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INSPETOR DE

FABRICAÇÃO –
MECÂNICA
MOTOR DE COMBUSTÃO
INTERNA

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INSPETOR DE FABRICAÇÃO - MECÂNICA

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA


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Ficha Catalográfica

SENAI. DN
Mecânica: motor de combustão interna / organizado por Laércio Ferreira, Plínio Marcos Santos.
– Brasília, DF : PETROBRAS, 2007.
40 p. : il. ; 30 cm. – (Inspetor de Fabricação).

Inclui bibliografias.
SENAI-SP

Elaboração/organização do conteúdo técnico da apostila


Laércio Ferreira
Plínio Marcos Santos
ÍNDICE

1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO .......................................................................................... 9


1.1. Introdução - Processo de Combustão .................................................................................... 9
1.2. Motores – Características ....................................................................................................... 13
2. TIPOS DE MOTORES ............................................................................................................... 21
2.1. Motor a gasolina ..................................................................................................................... 21
2.2. Motor Diesel ............................................................................................................................ 27
2.2.1. Um novo motor ................................................................................................................ 30
3. APLICAÇÕES ............................................................................................................................ 37
4. PARÂMETROS DE DESEMPENHO ......................................................................................... 38
5. PROCEDIMENTOS DE TESTES .............................................................................................. 39
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................. 40
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Conjunto Virabrequim / Biela / Êmbolo ........................................................................ 12


Figura 1.2 – Posição dos Êmbolos no Tempo dos Cilindros ........................................................... 14
Figura 1.3 – Esquema do Motor de Cilindros em Linha ................................................................... 19
Figura 1.4 – Esquema do Motor de Cilindros Opostos ................................................................... 20
Figura 1.5– Esquema do Motor de Cilindros em V .......................................................................... 20
1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

1.1. Introdução - Processo de Combustão

A locomotiva é uma máquina que aproveita a queima de carvão ou lenha para aquecer a
água, que produz o vapor para o seu funcionamento.

O local da locomotiva onde ocorre a combustão ou a queima do combustível é separado do


motor, por essa razão chama-se motor de combustão externa.

Combustão significa queima, que só ocorre quando se dá a combinação de oxigênio (ar),


combustível e calor.

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A combustão libera calor, que aquece a água, criando vapor. O vapor se expande
rapidamente e cria pressão.

Essa pressão é utilizada para movimentar o êmbolo (pistão) e a biela.

As duas peças que se ligam têm movimentos diferentes: enquanto uma vai e vem, a outra gira
num determinado sentido.

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O mesmo acontece quando você anda de bicicleta: suas pernas se movimentam para cima e
para baixo, enquanto os pedais giram num determinado sentido.

Suas pernas produzem o movimento de vaivém, que chamamos movimento alternado. As


manivelas, acionadas pelo movimento alternado, transformam esse movimento em movimento
giratório. Como mostra a figura a seguir.

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A roda da locomotiva atua como uma manivela que transforma o movimento alternado em
movimento giratório contínuo. Apenas esse conjunto de peças da locomotiva é usado no movimento
da máquina.

Outro modo de construir uma manivela é colocá-la no meio de um eixo. Essa manivela
transformará o movimento alternado em movimento giratório.
Enquanto o êmbolo realiza um movimento de vaivém, a árvore de manivelas realiza um
movimento circular contínuo, apenas num sentido. O êmbolo está ligado à árvore de manivelas por
uma biela. Como mostra a figura a seguir.

Figura 1.1. – Conjunto Virabrequim/ Biela/ Êmbolo

A biela é ligada ao êmbolo por meio de um pino de êmbolo para poder acompanhar o
movimento da árvore. O êmbolo executa um movimento de vaivém, no interior de um tubo de metal
chamado cilindro.

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1.2. Motores – Características

Existem muitas variações na construção de motores. Porém, os componentes básicos da


maioria dos motores de ciclo de quatro tempos são semelhantes. Os princípios de mecânica e a
terminologia, que você aprenderá, serão úteis para uma melhor compreensão do motor à diesel.
Os motores de quatro tempos geralmente possuem quatro ou mais cilindros, conjugados de
modo que cada um forneça um tempo de combustão, durante um ciclo completo.
Examine o desenho e identifique os tempos de admissão, compressão, combustão e
exaustão.

