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Apostila MNT Preventiva e Corretiva PDF
Apostila MNT Preventiva e Corretiva PDF
APOSTILA - 03
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
E CORRETIVA
Belém – PA
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
Curso: Técnico de Segurança do Trabalho
MANUTENÇÃO
CONCEITOS
Por exemplo:
A manutenção ideal de uma máquina é aquela que permite alta disponibilidade, para a
produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo adequado.
HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO
Desde os anos 30, a evolução da manutenção pode ser dividida em 3 gerações (ver Tabela
1.1).
A PRIMEIRA GERAÇÃO
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Cel.: (91) 8839-5049 – E-mail: jofernandoar@yahoo.com.br
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A SEGUNDA GERAÇÃO
Esta geração vai desde a Segunda guerra mundial até os anos 60. As pressões do
período da guerra aumentaram a demanda por todo tipo de produtos, ao mesmo tempo em que
o contingente de mão-de-obra industrial diminuiu sensivelmente. Como conseqüência, neste
período houve forte aumento da mecanização, bem como da complexidade das instalações
industriais.
A TERCEIRA GERAÇÃO
sistemas “just-in-time” (no tempo justo), onde estoques reduzidos para a produção em
andamento significavam que pequenas pausas na produção/entrega naquele momento
poderiam paralisar a fábrica.
Maior automação também significa que falhas cada vez mais freqüentes afetam nossa
capacidade de manter padrões de qualidade estabelecidos. Isso se aplica tanto aos padrões do
serviço quanto à qualidade do produto; por exemplo, falhas em equipamentos podem afetar o
controle climático em edifícios e a pontualidade das redes de transporte.
OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO
O CONCEITO DE PARADIGMA
PARADIGMA – UMA OUTRA MANEIRA DE VER O MUNDO
Por definição pode-se dizer que paradigma é a maneira como você olha para o seu
mundo, de como o vê e sente, qual são a sua referência em relação a algo, quais são as
suas crenças para determinado assunto.
Se você acredita no seu poder pessoal, tem uma boa auto–estima e, por exemplo, diz a
você mesmo: EU POSSO pular de pára-quedas, com certeza, isto facilitará imensamente seu
salto.
No entanto, se dentro de você houver dúvida, medo, e você disser a você mesmo:
Saltar de pára-quedas é impossível para mim, estará determinando o seu próprio fracasso.
Nestes dois casos a sua determinação é que vai definir o resultado, que poderá ser
positivo ou negativo.
O seu inconsciente, em ambos os casos, irá fazer de tudo para protegê-lo e buscará a
melhor resposta para satisfazer o seu desejo e preservar a sua integridade.
Diante dos fatos é necessário que você saiba exatamente o que está pensando, pois
seus pensamentos vão determinar o que você é. Você pode, por meio dos seus pensamentos,
sentir-se para baixo, deprimido, fracassado ou pode sentir-se para cima, com sucesso, com
atitudes de certezas, de poder.
Necessário se faz olhar para dentro de você e perguntar: o que os meus paradigmas
estão fazendo comigo? Eles levam-me ao sucesso ou ao fracasso? A partir do momento que
você toma consciência do fato, a mudança interna começa a ocorrer e aí você pode se
modificar.
Por exemplo: se o seu paradigma é de que para você descansar precisa de oito horas de
sono, caso não consiga dormir o tempo estabelecido, irá se sentir cansado, mas, se você
experimentar a mudança de paradigma para o mesmo fato: dormir pouco me faz sentir mais
produtivo, então irá se sentir muito melhor.
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Perguntas interessantes a serem feitas a você mesmo, para que possa saber qual é o seu
propósito na vida, são: qual é o meu maior desejo nesta vida? Por quem ou pelo que sou
fascinado? No que eu penso com maior insistência na vida? Aquilo que for o mais importante
será o seu maior paradigma, será o seu centro vital, será por ele que você irá lutar sentir
prazer, dar um significado a sua vida.
A partir do momento que você reconhece os seus paradigmas, sua mudança será mais
eficaz e você poderá, num curto espaço de tempo, tornar-se o senhor de sua própria vida,
aquele que é capaz de saber que o poder de decisão é seu.
