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Apostila Bomba Ve PDF
Apostila Bomba Ve PDF
BOMBA
DISTRIBUIDORA VE
Apresentação
Introdução
História
Função
Características
Componentes
Funcionamento do Sistema
Funcionamento dos componentes internos
Funcionamento dos componentes externos
Dicas de Manutenção
Oportunidades de Vendas Adicionais
Este curso abordará conhecimentos a respeito da bomba Distribuidora VE, suas características,
componentes e funções. Serão trabalhadas, também, algumas diferenças em relação às demais
bombas do Sistema de Injeção Diesel.
Introdução
História
Em 1927 foi desenvolvida a primeira Bomba Injetora em Linha, que equipava, principalmente,
veículos de médio e grande porte. Com a evolução dos Sistemas de Injeção Diesel originou-se a
Bomba Distribuidora VE, com construção mais compacta, leve e versátil.
O setor automotivo passou a equipar os veículos da linha leve com motores Diesel com o objetivo
de aumentar o rendimento. Foi necessário, portanto, desenvolver um Sistema de Injeção com
estrutura menor que possibilitasse aos motores atingir altas rotações e precisão de injeção, além,
de diminuir a emissão de ruídos e poluentes, oferecendo melhor desempenho e maior conforto ao
motorista. Por isso, no ano de 1962 a Bosch disponibilizou, ao mercado, a Bomba Distribuidora
com pistão axial tipo VE.
As Bombas Distribuidoras VE são empregadas em motores Diesel de altas rotações, por serem
capazes de atender à demanda de torque e potência.
Inicialmente, foram utilizadas em motores de pequeno porte para veículos de passeio e,
posteriormente, em utilitários, caminhões e tratores agrícolas ou industriais.
Função
Características
Componentes
(5) LDA – Batente de Plena Carga dependente de Pressão = Responsável por ajustar o débito de
combustível de acordo com variação de pressão do turbo.
(7) KKSB Dispositivo de partida a Frio e Marcha Lenta = Responsável por adiantar a injeção
quando o motor está frio.
(8) Válvula reguladora de pressão = Responsável por regular a pressão interna da Bomba
Distribuidora.
(9) Porta Roletes = Responsável por permitir o deslocamento do Came de Comando (ou Disco de
Ressalto).
(12) Conjunto de Alavancas = Responsável pelo acionamento do estágio de plena carga, marcha
lenta, débito de partida e aproximação.
(13) Eixo de Acionamento = Responsável por acionar Bomba de Palhetas, Regulador de Rotação,
Came de Comando e Pistão Distribuidor.
Saiba Mais! Além dos componentes anteriormente citados, a Bomba Distribuidora, pode,
também, ser equipada com dispositivos especiais, para atender exigências específicas de
algumas aplicações de motores. Ex: KSB, KKSB, ARF e DDS.
(1) KSB Dispositivo de Partida a Frio = Responsável por adiantar o início de injeção quando o
motor está frio.
(2) ARF Dispositivo re-circulador de gases de escape = Responsável por informar ao módulo de
controle do ARF a posição da alavanca de comando
(3) DDS Dispositivo Anti Furto = Responsável por evitar o funcionamento do motor
Funcionamento do Sistema
A bomba alimentadora de palhetas aspira e comprime o combustível para dentro da Bomba VE,
enquanto a válvula reguladora de pressão controla a pressão de transferência. O combustível
pressurizado percorre o interior da Bomba VE alimentando e lubrificando todos os componentes.
Saiba Mais! O volume de combustível aspirado deve ser sempre superior à necessidade de
consumo da Bomba, este excedente gera a pressão interna necessária para que o
funcionamento, alimentação e refrigeração da Bomba Distribuidora não sejam comprometidos.
A cada deslocamento axial do pistão distribuidor, de P.M.I. (Ponto Morto Inferior) para P.M.S.
(Ponto Morto Superior), ocorre uma injeção de combustível no motor, controlada através de uma
bucha de regulagem que determina o início e o fim de cada injeção. São realizadas tantas
injeções quanto o número de cilindros de cada Bomba.
Eixo de acionamento: Componente responsável por acionar as peças internas da Bomba VE:
bomba alimentadora de palhetas, regulador de rotação, came de comando e pistão distribuidor.
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Bomba alimentadora de palhetas: É montada no eixo de acionamento da Bomba Distribuidora e
constituída por um anel excêntrico e um rotor com quatro palhetas.
Funcionamento: O movimento do eixo gera a força centrífuga que lança as palhetas contra a
face interna do anel excêntrico, fazendo com que o combustível na entrada da Bomba seja
aspirado e pressionado.
Porta Roletes: É composto por um suporte com 4 pinos e 4 roletes, montado sobre a bomba de
palhetas e localizado na base da carcaça.
Função: Ser usado como base de apoio para o deslocamento axial e giratório do came de
comando.
Funcionamento: O porta roletes permanece fixo, porém, com o movimento do avanço desloca-se
nos sentidos horário e anti-horário.
Corpo Distribuidor: É composto por pistão distribuidor e bucha deslizante. Tem a função de
bombear e distribuir o combustível para os injetores através de movimentos axiais e giratórios em
todos os regimes de trabalho, controlando o volume dosado de acordo com a posição da bucha
deslizante.
Saiba Mais: A quantidade de combustível injetado depende do tempo que o furo de alívio
permanece coberto pela bucha reguladora, quanto mais tempo o furo de alivio permanecer
fechado maior será o volume injetado.
Fases do processo de injeção:
Importante: Quanto mais tempo o furo de alívio permanecer fechado, maior será o volume de
combustível injetado.
