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Agremiação Página
1
G.R.E.S.
Império Serrano
PRESIDENTE
VERA LÚCIA CORRÊA DE SOUZA
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“O que é , o que é?”
Carnavalesco
PAULO MENEZES
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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“O que é, o que é?”
Carnavalesco
Paulo Menezes
Autor(es) do Enredo
Paulo Menezes
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Paulo Menezes
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Paulo Menezes
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
Obs.: O compositor Luiz Gonzaga Junior, ao iniciar a composição, conversava com várias
pessoas nas ruas, bares, ônibus, e perguntava o que era a vida para cada um. Com as respostas, foi
compondo a letra.
O carnavalesco além de se inspirar na letra, usou a mesma tática que o compositor, mas para
construir o enredo. Várias pessoas de várias camadas da sociedade foram consultadas, e as
respostas foram aglutinadas junto à pesquisa para a elaboração do desenvolvimento do enredo.
Alguns vídeos dessas respostas inclusive podem ser vistos nas redes sociais do Império Serrano e
do carnavalesco Paulo Menezes.
Paulo Menezes iniciou seu trabalho na Unidos de Manguinhos, em 92. Ganhou seu primeiro
campeonato no grupo B com o Difícil é o Nome em 94. Esteve no Acadêmicos do Engenho da
Rainha em 98; no Paraíso do Tuiuti, ficou de 99 a 2002, inclusive levando a escola ao Grupo
Especial, em 2001. Em 2003, foi para a União da Ilha do Governador onde ficou até 2004.
Ganhou vários prêmios Sambanet de Melhor Conjunto de Fantasias, Melhor Enredo e Melhor
Conjunto de Alegorias. No Grupo especial chegou com identidade definida e personalidade
própria. Acostumou-se a dar solução a falta de dinheiro, com elegância e soluções baratas. Com o
trabalho aplaudido e reconhecido pela mídia, esteve na Mocidade Independente de Padre Miguel,
em 2005; no Império Serrano, em 2006. Reeditou em 2007, O Tititi do Sapoti, na Estácio de Sá.
Em 2009, esteve à frente da Renascer de Jacarepaguá, em parceria com Paulo Barros.
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FICHA TÉCNICA
Enredo
Em 2012 chegou à Portela com um enredo dentro das características da Escola, dando a ela o
direito do retorno ao Desfile das Campeãs.
Em seu segundo carnaval pela azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, conquistou os
prêmios Tamborim de Ouro e Sambanet por seu enredo.
Em 2017 retorna à Portela, retomando a parceria com Paulo Barros, vendo a escola sagrar-se
campeã empatada com a Mocidade Independente. Em 2018, assina junto com Paulo Barros o
carnaval da Unidos de Vila Isabel.
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HISTÓRICO DO ENREDO
O QUE É, O QUE É?
"E a vida?
e a vida o que é diga lá, meu irmão?"
Alguma vez você já parou para se perguntar sobre isso? Acreditamos que sim.
Seria a vida somente existir? Seria ela somente amar, trabalhar, criar, acumular e vencer
ou seria somente sofrimento e dor?
Seria alegria ou lamento? Seria luta ou prazer?
Seria tudo isso junto ou não seria nada disso?
A pergunta nos pega de surpresa. Nos faz parar para pensar, nos obriga a refletir.
Seria a vida uma aventura? Se for, sinta, ame, ria, chore, brinque, ganhe, perca, tropece,
mas levante-se e siga em frente. Sempre!
Se for uma viagem, que você seja o melhor passageiro, em direção aos melhores rumos.
Se for um presente, que seja aquele que há tempos você deseja!
Se for uma guerra, que você seja o tratado de paz.
Mas se a vida for amor, que ela seja o melhor romance! Aqueles amores à primeira vista!
Afinal...
E o que você faz da sua vida? Pois ela é você quem faz, as decisões são suas. É o seu
querer que define o que você será!
Faça dela um frenesi, uma ilusão, um sonho, mas transforme tudo isto em realidade, sem
medos! Afinal, ela pode tomar diferentes rumos,
mas é você que escolhe como vai encará-los, como num labirinto, procurando os
melhores caminhos.
Lembre-se: a sua vida pode te levar à imortalidade. E isto só depende de você!
Agora tomem um tempo para pensar o que é a vida para vocês, pois para nós, o Império
Serrano, é nunca perder a alegria, é renovar a fé no mundo e nas pessoas.
Para nós, viver é cantar, cantar, cantar... e nunca ter vergonha de ser feliz!
Pois para nós, a vida é bonita, é bonita e é bonita!
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JUSTIFICATIVA DO ENREDO
O QUE É VIDA?
Se procurarmos definições, encontraremos várias, mas precisamos entender que todos os
conceitos não podem ser tomados como uma verdade absoluta.
O conceito de vida se confunde ao reunir definições religiosas, científicas ou filosóficas,
sobre o início ou o final desta. A ciência define que a vida acaba com a morte, mas para
algumas religiões a morte é recomeço, é renovação.
Estes conceitos variam de acordo com crenças e descrenças.
A ciência aponta vários tipos de vida, mas a construção do enredo se prende somente a
vida humana. A maneira que o ser humano pensa e encara a vida, como a ciência define e
conceitua a vida e como a religiosidade a explica são os nossos pontos de interesse para o
desenvolvimento do enredo.
O CAMINHO INVERSO:
Geralmente a construção de um enredo se dá após a escolha do mesmo. Parte-se para a
pesquisa e escolha dos elementos a serem abordados. Então, prepara-se um texto
chamado Sinopse, que é direcionado aos compositores, como direcionamento para a
construção do samba. Aqui fizemos o caminho ao contrário. A composição, grande
sucesso, datada de 1982, de Luiz Gonzaga Junior (Gonzaguinha), foi o ponto inicial para
a construção do enredo. Destrinchar a letra para encontrar caminhos, usá-la como base
para elaborar os tópicos e os setores para contar uma história que possua linearidade,
consistência e verdade.
A COMPOSIÇÃO:
Gonzaguinha, ao pensar na ideia da composição, saiu por ai pelas ruas, bares, ônibus e
metrôs conversando com as pessoas e perguntando: O que é a vida para você? E das
respostas nasceu a composição.
Paulo Menezes seguiu o mesmo caminho do compositor, saiu em campo perguntando a
pessoas de várias camadas da sociedade, fazendo a mesma pergunta: O que é a vida para
você? O curioso é que mais de trinta anos depois, a essência das respostas continua a
mesma, as pessoas continuam com os mesmos desejos e as mesmas ansiedades. Isto
prova que o tempo muda, mas a essência humana não.
Alguns vídeos dessa pesquisa podem ser vistos nas redes sociais do carnavalesco Paulo
Menezes e do GRES Império Serrano.
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A DICOTOMIA DA VIDA:
A vida não é feita somente de momentos bons e felizes, mas temos que saber caminhar
entre os bons e maus momentos. A vida é feita de escolhas, e elas dependem unicamente
de nós.
Devemos escolher sempre os nossos caminhos: os sonhos ou os pesadelos, a guerra ou a
paz, a ilusão a realidade?
O bem e o mal estão sempre a nossa frente, esperando a nossa escolha. Depende de nós.
E a sua vida? O que tem feito com ela e por ela? Vai viver ou passar em branco por este
mundo? Vai buscar sua imortalidade ou vai se contentar ser um simples mortal,
esquecido pelo tempo e pelas pessoas?
A sua vida é o que você quer que ela seja, pois ela pode tomar diferentes rumos, mas é
você quem decide qual vai escolher.
Viva!
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ROTEIRO DO DESFILE
Comissão de Frente
“NASCER OU RENASCER?
EIS A QUESTÃO.”
Elemento Cenográfico
Rainha da Escola
Monique Rizzeto
“O RELÓGIO DA VIDA”
Alegoria 01 – Abre-Alas
“ELE É A BATIDA DE UM CORAÇÃO”
Ala 02 – Comunidade
CANDOMBLÉ – OXALÁ – A VIDA
NASCE DO BARRO
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Ala 06 – Comunidade
CRISTIANISMO
Musa 1
Nilce Mell
“VIVER NÃO É PECADO!”
Alegoria 02
“É O SOPRO DO CRIADOR”
Ala 08 – Comunidade
A VIDA É UM TESOURO
Ala 09 – Comunidade
A VIDA É UM JARDIM
Ala 10 – Comunidade
A VIDA É UMA VIAGEM
Ala 11 – Comunidade
A VIDA É UM PRESENTE
Musa 02
Fernanda Corrêa
“A RAINHA BRANCA DO JOGO DA VIDA”
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Alegoria 03
“VOCÊ DIZ QUE É LUTA E PRAZER”
Ala 13 – Comunidade
SERIA A VIDA UMA ILUSÃO?
Rainha de Bateria
Quitéria Chagas
“DEPOIS DA GUERRA, SEMPRE VEM A PAZ”
Ala 15 – Bateria
SERIA A VIDA UMA GUERRA?
Musa 03
Michele Gemma
“NÃO TENHO MEDO DA VIDA”
Ala 17 – Comunidade
SERIA A VIDA SOFRIMENTO E DOR?
Alegoria 04
“SOMOS NÓS QUE FAZEMOS A VIDA”
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Musa 4
Elaine Babo
“SEJA DOMADORA DA SUA VIDA”
Alegoria 05
“EU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA
DAS CRIANÇAS”
Ala 23 – Comunidade
ESPERAMOS TER APRENDIZADO
Ala 26 – Comunidade
ESPERAMOS TER PAZ
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Musa 05
Anny Santos
“ESPERAMOS TER AMOR”
Alegoria 06
“... A BELEZA DE SER UM ETERNO
APRENDIZ...”
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
* Tripé – Pede Passagem Parece óbvio dizer que seu tempo de vida está
diminuindo, mas será que realmente você já parou
“É UM TEMPO QUE NEM para pensar nisto e pensar em como está gastando esse
DÁ UM SEGUNDO” precioso tempo?
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
03 “VOCÊ DIZ QUE É LUTA E A vida é um jogo forte e alucinante, como um jogo de
PRAZER” xadrez.
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
04 “SOMOS NÓS QUE A vida é feita pelas nossas escolhas ... como se fosse
FAZEMOS A VIDA” um labirinto, cheio de caminhos, esquinas e retas.
Precisamos escolher o melhor caminho, mesmo que
não saibamos pra onde esse caminho vai nos levar ...
A cada escolha, um novo caminho, e uma nova
maneira de avançar ... sempre lembrando que podemos
mudar de caminho a qualquer momento, pois o
caminho escolhido sempre tem volta, afinal, escolher
mudar ou continuar também é uma escolha!!!
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
05 “EU FICO COM A PUREZA Ser criança é enxergar o mundo de uma forma leve, é
DA RESPOSTA DAS acreditar no impossível e encarar o mundo como uma
CRIANÇAS” grande diversão. Crianças surpreendem-se com a vida,
acreditando que o melhor sempre acontecerá. Crianças
agem como se todo dia fosse um novo desafio e uma
nova descoberta.
Quanto de criança ainda temos em nossas vidas? De
que forma encaramos o nosso dia-a-dia? Manter um
espírito infantil é um dos grandes desafios que o
mundo adulto nos impõe, afinal não é fácil manter
uma postura leve perante as responsabilidades que
agregamos, conforme amadurecemos. Entretanto,
manter um espírito leve, brincalhão e sensível também
* Essa imagem é do croqui original
é uma forma de amadurecimento.
e serve apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de Manter a criança livre só depende de nós. Ver o
estética e de cor na execução da mundo com os olhos de uma criança certamente dará
Alegoria. mais ânimo e colorido à nossa vida. Experimente!
A alegoria traduz o imaginário circense infantil.
Imaginário de alegria, felicidade e inocência.
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 07
Diretor Responsável pelo Barracão
Paulo Elias e Zé Luiz Escafura
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Vilson Medeiros Robson Vieira
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Max Muller e Estevão Gilmar Moreira
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Equipe Márcio Paulo Ferraz
Outros Profissionais e Respectivas Funções
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
04 Budismo Todo lugar é aqui e todo momento é Ala das Feras Rosimeri
agora. Costumamos pensar apenas no (1985)
passado ou estar excessivamente
preocupados com o futuro. Isso nos
impede de viver o momento e faz com
que nossas vidas passem sem que
tenhamos consciência disso.
O budismo nos mostra o aqui e o agora.
Devemos aprender a estar plenamente
presentes e desfrutar cada momento, em
busca da felicidade.
Nossa vida é vasta. Ela não termina nos
limites daquilo que pessoalmente
vivenciamos. Não é algo concreto ou
delimitado.
A vida se estende por todas as direções,
como uma rede. Jogamos a rede e ela
vai se expandindo, para tocar muitas
outras vidas, para se tornarem partes
constantes.
Assim o Budismo entende a vida.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
12 Seria a Vida um É importante saber lidar com as Ala Amigos do André Augusto
Sonho ou um dificuldades da vida, pois a vida é Dedé
Pesadelo? mais que vários desafios, mas um (2017)
único e grande desafio.
Se ela não chega a ser um “sonho”,
ao menos não é um “pesadelo”.
O certo é que ela é um grande
desafio a ser enfrentado por todos.
Sonhos são projetos de vida. Não
durma demais, coloque-os em
prática.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
13 Seria a Vida uma O mundo não passa de uma ilusão. Comunidade Departamento
Ilusão? Essa é uma frase que costumamos (1947) de Carnaval
usar subjetivamente quando estamos
desacreditados da vida e do mundo
que nos cerca.
É como se nossos olhos vissem o
que estão aptos para ver, mas não
significa que essa seja a verdade
concreta.
O mundo é concreto ou subjetivo? A
vida é real ou subjetiva? As
respostas para essas perguntas são
objetivas ou subjetivas? Quem
saberá?
14 Seria a Vida um A vida não é uma pergunta a ser Ala de Bruno Tete e
Mistério? respondida. É um mistério a ser Passistas Luciana Tete
vivido. (1947)
O caminho da vida - é e sempre será
o caminho do mistério. Qualquer
olhar sobre a vida que não seja com
o entendimento do mistério que ela
é, e sem o desejo de compreender
este mistério, é um olhar raso,
superficial.
Seja você um Sherlock Holmes e
descubra os caminhos e mistérios de
sua existência.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
15 Seria a Vida uma "A vida é uma guerra constituída por Bateria Mestre Gilmar
Guerra? batalhas difíceis onde nem sempre (1947) Cunha
os mais fortes vencem e sim os mais
resistentes e estratégicos."
Sid Aguiar
16 Seria a Vida um Há pessoas que levam a vida sem fé, Ala das Departamento
Nada no sem paz, sem esperança. Para elas a Guerreiras de Carnaval
Mundo? vida é um nada. Não sentem prazer (1947)
em viver, a desesperança vive como
uma sombra ao lado delas.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
22 A Vida Gira A vida é como um carrossel... Ela Ala das Tia Eni
Como um gira como o mundo gira, e a cada Baianas
Carrossel volta pode nos trazer uma surpresa (1947)
ou se repetir. E para tirar o melhor
deste carrossel são importantes os
ensinamentos de cada parada, vistos
de fora ou de dentro do carrossel...
Por isso, cuidado com suas ações,
pois o "tempo" é infalível e você
poderá surpreender-se... Ou não...
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
25 Esperamos ter Esperamos ter sorte na vida. Mas o Ala Resistência Ida e Danielle
Sorte que é sorte? Seria destino, fado, (2017)
acaso, coincidência? Há várias
denominações, mas a sorte maior é
você não ficar sentado, à espera dos
acontecimentos. Faça a sua sorte,
corra atrás do seu destino, não fique
refém do acaso. A sorte grande
quem faz é você!
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, nº. 60 – Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 07
Diretor Responsável pelo Atelier
Ana Paula, Evelyn, Jaqueline, Graça, Jefferson, Márcio e Rafael Drumond
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Equipe do Barracão Equipe do Barracão
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Equipe do Barracão Alexandre
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Musa 1 – Viver Não é Pecado! Musa 2 – A Rainha Branca do Musa 3 – Não Tenho Medo da
Jogo da Vida Vida
* Essas imagens são do croqui original e servem apenas como referência, pois, foram realizadas
modificações de estética e de cor na execução das Fantasias.
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
O samba começa com o questionamento: O que é a vida?
E são as respostas a este questionamento que darão o embasamento para o samba e o enredo.
Mas e a vida
Ela é "maravida" ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
Em nossa vida, sempre haverá os dois momentos. E é nos momentos difíceis que temos o nosso
maior aprendizado. São os momentos difíceis que nos tornam mais fortes para enfrentar os
desafios. Tudo tem seu preço. Mas sempre serão os maravilhosos momentos de alegria, que se
perpetuarão e serão eternamente lembrados.
O que é, o que é?
Meu irmão?
E prossegue a dúvida e a indagação sobre o que seria a vida para cada um.
Há quem fale
Que a vida da gente é um nada no mundo
E durante o desenvolvimento da letra, teremos várias interpretações sobre a existência humana. A
vida não é feita somente de momentos bons e felizes, mas temos que saber caminhar entre os bons
e maus momentos.
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
Nosso caminhar é repleto de desejos e esperamos sempre o melhor, não importando se os desejos
são individuais ou coletivos. Para viver desejamos sempre paz, amor, saúde, sorte...
A vida é um eterno aprender, nunca sabemos tudo. Estamos em plena evolução.
E a pergunta roda
E a cabeça agita
E a busca por uma resposta continua. A pergunta nos pega de surpresa. Nos faz parar para pensar,
nos obriga a refletir.
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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FICHA TÉCNICA
Bateria
• 14 Frigideiras.
Não se deixe abater, pois o primeiro passo para a vitória é a vontade de vencer. E lembre-se: depois
da guerra, sempre vem a Paz!
Com 23 anos foi chamado para ser Diretor de Bateria pelo Mestre Átila, tendo recebido quatro
Estandartes de Ouro.
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FICHA TÉCNICA
Harmonia
Em 2009, com a indicação do Leonardo Bessa e Chico Frota, fui contratado pela Escola de Samba
Arranco do Engenho de Dentro. Fui agraciado com o prêmio Jorge Lafond como melhor intérprete
do Grupo B, neste mesmo ano atuei como apoio de voz de Leonardo Bessa na São Clemente.
Em 2010, fui contratado pela Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha e assumi o microfone
principal. Fui agraciado com o prêmio Gato de Prata como melhor intérprete do Grupo A, neste
mesmo ano atuei como apoio de voz do Dominguinhos do Estácio na Imperatriz Leopoldinense.
Em 2011, fui contratado pela Escola de samba Unidos do Viradouro e assumi o microfone principal
e lá atuei nos Carnavais de 2011e 2012, e fui agraciado com o prêmio Jorge Lafond.
Em 2012 como melhor intérprete do Grupo A. Em 2013, fui contratado de volta à Acadêmicos da
Rocinha, onde permaneci até 2018. Neste mesmo ano de 2013, também atuei como cantor de apoio
de Wantuir na Inocentes de Belford Roxo que estava no Grupo Especial. Em 2018 também uma
passagem como cantor de apoio de Marquinho Art Samba, no Glorioso Império Serrano, no
Carnaval de 2018.
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FICHA TÉCNICA
Harmonia
Em 2008 retorna para a Acadêmicos da Rocinha, se mantendo até o ano de 2012. Em 2010,
Paraíso do Tuiuti e em 2011, Unidos do Peruche em São Paulo.
Após ficar fora do carnaval por motivos religiosos, retorna ao carnaval Carioca em 2013 pela
Unidos do Porto da Pedra de São Gonçalo, permanecendo por lá até o ano de 2017.
Já em 2018 é convidado pela Inocente de Belford Roxo e no carnaval de 2019 irá defender as
cores Verde e Branco do reizinho de Madureira, Império Serrano com o enredo baseado no samba
de Gonzaguinha, "O QUE É, QUE É?".
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FICHA TÉCNICA
Evolução
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FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
Paulo Elias
Diretor Geral de Carnaval
Rildo Seixas e Zé Luiz Escafura
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Débora Cristina
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
70 40 30
(setenta) (quarenta) (trinta)
Responsável pela Ala das Baianas
Tia Eni
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Dona Lindalva Daniele Almeida
(oitenta) 84 anos 39 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Seu João Sérgio
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
65 Dona Pedrinha Richa Joacir Martins
(sessenta e cinco) 88 anos 53 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Tia Maria do Jongo, Aluisio Machado, Quitéria Chagas, Antonia Fontenele, Daniel Gonzaga,
Rogério Silvestre e Maria Augusta
Outras informações julgadas necessárias
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FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
➢ A Comissão de Frente:
Nascer ou Renascer? Eis a questão.
Independente da questão religiosa, de imortalidade, de alma e de ressurreição, ao nascer uma vida,
com ela renascem vários sentimentos: renasce a fé, o amor, o sonho, a esperança.
E os sentimentos renascem independente de classe e posição social, de riqueza ou pobreza,
independente de onde for, o nascimento de uma criança sempre renova as nossas esperanças em
um mundo melhor.
Afinal, aquele que nasceu para nos salvar, nasceu em um estábulo, junto aos animais. Nasceu para
renascer.
E nos dias de hoje? Ele teria nascido onde? Num hospital? Em casa? Nas ruas? Isso não importa,
o importante é saber que mais uma vez, com ele, teriam nascido ou renascido a fé, o amor, o
sonho e a esperança! Pois as crianças nos ensinam a ficar mais puros e refletir que, apesar de tudo,
a vida é bonita, é bonita e é bonita!
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FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Diogo Jesus 28 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Verônica Lima 37 anos
2º Mestre-Sala Idade
Matheus Machado 20 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Maura Luiza 33 anos
3º Mestre-Sala Idade
Yuri Pires 22 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Joana Carolina 17 anos
Outras informações julgadas necessárias
Obs.: As fantasias da Comissão de Frente são confeccionadas pelo Ateliê de Fernando
Magalhães.
1º Casal: Diogo Jesus e Verônica Lima
Fantasia: Vida é Energia
O que representa: O corpo humano é uma complexa rede de energia com um importante papel na
manutenção da saúde vital dos nossos aspectos físico, mental, emocional e espiritual.
Quando a energia está equilibrada e funcionando de forma harmoniosa e eficiente, a vida é suave.
Quando não, o corpo não responde aos instintos.
É a energia que conduz harmonia entre o cérebro e corpo. Para a dança, a harmonia energética é
essencial, pois é essa harmonia que dará a sensação de prazer ao dançarino.
Ao serem perguntados o que era a vida para eles, Diogo e Verônica responderam, sem parar para
pensar, no mesmo momento: Dançar!
E dançar na Sapucaí é um dançar em 360º dançar para todos os lados, para todos os ângulos. Mas em
2019, esse dançar terá um novo olhar, uma nova forma, uma nova direção. É a vida se manifestando
de outras maneiras.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Sempre envolvida com carnaval, recebeu um convite para retornar ao maior espetáculo
televisionado da terra defendendo o pavilhão da Imperatriz Leopoldinense, trajetória que durou
entre os anos de 2006 a 2010.
Nos dois carnavais seguintes, a oportunidade de uma nova agremiação veio da União da Ilha do
Governador, até 2012. Em 2013, recebeu a proposta para retornar à sua escola de origem, a
tricolor de Caxias, permanecendo na agremiação até o carnaval de 2018, ano que ganhou o seu
segundo Estandarte de Ouro seguido.
Em 2019, para compor o time do tradicional Império Serrano, a Presidente do Projeto Latopá, que
completa 4 anos de fundação e centenas de alunos formados nas mais variáveis aulas sobre cultura
do carnaval carioca, defenderá o pavilhão verde e branco da Serrinha no enredo “O que é, o que
é?”, assinado pelo carnavalesco Paulo Menezes.
Seus primeiros passos como Mestre-Sala se deram na Escola Mirim do Império Serrano, o
Império do Futuro. Teve passagens pela Acadêmicos da Rocinha, Portela, Mocidade
Independente de Padre Miguel e Acadêmicos do Cubango.
Em 2017 foi campeão defendendo o primeiro posto na Mocidade Independente de Padre Miguel.
Hoje no Império, onde começou, defende o posto de Mestre-Sala da verde e branco da Serrinha
no enredo “O que é, o que é?”, idealizado pelo carnavalesco Paulo Menezes.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Império Serrano – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
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G.R.E.S.
UNIDOS DO
VIRADOURO
PRESIDENTE
MARCELO CALIL PETRUS FILHO
PRESIDENTES DE HONRA
JOSÉ CARLOS MONASSA BESSIL (EM MEMÓRIA) E
MARCELO CALIL PETRUS
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“Viraviradouro!”
Carnavalesco
PAULO BARROS
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Viraviradouro”
Carnavalesco
Paulo Barros
Autor(es) do Enredo
Paulo Barros
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Paulo Barros - Isabel Azevedo - Ana Paula Trindade - Simone Martins
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Paulo Barros
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
O Livro de Ouro da
06 Mitologia: Histórias Thomas Bulfinch Ediouro 2002 Todas
de Deuses e Heróis
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
09 Contos de Grimm Irmãos Grimm Editora Itatiaia 2013 Todas
(Obra Completa)
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
HISTÓRICO DO ENREDO
VIRAVIRADOURO!
Cresci ouvindo as histórias que Vovó me contava desde muito pequeno. Lembro-me bem de
uma das últimas noites em que sentei ao seu lado para ouvi-la sem hora para terminar. O
tempo parecia não existir, mas a verdade é que ele havia me alcançado e, sem que eu
percebesse, toda a fantasia dos tempos de criança se desfez. Até que... naquela noite
inesquecível, ela me chamou mais uma vez e, com um olhar misterioso, disse: “Venha...
quero lhe mostrar um segredo!”.
De uma pesada gaveta da estante, sacou um antigo volume de capa de couro escura, com o
título: VIRAVIRADOURO! O LIVRO SECRETO DOS ENCANTOS. E ordenou: “Preste
bem atenção... porque essa é a palavra mágica que transformará nosso conto em encanto. E
tudo o que acontecer daqui por diante deve ficar entre nós...”, e soltou uma gargalhada
impressionante... Vovó, uma bruxa??? O que se passou a partir daquele momento é o que
vamos descobrir agora.
Sentei curioso, ao seu lado, com saudades de ouvi-la contar mais uma das deliciosas
aventuras que animaram a minha infância. Vovó começou: “Conhecemos histórias muito
antigas, que chegam até nós através de livros e de contadores. Elas guardam mistérios sem
fim!”. E abriu a primeira página do estranho livro. E Vovó repetia: “Viraviradouro vai
virar! Viraviradouro vai virar!”.
Em alguns segundos, uma inquietação tomou conta de mim. Aquele livro me atraía e, sem
que eu pudesse evitar, senti que alguma coisa estranha começou a acontecer. Era como se
tivesse me tornado criança novamente. Em segundos, eu já estava na frente da casa da Vovó,
brincando com a mesma energia da minha infância. Encontrei a noite lá fora e uma forte
sensação de que me observavam. Não me importei. Minha avó saiu de casa com o
Viraviradouro nas mãos.
Tentei pegar o precioso livro para descobrir os segredos tão bem guardados pela querida
Vovó. “Cuidado, menino!!! Você está se arriscando demais!”, gritava, enquanto resistia a
me entregá-lo. De repente, corajosos cavalheiros nos cercaram, tentando proteger o livro,
mas não conseguiram. Peguei e abri o Viraviradouro. Bruxas surgiram de todos os cantos e
minha doce vozinha foi transformada em uma delas. Dominados pela feitiçaria, personagens
apareciam de todos os lugares, saíam dos contos que ouvi e li durante muitos anos, quando
era um jovem menino. Iam e vinham, em minha memória, me fazendo recordar seus feitos
maravilhosos. Minha Vovó Bruxa e suas amigas me fizerem viajar por todas as histórias que
ouvi na infância. E nem conto a vocês tudo o que aconteceu daí por diante...
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
“Se um Deus quiser, faz a terra tremer... ao gênio da lâmpada, você contará seus desejos; o
encanto da fada faz a sorte mudar; cuidado com o diabo e sua maldição; mas é com a bruxa
que começa a diversão: Viraviradouro vai virar!”.
Essa frase mágica abre os caminhos por onde entram os ENCANTADORES. Deuses,
gênios, fadas madrinhas, demônios e bruxas surgem de todos os cantos e dos contos, para
mostrar seus incríveis poderes capazes de provocar grandes transformações. Eles saem do
livro e viram aventura na vida, na Avenida.
Minha Vovó Bruxa sorri, ao perceber minha alegria, e diz: “É com eles que começa toda a
magia. Vamos ver o que traz o SEGUNDO CAPÍTULO”. E, virando as páginas mais uma
vez, exclama: “Ah, os ENCANTADOS contos de fadas! Quanta magia nos apaixona desde
que somos bem pequenos... Quantos personagens, jovens casais se encontram, para nos
revelar suas histórias de amor e coragem! Veja que linda moça dançando com seu amado, na
noite do Baile Real. Parece uma princesa! Mas logo se quebrará o encanto e ela voltará a ser
a pobre órfã entregue aos maus-tratos de sua madrasta”. O rosto de Vovó se ilumina, ao
perceber quem está na página seguinte: “Olhe aqui, que belo soldadinho esculpido em
chumbo! Lembra? Os brinquedos ganham vida durante a noite, e ele e sua bailarina de papel,
enamorados, sofrem com a inveja de um cruel feiticeiro e acabam desaparecendo nas chamas
de uma lareira. A próxima é a curiosa menina que se aventura no País das Maravilhas, onde
ela se transforma, ao longo do caminho, e até enfrenta uma rainha má. Quantos desafios,
não?”.
Pegando a folha envelhecida com a ponta dos dedos, Vovó passa mais uma página: “Esse
aqui é o bichano esperto, que calça um par de botas para percorrer muitas léguas
velozmente. O gatinho engana a todos e, com sua inteligência, conquista riquezas e muda o
destino de seu dono. Mas também existem contos que começam com encantos terríveis,
como o castigo da bruxa, que transforma um príncipe arrogante em horrível besta e todos os
criados de seu castelo em objetos falantes, até que o coração de pedra desse nobre
impertinente aprenda a amar e ser amado. Mas o final dessa história é feliz... Ele encontra
sua Bela, se apaixonam e o feitiço se desfaz...”.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
conquistou o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro e seu maior desejo virou sua
maldição. Pobre coitado! Não podia se alimentar, nem abraçar seus entes queridos”.
“O que mais está escrito no Viraviradouro?”, perguntei. “Quem pode nos dizer é Merlin,
mestre na arte da magia. O poderoso mago conhece como ninguém os mistérios da vida e da
morte, dos homens e dos deuses. Dizem que Merlin ajudou a escrever esse livro”, confessa
Vovó, sussurrando em meus ouvidos. Será? A magia está no ar...
