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Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC

Curso: Técnico de Segurança do Trabalho

Instrutor: Fernando Rodrigues Disciplina: Princípios de Tecnologia Industrial

APOSTILA - 03

MANUTENÇÃO PREVENTIVA
E CORRETIVA

Instrutor: Fernando Rodrigues

Belém – PA
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
Curso: Técnico de Segurança do Trabalho

Instrutor: José Fernando Alvares Rodrigues MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA

MANUTENÇÃO

CONCEITOS

Podemos entender manutenção como o conjunto de tratativas e cuidados técnicos,


indispensáveis ao funcionamento regular e permanente de nossas máquinas, equipamentos,
ferramentas e instalações. Esses cuidados envolvem a conservação, a adequação, a
restauração, a substituição e a prevenção.

Por exemplo:

 Quando mantemos as engrenagens lubrificadas, estamos conservando-as;


 Quando estamos trocando um plugue de um cabo elétrico, estaremos substituindo-o
por um novo;
 Quando efetuamos uma reforma em um imóvel, estamos restaurando-o pelo efeito do
tempo;
 Quando estamos isolando uma emenda de um fio, estamos prevenindo-o de um curto-
circuito.

De um modo geral a manutenção em uma empresa tem como objetivo:

● Manter equipamentos e máquinas em condição de pleno funcionamento, para garantir a


produção normal e a qualidade dos produtos.

● Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos de máquinas.

A manutenção ideal de uma máquina é aquela que permite alta disponibilidade, para a
produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo adequado.

HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO

Desde os anos 30, a evolução da manutenção pode ser dividida em 3 gerações (ver Tabela
1.1).

A PRIMEIRA GERAÇÃO

A primeira geração abrange o período antes da segunda guerra mundial, quando a


indústria era pouco mecanizada, os equipamentos eram simples e, na sua grande maioria,
superdimensionados.

Aliado a tudo isto, devido à conjuntura econômica da época, a questão da


produtividade não era prioritária. Consequentemente, não era necessária uma manutenção
sistematizada; apenas serviços de limpeza, lubrificação e reparo após a quebra, ou seja, a
manutenção era, fundamentalmente, corretiva.

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José Fernando Alvares Rodrigues – Engº Eletricista / Engº de Segurança do Trabalho
Cel.: (91) 8839-5049 – E-mail: jofernandoar@yahoo.com.br
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A SEGUNDA GERAÇÃO

Esta geração vai desde a Segunda guerra mundial até os anos 60. As pressões do
período da guerra aumentaram a demanda por todo tipo de produtos, ao mesmo tempo em que
o contingente de mão-de-obra industrial diminuiu sensivelmente. Como conseqüência, neste
período houve forte aumento da mecanização, bem como da complexidade das instalações
industriais.

Começa a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade, bem como maior


confiabilidade, tudo isto na busca da maior produtividade; a indústria estava bastante
dependente do bom funcionamento das máquinas. Isto levou à idéia de que as falhas dos
equipamentos poderiam e deveriam ser evitado, o que resultou no conceito de manutenção
preventiva.

Na década de 60 esta manutenção consistia de intervenções nos equipamentos feitas a


intervalo fixo.

O custo da manutenção também começou a se elevar muito em comparação com


outros custos operacionais. Esse fato fez aumentar os sistemas de planejamento e controle da
manutenção que, hoje, são parte integrante da manutenção moderna.

Finalmente, a quantidade de capital investido em itens físicos, juntamente com o nítido


aumento do custo deste capital, levaram as pessoas a começarem a buscar meios para
aumentar a vida útil dos itens físicos.

A TERCEIRA GERAÇÃO

A partir da década de 70 acelerou-se o processo de mudança nas indústrias. A


paralisação da produção, que sempre diminuiu a capacidade de produção aumentou os custos
e afetou a qualidade dos produtos, era uma preocupação generalizada. Na manufatura, os
efeitos dos períodos de paralisação foram se agravando pela tendência mundial de utilizar

sistemas “just-in-time” (no tempo justo), onde estoques reduzidos para a produção em
andamento significavam que pequenas pausas na produção/entrega naquele momento
poderiam paralisar a fábrica.

O crescimento da automação e da mecanização passou a indicar que confiabilidade e


disponibilidade tornaram-se pontos-chave em setores tão distintos quanto saúde,
processamento de dados, telecomunicações e gerenciamento de edificações.

Maior automação também significa que falhas cada vez mais freqüentes afetam nossa
capacidade de manter padrões de qualidade estabelecidos. Isso se aplica tanto aos padrões do
serviço quanto à qualidade do produto; por exemplo, falhas em equipamentos podem afetar o
controle climático em edifícios e a pontualidade das redes de transporte.

Cada vez mais as falhas provocam sérias conseqüências na segurança e no meio


ambiente, em um momento em que os padrões de exigências nessas áreas estão aumentando
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rapidamente. Em algumas partes do mundo, estamos chegando a um ponto em que ou as


empresas satisfazem as expectativas de segurança e de preservação ambiental, ou poderão ser
impedidas de funcionar.

OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO

De modo geral, a manutenção em uma empresa tem como objetivos:

1- Manter os equipamentos e máquinas em condições de pleno funcionamento, para


garantir a produção normal e a qualidade dos nossos produtos (concreto).
2- Prevenir prováveis falhas ou quebras dos elementos das máquinas
3- Gerir de forma ideal os recursos (acessórios) de forma a obter o melhor rendimento
dos equipamentos.
4- Otimizar os processos de manutenção, operação e segurança das máquinas e
equipamentos (retrofitting).
5- Reduzir as intervenções o menor número possível
6- Reduzir os custos de manutenção
7- Cuidar do ativo da empresa

O CONCEITO DE PARADIGMA
PARADIGMA – UMA OUTRA MANEIRA DE VER O MUNDO

Suely Souza Lima

Atualmente fala-se muito em paradigma, como mudá-lo, mas o que enfim é um


PARADIGMA?

Por definição pode-se dizer que paradigma é a maneira como você olha para o seu
mundo, de como o vê e sente, qual são a sua referência em relação a algo, quais são as
suas crenças para determinado assunto.

