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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
ELEMENTOS CONSTITUINTES
1. DEPOSITO
Este deposito tem uma boca de entrada, sobre a qual se coloca o tampão de
entrada para o seu fecho, tampão este que por sua vez tem um orifício que
permite a entrada do ar no deposito a medida que se for gastando o
combustível. (Fig.7.2.)
Pelo lado superior do deposito há uma entrada, o tubo de retorno, que é por
onde o combustível em excesso nos injectores volte aos deposito. Na parte
baixa, a uma certa altura do fundo do deposito (para que não saíam
impurezas), se encontra a saída de gasóleo com os seus correspondente
passo (para a bomba, filtros,...).
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Na parte mais baixa do deposito, encontra-se o bujão do deposito que leva
um tampão, o tampão de drenagem, e é através deste que se retira o
combustível quando se pretende fazer a limpeza do deposito, retirando de
dentro dele os detritos e sedimentados acumulados no interior do mesmo.
Enchimento do deposito
Muitos operadores de tractores, têm o habito de encher o deposito nas
manhãs. Isto tem dois inconvenientes. O primeiro, é que quando chegamos
pela noite o deposito terá muito pouco combustível e o resto do espaço
estará ocupado com ar que foi entrando de fora. Este ar estará misturado
com o vapor de água que quando anoitece e as paredes do deposito se
arrefecem, pode-se verificar a condensação deste vapor de agua, que ira se
misturar com o combustível quando se encher o deposito de manhã. Pode
chegar o momento, em que a quantidade de agua é grande, podendo ser
sugada pela bomba de alimentação e chegará ao sistema de injecção,
chegando ao motor e prejudicar o bomba e os injectores. Pode ainda por
vezes ser pulverizada para a câmara de combustão, provocando explosões
muito fortes que provocam danos aos pistões e chumaceiras.
Limpeza do deposito
Porque o tubo de saída do combustível está situado um pouco acima do
fundo do deposito, as impurezas, partículas sólidas, agua de condensação,
ficam depositadas no fundo do deposito e é necessário que sejam eliminados
ou retirados para evitar que passem para o sistema de alimentação.
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2. BOMBA DE ALIMENTAÇÃO
Esta bomba (Fig. 7.3) é constituída pelas seguintes partes: Uma alavanca de
accionamento mecânico, movida por uma came, que pode estar colocada na
árvore de cames da distribuição ou na árvore da bomba injectora; Uma
alavanca de accionamento manual; Uma mola de recuperação destas
alavancas; Uma membrana e no centro desta, um braço que a une a
alavanca anterior; Uma mola de pressão do combustível, que se apoia na
sua parte inferior ao corpo da bomba e na parte superior sobre a membrana;
Duas válvulas situadas em posições opostas, ou seja, quando uma se abre,
a outra fecha-se; Um orifício de entrada do combustível proveniente do
deposito e um outro orifício de saída do combustível para os filtros; Um filtro
de malhas metálicas muito denso, coberto por um vaso de cristal ou de
chapa chamado vaso de decantação.
Uma vez que a saliência da came passa, a alavanca retrocede a sua posição
primária pela acção da mola de recuperação, e a membrana é então
empurrada de volta pela mola de pressão do combustível. O combustível que
havia entrado na bomba, é pressionado pela membrana, fechando a válvula
de entrada e abrindo a de saída, por onde passa o combustível em direcção
ao orifício de saída indo então para os filtros.
Esta bomba (Fig. 7.4) é constituída pelas seguintes partes: Um braço que por
um lado esta em contacto com uma came situada na árvore de cames da
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bomba injectora e por outro lado empurra o embolo, uma mola de
recuperação do braço; Um embolo que se desliza dentro do corpo da bomba;
Uma mola de pressão do combustível que num extremo esta apoiada pelo
corpo da bomba e a outra na face do embolo oposto ao braço; Duas válvulas
situadas em posições opostas, ou seja, quando uma se abre a outra se
fecha; Um orifício de entrada do combustível proveniente do deposito; Um
orifício de saída do combustível para os filtros; Uma conduta que une o
orifício de saída com a parte do embolo que empurra o braço; Um filtro com
malhas metálicas coberto por um vaso de cristal ou de chapa, chamado vaso
de decantação.
