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RAIZEN ENERGIA S/A – UNIDADE COSTA PINTO

PROGRAMA GERAÇÃO RAIZEN

ESTABILIDADE NO CONTROLE DE
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

JOSÉ ROBSON CHITOLINA


RAFAEL FURLAN PENATTI

Piracicaba - SP
Agosto – 2014
RAIZEN ENERGIA S/A – UNIDADE COSTA PINTO
PROGRAMA GERAÇÃO RAIZEN

ESTABILIDADE NO CONTROLE DE
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

JOSÉ ROBSON CHITOLINA


RAFAEL FURLAN PENATTI

Mentores:
DANILO CARLOS AURELIANO
RAFAEL MORAES PANTOJO

Trabalho de formação apresentado ao Programa


Geração RAIZEN - PGR, como parte dos
requisitos para conclusão do treinamento

Piracicaba - SP
Agosto – 2014
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos aos nossos familiares pelo apoio nos momentos de


dificuldades e pela motivação para continuar lutando pelos nossos sonhos.

Agradecemos a Raízen e todas as pessoas envolvidas no programa “Geração Raízen”


pela oportunidade de participar e sermos vistos como futuros potenciais para a companhia.
CHITOLINA, J. R. e PENATTI, R. F. Estabilidade no Controle de Geração de Energia
Elétrica. 2014. 15f. Trabalho de conclusão de curso (Programa Geração RAIZEN), RAIZEN
Energia S/A – Unidade COSTA PINTO, Piracicaba - SP.

Autores: José Robson Chitolina


Rafael Furlan Penatti
Mentores: Danilo Carlos Aureliano
Rafael Moraes Pantojo

RESUMO: Devido ao aumento da concorrência no setor sucroalcooleiro, a busca por redução


de custo tornou-se constante e necessária. Uma dentre as principais opções de tornar
economicamente viável o negocio, foi a utilização da biomassa acumulada durante a safra,
como fonte geradora de energia. Esse trabalho está sendo desenvolvido na empresa RAIZEN
Energia S/A – Unidade Costa Pinto, com o objetivo de atuar nos sistemas de controle
automáticos dos equipamentos envolvidos no processo de cogeração de energia, como por
exemplo, nas turbinas a vapor que são acopladas aos geradores e assim obter melhor
desempenho operacional, além de retornos financeiros relevantes. As análises foram realizadas
através de históricos provenientes do sistema de supervisão e controle, onde foi detectada uma
oportunidade de amenizar os níveis de oscilação no controle de carga dos geradores,
implantando a logica “fuzzy”. Os resultados têm mostrado que, com a possível implantação da
ferramenta, as constantes instabilidades do sistema poderiam ser efetivamente convertidas em
consideráveis retornos financeiros.

Palavras–chave: Cogeração de energia; sistemas de controle; fuzzy.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2. OBJETIVO ......................................................................................................................... 2
3. EQUIPAMENTOS ............................................................................................................. 3
3.1. Gerador de Vapor (Caldeira) ....................................................................................... 3
3.2. Gerador de Energia ...................................................................................................... 4
3.3. Processo de Cogeração de Energia .............................................................................. 5
3.4. Capacidade de Geração e Exportação de Energia ....................................................... 6
4. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE ......................................................... 7
4.1. CLP – Controlador Lógico Programável ..................................................................... 7
4.2. EGCP-3 ........................................................................................................................ 7
4.3. Regulador 505.............................................................................................................. 8
5. CONTROLE DE CARGA DOS GERADORES ............................................................... 9
5.1. Controle PID ................................................................................................................ 9
5.2. Lógica Fuzzy .............................................................................................................. 10
5.3. Proposta para alteração no sistema de controle ......................................................... 11
6. RESUTADOS .................................................................................................................. 11
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 15
8. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 16
1. INTRODUÇÃO

A cana de açúcar, originariamente do sul e sudeste asiático, passou a ter um papel muito
importante na economia mundial depois da descoberta de seu potencial, como matéria prima
para a produção de açúcar e posteriormente do álcool.

Após a ascensão de sua produção e juntamente com a expansão marítima entre os


continentes, a cana de açúcar se espalhou pela América central e do sul, como Brasil, Cuba,
México, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, no inicio do século XVI.