“Muito cuidado agora! Feche os olhos, não olhe diretamente para ela! Fuja do terrível
encanto, para não virar pedra. Essa bela sacerdotisa foi transformada, pela deusa do seu
templo, em um dos mais temidos monstros da mitologia grega, após ter sido seduzida pelo
deus do mar.”
Então, Vovó me pergunta, desafiando minha curiosidade: “Você conhece o navio fantasma
holandês, que causa medo aos navegantes há séculos? Essa é mais uma das terríveis
maldições que atormentam os sete mares. Assustadores piratas são condenados a vagar pela
eternidade, em busca de liberdade, por terem desafiado a vontade dos deuses. Lembro-me de
ter visto essa assombração num filme, aliás, como muitas outras histórias. Os fantasmas
pareciam tão reais na tela do cinema!”. Vovó sorri novamente: “Todos metem muito medo”,
diz enquanto espera a legião de seres do mal, que evoca ao virar mais uma página do livro.
Vovó continua a leitura: “Os vampiros vagam à procura do sangue de suas vítimas inocentes,
o sarcófago range, quando a amaldiçoada múmia do Antigo Egito acorda do sono eterno, e a
Lua cheia desperta a ira do lobisomem, que andava quieto, metido no corpo de um pobre
coitado”. Diante de toda maldade do mundo, quis saber se existiam encantos para derrotar o
medo. “Existem homens corajosos que lutam contra todo tipo de crueldade. Esse lendário
caçador é um deles. Já ouviu alguma de suas extraordinárias aventuras? Ele luta contra todo
tipo de monstros! Falando neles, existem também os mortos-vivos, que devoram suas
vítimas para, em pouco tempo, se transformarem, aumentando uma legião de desalmados
famintos. Mas há tantos outros que não acreditam que o mal possa dominar o mundo. Alguns
são tão fortes que entregam a alma ao Diabo, porém usam seus poderes contra ele ao longo
de muitos séculos e gerações! Sim, as assombrações também se renovam. Veja, esse é um
dos meus favoritos! Quando o conheci, ele andava a cavalo”, disse, rindo, enquanto me
mostrava a caveira: “Hoje só anda de motocicleta, hehe...”.
E a noite corre veloz, carregando nosso maior pesadelo... Será o fim? Não vamos voltar a
sonhar? Vovó me abraça e sussurra: “Não podemos quebrar o encanto e deixar o mal
dominar. Ele pode nos destruir e, então, tudo se acabará! A cada dia, perdemos nossa
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
capacidade de acreditar na fantasia... Esquecemos como é bom ser criança e brincar com a
imaginação!”.
Ah, então, Viraviradouro é a magia de quem só quer alegria para a vida virar! Divertir quem
gosta de histórias, brincar com a memória e nos transformar. Queimar a semente do mal e
renascer das cinzas, se não for por toda a vida, que seja na Avenida, numa noite de
Carnaval! E Vovó me revela: “Essa é a última página do Livro de Encantos de mais uma
história sem fim. Invente a sua, acredite e seja feliz! Viraviradouro vai virar!”.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
A Viradouro traz para a Avenida, em 2019, um divertido enredo para encantar o público da
Sapucaí. Uma história mágica, que só existe ao ser contada pela irreverente Vovó ao seu
neto, desacreditado e já sem forças para transformar sua vida sem graça, marcada pela rotina
e pela desilusão. A intrigante senhora esconde o Viraviradouro! O Livro Secreto dos
Encantos, que, dizem os mais antigos, começou a ser compilado pelo legendário mago
Merlin, ainda na Idade Média. O livro carrega, em suas páginas envelhecidas pelo tempo, o
segredo de muitas poções mágicas, feitiços, bruxarias, rituais e os poderes extraordinários
dos seres elementais. Foi guardado, por muitos anos, pela velha senhora que habita uma
casinha nas terras de Niterói, lugar “onde as águas se escondem”, assim chamado pelos
povos que lá viveram tempos atrás.
Nessa noite de Carnaval, a Vovó recebe seu neto entristecido. O que teria acontecido ao
menino que trazia o brilho no olhar? Que caminhos tortuosos apagaram a luz da esperança
que sempre acendeu, em seu rosto de criança, o prazer de cada nova aventura?
A noite cai e o neto procura o abraço da Vovó, que tanto lhe trouxe felicidade na infância.
Ao contemplar a tristeza do neto, a velhinha caminha decidida até a estante e retira o pesado
volume do livro de encantos, para revelar a magia das deliciosas histórias que sempre
animaram os encontros com o menino do passado. Essa criança alegre e ousada ressurge na
Abertura do desfile, despertada pela curiosidade de conhecer os segredos do grande livro. E,
assim, começa o encantamento.
A figura de uma avó bondosa e sábia é um arquétipo que nos remete ao acolhimento que
recebemos na infância. Nossas mães e nossos pais também nos contaram histórias que
ouviram e aprenderam quando pequenos. Porém, o lugar onde encontramos o abrigo mais
confortável e a certeza de nossos desejos atendidos é nos braços de uma avó carinhosa, sem
tantas atribulações. Mesmo que as modernas vovós tenham uma vida repleta de
compromissos e responsabilidades, as horas de deleite com um neto são razão suficiente
para uma atenção redobrada com a criança.
O neto desse conto, pressupõe-se, já é um adulto. Seu desencanto com o mundo e sua
decisão de procurar a avó é o mote do enredo. Ele aparece criança, no início da narrativa,
pois a descoberta do livro Viraviradouro produz a mágica esperada de mergulhá-lo em suas
memórias, revivendo um passado de aventuras e exemplos de superação do medo. Ao final
do desfile, encontraremos o personagem adulto e feliz.
Em A Psicanálise dos Contos de Fadas (1980), Bruno Bettelheim discute “como os contos
de fadas podem intervir nos processos evolutivos da criança, ajudando-a na compreensão do
que está acontecendo com si mesma, e, ainda, resolvendo de forma mais saudável seus
conflitos internos”. Logo no início da obra, Bettelheim mostra como é mais fácil e
interessante que a criança aprenda através dos contos de fadas. Assim, ela encontra refúgio e
solução para seus problemas.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
Sem nenhuma intenção de discorrer sobre a psicologia infantil, o enredo pretende trazer, à
memória do público, conhecidos personagens da ficção presentes na literatura e no cinema,
para diverti-lo.
É importante lembrar que o enredo transcorre em forma de conto de fadas, mas está
recheado de protagonistas da mitologia, das lendas e outras narrativas presentes nas
“contações” de histórias. Das conversas, que caracterizam a tradição oral, aos livros e filmes,
personagens impressionantes e suas histórias são construídos, modificados e transmitidos
por gerações. “Os mitos sempre se configuram nas bases do pessimismo, sendo que em
alguns deles seus finais são trágicos, já os contos guardam sempre um final feliz... Contudo,
todos têm em comum o fato de tentarem deixar uma mensagem gravada nos cérebros de seus
assíduos espectadores, dado que assim eles aprendem a trabalhar desde o início da infância
com a obscuridade do mundo, com a distinção do certo e errado no âmbito social, e também
com momentos de extrema felicidade” (BETTELHEIM, 1980).
A Abertura do desfile traz uma cena que apresenta a força surpreendente do Viraviradouro!
O Livro Secreto dos Encantos. O encontro do neto com sua avó é cercado de mistérios e
mostra como toda a força da narrativa está nas mãos de seus contadores. Os poderes
extraordinários dessa obra influenciaram clássicos da literatura infantil. Histórias que se
propagaram pelo mundo por sua capacidade infinita de mexer com a nossa imaginação. No
entanto, está escrito no Viraviradouro: “Só conhecerá o segredo do começo de todas as
coisas aquele que tiver a capacidade de entender e aguardar o momento certo da revelação”.
Enigmático? Sim, sem dúvida. Então, para não provocar a ira do sobrenatural, devemos
continuar a história de onde nos é permitido seguir.
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ROTEIRO DO DESFILE
ABERTURA – VIRAVIRADOURO!
O LIVRO SECRETO DOS ENCANTOS
Comissão de Frente
VIRAVIRADOURO VAI VIRAR!!
Ala 01 – Comunidade
MAGIA E ENCANTO NO AR
Alegoria 01 – Abre-Alas
HISTÓRIAS E MISTÉRIOS SEM FIM
1º SETOR - ENCANTADORES
Ala 03 – Comunidade
ZEUS
Ala 04 – Comunidade
GÊNIO DA LÂMPADA
Ala 05 – Comunidade
FADA MADRINHA
Ala 06 – Baianas
POÇÃO MÁGICA
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Ala 07 – Comunidade
DEMÔNIO
Ala 08 – Comunidade
BRUXA
Alegoria 02
BRUXAS
2º SETOR - ENCANTADOS
Ala 10 – Comunidade
CINDERELA E PRÍNCIPE ENCANTADO
Ala 12 – Comunidade
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Ala 14 – Comunidade
LUMIÈRE
Alegoria 03
A BELA E A FERA
3º SETOR - AMALDIÇOADOS
Ala 15 – Artistas
ARACNE
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Destaque de Chão
Luana Bandeira
BRILHO DO OURO
Ala 16 – Comunidade
REI MIDAS
Ala 17 – Passistas
TOQUE DE MIDAS
Rainha de Bateria
Raissa Machado
MORGANA
Ala 18 – Bateria
MAGO MERLIN
Ala 19 – Comunidade
MEDUSA
Ala 20 – Comunidade
PIRATA
Alegoria 04
HOLANDÊS VOADOR
Ala 22 – Comunidade
MÚMIA
Ala 23 – Comunidade
LOBISOMEM
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
Ala 24 – Comunidade
VAN HELSING
Ala 25 – Comunidade
MORTOS-VIVOS
Alegoria 05
MOTOQUEIRO FANTASMA
Obs.: um veículo sairá da Alegoria, tocará o solo e
retornará ao carro alegórico.
Ala 26 – Comunidade
FAUNOS
Ala 27 – Comunidade
FADAS
Ala 28 – Comunidade
GNOMOS
Ala 29 – Amizade
ELFOS
Ala 30 – Comunidade
NINFA DRÍADE
Alegoria 06
A FÊNIX E O RENASCER DAS CINZAS
Ala 31 – Compositores
TRAJE TRADICIONAL
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Alegoria 02
Edmilton Paracambi – Fantasia: A Noite das Bruxas Promoter de Eventos e Decorações
Alegoria 03
Will Passos – Fantasia: Horloge Cabeleireiro
Alegoria 04
Marcelo Rocha – Fantasia: Pirata: o Vilão dos Empresário
Mares
Rebeca Farias – Fantasia: O Ardil do Krahen Empresária
Alexandre Maguolo – Fantasia: Jack Sparrow Ator
Alegoria 05
Rodrigo Totti – Fantasia: Fogo Fátuo Especialista de Inteligência de Mercado
Alegoria 06
Talita Monassa – Fantasia: Renovação da Vida Empresária
Tatiana Guimarães – Fantasia: Fogo Designer de Interiores
Transformador
Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão nº. 01 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Windsor Rocco, Soninha, Alessandro, Niltinho e Alex Fab
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
João Lopes Edson de Lima
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Flavinho Policarpo Leandro Assis
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Júlio Cal
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de estética e de cor na execução das Alegorias.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
06 Poção Mágica Uma pitada de alegria e uma boa Baianas Tia Cleia
dose de tradição. Nos giros das (1946)
baianas, mexa tudo e deixe ferver!
Está pronta a poção mágica para
transformar essa noite de magia em
uma festa inesquecível.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
13 Gato de Botas Era uma vez, um gato falante pra lá Sol Nascente Raquel e
de esperto. Com inteligência e um (2017) Renata Pinto
par de botas para percorrer grandes
distâncias e viver muitas aventuras,
convence a todos que seu dono é um
homem nobre e rico. Esse astuto
bichano continua por aí aprontando
das suas, nessa inesquecível história
que diverte e fascina a criança que
mora em cada um de nós.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
16 Rei Midas O lendário Rei Midas carrega uma triste Comunidade Harmonia
sina... “Cego pela sede da ambição”, ao (1946)
ganhar o direito de fazer um pedido ao
deus Dionísio, o rico soberano só pensa
em aumentar sua fortuna: "Quero
transformar em ouro tudo o que minhas
mãos tocarem". E é atendido... Mas,
que ironia, seu maior desejo torna-se a
mais terrível maldição. Com o poderoso
toque, Midas não consegue mais se
alimentar ou abraçar sua família, sem
que tudo vire ouro.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Minas Gerais, 170, Ponta D´areia – Niterói
Diretor Responsável pelo Atelier
Paulo Barros e Thiago Matias
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Maria da Conceição Keila da Conceição
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Keila da Conceição José e Alexandre
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Ateliês de Apoio:
As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência,
pois foram realizadas modificações na execução das fantasias, de acordo com materiais
disponíveis no mercado.
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba- Renan Gêmeo, Bebeto Maneiro, Thiago Carvalhal, Ludson Areia,
Enredo Jr. Filhão, Raphael Richaid, Ricardo Neves, Carlinhos Viradouro
e Rodrigo Gêmeo.
Presidente da Ala dos Compositores
Paulo Cesar Portugal
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
60 Maria Preta Daniel Passos
(sessenta) 70 anos 25 anos
Outras informações julgadas necessárias
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Um clima de magia tomou conta do ar. Como num passe de mágica, vovó me fez reviver todo
encanto das histórias infantis e voltei a ser criança ouvindo cada uma delas.
Viraviradouro é o livro secreto tirado da estante, a palavra mágica que me fez mergulhar nesse
mundo encantado, no nosso mundo encantado.
Em cada verso do samba que canto me junto a tantos outros meninos que querem ter a sua sorte,
seu destino mudado. Se os encantadores têm o poder de virar a vida, vamos viver esse sonho de
Carnaval, porque a nossa alegria está aqui!
No nosso mundo encantado, nem o pior vilão é páreo para o amor. Nos contos de fadas, só tem
espaço para felicidade, que nos faz cantar, que invade os nossos corações, expulsando toda
tristeza do mundo real.
Triste é o destino de quem ousou desafiar a ira de um Deus. Os amaldiçoados carregam o fardo de
uma maldição.
Esse é o lado sombrio da história. Afinal, o medo é algo muito presente em nossas vidas. Tudo
piora quando cai a noite. Seres assombram as madrugadas e precisam ser enfrentados com a força
de um Herói!
A coragem é fundamental. É o que nos move em nossas vidas e, assim como nos contos de fadas,
podemos ter esperança na vitória.
Mesmo que tudo pareça perdido, todos nós temos oportunidade de ressurgir, renascer das cinzas e,
por que não, vencer na quarta-feira.
Choramos todos juntos com os momentos difíceis da nossa Viradouro, mas quem um dia me viu
chorar, hoje vai me ver sorrir!
Acredite!
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
O refrão principal, além de emotivo, é o ponto alto da melodia e traduz todo o sentimento em
acordes, levando todos a cantar de peito e braços abertos.
Vale ressaltar que a melodia facilita as bossas da bateria, permitindo sua execução de maneira
segura, pois são desenhadas com base nos compassos definidos pelos compositores.
Em relação ao canto, ela flui de maneira natural, com acentuações, descanso e pausas feitas nos
momentos certos, dando segurança aos músicos, cantores e comunidade. Confortavelmente, o
samba está no tom “Sb” com passagens em menor e relativo, principalmente na “segunda” do
samba, onde os compositores expressam todo o seu amor pela escola que renasce das cinzas e
orgulhosamente canta: "quem me viu chorar, vai me ver sorrir "
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FICHA TÉCNICA
Bateria
Bateria
Nome da Fantasia: Mago Merlin
O que representa: Merlin, o maior mago de todos os tempos, dá o tom na bateria! Mestre na arte
dos encantamentos e das profecias, ele domina os segredos da natureza, dos deuses e dos homens.
Nas lendas do Rei Arthur, o sábio conselheiro usa esse mágico poder para proteger o reino de
todo mal. Nesse Carnaval, é a Furacão Vermelho e Branco que leva para a Sapucaí todos os
artifícios e encantos para enfeitiçar você!
Mestre Ciça: Reconhecido por sua ousadia há 30 anos, Mestre Ciça, um dos mais respeitados
mestres, esteve à frente de grandes baterias.
1988-1997: Estácio de Sá
1998: Unidos da Tijuca
1999-2009: Unidos do Viradouro
2010-2014: Grande Rio
2015-2018: União da Ilha do Governador
2019: Unidos do Viradouro
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Bateria
Mestre Ciça sempre foi, e é até hoje, um dos mestres mais aguardados na Sapucaí. Lugar no qual faz
seus sonhos se tornarem realidade! Como o próprio diz: “Se for para fazer feijão com arroz, fico em
casa!”. Eis o motivo de tanta ousadia. Grandes momentos marcaram a carreira dessa “lenda” do
Carnaval carioca. Um dos mais marcantes, se não “o mais marcante”, foi na Viradouro, em 2007,
quando a bateria desfilou até o recuo em um carro alegórico. Simplesmente inesquecível para os
amantes do Carnaval!
Outro momento muito marcante em sua carreira foi sua passagem pela União da Ilha, especificamente
no Carnaval 2017, no qual resgatou a batida de caixa, marca registrada da Escola e a essência e união
da bateria. Com isso, veio a recompensa, o tão sonhado Estandarte de Ouro, o prêmio Sambanet e
muitos outros. Um desfile impecável, o verdadeiro ano de Ouro do nosso Mestre!
Em 2019, Mestre Ciça retorna à Unidos do Viradouro, onde passou 10 anos de grandes momentos. E
volta com força total!
Isso mesmo, Mestre Ciça já está com quatro bossas que poderão ser realizadas ao longo do desfile.
Com seu talento e carisma, a Bateria Furacão Vermelho e Branco da Viradouro pretende sacudir a
Sapucaí, comemorando o seu retorno.
Voltou o brilho no olhar, o sorriso no rosto, a alegria do canto e a felicidade nas mãos. Sim, voltou o
grande Mestre Ciça, de passagens memoráveis pela Sapucaí com a bateria da Viradouro. Voltou a
alma e o espírito vencedor do saudoso Mestre Jorjão, que imortalizou a bossa da batida funk, tornando
a Viradouro campeã do Carnaval. Voltaram os antigos ritmistas e é nesse resgate que a bateria da
Viradouro está pronta para emocionar a Avenida, com criatividade e ousadia. 280 ritmistas, divididos
entre naipes de cuícas, chocalhos, tamborins, caixas, repiques e surdos de 1ª, 2ª e 3ª. Trabalho, muito
trabalho foi preciso para se chegar ao nível de uma bateria campeã. Desde abril, quando foi feita a
primeira convocação, se viu esse “brilho no olhar”, que os compositores tão bem captaram, e, nesse
momento, todos acreditaram que “o amor estava ali”. Foram meses e meses em busca da batida
perfeita, da afinação dos instrumentos e da sintonia entre eles. Mestre Ciça e seus diretores não
mediram esforços para, quando chegar o momento do grande dia do Desfile, não só emocionar, como
“apaixonar” a Sapucaí, unindo a tradição da velha batida, com a modernidade de bossas e convenções
inspiradas de tamborins, entradas e saídas de cuícas e chocalhos. Aguardem as surpresas que estão
sendo preparadas! Como um grande mágico, Mestre Ciça sempre tira os seus coelhos da cartola.
Surdos de 1ª e 2ª irão cumprir a sua função de sustentar o andamento, assim como o surdo de 3ª irá
gerar o balanço inconfundível da Escola, com uma levada e um swing inigualáveis. A nossa bateria,
com certeza, está preparada para brindar ao público presente e ao mundo todo com um grande
espetáculo de música, ritmo, swing e brilho no olhar.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
Do Trabalho de Harmonia:
Tecnicamente, a Direção de Harmonia atua dividida por setores, em funções como chefes e volantes.
Visando maior controle e maior atenção à comunidade de nossa agremiação, dez chefes de setores e dois
volantes percorrem áreas previamente demarcadas, minimizando, assim, erros e diminuindo o tempo para a
solução de eventuais problemas. Educação, Respeito e Comprometimento compõem o lema principal da
equipe que acredita que o componente é nosso maior bem e merece ser acolhido pela Escola que tanto ama
e se dedica.
A forma de trabalho é rigorosa quanto ao desempenho de evolução e canto do componente. A direção
defende que os componentes devem ter uma evolução livre dentro das alas, dando a eles a liberdade de se
divertirem de fato com o desfile. Em relação ao canto, existe um trabalho criterioso de ensaio, com a
integração do Diretor Musical MAESTRO JORGE CARDOSO, onde segmentamos a Escola para ensaios
fora dos dias padrões, tratando, assim, com mais propriedade na busca do melhor desempenho individual
ou coletiva das alas.
Intérprete Oficial: José Paulo Sierra
Diretor Musical: Maestro Jorge Cardoso
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
Destes versos e melodias vibrantes, nasceu o hino que a Escola interpretará, com uma equipe
experiente e afinada. Teremos como cantor principal José Paulo Sierra, que guiará o canto de toda
a Escola com seu timbre único e voz diferenciada. Cantor maduro na arte de interpretar e conduzir
o canto de toda a Escola de Samba, Zé Paulo tem o sentimento vermelho e branco da Viradouro
em busca do tão sonhado título. Os intervalos de melodias estão perfeitos, Zé Paulo é meticuloso
e trabalhou, incansavelmente, esse quesito; sua apresentação será sem cacos exagerados, sempre
conduzindo o canto da Escola, sem enfeites e firulas desnecessários. Com certeza, será o grande
destaque do Desfile de 2019. Zé Paulo é o nosso camisa 10, o nosso craque: carismático,
competente e amado por toda a comunidade, já está defendendo a Escola há seis anos e, com
certeza, terá todo o seu empenho coroado de êxito com o grito de Campeão.
No apoio, cinco cantores com larga experiência de desfile, shows e apresentações por todo o
Brasil: Ângela Sol, Matheus Gaúcho, Ronaldo Ilê, José Paulo II e Celino Dias. Na harmonia de
cordas: Hugo Bruno, no cavaquinho com afinação de bandolim, tem passagens em várias escolas
e gravações do CD do Grupo Especial; Roberto Migans, cavaquinho afinação tradicional, é “prata
da casa”, oriundo da escolinha mirim da Viradouro, e Ézio Filho, no violão 7 cordas, é um músico
de primeira qualidade, consciente das funções do seu instrumento, tanto na base harmônica como
nos floreios e bordados que o samba pede. Muitos ensaios, em estúdio e na quadra, dessa equipe
fizeram com que o entrosamento entre canto, harmonia e bateria nos desse a segurança nesses
quesitos (Harmonia e Bateria). A condução do canto, guiando a voz de toda a Escola, está como
nos versos do nosso samba: “Invade o meu coração pra cantar, deixando a tristeza do lado de lá”.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Alex Fab / Dudu Falcão
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Presidente Tia Cleia
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Leda Rosa dos Santos Camila de Salina
(oitenta) 83 anos 24 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Sr. Joel e Tia Lúcia
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
50 Ilda Lemos Marcia Cristina
(cinquenta) 90 anos 49 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Diego Cigano (36 anos como um dos maiores artistas do "Globo da Morte", nos mais importantes
circos do Brasil e da Europa)
Outras informações julgadas necessárias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Dudu Falcão: Iniciou sua carreira no Carnaval, em 2009, como diretor de ala na Portela e na
Renascer. Poucos anos depois, ao mesmo tempo em que ganhava espaço na Azul e Branco de
Madureira, passou a assinar a Direção de Harmonia da Caprichosos de Pilares. Após passagens
expressivas por Mangueira e Imperatriz, assumiu, com seu parceiro Alex Fab, a Direção de
Carnaval da Viradouro, onde reverteram um quadro ruim da Escola para um vice-campeonato, em
2017, e, finalmente, o título de 2018 do Grupo de Acesso, que ajudou Dudu a receber, pela
segunda vez, o prêmio Plumas & Paetês de Melhor Diretor de Carnaval.
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FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Sobre o Coreógrafo:
Alex Neoral: É diretor e coreógrafo da Focus Cia de Dança, patrocinada pela Petrobras, que já se
apresentou em mais de 90 cidades brasileiras e em países como França, Canadá, Itália, Portugal,
Estados Unidos, Alemanha, Panamá, México, Bolívia e Costa Rica. No Carnaval, Alex atua como
coreógrafo de comissões de frente há 10 anos, já tendo passado pelas escolas de samba Imperatriz
Leopoldinense, Vila Isabel e Unidos da Tijuca. Em 2019, Alex estreia na Viradouro e firma sua
parceria com o carnavalesco Paulo Barros.
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Julinho Nascimento 45 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Rute Alves 45 anos
2º Mestre-Sala Idade
Jeferson Souza 37 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Amanda Poblete 22 anos
3º Mestre-Sala Idade
Diego Jenkins 24 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Gislaine Lira 33 anos
Outras informações julgadas necessárias
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Júlio Nascimento começou sua trajetória, em 1986, no G.R.C.E.S.M. Corações Unidos do CIEP,
como mestre-sala mirim. Ingressou, em 1988, no G.R.E.S. Tradição, tornando-se primeiro mestre-
sala da agremiação, em 1990, e dançando por três com sua madrinha Vilma Nascimento. Passou
pela Unidos do Viradouro, nos anos de 2006 e 2007, e por importantes agremiações, como Unidos
de Vila Isabel e Unidos da Tijuca, escolas pelas quais ganhou quatro prêmios Estandarte de Ouro.
Em 2018, voltou a defender o pavilhão da Unidos do Viradouro, onde, com sua parceira de anos
Rute Alves, conseguiu comemorar o título do Acesso A, garantindo a Escola a desfilar na elite do
Carnaval carioca.
Rute Alves completa, em 2019, seu 22º ano como porta-bandeira, sendo 12 deles ao lado de
Julinho Nascimento, e defendendo pela segunda vez o pavilhão da Unidos do Viradouro.
Ingressou na Escola de Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Porta-Estandarte, presidida por Manoel
Dionísio, em 1996. Em 1997, estreou na Marquês de Sapucaí, sendo escolhida em concurso para
ser a primeira porta-bandeira do G.R.E.S. São Clemente, mesmo concorrendo para o posto de
segunda. Com passagens por agremiações de grande relevância no Carnaval, como Portela, Porto
da Pedra, Salgueiro, Unidos de Vila Isabel e Unidos da Tijuca, ganhou duas vezes o Prêmio
Estandarte de Ouro do jornal O Globo, foi três vezes campeã no Grupo Especial e, em 2018,
trouxe a nota máxima para o quesito e sagrou-se campeã, com a Unidos do Viradouro.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O que representa: A combinação certa de elementos e ingredientes faz uma poção mágica capaz
de atrair ou afastar tudo aquilo que se desejar. “Pro bem ou pro mal, é Carnaval” e o equilíbrio da
poderosa magia desse casal vai enfeitiçar você!
Jeferson Souza começou na Grande Rio, na ala de mestre-sala e porta-bandeira. Poucos anos
depois já assumia a posição de primeiro mestre-sala das escolas União de Jacarepaguá, Em Cima
da Hora e Renascer de Jacarepaguá, além de ser o segundo mestre-sala da Portela, de 2007 a
2015. Em 2018, seu grande desempenho no Império da Tijuca fez surgir o convite para fazer par
com Amanda Poblete, defendendo o segundo pavilhão da Viradouro.
Amanda Poblete, professora de Educação Física, completa uma década como porta-bandeira no
Carnaval 2019, com passagens pelas agremiações Sereno de Campo Grande, Unidos de Padre
Miguel, Mocidade Unida de Jacarepaguá, Difícil é o Nome, Paraíso do Tuiuti, Renascer de
Jacarepaguá, Unidos Vila Isabel e São Clemente. Tem em sua história alguns prêmios, como:
Jorge Lafond, de Melhor Porta-Bandeira da Série A, em 2014 e 2015; Prêmio SambaNet e Estrela
do Carnaval, de Melhor Casal da Série A, em 2015; Prêmio Jornal do Sambista, de Melhor Casal
da Série A, em 2016.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos do Viradouro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Gislaine Lira, bailarina e graduanda em licenciatura em dança, pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Gislaine é formada pelo Projeto de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do G.R.E.S. Unidos do
Viradouro, além de professora e coordenadora do Studio Master Dance, em Niterói. Essas são
algumas das qualidades que fizeram com que a porta-bandeira fosse convidada a portar o terceiro
pavilhão da Escola, após um minucioso processo de escolha.
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G.R.E.S.
Acadêmicos do
Grande Rio
PRESIDENTE
MILTON ABREU DO NASCIMENTO
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“Quem nunca...? Que atire a
primeira pedra”
Carnavalescos
RENATO LAGE E MARCIA LAGE
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Quem nunca...? Que atire a primeira pedra”
Carnavalescos
Renato Lage e Márcia Lage
Autor(es) do Enredo
Renato Lage e Márcia Lage
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Izak Dahora
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Renato Lage, Márcia Lage e Izak Dahora
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
• https://epoca.globo.com/sociedade/noticia/2018/06/como-funciona-o-maior-grupo-de-
propagacao-de-odio-na-internet-brasileira-que-lucra-com-misoginia-racismo-e-
homofobia.html
Consultado em 05/11/2018
• https://www.significados.com.br/bobo-da-corte/
Consultado em 10/11/2018
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Renato atua no Carnaval desde o ano de 1978, quando iniciou, com Fernando Pamplona, como
auxiliar de barracão. Já no ano seguinte, 1979, começou a assinar seus trabalhos como
carnavalesco, tendo levado a Unidos da Tijuca, naquele ano, a conquistar o título do Grupo de
Acesso. Ficou na Tijuca até 1982, migrando para o Império Serrano no ano seguinte, onde
permaneceu por quatro anos.
Tendo ainda voltado para um Salgueiro por um ano e atuado também na Caprichosos de Pilares,
foi na Mocidade Independente de Padre Miguel, a partir do ano de 1990, que apresentou seu estilo
inconfundível e se consolidou com uma das lendas vivas do Carnaval, com o histórico e vitorioso
desfile “Vira Virou, a Mocidade Chegou”.
Em 2003, retorna ao Salgueiro, onde permaneceu até 2017. Paralelamente, assinou carnavais em
escolas de São Paulo como Império de Casa Verde, Império da Zona Norte e Vai-Vai, além de um
desfile no Império Serrano, em 2008.