Os paradigmas podem levá-lo a ser um ser humano de sucesso ou de fracasso. Basta


olhar para dentro de você e perguntar como você cria os seus pensamentos.
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Se você acredita no seu poder pessoal, tem uma boa auto–estima e, por exemplo, diz a
você mesmo: EU POSSO pular de pára-quedas, com certeza, isto facilitará imensamente seu
salto.
No entanto, se dentro de você houver dúvida, medo, e você disser a você mesmo:
Saltar de pára-quedas é impossível para mim, estará determinando o seu próprio fracasso.

Nestes dois casos a sua determinação é que vai definir o resultado, que poderá ser
positivo ou negativo.

O seu inconsciente, em ambos os casos, irá fazer de tudo para protegê-lo e buscará a
melhor resposta para satisfazer o seu desejo e preservar a sua integridade.

Diante dos fatos é necessário que você saiba exatamente o que está pensando, pois
seus pensamentos vão determinar o que você é. Você pode, por meio dos seus pensamentos,
sentir-se para baixo, deprimido, fracassado ou pode sentir-se para cima, com sucesso, com
atitudes de certezas, de poder.

Necessário se faz olhar para dentro de você e perguntar: o que os meus paradigmas
estão fazendo comigo? Eles levam-me ao sucesso ou ao fracasso? A partir do momento que
você toma consciência do fato, a mudança interna começa a ocorrer e aí você pode se
modificar.

Por exemplo: se o seu paradigma é de que para você descansar precisa de oito horas de
sono, caso não consiga dormir o tempo estabelecido, irá se sentir cansado, mas, se você
experimentar a mudança de paradigma para o mesmo fato: dormir pouco me faz sentir mais
produtivo, então irá se sentir muito melhor.

Os paradigmas pessoais negativos fazem com que nos sintamos limitados e os


positivos nos levam a acreditar no que há de melhor dentro de cada um de nós. Um paradigma
de quem diz ―EU POSSO‖, ―EU FAÇO A DIFERENÇA‖ é altamente fortalecedor.

Criam-se paradigmas em relação a tudo: família, trabalho, filhos, sociedade, dinheiro...


Existe a tendência de julgar as pessoas e a vida em geral em função dos paradigmas internos
de cada um. É por isso que ocorrem as diferenças entre as pessoas, a maneira de agir e reagir,
de pensar, de se comportar diante dos acontecimentos.

Diante de um mesmo acontecimento, pessoas reagem de forma diferente. Para que


ocorram as grandes mudanças na vida é necessário rever os seus paradigmas, analisá-los e
depois propor qual será a mudança mais adequada.

Quando existem desencontros entre os seres humanos, possivelmente o que ocorre é


que as pessoas que estão se relacionando têm paradigmas diferentes e em função disso surgem
os atritos, as divergências, os comportamentos conflitantes.

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Perguntas interessantes a serem feitas a você mesmo, para que possa saber qual é o seu
propósito na vida, são: qual é o meu maior desejo nesta vida? Por quem ou pelo que sou
fascinado? No que eu penso com maior insistência na vida? Aquilo que for o mais importante
será o seu maior paradigma, será o seu centro vital, será por ele que você irá lutar sentir
prazer, dar um significado a sua vida.

A partir do momento que você reconhece os seus paradigmas, sua mudança será mais
eficaz e você poderá, num curto espaço de tempo, tornar-se o senhor de sua própria vida,
aquele que é capaz de saber que o poder de decisão é seu.

Afirmações imprecisas de pessoas famosas, que quando foram ditas ou escritas,


tinham uma conotação de verdade.

Hoje houve a mudança de paradigma. “O homem nunca chegará à Lua,


independentemente de todos os futuros avanços científicos” - Dr. Lee de Forest, inventor da
válvula de Áudio e ―pai‖ do Rádio - 25 de Fevereiro de 1967; “Aviões são brinquedos
interessantes, mas não têm valor militar” - Marechal Ferdinando Foch - Estrategista militar
francês e futuro Comandante na Primeira Guerra Mundial - 1911 “A Terra é o centro do
Universo” -Ptolomeu, o grande Astrônomo Egípcio –Séc. II “Tudo o que podia ser inventado
já foi inventado” - Charles H. Duell - Oficial do Departamento de Patentes dos EUA -1899

Suely Souza Lima é Psicopedagoga, Psicodramatista, Máster Practitioner em PNL, e


Treinadora da Opendreams Consultoria Comportamental. Este seu artigo foi publicado em
opendreams.com.br Contato: shu@opendreams.com.br

PARADIGMA MODERNO

A manutenção deve ser organizada de tal maneira que o equipamento ou sistema pare de
produzir somente de forma planejada.

Quando o equipamento pára de produzir por si próprio, sem uma definição gerencial, está-se
diante de manutenção não planejada, ou mesmo de um fracasso da atividade de manutenção.

NÃO É MAIS ACEITÁVEL QUE O EQUIPAMENTO OU SISTEMA PARE DE


MANEIRA NÃO PREVISTA.

O gerenciamento estratégico da atividade de manutenção consiste em ter a equipe atuando


para evitar que ocorram falhas, e não manter esta equipe atuando, apenas, na correção rápida
destas falhas.

Pode ser comparada a uma brigada de combate a incêndio: quando ocorre a emergência a
brigada deve atuar rapidamente, mas a principal atividade da brigada, a partir daí, é evitar a
ocorrência de novos incêndios.

 Paradigma do passado - O homem de manutenção sente-se bem quando executa um


bom reparo.
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 Paradigma moderno - O homem de manutenção sente-se bem quando, também, evita


a necessidade do trabalho, evita a quebra.
 Paradigma do futuro - O homem de manutenção sente-se bem quando ele não tem
que fazer nenhum reparo, ou seja, quando conseguir evitar todas as quebras não
planejadas.

Boa parte das empresas brasileiras ainda atua dentro do paradigma do passado, sendo que
algumas já conseguiram caminhar para o paradigma moderno e estão dando grandes saltos
nos resultados empresariais.

Na verdade o homem da manutenção do futuro precisa ser bastante "cabeçudo", não no


sentido de ser teimoso, mas no sentido de usar muito a cabeça para evitar que os problemas
aconteçam; em contrapartida terá os braços "bem curtos" para intervir o menos possível na
planta.