Com o tempo, a cultura mostrou seu poder no Brasil e chamou a atenção da economia
interna, ganhando força e, tendo o apoio para que novos engenhos e lavouras fossem criados.
A partir do momento em que a demanda por açúcar na Europa aumentou, os engenhos passaram
a ser visto de outra forma, como uma potencial fonte de riqueza. Consequentemente, não
somente a demanda por açúcar aumentou, como também o inicio de uma concorrência interna
no país para a fabricação e novas tecnologias foram necessárias para atender o que se esperava.

No decorrer do tempo, após a estabilidade das indústrias sucroalcooleiras, notou-se que


era necessário reduzir os custos e/ou aproveitar as oportunidades de melhorias para se manter
competitivos no mercado. Foi então que surgiu a ideia de reaproveitar a quantidade excessiva
de bagaço acumulado durante a safra para gerar energia. Utilizar a pressão proveniente das
caldeiras para mover turbinas de geradores de energia elétrica e depois retornar a pressão para
a linha de vapor dos equipamentos convencionais da indústria. Inicia-se então uma nova fase
para o setor sucroalcooleiro: A cogeração de energia.

Analisando e atuando com maior ênfase nos sistemas de geração de energia, nota-se que
há a oportunidade de melhoria em controles automáticos de seus principais equipamentos, como
por exemplo, nas turbinas a vapor que são acopladas aos geradores. Assim é possível obter
melhor desempenho operacional, além de retornos financeiros relevantes.

2. OBJETIVO

2
Atuar no sistema de geração de energia, a fim de estabilizar o controle de carga
substituindo o controle PID do EGCP-3 por uma lógica Fuzzy a ser implantada no CLP.

3. EQUIPAMENTOS

Nesse capítulo serão apresentados os equipamentos envolvidos no processo industrial


de Cogeração de Energia na Usina Costa Pinto.

3.1. Gerador de Vapor (Caldeira)

Gerador de vapor, mais conhecido como Caldeira, trata-se de um equipamento de


grandes dimensões onde a água é aquecida e transformada em vapor. Na unidade estão
instaladas duas Caldeiras com capacidade para atender todo o processo industrial.

Figura 1: Caldeira AT-SD-275


Fonte: Dedini indústrias de base, 2008

Trata-se de Caldeiras do tipo Aquatubular, onde a água é escoada por tubos contidos em
uma parede d’água que cercam toda a fornalha, local onde é realizada a queima do bagaço. A
água vai para o tambor de vapor, de onde sai o vapor saturado que passará por dois
superaquecedores e será transformado em superaquecido.
A seguir, na tabela 1, são apresentados dados referentes à caldeira.

3
Caldeira AT-SD-275
Produção de Vapor 275000 kg/h
Temperatura do Vapor 515 °C
Pressão de Operação do Vapor 67,3 kgf/cm²
Combustível Principal Bagaço de Cana
Tabela 1: Dados da Caldeira AT-SD-275
Fonte: Dedini indústrias de base, 2008

Como podemos observar acima, o vapor superaquecido sai do tambor de vapor com 67
kgf/cm² e temperatura de 515°C. Esse vapor é utilizado para mover as turbinas a vapor dos
geradores de energia instalados.

3.2. Gerador de Energia

Os geradores de energia como o próprio nome diz são equipamentos responsáveis por
gerar energia elétrica. Trata-se de um equipamento que possui bobinas com várias espiras
imersas em um campo magnético produzido por imãs. Quando se introduz neste campo
magnético um eixo com movimento de rotação, é induzida nos condutores uma força a qual
chamamos de eletro motriz, transformando energia mecânica em elétrica.
O equipamento responsável pelo movimento do eixo é a turbina a vapor, onde o vapor
gerado na Caldeira é admitido para dentro da máquina proporcionando o movimento, ou seja,
convertendo energia potencial termodinâmica em trabalho mecânico.

Figura 2: Turbina
No caso da Costa Pinto, estão instaladas três turbinas com duplo estágio (alta pressão e
baixa pressão) conforme ilustrado na Figura 2, onde duas turbinas são de contra pressão (BTE-

4
50) e uma de condensação (CTE-50). As turbinas de contra pressão possuem uma extração de
vapor de 21 kgf/² e escape de 1,5 kgf/², já na turbina de condensação a extração é de 1,5 kgf/cm²
e no seu escape é liberado vapor condensado (água).

