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Reinaldo Azevedo
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Eu não tenho receio de discutir tema nenhum! E jamais sou ambíguo ou anfíbio. Também
não tenho medo do que penso ou das minhas próprias opiniões porque me situo nos
parâmetros da Constituição da República Federativa do Brasil — uma Constituição
elaborada segundo as regras da democracia. Eu tenho muito aguçado é o tal sentimento
da vergonha alheia diante da covardia.
Vamos ver. Eu escrevi, sim, na VEJA de 17 de outubro de 2007 um texto elogioso ao
filme Tropa de Elite 1, de José Padilha. O texto está aqui. Havia até certa ousadia porque,
embora o filme fosse um estouro de bilheteria (e de pirataria), apanhava pra chuchu nos
segundos cadernos. À época, o cineasta era chamado de “fascista” pelos “descolados”.
Havia um motivo principal: O FILME NÃO EXIMIA OS CONSUMIDORES DE
DROGAS DE SUA RESPONSABILIDADE. Numa cena bastante forte, o tal Capital
Nascimento fazia um “maconheiro” de classe média focinhar no abdômen aberto de um
traficante e indagava, aos tapas e pontapés: “Quem matou esse cara? Quem matou esse
cada?” O maconheiro balbuciava: “Foram vocês [policiais]”. Respondia o policial: “Não,
foi você, maconheiro filho da puta”.
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Abordo essa questão porque Tropa de Elite 1 revelou os fascistas de esquerda, que só
aceitam o debate entre pessoas que concordam. E Tropa de Elite 2 revelou os covardes.
Mas que fique a síntese: eu concordo com o cineasta José Padilha quando dizia: “Se ele
[consumidor] comprar maconha, ele vai estar comprando de um traficante, que está numa
favela, altamente armado e dominando aquela população. Isso é um fato. Contra fatos,
não existem argumentos.” Parece que ele é que parou de concordar consigo mesmo.