Ao passar a saliência da came, esta empurra o braço e este por sua vez
empurra o embolo fazendo com que o combustível contido no corpo da
bomba pressione as válvulas, fechando a de entrada e abrindo a de saída. O
embolo a deslocar-se, cria, atras de si, uma sucção que faz com que o
combustível saia pela válvula de saída e passe a ocupar a parte superior do
embolo.
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2.3. CUIDADOS COM A BOMBA DE ALIMENTAÇÃO
3. FILTRO
O filtro (Fig. 7.6) é composto por um suporte, que o fixa ao bloco do motor do
tractor e no qual estão os tubos de entrada e saída.
Sobre este suporte esta sujeito um vaso de chapa ou plástico, dentro do qual
se coloca o cartucho filtrante. A sujeição do cartucho e do vaso é feita por um
parafuso que passa pelo suporte. O fecho hermético, tanto do cartucho como
do vaso exterior, é conseguido por meio de juntas de borracha.
O cartucho filtrante é constituído por um papel filtrante microporoso de
grande superfície, através do qual o combustível deve forçosamente passar,
ficando retidas nele as impurezas que este leva.
Cada tractor, leva um tipo específico de filtro que não pode variar, pois, caso
se utilize um filtro diferente pode-se correr o risco de que o combustível não
seja filtrado.
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combustível e assim, o tractor não trabalhará. Pode também ocorrer um
acidente muito mais grave e prejudicial. Isto ocorrerá se a sujidade, por
rompimento dos microporos (por causa da pressão da bomba), chegue a
bomba injectora. Os danos que isto pode causar, poderão ser irremediáveis.
Por isso, é muito importante que os filtros sejam limpos e mesmo trocados de
acordo com as indicações do fabricante no manual de intrusões do tractor.
Se verificar-se que o combustível que se utiliza tem muita impureza, deve-se
trocar o filtro antes do período recomendado pelo fabricante.
No caso dos filtros em série, o primeiro filtro deve ser trocado com mais
frequência que o segundo, já que é este que retém maior parte das
impurezas, trocando-se desta forma o segundo, uma vez em cada duas do
primeiro.
4. BOMBA INJECTORA
- Punção
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Composto por um cilindro maciço, provido de uma concavidade na sua parte
inferior e que desliza na sua parte superior, também cilíndrica e concêntrica,
fixa na carcaça da bomba. Alojado no interior do cilindro, e na concavidade
citada anteriormente leva um rolo sobre o qual empurra a came, fazendo
levantar o cilindro. Na parte superior do cilindro tem um parafuso que permite
regular a altura do embolo.
- Embolo
Tem uma configuração cilíndrica maciça e na sua parte inferior tem o
prolongamento do braço que empurra a punção. Na parte superior tem uma
ranhura vertical.
- Cilindro
É no interior deste que desliza o embolo e o ajuste entre ambos é de grande
precisão. Na sua parte superior tem dois orifícios por onde entra ou sai o
combustível.
- Válvula de Retenção
Situada por cima do cilindro e é composta por uma parte cilíndrica que serve
de guia e uma parte cónica que encerra o orifício de saída do combustível
para os injectores.
- Cremalheira
É uma peça alargada dentada de um dos lados sobre o qual se engrenam os
pinos da carcassa exterior dos cilindros da bomba e esta unida directa ou
indirectamente , numa das extremidade com o acelerador.
- Colector
É a conduta por onde chega o combustível proveniente dos filtros. Rodeia os
tubos de entrada e saída do combustível de todos os elementos da bomba.
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A distribuição de combustível cessa quando o entalhe helicoidal do embolo
atinge o orifício de derivação, deixando então de fazer pressão sobre o
combustível que é descarregado pelo orifício e fechando-se , a válvula que
conduz ao injector pela acção da sua mola. A quantidade de combustível
libertada aos injectores em cada curso da bomba é controlada pela rotação
do embolo, que por sua vez é dirigido pela cremalheira. (Fig. 7.9 – B)
Visto ser equipamento que funciona a elevadas pressões ( 100 - 350 kg/cm)
e a grande precisão , no ajuste das peças ,deve-se evitar a entrada de
qualquer partícula de sujidade.
