Você está na página 1de 65

Universidade Federal do Pará – UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
TE 04181 – Sistemas Térmicos I: Motores de Combustão Interna – Aulas 11 e 12

Sistemas Térmicos –
Motores de Combustão
Interna

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng.


eraldocs@ufpa.br
TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO

 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA - INTRODUÇÃO;


 HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS;
 CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES;
 DIFERENÇAS ENTRE OS MOTORES:
 De dois e quatro tempos;
 Ciclo Otto e Diesel;
 CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA;
 REVISÃO.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 2


REVISÃO

Assuntos da Passada
 Ciclos Brayton;
 Características Básicas de um Ciclo a Gás;
 Modelagem Térmica de um Ciclo a Gás;
 Limites e Irreversibilidades;
 Ciclo Combinado (Gás E Vapor);
 Exercícios de Aplicação
 Sistema de Refrigeração e Bombas de Calor;
 Modelagem Térmica do Ciclo de Refrigeração;
 Sistema das Bombas de Calor;
 Exercícios de Aplicação de Bomba de Calor;
 Revisão.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 3
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)

INTRODUÇÃO
Os motores são máquinas
térmicas de fluxo (sem pistão) ou
alternativas (com pistão), de
combustão interna, que podem operar
em ciclo Brayton, Otto ou Diesel.
Estas máquinas são destinadas
ao suprimento de energia mecânica ou
força motriz de acionamento, através
da transformação da energia química
dos combustíveis em energia
mecânica entregue a outra máquina
através do acoplamento do volante.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 4


MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)

INTRODUÇÃO
Estas máquinas são utilizadas
para atender às mais variadas
necessidades e aplicações da
sociedade.
Dentro do atual estado de
desenvolvimento tecnológico, os
fabricantes constroem motores de
todos os tipos. Assim, encontram-se
motores a gás, gasolina, óleo diesel
(biodiesel BX), querosene, álcool e
movidos com outras misturas dos
vários combustíveis existentes.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 5


MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)

INTRODUÇÃO
Os motores podem ser
construídos com um ou mais cilindros
ou camisas, que é o local onde ocorre a
queima do combustível: os motores
monocilíndricos são empregados em
implementos agrícolas, motonetas e
pequenas lanchas; os policilíndricos,
podem ser construídos com 4, 6, 8, 10,
12, 16 ou até mais cilindros, destinam-
se a automóveis, locomotivas, tratores,
navios, motores estacionários e aviões

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 6


HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS
A evolução histórica dos motores segue a cronologia e
características abaixo:
 1652 – Padre HAUTEFOILLE: desenvolveu a primeira ideia de
construir um motor aproveitando a força expansiva dos gases.
 1680 – Christian HUYGENS (físico e astrônomo Holandês):
desenvolveu um motor de combustão interna a pólvora que
funcionava com cilindro e pistão;
 1687 – DÊNIS PAPIM: desenvolveu e descreveu o princípio de
funcionamento de uma máquina a vapor com pistão;
 1712 – o inglês Thomas NEWCOMEN, desenvolveu o primeiro
motor a vapor com sucesso, porém ainda era a combustão
externa. Utilizando-se da expansão e vácuo do ar e vapor. Após
o invento, passaram-se quase dois séculos de profundos
aperfeiçoamentos e aplicações para o motor a vapor, percussor
da revolução industrial;
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 7
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1712 – o inglês Thomas NEWCOMEN


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 8
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

 1767 – James WATTS: construiu um motor a vapor com


sistema de resfriamento dos cilindros.
 1794 – Robert STEET: obteve a patente de um motor de
combustão interna de dois cilindros horizontais.
 1801 – Phillip LEBEN: patente de um motor de combustão
interna com mistura de ar e gás inflamado.
 1821 – CECIL: motor de combustão com mistura de ar e
hidrogênio, primeiro motor a funcionar com sucesso.
 1824 – Sandi CARNOT: escreve “Reflexões sobre a potência
motriz do fogo”;
 1860 – o engenheiro Belga LENOIR: patenteou motor de
combustão interna a gás.
 1860 – LENOIR, J. J. E. – Primeira tentativa – motor
construído sem compressão prévia da mistura ar + combustível,
uns 5.000 motores foram fabricados entre 1860 - 1865, com
potência mecânica de até 6 hp, com eficiência térmica máxima
de 5%;
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 9
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1860 – LENOIR, J. J. E.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 10
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