Sem esta mudança de paradigmas ter-se-á que fazer um grande esforço para obter uma
melhoria pouco significativa nos resultados e esta pequena melhoria não será suficiente para
permanecer no mercado. Ver Figura 2.5.

Figura 2.5 - Homem de Manutenção - Futuro (Atual) e Passado.

Fonte: Abraman -Associação Brasileira de Manutenção - Documento Nacional - 2001.

CONCEITO MODERNO DE MANUTENÇÃO

Há até bem pouco tempo, o conceito predominante era de que a missão da manutenção era
a de restabelecer as condições originais dos equipamentos/sistemas.

Hoje, a Missão da Manutenção é:

GARANTIR A DISPONIBILIDADE DA FUNÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E


INSTALAÇÕES DE MODO A ATENDER A UM PROCESSO DE PRODUÇÃO OU
DE SERVIÇO, COM CONFIABILIDADE, SEGURANÇA, PRESERVAÇÃO DO
MEIO AMBIENTE E CUSTOS ADEQUADOS.
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Obs.: Voltando ao exemplo anterior, a missão não é preservar a lâmpada (equipamento), mas
sim a função do sistema (iluminação). Esta mudança no conceito da Missão afeta,
sobremaneira, as ações do homem de manutenção.

Se no passado era comum um gerente dizer que seu principal problema era falta de
gente, hoje não se tem dúvida que o seu principal problema é o EXCESSO DA DEMANDA
DE SERVIÇOS, decorrente de uma CONFIABILIDADE não adequada.

A questão ―Falta de Gente x Excesso de Demanda‖ pode parecer um jogo de palavras,


mas não é. Se no primeiro caso a solução passa pelo simplismo de se colocar mais gente o
que, diga-se de passagem, é um caminho pouco inteligente, no segundo caso os caminhos são
diferentes, como veremos adiante.

DEFEITO - ocorrência nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas que
podem a curto ou longo prazo acarretar sua indisponibilidade.

Exemplos:
1- Amortecedor com baixo rendimento
2- Pivô com folga
3- Mola com baixa tensão mecânica

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FALHA - ocorrência nos equipamentos que impedem seu funcionamento.

Exemplos:

1- Pneu furado

2- Quebra da barra de direção

3- Quebra do pino do amortecedor

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MANUTENÇÃO CORRETIVA

MANUTENÇÃO CORRETIVA É a atuação para a correção da falha ou do


desempenho menor que o esperado.

Ao atuar em um equipamento que apresenta um defeito ou um desempenho diferente do


esperado estamos fazendo manutenção corretiva.

Assim, a manutenção corretiva não é, necessariamente, a manutenção de emergência.

Convém observar que existem duas condições específicas que levam à manutenção corretiva:

a) Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis operacionais.

b) Ocorrência da falha.

Desse modo, a ação principal na Manutenção Corretiva é Corrigir ou Restaurar as condições


de funcionamento do equipamento ou sistema.

A MANUTENÇÃO CORRETIVA PODE SER DIVIDIDA EM DUAS CLASSES:

Manutenção Corretiva Não Planejada.

Manutenção Corretiva Planejada.

Manutenção
Corretiva

Não- Planejada
Planejada

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MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA.

Caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato já ocorrido, seja este falha ou um


desempenho menor que o esperado. Não há tempo para preparação do serviço. Infelizmente
ainda é mais praticado do que deveria.

IMPLICA

PERDA DE CUSTOS
PRODUÇÃO E ELEVADOS
ALTOS CUSTOS QUALIDADE DOS COM
PRODUTOS
MANUTENÇÃO

Normalmente a manutenção corretiva não planejada implica altos custos, a quebra inesperada
pode acarretar perdas de produção, perda da qualidade do produto e elevados custos indiretos
de manutenção.

Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências bastante graves para o equipamento,
isto é, a extensão dos danos pode ser bem maior. Em plantas industriais de processo contínuo
(petróleo, petroquímico, cimento, etc.) estão envolvidas no seu processamento elevadas
pressões, temperaturas, vazões, ou seja, a quantidade de energia desenvolvida no processo é
considerável. Interromper processamentos desta natureza de forma abrupta para reparar um
determinado equipamento compromete a qualidade de outros que vinham operando
adequadamente, levando-os a colapsos após a partida ou a uma redução da campanha da
campanha da planta. Exemplo típico é o surgimento de vibração em grandes máquinas que
apresentavam funcionamento suave antes da ocorrência.

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Figura 3.1 - "Consertador de Emergência - Espécie em Extinção.

Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção corretiva na classe não planejada,
seu departamento de manutenção é comandado pelos equipamentos e o desempenho
empresarial da Organização, certamente, não está adequado às necessidades de
competitividade atuais.

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PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIAS

O procedimento normal para uma solicitação de um serviço de emergência é a emissão de


uma Ordem de Serviço (OS), onde o solicitante, normalmente o responsável pela produção,
informa a falha ocorrida e a prioridade necessária no atendimento.

Essa prioridade é adotada em cada empresa, com seus códigos normalizados pela
administração da manutenção.

Em nosso estudo apresentamos uma lista de prioridades muito utilizada:

● Prioridade 1 - Emergência - Manutenção que deve ser feita imediatamente depois de


detectada sua necessidade.

● Prioridade 2 - Urgência - Manutenção que deve ser feita o mais breve possível, não
ultrapassando 24 horas, depois de detectada sua necessidade.

● Prioridade 3 - Necessária - Manutenção que pode ser adiada por alguns dias, porem sua
execução não deve ultrapassar uma semana.

● Prioridade 4 - Desejável - Manutenção que pode ser adiada por algumas semanas, mas que
não pode ser omitida.

● Prioridade 5 - Prorrogável - Manutenção que pode ser adiada até que possa ser executada.

O procedimento usado para solicitar qualquer tipo de manutenção é através do documento


denominado ORDEM DE SERVIÇO. Nele consta todos os dados necessários para que sejam
realizados os serviços de manutenção.