Com Márcia Lage, trabalha desde o ano de 1996, unindo seus talentos em prol de diversas obras-
primas apresentadas na Avenida. Desde o ano de 2018, a dupla empresta seu talento para o
Acadêmicos do Grande Rio, onde chegou para atuar com sua bagagem de seis títulos e diversas
premiações.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
HISTÓRICO DO ENREDO
SINOPSE
Fala sério aqui com a gente, “de boas”, “numa boa”, francamente: quem nunca saiu dos
trilhos, perdeu o prumo, deu detalhe, rodou a baiana, chutou o balde e o pau da barraca,
armou um barraco ou mesmo deu uma virada de mesa? Um deslize, uma gafezinha qualquer
ou uma falta de educação das grossas mesmo? Quem nunca? Eu, você, todo mundo, pelo
menos uma vez, já esqueceu etiquetas, manuais e regulamentos e atravessou o samba na
passarela dessa vida.
Que atire a primeira pedra quem nunca. Ou melhor, atirar pedra, não, porque aí já é falta de
educação outra vez.
Tão humano quanto o ato bíblico de atirar a primeira pedra são os nossos maus hábitos que
expressam impaciência, egoísmo, descuido, intolerância, “jeitinho”… ou até falta de
informação.
Furar a fila, fingir estar dormindo pra não ceder o banco do ônibus pra idoso ou gestante,
colar chiclete embaixo da mesa, lançar a guimba do cigarro na calçada ou aderir àquele
pacote do “gatonet”, chegam a ser “fichinha” perto de uma série de atitudes questionáveis. E
aí, cada um (do alto do seu telhado de vidro) lança aquela velha máxima: “faça o que eu
digo, não faça o que eu faço”.
O motivo do nosso enredo é educação, só que a gente resolveu falar dela pelo viés
irreverente e crítico da FALTA de educação, de coisas que fazemos e que comprometem o
nosso dia-a-dia, a nossa convivência e o nosso futuro.
Quem nunca lançou a latinha de refrigerante pela janela do carro, avançou o sinal vermelho,
dirigiu com aquela dose de cervejinha na ideia ou acima da velocidade permitida?
Do preguiçoso que entra na via sem ligar a seta e do apressadinho que pensa que buzina é
almofada até a madame ou executivo de carrão que dá “conferência” pelo celular (e não “tá
nem aí” para o sinal que abriu), é deseducada a vida no trânsito, camarada! Haja direção
defensiva!
Nas vias das redes sociais, meio capaz de unir as pessoas aos quatro cantos do mundo, quem
nunca largou o pé do freio e destilou (ou sofreu) uma indireta, um “piti”? Quem nunca
testemunhou, pelo menos, xingamentos e toda sorte de discriminação (racismo, homofobia,
assédio, bullying) através de postagens de quem quer impor a própria opinião e se vale do
mundo movediço dos perfis virtuais? E, na corrida por likes, têm aqueles que reproduzem
qualquer coisa que chame a atenção, nem se dando ao trabalho de ler e de checar a
informação.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
Ainda sobre o uso das novas tecnologias, quem nunca falou alto ao celular dentro do ônibus,
do trem ou da van lotada? Cá entre nós, hein, ninguém merece saber que o passageiro ao
lado saiu com a mulher do vizinho noite passada ou ter que acompanhar o vídeo do “sem
noção” sem fone de ouvido, não é mesmo? E haja capacidade de armazenamento do celular
pra suportar tantas “fofurices” e correntinhas diárias a nos desejarem bom dia, boa noite, boa
semana, boa sexta, feliz sábado… Ufa! Esses novos “brinquedinhos” deviam vir com um
manualzinho de ética, fala sério!
E quem nunca se livrou daquela inofensiva sacola de lixo no rio perto de casa? Aquela
sacolinha plástica que você descarta e ela ainda leva anos e anos pra se decompor. De
sacolinha em sacolinha os rios “enchem o saco”! E aí, é sacolinha, sacolão, tampa de
privada, sofá… enchentes, transbordarmentos, desabrigados, mortos. Uma avalanche de
tristeza!
Mas nem tudo é desgraça já que nossas faltas também gostam de uma farra. Nas festividades
e encontros populares (nos estádios de futebol, no réveillon, no Carnaval…), “ninguém é de
ninguém”, e, na praça, na praia, na rua o que é público também parece não ser; consciência
toma sumiço e juízo de multidão não tem dono: malandro sarra na moça em condução
lotada, chafarizes de mijões regam a cidade, falso torcedor sai de casa pra brigar,
monumentos são destruídos, fachadas sofrem pichações que distorcem a beleza da cidade e
comprometem a arte do povo grafiteiro.
A conta vem depois, quando a gente descobre que o que é público é nosso e é a gente que
paga. Na pátria do Carnaval e das chuteiras, o futebol nos traz imagens pertinentes: bola
murcha, gol contra, impedimento… Ah, e um cartão vermelho para as faltas daqueles que se
escondem na multidão.
Como se vê, no trânsito, nas redes virtuais, no meio ambiente, nos encontros das massas etc
e tal, estamos meio mal.
#SóQueNão.
Nossa conduta não é de todo ruim. Afinal, somos seres inteligentes, sempre capazes de
aprender. A última parte do nosso enredo é uma ode às maravilhas que o Conhecimento é
capaz de edificar, aos monumentos que são o respeito ao outro e aos códigos coletivos, à
convivência harmoniosa de contrários, à ética, à preservação ambiental, à construção de
novas realidades por meio do estudo, da leitura, da pesquisa e da inovação.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
Albert Einstein, o grande físico, já dizia que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original.” É assim que o tema da Educação nos inspira e se funde à
ESCOLA de Samba Acadêmicos do Grande Rio (com seu saber cultural, afetivo, informal e
ancestral, de “tias”, “tios”, “pais” e “mães”, professores nossos do dia-a-dia), deixando um
rastro positivo à comunidade de Caxias e aos Pimpolhos da Grande Rio, futuro da arte do
samba e da humanidade.
E quem nunca fez uma faxina profunda, animada por aquela batucada estridente que
enlouquece a vizinhança? O final do nosso desfile reserva uma “limpeza” geral,
“enxaguando” nossos maus hábitos, removendo metafórica e alegremente as “crostas” que
nos impedem a uma evolução “nota 10”. Afinal, entendemos que uma das grandes potências
do Carnaval é a possibilidade de aprendizado através da alegria, do movimento e do
encontro dos corpos e da criatividade das mentes – sentido pedagógico este que congrega as
diferenças e revitaliza o Ser.
(Antes de terminar, vale lembrar: “educação” vem do latim “educare”, que deriva de EX
(que significa “fora”), junto a DUCERE (“guiar, instruir, conduzir”). Portanto, educar-se é
conduzir-se para fora, sair do isolamento de si e dos próprios (maus) hábitos, ou, se
quisermos, é superar os limites de nossa “caverna” escura, alegoria platônica).
Ainda temos jeito – aquele “jeitinho” que brasileiro adora e que também pode ser para o
bem. Podemos aprimorar o indivíduo e as relações coletivas e ainda tentar deixar o Planeta
da forma como o recebemos: maravilhoso, abundante, generoso e cuidadosamente pensado
para nos “darmos bem” por aqui, sobre a Bola!
Refinar a mente, os hábitos e a vida para que sigamos em frente, com harmonia, na
linguagem, na comunicação, no dia-a-dia é passo essencial para um final de Enredo feliz,
alegre e pleno, aqui e no futuro, que pertencerá aos Bem Educados.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Vigie seus pensamentos
Eles se tornam palavras.
Vigie suas palavras,
Elas se tornam ações.
Vigie suas ações,
Elas se tornam hábitos.
Vigie seus hábitos,
Eles se tornam seu caráter.
Vigie seu caráter,
Ele se torna o seu destino.
Leva-se tempo razoável para o indivíduo construir o seu caráter forjando o poder do hábito,
aquele bendito conjunto de práticas que nos leva aonde a mente almeja e o coração anseia ou
nos limita os horizontes e os cerceia.
Títulos, fama, diplomas, campeonatos, "sangue azul" ou conta bancária recheada não nos
imuniza. E cada um de nós carrega, comete ou já cometeu pelo menos um mau hábito "para
chamar de seu".
de reeducar o olhar de nossas subjetividades – o que passa necessariamente pela revisão dos
nossos hábitos corriqueiros. Sem um permanente movimento de revisāo da própria condulta,
a barbárie nos espreita e soluções mais fáceis do que o pensamento e o diálogo, dão lugar à
intolerância, a brutalidade, ao preconceito e à indiferença, frutos da ignorância.
O Carnaval pode nos ajudar de forma especial na busca por essa educação mais generosa e
que começa no dia-a-dia. Primeiramente, com seu bom humor e irreverência, permitindo
tocarmos em questões sérias de forma alegre e reflexiva, vendo e revendo, assim, o ridículo
de nossas faltas de educação e maus hábitos, a partir do cotidiano em um sentido
pedagógico, por exemplo.
Na ESCOLA de Samba, o aprendizado dá-se através de vários aspectos; nos afetos durante o
dia-a-dia que antecede o desfile e no próprio desfile; pela oralidade, musicalidade e dança
dos corpos, pela interação criativa e harmoniosa entre indivíduos diferentes, cuja maioria só
se encontra na Sapucaí; no culto à ancestralidade que busca o Saber na natureza, na
reverência à experiência dos mais velhos e na transmissão dos saberes às crianças que sāo a
continuidade de toda essa gente bamba.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
DESENVOLVIMENTO DO ENREDO:
Em linhas gerais, o nosso desfile faz uma abordagem irreverente dos maus hábitos; no
trânsito, nas redes sociais virtuais, no meio ambiente, entre outros meios e situações,
vislumbrando, ao final, a importância da educação e a necessidade de corrigirmos os nossos
maus hábitos.
COMISSÃO DE FRENTE
“O Profeta Online“
No enredo sobre o desenredo da falta de educação e das más atitudes, donde clamamos “que
atire a primeira pedra aquele que não erra“ – como dissera Cristo e diz o nosso samba - só
mesmo a voz poderosa de Deus, o visionismo de um profeta ou o cajado de um grande líder
para pôr termo a essa zorra total.
Eis então que, Deus, vendo a barafunda em que se transformou a Criação, resolve convocar
Moisés, das páginas do Velho Testamento, para uma “reciclagem“ das falhas humanas.
Moisés, bastião do mais antigo regulamento anti-infrações da civilização judaico-cristã, os
Dez Mandamentos, é enviado entāo por Deus. Amorenado pelo calor brasileiro, tenta se
comunicar através das palavras sagradas que, ignoradas, se perdem pela avenida. Sem
alternativa,ele em vez de usar a mítica Tábua da Lei, sabiamente recorre a um tablet para o
desafio de se comunicar com o povo e retifcar em nós o torto, o mal-feito e o errado.
Conectado, Moisés lança mão de pictogramas e emojis, os símbolos que se tornaram mais
que onipresentes em nosso dia-a-dia, a fim de conseguir o milagre de reeducar a
humanidade.
E é nesse encontro inusitado, surreal e galhofeiro que iniciamos a reflexão de nosso desfile
sobre nossas misérias diárias. Um encontro entre um mito e nós mortais, que talvez nem
Deus saiba como vai terminar! E com uma irreverência que só o Carnaval pode nos
proporcionar.
QUADROS:
QUADRO 1: “No jogo da vida, quem cria o hábito faz o seu destino”
No jogo vida, na luta diária, no afã de conquistar, chegar mais rápido ou fazer menos
esforço, alguns acabam se equivocando sobre seus métodos e artifícios; alguns sequer
seguem regras ou códigos; outros se acham reis e rainhas acima de tudo e esquecem que
somos todos peões nesse grande tabuleiro.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
O trânsito é o primeiro cenário de más condutas e falta de educação abordados pelo enredo.
Nele, várias infrações são retratadas; como dirigir com aquela dose proibida de álcool no
organismo, dirigir acima da velocidade máxima permitida, não ceder o assento no transporte
público para idosos e gestantes, dentre outras.
Neste quadro, toda sorte de práticas das redes virtuais e tecnológicas que geram diferentes
tipos de desconforto ou transtorno é mencionada. Emotions de todos os tipos em postagens
que substituem palavras, fake news, mensagens-correntes, furto de energia e de deseducaçāo
social desfilam neste quadro.
Chegamos aqui aos maus hábitos cometidos contra a natureza e o meio ambiente. Guimbas
de cigarros e suas fumaças lançados no ar, pseudo-arte manchando fachadas e patrimônios
públicos, goma de chiclete colada em qualquer lugar, poluição geral do meio em que
vivemos. Este quadro aborda a falta de cuidado e de preservação do indivíduo com o meio-
ambiente e todo o espaço público. Açāo que provoca o retorno em desequilibrio da natureza.
Aqui damos uma virada no desenvolvimento narrativo do enredo. Quem nunca cometeu um
mau hábito? Somos todos meio mal-educados, certo? #SÓ QUENÃO. Nosso enredo busca
mostrar a possível libertação das amarras e dos problemas causados pela falta de educação
através das múltiplas formas de conscientização e do Saber. O quadro promove uma grande
valorização do pensamento e da reflexão, do estudo e das descobertas que a ciência é capaz
de nos proporcionar. Reafirmando como essas atitudes conscientes têm o poder de expandir
o nosso olhar sobre o mundo e de inspirar um comportamento mais responsável de todos nós
dentro dele.
Nossos maus hábitos podem ser revistos através de um corajoso processo de reflexão das
nossas próprias falhas e responsabilidades. A metáfora de tal processo de mudança por nosso
desfile é a imagem de uma libertação simbólica em nossas condutas, enxaguando e
removendo as crostas de grosseria, excessos e deseducação que tanto nos impedem a uma
evolução e a uma harmonia NOTA 10 em nossa passagem pelo mundo.
A cor branca das alas representa esse anseio por uma essência humana de paz e harmonia há
muito esquecida por nós e que, ao vestir figuras emblemáticas do Carnaval e
demasiadamente humanas (Arlequim, Colombina, Pierrô, Rei Momo e Bobo da Corte) quer
exatamente depurar nossos excessos e desvios de conduta.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
Porém com um detalhe: sabemos que cada um tem seu tempo e seu caminho de
amadurecimento. Não queremos pregar nem impor uma uniformização moralista dos
indivíduos. Um dos grandes traços do Carnaval e da Cultura Popular é a interação entre
diferentes, é a mistura. De todas as cores, o branco é a soma de todas elas, segundo o “disco
de Newton”.1
A mensagem de nosso sexto e último quadro acredita, portanto, que com a representação de
personagens populares tão lúdicos, e na contribuição que a festa de Momo pode dar a esse
movimento de aprendizado, um incentivo para um novo olhar é possível. Com alegria,
irreverência, com o bom humor de nosso enredo e de nosso samba. Afinal, a felicidade e a
leveza são o grande sentido do carnaval.
1
Disco de Newton é um dispositivo utilizado em demonstrações de composição de cores. Recebeu esse nome pelo fato
do físico e matemático inglês SirIsaac Newton ter descoberto que a luz branca do Sol é composta pelas cores do arco-
íris. Ao entrar em movimento, cada cor do disco de Newton se sobrepõe em nossa retina, dando a sensação de mistura.
Com velocidade suficientemente rápida e com as cores corretas o disco dá a ilusão de ficar de coloração acinzentada ou
esbranquiçada. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_Newton>, acesso em janeiro de 2019.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
ROTEIRO DO DESFILE
Comissão de Frente
“O PROFETA ON LINE”
Guardiões do 1º Casal de
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
“PROTEÇÃO AO CASAL REAL”
Ala 01 – Baianas
“DAMAS RAINHAS”
Alegoria 01 (Abre-Alas)
“VIVENDO E APRENDENDO A JOGAR”
Ala 03 – Comunidade
“PRESTA ATENÇÃO”
Musa
Jéssica Rodrigues
“MAS QUE CARRÃO”
Ala 05 – Comunidade
“SE BEBER, NÃO DIRIJA”
Ala 06 – Comunidade
“DESLIGA O CELULAR”
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
Musa
Carla Diaz
“PARE E OLHE!”
Alegoria 02
“PERDA TOTAL”
Ala 07 – Comunidade
“EMOÇÕES MAIS QUE MIL
PALAVRAS...”
Ala 08 – Comunidade
“FAKE NEWS”
Ala 10 – Comunidade
“GATO NET”
Ala 11 – Comunidade
“HATERS”
Musa
Mileide Mihaile
“EMOJIZADA”
Alegoria 03
“DEU RUIM NA REDE”
Ala 12 – Comunidade
“GUIMBAS E BITUCAS”
Musa
Natália Knaack
“GATANET”
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Tripé 01
“A MÃO QUE CRIA É A MÃO QUE
DESTRÓI”
Ala 14 – Comunidade
“TÁ DIFÍCIL DESGRUDAR”
Musa
Juliane Trevisol
“ONÇA”
Ala 15 – Passistas
“PANAPANÔ
Ala 16 – Bateria
“FISCAL DA NATUREZA”
Ala 17 – Comunidade
“POLUIÇÃO”
Ala 18 – Comunidade
“FIM DE FESTA”
Musa
Bianca Andrade
“MARIA DA TOCA”
Alegoria 04
“CARDUMES DE GARRAFAS PELO MAR”
Ala 19 – Adolescentes
“O FUTURO É AGORA”
Ala 20 – Compositores
“ACADÊMICOS DO GRANDE RIO”
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Ala 21 – Velha-Guarda
“SABEDORIA”
Tripé 02
“A LOUSA NOSSA DE CADA DIA”
Ala 22 – Comunidade
“PENSO, LOGO EXISTO”
Musa
Gisele Prattes
“TECNOLÓGICA”
Ala 23 – Comunidade
“GALILEO”
Ala 24 – Comunidade
“CIÊNCIA”
Musa
Érica Janusa
“DNA AFRICANO”
Ala 25 – Comunidade
“O UNIVERSO AO SEU ALCANCE”
Musa
Renata Kuerten
“GALÁXIA”
Alegoria 05
“O CÉU É O LIMITE”
Ala 26 – Comunidade
“BOBO DA CORTE”
Musa
Tayla Ayala
“RAINHA DE OUROS”
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Ala 27 – Comunidade
“ARLEQUIM”
Ala 28 – Comunidade
“REI MOMO”
Ala 29 – Comunidade
“COLOMBINA”
Ala 30 – Comunidade
“PIERROT”
Musa
Thainá Oliveira
“PIERRETE”
Alegoria 06
“NADA SERÁ COMO ANTES”
130
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
• Moana Pires (Destaque Central)
Fantasia: Dama
• Bruna Dias (Destaque Central Frente)
Fantasia: Multifacetada
• Luana Pires (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: O Cavalo
• Rudmila (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: A Torre
• Valentina (Destaque Lateral Direito Baixo)
Fantasia: O Tabuleiro
• Maria Fernanda (Destaque Lateral Esquerdo Baixo)
Fantasia: O Tabuleiro
Composições:
Peões - 08 Masculinos
Peões - 20 Femininas
131
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
02 “PERDA TOTAL” Nossos maus hábitos são tão traiçoeiros que sem nos
darmos conta criam pernas, atravessam os limites da
casa e avançam pela rua. E quando os desvios de
conduta de cada um se aproximam no trânsito é um
congestionamento, uma colisão e um engavetamento
quilométrico de total falta de educaçāo. Gente
desprezando sinais, impondo seus caprichos ao
volante, achando que o mundo se resume à tela do
celular, ignorando a gentileza no transporte público ou
desrespeitando e se aproveitando da individualidade e
limitações alheias.
O resultado é uma “perda total“ de vidas, veículos e
valores de cidadania e coletividade. Um caos
polifônico de buzinas e bate-bocas, onde o automóvel
se torna muitas vezes uma arma perigosa, estrondosa e
explosiva.
Destaque:
Composições:
Sinalertar - 14 Femininos
Guardas de Trânsito - 02 Masculinos
Motoqueiros - 03 Masculinos
Grupo coreográfico dentro do ônibus - 25 pessoas
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaque:
Composições:
Chipadas - 22 Femininas
Gatos - 18 Acrobatas
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaque:
• Kathy Gueta
Fantasia: A Arte
Destaque:
• Danyllo Gayer (Destaque Central)
Fantasia: Polvo Amphioctopus Burryi
(Encontrado no Oceano Atlântico entre os EUA e o
Brasil)
• David Brazil (Destaque Central Baixo)
Fantasia: Tritão
Composições:
Enlatadas - 19 Feminino
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
• Vivi
Fantasia: A Sabedoria
Destaques:
• Sônia Soares (Destaque Central)
Fantasia: O Sol
• Karina Soares (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: Explosão Cósmica
• Guilherme Linhares (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: Astrônomo
Composições:
Pesquisadoras - 10 Femininas
Viralizadas - 08 Femininas
Ratinhos de Laboratório - 04 Acrobatas
Planetas - 08 Acrobatas
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
• Simone Oliveira (Destaque Central)
Fantasia: Rainha
• Thábata Oliveira (Destaque Lateral Direito)
Fantasia: Arlequinada
• Lohana Calheiros (Destaque Lateral Esquerdo)
Fantasia: Arlequinada
• Maria Clara (Destaque Lateral Direito Baixo)
Fantasia: Colombininha
• Mariana (Destaque Lateral Esquerdo Baixo)
Fantasia: Colombininha
Composições:
Pierrete - 22 Femininas
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Vilmar - Espelhos
Jefinho - Empastelação
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
* Mas que Carrão O carro verde abre o sinal, para que Musa Jéssica
se ande devagar... Rodrigues
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
06 Desliga o Celular A Grande Rio adverte: andar e dirigir Comunidade Pedrinho Naval
falando ao celular ou conferindo as (1988)
últimas mensagens nos aplicativos pode
ser ruim para você e para os demais.
Evite trombadas e multas também!
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
10 Gato Net Puxa fio daqui, estica fio de lá, e a Comunidade Direção de
gambiarra de fios de um poste já (1988) Carnaval
pode denunciar a prática do furto ou
estelionato de energia elétrica ou de
serviço de TV a cabo. A prática é
bastante comum no Brasil: o “gato”.
A fantasia remete à ação silenciosa e
fugidia de um felino, e que de
ingênua e inofensiva não tem nada.
Começa como algo improvisado,
provisório e até engraçado, mas
prejudica muita gente. Maus hábitos
podem conter ou tornar-se
problemas maiores, principalmente
se desrespeitam às leis.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadavia Corrêa, nº 60 – Barracão 04 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Atelier
Nete, Camila e Marta
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Nete e Marta
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Mauro, Welingtom e Bruno Cesar José Francisco
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Outros aderecistas que merecem destaque na criação do Carnaval da Grande Rio: Tuany, Marcelo
oliveira, Leandra, Alan, Ed, Welington, Rogério, Solimar, Felipe, Talison, Jhon e Lucas
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba- Cláudio Russo, André Diniz, Moacyr Luz, Gê Martins, Licinho
Enredo Júnior e Elias Bililico
Presidente da Ala dos Compositores
Licinho Júnior
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Gê Martins Rafael Ribeiro
(cem) 78 anos 28 anos
Outras informações julgadas necessárias
Tá errado, não importa quem errou
O pecado e o pecador
Sempre estão do mesmo lado
Tá errado, sem lição nem professor
O espinho fere a flor
O amor é maculado
No jeitinho que impera nessas bandas
É mais fácil o mau caminho pra jogar no tabuleiro
Na verdade do espelho, quando a razão desanda
Vai seguindo em desalinho mesmo com o sinal vermelho
Atire a primeira pedra aquele que não erra
Quem nunca se arrependeu do que fez?
Na vida todo mundo escorrega
Melhor se machucar só uma vez
Cardume de garrafas pelo mar
Nem tarrafa nem puçá alimentam o pescador
E a cisma de atender o celular
Pra curtir, compartilhar
Zombar do perigo, largar o amigo
Perder o pudor
Quem aí tá podendo julgar?
Não consegue ouvir outra voz?
Cada um foi pensando em si
Olha o que fizemos de nós
Então pegue seu filho nas mãos
Educar é um desafio
Se errei, peço perdão
Renasce a Grande Rio
Quem nunca sorriu da desgraça alheia
Quem nunca chorou de barriga cheia?
Eu sou Caxias de tantos carnavais
Falam de mim, eu falo de paz
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Defesa do Samba
Quem nunca cometeu um deslize, uma pequena infração ou uma falta de respeito ao próximo?
Pois bem, o Acadêmicos do Grande Rio no Carnaval/2019 aborda a educação pelo viés da sua ausência,
percorrendo o caminho inverso para encontrar as feridas abertas do “faça o que eu digo, não faça o que eu
faço”. Alerta assim para que o samba do cotidiano não continue atravessando com as regras, do jogo da
vida, vilipendiadas naquela furada de fila básica, no avanço de sinal ou aquele clássico “foi só desta vez”!
Sob letra interpretativa, melodia sinuosa e crescente, o samba traz ao carnaval, de forma leve e sutil, às
questões tão necessárias pra nossas vidas. Em seu ápice, na sequência final, aponta para o desafio da
educação para construir a paz, em uma clara relação de causa e consequência, pois é no reparo dos
pequenos tropeços que poderemos dar um salto maior no respeito ao semelhante.
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Sobre os compositores:
Claudio Russo: Compositor consagrado da nova geração do samba carioca e ganhador de diversos
prêmios, como o Estandarte de Ouro em 2007, 2015 e 2017.
André Diniz: Com 45 anos, é historiador e autor de músicas gravadas por grandes nomes como Arlindo
Cruz, João Bosco, Sandra de Sá e Martinho da Vila. Como compositor de sambas de enredo, atua desde o
ano de 1991 e obteve 18 vitórias em disputas de samba na Vila Isabel, sete sambas no Grupo de Acesso do
Rio de Janeiro e três no Grupo Especial de São Paulo. Seus sambas foram agraciados com todas as
premiações do Carnaval, como Estandarte de Ouro, Gato de Prata e Estrela do Carnaval.
Moacyr Luz: Convidado especial desta parceria profundamente ligada ao Paraiso do Tuiuti, Este mestre
do samba carioca, possui doze CDs gravados trazendo em cada trabalho importantes referências à música
brasileira, Na sua carreira de compositor, mais de 100 músicas gravadas por diferentes intérpretes da MPB,
como, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Beth Carvalho, Leny Andrade,
Gilberto Gil e Leila Pinheiro. Moacyr também é ganhador de diversos prémios no carnaval, inclusive o
Estandarte de Ouro de 2015 em parceria com Claudio Russo e Teresa Cristina.
Gê Martins: É um dos fundadores da Grande Rio. É o autor de seis sambas-enredo com os quais a escola
desfilou.
Licinho Júnior: Entrou na escola no ano de 1991. É autor de cinco sambas-enredo que a Grande Rio
levou para a Avenida (2005, 2011, 2012, 2018 e 2019). Além disso, é o maior finalista de disputas de
samba na agremiação. Exerce a função de presidente da ala de compositores há mais de dez anos.
Elias Bililico: Um dos fundadores da Grande Rio. Foi finalista de várias disputas de samba na agremiação.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Bateria
A bateria da Grande Rio sempre teve o histórico de ser reconhecida como uma das melhores do Carnaval.
Tanto é assim que, com menos de 10 anos de existência, em 1996, comandada naquela época por mestre
Maurício, foi contemplada com seu primeiro Estandarte de Ouro. Sob a batuta de mestre Odilon, conseguiu
durante oito anos consecutivos a nota máxima de todos os jurados, conquistando dois Estandartes de Ouro e
dois Tamborins de Ouro. A partir de 2010, sendo regida pelo Mestre Ciça, passou a ser conhecida como
“Invocada”, devido à ousadia apresentada em seus desfiles.
Para o Carnaval 2019, foi feito um trabalho de resgate de suas características tradicionais. Dois pilares foram
trabalhados com total prioridade: um andamento que permita a sustentação do ritmo ao longo de todo o
desfile e a perfeita equalização entre os instrumentos. Andamento que, aliás, proporciona conforto para que o
ritmista alcance na Avenida o máximo de seu potencial – nesse sentido, foi feito um diálogo com os
carnavalescos da agremiação para que o figurino da ala conjugasse com o trabalho realizado pelo mestre de
bateria.
Com relação aos naipes, foi feito um trabalho específico com a ala de repiques. De acordo com análise
realizada pela observação das baterias do Carnaval carioca nos últimos anos, percebeu-se que este
instrumento não vinha tendo o destaque devido, de maneira que foi feito este resgate. Um trabalho de
acentuação foi feito também com as caixas, que voltaram a ser valorizadas na bateria da Grande Rio.
No que toca ao samba-enredo de 2019, as convenções elaboradas para pontuá-lo respeitam a musicalidade
que a obra apresenta. Completamente em conformidade com a melodia, as bossas foram feitas de acordo com
as nuances do samba, tendo como característica fundamental a precisão e delimitação em momentos bem
marcados e específicos.
É desta forma, com um trabalho apurado de ensaios semanais com total colaboração e ambiente de
cooperação entre os ritmistas, que a bateria da Grande Rio vem apresentar sua melhor performance na
Marquês de Sapucaí em busca da nota máxima no quesito.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Bateria
Mestre Fafá
Fabrício Machado, o mestre Fafá, tem 28 anos e está estreando à frente da bateria da Grande Rio
no Carnaval 2019. Ele tem a história da sua vida estritamente ligada ao Carnaval e à agremiação:
seu pai foi mestre de bateria da escola e sua mãe, grande incentivadora e também componente da
tricolor de Caxias, o ensinou a tocar tamborim. Sempre foi fascinado pela bateria, mas não tinha
idade para desfilar, embora frequentasse a quadra desde criança acompanhando seus pais. Suas
brincadeiras de infância aconteciam naquele ambiente, com o qual sempre esteve totalmente
integrado.
Nos ensaios, ficava batendo nas grades do palco da bateria, simulando o ritmo do surdo de
terceira. Em 2005, quando tinha 15 anos, mestre Odilon, então à frente da bateria, o observou,
chamou-o para tocar o instrumento e quando, ele o fez, foi imediatamente convidado para desfilar.
Aceito o convite, demorou a acreditar no sonho sendo realizado: no dia agendado para buscar a
fantasia, pediu à sua mãe que ligasse para o mestre e perguntasse se era verdade que seria,
realmente, um dos integrantes da bateria.
Fabrício tem mestre Ciça como uma grande referência em sua forma de comandar a bateria. Diz
que, se por um lado, com seu pai (Do Gás) e Odilon aprendeu tudo sobre ritmo, afinação e
técnica, com Ciça, recebeu lições de como ser ousado, alegre e respeitar o ritmista. Foi na época
de Ciça à frente da bateria da Grande Rio que ele se tornou mestre de bateria da Pimpolhos da
Grande Rio (onde desfilou desde a criação da escola mirim, em 2003) e nele se inspirou para dar
vazão à sua criatividade à frente do quesito.
