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FABRICAÇÃO –
MECÂNICA
MOTOR DE COMBUSTÃO
INTERNA
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INSPETOR DE FABRICAÇÃO - MECÂNICA
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas,
sem autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
Ficha Catalográfica
SENAI. DN
Mecânica: motor de combustão interna / organizado por Laércio Ferreira, Plínio Marcos Santos.
– Brasília, DF : PETROBRAS, 2007.
40 p. : il. ; 30 cm. – (Inspetor de Fabricação).
Inclui bibliografias.
SENAI-SP
A locomotiva é uma máquina que aproveita a queima de carvão ou lenha para aquecer a
água, que produz o vapor para o seu funcionamento.
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A combustão libera calor, que aquece a água, criando vapor. O vapor se expande
rapidamente e cria pressão.
As duas peças que se ligam têm movimentos diferentes: enquanto uma vai e vem, a outra gira
num determinado sentido.
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O mesmo acontece quando você anda de bicicleta: suas pernas se movimentam para cima e
para baixo, enquanto os pedais giram num determinado sentido.
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A roda da locomotiva atua como uma manivela que transforma o movimento alternado em
movimento giratório contínuo. Apenas esse conjunto de peças da locomotiva é usado no movimento
da máquina.
Outro modo de construir uma manivela é colocá-la no meio de um eixo. Essa manivela
transformará o movimento alternado em movimento giratório.
Enquanto o êmbolo realiza um movimento de vaivém, a árvore de manivelas realiza um
movimento circular contínuo, apenas num sentido. O êmbolo está ligado à árvore de manivelas por
uma biela. Como mostra a figura a seguir.
A biela é ligada ao êmbolo por meio de um pino de êmbolo para poder acompanhar o
movimento da árvore. O êmbolo executa um movimento de vaivém, no interior de um tubo de metal
chamado cilindro.
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1.2. Motores – Características
Não podemos resolver corretamente essas questões, enquanto não soubermos quais são as
válvulas que estão abertas (as válvulas que estão indicadas). Os cilindros 1 e 4 podem estar nos
tempos de admissão ou combustão; os cilindros 2 e 3 podem estar nos tempos de compressão ou
exaustão.
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Figura 1.2. – Posição dos Êmbolos no Tempo dos Cilindros
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O mancal do moente móvel é formado de duas partes.
A biela possui dois mancais a fim de poder girar livremente em torno do moente e do pino do
êmbolo.
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Podemos ligar o mecanismo das válvulas à árvore de manivelas por meio de engrenagem que
possuam uma razão de redução de 2:1.
Enquanto a engrenagem menor da árvore de manivelas gira duas voltas completas, a
engrenagem maior gira apenas uma volta. Como mostra a figura a seguir:
A válvula é fechada por uma mola e aberta por um ressalto oval, num eixo que a empurra
para baixo durante parte de sua evolução. O eixo é denominado árvore de comando de válvulas e a
válvula é aberta por um ressalto.
Os dentes nas engrenagens sincronizam os êmbolos e as válvulas entre si, de modo que
operam sempre na mesma seqüência. As engrenagens que determinam o momento do ciclo durante
o qual as válvulas são abertas são chamadas engrenagens de sincronização ou de distribuição.
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A posição do ressalto determina quando a válvula será aberta.
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Para um motor, necessitamos sempre de um ressalto para cada válvula. Um ressalto para a
válvula de admissão e um ressalto para a válvula de escapamento.
A estrutura fundida de um motor é composta por duas partes parafusadas entre si. A parte
superior, que contêm as válvulas, é denominada cabeçote. A parte inferior é denominada bloco.
A maioria dos motores possui válvulas no cabeçote. Quando a árvore de comando de válvulas
estiver no cabeçote será denominada árvore de comando no cabeçote.
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O ressalto empurra o tucho e a haste para cima, forçando o balancin. Este gira em seu eixo e
empurra a válvula, abrindo-a.
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• Motores de cilindro oposto;
• Motores do tipo V, nos quais os cilindros formam duas fileiras, que estão ligadas a um
único munhão móvel, reduzindo as dimensões e o peso do motor.
