Esta máquina pode ser dividida em partes para facilitar o entendimento. A
fornalha é o espaço onde o combustível é queimado, gerando o calor que aquece a caldeira. Sobre a fornalha encontra-se a caldeira, onde a água é transformada em vapor que, por sua vez é levado sob pressão para o cilindro. Dentro do cilindro há o pistão, peça móvel que é empurrada ciclicamente para a frente e para trás pela pressão do vapor e leva o movimento às rodas e ao governador centrífugo. Este último é um mecanismo que, de acordo com a velocidade de giro das massas, controla a admissão do vapor no cilindro, acelerando ou freando o movimento. O motor, propriamente dito, é a parte mecânica que utiliza o vapor sob pressão para gerar movimento. Houve diversos modelos de motores a vapor, mas o modelo representado por este objeto é o Motor Alternativo. Neste modelo, uma válvula móvel alterna o lado de admissão e exaustão do vapor dentro do cilindro, fazendo com que a exaustão seja forçada devido à admissão de vapor do outro lado do cilindro. É interessante analisar como a energia se transforma ao longo do processo da máquina. A queima de um combustível converte energia química do material em energia térmica, que causa a evaporação e expansão da água da caldeira, que move o pistão e posteriormente as rodas da máquina, se convertendo em energia mecânica. Este é o princípio das usinas térmicas.
Um típico motor a vapor de pistão, amplamente empregado nas locomotivas
funcionava a partir de um válvula corrediça, responsável por permitir que o vapor em alta pressão entrasse em qualquer lado do cilindro. Para a válvula deslizar, é necessária uma haste de comando, geralmente conectada a uma ligação com uma cruzeta. O vapor é depois liberado na atmosfera pela chaminé. Esse fato explica duas coisas sobre locomotivas a vapor: A água é constantemente perdida com a descarga de vapor, razão pela qual sempre vemos grandes torres de água presentes nas estações, empregadas no reabastecimento do trem, ainda preservadas em antigas estações ou mesmo nos filmes de época. O som característico de uma locomotiva a vapor é vindo da válvula que abre o cilindro para liberar a descarga de vapor, que escapa em pressão muito alta, fazendo o assovio característico quando o vapor sai. Numa locomotiva a vapor, a cruzeta normalmente se liga à haste motriz, e daí às hastes de acoplamento, responsáveis pelo acionamento das rodas da locomotiva, e que por sua vez, se conecta a uma das três rodas motrizes. As três rodas são conectadas por hastes de acoplamento de modo que girem em uníssono, juntas. Os primeiros automóveis utilizavam motores a vapor, mas foi aos poucos sendo substituído pelo motor de combustão interna, alimentado por gasolina. Eles eram mais seguros (o vapor poderia espirrar quando o dono tentasse manusear o motor) e seu acionamento era mais rápido (motores a vapor necessitavam que sua água esquentasse até o ponto de vapor, como numa chaleira).