A seguir um modelo de Ordem de Serviço genérico para aplicação na manutenção de


equipamentos:

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ORDEM DE SERVIÇO Nº:________/_____


Empresa:
Data Registro: Tipo Equipamento:
Nº Série: Modelo:
Localização: Equipamento Parado: SIM ( ) NÃO ( )
Data da Parada: Hora da Parada:
TEXTO DA ANOMALIA

TIPO DE MANUTENÇÃO
MPREV ( ) MCORR ( ) MPROG ( ) URGEN ( ) EMERG ( )
Setor solicitante Emitente Data

SERVIÇOS EXECUTADOS

Início: Às: Horas Término: Às: Horas


MATERIAL UTILIZADO

Executor: Matrícula:
Setor: Data:
Assinatura:
OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS

Data: ______/______/______

__________________________________
Gerente do Setor

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A tendência dos custos em manutenção corretiva, em uma empresa, pode ser indicada pelo
gráfico abaixo:

MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA

MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA é a correção do desempenho menor


que o esperado ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela atuação em função de
acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra.

Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do um trabalho não
planejado. É será sempre de melhor qualidade.

A característica principal da manutenção corretiva planejada é função da qualidade da


informação fornecida pelo acompanhamento do equipamento.

Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até a quebra, essa é
uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha ocorrer. Por
exemplo, substituir o equipamento por outro idêntico, ter um "kit" para reparo rápido,
preparar o posto de trabalho com tivos e facilidades etc.

A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de vários fatores:

- Possibilidade de compatibilizar a necessidade da intervenção com os interesses da produção.


- Aspectos relacionados com a segurança - a falha não provoca nenhuma situação de risco
para o pessoal ou para a instalação.
- Melhor planejamento dos serviços.
- Garantia da existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental.
- Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a execução dos serviços e
em quantidade suficiente, que podem, inclusive, ser buscados externamente à organização.

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Para exemplificar: quanto maiores forem as implicaç6es da falha na segurança pessoal e


operacional, nos custos intrínsecos dela, nos compromissos de entrega da produção, maiores
serão as condições de adoção da política de manutenção corretiva planejada.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

MANUTENÇÃO PREVENTIVA é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar


a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado,
baseado em INTERVALOS definidos de TEMPO.

Inversamente à política de Manutenção Corretiva, a Manutenção Preventiva procura


obstinadamente evitar a ocorrência de falhas, ou seja, procura prevenir.

Em determinados setores, como na aviação, a adoção de manutenção preventiva é imperativa


para determinados sistemas ou componentes, pois o fator segurança se sobrepõe aos demais.

Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos para a adoção nos planos de
manutenção preventiva, além das condições operacionais e ambientais influírem de modo
significativo na expectativa de degradação dos equipamentos, a definição de periodicidade e
substituição deve ser estipulada para cada instalação ou no máximo plantas similares
operando em condições também similares.

Isso leva à existência de duas situações distintas na fase inicial de operação:

a) Ocorrência de falhas antes de completar o período estimado, pelo mantenedor, para a


intervenção.

b) Abertura do equipamento/reposição de componentes prematuramente.

Evidentemente, ao longo da vida útil do equipamento não pode ser descartada a falha entre
duas intervenções preventivas, o que, obviamente, implicará uma ação corretiva.

Os seguintes fatores devem ser levados em consideração para adoção de uma política de
manutenção preventiva:

- Quando não é possível a manutenção preditiva (é a ação preventiva baseada no


conhecimento das condições de cada um dos componentes das máquinas e equipamentos).

- Aspectos relacionados com a segurança pessoal ou da instalação que tornam mandatória a


intervenção, normalmente para substituição de componentes.

- Por oportunidade em equipamentos críticos de difícil liberação operacional.

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- Riscos de agressão ao meio ambiente.

- Em sistemas complexos e/ou de operação contínua. Ex.: petroquímica, siderúrgica, indústria


automobilística, etc.

A manutenção preventiva será tanto mais conveniente quanto maior for a simplicidade
na reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais as falhas prejudicarem
a produção e quanto maiores forem as implicações s falhas na segurança pessoal e
operacional.

Se, por um lado, a manutenção preventiva proporciona um conhecimento prévio das


ações, permitindo uma boa condição de gerenciamento das atividades e nivelamento de
recursos, além de previsibilidade de consumo de materiais sobressalentes, por outro promove,
via de regra, a retirada do equipamento sistema de operação para execução dos serviços
programados. Assim, possls questionamentos à política de manutenção preventiva sempre
serão levanos em equipamentos, sistemas ou plantas onde o conjunto de fatores não
suficientemente forte ou claro em prol dessa política.

Outro ponto negativo com relação à manutenção preventiva é a introdução de defeitos


não existentes no equipamento devido a:

- Falha humana.
- Falha de sobressalentes.
- Contaminações introduzidas no sistema de óleo.
- Danos durante partidas e paradas.
- Falhas dos Procedimentos de Manutenção.

Gráfico Manutenção Corretiva x Manutenção Preventiva

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PROGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Para se montar um Programa de Manutenção Preventiva deve-se inicialmente:

a) Decidir qual o tipo de máquina ou equipamento que deverá ser incluído no programa, de
acordo com a sua importância, do ponto de vista da Manutenção e da Operação.

b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento, de todos os equipamentos que serão


incluídos no Programa.

c) Levantar o histórico desses equipamentos.

d) Elaborar manuais de procedimentos para manutenção preventiva, indicando as


periodicidades das inspeções e/ou intervenções.

e) Prever materiais e recursos humanos, envolvidos no programa.

f) Preparar um Plano Mestre de inspeções. O plano mestre mais usual é aquele que tem
como unidade de controle a semana, uma vez que o ano tem exatamente 52 semanas. Uma
vez preparado, ele tem vida infinita, não importando o dia mês ou ano em que se esteja.
Como o computador é hoje um equipamento relativamente barato, torna-se inviável um
plano manual, que tem grandes dificuldades de execução.

g) Treinar o pessoal da equipe de manutenção.

PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Como foi dito anteriormente, o ano tem exatamente 52 semanas. Procuram-se, enquadrar as
inspeções ou outras atividades de manutenção preventiva, em número de semanas, exemplos:

a) Inspeção do funcionamento das válvulas de um compressor estacionário - periodicidade –


semanal

b) Inspeção dos rolamentos uma bomba d'água quanto a ruídos e vibração - 4 semanas (1
mês).

c) Inspeção dos anéis de compressão do compressor estacionário - 24 semanas (6 meses).