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2. TIPOS DE MOTORES
O êmbolo se movimenta para cima, em direção à parte superior, fechada, do cilindro, onde a
mistura é comprimida num espaço pequeno. Este é o chamado tempo de compressão.
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Como o cilindro está cheio de uma mistura de ar e combustível, o motor entra em
funcionamento. O êmbolo está na parte superior do cilindro, pronto para descer. Mas, desta vez,
queremos que ele se movimente sob potência.
Para isso, teremos de inflamar a mistura de ar e combustível que está comprimida no espaço
acima de êmbolo. Isso é feito por meio de uma faísca elétrica.
Poderíamos dizer que a mistura ar - combustível explode. Mas, na verdade, ela se inflama
muito rapidamente e os gases se expandem.
A rápida elevação dos gases em combustão força o êmbolo para baixo. Este é chamado
tempo de combustão.
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Quando o êmbolo atinge a extremidade inferior de seu curso, o cilindro está cheio de gases
queimados, de modo que o êmbolo começa a se movimentar novamente para cima, a fim de expulsá-
los.
O quarto e último tempo é chamado de tempo de exaustão ou de escape. E, depois dele, o
ciclo se repete.
Anéis flexíveis de metal se encaixam em torno do êmbolo para impedir que os gases
escapem.
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Se apenas um dos quatro tempos é um tempo motor ou de potência, necessitamos de um
meio de armazenar essa energia, para manter a árvore de manivelas girando.
Um volante pesado contribui para que a árvore de manivelas continue a girar nos outros três
tempos, impulsionada apenas pelo tempo motor.
Uma válvula é uma peça móvel que abre e fecha uma passagem.
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Num motor é preciso que haja uma abertura para que, através dela, o ar e o combustível
possam ser aspirados para o seu interior no tempo de admissão.
Se olharmos com atenção para a válvula, veremos que ela se encaixa na abertura, assim
como uma rolha na garrafa.
A válvula é fechada por uma mola e a pressão do cilindro permite uma vedação perfeita nesta
posição.
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Estes são os componentes da válvula.
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Veja, agora, a repetição do ciclo de quatro tempos, para que se possa ver a seqüência da
ação das válvulas.
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Os metais e os processos de fabricação modernos viabilizaram a fabricação de motores
altamente aperfeiçoados. É possível fabricar motores com taxa de compressão de 21:1. Porém,
quando utilizamos gasolina como combustível, não podemos tirar proveito dessa taxa de compressão.
Os motores a gasolina modernos geralmente possuem uma taxa de compressão de 8:1 a
11:1.
Por que existe essa limitação na taxa de compressão com os motores a gasolina? Devemos
nos lembrar de que o processo de queima num motor a gasolina é iniciado por uma faísca da vela de
ignição.
Porém, algo mais acontece quando a mistura ar–combustível é comprimida durante o tempo
de compressão.
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Alguma vez você já utilizou uma bomba para encher o pneu de uma bicicleta ou de um
automóvel?
Quando o ar é comprimido, ele se aquece, e, quando maior a compressão (ou a pressão),
maior será o calor.
A compressão de ar ou gás produz calor. Quanto maior a pressão, maior será o calor. A
compressão de uma mistura ar–combustível num motor também produz calor.
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Se a taxa de compressão num motor for muito elevada, haverá tanto calor que a mistura ar–
combustível começará a queimar espontaneamente, antes que a faísca elétrica a inflame.
Essa queima que se inicia antes do momento em que deveria começar é chamada pré–
ignição.
A gasolina queima facilmente, portanto, uma taxa de compressão muito alta ocasionará sua
queima espontaneamente.
A pré–ignição significa que a mistura ar–combustível começa a queimar antes da ignição da
faísca.
Assim, a taxa de compressão de um motor a gasolina é limitada, para que o calor da
compressão não produza a pré–ignição.
O Dr. Rudolph Diesel trabalhou em diferentes linhas de motores. Ele sabia que a solução para
um motor eficiente e potente era a alta compressão. Por isso, construiu um motor de alta compressão.
Mas, esse motor não poderia queimar a mistura ar–combustível, visto que o calor da
compressão se elevaria de 450 a 550°C aproximadamente.
