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CAPITULO III

HISTÓRIA DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do motor de C.I. foi o primeiro grande passo na mecanização


da agricultura. Neste tipo de motores o combustível é queimado dentro dum
cilindro. A libertação de energia causa um rápido aumento de pressão forçando
o pistão a deslocar-se para baixo, dentro do cilindro e, por intermédio da biela
fazer girar a cambota. Nos motores a vapor ou combustão externa, o
combustível é queimado na câmara do evaporador o qual pode estar colocado a
uma distância considerável do cilindro. O calor desta combustão muda a água
em vapor, o qual expande no cilindro para a produção de POTÊNCIA.

Antes a 1830 nenhum motor prático havia sido construído para operar no
princípio de combustão interna. Há no entanto registos datando de século XVII
descrevendo alguns dos primeiros experimentos. Um destes ocorreu em França
onde um motor operou a pólvora. Cerca de 1830 SAMUEL BROWN da
Inglaterra também desenvolveu um motor de acção dupla operando a pólvora.
Durante a operação, os gases quentes da queima enchiam o cilindro. Então um
sistema de arrefecimento foi aplicado, e resultou na criação de um vácuo parcial
em que a pressão atmosférica era activada no pistão para fornecer o tempo de
trabalho. PIERRE LENOIR, em 1860 foi acreditado com o seu modelo de quatro
tempos e que passou a ser conhecido como o ciclo otto. Dois anos mais tarde
em 1878, um Inglês chamado DUGALD CLERK obteve a patente para o ciclo de
dois tempos.

Outro evento importante no desenvolvimento do M.C.I. foi a invenção em 1874


do motor de combustível líquido por A.B. BRAYTON um Americano. Este motor
queimava gasolina que na altura era um subproduto de refugo da destilação do
petróleo de iluminação.

Em todos os primeiros motores, a ignição era através de uma forma de chama


viva. Em 1892 foi introduzido o princípio do bulbo-quente ou superfície de
ignição. O combustível era vaporizado dentro do cilindro e queimava-se em
contacto com a superfície quente.

Ao doutor RUDOLF DIESEL, um engenheiro Alemão, vai o crédito, para a teoria


formulada em 1892, da importância da alta compreensão do ar para atingir
satisfatoriamente a auto-ignição do combustível. O primeiro motor diesel
produzido nos EUA apareceu em 1898 e o primeiro desenho de M.C.I. de valor
comercial era um motor de dupla acção com uma cambota e volante, usando
válvulas deslizantes.

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Em 1962 outro francês BEAU DE ROCHAS propôs a teoria de operação para os
motores contemporâneos. Ele formulou quatro condições necessárias para a
operação satisfatória e eficiente do motor de combustão interna:
1. O maior volume do cilindro com a menor superfície possível de
arrefecimento; isto é, a menor relação superfície-volume para o cilindro.
2. A maior velocidade possível do pistão ou seja um mais rápido processo de
expansão possível.
3. A máxima expansão possível.
4. A máxima compressão possível antes de expansão

Os dois primeiros requisitos destinavam-se em reduzir o mínimo a perda de


calor através das paredes do cilindro, mantendo, assim a maior quantidade
possível para ser convertida em trabalho. O terceiro requisito reconhecia que a
maior expansão produz maior trabalho. O quarto permitia pressões mais
elevadas durante o curso do pistão, para uma taxa de expansão dada, ou
possibilitava taxas maiores de expansão, de que resultava mais trabalho, em
ambos os casos.

O primeiro motor bem sucedido, utilizando o princípio de Beau de Rochas,


apareceu em 1876, 14 anos depois, construído por NICHOLAS A. OTTO, que
patenteou-o .

Literatura suplementar
 Atares & Blainer, 1980. Tractores y Motores Agrícolas. Madrid.
 Bainer et al., 1971. Principles of farm Machinery
 Nakra, C. P. , 1887. Farm Machines and equipament. Dheli.
 Lazaro, G., 1956. Maquinaria Agrícola. Editora DOSSAT.
 Nakra, C. P. , 1998. Basic automobile Engineering. Punjabi
Edition.
 Ressueno, A., 1960. Motocultivo. Salvat Editores, S.A.
Espanha.

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