PARADIGMA MODERNO
A manutenção deve ser organizada de tal maneira que o equipamento ou sistema pare de
produzir somente de forma planejada.
Quando o equipamento pára de produzir por si próprio, sem uma definição gerencial, está-se
diante de manutenção não planejada, ou mesmo de um fracasso da atividade de manutenção.
Pode ser comparada a uma brigada de combate a incêndio: quando ocorre a emergência a
brigada deve atuar rapidamente, mas a principal atividade da brigada, a partir daí, é evitar a
ocorrência de novos incêndios.
Boa parte das empresas brasileiras ainda atua dentro do paradigma do passado, sendo que
algumas já conseguiram caminhar para o paradigma moderno e estão dando grandes saltos
nos resultados empresariais.
Sem esta mudança de paradigmas ter-se-á que fazer um grande esforço para obter uma
melhoria pouco significativa nos resultados e esta pequena melhoria não será suficiente para
permanecer no mercado. Ver Figura 2.5.
Há até bem pouco tempo, o conceito predominante era de que a missão da manutenção era
a de restabelecer as condições originais dos equipamentos/sistemas.
Obs.: Voltando ao exemplo anterior, a missão não é preservar a lâmpada (equipamento), mas
sim a função do sistema (iluminação). Esta mudança no conceito da Missão afeta,
sobremaneira, as ações do homem de manutenção.
Se no passado era comum um gerente dizer que seu principal problema era falta de
gente, hoje não se tem dúvida que o seu principal problema é o EXCESSO DA DEMANDA
DE SERVIÇOS, decorrente de uma CONFIABILIDADE não adequada.
DEFEITO - ocorrência nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas que
podem a curto ou longo prazo acarretar sua indisponibilidade.
Exemplos:
1- Amortecedor com baixo rendimento
2- Pivô com folga
3- Mola com baixa tensão mecânica
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Exemplos:
1- Pneu furado
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MANUTENÇÃO CORRETIVA
Convém observar que existem duas condições específicas que levam à manutenção corretiva:
b) Ocorrência da falha.
Manutenção
Corretiva
Não- Planejada
Planejada
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IMPLICA
PERDA DE CUSTOS
PRODUÇÃO E ELEVADOS
ALTOS CUSTOS QUALIDADE DOS COM
PRODUTOS
MANUTENÇÃO
Normalmente a manutenção corretiva não planejada implica altos custos, a quebra inesperada
pode acarretar perdas de produção, perda da qualidade do produto e elevados custos indiretos
de manutenção.
Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências bastante graves para o equipamento,
isto é, a extensão dos danos pode ser bem maior. Em plantas industriais de processo contínuo
(petróleo, petroquímico, cimento, etc.) estão envolvidas no seu processamento elevadas
pressões, temperaturas, vazões, ou seja, a quantidade de energia desenvolvida no processo é
considerável. Interromper processamentos desta natureza de forma abrupta para reparar um
determinado equipamento compromete a qualidade de outros que vinham operando
adequadamente, levando-os a colapsos após a partida ou a uma redução da campanha da
campanha da planta. Exemplo típico é o surgimento de vibração em grandes máquinas que
apresentavam funcionamento suave antes da ocorrência.
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Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção corretiva na classe não planejada,
seu departamento de manutenção é comandado pelos equipamentos e o desempenho
empresarial da Organização, certamente, não está adequado às necessidades de
competitividade atuais.
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Essa prioridade é adotada em cada empresa, com seus códigos normalizados pela
administração da manutenção.
● Prioridade 2 - Urgência - Manutenção que deve ser feita o mais breve possível, não
ultrapassando 24 horas, depois de detectada sua necessidade.
● Prioridade 3 - Necessária - Manutenção que pode ser adiada por alguns dias, porem sua
execução não deve ultrapassar uma semana.
● Prioridade 4 - Desejável - Manutenção que pode ser adiada por algumas semanas, mas que
não pode ser omitida.
● Prioridade 5 - Prorrogável - Manutenção que pode ser adiada até que possa ser executada.
