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Fundamento da distribuição
Cada cilindro geralmente tem duas válvulas, uma que abre e fecha o orifício de
admissão por onde chega o ar proveniente do filtro e a outra que abre e fecha o
orifício de escape por onde saem os gazes queimados para o tubo de escape. A
primeira chama-se válvula de admissão e a segunda válvula de escape.
Árvore de cames
Para além das cames, tem uns apoios cilíndricos que sujeita a árvore ao bloco do
motor e sobre os quais ela gira.
Este eixo, tem uma cremalheira numa das extremidades que recebe movimento da
cambota por meio de engrenagens, pinhão de distribuição ou por meio de uma
corrente de distribuição (Fig.4.5). Em qualquer destes casos, a cremalheira da árvore
de cames deve ter o dobro do número de dentes que os da engrenagem de forma a
que a árvore de cames deía uma volta por cada duas voltas da cambota.
Muitas vezes a árvore de cames leva ainda um pequeno pinhão para dar movimento á
bomba de lubrificação.
Tucha:
É uma peça cilíndrica que é alojada numa cavidade do bloco, por onde desliza
quando recebe impulso da came. Esta peça, dirige e transmite o movimento da árvore
de cames á vareta de impulso. Ela tem um furo na parte inferior afim de permitir a
lubrificação da cames com óleo procedente da árvore de cames.
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Varetas impulsoras:
Balanceiro ou martelo:
Transmite o movimento da vareta á válvula, tem um orifício central por onde passa o
seu eixo que é fixo na cabeça.
Num dos extremos tem um parafuso roscado que se apoia na vareta, e sobre o qual
se monta uma porca roscada que serve para retenção do parafuso, com o qual se faz
a regulação do jogo dos martelos. No outro extremo termina uma superfície
ligeiramente curva que é a que pressiona a haste da válvula.
Os martelos, um para cada válvula, vão montados no eixo dos martelos ou balancetes
.
Válvula :
É a peça que abre e fecha o orifício por onde entram e saem os gases do cilindro
(Fig.6.3). e é composta por três partes: cabeça, haste e colo
A cabeça tem forma circular, com o bordo em forma de bisel, o que constitui o assento
da válvula. Este assento, deve ajustar perfeitamente de forma a se obter um fecho
hermético do cilindro. Unido a cabeça, esta uma haste, que tem forma cilíndrica. Num
dos extremos tem uma ranhura que sustenta a chaveta que suporta a mola. Esta
haste desliza no interior de um orifício chamado guia da válvula.
Para que a válvula permaneça cerrada, quando não é empurrada pelo balanceiro, tem
uma mola que rodeia a haste e que se apoia, num dos extremos, no corpo do motor e,
no outro extremo, na ranhura anteriormente referida.
Colectores
A entrada e saída dos gazes no cilindro dos motores que têm vários cilindros se
reúnem em colectores que começam e terminam numa única conduta. A reunião dos
colectores de entrada se denomina por colector de admissão e este faz a ligação dos
filtros do ar e os cilindros. As condutas de saída chama-se colector de escape e este
acopla-se ao tubo de escape (Fig. 6.4).
A disposição das válvulas num motor de quatro cilindros é E-A, A-E, E-A e A-E (onde
E = escape e A = admissão). Desta forma cada par das condutas de admissão fica
situada entre as condutas de escape, que levam gazes queimados no estado ainda
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quente, que de certa forma aquecem o ar da admissão antes de entrar para os
cilindros facilitando a combustão do combustível.
Funcionamento
Ponto de sincronização
É a folga entre a haste da válvula e o martelo, que deve sempre existir, quando as
válvulas estão fechadas. Esta folga é necessária para evitar que com aquecimento e
dilatação da válvula a haste faça força no balancete ou martelo fazendo com que ela
fique aberta (Fig. 6.6).
A medida desta folga é imposta pelo fabricante do motor e esta sempre expressa no
manual de instruções de cada tractor, indicando também se a regulação deve ser feita
com o motor quente ou frio e se corresponde a válvula de admissão ou de escape
podendo por vezes ser a mesma folga para ambas válvulas.
Com o funcionamento normal do motor a folga pode variar por si só, traduzindo-se
num desajuste no funcionamento correcto do motor. Assim, periodicamente, de acordo
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com as intrusões do fabricante, deve-se verificar esta folga que se conhece por ajuste
da folga.
Para saber que o cilindro 1 está em compressão vamos dando voltas ao motor por
meio da polia, manivela ou engatando uma velocidade e empurrando o tractor, deve-
se fixar as válvulas do cilindro n 0 4, assim que estas estiverem em cruz, ou seja o
momento em que está abrindo a admissão e cerrando a de escape, o cilindro 1 está
em compressão, uma vez que os pistões 1 e 4 têm o mesmo movimento.
50 Para ajustar a folga, o martelo tem numa das extremidades uma porca e parafusos.
Assim, primeiro deve-se afrouxar a porca e depois com uma chave de fenda mover o
parafuso num sentido ou noutro conforme queremos aumentar ou diminuir a folga até
que a lâmina entre ajustada.