 1866 – Os alemães OTTO e LANGEN desenvolvem o motor de


pistão livre com consumo 50% menor que o desenvolvido por
Lenoir;
 1862 – Alphonse Beau du ROCHÁS: patenteou, na França, os
princípios de funcionamento dos motores de quatro tempos de
combustão interna, mas não conseguiu construir um motor.
 1867 – Nicolaus OTTO e Eugen LANGEN – Produção Alemanha
– motor construído com compressão da mistura, uns 10.000
motores foram fabricados, máxima eficiência 11%;
 1876 – Nicolaus August OTTO – construiu o primeiro motor de
combustão interna, seguindo a teoria de BEAU du ROCHAS, de
quatro tempos de ignição por centelha, com redução de 1/3 o
peso do motor e 1/16 o curso do pistão, com taxa de
compressão de 2,5 : 1 a eficiência aumenta para 15%. As
características básicas deste motor são as mesmas dos
motores encontrado nos dias de hoje.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 11
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1876 – Nicolaus August OTTO

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 12


HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

 1880 – DUGALD Clerk e JAMES Robson (ingleses) KARL Benz


(alemão), desenvolvem o motor comercial de dois tempos;
 1884 – Construção do primeiro automóvel, na França em
12/12/1884;
 1884 – o alemão DAIMLER patenteia um motor de alta rotação
para a época (500 a 1.000 rpm);
 1889 – DAIMLER desenvolve um motor de elevado rendimento
e rotação com dois cilindros dispostos em V;
 1890 – O inglês Akroyd STUART patenteia o motor de ignição
por compressão;
 1892 – Rudolf DIESEL - data da patente, motor de ignição por
compressão demora 5 anos para desenvolver um protótipo
comercial;
 1890 – O alemão Rudolf DIESEL idealizou que a mistura
queimaria espontaneamente na Câmara de combustão ocupada
pelo ar após a fase de compressão;
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 13
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1892 – Rudolf DIESEL


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 14
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

Em 1898, Ferdinand Porsche, um jovem engenheiro, então, com 23


anos de idade, trabalhando na Jacob Lohner & Co. em Viena, Áustria,
construiu seu primeiro carro, um elétrico a bateria, o Lohner Electric
Chaise. Foi o primeiro carro, na história, com tração dianteira.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 15
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS
 1893 – Rudolf DIESEL – desenvolveu o motor de combustão
interna de ignição por compressão de quatro tempos;
 1894 – Primeira corrida de automóvel entre as cidades de Paris
e Rouen;
 1897 – Surge o primeiro motor DIESEL, construído por Rudolf
DIESEL, em Augsburgna Alemanha. Este motor tinha potência
de 20 cv a com 172 rpm e rendimento de 26 %.
 1898 – Primeiro salão do automóvel, Paris.
 1904 – Primeiro navio a Diesel;
 1909 – Motor diesel injeção indireta pronto para entrar em
produção;
 1912 – Primeira locomotiva a Diesel;
 1928 – Criação do Primeiro motor elétrico;
 1936 – Primeiro veículo de passeio Diesel, Mercedes 260D;
 1954 – Surge o motor rotativo (Wankel);
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 16
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

O Velo (abreviação de velocípede) foi o 1º carro de Karl Benz


produzido em série.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 17


HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1909 – Motor diesel injeção indireta


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 18
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

1997 – Primeiro veículo de passeio com


injeção direta a gasolina (Mitsubishi GDI)
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 19
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

 1957 – WANKEL, Felix – primeiro teste bem sucedido do motor


rotativo.
 1989 – Primeiro veículo de passeio com motor Diesel e injeção
direta (Audi);
 1989 – Primeiros veículos com combustível flex, ou seja,
funcionamento com gasolina e álcool;
 1997 – Primeiro veículo de passeio com injeção direta a gasolina
(Mitsubishi GDI);
 2010 – Motores com injeção direta e três cilindros.
 2010 – Criação dos primeiros motores elétricos automotivos;
 ...