Como mestre de bateria da Pimpolhos da Grande Rio, fez com que a bateria mirim se tornasse
uma referência, sendo agraciada com diversos prêmios, incluindo Estandarte de Ouro em quatro
ocasiões. A percussão, em sua vida, é levada como uma missão: além de mestre de bateria, Fafá é
professor de percussão para crianças, jovens e adultos com necessidades especiais. É com essa
experiência, juntamente com seus anos de dedicação e amor à arte do ritmo, que mestre Fafá
pretende alcançar um desempenho de excelência na Avenida em 2019.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
A Direção de Harmonia
Ninguém pode cantar “RENASCE A GRANDE RIO” e "EU SOU CAXIAS DE TANTOS
CARNAVAIS..."sem se envolver e, por que não, se comprometer com aquilo que diz. É o
componente falando pra ele mesmo! Esta é a referência que o G.R.E.S ACADÊMICOS DO GRANDE
RIO decidiu adotar para o Carnaval de 2019.
Para que isso seja realizado de maneira harmônica, integrando a tríade: ritmo, canto e dança, o
Departamento de Harmonia da escola foi reformulado para o Carnaval de 2019 com a contratação de
uma nova Comissão de Harmonia, formada pelos diretores: Andrezinho, Cacá Santos, Clayton Bola,
Helinho Aguiar e Jefferson Guimarães, supervisionada pelo experiente Diretor de Carnaval Thiago
Monteiro, que após dois anos retorna à tricolor de Caxias trazendo em sua bagagem os títulos e
passagens vitoriosas por escolas como, entre outras, Unidos da Tijuca, Estácio de Sá, Império da
Tijuca a própria Grande Rio e Paraíso do Tuiuti.
Para 2019, a Grande Rio decidiu valorizar e reforçar ainda mais a participação de sua comunidade de
Duque de Caxias no desfile. Para isso, foram destinadas em todas as alas a participação dos distritos e
bairros da cidade através de convocação realizada pelos representantes dessas comunidades, fazendo
com que os quatro macros distritos existentes na região estejam presentes defendendo o samba da
escola. Ensaios nessas comunidades também foram realizados semanalmente, desde agosto,
objetivando a maior integração da escola à sua cidade.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
A Grande Rio ainda conta com um grupo de 65 diretores de harmonia auxiliares e 70 diretores do
Departamento de Carnaval que têm a orientação para fazer com que cada componente saiba que está
desempenhando um papel relevante no desfile, defendendo as notas dos seus quesitos através do canto
forte e apresentação solta, leve e, através do canto, dar um grito de renascimento na Avenida, tendo
em vista o lamentável resultado da escola no último Carnaval, quando uma fatalidade comprometeu
sua apresentação.
O cuidado musical é um dos pilares do trabalho da Harmonia da Grande Rio. Aliar as variações
melódicas do samba de 2019, com o andamento correto da bateria, a interpretação dos cantores e o
arranjo musical e essencial para permitir que o componente evolua de maneira confortável. E isso só
foi possível através de inúmeras reuniões entre os integrantes do carro de som e bateria, ensaios
semanais iniciados em maio e intensificados em novembro com os ensaios técnicos realizados na rua.
A escola foi exaustivamente preparada para o desfile.
Evandro Malandro
Evandro dos Santos nasceu em Nova Friburgo e teve sua iniciação musical aos 9 anos de idade.
Tornou-se instrumentista, dominando instrumentos como saxofone, flauta e bateria, entre outros.
Começou sua trajetória musical em escolas de samba da cidade de Nova Friburgo em 2002, nas quais
desempenhou distintas funções, desde cavaquinhista a intérprete oficial, ao longo de 10 anos de
trajetória. Tendo sua capacidade reconhecida, cruzou fronteiras e estreou no Carnaval carioca como
cantor de apoio de Luizinho Andanças, na Porto da Pedra, no ano de 2009. Neste ano, também fez
parte do carro de som da Renascer de Jacarepaguá. Em 2010, cantou com Dominguinhos do Estácio
na Imperatriz Leopoldinense e em 2011 voltou a compor o quadro de cantores da Porto da Pedra.
Como cantor principal, defendeu a Imperador do Ipiranga, escola do grupo de acesso paulista, no ano
de 2013. No mesmo ano, foi o responsável pelo microfone principal da Apoteose do Samba em
Uruguaiana-RS, cidade onde ficou conhecido por sua passagem como cantor de apoio na escola
Bambas da Alegria nos anos de 2011 e 2012.
No ano de 2014, assumiu como intérprete oficial, juntamente com Diego Nicolau, na Renascer de
Jacarepaguá. Em sua passagem por essa agremiação, ganhou um Estandarte de Ouro. Ficaram juntos
até 2017. Em 2018, seguiu para o Acadêmicos do Cubango para ser o cantor principal.
No Acadêmicos do Grande Rio, foi cantor de apoio de Emerson Dias de 2014 a 2018. Pelo seu talento
e dedicação à escola, alcançou o microfone principal em 2019. Fez preparação intensa para ocupar
este posto e aperfeiçoar seu dom inato, com sessões de fonoaudiologia e preparação musical, tudo para
que o seu desempenho na Avenida neste Carnaval seja o momento mais brilhante de sua carreira.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
Fazer o componente se divertir na Sapucaí sem esquecer que o mesmo desempenhe seu papel na
consecução de um desfile competitivo é o principal objetivo da Direção de Harmonia e Evolução da
Grande Rio. A apresentação da escola precisa acontecer de forma fluída e solta, ainda mais em um
ano em que o enredo se trata de uma ode a educação englobando por um derradeiro grito de
renascimento da escola. A Grande Rio foi preparada para que cada componente simplesmente se
“solte” no desfile. Isso não significa que as alas performáticas ou coreografadas, existentes no corpo
da escola, estejam alheias a esta metodologia, pelo contrário, a liberdade de expressão impõe em
algumas situações que o tema seja retratado e defendido através de caracterização específica, sempre
em sintonia com ritmo do samba e o andamento da bateria.
A Grande Rio, em 2019, pretende realizar um autêntico desfile de “Escola de Samba” incentivando
a evolução, começando pelos segmentos tradicionais como sua a ala de baianas que, praticamente
abre o desfile, sua elegante galeria da velha-guarda, a arte do samba no pé em sua essência através
do requebrado da ala de passistas, privilegiadíssima posicionadas à frente da bateria, seguido pelos
componentes de alas e carros alegóricos.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
Ala de Passistas
Na Grande Rio, escola que guarda de forma rara
a tradição do samba na sua maior essência, a premiada ala de passistas, detentora de seis prêmios
Estandarte de Ouro, requer atenção especial. Com ensaios iniciados em maio, a exigência
principal para que um homem ou mulher se torne membro do seleto grupo de passistas da Grande
Rio é deter a arte do samba no pé com garbo e elegância. Para a escola, a pessoa para ser passista
precisa “dizer no pé” como as cabrochas de outrora. A ala é comandada por dois experientes
diretores: Avelino Ribeiro e Rosângela.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Thiago Monteiro
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Daniela e Roberta
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
100 50 50
(cem) (cinquenta) (cinquenta)
Responsável pela Ala das Baianas
Marilene dos Anjos
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Dione Luana dos Anjos
(oitenta) 78 anos 14 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Sr. Dailton Almeida
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
71 Amaury Maria da Glória
(setenta e um) 86 anos 51 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Jayme Monjardim, David Brazil, Christiane Torloni, Monique Alfradique, , Paloma Bernardi, Alexandre
Cardoso, Aline Prado e demais personalidades que acompanham a Grande Rio há anos, desde a sua
fundação
Outras informações julgadas necessárias
Thiago Monteiro
Trazendo em suas bagagens os títulos e passagens vitoriosas por escolas como, entre outras, Unidos da Tijuca,
Estácio de Sá, Império da Tijuca e Acadêmicos do Grande Rio, nestas últimas Thiago Monteiro exerceu a
função de Diretor de Carnaval, Campeão da Série A (2013) e Diretor Geral de Harmonia (2014, 2015 e 2016)
respectivamente, sempre alcançando as notas máximas nos quesitos de chão. Além do recebimento de diversos
prêmios conferidos pela imprensa especializada e o reconhecido como um dos maiores responsáveis pela
recente mudança ocorrida na forma de desfilar a tricolor de Caxias e da escola de São Cristóvão no último
Carnaval. Também é coautor do livro “Harmonia de Escola de Samba – Teoria e Prática” da editora Litieris.
Exerceu a função de Diretor de Carnaval da LIERJ (Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), responsável
pela organização e realização do Carnaval da Série A. Em 2018, como Diretor de Carnaval do Paraíso do Tuiuti,
alcançou o feito de levar a escola ao segundo lugar, contrariando expectativas de público e crítica e
consolidando seu nome na história do Carnaval. Desta forma, foi convidado a retornar à Grande Rio, escola de
samba que tão bem conhece e onde é querido por todos, nesta função. Num trabalho incessante, minucioso e
incansável de preparação da agremiação para este desfile de 2019, mostrará seu talento em cada detalhe da
maneira como a Grande Rio se apresentará na Avenida.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Os Emojis e Pictogramas são imagens respeitosas e inclusivas. Seu uso para comunicar nossas
vidas e experiências se tornaram tão presentes em nossa cultura que passaram a ser utilizados e
compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos. Passam informação e
emoção aumentando a conscientização sobre a diversidade. Despertando assim mais conversas e
educação, melhorando e facilitando a comunicação humana com mais amor e gentileza.
Conta a história que o Profeta Moisés esteve face a face com o Criador e recebeu Dele as Tábuas
com os Dez Mandamentos, um resumo das regras que deveriam ser seguidas pelos Homens.
A cena vivida no Monte Sinai é o ponto de partida para a Comissão de Frente da Grande Rio abrir
o desfile da escola. E, com bom humor e ousadia, trazer o Profeta Moisés para a nossa folia.
Muito tempo se passou desde a aparição do Criador. E, pouco a pouco, as dez leis foram sendo
esquecidas. Com o tempo, cada um foi deixando os Mandamentos de lado e pensando somente em
si. Quem nunca burlou algumas regras ou leis, ou deu seu jeitinho de interpretá-las à sua maneira
e a seu favor?
Temeroso com esse novo cenário e preocupado com o futuro da Humanidade, Moisés desembarca
em nossa festa.
Deslocado em meio a tantas evoluções tecnológicas, ele tenta se comunicar através da palavra,
que se perde no caminho. Sem alternativa, deixa suas tábuas de lado e usa um tablet para o
desafio de consertar o que está errado.
Já conectado, Moisés lança mão de Pictogramas e Emojis, os símbolos que se tornaram
onipresentes em nosso dia-a-dia e em nossa cultura, para se comunicar, curtir e compartilhar. E
reeducar a Humanidade.
Em meio a essa interação entre passado e futuro, muitos sentimentos preenchem os nossos
corações para que sigamos em frente. Mas é o AMOR, o sentimento maior, que transforma a vida
em alegria e libera todas as nossas emoções…
Renasce a Grande Rio!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Hélio Bejani
Iniciou carreira artística como músico Profissional tocando trompete, em Piracicaba (SP) cidade
onde nasceu. Ingressou para o ballet na cidade de Campinas (SP), cursando o Método da ROYAL
ACADEMY OF DANCING, onde trabalhou no Corpo de Baile Lina Penteado sob a Direção
Artística de Addy Addor e Cleusa Fernandes. Através de concurso oficial, ingressou para o Corpo
de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1985, onde atuou como solista e bailarino
Principal nas suas principais montagens. Ganhou o Prêmio Tadeu Morozowicz como melhor
Bailarino Clássico no VIII Concurso de Ballet e Coreografia realizado pelo Conselho Brasileiro
da Dança.
Foi partner da bailarina Ana Botafogo, para quem atualmente realiza trabalhos coreográficos.
Dançou e coreografou também para os mais renomados grupos e escolas do Rio de Janeiro:
Escola de Danças Maria Olenewa, Associação de Ballet do Rio de Janeiro, Stúdio 88, Escola de
Dança Alice Arja, Escola de Danças Spinelli, Stúdio Bertha Rosanova, Cia Versátil de Dança, Rio
Ballet, Ballet Dalal Achcar, Centro de Danças Johnny Franklin, Cia Brasileira de Danças, Ballet
da Cidade de Niterói sendo premiado nos principais concursos e mostras de dança no Brasil.Com
sua própria remontagem, realizou os espetáculos A Bela Adormecida e Coppélia, no Teatro Sesi
Rio.
No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi Assistente de Direção e Ensaiador do Corpo de Baile
na Direção de Dalal Achcar (2000/2001), coordenador do Corpo Artístico na Orquestra Sinfônica
(2003 a 2006), coordenador do Corpo Artístico no Corpo de Baile (2007 a 2008), Diretor Artístico
do Corpo de Baile (2009 a 2013) e Chefe da Divisão de Dança (2014 a 2015).Atualmente é
Diretor da Escola de Dança Maria Olenewa do mesmo TMRJ e Diretor Geral do Ballet Escola
Maria Olenewa, local onde, em seu primeiro ano, já realizou o ballet completo Giselle em
temporada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o Ballet O Lago Dos Cisnes para abertura do
Festival de Joinville em 2018.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Beth Bejani
Iniciou seus estudos de dança clássica no Centro de Danças Johnny Franklin em 1985, tendo o
próprio como mestre. Logo depois passou por mestres renomados como Tatiana Leskova,
Eugenia Feodorova, Dennis Gray, entre muitos outros. Aos 17 anos passou a integrar o Rio Ballet,
dançando vários ballets de repertório e sendo premiada em diversos concursos, inclusive CBDD.
É profissional de dança, reconhecida pelo Sindicato dos Profissionais de Dança - RJ desde 1998;
Já atuou como bailarina da Rede Globo de Televisão, coreógrafa, professora de ballet clássico,
ensaiadora, assessora de direção (na montagem de espetáculos de dança) e possui curso de atores
para teatro e televisão. Na área de dança, já fez parte de novelas, seriados, especiais e programas
da Rede Globo de Televisão, como Criança Esperança, Uga, Daniela Mercury, Ivete Sangalo,
Quarteto em Si, Gilberto Gil, Sandy e Júnior, Os Normais, Você Decide, dentre muitos outros.
Como coreógrafa do Rio Ballet, recebeu diversas premiações em concursos brasileiros e latino-
americanos. Foi assessora na direção de espetáculos profissionais no Rio de Janeiro como “Made
in Coração” (este com a participação de bailarinos do Theatro Municipal do RJ), espetáculos no
SESI, no teatro Cacilda Becker e outros.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Daniel Werneck 30 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Taciana Couto 18 anos
2º Mestre-Sala Idade
Andrey Ricardo 24 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Jéssica Barreto 28 anos
Outras informações julgadas necessárias
Daniel Werneck
Uma história de vida totalmente ligada ao universo das escolas de samba e à arte de dançar. Esse é o
perfil de Daniel, que teve seu primeiro contato com o samba aos nove anos de idade, quando pisou
pela primeira vez numa quadra, a da coirmã Acadêmicos do Salgueiro. Imediatamente se juntou ao
grupo de crianças que estava ali sambando e, a partir daquele momento, nunca mais parou. Desfilou
como componente na escola mirim Aprendizes do Salgueiro em 1998 e 1999. Seus primeiros
movimentos como mestre-sala aconteceram de forma inusitada: no ano de 1999, logo após a
cerimônia de sua primeira comunhão, foi direto para o ensaio da referida escola mirim. Quando o
avistaram com calça e sapatos brancos, logo o colocaram para dançar como mestre-sala
acompanhando a terceira porta-bandeira. Arriscou ali seus primeiros passos na arte deste bailado e não
tardou para mostrar seu talento. Tanto é assim que já no ano seguinte desfilou como terceiro mestre-
sala do Aprendizes do Salgueiro, onde ficou até o ano de 2007. Mas já em 2006 havia se tornado
terceiro mestre-sala do Acadêmicos do Salgueiro. Em 2009, passou a ser o segundo mestre-sala do
Salgueiro, posição que ocupou até 2011 – nessa passagem, ganhou o prêmio Estandarte de Ouro de
Mestre-Sala Revelação em 2010. Em 2012 estreou como primeiro mestre-sala da Estácio de Sá, escola
da Série A do Carnaval Carioca, onde se manteve até 2014. Alcançou o posto de primeiro mestre-sala
do Acadêmicos do Grande Rio em 2015, onde se encontra até o momento, tendo alcançado em 2018 o
prêmio Estandarte de Ouro de melhor mestre-sala do Grupo Especial.
Taciana Couto
Pode-se dizer que Taciana já era Grande Rio antes mesmo de nascer: seu primeiro desfile pela tricolor
de Caxias foi dentro da barriga de sua mãe, que desfilou, no ano de 2000, grávida. Para ela, a
agremiação é nada menos do que a extensão de sua família. Sua mãe foi porta-bandeira do primeiro
quadro de casais mirins da agremiação, seu pai foi compositor da escola e vários integrantes de sua
família participam ativamente do cotidiano da escola nos mais distintos segmentos. Teve sua primeira
experiência de foliã na escola mirim Pimpolhos da Grande Rio aos cinco anos de idade, onde desfilou
até os sete anos. Tendo se encantado pela arte do bailado, começou a desfilar no quadro de casais
mirins da escola mãe, ocasião em que deu seus primeiros passos como porta-bandeira.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Logo depois, passou a defender o pavilhão da Pimpolhos da Grande Rio, primeiramente, como
segunda porta-bandeira, entre os anos de 2013 e 2014 e, posteriormente, como primeira, entre
2015 e 2017. Buscando aperfeiçoamento, foi ter aulas na reconhecida escola de mestre-sala e
porta-bandeira do Mestre Dionísio, até que foi convidada, em 2016, para ocupar o posto de
segunda porta-bandeira do Acadêmicos da Rocinha, escola da Série A do Carnaval carioca.
E, como jamais perdeu seu vínculo com a Grande Rio, na preparação para o Carnaval de 2017,
numa reunião, na quadra, foi anunciada como terceira porta-bandeira da agremiação. Retomando
as palavras do samba-exaltação da escola, “o sonho se tornou realidade” – frase, aliás, que carrega
consigo na essência de sua dança, pois fez questão de gravá-la na ponteira de sua bandeira. Seria o
momento de encerrar um ciclo de 13 carnavais na escola mirim, lugar onde recebeu oportunidades
como ganhar uma bolsa numa renomada escola de balé clássico, fundamental em sua formação.
Agora, como primeira porta-bandeira da Grande Rio, levará todo o seu talento inato, aperfeiçoado
ao longo dos anos com muito trabalho e dedicação, para a Avenida, demonstrando um
desempenho seguro e uma dança encantadora.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
No jogo, o objetivo das peças é proteger a realeza. Nosso “Casal Real” é guardado por 10
garbosos sentinelas, fundamentais para o alcance do objetivo da Grande Rio.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Jéssica Barreto
Começou a demonstrar seu talento para a dança com nove anos de idade. No ano de 2000, começou a
desfilar na ala de casais mirins da Grande Rio, ficando até 2006. Neste ínterim, teve a oportunidade de
participar, em 2003, de um concurso realizado pela Rede Globo de Televisão chamado “Pé do Futuro”
representando a escola, de onde saiu vitoriosa. Em 2007, assumiu o posto de porta-bandeira da escola
mirim Pimpolhos da Grande Rio, posto que ocupou até o ano de 2012. Em 2013, foi alçada à segunda
porta-bandeira do Acadêmicos do Grande Rio, demonstrando a cada ano um talento burilado em uma
trajetória de 20 anos de dedicação e amor à comunidade caxiense.
Andrey Ricardo
Outro exemplo de “prata da casa”, aos oito anos de idade, começou a desfilar na ala de sua mãe, na
escola mirim Pimpolhos da Grande Rio, onde desfilou por dois anos. Demonstrando seu talento para a
dança, passou a integrar a ala de passistas. Seu encanto pela função de mestre-sala surgiu daí: ficava,
após os ensaios da escola mirim, brincando de desempenhar essa função na quadra com sua prima e
arriscando seus primeiros passos. Observado, foi chamado a integrar o quadro de casais mirins da
escola mãe. A partir de então, sua trajetória não teve interrupções: foi mestre-sala da Pimpolhos da
Grande Rio e, em 2011, recebeu a oportunidade de realizar seu sonho: foi alçado ao posto de terceiro
mestre-sala do Acadêmicos do Grande Rio faltando duas semanas para o desfile, substituindo o então
dançarino daquela época, que, por questões profissionais, não estaria disponível naquele Carnaval.
Demonstrando seu talento, acabou fixando-se no posto, já que o colega que desempenhava a função
foi alçado à segundo mestre-sala no ano seguinte.
175
G.R.E.S.
ACADÊMICOS DO
SALGUEIRO
PRESIDENTE
ANDRÉ VAZ DA SILVA
177
“Xangô”
Carnavalesco
ALEX DE SOUZA
179
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Xangô”
Carnavalesco
Alex de Souza
Autor(es) do Enredo
Alex de Souza
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Alex de Souza
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Alex de Souza
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
São eles que trabalham – sozinhos, em dupla ou em comissões - todo o aspecto visual da escola.
Alguns contam com a ajuda de equipes numerosas; outros (espécie em extinção) ainda cumprem o
passo a passo do ritual dos desfiles solitariamente.
Descrever a história, roteirizar, desenhar figurinos, criar cenários, fazer a produção, dirigir o
show, ver o trabalho pronto na avenida e assistir à catarse coletiva de cerca de quatro mil
componentes. Algo fascinante para esse verdadeiro artista da folia.
Berço das revoluções estéticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o
Salgueiro se orgulha de ter dado início a essa profissão. Foi do visionário Nélson de Andrade, ex-
presidente da escola, a ideia de convidar artistas plásticos - primeiro o casal Dirceu e Marie
Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se
aventurarem na doce delícia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos –
Joãosinho Trinta, Renato Lage, Rosa Magalhães, Maria Augusta Rodrigues e Max Lopes -, que
beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas
e, eternamente, por outros carnavais.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Premiado inúmeras vezes, nas categorias figurinos e alegorias, Alex é dono de três Estandartes de
Ouro do jornal O Globo de enredo e quatro Prêmios Sambanet, entre outras premiações.
Seus figurinos de 2014, foram selecionados para representar o Brasil na Costume at the Turn of
the Century 1990 – 2015 (Figurinos na Virada do Século 1990 – 2015), no Bakhrushin State
Theatre Museum, em Moscou, na Rússia, em 2015. Exposição que traz grandes figurinos do teatro
contemporâneo, que se destacam pela criatividade. O curador geral do projeto é Dmitry Rodionov,
com curadoria-chefe de Igor Roussanoff e curadoria brasileira de Rosane Muniz.
Paralelo a seu trabalho com o carnaval, Alex ministra palestras sobre enredo e desenvolvimento
em universidades nacionais e internacionais, além de centros de pesquisa, como o CETE, de Porto
Alegre.
Em 2019, pelo segundo ano, Alex de Souza, que tem como assistentes Ilma Lima e Tiago Vaz,
emprestará seu talento à vermelho e branca da Tijuca, com o objetivo de levar a escola ao seu
décimo campeonato.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
HISTÓRICO DO ENREDO
Abram alas ao Homem que nasce do poder e morre em nome do poder. Apodera-se do trono
de seu irmão para se tornar o verdadeiro líder de uma nação.
Sàngó, Rei absoluto, forte, imbatível, Aláàfìn Òyó, o Homem do Palácio; o grande Obá, o
grande Rei.
Batam cabeça pro Orixá dos raios, trovões e do fogo. “Senhor do Raio” ou “Senhor das
Almas”. Viril e atrevido, violento e justiceiro; implacável com os mentirosos, os ladrões e os
malfeitores. Xangô é a representação máxima do poder de Olorum. O desafio é feito sempre
para confirmar seu poder. O seu machado duplo, seu Oxê, é o símbolo da imparcialidade. É
uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade
com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.
Sàngó, Ioruba Orisà; Nzazi / Loango, Bantu Nkisi; Xangô, Ketu Orixá; Heviossô, Jeje
Vodum; Chango / Jebioso, Santeria Cubana; Ogoun Shango, Vodou Haiti.
É a realeza nas vestes e a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. Usa o vermelho da
nobreza e – se grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho – Xangô pisa sobre o fogo.
Três esposas: Oya, que divide o domínio sobre o fogo. Oxum, a mais amada. E Oba, que por
amor ao seu rei, foi capaz do seu próprio corpo mutilar.
Chega ao Brasil por seus devotados filhos. É cultuado como religião. No Nordeste,
influenciado por Daomé, é denominado também de Xangô, em virtude da popularidade e
importância da entidade nessa região. A raiz é do Sitio de Pai Adão. É o Xangô de
Pernambuco, Xangô do Recife, Xangô do Nordeste e Nagô Egbá.
Sincretizado: das Pedreiras à São Jerônimo, que amansa o leão e que tem o poder da escrita
e escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Na cachoeira, com São João Batista, por
causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar. Com o poder do
fogo, queima, destruindo tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação, trazendo tudo o que
é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que pedimos
nas fogueiras do mês de junho.
São Judas Tadeu, por ter um livro na mão ligado a trabalhos e pedidos de estudos. São
Miguel Arcanjo é guerreiro, não das guerras sem propósito, mas, da guerra de cada um
contra seu próprio “demônio”. Miguel desce dos céus com o vermelho em suas roupas, em
sua árdua batalha contra o mal, quase sempre apontando de cima para baixo seu golpe. A
autoridade máxima de São Pedro, a pedra. O primeiro Papa, que tem as chaves da igreja e do
céu.
184
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
Hoje os meus olhos estão brilhando, minha querida Bahia, terra abençoada pelos deuses.
Felicidade também mora no Salgueiro. Naquela manhã de 1969, o saudoso professor, na
escola tijucana, se incorporou pela primeira vez, ao se trajar como o orixá. E daí à
eternidade, consagrado como o Xangô do Salgueiro.
Senhor do que é justo e correto, como o respeito à igualdade de todos. Se a justiça dos
homens tem olhos vendados, onde “todos seriam iguais perante a lei”, os de Xangô estão
sempre bem abertos. Apelamos ao supremo tribunal, com seus doze Obás- Ministros de
Xangô do Axé Opó Afonjá. Todos serão julgados sem privilegios! Presidido pelo Grande
Juiz, que bate o martelo e dá seu veredicto: Chega de impunidade! Seus filhos pedem justiça.
Cumpra-se!
Alex de Souza
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
No final dos anos 1950, o Salgueiro foi revolucionário ao abordar os temas africanos em
seus desfiles. Em uma época de enredos de capa e espada, que exaltavam a história “oficial”
do Brasil, falar da África, da cultura afro-brasileira, seus heróis e suas glórias, soava como
uma transgressão. Mas o Salgueiro, diferente que era, foi buscar nossas raízes ancestrais
para elevar o negro ao papel de protagonista do espetáculo e abrir o portal de um infindável
leque de histórias para contar nos desfiles das escolas de samba.
Somente o histórico dos Acadêmicos do Salgueiro e sua forte identificação com os temas da
cultura afro-brasileira, portanto, já seriam suficientes para explicar a euforia que tomou
conta de componentes e torcedores salgueirenses no momento em que Xangô foi anunciado
como enredo da escola para o carnaval de 2019. Era, há muito, um enredo ansiado, desejado
e necessário.
E isso tem uma explicação. Além da familiaridade com a temática e da “pitada” africana
(que sempre fez bem à Academia do Samba), Xangô, para os salgueirenses, transcende a
ligação da escola com a cultura africana. Xangô é o padroeiro do Morro do Salgueiro (que
está situado sobre uma pedreira, um dos símbolos do Orixá); suas cores são o vermelho e o
branco, as mesmas dos Acadêmicos do Salgueiro; a Furiosa Bateria tem, por tradição, a
batida do alujá, o toque sagrado de Xangô; e um dos ícones da história da agremiação – o
professor Júlio Machado – desfilou durante 37 carnavais vestido como Xangô. Xangô do
Salgueiro. Assim, para os salgueirenses, falar do Senhor dos Raios e Trovões é mais do que
apresentar um enredo no carnaval. É falar da própria essência do Salgueiro.
Por toda essa tradição, Xangô é um “gol de placa” para os salgueirenses. É motivo mais do
que suficiente para que os todos na escola se lancem de corpo e espírito nessa história que
será contada na Marquês de Sapucaí no carnaval de 2019. Salve Xangô, nosso pai, nosso
Rei!!!!
O enredo – É certo que somente a rica história e todas as lendas em torno do Orixá já
bastariam para transformá-lo em personagem principal de um enredo. Mas o Salgueiro vai
além. Em 2019, a escola não se restringirá a apresentar apenas os aspectos religiosos ou
mitológicos de Xangô. Isso seria uma obviedade. Interessante e rica, sem dúvida, mas, ainda
assim, uma obviedade.
Fugindo, então, do caminho mais simples, o Salgueiro apresenta um enredo que ultrapassa a
fronteira do Candomblé. Costurada em cinco setores, a história a ser contada na avenida
passeia por vários prismas ligados ao Senhor da Justiça. Um olhar ampliado, para ir além do
Orixá, trazendo, inclusive, o mito de Xangô até os dias de hoje, tempos sombrios em que a
Justiça e, porque não dizer, a proteção do Orixá se faz muito necessárias em nosso país.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
Criação do mundo – O desfile do Salgueiro tem início com um prólogo, uma introdução à
história dos Orixás (e, por consequência, de Xangô), ilustrada pelo mito da criação do
mundo, de acordo com a tradição dos Iorubás.
Conta o mito que Olorum, o ser supremo, criou todos os Orixás e encarregou Obatalá da
criação do mundo. Como não teve êxito, ordenou, então, que Odùduwa, avô de Xangô, com
a ajuda dos demais Orixás, prosseguisse com a missão. E assim foi feito. Utilizando-se de
quatro animais – galinhas d’Angola, pombos brancos, camaleão dourado e caracóis –
Odùduwa deu origem à terra, ao ar, ao fogo e a mar, respectivamente. Com a Terra gerada,
Obatalá foi incumbido de completar a criação, gerando, do barro, os homens e mulheres que
habitam o mundo.
O Homem, Rei de Oyó – Poderoso e herdeiro do trono de seu povo, Xangô foi o quarto rei
do reino de Oyó, criado por seu pai, Òrànmíyàn.
