas e convenções
inspiradas de tamborins, entradas e saídas de cuícas e chocalhos. Aguardem as surpresas que estão
sendo preparadas! Como um grande mágico, Mestre Ciça sempre tira os seus coelhos da cartola.
Surdos de 1ª e 2ª irão cumprir a sua função de sustentar o andamento, assim como o surdo de 3ª irá
gerar o balanço inconfundível da Escola, com uma levada e um swing inigualáveis. A nossa bateria,
com certeza, está preparada para brindar ao público presente e ao mundo todo com um grande
espetáculo de música, ritmo, swing e brilho no olhar.

100
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Mauro Amorim e Washington Jorge
Outros Diretores de Harmonia
Magno Junior, Carol, Fredd, Jardel, Gabriel, Nélio, Rodrigo, Romeu, Renata, Wendel, César,
Giovanni, Michell, Marcos Mendes, Esther, Alexandre, Balbino, André Marins, Claudio da Vovó
e Wilson Nicola
Total de Componentes da Direção de Harmonia
60 (sessenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
José Paulo Sierra (Intérprete Oficial)
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Roberto Migans (cavaco afinação padrão), Hugo Bruno (cavaco afinação bandolim) e Ezion
(violão 7 cordas)
Outras informações julgadas necessárias
Mauro Sergio iniciou sua carreira, em 2009, no segmento de Harmonia, fazendo parte do time da
Renascer, após um curso de formação da própria Escola. Depois disso, seguiu seus passos por escolas
como UPM, Mocidade e Caprichosos, até assinar sua primeira direção geral, na Unidos de Bangu. Com um
trabalho diferenciado, junto à direção geral da Imperatriz, nos anos de 2015 a 2017, o convite para
comandar a direção geral da Viradouro surgiu e foi prontamente aceito. O bom trabalho alcançou a nota
máxima no quesito, ajudando o tão sonhado acesso da Viradouro ao Grupo Especial.
Washington Jorge iniciou no segmento, em 1998, pelo Salgueiro, mas foi na Unidos da Tijuca que seu
trabalho começou a ser notado, onde ficou por vários anos. Em paralelo, fazendo bons trabalhos no
Acesso, no cargo de gestão principal do segmento, em 2014, comandou a Harmonia da Portela. Em 2016,
trabalhou na Imperatriz como homem de confiança do diretor geral, por três carnavais. Hoje, faz parte do
projeto do Carnaval 2019 da Viradouro, onde pode acrescentar sua larga experiência no quesito.

Do Trabalho de Harmonia:
Tecnicamente, a Direção de Harmonia atua dividida por setores, em funções como chefes e volantes.
Visando maior controle e maior atenção à comunidade de nossa agremiação, dez chefes de setores e dois
volantes percorrem áreas previamente demarcadas, minimizando, assim, erros e diminuindo o tempo para a
solução de eventuais problemas. Educação, Respeito e Comprometimento compõem o lema principal da
equipe que acredita que o componente é nosso maior bem e merece ser acolhido pela Escola que tanto ama
e se dedica.
A forma de trabalho é rigorosa quanto ao desempenho de evolução e canto do componente. A direção
defende que os componentes devem ter uma evolução livre dentro das alas, dando a eles a liberdade de se
divertirem de fato com o desfile. Em relação ao canto, existe um trabalho criterioso de ensaio, com a
integração do Diretor Musical MAESTRO JORGE CARDOSO, onde segmentamos a Escola para ensaios
fora dos dias padrões, tratando, assim, com mais propriedade na busca do melhor desempenho individual
ou coletiva das alas.
Intérprete Oficial: José Paulo Sierra
Diretor Musical: Maestro Jorge Cardoso

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

“Quem me viu chorar, vai me ver sorrir


Pode acreditar, o amor está aqui
Viraviradouro iluminou
O brilho no olhar voltou”

Destes versos e melodias vibrantes, nasceu o hino que a Escola interpretará, com uma equipe
experiente e afinada. Teremos como cantor principal José Paulo Sierra, que guiará o canto de toda
a Escola com seu timbre único e voz diferenciada. Cantor maduro na arte de interpretar e conduzir
o canto de toda a Escola de Samba, Zé Paulo tem o sentimento vermelho e branco da Viradouro
em busca do tão sonhado título. Os intervalos de melodias estão perfeitos, Zé Paulo é meticuloso
e trabalhou, incansavelmente, esse quesito; sua apresentação será sem cacos exagerados, sempre
conduzindo o canto da Escola, sem enfeites e firulas desnecessários. Com certeza, será o grande
destaque do Desfile de 2019. Zé Paulo é o nosso camisa 10, o nosso craque: carismático,
competente e amado por toda a comunidade, já está defendendo a Escola há seis anos e, com
certeza, terá todo o seu empenho coroado de êxito com o grito de Campeão.

No apoio, cinco cantores com larga experiência de desfile, shows e apresentações por todo o
Brasil: Ângela Sol, Matheus Gaúcho, Ronaldo Ilê, José Paulo II e Celino Dias. Na harmonia de
cordas: Hugo Bruno, no cavaquinho com afinação de bandolim, tem passagens em várias escolas
e gravações do CD do Grupo Especial; Roberto Migans, cavaquinho afinação tradicional, é “prata
da casa”, oriundo da escolinha mirim da Viradouro, e Ézio Filho, no violão 7 cordas, é um músico
de primeira qualidade, consciente das funções do seu instrumento, tanto na base harmônica como
nos floreios e bordados que o samba pede. Muitos ensaios, em estúdio e na quadra, dessa equipe
fizeram com que o entrosamento entre canto, harmonia e bateria nos desse a segurança nesses
quesitos (Harmonia e Bateria). A condução do canto, guiando a voz de toda a Escola, está como
nos versos do nosso samba: “Invade o meu coração pra cantar, deixando a tristeza do lado de lá”.

Em busca de excelência, a direção da Escola contratou o Maestro Jorge Cardoso, arranjador do


CD das Escolas de Samba há 30 anos, julgador de bateria do Grupo Especial em três edições e,
atualmente, supervisor do áudio dos desfiles da Avenida Marquês de Sapucaí, buscando somar
sua experiência com bateria, harmonia e carro de som.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Mauro Amorim e Washington Jorge
Outros Diretores de Evolução
Magno Junior, Carol, Fredd, Jardel, Gabriel, Nélio, Rodrigo, Romeu, Renata, Wendel, César,
Giovanni, Michell, Marcos Mendes, Esther, Alexandre, Balbino, André Marins, Claudio da Vovó e
Wilson Nicola
Total de Componentes da Direção de Evolução
60 (sessenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Carla da Silva Araújo, Patrícia Paulos Lopes de Souza e Kissela Silva Vidal
Principais Passistas Masculinos
Joselito Aires da Costa, Wanderson Marins Lima e Willian José da Silva Marins
Outras informações julgadas necessárias

A forma de trabalho é criteriosa quanto ao desempenho de evolução. A direção defende que os


componentes devem ter uma evolução livre dentro das alas, com a liberdade de se divertir de fato
com o desfile, prezando pela espontaneidade, criatividade de movimentos e empolgação. Algumas
alas trarão movimentos coreografados, interagindo com fantasias e alegorias, que estarão dentro da
proposta do enredo, buscando sempre abrilhantar a leitura visual do desfile.

Nome da Fantasia: Toque de Midas


O que representa: Transformados no ouro tão cobiçado pelo célebre Rei Midas, os passistas são
um toque especial na Avenida.

Coordenador de Passistas: Valci Pelé


Herdeiro da tradição de grandes passistas portelenses, Escola em que viveu 19 anos, em 2012 Valci
Pelé sagrou-se vencedor do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Masculino.
Personalidade respeitada no Carnaval por seu trabalho dentro e fora da folia, tem em seu currículo
projetos de dança, livros lançados e, até mesmo, a luta com sucesso para destinar um dia do ano
como o Dia Nacional do Passista. Há dois anos à frente da coordenação da Ala de Passistas da
Viradouro, vem realizando um trabalho de formação e orientação de novos sambistas para a
Agremiação, cujo ápice foi a criação artística do considerado, hoje, um dos maiores shows já vistos
em uma final de samba-enredo: o Virashow, que ocorreu na decisão para o hino de 2019.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Alex Fab / Dudu Falcão
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Presidente Tia Cleia
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Leda Rosa dos Santos Camila de Salina
(oitenta) 83 anos 24 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Sr. Joel e Tia Lúcia
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
50 Ilda Lemos Marcia Cristina
(cinquenta) 90 anos 49 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Diego Cigano (36 anos como um dos maiores artistas do "Globo da Morte", nos mais importantes
circos do Brasil e da Europa)
Outras informações julgadas necessárias

A Direção de Carnaval, ao longo de toda a formação do projeto, buscou equilíbrio entre as


plataformas técnicas, artísticas e administrativas, acreditando nessa ferramenta como instrumento para
um bom desempenho.
Alex Fab: Filho de uma baluarte da Portela e criado entre os maiores bambas de Madureira, não seria
surpresa que aquele garoto iria, mais cedo ou mais tarde, se dedicar ao ofício do Carnaval, e assim
ocorreu. Começando em 2002, quatro anos depois já assumiria o cargo de gestão de Harmonia,
implantando a organização que sua formação militar lhe ensinou e ajudando, com isso, algumas voltas
da Portela ao desfile das campeãs. Após passagens pela Caprichosos de Pilares e Imperatriz
Leopoldinense, Alex estreia, no final de 2016, na Vermelho e Branco de Niterói, em um momento
crítico da agremiação. Com muito equilíbrio e dedicação, consegue levar a Viradouro ao vice-
campeonato de 2017 e o tão projetado campeonato de 2018, que gabaritou a Escola a disputar o Grupo
Especial de 2019 e garantiu a Alex seu segundo prêmio Plumas & Paetês de Melhor Diretor de
Carnaval.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Dudu Falcão: Iniciou sua carreira no Carnaval, em 2009, como diretor de ala na Portela e na
Renascer. Poucos anos depois, ao mesmo tempo em que ganhava espaço na Azul e Branco de
Madureira, passou a assinar a Direção de Harmonia da Caprichosos de Pilares. Após passagens
expressivas por Mangueira e Imperatriz, assumiu, com seu parceiro Alex Fab, a Direção de
Carnaval da Viradouro, onde reverteram um quadro ruim da Escola para um vice-campeonato, em
2017, e, finalmente, o título de 2018 do Grupo de Acesso, que ajudou Dudu a receber, pela
segunda vez, o prêmio Plumas & Paetês de Melhor Diretor de Carnaval.

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FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Paulo Barros, Alex Neoral e Márcio Jahú
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Alex Neoral
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 0 15
(quinze) (quinze)
Outras informações julgadas necessárias

Nome da Fantasia: Viraviradouro vai virar!!


A Comissão de Frente é o prólogo que revela ao público o início do enredo e o livro mágico
Viraviradouro! O neto sai da casa da Vovó e, já dominado pela curiosidade, volta a ser criança, para
tentar descobrir os mistérios que o animaram na infância. Vovó traz O Livro Secreto dos Encantos,
e o menino, curioso, tenta tirar de suas mãos. Surgem impetuosos cavalheiros, capazes de enfrentar
qualquer perigo, para defender a paz, a justiça e o amor, e procuram proteger a relíquia. Mas é tarde.
A criança rouba o livro e abre! Num instante, a magia está no ar! O grupo é cercado por bruxas, que
aparecem de todos os lados, e Vovó é transformada em uma delas. Prepare-se! A fantasia vai
dominar a Avenida e tudo pode acontecer!

Sobre o Coreógrafo:
Alex Neoral: É diretor e coreógrafo da Focus Cia de Dança, patrocinada pela Petrobras, que já se
apresentou em mais de 90 cidades brasileiras e em países como França, Canadá, Itália, Portugal,
Estados Unidos, Alemanha, Panamá, México, Bolívia e Costa Rica. No Carnaval, Alex atua como
coreógrafo de comissões de frente há 10 anos, já tendo passado pelas escolas de samba Imperatriz
Leopoldinense, Vila Isabel e Unidos da Tijuca. Em 2019, Alex estreia na Viradouro e firma sua
parceria com o carnavalesco Paulo Barros.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Julinho Nascimento 45 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Rute Alves 45 anos
2º Mestre-Sala Idade
Jeferson Souza 37 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Amanda Poblete 22 anos
3º Mestre-Sala Idade
Diego Jenkins 24 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Gislaine Lira 33 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Nome da Fantasia: O Amor Está Aqui!

Criação do Figurino: Paulo Barros

Confecção: Ateliê Aquarela Carioca

O que representa: O casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira representa a princesa e seu príncipe.


Eternos personagens dos mais conhecidos dos contos de fadas, eles apresentam a Viradouro,
bailando na Sapucaí e encantando o público!

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FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:

Júlio Nascimento começou sua trajetória, em 1986, no G.R.C.E.S.M. Corações Unidos do CIEP,
como mestre-sala mirim. Ingressou, em 1988, no G.R.E.S. Tradição, tornando-se primeiro mestre-
sala da agremiação, em 1990, e dançando por três com sua madrinha Vilma Nascimento. Passou
pela Unidos do Viradouro, nos anos de 2006 e 2007, e por importantes agremiações, como Unidos
de Vila Isabel e Unidos da Tijuca, escolas pelas quais ganhou quatro prêmios Estandarte de Ouro.
Em 2018, voltou a defender o pavilhão da Unidos do Viradouro, onde, com sua parceira de anos
Rute Alves, conseguiu comemorar o título do Acesso A, garantindo a Escola a desfilar na elite do
Carnaval carioca.

Rute Alves completa, em 2019, seu 22º ano como porta-bandeira, sendo 12 deles ao lado de
Julinho Nascimento, e defendendo pela segunda vez o pavilhão da Unidos do Viradouro.
Ingressou na Escola de Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Porta-Estandarte, presidida por Manoel
Dionísio, em 1996. Em 1997, estreou na Marquês de Sapucaí, sendo escolhida em concurso para
ser a primeira porta-bandeira do G.R.E.S. São Clemente, mesmo concorrendo para o posto de
segunda. Com passagens por agremiações de grande relevância no Carnaval, como Portela, Porto
da Pedra, Salgueiro, Unidos de Vila Isabel e Unidos da Tijuca, ganhou duas vezes o Prêmio
Estandarte de Ouro do jornal O Globo, foi três vezes campeã no Grupo Especial e, em 2018,
trouxe a nota máxima para o quesito e sagrou-se campeã, com a Unidos do Viradouro.

Ensaiadora do Primeiro Casal: Celeste Lima


Bailarina e ensaiadora do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Celeste Lima é responsável por
todas as obras do repertório clássico e moderno da companhia. Atualmente, é também coreógrafa
e ensaiadora dos casais de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos do Viradouro, desenvolvendo
um trabalho personalizado que consiste em aprimorar suas técnicas da dança tradicional, no que
diz respeito à elegância e ao refinamento dos movimentos, sem perder a identidade e o perfil de
cada um, fazendo, assim, um encontro entre a tradição e o carnaval desenvolvido na atualidade.

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FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Nome da Fantasia: Poção Mágica

Criação do Figurino: Paulo Barros

Confecção: Ateliê Murilo Moura

O que representa: A combinação certa de elementos e ingredientes faz uma poção mágica capaz
de atrair ou afastar tudo aquilo que se desejar. “Pro bem ou pro mal, é Carnaval” e o equilíbrio da
poderosa magia desse casal vai enfeitiçar você!

Jeferson Souza começou na Grande Rio, na ala de mestre-sala e porta-bandeira. Poucos anos
depois já assumia a posição de primeiro mestre-sala das escolas União de Jacarepaguá, Em Cima
da Hora e Renascer de Jacarepaguá, além de ser o segundo mestre-sala da Portela, de 2007 a
2015. Em 2018, seu grande desempenho no Império da Tijuca fez surgir o convite para fazer par
com Amanda Poblete, defendendo o segundo pavilhão da Viradouro.

Amanda Poblete, professora de Educação Física, completa uma década como porta-bandeira no
Carnaval 2019, com passagens pelas agremiações Sereno de Campo Grande, Unidos de Padre
Miguel, Mocidade Unida de Jacarepaguá, Difícil é o Nome, Paraíso do Tuiuti, Renascer de
Jacarepaguá, Unidos Vila Isabel e São Clemente. Tem em sua história alguns prêmios, como:
Jorge Lafond, de Melhor Porta-Bandeira da Série A, em 2014 e 2015; Prêmio SambaNet e Estrela
do Carnaval, de Melhor Casal da Série A, em 2015; Prêmio Jornal do Sambista, de Melhor Casal
da Série A, em 2016.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias


3º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

Nome da Fantasia: Múmias


Criação do Figurino: Paulo Barros
Confecção: Ateliê Alessandra Reis
O que representa: As páginas do livro da Viradouro revelam o segredo capaz de despertar as
amaldiçoadas múmias do Antigo Egito. De volta à vida, o casal embalsamado há tantos séculos
envolve a Avenida em um clima de fascínio e mistério.

Diego Jenkins, mestre-sala formado pelo Projeto de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do G.R.E.S.


Unidos do Viradouro, passou por escolas, como Unidos da Villa Rica, Unidos do Jacarezinho, Lins
Imperial e Acadêmicos do Engenho da Rainha. Atual primeiro mestre-sala do Acadêmicos de Vigário
Geral e Império de Arariboia/Niterói, participou da Associação Cultural Escola de Mestre-Sala, Porta-
Bandeira e Porta-Estandarte Manoel Dionísio e da Associação Cultural Minueto do Samba. Diretor
Executivo do Grupo Nobres Casais, que visa manter, incentivar e divulgar as tradições relacionadas à
dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira, hoje é o terceiro mestre-sala da Viradouro, que garante
um grande futuro no segmento de formação de casais da Escola.

Gislaine Lira, bailarina e graduanda em licenciatura em dança, pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Gislaine é formada pelo Projeto de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do G.R.E.S. Unidos do
Viradouro, além de professora e coordenadora do Studio Master Dance, em Niterói. Essas são
algumas das qualidades que fizeram com que a porta-bandeira fosse convidada a portar o terceiro
pavilhão da Escola, após um minucioso processo de escolha.

Outras informações julgadas necessárias: Reconhecendo a importância do bailado para a história


do Carnaval, a Escola trará no seu desfile, além de três casais, um projeto de casais mirins de mestre-
sala e porta-bandeira, sob a coordenação de Daniel Ghanem.

110
G.R.E.S.
Acadêmicos do
Grande Rio

PRESIDENTE
MILTON ABREU DO NASCIMENTO
111
“Quem nunca...? Que atire a
primeira pedra”

Carnavalescos
RENATO LAGE E MARCIA LAGE
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Quem nunca...? Que atire a primeira pedra”
Carnavalescos
Renato Lage e Márcia Lage
Autor(es) do Enredo
Renato Lage e Márcia Lage
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Izak Dahora
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Renato Lage, Márcia Lage e Izak Dahora
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 O livro de ouro da Albin, Ricardo Ediouro 2003 Todas


MPB Cravo

02 Ética a Nicômaco Aristóteles. Abril Cultural 1979 Todas


Seleção de textos:
José Américo
Motta Pessanha

03 Brasil, palco e Brandão, Tania Aprazível 2004 Todas


paixão Edições

04 História mundial Berthold, Margot Perspectiva 2010 Todas


do teatro

05 Modernidade Bauman, Zigmunt Zahar 2001 Todas


líquida

06 Bíblia de Estudo Sociedade 1998 Todas


Almeida Bíblica do Brasil

07 Carnavais, DaMatta, Roberto Rocco 1997 Todas


malandros e heróis

08 O futuro chegou De Mais, Casa da palavra 2014 Todas


Domenico

09 O poder do hábito: Duhhig, Charles Objetiva 2012 Todas


por que fazemos na
vida e nos
negócios.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

10 O livro de ouro do Ferreira, Felipe O livro de ouro 2004 Todas


carnaval brasileiro do carnaval
brasileiro

11 Raízes do Brasil Holanda, Sérgio Companhia das 2016 Todas


Buarque Letras

12 Os sete saberes Morin, Edgar Cortez Editora 2011 Todas


necessários à
educação do futuro

13 Dicionário de Pavis, Patrice Perspectiva 2015 Todas


teatro

Outras informações julgadas necessárias

Sítios da INTERNET consultados na pesquisa:

• Sem educação os homens vão "matar-se uns aos outros" -


https://www.publico.pt/2017/10/31/ciencia/noticia/sem-educacao-os-homens-vao-matarse-
uns-aos-outros-diz-antonio-damasio-1791034
Consultado em 30/04/2018;

• Eco, Umberto - https://www.huffpostbrasil.com/2016/02/20/as-redes-sociais-deram-voz-


aos-imbecis-veja-as-17-frases-mais_a_21683863/
Consultado em 28/08/2018;

• https://epoca.globo.com/sociedade/noticia/2018/06/como-funciona-o-maior-grupo-de-
propagacao-de-odio-na-internet-brasileira-que-lucra-com-misoginia-racismo-e-
homofobia.html
Consultado em 05/11/2018

• https://www.significados.com.br/bobo-da-corte/
Consultado em 10/11/2018

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Renato Lage e Márcia Lage

Renato atua no Carnaval desde o ano de 1978, quando iniciou, com Fernando Pamplona, como
auxiliar de barracão. Já no ano seguinte, 1979, começou a assinar seus trabalhos como
carnavalesco, tendo levado a Unidos da Tijuca, naquele ano, a conquistar o título do Grupo de
Acesso. Ficou na Tijuca até 1982, migrando para o Império Serrano no ano seguinte, onde
permaneceu por quatro anos.

Tendo ainda voltado para um Salgueiro por um ano e atuado também na Caprichosos de Pilares,
foi na Mocidade Independente de Padre Miguel, a partir do ano de 1990, que apresentou seu estilo
inconfundível e se consolidou com uma das lendas vivas do Carnaval, com o histórico e vitorioso
desfile “Vira Virou, a Mocidade Chegou”.

Em 2003, retorna ao Salgueiro, onde permaneceu até 2017. Paralelamente, assinou carnavais em
escolas de São Paulo como Império de Casa Verde, Império da Zona Norte e Vai-Vai, além de um
desfile no Império Serrano, em 2008.

Com Márcia Lage, trabalha desde o ano de 1996, unindo seus talentos em prol de diversas obras-
primas apresentadas na Avenida. Desde o ano de 2018, a dupla empresta seu talento para o
Acadêmicos do Grande Rio, onde chegou para atuar com sua bagagem de seis títulos e diversas
premiações.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO
SINOPSE

“Quem nunca... ? Que atire a primeira pedra!”

Fala sério aqui com a gente, “de boas”, “numa boa”, francamente: quem nunca saiu dos
trilhos, perdeu o prumo, deu detalhe, rodou a baiana, chutou o balde e o pau da barraca,
armou um barraco ou mesmo deu uma virada de mesa? Um deslize, uma gafezinha qualquer
ou uma falta de educação das grossas mesmo? Quem nunca? Eu, você, todo mundo, pelo
menos uma vez, já esqueceu etiquetas, manuais e regulamentos e atravessou o samba na
passarela dessa vida.

Que atire a primeira pedra quem nunca. Ou melhor, atirar pedra, não, porque aí já é falta de
educação outra vez.

Tão humano quanto o ato bíblico de atirar a primeira pedra são os nossos maus hábitos que
expressam impaciência, egoísmo, descuido, intolerância, “jeitinho”… ou até falta de
informação.

Furar a fila, fingir estar dormindo pra não ceder o banco do ônibus pra idoso ou gestante,
colar chiclete embaixo da mesa, lançar a guimba do cigarro na calçada ou aderir àquele
pacote do “gatonet”, chegam a ser “fichinha” perto de uma série de atitudes questionáveis. E
aí, cada um (do alto do seu telhado de vidro) lança aquela velha máxima: “faça o que eu
digo, não faça o que eu faço”.

O motivo do nosso enredo é educação, só que a gente resolveu falar dela pelo viés
irreverente e crítico da FALTA de educação, de coisas que fazemos e que comprometem o
nosso dia-a-dia, a nossa convivência e o nosso futuro.

Quem nunca lançou a latinha de refrigerante pela janela do carro, avançou o sinal vermelho,
dirigiu com aquela dose de cervejinha na ideia ou acima da velocidade permitida?

Do preguiçoso que entra na via sem ligar a seta e do apressadinho que pensa que buzina é
almofada até a madame ou executivo de carrão que dá “conferência” pelo celular (e não “tá
nem aí” para o sinal que abriu), é deseducada a vida no trânsito, camarada! Haja direção
defensiva!

Nas vias das redes sociais, meio capaz de unir as pessoas aos quatro cantos do mundo, quem
nunca largou o pé do freio e destilou (ou sofreu) uma indireta, um “piti”? Quem nunca
testemunhou, pelo menos, xingamentos e toda sorte de discriminação (racismo, homofobia,
assédio, bullying) através de postagens de quem quer impor a própria opinião e se vale do
mundo movediço dos perfis virtuais? E, na corrida por likes, têm aqueles que reproduzem
qualquer coisa que chame a atenção, nem se dando ao trabalho de ler e de checar a
informação.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

No país do Carnaval, de mais de duzentos milhões de carnavalescos, quem nunca saiu


detonando um enredo nas redes de “amigos”, sem mesmo ler a sua sinopse ou aguardar o seu
desenvolvimento na Avenida?

Ainda sobre o uso das novas tecnologias, quem nunca falou alto ao celular dentro do ônibus,
do trem ou da van lotada? Cá entre nós, hein, ninguém merece saber que o passageiro ao
lado saiu com a mulher do vizinho noite passada ou ter que acompanhar o vídeo do “sem
noção” sem fone de ouvido, não é mesmo? E haja capacidade de armazenamento do celular
pra suportar tantas “fofurices” e correntinhas diárias a nos desejarem bom dia, boa noite, boa
semana, boa sexta, feliz sábado… Ufa! Esses novos “brinquedinhos” deviam vir com um
manualzinho de ética, fala sério!

E quem nunca se livrou daquela inofensiva sacola de lixo no rio perto de casa? Aquela
sacolinha plástica que você descarta e ela ainda leva anos e anos pra se decompor. De
sacolinha em sacolinha os rios “enchem o saco”! E aí, é sacolinha, sacolão, tampa de
privada, sofá… enchentes, transbordarmentos, desabrigados, mortos. Uma avalanche de
tristeza!

Mas nem tudo é desgraça já que nossas faltas também gostam de uma farra. Nas festividades
e encontros populares (nos estádios de futebol, no réveillon, no Carnaval…), “ninguém é de
ninguém”, e, na praça, na praia, na rua o que é público também parece não ser; consciência
toma sumiço e juízo de multidão não tem dono: malandro sarra na moça em condução
lotada, chafarizes de mijões regam a cidade, falso torcedor sai de casa pra brigar,
monumentos são destruídos, fachadas sofrem pichações que distorcem a beleza da cidade e
comprometem a arte do povo grafiteiro.

A conta vem depois, quando a gente descobre que o que é público é nosso e é a gente que
paga. Na pátria do Carnaval e das chuteiras, o futebol nos traz imagens pertinentes: bola
murcha, gol contra, impedimento… Ah, e um cartão vermelho para as faltas daqueles que se
escondem na multidão.

Como se vê, no trânsito, nas redes virtuais, no meio ambiente, nos encontros das massas etc
e tal, estamos meio mal.

#SóQueNão.

Nossa conduta não é de todo ruim. Afinal, somos seres inteligentes, sempre capazes de
aprender. A última parte do nosso enredo é uma ode às maravilhas que o Conhecimento é
capaz de edificar, aos monumentos que são o respeito ao outro e aos códigos coletivos, à
convivência harmoniosa de contrários, à ética, à preservação ambiental, à construção de
novas realidades por meio do estudo, da leitura, da pesquisa e da inovação.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

Albert Einstein, o grande físico, já dizia que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original.” É assim que o tema da Educação nos inspira e se funde à
ESCOLA de Samba Acadêmicos do Grande Rio (com seu saber cultural, afetivo, informal e
ancestral, de “tias”, “tios”, “pais” e “mães”, professores nossos do dia-a-dia), deixando um
rastro positivo à comunidade de Caxias e aos Pimpolhos da Grande Rio, futuro da arte do
samba e da humanidade.

E quem nunca fez uma faxina profunda, animada por aquela batucada estridente que
enlouquece a vizinhança? O final do nosso desfile reserva uma “limpeza” geral,
“enxaguando” nossos maus hábitos, removendo metafórica e alegremente as “crostas” que
nos impedem a uma evolução “nota 10”. Afinal, entendemos que uma das grandes potências
do Carnaval é a possibilidade de aprendizado através da alegria, do movimento e do
encontro dos corpos e da criatividade das mentes – sentido pedagógico este que congrega as
diferenças e revitaliza o Ser.

O momento simbólico de aprendizado do nosso enredo não é, evidentemente, a imagem da


“lavagem cerebral”, que fomenta a solidão da ignorância, o desmazelo com o meio
ambiente, o fundamentalismo de ideias ou qualquer tipo de polarização norteada pela falta
de gentileza, empatia e compreensão, mas uma purificação que expande a consciência, dá-
lhe Saber, lava a alma e eleva o Espírito.

(Antes de terminar, vale lembrar: “educação” vem do latim “educare”, que deriva de EX
(que significa “fora”), junto a DUCERE (“guiar, instruir, conduzir”). Portanto, educar-se é
conduzir-se para fora, sair do isolamento de si e dos próprios (maus) hábitos, ou, se
quisermos, é superar os limites de nossa “caverna” escura, alegoria platônica).

Ainda temos jeito – aquele “jeitinho” que brasileiro adora e que também pode ser para o
bem. Podemos aprimorar o indivíduo e as relações coletivas e ainda tentar deixar o Planeta
da forma como o recebemos: maravilhoso, abundante, generoso e cuidadosamente pensado
para nos “darmos bem” por aqui, sobre a Bola!

Refinar a mente, os hábitos e a vida para que sigamos em frente, com harmonia, na
linguagem, na comunicação, no dia-a-dia é passo essencial para um final de Enredo feliz,
alegre e pleno, aqui e no futuro, que pertencerá aos Bem Educados.

Proposição/argumento: Renato Lage e Márcia Lage

Texto/desenvolvimento: Izak Dahora

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Vigie seus pensamentos
Eles se tornam palavras.
Vigie suas palavras,
Elas se tornam ações.
Vigie suas ações,
Elas se tornam hábitos.
Vigie seus hábitos,
Eles se tornam seu caráter.
Vigie seu caráter,
Ele se torna o seu destino.

(Lao Tzu, filósofo chinês, 604-531 a.c.)

Leva-se tempo razoável para o indivíduo construir o seu caráter forjando o poder do hábito,
aquele bendito conjunto de práticas que nos leva aonde a mente almeja e o coração anseia ou
nos limita os horizontes e os cerceia.

Do mesmo modo, desconstruir a força e a rotina de um hábito (sobretudo quando se trata de


algo destrutivo ou deseducado) pode também custar-nos a indeterminação de anos ou o fardo
de uma vida inteira. E não nos iludamos: no carnaval diário de gafes, grosserias e tudo
quanto é falta de educação, entra jovem, entra senhor, madame, mendigo, funcionário
público, doutor… O hábito desconhece grupos e classes e faz tanto o monge quanto o
renitente "pecador".

Títulos, fama, diplomas, campeonatos, "sangue azul" ou conta bancária recheada não nos
imuniza. E cada um de nós carrega, comete ou já cometeu pelo menos um mau hábito "para
chamar de seu".

No tão prometido e alardeado futuro que já chegou, sociedades contemporâneas


globalizadas, hiperconectadas e suas tecnologias refinadas exigem de nós cada vez mais
saberes, multidisciplinares e dimensionais, que nos convocam a novos paradigmas de
educação – uma "educação do futuro", segundo o filósofo Edgar Morin, que nos torne mais
conscientes desse novo tempo, em que a preocupaçāo com os aspectos humanos e coletivos
se faz imprescindível.

Paralelamente, convivemos com a radicalidade de uma cultura racionalista e produtivista,


que nos induz à experiência de um tempo acelerado e à exposição a uma avalanche de
informações e estímulos que nos furtam o sabor do tempo presente e a generosidade para as
trocas de afetos mais simples do dia-a-dia.

Nessa "modernidade líquida" de tamanha rapidez e superficialidade, em que a vida escorre


feito a "liquidez do abacaxi",o indivíduo, percebendo os efeitos corrosivos de suas ações ou
ausência delas, constata a urgência de vencer as cegueiras do individualismo de nossa era e
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

de reeducar o olhar de nossas subjetividades – o que passa necessariamente pela revisão dos
nossos hábitos corriqueiros. Sem um permanente movimento de revisāo da própria condulta,
a barbárie nos espreita e soluções mais fáceis do que o pensamento e o diálogo, dão lugar à
intolerância, a brutalidade, ao preconceito e à indiferença, frutos da ignorância.

Em conturbados e polarizados tempos, de acaloradas contendas e "tretas", nas ruas e nas


redes, além dos debates em torno da moral, da política e tudo o mais, mais interessante do
que atirar a primeira pedra na falta de educaçāo alheia, seja talvez, a percepção de que
erramos todos e de que precisamos construir gestos e caminhos para que nossos erros não se
repitam. "Bandeira branca!"

“A compreensão é, ao mesmo tempo, meio e fim da comunicação humana. O planeta


necessita, em todos os sentidos, de compreensões mútuas. Dada a importância da
educação para a compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o
desenvolvimento da compreensão necessita da reforma planetária das mentalidades; esta
deve ser a tarefa da educação do futuro.”
Edgar Morin

O Carnaval pode nos ajudar de forma especial na busca por essa educação mais generosa e
que começa no dia-a-dia. Primeiramente, com seu bom humor e irreverência, permitindo
tocarmos em questões sérias de forma alegre e reflexiva, vendo e revendo, assim, o ridículo
de nossas faltas de educação e maus hábitos, a partir do cotidiano em um sentido
pedagógico, por exemplo.

Na ESCOLA de Samba, o aprendizado dá-se através de vários aspectos; nos afetos durante o
dia-a-dia que antecede o desfile e no próprio desfile; pela oralidade, musicalidade e dança
dos corpos, pela interação criativa e harmoniosa entre indivíduos diferentes, cuja maioria só
se encontra na Sapucaí; no culto à ancestralidade que busca o Saber na natureza, na
reverência à experiência dos mais velhos e na transmissão dos saberes às crianças que sāo a
continuidade de toda essa gente bamba.

É esta pedagogia do Carnaval e do Samba que o ACADÊMICOS da Grande Rio mostrará,


mais uma vez na Avenida, e agora de forma especial, buscando inspirar e sugerir hábitos
bons, renovados, mais gentis, fraternos, pacíficos e vigilantes de si próprios.

Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage


Texto: IzakDahora

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

DESENVOLVIMENTO DO ENREDO:

Em linhas gerais, o nosso desfile faz uma abordagem irreverente dos maus hábitos; no
trânsito, nas redes sociais virtuais, no meio ambiente, entre outros meios e situações,
vislumbrando, ao final, a importância da educação e a necessidade de corrigirmos os nossos
maus hábitos.

COMISSÃO DE FRENTE

“O Profeta Online“

No enredo sobre o desenredo da falta de educação e das más atitudes, donde clamamos “que
atire a primeira pedra aquele que não erra“ – como dissera Cristo e diz o nosso samba - só
mesmo a voz poderosa de Deus, o visionismo de um profeta ou o cajado de um grande líder
para pôr termo a essa zorra total.

Eis então que, Deus, vendo a barafunda em que se transformou a Criação, resolve convocar
Moisés, das páginas do Velho Testamento, para uma “reciclagem“ das falhas humanas.
Moisés, bastião do mais antigo regulamento anti-infrações da civilização judaico-cristã, os
Dez Mandamentos, é enviado entāo por Deus. Amorenado pelo calor brasileiro, tenta se
comunicar através das palavras sagradas que, ignoradas, se perdem pela avenida. Sem
alternativa,ele em vez de usar a mítica Tábua da Lei, sabiamente recorre a um tablet para o
desafio de se comunicar com o povo e retifcar em nós o torto, o mal-feito e o errado.

Conectado, Moisés lança mão de pictogramas e emojis, os símbolos que se tornaram mais
que onipresentes em nosso dia-a-dia, a fim de conseguir o milagre de reeducar a
humanidade.

E é nesse encontro inusitado, surreal e galhofeiro que iniciamos a reflexão de nosso desfile
sobre nossas misérias diárias. Um encontro entre um mito e nós mortais, que talvez nem
Deus saiba como vai terminar! E com uma irreverência que só o Carnaval pode nos
proporcionar.

QUADROS:

QUADRO 1: “No jogo da vida, quem cria o hábito faz o seu destino”

No jogo vida, na luta diária, no afã de conquistar, chegar mais rápido ou fazer menos
esforço, alguns acabam se equivocando sobre seus métodos e artifícios; alguns sequer
seguem regras ou códigos; outros se acham reis e rainhas acima de tudo e esquecem que
somos todos peões nesse grande tabuleiro.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

QUADRO 2: “Nos atropelos do dia-a-dia”

O trânsito é o primeiro cenário de más condutas e falta de educação abordados pelo enredo.
Nele, várias infrações são retratadas; como dirigir com aquela dose proibida de álcool no
organismo, dirigir acima da velocidade máxima permitida, não ceder o assento no transporte
público para idosos e gestantes, dentre outras.

QUADRO 3: “Deu ruim na rede”

Neste quadro, toda sorte de práticas das redes virtuais e tecnológicas que geram diferentes
tipos de desconforto ou transtorno é mencionada. Emotions de todos os tipos em postagens
que substituem palavras, fake news, mensagens-correntes, furto de energia e de deseducaçāo
social desfilam neste quadro.

QUADRO 4: “O homem fere a “Flor”, a natureza é magoada”

Chegamos aqui aos maus hábitos cometidos contra a natureza e o meio ambiente. Guimbas
de cigarros e suas fumaças lançados no ar, pseudo-arte manchando fachadas e patrimônios
públicos, goma de chiclete colada em qualquer lugar, poluição geral do meio em que
vivemos. Este quadro aborda a falta de cuidado e de preservação do indivíduo com o meio-
ambiente e todo o espaço público. Açāo que provoca o retorno em desequilibrio da natureza.

QUADRO 5: “#Só que não! Educar é preciso, a mudança é possível!”

Aqui damos uma virada no desenvolvimento narrativo do enredo. Quem nunca cometeu um
mau hábito? Somos todos meio mal-educados, certo? #SÓ QUENÃO. Nosso enredo busca
mostrar a possível libertação das amarras e dos problemas causados pela falta de educação
através das múltiplas formas de conscientização e do Saber. O quadro promove uma grande
valorização do pensamento e da reflexão, do estudo e das descobertas que a ciência é capaz
de nos proporcionar. Reafirmando como essas atitudes conscientes têm o poder de expandir
o nosso olhar sobre o mundo e de inspirar um comportamento mais responsável de todos nós
dentro dele.

QUADRO 6: “Transformar para seguir em frente”

Nossos maus hábitos podem ser revistos através de um corajoso processo de reflexão das
nossas próprias falhas e responsabilidades. A metáfora de tal processo de mudança por nosso
desfile é a imagem de uma libertação simbólica em nossas condutas, enxaguando e
removendo as crostas de grosseria, excessos e deseducação que tanto nos impedem a uma
evolução e a uma harmonia NOTA 10 em nossa passagem pelo mundo.

A cor branca das alas representa esse anseio por uma essência humana de paz e harmonia há
muito esquecida por nós e que, ao vestir figuras emblemáticas do Carnaval e
demasiadamente humanas (Arlequim, Colombina, Pierrô, Rei Momo e Bobo da Corte) quer
exatamente depurar nossos excessos e desvios de conduta.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

Porém com um detalhe: sabemos que cada um tem seu tempo e seu caminho de
amadurecimento. Não queremos pregar nem impor uma uniformização moralista dos
indivíduos. Um dos grandes traços do Carnaval e da Cultura Popular é a interação entre
diferentes, é a mistura. De todas as cores, o branco é a soma de todas elas, segundo o “disco
de Newton”.1

A mensagem de nosso sexto e último quadro acredita, portanto, que com a representação de
personagens populares tão lúdicos, e na contribuição que a festa de Momo pode dar a esse
movimento de aprendizado, um incentivo para um novo olhar é possível. Com alegria,
irreverência, com o bom humor de nosso enredo e de nosso samba. Afinal, a felicidade e a
leveza são o grande sentido do carnaval.

1
Disco de Newton é um dispositivo utilizado em demonstrações de composição de cores. Recebeu esse nome pelo fato
do físico e matemático inglês SirIsaac Newton ter descoberto que a luz branca do Sol é composta pelas cores do arco-
íris. Ao entrar em movimento, cada cor do disco de Newton se sobrepõe em nossa retina, dando a sensação de mistura.
Com velocidade suficientemente rápida e com as cores corretas o disco dá a ilusão de ficar de coloração acinzentada ou
esbranquiçada. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_Newton>, acesso em janeiro de 2019.

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ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente
“O PROFETA ON LINE”

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Daniel Werneck e Taciana Couto
“REI E RAINHA DO JOGO DE XADREZ”

Guardiões do 1º Casal de
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
“PROTEÇÃO AO CASAL REAL”

Ala 01 – Baianas
“DAMAS RAINHAS”

Alegoria 01 (Abre-Alas)
“VIVENDO E APRENDENDO A JOGAR”

Ala 02 – Comunidade – Anandas


“INFRATORES”

Ala 03 – Comunidade
“PRESTA ATENÇÃO”

Musa
Jéssica Rodrigues
“MAS QUE CARRÃO”

Ala 04 – Comunidade – Bira Dance


“MOTOBOY”

Ala 05 – Comunidade
“SE BEBER, NÃO DIRIJA”

Ala 06 – Comunidade
“DESLIGA O CELULAR”

126
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

Musa
Carla Diaz
“PARE E OLHE!”

Alegoria 02
“PERDA TOTAL”

Ala 07 – Comunidade
“EMOÇÕES MAIS QUE MIL
PALAVRAS...”

Ala 08 – Comunidade
“FAKE NEWS”

Ala 09 – Comunidade – Caroline


“CORRENTINHAS DO BEM”

Ala 10 – Comunidade
“GATO NET”

Ala 11 – Comunidade
“HATERS”

Musa
Mileide Mihaile
“EMOJIZADA”

Alegoria 03
“DEU RUIM NA REDE”

Ala 12 – Comunidade
“GUIMBAS E BITUCAS”

Musa
Natália Knaack
“GATANET”

Ala 13 – Comunidade – Carla


“SUJEIRA NÃO É ARTE”

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Tripé 01
“A MÃO QUE CRIA É A MÃO QUE
DESTRÓI”

Ala 13 – Comunidade – Carla


“SUJEIRA NÃO É ARTE”

Ala 14 – Comunidade
“TÁ DIFÍCIL DESGRUDAR”

Musa
Juliane Trevisol
“ONÇA”

Ala 15 – Passistas
“PANAPANÔ

Ala 16 – Bateria
“FISCAL DA NATUREZA”

Ala 17 – Comunidade
“POLUIÇÃO”

Ala 18 – Comunidade
“FIM DE FESTA”

Musa
Bianca Andrade
“MARIA DA TOCA”

Alegoria 04
“CARDUMES DE GARRAFAS PELO MAR”

Ala 19 – Adolescentes
“O FUTURO É AGORA”

Ala 20 – Compositores
“ACADÊMICOS DO GRANDE RIO”

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Ala 21 – Velha-Guarda
“SABEDORIA”

Tripé 02
“A LOUSA NOSSA DE CADA DIA”

Ala 22 – Comunidade
“PENSO, LOGO EXISTO”

Musa
Gisele Prattes
“TECNOLÓGICA”

Ala 23 – Comunidade
“GALILEO”

Ala 24 – Comunidade
“CIÊNCIA”

Musa
Érica Janusa
“DNA AFRICANO”

Ala 25 – Comunidade
“O UNIVERSO AO SEU ALCANCE”

Musa
Renata Kuerten
“GALÁXIA”

Alegoria 05
“O CÉU É O LIMITE”

Ala 26 – Comunidade
“BOBO DA CORTE”

Musa
Tayla Ayala
“RAINHA DE OUROS”

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Ala 27 – Comunidade
“ARLEQUIM”

Ala 28 – Comunidade
“REI MOMO”

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Andrey Ricardo e Jéssica Barreto
“BANDEIRA BRANCA, ESTAMOS EM
PAZ!”

Ala 29 – Comunidade
“COLOMBINA”

Ala 30 – Comunidade
“PIERROT”

Musa
Thainá Oliveira
“PIERRETE”

Alegoria 06
“NADA SERÁ COMO ANTES”

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 “VIVENDO E APRENDENDO Um grande tabuleiro de xadrez faz uma metáfora da


A JOGAR” vida como um grande jogo no qual todos nós, os
jogadores, nem sempre manipulamos de forma
educada, ética ou equilibrada as "peças" sobre ele.
Tabuleiro este que dá muitas voltas e, se não tivermos
cuidado, nele podemos escorregar e nos machucar.
Um passo ou salto sem o devido cuidado pode nos
deixar estatelados ao chão.
Reaprender esse jogo tem a ver com reavaliar nossas
táticas, no nosso viver a vida. Por isso, há que se
“jogar“ com sabedoria e prudência. E seguir, “nem
sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas
aprendendo a jogar.

Destaques:
• Moana Pires (Destaque Central)
Fantasia: Dama
• Bruna Dias (Destaque Central Frente)
Fantasia: Multifacetada
• Luana Pires (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: O Cavalo
• Rudmila (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: A Torre
• Valentina (Destaque Lateral Direito Baixo)
Fantasia: O Tabuleiro
• Maria Fernanda (Destaque Lateral Esquerdo Baixo)
Fantasia: O Tabuleiro

Composições:

Peões - 08 Masculinos
Peões - 20 Femininas

131
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 “PERDA TOTAL” Nossos maus hábitos são tão traiçoeiros que sem nos
darmos conta criam pernas, atravessam os limites da
casa e avançam pela rua. E quando os desvios de
conduta de cada um se aproximam no trânsito é um
congestionamento, uma colisão e um engavetamento
quilométrico de total falta de educaçāo. Gente
desprezando sinais, impondo seus caprichos ao
volante, achando que o mundo se resume à tela do
celular, ignorando a gentileza no transporte público ou
desrespeitando e se aproveitando da individualidade e
limitações alheias.
O resultado é uma “perda total“ de vidas, veículos e
valores de cidadania e coletividade. Um caos
polifônico de buzinas e bate-bocas, onde o automóvel
se torna muitas vezes uma arma perigosa, estrondosa e
explosiva.

Destaque:

• Márcio Marinho (Destaque Central)


Fantasia: Sinalizando

Composições:

Sinalertar - 14 Femininos
Guardas de Trânsito - 02 Masculinos
Motoqueiros - 03 Masculinos
Grupo coreográfico dentro do ônibus - 25 pessoas

132
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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 “DEU RUIM NA REDE” O mundo virtual e suas redes sociais se tornaram em


nossos dias realidade obrigatória, um simulacro de
vida para muitos mais real que a própria vida real.
Surreal… Assim, as redes nos enredam como tramas
palpáveis, ou como “balaios de gato” nos quais nos
embolamos voluntariamente, seduzidos pela exposição
ou por “curtidas” que nossas postagens recebem.
Depois vêm as encrencas desse mundo paralelo.
“Criamos a fama, deitamos na cama.
E no país do famigerado “jeitinho”, metidos a
“Manda-chuvas” e malandros de uma habilidade felina
escalam edifícios, aprontam “camas de gato”, sobem
escadas e penetram labirintos, quando não saltam e
aterrisam macio para realizarem, por exemplo, o
famoso “gato” na rede elétrica ou na rede de TV a
cabo. Assim segue essa alegoria, como nossos desvios
de conduta expressos em nossa relação com o mundo
das redes tecnológicas.

Destaque:

• Enoc (Destaque Central)


Fantasia: Intercomunicando

Composições:

Chipadas - 22 Femininas
Gatos - 18 Acrobatas

133
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Tripé 01 Na contramão da pichação, o Tripé exalta a arte que


“A MÃO QUE CRIA É A deve embelezar a cidade.
MÃO QUE DESTRÓI”

Destaque:

• Kathy Gueta
Fantasia: A Arte

04 “CARDUME DE GARRAFAS A alegoria “nada“ em direçāo aos ecossistemas, mais


PELO MAR” particularmente ao ecossistema marinho. Um peixe
gigante e seu cardume sāo resultante das anatomias
típicas do mar misturadas a garrafas, privadas, pneus,
sacolas plásticas, que muitos de nós lançam em
pequenas ou grandes coleções d’água diariamente, por
descaso e desleixo. Aliás, o plástico que constroi aqui
é o plástico que destroi.

Destaque:
• Danyllo Gayer (Destaque Central)
Fantasia: Polvo Amphioctopus Burryi
(Encontrado no Oceano Atlântico entre os EUA e o
Brasil)
• David Brazil (Destaque Central Baixo)
Fantasia: Tritão

Composições:
Enlatadas - 19 Feminino

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa
* Tripé 02 Mais lousas, por favor! Vamos educar mais e mais!
“A LOUSA NOSSA DE CADA
DIA” Destaque:

• Vivi
Fantasia: A Sabedoria

05 “O CÉU É O LIMITE” Um pensamento, uma ideia ou uma invenção é como


uma lâmpada (que foi também um dia inventada) e serve
de caminho possível para enxergarmos o mundo de
forma mais ampla e mais consciente dos impactos de
cada gesto nosso no mundo. E nos mostra, de forma mais
empática a certeza, de que não estamos sozinhos no
Planeta – nele há outras existências e limites a que
devemos conhecer além de respeitar e preservar.
A “alegoria-laboratório“ em que estão, com sua
representação de lâmpadas, tubos de ensaio e sistema
solar ao fundo, corresponde à constante busca de
superação de nossos conhecimentos, saberes e limites.

Destaques:
• Sônia Soares (Destaque Central)
Fantasia: O Sol
• Karina Soares (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: Explosão Cósmica
• Guilherme Linhares (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: Astrônomo
Composições:
Pesquisadoras - 10 Femininas
Viralizadas - 08 Femininas
Ratinhos de Laboratório - 04 Acrobatas
Planetas - 08 Acrobatas

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 “NADA SERÁ COMO Um símbolo dos Carnavais de outrora encerra o nosso


ANTES” desfile. A Grande Rio pega uma carona no tempo
passado e sorve do corso a sua elegância, trazendo o
ideal romântico de civilidade daquela forma de brincar
como inspiração para o nosso Carnaval e para nossa
conduta diária.
Que nosso futuro seja a paz de um desfile de boas
práticas e alegrias e nossa guerra, batalhas
intermináveis de flores e confetes, exprimindo toda a
delicadeza de um corso! A alegoria final simboliza o
anseio de renovação de nossos hábitos, onde
Arlequins, Colombinas, Pierrôs, Bobos e outros
arquétipos mais se encontrem, não se atirem pedras e
se ajudem. Essa é a grande virada que podemos
alcançar no jogo da vida! Aqui, todas as tintas
carregadas são diluídas e “enxaguadas“ para nos
RENOVAR. Assim, a Grande Rio chega à maturidade
dos seus 30 anos, refletindo sobre o presente e
revisitando o passado a fim de encontrar o caminho
para um futuro de glórias.
RENASCE, Grande Rio!

Destaques:
• Simone Oliveira (Destaque Central)
Fantasia: Rainha
• Thábata Oliveira (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: Arlequinada
• Lohana Calheiros (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: Arlequinada
• Maria Clara (Destaque Lateral Direito Baixo)
Fantasia: Colombininha
• Mariana (Destaque Lateral Esquerdo Baixo)
Fantasia: Colombininha

Composições:
Pierrete - 22 Femininas

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Alegoria 01:
Moana Pires (Destaque Central) Empresária
Bruna Dias (Destaque Central Frente) Corretora de Imóveis
Luana Pires (Destaque Lateral Direito) Empresária
Rudmila (Destaque Lateral Esquerdo) Empresária
Alegoria 02:
Márcio Marinho (Destaque Central) Empresário
Alegoria 03
Enoc (Destaque Central) Servidor Público
Alegoria 04
Danyllo Gayer (Destaque Central) Diretor Financeiro
David Brazil (Destaque Central Baixo) Artista
Alegoria 05
Sônia Soares (Destaque Central) Empresária
Karina Soares (Destaque Lateral Direito) Empresária
Guilherme Linhares (Destaque Lateral Esquerdo) Empresário
Alegoria 06
Simone Oliveira (Destaque Central) Empresária
Thábata Oliveira (Destaque Lateral Direito) Estudante
Lohana Calheiros (Destaque Lateral Esquerdo) Estudante
Tripé 01
Kathy Guetta Empresária
Tripé 02
Vivi Empresário
Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº 60 – Barracão 04 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Sylvio Baptista
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
João Lopes Sérgio Niterói
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Marina Vergara e Levir Sales Gilberto Lima
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Carlos Paulo Ferraz

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Outros Profissionais e Respectivas Funções

Reginaldo, Zé Luis, Chica e Zé Paulo - Aderecistas de Alegorias

Alan Carvalho - Iluminação e Led

Everdon Caprichoso - Movimento

Paulo Roberto (Muralha) Marco - Neon


Antônio

Vilmar - Espelhos

Nilson e Claudinho - Fibra

Jefinho - Empastelação

Batista - Unidades Hidráulicas

Vaninha, Diego e Nayra - Almoxarifado

Murilo - Brigada de Incêndio

Jorge e Nome - Portaria

Bruna Souza - Técnica de Segurança do Trabalho

Lu, Valfran e Donatan - Serviços Gerais

Rodrigo Pimpão - Coordenador

Denise Amorim - Secretaria Executiva

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 Damas Rainhas No nosso jogo, as Baianas Baianas Marilene e


representam a peça “rainha” do (1988) Regina
xadrez, trajadas nas cores
tradicionais do jogo em questão
(preto e branco). De modo
apropriado, simbolizam a realeza e a
tradição dentro das escolas de
samba, com sua sabedoria suprema e
de valores imutáveis, ancestrais.
Deste modo, são capazes de nos
orientar de forma generosa no
xadrez da existência, nos inspirando
a ter serenidade, equilíbrio e a
fazermos escolhas sensatas para o
Bem.