O cilindro 1 está no tempo de ...............................................


O cilindro 2 está no tempo de ...............................................
O cilindro 3 está no tempo de ...............................................
O cilindro 4 está no tempo de ...............................................

Não podemos resolver corretamente essas questões, enquanto não soubermos quais são as
válvulas que estão abertas (as válvulas que estão indicadas). Os cilindros 1 e 4 podem estar nos
tempos de admissão ou combustão; os cilindros 2 e 3 podem estar nos tempos de compressão ou
exaustão.

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Figura 1.2. – Posição dos Êmbolos no Tempo dos Cilindros

Na primeira evolução, a válvula de admissão permanece aberta no tempo de admissão.


Na segunda evolução, a válvula de exaustão permanece aberta no tempo de exaustão.
Durante os tempos de compressão e combustão, ambas as válvulas permanecem fechadas.
A árvore de manivelas deve efetuar duas voltas ou evoluções a fim de completar um ciclo de
quatro tempos.
A parte da árvore que gira num mancal lubrificado a óleo chama-se munhão. Uma árvore
possui munhões principais (ou fixos) e moentes das bielas. Como mostra a figura a seguir.

O raio descrito pelo braço de manivela é denominado comprimento do braço da árvore e


determina o curso do êmbolo.

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O mancal do moente móvel é formado de duas partes.

A biela possui dois mancais a fim de poder girar livremente em torno do moente e do pino do
êmbolo.

O pino do êmbolo desliza no interior do êmbolo e na biela.


O anel de retenção ou de trava em cada extremidade se encaixa em ranhuras no êmbolo e
mantém o pino no lugar.

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Podemos ligar o mecanismo das válvulas à árvore de manivelas por meio de engrenagem que
possuam uma razão de redução de 2:1.
Enquanto a engrenagem menor da árvore de manivelas gira duas voltas completas, a
engrenagem maior gira apenas uma volta. Como mostra a figura a seguir:

A válvula é fechada por uma mola e aberta por um ressalto oval, num eixo que a empurra
para baixo durante parte de sua evolução. O eixo é denominado árvore de comando de válvulas e a
válvula é aberta por um ressalto.
Os dentes nas engrenagens sincronizam os êmbolos e as válvulas entre si, de modo que
operam sempre na mesma seqüência. As engrenagens que determinam o momento do ciclo durante
o qual as válvulas são abertas são chamadas engrenagens de sincronização ou de distribuição.

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A posição do ressalto determina quando a válvula será aberta.

A árvore de comando de válvula pode abrir tanto as válvulas de admissão como as de


exaustão. Cada válvula é, geralmente, aberta por um ressalto individual.

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Para um motor, necessitamos sempre de um ressalto para cada válvula. Um ressalto para a
válvula de admissão e um ressalto para a válvula de escapamento.

A estrutura fundida de um motor é composta por duas partes parafusadas entre si. A parte
superior, que contêm as válvulas, é denominada cabeçote. A parte inferior é denominada bloco.

A maioria dos motores possui válvulas no cabeçote. Quando a árvore de comando de válvulas
estiver no cabeçote será denominada árvore de comando no cabeçote.

Quando a árvore de comando de válvulas estiver localizada no bloco, as válvulas serão


abertas através de tuchos, hastes e balancins. Como mostra a figura a seguir.

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O ressalto empurra o tucho e a haste para cima, forçando o balancin. Este gira em seu eixo e
empurra a válvula, abrindo-a.

Existem três tipos de motores comuns:


• Motores em linha, nos quais os cilindros estão alinhados numa única fileira;

Figura 1.3. – Esquema do Motor de Cilindros em Linha

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• Motores de cilindro oposto;

Figura 1.4. – Esquema do Motor de Cilindros Opostos

• Motores do tipo V, nos quais os cilindros formam duas fileiras, que estão ligadas a um
único munhão móvel, reduzindo as dimensões e o peso do motor.