Evita-se programar serviços com periodicidade maior que 52 semanas (1 ano), pois não se
pode rodar esse programa automaticamente, requerendo um plano auxiliar.

Cada uma dessas programações de inspeções é acompanhada de uma ficha de orientação, que
indica claramente, o que fazer como fazer e como anotar as irregularidades encontradas.

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Existem equipamentos, cujo funcionamento está mais relacionado com outros tipos de
periodicidade de controle, pois têm seu funcionamento irregular, tomando-se difícil o
controle, com o auxilio da unidade semana. Por exemplo, os veículos automotores, têm seu
desgaste determinado por quilometragem rodada, ou muitas vezes os compressores de ar, são
controlados por horímetros, que marcam "realmente" as horas de funcionamento. Nesses
casos, toma-se necessário fazer um plano paralelo de Manutenção Preventiva, sempre que a
quantidade desses equipamentos for considerável.

Com esse Plano Mestre em um computador, basta que o operador desse solicite os serviços
daquela semana, que o computador fornece as fichas previamente elaboradas, das Instruções
de Manutenção Preventiva, que são encaminhadas ao responsável por sua execução.

Nessas fichas são anotadas todas as irregularidades, que forem constatadas, que gerarão
Ordens de Serviço, para a devida correção. Essas anotações deverão também alimentar um
histórico no computador, que servirá para orientar modificações nos planos de Manutenção
Preventiva.

A manutenção preventiva obedece a um padrão previamente esquematizado, que estabelecem


paradas periódicas com a finalidade de permitir a troca de peças gastas por novas, segurado
assim o funcionamento perfeito da máquina por um período predeterminado.

O método preventivo proporciona um determinado ritmo de trabalho, assegurando o


equilíbrio necessário ao bom andamento das atividades.

O controle das peças de reposição é um problema que atinge todos os tipos de indústria. Uma
das metas a que se propõe o órgão de manutenção preventiva é a diminuição sensível dos
estoques. Isso se consegue com a organização dos prazos para reposição de peças. Assim,
ajustam-se os investimentos para o setor.

Se uma peça de um conjunto que constitui um mecanismo estiver executando seu trabalho de
forma irregular, ela estabelecerá, fatalmente, uma sobrecarga nas demais peças que estão
interagindo com ela. Como conseqüência, a sobrecarga provocará a diminuição da vida útil
das demais peças do conjunto. O problema só pode ser resolvido com a troca da peça
problemática, com antecedência, para preservar as demais peças.

Em qualquer sistema industrial, a improvisação é um dos focos de prejuízo. É verdade que


quando se improvisa pode-se evitar a paralisação da produção, mas perde-se em eficiência. A
improvisação pode e deve ser evitada por meio de métodos preventivos estabelecidos pelos
técnicos de manutenção preventiva. A aplicação de métodos preventivos assegura um trabalho
uniforme e seguro.

O planejamento e a organização, fornecidos pelo método preventivo, são uma garantia aos
homens da produção que podem controlar, dentro de uma faixa de erro mínimo, a entrada de
novas encomendas.

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Com o tempo, os industriais foram se conscientizando de que a máquina que funcionava


ininterruptamente até quebrar acarretava vários problemas que poderiam ser evitados com
simples paradas preventivas para lubrificação, troca de peças gastas e ajustes.

Com o auxílio dos relatórios escritos sobre os trabalhos realizados, são suprimidas as
inconveniências das quebras inesperadas. Isso evita a difícil tarefa de trocas rápidas de
máquinas e improvisações que causam o desespero do pessoal da manutenção corretiva.

A manutenção preventiva é um método aprovado e adotado atualmente em todos os setores


industriais, pois abrange desde uma simples revisão, com paradas que não obedecem a uma
rotina, até a utilização de sistemas de alto índice técnico.

A manutenção preventiva abrange cronogramas nos quais são traçados planos e revisões
periódicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nas oficinas. Ela inclui,
também, levantamentos que visam facilitar sua própria introdução em futuras ampliações do
corpo da fábrica.

A aplicação do sistema de manutenção preventiva não deve se restringir a setores, máquinas


ou equipamentos. O sistema deve abranger todos os setores da indústria para garantir um
perfeito entrosamento entre eles, de modo tal que, ao se constatar uma anomalia, as
providências independam de qualquer outra regra que porventura venha a existir em uma
oficina. Essa liberdade, dentro da indústria, é fundamental para o bom funcionamento do
sistema preventivo.

O aparecimento de focos que ocasionam descontinuidade no programa deve ser encarado de


maneira séria, organizando-se estudos que tomem por base os relatórios preenchidos por
técnicos da manutenção. Estes deverão relatar, em linguagem simples e clara, todos os
detalhes do problema em questão.

A manutenção preventiva nunca deverá ser confundida com o órgão de comando, apesar dela
ditar algumas regras de conduta a serem seguidas pelo pessoal da fábrica. À manutenção
preventiva cabe apenas o lugar de apoio ao sistema fabril.

O segredo para o sucesso da manutenção preventiva está na perfeita compreensão de seus


conceitos por parte de todo o pessoal da fábrica, desde os operários à presidência.

A manutenção preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve ser organizada. Se a
organização da manutenção preventiva carecer da devida solidez, ela provocará desordens e
confusões. Por outro lado, a capacidade e o espírito de cooperação dos técnicos são fatores
importantes para a manutenção preventiva.

A manutenção preventiva deve, também, ser sistematizada para que o fluxo dos trabalhos se
processe de modo correto e rápido. Sob esse aspecto, é necessário estabelecer qual deverá ser
o sistema de informações empregado e os procedimentos adotados.

O desenvolvimento de um sistema de informações deve apresentar definições claras e


objetivas e conter a delegação das responsabilidades de todos os elementos participantes. O

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fluxo das informações deverá fluir rapidamente entre todos os envolvidos na manutenção
preventiva.

A manutenção preventiva exige, também, um plano para sua própria melhoria. Isto é
conseguido por meio do planejamento, execução e verificação dos trabalhos que são
indicadores para se buscar a melhoria dos métodos de manutenção, das técnicas de
manutenção e da elevação dos níveis de controle. Esta é a dinâmica de uma instalação
industrial.

