Você está na página 1de 3

O ciclo Brayton foi proposto pela primeira vez por George Brayton, por volta de 1870, para o

motor alternativo de queima de óleo e tem sido amplamente utilizado em usinas de energia e
aviões desde então (KAUSHIK et al., 2017).

Os ciclos Brayton são capazes de operar em temperaturas muito mais altas do que o ciclo
Rankine, aumentando, portanto, as eficiências térmicas potenciais (DUNHAM; IVERSON, 2014).

O ciclo-padrão a ar ideal utilizado para análise de turbinas a gás recebe o nome de ciclo
Brayton, em homenagem a George Brayton que em 1870 patenteou um motor alternativo no
qual a combustão ocorria a pressão constante, sendo este tipo de configuração depois
utilizado em turbinas a gás (ÇENGEL e BOLES, 2006). O ciclo Brayton ideal é composto por
quatro processos, que podem ser visualizados na Figura 1.1:

Processo 1-2: compressão adiabática isentrópica;

Processo 2-3: adição de calor a pressão constante;

Processo 3-4: expansão adiabática isentrópica;

Processo 4-1: rejeição de calor a pressão constante.

O fato do ciclo Brayton ser modelado com um processo de adição de calor a partir de uma
fonte externa e um de rejeição de calor para o ambiente obviamente 3 faz com que seja
também utilizado em análises de turbinas a gás que operam em ciclo fechado. Este tipo de
configuração tornou-se mais popular com o advento dos reatores nucleares, sendo que a
diferença deste para um ciclo aberto reside no fato de que o fluido de trabalho não entra em
contato com o combustível e, portanto, não havendo mais a necessidade de ser descartado
para a atmosfera o ar pode completar um ciclo termodinâmico rejeitando calor para um
reservatório a baixa temperatura.
De maneira geral, as turbinas a gás, além de serem comumente usadas para geração
estacionária de potência, são de grande utilidade para aplicações na área de transporte devido
a apresentarem uma vantajosa relação entre alta potência gerada e baixo peso de maquinário,
sendo utilizadas tanto em propulsões de aeronaves quanto em plantas de potência marítimas.

Outras características a seu favor são a alta confiabilidade, maior duração da vida do sistema,
versatilidade, e um tempo de partida muito mais curto, quando comparado a plantas de
potência a vapor d’água. Isto as torna ideais para atender demandas de pico ou providenciar
potência em situações de emergência, já que podem entrar em operação de carga máxima em
apenas alguns minutos, enquanto uma planta a vapor levaria horas. A sua desvantagem
provém do fato de que uma considerável parte da potência gerada pela turbina, que pode
variar entre 40 a 80%, é necessária para o funcionamento de compressor, com esta relação
tornando-se cada vez maior quanto mais significativa as irreversibilidades presentes nestes
processos de expansão e compressão.

A máxima temperatura do ciclo ocorre no final do processo de combustão (estado 3);

✦A máxima temperatura é limitada pela resistência do material das palhetas (1700 K, valor
atual);

✦Essa restrição também limita a razão máxima de pressão;

✦Para uma temperatura T3 fixa na entrada da turbina, o trabalho líquido cresce, passa por um
máximo e depois decresce

Vantagens

– Turbinas a gás tendem a ser mais compactas, isto é, tem uma maior razão potência/peso (até
70% em relação a outros motores). Por isso, elas são adequadas para sistemas de transportes
como aviões, navios e até mesmo transporte terrestre.

– Partida e parada mais rápidas.

– Tempo de resposta baixo.

– Equipe de operação e manutenção reduzida.

– Consome menos matéria prima na fabricação.

– Menor custo.

– Produz menos vibração.

– (Quase) não requer água de resfriamento

Desvantagens

– Menor potência específica.

– Menor eficiência.
– Menor vida útil.

– Mais sensível à qualidade do combustível.

– Muitos componentes sob alta tensão mecânica.

– Ruído de alta frequência.

– Necessidade de grande quantidade de ar.

– Produção de grande quantidade de gases quentes (objetivo).

– Não pode ser consertado na planta.

Referencias:

Máquinas Térmicas Turbinas a Gas, Jurandir Itizo Yanagihara

OTIMIZAÇÃO DE UM CICLO BRAYTON IRREVERSÍVEL COM REGENERAÇÃO, INTER-


RESFRIAMENTO E REAQUECIMENTO. Vitor Pereira Repinaldo

https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-o-ciclo-de-brayton-motor-de-turbina-
a-gas-definicao/

Você também pode gostar