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 20


HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

2010 – Motores com injeção direta e três cilindros


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 21
HISTÓRICO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS

A grande atração do stand da Ferrari no Salão de Pequim é a


nova F12berlinetta, mas a fabricante italiana também levou
para o evento o conjunto mecânico que será visto no próximo
Ferrari topo de linha, sucessor da Enzo.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 22
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
 Quanto ao combustível Usado:
 Quanto a admissão do combustível:
- Gasolina;
- Motores com carburação (Otto);
- Gasóleo;
- Motores com injeção (Diesel e
- Gás (Gás natural ou GLP); Otto).
- Oxigenados (álcool, éter, éster,
etc.)
 Quanto a preparação da mistura (ar
- Óleos pesados;
+ combustível):
- Carvão.
- Carburador;
- Injeção (na admissão);
 Quanto ao movimento do pistão:
- Injeção direta (na câmara de
- Alternativo (motores em geral); combustão).
- Rotativo (Wankel, Quasiturbine).
 Quando ao tipo de arrefecimento:
 Quanto ao sistema de refrigeração: - Sistema a água;
- A ar (natural ou forçado); - Sistema a ar.
- A água (termo sifão ou forçada).
 Quanto a injeção do combustível
 Quanto ao sistema de partida: no(s) cilindro(s):
- Direta;
- Por bateria (elétrico);
- Indireta, com câmara auxiliar.
- Por magneto.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 23
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

 Quanto à disposição dos cilindros:


- Em linha – 4, 6 ou 8 cilindros;
- Cilindros opostos – Volks e Boxer;  Quanto ao número de cilindros:
- Pistões opostos – motores delta para - Monocilíndricos;
lanchas; - Policilíndricos.
- Em estrela – motores para aviação;
- Em “V” – 6, 8, 12, 16 ou mais cilindros.  Quanto ao alimentação do ar:
- Em “W”; - Aspiração natural;
- Em “H”. - Sobrealimentado.

 Quanto à propriedade do gás na  Quanto ao ciclo de trabalho:


admissão: - Motor de dois tempos;
- Mistura a ar (Diesel); - Motor de quatro tempos.
- Mistura ar-combustível (Otto).

 Quanto à ignição:
- Ignição por centelha (ICE) – Motores
Otto, Wankel;
- Ignição por compressão (ICO) –
Motores Diesel.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 24


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

 Quanto à Aplicação:
• Estacionários: Destinados ao acionamento de máquinas
estacionárias, tais como, alternadores (geradores elétricos), para
geração de energia, máquinas de solda, bombas ou outras máquinas
que operam em rotação constante;
• Automotivo (veiculares): usado nos automóveis em geral, como
nos carros de passeio, caminhões, etc.;
• Industrial: utilizados nos processos industriais, como
escavadeiras, motoniveladoras, tratores em geral, caminhões fora
de estrada;
• Marítimos: aplicados nas embarcações (navios, rebocadores, etc.);
• Agrícolas: motores utilizados em tratores, máquinas agrícolas,
etc.;
• Aeronáuticos: máquinas usadas em aviões, mono e bimotores;
• Ferroviários: motores usados em locomotivas, diesel e elétricas.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 25


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Estacionários Automotivos Industriais

Marítimos Agrícolas Aeronáuticos


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 26
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

 Quanto à disposição dos cilindros:

Motores em linha
Motores Opostos ou
Horizontal ou Contraposto

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 27


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

 Quanto à disposição dos cilindros:

Motores em “V”
Motores Aeronáuticos

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 28


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Máquinas a Pistão Ciclos (Otto e Diesel):


Motores do Ciclo Otto
Motores que normalmente
são alimentados por gasolina,
álcool, gás liquefeito do
petróleo (GLP) ou gás
Natural (metano) e que tem a
ignição provocada por centelha
em uma vela.
Estes motores também são
conhecidos por motor de ignição
por centelha – ICE.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 29


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
O Ciclo de 4 tempos (motor de explosão – mistura
ar/gasolina):
1º.Tempo - Admissão

O êmbolo ou pistão ao
descer do PMS para o PMI, aspira a
mistura gasolina e ar para o cilindro
através da válvula de admissão que
se encontra aberta.
Ocorre meia volta do
virabrequim.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 30


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

O Ciclo de 4 tempos (motor de explosão – mistura


ar/gasolina):
2º. Tempo - Compressão

A válvula de admissão fecha-se,


o êmbolo sobe, do PMI para o PMS,
comprimindo a mistura de gasolina e
ar. Quando o pistão está no PMS a vela
salta uma faísca, o combustível se
espande na câmara de combustão.
Ocorre mais meia volta do
virabrequim.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 31