02 Infratores Quem infringir às regras terá um Comunidade – Ananda


“juiz” atento pela frente! Cantem o Ananda
samba, risquem o chão e não deixem (2017)
espaço vazio nas alas. “Olha o
cortejo da Grande Rio na Sapucaí
minha gente!” E não xinguem o
agente de trânsito, pelo amor do
guarda!

139
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

03 Presta Atenção Estamos no trânsito, vamos prestar Comunidade Direção de


mais atenção: verde é pra seguir; (1988) Carnaval
vermelho é pra parar!
A fantasia da ala representa um
portador de códigos de trânsito
(semáforo e placas) e a importância
de se respeitar os seus sinais.

* Mas que Carrão O carro verde abre o sinal, para que Musa Jéssica
se ande devagar... Rodrigues

04 Motoboy Motoboy, “santo fura-fila dos Comunidade – Bira Dance


engarrafamentos”, abra os caminhos Bira Dance
da Grande Rio! (1988)
Para motoboy de “responsa” não há
missão impossível no trânsito. Só
não vale quando acelera demais,
entra em colisão, arranca algum
retrovisor ou causa confusão! A ala,
sugere toda a sua habitual intrepidez
nas ruas e avenidas.

140
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Se Beber, Não “Dirigir alcoolizado expõe vidas e Comunidade Direção de


Dirija pode acabar em perda total”. É (1988) Carnaval
preciso enfatizar que o combustível
ideal no trânsito, além da gasolina
do veículo, é a atenção e
responsabilidade total do condutor.
E no fluxo da Sapucaí, o
combustível é a alegria. “Se beber,
não dirija! Se desfilar, beba com
moderação!”

06 Desliga o Celular A Grande Rio adverte: andar e dirigir Comunidade Pedrinho Naval
falando ao celular ou conferindo as (1988)
últimas mensagens nos aplicativos pode
ser ruim para você e para os demais.
Evite trombadas e multas também!

* Pare e Olhe! É preciso prestar atenção às placas de Musa Carla Diaz


sinalização do trânsito!

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Fantasia Representa Ala pela Ala

07 Emoções Mais Internet, aplicativos de mensagens e Comunidade Direção de


que Mil Palavras redes sociais têm reinventado e (1988) Carnaval
agilizado a comunicação nos nossos
dias. Uma série de “carinhas” (os
emotions) e outros sinais ou avatares
aparentemente simpáticos tomam
conta do nosso dia-a-dia e podem
não só ser exemplos de poder de
síntese como também frustrar ou
complicar ainda mais a comunicação
entre as pessoas através de mal-
entendidos. Essas figuras preenchem
o terceiro quadro, que trata de maus
hábitos nos meios digitais.

08 Fake News A mentira infelizmente faz parte da Comunidade Claudinho


vida humana desde sempre e já foi (1988)
retratada na literatura de diferentes
formas, como através de Pinóquio,
boneco que ao faltar com a verdade,
não conseguia escapar desse
perigoso hábito porque seu nariz
crescia. Pois esses “narigudos” estão
à solta também nas redes virtuais,
propagando notícias falsas para
difamar outrem, estranho prazer na
falta do que fazer, causando imensos
prejuízos aos envolvidos.

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09 Correntinhas do De “boas intenções” a internet está Comunidade - Caroline


Bem cheia! Quem nunca foi, de alguma Caroline
forma, tocado sentimentalmente por (2017)
alguma mensagem e, ao ver que ela
“cobrava” reenvio para outras
pessoas, entulhou a caixa de
mensagens dos amigos? As redes
estão repletas de “correntinhas”
(hoje especialmente no aplicativo de
mensagens whatsapp) que, mesmo
com sua “fofurice”, traz ainda uma
série de “obrigações” ao
destinatário. Tais mensagens são
normalmente positivas, mas na
avalanche em que chegam, tiram
muita gente do sério, além do seu
tempo.

10 Gato Net Puxa fio daqui, estica fio de lá, e a Comunidade Direção de
gambiarra de fios de um poste já (1988) Carnaval
pode denunciar a prática do furto ou
estelionato de energia elétrica ou de
serviço de TV a cabo. A prática é
bastante comum no Brasil: o “gato”.
A fantasia remete à ação silenciosa e
fugidia de um felino, e que de
ingênua e inofensiva não tem nada.
Começa como algo improvisado,
provisório e até engraçado, mas
prejudica muita gente. Maus hábitos
podem conter ou tornar-se
problemas maiores, principalmente
se desrespeitam às leis.

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11 Haters A intolerância está a solta pela Comunidade Direção de


internet. No mundo movediço da (1988) Carnaval
virtualidade, de perfis falsos e de
hackers (os invasores e
sequestradores de dados), têm muita
gente que se camufla com nomes
fictícios para fazer ofensas, injúrias
e distribuir infâmias sobre
indivíduos por aí. E há aqueles que
nem de falsos perfis precisam
quando o assunto é espalhar boatos,
ofender ou fazer fofoca pelas
“esquinas” da rede. A ala representa
aqueles que parecem usar a internet
de maneia escusa e antissocial.

* Emojizada Toda forma de falar vale a pena, se Musa Mileide


for educada! Mihaile

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12 Guimbas e Entre os fumantes, quem nunca Comunidade Quinzinho


Bitucas lançou a “bituca” ou “guimba” de (1988)
cigarro por aí, pelas ruas e calçadas,
contribuindo para o entupimento de
vias e esgotos, ou lançou seu
inconveniente e tóxico “perfume” no
meio ambiente e em recintos
públicos fechados e proibidos? A ala
representa esses indivíduos que
podem parecer muito elegantes
ostentando seus cigarros, mas que
cometem enorme falta de educação
ao não obedecerem a placa
PROIBIDO FUMAR além de
prejudicar a própria saúde e a dos
“fumantes passivos”. A todos esses
a ala diz (através do símbolo de
proibição estampado ao centro da
fantasia). Por favor, parem agora!

* Gatanet A “Dona do beco” conectada, Musa Natália Knaack


interage com os pichadores para que
façam arte e sujem a área.
(Ela irá interagir com a Ala 13)

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13 Sujeira Não é As pichações não têm formas nem Comunidade – Carla


Arte locais predeterminados e sua Carla
intervenção clandestina em meio à (1988)
cidade até pode querer assumir
legítimo ato estético e político. Sem
qualquer conteúdo evidente,
mancham por manchar o patrimônio
público e o depredam, pelo simples
prazer de destruir os equipamentos
coletivos, enfeiando a cidade e
pondo em risco a vida dos que as
fazem. A ala representa aqueles que
se travestem de artistas e descuidam
da cidade.

14 Tá Difícil A ala ilustra aquele mal e clássico Comunidade Direção de


Desgrudar hábito eternizado em nosso meio (1988) Carnaval
ambiente. Principalmente quando se
é mais jovem ou estudante, o de
colar chiclete embaixo de alguma
mesa ou carteira e de cuspi-lo nas
ruas e calçadas das cidades. Mas “o
feitiço sempre vira contra o
feiticeiro” e os dedos das mãos ou as
solas dos sapatos ficam todos
grudados junto à goma. E quanto
mais se tenta livrar uma parte, mais
as outras ficam coladas numa
espécie de prisão ou dança perversa
hilariante.

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* Onça Está guardando as matas e as Musa Juliane


florestas! Trevisol

15 Panapanã Nossa ala de passistas representa Passistas Rosângela e


borboletas, seres que “aterrissam” Avelino
no desfile para trazer um pouco de
frescor e beleza ao meio em face dos
desajustes ambientais causados à
natureza na representação das alas
anteriores. Sabe-se que as borboletas
são importantes agentes
polinizadores, transportando o pólen
que garante a reprodução da flora e
a alimentação de espécies da fauna.
Com a destreza, leveza e
arrebatamento que trazem na arte de
sambar, os passistas mexem seus
corpos como a exuberância desses
insetos, ostentando a leveza.

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16 Fiscal da No meio do caos da natureza Bateria Mestre Fafá


Natureza causado pelas más ações humanas, a
ala dos nossos ritmistas traz os
“fiscais da natureza”, tocando o
surdo da Grande Rio, para alertar
contra os que degradam o meio
ambiente e o levam a situações de
desequilíbrio.

17 Poluição A catástrofe, o cataclisma, o desastre Comunidade Direção de


ambiental. Nossos dias estão repletos (1988) Carnaval
de poluições e acidentes ocorridos no
meio ambiente causados pela ação
humana. Depois da enchente que
transborda o rio entulhado de
porcarias (lançadas por muitos de nós)
o lixo volta e se rebela! É pneu que
para debaixo do braço, sacolas
plásticas que nos engolem feito
roupas e travesseiros... A natureza
grita e vem cobrar!

18 Fim de Festa Todos sabemos que depois de uma Comunidade Direção de


“folia pública”, as ruas ficam (1988) Carnaval
intransitáveis, tamanho é o mar de
lixo que escoa pela cidade. No pós-
réveillon, por exemplo, xixi, garrafas
e “outras cositas más” são lançadas
por aí. Muito pior que xepa, coisa
feia, dantesca. A ala é um convite a
pensar sobre os “descartes” praticados
nos demais eventos de encontro
coletivo e também no carnaval.

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* Maria da Toca Espécie da região do Oceano Musa Bianca


Atlântico que se adaptou à poluição e Andrade
vive dentro de recipientes lançados
pelo homem.

19 O Futuro é Em ninguém mais do que nos jovens Adolescentes Grande Rio


Agora está a esperança na transformação
positiva de nossas mazelas. A imagem
das crianças e dos adolescentes que
estudam e adquirem conhecimento
ganha tanta força e torna-se um
poderoso instrumento contra as
tentativas da perpetuação da
ignorância e turvamento das mentes
entre nós.

20 Acadêmicos do A ala ilustra a importância do saber Compositores Licinho Júnior


Grande Rio formal e da instrução técnica
(simbolizados na beca, no capelo e no
diploma de formandos) na construção
de indivíduos com mais recursos para
lidar com as questões e as
adversidades da vida individual e
coletiva. Com esforço, disciplina e
dedicação, a conquista de uma
formação nos permite saltos maiores e
engrandece a nós, além de orgulhar
aqueles que nos apoiam.

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21 Sabedoria Em se tratando de educação, têm Velha-Guarda Dailton


papel fundamental os nossos
professores! São eles a sabedoria
ilustrada nesta ala. São deles que vêm
muitos dos valores que carregaremos
para o resto de nossas vidas. São eles,
seres determinados, que dedicam suas
vidas a nos ensinar e ajudar a
discernir com conhecimento e
profundidade o saber à luz da
educação.

22 Penso, Logo Parafraseando a máxima do filósofo Comunidade Direção de


Existo francês René Descartes (1596 - 1650), (1988) Carnaval
“penso, logo existo”, a ala
(representada de forma clássica, qual
um pensador greco-romano) vem
fazer uma apologia ao pensamento.
Pensar, em seu hábito e exercício
permanente, leva-nos a pensar cada
vez mais e, por isso, questionar
nossos limites e crenças, abrindo,
inclusive, possibilidade de considerar
e respeitar os modos de pensar dos
outros – algo de que o mundo tanto
precisa.

* Tecnológica A ciência e a tecnologia, trazem luz e Musa Gisele Prattes


sabedoria.

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23 Galileo O físico, matemático e astrônomo Comunidade Direção de


italiano Galileu Galilei (1564 - (1988) Carnaval
1642) descobriu que a Terra gira em
torno do Sol, e não o contrário.
Amealhou com isso a fúria da
instituição da Igreja que defendia ser
a Terra o centro do universo. Galilei
foi forçado a abdicar de suas
convicções para não ser sentenciado
a perder a própria vida no tribunal
da santa inquisição. Sua presença
no desfile, vem nos lembrar sobre a
importância de questionar, pesquisar
e descobrir. Educar-se é também não
ficar preso às conveniências de
verdades que nos são impostas.

24 Ciência A investigação científica é uma das Comunidade Paulo 10


formas empregadas por homens e (1988)
mulheres que rompem os limites de
nossa ignorância.
A ala representa a ciência e o valor
das experimentações e pesquisas que
nos levam à inovação.

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* DNA Africano Origem de toda a Humanidade. Nossa Musa Érica Janusa


eterna Eva.

25 O Universo ao Conhecer é poder, porque leva nosso Comunidade Direção de


Seu Alcance olhar mais longe, cada vez com mais (1988) Carnaval
autonomia. Essa é uma das
mensagens fundamentais que o desfile
da Grande Rio quer deixar. Quem se
educa e quem prova do sabor do
conhecimento tem um mundo de
possibilidades nas mãos. A fantasia
alude à figura do físico alemão Albert
Einstein (1879 – 1955) que por meio
da fórmula de equivalência massa-
energia e por sua descoberta da lei do
efeito fotoelétrico, relativizou o que
conhecíamos, levando-nos além.

* Galáxia O sol nasce para todos! Musa Renata Kuerten

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26 Bobo da Corte Contratado pelas cortes europeias da Comunidade Direção de


Idade Média para entreter os reis, o (1988) Carnaval
bobo da corte era a figura a quem se
permitia falar as mais puras e
impuras verdades, através de sua
forma grotesca, além de, em alguns
casos, sentar-se à mesa com os reis e
seus convivas. Por seu modo
espalhafatoso, poderia ser
engraçadinho demais, desagradável
demais, sincero demais ou até
mesmo bajulador demais para
manter os privilégios dos quais
gozava junto aos monarcas.
A ala representa essa personificação
do exagero, que nos tempos atuais
pode ser interpretada como uma
“pisada na bola”, todo cuidado é
pouco!

* Rainha de Ouros Fechando o jogo, nossa Rainha de Musa Tayla Ayala


Ouros, faz da festa uma alegria.

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27 Arlequim É o “espertalhão” capaz de servir a Comunidade Direção de


dois patrões! Assim o Arlequim se (1988) Carnaval
imortalizou na literatura dramática e
na mitologia carnavalesca, aqui e
alhures. Mentiroso e debochado,
simula e dissimula ingenuidade para
ludibriar os outros, sobretudo seus
patrões, representando com
excelência a esperteza malandra que
desenvolve artimanhas para
sobreviver à pobreza, transgredindo
hierarquias, e que, para isso, comete
pequenas trapaças e jeitinhos, o que
carece de uma certa correção moral.
Arlequim, em sua agilidade
escorregadia e sedutora é a
personificação do politicamente
incorreto.

28 Rei Momo Rei Momo, “o dono do reino”, Comunidade Direção de


aquele que detém a chave da festa, (1988) Carnaval
resiste o nosso imaginário
carnavalesco. Também nos remete
às próprias origens do carnaval na
Idade Média. Momo representa,
sobretudo, a fartura, a opulência, o
desperdício e o descuido. E nos
mostra que para reinar sobre si e os
demais é preciso estar menos afeito
aos “prazeres” e se ligar nos deveres
e obrigações com disciplina,
perseverança e responsabilidade.

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29 Colombina Apesar de descrita pela Commedia Comunidade Direção de


dell’Arte como “bela, recatada e do (1988) Carnaval
lar”, tanto quanto sua ama,
Colombina costumeiramente está
sempre envolvida em intrigas e
fofocas. Além de apaixonada, a
amante de Arlequim, é sua parceira
em confusões e intrigas

30 Pierrot Junto ao Arlequim e a Colombina, Comunidade Direção de


fechando o triângulo mais famoso (1988) Carnaval
da Commedia dell’Arte, Pierrô
corresponde à ponta da ingenuidade
e da delicadeza da trama.
Apaixonado platonicamente e em
segredo por Colombina, carrega
sempre uma lágrima sob um dos
olhos, o que faz de si um
melancólico contumaz, figura
conhecida em nossa vasta tradição
carnavalesca por seu
comportamento demasiado sofrido,
passivo e em permanente lástima. A
propósito, “quem nunca chorou de
barriga cheia?”, indaga um verso de
nosso samba. É preciso coragem e
ousadia para “correr atrás do que
queremos”, mas sempre
agradecendo ao que temos nas
mãos!

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Fantasias

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* Pierrette A pierrette está toda prosa na Corte Musa Thainá


Momesca, que encerra nosso Oliveira
desfile!

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadavia Corrêa, nº 60 – Barracão 04 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Atelier
Nete, Camila e Marta
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Nete e Marta
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Mauro, Welingtom e Bruno Cesar José Francisco
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Edmilson Lima - Chefe de Ateliê


Bruno Cézar - Chefe de Ateliê
Alex Castro - Chefe de Ateliê
Mauro - Chefe de Ateliê
Welington - Chefe de Ateliê
Claudinho - Chefe de Ateliê

Outras informações julgadas necessárias

Outros aderecistas que merecem destaque na criação do Carnaval da Grande Rio: Tuany, Marcelo
oliveira, Leandra, Alan, Ed, Welington, Rogério, Solimar, Felipe, Talison, Jhon e Lucas

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Cláudio Russo, André Diniz, Moacyr Luz, Gê Martins, Licinho
Enredo Júnior e Elias Bililico
Presidente da Ala dos Compositores
Licinho Júnior
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Gê Martins Rafael Ribeiro
(cem) 78 anos 28 anos
Outras informações julgadas necessárias
Tá errado, não importa quem errou
O pecado e o pecador
Sempre estão do mesmo lado
Tá errado, sem lição nem professor
O espinho fere a flor
O amor é maculado
No jeitinho que impera nessas bandas
É mais fácil o mau caminho pra jogar no tabuleiro
Na verdade do espelho, quando a razão desanda
Vai seguindo em desalinho mesmo com o sinal vermelho
Atire a primeira pedra aquele que não erra
Quem nunca se arrependeu do que fez?
Na vida todo mundo escorrega
Melhor se machucar só uma vez
Cardume de garrafas pelo mar
Nem tarrafa nem puçá alimentam o pescador
E a cisma de atender o celular
Pra curtir, compartilhar
Zombar do perigo, largar o amigo
Perder o pudor
Quem aí tá podendo julgar?
Não consegue ouvir outra voz?
Cada um foi pensando em si
Olha o que fizemos de nós
Então pegue seu filho nas mãos
Educar é um desafio
Se errei, peço perdão
Renasce a Grande Rio
Quem nunca sorriu da desgraça alheia
Quem nunca chorou de barriga cheia?
Eu sou Caxias de tantos carnavais
Falam de mim, eu falo de paz

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Defesa do Samba

Quem nunca cometeu um deslize, uma pequena infração ou uma falta de respeito ao próximo?

Pois bem, o Acadêmicos do Grande Rio no Carnaval/2019 aborda a educação pelo viés da sua ausência,
percorrendo o caminho inverso para encontrar as feridas abertas do “faça o que eu digo, não faça o que eu
faço”. Alerta assim para que o samba do cotidiano não continue atravessando com as regras, do jogo da
vida, vilipendiadas naquela furada de fila básica, no avanço de sinal ou aquele clássico “foi só desta vez”!

Sob letra interpretativa, melodia sinuosa e crescente, o samba traz ao carnaval, de forma leve e sutil, às
questões tão necessárias pra nossas vidas. Em seu ápice, na sequência final, aponta para o desafio da
educação para construir a paz, em uma clara relação de causa e consequência, pois é no reparo dos
pequenos tropeços que poderemos dar um salto maior no respeito ao semelhante.

Tá errado, não importa quem errou!


Não adianta falar de um país melhor sem levar em conta a impunidade. Logo no primeiro verso o samba
mostra a necessidade de não esconder os erros, e puni-los independente de quem os cometam. Em um
recado para “Gregos e Troianos” coloca o dedo na ferida das interpretações duvidosas, dois pesos e duas
medidas, e aquele velho e irritante conhecido, o “sabe com quem está falando” ?
Por isso errou, não importa quem, tá errado.

O pecado e o pecador sempre estão do mesmo lado...


É liquido e certo que a oportunidade potencializa a falha. Há, na maioria das vezes, uma proximidade
perigosa entre o pecado e o pecador. Ou seja, se há o erro, há de se responsabilizar quem o cometeu.

Tá errado sem lição nem professor


O espinho fere a flor, O amor é maculado...
Nestes versos, abusando de figuras de linguagem ou figuras de estilo, revela-se a falta que um bom
exemplo faz. Com a ausência de educação de qualidade (sem lição, nem professor) fica comprometida a
boa convivência. E ai não tem jeito: o espinho fere a flor, o amor é maculado, ou seja, o mal vence o bem.

No jeitinho que impera nessas bandas


É mais fácil o mau caminho pra jogar no tabuleiro
Nesse ponto, mais do que a falta dela, o samba chama a atenção para a má educação, explícita no “jeitinho
brasileiro”, que dribla regras em nome de pseudo atalhos que tornam trivial jogar de forma torta no
tabuleiro da vida.

Na verdade do espelho, quando a razão desanda


Vai seguindo em desalinho mesmo com sinal
E está tão arraigado, que os erros são quase sempre conscientes, desprezando perigos e consequências.
Sobram atitudes equivocadas, e mesmo de frente para o espelho que sinaliza um destino derrapante na
vida escorregadia, seguimos pela contra mão e avançando metafórica e literalmente os sinais vermelhos...

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias


Atire a primeira pedra aquele que não erra
Quem nunca se arrependeu do que fez
Na vida todo mundo escorrega
Melhor se machucar só uma vez
“De boa”: Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra... Por mais que pareça soar contraditório, ao
mesmo tempo em que o samba mete o dedo na ferida dos outros, em seu refrão central ele percebe que
maus hábitos são uma epidemia que tomou a quase todos nós. Ou seja, a principal mudança é de cada
indivíduo consigo mesmo. Sendo assim, repudiando a falta de auto-crítica da sociedade, a obra neste
momento é provocativa, pois se por um lado poucos estão podendo atirar a primeira pedra, por outro há a
necessidade de parar esse círculo vicioso.

Cardume de garrafas pelo mar


Nem tarrafa nem puçá alimentam o pescador
E a cisma de atender o celular
Pra curtir, compartilhar
Zombar do perigo largar o amigo
Perder o pudor
A corrente das faltas graves “viraliza” e se espalha por todos os lados... Criando cardumes plastificados no
mar de sandices da poluição... E o que cai na rede é “fake”, é peixe ou garrafa pet? Reproduzindo o perfil
de maus hábitos ao celular... Zombando dos amigos, do pudor e do medo do perigo, o que mais importa é
curtir e compartilhar.

Quem aí tá podendo julgar ?


Não consegue ouvir outra voz
Cada um foi pensando em si
Olha o que fizemos de nós
Mais uma vez a obra ressalta que todos nos acusamos, mas se olharmos minuciosamente, poucos não
seriam incriminados pelo que condenamos no semelhante. Portanto é preciso colocar a mão na consciência
e escutar a voz do conhecimento para edificar a convivência em harmonia, esquecer o eu e conjugar o
verbo na primeira pessoa do plural. Perceber a autodestruição para o qual o egoísmo nos conduziu. Olhar
o que fizemos e perceber o que podemos fazer...

Então pegue seu filho nas mãos


Educar é um desafio
Se errei peço perdão
Renasce a Grande Rio
Aqui somos todos pais e filhos, alunos e professores, e o desafio de educar permite um maiúsculo
#SÓQUENÃO no mau comportamento. E da mesma forma que apontamos no primeiro verso do samba:
Tá errado não importa quem errou! No fechamento da segunda deixamos claro que a mudança está
chegando, através de um corajoso processo de reflexão sobre as nossas próprias falhas: Se errei peço
perdão! Renasce a Grande Rio!

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Quem nunca sorriu da desgraça alheia?


Quem nunca chorou de barriga cheia?
Eu sou Caxias de tantos carnavais...
falam de mim, eu falo de paz...
Quem nunca tirou um sarro com a cara do amigo por conta de um desastroso domingo de futebol ou uma
quarta-feira de cinzas? E quem nunca reclamou da boa vida que tem? O refrão final busca nos ditados
populares uma forma de brincar com o tema, sem levar tudo para um inesgotável Fla x Flu. É hora de
respeitar a mistura do carnaval e trazer o branco da paz, que é a união de todas as cores, e que a magia do
arlequim, do pierrô e da colombina fale por nós e transborde felicidade de Duque de Caxias à Marques de
Sapucaí. Esta é a maior contribuição que a festa de Momo pode dar nesse movimento de aprendizado.

Sobre os compositores:

Claudio Russo: Compositor consagrado da nova geração do samba carioca e ganhador de diversos
prêmios, como o Estandarte de Ouro em 2007, 2015 e 2017.

André Diniz: Com 45 anos, é historiador e autor de músicas gravadas por grandes nomes como Arlindo
Cruz, João Bosco, Sandra de Sá e Martinho da Vila. Como compositor de sambas de enredo, atua desde o
ano de 1991 e obteve 18 vitórias em disputas de samba na Vila Isabel, sete sambas no Grupo de Acesso do
Rio de Janeiro e três no Grupo Especial de São Paulo. Seus sambas foram agraciados com todas as
premiações do Carnaval, como Estandarte de Ouro, Gato de Prata e Estrela do Carnaval.

Moacyr Luz: Convidado especial desta parceria profundamente ligada ao Paraiso do Tuiuti, Este mestre
do samba carioca, possui doze CDs gravados trazendo em cada trabalho importantes referências à música
brasileira, Na sua carreira de compositor, mais de 100 músicas gravadas por diferentes intérpretes da MPB,
como, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Beth Carvalho, Leny Andrade,
Gilberto Gil e Leila Pinheiro. Moacyr também é ganhador de diversos prémios no carnaval, inclusive o
Estandarte de Ouro de 2015 em parceria com Claudio Russo e Teresa Cristina.

Gê Martins: É um dos fundadores da Grande Rio. É o autor de seis sambas-enredo com os quais a escola
desfilou.

Licinho Júnior: Entrou na escola no ano de 1991. É autor de cinco sambas-enredo que a Grande Rio
levou para a Avenida (2005, 2011, 2012, 2018 e 2019). Além disso, é o maior finalista de disputas de
samba na agremiação. Exerce a função de presidente da ala de compositores há mais de dez anos.

Elias Bililico: Um dos fundadores da Grande Rio. Foi finalista de várias disputas de samba na agremiação.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Fabrício Machado (Fafá)
Outros Diretores de Bateria
Laelcio, Thalles, Vitor Medeiros, Gabriel, Thiaguinho, Jhoni, Clewinho, Vitor Machado, Lázaro,
Fabiano, João Paulo e Presidente Do Gás
Total de Componentes da Bateria
270 (duzentos e setenta) componentes
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
12 12 14 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
90 0 36 0 34
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
0 24 24 0 24
Outras informações julgadas necessárias

A bateria da Grande Rio sempre teve o histórico de ser reconhecida como uma das melhores do Carnaval.
Tanto é assim que, com menos de 10 anos de existência, em 1996, comandada naquela época por mestre
Maurício, foi contemplada com seu primeiro Estandarte de Ouro. Sob a batuta de mestre Odilon, conseguiu
durante oito anos consecutivos a nota máxima de todos os jurados, conquistando dois Estandartes de Ouro e
dois Tamborins de Ouro. A partir de 2010, sendo regida pelo Mestre Ciça, passou a ser conhecida como
“Invocada”, devido à ousadia apresentada em seus desfiles.

Para o Carnaval 2019, foi feito um trabalho de resgate de suas características tradicionais. Dois pilares foram
trabalhados com total prioridade: um andamento que permita a sustentação do ritmo ao longo de todo o
desfile e a perfeita equalização entre os instrumentos. Andamento que, aliás, proporciona conforto para que o
ritmista alcance na Avenida o máximo de seu potencial – nesse sentido, foi feito um diálogo com os
carnavalescos da agremiação para que o figurino da ala conjugasse com o trabalho realizado pelo mestre de
bateria.

Com relação aos naipes, foi feito um trabalho específico com a ala de repiques. De acordo com análise
realizada pela observação das baterias do Carnaval carioca nos últimos anos, percebeu-se que este
instrumento não vinha tendo o destaque devido, de maneira que foi feito este resgate. Um trabalho de
acentuação foi feito também com as caixas, que voltaram a ser valorizadas na bateria da Grande Rio.

No que toca ao samba-enredo de 2019, as convenções elaboradas para pontuá-lo respeitam a musicalidade
que a obra apresenta. Completamente em conformidade com a melodia, as bossas foram feitas de acordo com
as nuances do samba, tendo como característica fundamental a precisão e delimitação em momentos bem
marcados e específicos.

É desta forma, com um trabalho apurado de ensaios semanais com total colaboração e ambiente de
cooperação entre os ritmistas, que a bateria da Grande Rio vem apresentar sua melhor performance na
Marquês de Sapucaí em busca da nota máxima no quesito.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Mestre Fafá
Fabrício Machado, o mestre Fafá, tem 28 anos e está estreando à frente da bateria da Grande Rio
no Carnaval 2019. Ele tem a história da sua vida estritamente ligada ao Carnaval e à agremiação:
seu pai foi mestre de bateria da escola e sua mãe, grande incentivadora e também componente da
tricolor de Caxias, o ensinou a tocar tamborim. Sempre foi fascinado pela bateria, mas não tinha
idade para desfilar, embora frequentasse a quadra desde criança acompanhando seus pais. Suas
brincadeiras de infância aconteciam naquele ambiente, com o qual sempre esteve totalmente
integrado.

Nos ensaios, ficava batendo nas grades do palco da bateria, simulando o ritmo do surdo de
terceira. Em 2005, quando tinha 15 anos, mestre Odilon, então à frente da bateria, o observou,
chamou-o para tocar o instrumento e quando, ele o fez, foi imediatamente convidado para desfilar.
Aceito o convite, demorou a acreditar no sonho sendo realizado: no dia agendado para buscar a
fantasia, pediu à sua mãe que ligasse para o mestre e perguntasse se era verdade que seria,
realmente, um dos integrantes da bateria.

Fabrício tem mestre Ciça como uma grande referência em sua forma de comandar a bateria. Diz
que, se por um lado, com seu pai (Do Gás) e Odilon aprendeu tudo sobre ritmo, afinação e
técnica, com Ciça, recebeu lições de como ser ousado, alegre e respeitar o ritmista. Foi na época
de Ciça à frente da bateria da Grande Rio que ele se tornou mestre de bateria da Pimpolhos da
Grande Rio (onde desfilou desde a criação da escola mirim, em 2003) e nele se inspirou para dar
vazão à sua criatividade à frente do quesito.

Como mestre de bateria da Pimpolhos da Grande Rio, fez com que a bateria mirim se tornasse
uma referência, sendo agraciada com diversos prêmios, incluindo Estandarte de Ouro em quatro
ocasiões. A percussão, em sua vida, é levada como uma missão: além de mestre de bateria, Fafá é
professor de percussão para crianças, jovens e adultos com necessidades especiais. É com essa
experiência, juntamente com seus anos de dedicação e amor à arte do ritmo, que mestre Fafá
pretende alcançar um desempenho de excelência na Avenida em 2019.

Fantasia da Bateria - Em 2019, a Bateria está representando Os Fiscais da Natureza.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Andrezinho, Cacá Santos, Clayton Bola, Helinho Aguiar e Jefferson Guimarães
Outros Diretores de Harmonia
Welington, Denilson, Mazinha, Ailton, Marinho, José Vitor, Tito, Batata, Alex, Leandro M.,
Leandro J., Germano, Genivaldo, DJ, Ana Paula, Edvaldo, Luis, Andreza, Rose, Fernando, Alan,
Jorge Tito, Chico, Valadão, Cleide, Alexandre CP, Thayene, Wilson, Pastinha, Carla, Daniela,
Roberta, Mauro, Adilson, Limão, Cosme, Jorge Ribeiro, Ricardo, Peixe, Geraldo, Leandro
Rangel, Anderson, Jorge Ramos, Torrada, Zulmar, Rosane
Total de Componentes da Direção de Harmonia
65 (sessenta e cinco) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete Oficial: Evandro Malandro
Cantores de apoio: Marcelo Rodrigues, Kaisso, Cacau, Tiago Castelen, Ricardinho, Diego
Nascimento, Amilton Nascimento, Ronaldo, Ruan Paiva
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Vitor Alves - Violão
Davi Costa- Cavaquinista
Paulo Victor - Cavaquinista
Cristiano - Cavaquinista
Outras informações julgadas necessárias

A Direção de Harmonia

Ninguém pode cantar “RENASCE A GRANDE RIO” e "EU SOU CAXIAS DE TANTOS
CARNAVAIS..."sem se envolver e, por que não, se comprometer com aquilo que diz. É o
componente falando pra ele mesmo! Esta é a referência que o G.R.E.S ACADÊMICOS DO GRANDE
RIO decidiu adotar para o Carnaval de 2019.

Para que isso seja realizado de maneira harmônica, integrando a tríade: ritmo, canto e dança, o
Departamento de Harmonia da escola foi reformulado para o Carnaval de 2019 com a contratação de
uma nova Comissão de Harmonia, formada pelos diretores: Andrezinho, Cacá Santos, Clayton Bola,
Helinho Aguiar e Jefferson Guimarães, supervisionada pelo experiente Diretor de Carnaval Thiago
Monteiro, que após dois anos retorna à tricolor de Caxias trazendo em sua bagagem os títulos e
passagens vitoriosas por escolas como, entre outras, Unidos da Tijuca, Estácio de Sá, Império da
Tijuca a própria Grande Rio e Paraíso do Tuiuti.

Para 2019, a Grande Rio decidiu valorizar e reforçar ainda mais a participação de sua comunidade de
Duque de Caxias no desfile. Para isso, foram destinadas em todas as alas a participação dos distritos e
bairros da cidade através de convocação realizada pelos representantes dessas comunidades, fazendo
com que os quatro macros distritos existentes na região estejam presentes defendendo o samba da
escola. Ensaios nessas comunidades também foram realizados semanalmente, desde agosto,
objetivando a maior integração da escola à sua cidade.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

A Grande Rio ainda conta com um grupo de 65 diretores de harmonia auxiliares e 70 diretores do
Departamento de Carnaval que têm a orientação para fazer com que cada componente saiba que está
desempenhando um papel relevante no desfile, defendendo as notas dos seus quesitos através do canto
forte e apresentação solta, leve e, através do canto, dar um grito de renascimento na Avenida, tendo
em vista o lamentável resultado da escola no último Carnaval, quando uma fatalidade comprometeu
sua apresentação.

O cuidado musical é um dos pilares do trabalho da Harmonia da Grande Rio. Aliar as variações
melódicas do samba de 2019, com o andamento correto da bateria, a interpretação dos cantores e o
arranjo musical e essencial para permitir que o componente evolua de maneira confortável. E isso só
foi possível através de inúmeras reuniões entre os integrantes do carro de som e bateria, ensaios
semanais iniciados em maio e intensificados em novembro com os ensaios técnicos realizados na rua.
A escola foi exaustivamente preparada para o desfile.

Evandro Malandro
Evandro dos Santos nasceu em Nova Friburgo e teve sua iniciação musical aos 9 anos de idade.
Tornou-se instrumentista, dominando instrumentos como saxofone, flauta e bateria, entre outros.
Começou sua trajetória musical em escolas de samba da cidade de Nova Friburgo em 2002, nas quais
desempenhou distintas funções, desde cavaquinhista a intérprete oficial, ao longo de 10 anos de
trajetória. Tendo sua capacidade reconhecida, cruzou fronteiras e estreou no Carnaval carioca como
cantor de apoio de Luizinho Andanças, na Porto da Pedra, no ano de 2009. Neste ano, também fez
parte do carro de som da Renascer de Jacarepaguá. Em 2010, cantou com Dominguinhos do Estácio
na Imperatriz Leopoldinense e em 2011 voltou a compor o quadro de cantores da Porto da Pedra.

Como cantor principal, defendeu a Imperador do Ipiranga, escola do grupo de acesso paulista, no ano
de 2013. No mesmo ano, foi o responsável pelo microfone principal da Apoteose do Samba em
Uruguaiana-RS, cidade onde ficou conhecido por sua passagem como cantor de apoio na escola
Bambas da Alegria nos anos de 2011 e 2012.

No ano de 2014, assumiu como intérprete oficial, juntamente com Diego Nicolau, na Renascer de
Jacarepaguá. Em sua passagem por essa agremiação, ganhou um Estandarte de Ouro. Ficaram juntos
até 2017. Em 2018, seguiu para o Acadêmicos do Cubango para ser o cantor principal.

No Acadêmicos do Grande Rio, foi cantor de apoio de Emerson Dias de 2014 a 2018. Pelo seu talento
e dedicação à escola, alcançou o microfone principal em 2019. Fez preparação intensa para ocupar
este posto e aperfeiçoar seu dom inato, com sessões de fonoaudiologia e preparação musical, tudo para
que o seu desempenho na Avenida neste Carnaval seja o momento mais brilhante de sua carreira.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Thiago Monteiro
Outros Diretores de Evolução
Ailton Fiscal, Airton, Jorge Bento, Banana, Enila, Andréia, Luis dos Santos, Luzimar, Edilcilene,
Valdete, Pedrinho Naval, Simão, Joana D´arc, Jacaré, Gil Negão, Walmir, Luis Carlos Machado,
Cafú, Vareta, Marilene, Madalena, Marinaldo, Anselmo, Walter Barbosa, Vandete, Solange,
Titoneli, Kelly, Miltinho, Maria Regina, Ricardo, Tunico, Café, Helenice, Sérgio, Walter 59,
Paulinha, Jacy, Vicente, Denaide, Rodrigo pimpão, Willian, Jander, Miltinho de Campos, Chiquinho
Caipira, Catarina, Serginho, Chicão, Eduardo, Mila, Rosangela, Niltinho, Rosenilton, Aparecida,
Paulo Apocalipse, Catarina, Naeli, Fátima, Erny, Marília, Reny, Miltola, Pedro, Carlão Machado,
Jean, Luzinetem, Lubec, Juciana, Larissa, Luis Negão, Vera, Eva, Moratelli, Baiano, Harley, Dário,
Mônica, Adriana, Aroldo Brito e Márcio.
Total de Componentes da Direção de Evolução
100 (cem) componentes
Principais Passistas Femininos
Dani Moreníssima, Marisa Furação, Santinha, Gabi, Rayssa, Cris, Andressa, Camila, Kath, Naira,
Maiara, Thais, Maria de Fátima, Ariele e Jaqueline.
Principais Passistas Masculinos
Welington, Juan, Vinícius, Jamerson, Serginho e Thiago
Outras informações julgadas necessárias

Fazer o componente se divertir na Sapucaí sem esquecer que o mesmo desempenhe seu papel na
consecução de um desfile competitivo é o principal objetivo da Direção de Harmonia e Evolução da
Grande Rio. A apresentação da escola precisa acontecer de forma fluída e solta, ainda mais em um
ano em que o enredo se trata de uma ode a educação englobando por um derradeiro grito de
renascimento da escola. A Grande Rio foi preparada para que cada componente simplesmente se
“solte” no desfile. Isso não significa que as alas performáticas ou coreografadas, existentes no corpo
da escola, estejam alheias a esta metodologia, pelo contrário, a liberdade de expressão impõe em
algumas situações que o tema seja retratado e defendido através de caracterização específica, sempre
em sintonia com ritmo do samba e o andamento da bateria.

A Grande Rio, em 2019, pretende realizar um autêntico desfile de “Escola de Samba” incentivando
a evolução, começando pelos segmentos tradicionais como sua a ala de baianas que, praticamente
abre o desfile, sua elegante galeria da velha-guarda, a arte do samba no pé em sua essência através
do requebrado da ala de passistas, privilegiadíssima posicionadas à frente da bateria, seguido pelos
componentes de alas e carros alegóricos.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

Ala de Passistas
Na Grande Rio, escola que guarda de forma rara
a tradição do samba na sua maior essência, a premiada ala de passistas, detentora de seis prêmios
Estandarte de Ouro, requer atenção especial. Com ensaios iniciados em maio, a exigência
principal para que um homem ou mulher se torne membro do seleto grupo de passistas da Grande
Rio é deter a arte do samba no pé com garbo e elegância. Para a escola, a pessoa para ser passista
precisa “dizer no pé” como as cabrochas de outrora. A ala é comandada por dois experientes
diretores: Avelino Ribeiro e Rosângela.

Fantasia da Ala de Passistas - Em 2019, a ala de passistas está representando Panapanã.

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FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Thiago Monteiro
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Daniela e Roberta
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
100 50 50
(cem) (cinquenta) (cinquenta)
Responsável pela Ala das Baianas
Marilene dos Anjos
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Dione Luana dos Anjos
(oitenta) 78 anos 14 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Sr. Dailton Almeida
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
71 Amaury Maria da Glória
(setenta e um) 86 anos 51 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Jayme Monjardim, David Brazil, Christiane Torloni, Monique Alfradique, , Paloma Bernardi, Alexandre
Cardoso, Aline Prado e demais personalidades que acompanham a Grande Rio há anos, desde a sua
fundação
Outras informações julgadas necessárias
Thiago Monteiro
Trazendo em suas bagagens os títulos e passagens vitoriosas por escolas como, entre outras, Unidos da Tijuca,
Estácio de Sá, Império da Tijuca e Acadêmicos do Grande Rio, nestas últimas Thiago Monteiro exerceu a
função de Diretor de Carnaval, Campeão da Série A (2013) e Diretor Geral de Harmonia (2014, 2015 e 2016)
respectivamente, sempre alcançando as notas máximas nos quesitos de chão. Além do recebimento de diversos
prêmios conferidos pela imprensa especializada e o reconhecido como um dos maiores responsáveis pela
recente mudança ocorrida na forma de desfilar a tricolor de Caxias e da escola de São Cristóvão no último
Carnaval. Também é coautor do livro “Harmonia de Escola de Samba – Teoria e Prática” da editora Litieris.
Exerceu a função de Diretor de Carnaval da LIERJ (Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), responsável
pela organização e realização do Carnaval da Série A. Em 2018, como Diretor de Carnaval do Paraíso do Tuiuti,
alcançou o feito de levar a escola ao segundo lugar, contrariando expectativas de público e crítica e
consolidando seu nome na história do Carnaval. Desta forma, foi convidado a retornar à Grande Rio, escola de
samba que tão bem conhece e onde é querido por todos, nesta função. Num trabalho incessante, minucioso e
incansável de preparação da agremiação para este desfile de 2019, mostrará seu talento em cada detalhe da
maneira como a Grande Rio se apresentará na Avenida.

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FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Hélio Bejani e Beth Bejani
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Hélio Bejani e Beth Bejani
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 04 11
(quinze) (quatro) (onze)
Outras informações julgadas necessárias

Os Emojis e Pictogramas são imagens respeitosas e inclusivas. Seu uso para comunicar nossas
vidas e experiências se tornaram tão presentes em nossa cultura que passaram a ser utilizados e
compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos. Passam informação e
emoção aumentando a conscientização sobre a diversidade. Despertando assim mais conversas e
educação, melhorando e facilitando a comunicação humana com mais amor e gentileza.
Conta a história que o Profeta Moisés esteve face a face com o Criador e recebeu Dele as Tábuas
com os Dez Mandamentos, um resumo das regras que deveriam ser seguidas pelos Homens.
A cena vivida no Monte Sinai é o ponto de partida para a Comissão de Frente da Grande Rio abrir
o desfile da escola. E, com bom humor e ousadia, trazer o Profeta Moisés para a nossa folia.
Muito tempo se passou desde a aparição do Criador. E, pouco a pouco, as dez leis foram sendo
esquecidas. Com o tempo, cada um foi deixando os Mandamentos de lado e pensando somente em
si. Quem nunca burlou algumas regras ou leis, ou deu seu jeitinho de interpretá-las à sua maneira
e a seu favor?
Temeroso com esse novo cenário e preocupado com o futuro da Humanidade, Moisés desembarca
em nossa festa.
Deslocado em meio a tantas evoluções tecnológicas, ele tenta se comunicar através da palavra,
que se perde no caminho. Sem alternativa, deixa suas tábuas de lado e usa um tablet para o
desafio de consertar o que está errado.
Já conectado, Moisés lança mão de Pictogramas e Emojis, os símbolos que se tornaram
onipresentes em nosso dia-a-dia e em nossa cultura, para se comunicar, curtir e compartilhar. E
reeducar a Humanidade.
Em meio a essa interação entre passado e futuro, muitos sentimentos preenchem os nossos
corações para que sigamos em frente. Mas é o AMOR, o sentimento maior, que transforma a vida
em alegria e libera todas as nossas emoções…
Renasce a Grande Rio!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Hélio Bejani
Iniciou carreira artística como músico Profissional tocando trompete, em Piracicaba (SP) cidade
onde nasceu. Ingressou para o ballet na cidade de Campinas (SP), cursando o Método da ROYAL
ACADEMY OF DANCING, onde trabalhou no Corpo de Baile Lina Penteado sob a Direção
Artística de Addy Addor e Cleusa Fernandes. Através de concurso oficial, ingressou para o Corpo
de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1985, onde atuou como solista e bailarino
Principal nas suas principais montagens. Ganhou o Prêmio Tadeu Morozowicz como melhor
Bailarino Clássico no VIII Concurso de Ballet e Coreografia realizado pelo Conselho Brasileiro
da Dança.

Foi partner da bailarina Ana Botafogo, para quem atualmente realiza trabalhos coreográficos.
Dançou e coreografou também para os mais renomados grupos e escolas do Rio de Janeiro:
Escola de Danças Maria Olenewa, Associação de Ballet do Rio de Janeiro, Stúdio 88, Escola de
Dança Alice Arja, Escola de Danças Spinelli, Stúdio Bertha Rosanova, Cia Versátil de Dança, Rio
Ballet, Ballet Dalal Achcar, Centro de Danças Johnny Franklin, Cia Brasileira de Danças, Ballet
da Cidade de Niterói sendo premiado nos principais concursos e mostras de dança no Brasil.Com
sua própria remontagem, realizou os espetáculos A Bela Adormecida e Coppélia, no Teatro Sesi
Rio.

Coreografou e dirigiu o espetáculo, “MADE IN CORAÇÃO”, realizado no Espaço Cultural


FINEP e Teatro Cacilda Becker com participação dos bailarinos do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro, que lhe valeu o Prêmio de melhor Diretor de Grupo de 1999, outorgado pela revista Você
e a Dança (SP). Dirigiu e coreografou o espetáculo “Descobrimento do Brasil” comemorativo aos
500 anos, na cidade de Fortaleza CE no Teatro José de Alencar. (2000). Como docente, foi
professor convidado da Cia de Ballet da Cidade de Niterói. (2001/2002), professor de nível
técnico no Centro de Danças Johnny Franklin e professor convidado da Cia Deborah Colker.

No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi Assistente de Direção e Ensaiador do Corpo de Baile
na Direção de Dalal Achcar (2000/2001), coordenador do Corpo Artístico na Orquestra Sinfônica
(2003 a 2006), coordenador do Corpo Artístico no Corpo de Baile (2007 a 2008), Diretor Artístico
do Corpo de Baile (2009 a 2013) e Chefe da Divisão de Dança (2014 a 2015).Atualmente é
Diretor da Escola de Dança Maria Olenewa do mesmo TMRJ e Diretor Geral do Ballet Escola
Maria Olenewa, local onde, em seu primeiro ano, já realizou o ballet completo Giselle em
temporada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o Ballet O Lago Dos Cisnes para abertura do
Festival de Joinville em 2018.

No Carnaval, foi coreógrafo da Comissão de Frente do Acadêmicos do Salgueiro entre os anos de


2008 e 2018 no Grupo Especial e, no ano de 2019, demonstra o melhor de sua forma pelo
Acadêmicos do Grande Rio.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Beth Bejani

Iniciou seus estudos de dança clássica no Centro de Danças Johnny Franklin em 1985, tendo o
próprio como mestre. Logo depois passou por mestres renomados como Tatiana Leskova,
Eugenia Feodorova, Dennis Gray, entre muitos outros. Aos 17 anos passou a integrar o Rio Ballet,
dançando vários ballets de repertório e sendo premiada em diversos concursos, inclusive CBDD.
É profissional de dança, reconhecida pelo Sindicato dos Profissionais de Dança - RJ desde 1998;
Já atuou como bailarina da Rede Globo de Televisão, coreógrafa, professora de ballet clássico,
ensaiadora, assessora de direção (na montagem de espetáculos de dança) e possui curso de atores
para teatro e televisão. Na área de dança, já fez parte de novelas, seriados, especiais e programas
da Rede Globo de Televisão, como Criança Esperança, Uga, Daniela Mercury, Ivete Sangalo,
Quarteto em Si, Gilberto Gil, Sandy e Júnior, Os Normais, Você Decide, dentre muitos outros.
Como coreógrafa do Rio Ballet, recebeu diversas premiações em concursos brasileiros e latino-
americanos. Foi assessora na direção de espetáculos profissionais no Rio de Janeiro como “Made
in Coração” (este com a participação de bailarinos do Theatro Municipal do RJ), espetáculos no
SESI, no teatro Cacilda Becker e outros.

No Carnaval, coreografa e faz direção artística de casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira desde o


ano de 2005. Foi coreógrafa do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Mangueira (2005, 2006,
2007, 2008, 2009 e 2010) e do casal do Salgueiro de 2012 a 2018. De 2008 a 2018 foi assistente
na Comissão de Frente do Salgueiro e, em 2013, também assumiu a Comissão de Frente da
Caprichosos de Pilares. No Carnaval de 2019, defende com brilhantismo o quesito no Acadêmicos
do Grande Rio.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Daniel Werneck 30 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Taciana Couto 18 anos
2º Mestre-Sala Idade
Andrey Ricardo 24 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Jéssica Barreto 28 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Daniel Werneck
Uma história de vida totalmente ligada ao universo das escolas de samba e à arte de dançar. Esse é o
perfil de Daniel, que teve seu primeiro contato com o samba aos nove anos de idade, quando pisou
pela primeira vez numa quadra, a da coirmã Acadêmicos do Salgueiro. Imediatamente se juntou ao
grupo de crianças que estava ali sambando e, a partir daquele momento, nunca mais parou. Desfilou
como componente na escola mirim Aprendizes do Salgueiro em 1998 e 1999. Seus primeiros
movimentos como mestre-sala aconteceram de forma inusitada: no ano de 1999, logo após a
cerimônia de sua primeira comunhão, foi direto para o ensaio da referida escola mirim. Quando o
avistaram com calça e sapatos brancos, logo o colocaram para dançar como mestre-sala
acompanhando a terceira porta-bandeira. Arriscou ali seus primeiros passos na arte deste bailado e não
tardou para mostrar seu talento. Tanto é assim que já no ano seguinte desfilou como terceiro mestre-
sala do Aprendizes do Salgueiro, onde ficou até o ano de 2007. Mas já em 2006 havia se tornado
terceiro mestre-sala do Acadêmicos do Salgueiro. Em 2009, passou a ser o segundo mestre-sala do
Salgueiro, posição que ocupou até 2011 – nessa passagem, ganhou o prêmio Estandarte de Ouro de
Mestre-Sala Revelação em 2010. Em 2012 estreou como primeiro mestre-sala da Estácio de Sá, escola
da Série A do Carnaval Carioca, onde se manteve até 2014. Alcançou o posto de primeiro mestre-sala
do Acadêmicos do Grande Rio em 2015, onde se encontra até o momento, tendo alcançado em 2018 o
prêmio Estandarte de Ouro de melhor mestre-sala do Grupo Especial.

Taciana Couto
Pode-se dizer que Taciana já era Grande Rio antes mesmo de nascer: seu primeiro desfile pela tricolor
de Caxias foi dentro da barriga de sua mãe, que desfilou, no ano de 2000, grávida. Para ela, a
agremiação é nada menos do que a extensão de sua família. Sua mãe foi porta-bandeira do primeiro
quadro de casais mirins da agremiação, seu pai foi compositor da escola e vários integrantes de sua
família participam ativamente do cotidiano da escola nos mais distintos segmentos. Teve sua primeira
experiência de foliã na escola mirim Pimpolhos da Grande Rio aos cinco anos de idade, onde desfilou
até os sete anos. Tendo se encantado pela arte do bailado, começou a desfilar no quadro de casais
mirins da escola mãe, ocasião em que deu seus primeiros passos como porta-bandeira.

172
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Logo depois, passou a defender o pavilhão da Pimpolhos da Grande Rio, primeiramente, como
segunda porta-bandeira, entre os anos de 2013 e 2014 e, posteriormente, como primeira, entre
2015 e 2017. Buscando aperfeiçoamento, foi ter aulas na reconhecida escola de mestre-sala e
porta-bandeira do Mestre Dionísio, até que foi convidada, em 2016, para ocupar o posto de
segunda porta-bandeira do Acadêmicos da Rocinha, escola da Série A do Carnaval carioca.

E, como jamais perdeu seu vínculo com a Grande Rio, na preparação para o Carnaval de 2017,
numa reunião, na quadra, foi anunciada como terceira porta-bandeira da agremiação. Retomando
as palavras do samba-exaltação da escola, “o sonho se tornou realidade” – frase, aliás, que carrega
consigo na essência de sua dança, pois fez questão de gravá-la na ponteira de sua bandeira. Seria o
momento de encerrar um ciclo de 13 carnavais na escola mirim, lugar onde recebeu oportunidades
como ganhar uma bolsa numa renomada escola de balé clássico, fundamental em sua formação.
Agora, como primeira porta-bandeira da Grande Rio, levará todo o seu talento inato, aperfeiçoado
ao longo dos anos com muito trabalho e dedicação, para a Avenida, demonstrando um
desempenho seguro e uma dança encantadora.

Coreógrafa: Beth Bejani


Iniciou seus estudos de dança clássica no Centro de Danças Johnny Franklin em 1985, tendo o
próprio como mestre. Logo depois passou por mestres renomados como Tatiana Leskova,
Eugenia Feodorova, Dennis Gray, entre muitos outros. Aos 17 anos passou a integrar o Rio Ballet,
dançando vários ballets de repertório e sendo premiada em diversos concursos, inclusive CBDD.
É profissional de dança, reconhecida pelo Sindicato dos Profissionais de Dança - RJ desde
1998.Já atuou como bailarina da Rede Globo de Televisão, coreógrafa, professora de ballet
clássico, ensaiadora, assessora de direção (na montagem de espetáculos de dança) e possui curso
de atores para teatro e televisão. Na área de dança, já fez parte de novelas, seriados, especiais e
programas da Rede Globo de Televisão, como Criança Esperança, Uga Uga, Daniela Mercury,
Ivete Sangalo, Quarteto em Si, Gilberto Gil, Sandy e Júnior, Os Normais, Você Decide, dentre
muitos outros. Como coreógrafa do Rio Ballet, recebeu diversas premiações em concursos
brasileiros e latino-americanos. Foi assessora na direção de espetáculos profissionais no Rio de
Janeiro como Made in Coração (este com a participação de bailarinos do Theatro Municipal do
RJ), espetáculos no SESI, no teatro Cacilda Becker e outros.

