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Aula 04

Direito Processual Civil p/ TJ-SP (Escrevente Técnico Judiciário)

Professor: Ricardo Torques


DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJSP
teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

AULA 04
TUTELA PROVISÓRIA

Sumário
1 - Considerações Iniciais ................................................................................................. 2
2 - Tutela Provisória ........................................................................................................ 2
2.1 - Classificação doutrinária das tutelas provisórias ....................................................... 2
2.2 - Disciplina das tutelas provisórias no NCPC ............................................................... 6
2.3 - Tutelas de Urgência ............................................................................................ 12
2.4 - Tutela de Evidência ............................................................................................ 30
3 – Questões ................................................................................................................ 32
3.1 - Questões sem comentários .................................................................................. 32
3.2 - Gabarito ........................................................................................................... 44
3.3 - Questões com comentários .................................................................................. 44
3.4 – Lista de Questões de Aula ................................................................................... 69
4 – Destaques da Legislação ........................................................................................... 71
5 – Resumo .................................................................................................................. 73
6 – Considerações Finais ................................................................................................ 78
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TUTELA PROVISÓRIA
1 - Considerações Iniciais
Enfim temos uma aula menor! Hoje, será um encontro tranquilo, no qual
abordaremos assunto de primacial importância, contudo, menos denso quando
comparado com os temas anteriores que estudamos.
Na aula de hoje vamos nos ocupar com as tutelas provisórias, que foram
totalmente reformuladas à luz do NCPC, o que exigirá grande esforço para
compreendê-las na nova sistemática.
De todo modo, é importante registrar que não obstante a matéria seja menos
extensa – arts. 294 a 311 do NCPC – a incidência nas provas recentes é grande.
Note que a maioria das questões são, inclusive, elaboradas com base no NCPC.
Trata-se de assunto expresso no edital e totalmente reformulado pelo NCPC.
Destacamos que não iremos adaptar questões dos concursos anteriores
ao NCPC. Não faremos isso porque a nomenclatura mudou muito e trazer
questões que cobram o CPC73 pode gerar incompreensão. Assim, traremos
todas as questões elaboradas sob a égide do NCPC, inclusive questões
de nível superior, de modo que você terá como treinar a matéria.
Vamos lá, então?
Bons estudos!

2 - Tutela Provisória
2.1 - Classificação doutrinária das tutelas provisórias
Antes de apresentar a classificação das tutelas provisórias, vamos, rapidamente,
diferenciar a tutela definitiva da provisória.
Quanto à tutela definitiva1:
A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate
acerca do objeto da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a
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ampla defesa.

Essa tutela definitiva poderá ser satisfativa, ou seja, poderá ser voltada para
certificar direitos (ações declaratórias, constitutivas e condenatórias) ou para
efetivar direitos (ações executivas).
Além disso, a tutela definitiva também poderá ser assecuratória (ou cautelar),
cuja finalidade é conservar o direito do autor, neutralizando efeitos maléficos do
tempo. A tutela cautelar caracteriza-se pela referibilidade e pela temporariedade.

1
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 575.

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a tutela cautelar deve se referir a outro


REFERIBILIDADE
direito principal (tutela satisfativa)

tem eficácia limitada no tempo, extinguindo-


TEMPORARIEDADE se com a obtenção do direito principal
(tutela satisfativa)

A tutela provisória, por sua vez, tem por finalidade antecipar o gozo de
determinado direito ou assegurá-lo a fim de que possa ser gozado em momento
oportuno.
A tutela provisória caracteriza-se pela sumariedade da cognição, pela
precariedade e pela impossibilidade de sofrer os efeitos da coisa julgada.

a decisão se assenta em análise superficial do


COGNIÇÃO SUMÁRIA
objeto litigioso

poderá ser revogada ou modificada a qualquer


PRECARIEDADE
tempo

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IMPOSSIBILIDADE
não poderá sofrer os efeitos da coisa julgada
DE COISA JULGADA

Feito isso, vamos analisar a classificação das tutelas provisórias, com base na
posição majoritária da doutrina.

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tutela antecipada

ESPÉCIES DE
TUTELA tutela cautelar
PROVISÓRIA

tutela de evidência

Essas três espécies de tutela são chamadas de provisórias ou provisionais, o


que significa dizer que não são definitivas, e se sujeitam a mudanças. De forma
técnica, podemos afirmar que a tutela provisória não se estabiliza pela
formação da coisa julgada.
A tutela antecipada é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa
tutela antecipa-se a concessão da prestação jurisdicional à parte em razão de
alguma situação urgente. A ideia é simples: a parte precisa do bem da vida agora,
caso contrário, não lhe será mais útil. Caso não receba o bem nesse momento, a
parte sofrerá um dano irreparável ou de difícil reparação.
De acordo com a doutrina2, a tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da
tutela definitiva satisfativa, conferindo eficácia ao direito afirmado.
Por exemplo, determinada pessoa precisa da liberação do SUS para o
recebimento de determinado medicamento. Nesse caso, ajuíza a ação e pleiteia
tutela antecipada para a concessão do medicamento, uma vez que corre risco de
morte.
No exemplo:

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2
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 582.

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pode ser que, ao final, o


PROVISÓRIA pedido seja julgado
improcedente

confere-se o bem da vida de


forma antecipada
ANTECIPADA
(fornecimento do
medicamento)

URGENTE demonstra-se risco de morte

É importante que você não confunda a tutela provisória


com julgamento antecipado da lide. Não temos um
julgamento antecipado do processo, mas tão somente a
antecipação da tutela jurisdicional.
Assim...

TUTELA antecipação da
PROVISÓRIA tutela

concessão da
JULGAMENTO julgamento do
tutela jurisdicional
ANTECIPADO mérito do processo
definitiva

Além disso, as hipóteses de cabimento de uma e de outra hipótese são distintas


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e, no caso de julgamento antecipado, temos um julgamento definitivo, não


provisório.
A tutela cautelar, tal como a tutela antecipada, é provisória e fundada na
urgência. A diferença dessa tutela é que, nesse caso, ela é conservativa. Assim,
não há concessão da tutela jurisdicional, mas conservação do interesse da parte
a fim de que ela possa ser beneficiada posteriormente com a tutela jurisdicional.
De acordo com a doutrina3, a tutela provisória cautelar antecipa os efeitos de
tutela definitiva não satisfativa (cautelar), conferindo eficácia imediata ao direito
à cautela.

3
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 583.

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Por exemplo, bloqueio de bens da pessoa devedora para que, na execução, haja
valores suficientes para pagar o valor devido.
A tutela de evidência, tal como a tutela antecipada, caracteriza-se pela
provisoriedade e por ser satisfativa. A grande distinção em relação à tutela
antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a cessão antecipada da tutela
jurisdicional não se funda na urgência, mas na evidência do direito pleiteado pelo
autor.
Por exemplo, em um contrato de financiamento, a contratante não paga o
financiamento e, após notificação extrajudicial sem manifestação do contratante,
a financiadora ingressa em juízo com pedido de busca e apreensão do bem dado
em garantia. Nesse caso, se o juiz conceder a tutela, não o fará em face da
urgência, mas poderá determinar a medida constritiva em razão da evidência de
que a contratante não pagou as mensalidades do financiamento.
Assim...

antecipada cautelar evidência

provisória provisória provisória

satisfativa conservativa satisfativa

urgente urgente

O quadro acima identifica claramente a distinção de elementos entre essas


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espécies de tutelas provisórias no NCPC. Vistos esses conceitos gerais, vamos


adentrar na disciplina específica da matéria no NCPC.

2.2 - Disciplina das tutelas provisórias no NCPC


Antes de iniciar a análise dos dispositivos do NCPC em relação às tutelas
provisórias, vamos destacar duas mudanças importantes que tivemos em relação
ao CPC73.
A primeira delas refere-se à unificação do trato na parte geral. O NCPC unifica
o tratamento da temática referente às tutelas provisórias em um único título, a
partir do art. 294. Essa disciplina é abordada na parte geral do Código, comum,
portanto, tanto à fase de conhecimento como à fase de execução.

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Além disso, temos o fim das cautelares em espécie. O NCPC não dispõe de
um livro específico para tratar das cautelares em espécie, tal como tínhamos no
CPC73. Não temos mais, portanto, dispositivos específicos para tratar do arresto,
do sequestro, da caução, da busca e apreensão, da separação de corpos etc.
A supressão dessas cautelares específicas decorreu do fato de que o nosso
sistema confere ao magistrado o poder geral de cautela. Desse modo, não haveria
necessidade de uma disciplina específica para temas cautelares. Isso não impede
que essas cautelares específicas sejam concedidas, mas o fundamento será
extraído do art. 301, do NCPC, que disciplina a temática em termos gerais.

Disposições Gerais
O NCPC, ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, consolida a
disciplina relativa à tutela de evidência e agrupa as tutelas de natureza urgentes
sob o nome de “tutelas de urgência”.
Assim, essa é a classificação das tutelas adotada pelo NCPC:

TUTELA
PROVISÓRIA

tutela de
tutela de urgência
evidência

tutela antecipada tutela cautelar

O que justifica a denominação de tutela de urgência com dois subgêneros é o


fato de que ambas estão condicionadas ao perigo da demora (periculum in mora).
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É justamente isso que trata do art. 294, caput, do NCPC.


Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

Na sistemática do CPC73, a medida cautelar era antecedente. Assim, antes de


ingressar com a demanda principal, a parte ajuizava uma ação cautelar
preparatória a fim de obter a garantia do direito e, após, ajuizava a ação principal.
Além disso, em relação à tutela antecipada, tínhamos o ajuizamento da ação
principal e, em pedido preliminar, o pedido antecipado.
Essa distinção não existe mais no NCPC. Tanto no caso de tutela cautelar
como nas hipóteses de tutela antecipada é possível o pedido antecedente,
preparatório. No caso específico da tutela antecipada, uma vez concedida,

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confere-se à parte prazo para que ela possa emendar o pedido, a fim de tornar o
pedido antecedente em pedido principal.
Há, portanto, uma sistemática específica em relação à forma de se apresentar os
pedidos em juízo.
Nos arts. 295 a 299, todos do NCPC, temos algumas regras gerais específicas:
 o art. 295 esclarece que as tutelas provisórias, quando requeridas
incidentalmente, não dependem do pagamento de custas:
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter INCIDENTAL independe do
pagamento de custas.

As despesas processuais têm por finalidade custear a obtenção da tutela


jurisdicional final. Assim, eventual pedido incidente será isento de custas.
 o art. 296 aborda o conceito de provisoriedade dessas tutelas, na medida em
que podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo:
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, A QUALQUER TEMPO, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. SALVO decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

Apenas para esclarecer: admite-se, em determinadas situações, que as partes


convencionem a suspensão do processo. Suspenso o processo, questiona-se: a
medida provisória concedida mantém seus efeitos ou também será
suspensa? O parágrafo único acima determina que, em regra, os efeitos da
tutela provisória permanecem, a não ser que haja decisão expressa do juiz em
sentido contrário.
 Contudo, simplesmente conceder a tutela provisória poderá não ser eficiente,
nesse caso, faz-se necessário dispor de instrumentos a fim de tornar a decisão
executável, para garantir a efetividade da tutela concedida. Nesse contexto, o
art. 297 estabelece que o juiz poderá adotar as medidas que entender
necessárias para a efetivação da tutela provisória.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao
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cumprimento provisório da sentença, no que couber.

O dispositivo acima não traz limitações às medidas aplicadas, ele prevê, de modo
geral, a possibilidade de que sejam utilizadas quaisquer medidas executivas,
como, por exemplo, a fixação de multas.
De acordo com a doutrina4, conclui-se que esse
dispositivo concede ao julgador “um poder geral de
cautela e de efetivação, com a adoção de todas as
medidas provisórias idôneas e necessárias para a
satisfação ou acautelamento adiantados”.

4
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, 603.

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Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
As astreintes não podem ser fixadas em decisão concessiva de tutela provisória antecipada,
uma vez que visam punir a parte que desrespeita a sentença de mérito, podendo ser
executada provisoriamente desde que o recurso eventualmente interposto não seja recebido
com efeito suspensivo.

A assertiva está incorreta, pois o art. 297, do NCPC, é expresso no sentido de


permitir a ação de medidas necessárias ao cumprimento, inclusive astreintes
(multas).
Sigamos!
 o art. 298 obriga o magistrado a fundamentar a decisão de tutela provisória
de forma clara a precisa, aproximando-se do dever de esclarecimento extraído
do princípio da cooperação, previsto expressamente no art. 6º, do NCPC.
Esse dispositivo tem por finalidade evitar decisões monocráticas que
simplesmente concedem a tutela provisória com base nos pressupostos legais
sem expor qualquer fundamentação mais aprofundada e completa.
Dessa forma, a decisão deve ser fundamentada de forma clara e precisa.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória,
o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.

 A tutela provisória poderá ser concedida de forma


antecedente ou no curso da ação. Nesse contexto, o art. 299
disciplina que se a tutela for concedida no curso da ação,
naturalmente, deve ser requerida ao juiz competente para a causa. Quando se
tratar de tutela provisória de caráter antecedente, deverá ser endereçada
diretamente ao magistrado que será competente para analisar a futura ação
principal.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente,
ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
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Em relação aos processos que tramitam perante tribunais, estabelece o parágrafo


único que, tanto nos processos de natureza originária (que começam perante o
tribunal) como os processos que chegam ao tribunal por intermédio de recurso,
se houver requerimento de tutela provisória, quem deverá analisar o pedido é o
órgão responsável pela decisão de mérito da ação originária ou do recurso. Assim,
se a competência para julgar o processo for de determinada turma, órgão especial
ou do pleno do tribunal, a decisão de mérito competirá à turma, ao órgão especial
ou ao pleno, respectivamente, a decisão de requerimentos de tutelas provisórias.
Parágrafo único. RESSALVADA disposição especial, na ação de competência originária
de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional
competente para apreciar o mérito.

Para fins de prova...

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DISPOSIÇÕES GERAIS

•A tutela provisória divide-se em tutela de urgência (que engloba a tutela


antecipada e cautelar) e as tutelas e de evidência.
•As tutelas de urgência (tutela antecipada e cautelar) podem ser antecedentes
ou incidental.
•As tutelas provisórias incidentais independem do pagamento de custas.
•As tutelas provisórias podem ser revogadas ou alteradas a qualquer tempo.
•As tutelas provisórias conservam a eficácia durante o período de suspensão do
processo, exceto decisão judicial em sentido contrário.
•O juiz poderá determinar as medidas necessárias para efetivação de tutelas
provisórias concedidas, inclusive, os instrumentos previstos para o
cumprimento provisório de sentença.
•As decisões que envolvem tutelas provisórias devem ser claras e precisas
(princípio da cooperação).