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TIPO DE MANUTENÇÃO
MPREV ( ) MCORR ( ) MPROG ( ) URGEN ( ) EMERG ( )
Setor solicitante Emitente Data
SERVIÇOS EXECUTADOS
Executor: Matrícula:
Setor: Data:
Assinatura:
OBSERVAÇÕES NECESSÁRIAS
Data: ______/______/______
__________________________________
Gerente do Setor
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A tendência dos custos em manutenção corretiva, em uma empresa, pode ser indicada pelo
gráfico abaixo:
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do um trabalho não
planejado. É será sempre de melhor qualidade.
Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até a quebra, essa é
uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha ocorrer. Por
exemplo, substituir o equipamento por outro idêntico, ter um "kit" para reparo rápido,
preparar o posto de trabalho com tivos e facilidades etc.
A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de vários fatores:
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MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Como nem sempre os fabricantes fornecem dados precisos para a adoção nos planos de
manutenção preventiva, além das condições operacionais e ambientais influírem de modo
significativo na expectativa de degradação dos equipamentos, a definição de periodicidade e
substituição deve ser estipulada para cada instalação ou no máximo plantas similares
operando em condições também similares.
Evidentemente, ao longo da vida útil do equipamento não pode ser descartada a falha entre
duas intervenções preventivas, o que, obviamente, implicará uma ação corretiva.
Os seguintes fatores devem ser levados em consideração para adoção de uma política de
manutenção preventiva:
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A manutenção preventiva será tanto mais conveniente quanto maior for a simplicidade
na reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais as falhas prejudicarem
a produção e quanto maiores forem as implicações s falhas na segurança pessoal e
operacional.
- Falha humana.
- Falha de sobressalentes.
- Contaminações introduzidas no sistema de óleo.
- Danos durante partidas e paradas.
- Falhas dos Procedimentos de Manutenção.
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a) Decidir qual o tipo de máquina ou equipamento que deverá ser incluído no programa, de
acordo com a sua importância, do ponto de vista da Manutenção e da Operação.
f) Preparar um Plano Mestre de inspeções. O plano mestre mais usual é aquele que tem
como unidade de controle a semana, uma vez que o ano tem exatamente 52 semanas. Uma
vez preparado, ele tem vida infinita, não importando o dia mês ou ano em que se esteja.
Como o computador é hoje um equipamento relativamente barato, torna-se inviável um
plano manual, que tem grandes dificuldades de execução.
Como foi dito anteriormente, o ano tem exatamente 52 semanas. Procuram-se, enquadrar as
inspeções ou outras atividades de manutenção preventiva, em número de semanas, exemplos:
b) Inspeção dos rolamentos uma bomba d'água quanto a ruídos e vibração - 4 semanas (1
mês).
Evita-se programar serviços com periodicidade maior que 52 semanas (1 ano), pois não se
pode rodar esse programa automaticamente, requerendo um plano auxiliar.
Cada uma dessas programações de inspeções é acompanhada de uma ficha de orientação, que
indica claramente, o que fazer como fazer e como anotar as irregularidades encontradas.
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Existem equipamentos, cujo funcionamento está mais relacionado com outros tipos de
periodicidade de controle, pois têm seu funcionamento irregular, tomando-se difícil o
controle, com o auxilio da unidade semana. Por exemplo, os veículos automotores, têm seu
desgaste determinado por quilometragem rodada, ou muitas vezes os compressores de ar, são
controlados por horímetros, que marcam "realmente" as horas de funcionamento. Nesses
casos, toma-se necessário fazer um plano paralelo de Manutenção Preventiva, sempre que a
quantidade desses equipamentos for considerável.
Com esse Plano Mestre em um computador, basta que o operador desse solicite os serviços
daquela semana, que o computador fornece as fichas previamente elaboradas, das Instruções
de Manutenção Preventiva, que são encaminhadas ao responsável por sua execução.
Nessas fichas são anotadas todas as irregularidades, que forem constatadas, que gerarão
Ordens de Serviço, para a devida correção. Essas anotações deverão também alimentar um
histórico no computador, que servirá para orientar modificações nos planos de Manutenção
Preventiva.
O controle das peças de reposição é um problema que atinge todos os tipos de indústria. Uma
das metas a que se propõe o órgão de manutenção preventiva é a diminuição sensível dos
estoques. Isso se consegue com a organização dos prazos para reposição de peças. Assim,
ajustam-se os investimentos para o setor.