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

O Ciclo de 4 tempos (motor de explosão – mistura


ar/gasolina):
3º. Tempo - Expansão

A mistura inflamada pela


faísca da vela, explode, se espande e
empurra o êmbolo para baixo, ou seja,
do PMS para o PMI, percorrendo um
curso e produzindo trabalho mecânico
de movimentação do virabrequim.
Ocorre mais meia volta do
virabrequim.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 32


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

O Ciclo de 4 tempos (motor de explosão – mistura


ar/gasolina):
4º. Tempo - Escape

A válvula de escape abre-se,


o êmbolo sobe, do PMI para o PMS,
expulsando do cilindro os gases
resultantes do processo de
combustão.
Ocorre mais meia volta do
virabrequim.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 33


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
O Ciclo de 4 tempos (motor de explosão – mistura
ar/gasolina):
Ciclo completo – efetua duas rotações do virabrequim

Admissão Compressão Expansão Escape


Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 34
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

 Motor a dois tempos:


É um tipo de motor de
combustão interna ou motor a explosão
de tecnologia simples e robusta
utilizado em aplicações que requeiram
potências com baixo custo
(motorizadas, pequenos automóveis,
moto-serras, geradores elétricos
portáteis, modelos motorizados e
equipamentos semelhantes).
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 35
CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Motores de dois tempos:

1º. Tempo – Exaustão e Admissão

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 36


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Motores de dois tempos:

2º. Tempo – Compressão e Escape

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 37


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Vantagens e Desvantagens dos Motores de Dois Tempos

 Vantagens
O motor de dois tempos, com o mesmo
dimensionamento e velocidade de rotação (rpm), fornece
uma maior potência do que o motor de quatro tempos e o
torque é mais uniforme.
Outra vantagem é que não há necessidade de um
combustível e alta qualidade para o funcionamento do motor
de dois tempos em relação ao motor de quatro tempos.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 38


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Vantagens e Desvantagens dos Motores de Dois Tempos

 Desvantagens
Além das bombas especiais de exaustão e de carga,
com menor poder calorífico o consumo de combustível
relativamente do motor de dois tempos é elevado.
A carga calorífica é consideravelmente mais elevada
no motor de dois tempos do que em um motor de quatro
tempos.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 39


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES
Centelhamento
1. Admissão

2. Compressão
Admissão Exaustão
3. Explosão

4. Escape

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 40


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Motores do Ciclo Diesel:


Motores que são alimentados por óleo Diesel ou óleos
vegetais ou misturas (Blends) de diesel e biodiesel e que tem
a combustão iniciada por autoignição do combustível,
injetado no seio de uma massa de ar comprimida que se
encontra em uma temperatura superior à de autoignição do
combustível usado.
O combustível é injetado no interior da câmara de
combustão por meio de uma bomba de combustível mecânica
de alta pressão (injetora ou PT – Pressão x Tempo).

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 41


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Motores do Ciclo Diesel:

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 42


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 43


CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES

Motores do Ciclo Diesel:

1º. Tempo-Admissão 2º.Tempo-Compressão 3º.Tempo-Expansão 4º.Tempo-Escape


O êmbolo ao A válvula de admissão O combustível A válvula de escape
descer aspira ar para fecha-se e o êmbolo ao inflamado pelo ar que abre-se e o êmbolo ao
dentro do cilindro subir, comprime o ar, aqueceu explode e subir, expele do cilindro
através da válvula de aquecendo-o. O empurra o êmbolo para os gases de combustão.
admissão aberta. combustível é injectado. baixo.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 44
RETARDO NA IGNIÇÃO

Motores do Ciclo Diesel:

RETARDO DE IGNIÇÃO
EM MOTORES DIESEL
ICO

Início da
combustão

O melhor combustível
Diesel é aquele que
tem o menor retardo
de ignição.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 45


DIFERENÇAS ENTRE OS DOIS CICLOS DE
TRABALHO DE MOTORES
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA A PISTÃO
Diferenças Dois Tempos Quatro Tempos
Tempos x Ciclo Útil Uma volta do virabrequim Duas voltas do
virabrequim
Fator de tempos x=1 x=2

Mais simples;
Sistema mecânico Ausência de: válvulas e eixo de Mais complexo
comandos

