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Thermal machines play a crucial role as devices that convert thermal energy into
mechanical work, enabling the generation of electricity. Thermal machines are used
for various occasions making use of the most varied technologies. This work, therefore,
has as its objective the study of external burning gas turbines, a technology that is
under development, this turbine is used in cogeneration, because it can supply
electrical and thermal power. The work was done through a review of Al-attab and
Zainal (2014) and other references, an introduction was made about external
combustion gas turbines. The sources of thermal energy using externally driven gas
turbines (EFGT) were shown. Furthermore we see the different designs of high
temperature heat exchangers and the materials that can be used, we see problems
caused by corrosion and fouling in the heat exchanger. Finally we look at methods for
improving the efficiency of the cycle.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6
2 TECNOLOGIAS DA TURBINA A GÁS DE QUEIMA EXTERNA (EFGT) ............ 8
3 FONTES DE ENERGIA TÉRMICA UTILIZADAS PARA O CICLO EFGT ........... 9
3.1. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS PARA EFGT ...................................................... 9
3.2. COMBUSTÍVEIS NUCLEARES PARA EFGT .............................................. 11
3.3. BIOMASSA COMO COMBUSTÍVEL PARA EFGT....................................... 12
3.4. ENERGIA SOLAR CONCENTRADA (CSP) PARA EFGT ........................... 14
4 TURBINA A GÁS ............................................................................................... 15
4.1 TURBO COMPRESSOR BASEADO EM EFGT ........................................... 16
4.2 MICROTURBINA A GÁS BASEADO EM EFGT........................................... 17
4.3 TURBINAS A GÁS DE MÉDIA E GRANDE ESCALA BASEADO EM EFGT
19
5 SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DA TURBINA A GÁS ...................................... 19
6 TROCADORES DE CALOR DE ALTA TEMPERATURA (TCAT) ..................... 20
6.1 DIFERENTES DESIGNS DO TROCADOR DE CALOR DE ALTA
TEMPERATURA .................................................................................................... 21
6.2 CORROSÃO E INCRUSTAÇÃO NO TCAT (HTHE) .................................... 23
7 A MELHORIA DA EFICIÊNCIA DO CICLO EFGT ............................................. 26
7.1 RESFRIAMENTO INTERMEDIÁRIO, REGENERAÇÃO E CICLO
COMBINADO ......................................................................................................... 26
7.2 CICLO DE TURBINA A GÁS ÚMIDO OU EVAPORATIVO .......................... 27
7.3 CICLO HÍBRIDO DE CÉLULA DE COMBUSTÍVEL - TURBINA A GÁS ...... 29
8 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 31
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1 INTRODUÇÃO
Figura 1: Ciclos simples de turbinas a gás acionadas externamente. (KAUTZ; HANSEN, 2007)
última, depende da razão de pressão. Dessa forma, uma maior razão de pressão leva
a um aumento na temperatura de saída do compressor que, por consequência, gera
uma troca de calor menos eficiente, tendo em vista que, a temperatura dos gases de
combustão é limitada pelo material que está sendo usado no equipamento.
Observando o diagrama T-s, podemos ver que a diferença de temperatura na
troca de calor entre os pontos 5 e 3, denominada de Δ𝑇𝐻, e entre os pontos 6 e 2,
denominada de Δ𝑇𝐿, é um dos principais parâmetros para a otimização do projeto.
Geralmente, uma diferença pequena de temperatura irá melhorar a utilização de calor
e eficiência, porém, essa melhoria traz consigo a necessidade de um aumento no
tamanho do trocador de calor.
Como já citado anteriormente, o ciclo EFGT possui a capacidade de trabalhar
tanto em ciclo aberto com o ar como fluido de trabalho, como em ciclo fechado com
ar ou outro fluido que possui melhores propriedades termodinâmicas. Para a última
situação, deve ser acrescentado ao ciclo um resfriador de gás adicional, tendo como
objetivo, reduzir a temperatura do gás antes do mesmo entrar novamente no
compressor. Tendo essa nova configuração, o sistema passa a ser ideal para a
geração combinada de calor e energia, conhecida como CHP.
Alguns fluidos que geralmente são utilizados no ciclo fechado EFGT são: hélio,
nitrogênio e o dióxido de carbono.
queima direta apresentam uma baixa confiabilidade e baixa vida útil em comparação
com as usinas de queima externa de ciclo fechado.
No final da década de 1930 se deu início ao uso do ciclo fechado EFGT. Houve
nesse período, a instalação da usina Escher Wyss em Zurique, a usina tinha uma
capacidade de 2,3 MWe. A turbina operava tendo o ar como fluido de trabalho, e a
temperatura na entrada da turbina era de 660°C. Os combustíveis utilizados eram o
carvão pulverizado, o óleo entre outros. Essa usina tinha um ciclo fechado EFGT de
cogeração de energia elétrica e calor, EFGT-CHP, ela fornecia energia elétrica e
térmica para as pequenas indústrias e edifícios de Ravensburg, na Alemanha. A usina
tinha uma alta confiabilidade, sendo a mesma superior a 110.000 horas de operação.