Se uma peça de um conjunto que constitui um mecanismo estiver executando seu trabalho de
forma irregular, ela estabelecerá, fatalmente, uma sobrecarga nas demais peças que estão
interagindo com ela. Como conseqüência, a sobrecarga provocará a diminuição da vida útil
das demais peças do conjunto. O problema só pode ser resolvido com a troca da peça
problemática, com antecedência, para preservar as demais peças.
O planejamento e a organização, fornecidos pelo método preventivo, são uma garantia aos
homens da produção que podem controlar, dentro de uma faixa de erro mínimo, a entrada de
novas encomendas.
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Com o auxílio dos relatórios escritos sobre os trabalhos realizados, são suprimidas as
inconveniências das quebras inesperadas. Isso evita a difícil tarefa de trocas rápidas de
máquinas e improvisações que causam o desespero do pessoal da manutenção corretiva.
A manutenção preventiva abrange cronogramas nos quais são traçados planos e revisões
periódicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nas oficinas. Ela inclui,
também, levantamentos que visam facilitar sua própria introdução em futuras ampliações do
corpo da fábrica.
A manutenção preventiva nunca deverá ser confundida com o órgão de comando, apesar dela
ditar algumas regras de conduta a serem seguidas pelo pessoal da fábrica. À manutenção
preventiva cabe apenas o lugar de apoio ao sistema fabril.
A manutenção preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve ser organizada. Se a
organização da manutenção preventiva carecer da devida solidez, ela provocará desordens e
confusões. Por outro lado, a capacidade e o espírito de cooperação dos técnicos são fatores
importantes para a manutenção preventiva.
A manutenção preventiva deve, também, ser sistematizada para que o fluxo dos trabalhos se
processe de modo correto e rápido. Sob esse aspecto, é necessário estabelecer qual deverá ser
o sistema de informações empregado e os procedimentos adotados.
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fluxo das informações deverá fluir rapidamente entre todos os envolvidos na manutenção
preventiva.
A manutenção preventiva exige, também, um plano para sua própria melhoria. Isto é
conseguido por meio do planejamento, execução e verificação dos trabalhos que são
indicadores para se buscar a melhoria dos métodos de manutenção, das técnicas de
manutenção e da elevação dos níveis de controle. Esta é a dinâmica de uma instalação
industrial.
OBJETIVOS
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e) Aumento da vida útil dos equipamentos - O aumento da vida útil dos equipamentos é um
fator que, na maioria das vezes, não pode ser considerado de forma isolada. Esse fator,
geralmente, é conseqüência de:
- redução de custos;
- qualidade do produto;
· aumento de produção;
· efeitos do meio ambiente.
A manutenção preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumento da vida útil dos
equipamentos.
f) Redução de acidentes do trabalho - Não são raros os casos de empresas cujo maior
problema é a grande quantidade de acidentes. Os acidentes no trabalho causam:
· aumento de custos;
· diminuição do fator qualidade;
· efeitos prejudiciais ao meio ambiente;
· diminuição de produção;
· diminuição da vida útil dos equipamentos.
Desenvolvimento
Consideremos uma indústria ainda sem nenhuma manutenção preventiva, onde não haja
controle de custos e nem registros ou dados históricos dos equipamentos. Se essa indústria
desejar adotar a manutenção preventiva, dever á percorrer as seguintes fases iniciais de
desenvolvimento:
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Pode-se estabelecer que a vida de um edifício tenha duas fases: a sua produção e o seu uso.
Uma série de problemas relativos à sua durabilidade podem ser resolvidos ou minimizados
durante a primeira fase. Um bom projeto, uma orientação adequada, o correto atendimento às
normas e ao programa de uso, a qualidade dos materiais empregados e o apuro técnico
adotado na sua construção são procedimentos importantes que vão determinar essa
durabilidade. Para os edifícios da Universidade é relevante ainda à classificação criteriosa dos
espaços com mesmas características técnicas, com a conseqüente criação de salas e
componentes padronizados, permitindo, então, um melhor plano de manutenção, além de uma
maior flexibilidade de usos. Em épocas passadas, nem sempre a totalidade desses aspectos foi
observada na produção dos edifícios — invariavelmente, a sua maior parte foi deixada em
segundo plano. Consequentemente, durante a sua fase de uso, uma série de problemas
começaram a surgir, impulsionados pela não observância desses aspectos. Em pouco tempo,
alguns serviços serão necessários para, em certos casos, repor as condições originais e, em
outros, refazer algum tipo de instalação dentro de padrões de qualidade que possibilitem um
melhor uso da construção. Isto, evidentemente, gera custos adicionais e imprevisíveis.