3º Fase de fim de Injeção: Nesta fase do processo de injeção, o pistão distribuidor completa seu
curso, o furo de alimentação permanece fechado, enquanto o furo de distribuição fica aberto. O
furo de alívio é aberto, despressurizando, instantaneamente, o canal que comunica os furos de
distribuição e de alívio, o que caracteriza o fim de injeção.
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Pistão do Avanço: É um pistão, alojado na carcaça e conectado ao porta roletes através de um
pino.
Função: Manter o funcionamento do motor dentro da faixa dos limites mínimos e máximos de
rotação.
Funcionamento: Acionados por força centrífuga, os contra pesos deslocam a luva do eixo do
regulador contra o conjunto de alavancas, que exercem força sobre a mola de rotação.
Ao aliviar a força da mola de rotação a força centrífuga forçará a alavanca a posicionar a bucha de
regulagem na posição em que o volume de combustível injetado no motor estará estabilizado em
marcha lenta. Nesse momento, a força centrífuga está em equilíbrio com a força da mola de
marcha lenta.
Saiba Mais! Existem dois reguladores aplicados em Bombas VE, com características de
funcionamento específicas: Regulador Variável e Regulador Não Variável
Regulador Variável: O Regulador Variável atende a todos os regimes de trabalho solicitados pelo
condutor, como: partida, marcha lenta, intermediárias e rotação máxima.
Importante! O posicionamento das peças faz com que o furo de alívio fique totalmente coberto, o
que não permite fuga de combustível, fazendo com que o volume de combustível injetado seja
ideal para o motor entrar em funcionamento.
Marcha Lenta: Neste regime de funcionamento, a função do Regulador Variável é manter o motor
em marcha lenta e não permitir que a rotação oscile ou pare.
Plena Carga: Neste regime de funcionamento, o Regulador Variável tem a função de atender à
solicitação de torque máximo do motor.
Limite de Rotação Máxima: Neste regime de funcionamento, o Regulador Variável tem a função
de limitar a rotação do motor, através do acionamento automático do regulador de rotação.
A força centrífuga supera a força da mola e a luva do eixo do regulador pressiona o conjunto de
alavancas, que empurra a bucha reguladora descobrindo o furo de alívio do pistão distribuidor, o
que reduz o volume de combustível injetado e, consequentemente, limita a rotação.
Regulador Não Variável: O Regulador Não Variável controla a marcha-lenta e limita a rotação
máxima dos motores.
Regimes de trabalho:
Marcha Lenta: Neste regime de funcionamento o Regulador Não Variável comporta-se da mesma
maneira que o Regulador Variável.
Essa característica de funcionamento deve-se ao fato da mola de rotação estar montada no eixo
do acelerador com a tensão máxima pré-determinada. Assim, a rotação deve aumentar até o
limite máximo para que a força centrífuga seja superior à força exercida pela mola de rotação.
Funcionamento: Ao ligar a ignição do veículo é liberada uma corrente elétrica responsável por
energizar a válvula eletromagnética, que desloca, para cima, o pino de fechamento da passagem
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de combustível, liberando a alimentação do pistão distribuidor. Quando, dezenergizada, a válvula
movimenta o pino de fechamento no sentido oposto e interrompe a alimentação do pistão
distribuidor e, consequentemente, a injeção de combustível.
KSB - Dispositivo de Partida a Frio: Mecanismo agregado à Bomba Distribuidora que somente
entra em funcionamento com o motor frio. Existem diferentes sistemas de acionamento do KSB,
os quais dependem do fabricante do motor. São do tipo Mecânico, Eletro Mecânico, Hidráulico e
Termo Mecânico.
Função: Adiantar a injeção de combustível sempre que o motor estiver frio para facilitar a partida
e eliminar a emissão de fumaça branca.
KSB Tipo Mecânico: O condutor ativa o KSB Mecânico ao acionar as partidas a frio do
veículo. É executado por um cabo metálico do painel do veículo acionado pelo condutor
nas partidas a frio.
KSB Tipo Eletro Mecânico: Este dispositivo é dotado de um bulbo de cera que se
expande, quando aquecido, e retrai, quando resfriado. Esse movimento desloca a alavanca
de regulagem KSB ligada ao pistão de avanço da Bomba VE.
KSB Tipo Hidráulico: Este dispositivo é composto de válvula esférica do KSB (válvula
limitadora de pressão), válvula eletro-magnética e tubos de ligação. É acionado em função
da pressão interna da Bomba Distribuidora.
KSB Tipo Termo Mecânico: É composto por um corpo com molas expansoras
(elemento de dilatação), alavanca de regulagem do KSB e eixo de acionamento.
Função: Adiantar a injeção de combustível sempre que o motor estiver a baixo da temperatura
ideal, para facilitar a partida e eliminar a emissão de fumaça branca nos dois regimes de
funcionamento (partida e marcha-lenta).
Dicas de Manutenção:
O veículo deve pernoitar sempre com tanque de combustível completo, para evitar a
condensação dos vapores de água.
Fazer a troca dos filtros, rigorosamente, dentro do prazo estipulado pelo fabricante, ou,
quando apresentar contaminação.
Filtro de ar.
Filtro de combustível.
Separadores de água.
Tubos injetores.
Pescador do tanque de combustível.
Tubulações da linha de alimentação.
Sensor de temperatura do motor.
Bicos Injetores
Todos os sistemas e componentes do veículo estão integrados, por isso, alguma falha específica
na Bomba Distribuidora pode ser causada, por exemplo, devido ao funcionamento inadequado da
bateria, que é responsável por energizar a válvula eletro-magnética, interruptores de temperatura
e KSB Eletro Mecânico.