No Carnaval, coreografa e faz direção artística de casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira desde o


ano de 2005. Foi coreógrafa do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Mangueira (2005, 2006,
2007, 2008, 2009 e 2010) e do casal do Salgueiro de 2012 a 2018. De 2008 a 2018 foi assistente
na Comissão de Frente do Salgueiro e, em 2013, também assumiu a Comissão de Frente da
Caprichosos de Pilares. No Carnaval de 2019, defende com brilhantismo o quesito no Acadêmicos
do Grande Rio.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Fantasia: REI E RAINHA DO JOGO DE XADREX


Na vida e no amor tudo o que se quer é o movimento perfeito, como nas peças de um jogo de
xadrez sobre seu tabuleiro. Aqui, a porta-bandeira, representada na cor vermelha, pulsa e desperta
paixão, e o mestre-sala a corteja, verde, na esperança de ganhar seu coração. O casal vem nas
cores da escola, demonstrando sua habitual devoção ao pavilhão. A Grande Rio faz seu jogo e
aposta alto, com sorte no jogo e sorte no amor.

GUARDIÕES DO 1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

No jogo, o objetivo das peças é proteger a realeza. Nosso “Casal Real” é guardado por 10
garbosos sentinelas, fundamentais para o alcance do objetivo da Grande Rio.

Fantasia: Proteção ao Casal Real.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Jéssica Barreto
Começou a demonstrar seu talento para a dança com nove anos de idade. No ano de 2000, começou a
desfilar na ala de casais mirins da Grande Rio, ficando até 2006. Neste ínterim, teve a oportunidade de
participar, em 2003, de um concurso realizado pela Rede Globo de Televisão chamado “Pé do Futuro”
representando a escola, de onde saiu vitoriosa. Em 2007, assumiu o posto de porta-bandeira da escola
mirim Pimpolhos da Grande Rio, posto que ocupou até o ano de 2012. Em 2013, foi alçada à segunda
porta-bandeira do Acadêmicos do Grande Rio, demonstrando a cada ano um talento burilado em uma
trajetória de 20 anos de dedicação e amor à comunidade caxiense.

Andrey Ricardo
Outro exemplo de “prata da casa”, aos oito anos de idade, começou a desfilar na ala de sua mãe, na
escola mirim Pimpolhos da Grande Rio, onde desfilou por dois anos. Demonstrando seu talento para a
dança, passou a integrar a ala de passistas. Seu encanto pela função de mestre-sala surgiu daí: ficava,
após os ensaios da escola mirim, brincando de desempenhar essa função na quadra com sua prima e
arriscando seus primeiros passos. Observado, foi chamado a integrar o quadro de casais mirins da
escola mãe. A partir de então, sua trajetória não teve interrupções: foi mestre-sala da Pimpolhos da
Grande Rio e, em 2011, recebeu a oportunidade de realizar seu sonho: foi alçado ao posto de terceiro
mestre-sala do Acadêmicos do Grande Rio faltando duas semanas para o desfile, substituindo o então
dançarino daquela época, que, por questões profissionais, não estaria disponível naquele Carnaval.
Demonstrando seu talento, acabou fixando-se no posto, já que o colega que desempenhava a função
foi alçado à segundo mestre-sala no ano seguinte.

Fantasia: BANDEIRA BRANCA, ESTAMOS EM PAZ!


A fantasia do segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira representa o pedido de trégua entre os que
brigam por qualquer coisa e motivo e atiram “pedras” entre si. Bandeira Branca, Amores!

175
G.R.E.S.
ACADÊMICOS DO
SALGUEIRO

PRESIDENTE
ANDRÉ VAZ DA SILVA
177
“Xangô”

Carnavalesco
ALEX DE SOUZA
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Xangô”
Carnavalesco
Alex de Souza
Autor(es) do Enredo
Alex de Souza
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Alex de Souza
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Alex de Souza
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Mitologia dos PRANDI, Companhia das 2001 Todas


Orixás Reginaldo Letras

02 Dicionário do CASCUDO, Luís Editora Global 2000 Todas


Folclore Brasileiro da Câmara
9. Ed, atualizada e
revista

03 Enciclopédia LOPES, Nei Selo Negro 2011 Todas


Brasileira da
Diáspora Africana
4 . Ed . rev ., atual.
e ampli.

04 A Manilha e o SILVA, Alberto da Nova Fronteira: 2002 Todas


Limbo: a África e a Costa Fundação
escravidão, de Biblioteca
1500 a 1700 Nacional

05 Lendas Africanas VERGER, Pierre Editora Currupio 1987 Todas


dos Orixás 2. Ed

06 Dicionário SIDOU, J.M. Editora Forense 2016 Todas


Jurídico 11. ed Othon

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

07 Segredos PRANDI, Companhia das 2005 Todas


guardados: orixás Reginaldo Letras,
na alma brasileira.
08 Orixás: deuses VERGER, Pierre Corrupio, 1997 1997 Todas
iorubás na África e
no Novo Mundo. 5a
edição

Outras informações julgadas necessárias

Carnavalescos e carnavalescas. São eles os responsáveis pela concepção, execução e


desenvolvimento do enredo. São eles os responsáveis por dar o pontapé inicial naquele ritual que
dura quase um ano inteiro e vai desembocar lindamente na avenida iluminada.

São eles que trabalham – sozinhos, em dupla ou em comissões - todo o aspecto visual da escola.
Alguns contam com a ajuda de equipes numerosas; outros (espécie em extinção) ainda cumprem o
passo a passo do ritual dos desfiles solitariamente.

Descrever a história, roteirizar, desenhar figurinos, criar cenários, fazer a produção, dirigir o
show, ver o trabalho pronto na avenida e assistir à catarse coletiva de cerca de quatro mil
componentes. Algo fascinante para esse verdadeiro artista da folia.

Após muitos carnavais, a função do carnavalesco cresceu em proporção direta ao processo de


transformação de alguns aspectos dos desfiles das escolas de samba. Na corda bamba entre a
consagração e o fracasso de uma agremiação, os carnavalescos se enveredam em bibliotecas, na
internet ou situações do dia-a-dia na busca de ideias para seus desfiles. Cabe a eles encontrar
soluções visuais que causem tamanho impacto para agradar componentes, jurados, comentaristas e
público.

Berço das revoluções estéticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o
Salgueiro se orgulha de ter dado início a essa profissão. Foi do visionário Nélson de Andrade, ex-
presidente da escola, a ideia de convidar artistas plásticos - primeiro o casal Dirceu e Marie
Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se
aventurarem na doce delícia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos –
Joãosinho Trinta, Renato Lage, Rosa Magalhães, Maria Augusta Rodrigues e Max Lopes -, que
beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas
e, eternamente, por outros carnavais.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Em 2018, o carnavelesco do Salgueiro é Alex de Souza. Estilista de formação, Alex trabalhou no


ramo têxtil e como assistente de figurinos para TV antes de se enveredar pelo carnaval. Começou
como assistente de Renato Lage, na Mocidade Independente de Padre Miguel. Em 1996, alçou
voo solo e fez sua estreia como carnavalesco em escolas dos grupos de acesso. Em 2005, foi
campeão do Grupo A pelos Acadêmicos da Rocinha e levou a escola ao Grupo Especial. De lá pra
cá, firmou-se na elite do carnaval carioca e passou de revelação a um dos melhores artistas dos
desfiles das escolas de samba. Passou por escolas como Mocidade Independente, União da Ilha do
Governador e Unidos de Vila Isabel.

Premiado inúmeras vezes, nas categorias figurinos e alegorias, Alex é dono de três Estandartes de
Ouro do jornal O Globo de enredo e quatro Prêmios Sambanet, entre outras premiações.

Seus figurinos de 2014, foram selecionados para representar o Brasil na Costume at the Turn of
the Century 1990 – 2015 (Figurinos na Virada do Século 1990 – 2015), no Bakhrushin State
Theatre Museum, em Moscou, na Rússia, em 2015. Exposição que traz grandes figurinos do teatro
contemporâneo, que se destacam pela criatividade. O curador geral do projeto é Dmitry Rodionov,
com curadoria-chefe de Igor Roussanoff e curadoria brasileira de Rosane Muniz.

Paralelo a seu trabalho com o carnaval, Alex ministra palestras sobre enredo e desenvolvimento
em universidades nacionais e internacionais, além de centros de pesquisa, como o CETE, de Porto
Alegre.

Em 2019, pelo segundo ano, Alex de Souza, que tem como assistentes Ilma Lima e Tiago Vaz,
emprestará seu talento à vermelho e branca da Tijuca, com o objetivo de levar a escola ao seu
décimo campeonato.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO

Abram alas ao Homem que nasce do poder e morre em nome do poder. Apodera-se do trono
de seu irmão para se tornar o verdadeiro líder de uma nação.

Sàngó, Rei absoluto, forte, imbatível, Aláàfìn Òyó, o Homem do Palácio; o grande Obá, o
grande Rei.

Batam cabeça pro Orixá dos raios, trovões e do fogo. “Senhor do Raio” ou “Senhor das
Almas”. Viril e atrevido, violento e justiceiro; implacável com os mentirosos, os ladrões e os
malfeitores. Xangô é a representação máxima do poder de Olorum. O desafio é feito sempre
para confirmar seu poder. O seu machado duplo, seu Oxê, é o símbolo da imparcialidade. É
uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade
com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.

Sàngó, Ioruba Orisà; Nzazi / Loango, Bantu Nkisi; Xangô, Ketu Orixá; Heviossô, Jeje
Vodum; Chango / Jebioso, Santeria Cubana; Ogoun Shango, Vodou Haiti.

É a realeza nas vestes e a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. Usa o vermelho da
nobreza e – se grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho – Xangô pisa sobre o fogo.

Três esposas: Oya, que divide o domínio sobre o fogo. Oxum, a mais amada. E Oba, que por
amor ao seu rei, foi capaz do seu próprio corpo mutilar.

Chega ao Brasil por seus devotados filhos. É cultuado como religião. No Nordeste,
influenciado por Daomé, é denominado também de Xangô, em virtude da popularidade e
importância da entidade nessa região. A raiz é do Sitio de Pai Adão. É o Xangô de
Pernambuco, Xangô do Recife, Xangô do Nordeste e Nagô Egbá.

Sincretizado: das Pedreiras à São Jerônimo, que amansa o leão e que tem o poder da escrita
e escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Na cachoeira, com São João Batista, por
causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar. Com o poder do
fogo, queima, destruindo tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação, trazendo tudo o que
é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que pedimos
nas fogueiras do mês de junho.

São Judas Tadeu, por ter um livro na mão ligado a trabalhos e pedidos de estudos. São
Miguel Arcanjo é guerreiro, não das guerras sem propósito, mas, da guerra de cada um
contra seu próprio “demônio”. Miguel desce dos céus com o vermelho em suas roupas, em
sua árdua batalha contra o mal, quase sempre apontando de cima para baixo seu golpe. A
autoridade máxima de São Pedro, a pedra. O primeiro Papa, que tem as chaves da igreja e do
céu.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

Hoje os meus olhos estão brilhando, minha querida Bahia, terra abençoada pelos deuses.
Felicidade também mora no Salgueiro. Naquela manhã de 1969, o saudoso professor, na
escola tijucana, se incorporou pela primeira vez, ao se trajar como o orixá. E daí à
eternidade, consagrado como o Xangô do Salgueiro.

Senhor do que é justo e correto, como o respeito à igualdade de todos. Se a justiça dos
homens tem olhos vendados, onde “todos seriam iguais perante a lei”, os de Xangô estão
sempre bem abertos. Apelamos ao supremo tribunal, com seus doze Obás- Ministros de
Xangô do Axé Opó Afonjá. Todos serão julgados sem privilegios! Presidido pelo Grande
Juiz, que bate o martelo e dá seu veredicto: Chega de impunidade! Seus filhos pedem justiça.
Cumpra-se!

Xangô é nosso pai é nosso Rei ! Kawó Kabiesilé!!!

Alex de Souza

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

No final dos anos 1950, o Salgueiro foi revolucionário ao abordar os temas africanos em
seus desfiles. Em uma época de enredos de capa e espada, que exaltavam a história “oficial”
do Brasil, falar da África, da cultura afro-brasileira, seus heróis e suas glórias, soava como
uma transgressão. Mas o Salgueiro, diferente que era, foi buscar nossas raízes ancestrais
para elevar o negro ao papel de protagonista do espetáculo e abrir o portal de um infindável
leque de histórias para contar nos desfiles das escolas de samba.

Somente o histórico dos Acadêmicos do Salgueiro e sua forte identificação com os temas da
cultura afro-brasileira, portanto, já seriam suficientes para explicar a euforia que tomou
conta de componentes e torcedores salgueirenses no momento em que Xangô foi anunciado
como enredo da escola para o carnaval de 2019. Era, há muito, um enredo ansiado, desejado
e necessário.

E isso tem uma explicação. Além da familiaridade com a temática e da “pitada” africana
(que sempre fez bem à Academia do Samba), Xangô, para os salgueirenses, transcende a
ligação da escola com a cultura africana. Xangô é o padroeiro do Morro do Salgueiro (que
está situado sobre uma pedreira, um dos símbolos do Orixá); suas cores são o vermelho e o
branco, as mesmas dos Acadêmicos do Salgueiro; a Furiosa Bateria tem, por tradição, a
batida do alujá, o toque sagrado de Xangô; e um dos ícones da história da agremiação – o
professor Júlio Machado – desfilou durante 37 carnavais vestido como Xangô. Xangô do
Salgueiro. Assim, para os salgueirenses, falar do Senhor dos Raios e Trovões é mais do que
apresentar um enredo no carnaval. É falar da própria essência do Salgueiro.

Por toda essa tradição, Xangô é um “gol de placa” para os salgueirenses. É motivo mais do
que suficiente para que os todos na escola se lancem de corpo e espírito nessa história que
será contada na Marquês de Sapucaí no carnaval de 2019. Salve Xangô, nosso pai, nosso
Rei!!!!

O enredo – É certo que somente a rica história e todas as lendas em torno do Orixá já
bastariam para transformá-lo em personagem principal de um enredo. Mas o Salgueiro vai
além. Em 2019, a escola não se restringirá a apresentar apenas os aspectos religiosos ou
mitológicos de Xangô. Isso seria uma obviedade. Interessante e rica, sem dúvida, mas, ainda
assim, uma obviedade.

Fugindo, então, do caminho mais simples, o Salgueiro apresenta um enredo que ultrapassa a
fronteira do Candomblé. Costurada em cinco setores, a história a ser contada na avenida
passeia por vários prismas ligados ao Senhor da Justiça. Um olhar ampliado, para ir além do
Orixá, trazendo, inclusive, o mito de Xangô até os dias de hoje, tempos sombrios em que a
Justiça e, porque não dizer, a proteção do Orixá se faz muito necessárias em nosso país.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

Criação do mundo – O desfile do Salgueiro tem início com um prólogo, uma introdução à
história dos Orixás (e, por consequência, de Xangô), ilustrada pelo mito da criação do
mundo, de acordo com a tradição dos Iorubás.

Conta o mito que Olorum, o ser supremo, criou todos os Orixás e encarregou Obatalá da
criação do mundo. Como não teve êxito, ordenou, então, que Odùduwa, avô de Xangô, com
a ajuda dos demais Orixás, prosseguisse com a missão. E assim foi feito. Utilizando-se de
quatro animais – galinhas d’Angola, pombos brancos, camaleão dourado e caracóis –
Odùduwa deu origem à terra, ao ar, ao fogo e a mar, respectivamente. Com a Terra gerada,
Obatalá foi incumbido de completar a criação, gerando, do barro, os homens e mulheres que
habitam o mundo.

O Homem, Rei de Oyó – Poderoso e herdeiro do trono de seu povo, Xangô foi o quarto rei
do reino de Oyó, criado por seu pai, Òrànmíyàn.

O trono de Oyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Òrànmíyàn, foi fundador da
cidade e de sua dinastia. Ao destronar seu meio-irmão Dadá-Ajaká, ele apenas apressou sua
ascensão. Dominou o reino e conquistou terras, enriquecendo sua nação e seu povo. Era uma
inspiração para seus súditos porque soube inspirar credibilidade em seus súbditos ao tomar
as decisões mais acertadas e sábias. Demonstrou a sua capacidade para o comando,
persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito
apurado.

O Orixá do Novo Mundo – Conta a lenda que, num dia, Xangô, subiu a uma elevação e
começou a lançar fogo (raios), que causaram explosões (trovões), incendioando a cidade.
Passado o incêndio, os conselheiros do reino se reuniram e expulsaram Xangô. Pela tradição
local, o Rei de Oyó foi obrigado a cometer suicídio. Cumprindo a sentença Xangô se retirou
para a floresta e numa árvore se enforcou. Seu corpo, porém, não foi encontrado e a notícia
correu de boca em boca: Xangô tinha se transformado num Orixá.

Xangô torna-se uma divindade poderosa na religiosidade africana. O Rei de Oyó, seu mito,
suas três mulheres – Oyá, Oxum e Obá – seus elementos – a pedra e o fogo –, seu machado,
o Oxê, símbolo de imparcialidade, e sua história ganham a eternidade. Seu culto se espalha
por todo o continente africano, onde passa a ser adorado como o Senhor da Justiça, Orixá os
Raios e Trovões.

Com o desembarque dos escravos que vieram para o Nordeste trabalhar nas plantações de
cana-de-açúcar, o culto aos Orixás chega ao Brasil. Na Bahia recebeu o nome de
Candomblé, mas em Pernambuco (e em outros estados da região), o culto aos Orixás foi
batizado de Xangô, tamanha sua importância no panteão das divindades africanas.

Sua relevância no estado de Pernambuco é tamanha que foi lá que surgiu uma das primeiras
casas de culto a Xangô: o Sitio do Pai Adão, em Recife. Ainda em Pernambuco, a devoção
aos Orixás deu origem também a folguedos como o Maracatu Nação, manifestação
folclórica que mantém viva a tradição da coroação dos reis africanos.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

O sincretismo com santos católicos – Por imposição da Igreja Católica, homens e mulheres
vindos do continente africano para serem escravizados no Brasil eram obrigados a se
converter à fé cristã e frequentar os ritos católicos. Proibidos de se expressar, de cultuar seus
deuses ou de fazer seus ritos de acordo com suas crenças, os escravos passaram a associar as
qualidades de seus Orixás às dos santos católicos. O sincretismo religioso surgiu como sinal
de resistência da cultura africana, associação que permanece até os dias de hoje. Por suas
qualidades, são vários os santos católicos que foram sincretizados com Xangô: São
Jerônimo, São João Batista, São Judas Tadeu, São Miguel e São Pedro, o primeiro Papa,
detentor das chaves da Igreja e do Céu.

O Orixá do Salgueiro – Além de ser padroeiro do Morro do Salgueiro e da Academia do


Samba, Xangô tem um papel importante na história da escola. No carnaval de 1969, o
Salgueiro levou para avenida um carnaval que homenageava a Bahia. Na época, rezava a
lenda que falar da Bahia dava azar. Mas, com um desfile impecável, o Salgueiro ignorou a
crença e venceu o carnaval, com um desfile que contou com vários momentos que ficaram
na história do carnaval.

Em 1969, o Salgueiro foi o inesquecível samba de Bala e Manoel Rosa, puxado por Elza
Soares; foi Paula, Narcisa, Isabel Valença, Irmãs Marinho e Mercedes Batista; foi o requinte
e bom gosto das alegoria e dos figurinos, em branco, prata e tons de vermelho, criados pelo
gênio carnavalesco Arlindo Rodrigues. E foi, também, Júlio Expedito Machado Coelho
(1939 – 2007), o principal destaque da escola, que desfilou incorporando o protetor da
escola com as vestimentas de Xangô.

A partir daquele carnaval, saia de cena o professor Júlio Machado para dar lugar ao
personagem Xangô do Salgueiro, que, durante 37 carnavais, independentemente do enredo
apresentado, desfilou com as vestimentas do Orixá. Júlio transformou-se, assim, em um
ícone do carnaval e ficou eternizado na história dos desfiles das escolas de samba como
Xangô do Salgueiro.

SENHOR DA JUSTIÇA – O quadro que encerra o desfile do Salgueiro traz um pedido por
um Brasil mais justo. Xangô era também o supremo juiz de seu povo, o que o transformou
em Senhor da Justiça. E é no poderoso Orixá, o grande julgador, que depositamos nossa fé e
esperança para que tenhamos sua proteção contra ladrões, corruptos, maus políticos e contra
todos os tipos de injustiças, preconceitos e discriminações que assolam nosso país. Que o
Senhor da Justiça interfira nas nossas causas e garanta a igualdade de todos perante a lei.

Kawó Kabiesilé!!!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

ROTEIRO DO DESFILE

ABERTURA – A CRIAÇÃO DO MUNDO

Comissão de Frente
À BENÇÃO MEU ORIXÁ

1º Casal de
Guardiões Guardiões
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
ORIGEM DO ORIGEM DO
FOGO
Sidclei Santos e Marcella Alves FOGO
“OLE”? “KOLE”?

Ala 01 – Ala dos Negões (Comunidade)


RUM DO FOGO

Alegoria 01 – Abre-Alas
ILÊ-IFÉ “OBA ÓÒBI”, ODÙDUWA

1º SETOR – XANGÔ: O HOMEM, REI DE OYÓ

Ala 02 – Ala Família Salgueirense


(Comunidade)
ÒRÀNMÍYÀN, FUNDADOR DO OYÓ

Ala 03 – Ala Tati


REI DE IFÉ

Ala 04 – Ala Juntos e Misturados


(Comunidade)
DADÁ AJAKÁ – BAYANNI

Ala 05 – Ala Minha Paixão, Minha Raiz


(Comunidade)
OXÊ

Ala 06 – Ala Fúria Salgueiresente


(Comunidade)
OBÁ DE OYÓ

189
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Luan Castro e Natália Pereira
A REALEZA DE UM LEÃO

Tripé
SÀNGÓ – O ALÁÀFÌN DE OYÓ

2º SETOR – XANGÔ: O ORIXÁ DO NOVO MUNDO

Ala 07 – Ala dos Estudantes


O CÁGADO

Ala 08 – Ala das Mariposas (Comunidade)


OFERENDA – AMALÁ

Rainha de Bateria
Viviane Araújo
BORBOLETA DE OYÁ

Ala 09 – Bateria
OJUOBÁ

Ala 10 – Ala de Passistas


RAIOS

Adereços Ala 11 – Ala dos Guerreiros Adereços


MACHADO DE (Comunidade) MACHADO DE
XANGÔ VESTIMENTA DO ORIXÁ XANGÔ

Ala 12 – Ala Amizade Salgueirense


(Comunidade)
MARACATU NAÇÃO – XANGÔ DE
PERNAMBUCO

Destaque de Chão
Fernanda Figueiredo
ENCANTOS DE EWA

Alegoria 02
XANGÔ DE PERNAMBUCO

190
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

3º SETOR – XANGÔ: O SINCRETISMO COM OS SANTOS CATÓLICOS

Ala 13 – Ala Zuk


A SABEDORIA DE SÃO JERÔNIMO

Ala 14 – Ala Explode Coração


(Comunidade)
A FOGUEIRA DE SÃO JOÃO BATISTA

Ala 15 – Ala Gaia (Comunidade)


SÃO JUDAS TADEU, O ADVOGADO
DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS

Ala 16 – Ala Divina Folia (Comunidade)


O GUERREIRO INVENCÍVEL – SÃO
MIGUEL, O ARCANJO

Ala 17 – Ala Paixão Salgueirense


SÃO PEDRO, A PEDRA

Ala 18 – Ala Os Reis da Boêmia


(Comunidade)
O SUCESSOR DE PEDRO
(E OS POPULARES)
(diversos figurinos)

Destaque de Chão
Edcléia Escafura
ARTE SACRA

Alegoria 03
SANCTA SEDES

4º SETOR – XANGÔ: O ORIXÁ DO SALGUEIRO

Ala 19 – Ala Zé Carioca (Comunidade)


NOBRES PORTUGUESES – “... MUITO
ANTES DO IMPÉRIO...”

191
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

Ala 20 – Ala Narcisa


ESCRAVOS DE GANHO – “TEU NOME
É TRADIÇÃO...”

Ala 21 – Ala Amigos que Amam o Salgueiro


(Comunidade)
VENDEDORES DE FLORES – “BAHIA
DO VELHO MERCADO...”

Destaque de Chão
Carlinhos Salgueiro
ADAHUN DE XANGÔ (E OGÃS)

Ala 22 – Ala do Maculelê (Comunidade)


DANÇA DOS ORIXÁS – “TERRA
ABENÇOADA PELOS DEUSES...”

Destaque de Chão
Tia Glorinha
Mãe Baiana

Ala 23 – Ala das Baianas


IEMANJÁ – “NEGA BAIANA... ÉS A
RAINHA DA BELEZA UNIVERSAL...”

Ala 24 – Ala Inflasal


SACRÁRIO – “TODO DIA ELA ESTÁ NA
IGREJA DO BONFIM...”

Destaque de Chão
Bianca Salgueiro
MINHA QUERIDA BAHIA

Alegoria 04
BAHIA DE TODOS OS DEUSES

5º SETOR – XANGÔ: SENHOR DA JUSTIÇA

Ala 25 – Ala Odisseia (Comunidade)


LAVAGEM DE DINHEIRO

192
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

Ala 26 – Ala Raça Salgueirense


QUEM ROUBA POUCO É LADRÃO,
QUEM ROUBA MUITO É BARÃO...

Ala 27 – Ala DNA Salgueirense


(Comunidade)
ORDEM NO TRIBUNAL! ESTÁ ABERTA
A SESSÃO

Ala 28 – Ala dos Compositores


DATA VENIA

Ala 29 – Velha Guarda


SUPREMOS MINISTROS DE XANGÔ

Destaque de Chão
Luisa Langer
DURA LEX, SED LEX

Alegoria 05
JUSTIÇA!

Ala 30 – Ala Orgulho Salgueirense


(Comunidade)
QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA! –
ATIVISTAS
(diversos figurinos)

193
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 ILÊ-IFÉ “OBA ÓÒBI”, O Salgueiro abre seus caminhos na Avenida Marques


ODÙDUWA de Sapucaí com o mito da criação segundo a tradição
Iorubá. Predominantemente nas cores branca e prata,
a alegoria é adornada com elementos da iconografia
iorubana. A grande escultura central traz o rosto de
Odùduwa (também representado pelo Destaque, João
Hélder), o grande criador e avô de Xangô. Os
espelhos simbolizam a transcendência da criação e a
pureza desse Éden Iorubano na cidade de Ilê-Ifé,
lugar sagrado, aonde os Deuses chegaram para
originar e povoar a Terra. Conta o mito que Olorum,
o ser supremo do Orun (céu), criou todos os Orixás e
encarregou Obatalá de conceber o mundo. Sem ver a
missão cumprida, ordenou, então, que Odùduwa, com
o auxílio de todos os Orixás, prosseguisse com a
tarefa. E assim foi feito. Ele utilizou animais
(representados na alegoria pelas Composições) para
dar origem aos quatro elementos: com as galinhas
d’Angola fez a terra; com pombos brancos criou o ar;
com o camaleão dourado fez o fogo; e com caracóis,
o mar. Olorum, então, ordenou a Obatalá que criasse
todos os seres que a habitariam. Ele modelou todos os
seres com barro e, com um sopro, fez nascer homens
e mulheres, criando, assim, a vida na Terra.

Destaque: João Hélder (central alto) – Odùduwa

Composições Femininas: Pombos Brancos e


Camaleão Dourado

Composições Masculinas: Caramujos

Performance: Galinha d’Angola

194
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* SÀNGÓ – O ALÁÀFÌN DE Xangô, ou Sàngó, foi o quarto Aláàfìn (Rei) de Oyó,


OYÓ reino Iorubano, situado na atual Nigéria. Nosso tripé,
que encerra o primeiro setor da escola, representa a
grandeza do reino mais poderoso da África. A
alegoria é decorada com tradicionais desenhos
geométricos africanos. O Aláàfìn, representado pelo
Destaque, vem rodeado por esculturas de guerreiros
que simbolizam toda a grandeza e todo o poder do
reino de Oyó. Também se encontra o trono com o
Grande Rei Djalma Sabiá, Presidente de honra do
Salgueiro, fundador da escola, representando a
Majestade Africana.

Destaque: Nacho Mohamed (central alto) – Aláàfín


de Oyó

Personagem: Djalma Sabiá (central baixo) –


Majestade Africana

195
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 XANGÔ DE PERNAMBUCO Foi por intermédio dos escravos que desembarcaram no


Nordeste para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar
que o culto aos Orixás chegou ao Brasil. Na Bahia, a
devoção recebeu o nome de Candomblé, nome da dança
praticada nos terreiros, mas em Pernambuco, a adoração
aos deuses africanos foi batizada com o nome de Xangô
de Pernambuco, tamanha sua importância no panteão
Iorubano. Para reverenciar o Orixá do Fogo, do Trovão e
da Justiça e sua importância no estado de Pernambuco, o
Salgueiro traz, em sua segunda alegoria, um
assentamento para Xangô. É apresentado no formato de
um grande cágado, o animal votivo do Orixá, e em tons
que vão do vermelho ao marrom, suas cores sagradas.
Com poderes para criar um ponto de proteção, defesa,
descarga e irradiação, o assentamento traz elementos
como o alguidar de madeira (uma vez que Xangô não se
alimenta em gamelas de barro), velas marrons, a pedra
sagrada do Orixá, as contas vermelhas e brancas, seu
Oxê, o machado duplo, que representa a Justiça, a
cerveja preta, bebida oferecida em honra a Xangô,
representada pelas Composições, e as coroas do rei de
Oyó. Na parte da frente do carro alegórico, suas três
esposas: Oyá, no centro, Oxum e Obá. A alegoria
reverencia uma das primeiras casas de culto, o Sitio do
Pai Adão, em Recife, a devoção deu origem também a
folguedos como o Maracatu Nação. Representado
também pelas Composições, a manifestação folclórica
surge em Pernambuco, após o fim da escravatura,
mantendo viva a tradição da coroação do Rei do Congo.
Destaques: Monique Lamarque (central baixo) – Oyá
Itamar Almeida (central alto) Qualidade de Xangô
Semidestaques Femininos:
Fabiana Silva (central baixo) – Oxum
Vanessa Calado (central baixo) – Obá
Composições Femininas: Cerveja Preta e Fundamento
Composições Masculinas: É de Pernambuco, é da Casa
Real

196
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 SANCTA SEDES Durante o Brasil Colônia, os escravos eram proibidos


de expressar, cultuar ou fazer ritos de acordo com suas
crenças. Como forma de fingir aceitação à religião
católica, passaram a associar seus Orixás aos santos
que melhor representassem cada uma de suas
divindades. Desta forma, surgiu o sincretismo
religioso, associação que permanece até os dias de
hoje. Vários são os santos católicos associados a
Xangô: São Jerônimo, São João Batista, São Judas
Tadeu, São Miguel Arcanjo e São Pedro, todos
presentes nas fantasias à frente da terceira alegoria do
Salgueiro, que traz uma representação do Vaticano,
sede da Igreja católica e morada final de São Pedro. A
Sancta Sedes (Santa Sé, em latim) traz a glória
barroca, tendo como elemento central o grande
Baldaquino de Bernini, sobre qual está o túmulo de
São Pedro. Elementos litúrgicos, como velas,
sacrários, turíbulos e ornatos barrocos são
representados junto com Anjos, Composições da
alegoria. Nas laterais, o Brasão Papal, signo da
perenidade do Governo de São Pedro, e a Guarda
Suíça, com suas roupas originalmente desenhadas por
Michelangelo, que há mais de 500 anos protege o Papa
com coragem e fidelidade.

Destaques:
Elton Oliveira (central baixo) – Tu és Petrus
Simara Sukarno (central alto) – Santa Madre Igreja

Semidestaques (laterais): Marcelo Gonçalves e


Waldeck Jasmin – Clero

Composições Femininas: Anjos

Composições Masculinas: Guarda Suíça

197
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 BAHIA DE TODOS OS Há 50 anos, no carnaval de 1969, o Salgueiro


DEUSES apresentou o enredo Bahia de Todos os Deuses, um
desfile inesquecível que levou a escola ao título.
Neste carnaval, surgia uma figura que entraria para a
história do Salgueiro e das escolas de samba: o
Professor Júlio Machado, que desfilou com as roupas
de Xangô. Desde então, durante 37 carnavais, Júlio
apresentou-se com a roupa do Orixá,
independentemente do enredo, e eternizou-se na
avenida como Xangô do Salgueiro. Em 2019, a
quarta alegoria do Salgueiro é uma grande
homenagem ao Professor Júlio Machado, o Xangô
do Salgueiro, interpretado pelo Destaque Maurício
Pina, que vem na parte da frente do carro alegórico, e
ao carnaval de 1969, que teve como um de seus
grandes momentos uma alegoria dedicada a Iemanjá
– Yemanjá Iya Masemale ou Iamasse (uma das
qualidades de Iemanjá) – a mãe de Xangô.
A alegoria original, que entrou para a galeria dos
mais belos momentos da história do carnaval, era
feita de papel marché prateado e trazia a Mãe das
Águas sentada num mar de rosas e oferendas.
Ladeada por uma cascata de pequenos espelhos que
soltavam faíscas de sol, a alegoria causou um efeito
que encantou público, jurados e sambistas. Uma
obra-prima de Arlindo Rodrigues que inspirou o
quarto carro alegórico do Salgueiro, nas cores branco
e prata, nos elementos que o compõem, como o
barco das oferendas e as palmas de Santa Rita, flores
que traduzem o culto a Iemanjá, mãe de Xangô, cuja
figura vem protegendo o Destaque que representa a
figura de Xangô do Salgueiro.

Destaques:
Maurício Pina (central baixo) – Xangô do Salgueiro
Maria Helena Cadar (central alto) - Odoyá
Composições Femininas: Sereias

198
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 JUSTIÇA! A quinta alegoria do Salgueiro entra na avenida com a


esperança de que Xangô, em sua misericórdia e
espírito de justiça e lealdade, nos defenda de ladrões,
corruptos, maus políticos e de todos os tipos de
malfeitores que assolam nossa terra. Vários elementos
ligados ao Senhor da Justiça – labaredas, raios, o Oxê,
o machado de duas pontas, e a balança – compõem a
alegoria. De forma bem humorada, temos ainda
“gatunos” presos em gaiolas e Composições vestidas
de “Federais”, que tentam fazer justiça em suas
operações, como a Lava Jato. Invocamos também aos
12 Obás, os Supremos Ministros de Xangô,
representados por integrantes de nossa Velha Guarda,
sentados na parte da frente da alegoria, para darmos
um basta em tanto roubo, corrupção, injustiça e
impunidade. “Ó poderoso Orixá, só Tu és o grande
julgador. Kaô Cabecilê Xangô!”.

Destaque:
Naldo Cavalcanti (central alto) – O Defensor da
Justiça

Semidestaques (laterais): Vanessa Passos e Lia


Duprat – As Aparências Enganam

Composições Femininas: Da Federal, Justiça de


Xangô e Gatunas

199
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


João Hélder – Alegoria 01 (Abre-Alas) Cirurgião Plástico
Nacho Mohamed – Tripé Chef Kosher
Monique Lamarque – Alegoria 02 Atriz
Itamar Almeida – Alegoria 02 Administrador
Elton Olveira – Alegoria 03 Bancário
Simara Sukarno – Alegoria 03 Empresária
Maurício Pina – Alegoria 04 Cabeleireiro
Maria Helena Cadar – Alegoria 04 Empresária
Naldo Cavalcanti – Alegoria 05 Estilista
Local do Barracão
Rua Rivadávia Correa, 60, - Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290
Diretor Responsável pelo Barracão
Alexandre Couto Leite
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Sandro Chaves Maciel Edson de Lima Miguel (Futica)
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Kennedy e Everton (Caprichoso) Cássio
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Allan Carvalho Marcos Paulo do Nascimento
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Adalberto Ferreira (Salsicha) e Maximiliano Sales (Max) - Aderecista de Alegorias
Alan Carvalho - Iluminação
Bruno Placas e Renato - Placas
João Thomas de Aquino - Fibras
Everton (Caprichoso) - Movimentos
Jeferson Luis - Empastelação
Cássio - Pintura de Arte
Paulo - Arames
Vitor - Vime
Hildembeg Batista - Talhas Hidráulicas
Hélio da Silva Santiago - Almoxarife
Paulo Henrique Caetano - Comprador
Joyce Hurtado - Assessora de Imprensa
Sidney e Henrique - Birgada de Incêndio
Marcos Amendola, André Anderson e Kléber - Portaria
Daniel - Serviços Gerais

200
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
01 Rum de Fogo O Salgueiro abre seu cortejo de alas Ala dos Direção de
e alegorias no desfile de 2019 como Negões Harmonia
se abrem os trabalhos para Xangô: (Comunidade)
com o Rum do Fogo, a dança para o 2004
Orixá, representada pela fantasia da
primeira ala da escola. Segundo a
tradição Iorubá, o fogo foi criado
pela transformação do Camaleão
Dourado mitológico e se tornou o
elemento sagrado de Xangô. A
fantasia traz o fogo, presenta na
gamela trazida na cabeça dos
componentes, e também detalhes da
iconografia africana criada por
Fernando Pamplona para os desfiles
do Salgueiro na década de 1960.

02 Òrànmíyàn, Quando Ogum, filho de Odudua, fez Ala Família Direção de


Fundador de a guerra contra Ogotum, apoderou-se Salgueirense Harmonia
Oyó de sete escravas e, escolheu para si, (Comunidade)
em segredo, uma delas, Lakangê. 2003
Denunciado, entregou sua bela
mulher ao pai, que fez de Lakangê
sua companheira. Nove meses
depois, ela teve um filho,
Òrànmíyàn, que nasceu com o
corpo dividido em duas cores:
metade preta, pois a pele de Ogum
era escura, e metade branco, herança
de Odudua, cuja pele era muito clara.
Esta característica está representada
na fantasia da ala, metade preta,
metade branca, que também traz, em
sua composição, a riqueza do
Império de Oyó, fundado mais tarde
por Òrànmíyàn.

201
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

03 Rei de Ifé Ifé foi um dos reinos do Império Ala Tati Janete Ribeiro
Iorubá. Seu primeiro governante foi 1997
Òrànmíyàn. A fantasia da ala mostra
toda a riqueza desse poderoso reino,
caracterizada pela coroa do Aláàfìn.
A cabeça da fantasia reproduz a
escultura do Rei de Ifé, que pertence
ao Museu Britânico e que foi
reproduzida no monumento a Zumbi
dos Palmares, no Rio de Janeiro.

04 Dadá Ajaká - Dadá Ajaká-Bayanni é o filho mais Ala Juntos e Direção de


Bayanni velho de Òrànmíyàn e irmão de Misturados Harmonia
Xangô. Foi rei do Império de Oyó até (Comunidade)
ser destronado por Xangô. 2003
Envergonhado, passou a usar outra
coroa, que não chegava a lhe tapar os
olhos. A fantasia traz os cauris,
búzios, representação mágica dos
poderes de adivinhação que os
líderes de Ifé possuíam, e os cabelos
enrolados representado nas tranças,
que deram origem a seu apelido,
Dadá.

202
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Oxê O Oxê é o machado duplo de Xangô, Ala Minha Direção de


símbolo mais tradicional do Orixá. Paixão, Minha Harmonia
Suas duas lâminas representam sua Raiz
imparcialidade, já que ele protege (Comunidade)
seus filhos, mas também os pune 2003
quando cometem injustiças. O
machado de Xangô, chamado de
ferramenta no Candomblé, é
carregado pelos componentes da ala
como adereço de mão e também está
no corpo da fantasia, é feita de palha
e ornatos africanos.

06 Obá de Oyó Quarto Obá (palavra que, em Iorubá, Ala Fúria Direção de
significa Rei) do Império de Oyó, Salgueirense Harmonia
Xangô foi um dos grandes líderes do (Comunidade)
antigo Império, pois soube inspirar 2003
credibilidade aos seus súditos e
demonstrar seu senso de justiça. A
fantasia da ala representa a
tradicional arte escultórica iorubana.

203
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

07 O Cágado Chamado de Ajapá em iorubá, o Ala dos Direção de


Cágado é o animal votivo de Estudantes Harmonia
Xangô. Simboliza a calma para se (1960)
tomar uma decisão justa em que a
pressa não pode sobrepujar a Justiça.
A dureza do casco, que orna a
fantasia da ala, também remete a
pedreira, símbolo de nosso Orixá.

08 Oferenda – Como todos os Orixás, Xangô tem Ala das Direção de


Amalá sua comida cerimonial: o Amalá. O Mariposas Harmonia
alimento deve ser oferecido para que (Comunidade)
se resolvam questões de Justiça ou 2010
como simples agrado ao Orixá. O
principal ingrediente da oferenda é
o quiabo, que vem representado na
fantasia de nossa Ala das Mariposas.

204
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

09 Ojuobá A Furiosa Bateria, premiada em Bateria Guilherme dos


tantos carnavais, vem para a avenida (1953) Santos Oliveira
vestida com a tradicional roupa dos e Gustavo dos
Ojuobás, sacerdotes do culto a Santos Oliveira
Xangô. Somente a eles é dado o
direito de tocar o xeré, instrumento
usado nas homenagens a nosso
padroeiro. Na cor vermelha, a roupa
tem aplicações douradas que
representam o elemento fogo, que vai
incendiar a avenida quando a Bateria
do Salgueiro passar.

10 Raios Senhor dos Raios, Xangô vence os Ala de Carlos Borges


inimigos e pune os injustos com Passistas (Carlinhos do
faíscas provocadas por seu machado. (1953) Salgueiro)
Raios de Xangô, que se transformam
em energia para a Ala de Passistas do
Salgueiro incendiar a avenida com
seu gingado.

205
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
11 Vestimenta do As roupas de todos os Orixás carregam Ala dos Direção de
Orixá um significado especial. Com a Guerreiros Harmonia
vestimenta de Xangô não é diferente. (Comunidade)
E a fantasia da ala traz os elementos 2003
que a caracterizam: a cor vermelha é a
representação da energia e da vida; o
chocotó é a calça cerimonial, que traz a
masculinidade e virilidade de Orixá; o
saiote, chamado de banté, representa a
atenção de Xangô ao feminino na hora
de tomar suas decisões. Além dos
paramentos específicos, a fantasia traz o
indispensável oxê (seu machado duplo),
a coroa do rei de Oyó (signo de sua
realeza), o colar vermelho e branco, que
representam as conquistas de Xangô
(vermelhas) e as brancas, dadas por seu
pai, Obatalá, para que ele nunca se
esquecesse de quem era filho. Nas
laterais da ala, temos totens
representando o machado de Xangô.

12 Maracatu Nação Trazido pelos escravizados da região da Ala Amizade Direçã ode
– Xangô de Nigéria, o culto a Xangô se estabelece Salgueirense Harmonia
Pernambuco no Brasil inicialmente no Nordeste. O (Comunidade)
culto é tão forte que em Pernambuco, o 2003
próprio Candomblé é denominado
Xangô. Em uma das primeiras casas de
culto, o Sitio do Pai Adão, em Recife, a
devoção deu origem também a
folguedos como o Maracatu Nação,
representado na fantasia da ala, que
apresenta a indumentária do rei do
cortejo do Maracatu. O titulo de Rei do
Maracatu é uma representação da
nobreza das antigas cortes africanas
que, mesmo escravizada, nunca foi
perdida.

206
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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
13 A Sabedoria de O sincretismo religioso foi a forma que Ala Zuk Roberto
São Jerônimo os escravos encontraram para (1999) Vasconcellos
continuar a cultuar seus deuses, por Dias
intermédio dos santos católicos. E o
terceiro setor do Salgueiro apresenta os
santos da Igreja Católica que foram
sincretizados com Xangô. Por sua
sabedoria, Xangô é relacionado a São
Jerônimo, um dos quatro doutores da
Igreja e tradutor da Bíblia para o latim.
Como Orixá da Justiça, Xangô está
diretamente ligado ao livro judaico
cristão das leis. A fantasia da ala é
inspirada na arquitetura manuelina do
mosteiro dos Jerônimos de Lisboa. A
profusão de ornatos, típicos do estilo
neomanulenino, emolduram a
tradicional figura do santo, sempre
sentado ao lado de um leão, animal
que, de acordo com a tradição oral,
Xangô amansou. Nesse sincretismo
Xangô é conhecido como Alafim-
Eché.

14 A Fogueira de Se São João Batista batizava com água Ala Explode Direção de
São João Batista do Rio Jordão, Xangô batiza por Coração Harmonia
intermédio do fogo. Essa purificação (Comunidade)
espiritual produziu o sincretismo que 2003
também é representada nas fogueiras
de São João Batista. A fantasia
reproduz os elementos tradicionais da
festa do santo católico: bandeirinhas,
mastros, estrelas e o fogo de Xangô.
Aqui, o Orixá é conhecido como
Xangô Agodô ou Xangô Dada.

207
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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

15 São Judas O apóstolo de Jesus é conhecido Ala Gaia Direção de


Tadeu, o como o advogado das causas (Comunidade) Harmonia
Advogado das impossíveis, aquele que busca a 2003
Causas justiça para quem a merece. E, por
Impossíveis isso, que São Judas Tadeu é
associado a nosso Orixá. A fantasia
representa o santo carregado em seu
andor e seu cajado nos remete ao
machado de Xangô.

16 O Guerreiro Como Xangô, São Miguel é Ala Divina Direção de


Invencível – São guerreiro, não de guerras sem Folia Harmonia
Miguel Arcanjo significado, mas sim de guerras (Comunidade)
contra nosso próprio demônio 2003
interior. Para fazer justiça, São
Miguel Arcanjo desce dos céus com
sua espada flamejante, assim como
Xangô a executa com seu machado.
A fantasia traz os elementos de um
guerreiro celestial, seguindo a
iconografia barroca. O dourado
predominante faz referência ao fogo
celestial, e a armadura representa a
força e determinação do guerreiro.

208
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

17 São Pedro, a O dono da pedreira é sincretizado Ala Paixão Direção de


Pedra com São Pedro, cujo nome era Salgueirense Harmonia
Simão. Foi rebatizado por Jesus (1999)
como Pedro, a pedra em que seria
erguida sua igreja. A fantasia tem
inspiração na estátua de Pedro no
vaticano. Todos os anos, no dia de
São Pedro, a escultura é vestida com
paramentos litúrgicos do primeiro
Papa da Igreja, que são reproduzidos
em nossa fantasia. Neste sincretismo,
o Orixá é Xangô Alufam.

18 O Sucessor de O sincretismo de Xangô com os Ala Os Reis da Direção de


Pedro (e os santos católicos, mostrado nas alas à Boêmia Harmonia
Populares) frente, apresenta, ente eles, São (Comunidade)
Pedro, considerado o primeiro Bispo 2003
de Roma e líder da Igreja Católica
Apostólica Romana. A Ala 18 do
Salgueiro vem para avenida
representar todo o fervor e devoção
ao Papa, sucessor de Pedro como
Sumo Pontífice. O grupo, com
fantasias distintas de mulheres,
beatas, viúvas e o próprio Papa,
cercado de seus seguranças, vivem
um momento de confirmação e
renovação da fé.

209
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

19 Nobres O quarto setor do Salgueiro faz uma Ala Zé Carioca Direção de


Portugueses – grande homenagem ao carnaval de (Comunidade) Harmonia
“...Muito Antes 1969, ano em que a escola levou para a 2003
do Imperio...” avenida o enredo Bahia de Todos os
Deuses. Foi neste ano, que, no alto de
um dos carros alegóricos da escola,
vestindo a fantasia de Xangô, surgia
para o mundo do carnaval a figura do
professor Júlio Machado. A fantasia da
ala 19 (como as demais alas do setor) é
livremente inspirada no estilo e nos
traços do carnavalesco Arlindo
Rodrigues para Bahia de Todos os
Deuses. Na fantasia da ala, Nobres
Portugueses, vestidos com casaca,
jabour, laços e rendas trazem de volta
o período colonial, quando a cidade de
Salvador ainda era capital do Brasil.

20 Escravos de Até o final dos anos 1960, corria a Ala Narcisa Direção de
Ganho – “Teu lenda de que falar sobre a Bahia em (1990) Harmonia
Nome é enredos carnavalescos dava azar (e não
Tradição...” dava campeonato). Mas naquele
domingo de carnaval de 1969, o
Salgueiro ignorou a lenda, fez um
lindo desfile e ganhou o título, sob a
proteção de Xangô, o padroeiro da
escola, personificado na Avenida por
Julio Machado. A fantasia da ala, que
representa os Escravos de Ganho,
tem como inspiração as criações de
Arlindo Rodrigues para aquele
carnaval campeão, nas cores branco e
prata, muito presentes naquele desfile,
e é composta por arabescos e rendas
típicos da Bahia colonial.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
21 Vendedores de Com a vitória, a superstição falou mais Ala Amigos Direção de
Flores – “Bahia alto e, dali em diante, Júlio Machado que Amam o Harmonia
do Velho passou a vestir a fantasia de Xangô em Salgueiro
Mercado...” todos os desfiles do Salgueiro, durante (Comunidade)
37 anos. Em 1969, um dos grandes
2003
momentos do desfile foi a ala que
representava a Bahia do Velho Mercado
e seus vendedores de flores. A cena é
relembrada pela fantasia da ala 21 do
Salgueiro, que representa a venda de
flores em um dos tradicionais pontos
turísticos da cidade de Salvador.

22 Dança dos Além do Xangô do professor Júlio Ala do Carlos Borges


Orixás – “Terra Machado, o desfile de 1969 teve outros Maculelê (Carlinhos do
Abençoada pelos (e vários) momentos marcantes. Entre (Comunidade) Salgueiro)
Deuses...” eles, a performance da famosa Ala de 2008
Mercedes Batista, que representou as
entidades do Candomblé da Bahia na
avenida. A dança do grupo da primeira
bailarina negra do Theatro Municipal
serviu como ponto de partida para a
criação da fantasia da nossa já
tradicional Ala do Maculelê, única ala
coreografada da escola, que vem para a
avenida apresentar a Dança dos Orixás.
À frente da ala, como Destaque de
Chão, Carlinhos do Salgueiro, faz
referência ao Adahun de Xangô.
Cercado por Ogãs, ele representará o
momento em que, na saída de santo,
uma Yaô deixa o recinto vestida de Yaô
e retorna com os trajes de Xangô. Essa
transformação será apresentada durante
o desfile pelo Destaque de Chão.

211
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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

23 Iemanjá – “Nega O carnaval de 1969 foi marcado por Ala das Maria da
Baiana... És a vários momentos que entraram para a Baianas Glória Lopes
Rainha da história do dos desfiles das escolas de (1953) de Carvalho
Beleza samba. Além do Professor Júlio (Tia Glorinha)
Machado vestido de Xangô, o Salgueiro
Universal...”
teve a melhor alegoria daquele
carnaval: a Iemanjá, criada por Arlindo
Rodrigues. Na cena que encantou
público e jurados, ela veio sentada em
um mar de rosas e oferendas, cercada
por uma cascata de pequenos espelhos,
que refletiam o brilho do sol e
iluminavam ainda mais o desfile
campeão do Salgueiro. Este momento
mágico da história do carnaval serviu
de inspiração para a criação da fantasia
da tradicionalíssima Ala das Baianas, as
grandes matriarcas de nossa Academia.

24 Sacrário – “Todo A fantasia da Ala 24 representa um Ala Inflasal Paulo Soares


Dia Ela Está... Sacrário, onde se guardam objetos (1989) da Silva
Na Igreja do sagrados da igreja católica, como o Carvalho
Bonfim...” ostensório que enfeita a fantasia para
simbolizar a Igreja do Bonfim. E lá que,
anualmente, na segunda quinta-feira de
janeiro, baianas despejam seus vasos
com água de cheiro para lavar as
escadarias da Igreja, numa festa que
mistura o sagrado e o profano, e se
tornou o principal símbolo do
sincretismo religioso da Bahia. Cenário
que faz parte da cidade de Salvador e
que, há 50 anos, levou o Salgueiro ao
seu quarto título e transformou o
professor Júlio Machado em um ícone,
consagrando-o na história do Carnaval
como Xangô do Salgueiro.

212
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Lavagem de O quinto setor do desfile do Ala Odisseia Direção de


Dinheiro Salgueiro vai mostrar a Justiça de (Comunidade) Harmonia
Xangô e do Homem em nossos 2003
tempos. Com um toque de humor, a
fantasia da Ala 25 mostra a lavagem
de dinheiro, expressão que surgiu
na década de 1920, quando mafiosos
norte-americanos aplicavam em
lavanderias os dólares adquiridos em
diversas negociatas. A expressão
virou sinônimo de “limpar” o
dinheiro sujo, estratégia muito
utilizada nos dias de hoje para tentar
enganar a Justiça do Homem.

26 Quem Rouba A falta de ética na administração Ala Raça Direção de


Pouco é Ladrão, pública não é recente. Na corte de Salgueirense Harmonia
Quem Rouba Dom João VI (1808 a 1821), por (1989)
Muito é Barão... exemplo, dois administradores –
Joaquim de Azevedo, responsável
pelas compras de estoques da Casa
Real, e Bento Targini, que comandava
as finanças do Reino –, alcançaram a
nobreza à custa do dinheiro público e
foram nomeados Viscondes. Como
forma de protesto, seus inimigos
fizeram circular os versos “Quem
rouba pouco é ladrão / Quem rouba
muito é barão / Quem mais rouba e
esconde / Passa de barão a
visconde”. Brincadeiras à parte, já
passou a hora de nosso país despertar
e dar um basta à falta de honestidade
e, com a força de Xangô, colocar
ladrões e barões atrás das grades.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

27 Ordem no A fantasia da Ala 27 nos remete aos Ala DNA Direção de


Tribunal! Está tribunais de Justiça, representados Salgueirense Harmonia
Aberta a Sessão pela balança (que indica equilíbrio (Comunidade)
na hora de pesar os argumentos 2003
contra e a favor dos acusados), a
peruca branca (que representa a
sabedoria dos mais velhos), a toga e
o martelo. Há ainda, no corpo da
fantasia, o detalhe do Oxê, o
machado de Xangô, a quem
clamamos para que todos os
criminosos enfrentem nossos
tribunais e, assim, seja feita a
justiça.