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TRT15ªR-SP/Juiz do Trabalho Substituto-2015 – adaptada)


Acerca da antecipação dos efeitos da tutela, considere:
I. É possível a antecipação dos efeitos da tutela em sentença, desde que satisfeitos os
requisitos legais.
II. Não é possível antecipação dos efeitos da tutela sem comprovação de periculum in mora.
III. O Código de Processo Civil admite expressamente a concessão de tutela antecipada ex
officio.
Está correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II e III.
c) I e III. 09555860467

d) I e II.
e) III.

O item I está correto. Embora não haja previsão específica no NCPC, o


entendimento da doutrina majoritária é no sentido de que o juiz poderá conceder
a tutela provisória em sentença, até mesmo para impedir o efeito suspensivo da
apelação.
O item II está incorreto, pois é admissível a antecipação dos efeitos da tutela na
hipótese de tutela de evidência.
O item III está incorreto, pois não há mais previsão para a concessão de ofício
da tutela provisória antecipada, embora possa sugerir à parte que o faça, em
respeito ao princípio da cooperação e da demanda.

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Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.


Confira mais uma questão.
(TRT-21ªR-RN/TRT-21ªR-RN/Juiz do trabalho – 2015 – adaptada)
Com base nas disposições do Código de Processo Civil aplicável, analise as assertivas
abaixo.
O objetivo da antecipação dos efeitos da tutela é entregar ao autor a própria pretensão
deduzida em juízo ou os seus efeitos.

Está correta a assertiva. É exatamente esse o objetivo da tutela de urgência


provisória.
Antes de passarmos adiante na análise da disciplina das tutelas de urgência no
NCPC, vamos tratar de dois pontos doutrinários relevantes: requerimento e
fungibilidade.

Requerimento
Ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, o NCPC não prevê a
possibilidade de concessão de ofício da tutela provisória. Logo, não poderá
o magistrado, mesmo que entenda presentes os pressupostos, conceder uma
tutela provisória sem requerimento da parte (ou seja, conceder de ofício)5.
Portanto, o entendimento atual é no sentido de que a tutela provisória está
circunscrita ao princípio da demanda, de modo que a parte deverá requerê-la
expressamente.
Isso, contudo, não impede que o magistrado, ciente da situação fática envolvida
no processo – à luz do princípio da cooperação –, consulte a parte interessada
para que requeira a tutela. É o que nos ensina a doutrina6:
(...) tem em conta a estrutura cooperativa do novo processo civil, pode o juiz, percebendo
que é possível tutelar a parte provisoriamente, consultá-la a respeito de seu interesse na
obtenção de uma tutela sumária (art. 6º, CPC). Não pode o juiz, porém, antecipar a tutela
de ofício (seja satisfativa, seja cautelar), dado o regime de responsabilidade objetiva
inerente à sua fruição (art. 302, CPC), o qual a parte pode não ter interesse em submeter-
se.

Fungibilidade 09555860467

No CPC73 tínhamos regra específica de fungibilidade entre a tutela antecipada e


a cautelar. Pela sistemática anterior, se a parte equivocadamente ingressasse
com uma ação cautelar, mas o magistrado, ao analisar o pedido, entendesse que
se tratava em verdade de pedido antecipatório, aplicava a regra da fungibilidade
e, se estivessem presentes os pressupostos, concederia a tutela antecipada.
No NCPC não temos essa regra, tal como disposta no Código anterior.

5
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 606.
6
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 377/8.

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Contudo, o entendimento da doutrina7 é no sentido de que é possível transmudar-


se uma tutela em outra, não com fundamento em regra de fungibilidade, mas
pela “necessidade de aproveitamento dos atos processuais – por força do
princípio da duração razoável do processo e da necessidade de promoção da
economia processual dele decorrente – e a necessidade de se privilegiar a
proteção de decisão de mérito em detrimento de decisões puramente formais
para a causa”.
Observe-se que a fungibilidade ainda é aplicada de forma específica tão somente
para as tutelas de urgência de caráter antecedente, com base no parágrafo único
do art. 305, conforme veremos adiante.

Legitimidade
Quando falamos em tutelas provisórias, pensamos sempre que ela será requerida
pelo autor. Assim, o autor, diante do risco da demora ou da probabilidade do
direito, pode requerer uma das espécies de tutelas provisórias.
Contudo, como ressalta a doutrina8, “todo aquele que alega ter direitos à tutela
jurisdicional (definitiva) está legitimado a requerer a antecipação provisória dos
seus efeitos”. Portanto, o autor, o réu e os terceiros intervenientes possuem
legitimidade para requerer tais tutelas. O mesmo ocorre em relação ao Ministério
Público, tanto quando atuar como parte como na função de fiscal da ordem
jurídica.

2.3 - Tutelas de Urgência


A tutela de urgência está disciplinada no NCPC entre os arts. 300 e 310. Nos
primeiros dispositivos temos algumas regras de caráter geral, após, o NCPC se
ocupa de regrar a tutela de urgência antecipada e, na sequência, a tutela de
urgência cautelar.

Disposições Gerais
Conforme já explicitado, a tutela de urgência é concedida sempre que houver
elementos que evidenciem que a não concessão possa implicar perigo de dano,
ou risco ao resultado útil do processo. 09555860467

É o que dispõe o art. 300, do NCPC, veja:


Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

7
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 378.
8
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 587.

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(MPT/Procurador do Trabalho/2015)
Com base no Código de Processo Civil, julgue:
Na decisão que conceder tutela de urgência, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as
razões do seu convencimento, mas não concederá a medida quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.

Está correta a assertiva em face do que prevê o art. 298, do NCPC, que declina
que a “decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o
juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso”. Além disso, de acordo
com o art. 300, §1º, prevê que “a tutela de urgência de natureza antecipada não
será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”.
Vamos aprofundar um pouco o conteúdo?
Primeiramente devemos lembrar que a tutela de urgência abrange tanto a tutela
antecipada como a cautelar. De acordo com a doutrina, quando o NCPC se refere
a “perigo de dano” está abordando a concessão da tutela de urgência de natureza
antecipada (satisfativa); ao passo que quando se reporta à expressão “risco ao
resultado útil do processo”, temos campo para tutela de urgência de natureza
cautelar (conservativa).
Essa possível associação feita pelo legislador é criticada pela doutrina. Afirmam,
em síntese, que a tutela de urgência antecipada não deve ser concedida apenas
com a hipótese de dano. Além disso, critica-se o fato de associarem a tutela de
urgência cautelar à necessidade de conservar o processo, quando deveria visar à
proteção do direito. Como sucedâneo do conceito legal, sugere-se9:
A tutela provisória é necessária simplesmente porque não é possível esperar, sob pena de
o ilícito ocorrer, continuar ocorrendo, ocorrer novamente, não ser removido ou de dano não
ser reparado ou de reparável no futuro. Assim, é preciso ler as expressões perigo de dano
e risco ao resultado útil do processo como alusões ao perigo da demora. Vale dizer: há
urgência quando a demora pode comprometer a realização imediata ou futura do direito.

Nesse contexto, para a prova, que é o que realmente importa para nós,
primeiramente devemos assinalar a alternativa que fizer referência à literalidade
expressa do dispositivo. Se a questão se referir ao entendimento doutrinário,
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devemos considerar que a tutela de urgência decorre do perigo da demora


(periculum in mora).
Assim:

9
MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo
Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016,
p. 383.

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“perigo de dano”

para a literalidade
do NCPC
“risco ao resultado
TUTELA DE útil do processo”
URGÊNCIA

“perigo da
demora”
para a doutrina
(periculum in
mora)

Nesse sentido, segundo Fredie Dider Jr.10:


A tutela provisória de urgência pressupõe, também, a existência a de elementos que
evidenciem o perigo que a demora no oferecimento da prestação jurisdicional (periculum in
mora) representa para a efetividade da jurisdição e a eficaz realização do direito.

Esse perigo deve ser:


 concreto, ou seja, certo;
 atual, ou seja, que está na iminência de ocorrer; e
 grave, vale dizer, com aptidão para prejudicar ou impedir a fruição de direitos.

Afirma-se, também, que toda tutela provisória depende de configuração da


probabilidade do direito, vale dizer, há de se verificar a plausibilidade do
direito a ser provisoriamente satisfeito ou realizado. Para tanto, inicialmente,
deve-se verificar a verossimilhança fática do alegado e, em sequência, a
plausibilidade jurídica.
Além do perigo da demora, da plausibilidade do direito, o último requisito
apontado pela doutrina, que pode configurar a possibilidade de concessão da
tutela de urgência, é a irreparabilidade do dano ou, pelo menos, deve o dano
tratar-se de difícil reparação.
Em regra, portanto...
09555860467

10
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, 610.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

periculum in mora

PARA CONFIGURAÇÃO
plausibilidade do
DA TUTELA DE
direito
URGÊNCIA

irreparabilidade
do dano ou de
difícil reparação

Como a concessão de tutela antecipada implica riscos, pois a cognição é sumária,


poderá o magistrado exigir caução.
A cognição aprofundada depende do desenvolvimento do procedimento em
contraditório e análise aprofundada da matéria probatória pelo magistrado. Na
tutela provisória, a urgência da demanda requer que seja concedido o direito à
luz das informações apresentadas na peça inicial e, no máximo, com base na
justificação da parte contrária. Logo, a decisão é denominada de precária.
Em face disso, exceto se tratar de pessoa hipossuficiente economicamente, o
magistrado poderá exigir caução a fim de minimizar os riscos da concessão
provisória da tutela.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser DISPENSADA se a parte economicamente hipossuficiente não
puder oferecê-la.

O §2º prevê duas formas de concessão da tutela de urgência:


 sem a oitiva da parte contrária (inauditera altera pars ou in limine); ou
 com a notificação da parte contrária para apresentar pedido de justificação em face do
requerimento provisório deduzido.

Veja:
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
09555860467

prévia.

A concessão da tutela de uma ou outra forma dependerá de decisão do


magistrado, que irá se basear nas peculiaridades do caso concreto.
Para finalizar o dispositivo, note que o §3º impõe uma limitação à concessão de
tutela de urgência de caráter antecipatório: a irreversibilidade dos efeitos da
decisão. Essa limitação NÃO se aplica às tutelas de urgência de caráter
cautelar, mas apenas às tutelas antecipadas.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Assim, a tutela provisória antecipada concedida à parte deve poder ser revertida,
ou seja, deve haver a possibilidade de que as partes retornem ao status quo em
caso de decisão definitiva que reverta a concessão provisória.

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O art. 301 ratifica o que dissemos no início. Não existe mais regras específicas
acerca das cautelares, mas apenas a disciplina geral que estudamos nesta aula.
Ao contrário do CPC73, que expressamente abordava cautelares específicas, no
NCPC elas não mais existem.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e
qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

Assim...

A TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR É


UTILIZADA PARA

•arrestos
•sequestros
•arrolamento de bens
•registro de protesto contra alimentação de bem
•QUALQUER outra medida idônea para assegurar o direito

Veja que a última hipótese traz uma regra geral, que amplia a possibilidade de
concessão de cautelares, na medida em que forem identificadas as situações
necessárias no caso concreto.
Além disso, é importante conhecer:

Medida cautelar que tem por objetivo resguardar o direito à tutela


ARRESTO ressarcitória, em razão de perigo de algum dano. Objetiva, portanto,
resguardar futura execução por QUANTIA.

Medida cautelar que tem por finalidade proteger o direito à coisa de


SEQUESTRO um perigo de dano. Objetiva, portanto, resguardar futura entrega de
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COISA.

Medida cautelar que tem por finalidade apreender, descrever e


ARROLAMENTO DE
depositar a universalidade de bens que está exposta a risco de
BENS
dano. Objetiva, portanto, garantir futura PARTILHA DE BENS.

Medida cautelar que visa assegurar os frutos de determinada tutela


PROTESTO CONTRA
em razão de um perigo de dano. Objetiva, portanto, EVITAR
ALIENAÇÃO DE BENS
TRANSFERÊNCIA supostamente indevida de bem sujeito a registro.

Por se tratar de medida de caráter provisório, a concessão de tutela provisória


gera responsabilidade do requerente. Veja:
Art. 302. INDEPENDENTEMENTE da reparação por dano processual, a parte responde
pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, SE:

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I - a sentença lhe for desfavorável;


II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários
para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.

De acordo com a doutrina, temos hipóteses de responsabilidade objetiva e


subjetiva. Vamos sistematizar!

RESPONSABILIDADE

 Não fornecimento de meios suficientes à citação do requerido no


prazo de 5 dias, após a concessão da tutela de urgência.
Veja que, nesse caso, basta o decurso do prazo para que haja configuração da
responsabilidade da parte.
OBJETIVA
 Cassação da tutela provisória de urgência.
Independentemente do motivo que levar à revogação, a cassação da liminar
gerará responsabilidade da parte, de forma objetiva, a favor de quem fora
concedida.

 Sentença desfavorável.
Nesse caso, inicialmente a tutela era provável, contudo, em cognição
exauriente, conclui-se improcedente o pedido.
 Sentença resolutória com mérito, em razão do acolhimento de
prescrição ou decadência.
SUBJETIVA Caso o juiz, apreciando melhor a celeuma ao final do processo, conceda
sentença desfavorável à parte autora (ainda que acolhendo a prescrição ou
decadência), somente haverá responsabilização da parte se demonstrar dolo ou
culpa ao pedir a tutela provisória.
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Note que, nessas duas hipóteses de responsabilização subjetiva, a tutela


provisória foi alterada em razão do exercício da atividade jurisdicional de forma
que não justifica a responsabilização direta, objetiva.

Tutela antecipada requerida em caráter antecedente


No CPC73, o requerimento de tutela antecipada era formulado de forma
preliminar em ação ajuizada, com o objetivo de atingir a decisão final de mérito.
Assim, o magistrado recebia a ação, analisava o requerimento de tutela
antecipada e dava seguimento ao processo.
No NCPC há a tentativa de facilitar o requerimento da tutela antecipada, que
poderá ser formulada em caráter antecedente. Logo, temos efetivamente o

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ajuizamento de uma ação inicial sumarizada (simplificada) cujo pedido


principal é a concessão da tutela antecipada.
Para tanto, essa ação inicial sumarizada deve observar seis requisitos, declinados
no caput, do art. 303, do NCPC.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode LIMITAR-SE ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo
de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o CONCEDIDA a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá ADITAR a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de
tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na
forma do art. 334;
III - NÃO havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335.
§ 2o NÃO realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo
será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos
autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor
da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto
no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que NÃO HÁ ELEMENTOS PARA A CONCESSÃO de tutela antecipada,
o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias,
sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.