O trono de Oyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Òrànmíyàn, foi fundador da
cidade e de sua dinastia. Ao destronar seu meio-irmão Dadá-Ajaká, ele apenas apressou sua
ascensão. Dominou o reino e conquistou terras, enriquecendo sua nação e seu povo. Era uma
inspiração para seus súditos porque soube inspirar credibilidade em seus súbditos ao tomar
as decisões mais acertadas e sábias. Demonstrou a sua capacidade para o comando,
persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito
apurado.
O Orixá do Novo Mundo – Conta a lenda que, num dia, Xangô, subiu a uma elevação e
começou a lançar fogo (raios), que causaram explosões (trovões), incendioando a cidade.
Passado o incêndio, os conselheiros do reino se reuniram e expulsaram Xangô. Pela tradição
local, o Rei de Oyó foi obrigado a cometer suicídio. Cumprindo a sentença Xangô se retirou
para a floresta e numa árvore se enforcou. Seu corpo, porém, não foi encontrado e a notícia
correu de boca em boca: Xangô tinha se transformado num Orixá.
Xangô torna-se uma divindade poderosa na religiosidade africana. O Rei de Oyó, seu mito,
suas três mulheres – Oyá, Oxum e Obá – seus elementos – a pedra e o fogo –, seu machado,
o Oxê, símbolo de imparcialidade, e sua história ganham a eternidade. Seu culto se espalha
por todo o continente africano, onde passa a ser adorado como o Senhor da Justiça, Orixá os
Raios e Trovões.
Com o desembarque dos escravos que vieram para o Nordeste trabalhar nas plantações de
cana-de-açúcar, o culto aos Orixás chega ao Brasil. Na Bahia recebeu o nome de
Candomblé, mas em Pernambuco (e em outros estados da região), o culto aos Orixás foi
batizado de Xangô, tamanha sua importância no panteão das divindades africanas.
Sua relevância no estado de Pernambuco é tamanha que foi lá que surgiu uma das primeiras
casas de culto a Xangô: o Sitio do Pai Adão, em Recife. Ainda em Pernambuco, a devoção
aos Orixás deu origem também a folguedos como o Maracatu Nação, manifestação
folclórica que mantém viva a tradição da coroação dos reis africanos.
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O sincretismo com santos católicos – Por imposição da Igreja Católica, homens e mulheres
vindos do continente africano para serem escravizados no Brasil eram obrigados a se
converter à fé cristã e frequentar os ritos católicos. Proibidos de se expressar, de cultuar seus
deuses ou de fazer seus ritos de acordo com suas crenças, os escravos passaram a associar as
qualidades de seus Orixás às dos santos católicos. O sincretismo religioso surgiu como sinal
de resistência da cultura africana, associação que permanece até os dias de hoje. Por suas
qualidades, são vários os santos católicos que foram sincretizados com Xangô: São
Jerônimo, São João Batista, São Judas Tadeu, São Miguel e São Pedro, o primeiro Papa,
detentor das chaves da Igreja e do Céu.
Em 1969, o Salgueiro foi o inesquecível samba de Bala e Manoel Rosa, puxado por Elza
Soares; foi Paula, Narcisa, Isabel Valença, Irmãs Marinho e Mercedes Batista; foi o requinte
e bom gosto das alegoria e dos figurinos, em branco, prata e tons de vermelho, criados pelo
gênio carnavalesco Arlindo Rodrigues. E foi, também, Júlio Expedito Machado Coelho
(1939 – 2007), o principal destaque da escola, que desfilou incorporando o protetor da
escola com as vestimentas de Xangô.
A partir daquele carnaval, saia de cena o professor Júlio Machado para dar lugar ao
personagem Xangô do Salgueiro, que, durante 37 carnavais, independentemente do enredo
apresentado, desfilou com as vestimentas do Orixá. Júlio transformou-se, assim, em um
ícone do carnaval e ficou eternizado na história dos desfiles das escolas de samba como
Xangô do Salgueiro.
SENHOR DA JUSTIÇA – O quadro que encerra o desfile do Salgueiro traz um pedido por
um Brasil mais justo. Xangô era também o supremo juiz de seu povo, o que o transformou
em Senhor da Justiça. E é no poderoso Orixá, o grande julgador, que depositamos nossa fé e
esperança para que tenhamos sua proteção contra ladrões, corruptos, maus políticos e contra
todos os tipos de injustiças, preconceitos e discriminações que assolam nosso país. Que o
Senhor da Justiça interfira nas nossas causas e garanta a igualdade de todos perante a lei.
Kawó Kabiesilé!!!
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ROTEIRO DO DESFILE
Comissão de Frente
À BENÇÃO MEU ORIXÁ
1º Casal de
Guardiões Guardiões
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
ORIGEM DO ORIGEM DO
FOGO
Sidclei Santos e Marcella Alves FOGO
“OLE”? “KOLE”?
Alegoria 01 – Abre-Alas
ILÊ-IFÉ “OBA ÓÒBI”, ODÙDUWA
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Tripé
SÀNGÓ – O ALÁÀFÌN DE OYÓ
Rainha de Bateria
Viviane Araújo
BORBOLETA DE OYÁ
Ala 09 – Bateria
OJUOBÁ
Destaque de Chão
Fernanda Figueiredo
ENCANTOS DE EWA
Alegoria 02
XANGÔ DE PERNAMBUCO
190
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Destaque de Chão
Edcléia Escafura
ARTE SACRA
Alegoria 03
SANCTA SEDES
191
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Destaque de Chão
Carlinhos Salgueiro
ADAHUN DE XANGÔ (E OGÃS)
Destaque de Chão
Tia Glorinha
Mãe Baiana
Destaque de Chão
Bianca Salgueiro
MINHA QUERIDA BAHIA
Alegoria 04
BAHIA DE TODOS OS DEUSES
192
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Destaque de Chão
Luisa Langer
DURA LEX, SED LEX
Alegoria 05
JUSTIÇA!
193
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
194
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
195
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
196
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
Elton Oliveira (central baixo) – Tu és Petrus
Simara Sukarno (central alto) – Santa Madre Igreja
197
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
Maurício Pina (central baixo) – Xangô do Salgueiro
Maria Helena Cadar (central alto) - Odoyá
Composições Femininas: Sereias
198
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaque:
Naldo Cavalcanti (central alto) – O Defensor da
Justiça
199
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
200
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
201
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
03 Rei de Ifé Ifé foi um dos reinos do Império Ala Tati Janete Ribeiro
Iorubá. Seu primeiro governante foi 1997
Òrànmíyàn. A fantasia da ala mostra
toda a riqueza desse poderoso reino,
caracterizada pela coroa do Aláàfìn.
A cabeça da fantasia reproduz a
escultura do Rei de Ifé, que pertence
ao Museu Britânico e que foi
reproduzida no monumento a Zumbi
dos Palmares, no Rio de Janeiro.
202
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
06 Obá de Oyó Quarto Obá (palavra que, em Iorubá, Ala Fúria Direção de
significa Rei) do Império de Oyó, Salgueirense Harmonia
Xangô foi um dos grandes líderes do (Comunidade)
antigo Império, pois soube inspirar 2003
credibilidade aos seus súditos e
demonstrar seu senso de justiça. A
fantasia da ala representa a
tradicional arte escultórica iorubana.
203
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
204
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
205
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
12 Maracatu Nação Trazido pelos escravizados da região da Ala Amizade Direçã ode
– Xangô de Nigéria, o culto a Xangô se estabelece Salgueirense Harmonia
Pernambuco no Brasil inicialmente no Nordeste. O (Comunidade)
culto é tão forte que em Pernambuco, o 2003
próprio Candomblé é denominado
Xangô. Em uma das primeiras casas de
culto, o Sitio do Pai Adão, em Recife, a
devoção deu origem também a
folguedos como o Maracatu Nação,
representado na fantasia da ala, que
apresenta a indumentária do rei do
cortejo do Maracatu. O titulo de Rei do
Maracatu é uma representação da
nobreza das antigas cortes africanas
que, mesmo escravizada, nunca foi
perdida.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
14 A Fogueira de Se São João Batista batizava com água Ala Explode Direção de
São João Batista do Rio Jordão, Xangô batiza por Coração Harmonia
intermédio do fogo. Essa purificação (Comunidade)
espiritual produziu o sincretismo que 2003
também é representada nas fogueiras
de São João Batista. A fantasia
reproduz os elementos tradicionais da
festa do santo católico: bandeirinhas,
mastros, estrelas e o fogo de Xangô.
Aqui, o Orixá é conhecido como
Xangô Agodô ou Xangô Dada.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
208
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
20 Escravos de Até o final dos anos 1960, corria a Ala Narcisa Direção de
Ganho – “Teu lenda de que falar sobre a Bahia em (1990) Harmonia
Nome é enredos carnavalescos dava azar (e não
Tradição...” dava campeonato). Mas naquele
domingo de carnaval de 1969, o
Salgueiro ignorou a lenda, fez um
lindo desfile e ganhou o título, sob a
proteção de Xangô, o padroeiro da
escola, personificado na Avenida por
Julio Machado. A fantasia da ala, que
representa os Escravos de Ganho,
tem como inspiração as criações de
Arlindo Rodrigues para aquele
carnaval campeão, nas cores branco e
prata, muito presentes naquele desfile,
e é composta por arabescos e rendas
típicos da Bahia colonial.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
23 Iemanjá – “Nega O carnaval de 1969 foi marcado por Ala das Maria da
Baiana... És a vários momentos que entraram para a Baianas Glória Lopes
Rainha da história do dos desfiles das escolas de (1953) de Carvalho
Beleza samba. Além do Professor Júlio (Tia Glorinha)
Machado vestido de Xangô, o Salgueiro
Universal...”
teve a melhor alegoria daquele
carnaval: a Iemanjá, criada por Arlindo
Rodrigues. Na cena que encantou
público e jurados, ela veio sentada em
um mar de rosas e oferendas, cercada
por uma cascata de pequenos espelhos,
que refletiam o brilho do sol e
iluminavam ainda mais o desfile
campeão do Salgueiro. Este momento
mágico da história do carnaval serviu
de inspiração para a criação da fantasia
da tradicionalíssima Ala das Baianas, as
grandes matriarcas de nossa Academia.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
28 Data Venia Data Venia é a expressão latina que Ala dos Nilda
significa “com a devida licença”. Compositores Salgueiro
Utilizada em tribunais e ambientes (1953) Baptista
jurídicos, é uma forma polida e Ferreira
educada de iniciar um argumento
contra o posicionamento de outra
pessoa em um debate ou julgamento.
Nossa Ala de Compositores, que
domina a palavra cantada, vem
vestida com a tradicional beca,
utilizada por magistrados,
advogados e promotores, homens
que dominam o verbo para a defesa
dos injustiçados aqui na Terra.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
30 Que a Justiça Seja Sob a proteção de Xangô, Senhor do Ala Orgulho Direção de
Feita! – Ativistas que é justo e correto, Orixá que respeita Salgueirense Harmonia
a igualdade de todos os seus filhos, o (Comunidade)
Salgueiro encerra seu desfile com uma 2018
grande passeata, que representa a luta
de ativistas contra a discriminação às
minorias por motivos étnicos,
religiosos, de gênero, de sexo, físicos e
culturais. De forma crítica, pacífica e
bem-humorada, os componentes da ala
vêm vestidos com uma diversidade de
fantasias para reivindicar seus direitos
de igualdade perante a sociedade e suas
instituições. Que assim seja! Que a
justiça seja feita!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290
Diretor Responsável pelo Atelier
Paulo Henrique Caetano da Silva Dias
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Modelista: Sheila
Costureiras: Arlete e Luciene
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Daniel dos Santos, Andréia Veloso Marques, José
Delfim, Anderson, Ranny, Ives, Daniel
Zarmano e Mônica.
Outros Profissionais e Respectivas Funções
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba- Demá Chagas, Marcelo Motta, Renato Galante, Fred Camacho,
Enredo Leonardo Gallo, Getúlio Coelho, Vanderlei Sena, Francisco
Aquino, Guinga do Salgueiro e Ricardo Neves
Presidente da Ala dos Compositores
Nilda Salgueiro Baptista Ferreira
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Djalma Sabiá Antonio Gonzaga
(cem) 94 anos 24 anos
Outras informações julgadas necessárias
Vai trovejar!!!
Abram caminhos pro grande Obá
É força, é poder, o Aláàfin de Oyó
“Oba Ko so!” ao Rei Maior
É pedra quando a justiça pesa
O Alujá carrega a fúria do tambor
No vento a sedução (Oyá)
O verdadeiro amor (Oraiêiêô)
E no sacrifício de Obà (Oba xi Obà)
Lá vem Salgueiro!
Mora na pedreira, é a lei na terra
Vem de Aruanda pra vencer a guerra
Eis o justiceiro da Nação Nagô
Samba corre gira, gira pra Xangô
Rito sagrado, ariaxé
Na igreja ou no candomblé
A benção, meu Orixá!
É água pra benzer, fogueira pra queimar
Com seu oxê, “chama” pra purificar
Bahia, meus olhos ainda estão brilhando
Hoje marejados de saudade
Incorporados de felicidade
Fogo no gongá, salve o meu protetor
Canta pra saudar, Obanixé kaô
Machado desce e o terreiro treme
Ojuobá! Quem não deve não teme
Olori, Xangô eieô
Olori, Xangô eieô
Kabecilê, meu padroeiro
Traz a vitória pro meu Salgueiro!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
O enredo no samba
Com a enorme responsabilidade de cantar um samba de enredo para seu Orixá de proteção, o
Salgueiro apresenta uma obra com as características mais puras desse tipo específico de samba.
Uma melodia sincopada, que facilite o cantar dos componentes, com variações harmônicas que se
relacionam diretamente com a letra. Função precípua de um Samba de Enredo, nossa letra, através
de imagens poéticas e bem diretas contam os momentos do enredo propostos pela sinopse. Com
uma vibração característica do orixá e também de nossa escola cantaremos e faremos uma
louvação com muito respeito e alegria.
Vai trovejar!!!
Abram caminhos pro grande Obá
É força, é poder, o Aláàfin de Oyó
“Oba Ko so!” ao Rei Maior
O Salgueiro anuncia que Xangô, também conhecido como Senhor dos Raios e dos Trovões pede
passagem! Abram os caminhos para o grande Rei do império de Oyó, pois nosso Rei maior está
vivo, e hoje será saudado.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
GLOSSÁRIO:
OBÁ - Um dos 12 ogãs honoríficos, considerados ministros de Xangô. Do Iorubá ògbá, irmão ou
confrade.
ARIAXÉ – Ponto central de um terreiro de onde emana sua energia. Representação simbólica do
plano terreno.
OBANIXÉ KAO – Saudação a xangô que em Iorubá significa “Ouçam, o Rei chegou”.
OLORI – O dono da cabeça em Iorubá. Refere se ao orixá que rege o iniciado no candomblé.
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FICHA TÉCNICA
Bateria
A Bateria do Salgueiro – A Furiosa, como é conhecida a Bateria do Salgueiro, é uma das grandes
orquestras do carnaval e uma das mais premiadas na história da folia carioca. É ela que acelera a batida dos
corações e arrepia os salgueirenses a cada vez que se posiciona na avenida para abrir os caminhos do
cortejo da Academia. Comandada em sua trajetória por grandes Mestres, como Dorinho, Tião da Alda,
Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Mané Perigoso, Louro e Marcão, a Furiosa, recebeu
incontáveis notas dez e diversas premiações, entre elas, nove Estandartes de Ouro, maior prêmio do
carnaval carioca.
Mestre Guilherme e Mestre Gustavo - “Craque se faz em casa”. A premissa que foi lema do Clube de
Regatas Flamengo, celeiro de grandes revelações para o futebol até a década de 1990, é perfeita para
apresentar os Mestres de Bateria da Furiosa: os irmãos Guilherme dos Santos Oliveira e Gustavo dos
Santos Oliveira.
Crias dos Aprendizes do Salgueiro e filhos de ritmista (seu pai, Tuninho, foi diretor da bateria da escola por
muitos anos), Guilherme, de 33 anos, e Gustavo, de 27, deram os primeiros passos no samba na
Furiosinha, apelido da escola de samba mirim do Salgueiro.
Aos 18 anos, Guilherme começou a tocar na bateria da escola mãe, incentivado por Mestre Louro, ícone do
Salgueiro, que sempre que podia, deixava os mais novos participarem dos ensaios para revelar talentos.
Durante muitos anos. Guilherme desfilou na bateria do Salgueiro, tocando vários instrumentos, até que, em
2011, já sob a batuta de Mestre Marcão, foi convidado para ser um dos diretores auxiliares da Furiosa.
A exemplo do irmão mais velho, Gustavo também cresceu nos Aprendizes do Salgueiro. Em 1999, aos sete
anos, já era ritmista da escola mirim, onde também foi diretor, compositor e Mestre da Bateria. Aos 12
anos, influenciado pelo pai, por Guilherme e por amigos, passou a tocar tarol na Furiosa, sem deixar a
função de Mestre de Bateria mirim. Em 2010, foi convidado para ser diretor da ala.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Bateria
Formados em Música pela escola Vila Lobos, os irmãos têm diversos projetos juntos fora do carnaval.
Craques da percussão, já fizeram parte do time de músicos de cantores e grupos famosos, como Fundo de
Quintal, Clareou, Dudu Nobre e Ludmila. Com a experiência adquirida, há três anos foram convidados a
desenvolver um projeto na escola de música Frederic Douglas, no Harlem, centro cultural afro-americano
nos Estados Unidos.
No comando de 275 ritmistas, Guilherme e Gustavo contam com o auxílio de seus diretores – Clair, Dudu,
Darlan, Gegê, Celão, Ian, Kléber, Japa, Celão, Natan, Bial e Victor – para mostrar ao público o ritmo
firme, temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro, na busca pela excelência e
pelos 40 pontos.
Recuo de Bateria – Como já vem fazendo há três carnavais (2016, 2017 e 2018), a Bateria (Ala 09), fará
um movimento sincronizado com a Ala de Passistas (Ala 10) quando for entrar no segundo box de bateria.
No movimento, a Ala de Passistas passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no
recuo. A integração das duas alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida
e em um movimento constante.
Ojuobá – A Furiosa Bateria, premiada em tantos carnavais, vem para a avenida vestida com a tradicional
roupa dos Ojuobás, sacerdotes do culto a Xangô. Somente a eles é dado o direito de tocar o xeré,
instrumento usado nas homenagens a nosso padroeiro. Na cor vermelha, a roupa tem aplicações douradas
que representam o elemento fogo, que vai incendiar a avenida quando a Bateria do Salgueiro passar.
Fantasia – Borboleta de Oyá – Iansã, uma das três mulheres de Xangô, tinha o temperamento tão
explosivo quanto o do marido. Já cansada de tantas brigas, resolve fugir do palácio, mas, quando cai em si,
resolve voltar. Temerosa da reação de Xangô, Iansã se consulta com Exu, que lhe ensina um encantamento
para transformá-la em uma linda, colorida e inofensiva borboleta. Ao perguntar a Exu porque a
transformara em Borboleta e não em outro elemento da natureza, ele responde: “Como vento e nervosa,
você arrasaria o mundo; como raio você destruiria aldeias, mas, como borboleta, além de manter cores e
perfumes, você terá liberdade. Afinal, quem em seu juízo perfeito mataria uma linda borboleta?”. E é a
lenda da Borboleta Encantada (que foi citado no enredo do Salgueiro em 1980, reforçando a proximidade
de Xangô com a história da escola) que inspira a fantasia de Viviane Araújo que reinará, pelo 12º carnaval
consecutivo à frente da Furiosa, e estará na avenida linda, livre e feliz com sua Iansã Borboleta.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
A importância dos ensaios está na necessidade de ajustar o entrosamento e o canto dos componentes –
Alas de Comunidade, Composições de alegoria, Destaques, Semidestaques e Destaques de Chão –
com o ritmo do samba-enredo da escola.
Para que cada componente compreendesse sua função no desfile, foram feitas reuniões nas quais
foram apresentados o figurino, com as devidas explicações sobre o significado da fantasia e o que ela
representa dentro do desfile. Assim, cada um dos componentes estará na avenida Marquês de Sapucaí
consciente de seu papel, com conhecimento do enredo, da letra do samba-enredo e do roteiro de
desfile da escola.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
Nos últimos anos, o quesito Evolução tem sido alvo de bastante atenção no Salgueiro. Para o carnaval
de 2019, não foi diferente. As diretorias de Harmonia e de Carnaval trabalharam incansavelmente, nos
ensaios técnicos, que aconteceram na quadra da escola e em ruas próximas à quadra. O objetivo foi
resgatar a espontaneidade e deixar os componentes livres para “brincarem” o carnaval com vibração,
empolgação e a alegria dos antigos desfiles das escolas de samba. Para desfilarem mais “soltos”, sem
coreografias ou amarras que pudessem prejudicar ou inibir a espontaneidade dos componentes.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
1 – Como já vem fazendo há três carnavais (2016, 2017 e 2018), a Ala de Passistas (Ala 10) fará
um movimento sincronizado com a Bateria (Ala 09). À frente do segundo box, a Ala de Passistas
passará pelo meio da Bateria e seguirá, enquanto a Bateria entra no recuo. A integração das duas
alas fará com que a entrada da Bateria no recuo aconteça de forma mais fluida e em um
movimento constante;
2 – A tradicional Ala do Maculelê (Ala 22), com a fantasia Dança dos Orixás – “Terra
Abençoada pelos Deuses...”, sob o comando de Carlinhos Coreógrafo, será a única ala da escola
a se apresentar coreografada, razão pela qual teve atenção especial e redobrada durante os ensaios
para o carnaval.
O termo Passista surgiu com Paula do Salgueiro. Foi por causa de seus passos miudinhos que
aqueles que "diziam no pé" passaram a ser chamados de passistas. Além de Paula, a primeira de
todos, Narcisa, Roxinha, Vitamina, Damásio, Gargalhada, Flávia, Carlinhos e tantos outros
passistas da Academia do Samba brilharam na avenida, mobilizando o público com seus passos
durante os desfiles do Salgueiro e mostrando toda a ginga dos passistas da Academia do Samba.
Fantasia – Raios – Senhor dos Raios, Xangô vence os inimigos e pune os injustos com faíscas
provocadas por seu machado. Raios de Xangô, que se transformam em energia para a Ala de
Passistas do Salgueiro incendiar a avenida com seu gingado.
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FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
-
Diretor Geral de Carnaval
Alexandre Couto de Leite
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha)
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
90 Marilda Fonseca Bárbara Mello
(noventa) 82 anos 32 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Maria Aliano (Caboclinha)
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Jacaré Maria Helena
(cem) 90 anos 58 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Eri Johnson (Ator) e Ailton Graça (Ator)
Outras informações julgadas necessárias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Sidclei Santos 42 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Marcella Alves 35 anos
2º Mestre-Sala Idade
Luan Castro 20 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Natália Pereira 33 anos
Outras informações julgadas necessárias
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Guardiões – Origem do Fogo – Para cumprir o desejo de Olorum de dar origem à Terra, Olurum
utiliza animais sagrados para criar os elementos. Ao camaleão Dourado, primeiro animal a pisar
na Terra, para sentir sua firmeza, coube a tarefa de se transmutar em fogo. Elemento fundamental
à criação e manutenção da vida, e fogo viria a se tornar o elemento de Xangô.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
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G.R.E.S.
Beija-Flor de
Nilópolis
PRESIDENTE
RICARDO ABRÃO DAVID
233
“Quem Não Viu, Vai Ver – As
Fábulas do Beija-Flor”
Comissão de Carnaval
CID CARVALHO, BIANCA BEHRENDS, VICTOR SANTOS,
RODRIGO PACHECO E LÉO MÍDIA
235
Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”
Carnavalescos (Comissão de Carnaval)
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Autor(es) do Enredo
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Cid Carvalho, Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
(*) Para que conseguíssemos resgatar informações que não encontraríamos em nenhuma fonte de
consulta convencional, com a finalidade de retratar e embasar com ainda mais propriedade o
enredo “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”, foi imprescindível e de extrema
relevância revisitar os arquivos do acervo particular da Agremiação; e considerar ainda, os
depoimentos orais de membros antigos da Escola, os quais foram devidamente registrados, e estão
à inteira disposição da LIESA – Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e de
toda a Comissão julgadora; bem como a Coletânea virtual intitulada “As Fábulas de Esopo
Ilustradas”, traduzidas e adaptadas por Carlos Pinheiro, além de referências virtuais de sites
oficiais.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
HISTÓRICO DO ENREDO
INTRODUÇÃO
No dia de Natal, à luz do Criador Deus Menino, sete décadas atrás, nasceu faceiro Beija-
Flor, criado com muito amor; dádiva de quem já estreou abençoado na manjedoura
nilopolitana, esmeralda reluzente riscando o céu no infinito.
Conduzindo essa viagem fascinante, voando de flor em flor nos Jardins da Folia, disseminou
o pólen da informação e o grão do entretenimento, semeando Cultura Popular; bailando e
rodopiando pelos ares, até na floração do Carnaval nova flor ver desabrochar.
Fez da História milenar alimento, cruzou céus e mares, igarapés e mananciais. Promoveu o
encontro entre tambores e tribos, lendas e mitos; e viu despontar costumes, peculiaridades e
tradições. Escreveu páginas de ouro da poesia brasileira ao revisitar nossas raízes, e nos fez
mais felizes ao cantar a exuberante beleza das riquezas áureas do Brasil de Norte à Sul, em
tons de branco e azul.
Viajou pelo mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu, pelo paraíso hospitaleiro
de onde se avista o sol primeiro, da Terra Santa – verde paraíso do povo da floresta e seu
canto de fé pela missão de preservar, embebido de força, mistério e magia – para as terras
dos Pampas, onde sete povos, na fé e na dor, ergueram sete missões de amor, em meio à
liberdade dos campos e aldeias.
Viu brilhar o seu valor ao iluminar o estado de amor de uma Comunidade que impõe
respeito, e cheia de orgulho, bate no peito. Retirou o chapéu de bamba para anunciar
Brasília, a capital da esperança, inspirada na arte e nos traços do mestre da arquitetura; e
declamou ainda, o poema encantado da terra do bumba-meu-boi, da encantaria e das
palmeiras onde canta o sabiá.
Resgatou as nossas origens e a nossa herança africana, legado dos nossos ancestrais.
Testemunhou a criação do mundo na tradição Nagô e às Pretas-Velhas... quanto amor!
Cantando em louvor à grande constelação das estrelas negras e todo o seu esplendor.
Homenagens que passeiam pela exaltação à José de Alencar, ao bom Natal – saudado pela
Majestade, o Samba; pela coroação da Dama das Bromélias Margareth Mee, que fez a festa
na Sapucaí, e pelo canto de cristal da diva internacional Bidu Sayão, que sacudiu a
Passarela.
Comoveu ao botar pra fora a felicidade de reverenciar a simplicidade, momentos lindos que
fizeram do Samba, oração. Sonhou o sonho do sonhador ao viajar nos feitos do astro
iluminado da televisão, e na genialidade do Marquês que batizou a Avenida, palco das mais
esplêndidas atrações.
Audacioso pássaro pequenino se fez gigante, ao propor reflexão social, ao soltar o grito de
liberdade, o clamor por igualdade. A utopia de um Brasil livre da ganância nociva que há por
baixo dos panos, ninho de famintas serpentes, onde ratos e urubus, trepados no cangote do
povo, fingem não entender que todo mundo nasceu nu, e que saco vazio não pára em pé.
Santuário de ambição que vitimiza brava gente sofrida, cansada de ganhar tão pouco, que
vive no sufoco e precisa desabafar: seus filhos já não aguentam mais! Monstro, é aquele que
não sabe amar!
Foi o nosso DNA precursor e revolucionário, de quem tem sede de vitória, que permitiu que
chegássemos até aqui, conquistando 14 estrelas, revelando o sorriso alegre do sambista, e
sendo aclamado o festival de prata em plena pista.
A oportunidade de rever minha trajetória e mais uma vez ser fonte de inspiração para reviver
desfiles memoráveis, alguns considerados mesmo antológicos, é um afago para a nossa
gente humilde, que defende o nosso manto sagrado na alegria ou na dor. Enamorada do
nosso país, Nilópolis é nossa raiz!
Que o ímpeto de voar seja o nosso segredo para acreditar, que o palpite, é certo!
SINOPSE
Uma lágrima sentida caiu dos olhos da Vovó, lembrando imagens de crianças e do velho
tempo que passou. Olhem o céu que maravilha! Retalhos de nuvens, bordados de estrelas...
Iluminada pelo sol da meia-noite, a natureza vem mostrar sua beleza.
Pela porta da imaginação, marchando em cavalos alados, chegamos ao País das Maravilhas.
Recebidos por soldadinhos de chumbo, entramos na floresta onde os animais falam e as
plantas cantam; tudo neste mundo é encantado!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
Não chore não Vovó, não chore não! Veja quanta alegria dentro da recordação!
Hoje, novamente sou livre, sou criança Beija-Flor; nessa bela fantasia, brindando à vitória
do amor!
Pousarei nos luxuriantes Jardins das Delícias onde repousa o gigante em berço esplêndido.
Celebrarei os donos da terra, sua cultura, suas lendas e seus rituais mágicos. Lavarei a alma e
matarei a sede nas águas do rio mar, acompanhado de Caruanas e Amazonas à luz do luar.
Ensinarei a dádiva da preservação das nossas riquezas, que estão abaixo e acima do solo, e
revisitarei diversos cantos e recantos desse torrão miscigenado, renascendo nas águas de um
paraíso hospitaleiro de onde se avista o sol primeiro. Me transfigurarei em brilho de fogo
sob o sol do novo dia; me tornarei candango e calango na Capital da Esperança, traçando o
destino ainda criança; e ouvirei ainda, poemas encantados de amor.
Iluminado feito um festival de prata, subirei ao Orum sagrado dos Nagôs, e descortinarei a
reluzente constelação das estrelas negras para resgatar as nossas diversas Áfricas: a de lá e as
de cá. Guiarei um cortejo de reis, rainhas e guerreiros negros, aqueles que romperam
grilhões e carregaram nos ombros, marcados pelas chibatas, a opulência do nosso país, mas
que sempre ficaram esquecidos nas savanas da memória oficial. Então, lembrarei que o
mundo deve o perdão aos filhos de ébano, àqueles que, sangrando pela História, foram
tratados como mercadoria pela cruel ganância da escravidão.