A árvore de cames da bomba , trabalha num banho de óleo , dai que deve-se
sempre verificar o nível desse óleo.
a) Regulador de contrapesos.
b) Regulador de vácuo.
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Accionando comando do acelerador --- eixo excêntrico --- alavanca de
comando da cremalheira limitado num extremo pelo colarim fixo aos
contrapesos --- acciona o outro extremo actuando sobre a cremalheira. (Fig.
7.12)
Deve ter o cuidado de periodicamente verificar o nível do óleo uma vez que
estes reguladores estão submersos em óleo.
b) REGULADOR DE VÁCUO
Este regulador (Fig. 7.14) é constituído por uma carcassa unida ao corpo da
bomba e no interior tem uma membrana que divide o espaço em dois
compartimentos. Unida a membrana esta a cremalheira e entre a membrana
e carcassa há uma mola que pressiona a membrana tentando fazer com que
a cremalheira esteja na posição de máxima aceleração.
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Funcionamento do regulador de vácuo
Uma vez vista o funcionamento da bomba injectora linear, vamos ver como
se sincroniza o seu movimento com o movimento do motor, de forma que a
injecção ocorra no momento preciso.
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Esta bomba (Fig. 6.16) tem um elemento único que da pressão e distribuição
do combustível para todos injectores do motor.
4.2.1 CONSTITUIÇÃO
- Bomba de transferencia
Tem por missão dar ao combustível uma pressão superior a dada pela
bomba de alimentação.
- Válvula reguladora
Tem a função de controlar a pressão de transferencia de acordo com as
revoluções do motor.
- Válvula dosificadora
Tem por missão dosificar e regular a admissão do combustível aos êmbolos.
Funciona accionada pelo acelerador através do regulador.
-Regulador de velocidade
Este tipo de bombas pode levar reguladores de contrapesos ou um regulador
hidráulico. Nos dois casos a missão é a mesma que os reguladores vistos
nas bombas injectoras lineares.
- Saída de retorno
Na bomba injectora sempre se verifica uma pequena perda de combustível
devido as altas pressões a que o combustível esta sujeito, bem como por
vezes há excessos. Este combustível é então enviado para o deposito ou
ainda pode ir para de novo para os filtros.
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4.2.2. FUNCIONAMENTO
5. INJECTORES
- Porta injector
É o suporte por onde vão montados todos os outros elementos.
- Canal de descarga
É a peça que introduz o combustível no motor. No seu interior se aloja a
agulha injectora e na ponta tem uns orifícios de diâmetro muito pequeno. Ao
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lado deste canal, encontra-se uma conduta de combustível que chega até a
ponta do canal de descarga.
- Entrada de combustível
É a conduta de entrada de combustível que liga o tubo de alta pressão ao
canal de descarga.
- Vareta
Esta por cima da agulha injectora e tem na parte superior um alargamento.
- Mola de pressão
Esta colocada entre a cabeça da vareta e o parafuso de regulação.
-Parafuso de regulação
Esta apertado no porta injector e na sua parte inferior tem um alargamento
onde apoia a mola e na parte superior tem uma porca.
-Sobrante
Na parte superior, o injector tem um capucho roscado que cobre o parafuso
de regulação e serve de conduta para o combustível sobrante ( o que não
entrar para o cilindro).
Injecção directa
Injecção em antecâmara
DESCRIÇÃO
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INJECÇÃO DIRECTA -- Neste sistema o combustível é injectado
directamente sobre a cabeça do pistão, esta tem uma concavidade que
provoca mais turbulência no movimento do ar afim de assegurar uma
mistura perfeita deste com o diesel injectado. (Fig.7.21)
LITERATURA RECOMENDADA:
- Hunt, D., 1983. Farm power and Machinery Management. Iowa State
University Press.
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