Portanto, a parte deverá peticionar com:


 a informação de que se trata de uma tutela provisória de urgência de natureza
antecipada;
 a informação de qual a pretensão final, para que seja possível verificar a
correspondência entre a tutela inicial e final;
 a indicação do conflito que surgiu; 09555860467

 a referência ao direito que se busca tutelar, denominado tecnicamente de fumus boni


iuris;
 a menção ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, denominado de
periculum in mora; e
 a indicação do valor da causa, a fim de que possa ser posteriormente emendada e se
torne a ação principal.

Esses são, portanto, os requisitos para a postulação antecedente de pedido de


tutela antecipada.
Encaminhado o processo para o magistrado, podemos ter duas decisões:
1ª – CONCESSÃO DA TUTELA

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Com a concessão da tutela, o autor será intimado para complementar a


argumentação, juntar novos documentos e confirmar o pedido da tutela
inicial no prazo de 15 dias.
Em seguida, cita-se o réu para comparecer à audiência de conciliação e de
mediação. Se frutífera, o termo da autocomposição será homologado e o
processo extinto com resolução de mérito.
Caso não haja autocomposição, o réu sairá intimado da audiência para
apresentar a contestação no prazo de 15 dias.
Com isso, o processo seguirá o curso normal.
2ª – NÃO CONCESSÃO DA TUTELA
O autor será intimado para emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, a
fim de que seja dada continuidade à ação na forma regular.
Caso não haja aditamento, o processo será extinto sem julgamento do
mérito.
Para a prova...

aditamento

concessiva

prazo de 15 dias

DA DECISÃO

emenda

denegatória

prazo de 5 dias
09555860467

Não há lógica na diferença de prazos e expressões utilizados, mas essa é a


disciplina do NCPC. Portanto, cuidado com questões literais.

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informação de que se trata de tutela provisória de urgência de

SUMARIZADA EM PEDIDO DE
REQUISITOS DA INICIAL natureza antecipada;

TUTELA ANTECIPADA pretensão final (correspondência);


ANTECEDENTE

conflito

fumus boni iuris

periculum in mora

valor da causa

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PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE

CONCESSÃO NÃO CONCESSÃO

aditar no prazo de 15 dias emendar no prazo de 5 dias

citar réu para


audiência de infrutífera a
não emendou emendou
conciliação e autocomposição
mediação

extingue o
o réu sai intimado
em caso de processo sem
para contestar segue o processo
autocomposição julgamento de
em 15 dias
mérito

extingue o
processo com
julgamento de
mérito

No art. 304, do NCPC, passamos a tratar de uma novidade


09555860467

no direito processual civil: a estabilização da tutela


antecipada com caráter antecedente.
Esse dispositivo intenta a estabilização das decisões provisórias. Por exemplo,
determinada parte entra com uma ação e pede a tutela antecipada. Se após
concedida pelo magistrado, não houver insurgência do réu e nenhum outro
pedido da parte autora, a tutela antecipada se estabiliza e torna-se perene.
De acordo com o caput, do art. 304, a estabilização da demanda ocorrerá com a
não interposição de recurso, o que implicará a extinção no processo na forma do
§1º, do art. 304, do NCPC.
Veja:
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, TORNA-SE ESTÁVEL se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

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§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

Assim, da concessão da tutela antecipada, o réu deverá interpor o recurso – no


caso o agravo de instrumento – sob pena de estabilização da tutela antecipada.
Como a tutela antecipada é provisória, admite-se, a qualquer tempo, que o réu
ingresse com pedido revisional dessa tutela, a fim de modificá-la ou extingui-la.
Esse dispositivo é criticado pela doutrina, pois não atende a algumas situações
específicas. De todo modo, para fins de prova, devemos nos pautar pela
legalidade.
(i) a estabilização ocorre apenas no pedido de tutela antecipada antecedente,
pois não há previsão para a estabilização no caso de a tutela antecipada constar
de pedido preliminar no bojo de ação principal ajuizada.
Além disso, é importante destacar que a estabilização da demanda não se aplica
à tutela provisória de natureza cautelar, pois ela tem caráter conservativo e não
satisfativo.
Do mesmo modo, por faltar previsão, não se fala em aplicação da estabilização
da demanda em tutela de evidência.
Assim, não obstante as dúvidas que ainda pairam sobre o assunto, para a prova...
A ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA APLICA-SE
APENAS À TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA
ANTECEDENTE.
(ii) outro ponto importante é o fato de que o caput afirma que o recurso impede
a estabilização. Literalmente, o recurso cabível dessa decisão interlocutória que
concede a tutela antecipada antecedente é o agravo de instrumento.
Contudo, e se a parte apresentar contestação à ação? Não haveria
estabilização?
1ª CORRENTE – apenas o agravo de instrumento é capaz de evitar a estabilização da tutela
antecipada antecedente, muito embora sejam admitidos sucedâneos de insurgência, como
o mandado de segurança ou a reclamação.
2º CORRENTE – qualquer meio de impugnação, abrangendo além do agravo de instrumento
a contestação.
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Não há uma corrente dominante, de modo que, enquanto não houver


posicionamento explícito do STJ, devemos seguir a literalidade e, portanto, a 1ª
corrente, que não admite a contestação como meio de evitar a estabilização da
lide.
Na sequência, vejamos os §§ 2º a 4º, que disciplinam a revisão da tutela
antecipada:
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar
ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou
invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2 o, prevento
o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.

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A regra é que a tutela antecipada antecedente estabilizada é provisória e, por


isso, poderá ser revisada a qualquer tempo pelas partes. A revisão da tutela
antecipada estabilizada dependerá de uma ação, em autos apartados, podendo
ser requerido o desarquivamento do processo anterior. Nesse caso, o juízo
competente para essa ação será o mesmo juízo da decisão estabilizada.

REVISÃO DE TUTELA ANTECIPADA ESTABILIZADA

•ação a ser ajuizada a qualquer tempo pelas partes


•será feita em autos apartados
•pode ser requerido o desarquivamento do processo anterior para ser usado na
instrução
•será distribuída ao mesmo juízo que foi competente para a concessão da tutela

Pergunta-se: a tutela antecipada poderá permanecer estabilizada para


sempre, permitindo à parte requerer a revisão, a reforma ou a
invalidação a qualquer tempo? De acordo com o §5º, do art. 304, a tutela
PERMANECERÁ ESTABILIZADA PELO PRAZO DE DOIS ANOS. Decorrido o
prazo de dois anos, a tutela antecipada torna-se definitiva.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste
artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o
processo, nos termos do § 1o.

Em razão do prazo acima, faz-se outro questionamento: após os dois anos, se


não houver pedido revisional da parte interessada, há formação da coisa julgada?
Existem três correntes:
1ª CORRENTE – não faz coisa julgada e, portanto, poderá ser revista a qualquer tempo.
Registre-se que essa corrente contraria expressamente o §5º, do art. 304, acima citado,
que fixa um lapso para a revisão.
2ª CORRENTE – não há formação da coisa julgada e também não há possibilidade de
ajuizamento de ação rescisória contra essa decisão. O legislador apenas definiu um prazo
máximo para a ação revisional.
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3ª CORRENTE – findo o prazo de dois anos, há formação da coisa julgada material, com
possibilidade de ação rescisória caso adentre nas hipóteses legais.

Novamente, qual posição adotar para a prova?


O §6º, do art. 304, fala que a decisão que concede a tutela antecipada não faz
coisa julgada, pois fica sujeita à ação revisional pelo prazo de dois anos. Decorrido
esse prazo, há a imutabilização da ação. Dito de outra forma, a decisão que era
estável torna-se imutável e somente poderá ser rescindível, nos dois anos
seguintes, por ação rescisória na forma do art. 966, do NCPC.
Confira:

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§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.

Tutela cautelar requerida em caráter antecedente


A disciplina da tutela cautelar requerida em caráter antecedente está disciplinada
nos arts. 305 ao 310 do NCPC. O caput, do art. 305, indica que a ação cautelar
antecedente deve conter:
 indicação do conflito e do fundamento;
 exposição do direito que se pretende assegurar; e
 exposição do perigo de dano ou do risco ao resultado útil ao processo.

Veja:
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que
se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.

O parágrafo único alerta para a possibilidade de fungibilidade específica nas


medidas antecedentes, não em relação à tutela antecipada e cautelar incidentais.
De acordo com a doutrina11:
O legislador, ciente das dificuldades que podem surgir na diferenciação da tutela antecipada
(satisfativa) e da tutela cautelar, foi cauteloso ao prever a fungibilidade dessas tutelas de
urgência requeridas em caráter antecedente, exigindo a prévia e necessária adaptação
procedimental.

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
O Código de Processo Civil não permite a aplicação do princípio da fungibilidade entre a
tutela provisória satisfativa e a tutela provisória acautelatória, a não ser na hipótese de
09555860467

concessão antecedente.

Está correta a assertiva. Conforme o entendimento da doutrina e do que se


extrai do parágrafo único do art. 305, do NCPC, a fungibilidade é específica e
admissível tão somente no caso de tutela provisória antecedente.
Sigamos!
Distribuída a ação, o réu será citado para apresentar defesa e indicar as provas
que pretende produzir no prazo de 5 dias. Caso não conteste, presumem-se
verdadeiros os fatos alegados pelo autor e o processo será remetido à decisão do
magistrado no prazo de 5 dias. Assim, a não apresentação da contestação

11
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, p. 629.

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constitui presunção das alegações de fato do demandante da probabilidade para


a concessão da medida cautelar.
Confira:
Art. 306. O réu será citado para, no PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir.
Art. 307. NÃO sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão
aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento
comum.

Portanto, desde já, tome nota em relação aos prazos referidos:

PRAZO PARA CONTESTAR E INDICAR PROVAS 5 dias

PRAZO PARA O MAGISTRADO DECIDIR EM


5 dias
CASO DE NÃO MANIFESTAÇÃO DO REQUERIDO

Se o pedido for contestado, o trâmite da ação seguirá o rito comum. Após o


trâmite processual, será proferida sentença a fim de conceder, ou não, a ação
cautelar.
Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
No processo cautelar antecedente o requerido será citado, para, no prazo de 05 dias,
contestar o pedido, presumindo-se verdadeiros os fatos alegados pelo requerente, na
ausência de contestação.

Está correta a assertiva, porque está de acordo com os arts. 306 e 307, ambos
09555860467

do NCPC.
Sigamos!
Concedida a tutela, a parte autora tem o prazo de 30 dias para ajuizar a ação
principal, sem necessidade de adiantamento de custas processuais, podendo,
inclusive, aditar pedidos na forma do §2º, do art. 308, do NCPC.
O §1º permite à parte formular o pedido principal conjuntamente com o pedido
cautelar.
Veja:
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos
em que deduzido o pedido de tutela cautelar, NÃO dependendo do adiantamento de
novas custas processuais.

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§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.

O dispositivo acima destaca a necessidade de que o pedido principal se


refira à tutela cautelar (referibilidade).
De todo modo, formulado o pedido principal, o magistrado determinará a
intimação das partes, por intermédio dos respectivos advogados, para
comparecimento à audiência de conciliação e de mediação, sem necessidade de
citar o réu.
Note que o prazo de aditamento da petição inicial é maior na tutela cautelar. O
prazo será de 30 dias, enquanto que, na tutela antecipada antecedente, o prazo
é de 15 dias para a aditar a petição inicial.
Se infrutífera a conciliação, a parte ré sai do ato processual intimada para
contestar a ação no prazo de 15 dias.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de
conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente,
sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art.
335.

O art. 309, na sequência, arrola em quais hipóteses a eficácia da tutela cautelar


cessará:
Art. 309. CESSA a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, SE:
I - o autor NÃO deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - NÃO for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

Assim:

CESSA A EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR


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•não ajuizamento da ação principal no prazo de 30 dias


•não efetivação da medida conservativa no prazo de 30 dias
•improcedência do pedido principal
•extinção do processo sem resolução do mérito

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar se a parte não intentar a ação principal no
prazo de 30 dias, contados da efetivação da medida, se esta não for executada dentro de

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30 dias ou se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito,
mas, cessada a medida por qualquer desses motivos, a parte pode intentar nova ação e
repetir o pedido com os mesmos fundamentos.

Está incorreta a assertiva, uma vez que, na parte final contrária, o parágrafo
único do art. 309, do NCPC, prevê que, por qualquer motivo, a eficácia da tutela
cautelar cessará, sendo vedado à parte renovar o pedido, a não ser que haja
novo fundamento.
Sigamos!
Para encerrar o tópico, confira o art. 310, do NCPC:
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar NÃO OBSTA a que a parte formule o
pedido principal, NEM influi no julgamento desse, SALVO se o motivo do
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

Para a prova...

exceto no caso de
não impede o
reconhecimento de
ajuizamento da ação
prescrição ou
principal
decadência
O INDEFERIMENTO
DA TUTELA
CAUTELAR
não influencia o
julgamento da ação
principal

Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte intente a ação
principal, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher
a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.
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Está correta a assertiva, que está de acordo com o art. 310, do NCPC.
Confira outra questão.
(OAB/XVI Exame/2015 – adaptada)
Alan ajuizou ação provisória cautelar antecedente em face de Roberta, obtendo deferimento
de pedido liminar para indisponibilizar a venda de veículos de propriedade da ré. De posse
da decisão liminar, Alan protocolizou ofício junto ao órgão competente em 30 de janeiro,
tendo a liminar sido efetivada em 10 de fevereiro, ou seja, quatro dias antes da citação de
Roberta. As datas citadas eram dias úteis.
Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
a) O ajuizamento da ação principal dentro do prazo legal veda ao magistrado revogar a
tutela provisória antes da sentença de mérito.
b) O ajuizamento da ação principal no dia 14 de março acarreta a perda da eficácia da tutela
provisória deferida e a extinção da ação cautelar.

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c) A eventual falta de diligência de Alan ao inobservar o prazo legal para execução da decisão
acautelatória acarretará a automática extinção dos processos cautelar e principal.
d) O indeferimento do pedido acautelatório formulado por Alan obsta o ajuizamento da ação
principal, por falta de interesse.

A alternativa A está incorreta, a tutela provisória poderá ser alterada ou


modificada a qualquer tempo, não havendo possibilidade de vedação ao
magistrado quanto à possibilidade de revogá-la.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois, se ajuizada apenas
no dia 14 de março, haverá transcorrido mais de 30 dias, o que implica a perda
automática da eficácia da cautelar e a extinção do processo cautelar sem
julgamento do mérito.
A alternativa C está incorreta, pois não existe regramento nesse sentido no
NCPC.
A alternativa D está incorreta, pois o indeferimento do pedido acautelatório não
impede o ajuizamento da ação principal.

09555860467

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Esquematizando o procedimento...