Porém, entristecido, constatarei que não somos o Brasil das maravilhas. Verei que os
trabalhadores mais humildes continuam carregando o peso descomunal dos impostos,
enquanto os “donos do poder” se esbaldam em farras bancadas com dinheiro público. Serei
mais uma vez o porta-voz dos excluídos contra as mazelas que corroem as nossas riquezas,
por que faz parte da minha missão.
Retirarei das imensas lixeiras desse país, restos de luxo, convocando o povo para um grande
Bal Masqué. Fazendo, da própria angústia, um grito de desabafo: ratos e urubus, larguem
nossas fantasias! Chega de ganhar tão pouco, chega de sufoco e de covardia! Parem com
essa ganância, pois a tolerância pode se acabar um dia! Oh! Pátria amada, por onde andarás?
Seus filhos já não aguentam mais!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
É bem verdade, Vovó, que de lá pra cá, tudo se transformou. Mas a vitória da folia ficou no
encanto do meu povo, que brinca sambando quando samba a Beija-Flor!
DESENVOLVIMENTO DO ENREDO
A narrativa, que agrega história e estórias, transcorre em primeira pessoa, assim como o
samba-enredo, por que o Beija-Flor, narrador-personagem e ave-símbolo da Escola, é o
condutor dessa viagem fascinante ao mundo encantado do Reino da Folia, onde fábulas
bordam a fantasia.
É pertinente se ater a definição de fábula*, por que nessa festa de real valor, onde vou
celebrar sete décadas de existência, meus amigos bichos, inclusive muitos dos quais já
estiveram sob os holofotes da Passarela e que já vivenciaram tantas aventuras comigo, são
meus convidados de honra, para passear no bosque e nos salões do Grande Baile de
Carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí; sendo o escravo grego contador de estórias
Esopo, cujas fábulas nos proporcionam reflexão e a edificação de princípios e valores morais
semelhantes àqueles os quais tantas vezes fui porta-voz, o mestre de cerimônias a abrilhantar
as fábulas que Quem Não Viu, Vai Ver.
• Setor 02: enredos cuja a temática é a brasilidade. Voando de flor em flor, os enredos
regionais / nacionais visitados por mim (pelo Beija-Flor); Fábula de Esopo “A Raposa e
as Uvas”;
• Setor 03: enredos de temática afro. A busca por conhecimento e retratação de nossas
origens e raízes; a exaltação de nossas matizes africanas; Fábula de Esopo “A Galinha dos
Ovos de Ouro”;
• Setor 04: enredos cuja a temática tem conotação de homenagens à personalidades ilustres,
marcantes, que com representatividade e talento expoentes, tornaram-se referência em
diferentes áreas; consagradas por possuírem algum dom diferenciado e singular, e por sua
dedicação esmera ao trabalho; Fábula de Esopo “A Formiga e a Cigarra”;
• Setor 05: enredos com temáticas críticas que abordam nossas múltiplas mazelas sociais;
Fábula de Esopo “A Assembleia dos Ratos”.
Cabe salientar que a Cronologia apresentada ao longo do desfile restringe-se tão e somente à
cada Setor, uma vez que os enredos selecionados foram reunidos por similitude temática, o
que possibilita uma aglutinação histórico-cultural, plástica e estética mais harmoniosa e
melhor disposta.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
Além disso, para embasar e retratar o enredo “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-
Flor” com ainda mais propriedade, foi fundamental e imprescindível revisitar os arquivos do
acervo particular da Agremiação; e considerar ainda, os depoimentos orais de membros
antigos da Escola, inclusive familiares dos respectivos fundadores, os quais foram
devidamente registrados.
Somadas a essas informações, trechos dos textos originais e versos dos sambas-enredo de
cada Carnaval retratado de forma fabulosa foram resgatados e transcritos na defesa e
descrições que integram a documentação artística deste projeto carnavalesco, de modo a
estimular a memória afetiva de cada um que se permitir arriscar um voo nesse lindo azul do
nosso Pavilhão.
Os enredos abordados nas fantasias de cada Setor encontram, nas estruturas narrativas das
fábulas de Esopo retratadas nas alegorias, um ambiente acolhedor para reunir estes temas de
modo direto ou simbólico, dando unidade estética e temática a cada Setor e,
simultaneamente, revigoram o conteúdo principal dos enredos de forma atual. Este estilo de
apresentação é chamado, na linguagem teatral, de “metalinguagem”, onde uma ação é
representada dentro de uma mesma ação.
É uma alegria poder comemorar 70 anos cheio de vida! E essa data tão especial merecia
mesmo uma comemoração fabulosa, e não somente uma releitura ou revisitação, por isso,
“Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” é um enredo inédito, mas que
obviamente ilustra as minhas melhores memórias e recordações, pois são elas que
construíram a minha história e são constante fonte de inspiração.
O universo fabulístico de Esopo, bem como seu legado de boas referências, valores e
princípios, lecionados através da moral de suas estórias milenares, propicia um cenário
perfeito para a bicharada animada se apresentar. Suas narrativas lúdicas, acessíveis e
compreensíveis para todas as idades – do mais pequenino aos mais experientes, dos mais
jovens à vovôs e vovós – dão voz e vida aos temas abordados em cada Setor de forma leve,
como uma festa das boas deve ser!
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
Ao longo desses setenta anos de história, delícia é voltar a ser criança ao abrir o baú das
minhas memórias. E ao sobrevoar novamente as estradas do meu caminho, vejo que essa
inquietude infantil, esse espírito embebido de ousadia juvenil, a vontade latente de
experimentar e apresentar o novo através da arte, romper barreiras, quebrar paradigmas,
sempre se fez notar presente... Assim, ganhei fama de revolucionário, precursor, pioneiro,
autêntico, original. Beijei flores, encarei espinhos...
E vi o ímpeto de voar mais alto se exacerbar nas viagens que fiz com o reconvexo Menino
Joãosinho, o Guri Gari que incitou e externou meu lado moleque, festeiro, carregado de
uma espontaneidade libertária e libertadora cravada nesse DNA mestiço... É bem verdade
que de lá pra cá, tudo se transformou. Mas a vitória da folia ficou no encanto do meu povo,
na grandeza da nossa gente, que esquece a dor e só quer sambar, que brinca sambando
quando samba a Beija-Flor!
(*) Fábula: as fábulas são narrativas de fatos, imaginários ou não; fabulações cujas
personagens são animais (e ainda plantas e seres inanimados) que agem como seres
humanos, apresentam características humanas, tais como a fala e os costumes, e têm como
objetivo promover reflexão e propiciar ensinamentos através da moral da estória.
Era uma vez, um Beija-Flor nascido feito o Rei Menino, em ninho de amor e humildade.
No baú das minhas memórias mais antigas, regresso às lembranças do que contam sobre
meus longínquos tempos de criança; registros daquele 25 de dezembro de 1948, dia de
Natal, quando a Diretoria do extinto bloco Irineu Perna de Pau se reuniu numa tarde de
verão, o tempo nublado e abafado, com o sol quente aparecendo em meio às nuvens, na casa
de Dona Eulália de Oliveira, localizada na principal esquina de Nilópolis, cruzamento das
Avenidas Mirandela e Getúlio Vargas.
Diz-se que a cidade recém-emancipada de Nova Iguaçu precisava construir sua identidade, e
que estava na hora de criar uma nova Agremiação. Um grupo de pessoas se reuniu e decidiu:
estava criado o bloco, nas cores azul e branco, que desfilaria pela Mirandela, no sábado de
Carnaval; e a Bateria ficaria sob a batuta de Milton Negão, que o talento reapelidou de
Milton da Cuíca, filho de Dona Eulália. Faltava então, decidir qual seria o nome do bloco.
Diversas sugestões foram apresentadas, até que Dona Eulália recordara dos tempos de
mocinha, quando desfilava em um Rancho no Sul Fluminense, chamado Beija-Flor. Ela
sequer havia terminado de contar a história quando um beija-flor cruzou o quintal, pairou no
ar, numa árvore do terreno de Edinho e, conforme seu voo caraterístico, seguiu viagem. Foi
determinante e definitivo: estava fundada enfim a Associação Carnavalesca Beija-Flor,
presidida por Milton Negão e com Dona Eulália incluída entre os fundadores.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
Essa relação de amor foi crescendo, amadurecendo, e adquiriu status familiar, paternal, com
a chegada da Família Abrão David; que implantou no município de Nilópolis, diversos
projetos sociais – creche, educandário, esportes variados, oficinas de capacitação para
ritmistas e casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira mirins etc. – todos focados em promover
educação enquanto pilar fundamental para o desenvolvimento humano.
Arrisquei um voo nesse lindo azul celestial. Bailando e rodopiando pelos ares de flor em flor
no Jardim das Maravilhas, um mundo encantado pude recordar. Segui de enredo em enredo,
de fábula em fábula, bordando a fantasia. Ê saudade que mareja o meu olhar...
Herdeiro dessa terra me tornei, cantei nossos recantos, tradições. Fui chamado “aquele
festival de prata que na pista arrebata tantos corações”!
No sangue herdei o axé e a bravura da negritude. Mostrei que no meu quilombo todo negro é
rei quando abri a senzala para os negros africanos feitos escravos, seus descendentes e todos
aqueles que se encontram em uma posição subjugada, inferiorizada, menosprezada; alvo de
preconceitos (conceitos pré-estabelecidos) e injustiça, pudessem fazer da Passarela, o seu
terreiro, e do Samba, a voz que não cala.
Cresci ouvindo acordes entre doces melodias, me alimentando do néctar da flor da arte – a
bela dama – retratada em poesia, do canto de cristal, da simplicidade do amor; daquele beijo
na flor que fez mais um sonho real.
Pátria amada da ganância, quantas vezes eu pedi socorro pelos filhos teus? Vítimas da
algoz ambição e intolerância exacerbadas, da coletânea de mazelas sociais que assolam o
país... Mesmo proibido, fui a voz de Deus, alertando que todo mundo nasceu nu, clamando
para que ratos e urubus largassem minha fantasia, gritando que saco vazio não para em pé e
que a mão que faz a guerra faz a paz, bradando que monstro, é aquele que não sabe amar...
Por que toda essa grandeza vem da nossa gente, que esquece a dor e só quer sambar! É por
esse amor que o meu valor me faz brilhar! A Comunidade me ensinou a ser apaixonado
como eu sou, que eu deveria ter orgulho de mim e de tudo o que já conseguimos conquistar
juntos, de asas dadas...
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
E foi assim que eu, passarinho pequenino que o destino fez gigante, caí nas graças do povo e
me transformei em ave consagrada Maravilhosa e Soberana, prestes a celebrar 70 anos de
história na Avenida. “Quem Não Viu, Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
A proposta do Carnaval 2019 da Beija-Flor de Nilópolis é uma celebração aos seus 70 anos
de história, resgatando a memória do Pavilhão através de uma perspectiva contemporânea e
fabulosa dos enredos mais marcantes da Agremiação.
Quem Não Viu, Vai Ver, e quem viu, vai novamente poder se emocionar com As Fábulas do
Beija-Flor, uma coletânea das aventuras conduzidas pelo voo do Beija-Flor, animal símbolo
da Escola, e o narrador-personagem dos enredos.
As fábulas são narrativas de fatos, imaginários ou não; fabulações cujas personagens são
animais (e ainda plantas e seres inanimados) que agem como seres humanos, apresentam
características humanas, tais como a fala e os costumes, e têm como objetivo promover
reflexão e propiciar ensinamentos através da moral da estória.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
ROTEIRO DO DESFILE
SETOR 01
Comissão de Frente
O BLOCO DOS ANIMAIS
SETOR 02
Ala 02 – Comunidade
RIO QUATRO SÉCULOS DE GLÓRIAS
(1970)
Ala 03 – Comunidade
BAHIA DOS MEUS AMORES (1972)
Ala 04 – Comunidade
O GIGANTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO
(1984)
Ala 06 – Comunidade
ARAXÁ, LUGAR ALTO ONDE
PRIMEIRO SE AVISTA O SOL (1999)
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
Ala 08 – Comunidade
O VENTO CORTA AS TERRAS DOS
PAMPAS – EM NOME DO PAI, DO
FILHO E DO ESPÍRITO GUARANI –
SETE POVOS NA FÉ E NA DOR... SETE
MISSÕES DE AMOR (2005)
Ala 10 – Comunidade
BRILHANTE AO SOL DO NOVO
MUNDO, BRASÍLIA: DO SONHO À
REALIDADE, A CAPITAL DA
ESPERANÇA (2010)
Ala 11 – Comunidade
SÃO LUÍS – O POEMA ENCANTADO
DO MARANHÃO (2012)
Alegoria 02
“A RAPOSA E AS UVAS”
SETOR 03
Destaque de Chão
Pinah Ayoub
PINAH, A CINDERELA NEGRA (1983)
Ala 14 – Comunidade
CORTEJO DA CINDERELA NEGRA – AS
MUSAS CARECAS DA BEIJA-FLOR
(1983)
Ala 15 – Comunidade
SOU NEGRO, DO EGITO À LIBERDADE
(1988)
Ala 17 – Bateria
A SAGA DE AGOTIME, MARIA
MINEIRA NAÊ (2001)
Ala 18 – Comunidade
ÁFRICAS – DO BERÇO REAL À CORTE
BRASILIANA (2007)
250
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Ala 19 – Comunidade
UM GRIÔ CONTA A HISTÓRIA: UM
OLHAR SOBRE A ÁFRICA E O
DESPONTAR DA GUINÉ EQUATORIAL
– CAMINHEMOS SOBRE A TRILHA DE
NOSSA FELICIDADE (2015)
Alegoria 03
“A GALINHA DOS OVOS DE OURO”
SETOR 04
Ala 21 – Comunidade
SONHAR COM REI, DÁ LEÃO (1976)
Destaque de Chão
Sávia David
A BELA DAMA DAS BROMÉLIAS PINTOU
A FLOR MULHER COM SUTILEZA
Ala 22 – Comunidade
MARGARETH MEE, A DAMA DAS
BROMÉLIAS (1994)
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Ala 25 – Comunidade
O ASTRO ILUMINADO DA
COMUNICAÇÃO BRASILEIRA (2014)
Alegoria 04
“A CIGARRA E A FORMIGA”
SETOR 05
Ala 27 – Comunidade
A LAPA DE ADÃO E EVA (1985)
Destaque de Chão
Charlene
RAINHA MEDIEVAL NA IDADE DAS
TREVAS
Ala 28 – Comunidade
RATOS E URUBUS, LARGUEM MINHA
FANTASIA (1989)
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Ala 29 – Comunidade
TODO MUNDO NASCEU NU (1990)
Ala 30 – Comunidade
ALICE NO BRASIL DAS MARAVILHAS
(1991)
Ala 31 – Comunidade
BRASIL, UM CORAÇÃO QUE PULSA
FORTE, PÁTRIA DE TODOS OU TERRA
DE NINGUÉM? (2000)
Ala 32 – Comunidade
O POVO CONTA A SUA HISTÓRIA:
SACO VAZIO NÃO PÁRA EM PÉ. A
MÃO QUE FAZ A GUERRA FAZ A PAZ
(2003)
Ala 33 – Comunidade
MONSTRO É AQUELE QUE NÃO SABE
AMAR! OS FILHOS ABANDONADOS
DA PÁTRIA QUE OS PARIU (2018)
Ala 34 – Comunidade
BEIJA-FLOR, GUERREIRA DO POVO,
GUARDIÃ DA FOLIA
Ala 35 – Comunidade
BLOCO DOS SUJOS
Ala 36 – Comunidade
GRUPO DOS BONECÕES
Alegoria 05
“A ASSEMBLEIA DOS RATOS”
Destaque de Chão
Cássio Dias
DESFILO TODA GRATIDÃO
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
01 “O VENTO NORTE E O SOL” “O Vento Norte e o Sol” é uma fábula que diz respeito
à importância da educação, e que o melhor modo de se
convencer alguém se dá pela persuasão e pela
inteligência, e não pela força.
Esta fábula foi escolhida para ilustrar tematicamente o
carro Abre-Alas e o Setor 01, que agrupa os enredos
lúdicos e infantis desenvolvidos pela Beija-Flor de
Nilópolis; entre eles, “O Sol da Meia Noite”, “Alice
no País das Maravilhas”, entre outros, que estão
igualmente associados nesta fábula, a transmitir uma
mensagem que se relaciona com a principal
característica do G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis
enquanto instituição, na questão da educação e do
cuidado no dia-a-dia para com sua Comunidade.
A alegoria propõe uma homenagem à cidade de
Nilópolis, que é fundada um ano antes a criação do
bloco Beija-Flor, ilustrando a cena em que Dona
Eulália, mãe dos ritmistas, sugere o nome de “Beija-
Flor” ao bloco. Crianças acompanhadas de livros
reveem o passado atentas ao futuro; é a história
rememorada numa ventania em que imagens correm
na cena, surgindo entre elas, a flâmula da Beija-Flor.
“Quem Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor” é
um enredo que trata da educação, é sobre trazer às
novas gerações informações de como surgiu a Escola,
e sobre relevantes personalidades que por aqui
passaram, dando suporte e contribuição em sua
formação; em meio à nuvens, a fábula oferece um
cenário ideal para revisitarmos essa história, desde a
sua fundação até os dias de hoje.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
02 “A RAPOSA E AS UVAS” Esta fábula tem por objetivo dar releitura ao setor dos
enredos com temáticas nacionais, com ênfase no
enredo “O Vento Corta as Terras dos Pampas – Em
Nome do Pai, do Filho e do Guarani – Sete Povos na
Fé e na Dor, Sete Missões de Amor”, e “Brilhante ao
Sol do Novo Mundo, Brasília: Do Sonho à Realidade,
a Capital da Esperança”, com citações aos enredos de
temática indígena através do grande herói indígena da
luta nos Pampas Sepé Tiajurú.
A ambientação da fábula “A Raposa e as Uvas”
encontra no enredo sobre as Sete Missões, um cenário
peculiar para abrigar a segunda alegoria, em meio às
grandes plantações de uvas típicas da região dos
Pampas, com a raposa brasileira chamada Lobo Guará.
Neste primeiro momento, encontramos a ação que
remete à fábula, na qual a raposa que não alcança as
uvas desdenha de tudo aquilo que não consegue
alcançar, em referência análoga, surge na cena
seguinte o Senado de Brasília, infestado igualmente de
raposas sedentas pelo seu objeto de desejo, “o poder”.
Estas compilações oferecem ao enredo “Quem Não
Viu Vai Ver as Fábulas do Beija-Flor”, revisitar
importantes passagens de enredos desenvolvidos pela
Beija-Flor a uma releitura dinâmica através das
Fábulas de Esopo.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
03 “A GALINHA DOS OVOS DE Este quadro que ilustra os enredos africanos, busca a
OURO” partir da essência desta fábula, descrever a riqueza desta
cultura proveniente dos ancestrais do povo brasileiro.
Assim como narra este conto, o fazendeiro ganancioso,
não satisfeito com a sua galinha, que esporadicamente
botava ovos de ouro, decide matá-la, na esperança de
encontrar dentro dela, a riqueza imediata, perdendo
assim, seu sustento em função de sua ambição.
Neste mesmo paralelo, retratamos a riqueza da nossa
herança africana no Brasil, cantada e retratada em
inúmeros enredos africanos realizados pela Beija-Flor de
Nilópolis, um povo de história e valor tantas vezes
vilipendiada em nossa sociedade.
Ilustramos aqui essa ideia, como sendo eles, o povo
africano que nasce dentro dos ovos, ao centro de uma
enorme galinha metálica, inspirada metaforicamente na
galinha que todos possuem em casa, no meio urbano, na
qual cada um de nós, habitantes das grandes cidades,
pode possuir em casa uma galinha, e igualmente ser o
fazendeiro ganancioso da fábula dos ovos de ouro. Esta
mesma cena perpassa a condição da grande senzala atual,
em que boa parte da população negra é submetida quanto
a condições e direitos.
O quadro oferece ainda cenas em paralelo, no qual
galinhas d’Angola retratam de modo humorado, os
diversos contextos em que o termo “galinha” ė utilizado
como referência pejorativa ou jocosa, onde vemos um
poleiro com características urbanas repleto de galinhas
poedeiras e não poedeiras em disputa pelo galo, que
pouco se interessa por elas.
A galinha é um forte símbolo em todo o mundo, e que
tem especial identidade na cultura religiosa da África
como um todo. Estas compilações oferecem ao enredo
“Quem Não Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”,
revisitar importantes passagens de enredos
desenvolvidos pela Beija-Flor a uma releitura dinâmica
através das Fábulas de Esopo.
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
05 “A ASSEMBLEIA DOS Esta fábula tem por objetivo aglutinar os enredos com
RATOS” ênfase em críticas sociais, como o antológico “Ratos e
Urubus, Larguem Minha Fantasia”, que não chegou
ao título, mas tornou-se um dos mais importantes
enredos do Carnaval Carioca; “O Povo Conta a sua
História: Saco Vazio Não Pára em Pé – A Mão que
Faz a Guerra Faz a Paz”, e “Monstro é Aquele que
Não Sabe Amar – Os Filhos Abandonados da Pátria
que os Pariu”.
A história desta fábula descreve uma assembleia
constituída por ratos que estavam desesperados com o
gato, que estava dizimando todos os ratos. Eis que um
rato surge trazendo a solução: colocar um sino no
pescoço do gato, para todos estarem alertas quando de
sua aproximação. Quando um rato mais velho
questiona: “Então, quem irá pendurar o sino?”
Esta fábula nos lembra que boas ideias sem aplicação
não valem de nada, não têm serventia…
Neste ambiente, revisitamos os enredos citados acima,
nos quais diversas vezes nos deparamos com ideias e
contextos criados em nossa sociedade, onde
invariavelmente governantes e líderes apresentam
soluções ineficazes, deixando o povo em constante
estado de desamparo.
Não sendo mera coincidência, esta fábula remete
muito à “Ratos e Urubus”, na qual a icônica imagem
do Cristo surge aqui em nova imagem redentora, uma
ideia de esperança porta-voz do povo brasileiro.
Estas compilações oferecem ao enredo “Quem Não
Viu Vai Ver – As Fábulas do Beija-Flor”, revisitar
importantes passagens de enredos desenvolvidos pela
Beija-Flor a uma releitura dinâmica através das
Fábulas de Esopo.
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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* A Bela Dama das A botânica Margareth Mee, a bela Destaque de Sávia David
Bromélias Pintou Dama das Bromélias, retratou as Chão
a Flor Mulher riquezas naturais brasileiras e
com Sutileza bromélias de rara beleza em suas
obras de arte, onde pintou a flor
mulher com sutileza, sendo premiada
no Brasil e Corte inglesa.
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* Desfilo Toda Hoje, eu, Beija-Flor, desfilo toda Destaque de Cássio Dias
Gratidão gratidão pelo Samba no pé cheio de Chão
galhardia, elegância e gingado da
nação nilopolitana, bem como pelo
sorriso alegre do sambista, que fez
de mim, passarinho pequenino, lá
das terras de Nilópolis, na Baixada
Fluminense, ser consagrado ave
Maravilhosa e Soberana, a Deusa
da Passarela Marquês de Sapucaí.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Pracinha Wallace Paes Leme, nº. 1.652 – Nilópolis
Diretor Responsável pelo Atelier
Elizabete Franques Leite – Beth
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Admilde Silvino de Souza – “Dona Nequinha” Daniel Franques
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Eduardo dos Anjos José Francisco
Outros Profissionais e Respectivas Funções
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba-Enredo Di Menor, Júlio Assis, Kirraizinho, Diego Oliveira, Fabinho Ferreira e
Diogo Rosa, Dr. Rogério, Carlinhos Ousadia, Márcio França, Kaká
Kalmão, Jorge Aila e Sérginho Aguiar.
Presidente da Ala dos Compositores
J. Velloso (Jorge Velloso)
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
45 Pereirão Kirraizinho
(quarenta e cinco) 75 anos (13/05/1941) 27 anos (20/08/1989)
Outras informações julgadas necessárias
Nascido feito o Rei Menino
Em ninho de amor e humildade
Meu Pai direcionou o meu destino
Voar nas asas da felicidade
E arrisquei um voo nesse lindo azul
Um mundo encantado pude recordar
Em fábulas bordei a fantasia
Ê saudade que mareja o meu olhar
Herdeiro dessa terra me tornei
Cantei nossos recantos, tradições
Sou eu aquele festival de prata
Que na pista arrebata tantos corações
Ô ô ô ô axé que no sangue herdei
No meu Quilombo, todo negro é rei!
Abre a senzala! abre a senzala!
Nesse terreiro o samba é a voz que não cala
Cresci, ouvindo acordes entre doces melodias
A bela dama retratada em poesia e o canto de cristal
A simplicidade no amor, aquele beijo na flor
Fez mais um sonho real
Pátria amada da ganância
Eu pedi socorro pelos filhos teus
Algoz da intolerância
Mesmo proibido, fui a voz de Deus
Toda essa grandeza, vem da nossa gente
Que esquece a dor e só quer sambar
É... por esse amor
Que o meu valor me faz brilhar!
Comunidade me ensinou
A ser apaixonado como eu sou (eu sou!!!)
Ontem, hoje, sempre Beija-Flor!
Oh! Deusa!
Tem festa no meu coração
Desfilo toda gratidão
Razão do meu cantar
A luz do meu viver
O que seria de mim sem você?!
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FICHA TÉCNICA
Bateria
“A Saga de Agotime – Maria Mineira Naê” (2001) contou a história de uma rainha africana em
Daomé, feiticeira e redentora dos cultos Mina-Jeje, que chegou ao novo continente escravizada
mas com um espírito livre, pronto para cumprir a sua saga e fazer ouvir os tambores tocados com
alma por ogãs inspirados por velhos espíritos africanos, que ecoavam por ocasião das festas e da
religião. À luz de seus voduns guardiões panteras negras, viu seu tambor ecoar em São Luiz do
Maranhão com energia e vibração.
(**) Observação: Neide Tamborim, ritmista premiada com o Troféu Estandarte de Ouro, por
também acumular o cargo de Musa da Escola, é a única componente da Bateria que há anos se
apresenta com uma fantasia diferenciada (respectivo figurino segue abaixo), mas obviamente,
embebida do mesmo significado e representatividade (consoante descrito acima).
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FICHA TÉCNICA
Harmonia
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FICHA TÉCNICA
Evolução
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FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
Almir José dos Reis
Diretor Geral de Carnaval
-
Outros Diretores de Carnaval
Anderson Müller e Marcelo Misailidis – Diretores Artísticos
Responsável pela Ala das Crianças
Luciana Araújo Alves de Mendonça
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
80 53 27
(oitenta) (cinquenta e três) (vinte e sete)
Responsável pela Ala das Baianas
Márcio Luiz da Silva Antônio e Lúcia Alves Boiça
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Maria Gomes de Souza Patrícia Corrêia de Melo
(oitenta) 85 anos 35 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Dona Débora Rosa
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
72 Martha de Souza Costa Sueli Martins de Souza
(setenta e dois) 94 anos 62 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Anderson Müller (Ator e Diretor), Boni (Comunicador e Empresário), Cláudia Raia (Bailarina e
Atriz), Edson Celulari (Ator), Pinah Ayoub (Destaque e Empresária), Sônia Capeta (Destaque de
Chão), Jojo Toddynho (Cantora), Isabella Santoni (Atriz) e Yago Gomes “Mapoa Mapoona”
(Humorista / Youtuber)
Outras informações julgadas necessárias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Era dia de Natal, quando foi fundado, há 70 anos atrás, o que viria a se tornar o G.R.E.S. Beija-Flor
de Nilópolis. Surgia naquela tarde, um bloco que ainda não possuía nome, até que Dona Eulália,
mãe dos ritmistas fundadores, ao ver que se aproximavam beija-flores de uma árvore, sugeriu dar o
nome de “Beija-Flor” ao bloco.
A partir da fundação da Beija-Flor, nasce a inspiração temática da Comissão de Frente, levando em
consideração que toda narrativa feita por um animal ou ser da natureza que ganhe características
psicológicas ou comportamentais humanas narra uma fábula, estamos aqui diante de mais uma nova
fábula.
Como pano de fundo, partimos da emblemática obra de Seans Sans, “O Carnaval dos Animais”,
que se adapta precisamente a esta recriação fabular intitulada aqui de “O Bloco dos Animais”. Em
primeiro plano, uma revoada de beija-flores representando a inspiração que dá nome ao bloco; na
sequência, a bicharada invade a Avenida, numa ação que remete ao primeiro título da Beija-Flor, no
ano de 1976, abordando a temática do jogo do bicho. Várias dessas personagens virão a seguir como
protagonistas das fábulas ilustradas em alegorias deste enredo: "Quem Não Viu Vai Ver – As
Fábulas do Beija-Flor", que ilustra os 70 anos de história da Agremiação, e ao mesmo tempo, recria
a cena que dá origem ao atual G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis, numa ação que une fatos reais à
uma abstração infantil retratada como as belas Fábula de Esopo.
Equipe de Colaboradores:
• Figurinos: Úrsula Felix e Tania Agra
• Cenotécnico: Fernando Soares e Pedro Almeida
• Assistente cenotécnico: Israel Florêncio
• Assistentes coreográficos: Romero Monteiro, Fabrício Ligiero e Marcio Vieira
• Maquiagem: Domitila Ferreira
• Adereços: Derô Martín
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Claudinho Souza 46 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Selminha Sorriso 47 anos
2º Mestre-Sala Idade
David Sabiá 32 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Fernanda Love 31 anos
3º Mestre-Sala Idade
Mosquito 37 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Emanuelle Martins 22 anos
4º Mestre-Sala Idade
José Roberto 28 anos
4ª Porta-Bandeira Idade
Eliana “Naninha” Fidellys 37 anos
Outras informações julgadas necessárias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Após ser coroado Rei da Música Popular Brasileira por retratar e cantar com emoção singular a
simplicidade do amor, reverenciando a plateia e se despedindo do público presente em seus shows
com aquele beijo na flor, Roberto Carlos foi homenageado com o enredo “A Simplicidade de um
Rei” (2011), consagrando-se também campeão do Carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Beija-Flor de Nilópolis – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Em “Todo Mundo Nasceu Nu” (1990), nobres selvagens criaram o seu aparato e começaram a
cobrir seus corpos nus com peles de animais, vestindo na frente e cobrindo atrás.
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G.R.E.S.