Ruim;
Alimentação de Perda de mistura no escape;
Boa
combustível Presença de óleo lubrificante no
combustível durante a queima

Ruim;
Lubrificação Presença de combustível no óleo Boa
lubrificante
Fonte: BRUNETTI, 2012.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 46
DIFERENÇAS ENTRE TIPOS DE MOTORES – OTTO E
DIESEL
MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA A PISTÃO
Característica Ciclo Otto Ciclo Diesel
Tipo de Ignição Por centelha (Vela de ignição) Autoignição
Formação da Mistura No carburador Injeção
Relação ou Taxa de Mais baixas: Mais altas:
Compressão 6 até 8 : 1 16 até 20 : 1
São comprimidos uma mistura Somente ar é comprimido na
Compressão
de ar + combustível câmara de combustão
O ar é comprimido a mais
O ar é comprimido até atingir uma
Na Câmara de baixas pressões, a temperatura
temperatura acima da
Combustão atingida fica abaixo da de
temperatura de autoignição
autoignição
É injetado (quase no final da
Entra em ignição através de corrida do pistão, ou seja, no fim
Injeção de Combustível
uma faísca produzida pela vela da compressão) e entra em
autoignição
Aceita combustível menos “nobre”:
Tipos de Combustível Gasolina, álcool, gás natural. óleo Diesel, biodiesel ou gás
natural + 20% óleo Diesel
O calor entra a volume
Ciclo a Ar Ideal O calor entra a pressão constante
constante
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 47
CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Partes Principais de um Motor

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 48


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Partes Principais de um Motor

O bloco é a estrutura principal do motor, onde estão


agregados, entre outros, os seguintes elementos:
 Cabeçote;
 Cilindros e êmbolos (pistões);
 Árvore de manivelas;

O conjunto móvel ou de força do motor é formado pelas


bielas, êmbolos (pistões), anéis de segmento e árvore de
manivelas e tem a função de transformar os movimentos
retilíneos alternados dos êmbolos em movimento de rotação da
própria árvore de manivelas.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 49


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Principais de um Motor
Um motor, propriamente dito, é composto por um
conjunto de mecanismos capazes de transformar os
movimentos alternativos dos pistões em movimento rotativo
da árvore de manivelas, através da qual se transmite energia
mecânica aos equipamentos acionados, como, por exemplo, um
gerador de corrente alternada, chamado de alternador
(gerador elétrico).
Estes mecanismos se subdividem em:
 Componentes estacionários (fixos);
 Componentes móveis;
 Componentes auxiliares, externos ou acessórios.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 50


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
ÓRGÃOS PRINCIPAIS DOS MOTORES
ESTACIONÁRIO
MÓVEIS COMPONENTES AUXILIARES
(fixos)
Cabeçote Biela Velas
Bloco Camisa Bomba de óleo lubrificante
Seção dianteira Pistões ou êmbolos Bomba d’água
Seção traseira Eixo de manivelas ou virabrequim Bomba de combustível
Cárter Eixo de comandos de válvulas Mancais de escorregamento
Cilindro Válvulas Mancais de rolamentos
Injetores Damper
Conjunto de acionamento de
Motor de partida ou de arranque
válvulas
Volante Turbocompressor
Bicos injetores Regulador de velocidade
Coletor de admissão e de escape
Alternador
Carburador
Filtros de óleo combustível, de
lubrificante, de água e de ar
Distribuidor
Fonte: SANTOS, 2012.
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 51
CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Fixos

Cabeçotes

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 52


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Fixos

Blocos

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 53


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Fixos

Cárter

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 54


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Móveis

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 55


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Móveis

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 56


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Móveis

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 57


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Órgãos Móveis

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 58


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Componentes Auxiliares

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 59


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Componentes Auxiliares

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 60


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Componentes Auxiliares

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 61


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Componentes Auxiliares

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 62


CONSTITUIÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO
INTERNA
Componentes Auxiliares

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 63


REVISÃO

Assuntos da Aula

 Motores de combustão interna - introdução;


 Histórico das máquinas térmicas;
 Classificação dos motores;
 Diferenças entre os motores:
 De dois e quatro tempos;
 Ciclo Otto e Diesel;
 Constituição dos motores de combustão interna;
 Revisão.

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 64


AGRADECIMENTO

MUITO OBRIGADO!

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. 18/11/2014 65

Você também pode gostar