3.3. Processo de Cogeração de Energia

O processo de cogeração de energia é realizado de acordo com o esquema ilustrado na


figura 3:

Figura 3: Processo do Vapor

Sendo que cada classe de pressão tem sua funcionalidade:

 67 kgf/cm² - Usado para mover as turbinas dos geradores de energia.


 21 kgf/cm² - Usado para mover as turbinas das moendas e as turbo bombas de
água instaladas em diversos setores da usina.
 1,5 kgf/cm² - Usado nos processos de fabricação de açúcar e etanol.

Além disso, todo esse processo é controlado automaticamente com o auxílio de válvulas
condicionadoras, a fim de proporcionar um equilíbrio em toda planta industrial.

5
3.4. Capacidade de Geração e Exportação de Energia

Cada gerador tem capacidade de gerar 31,25 MW/h, porém estão limitados via lógica
de programação de acordo com a necessidade da planta instalada. Os geradores 1 e 2 estão
limitados a 27 MW/h e o gerador 3 está limitado a 25 MW/h.
A figura 4 mostra o esquema instalado na Costa Pinto para geração e exportação de
energia.

Figura 4: Esquema de geração e exportação


de energia elétrica – Costa Pinto

O consumo de energia elétrica da usina é de aproximadamente 13 MW/h e o contrato


com a companhia distribuidora é limitado a 55MW/h (27,5 MW/h em cada Transformador),
totalizando aproximadamente 68 MW/h quando se tem geração máxima.

6
4. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE

Na sequência serão apresentados os principais equipamentos responsáveis pelo controle


dos geradores de energia.

4.1. CLP – Controlador Lógico Programável

Trata-se de um equipamento de alto desempenho e que tem a função de controlar


determinados processos industriais através do recebimento de dados (Inputs) por meio de suas
entradas, sejam elas analógicas ou digitais.
Esses dados são recebidos, armazenados e tratados de forma que o CLP (Figura 5)
aplique os resultados aos seus terminais de saída.

Figura 5: Controlador Lógico Programável


Fonte: ISG INFOVISION, 2014

Um controlador lógico programável é geralmente usado em controle de processos com


grande volume de dados e/ou em aplicações que exijam um alto nível de desempenho.
Nos geradores de energia da Costa Pinto são utilizados dois CLP’s modelo S7-400 que
trabalham em redundância proporcionando alta disponibilidade e segurança intrínseca. A
comunicação entre o computador de supervisão do processo e o CLP é feita através de um
módulo de comunicação Industrial Ethernet.

4.2. EGCP-3

O EGCP-3 (Figura 6) é um equipamento muito utilizado em sistemas de geração de


energia de médio e grande porte. Oferece funções como controle de carga automático,

7
utilizando um bloco PID interno, monitoramento, sincronismo e proteções que abrangem todo
sistema de geração de energia.

Figura 6: EGCP-3
Fonte: WOODWARD [1], 2014

Para o controle de geração e exportação estão instalados dois modelos:


- LS: Monitora as cargas e cada gerador (Stand-Alone).
- MC: Monitora as cargas dos transformadores de exportação (Controle máster).

4.3. Regulador 505

O Regulador de velocidade 505 (Figura 7) é o responsável pelo controle de velocidade


da turbina a vapor acoplada ao gerador de energia.

Figura 7: Regulador 505


Fonte: WOODWARD [2], 2014

O Regulador 505 atua, por intermédio de um conversor eletro-hidráulico (CPC), nas


válvulas de entrada de vapor, fazendo com que elas modulem de acordo com a carga pedida,
ou seja, o bloco PID do 505 envia um sinal através de uma saída analógica ao CPC que converte
esse sinal (4 à 20mA) em pressão de óleo para mover as válvulas de entrada de vapor. Esse
controle também é utilizado no controle de extração.

8
5. CONTROLE DE CARGA DOS GERADORES

Um sistema supervisório é a ferramenta usada para monitorar e manipular todos os


dados referentes ao processo de geração de energia. Dessa forma o valor da carga a ser gerada
é informa ao CLP por intermédio do supervisório. O CLP por sua vez retransmite esse valor ao
EGCP-3 onde é executado o controle PID.
O controle PID gera uma saída que é enviada através de sinal analógico ao regulador
505 que atuará no controle de velocidade da turbina de modo a fazer com que ela trabalhe na
rotação necessária para gerar a carga pedida.