IMPERATRIZ
LEOPOLDINENSE
PRESIDENTE
LUIZ PACHECO DRUMOND
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“Me dá um dinheiro aí”
Carnavalescos
MÁRIO MONTEIRO E KAKÁ MONTEIRO
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Me dá um dinheiro aí”
Carnavalesco
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Autor(es) do Enredo
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Mário Monteiro e Kaká Monteiro
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
03 El Dinheiro En El Clarke W. M. / - - -
Mundo Pulay George
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Outras fontes:
Duas Fontes Documentais Para Estudo Do Preço De Escravos No Vale Do Paraíba - Artigo de
Renato Leite Marcondes e José Flavio Motta - Em Revista Brasileira de História - SP. Nº 42
Trabalho De Eulalia L. Ahmeyer Lobo, Otavio Canavarros, Zakia Feres, Sonia Gonçalves,
Lucena
Barbosa Madureira - na Revista Brasileira de Economia - MO - 1971
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
HISTÓRICO DO ENREDO
Introdução:
Em uma análise positiva divulgada sobre as impressões dos turistas que visitaram o Brasil
em 2018, apesar da situação de crise política/econômica que vivemos, o 1º lugar refere-se à
“cordialidade, o humor e a simpatia do povo brasileiro” (82 %).
Isso nos fez lembrar o caderno de anotações do antropólogo belga Claudio Levi Strauss
(1908 / 2009) a respeito dos índios brasileiros: “ uma imensa gentileza, uma profunda
despreocupação, uma ingênua e encantadora satisfação animal e, reunindo esses sentimentos
variados, algo mais comovente e verídico da ternura humana” achamos que isto se estende e
descreve de forma clara o nosso povo, especialmente as classes mais humildes.
A ideia básica deste desfile, que abrange alguns assuntos mais graves, é tratá-los, através de
metáforas ou de forma sempre bem-humorada, que, aliás, faz parte de uma tradição de
humor brasileiro (Barão de Itararé, Silvino Neto, Chico Anísio, Casseta e Planeta, Jô Soares,
Está no Ar, etc.). Como por exemplo, uma impressão histórica do humorista Claudio Manoel
a respeito dos nossos governantes: “... Duarte da Costa, Governador Geral do Brasil (1553 /
1558), foi o primeiro representante de uma escola de governar que virou tradição no Brasil
nos séculos seguintes. Tinha como premissa a ideia de que o papel de governante é o de
fazer quase nada e roubar quase tudo”.
O fato é que os dramas existem e estão aí plantados e, por uma hora e quinze minutos,
esperamos proporcionar ao público um espetáculo leve e divertido, apesar das mazelas.
Finalizando, uma frase do cartunista, Jaguar que sintetiza o nosso conceito: “está tudo tão
sinistro que é preciso rir para poder respirar”.
Sinopse:
O nosso Enredo vai falar sobre o dinheiro e sua relação com o ser humano, desde a sua
invenção, até a época atual.
Grana, ervanário, tutu, numerário, espécie, ganho, proveito, meios, erva, dindin, recursos;
chame-o como quiser, o dinheiro tem importância, faz diferença. Para os cristãos, o amor
por ele está na raiz de todo o mal. Para os generais, o sustentáculo das guerras; para os
revolucionários, os grilhões do trabalho. Mas o que exatamente é o dinheiro? É uma
montanha de prata, como os conquistadores espanhóis achavam? Ou bastariam apenas
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
tabuletas de barro ou papel impresso? Como acabamos vivendo num mundo onde a maior
parte do dinheiro é invisível, pouco mais do que números numa tela de computador? De
onde o dinheiro veio? E para onde ele foi?
(...) o sistema financeiro é genuinamente complexo, e muitas das relações dentro dele são
não lineares e até mesmo caóticas. A ascensão do dinheiro jamais foi suave, e cada novo
desafio recebe uma nova resposta dos banqueiros e os da sua espécie. Como um horizonte
andino, a história das finanças não é uma curva suave para cima, mas uma série de picos e
vales recortados e irregulares. Ou, para variar a metáfora, a história financeira parece um
caso clássico de evolução em andamento, não obstante uma estrutura de tempo mais
apertada do que a da evolução natural no mundo natural.
Nosso desfile começa contando duas lendas clássicas que lançam uma luz sobre a justiça e a
ganância humana pelo dinheiro.
A primeira fala de Robin Hood, herói mítico inglês (séc. XII) que roubava da nobreza, que
vivia da exploração do povo através de impostos e taxas extorsivas, e distribuía para os
pobres.
A segunda lenda, conta a história do Rei Midas que tendo recebido dos deuses a capacidade
de transformar em ouro tudo que tocasse, logo vem a dádiva como uma maldição; até
mesmo sua filha predileta virou ouro.
Em seguida vamos viajar até o século VII AC, no Reino da Lídia (Turquia atual) aonde
foram criadas as primeiras moedas.
Somente quase dois séculos depois, foi criada a Casa da Moeda da Bahia, marco da
produção das primeiras moedas brasileiras, grandemente utilizadas na compra de escravos,
um capítulo hediondo da nossa história que durou quase 3 séculos.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
A chance de ascender à uma classe superior é muito limitada, com raríssimas exceções, de
forma ilícita ou por um golpe de sorte, como por exemplo, através de um prêmio acumulado
na Loteria – a roda da fortuna.
E encerramos o desfile falando do futuro (já presente), através das moedas criptográficas-
um sistema de recurso digital, projetado para funcionar como um meio de troca.
Aguardemos...
311
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Nossa proposta foi desenvolver um tema que tivesse uma relação direta com o momento
atual, visando criar um espetáculo em que o público, de alguma forma, estivesse envolvido.
Em um balanço recente sobre o Brasil, anotamos alguns dados nada animadores: mais de 12
milhões de desempregados, déficit orçamentário, 60 milhões de inadimplentes, aumento da
população mais pobre, corrupção, violência, sistema de saúde precário, e o próprio carnaval
ameaçado e um único elemento comum a todas as situações: o dinheiro.
Realmente fica difícil imaginar um mundo sem dinheiro. Ele existe em todos os países e tem
uma história tão antiga quanto os primeiros registros escritos da humanidade.
Ele pode ser muitas coisas: para a maioria das pessoas, são moedas, cédulas, cartões de
crédito e fundos na conta bancária.
O que caracteriza alguma coisa como dinheiro é o fato que ela constitui um meio de
pagamento reconhecido e aceito no mundo inteiro.
Setores:
SETOR 1 – AS LENDAS
Abrimos o nosso Desfile representando duas lendas importantes que se referem diretamente
ao dinheiro.
1 - Robin Hood
Herói mítico inglês (séc. XII) que roubava da nobreza para dar aos pobres.
Em verdade, ele devolvia. Na época, os governantes viviam faustosamente, através da
exploração do povo, cobrando impostos e taxas extorsivas, além de um sistema corrupto de
governança em que os únicos prejudicados eram os súditos (qualquer semelhança à época
atual é mera coincidência).
312
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
2 - A Lenda de Midas,
Um mito bastante conhecido tanto entre gregos, quanto romanos, como todo mito da
antiguidade clássica, o objetivo era lançar uma luz sobre a ganância humana.
Recebendo dos deuses a capacidade de transformar em ouro tudo que tocasse, logo veria a
dádiva como uma maldição. Até mesmo sua filha predileta virou ouro!
Cédulas não passam de pedaços de papel, mas são aceitas como dinheiro. O valor está no
que elas apresentam. Os chineses foram os primeiros a lidar com o dinheiro na forma de
documentos em papel.
No século X, como o governo emitira pesadas moedas de ferro de baixo valor, as pessoas
começaram a deixá-las com os comerciantes e a usar, em vez delas, os recibos escritos que
eles lhe davam.
No início do sec. XI, o governo assumiu o papel dos comerciantes; e imprimiu recibos que
eram usados como dinheiro, atribuindo-lhes valores fixos.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
As bolsas de valores são locais aonde são negociados títulos emitidos por empresas de
capital aberto. A primeira empresa comercializada em uma bolsa de valores que se tem
registro, pertenceu a Companhia Holandesa das Índias Orientais e foi negociada em 1602.
O capitalismo moderno:
O Brasil é um país com alta desigualdade de renda. Com o capitalismo industrial, surgiram
as classes sociais, que são divididas em 4 grandes níveis: 1- Linha de pobreza absoluta
(12%), 2- pobre (54%) 3- médio (33%) 4 – ricos (1%)
Resumo da ópera: 64% da população brasileira possui uma renda per capita entre ¼ e ½ do
salário mínimo, por mês, é a chamada pobreza multidimensional.
Como homenagem, criamos uma alegoria específica, que retrata os dois lados da moeda
(minha casa, minha vida).
314
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
1 - Tio Patinhas,
Tio do famoso Pato Donald, é um personagem americano de ficção, criado pelo cartunista
Carl Barks (Disney).
Sua 1ª aparição em quadrinhos se deu em dezembro de 1947.
É considerado um típico exemplo do “ Self-Made-Man ”
Características: Multimilionário, pão duro e sovina
2 - O cofre do porquinho
Ninguém sabe porque o cofre em forma de porquinho é tão popular em todo mundo. Os
primeiros exemplos europeus são alemães do sec. XVII, mas sabe-se que eles já eram usados
no século XIV na Indonésia.
Para tirar as moedas da cerâmica, a solução era quebra-los.
3- O Dinheiro na Ficção
Na história da literatura, cinema, teatro e televisão o dinheiro sempre teve um lugar de
destaque, seja como mola propulsora da trama ou como elemento, pano de fundo de
interligação entre o objetivo das personagens.
O Bitcoin é uma moeda virtual. É um recurso digital projetado para funcionar como um
meio de troca que usa criptografia* para controlar sua criação e gerenciamento, em vez de
confiar nas autoridades centrais.
A partir dos meados de 2010, algumas empresas em escala Global, começaram a aceitar
Bitcoins.
* Criptografia:
Conjunto de princípios e técnicas empregadas para cifrar a escrita, torna-la ininteligível para
os que não tenham as convenções combinadas. Criptologia em operações políticas,
diplomáticas, militares criminais etc.; modificação de um texto, de forma a impedir sua
compreensão pelos que não conhecem seus caracteres ou convenções.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
ROTEIRO DO DESFILE
SETOR 01 – AS LENDAS
Comissão de Frente
ROBIN HOOD
Grupo de Abertura
GUERREIROS DE OURO
Ala 01 – Comunidade
GUERREIROS DE MIDAS
Ala 02 – Comunidade
O POVO DE FRÍGIA
Alegoria 01 – Abre-Alas
A LENDA DO REI MIDAS
Ala 03 – Comunidade
O POVO DE LÍDIA
Ala 04 – Baianas
A PRIMEIRA MOEDA
Ala 05 – Comunidade
A PRIMEIRA CÉDULA
Musa
Pâmella Gomes
NATIVA
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
Tripé
TERRA BRA$ILI$
Ala 06 – Comunidade
O ESCAMBO – ÍNDIOS E
PORTUGUESES
Ala 07 – Comunidade
A PRIMEIRA MOEDA DO BRASIL – O
REAL
Musa
Ketula Mello
GUERREIRA AFRICANA
Ala 08 – Comunidade
QUANTO VALE UMA VIDA?
MERCADO DE ESCRAVOS
Alegoria 02
O NAVIO NEGREIRO
Ala 08 – Comunidade
QUANTO VALE UMA VIDA?
MERCADO DE ESCRAVOS
Ala 09 – Comunidade
O FAUSTO DA CASA GRANDE
Ala 10 – Comunidade
RICOS
Ala 11 – Comunidade
CLASSE MÉDIA
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
Ala 12 – Comunidade
POBRES
Musa
Elaine Trevenzoli
REAL GUERREIRA
Alegoria 03
SISTEMA BANCÁRIO
Ala 13 – Velha-Guarda
O VALOR DA TRADIÇÃO
Ala 14 – Comunidade
CONSUMO – CARTÃO DE CRÉDITO
Ala 15 – Passistas
VALE QUANTO SAMBA
Rainha de Bateria
Flávia Lyra
VIVER DA ARTE
Ala 16 – Bateria
ARTISTAS DE RUA – “ME DÁ UM
DINHEIRO AÍ”
Ala 17 – Comunidade
PARAÍSOS FISCAIS
Ala 18 – Comunidade
IMPOSTO DE RENDA
Alegoria 04
A BOLSA DE VALORES (A BOLSA OU A VIDA)
Ala 19 – Comunidade
LOTERIA
318
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
Ala 20 – Comunidade
CASSINO
Ala 21 – Comunidade
ACERTEI NO MILHAR – JOGO DO
BICHO
Musa
Natália Nascimento
VIVER DO AMOR
Ala 22 – Comunidade
JOGA PEDRA NA GENI
Ala 23 – Comunidade
OS NOVOS RICOS – JOGADORES DE
FUTEBOL, ARTISTAS, EMPRESÁRIOS
Alegoria 05
“MINHA CASA, MINHA VIDA”
Ala 24 – Compositores
DIREITOS AUTORAIS
Ala 26 – Comunidade
TIO PATINHAS
Tripé
O DINHEIRO NA DRAMATURGIA
Ala 27 – Comunidade
BITCOIN
319
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
Ala 28 – Comunidade
CARNAVAL DO FUTURO
Musa
Natalia Reis
FUTURO DO PRETÉRITO
Alegoria 06
BITCOIN – O DINHEIRO VIRTUAL E A
IMPERATRIZ DO FUTURO
320
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
321
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
322
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
323
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
Composições:
• Elite proprietária de escravos: Em branco, representam
o luxo e os privilégios da classe dominante do período
colonial em contraste com o sofrimento do trabalho
compulsório à que os escravos eram submetidos. De
maneira exagerada, se vestem à moda europeia dos
séculos XVII e XVIII, que simboliza os ideais da
sociedade hierarquizada em que o status social se
sobrepõe ao humano.
• Escravos: São os escravos africanos acorrentados e
amontoados nos porões dos navios negreiros na
travessia para o Brasil, que nos lembram esta terrível
página da história em que seres humanos eram
vendidos como mercadoria.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
326
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
• Luizinho 28 - O Capitalista – Representação do
Imagem meramente ilustrativa com sistema capitalista e sua finalidade lucrativa –
base na ideia original do elemento
poder econômico e político que escraviza o
alegórico, que naturalmente sofreu
alterações (técnicas/artísticas) homem. Hoje, as grandes corporações ditam até
durante sua realização para uma mesmo o rumo das nações.
melhor adaptação ao desfile. • Alicia Garcia: Moeda de Ouro – A mais valiosa.
Semi destaques:
• Euro: Moeda oficial de 19 países da União
Europeia, personificada na figura da deusa Europa.
• Dólar Americano: Moeda oficial dos Estados
Unidos, personificada como Libertas, deusa
romana da liberdade representada na Estátua da
Liberdade.
Composições:
• As Moedas
• O Sobe e Desce da Bolsa – Representam o sobe e
desce das ações na bolsa de valores.
• Corretores da Bolsa – “Time is Money”:
Profissionais que compram e vendem ações.
327
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
Composições:
• Ricos: Aqueles que tem muito dinheiro com suas
vestes de luxo apropriadas para uma festa e um
garçom para servi-los.
• Pobres: Aqueles que não têm muito dinheiro, mas
nem por isso deixam de aproveitar a vida e se
divertir à sua maneira.
328
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
Destaques:
• Natalia Drumond: Imperatriz do Futuro - No
carnaval imaginado no futuro, reluzente como as
estrelas, a Imperatriz Leopoldinense reina
soberana.
• Junior: Brilho do Carnaval - A luz interior de
cada folião no carnaval do futuro.
• Ray Menezes: Carnaval Inter Estelar - O
carnaval do futuro personificado na figura de um
Pierrot que sonha alcançar as estrelas.
330
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
331
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Alegorias
Luizinho 28 Estilista
Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Barracão
Junior Escafura
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Diego e Mário Jorge (In memorian) Jorge
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Lael Daniel Soave
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Kibe Franco
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Ana - Almoxarife
332
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
333
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
335
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
339
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
24 Direitos Autorais Vamos falar dos direitos que todo Compositores Direção de
criador de uma obra intelectual tem (1959) Carnaval
sobre a sua criação. Exaltamos o
valor dos compositores e
representamos aqui a importância do
violão para um músico, do
pergaminho para um poeta e das
paletas para um pintor...
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Atelier
Ray Menezes e Mauro Ferreira
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Cristiane Machado Rivelino
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Mauro Ferreira Alberto/Regina
Outros Profissionais e Respectivas Funções
O conceito das fantasias teve como elemento central o respeito a proporção do humano. Tudo foi
pensado para preservar a silhueta do folião e elevar a autoestima do componente da Escola: ele
precisa se sentir belo, valorizado. Fantasias mais leves, desenho forte e limpo e a construção de
uma nova paleta de cores foram preocupações para esse desfile. Queremos que a comunidade
vista o personagem, se sinta a parte principal do nosso enredo e nos ajude a contar essa história.
Não queremos que as super fantasias engulam nossa gente bamba da Imperatriz.
347
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba- Elymar Santos, Maninho Do Ponto, Julinho Maestro, Dudu Miler,
Enredo Marcio Pessi e Jorge Arthur
Presidente da Ala dos Compositores
Vitor Kaczmarkiewicz
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Zé Katimba Guilherme Barros
(setenta) 86 anos 21 anos
Outras informações julgadas necessárias
A tentação seduziu a poesia
Dá volta todo dia é oferta e demanda
Pecado capital da humanidade
Senhor da desigualdade
Sempre diz quem é que manda
O arqueiro ergueu, aquela gente oprimida e sem paz
Perdeu meu bem, pobre fortuna, nobres ideais
Midas com seu dedo de ouro
Condenou a própria filha a viver numa prisão
Prata, pixulé, papel moeda e o homem escorrega
Mete o pé na ambição
Troca-troca ê na beira da praia
Troca-troca ê na beira da praia
Um espelho por cocar, o negócio é um pecado
Ouro no mercado negro, negro é ouro no mercado
Tempos modernos, onde vidas valem menos
Boas ações não representam dividendos
A roda gira pro mais forte, poucos tem a sorte
De virar o jogo que o destino fez
Tem pato mergulhado no dinheiro
E o povo brasileiro nada por migalhas outra vez
Se é pra poupar...
O porquinho pode até ser virtual
Hashtag no infinito, com cascalho, eu tô bonito
No espaço sideral
Imperatriz, sentimento não tem preço, tem valor
Eu não vendo e não empresto, o meu eterno amor
Me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí
Gostei da comissão, me dá meu faz-me-rir
Pra investir no sonho e vestir a fantasia
Quero renda na baiana e nota dez na bateria
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Bateria
A tradicional Bateria Leopoldinense continua, pelo quarto ano consecutivo, sob a regência de Luiz
Alberto, o Mestre Lolo, que unindo tradição e versatilidade, mantém para o desfile de 2019 os
mesmos requisitos que fizeram sua orquestra popular conquistar, além de inúmeros prêmios
carnavalescos, as notas 10 dos jurados desde sua estreia, no carnaval de 2016.
Unindo três elementos que julga fundamentais para atender, não só os requisitos técnicos
fundamentais para uma perfeita apresentação, como também proporcionar uma interação ao corpo
da escola e o público distribuído ao longo da avenida, nossa bateria sustenta-se no equilíbrio sonoro
valorizado pela distribuição dos instrumentos em suas tonalidades (médios, graves e agudos) na
ousadia dos desenhos rítmicos e paradinhas, distribuídos em diferentes partes do samba-enredo, que
demonstram toda a versatilidade de nossos ritmistas associados à uma manutenção rítmica
constante, proporcionando um desfile solto e vibrante aos nossos componentes.
Tamanha interação com a escola fez com que a direção gresilense apostasse na valorização de uma
“prata da casa” para ocupar o glorioso posto, antes ocupado por modelos e atrizes.
Em sua estreia, no último carnaval, Flávia Lyra não só teve a aprovação de seus súditos
leopoldinenses, como foi vastamente elogiada por sua postura e apresentação pela mídia
especializada, consolidando assim seu reinado que promete ser duradouro à frente de nossa
orquestra popular.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Harmonia
Intérprete:
Pelo terceiro ano consecutivo como a “voz oficial” da Imperatriz Leopoldinense em seu desfile, Arthur
Franco, vencedor do prêmio Estandarte de Ouro em 2017 na categoria revelação, é uma das grandes
apostas gresilenses em busca de seu campeonato. A união da técnica vocal necessária para a perfeita
interpretação do samba e a empolgação para a sustentação de um desfile contagiante, faz de Arthur,
atualmente, um dos cantores mais qualificados na Avenida. Arthur é maestro e regente de coral. Em
paralelo a sua carreira no mundo do samba, ele atua como regente em vários projetos musicais. O estudo
do canto e harmonização vocal é uma das atividades principais na rotina diária de nosso intérprete, que
conta com o apoio constante da fonoaudióloga Isabel Monteiro de Gomes, especialista em voz, na sua
preparação.
352
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Evolução
A ideia é que quando a escola entrar avenida nossos componentes tragam alegria, espontaneidade e,
também, a conscientização de que seu empenho é fundamental para a conquista da vitória.
Evolução é um dos quesitos que a Imperatriz Leopoldinense mais trabalha durante o período de
ensaios técnicos. Júnior Escafura, diretor geral de harmonia e evolução da agremiação, tem a
filosofia que o componente seja o principal diretor de harmonia e evolução dentro de cada ala.
A Agremiação conta ainda com uma oficina de formação de passistas mirins, que proporciona ao
longo do ano, aulas de samba para as crianças de nossa comunidade, aliando a cultura popular ao
acompanhamento escolar tradicional, requisito obrigatório para participar do projeto. Entre nossos
passistas mirins destacam-se: Rúbia Vitória, Gi Fernandes, Duda Apolinário, Dany Fogacinha, Caio
Júnior, Wallacy Monteiro, Wesley Monteiro, Wendel Monteiro, Wesley Silva
353
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Diretor Geral de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Direção de Carnaval
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
100 50 50
(cem) (cinquenta) (cinquenta)
Responsável pela Ala das Baianas
Raul Cuquejo
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Marleny Ferreira Jenifer Casro
(oitenta) 83 anos 20 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Solange Costa
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Josina Braga Fávio Henrique
(setenta) 90 anos 47 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Elymar Santos
Outras informações julgadas necessárias
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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Robin Hood
A lenda de Robin Hood e seu bando é o tema da Comissão de Frente da Imperatriz Leopoldinense
no carnaval de 2019. Com o enredo “Me dá um dinheiro aí” nossa comissão invade a Avenida
com a promessa de tirar dos ricos para dar aos pobres! Robin Hood é considerado um líder do
povo, ícone na luta por melhor distribuição de renda e pelos direitos dos mais pobres. Nossa trupe
/ bando é formada por representantes de todas as classes: eles são sonhadores, são poetas, artistas,
vingadores encapuzados! Ladrões? Apontando suas flechas na direção das injustiças sociais, eles
roubam dos ricos e reescrevem a história com suas próprias mãos. Defensores de ontem e de hoje
querem reacender em cada um de nós a esperança de um mundo melhor e com mais igualdade.
Na sua formação profissional, Fábio Batista obteve formação com importantes Mestres do cenário
da dança brasileira e internacional, tais como: Edmundo Carijó, Charles Nelson, Valéria Monã,
Zebrinha, Thyrza Barizon, Marly Tavares, Richard Gragun, Regina Sauer, Cristiane Ramos,
Roberto de Oliveira, Nino Giovanet, Beth Oliose, Rosália Valviere entre outros. Também
participou de alguns importantes laboratórios coreográficos como das Companhias de Marta
Graham (EUA), Bill T. Jones (EUA), Teatro TALIPOT (Ilha da Reunião), Balé Guaíra (BR),
Grupo Corpo (BR), Balé Folclórico da Bahia (BR), Grupo Moitará (BR), CTO (BR) e Cia dos
Comuns (BR).
355
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Em 2007 Fábio Batista faz sua primeira estreia em solo internacional com show conduzido pela
escola de samba Tradição no México, após o sucesso do show no ano seguinte iniciou uma
trajetória como coreógrafo de shows internacionais passando pela Rússia, Argentina, França,
Qatar, Eslovênia, Suécia e Ilhas Maurícius.
No âmbito do carnaval, coreografou as alas e carros das Escolas Paraíso do Tuiuti 2005 e 2018,
Acadêmicos do Salgueiro 2002, 2003 e 2008, Imperatriz Leopoldinense 2012 a 2016, Mangueira
2017 e 2018. Nesses dois últimos trabalhos na Mangueira conquistou o Estandarte de Ouro de
melhor ala consecutivamente. Em Comissões de Frente Fábio Batista, estreou como bailarino na
Estácio de Sá em 2002 e 2003, tendo passado também pela Vizinha Faladeira e Acadêmicos do
Dendê, como coreógrafo foi premiado duas vezes com comissão de frente da Herdeiros da Vila.
No Acesso A coreografou Paraíso do Tuiuti e Renascer de Jacarepaguá. Fábio ainda atuou como
Diretor de Carnaval da CCES Flor da Mina do Andaraí contribuindo para sua ascensão até os
desfiles na Marques.
No Cinema e na Tv fez alguns comerciais e participou dos filmes “Garota do Rio’ (EUA / BR),
“A taça do mundo é nossa!” (BR), “Xuxa Requebra” (BR) e “Maré – Nossa história de Amor”
(BR). Participou do DVD/Show do Arlindo Cruz – “Batuques do Meu Lugar”, Daniela Mercury –
“Canibalia”, Alexandre Pires – “A Deus eu peço”. Coreografou e fez preparação do elenco da
peça “Mercedes Batista” – Grupo EMU e foi coreógrafo do Rock Street África no Rock in Rio de
2017.
Em 2012, fundou um grupo de artistas a Cia Clanm de Dança onde até hoje atua como Diretor
/Coreógrafo, produziu dois espetáculos com apresentações nacionais e internacionais. Em 2014
criou a Escola Carioca de Danças Negras, espaço de referência nas pesquisas e desenvolvimento
das Danças de Matrizes Negras Brasileiras e Internacionais.
356
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Equipe Brasil:
Equipe Argentina:
357
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Thiaguinho Mendonça 30 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Rafaela Teodoro 26 anos
2º Mestre-Sala Idade
Marcílio Diamante 33 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Beatriz Paula 18 anos
Outras informações julgadas necessárias
TOQUE DE MIDAS
O ouro, o fascínio que esse metal tão raro e valioso exerce sobre a mente humana é milenar! Não
foi diferente com o Rei Midas. Sua lenda nos conta que esse poderoso rei fez um pedido ao deus
Dionísio para que tudo que ele tocasse virasse ouro; acreditava que assim se tornaria o homem
mais rico e poderoso da terra. Sua ambição o cegou e ele não previu as consequências de seu
desejo. Midas foi atendido, mas logo percebeu que esse dom, ao invés de lhe trazer felicidade,
passou a ser sua maior desgraça. O rei não conseguia mais se alimentar, nem beber um cálice de
vinho, até que o mais terrível lhe ocorreu ao tocar sua filha e transformá-la em uma linda estátua
de ouro. Ao perceber o erro ao qual sua ganância o levou, ele implora a Dionísio que desfaça a
magia, já que nada vale mais do que a vida de sua amada filha.
358
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Sobre o 1º Casal:
Com apresentações fortes unindo a tradição com o contemporâneo os guardiões do maior tesouro
leopoldinense vem gabaritado suas notas e garantindo inúmeros reconhecimentos e prêmios da
mídia especializada.
O jovem casal aprimorou a cada ano sua dança em busca de um excelente resultado. Sem cessar,
após o carnaval passado, já retomam a rotina de ensaios e estudaram as notas recebidas, em cima
dos elogios e críticas, uma linha a seguir. O estudo da dança é primordial para um trabalho
excepcional. O bailado, cortejo e elegância do casal de mestre-sala e porta-bandeira é algo
sublime e não pode se perder diante da modernidade. Em busca do enamorar, dos olhos nos olhos,
Thiago e Rafaela trabalham com afinco.
Com a orientação técnica do coreógrafo Fábio Batista, responsável também pela Comissão de
Frente, Thiago e Rafaela primam pela linha clássica. Com bailado singular, apresentando os
movimentos tradicionais, com sequências de movimentos coordenados e complementares. Uma
parte a ser destacada é a referência ao Rei Midas e o seu toque de ouro. Por instantes Thiago faz
uma menção ao rei da mitologia grega que tudo ao seu toque vira ouro. Sem perder a elegância e
a sutileza, toca em Rafaela como se a transformasse em ouro.
Aos 26 anos de idade, Rafaela Theodoro chega a sua maturidade na arte de dançar. Completando
10 anos como porta-bandeira em 2019, sendo 9 anos ininterruptos defendendo o primeiro
Pavilhão da Imperatriz leopoldinense. Vem recebendo o merecido reconhecimento em função da
sua dança e evolução ao longo desses anos. Coleciona mais de 15 prêmios e muitas notas 10.
Rafaela que ainda menina começou seus primeiros passos na renomada escola do Mestre Dionísio
e teve uma breve passagem pela Vila Isabel, é hoje a porta-bandeira que mais defendeu o pavilhão
gresilense em desfiles na Marquês de Sapucaí.
359
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O valor financeiro de uma obra de arte é algo indefinível, intangível! Qual o verdadeiro valor de
uma obra de arte? O que define se ela custa mil ou um milhão de reais? Existem várias questões
envolvidas, mas sem dúvida, a figura do artista é o ponto crucial, quando e por algum motivo um
artista fica famoso, ele adquire uma espécie de “Toque de Midas” e suas obras passam a valer
“ouro”! Galerias e marchands ajudam e investem alto para criar esses artistas célebres lucrando
com a compra e venda de suas obras. Hoje, o mercado de arte movimenta milhões e exatamente
pela obra de arte possuir um valor intangível é considerado um investimento seguro e muito
lucrativo!
Mas será que a verdadeira obra de arte consegue transcender a tudo isso?
Escolhemos para o ballet de nosso segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira a obra de Pablo
Picasso porque além deste ser um dos maiores pintores modernos, no ano de 2018, um quadro de
sua autoria alcançou a extraordinária soma de 179,36 milhões de dólares em um leilão.
E por que Guernica?
Aqui escolhemos Guernica por ser um dos quadros mais representativos da obra do artista. A obra
se tornou um ícone mundial e é considerado um símbolo da luta pelo antimilitarismo, contra a
violência e pela liberdade do homem. A vida humana vale mais do que uma guerra pode
conquistar. O artista consegue que sua obra transcenda o valor contemplativo e se transforme em
uma bandeira de paz, que nesse ballet se une ao pavilhão da Imperatriz pela valorização da vida
humana.
360
G.R.E.S.
UNIDOS DA TIJUCA
PRESIDENTE
FERNANDO HORTA
361
“Cada macaco no seu galho.