28 Data Venia Data Venia é a expressão latina que Ala dos Nilda
significa “com a devida licença”. Compositores Salgueiro
Utilizada em tribunais e ambientes (1953) Baptista
jurídicos, é uma forma polida e Ferreira
educada de iniciar um argumento
contra o posicionamento de outra
pessoa em um debate ou julgamento.
Nossa Ala de Compositores, que
domina a palavra cantada, vem
vestida com a tradicional beca,
utilizada por magistrados,
advogados e promotores, homens
que dominam o verbo para a defesa
dos injustiçados aqui na Terra.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

29 Supremos Ao se tornar Orixá, Xangô Velha Guarda Maria Aliano


Ministros de Xangô desapareceu. E para manter vivo o seu (1953) (Caboclinha)
culto, aqueles que o acompanhavam na
Terra criaram um Conselho, formado
por 12 Obás, conhecido como os
Supremos Ministros de Xangô. Seis
ficam à sua direita, e representam os
Mestres; seis ficam à sua esquerda, e
representam o Livre Arbítrio. No
Brasil, em 1936, Mãe Aninha criou o
Corpo dos Obás de Xangô, 12
ministros de Xangô do Axé Opô
Afonjá, título concedido aos amigos e
protetores do Terreiro. Em nosso
desfile, nada mais representativo do
que a tradicional Velha Guarda do
Salgueiro, detentora da herança
histórica da escola, para simbolizar a
sabedoria dos Supremos Ministros de
Xangô.

30 Que a Justiça Seja Sob a proteção de Xangô, Senhor do Ala Orgulho Direção de
Feita! – Ativistas que é justo e correto, Orixá que respeita Salgueirense Harmonia
a igualdade de todos os seus filhos, o (Comunidade)
Salgueiro encerra seu desfile com uma 2018
grande passeata, que representa a luta
de ativistas contra a discriminação às
minorias por motivos étnicos,
religiosos, de gênero, de sexo, físicos e
culturais. De forma crítica, pacífica e
bem-humorada, os componentes da ala
vêm vestidos com uma diversidade de
fantasias para reivindicar seus direitos
de igualdade perante a sociedade e suas
instituições. Que assim seja! Que a
justiça seja feita!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290
Diretor Responsável pelo Atelier
Paulo Henrique Caetano da Silva Dias
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Modelista: Sheila
Costureiras: Arlete e Luciene
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Daniel dos Santos, Andréia Veloso Marques, José
Delfim, Anderson, Ranny, Ives, Daniel
Zarmano e Mônica.
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Leozinho e Belizário Cunha (Chefes de Ateliê) - Ateliês

Outras informações julgadas necessárias

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Demá Chagas, Marcelo Motta, Renato Galante, Fred Camacho,
Enredo Leonardo Gallo, Getúlio Coelho, Vanderlei Sena, Francisco
Aquino, Guinga do Salgueiro e Ricardo Neves
Presidente da Ala dos Compositores
Nilda Salgueiro Baptista Ferreira
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Djalma Sabiá Antonio Gonzaga
(cem) 94 anos 24 anos
Outras informações julgadas necessárias
Vai trovejar!!!
Abram caminhos pro grande Obá
É força, é poder, o Aláàfin de Oyó
“Oba Ko so!” ao Rei Maior
É pedra quando a justiça pesa
O Alujá carrega a fúria do tambor
No vento a sedução (Oyá)
O verdadeiro amor (Oraiêiêô)
E no sacrifício de Obà (Oba xi Obà)
Lá vem Salgueiro!
Mora na pedreira, é a lei na terra
Vem de Aruanda pra vencer a guerra
Eis o justiceiro da Nação Nagô
Samba corre gira, gira pra Xangô
Rito sagrado, ariaxé
Na igreja ou no candomblé
A benção, meu Orixá!
É água pra benzer, fogueira pra queimar
Com seu oxê, “chama” pra purificar
Bahia, meus olhos ainda estão brilhando
Hoje marejados de saudade
Incorporados de felicidade
Fogo no gongá, salve o meu protetor
Canta pra saudar, Obanixé kaô
Machado desce e o terreiro treme
Ojuobá! Quem não deve não teme
Olori, Xangô eieô
Olori, Xangô eieô
Kabecilê, meu padroeiro
Traz a vitória pro meu Salgueiro!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

O enredo no samba
Com a enorme responsabilidade de cantar um samba de enredo para seu Orixá de proteção, o
Salgueiro apresenta uma obra com as características mais puras desse tipo específico de samba.
Uma melodia sincopada, que facilite o cantar dos componentes, com variações harmônicas que se
relacionam diretamente com a letra. Função precípua de um Samba de Enredo, nossa letra, através
de imagens poéticas e bem diretas contam os momentos do enredo propostos pela sinopse. Com
uma vibração característica do orixá e também de nossa escola cantaremos e faremos uma
louvação com muito respeito e alegria.

Vai trovejar!!!
Abram caminhos pro grande Obá
É força, é poder, o Aláàfin de Oyó
“Oba Ko so!” ao Rei Maior
O Salgueiro anuncia que Xangô, também conhecido como Senhor dos Raios e dos Trovões pede
passagem! Abram os caminhos para o grande Rei do império de Oyó, pois nosso Rei maior está
vivo, e hoje será saudado.

É pedra quando a justiça pesa


O Alujá carrega a fúria do tambor
No vento a sedução (Oyá)
O verdadeiro amor (Oraiêiêô)
E no sacrifício de Obà (Oba xi Obà)
Lá vem Salgueiro!
Melodia forte, com paradas firmes nas palavras “pedra”, “pesa” e “carrega” que remetem a este
rei de pulso firme, rigoroso e rígido como uma rocha; que faz valer sempre a justiça, sua
característica mais conhecida e admirada, na solução de todas as demandas. Já ao falar de sedução
e do verdadeiro amor a melodia passeia com doçura, trazendo os atributos de Iansã, senhora dos
raios e da paixão e Oxum, a mais amada de suas três mulheres, até chegar ao lamento de Obá, que
se mutila em nome do amor.

Mora na pedreira, é a lei na terra


Vem de Aruanda pra vencer a guerra
Eis o justiceiro da Nação Nagô
Samba corre gira, gira pra Xangô
A melodia do nosso samba teve em sua concepção a intenção de simular os “pontos” dos rituais
afrodescendentes, com desenhos melódicos de evocação e muita valentia. Invocamos Xangô em
sua morada mítica para que venha nos trazer justiça.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias


Rito sagrado, ariaxé
Na igreja ou no candomblé
A benção, meu Orixá!
É água pra benzer, fogueira pra queimar
Com seu oxê, “chama” pra purificar
O sincretismo religioso é claro neste momento do samba, onde se contrapõe o ariaxé, banho ritual
do candomblé com o banho do batismo da igreja católica. Assim como a água benta é um símbolo
de purificação para os católicos o fogo é a representação da purificação feita a Xangô. O mesmo
pedido de benção feito na Igreja é feito também ao Orixá.

Bahia, meus olhos ainda estão brilhando


Hoje marejados de saudade
Incorporados de felicidade
Nesse momento do samba, a linha melódica, propositadamente nos remete ao samba do Salgueiro
no Carnaval de 1969, o nosso conhecidíssimo enredo “Bahia de Todos os Deuses”, que eternizou
nosso saudoso professor Júlio Machado que pela primeira vez como destaque na Escola se trajou
como nosso orixá maior, Xangô. Traje que repetiu das mais diversas formas por 37 anos, criando
então sua identidade dentro do Salgueiro. Uma lembrança que nos traz a um passado memorável e
que enche nossos corações de saudade, tornando ainda maior a felicidade e a alegria de ser
salgueirense.

Fogo no gongá, salve o meu protetor


Canta pra saudar, Obanixé kaô
Machado desce e o terreiro treme
Ojuobá! Quem não deve não teme
Com uma divisão rítmica bem “suingada” saudamos nosso protetor e reafirmamos sua força em
seu momento de justiça. Seu temido machado justiceiro assusta a quem deve, mas os olhos do Rei
não se enganam, ele é o senhor da balança universal. não tema! A justiça será feita através de
Xangô.

Olori XANGÔ eieô


Olori XANGÔ eieô
Kabecilé, meu padroeiro
Traz a vitória pro meu Salgueiro!
Em nosso refrão de cabeça, a melodia em sua originalidade exalta a vibração e toda a energia de
Xangô, senhor do fogo e da justiça. Clamamos a vitória de nossa cultura; de nossos valores e
principalmente a vitória que traga justiça para nossos dias.

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

GLOSSÁRIO:

OBÁ - Um dos 12 ogãs honoríficos, considerados ministros de Xangô. Do Iorubá ògbá, irmão ou
confrade.

ALAFIM – Uma das qualidades ou manifestações de Xangô. Do Iorubá ALÁÀÀFIM, título do


Rei de Oyó.

OYÓ – Antiga capital política dos iorubás.

OBA KO SO – “O Rei não se enforcou” em Iorubá. Relacionado ao desaparecimento do corpo de


Xangô, rei de Oyó.

ALUJÁ – Ritmo e dança de Xangô.

ARUANDA – Morada mística dos orixás.

ARIAXÉ – Ponto central de um terreiro de onde emana sua energia. Representação simbólica do
plano terreno.

OXÊ – Machado duplo de Xangô. Do Iorubá, Osé.

GONGÁ – Altar de Umbanda. Recinto onde fica esse altar.

OBANIXÉ KAO – Saudação a xangô que em Iorubá significa “Ouçam, o Rei chegou”.

OJUOBÁ – Cargo sacerdotal do culto de Xangô.

OLORI – O dono da cabeça em Iorubá. Refere se ao orixá que rege o iniciado no candomblé.

KABECILÉ – Saudação a Xangô. Em Iorubá venham saudar o Rei.

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Guilherme dos Santos Oliveira e Gustavo dos Santos Oliveira
Outros Diretores de Bateria
Clair da Silva Basílio, Eduardo José (Dudu), Darlan Nascimento, George Ferreira (Gegê), Ian
Martins, Kleber da Silva Basílio, Luciano Oliveira (Japa), Marcelo de Paula (Celão), Natan
Carreira, Tiago Macedo (Bial) e Victor Trindade
Total de Componentes da Bateria
288 (duzentos e oitenta e oito) componentes (13 diretores e 275 ritmistas)
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
13 13 15 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
90 30 36 0 30
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
04 0 24 0 20
Outras informações julgadas necessárias

A Bateria do Salgueiro – A Furiosa, como é conhecida a Bateria do Salgueiro, é uma das grandes
orquestras do carnaval e uma das mais premiadas na história da folia carioca. É ela que acelera a batida dos
corações e arrepia os salgueirenses a cada vez que se posiciona na avenida para abrir os caminhos do
cortejo da Academia. Comandada em sua trajetória por grandes Mestres, como Dorinho, Tião da Alda,
Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Mané Perigoso, Louro e Marcão, a Furiosa, recebeu
incontáveis notas dez e diversas premiações, entre elas, nove Estandartes de Ouro, maior prêmio do
carnaval carioca.

Mestre Guilherme e Mestre Gustavo - “Craque se faz em casa”. A premissa que foi lema do Clube de
Regatas Flamengo, celeiro de grandes revelações para o futebol até a década de 1990, é perfeita para
apresentar os Mestres de Bateria da Furiosa: os irmãos Guilherme dos Santos Oliveira e Gustavo dos
Santos Oliveira.

Crias dos Aprendizes do Salgueiro e filhos de ritmista (seu pai, Tuninho, foi diretor da bateria da escola por
muitos anos), Guilherme, de 33 anos, e Gustavo, de 27, deram os primeiros passos no samba na
Furiosinha, apelido da escola de samba mirim do Salgueiro.

Aos 18 anos, Guilherme começou a tocar na bateria da escola mãe, incentivado por Mestre Louro, ícone do
Salgueiro, que sempre que podia, deixava os mais novos participarem dos ensaios para revelar talentos.
Durante muitos anos. Guilherme desfilou na bateria do Salgueiro, tocando vários instrumentos, até que, em
2011, já sob a batuta de Mestre Marcão, foi convidado para ser um dos diretores auxiliares da Furiosa.

A exemplo do irmão mais velho, Gustavo também cresceu nos Aprendizes do Salgueiro. Em 1999, aos sete
anos, já era ritmista da escola mirim, onde também foi diretor, compositor e Mestre da Bateria. Aos 12
anos, influenciado pelo pai, por Guilherme e por amigos, passou a tocar tarol na Furiosa, sem deixar a
função de Mestre de Bateria mirim. Em 2010, foi convidado para ser diretor da ala.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Formados em Música pela escola Vila Lobos, os irmãos têm diversos projetos juntos fora do carnaval.
Craques da percussão, já fizeram parte do time de músicos de cantores e grupos famosos, como Fundo de
Quintal, Clareou, Dudu Nobre e Ludmila. Com a experiência adquirida, há três anos foram convidados a
desenvolver um projeto na escola de música Frederic Douglas, no Harlem, centro cultural afro-americano
nos Estados Unidos.

No comando de 275 ritmistas, Guilherme e Gustavo contam com o auxílio de seus diretores – Clair, Dudu,
Darlan, Gegê, Celão, Ian, Kléber, Japa, Celão, Natan, Bial e Victor – para mostrar ao público o ritmo
firme, temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro, na busca pela excelência e
pelos 40 pontos.

Recuo de Bateria – Como já vem fazendo há três carnavais (2016, 2017 e 2018), a Bateria (Ala 09), fará
um movimento sincronizado com a Ala de Passistas (Ala 10) quando for entrar no segundo box de bateria.
No movimento, a Ala de Passistas passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no
recuo. A integração das duas alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida
e em um movimento constante.

Ojuobá – A Furiosa Bateria, premiada em tantos carnavais, vem para a avenida vestida com a tradicional
roupa dos Ojuobás, sacerdotes do culto a Xangô. Somente a eles é dado o direito de tocar o xeré,
instrumento usado nas homenagens a nosso padroeiro. Na cor vermelha, a roupa tem aplicações douradas
que representam o elemento fogo, que vai incendiar a avenida quando a Bateria do Salgueiro passar.

Rainha de Bateria – Viviane Araújo


Verdadeiro fenômeno do carnaval, Viviane Araújo é uma das maiores rainhas da história das escolas de
samba. Após sua estreia, em 1995, no Império da Tijuca, Viviane passou por Mocidade Independente,
União de Jacarepaguá e pela paulistana Mancha Verde, até chegar ao Salgueiro, após o carnaval de 2007.
Desde então reina absoluta à frente da bateria da escola. Referência quando o assunto é rainha ou madrinha
de bateria, Viviane reúne todos os atributos necessários para o posto: é bonita, carismática, tem gingado de
sobra e ainda desfila tocando tamborim. Predicados mais que suficientes para enfeitiçar e hipnotizar o
público que vai ao delírio a cada passagem de Viviane pela avenida. Em seu 12º carnaval à frente da
Bateria Furiosa do Salgueiro, Viviane Araújo virá vestida como Borboleta de Oyá.

Fantasia – Borboleta de Oyá – Iansã, uma das três mulheres de Xangô, tinha o temperamento tão
explosivo quanto o do marido. Já cansada de tantas brigas, resolve fugir do palácio, mas, quando cai em si,
resolve voltar. Temerosa da reação de Xangô, Iansã se consulta com Exu, que lhe ensina um encantamento
para transformá-la em uma linda, colorida e inofensiva borboleta. Ao perguntar a Exu porque a
transformara em Borboleta e não em outro elemento da natureza, ele responde: “Como vento e nervosa,
você arrasaria o mundo; como raio você destruiria aldeias, mas, como borboleta, além de manter cores e
perfumes, você terá liberdade. Afinal, quem em seu juízo perfeito mataria uma linda borboleta?”. E é a
lenda da Borboleta Encantada (que foi citado no enredo do Salgueiro em 1980, reforçando a proximidade
de Xangô com a história da escola) que inspira a fantasia de Viviane Araújo que reinará, pelo 12º carnaval
consecutivo à frente da Furiosa, e estará na avenida linda, livre e feliz com sua Iansã Borboleta.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Jomar Caserimo (Jô)
Outros Diretores de Harmonia
Antonio Mendes Teixeira (Mendes), Armando Lyra da Silva (Armandinho), Carlos Alberto
Monsores (Godô), Carlos Eduardo (Orelha), Edson Alves dos Santos, Fabiano da Conceição,
Fagney Lins da Silveira, Flávio Correa Altomar, Jadir Soares de Carvalho, Jair Casemiro, Jairo
Pereira da Silva, João Batista Costa (João Do Bar), João Carlos Carneiro, João Marcelo Pedroso
(Jhonny), Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro (Milson), Jorge Da Conceição (Caduza),
José Carlos Ferreira Cardoso, José Luiz de Souza Costa (Costa), José Marinho de Lima Neto
(Marinho), Júlio Marcos Schittini, Leda Lima de Castro, Marcelo Carvalho (Marcelão), Marcelo
Ferreira Lima (Bacalhau), Marcelo Nasseh, Marcos Vinícios Evangelista (Vinícios), Nely
Barbosa, Nilo Sérgio Coutinho (Nilo), Nivaldo Rosa Fereira, Paula Cardoso, Paulo Cezar
Evangelista Junior (Paulinho), Pedro José do Nascimento (Jacaré), Rafael Pereira da Silva,
Reginaldo Ferreira (Naldo), Roberto Moreira Barcelos (Robertão), Sérgio Santos Filho
(Serginho), Simone Florim da Silva, Valmir de Souza e Willian Faria Ramos.
Total de Componentes da Direção de Harmonia
40 (quarenta) componentes (01 diretor geral e 39 diretores de harmonia)
Puxador(es) do Samba-Enredo
Oficiais: Emerson Dias e Melquisedeque Marins Marques (Quinho).
Auxiliares: Sergio Silva (Serginho do Porto), Diego Nicolau, Thiago Brito, Hugo Junior,
Lizandra, Vini e Charles.
Participação Especial: Xande de Pilares
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Cavaco – Raphael Gravino, Vitor e Nilson
Violão de Sete Cordas – Andy.
Outras informações julgadas necessárias
Harmonia – Para o carnaval de 2019, o Diretor de Harmonia do Salgueiro, Jô Casemiro, herdeiro da
linhagem de Joaquim Casemiro, o ‘Calça Larga’, e Jorge Casemiro, prepararou os componentes do
Salgueiro em diversos ensaios e reuniões realizados na quadra da escola, nas ruas Silva Teles,
Maxwell e Conde de Bonfim.

A importância dos ensaios está na necessidade de ajustar o entrosamento e o canto dos componentes –
Alas de Comunidade, Composições de alegoria, Destaques, Semidestaques e Destaques de Chão –
com o ritmo do samba-enredo da escola.

Para que cada componente compreendesse sua função no desfile, foram feitas reuniões nas quais
foram apresentados o figurino, com as devidas explicações sobre o significado da fantasia e o que ela
representa dentro do desfile. Assim, cada um dos componentes estará na avenida Marquês de Sapucaí
consciente de seu papel, com conhecimento do enredo, da letra do samba-enredo e do roteiro de
desfile da escola.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Jomar Casemiro (Jô)
Outros Diretores de Evolução
Antonio Mendes Teixeira (Mendes), Armando Lyra da Silva (Armandinho), Carlos Alberto Monsores
(Godô), Carlos Eduardo (Orelha), Edson Alves dos Santos, Fabiano da Conceição, Fagney Lins da
Silveira, Flávio Correa Altomar, Jadir Soares de Carvalho, Jair Casemiro, Jairo Pereira da Silva, João
Batista Costa (João Do Bar), João Carlos Carneiro, João Marcelo Pedroso (Jhonny), Joelmo Casemiro
(Elmo), Jomilson Casemiro (Milson), Jorge Da Conceição (Caduza), José Carlos Ferreira Cardoso, José
Luiz de Souza Costa (Costa), José Marinho de Lima Neto (Marinho), Júlio Marcos Schittini, Leda Lima de
Castro, Marcelo Carvalho (Marcelão), Marcelo Ferreira Lima (Bacalhau), Marcelo Nasseh, Marcos
Vinícios Evangelista (Vinícios), Nely Barbosa, Nilo Sérgio Coutinho (Nilo), Nivaldo Rosa Fereira, Paula
Cardoso, Paulo Cezar Evangelista Junior (Paulinho), Pedro José do Nascimento (Jacaré), Rafael Pereira da
Silva, Reginaldo Ferreira (Naldo), Roberto Moreira Barcelos (Robertão), Sérgio Santos Filho (Serginho),
Simone Florim da Silva, Valmir de Souza e Willian Faria Ramos.
Total de Componentes da Direção de Evolução
40 (quarenta) componentes (01 diretor geral e 39 diretores de harmonia)
Principais Passistas Femininos
Amanda Martins Marques, Ana Clara Barcellos Silva, Ana Carolina do Nascimento Gonçalves, Ana
Carolina de Souza, Andryelle Santos, Ana Flavia Barcelos, Bruna Souto da Costa, Carla Cristina Souza de
Carvalho, Caroline Henae dos Santos Conceição, Cecília da Costa, Daiane Soares Medeiros, Dandara
Rodrigues Batista de Moura, Diene Rodrigues da Conceição Pedro, Escarlet c. R. D. Da Conceição,
Fabiely Martins da Rocha, Fabiana Silva, Fernanda Rodrigues Florentino, Gabriela Costa, Ingrid da Silva
Machado, Isabella Delfim Neves, Isabelle Amaral, Inouka Sashya de Brito, Isabelly de Sa Teixeira Costa,
Jadhe Carvalho, Joyce Castelo Garcia, Kellyn Yasmin da Rosa Tavares, Larissa Lorraine Reis, Larissa
Miguel Bezerra, Laryssa Bayer de Paula Silva, Luara Lino, Lorrany Peçanha Alves, Luana Estrela Seixas
Oliveira, Mahyla Francinni Vianna Neiva, Mariane Villela Marinho, Maryanne Hipólito da Costa, Mayara
de Lima Barros, Marilia Gabriela Carvalho Ávila, Nubia Quele Rodrigues Santos, Patricia Miranda Terra,
Pâmela Nascimento, Rebeca Alves Louriçal, Sabrina Bárbara de Souza, Sandreline Regina da V. Chaves,
Sophia Maria Fonseca, Suellen da Silva de Oliveira, Tais Luiza Moreira Bezerra, Tamsin Comés, Thayane
e Ferreira Barbosa, Vitória Teixeira e Wanessa Matheus da Silva.
Principais Passistas Masculinos
Alexandre Pereira dos Santos, Amauri Leonardo dos Santos, Carlos Alberto José Annes, Diego Alberto
Santos do Nascimento, Emerson Faustino N. dos Santos, Filipe de Sousa Fernandes, Gabriel Gomes da
Silva, Igor Batista Lima Pecanha, João Victor da Silva dos Santos, Jonata da Silva Gama, Mayombe
Massai Guimarães da Silveira, Marcio Elias Osório dos Santos, Marcos Correa Castanheira, Thiago Reis
Cavlacanti e Wesley Neto Avelino da Silva.
Outras informações julgadas necessárias

Nos últimos anos, o quesito Evolução tem sido alvo de bastante atenção no Salgueiro. Para o carnaval
de 2019, não foi diferente. As diretorias de Harmonia e de Carnaval trabalharam incansavelmente, nos
ensaios técnicos, que aconteceram na quadra da escola e em ruas próximas à quadra. O objetivo foi
resgatar a espontaneidade e deixar os componentes livres para “brincarem” o carnaval com vibração,
empolgação e a alegria dos antigos desfiles das escolas de samba. Para desfilarem mais “soltos”, sem
coreografias ou amarras que pudessem prejudicar ou inibir a espontaneidade dos componentes.

224
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

No quesito Evolução, cabem duas observações importantes:

1 – Como já vem fazendo há três carnavais (2016, 2017 e 2018), a Ala de Passistas (Ala 10) fará
um movimento sincronizado com a Bateria (Ala 09). À frente do segundo box, a Ala de Passistas
passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no recuo. A integração das duas
alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida e em um
movimento constante;

2 – A tradicional Ala do Maculelê (Ala 22), com a fantasia Dança dos Orixás – “Terra
Abençoada pelos Deuses...”, sob o comando de Carlinhos Coreógrafo, será a única ala da escola
a se apresentar coreografada, razão pela qual teve atenção especial e redobrada durante os ensaios
para o carnaval.

O termo Passista surgiu com Paula do Salgueiro. Foi por causa de seus passos miudinhos que
aqueles que "diziam no pé" passaram a ser chamados de passistas. Além de Paula, a primeira de
todos, Narcisa, Roxinha, Vitamina, Damásio, Gargalhada, Flávia, Carlinhos e tantos outros
passistas da Academia do Samba brilharam na avenida, mobilizando o público com seus passos
durante os desfiles do Salgueiro e mostrando toda a ginga dos passistas da Academia do Samba.

A Ala de Passistas – Vencedora do prêmio Estandarte de Ouro em oito oportunidades, inclusive


no carnaval de 2017, e detentora de diversos prêmios no carnaval, a Ala de Passistas do Salgueiro
é coordenada por Carlos Borges, o Carlinhos Coreógrafo, dono de alguns prêmios de melhor
passista no carnaval carioca. Em 2019, a Ala de Passistas do Salgueiro se apresenta com a fantasia
Raios.

Fantasia – Raios – Senhor dos Raios, Xangô vence os inimigos e pune os injustos com faíscas
provocadas por seu machado. Raios de Xangô, que se transformam em energia para a Ala de
Passistas do Salgueiro incendiar a avenida com seu gingado.

225
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Alexandre Couto de Leite
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha)
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
90 Marilda Fonseca Bárbara Mello
(noventa) 82 anos 32 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Maria Aliano (Caboclinha)
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Jacaré Maria Helena
(cem) 90 anos 58 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Eri Johnson (Ator) e Ailton Graça (Ator)
Outras informações julgadas necessárias

226
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Sérgio Lobato
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Sérgio Lobato
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 0 15
(quinze) (quinze)
Outras informações julgadas necessárias

O Coreógrafo – O currículo do coreógrafo responsável pela Comissão de Frente do Salgueiro no carnaval


de 2019, bailarino Sérgio Lobato é extenso. Ex-bailarino clássico, Sérgio tem passagem por diversas
escolas e companhias de dança profissionais em todo o país, como o tradicional Balé Dalal Achcar, onde
foi coordenador e professor, escola do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde foi professor,
coordenador e diretor artístico, e do renomado Balé Bolshoi, na cidade de Joinville, em Santa Catarina,
quando também se destacou nas funções e professor, coordenador e diretor artístico.
Atualmente, Lobato é professor ensaiador da Escola de Dança Petit Danse.
No carnaval, sua experiência também é extensa. Passou por escolas como Tradição, Unidos da Tijuca,
União da Ilha, Viradouro, Mocidade, Rocinha e São Clemente e Portela, escolas pelas quais conquistou
diversas premiações, como Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, Plumas e Paetês e Samba-net. Em
2019, Sérgio Lobato fará sua estréia no Salgueiro com o desafio de fazer a abertura do desfile da escola na
Marquês de Sapucaí.

A Fantasia – À Benção Meu Orixá


Quando o povo da Costa da Guiné chegou escravizado ao Brasil, trouxe consigo também os traços de sua
cultura, crenças e devoção aos Orixás. Com a fé reprimida, como forma de controle, subjugação e
aculturação, os negros driblaram a proibição com inteligência, associando seus Orixás a imagens de santos
católicos.
Este sincretismo está representado na abertura do desfile do Salgueiro, que nos traz a devoção a Xangô
associado à figura de São Jerônimo, relacionado ao Orixá por sua sabedoria e por estar sempre
acompanhado de um leão, símbolo de força e poder e um dos animais votivos de Xangô. Sua
representação, num oratório barroco cercado por anjos negros (que remete aos espíritos de luz de seus
ancestrais), marca o início da apresentação.
No segundo momento, o culto ao Orixá aparece de forma plena, com a figura de Xangô reinando em uma
pedreira, seu elemento natural. E é do alto da pedreira que o Orixá, com seu oxê, convoca os elementos da
Terra, principalmente as pedras e o fogo, para fazer justiça. É lá também que recebe oferendas e promessas.
As pedras representam a firmeza com que ele toma suas decisões.
Xangô também está diretamente relacionado aos Acadêmicos do Salgueiro, seja por intermédio do culto ao
Orixá, presente desde o início em terreiros do Morro do Salgueiro (que é uma pedreira), seja pela figura do
Professor Júlio Machado, que por mais de 30 anos incorporou a figura de Xangô nos desfiles da escola.
Essa ligação com o Salgueiro e com o carnaval marcará o momento final de apresentação da Comissão de
Frente, que traz, contida em si, a alegria e o orgulho de sermos filhos de Xangô, a quem pedimos benção
para o nosso desfile.

227
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Sidclei Santos 42 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Marcella Alves 35 anos
2º Mestre-Sala Idade
Luan Castro 20 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Natália Pereira 33 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Sidclei Santos - 1º Mestre-Sala


Sidclei começou no carnaval aos sete anos como Mestre-Sala do bloco “Vai Quem Quer” do
Estácio. Ainda criança, participou da escola mirim Corações Unidos do Ciep e, em 1991,
ingressou na escola de samba Império da Tijuca. Após um intervalo de dedicação à carreira
militar, Sidclei voltou ao carnaval em 1994, nos Acadêmicos do Salgueiro, como segundo Mestre-
Sala e, três anos depois, conquistou o posto de principal Mestre-Sala da escola. Em 1998, a
consagração maior: a conquista do Estandarte de Ouro de melhor Mestre-Sala do carnaval
carioca. Para encarar novos desafios, Sidclei deixou o Salgueiro e desfilou na São Clemente e, no
ano seguinte, nos Acadêmicos da Grande Rio. Em 2011, Sidclei retornou ao Salgueiro para
desfilar seu talento na escola. O reconhecimento do árduo trabalho desenvolvido por Sidclei foi
recompensado em 2017, quando foi eleito o melhor Mestre-Sala do carnaval carioca pelo júri do
Estandarte de Ouro.

Marcella Alves - 1ª Porta-Bandeira


Bailarina, formada em Educação Física, Marcella Alves está no carnaval desde 1993, quando
estreou na avenida, aos nove anos de idade, como segunda Porta-Bandeira da Lins Imperial. Três
anos depois, mesmo com a pouca idade, já assumia, o posto de primeira Porta-Bandeira da escola,
ainda nos grupos de acesso. Em 1998, desfilou pela primeira vez no Grupo Especial, defendendo
o pavilhão da Caprichosos de Pilares. Seu talento começou a chamar atenção das grandes escolas
e, em 2000, aos 17 anos, assumiu o posto de primeira Porta-Bandeira do Salgueiro, quando
ganhou seu primeiro Estandarte de Ouro. Após o carnaval de 2005, deixou a escola e foi
convidada pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Ainda defendeu a bandeira da
Mangueira por quatro carnavais, onde recebeu mais um Estandarte de Ouro. Retornou ao
Salgueiro para o carnaval de 2014. No carnaval passado, Marcella brilhou na avenida e, além das
quatro notas dez ao lado do parceiro Sidclei, foi premiada também com seu segundo Estandarte de
Ouro. Em 2019, Marcella Alves conduzirá, mais uma vez, o pavilhão salgueirense na avenida.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

A Fantasia – “Ole”? “Kole”?


Quando Odùduwa, sob as ordens de Olorum, criou o mundo terreno, usou galinhas d’Angola para
ciscar e espalhar a terra primordial. Para saber se o trabalho tinha sido bem feito e se a terra estava
firme para a criação, Odùduwa lançou mão de um camaleão dourado. Com muita precaução, o
animal colocou primeiro uma pata, tateando a terra. Apoiando-se sobre essa pata, colocou a outra.
E assim seguiu, até sentir que a terra estava realmente firme. “Ole”? “Kole”? Ela está firme ou
não está firme? Ao tomar conhecimento de que a terra estava firme, Odùduwa tornou-se o
primeiro Orixá a pisar na terra. O camaleão, que, depois se transformou no elemento fogo, tornou-
se o símbolo da certeza.
Representando toda a simbologia do camaleão dourado, animal que traz a segurança da criação e
de sua eternização através do calor do fogo, elemento de transformação para a vida humana, o 1º
casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do Salgueiro se apresenta na avenida com a fantasia em
tons de amarelo e dourado. A mesma cautela e leveza com que o camaleão dourado toca a terra é
representada na dança do casal, que, com delicadeza e segurança, associados à energia do fogo,
carrega o símbolo sagrado dos Acadêmicos do Salgueiro.

229
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Guardiões – Origem do Fogo – Para cumprir o desejo de Olorum de dar origem à Terra, Olurum
utiliza animais sagrados para criar os elementos. Ao camaleão Dourado, primeiro animal a pisar
na Terra, para sentir sua firmeza, coube a tarefa de se transmutar em fogo. Elemento fundamental
à criação e manutenção da vida, e fogo viria a se tornar o elemento de Xangô.

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Luan Castro - 2º Mestre-Sala


Luan Castro é mais uma cria da casa. Seu início foi aos 11 anos, nos Aprendizes do Salgueiro, já como
primeiro Mestre-Sala. Ficou na escola mirim até completar 18 anos, quando, então, foi convidado a
fazer parte do 3º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Acadêmicos do Salgueiro, participando de
ensaios e apresentações da escola. Em 2016 e 2018, porém, a escola optou por não levar seu terceiro
casal para o desfile. Assim, Luan desfilou apenas em 2017, compondo uma alegoria, mas como
Mestre-Sala. Sua estreia oficial na avenida será agora, no carnaval de 2019, ao lado da parceira
Natália.

Natália Pereira - 2ª Porta-Bandeira


Natália iniciou sua carreira aos 13 anos como 2ª Porta-Bandeira da Flor da Mina do Andaraí, bairro
onde nasceu e foi criada. Em 2006, foi convidada para ser a 1ª Porta-Bandeira da Acadêmicos de
Vigário Geral e, em 2009 e 2010, retornou à Flor da Mina para desfilar como 1ª Porta-Bandeira da
Agremiação. Neste ano, Natália também participou de um concurso na Unidos de Vila Isabel. Saiu
vencedora e se tornou 2ª Porta-Bandeira da Escola. Defendeu a Escola durante seis anos, chegando a
ser promovida a 1ª Porta-Bandeira da Agremiação. Nesse período, também desfilou como 1ª porta-
bandeira da Tradição (2013) e da Acadêmicos do Cubango (2014). Em 2017, Natália foi convidada
pela Riotur para compor a corte do Carnaval, e foi a primeira Porta-Bandeira da história do Carnaval a
desfilar na abertura dos desfiles do Rio de Janeiro. No Carnaval de 2018, Natália retornou à sua
Escola de coração para formar, ao lado de Luan Castro, o 2º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da
vermelho e branca da Tijuca.

230
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

A Fantasia – A Realeza de um Leão


Na cultura Iorubá, cada Orixá está ligado a um ou mais animais, que, de acordo com suas
características, funcionam como uma extensão do Orixá e o identificam em diversos ìtàn’s,
àjoyò’s (mitos e rituais). Um dos animais ligados a Xangô é o leão, que está representado na
fantasia do segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do Salgueiro. Produzida com materiais
rústicos, para seguir a estética do segundo setor da escola, Luan Castro e Natália Pereira riscam o
chão da avenida com toda a força e a realeza do Rei da Selva.

231
G.R.E.S.
Beija-Flor de
Nilópolis

PRESIDENTE
RICARDO ABRÃO DAVID
233
“Quem Não Viu, Vai Ver – As
Fábulas do Beija-Flor”

Comissão de Carnaval
CID CARVALHO, BIANCA BEHRENDS, VICTOR SANTOS,
RODRIGO PACHECO E LÉO MÍDIA
235
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”
Carnavalescos (Comissão de Carnaval)
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Autor(es) do Enredo
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Maravilhosa e MOTTA, Aydano Verso Brasil 2012 Todas


Soberana André. Editora
Histórias da Beija-
Flor
Cadernos de
Samba – Beija-Flor

02 O Enredo do Meu MELLO, Editora Record 2015 Todas


Samba – A Marcelo de.
História de Quinze
Sambas-Enredo
Imortais

03 Por que Perdeu? MELLO, Editora Record 2018 Todas


Dez Desfiles Marcelo de.
Derrotados que
Fizeram História

04 O Brasil é um GOMES, Fábio; CBPC 2008 Todas


Luxo – Trinta VILLARES, Stella. AXIS
Carnavais de Vários Editores
Joãozinho Trinta

05 World of Faerie FROUD’S, Brian. Insight Editions 2007 Todas

06 The Complete RACINET, Taschen 2006 Todas


Costume History Auguste.

237
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

07 Africa – Arts and MACK, John. British Museum 2000 Todas


Cultures Press

08 Arte da África JUNGE, Peter; Centro Cultural 2003 Todas


HUG, Alfons do Banco do
Brasil

09 Greetings From EGGLETON, Bob Paper Tiger 2000 Todas


Earth

10 Missões DALTO, Renato; Unisinos 2002 Todas


Jesuítico-Guaranis TAVARES,
Eduardo; FILHO,
Hélio Nardi

11 As Três Irmãs – DINIZ, Alan; Novaterra 2012 Todas


Como um Trio de MEDEIROS, Editora e
Penetras Alexandre; Distribuidora
“Arrombou a FABATO, Fábio Ltda.
Festa”

12 O Brasil é um GOMES, Fábio; Vários Editores 2008 Todas


Luxo – Trinta VILLARES,
Carnavais de Stella; CPBC –
Joãozinho Trinta Centro Brasileiro
de Produção
Cultural

Outras informações julgadas necessárias

(*) Para que conseguíssemos resgatar informações que não encontraríamos em nenhuma fonte de
consulta convencional, com a finalidade de retratar e embasar com ainda mais propriedade o
enredo “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”, foi imprescindível e de extrema
relevância revisitar os arquivos do acervo particular da Agremiação; e considerar ainda, os
depoimentos orais de membros antigos da Escola, os quais foram devidamente registrados, e estão
à inteira disposição da LIESA – Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e de
toda a Comissão julgadora; bem como a Coletânea virtual intitulada “As Fábulas de Esopo
Ilustradas”, traduzidas e adaptadas por Carlos Pinheiro, além de referências virtuais de sites
oficiais.

238
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO
INTRODUÇÃO

No dia de Natal, à luz do Criador Deus Menino, sete décadas atrás, nasceu faceiro Beija-
Flor, criado com muito amor; dádiva de quem já estreou abençoado na manjedoura
nilopolitana, esmeralda reluzente riscando o céu no infinito.

Conduzindo essa viagem fascinante, voando de flor em flor nos Jardins da Folia, disseminou
o pólen da informação e o grão do entretenimento, semeando Cultura Popular; bailando e
rodopiando pelos ares, até na floração do Carnaval nova flor ver desabrochar.

Fez da História milenar alimento, cruzou céus e mares, igarapés e mananciais. Promoveu o
encontro entre tambores e tribos, lendas e mitos; e viu despontar costumes, peculiaridades e
tradições. Escreveu páginas de ouro da poesia brasileira ao revisitar nossas raízes, e nos fez
mais felizes ao cantar a exuberante beleza das riquezas áureas do Brasil de Norte à Sul, em
tons de branco e azul.

Viajou pelo mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu, pelo paraíso hospitaleiro
de onde se avista o sol primeiro, da Terra Santa – verde paraíso do povo da floresta e seu
canto de fé pela missão de preservar, embebido de força, mistério e magia – para as terras
dos Pampas, onde sete povos, na fé e na dor, ergueram sete missões de amor, em meio à
liberdade dos campos e aldeias.

Viu brilhar o seu valor ao iluminar o estado de amor de uma Comunidade que impõe
respeito, e cheia de orgulho, bate no peito. Retirou o chapéu de bamba para anunciar
Brasília, a capital da esperança, inspirada na arte e nos traços do mestre da arquitetura; e
declamou ainda, o poema encantado da terra do bumba-meu-boi, da encantaria e das
palmeiras onde canta o sabiá.

Resgatou as nossas origens e a nossa herança africana, legado dos nossos ancestrais.
Testemunhou a criação do mundo na tradição Nagô e às Pretas-Velhas... quanto amor!
Cantando em louvor à grande constelação das estrelas negras e todo o seu esplendor.

Ao abordar a importância da negritude, rompeu fronteiras e conheceu o berço de diferentes


civilizações. Do Egito à liberdade, esclareceu que negros escravos viveram em grande
aflição, foram o braço forte da nação; saga de quem vai seguindo o seu destino... Enfim
reencontrou as Áfricas de lutas e de glórias – do baobá da vida de Ilê Ifé à irmandade do
conto do griô, negro na raça, no sangue e na cor.

Narrador-personagem a desvendar mistérios trajados de fantasias, consagrou-se ave


Soberana, desfilando a exaltar a Corte de reis e rainhas no cortejo dos plebeus, composto por
mestiços, índios, negros e europeus.
239
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Homenagens que passeiam pela exaltação à José de Alencar, ao bom Natal – saudado pela
Majestade, o Samba; pela coroação da Dama das Bromélias Margareth Mee, que fez a festa
na Sapucaí, e pelo canto de cristal da diva internacional Bidu Sayão, que sacudiu a
Passarela.

Comoveu ao botar pra fora a felicidade de reverenciar a simplicidade, momentos lindos que
fizeram do Samba, oração. Sonhou o sonho do sonhador ao viajar nos feitos do astro
iluminado da televisão, e na genialidade do Marquês que batizou a Avenida, palco das mais
esplêndidas atrações.

Audacioso pássaro pequenino se fez gigante, ao propor reflexão social, ao soltar o grito de
liberdade, o clamor por igualdade. A utopia de um Brasil livre da ganância nociva que há por
baixo dos panos, ninho de famintas serpentes, onde ratos e urubus, trepados no cangote do
povo, fingem não entender que todo mundo nasceu nu, e que saco vazio não pára em pé.
Santuário de ambição que vitimiza brava gente sofrida, cansada de ganhar tão pouco, que
vive no sufoco e precisa desabafar: seus filhos já não aguentam mais! Monstro, é aquele que
não sabe amar!

Foi o nosso DNA precursor e revolucionário, de quem tem sede de vitória, que permitiu que
chegássemos até aqui, conquistando 14 estrelas, revelando o sorriso alegre do sambista, e
sendo aclamado o festival de prata em plena pista.

A oportunidade de rever minha trajetória e mais uma vez ser fonte de inspiração para reviver
desfiles memoráveis, alguns considerados mesmo antológicos, é um afago para a nossa
gente humilde, que defende o nosso manto sagrado na alegria ou na dor. Enamorada do
nosso país, Nilópolis é nossa raiz!

Hoje, a nossa declaração de respeito, reverência e devoção ao Pavilhão virou fabuloso


enredo sobre nossa septuagenária Agremiação; hino a ser defendido e entoado pelo canto
inebriante de uma Comunidade fascinante. Quem Não Viu, Vai Ver, as Fábulas do Beija-
Flor!

Que o ímpeto de voar seja o nosso segredo para acreditar, que o palpite, é certo!

SINOPSE

Uma lágrima sentida caiu dos olhos da Vovó, lembrando imagens de crianças e do velho
tempo que passou. Olhem o céu que maravilha! Retalhos de nuvens, bordados de estrelas...
Iluminada pelo sol da meia-noite, a natureza vem mostrar sua beleza.

Pela porta da imaginação, marchando em cavalos alados, chegamos ao País das Maravilhas.
Recebidos por soldadinhos de chumbo, entramos na floresta onde os animais falam e as
plantas cantam; tudo neste mundo é encantado!

240
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Com o despontar da primavera, tirem do passado a nobreza, e do futuro, a magia da


surpresa! Criem a mais linda fantasia, delirem no universo fantástico deste canto de emoção!

Não chore não Vovó, não chore não! Veja quanta alegria dentro da recordação!

Hoje, novamente sou livre, sou criança Beija-Flor; nessa bela fantasia, brindando à vitória
do amor!

Pousarei nos luxuriantes Jardins das Delícias onde repousa o gigante em berço esplêndido.
Celebrarei os donos da terra, sua cultura, suas lendas e seus rituais mágicos. Lavarei a alma e
matarei a sede nas águas do rio mar, acompanhado de Caruanas e Amazonas à luz do luar.
Ensinarei a dádiva da preservação das nossas riquezas, que estão abaixo e acima do solo, e
revisitarei diversos cantos e recantos desse torrão miscigenado, renascendo nas águas de um
paraíso hospitaleiro de onde se avista o sol primeiro. Me transfigurarei em brilho de fogo
sob o sol do novo dia; me tornarei candango e calango na Capital da Esperança, traçando o
destino ainda criança; e ouvirei ainda, poemas encantados de amor.

Iluminado feito um festival de prata, subirei ao Orum sagrado dos Nagôs, e descortinarei a
reluzente constelação das estrelas negras para resgatar as nossas diversas Áfricas: a de lá e as
de cá. Guiarei um cortejo de reis, rainhas e guerreiros negros, aqueles que romperam
grilhões e carregaram nos ombros, marcados pelas chibatas, a opulência do nosso país, mas
que sempre ficaram esquecidos nas savanas da memória oficial. Então, lembrarei que o
mundo deve o perdão aos filhos de ébano, àqueles que, sangrando pela História, foram
tratados como mercadoria pela cruel ganância da escravidão.

Recordarei a grandiosidade da nossa cultura, múltipla, diversificada. Sonharei com rei e


acertarei no leão. Me emocionarei com a sensibilidade da Dama das Bromélias e ouvirei
novamente aquela inesquecível voz de cristal encantando corações; reviverei um tempo que
passou, uma lembrança que ficou, para encontrar, lá no Cachoeiro, o Rei ainda menino e,
finalmente, quando o amor invadir as almas e a magia trouxer inspiração, triunfará uma
canção para embalar os corações.

Porém, entristecido, constatarei que não somos o Brasil das maravilhas. Verei que os
trabalhadores mais humildes continuam carregando o peso descomunal dos impostos,
enquanto os “donos do poder” se esbaldam em farras bancadas com dinheiro público. Serei
mais uma vez o porta-voz dos excluídos contra as mazelas que corroem as nossas riquezas,
por que faz parte da minha missão.

Retirarei das imensas lixeiras desse país, restos de luxo, convocando o povo para um grande
Bal Masqué. Fazendo, da própria angústia, um grito de desabafo: ratos e urubus, larguem
nossas fantasias! Chega de ganhar tão pouco, chega de sufoco e de covardia! Parem com
essa ganância, pois a tolerância pode se acabar um dia! Oh! Pátria amada, por onde andarás?
Seus filhos já não aguentam mais!

241
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

É bem verdade, Vovó, que de lá pra cá, tudo se transformou. Mas a vitória da folia ficou no
encanto do meu povo, que brinca sambando quando samba a Beija-Flor!

DESENVOLVIMENTO DO ENREDO

A narrativa, que agrega história e estórias, transcorre em primeira pessoa, assim como o
samba-enredo, por que o Beija-Flor, narrador-personagem e ave-símbolo da Escola, é o
condutor dessa viagem fascinante ao mundo encantado do Reino da Folia, onde fábulas
bordam a fantasia.

É pertinente se ater a definição de fábula*, por que nessa festa de real valor, onde vou
celebrar sete décadas de existência, meus amigos bichos, inclusive muitos dos quais já
estiveram sob os holofotes da Passarela e que já vivenciaram tantas aventuras comigo, são
meus convidados de honra, para passear no bosque e nos salões do Grande Baile de
Carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí; sendo o escravo grego contador de estórias
Esopo, cujas fábulas nos proporcionam reflexão e a edificação de princípios e valores morais
semelhantes àqueles os quais tantas vezes fui porta-voz, o mestre de cerimônias a abrilhantar
as fábulas que Quem Não Viu, Vai Ver.

A Setorização agrega os enredos escolhidos enquanto os momentos mais marcantes da nossa


trajetória por temas, a saber:

• Setor 01: enredos de temática lúdico-infantil. É o Beija-Flor ainda menino, faceiro,


ingênuo, brincante, criança; Fábula de Esopo “O Vento Norte e o Sol”;

• Setor 02: enredos cuja a temática é a brasilidade. Voando de flor em flor, os enredos
regionais / nacionais visitados por mim (pelo Beija-Flor); Fábula de Esopo “A Raposa e
as Uvas”;

• Setor 03: enredos de temática afro. A busca por conhecimento e retratação de nossas
origens e raízes; a exaltação de nossas matizes africanas; Fábula de Esopo “A Galinha dos
Ovos de Ouro”;

• Setor 04: enredos cuja a temática tem conotação de homenagens à personalidades ilustres,
marcantes, que com representatividade e talento expoentes, tornaram-se referência em
diferentes áreas; consagradas por possuírem algum dom diferenciado e singular, e por sua
dedicação esmera ao trabalho; Fábula de Esopo “A Formiga e a Cigarra”;

• Setor 05: enredos com temáticas críticas que abordam nossas múltiplas mazelas sociais;
Fábula de Esopo “A Assembleia dos Ratos”.

Cabe salientar que a Cronologia apresentada ao longo do desfile restringe-se tão e somente à
cada Setor, uma vez que os enredos selecionados foram reunidos por similitude temática, o
que possibilita uma aglutinação histórico-cultural, plástica e estética mais harmoniosa e
melhor disposta.
242
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Além disso, para embasar e retratar o enredo “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-
Flor” com ainda mais propriedade, foi fundamental e imprescindível revisitar os arquivos do
acervo particular da Agremiação; e considerar ainda, os depoimentos orais de membros
antigos da Escola, inclusive familiares dos respectivos fundadores, os quais foram
devidamente registrados.

Somadas a essas informações, trechos dos textos originais e versos dos sambas-enredo de
cada Carnaval retratado de forma fabulosa foram resgatados e transcritos na defesa e
descrições que integram a documentação artística deste projeto carnavalesco, de modo a
estimular a memória afetiva de cada um que se permitir arriscar um voo nesse lindo azul do
nosso Pavilhão.

Os enredos abordados nas fantasias de cada Setor encontram, nas estruturas narrativas das
fábulas de Esopo retratadas nas alegorias, um ambiente acolhedor para reunir estes temas de
modo direto ou simbólico, dando unidade estética e temática a cada Setor e,
simultaneamente, revigoram o conteúdo principal dos enredos de forma atual. Este estilo de
apresentação é chamado, na linguagem teatral, de “metalinguagem”, onde uma ação é
representada dentro de uma mesma ação.

É uma alegria poder comemorar 70 anos cheio de vida! E essa data tão especial merecia
mesmo uma comemoração fabulosa, e não somente uma releitura ou revisitação, por isso,
“Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” é um enredo inédito, mas que
obviamente ilustra as minhas melhores memórias e recordações, pois são elas que
construíram a minha história e são constante fonte de inspiração.

E se a missão de uma Escola é dar ensinamento, fomentar educação, através da Escola de


Samba é possível ir mais longe, voar mais alto, agregando informação, cultura e
entretenimento através do desfile oficial, cortejo popular soberano no Reino da Folia de
Momo.

O universo fabulístico de Esopo, bem como seu legado de boas referências, valores e
princípios, lecionados através da moral de suas estórias milenares, propicia um cenário
perfeito para a bicharada animada se apresentar. Suas narrativas lúdicas, acessíveis e
compreensíveis para todas as idades – do mais pequenino aos mais experientes, dos mais
jovens à vovôs e vovós – dão voz e vida aos temas abordados em cada Setor de forma leve,
como uma festa das boas deve ser!

O enredo de 2019 é uma despretensiosa autobiografia, uma espécie de autorretrato que


remete à identidade, pertencimento e memória. Uma exaltação ao canto identitário de amor à
Nilópolis. É o orgulho despido de vaidade, mas com muita hombridade, que me leva a
celebrar e, na Marquês de Sapucaí, mais uma vez voar nas asas da felicidade.

243
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Ao longo desses setenta anos de história, delícia é voltar a ser criança ao abrir o baú das
minhas memórias. E ao sobrevoar novamente as estradas do meu caminho, vejo que essa
inquietude infantil, esse espírito embebido de ousadia juvenil, a vontade latente de
experimentar e apresentar o novo através da arte, romper barreiras, quebrar paradigmas,
sempre se fez notar presente... Assim, ganhei fama de revolucionário, precursor, pioneiro,
autêntico, original. Beijei flores, encarei espinhos...

E vi o ímpeto de voar mais alto se exacerbar nas viagens que fiz com o reconvexo Menino
Joãosinho, o Guri Gari que incitou e externou meu lado moleque, festeiro, carregado de
uma espontaneidade libertária e libertadora cravada nesse DNA mestiço... É bem verdade
que de lá pra cá, tudo se transformou. Mas a vitória da folia ficou no encanto do meu povo,
na grandeza da nossa gente, que esquece a dor e só quer sambar, que brinca sambando
quando samba a Beija-Flor!

(*) Fábula: as fábulas são narrativas de fatos, imaginários ou não; fabulações cujas
personagens são animais (e ainda plantas e seres inanimados) que agem como seres
humanos, apresentam características humanas, tais como a fala e os costumes, e têm como
objetivo promover reflexão e propiciar ensinamentos através da moral da estória.

“QUEM NÃO VIU, VAI VER, AS FÁBULAS DO BEIJA-FLOR”

Era uma vez, um Beija-Flor nascido feito o Rei Menino, em ninho de amor e humildade.

No baú das minhas memórias mais antigas, regresso às lembranças do que contam sobre
meus longínquos tempos de criança; registros daquele 25 de dezembro de 1948, dia de
Natal, quando a Diretoria do extinto bloco Irineu Perna de Pau se reuniu numa tarde de
verão, o tempo nublado e abafado, com o sol quente aparecendo em meio às nuvens, na casa
de Dona Eulália de Oliveira, localizada na principal esquina de Nilópolis, cruzamento das
Avenidas Mirandela e Getúlio Vargas.