Porém, independentemente dessas circunstâncias, procedimentos regulares e programados de
manutenção são essenciais para a conservação e eficácia da destinação da edificação. Evitam
o surgimento dos problemas mencionados e as deteriorações inesperadas, permitindo previsão
segura de gastos periódicos.
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Além dos aspectos relativos à qualidade e ao uso citados acima, um outro aspecto que se
impõe é o do custo e do dispêndio financeiro para se manter as condições desse uso.
Como regra geral, admite-se que o custo anual da manutenção de um edifício situa-se entre
1,5 e 2% de seu custo inicial de construção. Um edifício de características tradicionais
consumirá em 50 anos um valor equivalente ao gasto na sua produção. Se considerarmos que
esse dispêndio anual é o mínimo necessário para uma manutenção eficiente e, se levar em
consideração que edifícios públicos, em geral, têm sua vida útil para além de 50 anos (com ou
sem manutenção), concluísse que a manutenção preventiva passa a ser um aspecto
extremamente relevante.
Por outro lado, os edifícios da USP construídos entre os anos 60 e 70 e que, via de regra, não
tiveram manutenção preventiva programada e periódica, estão com sua vida útil bastante
reduzida. Em muitos casos, já se encontram em fase de degradação acentuada, necessitando
por isso, reformas gerais cujos custos ultrapassam sensivelmente aqueles que poderiam ter
sido investidos ao longo do tempo.
Há, portanto, que estabelecer-se um programa sistemático de manutenção predial que ao
mesmo tempo em que reponha os sistemas deteriorados, permita o prolongamento da vida útil
dos edifícios, através de serviços periódicos e de sua conservação global.
LOCAL
Determinar um local compatível com as dimensões da Unidade, onde seja possível reunir
elementos gráficos relativos aos prédios, centralizar os trabalhos de manutenção, reunir os
funcionários do setor e onde possam ser guardados ferramentas e equipamentos de pequeno
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porte. É aconselhável que se estruture uma pequena biblioteca técnica a respeito dos materiais
e serviços que são executados regularmente.
EQUIPE
Designar um funcionário que seja capacitado para acompanhar os serviços, trabalhar com
programações, relacionar-se com empresas de serviços técnicos, que tenha conhecimentos
mínimos sobre instalações prediais (*) e coordenem pequenas equipes de trabalho. Sugere-se
também que outros funcionários afetos à área de manutenção sejam reunidos em torno de uma
equipe que deverá ser dimensionada em função da área construída da unidade, da
complexidade de seu sistema construtivo e do tipo de uso da edificação. Como referência, o
índice mínimo de 1 funcionário para cada 2.500m² de área construída, podendo variar em
função dos critérios anteriormente citados.
EQUIPAMENTO
Desde que o controle desses serviços possa ser informatizado, haverá um ganho sensível em
termos de rapidez, eficiência e redução de custos. Quando não, um bom controle através de
quadros, cronogramas e fichas são aceitáveis.
Ferramentas usuais e equipamentos já incorporados nos serviços que já vêm sendo feitos são
básicos, além de um pequeno estoque de produtos de conservação e peças de reposição
imediata.
SERVIÇOS
Serviços que ultrapassem o âmbito da manutenção preventiva devem ser contratados com
firmas especializadas.