Ó, meu Pai, me dê o pão que eu
não morro de fome!”
Carnavalescos
ANNIK SALMON, FRAN SÉRGIO, HÉLCIO PAIM E MARCUS PAULO
363
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Enredo
“Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão que eu não morro de fome”
Carnavalescos
Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Coordenação Geral: Laíla
Autor(es) do Enredo
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Laíla, Annik Salmon, Fernando Costa, Fran Sérgio, Hélcio Paim, Igor Ricardo e Marcus Paulo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
01 Seis Mil Anos de JACOB, Heinrich Nova Alexandria 2004 Todas
Pão Eduard
365
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
A Comissão de Carnaval é formada por Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim e Marcus Paulo
Annik Salmon é formada pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) no curso de Belas Artes
(Indumentária e Cenografia) e pós-graduada em Educação Artística com formação para docentes pela
Universidade Cândido Mendes (Ucam). Ao formar-se, em 2003, começou a estagiar na Escola de Samba
Unidos do Porto da Pedra, num acordo entre a Liga das Escolas de Samba (Liesa) e a Faculdade de Belas
Artes. Em 2004 já era assistente e figurinista do Carnavalesco Alexandre Lousada, com quem trabalhou até
2007 para agremiações diferentes: Porto da Pedra, Vila Isabel e Beija-Flor. Nos anos seguintes trabalhou na
Vila Isabel, como Assistente do Alex de Sousa e Paulo Barros, até que em 2009 foi para Unidos da Tijuca,
com o Paulo Barros, onde foi sua assistente até o carnaval de 2014. Após, passou a integrar a Comissão de
Carnaval da Unidos da Tijuca.
366
Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Enredo
Fran Sérgio é o carnavalesco com maior número de títulos do Carnaval carioca. São oito títulos
conquistados na Beija-Flor (1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008 e 2011). Nascido em Nilópolis,
município da Baixada Fluminense, Fran começou na azul e branco na ala das crianças e passou por
alas da comunidade, foi destaque de alegorias até chegar à comissão de carnaval e ser o responsável
artístico da agremiação. Ele ocupou o cargo por mais de 20 anos na Beija-Flor. Em 2018, foi
convidado para assinar sozinho o desfile da Vila Maria, escola de samba do Grupo Especial de São
Paulo. Para 2019, faz a estreia na Unidos da Tijuca e desenvolve também o desfile da Águia de Ouro,
de São Paulo.
Hélcio Paim atua no carnaval desde 1981 e já teve seu trabalho reconhecido em diferentes setores das
escolas de samba, como construção de alegorias, direção de carnaval e direção de barracão. Paim já
trabalhou em algumas Agremiações como: Difícil é o Nome, Caprichosos de Pilares, Rocinha, Vila
Isabel, Salgueiro, Grande Rio e é o responsável pela parte estrutural das alegorias da Unidos da Tijuca
desde 2000. Agora Paim integra a equipe de profissionais que compõem a Comissão de Carnaval da
Unidos da Tijuca. Em novembro do ano passado, o artista recebeu a Medalha Tiradentes, concedida
pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), entregue pelo seu relevante trabalho
carnavalesco e, consequentemente, cultural e social, prestado à causa pública fluminense.
Marcus Paulo é formado em Programação Visual, Moda, Produção Cenográfica, Design Gráfico e
Gestão de Negócios. Iniciou sua carreira no carnaval em 1991 contratado pelo carnavalesco Alexandre
Louzada, na escola de samba Caprichosos de Pilares. A partir daí foram onze carnavais como seu
assistente em outras agremiações como Grande Rio, Estácio, Mangueira e Portela. Marcus ainda foi
um dos responsáveis pela elaboração e criação de figurinos para as cerimônias de abertura dos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Suas obras foram elogiadas pelo Comitê
Olímpico Internacional, que as levaram para exposição permanente no Museu Olímpico, situado na
Suíça. Sua entrada na Unidos da Tijuca, onde integra a Comissão de Carnaval da agremiação, foi em
2004, contratado pelo Presidente Fernando Horta.
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HISTÓRICO DO ENREDO
Apresentação
Através dos “olhos” do pavão, animal que traz a visão de Deus pela alma e elimina o mal
com as garras, a Unidos da Tijuca vai passar uma mensagem de esperança em dias melhores
por meio da história e simbologia do pão. Assim como no pavilhão tijucano, o pavão guiará
a escola a revelar a trajetória do alimento mais popular do planeta.
O título do enredo ainda traz uma frase de clamor pelo pão que alimenta, seja o corpo ou a
alma. Desde a descoberta do alimento, ele vem curando as necessidades de muitos,
fortalecendo a construção de sociedades. O pão é o fio condutor que nos levará até os dias
atuais. Afinal, de acordo com o historiador alemão Heinrich Eduard Jacob, “nenhum outro
produto, antes ou depois da sua descoberta, dominou o mundo antigo, material e
espiritualmente, como o pão foi capaz de fazer”.
Sinopse
Através dos “olhos do Criador”, revejo o surgimento do alimento mais importante e sagrado
do mundo. Na Mesopotâmia, um dos berços da civilização, o homem primitivo percebe que
a simples exposição ao sol de um punhado de cereal, batizado como trigo, faz nascer uma
massa intrigante. A “descoberta” dali para frente alimentaria a humanidade.
Do pão, foi mantido um Império. Reis e rainhas caíram. Revoltas e revoluções surgiram.
O povo explorado, muitas vezes escravizado, sempre trabalhou pelo alimento de cada dia. O
humilde proletário, que madruga atrás de condução, também está em busca de uma vida
melhor. E é na fé que esse homem se sustenta. Fé encontrada no filho de Deus, que se fez
carne entre os pecadores. O Cordeiro de Deus deixou-nos o exemplo da multiplicação e
partilha do amor com os irmãos.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019
Assim como Jesus Cristo, outras santidades dão verdadeiras lições de que, se cada um fizer a
sua parte, mesmo que pequena, fabricaremos, amassaremos a mistura, que ao crescer, salvará
nosso mundo da fome de alimento, e de sentimentos.
Até porque vivemos em uma realidade tão cruel, em que muitos ainda não têm acesso ao
básico para viver. Os abusos de poder massacram os desfavorecidos. Estamos no forno,
assando, sofrendo, queimando no descaso de quem deveria olhar pela prosperidade de todos.
O ditado popular "cada macaco no seu galho" nunca foi tão essencial como agora. Não no
seu significado original, que era usado para discriminar a população negra – povo que é a
essência das nossas escolas de samba. Se cada um dentro do seu ofício fizer o melhor,
teremos o nosso pão e não morreremos de fome.
Enquanto não desfrutamos desta abundância, sei que tudo poderá me faltar: água, pão... Mas
nada tirará o meu ânimo de viver. Nada! Porque sei que nunca me faltará o teu amor, Pai.
Amor que gerará filhos, nascidos sem dor. Filhos que crescerão como homens de bem,
direitos. Direitos que serão ensinados para vivermos em um mundo melhor.
Ouço o teu clamor, por isso, cubro-te de amor e fé pois este é o verdadeiro alimento da sua
alma.
Agradecimento
Obrigado, meu Deus, obrigado por mais esse dia. Obrigado pela minha família, pela
oportunidade de mais uma vez te encontrar de braços abertos para carregar em teu colo os
meus desejos, as minhas dores, os meus desafios. Obrigado, meu Deus, por iluminar meu
caminho, protegei minha casa, meus filhos. Cubra-me de amor e fé porque esse é o
verdadeiro alimento da minha alma. Iluminai a cabeça daqueles que vivem na escuridão,
consolai aqueles que tanto precisam do teu amor. Proteja aquele que vai em busca do pão
de cada dia, mas sobretudo cubra de graças aquele que se levanta para ir em busca de um
emprego. Que o clarão do dia que está para chegar, traga o sol da tua bondade e aqueça o
nosso coração. Sei, meu Deus, que pode me faltar a água, o pão, um teto, um abraço, mas
sei que nada disso é tão importante que me tire o ânimo e a alegria de viver. Sei que nesta
vida tudo poderá me faltar. O que nunca me faltará é o Teu Amor, Pai.
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JUSTIFICATIVA DO ENREDO
O enredo da Unidos da Tijuca “Cada macaco no seu galho. Ó, meu Pai, me dê o pão que eu
não morro de fome!” leva para a Avenida a história e simbologia do alimento mais popular
do planeta: o pão. A proposta da azul e amarelo é, acima de tudo, passar a mensagem de que
precisamos ter mais amor e respeito uns pelos outros para acabar com a desigualdade social
tão presente na sociedade. Desta forma, o pão cumpre o papel de ser fio condutor da
trajetória da própria humanidade, mostrando como o homem foi se relacionando com a
cobiça e o poder. Ao mesmo tempo, o desfile expõe a fé em um Deus, Criador do Universo,
que está de “olho” na sua criação.
A expressão “Cada macaco no seu galho” no título e no desenvolvimento do enredo da
Tijuca vem para reforçar a crítica social presente no tema. A agremiação utiliza o ditado
popular de forma diferente do sentido original porque, no início, segundo pesquisadores,
“Cada macaco no seu galho” foi atribuído, depreciativamente, aos homens negros. Até
porque não faria sentido algum uma escola de samba se utilizar de algo racista. A essência
das agremiações são os negros.
Algumas pesquisas mostram que a expressão tem origem na guerra entre o Paraguai e uma
aliança entre o Brasil, o Uruguai e a Argentina, que se estendeu de dezembro de 1864 a
março de 1870. Neste conflito, a maior parte do exército brasileiro era composta por
homens negros, a quem os brancos chamavam insultuosamente de macacos. Numa batalha,
o Duque de Caxias quis surpreender o inimigo e mandou cada um que subisse às árvores,
dizendo a frase: Cada macaco em seu galho.2
Com o passar do tempo, a expressão ganhou a conotação de “cada um na sua”, “não se meta
onde não é chamado”, “cada um no seu quadrado”. Ou seja, que cada pessoa deve
preocupar-se apenas com aquilo que lhe diz respeito. A expressão quer dizer que as pessoas
devem reconhecer o seu lugar, sem se intrometer em assuntos alheios, os quais não lhe
competem.
A presença do ditado no título do enredo destaca, portanto, a tônica do desfile. Se cada um
tiver desempenhando a sua função corretamente, ninguém vai morrer de fome. É uma crítica
direta aos marginais, aos políticos, aos falsos profetas, aos ardilosos, que roubam, usurpam e
humilham os mais necessitados. Ou seja, é uma crítica aos que vivem no meio das pessoas,
usurpando da capacidade delas, jogando umas contra as outras, em busca do domínio total
com o pensamento do mal.
No sentido contrário disso, a Tijuca destaca o papel social de quem pratica a caridade e luta
para corrigir as distorções sociais. São pessoas que carregam a fé e os ensinamentos de que a
“partilha do pão” é fundamental para acabar com a fome dos mais necessitados. A Tijuca
mostra então que a desigualdade tão presente na sociedade brasileira é resultado da falta de
compromisso dos poderosos com a população, sendo necessária uma maior compaixão pelo
outro para se viver em um mundo melhor.
2
VALE, Andreia. Puxar a brasa à nossa sardinha. Manuscrito Editora, 2015.
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Os setores:
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ROTEIRO DO DESFILE
ABERTURA – O SAGRADO PÃO
Comissão de Frente
“DISSE O SENHOR: EIS QUE VOS FAREI
CHOVER PÃO DOS CÉUS”, ÊXODO 16:4
Ato 1
“VINDE A MIM AS CRIANCINHAS”
Alegoria 01 – Abre-Alas
“PELOS OLHOS DO PAVÃO”
Destaque de chão
Ana Paula Evangelista
DEUSA DA DÁDIVA
Ala 02 – Coreografada
OS EGÍPCIOS
Ala 03 – Comunidade
ESCRAVOS HEBREUS
Ala 04 – Comunidade
COMERCIANTES FENÍCIOS
Destaque de Chão
Mônica Barbosa
ATENAS
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Ala 05 – Comunidade
GREGOS
Ala 06 – Comunidade
PADEIROS ROMANOS
Ato 2
O IMPÉRIO ROMANO
Alegoria 02
PÃO E CIRCO
Ala 07 – Coreografada
REVOLUÇÃO FRANCESA
Destaque de chão
Larissa Neto
NA RÚSSIA
Ala 08 – Comunidade
“PÃO E PAZ”
Ala 09 – Comunidade
REVOLTA DA FARINHA
Ala 10 – Comunidade
A CORTE NO BRASIL
Ala 11 – Comunidade
O PÃO DA TERRA
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Ala 12 – Coreografada
“PAU, PÃO E PANO”
Obs.: No meio dos componentes terá uma
passista para representar o desejo de liberdade
dos escravos.
Ato 3
JOÃO DE MATTOS, “O PADEIRO
ALFORRIADO”
Alegoria 03
COMENDO O PÃO QUE O DIABO AMASSOU
Ala 13 – Comunidade
SANTO ANTÔNIO
Ala 14 – Comunidade
OGUM
Destaque de Chão
Cristiano Amorim e Valéria Mari
POVO CIGANO
Destaque
Ala 15 – Passistas
Gabriel Dias
CIGANOS DE SANTA SARA
SANTA SARA
Rainha de Bateria
Elaine Azevedo
ALIMENTO SAGRADO
Ala 16 – Bateria
MÃOS SAGRADAS
Carro de som
Intérprete: Wantuir
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Ala 17 – Comunidade
SANTA ISABEL
Ala 18 – Comunidade
NOSSA SENHORA DO PÃO
Ala 19 – Comunidade
SANTO HONÓRIO
Ato 4
“EU SOU O PÃO DA VIDA”
Alegoria 04
“MULTIPLICA O SAGRADO PÃO”
Ala 20 – Comunidade
MARGINALIZADOS
Ala 21 – Comunidade
DESEMPREGADOS
Ala 22 – Comunidade
TRABALHADOR EXPLORADO
Destaque de Chão
Patrícia Chélida
A GANÂNCIA PELO PODER
Ala 23 – Comunidade
“VERMES” DO PODER
Ala 24 – Coreografada
“LOBO EM PELE DE CORDEIRO”
Ala 25 – Comunidade
“OS ARDILOSOS”
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Ala 26 – Coreografada
“GENTE SOFRIDA”
Ato 5
A CARIDADE
Alegoria 05
ME DÊ O PÃO QUE EU NÃO MORRO DE FOME
Ala 27 – Comunidade
VENTRES DA ESPERANÇA
Ala 28 – Compositores
ESCUTE A VOZ DO BOREL
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Composições: O Pavão
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Composições: Escravos
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, nº. 60 – Barracão nº. 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Fernando Leal
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Hélcio Paim e Kennedy Prata Edgar
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Kennedy Prata e Estêvão Gomes Kennedy Prata, Estêvão Gomes e
Tapy
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Oliveira Antônio
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FICHA TÉCNICA
Alegorias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
* Deusa da Dádiva Para uma boa colheita de trigo no Destaque de Ana Paula
Antigo Egito, os egípcios chão Evangelista
depositavam orações aos deuses. Ou (2018)
seja, se o rio Nilo inundava
generosamente as plantações de
trigo, os agricultores egípcios
atribuíam isso como se fosse uma
graça divina. Ana Paula Evangelista
representa a Deusa Tefnut, que,
segundo a mitologia, era a
responsável pelas chuvas.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
* Povo Cigano O casal desfila à frente da ala dos Destaques de Valéria Mari e
passistas representando o povo Chão Cristiano
cigano. (2018) Amorim
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
* “Eu Sou o Pão Jesus Cristo entregou o próprio Ato 4 Jan Oliveira
da Vida” Corpo para dar a vida eterna ao (2018)
mundo. O quarto ato do desfile
relembra a peregrinação do Filho de
Deus em direção ao calvário. Foi
durante tal passagem bíblica que
Jesus se colocou como o Pão que dá
a vida. Ele morreu para nos dar a
vida eterna.
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
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FICHA TÉCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 12 – Gamboa – Rio de Janeiro – RJ
Diretor Responsável pelo Atelier
Laerte Couto
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
João Vitor Anderson Oliveira, Eduardo Dias, Junior
Bandeira, Roberto Abreu, Wilson Vieira e
Sarah Nascimento
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Anderson Oliveira, Eduardo Dias, Junior Alberto
Bandeira, Roberto Abreu, Wilson Vieira e
Sarah Nascimento
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Laíla, Annik Salmon, Fran Sérgio, Hélcio Paim - Criadores do Projeto Plástico das Fantasias
e Marcus Paulo
Romilton - Espumas
Almir - Ferragens
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba- Márcio André, Júlio Alves, Daniel Katar, Diego Moura, Dr. Jairo,
Enredo Nego, Elias Lopes e Junior Trindade
Presidente da Ala dos Compositores
Direção de Carnaval
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
71 Azeitona Gabriel Machado
(setenta e um) 74 anos 22 anos
Outras informações julgadas necessárias
Meu filho,
Como é lindo o amanhecer
Reflete o sol, a criação
Um bom dia a renascer
Pelos olhos do pavão
Sou a fé na vida
Esperança da massa
Aquele que na dor te abraça
Sou eu, a verdade pra quem pede luz
Carregando a sua cruz
O alimento em comunhão
Princípio da salvação
Ouço chamar meu nome
Ouço um clamor de prece
Choro ao te ver com fome
Sou o cordeiro que a alma fortalece
Só existe um caminho (por favor)
Cada um faz seu destino (meu senhor)
As migalhas do poder que o Diabo amassou
Estão dentro de você
As mãos unidas vêm pedindo o perdão
Gente sofrida com a paz no coração
Divide o pouco que tem pra comer
Ó, meu pai, o seu amor é a receita
Iluminai, que não me falte o pão na mesa
Derrame igualdade, prosperidade
As bênçãos do céu
Se Deus é por nós, escute a voz
Que vem do meu Borel
Hoje a Tijuca pede em oração
Veste a fantasia pra fazer o bem
Multiplica o sagrado pão
Amém (Amém)
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FICHA TÉCNICA
Samba-Enredo
O samba da Unidos da Tijuca de 2019 traz um diálogo entre Deus e um fiel, que é o componente
da escola. Tal licença poética será vista durante o desfile da azul e amarelo que narra a história e a
simbologia do pão. A trajetória do alimento é contada através do viés religioso, cristão, sendo o
pão apresentado como uma criação divina.
Em diversas religiões, o pavão, símbolo da agremiação, possui significado sagrado. É a “ave dos
cem olhos”. Para os cristãos, o padrão da cauda do pavão adquiriu um significado de
omnisciência, o Deus que tudo vê. É desta forma que o desfile e o samba se iniciam, mostrando
que o “Pai” de todos nós está de olho na sua criação, “pelos olhos do pavão”.
A narração de Deus segue na canção destacando que sempre esteve “ouvindo” as preces dos seus
“filhos”. O desfile mostra, historicamente, como o pão se transformou no alimento mais popular
do mundo. O crescimento e desenvolvimento do alimento, entretanto, não estabeleceu uma
igualdade de condições. Ou seja, nem todo mundo tem o que comer.
Diante das inúmeras preces e intercessões, Deus nos aponta “um caminho”: “cada um faz seu
destino”. Mas, por enquanto, a influência do mal, que está “dentro” de cada indivíduo atrapalha
isso. Enquanto ninguém desfruta da plenitude, algumas atitudes de partilha ajudam os mais
necessitados.
Desta forma, o samba da Tijuca se encaixa dentro da narrativa plástica proposta pela comissão de
carnaval. Seguindo uma linguagem não literal dos acontecimentos, os compositores construíram
uma obra-oração, já que ainda hoje não existe a “igualdade, prosperidade”. Os componentes do
Borel entram na Avenida cantando-rezando pedindo a multiplicação do “sagrado pão”.
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FICHA TÉCNICA
Bateria
Xiquerê – 01 componente
BATERIA
Nome da Fantasia: Mãos Sagradas
O que representa: Personagem principal do desfile das escolas de samba, os ritmistas de Mestre
Casagrande “vestem a fantasia” da imagem mais utilizada pelos padeiros. Tais profissionais são os
principais responsáveis pela confecção dos pães. Desta forma, a descrição de mãos sagradas serve
para representar tanto os padeiros quanto os responsáveis por sustentar o ritmo da apresentação
tijucana. A fantasia traz um tom esfumaçado para dar a impressão de que todos estão trabalhando em
um forno.
Mestre Casagrande: Luiz Calixto Monteiro iniciou a carreira no Carnaval como ritmista, em 1979.
Na década de 1980, foi promovido a diretor de bateria da Unidos da Tijuca, tocando ao lado do
lendário Mestre Marçal. Após anos atuando como diretor, Mestre Casagrande assumiu, em 2008, a
regência da bateria “Pura Cadência” da Unidos da Tijuca. A frente da bateria tijucana ganhou
diversos prêmios. Tendo, em 2015, conquistado o Estandarte de Ouro de Melhor Bateria.
Casagrande é considerado um dos melhores mestres da atualidade por seu desempenho primoroso na
Tijuca. Desde 2012, contando com o descarte da menor nota, os ritmistas da Tijuca não perderam
décimos. No último carnaval, a bateria conseguiu todas as notas máximas dos jurados.
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FICHA TÉCNICA
Harmonia
Intérprete oficial
Wantuir: Iniciou a carreira como cantor de samba-enredo no extinto bloco de enredo Acadêmicos
de Caxias, do município da Baixada Fluminense. No início, Wantuir de Oliveira acompanhou o
intérprete Dominguinhos do Estácio na Estácio de Sá, Imperatriz Leopoldinense e Grande Rio, onde
ficou sete anos. A estreia como cantor oficial de uma agremiação ocorreu em 1994, na Acadêmicos
do Cubango. No ano seguinte foi convidado para a Porto da Pedra, tendo sido campeão do Grupo de
Acesso A. Na Unidos da Tijuca, Wantuir ingressou para o Carnaval de 2001, permanecendo por
dois anos. Retornou para a azul e amarelo em 2004, ficando até 2008. Neste período, defendendo a
escola tijucana, conquistou o Estandarte de Ouro por duas vezes (2005 e 2007), sendo considerado
um dos melhores intérpretes do Carnaval. Após passagens pela Inocentes de Belford Roxo, Grande
Rio, Portela, Paraíso do Tuiuti e agremiações do Grupo Especial de São Paulo, Wantuir retorna para
a Unidos da Tijuca neste ano.
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FICHA TÉCNICA
Evolução
Principais Passistas Femininos: Aisha Khaled; Alexandra Olímpio; Ana Carolina Silva; Ana
Patricia Paula; Carolina Oliveira; Cintya Ribeiro; Clara Oliveira; Dayanne Jadijisk; Fabíola Gomes;
Flaviana Gomes; Gleice Freire; Gleyce Kelly; Janaina Guimarães; Jacqueline Sapucahy; Luana
André; Luciene Oliveira; Keyla Souza; Michele Leão; Priscila Capri; Rayanne Santos; Renata Cruz;
Vanessa Bomfim; Vivian Plemont.
Principais Passistas Masculinos: William Andrade; Phillips Ferraz; Nicio Oliveira; Rodrigo
Franco; Douglas Fernandes; Flávio Machado; Wagner Souza; Hederson Souza; Junior Duarte; Júlio
Neves.
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FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
João Paredes
Diretor Geral de Carnaval
Laíla e Fernando Costa
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
Jan Oliveira
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
60 45 15
(sessenta) (quarenta e cinco) (quinze)
Responsável pela Ala das Baianas
Ivone Gomes
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Marina Bulcão de Araújo Jéssica Marcolino
(oitenta) 84 anos 24 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Maria Lucia Alves Pereira
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
47 Tia Hilda Rosimeri
(quarenta e sete) 89 anos 49 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
-
Outras informações julgadas necessárias
Laíla é um dos mais experientes profissionais do Carnaval brasileiro, atuando na festa desde a
década de 60. Natural do Morro do Salgueiro, na Tijuca, Laíla começou a carreira na vermelho e
branco, onde ocupou o cargo de diretor de harmonia. A partir de 1976, passou a fazer parte da
Beija-Flor de Nilópolis ajudando no primeiro tricampeonato da azul e branco. Na Unidos da
Tijuca, o diretor esteve entre os anos de 1980 e 1983, quando também conquistou um campeonato
no enredo sobre Delmiro Gouveia. Laíla teve passagens ainda pela Vila Isabel, Grande Rio,
Peruche (SP), além de participações nos carnavais de Belém e Porto Alegre. Há mais de 50 anos é
o responsável pela produção do CD das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
Laíla volta para a Unidos da Tijuca neste Carnaval depois de ter participado de 13 dos 14 títulos
da história da Beija-Flor. Em São Paulo, Laíla integra a comissão de carnaval da Águia de Ouro
em 2019.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos da Tijuca – Carnaval/2019
FICHA TÉCNICA
Informações Complementares
Descendente de portugueses, nascido no bairro de Vista Alegre, Zona Norte do Rio, onde mora
atualmente, Fernando Costa está no samba desde os tempos de criança. Fascinado por
instrumentos musicais, sobretudo os de percussão, em 1988, começou a frequentar, na companhia
de amigos, os ensaios da Unidos da Tijuca. Em pouco tempo, passou a pertencer ativamente à
família tijucana, quando, por três anos seguidos, desfilou na bateria, tocando caixa. Dali em
diante, estreitou relações com outros segmentos da escola, até que, em 2000, foi convidado pelo
presidente Fernando Horta a fazer parte da harmonia da agremiação. Fernando Costa levou a sério
a função que assumiria no Carnaval Carioca, sendo convidado, em 2006, a comandar a harmonia
do Salgueiro, fato que o fez encarar o trabalho no samba como profissão. De volta a Unidos da
Tijuca, comandou o Departamento de Harmonia no Carnaval campeão de 2010, no vice-
campeonato de 2011 e no campeonato de 2012 e no Carnaval de 2014 consagrou-se campeão
como Diretor de Carnaval. A determinação e a dedicação são as principais marcas do seu trabalho
em busca de mais um título para escola de samba da comunidade do Borel.
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FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
O que representam: “Disse o Senhor: Eis que vos farei chover pão dos céus”, Êxodo, 16:4
A abertura do desfile da Unidos da Tijuca mostra, através de relatos bíblicos, a presença de Deus
na vida dos Seus Filhos. Através da fé no Criador do universo, muitos fiéis devotam suas vidas no
caminho orientado por Ele. Foi assim que os hebreus saíram da escravidão no Egito rumo à Terra
Prometida.
E é justamente tal êxodo que a comissão de frente, sob o comando do coreógrafo Jardel Augusto
Lemos, representa na Sapucaí. O grupo relembra o início da difícil travessia de 40 anos do povo
no deserto. De acordo com o livro do Êxodo, uma nuvem acompanhava a multidão, protegendo
do rigoroso calor do sol e aquecendo pela noite. Um sinal do afeto de Deus, que falava
diretamente com eles através de um raio.
Entretanto, foi em meio ao desespero da fome que o Senhor surpreendeu ainda mais os hebreus.
Sem ter o que comer, eles começaram a murmurar e a duvidar da promessa de que chegariam ao
local da Terra Prometida.
“Então disse o Senhor: Eis que vos farei chover pão dos céus… E amanhã vereis a glória do
Senhor”- Êxodo 16:4
O episódio conhecido como milagre do maná do deserto mostra que, além de sustentar
fisicamente os hebreus, Deus ensinou uma lição espiritual para aquela população: é preciso
confiar na Palavra de Deus.
“Ele deu ordens às nuvens e abriu as portas do céu; fez chover maná para que o povo comesse,
deu-lhe o pão dos céus” - Salmos 78:23-24
Desta forma, a comissão de frente abre o desfile da Tijuca com a simbologia do pão dado por
Deus no seu primeiro milagre como forma de amor e cuidado.
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FICHA TÉCNICA
Comissão de Frente
Jardel Augusto Lemos: Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), o coreógrafo tem vasta experiência no cenário da dança nacional e do Carnaval. Jardel se
formou em bacharel em Dança (UFRJ) e é Mestre em Educação, Cultura e Comunicação pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já atuou como professor convidado do curso
de Especialização em Figurino e Carnaval na Universidade Veiga de Almeida (UVA - RJ) e
professor do Centro Nacional de Ensino Superior, Pesquisa, Extensão, Graduação e Pós-
Graduação – Joinville/SC, nos cursos de especializações em Dança Educacional e Artes Cênicas.
Como bailarino, Jardel participou das comissões de frente de agremiações como Rocinha, União
da Ilha do Governador, Beija-Flor e Portela. Trabalhou com coreógrafos/diretores como Lilibeth
Cuenca (Dinamarca), Ghislaine Cavalcanti, Luciana Yegros, Regina Miranda, Fernando Bicudo,
Rubens Velloso, Laíla, entre outros. Como jurado, o coreógrafo julgou o quesito comissão de
frente nos carnavais de Três Rios e Vitória (ES).
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1º Mestre-Sala Idade
Alex Marcelino 36 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Raphaela Caboclo 25 anos
2º Mestre-Sala Idade
Matheus André 26 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Lohane Lemos 27 anos
Outras informações julgadas necessárias
Alex Marcelino: Com passagem pela famosa escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira de Manoel
Dionísio, onde permaneceu por dois anos, Alex começou a carreira dançando pela Leão de Nova
Iguaçu. Desfilou também na Unidos do Cabral, antes de chegar ao Império Serrano, escola que
defendeu por seis anos seguidos. Na Verde e branco de Madureira, ele conquistou por três anos
consecutivos a nota máxima do júri. Em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala da Portela, desfilando
ao lado de Danielle Nascimento, com quem já havia formado par na Escola da Serrinha. Naquele
ano, ele ainda ganhou o Estandarte de Ouro como Revelação. No último carnaval, ajudou a Azul e
branco a levar o seu 22.º campeonato, conquistando a nota máxima no quesito.
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FICHA TÉCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Raphaela Caboclo: A porta-bandeira defendeu por 15 anos o pavilhão do Império Serrano. Ela e
Alex Marcelino assumiram o cargo de primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da verde e
branco do Morro da Serrinha faltando apenas oito dias para o desfile oficial. Os dois formaram
dupla até o Carnaval de 2013 na agremiação. Em São Paulo, Caboclo desfilou como primeira
porta-bandeira da Camisa Verde e Branco, conquistando notas máximas, entre 2014 e 2016. No
ano passado, Raphaela ganhou o prêmio Estandarte de Ouro, concedido pelo Jornal O Globo, e o
Gato de Prata, ambos como Revelação. A porta-bandeira volta a dançar com Alex Marcelino
agora na Unidos da Tijuca.
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