Na década de 1960, mais avanços na área do ciclo fechado EFGT foram
desenvolvidos. Entre esses avanços, uma turbina a gás de queima externa de ciclo
fechado que trabalha a hélio foi desenvolvida nos Estados Unidos, tendo como intuito,
conduzir uma instalação criogênica para liquefação de gás, sem qualquer geração de
energia de saída. Além disso, foram desenvolvidas três usinas de energia de ciclo
fechado EFGT – CHP na Alemanha, trabalhando com ar como fluido de trabalho e
operando principalmente a partir de carvão pulverizado. As usinas forneceram 6,6
MWe e 16 MWth (Coburg), 13,7 MWe e 28 MWth (Oberhausen), 6,4 MWe e 7,6 MWth
(Haus Aden) de energia elétrica e térmica, respectivamente.
No ano 1967, um ciclo EFGT-CHP maior foi desenvolvido para fornecer 12,25
MWe e 29 MWth para a usina siderúrgica em Gelsenkirchen, a planta por sua vez
possuía alimentação por gás de alto forno com óleo combustível adicional,
dependendo da disponibilidade do gás combustível.
Em 1995, um protótipo de EFGT de ciclo fechado foi desenvolvido na Grã-
Bretanha. Esse funcionava com gás natural como combustível, e como fluido de
trabalho, usava nitrogênio com 2% de oxigênio. A planta incluía um HTHE avançado
que elevava a temperatura do gás até 1000 ºC. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos
decorria o programa de combustão 2000 sob o departamento de energia que se deu
início no ano de 1992. O programa tinha o objetivo de utilizar carvão pulverizado para
geração de energia limpa. Dentro dessa ideia, dois sistemas foram propostos, uma
usina a vapor com caldeira de baixa emissão e um ciclo combinado de queima
externa.
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Figura 2: Diagrama de processo simplificado do EFGT com entrada de energia solar (KAUTZ;
HANSEN, 2007).
Para unidades de porte maiores torres solares são mais adequadas, porém
para unidades de porte menores, coletores parabólicos são aptos. Os biocombustíveis
podem ser usados para compensar as deficiências solares e a variação diurna, sendo
assim, o sistema dependerá totalmente de recursos energéticos renováveis.
Uma análise diferente pode ser feita ao utilizar de forma completa a energia
solar no EFGT sem adicionar combustíveis fósseis. Em 1992, foram realizados os
primeiros estudos acerca do ciclo combinado EFGT movido a energia solar. O estudo
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foi realizado por Fraidenraich et al. Peng et al. E foi estudado que o aumento da
eficiência da usina solar pode ser dada a partir do uso do ciclo combinado com o ciclo
EFGT como ciclo topping e o ciclo Kalina de vapor de amônia como ciclo de bottoming.
Já Kribus analisou que podemos exercer a eficiência do ciclo combinado utilizando o
ciclo triplo com magneto-hidro-dinãmico, MHD, como ciclo superior, o EFGT como
ciclo intermediário e o vapor como ciclo inferior.
4 TURBINA A GÁS
Média escala: geralmente são de tipo fluxo axial aero derivativas ou uma
combinação de arranjo de fluxo radial e axial com potência de saída de menor
que 100MWe;
Grande escala: também chamada de turbinas industriais, possuem
componentes de fluxo axial com potência de saída superior a 100MWe. A
seguir, serão vistas as principais turbinas de gás usadas com a utilização do
sistema queima externa.
Existem também turbinas a gás com sistema de queima externa que possuem
médios e grandes tamanhos. Neste caso, a potência elétrica da turbina é superior a
1MWe. Existiam na Alemanha 5 usinas que usavam turbinas a gás de queima externa
com potência entre 2 e 17 MWe.
Há ainda alguns motores de aviação de turbinas a gás que foram modificados,
com potência elétricas de 1,8 MWe, 5MWe e 10 Mwe. Esses motores são abastecidos
por biomassa, e são EFGT. Um dos modelos desse tipo de turbina que podemos citar
é a turbina a gás KG 2-3, a turbina possui uma potência elétrica de 2MWe, é de
cogeração e é alimentada por biomassa.
Sistema EFGT:
Combustão Atmosférica;
Pode operar com a maioria dos combustíveis fósseis líquidos e gasosos;
Pode utilizar combustíveis sólidos sem a necessidade de sistema de limpeza;
Mais fácil de trocar entre os diferentes tipos de combustíveis;
Não são necessários equipamentos de injeção e compressão de combustível;
Menor temperatura de entrada na turbina;
Sistema DFGT
Combustão pressurizada;
Pode operar com a maioria dos combustíveis fósseis líquidos e gasosos;
Necessita de limpeza adicional e sistema de pré-tratamento para operar com
combustíveis sólidos;
Não pode mudar entre diferentes tipos de combustíveis sem modificações no
sistema;
Necessita de equipamentos de injeção e compressão de combustível;
Maior temperatura de entrada na turbina.