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A maioria dos combustíveis se queimaria antes de atingir mais ou menos 450°C; por
conseguinte, nenhum combustível foi adicionado ao ar no tempo de compressão; somente o ar foi
comprimido e não havia nada no ar que queimasse.
Se o combustível for injetado no cilindro um pouco antes do limite superior do tempo de
compressão, ele se misturará com o ar aquecido e começará a queimar. Isso se chama auto–ignição
ou ignição espontânea. Esse princípio é importante, uma vez que o utilizamos para construir um tipo
de motor inteiramente diferente.
Num motor como este a vela de ignição não é necessária.
O combustível é injetado no cilindro na ocasião certa, durante o ciclo, por uma bomba de
combustível acionada pelo próprio motor.
Sua potência provém da expansão dos gases em combustão. Um motor diesel depende do
calor da compressão para a ignição do combustível. O combustível queimará com o calor gerado pela
compressão de ar.
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Os motores diesel proporcionam economia de combustível, uma vez que a proporção do
combustível na mistura pode ser modificada de acordo com a carga e a potência desenvolvida pelo
motor.
O combustível sempre se queimará, ainda que a quantidade injetada seja pequena. Ao
contrário do motor a gasolina, o combustível não é misturado com todo o ar existente no cilindro.
Uma proporção elevada pode ser utilizada quando o motor estiver funcionando em marcha
lenta, com potência reduzida. Ao empurrar ou puxar uma carga pesada, mais potência é requerida.
O diesel é um combustível líquido que contém mais energia térmica do que a gasolina. É de
combustão mais lenta, porém produz mais potência.
A maioria dos motores diesel proporciona menor velocidade. Porém, são mais potentes que
os motores a gasolina.
Os motores diesel devem ser também mais pesados e mais robustos que os motores a
gasolina. Porém, são muito mais eficientes ao trabalharem sob cargas elevadas.
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Por que a injeção de combustível? A vantagem mais óbvia da injeção de combustível é a de
permitir maiores taxas de compressão. Porém, existe também outra vantagem, uma vez que a
quantidade de combustível injetada pode variar.
Vejamos novamente o motor a gasolina. A mistura ar–combustível é inflamada por uma faísca
elétrica.
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A proporção de ar para combustível num motor a gasolina é quase sempre 15:1
independentemente da velocidade do motor.
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Esta é a ocasião em que necessitamos mais potência. Maior torque ou força de torção deve
ser aplicado à árvore de manivelas, para conservá-la girando.
Se uma quantidade maior de combustível for queimada no cilindro, mais energia será criada,
resultando um curso mais potente.
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3. APLICAÇÕES
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4. PARÂMETROS DE DESEMPENHO
Os motores de combustão interna, que são fabricados em série, passam por exaustivos testes
de funcionamento, desempenho, economia de combustível, torque, durabilidade, potência e tudo isso
ocorre dentro de sofisticados laboratórios, utilizando instrumentos de última geração. Além de todo
esse cuidado, consegue-se ainda colher informações dos defeitos que podem aparecer com o
decorrer do tempo e isso proporciona, ao projetista, dados que poderão ser utilizados para corrigir e
até melhorar o desempenho do equipamento.
Por outro lado, existem aqueles motores que são projetados e construídos em poucas
unidades, como motores de grande potência que equipam navios, e são chamados de motores
grandes. Estes, depois de construídos são testados, através de dinamômetro dentro da fábrica do
fornecedor, quanto ao funcionamento, a rotação, o torque e a potência.
São instalados durante a fase final da construção da embarcação, e testados efetivamente em
funcionamento, quando o navio é colocado na água. Neste momento que são aplicados os
procedimentos de teste do funcionamento a plena carga.
De uma maneira geral os parâmetros utilizados como referência para avaliar os resultados de
ensaios executados nos motores, são os definidos durante a fase de projeto ou comparativos com os
disponíveis de outros ensaios já executados em outros equipamentos similares.
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5. PROCEDIMENTOS DE TESTES
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BIBLIOGRAFIA
SENAI. SP. Motor. Por Benjamin Prizendt.. São Paulo, 1992. 108p. (Mecânico de Automóvel)
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