TUTELA CAUTELAR
ANTECEDENTE

ajuizamento do pedido (conflito, fundamento, direito a ser conservado, perigo do dano


e risco ao resultado útil do processo)

citação para
manifestar/provas em 5
dias

não apresentou defesa apresentou defesa

o processo segue
juiz decide em 5 dias
regularmente

prazo de 30 dias para o


autor efetivar a ação

não efetivou efetivou

cessa a eficácia da ação prazo de 30 dias para


cautelar ajuizar ação principal
09555860467

ajuizada, as partes são intimadas para audiência e


conciliação e mediação

em caso de infrutífera a
autocomposição autocomposição

extingue o processo com o réu sai intimado para


julgamento de mérito contestar em 15 dias

Sigamos!

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2.4 - Tutela de Evidência


A tutela de evidência trabalha com a ideia de que a probabilidade do direito do
autor é alta e a defesa possui pouca seriedade a fim de poder influenciar o
provimento final. Desse modo, a concessão da tutela de evidência independe de
demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
A probabilidade do direito para a concessão da tutela de evidência deve ser
altíssima, de modo que a doutrina tem se manifestado no sentido de que a
verossimilhança para a concessão da tutela de evidência deve ser muito superior
àquela verificada na prática quando do requerimento formulado pela parte em
tutelas de urgência.
Segundo a doutrina12:
É técnica que serve à tutela provisória, fundada em cognição sumária: a antecipação
provisória dos efeitos da tutela satisfativa. Aqui surge a chamada tutela provisória de
evidência. Nestes casos, a evidência se caracteriza com conjugação de dois pressupostos:
prova das alegações de fato e probabilidade de acolhimento da pretensão processual.

Para nosso estudo é relevante compreender bem as quatro hipóteses descritas


no art. 311, do NCPC:
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, INDEPENDENTEMENTE da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, QUANDO:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado,
sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Antes de analisar cada uma dessas hipóteses, cumpre observar que não existe
impedimento para que procedimentos específicos disciplinem outras hipóteses de
09555860467

tutela de evidência.
Vejamos as hipóteses do NCPC:
 Abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do
réu.
Nesse caso, é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de evidência,
não podendo ser concedida liminarmente.
Trata-se de uma hipótese em que a tutela de evidência é concedida com intuito
punitivo, como uma sanção à parte que agir de má-fé ou que provoque

12
JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e
ampl., Bahia: Editora JusPodvim, 2016, 631.

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empecilhos ao regular andamento do processo, capazes de comprometer a


celeridade e lealdade processuais.
Cita-se, como exemplo, o fornecimento de endereços errados ou incompletos a
fim de dificultar a intimação da testemunha. Outro exemplo referido pela doutrina
é a retirada dos autos físicos do cartório e a não devolução pela parte, não
obstante intimação para devolução.
 Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
Atenção aos conectivos!

fato comprovado tese firmada em súmula


documentalmente E julgamento repetitivo OU vinculante

Importante destacar que, nesse caso, admite-se a concessão da medida em


caráter liminar, em razão do que dispõe o parágrafo único do art. 311, do NCPC.
 ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de
contrato de depósito e não o entrega a quem de direito na forma e nos
prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de evidência com a
cominação de multa em caso de não devolução no prazo fixado.
Do mesmo modo, também se admite a concessão da medida em caráter liminar,
em razão do que dispõe o parágrafo único do art. 311, do NCPC.
 petição instruída com prova documento suficiente dos fatos
constitutivos sem oposição razoável do réu.
Note que, nesse caso, não é necessário haver entendimento jurisprudencial em
caso repetitivo ou súmula vinculante para subsidiar o pedido.
Para concessão da tutela de evidência, conforme a referida hipótese, faz-se
necessário:
 prova documental; 09555860467

 incapacidade de o réu, documentalmente, causar qualquer dúvida à evidência do direito


ou, muito menos, de produzir contraprova suficiente a contrapor o autor.

Nessa hipótese também é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de


evidência, não podendo ser concedida liminarmente.
Para a prova...

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HIPÓTESES DE CABIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA

•Abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do réu


(liminar).
•Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (liminar).
•Ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de
depósito e não a entrega a quem de direito na forma e nos prazos devidos,
poderá a parte demandar tutela de evidência com a cominação de multa em
caso de não devolução no prazo fixado (liminar).
•Petição instruída com prova documento suficiente dos fatos constitutivos sem
oposição razoável do réu (liminar).

Com isso, encerramos a parte teórica pertinente à aula de hoje.


Veja como o assunto já foi explorado em provas:

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
Não há possibilidade de tutela provisória no processo civil brasileiro, sem alegação e
comprovação de urgência.

Está incorreta a assertiva. Com a previsão a tutela de urgência não só temos a


antecipação de tutela como a concessão definitiva do direito à parte, nas
hipóteses de cabimento. Além disso e o mais importante, independe da
demonstração de urgência.

3 – Questões
Destacamos, mais uma vez, que não iremos adaptar questões dos
concursos anteriores ao NCPC. Não faremos isso porque a nomenclatura
mudou muito e trazer questões que cobram o CPC73 pode gerar incompreensão.
Assim, traremos todas as questões elaboradas sob a égide do NCPC,
inclusive questões de nível superior, de modo que você terá como treinar a
matéria.
09555860467

De todo modo, contando com as 10 questões analisadas no conjunto da aula


teórica, somamos 40 questões ao total, de maneira que podemos estabelecer um
parâmetro razoável de como a prova abordará a temática.
Como sugestão, intensifique o estudo na:
 classificação e diferenciação das espécies de tutelas;
 leitura dos dispositivos do NCPC (art. 294 a 311)

3.1 - Questões sem comentários


Questão 01 – FCC/DPE-ES – Defensor Público – 2016
Considere as seguintes situações abaixo:

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I. Cumulação de pedidos, um deles restando incontroverso.


II. Abuso do direito de defesa.
III. Concessão de antecipação de tutela antecedente de urgência.
IV. Ação de consignação em pagamento proposta contra dois supostos
credores, por não saber a quem se deve pagar.
É correto afirmar que
a) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial
de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de
tutela da evidência, que não faz coisa julgada; a terceira pode se tornar
estável caso a outra parte não apresente recurso; a quarta, se trata de
litisconsórcio passivo sucessivo.
b) as três primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória
da urgência, que não faz coisa julgada, mas pode estabilizar os seus efeitos;
a quarta, se trata de litisconsórcio passivo alternativo.
c) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a prolação de
sentença parcial de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada;
a terceira pode se tornar estável caso a outra parte não apresente recurso;
a quarta, se trata de litisconsórcio passivo alternativo.
d) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial
de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de
hipótese que permite a concessão de tutela da evidência, que não faz coisa
julgada e nem se estabiliza; a terceira pode se tornar estável caso a outra
parte não apresente recurso; a quarta, se trata de litisconsórcio passivo
alternativo.
e) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória
da urgência, que não faz coisa julgada; a terceira pode estabilizar os seus
efeitos caso a parte não apresente recurso; a quarta, se trata de
litisconsórcio eventual.

Questão 02 – FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre – RS –


Procurador Municipal – Bloco I – 2016
09555860467

Sobre a tutela provisória de urgência cautelar requerida em caráter


antecedente contra a Fazenda Pública, assinale a alternativa correta.
a) Caso o juiz entenda que o pedido de tutela cautelar antecedente tenha
natureza satisfativa, deverá indeferir a petição inicial, julgando extinto o
processo sem exame de mérito.
b) O indeferimento da tutela cautelar obsta a formulação do pedido principal
quando o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou
de prescrição.
c) O réu será citado para contestar no prazo de quinze dias o pedido e indicar
as provas que pretende produzir e, não sendo contestado o pedido, os fatos

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alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso
em que o juiz decidirá dentro de cinco dias.
d) O pedido principal, cuja causa de pedir poderá ser aditada, terá de ser
formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias a contar do deferimento
da tutela cautelar.
e) A tutela de urgência cautelar antecedente torna-se estável se da decisão
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. Nessa hipótese,
qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever,
reformar ou invalidar a tutela estabilizada no prazo de dois anos.

Questão 03 – FCC/SEGEP-MA – Procurador do Estado – 2016


A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, sendo
que
a) requerida a tutela antecipada em caráter antecedente e sendo a urgência
contemporânea à propositura da ação, se concedida a tutela antecipada, o
autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido
de tutela final, em quinze dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar.
b) a tutela cautelar de urgência não pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro ou arrolamento de bens, porque sujeitos a procedimento cautelar
específico.
c) a tutela de evidência será concedida, se demonstrado perigo de dano ou
de risco ao resultado útil do processo, quando ficar caracterizado o abuso do
direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte ou se as
alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante.
d) a petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito
que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo, mas será a petição inicial indeferida se o pedido tiver natureza
09555860467

antecipatória.
e) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de trinta dias, em autos apensos e mediante o pagamento de
novas custas processuais.

Questão 04 – FCC/DPE-BA – Defensor Público – 2016


Sobre a tutela de urgência:
a) A tutela cautelar concedida em caráter antecedente conserva sua eficácia
ainda que o juiz extinga o processo sem resolução de mérito em razão de
ausência de pressupostos processuais.
b) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
atendidos os requisitos legais, a parte pode se limitar a requerer tutela

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antecipada, aditando a inicial depois que concedida a medida, no prazo de


15 dias. Não realizado o aditamento nem interposto o respectivo recurso, o
Juiz julgará antecipadamente a lide.
c) Concedida tutela de urgência, se a sentença for desfavorável, a parte
responderá pelo prejuízo decorrente da efetivação da medida, que será
apurado, em regra, por meio de ação autônoma.
d) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
a decisão que concede a tutela faz coisa julgada, só podendo ser revista por
meio de ação rescisória.
e) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
atendidos os requisitos legais, a parte pode se limitar a requerer tutela
antecipada, aditando a inicial depois que concedida a medida, no prazo de
15 dias ou em outro que fixar o juiz. Não realizado o aditamento nem
interposto o respectivo recurso, a tutela se tornará estável e o processo será
extinto.

Questão 05 – CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo –


Área Fiscalização – Direito – 2016
No que se refere à formação, extinção e suspensão do processo bem como
à tutela provisória, julgue o item que se segue.
A tutela provisória requerida pela parte em caráter incidental depende de
pagamento de custas.

Questão 06 – CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo –


Área Administrativa – Direito – 2016
Julgue o item a seguir, referentes à tutela provisória e aos meios de
impugnação das decisões judiciais conforme o novo Código de Processo Civil.
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez
que essa modalidade de tutela jurisdicional se presta unicamente a
assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, resguardando direito a ser
satisfeito. 09555860467

Questão 07 – Quadrix/CRQ 18° Região – PI – Advogado – 2016


No campo do Direito Processual Civil, no capítulo referente à tutela
provisória, a doutrina e jurisprudência tem entendido o seguinte:
a) a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, não pode ser
concedida em caráter antecedente, apenas incidentalmente.
b) nos termos do Código de Processo Civil, a tutela provisória requerida em
caráter incidental depende do pagamento de custas.
c) a tutela de urgência de natureza antecipada pode ser concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, desde que o
requerente se responsabilize por eventuais perdas e danos.

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d) com a vigência do novo Código de Processo Civil, a tutela de urgência de


natureza cautelar não pode ser efetivada mediante arresto e sequestro.
e) para concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer.

Questão 08 – FCC/PGE-MT – Procurador do Estado – 2016


Em processo que tramita na Comarca de Sorriso – MT, o autor ajuizou ação
postulando o fornecimento de medicamento de alto custo em face do Estado.
Requereu, incidentalmente, a tutela antecipada, alegando que o seu direito
era evidente, diante do risco de vida que sofria caso não recebesse o
medicamento, comprovado por farta documentação acostada à inicial. O
magistrado concedeu a liminar, nos termos em que pleiteada e determinou
a intimação do requerido para dar cumprimento à medida. Depois da
intimação desta decisão, o requerido cumpriu a liminar nos termos em que
determinada e não apresentou qualquer recurso contra a decisão. Diante
desta situação, tal decisão
a) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, diante da ausência de
recurso no prazo oportuno, mas poderá ser revista em ação própria, desde
que ajuizada no prazo de dois anos.
b) não é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, ainda que não tenha
sido impugnada mediante recurso, uma vez que este fenômeno processual
somente foi previsto para a tutela de urgência antecedente, e não para a
tutela incidental.
c) não é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, uma vez que a lei
ressalva a inaplicabilidade deste fenômeno processual para a Fazenda
Pública.
d) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, por ausência de recurso
no prazo oportuno e, assim, fará coisa julgada material, que poderá ser
desconstituída por meio de ação rescisória, no prazo de dois anos.
e) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, desde que não tenha sido
09555860467

impugnada mediante recurso, uma vez que a lei prevê que somente a tutela
da evidência tem a aptidão à estabilização dos seus efeitos.

Questão 09 – VUNESP/Prefeitura de Alumínio – SP –


Procurador Jurídico – 2016
Em um processo de conhecimento, o qual fique caracterizado abuso do
direito de defesa ou manifesto propósito protelatório das partes, a parte
lesada poderá requerer tutela provisória de
a) evidência.
b) urgência cautelar incidental.
c) urgência antecipada antecedente.

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d) urgência cautelar antecedente.


e) urgência antecipada incidental.

Questão 10 – Quadrix/CRO – PR – Procurador Jurídico – 2016


Com relação à tutela provisória, considerando o disposto no Código de
Processo Civil de 2015, assinale a alternativa incorreta.
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.
b) Nos termos do Código de Processo Civil, em todos os casos, a tutela
provisória perde sua eficácia durante o período de suspensão do processo.
c) A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
d) Para concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer.
e) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do
pagamento de custas.

Questão 11 – TRT4ºR-RS/TRT4ªR-RS – Juiz do Trabalho


Substituto – 2016
Considere as assertivas abaixo sobre tutela provisória.
I - A tutela provisória de urgência pode ser classificada, no tocante ao seu
conteúdo, em cautelar e antecipada, podendo ser concedida, em qualquer
das hipóteses, em caráter antecedente ou incidental.
II - A tutela provisória, uma vez concedida, mantém sua eficácia até o
julgamento final do processo, podendo o julgador, na sentença, mantê-la,
revoga-la ou modificá-la, o que não mais é admissível no curso do processo.
III - O Julgador, ao exercer o poder geral de cautela, em tutela provisória,
deve observar apenas o quanto pretendido pela parte postulante no que
tange às medidas de sua efetivação.
09555860467

Quais são corretas?


a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e II
e) I, II e III

Questão 12 – FAFIPA/Câmara de Cambará – PR – Procurador


Jurídico – 2016
Sobre tutelas provisórias, assinale a alternativa INCORRETA.