Diz-se que a cidade recém-emancipada de Nova Iguaçu precisava construir sua identidade, e
que estava na hora de criar uma nova Agremiação. Um grupo de pessoas se reuniu e decidiu:
estava criado o bloco, nas cores azul e branco, que desfilaria pela Mirandela, no sábado de
Carnaval; e a Bateria ficaria sob a batuta de Milton Negão, que o talento reapelidou de
Milton da Cuíca, filho de Dona Eulália. Faltava então, decidir qual seria o nome do bloco.

Diversas sugestões foram apresentadas, até que Dona Eulália recordara dos tempos de
mocinha, quando desfilava em um Rancho no Sul Fluminense, chamado Beija-Flor. Ela
sequer havia terminado de contar a história quando um beija-flor cruzou o quintal, pairou no
ar, numa árvore do terreno de Edinho e, conforme seu voo caraterístico, seguiu viagem. Foi
determinante e definitivo: estava fundada enfim a Associação Carnavalesca Beija-Flor,
presidida por Milton Negão e com Dona Eulália incluída entre os fundadores.

244
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

À título de curiosidade e homenagem, cabe incluir nesta listagem os nomes do já citado


Edinho do Ferro-Velho (Edson Vieira Rodrigues), Hellen Ferreira, os irmãos Mário e Walter
Silva, João Pessoa, Yolanda Alvarenga, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva.

Essa relação de amor foi crescendo, amadurecendo, e adquiriu status familiar, paternal, com
a chegada da Família Abrão David; que implantou no município de Nilópolis, diversos
projetos sociais – creche, educandário, esportes variados, oficinas de capacitação para
ritmistas e casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira mirins etc. – todos focados em promover
educação enquanto pilar fundamental para o desenvolvimento humano.

Pois essa é a própria essência da razão de existir de um Grêmio Recreativo ESCOLA de


Samba: educar, dar ensinamento, orientação; uma base fabulosa essencial para se ter
condições de encarar a vida de frente, com mais preparo e a cabeça erguida. E assim, meu
Pai direcionou o meu destino: voar nas asas da felicidade!

Arrisquei um voo nesse lindo azul celestial. Bailando e rodopiando pelos ares de flor em flor
no Jardim das Maravilhas, um mundo encantado pude recordar. Segui de enredo em enredo,
de fábula em fábula, bordando a fantasia. Ê saudade que mareja o meu olhar...

Herdeiro dessa terra me tornei, cantei nossos recantos, tradições. Fui chamado “aquele
festival de prata que na pista arrebata tantos corações”!

No sangue herdei o axé e a bravura da negritude. Mostrei que no meu quilombo todo negro é
rei quando abri a senzala para os negros africanos feitos escravos, seus descendentes e todos
aqueles que se encontram em uma posição subjugada, inferiorizada, menosprezada; alvo de
preconceitos (conceitos pré-estabelecidos) e injustiça, pudessem fazer da Passarela, o seu
terreiro, e do Samba, a voz que não cala.

Cresci ouvindo acordes entre doces melodias, me alimentando do néctar da flor da arte – a
bela dama – retratada em poesia, do canto de cristal, da simplicidade do amor; daquele beijo
na flor que fez mais um sonho real.

Pátria amada da ganância, quantas vezes eu pedi socorro pelos filhos teus? Vítimas da
algoz ambição e intolerância exacerbadas, da coletânea de mazelas sociais que assolam o
país... Mesmo proibido, fui a voz de Deus, alertando que todo mundo nasceu nu, clamando
para que ratos e urubus largassem minha fantasia, gritando que saco vazio não para em pé e
que a mão que faz a guerra faz a paz, bradando que monstro, é aquele que não sabe amar...

Por que toda essa grandeza vem da nossa gente, que esquece a dor e só quer sambar! É por
esse amor que o meu valor me faz brilhar! A Comunidade me ensinou a ser apaixonado
como eu sou, que eu deveria ter orgulho de mim e de tudo o que já conseguimos conquistar
juntos, de asas dadas...

245
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

O povo de Nilópolis se envaidece pelo município ser o ninho do Beija-Flor; eu me orgulho


de ser de Nilópolis, a própria euforia! E de ser a Comunidade a grande estrela que me guia,
que me impulsiona a voar mais alto, mais ligeiro, cada vez que ouço “Ontem, hoje, sempre,
Beija-Flor!”, na alegria ou na dor!

A importância da Comunidade se mantém constantemente em evidência por que a


Comunidade é o Beija-Flor, eu sou a Comunidade! Somos uma coisa só, exemplo de perfeita
simbiose...

E foi assim que eu, passarinho pequenino que o destino fez gigante, caí nas graças do povo e
me transformei em ave consagrada Maravilhosa e Soberana, prestes a celebrar 70 anos de
história na Avenida. “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

A proposta do Carnaval 2019 da Beija-Flor de Nilópolis é uma celebração aos seus 70 anos
de história, resgatando a memória do Pavilhão através de uma perspectiva contemporânea e
fabulosa dos enredos mais marcantes da Agremiação.

Quem Não Viu, Vai Ver, e quem viu, vai novamente poder se emocionar com As Fábulas do
Beija-Flor, uma coletânea das aventuras conduzidas pelo voo do Beija-Flor, animal símbolo
da Escola, e o narrador-personagem dos enredos.

O embasamento e a argumentação deste projeto carnavalesco perpassam pela definição do


conceito de fábula, pela relevância histórica e pedagógica do escravo grego Esopo, e pela
missão do Carnaval enquanto espetáculo e manifestação cultural.

As fábulas são narrativas de fatos, imaginários ou não; fabulações cujas personagens são
animais (e ainda plantas e seres inanimados) que agem como seres humanos, apresentam
características humanas, tais como a fala e os costumes, e têm como objetivo promover
reflexão e propiciar ensinamentos através da moral da estória.

A inspiração na obra milenar de Esopo baseia-se em uma identificação imediata, pois do


mesmo modo que os preceitos morais deixados como legado por este visionário
permanecem atuais e atemporais, a Beija-Flor de Nilópolis sempre se revelou uma Escola
pioneira, à frente de seu tempo.

Da mesma forma que as narrativas de Esopo se tornaram famosas ao longo da História da


Humanidade, os carnavais da Beija-Flor inspiraram e incitaram importantes reflexões na
nossa sociedade, ambos embebidos de arte em um universo de magia e fantasia; e tanto as
fábulas quanto o Carnaval são elementos populares. Sendo que o Carnaval, enquanto a mais
genuína expressão da nossa identidade, também apresenta, através dos desfiles das Escolas
de Samba, temáticas fictícias que têm por finalidade disseminar informação, conhecimento,
cultura e entretenimento, cantadas em verso e prosa – tal qual as fábulas – através do samba-
enredo.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

ROTEIRO DO DESFILE
SETOR 01

Comissão de Frente
O BLOCO DOS ANIMAIS

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Claudinho Souza e Selminha Sorriso
CASAL DE BEIJA-FLORES
ENCANTADOS BAILANDO E
RODOPIANDO PELOS ARES

Ala 01 – Ala das Crianças (Comunidade)


O JARDIM DAS MARAVILHAS

Carro Abre-Alas – Alegoria 01


“O VENTO NORTE E O SOL”

SETOR 02

Ala 02 – Comunidade
RIO QUATRO SÉCULOS DE GLÓRIAS
(1970)

Ala 03 – Comunidade
BAHIA DOS MEUS AMORES (1972)

Ala 04 – Comunidade
O GIGANTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO
(1984)

Ala 05 – Ala das Baianas (Comunidade)


O MUNDO MÍSTICO DOS CARUANAS
NAS ÁGUAS DO PATU-ANU (1998)

Ala 06 – Comunidade
ARAXÁ, LUGAR ALTO ONDE
PRIMEIRO SE AVISTA O SOL (1999)

248
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Ala 07 – Ala Jovem Flu & Ala Karisma


MANÔA, MANAUS, AMAZÔNIA,
TERRA SANTA: ALIMENTA O CORPO,
EQUILIBRA A ALMA E TRANSMITE A
PAZ (2004)

Ala 08 – Comunidade
O VENTO CORTA AS TERRAS DOS
PAMPAS – EM NOME DO PAI, DO
FILHO E DO ESPÍRITO GUARANI –
SETE POVOS NA FÉ E NA DOR... SETE
MISSÕES DE AMOR (2005)

Ala 09 – Ala Dos Cem & Ala Amar é Viver


MACAPABA – EQUINÓCIO SOLAR –
VIAGENS FANTÁSTICAS AO MEIO DO
MUNDO (2008)

Ala 10 – Comunidade
BRILHANTE AO SOL DO NOVO
MUNDO, BRASÍLIA: DO SONHO À
REALIDADE, A CAPITAL DA
ESPERANÇA (2010)

Ala 11 – Comunidade
SÃO LUÍS – O POEMA ENCANTADO
DO MARANHÃO (2012)

Alegoria 02
“A RAPOSA E AS UVAS”

SETOR 03

Ala 12 – Ala É Nessa Que Eu Vou &


Ala Cabulosos
A CRIAÇÃO DO MUNDO NA
TRADIÇÃO NAGÔ (1978)

Ala 13 – Ala Signus & Ala Vamos Nessa


A GRANDE CONSTELAÇÃO DAS
ESTRELAS NEGRAS (1983)
249
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Destaque de Chão
Pinah Ayoub
PINAH, A CINDERELA NEGRA (1983)

Ala 14 – Comunidade
CORTEJO DA CINDERELA NEGRA – AS
MUSAS CARECAS DA BEIJA-FLOR
(1983)

Ala 15 – Comunidade
SOU NEGRO, DO EGITO À LIBERDADE
(1988)

Ala 16 – Ala das Passistas (Comunidade)


AXÉ QUE NO SANGUE HERDEI

Rainha de Bateria e Destaque de Chão


Raíssa Oliveira e Sônia Capeta
A RAINHA AGOTIME E A ETERNA
RAINHA SOBERANA DE DAOMÉ

Ala 17 – Bateria
A SAGA DE AGOTIME, MARIA
MINEIRA NAÊ (2001)

Intérprete Oficial: Neguinho da Beija-Flor

Cantores do Carro de Som: Bakaninha, Gilson


Bakana, Marcelo Guimarães e Nêgo Lindo

Apoio do Carro de Som: Lucas Richard, Igor


Pitta, William Santos, Thiago Acácio e Nurynho

O SAMBA É A VOZ QUE NÃO CALA

Ala 18 – Comunidade
ÁFRICAS – DO BERÇO REAL À CORTE
BRASILIANA (2007)

250
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


David Sabiá e Fernanda Love
NA GINGA DO BALELÉ – CORES NO AR

Ala 19 – Comunidade
UM GRIÔ CONTA A HISTÓRIA: UM
OLHAR SOBRE A ÁFRICA E O
DESPONTAR DA GUINÉ EQUATORIAL
– CAMINHEMOS SOBRE A TRILHA DE
NOSSA FELICIDADE (2015)

Alegoria 03
“A GALINHA DOS OVOS DE OURO”

SETOR 04

Ala 20 – Ala Borboleta / Ala Tom & Jerry


& Ala Dá Mais Vida
EXALTAÇÃO À JOSÉ DE ALENCAR
(1968) / PERI E CECI (1963) / A VIRGEM
DOS LÁBIOS DE MEL – IRACEMA
(2017)

Ala 21 – Comunidade
SONHAR COM REI, DÁ LEÃO (1976)

Destaque de Chão
Sávia David
A BELA DAMA DAS BROMÉLIAS PINTOU
A FLOR MULHER COM SUTILEZA

Ala 22 – Comunidade
MARGARETH MEE, A DAMA DAS
BROMÉLIAS (1994)

Ala 23 – Baianinhas (Comunidade)


BIDU SAYÃO E O CANTO DE CRISTAL
(1995)

251
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Mosquito e Emanuelle Martins
A SIMPLICIDADE DO AMOR, AQUELE
BEIJO NA FLOR

Ala 24 – Ala Amigos do Rei


A SIMPLICIDADE DE UM REI (2011)

Ala 25 – Comunidade
O ASTRO ILUMINADO DA
COMUNICAÇÃO BRASILEIRA (2014)

Ala 26 – Ala 1001 Noites &


Ala Tudo Por Amor
MINEIRINHO GENIAL! NOVA LIMA,
CIDADE NATAL – MARQUÊS DE
SAPUCAÍ, O POETA IMORTAL! (2016)

Alegoria 04
“A CIGARRA E A FORMIGA”

SETOR 05

Ala 27 – Comunidade
A LAPA DE ADÃO E EVA (1985)

Destaque de Chão
Charlene
RAINHA MEDIEVAL NA IDADE DAS
TREVAS

Ala 28 – Comunidade
RATOS E URUBUS, LARGUEM MINHA
FANTASIA (1989)

4º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


José Roberto e Eliana “Naninha” Fidellys
NOBRES SELVAGENS CRIARAM O SEU
APARATO

252
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

Ala 29 – Comunidade
TODO MUNDO NASCEU NU (1990)

Ala 30 – Comunidade
ALICE NO BRASIL DAS MARAVILHAS
(1991)

Ala 31 – Comunidade
BRASIL, UM CORAÇÃO QUE PULSA
FORTE, PÁTRIA DE TODOS OU TERRA
DE NINGUÉM? (2000)

Ala 32 – Comunidade
O POVO CONTA A SUA HISTÓRIA:
SACO VAZIO NÃO PÁRA EM PÉ. A
MÃO QUE FAZ A GUERRA FAZ A PAZ
(2003)

Ala 33 – Comunidade
MONSTRO É AQUELE QUE NÃO SABE
AMAR! OS FILHOS ABANDONADOS
DA PÁTRIA QUE OS PARIU (2018)

Ala 34 – Comunidade
BEIJA-FLOR, GUERREIRA DO POVO,
GUARDIÃ DA FOLIA

Ala 35 – Comunidade
BLOCO DOS SUJOS

Ala 36 – Comunidade
GRUPO DOS BONECÕES

Ala 37 – Velha Guarda


ONTEM, HOJE, SEMPRE BEIJA-FLOR!

Alegoria 05
“A ASSEMBLEIA DOS RATOS”

Destaque de Chão
Cássio Dias
DESFILO TODA GRATIDÃO
253
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa
00 *** INTRODUÇÃO

Há um pensamento que afirma que o maior legado que


podemos deixar para os nossos filhos e para as futuras
gerações é a educação, associada à informação, cultura e
conhecimento.
Esse é um dos maiores lemas da história da Beija-Flor de
Nilópolis, que completou 70 anos dedicados a
compartilhar com a sua Comunidade, a importância de
que o maior patrimônio a se investir é no ser humano.
Para celebrar essa data emblemática, o enredo “Quem
Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” busca
reviver, para as novas gerações que não tiveram a
oportunidade de ver os gloriosos desfiles da Beija-Flor,
um resumo de sua história, com passagens por diversos
enredos que narram temas infantis, as belezas brasileiras,
a ancestralidade africana, ilustres personalidades, bem
como importantes críticas sociais.
Tendo como símbolo que dá nome à Escola o pequeno
pássaro Beija-Flor, nos deparamos assim, sempre diante
de uma fábula, pois toda ação narrada por um animal ou
elementos da natureza que incorporam posturas críticas e
comportamentais tipicamente humanas, é definido como
Fábula.
Sendo assim, “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do
Beija-Flor” é um enredo que revigora, sobre nova
perspectiva, as histórias da Beija-Flor de Nilópolis, tendo
por base e objetivo a educação através das famosas
Fábulas de Esopo.
Aqui reviveremos em Esopo, alguns dos seus célebres
contos como “Vento Norte e o Sol”, “A Raposa e as
Uvas”, “A Galinha dos Ovos de Ouro”, “ A Cigarra e a
Formiga” e “A Assembleia dos Ratos”, oferecendo cada
uma embasamento estrutural para receber personagens
dos enredos homenageados em nova dinâmica e
releitura.
“Quem Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” é
por sua vez, uma nova história e um novo enredo,
olhando para o futuro, porém atentos e aprendendo com
o passado.

254
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 “O VENTO NORTE E O SOL” “O Vento Norte e o Sol” é uma fábula que diz respeito
à importância da educação, e que o melhor modo de se
convencer alguém se dá pela persuasão e pela
inteligência, e não pela força.
Esta fábula foi escolhida para ilustrar tematicamente o
carro Abre-Alas e o Setor 01, que agrupa os enredos
lúdicos e infantis desenvolvidos pela Beija-Flor de
Nilópolis; entre eles, “O Sol da Meia Noite”, “Alice
no País das Maravilhas”, entre outros, que estão
igualmente associados nesta fábula, a transmitir uma
mensagem que se relaciona com a principal
característica do G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis
enquanto instituição, na questão da educação e do
cuidado no dia-a-dia para com sua Comunidade.
A alegoria propõe uma homenagem à cidade de
Nilópolis, que é fundada um ano antes a criação do
bloco Beija-Flor, ilustrando a cena em que Dona
Eulália, mãe dos ritmistas, sugere o nome de “Beija-
Flor” ao bloco. Crianças acompanhadas de livros
reveem o passado atentas ao futuro; é a história
rememorada numa ventania em que imagens correm
na cena, surgindo entre elas, a flâmula da Beija-Flor.
“Quem Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” é
um enredo que trata da educação, é sobre trazer às
novas gerações informações de como surgiu a Escola,
e sobre relevantes personalidades que por aqui
passaram, dando suporte e contribuição em sua
formação; em meio à nuvens, a fábula oferece um
cenário ideal para revisitarmos essa história, desde a
sua fundação até os dias de hoje.

255
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 “A RAPOSA E AS UVAS” Esta fábula tem por objetivo dar releitura ao setor dos
enredos com temáticas nacionais, com ênfase no
enredo “O Vento Corta as Terras dos Pampas – Em
Nome do Pai, do Filho e do Guarani – Sete Povos na
Fé e na Dor, Sete Missões de Amor”, e “Brilhante ao
Sol do Novo Mundo, Brasília: Do Sonho à Realidade,
a Capital da Esperança”, com citações aos enredos de
temática indígena através do grande herói indígena da
luta nos Pampas Sepé Tiajurú.
A ambientação da fábula “A Raposa e as Uvas”
encontra no enredo sobre as Sete Missões, um cenário
peculiar para abrigar a segunda alegoria, em meio às
grandes plantações de uvas típicas da região dos
Pampas, com a raposa brasileira chamada Lobo Guará.
Neste primeiro momento, encontramos a ação que
remete à fábula, na qual a raposa que não alcança as
uvas desdenha de tudo aquilo que não consegue
alcançar, em referência análoga, surge na cena
seguinte o Senado de Brasília, infestado igualmente de
raposas sedentas pelo seu objeto de desejo, “o poder”.
Estas compilações oferecem ao enredo “Quem Não
Viu Vai Ver as Fábulas do Beija-Flor”, revisitar
importantes passagens de enredos desenvolvidos pela
Beija-Flor a uma releitura dinâmica através das
Fábulas de Esopo.

256
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 “A GALINHA DOS OVOS DE Este quadro que ilustra os enredos africanos, busca a
OURO” partir da essência desta fábula, descrever a riqueza desta
cultura proveniente dos ancestrais do povo brasileiro.
Assim como narra este conto, o fazendeiro ganancioso,
não satisfeito com a sua galinha, que esporadicamente
botava ovos de ouro, decide matá-la, na esperança de
encontrar dentro dela, a riqueza imediata, perdendo
assim, seu sustento em função de sua ambição.
Neste mesmo paralelo, retratamos a riqueza da nossa
herança africana no Brasil, cantada e retratada em
inúmeros enredos africanos realizados pela Beija-Flor de
Nilópolis, um povo de história e valor tantas vezes
vilipendiada em nossa sociedade.
Ilustramos aqui essa ideia, como sendo eles, o povo
africano que nasce dentro dos ovos, ao centro de uma
enorme galinha metálica, inspirada metaforicamente na
galinha que todos possuem em casa, no meio urbano, na
qual cada um de nós, habitantes das grandes cidades,
pode possuir em casa uma galinha, e igualmente ser o
fazendeiro ganancioso da fábula dos ovos de ouro. Esta
mesma cena perpassa a condição da grande senzala atual,
em que boa parte da população negra é submetida quanto
a condições e direitos.
O quadro oferece ainda cenas em paralelo, no qual
galinhas d’Angola retratam de modo humorado, os
diversos contextos em que o termo “galinha” ė utilizado
como referência pejorativa ou jocosa, onde vemos um
poleiro com características urbanas repleto de galinhas
poedeiras e não poedeiras em disputa pelo galo, que
pouco se interessa por elas.
A galinha é um forte símbolo em todo o mundo, e que
tem especial identidade na cultura religiosa da África
como um todo. Estas compilações oferecem ao enredo
“Quem Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”,
revisitar importantes passagens de enredos
desenvolvidos pela Beija-Flor a uma releitura dinâmica
através das Fábulas de Esopo.

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 “A FORMIGA E A Esta fábula descreve a respeito da virtude da formiga,


CIGARRA” que trabalha arduamente no verão para poder prover
alimento e prosperidade no período de estiagem no
inverno; enquanto a cigarra, que passa a vida sem se
preocupar com o trabalho, enfrenta dificuldades no
futuro.
Aqui tratamos um paralelo com o setor que
homenageia grandes personalidades que foram
enredos da Beija-Flor de Nilópolis, dentre as quais
muitas delas se destacaram na vida artística, como
Margareth Mee, Bidu Sayão, Roberto Carlos, Boni,
entre outros, que fizeram do ofício artístico, uma
carreira construída com trabalho árduo.
O formigueiro, símbolo do trabalho, é representado
aqui como um set de televisão, demonstrando o
trabalho frenético de tudo aquilo que está envolvido
com a arte. Nesta TV Beija-Flor, seus homenageados
são lembrados nos monitores do estúdio, o qual fez
parte da vida profissional de muitos deles, e ao mesmo
tempo, do conteúdo narrativo e descritivo desta fábula.
Estas compilações oferecem ao enredo “Quem Não
Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”, revisitar
importantes passagens de enredos desenvolvidos pela
Beija-Flor a uma releitura dinâmica através das
Fábulas de Esopo.

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Marcelo Misailidis
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 “A ASSEMBLEIA DOS Esta fábula tem por objetivo aglutinar os enredos com
RATOS” ênfase em críticas sociais, como o antológico “Ratos e
Urubus, Larguem Minha Fantasia”, que não chegou
ao título, mas tornou-se um dos mais importantes
enredos do Carnaval Carioca; “O Povo Conta a sua
História: Saco Vazio Não Pára em Pé – A Mão que
Faz a Guerra Faz a Paz”, e “Monstro é Aquele que
Não Sabe Amar – Os Filhos Abandonados da Pátria
que os Pariu”.
A história desta fábula descreve uma assembleia
constituída por ratos que estavam desesperados com o
gato, que estava dizimando todos os ratos. Eis que um
rato surge trazendo a solução: colocar um sino no
pescoço do gato, para todos estarem alertas quando de
sua aproximação. Quando um rato mais velho
questiona: “Então, quem irá pendurar o sino?”
Esta fábula nos lembra que boas ideias sem aplicação
não valem de nada, não têm serventia…
Neste ambiente, revisitamos os enredos citados acima,
nos quais diversas vezes nos deparamos com ideias e
contextos criados em nossa sociedade, onde
invariavelmente governantes e líderes apresentam
soluções ineficazes, deixando o povo em constante
estado de desamparo.
Não sendo mera coincidência, esta fábula remete
muito à “Ratos e Urubus”, na qual a icônica imagem
do Cristo surge aqui em nova imagem redentora, uma
ideia de esperança porta-voz do povo brasileiro.
Estas compilações oferecem ao enredo “Quem Não
Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”, revisitar
importantes passagens de enredos desenvolvidos pela
Beija-Flor a uma releitura dinâmica através das
Fábulas de Esopo.

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Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Fabíola David Advogada
Micaela David Estudante
Alessandra Pirotelly Empresária
Cláudia Raia Atriz, Bailarina e Produtora
Zezito Ávila Estilista
Marquinhos Jasmim Produtor de Eventos
Jojo Toddynho Cantora
Isabella Santoni Atriz
Yago Gomes “Mapoa Mapoona” Humorista / Youtuber
Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Unidade 11 – Cidade do Samba – Gamboa – Zona Portuária
Diretor Responsável pelo Barracão
Marcos Reis Fernandes e Alexandre Esposito “Jiló”
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Cláudio José Fernandes e Paulo Roberto Quirino João Paulo Ferreira de Souza
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Elson Cardoso, Wagner Amaral, Willian Mansour Glemberg Castro
e João “Sorisso”
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
André Reis – Dedé “Light City” Paulo Mecânico
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Marcos Reis Fernandes - Vice-Presidente Financeiro / Administrador do Barracão
Alexandre Esposito “Jiló” - Diretor de Finanças / Administrador do Barracão
Lemile “Lili” Pessoa - Departamento de Compras
Vanessa Houtet - Departamento de Compras
Natália Louise - Assessoria de Imprensa
Miro Lopes - Departamento de Comunicação Social
Adriane Lins - Designer Gráfica
José Jorge “Baiano” - Laminador Chefe de Equipe
Hilton “Niltinho” - Laminador Chefe de Equipe
Mauro Francisco da Silva - Almoxarife Chefe de Equipe
Mauro “Cara Preta” - Empastelador Chefe de Equipe
Renato da Cruz Cavallari - Eletricista e Manutenção Técnica
Ricardo “Cacá” Reis Belém - Eletricista e Manutenção Técnica
Mário Sérgio - Iluminador Chefe de Equipe
Rogério Wiltgen - Iluminador Chefe de Equipe
Orlando Sérgio - Artista Plástico e Chefe de Equipe da Espuma
Carivardo Vieira e Equipe de Parintins - Movimentação e Técnica de Parintins
Luís da Silva “Xuxa” - Equipe de Ferragem
Rosângela Melo - Relações Públicas
Fernando Mello e Sandro Macedo - Equipe de Marketing

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 O Jardim das Um apanhado de enredos da Beija- Ala das Diretoria de


Maravilhas Flor de Nilópolis que remetem às Crianças – Harmonia e
lembranças (“Vovó e o Rei da Comunidade Evolução
Saturnália na Corte Egipciana” - (1948)
1977) e também às temáticas
lúdicas e infantis (“O Paraíso da
Loucura” - 1979 e “O Sol da Meia-
Noite, uma Viagem ao País das
Maravilhas” - 1980). Um mergulho
no universo encantado das fábulas
no mundo mágico de um Beija-Flor
nascido feito o Rei Menino.

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Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 O Jardim das Um apanhado de enredos da Beija- Ala das Diretoria de


Maravilhas Flor de Nilópolis que remetem às Crianças – Harmonia e
(Continuação) lembranças (“Vovó e o Rei da Comunidade Evolução
Saturnália na Corte Egipciana” - (1948)
1977) e também às temáticas
lúdicas e infantis (“O Paraíso da
Loucura” - 1979 e “O Sol da Meia-
Noite, uma Viagem ao País das
Maravilhas” - 1980). Um mergulho
no universo encantado das fábulas
no mundo mágico de um Beija-Flor
nascido feito o Rei Menino.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Rio Quatro Uma homenagem aos Quatro Comunidade Diretoria de


Séculos de Séculos de Glórias do Rio de (1948) Harmonia e
Glórias (1970) Janeiro, apresentando sua beleza Evolução
natural exuberante, a qual é retratada
também pelo olhar e pelas mãos
singulares do pintor francês Jean-
Baptiste Debret; que através das
suas magníficas obras de arte,
registrou, de forma primorosa e
preciosa, acontecimentos históricos
e de conotação etnográfica do Rio
colonial.

03 Bahia dos Meus Em 1972, o Beija-Flor tornou-se Comunidade Diretoria de


Amores (1972) trovador para reverenciar as (1948) Harmonia e
tradições e os encantos da “Bahia Evolução
dos Meus Amores”, terra de São
Salvador. Bahia, bela e fascinante,
das catedrais e romarias, da lavagem
das escadarias, da fé, do axé, da
mandinga e do patuá; das cores e
sabores que vão do cacau à pimenta.
Como é lindo ver as Baianas nas
calçadas, bem arrumadas,
equilibrando seus tabuleiros sobre as
cabeças e cantando para vender:
“Olha o mungunzá! Olha o doce
ioiô, olha o doce iaiá!”

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

04 O Gigante em Um enredo de exaltação ao Brasil, Comunidade Diretoria de


Berço desde quando os portugueses (1948) Harmonia e
Esplêndido navegavam rumo as Índias e, Evolução
(1984) sonhando com riquezas, tiveram
uma surpresa do destino ao se
deparar com terra a vista: era “O
Gigante em Berço Esplêndido”
(1984), esbanjando beleza! Natureza
exuberante, verde selva estonteante,
cuja brasilidade presente em flores e
bananas fizeram pulsar com alegria
o coração.

05 O Mundo Em 1998, a Beija-Flor viajou pelo Ala das Diretoria de


Místico dos “Mundo Místico dos Caruanas nas Baianas Harmonia e
Caruanas nas Águas do Patu-Anu”, e mostrou a (Comunidade) Evolução
Águas do Patu- força do meu samba ao apresentar (1948)
Anu (1998) um enredo que exaltou a cultura dos
encantados da Ilha de Marajó,
retratando a pajelança cabocla e
propagando as crenças e o folclore
do Estado do Pará, ao difundir sua
missão de curar o mundo evocando
a energia do povo de Auí. Do
Girador nasceu o “Patu-Anu”, o
grande mistério do mundo das
águas, o útero sagrado; sendo um
dos principais Caruanas, o Beija-
Flor.

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Nome da O que Nome da Responsável

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06 Araxá, Lugar Em 1999, a Beija-Flor cantou Comunidade Diretoria de


Alto Onde Araxá, belo recanto de Minas (1948) Harmonia e
Primeiro se Gerais, paraíso hospitaleiro onde do Evolução
Avista o Sol alto se avista o sol primeiro. A
(1999) chegada da Família Real e a
descoberta das propriedades
medicinais e curativas das águas da
região, fonte de conhecimentos para
a ciência, fomentaram o turismo na
região, instituindo um novo ciclo
econômico na cidade, o qual está
intimamente ligado ao mito de Dona
Beija, codinome de Ana Jacinta de
São José.

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Nome da O que Nome da Responsável

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07 Manôa, Manaus, O enredo consagrado bicampeão em Jovem Flu Sérgio Ayub


Amazônia, Terra 2004 abordava a Lenda do Eldorado (1986)
Santa: Alimenta – a suposta existência de uma cidade
o Corpo, repleta de ouro perdida em meio à Karisma Bruno Falcão e
Equilibra a densa floresta – exaltando que a (1997) Thiago Teles
Alma e verdadeira riqueza desse paraíso
Transmite a Paz amazônico são a nossa fauna, as
(2004) nossas belezas naturais e as nossas
riquezas minerais; um canto de fé
em homenagem à nossa rica
biodiversidade, que devemos
preservar.

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08 O Vento Corta O enredo de 2005 consagrou o Comunidade Diretoria de


as Terras dos segundo tricampeonato da Beija- (1948) Harmonia e
Pampas – Em Flor, com uma exaltação às missões Evolução
Nome do Pai, do dos jesuítas que vieram de além-mar
Filho e do com a força da fé catequisar e
Espírito Guarani civilizar os índios Guarani que
– Sete Povos na habitavam as terras dos Pampas, a
Fé e na Dor... chamada Yvy Maraey – “terra sem
Sete Missões de males” – e eram hábeis artesãos de
Amor (2005) peças esculpidas em madeira, as
quais geralmente retratavam os
animais e a natureza da região
missioneira.

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09 Macapaba – Em 2008 a Beija-Flor conquistou Dos Cem Terezinha


Equinócio Solar seu terceiro bicampeonato e viu (1973) Simões Soares
– Viagens brilhar o seu valor com o enredo
Fantásticas ao “Macapaba – Equinócio Solar – Amar é Viver Terezinha
Meio do Mundo Viagens Fantásticas ao Meio do (1973) Alves da Costa
(2008) Mundo”, onde o raro e belíssimo
Beija-Flor Brilho de Fogo, sob o Sol
do novo dia, foi talismã e fonte de
energia ao representar a beleza
abundante e a força da Mãe
Natureza da região de Macapá.

10 Brilhante ao Sol O enredo de 2010, “Brilhante ao Sol Comunidade Diretoria de


do Novo Mundo, do Novo Mundo, Brasília: Do Sonho (1948) Harmonia e
Brasília: Do à Realidade, a Capital da Evolução
Sonho à Esperança”, celebrou os cinquenta
Realidade, a anos da construção de Brasília. No
Capital da coração do Brasil, candangos vindos
Esperança (2010) de todas as regiões do país
realizaram o desejo de construir a
nova capital, onde pode-se ver a arte
do mestre (o consagrado arquiteto
Oscar Niemeyer) que fez do traço,
poema, como a bela Catedral de
Brasília. No Cerrado brasileiro, a
miscigenação se fez raiz, e hoje os
brasilienses são carinhosamente
chamados de “calangos”.

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11 São Luís – O Em 2012, o enredo “São Luís – O Comunidade Diretoria de


Poema Poema Encantado do Maranhão”, foi (1948) Harmonia e
Encantado do uma celebração aos quatrocentos anos Evolução
Maranhão (2012) de fundação da capital do Estado do
Maranhão. Terra da encantaria, onde o
misticismo santo se revela através da
magia das cores e da alegria das fitas
que enfeitam as tradições. O Bumba-
Meu-Boi vem de lá, estrela do
folclore cujo o brilho farto conduz à
riqueza e ao encanto de suas festas;
divinas celebrações onde impera a
alegria e destacam-se símbolos
expoentes, como a máscara da
personagem Cazumbá.

12 A Criação do “A Criação do Mundo na Tradição É Nessa Que Hélio Malveira


Mundo na Nagô” conta o mito da criação do Eu Vou e Luiz
Tradição Nagô mundo segundo a cultura yorubá, (2012) Fernando da
(1978) trazida para o Brasil por três princesas Silva
africanas capturadas como escravas –
Iyá Kalá, Iyá Detá e Iyá Nassô. Bailou Cabulosos Luizinho
no ar o ecoar de um canto de alegria, (1967) Cabuloso
onde a divina senhora Oduduá e o
Deus Obatalá travaram um duelo de
amor e surgiu a vida com seu
esplendor. Oduduá de cinco galinhas
d’Angola fez a terra, de pombos
brancos criou o ar; um camaleão
dourado transformou em fogo, e
caracóis no mar. A fabulosa viagem
iluminada de prata acerca da
formação física da Terra perpassa por
animais associados aos orixás, cada
qual com sua simbologia.

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13 A Grande “A Grande Constelação das Estrelas Signus Débora Rosa


Constelação das Negras” foi uma louvação à beleza, (1972) Santos Cruz
Estrelas Negras ao talento e à bravura das raízes Costa
(1983) negras; uma homenagem à raça
negra feita através de reluzentes e Vamos Nessa Antônio
carismáticas personalidades afro- (1969) Rodrigues
brasileiras: Clementina de Jesus, “Tuninho”
Ganga-Zumba, Luana, Pinah,
Grande Otelo e Pelé. Quanto amor
pelo enredo que, em 1983, com todo
o seu esplendor, conquistou mais um
título no Carnaval para a Beija-Flor!

* Pinah, a Pinah Ayoub é uma destaque da Destaque de Pinah Ayoub


Cinderela Negra Beija-Flor que, com mérito e Chão
(1983) carisma, alcançou o posto de musa e
símbolo da Escola. A imagem
marcante daquela mulher negra,
linda, de sorriso expressivo e careca,
que quebrou protocolos e ao
Príncipe Charles (da Inglaterra)
encantou, rodou o mundo, e fez com
que Pinah ficasse
internacionalmente conhecida como
“A Cinderela Negra”.

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14 Cortejo da Pinah Ayoub ficou conhecida no Comunidade Diretoria de


Cinderela Negra Brasil e no mundo como “A (1948) Harmonia e
– As Musas Cinderela Negra”, e se tornou um Evolução
Carecas da ícone – “a Careca da Beija-Flor”,
Beija-Flor (1983) após o episódio inusitado onde
dançou com o Príncipe Charles,
ingenuamente, sem saber de fato que
se tratava do herdeiro do trono
britânico. Se tornou inspiração para
uma legião de mulheres corajosas,
decididas e de personalidade forte
que, em sua homenagem, rasparam a
cabeça para integrar o Cortejo da
Cinderela Negra – As Musas
Carecas da Beija-Flor.

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15 Sou Negro, do Em 1988, ano do centenário da Comunidade Diretoria de


Egito à abolição da escravatura, o enredo (1948) Harmonia e
Liberdade (1988) “Sou Negro do Egito à Liberdade” Evolução
veio pra contar os cem anos da
libertação dos negros feitos
escravos, através de uma proposta
que identifica paralelos e
semelhanças entre as divindades do
Egito antigo e os orixás africanos,
representações de forças da natureza
refletidas em biótipos humanos,
animais e outros planos. Através de
similitudes entre as culturas egípcia
e nagô, é apresentado um
sincretismo entre as divindades, tais
como Hórus e Xangô, e Ísis e
Iemanjá – as grandes mães.

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16 Axé que no Passista é o termo designado àqueles Ala das Diretoria de


Sangue Herdei que dançam bem o Samba, que Passistas – Harmonia e
fazem os passos característicos de Comunidade Evolução
maneira diferenciada, com maestria, (1948)
em especial nos desfiles das Escolas
de Samba. Carregam no sangue azul
e branco o axé herdado das raízes e
origens de matizes africanas.

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* A Rainha A Rainha Agotime do místico clã de Rainha de Raíssa Oliveira


Agotime e A Daomé, era a segunda esposa do Rei Bateria
Eterna Rainha Agongolo. Ficou conhecida em seu
Soberana de reino pelas histórias que contava e e
Daomé sobre seus ancestrais e o culto aos
reis mortos. Guardiã de segredos Destaque de Sônia Capeta
mágicos, com a morte do rei e sob Chão
um novo governo tirânico e cruel
por parte de seu enteado, Agotime é
isolada e escravizada por feitiçaria.
Mas seu espírito permanecera livre,
seguindo o seu destino na busca por
sua ancestralidade, e na luz de seus
voduns, simbolizados pela pantera
negra, fundou a Casa das Minas,
sendo coroada a eterna Rainha
Soberana de Daomé.

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17 A Saga de “A Saga de Agotime – Maria Bateria Mestres Plínio


Agotime, Maria Mineira Naê” (2001) contou a (Comunidade) de Moraes e
Mineira Naê história de uma rainha africana em (1948) Rodney
(2001) Daomé, feiticeira e redentora dos Ferreira
cultos Mina-Jeje, que chegou ao
novo continente escravizada mas
com o espírito livre, pronto para
cumprir a sua saga e fazer ouvir os
tambores tocados com alma por
ogãs inspirados por velhos espíritos
africanos, que ecoavam por ocasião
das festas e da religião. À luz de
seus voduns guardiões panteras
negras, viu seu tambor ecoar em São
Luiz do Maranhão com energia e
vibração.
18 Áfricas – Do Em 2007 o enredo “Áfricas – Do Comunidade Diretoria de
Berço Real à Berço Real à Corte Brasiliana” foi (1948) Harmonia e
Corte Brasiliana consagrado campeão. Uma viagem à Evolução
(2007) África – o berço real da
humanidade, e como após a diáspora
africana, os filhos e filhas da
Majestade Negra, nobreza
desembarcada, foram criando novas
pequenas Áfricas de lutas e de
glórias em terras brasileiras; espaços
de resistência e preservação da
cultura e identidade africanas – aqui
representadas pelo leão nativo das
savanas africanas e símbolo de
Xangô, o orixá da justiça,
representação máxima do poder de
Olorum na Casa Nagô – de quem
sangrou pela história e constituiu a
Corte Brasiliana.

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Fantasia Representa Ala pela Ala
19 Um Griô Conta a O enredo campeão narrado pelo Comunidade Diretoria de
História: Um Griô apresentou o olhar do sábio (1948) Harmonia e
Olhar Sobre a ancião sobre um pedaço da África Evolução
África e o recente localizado do outro lado do
Despontar da Oceano: a Guiné Equatorial; um
Guiné país jovem, cujos nativos e
Equatorial – guerreiros de tribos antigas são os
Caminhemos guardiões dos costumes e dos ritos
Sobre a Trilha tradicionais, preservando a cultura e
da Nossa a memória ancestral através da
Felicidade (2015) oralidade. Na Trilha da Felicidade
revela-se expoente o despertar da
Guiné Equatorial, refletida nas cores
e nas estampas dos tecidos, nas
máscaras e esculturas que imprimem
à essa gente uma negritude de traços
tão marcantes.

20 Exaltação à José Exaltação à José de Alencar (1968), Borboleta “Néa”


de Alencar foi a primeira homenagem ao (1975) Waldinéa
(1968) / Peri e admirável escritor cearense feita Nocciolli
Ceci (1963) / A pela Beija-Flor. Posteriormente, o
Virgem dos fundador do romance indianista de Tom e Jerry Rogério
Lábios de Mel – temática nacional teve outras duas (1976) Coutinho
Iracema (2017) de suas obras expoentes retratadas
nos nossos festejos carnavalescos: as Dá Mais Vida Ana Maria
personagens Peri e Ceci (1963), de (1978) Mascarenhas
“O Guarani”, e A Virgem dos Rebouças
Lábios de Mel (2017), de
“Iracema”.

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21 Sonhar com Rei, Em 1976, a Beija-Flor ousou apresentar Comunidade Diretoria de


Dá Leão (1976) um enredo que tratava o jogo do bicho (1948) Harmonia e
de forma lúdica, em uma homenagem Evolução
subliminar ao eterno Natal (Natalino
José do Nascimento) – patrono emérito
da madrinha Portela. O samba
antológico de Neguinho da Beija-Flor
conta que, sem contemplação, o sorteio
popular mexeu com o imaginário
popular, e desta brincadeira, quem
tomou conta em Madureira foi Natal, o
bom Natal, que na tradição do Carnaval
viu a sua alma de águia branca ser
saudada pela majestade, o samba.
“Sonhar com Rei dá Leão”, arrebatou a
festa de real valor e mostrou que o
palpite era certo, quebrando a
hegemonia das “quatro grandes”
(Portela, Mangueira, Império Serrano e
Salgueiro) e consagrando a Beija-Flor
de Nilópolis com seu primeiro
campeonato no concurso de elite, hoje
chamado Grupo Especial.

* A Bela Dama das A botânica Margareth Mee, a bela Destaque de Sávia David
Bromélias Pintou Dama das Bromélias, retratou as Chão
a Flor Mulher riquezas naturais brasileiras e
com Sutileza bromélias de rara beleza em suas
obras de arte, onde pintou a flor
mulher com sutileza, sendo premiada
no Brasil e Corte inglesa.

277
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

22 Margareth Mee, Margareth Mee foi uma diferenciada Comunidade Diretoria de


a Dama das artista botânica inglesa exploradora (1948) Harmonia e
Bromélias (1994) da floresta tropical que se tornou Evolução
especialista na exuberante Amazônia
brasileira repleta de lindas
borboletas. Lutando pela
preservação da natureza e contra a
extinção da flora, a “Lady” por
bromélias foi saudada, e da
primavera, com amor, foi rainha
coroada pela Beija-Flor.

23 Bidu Sayão e o A cantora lírica Bidu Sayão, bela Baianinhas – Diretoria de


Canto de Cristal menina com voz de cristal que se Comunidade Harmonia e
(1995) destacou brilhantemente na ópera (1948) Evolução
Cisne Negro, foi homenageada em
1995. Deslumbrava multidões com
seu canto divinal, encantando
corações. Diva internacional,
sacudiu a Passarela com seu canto
lírico feliz, tornando-se musa na
Sapucaí ao exaltar Bachianas e o
Guarani.

278
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

24 A Simplicidade Novamente a saudade vem pra Amigos do Rei Diretoria de


de um Rei (2011) reviver o tempo que passou, Harmonia e
lembrança que ficou de momentos Evolução
inesquecíveis do Carnaval 2011,
quando o amor invadiu a alma e a
Beija-Flor levou para a Avenida
uma homenagem ao cantor Roberto
Carlos, ídolo consagrado Rei devido
ao seu expoente talento, carisma e
humildade indiscutíveis.
Comandante dos nossos corações e
de shows realizados em grandiosos
navios, assumidamente apaixonado
pelas cores azul e branco, mais uma
vez vamos botar pra fora a
felicidade de mostrar pro mundo
como é grande o nosso amor por
você!

25 O Astro Em 2014 estava no ar a mensagem Comunidade Diretoria de


Iluminado da de um Beija-Flor: uma viagem no (1948) Harmonia e
Comunicação tempo para contar a história, a Evolução
Brasileira (2014) trajetória e a importância do
sonhador José Bonifácio de Oliveira
Sobrinho, o Boni, para a
comunicação no Brasil. Visionário,
determinado, predestinado ao
sucesso, Boni trabalhou em
diferentes mídias e foi mais além,
alavancou especialmente a maneira
de se fazer televisão no país, sendo
considerado um mago, “O Astro
Iluminado da Comunicação
Brasileira”.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
26 Mineirinho Em 2016 celebramos Cândido José 1001 Noites Luiz Figueira
Genial! Nova de Araújo Viana – o Marquês de (1980)
Lima, Cidade Sapucaí, nascido em Nova Lima,
Natal – Marquês cidade natal (Minas Gerais). Tudo Por Élcio Chaves
de Sapucaí, o Homem de real valor chamado Amor de Almeida
Poeta Imortal! Executivo do Império, foi (1993)
(2016) responsável por grandes realizações
em benefício público, deixando em
seu legado a primazia pelo Brasil de
Norte a Sul. Poeta, músico, escritor,
um mineirinho genial que o Rio
imortalizou ao nomear a Passarela
do Samba – um templo sagrado à
luz do luar – de Avenida Marquês de
Sapucaí.

27 A Lapa de Adão O enredo “A Lapa de Adão e Eva”, Comunidade Diretoria de


e Eva (1985) inspirado no livro “O Homem e a (1948) Harmonia e
Guanabara”, apresenta o Rio de Evolução
Janeiro enquanto a cidade Babel
berço do planeta; uma espécie de
“versão tropical da Bíblia”, onde o
boêmio bairro da Lapa é o paraíso
do prazer e do pecado, apresentado
delirantemente colorido em meio ao
caos e a luxúria da vida
contemporânea. Coração de serpente
– representada por Madame Satã,
um malandro travesti visto como
personagem emblemática da vida
noturna e marginal carioca – não se
engana, fez Adão provar a maçã e
Eva comer a banana.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

* Rainha Medieval Em uma alusão ao paradoxal e Destaque de Charlene


na Idade das expressionista desfile de “Ratos e Chão
Trevas Urubus, Larguem Minha Fantasia”
(1989), o caos do Lixo das Trevas é
representado por uma luxuosa
Rainha da Corte Medieval.

28 Ratos e Urubus, “Ratos e Urubus, Larguem Minha Comunidade Diretoria de


Larguem Minha Fantasia”, enredo de 1989, foi um (1948) Harmonia e
Fantasia (1989) dos desfiles mais marcantes da Evolução
história do Carnaval; antológico, por
muitos considerado o desfile do
século. A Beija-Flor derramou na
Avenida frutos da imaginação
revolucionária de Joãozinho Trinta, e
fez uma crítica social com maestria,
apresentando um imprevisível e
desconcertante contraste
complementar: o luxo e a pobreza
num mundo de ilusão, onde o urubu
que revira a xepa do lixo das trevas,
na vida é mendigo, mas é o rei da
folia. A loucura é geral, alegria e
manifestação levam o público ao
delírio, mas a Escola acaba
conquistando, por critério de
desempate, um polêmico vice-
campeonato.

281
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

29 Todo Mundo “Todo Mundo Nasceu Nu” (1990) Comunidade Diretoria de


Nasceu Nu foi um enredo delirante, subjetivo e (1948) Harmonia e
(1990) polêmico; uma viagem que Evolução
dissertava sobre a existência e a
extinção dos dinossauros, cujas
matérias orgânicas originaram o
petróleo, motivo de ganância a ser
solucionado pela esperança trazida
nas lições deixadas pela natureza.
Na ocasião, a marcante Comissão de
Frente apresentou homens das
cavernas vestidos com peles de
animais e armados com lanças de
pedra.

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Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

30 Alice no Brasil Inspirado no universo prodigioso e Comunidade Diretoria de


das Maravilhas mágico da obra-prima da literatura (1948) Harmonia e
(1991) infantil de Lewis Caroll, o enredo Evolução
“Alice no Brasil das Maravilhas”
(1991) é uma analogia delirante que
propôs crítica social. Brincando com
a imaginação, a Rainha de Copas
com seu Jaguadarte a tiracolo brada
“Cortem-lhes a cabeça!” de todos
aqueles que se dedicam a prejudicar
o Brasil, enquanto a menina Alice
entra na toca do coelho apressado,
cai no abismo e se perde,
descobrindo a árdua realidade das
crianças de rua brasileiras e se
pergunta: “O que será de mim?”.

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31 Brasil, um Com a miscigenação, o Brasil Comunidade Diretoria de


Coração que passou a ser considerado a pátria de (1948) Harmonia e
Pulsa Forte, todos os povos, uma nação onde Evolução
Pátria de Todos imperava a ordem, o progresso, o
ou Terra de perdão. Mas o Homem falhou
Ninguém (2000) novamente na missão de transformar
o lugar escolhido para ser a terra
prometida quando teve seus direitos
arrancados pelas mãos dos
governantes, e o Brasil virou uma
terra sem dono, sem leis, um grande
circo. Mesmo assim, o frágil, aflito e
necessitado povo brasileiro,
abandonado e feito de palhaço pelo
Poder Público, acostumado a “pagar
o pato”, busca encontrar forças para
sorrir e fazer a festa ainda que com
sua dignidade ferida.

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Nome da O que Nome da Responsável

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32 O Povo Conta a No enredo campeão de 2003, o povo, Comunidade Diretoria de


sua História: sempre tratado como “palhaço”, no (1948) Harmonia e
Saco Vazio Não sentido pejorativo da palavra, contou a Evolução
Pára em Pé. A sua história e alertou: “Saco Vazio Não
Pára em Pé!”. Um clamor à divina luz
Mão que Faz a
que nos conduz para clarear o nosso
Guerra Faz a caminhar, trazendo uma overdose de
Paz (2003) amor e paz para combater as diversas
mazelas sociais, e para que a cultura
desse país não seja tratada como lixo,
como algo que possa ser “descartável”.

33 Monstro é O enredo “Monstro é Aquele que Não Comunidade Diretoria de


Aquele que Não Sabe Amar – Os Filhos Abandonados (1948) Harmonia e
Sabe Amar! Os da Pátria que os Pariu” é uma analogia Evolução
Filhos contemporânea suscitada através da
perspectiva de espelhamento da obra
Abandonados da
“Frankenstein ou o Prometeu
Pátria que os Moderno” (escrita pela jovem inglesa
Pariu (2018) Mary Shelley); onde o monstro, carente
de amor e de ternura, foi criado a partir
de pedaços costurados que ganham vida
através de descargas elétricas. Retalhos
da ambição, da ganância, do abandono
e da intolerância do próprio Criador, tal
qual ocorre com os filhos abandonados
da pátria que os pariu, alvos da mira do
desprezo e da segregação, vítimas das
mazelas sociais mais gritantes que
assolam o Brasil.

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34 Beija-Flor, A logomarca do G.R.E.S. Beija-Flor Comunidade Diretoria de


Guerreira do de Nilópolis apresenta uma flor (1948) Harmonia e
Povo, Guardiã multicolorida, composta por pétalas Evolução
da Folia em formato de corações, onde pulsa
o amor ao próximo, sendo que cada
cor tem um significado específico: o
verde representa a vida, a natureza, a
nossa fauna e flora tão ricas, e a
nossa preocupação com a questão da
sustentabilidade e para com o meio
ambiente; o vermelho representa a
nossa garra, a nossa paixão, a nossa
força; o laranja, a energia, o
entusiasmo, a criatividade; o roxo
simboliza transformação, sabedoria
e educação; e o amarelo, a alegria, a
animação e entretenimento. Por que
a Beija-Flor é uma Escola que por
essência, agrega as pessoas
respeitando as suas individualidades,
defendendo valores como a
igualdade e a diversidade.

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Nome da O que Nome da Responsável

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35 Bloco dos Sujos Os denominados Blocos dos Sujos Comunidade Diretoria de


são manifestações populares típicas (1948) Harmonia e
do Carnaval de Rua no Brasil, onde Evolução
um grupo de foliões, com fantasias
diversas, esquece a dor e só quer
sambar e se divertir pelas ruas da
cidade, embalados por
marchinhas carnavalescas e sambas-
enredo das Escolas de Samba.
Apesar de todos os problemas e
mazelas sociais, é no Carnaval que o
povo esquece a dor e só quer
sambar, extravasando de alegria.

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Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

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35 Bloco dos Sujos Os denominados Blocos dos Sujos Comunidade Diretoria de


(Continuação) são manifestações populares típicas (1948) Harmonia e
do Carnaval de Rua no Brasil, onde Evolução
um grupo de foliões, com fantasias
diversas, esquece a dor e só quer
sambar e se divertir pelas ruas da
cidade, embalados por
marchinhas carnavalescas e sambas-
enredo das Escolas de Samba.
Apesar de todos os problemas e
mazelas sociais, é no Carnaval que o
povo esquece a dor e só quer
sambar, extravasando de alegria.

