Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RELATÓRIO:
DESENVOLVIMENTO DO PROTOTIPO MOTOR STIRLING, “J.P.E.D.D”
JOÃO PESSOA – PB
DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO “J.P.E.D.D”
RESUMO:
Para o desenvolvimento do protótipo “J.P.E.D.D” foi utilizando o Motor Stirling como base
para o seu desenvolvimento. Tal motor pode ser descrito simploriamente como um ciclo
regenerativo constante, onde uma determinada massa gasosa ou liquida, é aquecida e
resfriada infinitamente, enquanto a fonte de calor que alimenta o sistema perdurar. Este ciclo
termodinâmico possibilita a construção de um motor que pode funcionar com qualquer tipo
de fonte de calor, em um sistema fechado dividido em duas câmaras comunicantes, sendo
uma quente e outra fria, a massa térmica aquecida transita pela câmara quente deslocando o
pistão até o ponto onde perde calor durante o seu percurso, sendo extraída pelo segundo
pistão presente na câmara fria, onde em seguida, é direcionado novamente para a fonte de
calor e assim reiniciando o seu ciclo. O relatório a seguir tem como finalidade fornecer uma
narrativa sobre todo o processo para a produção do protótipo, mostrando a versatilidade e as
aplicações em áreas diversificadas e reportar todos os benefícios e malefícios que envolvem a
utilização de um motor com este ciclo térmico.
INTRODUÇÃO:
A busca por uma forma de aproveitar cada vez mais os recursos energéticos que nôs são
oferecidos no mundo sempre foi de grande importância. Foi quando em 1816, um
engenheiro Escocês chamado de Robert Stirling desenvolveu um motor de combustão
externa conhecido como Motor Stirling, sendo capaz de transformar energia calorifica de
fontes diversas como carvão, combustível fóssil, biomassa, e etc, em energia mecânica,
desta forma contribuindo consideravelmente na busca pelo aproveitamento máximo das
matrizes energéticas. O motor Stirling poderá ser projetado utilizando tanto hidrogênio,
hélio, ou nitrogênio, todos com a mesma eficiência e temperatura de operação (MICHELS,
1975).
O principal motivo que levou Robert Stirling ao desenvolvimento deste novo ciclo foi a
procura de um substituto para os motores a vapor da sua época, os quais apresentavam baixa
eficiência energética, assim como riscos à segurança daqueles que os operavam. Tais
motores não podiam explodir, e produziam mais potência do que as maquinas a vapor da
época (FERNANDES, 2010).
Os motores a combustão interna estão fadados a entrar em desuso graças aos altos níveis
de poluição que eles geram e a baixa eficiência que eles apresentam, com isto em mente, a
ideia de utilizar motores Stirling parece cada vez mais viável, dado que o seu funcionamento
depende de uma fonte de calor que não necessariamente seja abastecida por fontes orgânicas.
Conforme Ferndnades e Sousa, 2010, corroborado por Silva, muito em breve, motores que
trabalham com combustão interna de alguns derivados do petróleo na forma líquida entrarão
em desuso por causa da viabilização do ciclo Stirling e outros ciclos (FERNANDES, 2010)
(SILVA et. al, n/a).
Fonte - Autoral
O motor Stirling vem sendo cada vez mais estudado para sua viabilização em gerar
energia elétrica, isso se dá pela sua alta eficiência se comparado com outros métodos,
principalmente quando se deseja uma outra solução para o uso de combustíveis fosseis
(SILVA et. al, n/a). Em ambientes onde se tem escassez de combustíveis a base de Petróleo,
o motor Stirling se destaca, pelo fator da sua flexibilidade com o uso de combustíveis.
A eficiência e algo muito importante quando abordamos o ciclo Stirling, pois apresenta
variações de acordo com a temperatura e a pressão presentes dentro no motor, tais variações
podem ser controladas de acordo com a qualidade dos trocadores de calor e da vedação
utilizada na sua produção. A eficiência deste motor pode alcançar uma faixa de 30 a 40%
de eficiência, enquanto opera numa faixa de 923 – 1073K com uma velocidade de operação de
2000 a 4000 RPM (CRUZ, 2012). Tais dados também podem variar de acordo com o tipo de
fluido de trabalho utilizado. Quando operado com Nitrogênio ou Ar, sua taxa de rendimento
fica limitada de 20 a 25% da potência fornecida se comparada ao hidrogênio ou hélio em um
sistema com as mesmas dimensões (MICHELS, 1975).
Tendo em vista a grande variação da eficiência do motor, Matnini (1971) e Clarke (1982),
desenvolveram uma fórmula para a seleção do mesmo; Onde:
Mesmo com a eficiência do motor variando bastante de acordo com o fluido de trabalho
utilizado, ele se encontra entre um dos ciclos térmicos com maior eficiência. Este possui uma
eficiência igual ao ciclo de Carnot, sendo está a mais alta eficiência entre os motores térmicos
(Hirata, 1995). Mesmo com tamanha eficiência, sua utilização se encontra limitada quando
comparada com as demais, mas com os diversos estudos recentes na área, isso poderá deixar
de ser o caso em breve.
MATERIAIS E METODOS:
• 1 (Uma) Roda de Inercia, para o protótipo, foi utilizado uma roda de carrinho
de supermercado.
Figura 5 –Roda de Inercia
Fonte – Autoral
• 1 (Uma) caldeira, utilizou-se uma lata de spray de tinta.
Figura 6 - Caldeira
Fonte - Autoral
• Agora, ligasse os arrames a roda de inercia, aos pistões e a mão francesa; e em seguida
nos posicionamos os pistões ligados aos arrames dentro dos canos; e por fim conectasse
uma das pontas da mangueira a nossa caldeira e a outra até a entrada do nosso sistema.
Fonte - Autoral
Figura 10 – Dimensionamento do Sistema
Fonte - Autoral
REFERENCIAS BIBLIOGRAIFACAS:
1. da Silva, Jonas Cordeiro, and Ronaldo Hoffmann. "O uso do ciclo Stirling no
aproveitamento de fontes térmicas."
2. FERNANDES, B.L.; SOUSA, R.P. Motor Stirling. Centro Universitário Salesiano
Campinas. Campinas. 2010
3. CRUZ, Vinícius G. Desenvolvimento Experimental de um Motor Stirling Tipo
Gama. Dissertação de mestrado. Universidade Federal da Paraíba. 2012.
4. MICHELS, A.P.J. The Philips Stirling engine: a study of its efficiency as a function
of operating temperatures and working fluids. IFCEO record. p. 1506- 1510. 1976.
5. HIRATA, K. Schmidt theory for Stirling Engines. Stirling Engine home page. Disponível
em: Stirling Engine Home Page -English- (bekkoame.ne.jp)
6. CLARKE M.A.; READER G.T.; TAYLOR D.R. Experiences in the commissioning of a prototype
20 kW helium charged Stirling engine. In: Seventeenth intersociety energy conversion
engineering conference. London. v. 829298. p. 1796–1800. 1983.