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a) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do


pagamento de custas.
b) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação,
a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que
se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do
processo.
c) A tutela da evidência será concedida, independentemente da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto
propósito protelatório da parte.
d) A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida mesmo
quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Questão 13 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – Provimento – 2016
Quanto à tutela provisória, é correto afirmar, EXCETO:
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, será concedida
em caráter antecedente ou incidental.
b) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do
pagamento de custas.
c) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada; todavia, salvo decisão
judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o
período de suspensão do processo.
d) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória, devendo observar as normas referentes ao
cumprimento provisório da sentença, no que couber.

Questão 14 – MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça –


Matutina – 2016 09555860467

Nos termos do novo Código de Processo Civil, a tutela da evidência será


concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Questão 15 – MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça –


Matutina – 2016
Nos termos do novo Código de Processo Civil, a tutela de urgência e da
evidência podem ser requeridas apenas no curso do procedimento em que
se pleiteia a providência principal.

Questão 16 – FCC/Prefeitura de Campinas – SP – Procurador


– 2016

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Em relação à tutela de urgência, considere:


I. Para a concessão da tutela de urgência liminar, o juiz deve exigir de quem
a requeira caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a
outra parte possa vir a sofrer, o que só poderá ser dispensado se a concessão
da medida se der após justificação prévia.
II. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do
direito.
III. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
IV. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Está correto o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.

Questão 17 – FGV/MPE-RJ – Analista do Ministério Público –


Processual – 2016
Em razão de grave enfermidade, consumidor de plano de saúde ajuizou
demanda em que pleiteava a condenação da operadora prestadora do
serviço a lhe custear um tratamento específico, indicado por seu médico, e
que a empresa alegava não estar previsto no contrato. Sem prejuízo da
tutela jurisdicional definitiva, abarcando a condenação da ré a cumprir a
obrigação contratual e a pagar verbas reparatórias de danos morais, o autor
requereu, em sua inicial, a concessão de tutela provisória, consubstanciada
09555860467

na determinação judicial, inaudita altera parte, para que a empresa


viabilizasse de imediato o tratamento pretendido, o que foi deferido. Quanto
a essa providência provisória, pode-se afirmar que a sua natureza é de
tutela:
a) de urgência cautelar;
b) de urgência satisfativa;
c) da evidência cautelar;
d) da evidência sancionatória;
e) inibitória cautelar.

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Questão 18 – VUNESP/TJ-SP – Titular de Serviços de Notas e


de Registros – Provimento – 2016
A respeito da tutela provisória no CPC/2015, é correto afirmar que
a) pode fundar-se em urgência ou evidência, dividindo--se a primeira em
cautelar ou antecipada.
b) a tutela provisória de urgência de natureza antecipada somente admite a
forma incidental.
c) por emanar do poder jurisdicional, aspecto da própria soberania estatal,
não implica responsabilidade do autor pelos eventuais prejuízos que a
efetivação da medida ocasionar ao réu.
d) a tutela provisória conserva sua eficácia durante a pendência do processo,
exceto em caso de suspensão deste, quando então terá sustados seus efeitos
independentemente de pronunciamento judicial.

Questão 19 – CESPE/TCE-RN – Assessor Técnico Jurídico –


Cargo – 2015
No que diz respeito às normas processuais, à função jurisdicional, à petição
inicial e ao tempo e lugar dos atos processuais, conforme o Novo Código de
Processo Civil, julgue o item que se segue.
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na
Constituição Federal de 1988, é vedado ao juiz conceder tutela provisória de
urgência contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Questão 20 – FGV/CODEBA – Analista Portuário – Advogado –


2016 – adaptada ao NCPC
A respeito das disposições gerais sobre as medidas cautelares, assinale a
afirmativa incorreta.
a) É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a tutela
de urgência cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo
citado, poderá torná-la ineficaz. 09555860467

b) Interposto o recurso, a tutela provisória cautelar será requerida


diretamente ao tribunal.
c) Havendo suspensão do processo, a tutela provisória cautelar também será
suspensa.
d) Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar, se o juiz declarar extinto o
processo principal, com ou sem julgamento do mérito.
e) O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte
formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo
do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

Questão 21 – CESPE/TCE-PR – Auditor – 2016 – adaptada ao


NCPC
Com relação à tutela provisória, assinale a opção correta.
a) Requerida após o protocolo da petição inicial, embora processada nos
mesmos autos do pedido principal, a tutela provisória de urgência incidental
dependerá do pagamento de custas.
b) Diferentemente do que ocorre com a tutela de urgência cautelar, as regras
de competência para a concessão antecipada da tutela provisória são
mitigadas.
c) Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito alegado e
comprovado o perigo na demora da prestação jurisdicional, é vedado ao juiz
exigir caução para a concessão.
d) Por ser a tutela provisória regra de exceção revestida de provisoriedade,
os meios de sua concretização são elencados taxativamente no CPC.
e) Poderá o juiz suspender a eficácia da tutela provisória concedida durante
período de suspensão do processo.

Questão 22 – INSTITUTO CIDADES/Prefeitura de Itauçu – GO


– Procurador do Município – 2015
Acerca da tutela provisória, marque a alternativa CORRETA:
a) O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para,
no prazo de 15 (quinze) dias, contestar o pedido, indicando as provas que
pretende produzir.
b) O indeferimento da tutela provisória obsta a que a parte intente a ação.
c) Não sendo contestado o pedido, o juiz deverá obrigatoriamente conceder
a tutela de urgência cautelar na forma do pedido do autor.
d) É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a tutela
de urgência, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá
torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste
09555860467

caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir


a sofrer.

Questão 23 – FCC/DPE-MA – Defensor Público – 2015 –


adaptada ao NCPC
Em razão de interrupção de serviço de telefonia, Maria ajuizou ação cautelar
antecedente no âmbito da qual requereu a concessão de liminar, deferida
em 10/06/2015 e efetivada em 20/06/2015. Em 15/07/2015, ajuizou ação
principal. Em contestação, a ré pugnou pela extinção do processo cautelar
em razão de intempestividade da ação principal. O argumento
a) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não

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somente a perda da eficácia tutela provisória mas também a extinção do


processo cautelar, podendo Maria repetir o pedido mesmo que por igual
fundamento.
b) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não
somente a perda da eficácia da tutela provisória mas também a extinção do
processo cautelar, não podendo Maria repetir o pedido, ainda que por novo
fundamento.
c) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não
somente a perda da eficácia da tutela provisória mas também a extinção do
processo cautelar, não podendo Maria repetir o pedido, salvo por novo
fundamento.
d) não deverá ser acolhido, pois a ação principal foi ajuizada dentro do prazo
de 30 dias, que é contado da efetivação da medida cautelar.
e) não deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta
somente a perda da eficácia da tutela provisória, não a extinção do processo
cautelar.

Questão 24 – FCC/TJ-AL – Juiz Substituto – 2015 – adaptada


ao NCPC
Breno ajuíza ação com pedido de tutela de urgência de caráter cautelar de
sustação de protesto contra Carlos, por diferenças negociais na entrega de
produtos por ele adquiridos do requerido. A tutela é concedida, como
antecedente à ação principal declaratória de inexigibilidade do crédito
exigido por Carlos, mas o advogado de Breno deixa de propor a ação
principal no prazo de trinta dias previsto em lei. Nesse caso, o juiz
a) manterá a liminar concedida, intimando Breno a oferecer caução idônea
em dez dias, sob pena de extinção do processo cautelar, no mesmo prazo
propondo-se a ação declaratória principal.
09555860467

b) manterá a liminar concedida, uma vez que o prazo para ajuizamento da


ação principal é meramente preclusivo, tendo efeitos somente em eventuais
ônus sucumbenciais futuros.
c) reconhecerá a perda da eficácia da medida liminar, mas determinará o
prosseguimento da ação cautelar, para julgamento em seu mérito.
d) reconhecerá a perda de eficácia da liminar deferida, julgando extinto o
processo cautelar, sem resolução de mérito.
e) declarará a perda de eficácia da medida liminar, julgando desde logo
improcedente o processo cautelar, por perda de objeto.

Questão 25 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.


A instrução probatória da ação cautelar deve ser feita juntamente com a
produção de provas da ação principal.

Questão 26 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC
Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.
Cessada a eficácia de uma medida cautelar deferida, a parte pode repetir,
com base no mesmo fundamento, novo pedido cautelar.

Questão 27 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC
Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.
O ajuizamento da ação principal mais de trinta dias após a efetivação da
tutela cautelar implica perda da eficácia dessa medida, mas não extingue o
processo cautelar.

Questão 28 – FCC/TRT3ªR-MG – AJOAF – 2015 – adaptada ao


NCPC
Mário é pecuarista e disputa com Cláudio a posse de bois que estariam
prestes a serem abatidos por ele. De acordo com o Código de Processo Civil,
o juiz, a requerimento da parte, poderá
a) decretar o sequestro e nomear depositário aos bois.
b) conceder o arresto, transferindo de imediato a posse dos bois ao autor.
c) decretar o arrolamento de bens e nomear depositário aos bois.
d) conceder o arresto, transferindo de imediato a posse dos bois ao autor da
ação.
e) decretar o protesto, nomeando depositário aos bois.

Questão 29 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


09555860467

Notas e de Registros – Remoção – 2015 – adaptada ao NCPC


Sobre a tutela provisória de natureza cautelar marque a opção INCORRETA:
a) A indicação da lide e seu fundamento são requisitos obrigatórios da
petição inicial.
b) O prazo para contestação é de 5 (cinco) dias.
c) O indeferimento da medida cautelar por motivo de prescrição não impede
que a parte intente a ação principal nem influi em seu julgamento.
d) Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento
comum.

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Questão 30 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – Remoção – 2015 - adaptada ao NCPC
De acordo com a legislação processual civil, a interposição de ação cautelar
incidental obriga o autor a propor a ação principal no prazo de 30 (trinta)
dias, contados da data
a) da efetivação da medida cautelar.
b) da interposição da medida cautelar.
c) em que o mandado de citação foi juntado aos autos.
d) do deferimento da medida cautelar.

3.2 - Gabarito
Questão 01 – D Questão 02 – B

Questão 03 – A Questão 04 - E

Questão 05 – INCORRETA Questão 06 - INCORRETA

Questão 07 - E Questão 08 - B

Questão 09 - A Questão 10 - B

Questão 11 – A Questão 12 – D

Questão 13 – A Questão 14 – INCORRETA

Questão 15 – INCORRETA Questão 16 – C

Questão 17 – B Questão 18 – A

Questão 19 – INCORRETA Questão 20 - C

Questão 21 – E Questão 22 – D
09555860467

Questão 23 – D Questão 24 – D

Questão 25 – INCORRETA Questão 26 – INCORRETA

Questão 27 – INCORRETA Questão 28 – A

Questão 29 – C Questão 30 - A

3.3 - Questões com comentários


Questão 01 – FCC/DPE-ES – Defensor Público – 2016
Considere as seguintes situações abaixo:

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I. Cumulação de pedidos, um deles restando incontroverso.


II. Abuso do direito de defesa.
III. Concessão de antecipação de tutela antecedente de urgência.
IV. Ação de consignação em pagamento proposta contra dois supostos
credores, por não saber a quem se deve pagar.
É correto afirmar que
a) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial
de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de
tutela da evidência, que não faz coisa julgada; a terceira pode se tornar
estável caso a outra parte não apresente recurso; a quarta, se trata de
litisconsórcio passivo sucessivo.
b) as três primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória
da urgência, que não faz coisa julgada, mas pode estabilizar os seus efeitos;
a quarta, se trata de litisconsórcio passivo alternativo.
c) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a prolação de
sentença parcial de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada;
a terceira pode se tornar estável caso a outra parte não apresente recurso;
a quarta, se trata de litisconsórcio passivo alternativo.
d) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial
de mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de
hipótese que permite a concessão de tutela da evidência, que não faz coisa
julgada e nem se estabiliza; a terceira pode se tornar estável caso a outra
parte não apresente recurso; a quarta, se trata de litisconsórcio passivo
alternativo.
e) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória
da urgência, que não faz coisa julgada; a terceira pode estabilizar os seus
efeitos caso a parte não apresente recurso; a quarta, se trata de
litisconsórcio eventual.

Comentários
09555860467

Vamos analisar cada um dos itens:


Item I: hipótese que permite a prolação de sentença parcial de mérito, em
julgamento que pode produzir coisa julgada. Ainda não vimos esse assunto,
abordaremos o tema ao falar de sentença.
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados
ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;

Item II: hipótese que permite a concessão de tutela da evidência, que não faz
coisa julgada e nem se estabiliza. É a tutela de evidência punitiva, baseada no
art. 311, I, do NCPC.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

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Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório


da parte;

Item III: a tutela de urgência antecedente pode se tornar estável caso a parte
contrária não apresente recurso. Vejamos o art. 304, do NCPC:
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável
se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos
efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação
ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.

Item IV: o caso relatado se trata de litisconsórcio passivo alternativo.


Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Questão 02 – FUNDATEC/Prefeitura de Porto Alegre – RS –


Procurador Municipal – Bloco I – 2016
Sobre a tutela provisória de urgência cautelar requerida em caráter
antecedente contra a Fazenda Pública, assinale a alternativa correta.
a) Caso o juiz entenda que o pedido de tutela cautelar antecedente tenha
natureza satisfativa, deverá indeferir a petição inicial, julgando extinto o
processo sem exame de mérito.
b) O indeferimento da tutela cautelar obsta a formulação do pedido principal
quando o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou
de prescrição.
c) O réu será citado para contestar no prazo de quinze dias o pedido e indicar
as provas que pretende produzir e, não sendo contestado o pedido, os fatos
alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso
em que o juiz decidirá dentro de cinco dias.
d) O pedido principal, cuja causa de pedir poderá ser aditada, terá de ser
formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias a contar do deferimento
da tutela cautelar.
e) A tutela de urgência cautelar antecedente torna-se estável se da decisão
que a conceder não for interposto o respectivo recurso. Nessa hipótese,
09555860467

qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever,


reformar ou invalidar a tutela estabilizada no prazo de dois anos.

Comentários
A alternativa A está incorreta. O art. 305, em seu parágrafo único, do NCPC,
determina que o pedido de tutela cautelar equivocado deve ser entendido como
a tutela que verdadeiramente se pretendia, ou seja, a natureza satisfativa. Nesse
caso, o juiz observará o procedimento da tutela antecipada.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois traz o que está
expressamente previsto no art. 310, do NCPC.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJSP
teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 306, do NCPC, o réu será citado
para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que
pretende produzir.
A alternativa D está incorreta. Conforme art. 308, do NCPC, efetivada a tutela
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30
(trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido
o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais.
Note que, nesse caso, não haverá alteração na causa de pedir. Aqui reside o erro
da alternativa. A parte não poderá alterar fatos e fundamentos do pedido, após
a efetivação da medida cautelar.
A alternativa E está incorreta. A estabilização não é um fenômeno da tutela de
urgência cautelar, mas sim da tutela de urgência antecipada antecedente.