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Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
36 Grupo dos Personagens tradicionais dos antigos Comunidade Diretoria de
Bonecões carnavais caracterizadas por um (1948) Harmonia e
tamanho desproporcional fazem Evolução
uma analogia à grandeza do
Carnaval, que supera crises,
preconceitos, menosprezo, e se
mantém sólido enquanto a maior
festa popular à céu aberto do
Planeta, o maior espetáculo da Terra,
a expressão da identidade cultural
genuinamente brasileira.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco, Léo Mídia e Fabynho Santos
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

36 Grupo dos Personagens tradicionais dos antigos Comunidade Diretoria de


Bonecões carnavais caracterizadas por um (1948) Harmonia e
(Continuação) tamanho desproporcional fazem Evolução
uma analogia à grandeza do
Carnaval, que supera crises,
preconceitos, menosprezo, e se
mantém sólido enquanto a maior
festa popular à céu aberto do
Planeta, o maior espetáculo da Terra,
a expressão da identidade cultural
genuinamente brasileira.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
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37 Ontem, Hoje, A Velha Guarda, composta por um Velha Guarda Diretoria de


Sempre Beija- elegante grupo de sambistas mais Harmonia e
Flor! experientes, é a guardiã da nossa Evolução
história, da nossa memória, da nossa
identidade cultural enquanto Escola
de Samba, e das nossas mais caras
tradições. É a ponte entre as nossas
origens desde a nossa fundação até o
legado que queremos deixar para as
futuras gerações nilopolitanas.
Desfilam toda a gratidão pelo nosso
amado Pavilhão azul e branco
também carinhosamente chamado
de Festival de Prata.

* Desfilo Toda Hoje, eu, Beija-Flor, desfilo toda Destaque de Cássio Dias
Gratidão gratidão pelo Samba no pé cheio de Chão
galhardia, elegância e gingado da
nação nilopolitana, bem como pelo
sorriso alegre do sambista, que fez
de mim, passarinho pequenino, lá
das terras de Nilópolis, na Baixada
Fluminense, ser consagrado ave
Maravilhosa e Soberana, a Deusa
da Passarela Marquês de Sapucaí.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Pracinha Wallace Paes Leme, nº. 1.652 – Nilópolis
Diretor Responsável pelo Atelier
Elizabete Franques Leite – Beth
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Admilde Silvino de Souza – “Dona Nequinha” Daniel Franques
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Eduardo dos Anjos José Francisco
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Outras informações julgadas necessárias

292
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba-Enredo Di Menor, Júlio Assis, Kirraizinho, Diego Oliveira, Fabinho Ferreira e
Diogo Rosa, Dr. Rogério, Carlinhos Ousadia, Márcio França, Kaká
Kalmão, Jorge Aila e Sérginho Aguiar.
Presidente da Ala dos Compositores
J. Velloso (Jorge Velloso)
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
45 Pereirão Kirraizinho
(quarenta e cinco) 75 anos (13/05/1941) 27 anos (20/08/1989)
Outras informações julgadas necessárias
Nascido feito o Rei Menino
Em ninho de amor e humildade
Meu Pai direcionou o meu destino
Voar nas asas da felicidade
E arrisquei um voo nesse lindo azul
Um mundo encantado pude recordar
Em fábulas bordei a fantasia
Ê saudade que mareja o meu olhar
Herdeiro dessa terra me tornei
Cantei nossos recantos, tradições
Sou eu aquele festival de prata
Que na pista arrebata tantos corações
Ô ô ô ô axé que no sangue herdei
No meu Quilombo, todo negro é rei!
Abre a senzala! abre a senzala!
Nesse terreiro o samba é a voz que não cala
Cresci, ouvindo acordes entre doces melodias
A bela dama retratada em poesia e o canto de cristal
A simplicidade no amor, aquele beijo na flor
Fez mais um sonho real
Pátria amada da ganância
Eu pedi socorro pelos filhos teus
Algoz da intolerância
Mesmo proibido, fui a voz de Deus
Toda essa grandeza, vem da nossa gente
Que esquece a dor e só quer sambar
É... por esse amor
Que o meu valor me faz brilhar!
Comunidade me ensinou
A ser apaixonado como eu sou (eu sou!!!)
Ontem, hoje, sempre Beija-Flor!
Oh! Deusa!
Tem festa no meu coração
Desfilo toda gratidão
Razão do meu cantar
A luz do meu viver
O que seria de mim sem você?!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Mestres Plínio de Morais e Rodney Ferreira
Outros Diretores de Bateria
Anderson Miranda “Kombi”, Adelino Vieira “Saú do Gaz”, Clóvis (Vivinho / “Pai-de-Santo”),
Thiago, Michel, Laísa Lima, Xunei, Marlon, Rogério Monteiro Félix “Pó de Mico”, Zé Carlos,
Carlos Alberto, Orelha e Jonny Alves
Total de Componentes da Bateria
280 (duzentos e oitenta) componentes
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
10 10 16 0 01
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
113 0 36 0 40
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
0 0 12 0 36
Outras informações julgadas necessárias

(*) Componentes / ritmistas que tocam Frigideira: 06

A Saga de Agotime, Maria Mineira Naê (2001) – Bateria

“A Saga de Agotime – Maria Mineira Naê” (2001) contou a história de uma rainha africana em
Daomé, feiticeira e redentora dos cultos Mina-Jeje, que chegou ao novo continente escravizada
mas com um espírito livre, pronto para cumprir a sua saga e fazer ouvir os tambores tocados com
alma por ogãs inspirados por velhos espíritos africanos, que ecoavam por ocasião das festas e da
religião. À luz de seus voduns guardiões panteras negras, viu seu tambor ecoar em São Luiz do
Maranhão com energia e vibração.

(**) Observação: Neide Tamborim, ritmista premiada com o Troféu Estandarte de Ouro, por
também acumular o cargo de Musa da Escola, é a única componente da Bateria que há anos se
apresenta com uma fantasia diferenciada (respectivo figurino segue abaixo), mas obviamente,
embebida do mesmo significado e representatividade (consoante descrito acima).

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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Valber Frutuoso
Outros Diretores de Harmonia
Simone Sant’ana, Edson dos Reis, Osvaldo Luiz Correia Geraldo e Inêz Sodré
Total de Componentes da Direção de Harmonia
80 (oitenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete Oficial: Neguinho da Beija-Flor;
Cantores do Carro de Som: Bakaninha, Gilson Bacana, Marcelo Guimarães e Nêgo Lindo
Apoio Carro de Som: Lucas Richard, Igor Pitta, William Santos, Thiago Acacio e Nurynho
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Betinho Santos – Diretor Musical – Primeiro Cavaco – Harmonia de Cordas;
Julio Cesar Assis – Segundo Cavaco– Harmonia de Cordas;
Alan Vinícius – Violão Sete Cordas – Harmonia de Cordas;
Jonathan Lima – Terceiro Cavaco – Harmonia de Cordas.
Outras informações julgadas necessárias

Demais Diretores de Harmonia e Evolução:


Airton Pinto Junior, Alessandra de Oliveira Santos Aragão, Alex Ramalho de Oliveira, Aline Souza
da Silva, Aroldo Carlos da Silva, Arthur Francisco Conceição, Bherna de Francy, Francisco de Assis
dos Santos, Carla Cachoeira Santana, Carlos Dantas, Cássio Dias, Cátia Cristina Sant’Ana, Celso,
Cláudia Lucia Vitor, Cláudio de São Justo (Magal), Eduardo Jorge Cardoso da Silva, Eduardo
Rodrigues Saadi, Emerson da Silva, Evandro da Silva, Fabio Francisco de Oliveira, Fernanda Souza
Mendes, Georgina Martins da Silva, Hélio Carlos Malveira, Igor de Almeida, Janete Ferreira da
Silva Santos, Jorge André de Moraes, Jorge Bonifácio (Cangica), Jorge Fernando, Jorge Pitanga,
Jucemar dos Santos Esteves, Leandro da Motta Figueiredo, Leonilda Márcia da Silva, Lúcia Alves
Boiça, Luciana Araújo Alves de Mendonça, Luciana Castro da Silva, Luis Claudio da Silva dos
Santos, Luiz Fernando da Silva “Luisinho”, Luiz Grand, Marcelo da Silva Oliveira, Marcelo
Martins, Marcelo Pierri, Márcio Luiz da Silva Antônio, Marcos Ferreira de Araújo, Marcos Jansen,
Maria Rita dos Santos, Mariza dos Santos, Mauricio Carim Silva, Patrícia Bento, Michel, Reginaldo
Souza Cruz (Tiquinho), Patrícia Lima Pinho, Roberta Pachá Bichara, Roberto de Barros Tostes,
Rodrigo, Rosana Cristina da Silva Flausino, Rosângela Simões de Oliveira Velloso, Rosilene Sodré
Moura, Ruggery Guto, Saulo Tinoco, Sérgio Maciel de Azevedo, Sérgio Roberto dos Santos, Sheyla
Regina Alves Boiça, Shirleise Valéria Costa dos Santos Collins, Valéria Brito, Valéria Maria Rosa,
Valtemir Valle Miranda da Silva, Vanda Mercedes Correia, Viviane Gomes Antunes, Wanderson
Bilchez Torres.

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Evolução

Diretor Geral de Evolução


Valber Frutuoso
Outros Diretores de Evolução
Simone Sant’ana, Edson Reis, Osvaldo Luiz Correia Geraldo e Inêz Sodré
Total de Componentes da Direção de Evolução
80 (oitenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Raíssa Oliveira (Rainha de Bateria) e Charlene Costa
Principais Passistas Masculinos
Cássio Dias
Outras informações julgadas necessárias

Demais Diretores de Harmonia e Evolução:


Airton Pinto Junior, Alessandra de Oliveira Santos Aragão, Alex Ramalho de Oliveira, Aline Souza
da Silva, Aroldo Carlos da Silva, Arthur Francisco Conceição, Bherna de Francy, Francisco de Assis
dos Santos, Carla Cachoeira Santana, Carlos Dantas, Cássio Dias, Cátia Cristina Sant’Ana, Celso,
Cláudia Lucia Vitor, Cláudio de São Justo (Magal), Eduardo Jorge Cardoso da Silva, Eduardo
Rodrigues Saadi, Emerson da Silva, Evandro da Silva, Fabio Francisco de Oliveira, Fernanda Souza
Mendes, Georgina Martins da Silva, Hélio Carlos Malveira, Igor de Almeida, Janete Ferreira da
Silva Santos, Jorge André de Moraes, Jorge Bonifácio (Cangica), Jorge Fernando, Jorge Pitanga,
Jucemar dos Santos Esteves, Leandro da Motta Figueiredo, Leonilda Márcia da Silva, Lúcia Alves
Boiça, Luciana Araújo Alves de Mendonça, Luciana Castro da Silva, Luis Claudio da Silva dos
Santos, Luiz Fernando da Silva “Luisinho”, Luiz Grand, Marcelo da Silva Oliveira, Marcelo
Martins, Marcelo Pierri, Márcio Luiz da Silva Antônio, Marcos Ferreira de Araújo, Marcos Jansen,
Maria Rita dos Santos, Mariza dos Santos, Mauricio Carim Silva, Patrícia Bento, Michel, Reginaldo
Souza Cruz (Tiquinho), Patrícia Lima Pinho, Roberta Pachá Bichara, Roberto de Barros Tostes,
Rodrigo, Rosana Cristina da Silva Flausino, Rosângela Simões de Oliveira Velloso, Rosilene Sodré
Moura, Ruggery Guto, Saulo Tinoco, Sérgio Maciel de Azevedo, Sérgio Roberto dos Santos, Sheyla
Regina Alves Boiça, Shirleise Valéria Costa dos Santos Collins, Valéria Brito, Valéria Maria Rosa,
Valtemir Valle Miranda da Silva, Vanda Mercedes Correia, Viviane Gomes Antunes, Wanderson
Bilchez Torres.

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Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Almir José dos Reis
Diretor Geral de Carnaval
-
Outros Diretores de Carnaval
Anderson Müller e Marcelo Misailidis – Diretores Artísticos
Responsável pela Ala das Crianças
Luciana Araújo Alves de Mendonça
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
80 53 27
(oitenta) (cinquenta e três) (vinte e sete)
Responsável pela Ala das Baianas
Márcio Luiz da Silva Antônio e Lúcia Alves Boiça
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Maria Gomes de Souza Patrícia Corrêia de Melo
(oitenta) 85 anos 35 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Dona Débora Rosa
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
72 Martha de Souza Costa Sueli Martins de Souza
(setenta e dois) 94 anos 62 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Anderson Müller (Ator e Diretor), Boni (Comunicador e Empresário), Cláudia Raia (Bailarina e
Atriz), Edson Celulari (Ator), Pinah Ayoub (Destaque e Empresária), Sônia Capeta (Destaque de
Chão), Jojo Toddynho (Cantora), Isabella Santoni (Atriz) e Yago Gomes “Mapoa Mapoona”
(Humorista / Youtuber)
Outras informações julgadas necessárias

Gabriel David – Conselheiro

297
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Marcelo Misailidis
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Marcelo Misailidis
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 0 15
(quinze) (quinze)
Outras informações julgadas necessárias

O Bloco dos Animais

Era dia de Natal, quando foi fundado, há 70 anos atrás, o que viria a se tornar o G.R.E.S. Beija-Flor
de Nilópolis. Surgia naquela tarde, um bloco que ainda não possuía nome, até que Dona Eulália,
mãe dos ritmistas fundadores, ao ver que se aproximavam beija-flores de uma árvore, sugeriu dar o
nome de “Beija-Flor” ao bloco.
A partir da fundação da Beija-Flor, nasce a inspiração temática da Comissão de Frente, levando em
consideração que toda narrativa feita por um animal ou ser da natureza que ganhe características
psicológicas ou comportamentais humanas narra uma fábula, estamos aqui diante de mais uma nova
fábula.
Como pano de fundo, partimos da emblemática obra de Seans Sans, “O Carnaval dos Animais”,
que se adapta precisamente a esta recriação fabular intitulada aqui de “O Bloco dos Animais”. Em
primeiro plano, uma revoada de beija-flores representando a inspiração que dá nome ao bloco; na
sequência, a bicharada invade a Avenida, numa ação que remete ao primeiro título da Beija-Flor, no
ano de 1976, abordando a temática do jogo do bicho. Várias dessas personagens virão a seguir como
protagonistas das fábulas ilustradas em alegorias deste enredo: "Quem Não Viu Vai Ver – As
Fábulas do Beija-Flor", que ilustra os 70 anos de história da Agremiação, e ao mesmo tempo, recria
a cena que dá origem ao atual G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis, numa ação que une fatos reais à
uma abstração infantil retratada como as belas Fábula de Esopo.

Equipe de Colaboradores:
• Figurinos: Úrsula Felix e Tania Agra
• Cenotécnico: Fernando Soares e Pedro Almeida
• Assistente cenotécnico: Israel Florêncio
• Assistentes coreográficos: Romero Monteiro, Fabrício Ligiero e Marcio Vieira
• Maquiagem: Domitila Ferreira
• Adereços: Derô Martín

298
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Claudinho Souza 46 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Selminha Sorriso 47 anos
2º Mestre-Sala Idade
David Sabiá 32 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Fernanda Love 31 anos
3º Mestre-Sala Idade
Mosquito 37 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Emanuelle Martins 22 anos
4º Mestre-Sala Idade
José Roberto 28 anos
4ª Porta-Bandeira Idade
Eliana “Naninha” Fidellys 37 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Claudinho Souza e Selminha Sorriso


CASAL DE BEIJA-FLORES ENCANTADOS – BAILANDO E RODOPIANDO PELOS
ARES

O celestial casal de beija-flores encantados – ele, o narrador-personagem, ela, a ave consagrada


soberana – cruza a pista bailando e rodopiando pelos ares, conduzindo o Pavilhão e apresentando
essa viagem fabulosa de exaltação aos 70 anos de história da Agremiação nilopolitana.

299
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – David Sabiá e Fernanda Love


NA GINGA DO BALELÉ – CORES NO AR

Um Olhar Sobre a África e o Despontar da Guiné Equatorial apontaram para os ideais de


unidade, paz e justiça. Na ginga do Balelé, cores no ar; e dessa mistura fizemos um Carnaval para
resgatar a alma africana onde a negritude se congraça.

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Mosquito e Emanuelle Martins


A SIMPLICIDADE DO AMOR, AQUELE BEIJO NA FLOR

Após ser coroado Rei da Música Popular Brasileira por retratar e cantar com emoção singular a
simplicidade do amor, reverenciando a plateia e se despedindo do público presente em seus shows
com aquele beijo na flor, Roberto Carlos foi homenageado com o enredo “A Simplicidade de um
Rei” (2011), consagrando-se também campeão do Carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí.

300
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

4º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – José Roberto e Eliana “Naninha” Fidellys


NOBRES SELVAGENS CRIARAM O SEU APARATO

Em “Todo Mundo Nasceu Nu” (1990), nobres selvagens criaram o seu aparato e começaram a
cobrir seus corpos nus com peles de animais, vestindo na frente e cobrindo atrás.

301
G.R.E.S.
IMPERATRIZ
LEOPOLDINENSE

PRESIDENTE
LUIZ PACHECO DRUMOND
303
“Me dá um dinheiro aí”

Carnavalescos
MÁRIO MONTEIRO E KAKÁ MONTEIRO
305
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Me dá um dinheiro aí”
Carnavalesco
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Autor(es) do Enredo
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Dinheiro Joe Cribb Globo 1990 Todas

02 O Dinheiro Antônio Salvat 1980 Todas


Argandona

03 El Dinheiro En El Clarke W. M. / - - -
Mundo Pulay George

04 Historia Del Morgan, E. Victor Istmo 1972 Todas


Dinero

05 El Dinero, La Shaw E. S. Create Space 1962 Todas


Renta Y La Independent
Politica Ocidental Publishing
Platform

06 Preço E Estrutura Carlos Leonardo USP 2007 Todas


Da Posse De Kelmer Mathias
Escravos No
Termo De
Vila Do Carmo
(Minas Gerais)

07 A Ascenção Do Niall Fergunson Crítica 2017 Todas


Dinheiro: A
História Financeira
Do Mundo

307
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Outras fontes:

Duas Fontes Documentais Para Estudo Do Preço De Escravos No Vale Do Paraíba - Artigo de
Renato Leite Marcondes e José Flavio Motta - Em Revista Brasileira de História - SP. Nº 42

Trabalho De Eulalia L. Ahmeyer Lobo, Otavio Canavarros, Zakia Feres, Sonia Gonçalves,
Lucena
Barbosa Madureira - na Revista Brasileira de Economia - MO - 1971

Cédulas Brasileiras - Padrão Monetário “Cruzeiro” 1942 / 83 – Manoel Camassa - Oscar


Tellerman

308
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO

Introdução:

Em uma análise positiva divulgada sobre as impressões dos turistas que visitaram o Brasil
em 2018, apesar da situação de crise política/econômica que vivemos, o 1º lugar refere-se à
“cordialidade, o humor e a simpatia do povo brasileiro” (82 %).

Isso nos fez lembrar o caderno de anotações do antropólogo belga Claudio Levi Strauss
(1908 / 2009) a respeito dos índios brasileiros: “ uma imensa gentileza, uma profunda
despreocupação, uma ingênua e encantadora satisfação animal e, reunindo esses sentimentos
variados, algo mais comovente e verídico da ternura humana” achamos que isto se estende e
descreve de forma clara o nosso povo, especialmente as classes mais humildes.

A ideia básica deste desfile, que abrange alguns assuntos mais graves, é tratá-los, através de
metáforas ou de forma sempre bem-humorada, que, aliás, faz parte de uma tradição de
humor brasileiro (Barão de Itararé, Silvino Neto, Chico Anísio, Casseta e Planeta, Jô Soares,
Está no Ar, etc.). Como por exemplo, uma impressão histórica do humorista Claudio Manoel
a respeito dos nossos governantes: “... Duarte da Costa, Governador Geral do Brasil (1553 /
1558), foi o primeiro representante de uma escola de governar que virou tradição no Brasil
nos séculos seguintes. Tinha como premissa a ideia de que o papel de governante é o de
fazer quase nada e roubar quase tudo”.

O fato é que os dramas existem e estão aí plantados e, por uma hora e quinze minutos,
esperamos proporcionar ao público um espetáculo leve e divertido, apesar das mazelas.

Finalizando, uma frase do cartunista, Jaguar que sintetiza o nosso conceito: “está tudo tão
sinistro que é preciso rir para poder respirar”.

Sinopse:

O nosso Enredo vai falar sobre o dinheiro e sua relação com o ser humano, desde a sua
invenção, até a época atual.

O dinheiro é sem dúvida alguma, um dos instrumentos de maior importância na vida


econômica das nações e das pessoas.

Grana, ervanário, tutu, numerário, espécie, ganho, proveito, meios, erva, dindin, recursos;
chame-o como quiser, o dinheiro tem importância, faz diferença. Para os cristãos, o amor
por ele está na raiz de todo o mal. Para os generais, o sustentáculo das guerras; para os
revolucionários, os grilhões do trabalho. Mas o que exatamente é o dinheiro? É uma
montanha de prata, como os conquistadores espanhóis achavam? Ou bastariam apenas
309
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

tabuletas de barro ou papel impresso? Como acabamos vivendo num mundo onde a maior
parte do dinheiro é invisível, pouco mais do que números numa tela de computador? De
onde o dinheiro veio? E para onde ele foi?

(...) o sistema financeiro é genuinamente complexo, e muitas das relações dentro dele são
não lineares e até mesmo caóticas. A ascensão do dinheiro jamais foi suave, e cada novo
desafio recebe uma nova resposta dos banqueiros e os da sua espécie. Como um horizonte
andino, a história das finanças não é uma curva suave para cima, mas uma série de picos e
vales recortados e irregulares. Ou, para variar a metáfora, a história financeira parece um
caso clássico de evolução em andamento, não obstante uma estrutura de tempo mais
apertada do que a da evolução natural no mundo natural.

Nosso desfile começa contando duas lendas clássicas que lançam uma luz sobre a justiça e a
ganância humana pelo dinheiro.

A primeira fala de Robin Hood, herói mítico inglês (séc. XII) que roubava da nobreza, que
vivia da exploração do povo através de impostos e taxas extorsivas, e distribuía para os
pobres.

A segunda lenda, conta a história do Rei Midas que tendo recebido dos deuses a capacidade
de transformar em ouro tudo que tocasse, logo vem a dádiva como uma maldição; até
mesmo sua filha predileta virou ouro.

Em seguida vamos viajar até o século VII AC, no Reino da Lídia (Turquia atual) aonde
foram criadas as primeiras moedas.

Depois da moeda veio o papel, os chineses foram os primeiros a perceber a vantagem de


lidar com o dinheiro na forma de documentos de papel no século X.

Em relação ao Brasil, começamos narrando a 1ª relação de troca entre os índios e


descobridores em 1500, (o escambo).

Somente quase dois séculos depois, foi criada a Casa da Moeda da Bahia, marco da
produção das primeiras moedas brasileiras, grandemente utilizadas na compra de escravos,
um capítulo hediondo da nossa história que durou quase 3 séculos.

Com a República e o progresso vieram inúmeros meios de guardar e investir dinheiro:


depósitos bancários, aplicações financeiras e assim por diante.

Também veio a divisão da sociedade em classes, denunciando uma alta desigualdade de


renda: poucos com muito e muitos com tão pouco.

310
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

A chance de ascender à uma classe superior é muito limitada, com raríssimas exceções, de
forma ilícita ou por um golpe de sorte, como por exemplo, através de um prêmio acumulado
na Loteria – a roda da fortuna.

Também abordamos o lado popular e bem-humorado do dinheiro com o personagem do Tio


Patinhas e o cofre do porquinho, representado pela nossa Ala das Crianças.

E encerramos o desfile falando do futuro (já presente), através das moedas criptográficas-
um sistema de recurso digital, projetado para funcionar como um meio de troca.

A partir de 2010, algumas empresas em escala global começaram a aceitar Bitcoins.

E o Carnaval do futuro? Desfiles intergalácticos?

A Imperatriz flutuando no espaço sideral?

Aguardemos...

311
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Nossa proposta foi desenvolver um tema que tivesse uma relação direta com o momento
atual, visando criar um espetáculo em que o público, de alguma forma, estivesse envolvido.

Em um balanço recente sobre o Brasil, anotamos alguns dados nada animadores: mais de 12
milhões de desempregados, déficit orçamentário, 60 milhões de inadimplentes, aumento da
população mais pobre, corrupção, violência, sistema de saúde precário, e o próprio carnaval
ameaçado e um único elemento comum a todas as situações: o dinheiro.

Daí nasceu a ideia do enredo: “Me dá um dinheiro aí”.

Realmente fica difícil imaginar um mundo sem dinheiro. Ele existe em todos os países e tem
uma história tão antiga quanto os primeiros registros escritos da humanidade.

Mas, afinal de contas o que vem a ser o dinheiro?

Ele pode ser muitas coisas: para a maioria das pessoas, são moedas, cédulas, cartões de
crédito e fundos na conta bancária.

O que caracteriza alguma coisa como dinheiro é o fato que ela constitui um meio de
pagamento reconhecido e aceito no mundo inteiro.

Setores:

A setorização do desfile da Imperatriz Leopoldinense não segue o padrão utilizado na


maioria dos desfiles em que cada setor inicia depois do carro alegórico e encerra no carro
seguinte. O enredo foi dividido em temas devidamente anunciados no roteiro do desfile e
explicados a seguir. Alguns destes temas necessitaram de “espaço” maior no desfile para
serem desenvolvidos, outros menos. Apesar da divisão de setores fora do comum, o
entendimento do enredo não é prejudicado já que há uma sequência lógica dos setores e dos
elementos representados em fantasias e alegorias em cada um destes setores.

SETOR 1 – AS LENDAS
Abrimos o nosso Desfile representando duas lendas importantes que se referem diretamente
ao dinheiro.

1 - Robin Hood
Herói mítico inglês (séc. XII) que roubava da nobreza para dar aos pobres.
Em verdade, ele devolvia. Na época, os governantes viviam faustosamente, através da
exploração do povo, cobrando impostos e taxas extorsivas, além de um sistema corrupto de
governança em que os únicos prejudicados eram os súditos (qualquer semelhança à época
atual é mera coincidência).
312
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

2 - A Lenda de Midas,
Um mito bastante conhecido tanto entre gregos, quanto romanos, como todo mito da
antiguidade clássica, o objetivo era lançar uma luz sobre a ganância humana.

Recebendo dos deuses a capacidade de transformar em ouro tudo que tocasse, logo veria a
dádiva como uma maldição. Até mesmo sua filha predileta virou ouro!

SETOR 2 – A INVENÇÃO DO DINHEIRO


As mais antigas moedas que se conhecem foram feitas no séc. VII, no Reino da Lídia,
(Turquia atual). Elas foram encontradas por arqueólogos no Templo de Ártemis e tinham a
forma ovular, e feitas de liga de ouro e prata, conhecidas na época como “eletro” e exibiam a
cabeça de um leão.

Cédulas não passam de pedaços de papel, mas são aceitas como dinheiro. O valor está no
que elas apresentam. Os chineses foram os primeiros a lidar com o dinheiro na forma de
documentos em papel.

No século X, como o governo emitira pesadas moedas de ferro de baixo valor, as pessoas
começaram a deixá-las com os comerciantes e a usar, em vez delas, os recibos escritos que
eles lhe davam.

No início do sec. XI, o governo assumiu o papel dos comerciantes; e imprimiu recibos que
eram usados como dinheiro, atribuindo-lhes valores fixos.

SETOR 3 – TERRA BRA$ILI$ . O DINHEIRO DO BRASIL


A história do dinheiro no Brasil começou de forma insólita, logo após o descobrimento com
um fato importante para o meio circulante brasileiro: o primeiro escambo – sistema
primitivo de troca adotado pelos silvícolas que desconheciam o uso da moeda.

Ao desembarcar em terra, os portugueses num gesto amistoso, lançaram à praia, um barrete


vermelho, uma carapuça e um sombreiro. Os índios, imediatamente, responderam lançando
um cocar de penas e um cocar de contas.

De lá pra cá há duas fases distintas na história do dinheiro: o período colonial em que


circulavam moedas portuguesas e espanholas até a criação da Casa da Moeda da Bahia, em
1694, marco da produção das primeiras moedas brasileiras.

No período colonial e imperial até 1888, a economia brasileira sobrevivia através da


exploração dos escravos trazidos da África e vendidos como mercadoria, em um dos
períodos mais hediondos da nossa história.

A partir da construção do Cais do Valongo, em 1811, o mercado de escravos se intensificou


com a vinda de mais de 500 mil africanos, em sua maioria, vindos do Congo e de Angola.

313
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

Em 1872, os escravos representavam 15.2% da população brasileira.

A precificação, como ainda hoje em dia, é um processo de muitas variáveis; a condição


física, idade, sexo, especialização, histórico, época e região fazem com que a variação de
preços seja significativa.

Em 1800, um escravo entre 20-30 anos, custava no valor atual - R$14.336,00

SETOR 4 - TEMPOS MODERNOS


Os habitantes dos países civilizados têm hoje a sua disposição inúmeros meios de guardar e
investir dinheiro: depósitos bancários, aplicações financeiras, cheques, cartões de credito,
caixas automáticos, Previdência, etc.

Os primeiros bancos no Brasil foram criados no século XIX.

As bolsas de valores são locais aonde são negociados títulos emitidos por empresas de
capital aberto. A primeira empresa comercializada em uma bolsa de valores que se tem
registro, pertenceu a Companhia Holandesa das Índias Orientais e foi negociada em 1602.

O capitalismo moderno:

O Brasil é um país com alta desigualdade de renda. Com o capitalismo industrial, surgiram
as classes sociais, que são divididas em 4 grandes níveis: 1- Linha de pobreza absoluta
(12%), 2- pobre (54%) 3- médio (33%) 4 – ricos (1%)

Resumo da ópera: 64% da população brasileira possui uma renda per capita entre ¼ e ½ do
salário mínimo, por mês, é a chamada pobreza multidimensional.

SETOR 5 – A RODA DA FORTUNA


A roda da fortuna vai falar sobre pessoas de origem humilde que através do talento pessoal
ou da sorte, conseguiram crescer na vida com sucesso financeiro.

Estamos nos referindo a jogadores de futebol, pequenos empresários, artistas, ganhadores de


prêmios lotéricos etc., chamados novos ricos.

Como homenagem, criamos uma alegoria específica, que retrata os dois lados da moeda
(minha casa, minha vida).

SETOR 6 – O FOLCLORE E O DINHEIRO


Neste setor, abordaremos dois personagens populares diretamente relacionados com o nosso
tema e um terceiro, do nosso dia a dia.

314
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

1 - Tio Patinhas,
Tio do famoso Pato Donald, é um personagem americano de ficção, criado pelo cartunista
Carl Barks (Disney).
Sua 1ª aparição em quadrinhos se deu em dezembro de 1947.
É considerado um típico exemplo do “ Self-Made-Man ”
Características: Multimilionário, pão duro e sovina

2 - O cofre do porquinho
Ninguém sabe porque o cofre em forma de porquinho é tão popular em todo mundo. Os
primeiros exemplos europeus são alemães do sec. XVII, mas sabe-se que eles já eram usados
no século XIV na Indonésia.
Para tirar as moedas da cerâmica, a solução era quebra-los.

3- O Dinheiro na Ficção
Na história da literatura, cinema, teatro e televisão o dinheiro sempre teve um lugar de
destaque, seja como mola propulsora da trama ou como elemento, pano de fundo de
interligação entre o objetivo das personagens.

SETOR 7 – DINHEIRO E CARNAVAL DO FUTURO


Em relação ao dinheiro, podemos anunciar que o futuro já começou através das moedas
virtuais.

A mais famosa delas, o Bitcoin – foi registrado em 18 de agosto de 2008.

O Bitcoin é uma moeda virtual. É um recurso digital projetado para funcionar como um
meio de troca que usa criptografia* para controlar sua criação e gerenciamento, em vez de
confiar nas autoridades centrais.

A partir dos meados de 2010, algumas empresas em escala Global, começaram a aceitar
Bitcoins.

E, completando esse futuro “virtual” e intergaláctico, imaginamos a Imperatriz


Leopoldinense do futuro.

* Criptografia:
Conjunto de princípios e técnicas empregadas para cifrar a escrita, torna-la ininteligível para
os que não tenham as convenções combinadas. Criptologia em operações políticas,
diplomáticas, militares criminais etc.; modificação de um texto, de forma a impedir sua
compreensão pelos que não conhecem seus caracteres ou convenções.

315
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

ROTEIRO DO DESFILE
SETOR 01 – AS LENDAS

Comissão de Frente
ROBIN HOOD

Grupo de Abertura
GUERREIROS DE OURO

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Thiaguinho Mendonça e Rafaela Teodoro
TOQUE DE MIDAS

Ala 01 – Comunidade
GUERREIROS DE MIDAS

Ala 02 – Comunidade
O POVO DE FRÍGIA

Alegoria 01 – Abre-Alas
A LENDA DO REI MIDAS

SETOR 02 – A INVENÇÃO DO DINHEIRO

Ala 03 – Comunidade
O POVO DE LÍDIA

Ala 04 – Baianas
A PRIMEIRA MOEDA

Ala 05 – Comunidade
A PRIMEIRA CÉDULA

SETOR 03 – TERRA BRA$ILI$, O DINHEIRO DO BRASIL

Musa
Pâmella Gomes
NATIVA

316
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

Tripé
TERRA BRA$ILI$

Ala 06 – Comunidade
O ESCAMBO – ÍNDIOS E
PORTUGUESES

Ala 07 – Comunidade
A PRIMEIRA MOEDA DO BRASIL – O
REAL

Musa
Ketula Mello
GUERREIRA AFRICANA

Ala 08 – Comunidade
QUANTO VALE UMA VIDA?
MERCADO DE ESCRAVOS

Alegoria 02
O NAVIO NEGREIRO

Ala 08 – Comunidade
QUANTO VALE UMA VIDA?
MERCADO DE ESCRAVOS

Ala 09 – Comunidade
O FAUSTO DA CASA GRANDE

SETOR 04 – TEMPOS MODERNOS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Marcílio Diamante e Beatriz Paula
GUERNICA – OBRA DE ARTE

Ala 10 – Comunidade
RICOS

Ala 11 – Comunidade
CLASSE MÉDIA

317
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

Ala 12 – Comunidade
POBRES

Musa
Elaine Trevenzoli
REAL GUERREIRA

Alegoria 03
SISTEMA BANCÁRIO

Ala 13 – Velha-Guarda
O VALOR DA TRADIÇÃO

Ala 14 – Comunidade
CONSUMO – CARTÃO DE CRÉDITO

Ala 15 – Passistas
VALE QUANTO SAMBA

Rainha de Bateria
Flávia Lyra
VIVER DA ARTE

Ala 16 – Bateria
ARTISTAS DE RUA – “ME DÁ UM
DINHEIRO AÍ”

Ala 17 – Comunidade
PARAÍSOS FISCAIS

Ala 18 – Comunidade
IMPOSTO DE RENDA

SETOR 05 – A RODA DA FORTUNA

Alegoria 04
A BOLSA DE VALORES (A BOLSA OU A VIDA)

Ala 19 – Comunidade
LOTERIA

318
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

Ala 20 – Comunidade
CASSINO

Ala 21 – Comunidade
ACERTEI NO MILHAR – JOGO DO
BICHO

Musa
Natália Nascimento
VIVER DO AMOR

Ala 22 – Comunidade
JOGA PEDRA NA GENI

Ala 23 – Comunidade
OS NOVOS RICOS – JOGADORES DE
FUTEBOL, ARTISTAS, EMPRESÁRIOS

Alegoria 05
“MINHA CASA, MINHA VIDA”

Ala 24 – Compositores
DIREITOS AUTORAIS

SETOR 06 – O FOLCLORE DO DINHEIRO

Ala 25 – Ala das Crianças


O COFRE DO PORQUINHO

Ala 26 – Comunidade
TIO PATINHAS

Tripé
O DINHEIRO NA DRAMATURGIA

SETOR 07 – DINHEIRO E CARNAVAL DO FUTURO

Ala 27 – Comunidade
BITCOIN

319
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

Ala 28 – Comunidade
CARNAVAL DO FUTURO

Musa
Natalia Reis
FUTURO DO PRETÉRITO

Alegoria 06
BITCOIN – O DINHEIRO VIRTUAL E A
IMPERATRIZ DO FUTURO

320
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 A LENDA DO REI MIDAS “Midas uma lenda sobre a ambição humana”

“...Midas com seu dedo de ouro, transformou a própria


filha a viver numa prisão...”
(Trecho do Samba)

Com conceito estético de acordo com a mitologia grega e


inspirado em Boticceli, criamos um mundo diferente da
nossa realidade através de elementos marinhos (ou
mediterrâneos) e fragmentos da arquitetura grega.
Magia, sátira e bacantes complementam nosso universo.
A coroa da Imperatriz representa o reino da Frigia, terra
Imagem meramente ilustrativa com de Midas, encimada pela sua filha.
base na ideia original do elemento
alegórico, que naturalmente sofreu A lenda:
alterações (técnicas/artísticas)
durante sua realização para uma
Em uma floresta afastada, dormindo à sombra das
melhor adaptação ao desfile.
arvores, Sileno – fiel servidor de Dionísio – foi
encontrado por alguns camponeses que o levaram a
presença de seu rei. Midas, o soberano ambicioso,
vislumbrando a possibilidade de tirar algum proveito
deste encontro tratou-o com pompas dignas de um
importante fidalgo.
O Deus Dionísio, sabendo desta calorosa hospitalidade
com Sileno, prometeu a Midas realizar qualquer um de
seus desejos: riqueza era uma grande paixão do
soberano.
Embora tivesse uma fortuna invejável, desejava
acrescentar-lhe sempre mais, até tornar-se a criatura mais
rica de todo o universo.
Assim pois, formulou a Dionísio o seu maior desejo;
poder transformar em ouro tudo que tocasse.
Em sua sabedoria, Dionísio previu um mal futuro para o
Rei, mas como havia prometido, realizou seu pedido.
Para comprovar o poder de Dionísio, o rei apanhou uma
pedra no chão e mau tocou-a com os dedos e viu-a
transformar-se em ouro. Despois tocou um ramo de
arvore e o mesmo endureceu, virando folhas metálicas e
douradas.

321
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 A LENDA DO REI MIDAS Na hora do almoço Midas sofreu o primeiro grande


(Continuação) abalo; ao apanhar o pão para corta-lo, percebeu que o
alimento se tornara ouro, assim aconteceu com os
legumes, as carnes e as frutas, todos transformados em
blocos rígidos e brilhantes.
O abalo final aconteceu acidentalmente quando ele
transformou a filha em ouro ao tocar-lhe.
Desesperado e percebendo a insensatez de seu pedido
apressou-se a procurar novamente o Deus Dionísio, para
suplicar-lhe que o livrasse de tão nefasto poder.
O abre alas representa o exato momento em que Midas
transforma a filha em uma estátua de ouro.

Imagem meramente ilustrativa com Destaques:


base na ideia original do elemento • Carla Prata: Pérola de Frígia
alegórico, que naturalmente sofreu
• Simone Drumond: A Filha de Midas – Midas
alterações (técnicas/artísticas)
durante sua realização para uma toca em sua filha, transformando-a em uma
melhor adaptação ao desfile. estátua de ouro.

Semi-destaques: Pomar de Hera – Jardim das


Hespérides – Jardim onde se encontram as maçãs de
ouro. Diz a lenda que esses pomos foram tocados pelo
Rei Midas.

Composições: Bacantes, Sátiros e Semideuses passeiam


por esse jardim de onde Midas emerge:
• Bacantes: Devotas de Dionísio
• Sátiros: Divindades da Natureza,
participantes do séquito de Dionísio, com
aspecto humano na parte superior do corpo e
pernas de cavalo ou bode e chifres na testa.
• Semideuses: heróis que povoam a mitologia
grega.

Composições dos queijos: Nereides – Divindades


Marinhas com aparência de jovens e belas mulheres que
gostam de cantar e brincar nas ondas dos mares e vivem
em um palácio no fundo do mar.

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Tripé O tripé introduz o enredo no setor 3 “Terra Brasilis, o


TERRA BRA$ILI$ dinheiro no Brasil”.
Como ilustração, criamos uma colagem com duas obras da
pintora modernista Tarsila do Amaral.
A primeira, é a pintura “Manacá” de 1927, fase
antropofágica, e a segunda, o mural “ batizado de
Macunaíma ”, de 1956, homenagem da artista para o
escritor Mario de Andrade.
A ideia de utilizar a obra de Tarsila, vem do fato da mesma
traduzir de forma histórica a essência mais profunda de
nossas raízes, nossa identidade, o DNA do Brasil.
Juntamente com os manifestos “Pau Brasil ” e movimento
antropofágico de Oswald de Andrade, inspiradores de sua
Imagem meramente ilustrativa com obra.
base na ideia original do elemento
alegórico, que naturalmente sofreu
alterações (técnicas/artísticas)
durante sua realização para uma
melhor adaptação ao desfile.

02 O NAVIO NEGREIRO A sociedade brasileira, na sua origem, se caracteriza em


profundo racismo e tem como pilar seu desenvolvimento,
enquanto sociedade escravagista. Mais do que mão-de-obra,
a escravidão era o principal motor econômico; era o
comércio de homens e mulheres escravizados que
movimentava a vida econômica, sendo componente
importantíssimo na definição dos preços dos produtos.
Não existia um preço absoluto para os escravos. A
precificação, como ainda hoje em dia, é um processo de
muitas variáveis à condição física, idade, sexo,
especialização, origem, histórico, época e região fazem com
que a variação de preços seja significativa.
Imagem meramente ilustrativa com Os navios negreiros eram especialmente projetados para
base na ideia original do elemento transportar o maior número possível de escravos. Durante
alegórico, que naturalmente sofreu 300 anos, mais de 6 milhões de africanos fizeram a viajem
alterações (técnicas/artísticas) sem volta.
durante sua realização para uma Parecia inacreditável que seres humanos fossem capazes de
melhor adaptação ao desfile. sobreviver naquela atmosfera.

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Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa
02 O NAVIO NEGREIRO Na verdade, um em cada cinco escravos não sobreviviam a
(Continuação) viagem. Nossa ideia, foi representar simultaneamente em
um plano geral, nos dois níveis do porão, abarrotados de
“mercadoria”. E no convés, senhores e sinhazinhas seus
futuros proprietários.
Os escravos eram desembarcados nos portos e pagavam
impostos como qualquer mercadoria ( 5% do seu valor) e
em seguida, postos à venda.
A escultura das ondas em sentido inverso, simboliza o
Brasil navegando contra a maré do progresso. Infelizmente
fomos um dos últimos países do mundo a terminar com a
escravidão “oficialmente”. Na prática sabemos que ainda
não encerrou.
Imagem meramente ilustrativa com Nas velas do navio, reproduzimos fragmentos do poema
base na ideia original do elemento “Navio Negreiro" do nosso grande poeta abolicionista
alegórico, que naturalmente sofreu Castro Alves.
alterações (técnicas/artísticas) No fundo do navio colocamos uma escultura de nossa
durante sua realização para uma Senhora do Rosário dos Pretos, protetora dos escravos
melhor adaptação ao desfile. desde o século XVI.
A escultura da santa com 1.80 de altura e madeira maciça,
foi especialmente produzida para o nosso desfile, obra de
um mestre santeiro em Belém do Pará.

Destaque: Nelcimar Pires: O Reino de Portugal – Negros


africanos eram trazidos das colônias portuguesas na África
para serem utilizados como mão-de-obra no Brasil.

Composições:
• Elite proprietária de escravos: Em branco, representam
o luxo e os privilégios da classe dominante do período
colonial em contraste com o sofrimento do trabalho
compulsório à que os escravos eram submetidos. De
maneira exagerada, se vestem à moda europeia dos
séculos XVII e XVIII, que simboliza os ideais da
sociedade hierarquizada em que o status social se
sobrepõe ao humano.
• Escravos: São os escravos africanos acorrentados e
amontoados nos porões dos navios negreiros na
travessia para o Brasil, que nos lembram esta terrível
página da história em que seres humanos eram
vendidos como mercadoria.

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Alegorias

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Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 SISTEMA BANCÁRIO Na medida em que ocorreu a invenção da moeda, o ato


de emprestar, tomar emprestado e guardar dinheiro,
gerou o surgimento dos bancos.
As primeiras operações bancárias da história foram
desenvolvias na fenícia.
O primeiro banco a funcionar no Brasil está próximo
de completar 210 anos. Trata-se do Banco do Brasil,
criado em 1808 pelo príncipe regente D. João VI.
As inovações que mudaram o nosso dia a dia surgiram
há pouco tempo; o primeiro cartão de crédito foi
lançado no Brasil há menos de 50 anos, o primeiro
Imagem meramente ilustrativa com caixa eletrônico há apenas 34 anos.
base na ideia original do elemento Da década de 90 até hoje, o mercado foi invadido por
alegórico, que naturalmente sofreu modelos de negócios digitais, internet e, até mesmo, a
alterações (técnicas/artísticas) inteligência artificial.
durante sua realização para uma E o que nos espera no futuro?
melhor adaptação ao desfile. Na concepção da alegoria, a ideia foi reunir os
símbolos mais significativos que representam o
sistema bancário: dinheiro, caixa forte, barras de ouro
e taxas de juros.
Na parte traseira da alegoria, reservamos cena que
traduz a situação econômica atual do Brasil, inspirada
no clássico “o tempo não para”; do compositor Cazuza
“a tua piscina tá cheia de ratos / tuas ideias não
correspondem aos fatos / o tempo não para ” ...

Destaque: Manuel – Shark Tank – Investidor com


fome de investimentos e lucros, ou seja, mais e mais
dinheiro. O tubarão representa a voracidade do
mercado, inspirado no game show “Shark Tank –
Negociando com Tubarões”

Semi destaques: Guardiãs do Tesouro –


Personificação do próprio sistema bancário que guarda
o dinheiro de cidadãos e instituições.

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Nº Nome da Alegoria O que Representa
03 SISTEMA BANCÁRIO Composições:
(Continuação) • Personalidades históricas estampadas nas notas de
cruzeiro
• Vedetes da euforia – Glamour do dinheiro:
Representam a euforia de ter crédito e dinheiro no
banco, inspiradas nas dançarinas dos mais
luxuosos cabarés.
• Dominatrix: A sedução cobra juros -
Metaforicamente personificam o sistema
financeiro que seduz e engana a todos.

Seguranças: Uma banana pra você - Os bancos


Imagem meramente ilustrativa com
base na ideia original do elemento
costumam ser muito visados por assaltantes,
alegórico, que naturalmente sofreu necessitando de profissionais que sejam responsáveis
alterações (técnicas/artísticas) pela segurança das agências.
durante sua realização para uma
melhor adaptação ao desfile.

04 A BOLSA DE VALORES Depois da criação do crédito pelos bancos, o


(A BOLSA OU A VIDA) nascimento dos títulos foi a segunda grande revolução
na ascensão do dinheiro. Os governantes (e as grandes
corporações) emitem títulos como uma maneira de
tomar emprestado dinheiro de um espectro mais amplo
de pessoas e de instituições do que apenas de bancos.
Do ponto de vista político, o mercado de ações é
poderoso, porque ele expressa um julgamento diário
sobre a credibilidade da política fiscal e monetária de
todo governo, mas seu poder real reside na capacidade
de punir um governo, com custos mais elevados para
os empréstimos que ele necessita.
Imagem meramente ilustrativa com O mercado de ações começa facilitando os
base na ideia original do elemento empréstimos para o governo. Numa crise, entretanto,
alegórico, que naturalmente sofreu
pode acabar ditando a política do governo.
alterações (técnicas/artísticas)
durante sua realização para uma O mercado de capitais brasileiro começa no fim do
melhor adaptação ao desfile. período colonial, com a bolsa de valores do Rio de
Janeiro.

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Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 A BOLSA DE VALORES Em 2000, São Paulo e Rio comandaram um acordo de


(A BOLSA OU A VIDA) integração das nove bolsas de valores brasileiras
(Continuação) ativas, a partir de então as ações de companhias
abertas e títulos privados seriam todos negociados na
Bovespa (São Paulo).
Como concepção plástica, nosso objetivo foi mostrar o
movimento frenético do sobe e desce das ações,
através dos pregões de compra e venda, enfim, o
verdadeiro caos que representa o universo da bolsa de
valores, regido pelo “comprador” de almas e ilusões.

Destaques:
• Luizinho 28 - O Capitalista – Representação do
Imagem meramente ilustrativa com sistema capitalista e sua finalidade lucrativa –
base na ideia original do elemento
poder econômico e político que escraviza o
alegórico, que naturalmente sofreu
alterações (técnicas/artísticas) homem. Hoje, as grandes corporações ditam até
durante sua realização para uma mesmo o rumo das nações.
melhor adaptação ao desfile. • Alicia Garcia: Moeda de Ouro – A mais valiosa.

Semi destaques:
• Euro: Moeda oficial de 19 países da União
Europeia, personificada na figura da deusa Europa.
• Dólar Americano: Moeda oficial dos Estados
Unidos, personificada como Libertas, deusa
romana da liberdade representada na Estátua da
Liberdade.

Composições:
• As Moedas
• O Sobe e Desce da Bolsa – Representam o sobe e
desce das ações na bolsa de valores.
• Corretores da Bolsa – “Time is Money”:
Profissionais que compram e vendem ações.

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Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 “MINHA CASA, MINHA “A roda gira pro mais forte


VIDA” poucos tem a sorte de
virar o jogo que o destino
fez ...”
(trecho do samba)

O sonho da casa própria ainda é o desejo de milhões


de brasileiros.
De acordo com os dados mais recentes pela pesquisa
nacional por amostra de domicílios (PNAD), quase
32% dos brasileiros não tem sua casa.
O Rio de Janeiro é a cidade com a maior população
Imagem meramente ilustrativa com vivendo em aglomerados subnormais. 18% dos cinco
base na ideia original do elemento milhões e oitocentos mil residentes no município
alegórico, que naturalmente sofreu moram em favelas (2 milhões de pessoas).
alterações (técnicas/artísticas) Na alegoria procuramos ilustrar esta desigualdade
durante sua realização para uma social mostrando o contraste entre ricos e pobres,
melhor adaptação ao desfile. convivendo na mesma cidade, no mesmo bairro. Tão
perto geograficamente, tão distante socialmente.

Composições:
• Ricos: Aqueles que tem muito dinheiro com suas
vestes de luxo apropriadas para uma festa e um
garçom para servi-los.
• Pobres: Aqueles que não têm muito dinheiro, mas
nem por isso deixam de aproveitar a vida e se
divertir à sua maneira.

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Alegorias

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Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Tripé Na longeva história da dramaturgia, o dinheiro sempre


O DINHEIRO NA teve lugar de destaque, seja como mola propulsora da
DRAMATURGIA trama, ou como pano de fundo de interligação entre os
objetivos dos personagens.
No tripé, além da citação de filmes e novelas que
tiveram o dinheiro como trama central, prestamos uma
homenagem a três grandes artistas brasileiros.
O primeiro, é Moacyr Franco com seu inesquecível
personagem mendigo na “Praça Da Alegria”,
intérprete da famosa marchinha de carnaval
“Me Dá Um Dinheiro Aí ” (1959) que deu o nome ao
nosso enredo.
O segundo é o genial Chico Anísio, criador de
Imagem meramente ilustrativa com inúmeros personagens icônicos e entre eles o professor
base na ideia original do elemento Raimundo, que encerrava as suas aulas com um gesto
alegórico, que naturalmente sofreu inesquecível sobre o salário.
alterações (técnicas/artísticas) O terceiro homenageado é o dramaturgo Joracy
durante sua realização para uma Camargo, autor de “Deus Lhe Pague”. O protagonista
melhor adaptação ao desfile. é um mendigo de porta de igreja, que fica milionário
pedindo esmolas.
Ao explicar para um morador de rua sua visão do
mundo, o personagem faz duras críticas a sociedade
brasileira, o que jamais fora visto em nossa cena
teatral.
É uma peça que para muitos, inaugura o teatro social
no Brasil.
“Deus Lhe Pague” foi um dos maiores sucessos da
dramaturgia nacional, entrando para o repertório de
grupos teatrais da Argentina / Estados Unidos /
Espanha entre vários países. Este ano a peça
comemora 86 anos!

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


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Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 BITCOIN – O DINHEIRO Criado em 2008, sua invenção foi atribuída a um tal


VIRTUAL E A IMPERATRIZ Satoshi Nakamoto. Tratando-se, provavelmente, de
DO FUTURO um personagem fictício.
Mas seja quem for o pai da invenção, o intuito inicial
era facilitar as transações comerciais na internet.
A realidade é que a nova moeda está entrando na
categoria de ativos de refúgio, semelhante ao ouro. Em
2017, sua cotação em dólar ultrapassou pela 1ª vez o
preço do ouro.
A ideia do dinheiro virtual sugeriu uma “viagem” ao
futuro: como seria um carnaval na era das viagens
intergalácticas?
Neste ano em que a Imperatriz Leopoldinense
comemora 60 anos de existência, pensamos em uma
Imagem meramente ilustrativa com homenagem unindo passado e futuro, a tradição
base na ideia original do elemento através das figuras lendárias da escola e o futuro
alegórico, que naturalmente sofreu através da nova geração, representada pela Nathalia –
alterações (técnicas/artísticas) filha do presidente da escola.
durante sua realização para uma As Alas, Destaques e Composições, reproduzem
melhor adaptação ao desfile. fantasias clássicas do universo carnavalesco, em uma
visão futurista.

“...hashtag no infinito / com “cascalho” eu tô bonito


no espaço sideral...”
(trecho do samba)

Destaques:
• Natalia Drumond: Imperatriz do Futuro - No
carnaval imaginado no futuro, reluzente como as
estrelas, a Imperatriz Leopoldinense reina
soberana.
• Junior: Brilho do Carnaval - A luz interior de
cada folião no carnaval do futuro.
• Ray Menezes: Carnaval Inter Estelar - O
carnaval do futuro personificado na figura de um
Pierrot que sonha alcançar as estrelas.

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Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 BITCOIN – O DINHEIRO • Chiquinho, Maria Helena e Elymar: As Estrelas


VIRTUAL E A IMPERATRIZ da Imperatriz no Carnaval do Futuro - As
DO FUTURO grandes personalidades da Imperatriz, que tanto
(Continuação) contribuíram para a história da escola, eternizadas
na memória e no coração de todo torcedor
gresilense e amante do samba, atravessam o tempo
e brilham no futuro. Provas vivas de que a
Imperatriz Leopoldinense se moderniza sem que
jamais suas tradições sejam esquecidas.