Nas primeiras usinas de ciclo EFGT a alimentação era por carvão e, possuíam,
aquecedores de ar idênticos com duas câmaras. Nesse tipo de usina, na primeira
câmara eram encontrados feixes de tubos de radiação, alinhados nas paredes da
câmara com a chama direcionada verticalmente do topo para baixo da câmara. A
segunda câmara, por sua vez, também era vertical e o fluxo de gás quente ficava em
contato direto com os passes dos feixes de tubos de forma cruzada. A figura 6
apresenta um dos projetos das usinas que eram usadas antigamente na Alemanha.
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Figura 6: Planta de potência EFGT alimentada por carvão antigamente na Alemanha (AL-ATTAB;
ZAINAL, 2014).
Figura 7: Fornalha alimentada por carvão para EFGT do MA754 (AL-ATTAB; ZAINAL, 2014).
A partir desses estudos, foi concluído por Al-attab e Zainal (2014), que por
causa dos custos do trocador de calor de alta temperatura cerâmico, o mesmo tem
um maior período de retorno monetário, bem como, possui um maior nível de riscos
técnicos. O último modelo se mostrou mais econômico para os casos considerados e
simulações com o período de payback, retorno financeiro, para as situações que
demandam as mais baixas faixas de calor nos processos.
Alto custo;
A dificuldade de prover propriedades uniformes do material para comprimentos
estendidos, usando métodos de produção convencionais, diminuindo assim a
confiabilidade do trocador de calor de alta temperatura;
A dificuldade de prover juntas de vazamento, especialmente a pressões
elevadas;
A carência de informações em propriedades mecânicas, para comprimentos
estendidos e formas complicadas que não são padronizadas;
A carência de dados experimentais de longa data sobre o comportamento do
material, para pressões elevadas e temperaturas com gases corrosivos, cinzas
e partículas que se encontram à deriva.
O trocador de calor metálico, por sua vez, possui alguns pontos que podem ser
levados em consideração, entre eles:
Vantagem:
Desvantagens:
Diante de tudo que foi abordado, é possível observar que o trocador de casco
e tubo é mais indicado que o de placa, devido aos problemas de entupimento e
incrustações que podem ocorrer, mesmo o trocador de placa apresentando uma
melhor troca de calor. O trocador de calor do tipo placa, pode melhor ser usado em
casos de trocador de calor de alta temperatura de segundo estágio com gases de
combustão menos contaminados de cinzas.
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Para a maioria dos ciclos simples do motor térmico, o aprimoramento pode ser
feito através do aumento da eficiência do ciclo, da potência do ciclo ou de ambos.
Uma das primeiras e mais eficientes formas de realizar o aumento da eficiência do
ciclo, é mediante o uso da saída térmica do ciclo, porém, essa forma é limitada pela
demanda local de energia térmica. Todos os ciclos EFGT de ciclo fechado citados são
plantas de cogeração, CHP, além disso a maioria da geração distribuída de EFGT são
unidades de CHP. Sendo assim, existem algumas formas de melhorar a eficiência do
ciclo EFGT, essas formas serão apresentadas a seguir.
O programa de combustão 2000 nos EUA, tem como objetivo desenvolver uma
usina de 300 MWe EFCC com uma eficiência de ciclo na faixa de 47 a 50%.
Um estudo feito, investigou um EFCC de 1 MW que era alimentado por
biomassa. O gás do produtor da gaseificação da biomassa era utilizado como
combustível e o ar quente do EFGT era utilizado no forno, enquanto os gases de
combustão quentes, após o trocador de calor de alta temperatura, eram introduzidos
em um gerador de vapor de recuperação de calor. Esse estudo mostrou que os dois
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1. EFGT simples;
2. EFGT com injeção de vapor;
3. EFGT evaporativo (este obteve maior eficiência com menor irreversibilidade).
Stirling é mais adequado para escalas abaixo de 100 kWe, com eficiência atingindo
até 60%, enquanto o MCFC-EFGT alcança uma maior eficiência, chegando até 65%
e uma maior potência de saída.
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8 REFERÊNCIAS
AL-ATTAB, K.A.; ZAINAL, Z.A.. Externally fired gas turbine technology: A review.
Applied Energy. Penang, p. 474-487. 2014
KAUTZ, Martin; HANSEN, Ulf. The externally fired gas turbine (EFGT-cycle) and
simulation of the key components. 2002. 10f. Institute for Energy – and
Environmental Tecnhology, University of Rostock, Rostock, Germany. 2002.