Questão 03 – FCC/SEGEP-MA – Procurador do Estado – 2016


A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, sendo
que
a) requerida a tutela antecipada em caráter antecedente e sendo a urgência
contemporânea à propositura da ação, se concedida a tutela antecipada, o
autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido
de tutela final, em quinze dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar.
b) a tutela cautelar de urgência não pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro ou arrolamento de bens, porque sujeitos a procedimento cautelar
específico.
c) a tutela de evidência será concedida, se demonstrado perigo de dano ou
de risco ao resultado útil do processo, quando ficar caracterizado o abuso do
direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte ou se as
alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
09555860467

houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula


vinculante.
d) a petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito
que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo, mas será a petição inicial indeferida se o pedido tiver natureza
antecipatória.
e) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de trinta dias, em autos apensos e mediante o pagamento de
novas custas processuais.

Comentários

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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.


303, §1º, I, do NCPC. Concedida a tutela de urgência antecedente, o autor terá
prazo de 15 dias para aditar a petição inicial, juntar os documentos que entender
necessários e formular os pedidos.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido
de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de
tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 301, do NCPC, a tutela de


urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.

A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 311, do NCPC, a tutela de


evidência será concedida independentemente da demonstração de perigo de
dano ou de risco ao resultado útil do processo. Esses são requisitos da tutela de
urgência.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

A alternativa D está incorreta. Não há previsão de que a petição será indeferida


se possuir natureza antecipatória. Quanto aos requisitos da petição inicial na
tutela cautelar antecedente, estão todos corretos, conforme art. 305, do NCPC.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
09555860467

A petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à


indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se
busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo,
conforme disposto no art. 303, do NCPC.
A alternativa E está incorreta, com base no art. 308, do NCPC. Efetivada a tutela
cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de trinta
dias, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no
prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que
deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas
custas processuais.

Questão 04 – FCC/DPE-BA – Defensor Público – 2016

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Sobre a tutela de urgência:


a) A tutela cautelar concedida em caráter antecedente conserva sua eficácia
ainda que o juiz extinga o processo sem resolução de mérito em razão de
ausência de pressupostos processuais.
b) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
atendidos os requisitos legais, a parte pode se limitar a requerer tutela
antecipada, aditando a inicial depois que concedida a medida, no prazo de
15 dias. Não realizado o aditamento nem interposto o respectivo recurso, o
Juiz julgará antecipadamente a lide.
c) Concedida tutela de urgência, se a sentença for desfavorável, a parte
responderá pelo prejuízo decorrente da efetivação da medida, que será
apurado, em regra, por meio de ação autônoma.
d) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
a decisão que concede a tutela faz coisa julgada, só podendo ser revista por
meio de ação rescisória.
e) No procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente,
atendidos os requisitos legais, a parte pode se limitar a requerer tutela
antecipada, aditando a inicial depois que concedida a medida, no prazo de
15 dias ou em outro que fixar o juiz. Não realizado o aditamento nem
interposto o respectivo recurso, a tutela se tornará estável e o processo será
extinto.

Comentários
A alternativa A está incorreta. A eficácia da tutela provisória será mantida na
pendência do processo e durante a sua suspensão, embora possa ser revogada
ou modificada. Porém, se o processo é extinto, sua eficácia é perdida. Vejamos o
art. 296, do NCPC.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.
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É o que afirma o art. 309, III, do NCPC.


Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 303, §1º, I, combinado


com o §2º, do NCPC, se o autor não aditar a petição inicial, com a
complementação de sua argumentação, no prazo de 15 dias, o processo será
extinto sem resolução de mérito, não importando o julgamento antecipado da
lide.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:


I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze)
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1 o deste artigo, o
processo será extinto sem resolução do mérito.

A alternativa C está incorreta. Com base no art. 302, I e parágrafo único, do


NCPC, a indenização por concessão da tutela de urgência, em caso de sentença
desfavorável, será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida,
sempre que possível.
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.

A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 296, do NCPC, a tutela provisória


conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo,
ser revogada ou modificada. Não havendo que se falar, portanto, em coisa
julgada.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois traz o previsto no


art. 303, mencionado acima.

Questão 05 – CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo –


Área Fiscalização – Direito – 2016
No que se refere à formação, extinção e suspensão do processo bem como
à tutela provisória, julgue o item que se segue.
A tutela provisória requerida pela parte em caráter incidental depende de
pagamento de custas.

Comentários 09555860467

A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 295, do NCPC, a tutela


provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de
custas.

Note que a questão se limita a tratar da cobrança do dispositivo legal. Assim, leia
a lei com atenção e aprenda os termos.

Questão 06 – CESPE/TCE-PA – Auditor de Controle Externo –


Área Administrativa – Direito – 2016
Julgue o item a seguir, referentes à tutela provisória e aos meios de
impugnação das decisões judiciais conforme o novo Código de Processo Civil.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJSP
teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez
que essa modalidade de tutela jurisdicional se presta unicamente a
assegurar a futura eficácia de tutela definitiva, resguardando direito a ser
satisfeito.

Comentários
A assertiva está incorreta. Vejamos o art. 294, que prevê que a tutela provisória
de urgência pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. Assim, a
tutela provisória poderá ser satisfativa ou cautelar. O erro da questão está em
mencionar que a tutela provisória pode ser concedida apenas na modalidade
cautelar.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

Lembre-se de que a tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou


antecipada. A cautelar, como o próprio nome aponta, tem natureza cautelar, e a
antecipada tem natureza satisfativa, haja visa que antecipa a tutela de direito
pretendida.

Questão 07 – Quadrix/CRQ 18° Região – PI – Advogado – 2016


No campo do Direito Processual Civil, no capítulo referente à tutela
provisória, a doutrina e jurisprudência tem entendido o seguinte:
a) a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, não pode ser
concedida em caráter antecedente, apenas incidentalmente.
b) nos termos do Código de Processo Civil, a tutela provisória requerida em
caráter incidental depende do pagamento de custas.
c) a tutela de urgência de natureza antecipada pode ser concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, desde que o
requerente se responsabilize por eventuais perdas e danos.
d) com a vigência do novo Código de Processo Civil, a tutela de urgência de
natureza cautelar não pode ser efetivada mediante arresto e sequestro.
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e) para concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou


fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Conforme o art. 294, do NCPC, em seu parágrafo
único, a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental. Essa é uma grande novidade
do Novo Código de Processo Civil.
A alternativa B está incorreta. Com base no art. 295, a tutela provisória
requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 300, §3º, a tutela de


urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão. A tutela apenas será concedida se, ao
final do processo, as partes puderem ser reestabelecidas ao status quo ante.
A alternativa D está incorreta. O art. 301, do NCPC, prevê que a tutela de
urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o previsto
no art. 300, §1º.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la.

Questão 08 – FCC/PGE-MT – Procurador do Estado – 2016


Em processo que tramita na Comarca de Sorriso – MT, o autor ajuizou ação
postulando o fornecimento de medicamento de alto custo em face do Estado.
Requereu, incidentalmente, a tutela antecipada, alegando que o seu direito
era evidente, diante do risco de vida que sofria caso não recebesse o
medicamento, comprovado por farta documentação acostada à inicial. O
magistrado concedeu a liminar, nos termos em que pleiteada e determinou
a intimação do requerido para dar cumprimento à medida. Depois da
intimação desta decisão, o requerido cumpriu a liminar nos termos em que
determinada e não apresentou qualquer recurso contra a decisão. Diante
desta situação, tal decisão
a) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, diante da ausência de
recurso no prazo oportuno, mas poderá ser revista em ação própria, desde
que ajuizada no prazo de dois anos.
b) não é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, ainda que não tenha
sido impugnada mediante recurso, uma vez que este fenômeno processual
somente foi previsto para a tutela de urgência antecedente, e não para a
tutela incidental.
09555860467

c) não é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, uma vez que a lei
ressalva a inaplicabilidade deste fenômeno processual para a Fazenda
Pública.
d) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, por ausência de recurso
no prazo oportuno e, assim, fará coisa julgada material, que poderá ser
desconstituída por meio de ação rescisória, no prazo de dois anos.
e) é apta a gerar a estabilização dos seus efeitos, desde que não tenha sido
impugnada mediante recurso, uma vez que a lei prevê que somente a tutela
da evidência tem a aptidão à estabilização dos seus efeitos.

Comentários

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJSP
teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

Diante desta situação, tal decisão não é apta a gerar a estabilização dos seus
efeitos. Isso ocorre porque o pedido de tutela é incidental e não antecedente.
Apenas o pedido de tutela antecedente, quando não impugnado, pode atingir a
estabilização. Observe que o enunciado da questão menciona expressamente que
o pedido de tutela foi incidental.
Acerca do procedimento da tutela antecipada requerida em caráter
antecedente, vejamos os art. 303 e 304, do NCPC.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da
decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Questão 09 – VUNESP/Prefeitura de Alumínio – SP –


Procurador Jurídico – 2016
Em um processo de conhecimento, o qual fique caracterizado abuso do
direito de defesa ou manifesto propósito protelatório das partes, a parte
lesada poderá requerer tutela provisória de
a) evidência.
b) urgência cautelar incidental.
c) urgência antecipada antecedente.
d) urgência cautelar antecedente.
e) urgência antecipada incidental.

Comentários
O abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da
parte constituem hipóteses em que a lei autoriza o juiz a conceder a tutela da
evidência punitiva. Vejamos o art. 311, I, do NCPC.
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Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de


perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;

Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Questão 10 – Quadrix/CRO – PR – Procurador Jurídico – 2016


Com relação à tutela provisória, considerando o disposto no Código de
Processo Civil de 2015, assinale a alternativa incorreta.
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

b) Nos termos do Código de Processo Civil, em todos os casos, a tutela


provisória perde sua eficácia durante o período de suspensão do processo.
c) A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
d) Para concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer.
e) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do
pagamento de custas.

Comentários
A alternativa A está correta, pois está prevista no art. 294, do NCPC.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.


296, a tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Salvo decisão judicial em
contrário, a tutela provisória conservará a eficácia, também, durante o período
de suspensão do processo.
A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 300, §3º, do NCPC.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

A alternativa D está correta, conforme prevê o art. 300, §1º, do NCPC.


§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa
vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente
não puder oferecê-la.

A alternativa E está correta, com base no art. 295, do NCPC.


Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de
custas. 09555860467

Questão 11 – TRT4ºR-RS/TRT4ªR-RS – Juiz do Trabalho


Substituto – 2016
Considere as assertivas abaixo sobre tutela provisória.
I - A tutela provisória de urgência pode ser classificada, no tocante ao seu
conteúdo, em cautelar e antecipada, podendo ser concedida, em qualquer
das hipóteses, em caráter antecedente ou incidental.
II - A tutela provisória, uma vez concedida, mantém sua eficácia até o
julgamento final do processo, podendo o julgador, na sentença, mantê-la,
revoga-la ou modificá-la, o que não mais é admissível no curso do processo.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

III - O Julgador, ao exercer o poder geral de cautela, em tutela provisória,


deve observar apenas o quanto pretendido pela parte postulante no que
tange às medidas de sua efetivação.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e II
e) I, II e III

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, pois está previsto no art. 294, do NCPC.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

O item II está incorreto. De acordo com o art. 296, do NCPC, a tutela provisória
conserva a sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo,
ser revogada ou modificada. Assim, a revogação ou modificação da medida não
se restringe apenas à sentença.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode,
a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

O item III está incorreto. Conforme art. 297, do NCPC, o juiz poderá determinar
as medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação
da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao
09555860467

cumprimento provisório da sentença, no que couber.

Assim, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Questão 12 – FAFIPA/Câmara de Cambará – PR – Procurador


Jurídico – 2016
Sobre tutelas provisórias, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do
pagamento de custas.
b) Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação,
a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que

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Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do


processo.
c) A tutela da evidência será concedida, independentemente da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto
propósito protelatório da parte.
d) A tutela de urgência de natureza antecipada será concedida mesmo
quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Comentários
A alternativa A está correta, conforme prevê o art. 295, do NCPC.
A alternativa B está correta, com base no art. 303, do NCPC.
A alternativa C está correta, pois reproduz o art. 311, I, do NCPC. Trata-se da
tutela de evidência punitiva.
A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
300, §3º, do NCPC, a tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Questão 13 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – Provimento – 2016
Quanto à tutela provisória, é correto afirmar, EXCETO:
a) A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, será concedida
em caráter antecedente ou incidental.
b) A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do
pagamento de custas.
c) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada; todavia, salvo decisão
judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o
período de suspensão do processo.
d) O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
09555860467

efetivação da tutela provisória, devendo observar as normas referentes ao


cumprimento provisório da sentença, no que couber.

Comentários
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.
294, do NCPC, a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental. Trata-se de uma possibilidade
de concessão e não de uma obrigatoriedade. O erro da questão está em falar
“será concedida”.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

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teoria e questões
Aula 04 – Prof. Ricardo Torques

A alternativa B está correta, pois reproduz o art. 295.


Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de
custas.

A alternativa C está correta, conforme prevê o art. 296.


Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

A alternativa D está correta, com base no art. 297.


Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação
da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao
cumprimento provisório da sentença, no que couber.

Questão 14 – MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça –


Matutina – 2016
Nos termos do novo Código de Processo Civil, a tutela da evidência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Comentários
A assertiva está incorreta. O art. 311, do NCPC, prevê que a tutela da evidência
será concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

Vejamos, também, os incisos do art. 311, do NCPC, que trazem as hipóteses de


concessão da tutela de evidência.
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da
parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
09555860467

firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;


III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Questão 15 – MPE-SC/MPE-SC – Promotor de Justiça –


Matutina – 2016
Nos termos do novo Código de Processo Civil, a tutela de urgência e da
evidência podem ser requeridas apenas no curso do procedimento em que
se pleiteia a providência principal.

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Comentários
Vejamos os art. 294 e 299, do NCPC.
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando
antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.

A tutela de urgência pode ser requerida em caráter antecedente, ou seja, antes


de se iniciar o processo propriamente dito. Assim, o erro da questão está em
mencionar que as tutelas provisórias poderão ser requeridas apenas no curso do
procedimento em que se pleiteia o objeto principal da ação.
Portanto, a assertiva está incorreta.