Figura 1.5.– Esquema do Motor de Cilindros em V

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2. TIPOS DE MOTORES

2.1. Motor a gasolina

O primeiro motor de combustão interna, suficientemente leve para a propulsão de carros e


aviões, foi o motor a gasolina, criado pelo alemão Otto.
A maioria dos motores de automóvel trabalha em ciclo de quatro tempos. Ciclo é uma
seqüência de acontecimentos. O dia, por exemplo, é um ciclo. Um motor a gasolina possui também
quatro acontecimentos para cada ciclo.
O êmbolo pode se movimentar para cima e para baixo. Cada movimento é denominado
tempo ou curso.
Iniciamos o movimento com o êmbolo na parte de cima. Em seguida, ele vai descendo para
aspirar uma mistura de gasolina e ar. Esse primeiro movimento de tempo chama-se tempo de
admissão.

O êmbolo se movimenta para cima, em direção à parte superior, fechada, do cilindro, onde a
mistura é comprimida num espaço pequeno. Este é o chamado tempo de compressão.

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Como o cilindro está cheio de uma mistura de ar e combustível, o motor entra em
funcionamento. O êmbolo está na parte superior do cilindro, pronto para descer. Mas, desta vez,
queremos que ele se movimente sob potência.

Para isso, teremos de inflamar a mistura de ar e combustível que está comprimida no espaço
acima de êmbolo. Isso é feito por meio de uma faísca elétrica.
Poderíamos dizer que a mistura ar - combustível explode. Mas, na verdade, ela se inflama
muito rapidamente e os gases se expandem.
A rápida elevação dos gases em combustão força o êmbolo para baixo. Este é chamado
tempo de combustão.

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Quando o êmbolo atinge a extremidade inferior de seu curso, o cilindro está cheio de gases
queimados, de modo que o êmbolo começa a se movimentar novamente para cima, a fim de expulsá-
los.
O quarto e último tempo é chamado de tempo de exaustão ou de escape. E, depois dele, o
ciclo se repete.

Se examinarmos os quatro tempos em seqüência, um após outro, teremos os quatro tempos


do ciclo – para baixo, para cima, para baixo, para cima.
O êmbolo se encaixa folgadamente no cilindro para poder deslizar com facilidade. Como
mostra a figura a seguir.

Anéis flexíveis de metal se encaixam em torno do êmbolo para impedir que os gases
escapem.

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Se apenas um dos quatro tempos é um tempo motor ou de potência, necessitamos de um
meio de armazenar essa energia, para manter a árvore de manivelas girando.
Um volante pesado contribui para que a árvore de manivelas continue a girar nos outros três
tempos, impulsionada apenas pelo tempo motor.

Uma válvula é uma peça móvel que abre e fecha uma passagem.

Uma torneira se abre e se fecha para controlar o fluxo de água.

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Num motor é preciso que haja uma abertura para que, através dela, o ar e o combustível
possam ser aspirados para o seu interior no tempo de admissão.

No tempo de compressão, a válvula deve fechar e vedar hermeticamente, porque a pressão


será muito forte.

Se olharmos com atenção para a válvula, veremos que ela se encaixa na abertura, assim
como uma rolha na garrafa.
A válvula é fechada por uma mola e a pressão do cilindro permite uma vedação perfeita nesta
posição.

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Estes são os componentes da válvula.

A válvula de admissão permanece fechada, quando a mistura ar–combustível é inflamada e o


êmbolo se movimenta para baixo, no tempo de combustão.

O êmbolo, depois de se movimentar para baixo, no tempo de combustão, movimenta-se para


cima.
O cilindro está, então, cheio de gases queimados, que devem ser expulsos.
A válvula de admissão se abre para a entrada da mistura; a válvula de exaustão se abre para
a saída dos gases queimados. Como mostra a figura a seguir.

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Veja, agora, a repetição do ciclo de quatro tempos, para que se possa ver a seqüência da
ação das válvulas.