RECOMENDAÇÕES E PROCEDIMENTOS
2. – Cobertura
1. Vigamento Inspeção e verificação Semestral
2. Telhado Limpeza Bimensal Equipe de
3. Impermeabilização Inspeção, Limpeza e reparos Trimestral Unidade Limpeza
4. Calhas e Condutores Inspeção, Limpeza e reparos Mensal Escada
5. Outros elementos Inspeção, Limpeza e reparos Variável
3 – Paredes
1. Revestimentos Inspeção, Limpeza e reparos
2. Blocos ou tijolos a vista Inspeção, Limpeza e reparos Semestral Unidade
3. Placas Inspeção, Limpeza e reparos
4 – Esquadrias
1. Caixilhos de alumínio Inspeção e Limpeza Anual
2. Caixilhos de Ferro Limpeza e/ou pintura Anual
3. Caixilhos de madeira Pintura e/ou reparos Semestral Unidade Equipe de
4. Portas Pintura Anual Limpeza
5. Vidros Limpeza e/ou substituição Anual
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5 – Hidráulica
1. Entrada Inspeção
2. Sistema de Caixas Inspeção e Limpeza Equipe de
d'água Inspeção Unidade Limpeza
3. Ramais de Inspeção e troca de reparos Semestral Ferramental
abastecimento Inspeção e troca de reparos
4. Torneiras Inspeção e troca de reparos
5. Registros
6. Válvulas
7. Outros equipamentos
6 – Elétrica
1. Quadro de entrada Inspeção /Troca de Fusíveis Bimensal
2. Circuitos Inspeção e reparos Trimestral
3. Tomadas Inspeção e troca Semestral
4. Interruptores Inspeção e troca Semestral Especializada Ferramental
Inspeção / verificação
5. Sistema de iluminação Inspeção/Limpeza/Reposição
Semestral
6. Luminárias Inspeção/Reposição Bimensal
7. Lâmpadas Mensal
7. – Pisos
1. Revestimentos Limpeza/Verificação/Reparos Bimensal
2. Juntas Inspeção Trimestral
3. Rodapés Verificação Semestral Unidade Equipe de
4. Pisos elevados Verificação Semestral Limpeza
Limpeza/Verificação/Reparos
5. Pisos externos Bimensal
8 – Revestimentos
1. Externos Limpeza e/ou Pintura Semestral
2. Internos Limpeza e/ou Pintura Anual
3. Especiais Limpeza e/ou Pintura Anual Unidade Padrão
4. Forros Limpeza/Pintura/Reparos Anual
9 – Pintura
1. Interna Retoques/Pintura Anual Padrão
2. Externa Retoques/Pintura Bianual Especializada
10 – Paisagismo
Jardins internos
Jardins externos Limpeza, remoção de Unidade ou Ferramentas
Elementos paisagísticos resíduos, podas Mensal Prefeitura usuais
Vasos e floreiras
Outros equipamentos Limpeza, consertos .
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SERVIÇO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
semana 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234 1234
1. Estrutura – Inspeção e Verificação X x
2. Cobertura
Inspeção, Limpeza e reparos
Vigamento x X
Telhado x x x x x X
Impermeabilização x x x X
Calhas e Condutores
x x x X x x x x x X x X
3. Paredes – Insp., Limpeza e x x
reparos
4. Esquadrias
Inspeção, Limpeza e pintura
Metal x
Madeira x x
Vidros x x
5. Hidráulica - Insp/limpeza/reparos x X
6. Elétrica
Inspeção / Reposição
Quadro de Força / Luminárias x x x x x x
Circuitos x x x x
Tomadas, Interrup. e Sist. de Ilumin. x x
Lâmpadas
x x x x x x x x x x x x
7. Pisos – Limpeza x x X X x x x x x x x X
Verificação e Reparos x x x x x x
8. Revestimentos
Limpeza, Pintura e Reparos
Externos X
Internos./ Forros x X
9. Pintura – Interna x
10. Paisagismo
Limpeza, Remoção e Reparos x x x X x x x x x x x X
OBSERVAÇÕES
2. Todos os quadros acima são referências genéricas devendo ser reformulados em função das
especificidades de cada edifício.
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Cel.: (91) 8839-5049 – E-mail: jofernandoar@yahoo.com.br
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
Curso: Técnico de Segurança do Trabalho
4. Os equipamentos sugeridos para a realização dos serviços e suas quantidades devem ser
estipulados em função dos mesmos critérios que vierem a ser utilizados para os funcionários.
BIBLIOGRAFIA:
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José Fernando Alvares Rodrigues – Engº Eletricista / Engº de Segurança do Trabalho
Cel.: (91) 8839-5049 – E-mail: jofernandoar@yahoo.com.br