Deve-se ter o cuidado que para a regulação das válvulas do cilindro n 03 têm de estar
em cruz as do n0 2 e para a regulação das do n 0 4 têm de estar em cruz as do n01
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Nos motores de 1 cilindro, a maneira mais simples para por o pistão em PMS no fim
da compressão é localizar o “cruzamento das válvulas” e depois dar uma volta á
cambota, fazendo- se nesse ponto a regulação das válvulas.
Ar na admissão
O tractor é um veiculo que quase sempre tem que trabalhar no campos ou circular em
caminhos em que em tempo seco esta coberto de muita poeira. Esta poeira muitas
vezes contêm pequenas partículas solidas com arestas cortantes, de grande
consistência e dureza.
O primeiro filtro por onde o ar deve passar, fica localizado na maioria dos tractores na
parte dianteira deste, uma zona que esta menos exposta a turbulência e menor
quantidade de poeira. Este filtro pode ser de dois tipos:
- Em banho de óleo
- Seco
Este filtro consta de um pré-filtro por onde entra o ar do exterior, uma conduta, que
leva o ar até a taça com óleo, uma esponja de malha metálica e uma conduta por
onde sai o ar filtrado (Fig. 6.7)
O circuito de funcionamento:
2. Manter o óleo na taça ao nível marcado pois se este estiver com o nível baixo, a
filtragem será má e se o nível for alto, haverá uma demasiada resistência na aspiração
do ar e o perigo de absorção de partículas de óleo e pó ao cilindro de ar.
3. O óleo da taça deve estar sempre limpo. trabalhando em solos secos e/ou com
muito pó, deve-se substituir em cada 10 horas de trabalho, ou sempre que se observar
a presença de lodo na taça ou seja, quando se verificar que o óleo está mais viscoso.
5. Desmontar, pelo menos, duas vezes por ano o conjunto do filtro e fazer a limpeza
da malha e conduta de descida.
b) Filtro de ar seco
Este filtro é composto por uma entrada de ar com um pré-filtro, igual ao descrito no
filtro anterior e um corpo de filtros dentro dos quais esta um elemento filtrante.
Este corpo tem no fundo uma peça separada similar a taça dos filtros húmidos,
denominada também por taça. O corpo sujeita-se por uma cinta, ou então um
dispositivo de borracha que se pode accionar facilmente para expulsão dos pós
chamando-se a este dispositivo válvula de descarga de pó.
Os filtros de ar secos, são dotados deste indicador que fornece sinais que avisam o
momento em que o elemento filtrante do filtro está obstruído ou rompido e é
necessário limpá-lo ou substitui-lo.
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Quando o filtro de ar esta sujo, os cilindros ao aspirar o ar, por causa da dificuldade
com que o ar passa pelos filtros, cria um vazio no colector de admissão que faz mover
a membrana do visor, que por sua vez acciona o dispositivo que indica ao tractorista a
necessidade de limpeza nos filtros. Quando o elemento filtrante estiver rompido,
verifica-se o fenómeno contrario.
Este dispositivo poder ser uma placa dividida em 3 zonas, a branca para a situação
ideal, verde para a necessidade de limpeza e a vermelha para a substituição do
elemento filtrante. Estas zonas devem ser vistas pelo tractorista através de uma mira.
Outras vezes pode-se utilizar um dispositivo luminoso no painel do tractor ou um
dispositivo sonoro.
1- Limpar o pré - filtro regularmente e ao mesmo tempo passar um pano seco pelas
alhetas de deflectoras.
2- Limpar o filtro sempre que haja indicação para isso e para tal deve-se retirar o
elemento sacudi-lo sempre numa superfície plana, sempre dando voltas com o
elemento de forma a que todo o pó caia. Uma limpeza melhor pode ser feita com ar
comprimido nunca superior a 7 kg/cm 2 no sentido inverso ao de trabalho.
3 - Uma vez limpo o elemento este deve ser atenciosamente inspeccionado, para se
detectar qualquer rotura do papel poroso em caso afirmativo substituir por novo.
Verificar as uniões do filtro com o motor.
4 - Se o filtro estiver disposto com a válvula de descarga de pó, este deve ser
accionada todos os dias antes de arrancar o motor. Em termos gerais, o elemento
filtrante deve ser substituído pelo menos uma vez ao ano e sempre que depois duma
limpeza, a pouca horas de funcionamento se active o indicador do estado do filtro pois
isto indica obstrução dos microporos do papel filtrante
Este dispositivo consta de duas turbinas unidas no mesmo eixo (Fig. 6.9). A uma
destas turbinas, chegam os gazes queimados provenientes do colector de escape que
ao saírem a grande velocidade, impulsionado pelos pistões, chocam com as alhetas
da turbina fazendo-a girar a grande velocidade. Este movimento giratório é transmitido
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através do eixo comum a outra turbina, que move-se a mesma velocidade originando
uma grande sucção do ar dos filtros e impulsionando-o para os cilindros. Desta forma,
consegue-se que o ar entre para os cilindros, quando a válvula de admissão se abre,
com uma pressão maior que a pressão atmosférica. Assim, entra para os cilindros um
grande volume de ar, chegando em certos casos a ser maior que a cilindrada do
motor já que a admissão é feita sub pressão.
Esta pressão faz também com que se elimine completamente os gazes queimados na
combustão anterior.