2.2. Motor Diesel

Vamos examinar e confrontar os volumes de um cilindro, quando o êmbolo está no ponto


morto inferior (PMI) e no ponto morto superior (PMS). A mistura de ar–combustível é comprimida a 8:1
e de seu volume original.
Se um automóvel tivesse uma taxa de compressão de 3:1, ele não teria potência suficiente
para trafegar normalmente.
Se o volume máximo do cilindro for 480cm3 (êmbolo no PMI) e o volume final 80cm3 (êmbolo
no PMS), teremos uma razão de 7 para 1, ou 7:1. Esta é chamada taxa de compressão.

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Os metais e os processos de fabricação modernos viabilizaram a fabricação de motores
altamente aperfeiçoados. É possível fabricar motores com taxa de compressão de 21:1. Porém,
quando utilizamos gasolina como combustível, não podemos tirar proveito dessa taxa de compressão.
Os motores a gasolina modernos geralmente possuem uma taxa de compressão de 8:1 a
11:1.
Por que existe essa limitação na taxa de compressão com os motores a gasolina? Devemos
nos lembrar de que o processo de queima num motor a gasolina é iniciado por uma faísca da vela de
ignição.

Porém, algo mais acontece quando a mistura ar–combustível é comprimida durante o tempo
de compressão.

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Alguma vez você já utilizou uma bomba para encher o pneu de uma bicicleta ou de um
automóvel?
Quando o ar é comprimido, ele se aquece, e, quando maior a compressão (ou a pressão),
maior será o calor.

A compressão de ar ou gás produz calor. Quanto maior a pressão, maior será o calor. A
compressão de uma mistura ar–combustível num motor também produz calor.

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Se a taxa de compressão num motor for muito elevada, haverá tanto calor que a mistura ar–
combustível começará a queimar espontaneamente, antes que a faísca elétrica a inflame.
Essa queima que se inicia antes do momento em que deveria começar é chamada pré–
ignição.
A gasolina queima facilmente, portanto, uma taxa de compressão muito alta ocasionará sua
queima espontaneamente.
A pré–ignição significa que a mistura ar–combustível começa a queimar antes da ignição da
faísca.
Assim, a taxa de compressão de um motor a gasolina é limitada, para que o calor da
compressão não produza a pré–ignição.

2.2.1. Um novo motor

O Dr. Rudolph Diesel trabalhou em diferentes linhas de motores. Ele sabia que a solução para
um motor eficiente e potente era a alta compressão. Por isso, construiu um motor de alta compressão.
Mas, esse motor não poderia queimar a mistura ar–combustível, visto que o calor da
compressão se elevaria de 450 a 550°C aproximadamente.

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A maioria dos combustíveis se queimaria antes de atingir mais ou menos 450°C; por
conseguinte, nenhum combustível foi adicionado ao ar no tempo de compressão; somente o ar foi
comprimido e não havia nada no ar que queimasse.
Se o combustível for injetado no cilindro um pouco antes do limite superior do tempo de
compressão, ele se misturará com o ar aquecido e começará a queimar. Isso se chama auto–ignição
ou ignição espontânea. Esse princípio é importante, uma vez que o utilizamos para construir um tipo
de motor inteiramente diferente.
Num motor como este a vela de ignição não é necessária.

O combustível é injetado no cilindro na ocasião certa, durante o ciclo, por uma bomba de
combustível acionada pelo próprio motor.

Sua potência provém da expansão dos gases em combustão. Um motor diesel depende do
calor da compressão para a ignição do combustível. O combustível queimará com o calor gerado pela
compressão de ar.

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Os motores diesel proporcionam economia de combustível, uma vez que a proporção do
combustível na mistura pode ser modificada de acordo com a carga e a potência desenvolvida pelo
motor.
O combustível sempre se queimará, ainda que a quantidade injetada seja pequena. Ao
contrário do motor a gasolina, o combustível não é misturado com todo o ar existente no cilindro.
Uma proporção elevada pode ser utilizada quando o motor estiver funcionando em marcha
lenta, com potência reduzida. Ao empurrar ou puxar uma carga pesada, mais potência é requerida.