5.1. Controle PID

O controle PID é um controle comumente usado em processos industriais e as siglas


significam Proporcional, Integral e Derivativo. Normalmente a esse tipo de controle são
atribuídas três variáveis: PV (Variable Process – Variável de Processo), SP (Set Point – Ponto
Definido) e MV (Manipulated Variable – Variável Manipulada).

Figura 8: Bloco PID

A diferença entre o valor da PV e do SP é denominado Proporcional, ou seja, o controle


PID lê essa diferença (erro) e aplica o ganho proporcional a variável de saída (MV). A
componente Integral é responsável por somar o valor do erro ao longo do tempo, aumentando
o tempo de resposta e conduzindo o erro ao estado estacionário à zero. Se a PV aumenta
rapidamente a componente derivada faz com que a MV diminua, também a fim de conduzir
o erro à zero.
Por mais que esse método de controle consiga amenizar os níveis de oscilação do
sistema, dificilmente conseguirá eliminá-los definitivamente.

9
No controle de carga dos geradores o PID existente no EGCP-3 lê a carga gerada e
compara com o Set Point, gerando um sinal de saída (4 a 20mA) que é enviado ao regulador
505 pra que o mesmo manipule, por intermédio do CPC, as válvulas de admissão da turbina,
controlando a entrada de vapor.

5.2. Lógica Fuzzy

Ao contrário da Lógica convencional a Lógica Fuzzy ou Lógica Difusa traz uma teoria
de que os valores de um determinado conjunto podem pertencer a outro conjunto, vejamos um
exemplo:
- Objeto Barato: Menor ou igual a R$ 10,00.
- Objeto Caro: Maior que R$ 10,00.
Se tivermos dois objetos onde um custa R$ 9,99 e outro custa R$ 10,01, em uma lógica
convencional eles pertenceriam a classes diferentes, porém na realidade fica difícil dizer que
eles não pertencem à mesma classe, pois estão muito próximos. Já na Lógica Fuzzy é possível
considerar através de um determinado grau de pertinência, que ambos estão praticamente na
mesma classe.
A Lógica Fuzzy tem a proposta de atuar nos sistemas de controle exercendo uma função
onde houvesse um “Expert” (Operador) atuando nos principais Set Points de controle, ou seja,
como se fosse possível prever que determinada variável iria oscilar ou iria mudar de valor, dessa
forma eliminando a necessidade da MV modular tantas vezes a ponto de gerar oscilações e
distúrbios nas variáveis a serem controladas. Trazendo para a prática, essa lógica consegue ler
não apenas uma PV, mais várias outras, adotando uma como prioritária. A intenção de se
monitorar mais variáveis é justamente modelar o sistema, para que ele entenda o processo como
um todo e mantenha o controle totalmente estável.

Figura 9: Bloco Fuzzy

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5.3. Proposta para alteração no sistema de controle

A proposta desse trabalho é substituir o controle PID realizado no EGCP 3 por uma
lógica Fuzzy a ser implantada no CLP, pois como vimos trata-se de uma ferramenta muito mais
estável e que deixará o controle mais suave, evitando oscilação de carga e consequentemente
deixando de perder energia toda vez em que o PID detecta um erro entre o Set Point pedido e a
carga efetivamente gerada no momento.
Para isso a intenção é incorporar no bloco “Fuzzy” outras varáveis como, vazão de vapor
do momento, rotação da turbina, pressão de óleo P1, de forma a criar uma condição em que o
controle entenda os principais fatores que interferem no controle de carga e assim mantenha-o
o mais estável possível.

6. RESUTADOS

Para avaliar o quanto poderá ser ganho com a implantação da lógica Fuzzy, foi extraído
dados de processos de um dia escolhido aleatoriamente e com uma geração nominal de energia
no ano de 2014.

Nos gráficos abaixo, pode-se notar o quanto oscila o controle de carga dos geradores
de energia.

Gráfico 1: Controle de Carga


Gerador 01 (Dia 20/05/2014)

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Gráfico 2: Controle de Carga
Gerador 02 (Dia 20/05/2014)

Gráfico 3: Controle de Carga


Gerador 03 (Dia 20/05/2014)

Pensando em eliminar essa oscilação, aplicando-se a lógica Fuzzy, foi monitorada


minuto a minuto a diferença entre a carga real (PV) e a carga estabelecida pelo operador (SP).
Ao final do dia foram contabilizadas essas diferenças de modo a avaliar o quanto se perdeu.
Dessa forma é possível afirmar que se a lógica Fuzzy estivesse sendo utilizada teríamos
os seguintes dados.