Finalmente, para se efetivar a manutenção preventiva e alcançar os objetivos pretendidos com


sua adoção, é necessário dispor de um período de tempo relativamente longo para contar com
o concurso dos técnicos e dos dirigentes de alto gabarito. Isso vale a pena, pois a instalação do
método de manutenção preventiva, pela maioria das grandes empresas industriais, é a prova
concreta da pouca eficiência do método de manutenção corretiva.

OBJETIVOS

Os principais objetivos das empresas são, normalmente, redução de custos, qualidade do


produto, aumento de produção, preservação do meio ambiente, aumento da vida útil dos
equipamentos e redução de acidentes do trabalho.

a) Redução de custos - Em sua grande maioria, as empresas buscam reduzir os custos


incidentes nos produtos que fabricam. A manutenção preventiva pode colaborar atuando
nas peças sobressalentes, nas paradas de emergência etc., aplicando o mínimo necessário,
ou seja, sobressalente X compra direta; horas ociosas X horas planejadas; material novo X
material recuperado.

b) Qualidade do produto - A concorrência no mercado nem sempre ganha com o menor


custo. Muitas vezes ela ganha com um produto de melhor qualidade. Para atingir a meta
qualidade do produto, a manutenção preventiva deverá ser aplicada com maior rigor, ou
seja: máquinas deficientes X máquinas eficientes; abastecimento deficiente X
abastecimento otimizado.

c) Aumento de produção - O aumento de produção de uma empresa se resume em atender à


demanda crescente do mercado. É preciso manter a fidelidade dos clientes já cadastrados e
conquistar outros, mantendo os prazos de entrega dos produtos em dia. A manutenção
preventiva colabora para o alcance dessa meta atuando no binômio produção atrasada X
produção em dia.

d) Efeitos no meio ambiente - Em determinadas empresas, o ponto mais crítico é a poluição


causada pelo processo industrial. Se a meta da empresa for à diminuição ou eliminação da
poluição, a manutenção preventiva, como primeiro passo, deverá estar voltada para os
equipamentos antipoluição, ou seja, equipamentos sem acompanhamento X equipamentos
revisados; poluição X ambiente normal.

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e) Aumento da vida útil dos equipamentos - O aumento da vida útil dos equipamentos é um
fator que, na maioria das vezes, não pode ser considerado de forma isolada. Esse fator,
geralmente, é conseqüência de:

- redução de custos;
- qualidade do produto;
· aumento de produção;
· efeitos do meio ambiente.

A manutenção preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumento da vida útil dos
equipamentos.

f) Redução de acidentes do trabalho - Não são raros os casos de empresas cujo maior
problema é a grande quantidade de acidentes. Os acidentes no trabalho causam:
· aumento de custos;
· diminuição do fator qualidade;
· efeitos prejudiciais ao meio ambiente;
· diminuição de produção;
· diminuição da vida útil dos equipamentos.

A manutenção preventiva pode colaborar para a melhoria dos programas de segurança e


prevenção de acidentes.

Desenvolvimento

Consideremos uma indústria ainda sem nenhuma manutenção preventiva, onde não haja
controle de custos e nem registros ou dados históricos dos equipamentos. Se essa indústria
desejar adotar a manutenção preventiva, dever á percorrer as seguintes fases iniciais de
desenvolvimento:

a) Decidir qual o tipo de equipamento que deverá marcar a instalação da manutenção


preventiva com base no ―feeling‖ da supervisão de manutenção e de operação.

b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento de todos os equipamentos que serão


escolhidos para iniciar a instalação da manutenção preventiva (plano piloto).

c) Redigir o histórico dos equipamentos, relacionando os custos de manutenção (mão-de-


obra, materiais e, se possível, lucro cessante nas emergências), tempo de parada para os
diversos tipos de manutenção, tempo de disponibilidade dos equipamentos para
produzirem, causas das falhas etc.;

d) Elaborar os manuais de procedimentos para manutenção preventiva, indicando as


freqüências de inspeção com máquinas operando, com máquinas paradas e as
intervenções;

e) Enumerar os recursos humanos e materiais que serão necessários à instalação da


manutenção preventiva;

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f) Apresentar o plano para aprovação da gerência e da diretoria;

g) Treinar e preparar a equipe de manutenção.

Execução da manutenção preventiva

a) Ferramental e pessoal - Se uma empresa contar com um modelo organizacional ótimo,


com material sobressalente adequado e racionalizado, com bons recursos humanos, com
bom ferramental e instrumental e não tiver quem saiba manuseá-los, essa empresa estará
perdendo tempo no mercado. A escolha do ferramental e instrumental é importante,
porém, mais importante é o treinamento da equipe que irá utilizá-los;

b) Controle da manutenção - Em manutenção preventiva é preciso manter o controle de todas


as máquinas com o auxílio de fichas individuais. É por meio das fichas individuais que se
faz o registro da inspeção mecânica da máquina e, com base nessas informações, a
programação de sua manutenção.

ORIENTAÇÕES PARA PROGRAMAÇÃO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


Manutenção e Conservação de Edifícios

O QUE É MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Pode-se estabelecer que a vida de um edifício tenha duas fases: a sua produção e o seu uso.
Uma série de problemas relativos à sua durabilidade podem ser resolvidos ou minimizados
durante a primeira fase. Um bom projeto, uma orientação adequada, o correto atendimento às
normas e ao programa de uso, a qualidade dos materiais empregados e o apuro técnico
adotado na sua construção são procedimentos importantes que vão determinar essa
durabilidade. Para os edifícios da Universidade é relevante ainda à classificação criteriosa dos
espaços com mesmas características técnicas, com a conseqüente criação de salas e
componentes padronizados, permitindo, então, um melhor plano de manutenção, além de uma
maior flexibilidade de usos. Em épocas passadas, nem sempre a totalidade desses aspectos foi
observada na produção dos edifícios — invariavelmente, a sua maior parte foi deixada em
segundo plano. Consequentemente, durante a sua fase de uso, uma série de problemas
começaram a surgir, impulsionados pela não observância desses aspectos. Em pouco tempo,
alguns serviços serão necessários para, em certos casos, repor as condições originais e, em
outros, refazer algum tipo de instalação dentro de padrões de qualidade que possibilitem um
melhor uso da construção. Isto, evidentemente, gera custos adicionais e imprevisíveis.
Porém, independentemente dessas circunstâncias, procedimentos regulares e programados de
manutenção são essenciais para a conservação e eficácia da destinação da edificação. Evitam
o surgimento dos problemas mencionados e as deteriorações inesperadas, permitindo previsão
segura de gastos periódicos.
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Esse procedimento, que se pode chamar de Manutenção Preventiva, é imprescindível,