Semi destaques: Brilho de Estrela. - Ser estrela,


brilhar como uma estrela. O sonho do estrelato no
carnaval do futuro.

Imagem meramente ilustrativa com Composições:


base na ideia original do elemento • Colombinas, pierrôs, piratas e índios do carnaval
alegórico, que naturalmente sofreu do futuro - Fantasias tradicionais dos antigos
alterações (técnicas/artísticas) carnavais em versões futuristas.
durante sua realização para uma • Bits - Menor unidade de informação que pode ser
melhor adaptação ao desfile.
armazenada ou transmitida digitalmente, no caso,
as moedas virtuais.

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Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Simone Drumond Empresária

Nathalia Drumond Empresária

Elymar Santos Cantor

Nelcimar Pires Estilista

Luizinho 28 Estilista

Ray Menezes Estilista

Dona Elizabeth Empresária

Manoel Gonçalves Empresário Empresário

Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Barracão
Junior Escafura
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Diego e Mário Jorge (In memorian) Jorge
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Lael Daniel Soave
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Kibe Franco
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato Esteves - Projetista

Edward Moraes - Chefe de Adereço

Verônica Valle - Criação dos figurinos

Rafael Gonçalves - Figurinista

Ana - Almoxarife

Marco Monte - Arte em espuma

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

* Guerreiros de Os guerreiros transformados em ouro Grupo de Direção de


Ouro pelo toque de Midas carregam os Abertura Carnaval
estandartes que formam o nome da (2019)
escola (Imperatriz) na avenida.
Eternizados pela memória, lenda e
história se unem abrindo o nosso
desfile.

01 Guerreiros de Um mito bastante conhecido entre os Comunidade Direção de


Midas gregos foi o do Rei Midas. Como (2008) Carnaval
todo mito da Antiguidade, o objetivo
com a difusão das peripécias de
Midas era lançar luz sobre a ganância
humana. Seus guerreiros, um
exército de mercenários, estavam
sempre na linha de frente das
conquistas de novos povos em busca
de novas riquezas.

02 O Povo de Frígia A Frígia foi um reino famoso pelos Comunidade Direção de


seus lendários reis e heróis que (2008) Carnaval
povoaram a mitologia. Midas foi um
dos seus mais poderosos e ricos reis.
Diz a lenda que Dionísio (Deus do
vinho e da fertilidade) concedeu a
Midas o famoso "toque de ouro". Na
ansiedade de pôr à prova a graça
obtida, Midas tocou um ramo de
folhas que se tornou ouro
imediatamente.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

03 O Povo de Lídia A Lídia era um reino muito rico e os Comunidade Direção de


lídios, grandes comerciantes. (2008) Carnaval
Usufruíam de um luxo com que
outros povos da época não podiam
sequer sonhar. Foram os melhores
cavaleiros do mundo. A riqueza da
Lídia vinha das areias auríferas do rio
Pactolo onde, segundo a lenda, Midas
renunciara ao seu toque de ouro ao
banhar-se em suas águas. Aos lídios é
atribuída a invenção da primeira
moeda.

04 A Primeira Moeda A primeira moeda da civilização foi Baianas Raul Cuquejo


cunhada em uma liga de prata e ouro (1959)
com a efígie de um leão, que era o
símbolo da família real da Lídia.
Aqui, nossas baianas são a própria
moeda, o próprio tesouro – a
representação em pessoa da riqueza.
São como moedas de sorte que com
fé apertamos em nossa mão e
acreditamos com o coração.

05 A Primeira Cédula Inventado na China, o primeiro Comunidade Direção de


dinheiro feito de papel era conhecido (2008) Carnaval
como “dinheiro voador”, pois
diferentemente do metal que era
usado na época como moeda, o papel
voava com a brisa dos ventos. A
cédula em papel foi desenvolvida pois
era difícil se locomover com grandes
quantidades de moedas feitas de ouro
e prata. Então, para facilitar as
viagens longas, o governo chinês
começou a emitir dinheiro em papel.

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* Nativa Representação da terra brasileira antes Musa Pâmella
do contato com os portugueses. Gomes

06 O Escambo – Quando os portugueses aqui chegaram, Comunidade Direção de


Índios e o escambo foi a primeira “moeda” de (2008) Carnaval
Portugueses troca. Se consideravam superiores aos
indígenas e, portanto, deveriam dominá-
los e colocá-los ao seu serviço. A figura
do índio triste presa no espelho reflete
essa história de dominação e
subjulgamento. O português pilhou as
terras dos índios, explorou recursos
naturais, catequizou sua gente,
corrompeu sua cultura e negou suas
raízes ancestrais. Primeiro capítulo
desse encontro, onde o desejo por
riquezas e conquistas falou mais alto do
que a harmonia entre os povos.

07 A Primeira A primeira moeda oficial do Brasil Comunidade Direção de


Moeda do Brasil foi o Real - Réis no plural. Cunhadas (2008) Carnaval
– O Real em prata e ouro ficaram conhecidas
como patacas e foram as que por
mais tempo circularam no Brasil.

335
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Fantasias

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* Guerreira Representação da resistência dos Musa Ketula Mello
Africana povos africanos e afrodescendentes
contra a escravidão.

08 Quanto Vale uma A escravidão talvez tenha sido o Comunidade Direção de


Vida? – Mercado mais triste capítulo de nossa (2008) Carnaval
de Escravos história: pessoas arrancadas de seus
lares, tendo a identidade e a
dignidade roubadas... seres
humanos tratados como
mercadoria. Essa fantasia é uma
crítica a isso e mostra o quanto o
mercado pode ser cruel e a
ganância por lucro e poder podem
cegar as pessoas ao ponto de fazê-
las ignorar o valor de uma vida.

09 O Fausto da Casa São os ricos de outrora vivendo na Comunidade Direção de


Grande precariedade do Brasil colonial. (2008) Carnaval
Agarrados às tradições europeias
em meio ao calor dos trópicos,
gozam de um luxo decadente.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

10 Ricos O amarelo, o ouro para poucos – Comunidade Direção de


representa os ricos. (2008) Carnaval
Eles estão no topo da pirâmide social
e podem usufruir de tudo o que o
dinheiro pode comprar: têm muitos
bens materiais, propriedades e
riquezas, mas muitas vezes, se
tornam prisioneiros dos seus luxos e
vaidades.

Nesta parte do desfile as fantasias


fazem uma citação às cores da nossa
bandeira. É importante lembrar da
grande injustiça social brasileira; o
abismo entre os poucos ricos e a
grande maioria de pobres do país.

11 Classe Média O azul do céu “risonho e límpido” Comunidade Direção de


para aqueles que vivem sonhando – (2008) Carnaval
representa a classe média.
Eles sonham com as férias em
família e com tudo o que desejam
comprar. São pais e mães que se
dividem entre o trabalho e as tarefas
do lar e se espremem no meio da
pirâmide social: hora mais ricos,
hora mais pobres, mas sem perder a
esperança de que um dia cheguem
lá...

Nesta parte do desfile as fantasias


fazem uma citação às cores da nossa
bandeira. É importante lembrar da
grande injustiça social brasileira; o
abismo entre os poucos ricos e a
grande maioria de pobres do país.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

12 Pobres O verde de nossas matas, nossas Comunidade Direção de


terras e nossos recursos naturais tão (2018) Carnaval
maltratados representam os mais
pobres.
Aqui optamos pela representação da
camada mais pobre da sociedade.
São quase invisíveis pelas ruas onde
vivem – são aqueles que não
queremos enxergar. Estão longe de
casa ou não tem moradia: foram
abandonados e vivem à margem do
sistema. À eles, muitas vezes damos
esmolas – talvez por ser mais
cômodo do que resolver esse
problema social. Vivendo como
catadores, são apenas sobreviventes:
já perderam a esperança e deixaram
de sonhar.

Nesta parte do desfile as fantasias


fazem uma citação às cores da
nossa bandeira. É importante
lembrar da grande injustiça social
brasileira; o abismo entre os
poucos ricos e a grande maioria de
pobres do país.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* Real Guerreira Personificação da nota de 100 reais Musa Elaine
como a Efigie da República. Nossa Trevenzoli
guerreira luta para manter seu valor!

13 O Valor da Representação viva da história da Velha-Guarda Solange Costa


Tradição Imperatriz! Os guardiões da (1980)
cultura do samba vêm aqui
mostrar o valor da tradição.

14 Consumo – Cartão O consumo não deixa de ser um Comunidade Direção de


de Crédito modo de dominação – ele é um (2008) Carnaval
alimento potente do sistema
capitalista. Aqui representado, o
cartão de crédito possibilita a
realização dos mais variados
desejos de consumo: nos permite
sonhar e comprar, mas também
pode nos mergulhar num círculo
vicioso de dependência e prazer,
nos afogando em dívidas.
Facilidade, parcelamento e crédito
– falso poder de consumo?

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Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

15 Vale Quanto O nosso Real é a realeza que se tem Passistas Jéssica


Samba nos pés. Vale o quanto samba a (1959) Andreza
beleza de ser bamba!

* Viver da Arte Ela é o próprio dinheiro, aquela Rainha de Flávia Lyra


moeda sonhada que cai no fundo do Bateria
chapéu do artista. Seu ganha pão, a
prata para viver mais um dia. Ela é o
sonho que o nosso artista tem de
viver da sua própria arte, do valor do
seu trabalho.

340
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
16 Artistas de Rua – De vagabundos eles foram Bateria Mestre Luiz
“Me dá um Dinheiro chamados muitas vezes! São os (1959) Alberto (Lolo)
aí” artistas de rua, músicos
populares, saltimbancos,
sonhadores, poetas... todos
aqueles que sobrevivem de seus
sonhos e de sua arte. Fazem da
rua um palco e de todos nós uma
plateia. Rompem o silêncio
cotidiano com suas histórias, suas
alegrias, suas músicas. Passam o
chapéu e pedem: “me dá um
dinheiro aí” se gostaram da
minha arte. As fantasias em
Patchwork foram confeccionadas
com retalhos de tecidos de outros
carnavais. Levantando uma
bandeira para a reciclagem como
crítica ao desperdício, essa
iniciativa vai ao encontro do
enredo para o melhor
aproveitamento de nossos
recursos e traz uma diferente
noção de valor.

17 Paraísos Fiscais Paraísos fiscais são países ou Comunidade Direção de


colônias flexíveis na cobrança de (2008) Carnaval
impostos que costumam garantir
o anonimato aos donos do capital
- são espaços ideais para a
lavagem de dinheiro. Pequenas
ilhas do Caribe onde a festa
tropical da corrupção está segura.

341
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

18 Imposto de Mais uma vez, o imposto de renda Comunidade Direção de


Renda foi aqui personificado na figura do (2008) Carnaval
leão. Ele impõe respeito por sua
simples presença e desperta o medo
que todos nós temos desse voraz rei
que vem abocanhar nossas
conquistas. Não tem solução: temos
que dividir com ele tudo que
“caçamos”. A cada centavo ele ruge:
me dá um dinheiro aí.

19 Loteria O sonho de se tornar milionário leva Comunidade Direção de


uma boa parte das pessoas a (2008) Carnaval
apelarem para a sorte e jogarem na
loteria. Depositamos nossas
esperanças em apostas e cruzamos
nossos dedos pois a sorte sempre
pode mudar.

20 Cassino O lugar da sorte e do azar com Comunidade Direção de


muito dinheiro envolvido. (2008) Carnaval
Adrenalina correndo nas veias
misturando ansiedade e euforia na
aposta de ver nosso dinheiro
rapidamente sendo multiplicado.
Roletas, dados, cartas na mesa verde
movimentando jogos de fortuna e
azar.

342
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

21 Acertei no Pra quem gosta de fazer uma Comunidade Direção de


Milhar – Jogo do fezinha, o jogo do bicho é uma (2018) Carnaval
Bicho espécie de bolsa de apostas em
números que são representados por
animais, que tem uma história bem
antiga e que já faz parte da cultura
popular brasileira. Quem nunca
sonhou com um bicho e não correu
pra uma banca pra tentar a sorte?

Ala com múltiplos


figurinos
representando os
25 animais do jogo
do bicho

* Viver do Amor Aquela mulher que vive do sexo, Musa Natalia


“de vermelho e negro vestindo a Nascimento
noite o mistério trás”.

343
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

22 Joga Pedra na Será que o dinheiro compra o amor Comunidade Direção de


Geni verdadeiro? A personagem Geni (2008) Carnaval
representa a prostituta que salva a
cidade se entregando ao
conquistador. “Joga pedra na Geni”
fala da hipocrisia das relações entre
o amor e o dinheiro. O cafetão e a
prostituta estão aqui representados
como personagens desse teatro das
relações cotidianas onde o amor se
torna escravo do dinheiro.

23 Os Novos Ricos – Ostentação é a palavra que define. Comunidade Direção de


Jogadores de Querem notoriedade para a riqueza e (2008) Carnaval
Futebol, Artistas, o sucesso alcançado. Buscam fama e
Empresários gostam de brilho, ouro e glamour!
São celebridades instantâneas
estereotipadas e querem consumir
todo o luxo que o dinheiro pode
comprar.

24 Direitos Autorais Vamos falar dos direitos que todo Compositores Direção de
criador de uma obra intelectual tem (1959) Carnaval
sobre a sua criação. Exaltamos o
valor dos compositores e
representamos aqui a importância do
violão para um músico, do
pergaminho para um poeta e das
paletas para um pintor...

344
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

25 O Cofre do Desde a infância, o cofre de Ala das Direção de


Porquinho porquinho serve para guardar nossas Crianças Carnaval
primeiras moedas, mesmo quando (1980)
ainda nem entendemos de valores. É
uma diversão para a criançada
abastecer e engordar o potinho
sonhando acumular um tesouro.

26 Tio Patinhas Ele é considerado o pato mais rico e Ala da Direção de


mais pão duro do mundo e mantém Comunidade Carnaval
grande parte de sua riqueza em uma (2008)
enorme Caixa-Forte onde
frequentemente mergulha junto às
suas infinitas moedas. Ele é o símbolo
do capitalismo e a representação do
poder americano.

27 Bitcoin Todo o valor materializando em Ala da Direção de


nossas moedas, cédulas, cheques e Comunidade Carnaval
cartões perderá o sentido para um (2008)
dinheiro virtual? Vamos acostumar a
não tocá-lo? Vamos entender que
dinheiro é apenas uma ideia? O que a
moeda virtual fará com nossa
sociedade de consumo? Ela será capaz
de transformar nossa relação com
conceitos de valor? O futuro nos
dirá...

345
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Mário Monteiro, Kaká Monteiro e Verônica Valle
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

28 Carnaval do É no futuro que imaginamos nosso Ala da Direção de


Futuro carnaval: personagens icônicos dos Comunidade Carnaval
antigos carnavais reaparecem num (2008)
desfile sonhado onde a poesia e a
alegria nunca deixam de estar
presente. Mesmo que alcancemos as
estrelas, jamais deixaremos essa
avenida “láctea” onde tantos foliões
brilharam em busca de seus sonhos.
Me dá um dinheiro aí pra vestir a
fantasia e nunca deixar de ser feliz.

* Futuro do Nos 60 anos da escola, fazemos uma Musa Natalia Reis


Pretérito releitura da fantasia futurista da
inesquecível rainha Luiza Brunet do
carnaval de 1998.

346
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Atelier
Ray Menezes e Mauro Ferreira
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Cristiane Machado Rivelino
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Mauro Ferreira Alberto/Regina
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Rafael Gonçalves - Figurinista

Daniel Soave - Pintura de Arte

Paulo - Armação de Arame

Marco Monte - Arte em Espuma

Outras informações julgadas necessárias

O conceito das fantasias teve como elemento central o respeito a proporção do humano. Tudo foi
pensado para preservar a silhueta do folião e elevar a autoestima do componente da Escola: ele
precisa se sentir belo, valorizado. Fantasias mais leves, desenho forte e limpo e a construção de
uma nova paleta de cores foram preocupações para esse desfile. Queremos que a comunidade
vista o personagem, se sinta a parte principal do nosso enredo e nos ajude a contar essa história.
Não queremos que as super fantasias engulam nossa gente bamba da Imperatriz.

347
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Elymar Santos, Maninho Do Ponto, Julinho Maestro, Dudu Miler,
Enredo Marcio Pessi e Jorge Arthur
Presidente da Ala dos Compositores
Vitor Kaczmarkiewicz
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Zé Katimba Guilherme Barros
(setenta) 86 anos 21 anos
Outras informações julgadas necessárias
A tentação seduziu a poesia
Dá volta todo dia é oferta e demanda
Pecado capital da humanidade
Senhor da desigualdade
Sempre diz quem é que manda
O arqueiro ergueu, aquela gente oprimida e sem paz
Perdeu meu bem, pobre fortuna, nobres ideais
Midas com seu dedo de ouro
Condenou a própria filha a viver numa prisão
Prata, pixulé, papel moeda e o homem escorrega
Mete o pé na ambição
Troca-troca ê na beira da praia
Troca-troca ê na beira da praia
Um espelho por cocar, o negócio é um pecado
Ouro no mercado negro, negro é ouro no mercado
Tempos modernos, onde vidas valem menos
Boas ações não representam dividendos
A roda gira pro mais forte, poucos tem a sorte
De virar o jogo que o destino fez
Tem pato mergulhado no dinheiro
E o povo brasileiro nada por migalhas outra vez
Se é pra poupar...
O porquinho pode até ser virtual
Hashtag no infinito, com cascalho, eu tô bonito
No espaço sideral
Imperatriz, sentimento não tem preço, tem valor
Eu não vendo e não empresto, o meu eterno amor
Me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí
Gostei da comissão, me dá meu faz-me-rir
Pra investir no sonho e vestir a fantasia
Quero renda na baiana e nota dez na bateria

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias


Seguindo sua proposta de enredo, a Imperatriz Leopoldinense apresenta uma composição que
absorve em sua estrutura passagens vibrantes distribuídas harmonicamente ao longo do samba
intercaladas aos belos desenhos melódicos, ressaltando a métrica e a sagacidade de sua letra,
possibilitando aos componentes um desfile empolgado e pulsante, e ao intérprete uma condução
que explora de forma eficaz sua tessitura vocal.
Para melhor ilustrar essa proposta, tomamos a liberdade de dividir a letra de acordo com os
diversos momentos do enredo, ressaltando o que foi exposto na justificativa do enredo.
O introito de nosso samba apresenta de forma resumida a proposta do nosso enredo: A relação
entre o ser humano e o Dinheiro. Pecado Capital da Humanidade, ter dinheiro, quase sempre,
significa ter poder e mandar na “oferta e na demanda” do jogo da vida.

A tentação seduziu a poesia


Dá volta todo dia é oferta e demanda
Pecado capital da humanidade
Senhor da desigualdade
Sempre diz quem é que manda
Duas famosas lendas iniciam nosso desfile: a do Arqueiro Robin Hood, que roubava da nobreza e
distribuía aos pobres, e a lenda do Rei Midas, que tendo recebido dos deuses a capacidade de
transformar em ouro tudo que tocasse, logo vem a dádiva como uma maldição; até mesmo sua
filha predileta virou ouro.

O arqueiro ergueu, aquela gente oprimida e sem paz


Perdeu meu bem, pobre fortuna, nobres ideais
Midas com o seu dedo de ouro
Condenou a própria filha a viver numa prisão
O nosso desfile continua na prata das primeiras moedas, no Reino da Lídia, sua evolução para o
papel na China e finalmente chegamos ao Brasil com o escambo realizado em nossas praias, entre
indígenas e os descobridores portugueses, em 1500.

Prata, pixulé, papel moeda e o homem escorrega


Mete o pé na ambição
Troca-troca ê na beira da praia
Troca-troca ê na beira da praia
Um espelho por cocar, o negócio é um pecado
Ouro no mercado negro, negro é ouro no mercado
A proclamação da República trouxe grandes transformações e a divisão da sociedade em classes
ficou ainda mais evidente. A chance de ascender a uma classe superior é muito limitada, com
raríssimas exceções, de forma ilícita ou por um golpe de sorte, como por exemplo, através de um
prêmio acumulado na Loteria.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Tempos modernos, onde vidas valem menos


Boas ações não representam dividendos
A roda gira pro mais forte, poucos tem a sorte
De virar o jogo que o destino fez
Em nosso desfile abordaremos também o lado mais popular e bem-humorado do dinheiro,
representados no personagem do Tio Patinhas, e no cofre do porquinho, representado pela nossa
Ala das Crianças.

Tem pato mergulhado no dinheiro


E o povo brasileiro nada por migalhas outra vez
Se é pra poupar...
O porquinho pode até ser virtual
Um olhar para o futuro (já presente) apresenta-se no final de nosso desfile, moedas criptografadas,
armazenadas em uma nuvem digital e acessadas virtualmente! E como será o carnaval do futuro,
será que vamos desfilar no espaço sideral?

Hashtag no infinito, com cascalho, eu tô bonito


No espaço sideral
Nossa escola, fundada em 06 de março de 1959, completa 60 anos, é o nosso maior patrimônio... é
o nosso maior amor! E esse amor não tem preço, tem valor! E vai durar para toda eternidade,
desfilando majestosamente na avenida e em nossos corações

Imperatriz, sentimento não tem preço, tem valor


Eu não vendo e não empresto, o meu eterno amor

Me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí


Gostei da comissão, me dá meu faz-me-rir
Pra investir no sonho e vestir a fantasia
Quero renda na baiana e nota dez na bateria

350
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Lolo – Luiz Alberto
Outros Diretores de Bateria
Nomade, Lucas, Jean, Caio, Cabral, Tiquinho, Maurão, Júnior, Mauro Lobo, Jhony e Nego Ed.
Total de Componentes da Bateria
270 (duzentos e setenta) componentes
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
13 13 15 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
100 0 40 0 40
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
01 0 24 0 24
Outras informações julgadas necessárias

A tradicional Bateria Leopoldinense continua, pelo quarto ano consecutivo, sob a regência de Luiz
Alberto, o Mestre Lolo, que unindo tradição e versatilidade, mantém para o desfile de 2019 os
mesmos requisitos que fizeram sua orquestra popular conquistar, além de inúmeros prêmios
carnavalescos, as notas 10 dos jurados desde sua estreia, no carnaval de 2016.

Unindo três elementos que julga fundamentais para atender, não só os requisitos técnicos
fundamentais para uma perfeita apresentação, como também proporcionar uma interação ao corpo
da escola e o público distribuído ao longo da avenida, nossa bateria sustenta-se no equilíbrio sonoro
valorizado pela distribuição dos instrumentos em suas tonalidades (médios, graves e agudos) na
ousadia dos desenhos rítmicos e paradinhas, distribuídos em diferentes partes do samba-enredo, que
demonstram toda a versatilidade de nossos ritmistas associados à uma manutenção rítmica
constante, proporcionando um desfile solto e vibrante aos nossos componentes.

Sobre a Rainha de Bateria,


A Capitã do Corpo de Bombeiros Flavia Lyra, reinará, mais uma vez, à frente de nossa tradicional
Bateria. Flávia é moradora de nossa comunidade e, ao longo dos anos, foi se destacando em nossos
ensaios, onde sempre se fez presente e participativa.

Tamanha interação com a escola fez com que a direção gresilense apostasse na valorização de uma
“prata da casa” para ocupar o glorioso posto, antes ocupado por modelos e atrizes.

Em sua estreia, no último carnaval, Flávia Lyra não só teve a aprovação de seus súditos
leopoldinenses, como foi vastamente elogiada por sua postura e apresentação pela mídia
especializada, consolidando assim seu reinado que promete ser duradouro à frente de nossa
orquestra popular.

351
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Junior Escafura
Outros Diretores de Harmonia
Almir, Anderson, Brinquinho, Carlos Jorge, Chico Bala, Coelho, Dias, Elso, Fabinho, Fábio,
Guaracy, Haroldo, Igor, Jayro, Janete, Leo, Patrick, Pedro, Ramon, Régis, Renato, Ricardinho,
Toni, Tuninho, Vitinho, Wagner, Wiliam, Sérgio
Total de Componentes da Direção de Harmonia
40 (quarenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Arthur Franco
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Primeiro Cavaco – Leandro Thomaz
Cavaco Base –Vinicius Marques
Violão de Seis Cordas – Pedro Marques
Violão de Sete Cordas – Ismael Santos Pandeiro
TanTan – PC da Imperatriz
Surdo – Marcelão
Outras informações julgadas necessárias
Pelo quinto ano consecutivo, Junior Escafura é o nosso Diretor Geral de Harmonia e responsável pelo
canto dos nossos componentes.
Após a escolha do Samba, os ensaios de canto foram realizados, tanto setorialmente como também em
conjunto com toda a escola, com o objetivo de envolver cada desfilante no processo do carnaval.
A principal orientação para a equipe de diretores é o incentivo ao canto de cada componente, para que se
crie uma “corrente” de alegria, que contagie não só os que desfilam como também aos espectadores
presentes no sambódromo. Uma filosofia de trabalho que vem colhendo frutos, como os diversos prêmios
que a Harmonia gresilense recebe pelo resultado de seus desfiles.
É importante ressaltar que Junior Escafura possui uma grande experiência na condução harmônica no
carnaval carioca, tendo passado com a mesma responsabilidade e êxito pela Portela.
Na certeza de que todo o empenho e o trabalho possível para a obtenção do sucesso está sendo
implementado, mais uma vez, a Imperatriz desfilará cantando muito seu samba de enredo em busca das
notas máximas dos jurados neste carnaval.

Intérprete:
Pelo terceiro ano consecutivo como a “voz oficial” da Imperatriz Leopoldinense em seu desfile, Arthur
Franco, vencedor do prêmio Estandarte de Ouro em 2017 na categoria revelação, é uma das grandes
apostas gresilenses em busca de seu campeonato. A união da técnica vocal necessária para a perfeita
interpretação do samba e a empolgação para a sustentação de um desfile contagiante, faz de Arthur,
atualmente, um dos cantores mais qualificados na Avenida. Arthur é maestro e regente de coral. Em
paralelo a sua carreira no mundo do samba, ele atua como regente em vários projetos musicais. O estudo
do canto e harmonização vocal é uma das atividades principais na rotina diária de nosso intérprete, que
conta com o apoio constante da fonoaudióloga Isabel Monteiro de Gomes, especialista em voz, na sua
preparação.

352
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Junior Escafura
Outros Diretores de Evolução
Bárbara, Andrea, Batatinha, Elane, Luís, Lena, Sheila, Soraya, Tati, Welington, Roberto, Ana Paula,
Olenir, Gláucia, Marta, Jussara, Rosangela, Felipe, Ismar, Fabricia, Vãnia, Luiz Pereira, Michele,
Rodrigo, Márcia, Beto, Neusa, Anderson, Fernanda
Total de Componentes da Direção de Evolução
40 (quarenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Bia Oliveira , Carla Diamante e Raphaela Silva
Principais Passistas Masculinos
Phellipe Almeida e Jhonny Pereira
Outras informações julgadas necessárias

Com a filosofia de que o componente é o personagem principal do espetáculo promovido pela


Imperatriz em seus carnavais, os ensaios foram realizados com o objetivo de deixar cada desfilante
“solto” para brincar o carnaval.

A ideia é que quando a escola entrar avenida nossos componentes tragam alegria, espontaneidade e,
também, a conscientização de que seu empenho é fundamental para a conquista da vitória.

Evolução é um dos quesitos que a Imperatriz Leopoldinense mais trabalha durante o período de
ensaios técnicos. Júnior Escafura, diretor geral de harmonia e evolução da agremiação, tem a
filosofia que o componente seja o principal diretor de harmonia e evolução dentro de cada ala.

Sobre a Ala de Passistas

A coordenação da tradicional ala de passistas da Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2019 está


sob a responsabilidade de Jéssica Andreza, uma “prata da casa” que diante do sucesso obtido através
do seu trabalho desenvolvido à frente do projeto de formação de passistas mirins, conquistou a
confiança da direção para esse novo e grandioso desafio.

A Agremiação conta ainda com uma oficina de formação de passistas mirins, que proporciona ao
longo do ano, aulas de samba para as crianças de nossa comunidade, aliando a cultura popular ao
acompanhamento escolar tradicional, requisito obrigatório para participar do projeto. Entre nossos
passistas mirins destacam-se: Rúbia Vitória, Gi Fernandes, Duda Apolinário, Dany Fogacinha, Caio
Júnior, Wallacy Monteiro, Wesley Monteiro, Wendel Monteiro, Wesley Silva

353
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Diretor Geral de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Direção de Carnaval
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
100 50 50
(cem) (cinquenta) (cinquenta)
Responsável pela Ala das Baianas
Raul Cuquejo
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Marleny Ferreira Jenifer Casro
(oitenta) 83 anos 20 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Solange Costa
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Josina Braga Fávio Henrique
(setenta) 90 anos 47 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Elymar Santos
Outras informações julgadas necessárias

354
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Fábio Batista
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Fábio Batista
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 04 11
(quinze) (quatro) (onze)
Outras informações julgadas necessárias

Robin Hood
A lenda de Robin Hood e seu bando é o tema da Comissão de Frente da Imperatriz Leopoldinense
no carnaval de 2019. Com o enredo “Me dá um dinheiro aí” nossa comissão invade a Avenida
com a promessa de tirar dos ricos para dar aos pobres! Robin Hood é considerado um líder do
povo, ícone na luta por melhor distribuição de renda e pelos direitos dos mais pobres. Nossa trupe
/ bando é formada por representantes de todas as classes: eles são sonhadores, são poetas, artistas,
vingadores encapuzados! Ladrões? Apontando suas flechas na direção das injustiças sociais, eles
roubam dos ricos e reescrevem a história com suas próprias mãos. Defensores de ontem e de hoje
querem reacender em cada um de nós a esperança de um mundo melhor e com mais igualdade.

O coreógrafo Fábio Batista


Iniciou a carreira artística no carnaval no GRESM Aprendizes do Salgueiro, como Ritmista,
conquistou o título de Rei do Carnaval Mirim da Cidade do Rio de Janeiro em 1994 e logo depois
Mestre-sala da mesma agremiação. Paralelamente, iniciou seus estudos em dança e teatro na Cia
Étnica de Dança e Teatro onde ocupou o cargo de Primeiro Bailarino e Assistente de Direção
entre os períodos de 1997 a 2007, se apresentando nos grandes espaços de arte em todo Brasil, tais
quais o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e São Paulo, Teatro Carlos Gomes, João Caetano,
MASP (SP), Teatro Panamericano (SP), Teatro Vila Velha (BA) e etc.

Na sua formação profissional, Fábio Batista obteve formação com importantes Mestres do cenário
da dança brasileira e internacional, tais como: Edmundo Carijó, Charles Nelson, Valéria Monã,
Zebrinha, Thyrza Barizon, Marly Tavares, Richard Gragun, Regina Sauer, Cristiane Ramos,
Roberto de Oliveira, Nino Giovanet, Beth Oliose, Rosália Valviere entre outros. Também
participou de alguns importantes laboratórios coreográficos como das Companhias de Marta
Graham (EUA), Bill T. Jones (EUA), Teatro TALIPOT (Ilha da Reunião), Balé Guaíra (BR),
Grupo Corpo (BR), Balé Folclórico da Bahia (BR), Grupo Moitará (BR), CTO (BR) e Cia dos
Comuns (BR).

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias


Exercendo a função de Bailarino/ Interprete, Fábio Batista trabalhou com a Diretora Carmen Luz
durante 13 anos, obtendo deste convívio uma ampla formação em direção cênica e elaboração
coreográfica na Cia Étnica de Dança e Teatro. Nesses 13 anos atuou em 7 grandes montagens
profissionais e algumas dezenas de performances em espaços públicos e alternativos. Também
através da Cia Étnica fez alguns trabalhos em parceria com coreógrafos e diretores internacionais,
Tom Plinskie (Ale), David Parsons (EUA), Koffi Koko (Uganda) e Ismael Ivo (Ale).

Em 2007 Fábio Batista faz sua primeira estreia em solo internacional com show conduzido pela
escola de samba Tradição no México, após o sucesso do show no ano seguinte iniciou uma
trajetória como coreógrafo de shows internacionais passando pela Rússia, Argentina, França,
Qatar, Eslovênia, Suécia e Ilhas Maurícius.

No âmbito do carnaval, coreografou as alas e carros das Escolas Paraíso do Tuiuti 2005 e 2018,
Acadêmicos do Salgueiro 2002, 2003 e 2008, Imperatriz Leopoldinense 2012 a 2016, Mangueira
2017 e 2018. Nesses dois últimos trabalhos na Mangueira conquistou o Estandarte de Ouro de
melhor ala consecutivamente. Em Comissões de Frente Fábio Batista, estreou como bailarino na
Estácio de Sá em 2002 e 2003, tendo passado também pela Vizinha Faladeira e Acadêmicos do
Dendê, como coreógrafo foi premiado duas vezes com comissão de frente da Herdeiros da Vila.
No Acesso A coreografou Paraíso do Tuiuti e Renascer de Jacarepaguá. Fábio ainda atuou como
Diretor de Carnaval da CCES Flor da Mina do Andaraí contribuindo para sua ascensão até os
desfiles na Marques.

No Cinema e na Tv fez alguns comerciais e participou dos filmes “Garota do Rio’ (EUA / BR),
“A taça do mundo é nossa!” (BR), “Xuxa Requebra” (BR) e “Maré – Nossa história de Amor”
(BR). Participou do DVD/Show do Arlindo Cruz – “Batuques do Meu Lugar”, Daniela Mercury –
“Canibalia”, Alexandre Pires – “A Deus eu peço”. Coreografou e fez preparação do elenco da
peça “Mercedes Batista” – Grupo EMU e foi coreógrafo do Rock Street África no Rock in Rio de
2017.

Em 2012, fundou um grupo de artistas a Cia Clanm de Dança onde até hoje atua como Diretor
/Coreógrafo, produziu dois espetáculos com apresentações nacionais e internacionais. Em 2014
criou a Escola Carioca de Danças Negras, espaço de referência nas pesquisas e desenvolvimento
das Danças de Matrizes Negras Brasileiras e Internacionais.

Em 2019 assume o Cargo de Coreógrafo da Comissão de Frente da Imperatriz Leopoldinense,


num trabalho em parceria com a equipe de carnaval e o grupo Fuerza Bruta (Arg).

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Assistentes de Coreografia: Ana Gregório e Moisés Dias


Assistente técnico: Júlio Cândido
Bailarinos: Amanda Sophia, Akia de Almeida, Claudio Alex, Damiris da Silva, Evandro
Machado, Everton Garcia, Felipe Araújo, Jefte Francisco, Jéssica Galante, Junior Paixão, Lucas
Caderuzzo, Marcio Dellawegah, Rodrigo Sathler, Roger Hilário e Vladir de Paula.

Equipe Brasil:

Carnavalescos: Mário Monteiro e Kaka Monteiro


Coreógrafo: Fábio Batista
Concepção Visual: Verônica Valle
Equipe de Criação: Mateus Viana, Rafael Gonçalves e Renato Esteves

Equipe Argentina:

Diretor Artístico: Diqui James


Stage Manager: Pablo Carpintero
Production Manager: Diego Weinschelbaum
Atriz: Natalia Gomes Carillo
Riggers: Guille Salvatierra e Mariano Tome
Prudução Ozono Brasil: Ana Chacon, Ivone de Virgiliis e Julieta Casara

Execução do Figurino: Adriano Oliveira de Vasconcelos e Vanessa Castro Câmara Gonçalves


Execução da Alegoria: Equipe do barracão

357
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Thiaguinho Mendonça 30 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Rafaela Teodoro 26 anos
2º Mestre-Sala Idade
Marcílio Diamante 33 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Beatriz Paula 18 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

TOQUE DE MIDAS

O ouro, o fascínio que esse metal tão raro e valioso exerce sobre a mente humana é milenar! Não
foi diferente com o Rei Midas. Sua lenda nos conta que esse poderoso rei fez um pedido ao deus
Dionísio para que tudo que ele tocasse virasse ouro; acreditava que assim se tornaria o homem
mais rico e poderoso da terra. Sua ambição o cegou e ele não previu as consequências de seu
desejo. Midas foi atendido, mas logo percebeu que esse dom, ao invés de lhe trazer felicidade,
passou a ser sua maior desgraça. O rei não conseguia mais se alimentar, nem beber um cálice de
vinho, até que o mais terrível lhe ocorreu ao tocar sua filha e transformá-la em uma linda estátua
de ouro. Ao perceber o erro ao qual sua ganância o levou, ele implora a Dionísio que desfaça a
magia, já que nada vale mais do que a vida de sua amada filha.

358
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Sobre o 1º Casal:

Representantes da nova geração de casais de mestres-salas e porta-bandeiras Thiaguinho


Mendonça e Rafaela Theodoro seguem pelo terceiro ano consecutivo sua parceria de sucesso
marcada pela garra, sinergia e entrosamento.

Com apresentações fortes unindo a tradição com o contemporâneo os guardiões do maior tesouro
leopoldinense vem gabaritado suas notas e garantindo inúmeros reconhecimentos e prêmios da
mídia especializada.
O jovem casal aprimorou a cada ano sua dança em busca de um excelente resultado. Sem cessar,
após o carnaval passado, já retomam a rotina de ensaios e estudaram as notas recebidas, em cima
dos elogios e críticas, uma linha a seguir. O estudo da dança é primordial para um trabalho
excepcional. O bailado, cortejo e elegância do casal de mestre-sala e porta-bandeira é algo
sublime e não pode se perder diante da modernidade. Em busca do enamorar, dos olhos nos olhos,
Thiago e Rafaela trabalham com afinco.

Com a orientação técnica do coreógrafo Fábio Batista, responsável também pela Comissão de
Frente, Thiago e Rafaela primam pela linha clássica. Com bailado singular, apresentando os
movimentos tradicionais, com sequências de movimentos coordenados e complementares. Uma
parte a ser destacada é a referência ao Rei Midas e o seu toque de ouro. Por instantes Thiago faz
uma menção ao rei da mitologia grega que tudo ao seu toque vira ouro. Sem perder a elegância e
a sutileza, toca em Rafaela como se a transformasse em ouro.

Aos 26 anos de idade, Rafaela Theodoro chega a sua maturidade na arte de dançar. Completando
10 anos como porta-bandeira em 2019, sendo 9 anos ininterruptos defendendo o primeiro
Pavilhão da Imperatriz leopoldinense. Vem recebendo o merecido reconhecimento em função da
sua dança e evolução ao longo desses anos. Coleciona mais de 15 prêmios e muitas notas 10.
Rafaela que ainda menina começou seus primeiros passos na renomada escola do Mestre Dionísio
e teve uma breve passagem pela Vila Isabel, é hoje a porta-bandeira que mais defendeu o pavilhão
gresilense em desfiles na Marquês de Sapucaí.

Thiaguinho Mendonça, iniciou sua carreira no projeto Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Mestre Manoel Dionísio. Durante sua trajetória recebeu em torno de 10 prêmios. Defendeu o
segundo pavilhão da Portela em 2015. No ano de 2016 dançou pela Renascer de Jacarepaguá na
Série A, somou quatro notas 10, foi apontado como grande destaque do grupo por críticos e
acabou contratado pela Imperatriz Leopoldinense onde, em sua estreia junto com a porta-bandeira
Rafaela Theodoro, arrebatou o público e os jurados, conquistando as notas máximas.

359
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

GUERNICA - OBRA DE ARTE

O valor financeiro de uma obra de arte é algo indefinível, intangível! Qual o verdadeiro valor de
uma obra de arte? O que define se ela custa mil ou um milhão de reais? Existem várias questões
envolvidas, mas sem dúvida, a figura do artista é o ponto crucial, quando e por algum motivo um
artista fica famoso, ele adquire uma espécie de “Toque de Midas” e suas obras passam a valer
“ouro”! Galerias e marchands ajudam e investem alto para criar esses artistas célebres lucrando
com a compra e venda de suas obras. Hoje, o mercado de arte movimenta milhões e exatamente
pela obra de arte possuir um valor intangível é considerado um investimento seguro e muito
lucrativo!

Mas será que a verdadeira obra de arte consegue transcender a tudo isso?

Escolhemos para o ballet de nosso segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira a obra de Pablo
Picasso porque além deste ser um dos maiores pintores modernos, no ano de 2018, um quadro de
sua autoria alcançou a extraordinária soma de 179,36 milhões de dólares em um leilão.
E por que Guernica?

Aqui escolhemos Guernica por ser um dos quadros mais representativos da obra do artista. A obra
se tornou um ícone mundial e é considerado um símbolo da luta pelo antimilitarismo, contra a
violência e pela liberdade do homem. A vida humana vale mais do que uma guerra pode
conquistar. O artista consegue que sua obra transcenda o valor contemplativo e se transforme em
uma bandeira de paz, que nesse ballet se une ao pavilhão da Imperatriz pela valorização da vida
humana.

360
G.R.E.S.
UNIDOS DA TIJUCA

PRESIDENTE
FERNANDO HORTA
361
“Cada macaco no seu galho.
Ó, meu Pai, me dê o pão que eu
não morro de fome!”

Carnavalescos
ANNIK SALMON, FRAN SÉRGIO, HÉLCIO PAIM E MARCUS PAULO
363
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão que eu não morro de fome”
Carnavalescos
Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Coordenação Geral: Laíla
Autor(es) do Enredo
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
01 Seis Mil Anos de JACOB, Heinrich Nova Alexandria 2004 Todas
Pão Eduard

02 Pão e Circo VEYNE, Paul Unesco 2015 Todas

03 A Era das HOBSBAWM, Paz e Terra 2012 Todas


Revoluções Eric J.
História Geral do
Brasil

04 História Geral do LINHARES, Maria Elsevier 2016 Todas


Brasil

05 Diáspora Negra no HEYWOOD, Contexto 2008 Todas


Brasil Linda

06 Ser escravo no MATTOSO, Katia Editora Vozes 2016 Todas


Brasil M. de Queirós

07 Trajetórias entre MATTOS, Marcelo Revista Mundos 2009 Todas


Fronteiras: o fim Badaró do Trabalho
da escravidão e o
fazer-se da classe
trabalhadora no
Rio de Janeiro

08 Bíblia Sagrada Vários Mundo Cristão 2018 Livro do Êxodo


Evangelhos

365
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

09 O livro dos Santos CAMPOS, Rogério Veneta 2012 Todas


de

10 Santos da nossa Vários Petra 2017 Todas


Vida

11 Significado dos SILVESTRINI, Baraúna 2010 Todas


ditados populares e Roberto
das gírias
brasileiras

12 Puxar a brasa à VALE, Andreia Manuscrito 2015 Todas


nossa sardinha

13 Vida de Cristo SHEEN, Fulton J. Petra 2018 Todas

Outras informações julgadas necessárias


Sites consultados:

O GLOBO – HISTÓRIAS DE HERÓIS ANÔNIMOS. Disponível em:


<https://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/historias-de-herois-anonimos.html>
O PÃO DE OGUM. Disponível em: <https://pailucasdeode.blogspot.com/2015/04/o-pao-de-ogum.html>
O SIMBOLISMO DO PAVÃO. Disponível em: <https://www.eusemfronteiras.com.br/o-simbolismo-do-
pavao/>

*Documentário Hebreus – A Saga de Um Povo


*Documentário A Corte no Brasil – A fuga dos Reis

A Comissão de Carnaval é formada por Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Annik Salmon é formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) no curso de Belas Artes
(Indumentária e Cenografia) e pós-graduada em Educação Artística com formação para docentes pela
Universidade Cândido Mendes (Ucam). Ao formar-se, em 2003, começou a estagiar na Escola de Samba
Unidos do Porto da Pedra, num acordo entre a Liga das Escolas de Samba (Liesa) e a Faculdade de Belas
Artes. Em 2004 já era assistente e figurinista do Carnavalesco Alexandre Lousada, com quem trabalhou até
2007 para agremiações diferentes: Porto da Pedra, Vila Isabel e Beija-Flor. Nos anos seguintes trabalhou na
Vila Isabel, como Assistente do Alex de Sousa e Paulo Barros, até que em 2009 foi para Unidos da Tijuca,
com o Paulo Barros, onde foi sua assistente até o carnaval de 2014. Após, passou a integrar a Comissão de
Carnaval da Unidos da Tijuca.

366
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Fran Sérgio é o carnavalesco com maior número de títulos do Carnaval carioca. São oito títulos
conquistados na Beija-Flor (1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011). Nascido em Nilópolis,
município da Baixada Fluminense, Fran começou na azul e branco na ala das crianças e passou por
alas da comunidade, foi destaque de alegorias até chegar à comissão de carnaval e ser o responsável
artístico da agremiação. Ele ocupou o cargo por mais de 20 anos na Beija-Flor. Em 2018, foi
convidado para assinar sozinho o desfile da Vila Maria, escola de samba do Grupo Especial de São
Paulo. Para 2019, faz a estreia na Unidos da Tijuca e desenvolve também o desfile da Águia de Ouro,
de São Paulo.

Hélcio Paim atua no carnaval desde 1981 e já teve seu trabalho reconhecido em diferentes setores das
escolas de samba, como construção de alegorias, direção de carnaval e direção de barracão. Paim já
trabalhou em algumas Agremiações como: Difícil é o Nome, Caprichosos de Pilares, Rocinha, Vila
Isabel, Salgueiro, Grande Rio e é o responsável pela parte estrutural das alegorias da Unidos da Tijuca
desde 2000. Agora Paim integra a equipe de profissionais que compõem a Comissão de Carnaval da
Unidos da Tijuca. Em novembro do ano passado, o artista recebeu a Medalha Tiradentes, concedida
pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), entregue pelo seu relevante trabalho
carnavalesco e, consequentemente, cultural e social, prestado à causa pública fluminense.

Marcus Paulo é formado em Programação Visual, Moda, Produção Cenográfica, Design Gráfico e
Gestão de Negócios. Iniciou sua carreira no carnaval em 1991 contratado pelo carnavalesco Alexandre
Louzada, na escola de samba Caprichosos de Pilares. A partir daí foram onze carnavais como seu
assistente em outras agremiações como Grande Rio, Estácio, Mangueira e Portela. Marcus ainda foi
um dos responsáveis pela elaboração e criação de figurinos para as cerimônias de abertura dos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Suas obras foram elogiadas pelo Comitê
Olímpico Internacional, que as levaram para exposição permanente no Museu Olímpico, situado na
Suíça. Sua entrada na Unidos da Tijuca, onde integra a Comissão de Carnaval da agremiação, foi em
2004, contratado pelo Presidente Fernando Horta.

Enredista/ Pesquisa e Texto: Igor Ricardo


Formado em Jornalismo pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), em 2013,
Igor trabalhou na cobertura carnavalesca por cinco anos. Neste período, o jovem jornalista se
notabilizou à frente da Editoria de Carnaval do Jornal Extra e do Jornal O Globo, os jornais de maior
renome da mídia carioca e do país. Neste período, foi convidado para a produção de reportagens
internacionais durante os desfiles carnavalescos da província de San Luís, na Argentina. Além disso,
foi jurado no Carnaval de Santos, julgando as agremiações do Grupo Especial e Acesso da cidade. Por
dois anos consecutivos ainda fez parte do corpo de jurados para a escolha da Corte Real do Carnaval
do Rio.

367
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

HISTÓRICO DO ENREDO
Apresentação

Através dos “olhos” do pavão, animal que traz a visão de Deus pela alma e elimina o mal
com as garras, a Unidos da Tijuca vai passar uma mensagem de esperança em dias melhores
por meio da história e simbologia do pão. Assim como no pavilhão tijucano, o pavão guiará
a escola a revelar a trajetória do alimento mais popular do planeta.

Em tempos de ódio gratuito, intolerância para todos os lados, e do politicamente correto, o


enredo se utiliza de um ditado popular para sinalizar que, se cada um fizer a sua parte, o
mundo há de ser mais justo. A agremiação frisa que a expressão “cada macaco no seu galho”
utilizada no tema nem de longe lembra o seu significado original, que era usado para
discriminar a população negra. Dentro do contexto do desfile da Tijuca, o ditado assume
outro sentido. Essência de todas as escolas de samba, os negros foram (e são) o pilar desta
festa. Portanto, seria contraditório usar algo pejorativo contra quem fez e faz pelo maior
espetáculo da Terra.

O título do enredo ainda traz uma frase de clamor pelo pão que alimenta, seja o corpo ou a
alma. Desde a descoberta do alimento, ele vem curando as necessidades de muitos,
fortalecendo a construção de sociedades. O pão é o fio condutor que nos levará até os dias
atuais. Afinal, de acordo com o historiador alemão Heinrich Eduard Jacob, “nenhum outro
produto, antes ou depois da sua descoberta, dominou o mundo antigo, material e
espiritualmente, como o pão foi capaz de fazer”.

Sinopse

Através dos “olhos do Criador”, revejo o surgimento do alimento mais importante e sagrado
do mundo. Na Mesopotâmia, um dos berços da civilização, o homem primitivo percebe que
a simples exposição ao sol de um punhado de cereal, batizado como trigo, faz nascer uma
massa intrigante. A “descoberta” dali para frente alimentaria a humanidade.

Foram os egípcios que, com inteligência e sagacidade, iniciaram o processo de fermentação


dessa massa, dando origem ao Pão. Ele rapidamente ganhou traços simbólicos, seja como
moeda de troca ou instrumento político.

Do pão, foi mantido um Império. Reis e rainhas caíram. Revoltas e revoluções surgiram.

O povo explorado, muitas vezes escravizado, sempre trabalhou pelo alimento de cada dia. O
humilde proletário, que madruga atrás de condução, também está em busca de uma vida
melhor. E é na fé que esse homem se sustenta. Fé encontrada no filho de Deus, que se fez
carne entre os pecadores. O Cordeiro de Deus deixou-nos o exemplo da multiplicação e
partilha do amor com os irmãos.
368
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Assim como Jesus Cristo, outras santidades dão verdadeiras lições de que, se cada um fizer a
sua parte, mesmo que pequena, fabricaremos, amassaremos a mistura, que ao crescer, salvará
nosso mundo da fome de alimento, e de sentimentos.

Até porque vivemos em uma realidade tão cruel, em que muitos ainda não têm acesso ao
básico para viver. Os abusos de poder massacram os desfavorecidos. Estamos no forno,
assando, sofrendo, queimando no descaso de quem deveria olhar pela prosperidade de todos.

Ah se todos fizessem a sua parte...

Se os ardilosos com seu egoísmo e ambição fossem extintos...

O ditado popular "cada macaco no seu galho" nunca foi tão essencial como agora. Não no
seu significado original, que era usado para discriminar a população negra – povo que é a
essência das nossas escolas de samba. Se cada um dentro do seu ofício fizer o melhor,
teremos o nosso pão e não morreremos de fome.

É preciso colocarmos no coração verdadeiramente a mensagem do Pão da Vida para


podermos viver nas glórias de um Paraíso Real.

Enquanto não desfrutamos desta abundância, sei que tudo poderá me faltar: água, pão... Mas
nada tirará o meu ânimo de viver. Nada! Porque sei que nunca me faltará o teu amor, Pai.
Amor que gerará filhos, nascidos sem dor. Filhos que crescerão como homens de bem,
direitos. Direitos que serão ensinados para vivermos em um mundo melhor.

Ouço o teu clamor, por isso, cubro-te de amor e fé pois este é o verdadeiro alimento da sua
alma.

Agradecimento

Obrigado, meu Deus, obrigado por mais esse dia. Obrigado pela minha família, pela
oportunidade de mais uma vez te encontrar de braços abertos para carregar em teu colo os
meus desejos, as minhas dores, os meus desafios. Obrigado, meu Deus, por iluminar meu
caminho, protegei minha casa, meus filhos. Cubra-me de amor e fé porque esse é o
verdadeiro alimento da minha alma. Iluminai a cabeça daqueles que vivem na escuridão,
consolai aqueles que tanto precisam do teu amor. Proteja aquele que vai em busca do pão
de cada dia, mas sobretudo cubra de graças aquele que se levanta para ir em busca de um
emprego. Que o clarão do dia que está para chegar, traga o sol da tua bondade e aqueça o
nosso coração. Sei, meu Deus, que pode me faltar a água, o pão, um teto, um abraço, mas
sei que nada disso é tão importante que me tire o ânimo e a alegria de viver. Sei que nesta
vida tudo poderá me faltar. O que nunca me faltará é o Teu Amor, Pai.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
O enredo da Unidos da Tijuca “Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão que eu
não morro de fome!” leva para a Avenida a história e simbologia do alimento mais popular
do planeta: o pão. A proposta da azul e amarelo é, acima de tudo, passar a mensagem de que
precisamos ter mais amor e respeito uns pelos outros para acabar com a desigualdade social
tão presente na sociedade. Desta forma, o pão cumpre o papel de ser fio condutor da
trajetória da própria humanidade, mostrando como o homem foi se relacionando com a
cobiça e o poder. Ao mesmo tempo, o desfile expõe a fé em um Deus, Criador do Universo,
que está de “olho” na sua criação.
A expressão “Cada macaco no seu galho” no título e no desenvolvimento do enredo da
Tijuca vem para reforçar a crítica social presente no tema. A agremiação utiliza o ditado
popular de forma diferente do sentido original porque, no início, segundo pesquisadores,
“Cada macaco no seu galho” foi atribuído, depreciativamente, aos homens negros. Até
porque não faria sentido algum uma escola de samba se utilizar de algo racista. A essência
das agremiações são os negros.
Algumas pesquisas mostram que a expressão tem origem na guerra entre o Paraguai e uma
aliança entre o Brasil, o Uruguai e a Argentina, que se estendeu de dezembro de 1864 a
março de 1870. Neste conflito, a maior parte do exército brasileiro era composta por
homens negros, a quem os brancos chamavam insultuosamente de macacos. Numa batalha,
o Duque de Caxias quis surpreender o inimigo e mandou cada um que subisse às árvores,
dizendo a frase: Cada macaco em seu galho.2
Com o passar do tempo, a expressão ganhou a conotação de “cada um na sua”, “não se meta
onde não é chamado”, “cada um no seu quadrado”. Ou seja, que cada pessoa deve
preocupar-se apenas com aquilo que lhe diz respeito. A expressão quer dizer que as pessoas
devem reconhecer o seu lugar, sem se intrometer em assuntos alheios, os quais não lhe
competem.
A presença do ditado no título do enredo destaca, portanto, a tônica do desfile. Se cada um
tiver desempenhando a sua função corretamente, ninguém vai morrer de fome. É uma crítica
direta aos marginais, aos políticos, aos falsos profetas, aos ardilosos, que roubam, usurpam e
humilham os mais necessitados. Ou seja, é uma crítica aos que vivem no meio das pessoas,
usurpando da capacidade delas, jogando umas contra as outras, em busca do domínio total
com o pensamento do mal.
No sentido contrário disso, a Tijuca destaca o papel social de quem pratica a caridade e luta
para corrigir as distorções sociais. São pessoas que carregam a fé e os ensinamentos de que a
“partilha do pão” é fundamental para acabar com a fome dos mais necessitados. A Tijuca
mostra então que a desigualdade tão presente na sociedade brasileira é resultado da falta de
compromisso dos poderosos com a população, sendo necessária uma maior compaixão pelo
outro para se viver em um mundo melhor.