O diesel é um combustível líquido que contém mais energia térmica do que a gasolina. É de
combustão mais lenta, porém produz mais potência.
A maioria dos motores diesel proporciona menor velocidade. Porém, são mais potentes que
os motores a gasolina.
Os motores diesel devem ser também mais pesados e mais robustos que os motores a
gasolina. Porém, são muito mais eficientes ao trabalharem sob cargas elevadas.

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Por que a injeção de combustível? A vantagem mais óbvia da injeção de combustível é a de
permitir maiores taxas de compressão. Porém, existe também outra vantagem, uma vez que a
quantidade de combustível injetada pode variar.
Vejamos novamente o motor a gasolina. A mistura ar–combustível é inflamada por uma faísca
elétrica.

A combustão por faísca elétrica requer uma mistura ar–combustível na proporção de


aproximadamente 15 partes de ar para 1 parte de combustível.

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A proporção de ar para combustível num motor a gasolina é quase sempre 15:1
independentemente da velocidade do motor.

A ação da carga se opõe ao movimento de rotação da árvore de manivelas. Maior torque ou


força de torção deve ser produzido para conservar a árvore girando.
O motor diesel é capaz de produzir potência extra e torque elevado ao operar em baixas
velocidades e sob cargas elevadas. Essa condição é denominada capacidade de sobrecarga.

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Esta é a ocasião em que necessitamos mais potência. Maior torque ou força de torção deve
ser aplicado à árvore de manivelas, para conservá-la girando.

Se uma quantidade maior de combustível for queimada no cilindro, mais energia será criada,
resultando um curso mais potente.

A grande vantagem do motor diesel é a capacidade de produzir potência extra ou torque


elevado, ao operar em baixas velocidades, sob cargas elevadas.

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3. APLICAÇÕES

Os motores de combustão interna possuem uma larga gama de aplicações, indo de um


simples aeromodelo motorizado até imensos navios.
Algumas das aplicações na área industrial: Motores para navios, para acionar geradores de
energia elétrica, para acionar geradores de CA/CC para soldagem no campo, para acionar sistemas
de propulsão e sistemas hidráulicos de escavadeiras, tratores, guindastes, e outros.
Temos ainda os motores de combustão interna, amplamente conhecidos, aplicados em
automóveis, motocicletas e aviões.

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4. PARÂMETROS DE DESEMPENHO

Os motores de combustão interna, que são fabricados em série, passam por exaustivos testes
de funcionamento, desempenho, economia de combustível, torque, durabilidade, potência e tudo isso
ocorre dentro de sofisticados laboratórios, utilizando instrumentos de última geração. Além de todo
esse cuidado, consegue-se ainda colher informações dos defeitos que podem aparecer com o
decorrer do tempo e isso proporciona, ao projetista, dados que poderão ser utilizados para corrigir e
até melhorar o desempenho do equipamento.
Por outro lado, existem aqueles motores que são projetados e construídos em poucas
unidades, como motores de grande potência que equipam navios, e são chamados de motores
grandes. Estes, depois de construídos são testados, através de dinamômetro dentro da fábrica do
fornecedor, quanto ao funcionamento, a rotação, o torque e a potência.
São instalados durante a fase final da construção da embarcação, e testados efetivamente em
funcionamento, quando o navio é colocado na água. Neste momento que são aplicados os
procedimentos de teste do funcionamento a plena carga.
De uma maneira geral os parâmetros utilizados como referência para avaliar os resultados de
ensaios executados nos motores, são os definidos durante a fase de projeto ou comparativos com os
disponíveis de outros ensaios já executados em outros equipamentos similares.

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5. PROCEDIMENTOS DE TESTES

Os procedimentos de testes para os motores de combustão internas são, basicamente,


acoplá-los em dinamômetros e medem as potências e torques oferecidos em função de rotações pré-
estabelecidas na fase de projeto, ou valores comparativos com outros obtidos anteriormente em
máquinas já existentes.

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BIBLIOGRAFIA

SENAI. SP. Motor. Por Benjamin Prizendt.. São Paulo, 1992. 108p. (Mecânico de Automóvel)

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