principalmente no caso da Universidade, local onde atividades ininterruptas se desenvolvem,
onde edifícios abrigam equipamentos e acervos únicos e onde à questão da segurança dos
usuários deva ser ponto fundamental.
Os trabalhos programados de Manutenção Preventiva consistem, em muitos casos, em
inspeções e verificações que, apesar de aparentemente simples, podem evitar altos custos de
reforma. Em outros casos, serviços de limpeza corretos e utilizando produtos e equipamentos
adequados, aumentam seguramente a vida de sistemas e materiais de acabamentos.
Para facilitar a programação desses serviços, procura-se estabelecer aqui critérios gerais para
manutenção que são orientativos e servem como referência a edifícios de padrão comum.
Edifícios de características especiais, seja em termos de projeto, sejam em termos de materiais
utilizados ou mesmo em usos específicos, deverão ter um detalhamento maior, principalmente
no que se refere aos quadros de serviços e periodicidades.

POR QUE FAZER MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Além dos aspectos relativos à qualidade e ao uso citados acima, um outro aspecto que se
impõe é o do custo e do dispêndio financeiro para se manter as condições desse uso.
Como regra geral, admite-se que o custo anual da manutenção de um edifício situa-se entre
1,5 e 2% de seu custo inicial de construção. Um edifício de características tradicionais
consumirá em 50 anos um valor equivalente ao gasto na sua produção. Se considerarmos que
esse dispêndio anual é o mínimo necessário para uma manutenção eficiente e, se levar em
consideração que edifícios públicos, em geral, têm sua vida útil para além de 50 anos (com ou
sem manutenção), concluísse que a manutenção preventiva passa a ser um aspecto
extremamente relevante.
Por outro lado, os edifícios da USP construídos entre os anos 60 e 70 e que, via de regra, não
tiveram manutenção preventiva programada e periódica, estão com sua vida útil bastante
reduzida. Em muitos casos, já se encontram em fase de degradação acentuada, necessitando
por isso, reformas gerais cujos custos ultrapassam sensivelmente aqueles que poderiam ter
sido investidos ao longo do tempo.
Há, portanto, que estabelecer-se um programa sistemático de manutenção predial que ao
mesmo tempo em que reponha os sistemas deteriorados, permita o prolongamento da vida útil
dos edifícios, através de serviços periódicos e de sua conservação global.

COMO ORGANIZAR A MANUTENÇÃO PREVENTIVA

LOCAL
Determinar um local compatível com as dimensões da Unidade, onde seja possível reunir
elementos gráficos relativos aos prédios, centralizar os trabalhos de manutenção, reunir os
funcionários do setor e onde possam ser guardados ferramentas e equipamentos de pequeno
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porte. É aconselhável que se estruture uma pequena biblioteca técnica a respeito dos materiais
e serviços que são executados regularmente.

EQUIPE
Designar um funcionário que seja capacitado para acompanhar os serviços, trabalhar com
programações, relacionar-se com empresas de serviços técnicos, que tenha conhecimentos
mínimos sobre instalações prediais (*) e coordenem pequenas equipes de trabalho. Sugere-se
também que outros funcionários afetos à área de manutenção sejam reunidos em torno de uma
equipe que deverá ser dimensionada em função da área construída da unidade, da
complexidade de seu sistema construtivo e do tipo de uso da edificação. Como referência, o
índice mínimo de 1 funcionário para cada 2.500m² de área construída, podendo variar em
função dos critérios anteriormente citados.

EQUIPAMENTO
Desde que o controle desses serviços possa ser informatizado, haverá um ganho sensível em
termos de rapidez, eficiência e redução de custos. Quando não, um bom controle através de
quadros, cronogramas e fichas são aceitáveis.
Ferramentas usuais e equipamentos já incorporados nos serviços que já vêm sendo feitos são
básicos, além de um pequeno estoque de produtos de conservação e peças de reposição
imediata.

SERVIÇOS
Serviços que ultrapassem o âmbito da manutenção preventiva devem ser contratados com
firmas especializadas.

RECOMENDAÇÕES E PROCEDIMENTOS

Assim como em certos sistemas e equipamentos onde a segurança e o funcionamento preciso


são essenciais, os serviços de inspeção e vistorias programados pela manutenção preventiva
devem ser realizados, independentemente de um defeito já estar aparente.
Peças e elementos construtivos que já demonstram fadiga ou imperfeições devem ser
substituídos antes do problema se agravar, evitando-se assim custos maiores. Exemplificando:
a troca de um reparo de torneira que já começa a pingar é mais barato que um vazamento
noturno que pode ocorrer quando essa peça chegar ao seu limite.
Inicialmente, os serviços de limpeza predial devem ser realizados regularmente em todas as
dependências do edifício. Todos os componentes construtivos (internos ou externos)
necessitam de conservação, mesmo que em periodicidades diferentes.
Para iniciar um trabalho sistemático de manutenção programada, deve-se analisar
criteriosamente a função do edifício, determinando todos os sistemas que o compõem:
estrutura, paredes, cobertura, pisos, instalações elétricas, instalações hidráulicas, telefonia e
informática, caixilharia e outros sistemas e equipamentos. A partir daí, é necessário recolher-
se o maior número possível de informações a respeito desse sistema, sejam suas
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características técnicas, época de sua instalação, histórico de serviços de manutenção


eventualmente efetuados, necessidades técnicas de manutenção, especificadas pelo construtor
ou fabricante do componente e outros dados relevantes. É importante manter-se contratos de
manutenção com as empresas fornecedoras de equipamentos mais sofisticados: elevadores, ar
condicionado, geradores, dentre outros.
Em seguida, determinar claramente as funções de todas as suas partes. Essas partes devem ser
relacionadas e estudadas separadamente a partir de suas características construtivas, tipo de
uso, situação atual, necessidade de intervenção imediata ou reforma geral.
A partir da montagem de um quadro onde todos esses elementos estejam dispostos e
organizados, é possível organizar os trabalhos de forma sistemática, determinando-se assim a
periodicidade de cada inspeção e os custos globais dos serviços.