2
VALE, Andreia. Puxar a brasa à nossa sardinha. Manuscrito Editora, 2015.
370
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Os setores:

Abertura - O sagrado pão


A apresentação do pão como um alimento sagrado é o ponto de partida do desfile da Unidos
da Tijuca. Da comissão de frente ao abre-alas, a azul e amarelo se vale da fé em passagens
bíblicas para justificar essa prerrogativa.

2° setor - A história do pão


O descobrimento do pão pelo homem e a posterior transformação do alimento em moeda e
instrumento político aparecem neste setor.

3° setor - O pão na história


Pelo pão, reis e rainhas caíram. Pelo pão, revoltas e revoluções surgiram. A narrativa do
desfile segue com acontecimentos que marcaram a história da humanidade e a chegada do
pão no Brasil.

4° setor - O pão nosso nos dai hoje


A oração do Pai Nosso dá título ao setor por trazer os anseios de que nunca falte pão na
mesa. Para isso, muitas pessoas recorrem aos santos e santas que praticaram o gesto da
partilha de Jesus Cristo com os mais pobres. As preces também são para o Filho de Deus
que, ao dividir o pão, multiplicou a esperança por dias melhores.

5° setor - Cada macaco no seu galho


O último setor do desfile tijucano é uma crítica direta aos marginais, aos políticos, aos falsos
profetas, aos ardilosos, que roubam, usurpam e humilham o povo. O uso da expressão
popular é para destacar que a desigualdade social tão presente na sociedade brasileira é
resultado da falta de compromisso dos poderosos com a população. Se cada um tivesse
desempenhando a sua função corretamente, ninguém morreria de fome.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

ROTEIRO DO DESFILE
ABERTURA – O SAGRADO PÃO

Comissão de Frente
“DISSE O SENHOR: EIS QUE VOS FAREI
CHOVER PÃO DOS CÉUS”, ÊXODO 16:4

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Alex Marcelino e Raphaela Caboclo

Ato 1
“VINDE A MIM AS CRIANCINHAS”

Alegoria 01 – Abre-Alas
“PELOS OLHOS DO PAVÃO”

2º SETOR – A HISTÓRIA DO PÃO

Ala 01 – Baianas + Grupo Performático


O SEMEIO DO TRIGO

Destaque de chão
Ana Paula Evangelista
DEUSA DA DÁDIVA

Ala 02 – Coreografada
OS EGÍPCIOS

Ala 03 – Comunidade
ESCRAVOS HEBREUS

Ala 04 – Comunidade
COMERCIANTES FENÍCIOS

Destaque de Chão
Mônica Barbosa
ATENAS
372
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Ala 05 – Comunidade
GREGOS

Ala 06 – Comunidade
PADEIROS ROMANOS

Ato 2
O IMPÉRIO ROMANO

Alegoria 02
PÃO E CIRCO

3º SETOR – O PÃO NA HISTÓRIA

Ala 07 – Coreografada
REVOLUÇÃO FRANCESA

Destaque de chão
Larissa Neto
NA RÚSSIA

Ala 08 – Comunidade
“PÃO E PAZ”

Ala 09 – Comunidade
REVOLTA DA FARINHA

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Matheus André e Lohane Lemos
DOM JOÃO VI E CARLOTA JOAQUINA

Ala 10 – Comunidade
A CORTE NO BRASIL

Ala 11 – Comunidade
O PÃO DA TERRA

373
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Ala 12 – Coreografada
“PAU, PÃO E PANO”
Obs.: No meio dos componentes terá uma
passista para representar o desejo de liberdade
dos escravos.

Ato 3
JOÃO DE MATTOS, “O PADEIRO
ALFORRIADO”

Alegoria 03
COMENDO O PÃO QUE O DIABO AMASSOU

4º SETOR – O PÃO NOSSO NOS DAI HOJE

Ala 13 – Comunidade
SANTO ANTÔNIO

Ala 14 – Comunidade
OGUM

Destaque de Chão
Cristiano Amorim e Valéria Mari
POVO CIGANO

Destaque
Ala 15 – Passistas
Gabriel Dias
CIGANOS DE SANTA SARA
SANTA SARA

Rainha de Bateria
Elaine Azevedo
ALIMENTO SAGRADO

Ala 16 – Bateria
MÃOS SAGRADAS

Carro de som
Intérprete: Wantuir

374
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Ala 17 – Comunidade
SANTA ISABEL

Ala 18 – Comunidade
NOSSA SENHORA DO PÃO

Ala 19 – Comunidade
SANTO HONÓRIO

Ato 4
“EU SOU O PÃO DA VIDA”

Alegoria 04
“MULTIPLICA O SAGRADO PÃO”

5º SETOR – CADA MACACO NO SEU GALHO

Ala 20 – Comunidade
MARGINALIZADOS

Ala 21 – Comunidade
DESEMPREGADOS

Ala 22 – Comunidade
TRABALHADOR EXPLORADO

Destaque de Chão
Patrícia Chélida
A GANÂNCIA PELO PODER

Ala 23 – Comunidade
“VERMES” DO PODER

Ala 24 – Coreografada
“LOBO EM PELE DE CORDEIRO”

Ala 25 – Comunidade
“OS ARDILOSOS”

375
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

Ala 26 – Coreografada
“GENTE SOFRIDA”

Ato 5
A CARIDADE

Alegoria 05
ME DÊ O PÃO QUE EU NÃO MORRO DE FOME

Ala 27 – Comunidade
VENTRES DA ESPERANÇA

Ala 28 – Compositores
ESCUTE A VOZ DO BOREL

376
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 PELOS OLHOS DO PAVÃO O abre-alas da Unidos da Tijuca traz o pavão, símbolo


da Agremiação, como o animal que representa a visão
de Deus pela alma. Para os cristãos, o formato de sua
cauda adquiriu um significado de omnisciência, o
Deus que tudo vê. E é justamente essa mensagem que
o primeiro carro da Tijuca passa: que Deus está de
olho nas suas criações. É através dos “olhos” do pavão
(os olhos de Deus) que a narrativa tijucana sobre a
história e simbologia do pão será contada. A parte
dianteira da alegoria relembra a Santa Ceia, a última
refeição de Jesus Cristo com seus apóstolos, para
evidenciar o caráter sagrado do pão, alimento
caracterizado como o próprio Corpo do Filho de Deus.
Além disso, a referida passagem bíblica mostra como
o Criador está de olho nos seus, já que enviara o
próprio Filho para ser sacrificado em nome da
remissão dos pecados do mundo.

Composições: O Pavão

* Esse é o desenho artístico do


croqui original e serve apenas
como referência, pois foram
realizadas modificações de
estética e de cor na execução da
Alegoria.

377
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 PÃO E CIRCO Para sustentar a base social do imponente Império


Romano, o governo passou a adotar a política que
ficou conhecida como “Pão e Circo”. Como o próprio
nome diz, o Pão estava relacionado à distribuição
gratuita de trigo ou a preços baixos para a população
pobre. Outra medida utilizada pelos governantes
romanos para evitar as rebeliões populares era o
oferecimento de atividades de lazer, como batalha de
gladiadores, referente à palavra Circo. Sendo assim, as
classes dominantes buscavam controlar os ânimos da
população pobre, evitando, dessa forma, que as
* Esse é o desenho artístico do rebeliões se tornassem cada vez mais constantes.
croqui original e serve apenas como
referência, pois foram realizadas Composições: Gladiadores Romanos
modificações de estética e de cor na
execução da Alegoria. Composições: O Povo na Arena

03 COMENDO O PÃO QUE O O terceiro carro alegórico retrata o sofrimento dos


DIABO AMASSOU escravos retirados da África e trazidos ao Brasil nos
navios negreiros. Nas embarcações, os negros viviam
sob as piores condições humanas, comendo “o pão que
o diabo amassou”. A dor dos africanos escravizados só
terminaria anos mais tarde com a assinatura da Lei
Áurea, após sucessivas ações de resistência contra o
sistema escravocrata.

Composições: Escravos

Composições: “Diabos” do Mato


* Esse é o desenho artístico do
croqui original e serve apenas como
referência, pois foram realizadas
modificações de estética e de cor na
execução da Alegoria.

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 “MULTIPLICA O SAGRADO Após a crucificação, Jesus ressuscitou e renovou a fé


PÃO” dos seus seguidores. Ao vencer a morte, Cristo
comprovou que o alimento que Ele oferece nunca
acaba, já que Ele mesmo é o verdadeiro alimento da
alma das pessoas. É o Pão vivo descido do céu (João
6:51). Sendo assim, a quarta alegoria tijucana encerra
o setor que destaca a busca pelo sagrado pão através
das orações àqueles que seguiram o exemplo de Jesus:
dividem o pão, multiplicando gestos de partilha como
salvação dos mais necessitados.

Composições: Coração de Maria

* Esse é o desenho artístico do


croqui original e serve apenas
como referência, pois foram
realizadas modificações de estética
e de cor na execução da Alegoria.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 ME DÊ O PÃO QUE EU NÃO A última alegoria é um alerta contra a desigualdade


MORRO DE FOME social causada pelo descaso dos que se vestem de anjo,
mas agem como demônio. Ou seja, onde o bem e o
mal andam juntos dentro de certos seres humanos. Os
fornos do carro trazem uma representação dramática
daqueles que sofrem e “queimam” por causa desse
abandono social. Já na parte inferior da alegoria há a
presença dos que doam o pão e assim ajudam os
demais a viver sem passar fome. A Tijuca deixa a
mensagem para que todos tenham mais compaixão uns
pelos outros. É uma alternativa para os problemas
* Esse é o desenho artístico do causados pelo desprezo de alguns poderosos pela vida
croqui original e serve apenas dos mais humildes.
como referência, pois foram
realizadas modificações de estética Composições: Velha-Guarda
e de cor na execução da Alegoria.
Composições: Chamas do abandono

Composições: “Gente sofrida”

Composições: Anjos da bondade

* A alegoria vem cercada por um grupo performático,


simbolizando os seres da partilha

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Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Abre-Alas – “Pelos olhos do pavão”


João Helder – Fantasia: Os olhos de Deus Cirurgião Plástico
Waleska Mamede – Fantasia: A visão de Deus pela Empresária
Alma

Alegoria 02 – Pão e Circo


Nabil Habib – Fantasia: Centurião Romano Agente de Turismo
Amanda Marquês – Fantasia: Sedução Romana Empresária

Alegoria 03 – Comendo o pão que o diabo amassou


Mariah Dantas – Fantasia: Nobreza escravizada Estudante
Meime dos Brilhos – Fantasia: Desejo de liberdade Maquiadora

Alegoria 04 – “Multiplica o sagrado pão”


Corintho Rodrigues – Fantasia: Santo Antônio Produtor de Eventos
Lisa Suan – Fantasia: Nossa Senhora do Pão Estilista

Alegoria 05 – Me dê o pão que eu não morro de fome


Suzy Brasil – Fantasia: Chamas do mal Professor e Ator
Robson Garrido – Fantasia: Chamas do mal Decorador
Luanda Ritz – Fantasia: Mãe da esperança Maquiadora

Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Barracão nº. 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Fernando Leal
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Hélcio Paim e Kennedy Prata Edgar
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Kennedy Prata e Estêvão Gomes Kennedy Prata, Estêvão Gomes e
Tapy
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Oliveira Antônio

381
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

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Alegorias

Outros Profissionais e Respectivas Funções


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e - Criadores do Projeto Plástico das
Marcus Paulo Alegorias
Igor Ricardo - Enredista / Pesquisa e Texto
Pedro Veloso - Gerência de Barracão
Laerte Couto - Responsável pelo Ateliê de Alegorias
Anderson Oliveira, Eduardo Dias, Junior Bandeira, - Responsável pelo Ateliê de Fantasias
Roberto Abreu, Wilson Vieira e Sarah Nascimento
Kennedy Prata e Estêvão Gomes - Responsável pelas Esculturas
Nino - Fibra
Romilton - Espuma
João Vitor - Costura
Tom – KnowHow Production - Iluminação e Efeitos Especiais
Jan Oliveira - Direção Cênica Coreográfica
Dudu Neves, Fábio Costa, Tony Tara, Ana Rafaela, - Coreógrafos de Alas, Alegorias e Atos
Gisele Motta e Suelen Gonçalves
Maurício Simões - Setor de Compras
Ivone Gomes - Secretária Geral
Paulo Legg - Almoxarifado
Fernando Leal - Administrador da Quadra de Ensaios
Edgar - Carpintaria
Mauro Amagaio - Fotógrafo
Geissa Evaristo - Assessoria de imprensa
Cristiano Santos e Paula Valente - Eventos
Amanda, Ana Maria, Aparecida, Elóildes, Fátima, - Departamento Feminino
Ivone, Ingrid, Kátia, Diva, Regina, Rosemere e
Sueli

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

* “Vinde a Mim as Além de ter fé, para acreditar na Ato 1 Jan


Criancinhas!” presença de Deus é preciso ter um (2018)
coração espontaneamente aberto,
como o de uma criança. Em diversas
passagens bíblicas, como no
Evangelho de Marcos, Jesus Cristo
fala em acolher uma criança como
se fosse a acolhida da presença de
Deus. O primeiro ato do desfile da
Tijuca traz uma performance do
Filho de Deus junto com os
apóstolos acolhendo um grupo de
crianças. Elas personificam Deus e
as pessoas mais frágeis, que não tem
o necessário para viver: são os
menores sociais.
“Se alguém quiser ser o primeiro,
seja o último de todos e o servo de
todos"(...) Aquele que receber uma
destas crianças por causa do meu
nome, a mim recebe." —Marcos,
9:35-37

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

01 Semeio do Trigo Os pães começaram a ser Baianas Ivone Gomes


produzidos há cerca de seis mil (1931)
anos, na região da Mesopotâmia, +
através de uma mistura seca e dura à Grupo
base da farinha obtida do trigo. O Performático
cereal, que é o ingrediente mais (2018)
importante para a fabricação do pão,
é representado logo na primeira ala
do desfile com a tradicional ala das
baianas. As matriarcas tijucanas
desfilam cercadas por um grupo de
semeadores. Eles são os
responsáveis pela colheita. Já as
baianas são o próprio trigo.

* Deusa da Dádiva Para uma boa colheita de trigo no Destaque de Ana Paula
Antigo Egito, os egípcios chão Evangelista
depositavam orações aos deuses. Ou (2018)
seja, se o rio Nilo inundava
generosamente as plantações de
trigo, os agricultores egípcios
atribuíam isso como se fosse uma
graça divina. Ana Paula Evangelista
representa a Deusa Tefnut, que,
segundo a mitologia, era a
responsável pelas chuvas.

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

02 Os Egípcios A produção de pão à base da farinha Coreografada Departamento


do trigo obteve o maior (2018) de Carnaval
desenvolvimento no Antigo Egito,
devido às grandes plantações do
cereal nas terras da região. Os
egípcios são considerados por
historiadores como os inventores do
pão fermentado. Eles também foram
os primeiros a construir fornos
especiais para cozer o pão.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
03 Escravos Hebreus A “massificação” do pão no Antigo Comunidade Harmonia
Egito faz com que o produto se torne (2018)
um importante instrumento político,
servindo até de moeda de troca. A
tradição judaico-cristã mostra uma
parcela do povo hebreu sendo
escravizada no Antigo Egito. Eles
eram mais conhecidos como
camponeses e estavam nas piores
condições de trabalho impostas pelo
faraó (o líder político do governo da
época). A remuneração deles era
apenas uma porção de pão. A roupa
lembra, portanto, um camponês,
fazendo referência, assim, aos hebreus
escravizados.

04 Comerciantes Os egípcios passaram a exportar o Comunidade Harmonia


Fenícios excedente da produção de pão para (2018)
outros povos do Mediterrâneo pelas
mãos de comerciantes fenícios. Foi
dessa forma que os gregos (e toda a
Europa, em seguida) conheceram o
trigo e a arte de fermentar o pão.

* Atenas Era comum na capital grega, Atenas, Destaque de Mônica


que leva o nome de uma das deusas Chão Barbosa
mais populares da mitologia local, a (2018)
mulher ser responsável pela confecção
dos pães. Mônica Barbosa veste uma
fantasia para destacar este papel da
mulher ateniense.

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

05 Gregos Os gregos foram considerados como Comunidade Harmonia


os mestres de fazer pão porque (2018)
desenvolveram dezenas de receitas
diferentes de se fazer o produto. De
acordo com estudiosos, só na Grécia
Antiga foram catalogadas mais de
70 maneiras de fazer pão. É
atribuído ainda aos gregos a
instituição das padarias como
estabelecimentos comerciais
públicos. Eles ensinaram isto aos
romanos.

06 Padeiros A expansão do pão em Roma fez Comunidade Harmonia


Romanos surgir a primeira associação de (2018)
padarias e panificadores. Os
membros gozavam de grande
prestígio social e eram isentos de
muitos impostos. A panificação
ganhou tamanha importância
durante o Império Romano, que era
considerada no mesmo nível que
outras artes, como escultura,
arquitetura ou literatura.
Politicamente, as elites usavam o
pão para satisfazer o povo e fazê-los
esquecer dos problemas econômicos
oriundos da expansão do Império.

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

* O Império O segundo ato do desfile remete aos Ato 2 Jan Oliveira


Romano áureos tempos do Império Romano. (2018)
A coreografia do grupo reproduz
uma batalha de gladiadores,
utilizada pelo governo da época para
entreter a população. Distraídas por
tal grande evento, o povo pobre não
se rebelava contra as péssimas
condições financeiras vividas.

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07 Revolução A França Absolutista (governada por Coreografada Departamento


Francesa um rei) do século 18 continha uma (2018) de Carnaval
sociedade extremamente
estratificada, com a concentração de
poder e riqueza nas mãos do clero
católico e dos nobres. A população
mais pobre era quem sustentava esse
governo pagando pesados impostos.
Um dos motivos para o início da
indignação popular contra esse
sistema foi o aumento do preço do
pão. Como o preço do produto não
parava de subir, e era altamente
consumido pelos franceses, restou
ao povo fazer os próprios pães em
casa. O governo não gostou disso,
afinal o pão era uma forma de
cobrar impostos. Então criou-se uma
lei proibindo as pessoas de
possuírem fornos e assar os próprios
pães. Tal situação culminou na
chamada Revolução Francesa, que
acabou com a monarquia do país. A
ala traz, portanto, o povo, classe
mais pobre, carregando nas costas os
mais ricos, representando assim o
cenário existente na sociedade
francesa, que mais tarde culminaria
na referida Revolução.

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Fantasia Representa Ala pela Ala

* Na Rússia A arte russa é inspiração para o Destaque de Larissa Neto


figurino usado por Larissa Neto. A Chão
destaque de chão conduz o enredo (2018)
até o país da Eurásia, que foi palco
de uma das mais importantes
revoluções femininas do mundo.

08 “Pão e Paz” Já no século 20, o pão, como Comunidade Harmonia


sinônimo de comida, serviu de nome (2018)
para uma revolta organizada por
milhares de operárias russas que
foram às ruas protestar contra o
governo do czar Nicolau II. Elas
reclamavam das más condições de
trabalho, da fome e da participação
da Rússia na Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). Por causa
disso, a manifestação ficou
conhecida como “Revolta Pão e
Paz”. Tal evento é considerado por
historiadores como um dos eventos
que desencadearam a Revolução
Russa.

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Fantasia Representa Ala pela Ala
09 Revolta da A Revolta da Farinha foi um levante Comunidade Harmonia
Farinha popular ocorrido na Ilha da Madeira, (2018)
em Portugal, em fevereiro de 1931. O
governo da época editou um decreto
que acabava com a livre importação
de trigo e farinhas, criando um
monopólio controlado por um grupo
de proprietários das fábricas de
moagens. Com isso, houve o aumento
no preço do pão. A população
revoltada inicia uma série de saques
na região, tendo como principal alvo
as moagens. Os componentes da ala
reproduzem uma das imagens deste
levante, quando populares saíam com
diversos sacos de farinha nos ombros,
na cabeça, etc...

10 A Corte no A chegada dos portugueses no Brasil Coreografada Departamento


Brasil (1808) traz uma série de modificações (2018) de Carnaval
para o país, que era até então uma
colônia de exploração. Entre os
hábitos alimentares da família real e
da nobreza portuguesa, estava o
costume de comer diariamente pão,
feito a partir do trigo. O decreto que
abriu os portos, permitindo as
relações comerciais do Brasil com
outras nações, principalmente, a
Inglaterra, acabou ajudando no
desenvolvimento deste “novo
produto” no Brasil. A ala representa
então a chegada da corte e a
introdução do costume de comer o
pão, a partir do trigo, na sociedade
brasileira.

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
11 O Pão da Terra Se a Corte portuguesa estava Comunidade Harmonia
acostumada com o pão tradicional, feito (2018)
de trigo, os brasileiros já tinham o
próprio hábito alimentar. Era a farinha
da mandioca que acompanhava
praticamente todas as refeições da
população, antes da chegada da família
real. O costume veio dos índios, os
primeiros habitantes do Brasil.
“Nestas partes do Brasil não semeiam
trigo nem se dá outro mantimento
algum deste Reino, o que lá se come em
lugar de pão é farinha de pau: esta se
faz da raiz duma planta que se chama
mandioca, a qual é como inhame” -
Pero de Magalhães Gândavo,
historiador português.

12 “Pau, Pão e Maioria absoluta da população Coreografada Departamento


Pano” brasileira no contexto do século 19, os (2018) de Carnaval
negros escravizados sofriam nas mãos
dos senhores. Historiadores intitularam
o desumano tratamento dado aos
escravos como a política do “pau, pão e
pano”. Também chamado de “três pês”,
o título faz uma referência ao alimento,
ao vestuário e ao castigo dado aos
negros. O figurino da ala reproduz desta
forma tal política aplicada aos escravos.
No meio dos componentes, uma
passista se exibe para caracterizar o
desejo de liberdade dos escravos.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

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Fantasias

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* João de Mattos, As mãos que davam forma ao pão Ato 3 Jan Oliveira
“O Padeiro eram as mesmas que alimentavam o (2018)
Alforriado” sonho da liberdade de muitos
negros, na segunda metade do
século XIX. O escravo alforriado
João de Mattos, que todas as
madrugadas dividia a arte de fazer
pão com negros escravos, à noite
trocava de ofício. Ele imprimia
cartas de alforria falsas, a serem
entregues a escravos que fugiam dos
capatazes. De posse do documento,
os negros tornavam-se libertos.

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Fantasia Representa Ala pela Ala

13 Santo Antônio A história do santo católico é Comunidade Harmonia


reconhecida pela grande dedicação (2018)
aos pobres. Santo Antônio comovia-
se tanto com a pobreza que, certa
vez, teria mandado distribuir todo o
pão do convento em que vivia para
os mais humildes. Por causa disso,
até hoje, na crendice popular, o
“pãozinho de Santo Antônio” é
colocado por fieis em potes de
farinha, ou de outros mantimentos,
para que nunca lhes falte de comer.

14 Ogum No candomblé brasileiro, é comum a Comunidade Harmonia


distribuição do pão de Ogum em (2018)
celebrações do orixá guerreiro. O
início desta prática teria ocorrido em
decorrência de uma promessa de um
pai de santo baiano a Santo Antônio.
O costume se espalhou e virou
tradição nos terreiros. O pão é feito
à base de inhame e assado em fornos
a lenha. Ainda que não seja um rito
obrigatório, o pão de Ogum é
sempre esperado nas casas de santo,
para também serem guardados em
latas de mantimento, e assim nunca
faltar comida.

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* Povo Cigano O casal desfila à frente da ala dos Destaques de Valéria Mari e
passistas representando o povo Chão Cristiano
cigano. (2018) Amorim

15 Ciganos de Santa Os passistas da Unidos da Tijuca Passistas Cristiano


Sara usam trajes típicos dos ciganos para (1931) Amorim
saudar Santa Sara, considerada a
padroeira do povo cigano. A musa
Gabriela Dias se veste como a santa
e vem desfilando junto com a ala,
em um elemento cenográfico. É
comum nas festas ciganas para
Santa Sara a confecção de pães. A
distribuição deles representa o
desejo de fartura, saúde, felicidade e
vida longa.

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Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* Santa Sara A musa Gabriela Dias se veste como Destaque Gabriela Dias
Santa Sara, desfilando junto com a ala (2018)
dos passistas em um elemento
cenográfico. Gabriela é a própria
padroeira do povo cigano. Durante as
festas dos ciganos para a santidade,
costuma-se confeccionar e distribuir
pães. Tal gesto representa o desejo de
fartura.

* Alimento Na estreia como rainha de bateria da Rainha de Elaine


Sagrado Pura Cadência, Elaine Azevedo é o bateria Azevedo
próprio alimento sagrado: o pão. O (2018)
figurino dela dá relevância ao produto
que está presente nas orações de quem
pede por comida e/ou não quer que falte
o prato na mesa.

16 Mãos Sagradas Personagem principal do desfile das Bateria Mestre


escolas de samba, os ritmistas de (1931) Casagrande
Mestre Casagrande “vestem a fantasia”
da imagem mais utilizada pelos
padeiros. Tais profissionais são os
principais responsáveis pela confecção
dos pães. Desta forma, a descrição de
mãos sagradas serve para representar
tanto os padeiros quanto os
responsáveis por sustentar o ritmo da
apresentação tijucana. A fantasia traz
um tom esfumaçado para dar a
impressão de que todos estão
trabalhando em um forno.

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17 Santa Isabel Conta-se que, em 1333, em Portugal, Comunidade Harmonia


houve uma terrível fome. O rei, na (2018)
época, era Dom Diniz, casado com
Isabel, considerada uma rainha cheia
de virtudes. Ela tinha o costume de
distribuir pão aos pobres durante a
crise. Em um dia de distribuição, o rei
apareceu inesperadamente e
repreendeu Isabel. Imediatamente, ela
escondeu os pães. Indagada sobre o
que escondia no regaço (avental que
se suspende para colocar algo), ela
disse que eram flores. Ao mostrar o
que era, Isabel viu os pães serem
transformados em flores. Um milagre!
Os componentes da ala se vestem
como a santa, que é considerada
padroeira dos panificadores.

18 Nossa Senhora No catolicismo, a Virgem Maria Comunidade Harmonia


do Pão ganhou tal denominação depois de (2018)
aparecer para uma menina muito
pobre, que não sabia nem ler e
escrever, e a entregou um pão. O fato,
segundo relatos da Igreja, ocorreu em
Novoli, na Itália, durante o período de
uma praga que dizimava a cidade. O
“pão de Maria” foi dado pela garota
ao líder religioso da cidade, que, em
seguida, alimentou os doentes. Eles,
milagrosamente, foram curados. Os
componentes da ala representam a
menina que recebeu o “pão de Maria”,
tendo Nossa Senhora do Pão no alto
da indumentária.

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19 Santo Honório Nascido na França, Santo Honório Comunidade Harmonia


anunciou certa vez para sua ama de (2018)
leite que ele desejava se tornar
padre. Ela, incrédula, estava
colocando pão para assar no forno,
quando lançou a pá no chão e
afirmou, com raiva, que ele viraria
bispo quando aquela pá tivesse
folhas. Imediatamente, para surpresa
dela, o instrumento de cozinha criou
raiz e se cobriu com folhas. Mais
tarde, Honório viraria o sétimo bispo
da cidade de Amiens, na França.
Nas representações do santo é
comum aparecer a pá, objeto de
cozinha muito utilizado pelos
padeiros. Por isso, muitos desses
profissionais também devotam
orações a Santo Honório.

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* “Eu Sou o Pão Jesus Cristo entregou o próprio Ato 4 Jan Oliveira
da Vida” Corpo para dar a vida eterna ao (2018)
mundo. O quarto ato do desfile
relembra a peregrinação do Filho de
Deus em direção ao calvário. Foi
durante tal passagem bíblica que
Jesus se colocou como o Pão que dá
a vida. Ele morreu para nos dar a
vida eterna.

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20 Marginalizados A desigualdade social impõe uma Comunidade Harmonia


série de limitações aos mais pobres. (2018)
Sem condições de comprar o pão de
cada dia, alguns acabam entrando
para a criminalidade, ficando assim
à margem da sociedade. A ala,
portanto, faz referência aos
marginalizados que se escondem em
capuzes, e carregam a serpente da
ganância, na tentativa de uma “fácil”
e “rápida” melhoria de vida.

21 Desempregados A grave crise financeira que atinge o Comunidade Harmonia


Brasil com a corrupção desenfreada (2018)
dos políticos fez com que milhões
de trabalhadores fossem demitidos.
Ou seja, a ganância e a falta de uma
política séria e honesta contribuíram
para esse drama social. Os números
oficiais do IBGE estimam em mais
de 12 milhões de desempregados.
Sem salário fixo, como sustentar
uma casa? Como colocar comida na
mesa? Perguntas diárias que são
feitas por um trabalhador sem a
carteira de trabalho assinada.

400
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

22 Trabalhador A situação do brasileiro que possui Comunidade Harmonia


Explorado emprego fixo, com carteira assinada, (2018)
também não é das mais fáceis.
Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro
de Planejamento e Tributação), o
empregado formal passa, em média,
150 dias por ano trabalhando só para
pagar impostos. Desta forma, o
salário para o sustento da família,
para a compra do pão de cada dia,
acaba sendo gasto em diversos
tributos governamentais. Mais um
reflexo de como a falta de uma
política séria e honesta atrapalha
outros setores sociais. A fantasia dos
componentes traz uma série de
braços e nomes de impostos para
materializar a carga enfrentada pelo
trabalhador explorado.

* A Ganância pelo Patrícia Chélida é a própria ganância Destaque de Patrícia


Poder pelo poder. Ela representa o chão Chélida
sentimento ruim de quem deseja ter (2018)
controle sobre os outros. O figurino
usado por ela, em tons escuros,
destaca uma figura quase diabólica.

401
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
23 “Vermes” do Os componentes da ala representam Comunidade Harmonia
Poder a classe mais perversa dos políticos (2018)
brasileiros: os que roubam as verbas
públicas e praticam as mais diversas
formas de corrupção. Influenciados
pelas “migalhas” que o “poder”
pode oferecer, eles acabam retirando
investimentos em melhorias sociais
para satisfazer as próprias vontades.
Por isso, a fantasia traz o aspecto de
um “verme” com uma faixa
presidencial para representar, de
modo figurado, os malefícios
causados aos brasileiros pela
atuação nociva da classe mais
desonesta dos políticos.

24 “Lobo em Pele As falsas promessas, seja de líderes Coreografada Harmonia


de Cordeiro” religiosos ou de representantes (2018)
populares, punem severamente os
mais necessitados. O figurino da ala
reproduz o famoso ditado popular
para fazer uma crítica direta aos que
usam um falso discurso em troca de
vantagens — se fazem de bonzinhos
para conseguir se dar bem. Tais
ações ludibriosas afetam
diretamente os mais pobres,
acentuando as péssimas condições
de vida dos mesmos. Ou seja,
atuações “perversas” de um grupo
social com efeito devastador no
“quadrado” dos mais pobres.

402
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

25 Os Ardilosos Mesmo vivendo em uma realidade Comunidade Harmonia


repleta de contrastes sociais, há (2018)
quem ignore tais problemas e não
apresentem a menor intenção de
“compartilhar o pão” com o outro. O
“dedo do meio” da fantasia dos
componentes simboliza a forma com
que esses hipócritas sociais
costumam se relacionar onde vivem:
desprezando e atacando quem
necessita de ajuda, agindo com
várias facetas.

403
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

26 “Gente Sofrida” Consequência da desigualdade, da Coreografada Departamento


falta de emprego, da exploração (2018) de Carnaval
social e da falta de políticas públicas
eficientes, a fome ainda é um
desafio a ser enfrentado no Brasil.
Dados do IBGE mostram que mais
de sete milhões de pessoas no país
não têm o pão de cada dia nas
mesas. Sem ter o que comer, essa
“gente sofrida” mendiga pelas ruas
das cidades esperando por alguma
caridade. A ala, com variados
figurinos, lembra, portanto, as
pessoas que vivem nas ruas o dilema
do que irão (ou não) comer.
Se cada um fizesse seu ofício de
forma correta, talvez não existissem
todos esses problemas sociais.

404
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala
* A Caridade Na medida em que milhões de Ato 5 Jan Oliveira
pessoas ainda sofrem com a fome, (2018)
gestos solidários fazem toda
diferença para os mais pobres. O
último ato do desfile tijucano
dramatiza a situação dos
necessitados e faz uma referência a
caridade de quem leva comida,
alento, para os que mais precisam.

405
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável

Fantasia Representa Ala pela Ala

27 Ventres da A esperança de dias melhores Comunidade Harmonia


Esperança renasce a cada gestação. Com um (2018)
novo ser sendo gerado no ventre
materno, a perspectiva de que o
bebê cresça em uma sociedade mais
justa e com menos desigualdade
social se renova. Sendo assim, a ala
carrega o simbolismo de que as
próximas gerações poderão viver em
um mundo melhor. A fantasia traz
mães com asas, como se fossem
anjos, para caracterizar o caráter
protetor e afetivo de quem sempre
vai querer o melhor para seu
descendente. A barra da saia está
esfumaçada, em tons escuros, para
caracterizar a mudança das trevas ao
Paraíso Real.

28 Escute a Voz do A ala de compositores da Unidos da Compositores Harmonia


Borel Tijuca encerra o desfile com um (1931)
figurino que traz nas costas o
desenho das asas de um anjo. Os
poetas do Borel são os guardiões
celestiais do clamor de partilha feito
pela agremiação durante toda a
apresentação. Afinal, todos
necessitam do pão.

406
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – RJ
Diretor Responsável pelo Atelier
Laerte Couto
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
João Vitor Anderson Oliveira, Eduardo Dias, Junior
Bandeira, Roberto Abreu, Wilson Vieira e
Sarah Nascimento
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Anderson Oliveira, Eduardo Dias, Junior Alberto
Bandeira, Roberto Abreu, Wilson Vieira e
Sarah Nascimento
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim - Criadores do Projeto Plástico das Fantasias
e Marcus Paulo

Igor Ricardo - Enredista / Pesquisa e Texto

Romilton - Espumas

Tapy - Pintura de arte

Paulo Legg - Almoxarifado

Almir - Ferragens

Outras informações julgadas necessárias

407
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Márcio André, Júlio Alves, Daniel Katar, Diego Moura, Dr. Jairo,
Enredo Nego, Elias Lopes e Junior Trindade
Presidente da Ala dos Compositores
Direção de Carnaval
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
71 Azeitona Gabriel Machado
(setenta e um) 74 anos 22 anos
Outras informações julgadas necessárias
Meu filho,
Como é lindo o amanhecer
Reflete o sol, a criação
Um bom dia a renascer
Pelos olhos do pavão
Sou a fé na vida
Esperança da massa
Aquele que na dor te abraça
Sou eu, a verdade pra quem pede luz
Carregando a sua cruz
O alimento em comunhão
Princípio da salvação
Ouço chamar meu nome
Ouço um clamor de prece
Choro ao te ver com fome
Sou o cordeiro que a alma fortalece
Só existe um caminho (por favor)
Cada um faz seu destino (meu senhor)
As migalhas do poder que o Diabo amassou
Estão dentro de você
As mãos unidas vêm pedindo o perdão
Gente sofrida com a paz no coração
Divide o pouco que tem pra comer
Ó, meu pai, o seu amor é a receita
Iluminai, que não me falte o pão na mesa
Derrame igualdade, prosperidade
As bênçãos do céu
Se Deus é por nós, escute a voz
Que vem do meu Borel
Hoje a Tijuca pede em oração
Veste a fantasia pra fazer o bem
Multiplica o sagrado pão
Amém (Amém)

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

O samba da Unidos da Tijuca de 2019 traz um diálogo entre Deus e um fiel, que é o componente
da escola. Tal licença poética será vista durante o desfile da azul e amarelo que narra a história e a
simbologia do pão. A trajetória do alimento é contada através do viés religioso, cristão, sendo o
pão apresentado como uma criação divina.

Em diversas religiões, o pavão, símbolo da agremiação, possui significado sagrado. É a “ave dos
cem olhos”. Para os cristãos, o padrão da cauda do pavão adquiriu um significado de
omnisciência, o Deus que tudo vê. É desta forma que o desfile e o samba se iniciam, mostrando
que o “Pai” de todos nós está de olho na sua criação, “pelos olhos do pavão”.

Na canção, o pão é apresentado como “o alimento em comunhão/princípio da salvação” diante de


passagens bíblicas que evidenciam isso, como a Santa Ceia. Na última refeição de Jesus Cristo
com seus apóstolos, Ele pegou um pedaço de pão e um copo de vinho e os distribuiu aos
discípulos. Jesus explicou que o pão representava Seu corpo, que seria dado por eles. O vinho
representava o Seu sangue, que iria estabelecer uma nova aliança entre Deus e os homens,
trazendo a “salvação”.

A narração de Deus segue na canção destacando que sempre esteve “ouvindo” as preces dos seus
“filhos”. O desfile mostra, historicamente, como o pão se transformou no alimento mais popular
do mundo. O crescimento e desenvolvimento do alimento, entretanto, não estabeleceu uma
igualdade de condições. Ou seja, nem todo mundo tem o que comer.

Diante das inúmeras preces e intercessões, Deus nos aponta “um caminho”: “cada um faz seu
destino”. Mas, por enquanto, a influência do mal, que está “dentro” de cada indivíduo atrapalha
isso. Enquanto ninguém desfruta da plenitude, algumas atitudes de partilha ajudam os mais
necessitados.

Desta forma, o samba da Tijuca se encaixa dentro da narrativa plástica proposta pela comissão de
carnaval. Seguindo uma linguagem não literal dos acontecimentos, os compositores construíram
uma obra-oração, já que ainda hoje não existe a “igualdade, prosperidade”. Os componentes do
Borel entram na Avenida cantando-rezando pedindo a multiplicação do “sagrado pão”.

409
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Mestre Casagrande
Outros Diretores de Bateria
Jorginho, Julinho, Cosme, Rodrigo, Jéferson, Polinho, Curinga, Obina e Thompson
Total de Componentes da Bateria
272 (duzentos e setenta e dois) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Reco-Reco Ganzá
13 13 11 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
100 0 43 0 29
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
0 0 28 01 33
Outras informações julgadas necessárias

Xiquerê – 01 componente

BATERIA
Nome da Fantasia: Mãos Sagradas
O que representa: Personagem principal do desfile das escolas de samba, os ritmistas de Mestre
Casagrande “vestem a fantasia” da imagem mais utilizada pelos padeiros. Tais profissionais são os
principais responsáveis pela confecção dos pães. Desta forma, a descrição de mãos sagradas serve
para representar tanto os padeiros quanto os responsáveis por sustentar o ritmo da apresentação
tijucana. A fantasia traz um tom esfumaçado para dar a impressão de que todos estão trabalhando em
um forno.

Rainha da Bateria: Elaine Azevedo


Nome da Fantasia: Alimento Sagrado
O que representa: Na estreia como rainha de bateria da Pura Cadência, Elaine Azevedo é o próprio
alimento sagrado: o pão. O figurino dela dá relevância ao produto que está presente nas orações de
quem pede por comida e/ou não quer que falte o prato na mesa.

Mestre Casagrande: Luiz Calixto Monteiro iniciou a carreira no Carnaval como ritmista, em 1979.
Na década de 1980, foi promovido a diretor de bateria da Unidos da Tijuca, tocando ao lado do
lendário Mestre Marçal. Após anos atuando como diretor, Mestre Casagrande assumiu, em 2008, a
regência da bateria “Pura Cadência” da Unidos da Tijuca. A frente da bateria tijucana ganhou
diversos prêmios. Tendo, em 2015, conquistado o Estandarte de Ouro de Melhor Bateria.
Casagrande é considerado um dos melhores mestres da atualidade por seu desempenho primoroso na
Tijuca. Desde 2012, contando com o descarte da menor nota, os ritmistas da Tijuca não perderam
décimos. No último carnaval, a bateria conseguiu todas as notas máximas dos jurados.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Laíla e Fernando Costa
Outros Diretores de Harmonia
Adalto Carvalho, André Pastor, Allan Guimarães, Almir Coimbra Rodrigues, Antônio Augusto,
Arthur Napoleão, Eduardo da Costa de Oliveira, Eduardo Neves, Eduardo Resende, Emilson
Alburquerque de Oliveira, Fábio de Lima e Silva, Fernando Ribeiro, Jackson Laranjeiras Carvalho,
Janaína Leite, José Adriano, José Carlos de Oliveira, Juarez da Silva Carvalho, Leandro Assis,
Leonardo Canedo, Luis Antonio Pinto Duarte, Luiz Cláudio da Silva Braga, Luiz Fernando Nonato
Turibi, Marcelo Bombeiro, Márcio Tavares, Magno de Aguiar Granadeiro, Mary Oliveira da Costa,
Osmar Maria da Silveira, Paulo César Dionísio, Paulo Delphim, Paulo Roberto Viveiro, Rafael
Naval, Reinaldo José Gervásio, Renata Bulcão, Renato Cardoso, Ricardo Batalha, Sidnei Marcio
Cosentino, Tiago de Freitas Gomes, Thiago Henrique Dias, Valmir Cerilo dos Anjos, Weverton
Augusto dos Santos e Victor Manaia.
Total de Componentes da Direção de Harmonia
40 (quarenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete oficial: Wantuir
Intérprete de apoio: Sereno, Tiago Chafin, Serginho Gama, Vitor Cunha e Pitty
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Violão de Sete Cordas – Victor Alves
Cavaquinho – Ivinho do Cavaco e Rodrigo Nascimento
Outras informações julgadas necessárias

Intérprete oficial

Wantuir: Iniciou a carreira como cantor de samba-enredo no extinto bloco de enredo Acadêmicos
de Caxias, do município da Baixada Fluminense. No início, Wantuir de Oliveira acompanhou o
intérprete Dominguinhos do Estácio na Estácio de Sá, Imperatriz Leopoldinense e Grande Rio, onde
ficou sete anos. A estreia como cantor oficial de uma agremiação ocorreu em 1994, na Acadêmicos
do Cubango. No ano seguinte foi convidado para a Porto da Pedra, tendo sido campeão do Grupo de
Acesso A. Na Unidos da Tijuca, Wantuir ingressou para o Carnaval de 2001, permanecendo por
dois anos. Retornou para a azul e amarelo em 2004, ficando até 2008. Neste período, defendendo a
escola tijucana, conquistou o Estandarte de Ouro por duas vezes (2005 e 2007), sendo considerado
um dos melhores intérpretes do Carnaval. Após passagens pela Inocentes de Belford Roxo, Grande
Rio, Portela, Paraíso do Tuiuti e agremiações do Grupo Especial de São Paulo, Wantuir retorna para
a Unidos da Tijuca neste ano.

411
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Laíla e Fernando Costa
Outros Diretores de Evolução
-
Total de Componentes da Direção de Evolução
40 (quarenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Ana Filipa, Carolina Macharethe e Layla Diamante
Principais Passistas Masculinos
David da Costa, Hélder Oliveira e Leandro Matheus
Outras informações julgadas necessárias

Nome da Fantasia da Ala de Passistas: Ciganos de Santa Sara


O que representa: Os passistas da Unidos da Tijuca usam trajes típicos dos ciganos para saudar
Santa Sara, considerada a padroeira do povo cigano. A musa Gabriela Dias se veste como a santa e
vem desfilando junto com a ala, em um elemento cenográfico. É comum nas festas ciganas para
Santa Sara a confecção de pães. A distribuição deles representa o desejo de fartura, saúde, felicidade
e vida longa.

Responsável pela Ala de Passistas: Cristiano Amorim

Principais Passistas Femininos: Aisha Khaled; Alexandra Olímpio; Ana Carolina Silva; Ana
Patricia Paula; Carolina Oliveira; Cintya Ribeiro; Clara Oliveira; Dayanne Jadijisk; Fabíola Gomes;
Flaviana Gomes; Gleice Freire; Gleyce Kelly; Janaina Guimarães; Jacqueline Sapucahy; Luana
André; Luciene Oliveira; Keyla Souza; Michele Leão; Priscila Capri; Rayanne Santos; Renata Cruz;
Vanessa Bomfim; Vivian Plemont.

Principais Passistas Masculinos: William Andrade; Phillips Ferraz; Nicio Oliveira; Rodrigo
Franco; Douglas Fernandes; Flávio Machado; Wagner Souza; Hederson Souza; Junior Duarte; Júlio
Neves.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
João Paredes
Diretor Geral de Carnaval
Laíla e Fernando Costa
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Jan Oliveira
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
60 45 15
(sessenta) (quarenta e cinco) (quinze)
Responsável pela Ala das Baianas
Ivone Gomes
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Marina Bulcão de Araújo Jéssica Marcolino
(oitenta) 84 anos 24 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Maria Lucia Alves Pereira
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
47 Tia Hilda Rosimeri
(quarenta e sete) 89 anos 49 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
-
Outras informações julgadas necessárias

Diretor Geral de Carnaval: Laíla

Laíla é um dos mais experientes profissionais do Carnaval brasileiro, atuando na festa desde a
década de 60. Natural do Morro do Salgueiro, na Tijuca, Laíla começou a carreira na vermelho e
branco, onde ocupou o cargo de diretor de harmonia. A partir de 1976, passou a fazer parte da
Beija-Flor de Nilópolis ajudando no primeiro tricampeonato da azul e branco. Na Unidos da
Tijuca, o diretor esteve entre os anos de 1980 e 1983, quando também conquistou um campeonato
no enredo sobre Delmiro Gouveia. Laíla teve passagens ainda pela Vila Isabel, Grande Rio,
Peruche (SP), além de participações nos carnavais de Belém e Porto Alegre. Há mais de 50 anos é
o responsável pela produção do CD das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Laíla volta para a Unidos da Tijuca neste Carnaval depois de ter participado de 13 dos 14 títulos
da história da Beija-Flor. Em São Paulo, Laíla integra a comissão de carnaval da Águia de Ouro
em 2019.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Diretor de Carnaval: Fernando Costa

Descendente de portugueses, nascido no bairro de Vista Alegre, Zona Norte do Rio, onde mora
atualmente, Fernando Costa está no samba desde os tempos de criança. Fascinado por
instrumentos musicais, sobretudo os de percussão, em 1988, começou a frequentar, na companhia
de amigos, os ensaios da Unidos da Tijuca. Em pouco tempo, passou a pertencer ativamente à
família tijucana, quando, por três anos seguidos, desfilou na bateria, tocando caixa. Dali em
diante, estreitou relações com outros segmentos da escola, até que, em 2000, foi convidado pelo
presidente Fernando Horta a fazer parte da harmonia da agremiação. Fernando Costa levou a sério
a função que assumiria no Carnaval Carioca, sendo convidado, em 2006, a comandar a harmonia
do Salgueiro, fato que o fez encarar o trabalho no samba como profissão. De volta a Unidos da
Tijuca, comandou o Departamento de Harmonia no Carnaval campeão de 2010, no vice-
campeonato de 2011 e no campeonato de 2012 e no Carnaval de 2014 consagrou-se campeão
como Diretor de Carnaval. A determinação e a dedicação são as principais marcas do seu trabalho
em busca de mais um título para escola de samba da comunidade do Borel.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Jardel Augusto Lemos
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Jardel Augusto Lemos
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 03 12
(quinze) (três) (doze)
Outras informações julgadas necessárias

O que representam: “Disse o Senhor: Eis que vos farei chover pão dos céus”, Êxodo, 16:4

A abertura do desfile da Unidos da Tijuca mostra, através de relatos bíblicos, a presença de Deus
na vida dos Seus Filhos. Através da fé no Criador do universo, muitos fiéis devotam suas vidas no
caminho orientado por Ele. Foi assim que os hebreus saíram da escravidão no Egito rumo à Terra
Prometida.

E é justamente tal êxodo que a comissão de frente, sob o comando do coreógrafo Jardel Augusto
Lemos, representa na Sapucaí. O grupo relembra o início da difícil travessia de 40 anos do povo
no deserto. De acordo com o livro do Êxodo, uma nuvem acompanhava a multidão, protegendo
do rigoroso calor do sol e aquecendo pela noite. Um sinal do afeto de Deus, que falava
diretamente com eles através de um raio.

Entretanto, foi em meio ao desespero da fome que o Senhor surpreendeu ainda mais os hebreus.
Sem ter o que comer, eles começaram a murmurar e a duvidar da promessa de que chegariam ao
local da Terra Prometida.

“Então disse o Senhor: Eis que vos farei chover pão dos céus… E amanhã vereis a glória do
Senhor”- Êxodo 16:4

O episódio conhecido como milagre do maná do deserto mostra que, além de sustentar
fisicamente os hebreus, Deus ensinou uma lição espiritual para aquela população: é preciso
confiar na Palavra de Deus.

“Ele deu ordens às nuvens e abriu as portas do céu; fez chover maná para que o povo comesse,
deu-lhe o pão dos céus” - Salmos 78:23-24

Desta forma, a comissão de frente abre o desfile da Tijuca com a simbologia do pão dado por
Deus no seu primeiro milagre como forma de amor e cuidado.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Jardel Augusto Lemos: Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), o coreógrafo tem vasta experiência no cenário da dança nacional e do Carnaval. Jardel se
formou em bacharel em Dança (UFRJ) e é Mestre em Educação, Cultura e Comunicação pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já atuou como professor convidado do curso
de Especialização em Figurino e Carnaval na Universidade Veiga de Almeida (UVA - RJ) e
professor do Centro Nacional de Ensino Superior, Pesquisa, Extensão, Graduação e Pós-
Graduação – Joinville/SC, nos cursos de especializações em Dança Educacional e Artes Cênicas.

No Carnaval, Jardel é coordenador na tradicional escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Manoel


Dionísio, que funciona na Marquês de Sapucaí. Já foi responsável pela comissão de frente de
escolas de samba como Cubango (2013), Em Cima da Hora (2014 e 2015), Alegria da Zona Sul
(2016), Acadêmicos do Sossego (2017), Porto da Pedra (2018), além de atuações nas Séries B e C
e no Carnaval de Três Rios.

Como bailarino, Jardel participou das comissões de frente de agremiações como Rocinha, União
da Ilha do Governador, Beija-Flor e Portela. Trabalhou com coreógrafos/diretores como Lilibeth
Cuenca (Dinamarca), Ghislaine Cavalcanti, Luciana Yegros, Regina Miranda, Fernando Bicudo,
Rubens Velloso, Laíla, entre outros. Como jurado, o coreógrafo julgou o quesito comissão de
frente nos carnavais de Três Rios e Vitória (ES).

Assistente burocrática: Ana Paula Siqueira

Assistente artístico e coreográfico: Victor Oliveira

Ensaiador: Douglas Lopes

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Alex Marcelino 36 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Raphaela Caboclo 25 anos
2º Mestre-Sala Idade
Matheus André 26 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Lohane Lemos 27 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Nome da Fantasia: Fé
Criação de Figurino: Comissão de Carnaval
Pesquisa e Texto: Igor Ricardo
Confecção: Fernando Magalhães
O que representa: O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos da Tijuca
representa a própria fé. Alex Marcelino e Raphaela Caboclo irradiam a fé do ser humano que crê
em um Ser Supremo, responsável pela criação do universo. O figurino em tons de amarelo reforça
esse credo na presença divina que conduz cada amanhecer e alimenta seus filhos.

Alex Marcelino: Com passagem pela famosa escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira de Manoel
Dionísio, onde permaneceu por dois anos, Alex começou a carreira dançando pela Leão de Nova
Iguaçu. Desfilou também na Unidos do Cabral, antes de chegar ao Império Serrano, escola que
defendeu por seis anos seguidos. Na Verde e branco de Madureira, ele conquistou por três anos
consecutivos a nota máxima do júri. Em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala da Portela, desfilando
ao lado de Danielle Nascimento, com quem já havia formado par na Escola da Serrinha. Naquele
ano, ele ainda ganhou o Estandarte de Ouro como Revelação. No último carnaval, ajudou a Azul e
branco a levar o seu 22.º campeonato, conquistando a nota máxima no quesito.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Raphaela Caboclo: A porta-bandeira defendeu por 15 anos o pavilhão do Império Serrano. Ela e
Alex Marcelino assumiram o cargo de primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da verde e
branco do Morro da Serrinha faltando apenas oito dias para o desfile oficial. Os dois formaram
dupla até o Carnaval de 2013 na agremiação. Em São Paulo, Caboclo desfilou como primeira
porta-bandeira da Camisa Verde e Branco, conquistando notas máximas, entre 2014 e 2016. No
ano passado, Raphaela ganhou o prêmio Estandarte de Ouro, concedido pelo Jornal O Globo, e o
Gato de Prata, ambos como Revelação. A porta-bandeira volta a dançar com Alex Marcelino
agora na Unidos da Tijuca.

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Nome da Fantasia: Dom João VI e Carlota Joaquina
Criação de Figurino: Comissão de Carnaval
Pesquisa e Texto: Igor Ricardo
Confecção: João Vitor
O que representa: O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola marca um
momento de transição dentro do setor. Os giros da dupla encarnam, hipoteticamente, uma volta no
tempo, além de uma mudança de espaço. Ele é Dom João VI, rei de Portugal. Ela é Carlota
Joaquina, rainha de Portugal. Em fuga do país europeu, por causa da invasão napoleônica (1807),
toda a corte portuguesa vai se instalar no Brasil, levando as próprias crenças, hábitos e costumes.

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