Energia não gerada por Dia Energia não gerada por Dia Energia não gerada por Dia
TG 01 (MW) TG 02 (MW) TG 03 (MW)

8,32 7,90 6,28


Tabela 2: Energia não gerada

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Considerando, através de históricos, que o consumo médio da unidade Costa Pinto é de
aproximadamente 20% de toda a energia gerada, obtemos os seguintes resultados.

Energia não gerada por


Dia (MW)
22,50
Energia não vendida por
Dia (MW)
18,00

Reais / Dia R$ 4.230,00

Reais / Mês R$ 126.900,00

Reais / Safra R$ 930.600,00


Obs: MW = R$ 235,00 (Contrato Costa Pinto)
Tabela 3: Resultados Obtidos

Assim pode-se considerar que se o processo não sofresse nenhuma oscilação, o ganho
ideal seria de aproximadamente R$ 930.600,00 em uma safra. Porém como se trata de um
controle onde é priorizado o atendimento ao processo, há momentos em que o mesmo demanda
um consumo acima da capacidade de extração das turbinas, gerando oscilações. São nesses
momentos em que ocorre o desvio de uma quantidade de vapor através das válvulas
condicionadoras, ou seja, esse vapor não será convertido em energia elétrica.
Esses momentos de abertura das condicionadoras foram monitorados no mesmo dia em
que foram analisados os controles de carga da turbina.

Gráfico 4: Abertura das Válvulas Condicionadoras


(Dia 20/05/2014)

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Depois de contabilizada a vazão que passou pela válvula condicionadora durante o dia,
chegou-se a conclusão que dos 18 MW deixados de serem vendidos, aproximadamente 10 MW
foram provenientes da abertura das válvulas condicionadoras, ou seja, aproximadamente 55%,
portanto temos um ganho real bem próximo de:

Energia não vendida por


Dia (MW)
10,00

Reais / Dia R$ 2.350,00

Reais / Mês R$ 70.500,00

Reais / Safra R$ 517.000,00


Obs: MW = R$ 235,00 (Contrato Costa Pinto)
Tabela 4: Resultados Obtidos

De acordo com um orçamento feito com uma determinada empresa de automação, a


mesma estimou um custo de R$ 220.000,00 para efetuar as devidas alterações e programações
no sistema de controle da unidade, portanto teríamos um pay-back de aproximadamente Três
Meses.

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7. CONCLUSÃO

Considerando a necessidade e busca por melhores e mais eficazes métodos de controle


para os equipamentos, destacamos o nosso interesse para que a lógica “Fuzzy” seja testada
na Costa Pinto, pois de acordo com os estudos e projeções realizadas, quando se tem um
controle equilibrado o retorno financeiro e os benefícios práticos para a operação são
altamente consideráveis.

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8. BIBLIOGRAFIA

C. J. HARRIS / C. G. MOORE / M. BROWN. Intelligent control: Aspects of Fuzzy Logic


and Neural Nets. World Scientific, 1993; ISBN 981-02-1042-6

COX, Earl. The Fuzzy Systems Handbook: a Practitioner's Guide to Building, Using and
Maintaining Fuzzy Systems. Professional, 1994 ; ISBN 0-12-194270-8

DEDINI INDÚSTRIAS DE BASE. Manual de operação: caldeira AT-SD-275. Piracicaba,


2008.

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em: < http://excitatrizestatica.com.br/principio.html>. Acesso em: 01 mar. 2014 às 18h50min

ISG INFOVISION. Simatic S7-400 PLCs – Programmable Logic Controllers. Chattanooga,


2014. Disponível em: <http://www.isgautomation.com/siemens-simatic-s7-400-plc-
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LAMONICA, Helcio M. Produção de Vapor e Eletricidade – A Evolução do Setor


Sucroalcooleiro: Workshop de Gestão de Energia e Resíduos na Agroindústria
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<http://www.nest.unifei.edu.br/portugues/pags/novidades/workshop_gestao_energia_residuos
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16
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<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhe
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<http://www.woodward.com/IndustrialTurbineSteam505E.aspx>. Acesso em: 07 fev. 2014 às
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