A seguir, esquematiza-se uma tabela referencial para a organização desses serviços.

TABELA DE ORGANIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE SERVIÇOS


(Programa de Manutenção)

Sistema Serviço Periodicidade Equipe Equipamento


1 – Estrutura
1. Fundações Inspeção e verificação de
2. Pilares possíveis fissuras, trincas, COESF
3. Vigas rachaduras, ferragem Semestral
4. Lajes aparente, desníveis,
carbonatação

2. – Cobertura
1. Vigamento Inspeção e verificação Semestral
2. Telhado Limpeza Bimensal Equipe de
3. Impermeabilização Inspeção, Limpeza e reparos Trimestral Unidade Limpeza
4. Calhas e Condutores Inspeção, Limpeza e reparos Mensal Escada
5. Outros elementos Inspeção, Limpeza e reparos Variável

3 – Paredes
1. Revestimentos Inspeção, Limpeza e reparos
2. Blocos ou tijolos a vista Inspeção, Limpeza e reparos Semestral Unidade
3. Placas Inspeção, Limpeza e reparos

4 – Esquadrias
1. Caixilhos de alumínio Inspeção e Limpeza Anual
2. Caixilhos de Ferro Limpeza e/ou pintura Anual
3. Caixilhos de madeira Pintura e/ou reparos Semestral Unidade Equipe de
4. Portas Pintura Anual Limpeza
5. Vidros Limpeza e/ou substituição Anual

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5 – Hidráulica
1. Entrada Inspeção
2. Sistema de Caixas Inspeção e Limpeza Equipe de
d'água Inspeção Unidade Limpeza
3. Ramais de Inspeção e troca de reparos Semestral Ferramental
abastecimento Inspeção e troca de reparos
4. Torneiras Inspeção e troca de reparos
5. Registros
6. Válvulas
7. Outros equipamentos

6 – Elétrica
1. Quadro de entrada Inspeção /Troca de Fusíveis Bimensal
2. Circuitos Inspeção e reparos Trimestral
3. Tomadas Inspeção e troca Semestral
4. Interruptores Inspeção e troca Semestral Especializada Ferramental
Inspeção / verificação
5. Sistema de iluminação Inspeção/Limpeza/Reposição
Semestral
6. Luminárias Inspeção/Reposição Bimensal
7. Lâmpadas Mensal

7. – Pisos
1. Revestimentos Limpeza/Verificação/Reparos Bimensal
2. Juntas Inspeção Trimestral
3. Rodapés Verificação Semestral Unidade Equipe de
4. Pisos elevados Verificação Semestral Limpeza
Limpeza/Verificação/Reparos
5. Pisos externos Bimensal

8 – Revestimentos
1. Externos Limpeza e/ou Pintura Semestral
2. Internos Limpeza e/ou Pintura Anual
3. Especiais Limpeza e/ou Pintura Anual Unidade Padrão
4. Forros Limpeza/Pintura/Reparos Anual
9 – Pintura
1. Interna Retoques/Pintura Anual Padrão
2. Externa Retoques/Pintura Bianual Especializada
10 – Paisagismo
Jardins internos
Jardins externos Limpeza, remoção de Unidade ou Ferramentas
Elementos paisagísticos resíduos, podas Mensal Prefeitura usuais
Vasos e floreiras
Outros equipamentos Limpeza, consertos .

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MODELO DE CRONOGRAMA ANUAL (Plano Mestre)

SERVIÇO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
semana 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234
1. Estrutura – Inspeção e Verificação X x
2. Cobertura
Inspeção, Limpeza e reparos
Vigamento x X
Telhado x x x x x X
Impermeabilização x x x X
Calhas e Condutores
x x x X x x x x x X x X
3. Paredes – Insp., Limpeza e x x
reparos
4. Esquadrias
Inspeção, Limpeza e pintura
Metal x
Madeira x x
Vidros x x
5. Hidráulica - Insp/limpeza/reparos x X
6. Elétrica
Inspeção / Reposição
Quadro de Força / Luminárias x x x x x x
Circuitos x x x x
Tomadas, Interrup. e Sist. de Ilumin. x x
Lâmpadas
x x x x x x x x x x x x
7. Pisos – Limpeza x x X X x x x x x x x X
Verificação e Reparos x x x x x x
8. Revestimentos
Limpeza, Pintura e Reparos
Externos X
Internos./ Forros x X
9. Pintura – Interna x
10. Paisagismo
Limpeza, Remoção e Reparos x x x X x x x x x x x X

OBSERVAÇÕES

1. A Limpeza aqui tratada refere-se a serviços mais específicos e relacionados a "limpeza de


manutenção", não referindo-se, portanto, aos serviços normais de limpeza que já vêm sendo
realizados pelas empresas contratadas tendo em vista a higienização e conservação dos
ambientes. Papel fundamental é representada pela limpeza de telhados, calhas e condutos
de águas pluviais, pois o acumulo de detritos, folhas e outros possíveis lixos, contribuem
para a obstrução de tais acessórios e, como conseqüência, vazamentos no interior dos edifícios
e outros acontecimentos mais graves. Ao efetuar tais procedimentos de limpeza, cuidado
especial deve ser dado às telhas e telhados de alumínio evitando-se quebras de telhas e
amassados nas coberturas.

2. Todos os quadros acima são referências genéricas devendo ser reformulados em função das
especificidades de cada edifício.

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3. O número de funcionários indicados para cada serviços dependem das disponibilidades de


cada Unidade e também devem ser programados em função das características do edifício, das
necessidades de prazos para a realização dos serviços, bem como à disponibilidade dos
funcionários para manutenção.

4. Os equipamentos sugeridos para a realização dos serviços e suas quantidades devem ser
estipulados em função dos mesmos critérios que vierem a ser utilizados para os funcionários.

BIBLIOGRAFIA:

1- Kardec, Allan – MANUTENÇÃO - Função Estratégica, Editora QualityMark;


2- APOSTILAS e ARTIGOS diversos pesquisados da Internet.

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