Questão 16 – FCC/Prefeitura de Campinas – SP – Procurador


– 2016
Em relação à tutela de urgência, considere:
I. Para a concessão da tutela de urgência liminar, o juiz deve exigir de quem
a requeira caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a
outra parte possa vir a sofrer, o que só poderá ser dispensado se a concessão
da medida se der após justificação prévia.
II. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do
direito.
III. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
IV. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Está correto o que se afirma em 09555860467

a) I, II, III e IV.


b) I e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens.
O item I está incorreto. De acordo com o art. 300, §1º, do NCPC, para a
concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real

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ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não
puder oferecê-la. Assim, o erro da questão está em mencionar que se trata de
um dever do juiz tomar essas medidas.
O item II está correto, conforme prevê o art. 301, do NCPC.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.

O item III está correto, com base no art. 300, do NCPC.


Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

O item IV está correto, pois reproduz o art. 300, §3º, do NCPC.


§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo
de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Questão 17 – FGV/MPE-RJ – Analista do Ministério Público –


Processual – 2016
Em razão de grave enfermidade, consumidor de plano de saúde ajuizou
demanda em que pleiteava a condenação da operadora prestadora do
serviço a lhe custear um tratamento específico, indicado por seu médico, e
que a empresa alegava não estar previsto no contrato. Sem prejuízo da
tutela jurisdicional definitiva, abarcando a condenação da ré a cumprir a
obrigação contratual e a pagar verbas reparatórias de danos morais, o autor
requereu, em sua inicial, a concessão de tutela provisória, consubstanciada
na determinação judicial, inaudita altera parte, para que a empresa
viabilizasse de imediato o tratamento pretendido, o que foi deferido. Quanto
a essa providência provisória, pode-se afirmar que a sua natureza é de
tutela:
a) de urgência cautelar;
b) de urgência satisfativa; 09555860467

c) da evidência cautelar;
d) da evidência sancionatória;
e) inibitória cautelar.

Comentários
O NCPC prevê duas espécies de tutela provisória, a tutela de urgência e a tutela
de evidência. A tutela de urgência, conforme art. 294, do NCPC, se divide em
tutela cautelar (asseguradora de um direito) e tutela antecipada (satisfativa).
Já o art. 311, do NCPC, trata sobre a tutela de evidência.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

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I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da


parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos
do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

A hipótese dessa questão enquadra-se na tutela de urgência satisfativa, pois há


elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. Além disso, o pedido de tutela provisória foi
realizado no curso do processo.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Questão 18 – VUNESP/TJ-SP – Titular de Serviços de Notas e


de Registros – Provimento – 2016
A respeito da tutela provisória no CPC/2015, é correto afirmar que
a) pode fundar-se em urgência ou evidência, dividindo--se a primeira em
cautelar ou antecipada.
b) a tutela provisória de urgência de natureza antecipada somente admite a
forma incidental.
c) por emanar do poder jurisdicional, aspecto da própria soberania estatal,
não implica responsabilidade do autor pelos eventuais prejuízos que a
efetivação da medida ocasionar ao réu.
d) a tutela provisória conserva sua eficácia durante a pendência do processo,
exceto em caso de suspensão deste, quando então terá sustados seus efeitos
independentemente de pronunciamento judicial.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois traz o entendimento
09555860467

previsto no art. 294, do NCPC.


Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

A alternativa B está incorreta. Conforme já citado, a tutela provisória de


urgência de natureza antecipada pode ser concedida em caráter antecedente ou
incidental.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 302, do NCPC,
independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo
prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa.
A alternativa D está incorreta. Com base no art. 296, do NCPC, a tutela
provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer

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tempo, ser revogada ou modificada. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela


provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.

Questão 19 – CESPE/TCE-RN – Assessor Técnico Jurídico –


Cargo – 2015
No que diz respeito às normas processuais, à função jurisdicional, à petição
inicial e ao tempo e lugar dos atos processuais, conforme o Novo Código de
Processo Civil, julgue o item que se segue.
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na
Constituição Federal de 1988, é vedado ao juiz conceder tutela provisória de
urgência contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Comentários
Essa questão requer o conhecimento do art. 9º, parágrafo único, I, do NCPC.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;

Assim, a assertiva está incorreta. Como sabemos, a tutela provisória de


urgência poderá ser concedida em caráter liminar, de forma que pode ser
concedida sem a oitiva da parte ré. Isso ocorre porque há receio de que a decisão
final do processo fique prejudicada pela demora na decisão. Esse receio da
demora e a probabilidade do direito pleiteado permitem a concessão da tutela de
urgência liminarmente (ou inauditera altera pars) e a mitigação do princípio do
contraditório que, nesse caso, será diferido.

Questão 20 – FGV/CODEBA – Analista Portuário – Advogado –


2016 – adaptada ao NCPC
A respeito das disposições gerais sobre as medidas cautelares, assinale a
afirmativa incorreta.
a) É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a tutela
09555860467

de urgência cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo
citado, poderá torná-la ineficaz.
b) Interposto o recurso, a tutela provisória cautelar será requerida
diretamente ao tribunal.
c) Havendo suspensão do processo, a tutela provisória cautelar também será
suspensa.
d) Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar, se o juiz declarar extinto o
processo principal, com ou sem julgamento do mérito.
e) O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte
formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo
do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.

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Comentários
A alternativa A está correta, com base no art. 300, §2º, do NCPC.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

A alternativa B está correta. Vejamos o art. 299, do NCPC:


Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao
juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de
tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente
para apreciar o mérito.

A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 296, do NCPC, salvo decisão
judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período
de suspensão do processo.
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

A alternativa D está correta, pois está previsto no art. 309, III, do NCPC:
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir
o processo sem resolução de mérito.

A alternativa E está correta, pois reproduz o art. 310, do NCPC:


Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.

Questão 21 – CESPE/TCE-PR – Auditor – 2016 – adaptada ao


NCPC
Com relação à tutela provisória, assinale a opção correta.
a) Requerida após o protocolo da petição inicial, embora processada nos
mesmos autos do pedido principal, a tutela provisória de urgência incidental
09555860467

dependerá do pagamento de custas.


b) Diferentemente do que ocorre com a tutela de urgência cautelar, as regras
de competência para a concessão antecipada da tutela provisória são
mitigadas.
c) Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito alegado e
comprovado o perigo na demora da prestação jurisdicional, é vedado ao juiz
exigir caução para a concessão.
d) Por ser a tutela provisória regra de exceção revestida de provisoriedade,
os meios de sua concretização são elencados taxativamente no CPC.
e) Poderá o juiz suspender a eficácia da tutela provisória concedida durante
período de suspensão do processo.

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teoria e questões
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Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 295, do NCPC, a tutela
provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de
custas.
A alternativa B está incorreta, pois o art. 299, do NCPC, não traz tal
especificação. Ao tratar da competência, o Código define que a tutela provisória
pode ser requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente
para conhecer o pedido principal. Importante frisar que essa regra se aplica às
tutelas de urgência de forma geral e, portanto, às antecipadas e cautelares.
A alternativa C está incorreta. Conforme art. 300, §1º, do NCPC, para a
concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
A alternativa D está incorreta. Os meios de concretização não são taxativos.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 296, do
NCPC:
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a
qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

Questão 22 – INSTITUTO CIDADES/Prefeitura de Itauçu – GO


– Procurador do Município – 2015
Acerca da tutela provisória, marque a alternativa CORRETA:
a) O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar, para,
no prazo de 15 (quinze) dias, contestar o pedido, indicando as provas que
pretende produzir.
b) O indeferimento da tutela provisória obsta a que a parte intente a ação.
c) Não sendo contestado o pedido, o juiz deverá obrigatoriamente conceder
09555860467

a tutela de urgência cautelar na forma do pedido do autor.


d) É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a tutela
de urgência, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá
torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste
caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir
a sofrer.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 398, o requerido será
citado, para, no prazo de 5 dias, dar a sua resposta.
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.

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A alternativa B está incorreta. Conforme art. 310, o indeferimento da tutela


cautelar não obsta que a parte formule o pedido principal.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.

A alternativa C está incorreta, uma vez que tal informação não se dessume do
art. 307, do NCPC, que apenas explicita que não sendo contestado o pedido, os
fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso
em que o juiz decidirá dentro de cinco dias.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois traz o previsto no
art. 300, §1º e §2º, do NCPC:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a
sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não
puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.

Questão 23 – FCC/DPE-MA – Defensor Público – 2015 –


adaptada ao NCPC
Em razão de interrupção de serviço de telefonia, Maria ajuizou ação cautelar
antecedente no âmbito da qual requereu a concessão de liminar, deferida
em 10/06/2015 e efetivada em 20/06/2015. Em 15/07/2015, ajuizou ação
principal. Em contestação, a ré pugnou pela extinção do processo cautelar
em razão de intempestividade da ação principal. O argumento
a) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não
somente a perda da eficácia tutela provisória mas também a extinção do
processo cautelar, podendo Maria repetir o pedido mesmo que por igual
fundamento.
09555860467

b) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no


prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não
somente a perda da eficácia da tutela provisória mas também a extinção do
processo cautelar, não podendo Maria repetir o pedido, ainda que por novo
fundamento.
c) deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no
prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta não
somente a perda da eficácia da tutela provisória mas também a extinção do
processo cautelar, não podendo Maria repetir o pedido, salvo por novo
fundamento.
d) não deverá ser acolhido, pois a ação principal foi ajuizada dentro do prazo
de 30 dias, que é contado da efetivação da medida cautelar.

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teoria e questões
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e) não deverá ser acolhido, pois a falta de ajuizamento da ação principal, no


prazo de 30 dias da concessão da tutela de urgência cautelar, acarreta
somente a perda da eficácia da tutela provisória, não a extinção do processo
cautelar.

Comentários
Vejamos os art. 308 e 309, ambos do NCPC, os quais preveem que, depois de
efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor
no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos
em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento
de novas custas processuais.
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos
autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do
adiantamento de novas custas processuais.
§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de
conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente,
sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art.
335.
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

O argumento não deverá ser acolhido, pois a ação principal foi ajuizada dentro
do prazo de 30 dias, que é contado da efetivação da medida cautelar. Portanto,
a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
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Questão 24 – FCC/TJ-AL – Juiz Substituto – 2015 – adaptada


ao NCPC
Breno ajuíza ação com pedido de tutela de urgência de caráter cautelar de
sustação de protesto contra Carlos, por diferenças negociais na entrega de
produtos por ele adquiridos do requerido. A tutela é concedida, como
antecedente à ação principal declaratória de inexigibilidade do crédito
exigido por Carlos, mas o advogado de Breno deixa de propor a ação
principal no prazo de trinta dias previsto em lei. Nesse caso, o juiz
a) manterá a liminar concedida, intimando Breno a oferecer caução idônea
em dez dias, sob pena de extinção do processo cautelar, no mesmo prazo
propondo-se a ação declaratória principal.

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b) manterá a liminar concedida, uma vez que o prazo para ajuizamento da


ação principal é meramente preclusivo, tendo efeitos somente em eventuais
ônus sucumbenciais futuros.
c) reconhecerá a perda da eficácia da medida liminar, mas determinará o
prosseguimento da ação cautelar, para julgamento em seu mérito.
d) reconhecerá a perda de eficácia da liminar deferida, julgando extinto o
processo cautelar, sem resolução de mérito.
e) declarará a perda de eficácia da medida liminar, julgando desde logo
improcedente o processo cautelar, por perda de objeto.

Comentários
Nesse caso, o juiz reconhecerá a perda de eficácia da liminar deferida, julgando
extinto o processo cautelar, sem resolução de mérito.
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir
o processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

Desse modo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Questão 25 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC
Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.
A instrução probatória da ação cautelar deve ser feita juntamente com a
produção de provas da ação principal.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois, somente com a decisão limitar, será iniciado o
09555860467

prazo de 30 dias para que a ação principal seja ajuizada.

Questão 26 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC
Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.
Cessada a eficácia de uma medida cautelar deferida, a parte pode repetir,
com base no mesmo fundamento, novo pedido cautelar.

Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 309, parágrafo único, do NCPC,
cessada a eficácia de uma medida cautelar deferida, é vedado à parte renovar o
pedido.

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Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é


vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

Questão 27 – CESPE/TJ-PB – Juiz Substituto – 2015 –


adaptada ao NCPC
Com relação às tutelas provisórias acautelatórias, julgue o item seguinte.
O ajuizamento da ação principal mais de trinta dias após a efetivação da
tutela cautelar implica perda da eficácia dessa medida, mas não extingue o
processo cautelar.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois uma vez efetivada a tutela cautelar, o pedido
principal deverá ser ajuizado no prazo de 30 dias. Caso esse prazo não seja
observado, a tutela cautelar antecedente perderá a eficácia e será extinta sem o
julgamento do mérito.

Questão 28 – FCC/TRT3ªR-MG – AJOAF – 2015 – adaptada ao


NCPC
Mário é pecuarista e disputa com Cláudio a posse de bois que estariam
prestes a serem abatidos por ele. De acordo com o Código de Processo Civil,
o juiz, a requerimento da parte, poderá
a) decretar o sequestro e nomear depositário aos bois.
b) conceder o arresto, transferindo de imediato a posse dos bois ao autor.
c) decretar o arrolamento de bens e nomear depositário aos bois.
d) conceder o arresto, transferindo de imediato a posse dos bois ao autor da
ação.
e) decretar o protesto, nomeando depositário aos bois.

Comentários
De acordo com o Novo Código de Processo Civil, o juiz, a requerimento da parte,
09555860467

poderá decretar o sequestro e nomear depositário aos bois, cuja escolha poderá
recair em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução
idônea.
É importante lembrar que a diferença entre o arresto e o sequestro está no fato
de que o primeiro visa resguardar a execução por quantia, ao passo que o
segundo tem por objetivo assegurar a execução de coisa.
De todo modo, no NCPC não há mais tratamento específico para essas tutelas
cautelares, que agora estão previstas de forma genérica. Veja:
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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teoria e questões
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Questão 29 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – Remoção – 2015 – adaptada ao NCPC
Sobre a tutela provisória de natureza cautelar marque a opção INCORRETA:
a) A indicação da lide e seu fundamento são requisitos obrigatórios da
petição inicial.
b) O prazo para contestação é de 5 (cinco) dias.
c) O indeferimento da medida cautelar por motivo de prescrição não impede
que a parte intente a ação principal nem influi em seu julgamento.
d) Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento
comum.

Comentários
A alternativa A está correta, conforme o caput, do art. 305, do NCPC.
A alternativa B está correta, de acordo com o que prevê o art. 306, do NCPC.
Veja:
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar
as provas que pretende produzir.

A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com o art.


310, do NCPC, o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule
o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do
indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.

A alternativa D está correta, ante o que dispõe o parágrafo único do art. 307,
do NCPC.

Questão 30 – CONSULPLAN/TJ-MG – Titular de Serviços de


Notas e de Registros – Remoção – 2015 - adaptada ao NCPC
De acordo com a legislação processual civil, a interposição de ação cautelar
09555860467

incidental obriga o autor a propor a ação principal no prazo de 30 (trinta)


dias, contados da data
a) da efetivação da medida cautelar.
b) da interposição da medida cautelar.
c) em que o mandado de citação foi juntado aos autos.
d) do deferimento da medida cautelar.

Comentários
De acordo com o art. 308, do NCPC, a interposição de ação cautelar preparatória
obriga o autor a propor a ação principal no prazo de 30 dias, contados da data
da efetivação da medida cautelar.

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Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

3.4 – Lista de Questões de Aula

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
Não há possibilidade de tutela provisória no processo civil brasileiro, sem alegação e
comprovação de urgência.

Gabarito: INCORRETO

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
O Código de Processo Civil não permite a aplicação do princípio da fungibilidade entre a
tutela provisória satisfativa e a tutela provisória acautelatória, a não ser na hipótese de
concessão antecedente.

Gabarito: CORRETO

(MPE-MS/Promotor de Justiça Substituto/2015 – adaptada)


Julgue:
As astreintes não podem ser fixadas em decisão concessiva de tutela provisória antecipada,
uma vez que visam punir a parte que desrespeita a sentença de mérito, podendo ser
executada provisoriamente desde que o recurso eventualmente interposto não seja recebido
com efeito suspensivo.

Gabarito: INCORRETO

(TRT15ªR-SP/Juiz do Trabalho Substituto-2015 – adaptada)


Acerca da antecipação dos efeitos da tutela, considere:
I. É possível a antecipação dos efeitos da tutela em sentença, desde que satisfeitos os
09555860467

requisitos legais.
II. Não é possível antecipação dos efeitos da tutela sem comprovação de periculum in mora.
III. O Código de Processo Civil admite expressamente a concessão de tutela antecipada ex
officio.
Está correto o que consta APENAS em
a) I.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e II.
e) III.

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Gabarito: A

(OAB/XVI Exame/2015 – adaptada)


Alan ajuizou ação provisória cautelar antecedente em face de Roberta, obtendo deferimento
de pedido liminar para indisponibilizar a venda de veículos de propriedade da ré. De posse
da decisão liminar, Alan protocolizou ofício junto ao órgão competente em 30 de janeiro,
tendo a liminar sido efetivada em 10 de fevereiro, ou seja, quatro dias antes da citação de
Roberta. As datas citadas eram dias úteis.
Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.
a) O ajuizamento da ação principal dentro do prazo legal veda ao magistrado revogar a
tutela provisória antes da sentença de mérito.
b) O ajuizamento da ação principal no dia 14 de março acarreta a perda da eficácia da tutela
provisória deferida e a extinção da ação cautelar.
c) A eventual falta de diligência de Alan ao inobservar o prazo legal para execução da decisão
acautelatória acarretará a automática extinção dos processos cautelar e principal.
d) O indeferimento do pedido acautelatório formulado por Alan obsta o ajuizamento da ação
principal, por falta de interesse.

Gabarito: B

(TRT-21ªR-RN/TRT-21ªR-RN/Juiz do trabalho – 2015 – adaptada)


Com base nas disposições do Código de Processo Civil aplicável, analise as assertivas
abaixo.
O objetivo da antecipação dos efeitos da tutela é entregar ao autor a própria pretensão
deduzida em juízo ou os seus efeitos.

Gabarito: CORRETA

(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar se a parte não intentar a ação principal no
prazo de 30 dias, contados da efetivação da medida, se esta não for executada dentro de
09555860467

30 dias ou se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito,
mas, cessada a medida por qualquer desses motivos, a parte pode intentar nova ação e
repetir o pedido com os mesmos fundamentos.

Gabarito: INCORRETO

(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
No processo cautelar antecedente o requerido será citado, para, no prazo de 05 dias,
contestar o pedido, presumindo-se verdadeiros os fatos alegados pelo requerente, na
ausência de contestação.

Gabarito: CORRETO

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(TRT8ªR-PA-AP/TRT8ªR-PA-AP/Juiz do Trabalho/2015 – adaptada)


Sobre o processo cautelar, julgue.
O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte intente a ação
principal, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher
a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.

Gabarito: CORRETO

(MPT/Procurador do Trabalho/2015)
Com base no Código de Processo Civil, julgue:
Na decisão que conceder tutela de urgência, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as
razões do seu convencimento, mas não concederá a medida quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.

Gabarito: CORRETA

4 – Destaques da Legislação
 art. 294, do NCPC: classificação das tutelas no NCPC
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental.

 art. 296, do NCPC: provisoriedade dessas tutelas


Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas
pode, A QUALQUER TEMPO, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. SALVO decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a
eficácia durante o período de suspensão do processo.

 art. 297, do NCPC: medidas que o juiz entender necessárias para a


efetivação da tutela provisória.
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória. 09555860467

Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao


cumprimento provisório da sentença, no que couber.

 art. 300, do NCPC: tutela de urgência


Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

 art. 302, do NCPC: responsabilidade do requerente


Art. 302. INDEPENDENTEMENTE da reparação por dano processual, a parte responde
pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, SE:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários
para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

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IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.


Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.

 art. 304, do NCPC: estabilização da tutela antecipada


Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, TORNA-SE ESTÁVEL se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar
ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou
invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2 o, prevento
o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida
em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.

 art. 305, do NCPC: tutela cautelar antecedente


Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que
se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.

 art. 309, do NCPC: cessação da eficácia da tutela:


Art. 309. CESSA a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, SE:
I - o autor NÃO deduzir o pedido principal no prazo legal;
II - NÃO for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

 art. 311, do NCPC: tutela de evidência.


09555860467

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, INDEPENDENTEMENTE da


demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, QUANDO:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado,
sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.

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Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

5 – Resumo
Classificação doutrinária das tutelas provisórias
TUTELA DEFINITIVA: aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate
acerca do objeto da decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla
defesa.
TUTELA PROVISÓRIA: tem por finalidade antecipar o gozo de determinado direito ou assegurá-
lo a fim de que possa ser gozado em momento oportuno.
CARACTERÍSTICAS DA TUTELA PROVISÓRIA:
 COGNIÇÃO SUMÁRIA - a decisão se assenta em análise superficial do objeto litigioso
 PRECARIEDADE - poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo
 IMPOSSIBILIDADE DE COISA JULGADA - não poderá sofrer os efeitos da coisa julgada
ESPÉCIES DE TUTELA PROVISÓRIA, CONFORME A DOUTRINA:
 tutela antecipada: é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa tutela antecipa-se
a concessão da prestação jurisdicional à parte em razão de alguma situação urgente.
 tutela cautelar: é provisória e fundada na urgência. A diferença dessa tutela é que nesse caso
ela é conservativa. Assim, não há concessão da tutela jurisdicional, mas conservação do interesse
da parte a fim de que ela possa ser beneficiada posteriormente com a tutela jurisdicional.
 tutela de evidência: caracteriza-se pela provisoriedade e por ser satisfativa. A grande
distinção em relação à tutela antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a cessão antecipada
da tutela jurisdicional não se funda na urgência, mas na evidência do direito pleiteado pelo autor.
SÍNTESE
• antecipada
• provisória
• satisfativa
• urgente
• cautelar
• provisória
• conservativa
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• urgente
• evidência
• provisória
• satisfativa

Disciplina das tutelas provisórias no NCPC


TUTELA PROVISÓRIA:
 tutela de urgência: tutela antecipada e tutela cautelar
 tutela de evidência
A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
REGRAS GERAIS:

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 A tutela provisória divide-se em tutela de urgência (que engloba a tutela antecipada e cautelar)
e as tutelas e evidência.
 As tutelas de urgência (tutela antecipada e cautelar) podem ser antecedentes ou incidental.
 As tutelas provisórias incidentais independem do pagamento de custas.
 As tutelas provisórias podem ser revogadas ou alteradas a qualquer tempo.
 As tutelas provisórias conservam a eficácia durante o período de suspensão do processo, exceto
decisão judicial em sentido contrário.
 O juiz poderá determinar as medidas necessárias para efetivação de tutelas provisórias
concedidas, inclusive, os instrumentos previstos para o cumprimento provisório de sentença.
 As decisões que envolvem tutela provisórias devem ser claras e precisas (princípio da
cooperação).
REQUERIMENTO: o NCPC não prevê a possibilidade de concessão de ofício da tutela
provisória.
FUNGIBILIDADE: no NCPC não temos essa regra, tal como disposta no Código anterior.
Observe-se que a fungibilidade ainda é aplicada de forma específica tão somente para as tutelas
de urgência de caráter antecedente, com base no parágrafo único do art. 305, conforme veremos
adiante.
LEGITIMIDADE: o autor, o réu, os terceiros intervenientes e o Ministério Público (como parte
ou fiscal da ordem jurídica) possuem legitimidade para requerer tais tutelas.

Tutelas de Urgência
PARA CONFIGURAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
 “perigo de dano” ou “risco ao resultado útil do processo”
 plausibilidade do direito
 irreparabilidade do dano ou de difícil reparação
CAUÇÃO: como a concessão de tutela antecipada implica riscos, pois a cognição é sumária,
poderá o magistrado exigir caução.
FORMAS de concessão da tutela de urgência:
 sem a oitiva da parte contrária (inauditera altera pars ou in limine); ou
 com a notificação da parte contrária para apresentar pedido de justificação em face do
requerimento provisório deduzido.
A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO será concedida quando houver perigo
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de irreversibilidade dos efeitos da decisão.


A TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR É UTILIZADA PARA
 arrestos - resguardar futura execução por QUANTIA
 sequestros - resguardar futura entrega de COISA.
 arrolamento de bens - garantir futura PARTILHA DE BENS.
 registro de protesto contra alimentação de bem - EVITAR TRANSFERÊNCIA supostamente
indevida de bem sujeito a registro
 QUALQUER outra medida idônea para assegurar o direito
RESPONSABILIDADE:

OBJETIVA  Não fornecimento de meios suficientes à citação do requerido no prazo


de 5 dias, após a concessão da tutela de urgência.

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 Cassação da tutela provisória de urgência.

SUBJETIVA  Sentença desfavorável.


 Sentença resolutória com mérito, em razão do acolhimento de
prescrição ou decadência.

Tutela antecipada requerida em caráter antecedente


 ação inicial sumarizada (simplificada) cujo pedido principal é a concessão da tutela
antecipada.
• informação de que se trata de tutela provisória de urgência de natureza antecipada;
• pretensão final (correspondência);
• conflito
• fumus boni iuris
• periculum in mora
• valor da causa
PROCEDIMENTO:
1ª – CONCESSÃO DA TUTELA - Com a concessão da tutela, o autor será intimado para
complementar a argumentação, juntar novos documentos e confirmar o pedido da tutela
inicial no prazo de 15 dias.
Em seguida, cita-se o réu para comparecer à audiência de conciliação e mediação. Se
frutífera, o termo da autocomposição será homologado e o processo extinto com resolução
de mérito.
Caso não haja autocomposição, o réu sairá intimado da audiência para apresentar a
contestação no prazo de 15 dias.
Com isso, o processo seguirá o curso normal.
2ª – NÃO CONCESSÃO DA TUTELA
O autor será intimado para emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, a fim de que seja
dada continuidade à ação na forma regular.
Caso não haja aditamento, o processo será extinto sem julgamento do mérito.

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PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE

CONCESSÃO NÃO CONCESSÃO

aditar no prazo de 15 dias emendar no prazo de 5 dias

citar réu para


audiência de infrutífera a
não emendou emendou
conciliação e autocomposição
mediação

extingue o
o réu sai intimado
em caso de processo sem
para contestar segue o processo
autocomposição julgamento de
em 15 dias
mérito

extingue o
processo com
julgamento de
mérito

ESTABILIZAÇÃO DA LIDE: ocorrerá com a não interposição de recurso.


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 A ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA APLICA-SE APENAS À TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA


ANTECEDENTE.
 O recurso impede a estabilização. Literalmente, o recurso cabível dessa decisão interlocutória
que concede a tutela antecipada antecedente é o agravo de instrumento.
 REVISÃO DE TUTELA ANTECIPADA ESTABILIZADA
• ação a ser ajuizada a qualquer tempo pelas partes
• será feita em autos apartados
• pode ser requerido o desarquivamento do processo anterior para ser usado na instrução
• será distribuída ao mesmo juízo que foi competente para a concessão da tutela
 A decisão que concede a tutela antecipada não faz coisa julgada, pois fica sujeita à ação
revisional pelo prazo de dois anos. Decorrido esse prazo, há a imutabilização da ação. Dito de
outra forma, a decisão que era estável torna-se imutável e somente poderá ser rescindível nos
dois anos seguintes, por ação rescisória.

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Tutela cautelar requerida em caráter antecedente


PEDIDO:
 indicação do conflito e do fundamento;
 exposição do direito que se pretende assegurar; e
 exposição do perigo de dano ou do risco ao resultado útil ao processo.
PRAZO PARA CONTESTAR E INDICAR PROVAS - 5 dias
PRAZO PARA O MAGISTRADO DECIDIR EM CASO DE NÃO MANIFESTAÇÃO DO REQUERIDO - 5
dias
Concedida a tutela, a parte autora tem o prazo de 30 dias para ajuizar a ação principal,
sem necessidade de adiantamento de custas processuais, podendo, inclusive, aditar pedidos na
forma do §2º, do art. 308, do NCPC.
Destaca-se a necessidade de que o pedido principal se refira à cautelar (referibilidade).
CESSA A EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR
 não ajuizamento da ação principal no prazo de 30 dias
 não efetivação da medida conservativa no prazo de 30 dias
 improcedência do pedido principal
 extinção do processo sem resolução do mérito
O INDEFERIMENTO DA TUTELA CAUTELAR
 não impede o ajuizamento da ação principal, exceto no caso de reconhecimento de prescrição
ou decadência;
 não influencia o julgamento da ação principal

Tutela de Evidência
CONCEITO: É técnica que serve à tutela provisória, fundada em cognição sumária: a
antecipação provisória dos efeitos da tutela satisfativa. Aqui surge a chamada tutela provisória
de evidência. Nestes casos, a evidência se caracteriza com conjugação de dois pressupostos:
prova das alegações de fato e probabilidade de acolhimento da pretensão processual.
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
 Abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (liminar).
 Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante (liminar).
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 Ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de depósito e não
a entrega a quem de direito na forma e nos prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de
evidência com a cominação de multa em caso de não devolução no prazo fixado (liminar).
 Petição instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos sem oposição
razoável do réu (liminar)

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6 – Considerações Finais
Chegamos ao final do nosso sexto encontro. Como você notou, foi uma aula mais
tranquila. Menos regras do NCPC, mais doutrina. Não é mesmo?
Aguardo vocês no próximo encontro!
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato
conosco. Estou disponível no fórum no Curso e por e-mail.
Ricardo Torques

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