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CURSO CORPO DE VÁLVULAS

Apresentação do Curso

Corpo de Válvulas – Técnicas de Reparo

O curso Corpo de Válvulas – Técnicas de Reparo, foi


idealizado para auxiliar o reparador a agilizar seu
diagnóstico e identificar problemas no Corpo de Válvulas, que
tem sido até hoje considerado uma “Caixa Preta” cheia de
mistérios.

Neste curso apresentamos o funcionamento e desmontagem de


seis (6) corpos de válvulas diferentes, entre hidráulicos e
eletrônicos, destacando seus componentes e funções de maneira
clara e objetiva.

Focalizando o funcionamento dos diversos tipos de válvulas,


funções, funcionamento de solenoides ON/OFF e Operados por
Pulsos (PWM), acumuladores, etc., o técnico relembrará em
dois dias de especialização o que deve e o que não deve ser
feito neste tipo de reparo, preservando as características de
mudanças e qualidade de seu serviço.

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OBJETIVOS DESTE CURSO

1. Descrever a função das válvulas de controle de pressão.


2. Descrever a função das válvulas de controle de
mudanças.
3. Descrever a função das válvulas temporizadoras
(seqüenciais).
4. Descrever a função das válvulas moduladoras de pressão.
5. Explicar o efeito que a pressão moduladora (de
aceleração) e pressão do governador têm sobre as
válvulas de mudança e aplicação dos conjuntos de
embreagens e freios.

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CORPO DE VÁLVULAS – INTRODUÇÃO

O corpo de válvulas consiste geralmente de um corpo superior,


um corpo inferior, um corpo da válvula manual e várias
tampas. As metades do corpo de válvulas são separadas por uma
placa de transferência que possui aberturas para controle do
fluxo de fluido entre os circuitos das válvulas. As válvulas
controlam a pressão do fluido e o direcionam de uma passagem
para outra. Os circuitos hidráulicos se estendem até a
carcaça da transmissão e são conectadas tanto pela montagem
direta como por passagens através de tubos de óleo.

As válvulas são instaladas com precisão em seus alojamentos


no corpo de válvulas, e suas posições no alojamento são
determinadas por um equilíbrio entre uma tensão de mola e
pressão hidráulica. A pressão hidráulica dentro do corpo de
válvulas varia de acordo com a posição do acelerador ou as
válvulas moduladoras de pressão. No caso de uma transmissão
sem controle eletrônico (somente controle hidráulico), a
pressão também varia baseada na velocidade do veículo através
do regulador centrifugo (válvula do governador).

A fim de se entender a função de cada válvula no corpo de


válvulas, elas foram separadas por função conforme listadas
abaixo.

● Válvulas de controle de pressão.

● Válvulas de controle hidráulico.

● Válvulas temporizadoras (seqüenciais).

● Válvulas moduladoras de pressão.

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Válvulas de controle de pressão.
As válvulas de controle de pressão regulam a pressão
hidráulica dentro da transmissão. A pressão hidráulica é
necessária para lubrificar e remover calor do fluido. A
pressão hidráulica também é necessária para aplicação das
embreagens e freios, e cintas que trabalham os componentes
dos conjuntos planetários da transmissão. Algumas vezes, se
necessita de alta pressão de aplicação e outras vezes, nem
tanto. A preocupação primária com a alta pressão é que muita
potência do motor se perde sem necessidade e um calor
excessivo é gerado. O calor quebra as moléculas do fluido e
deteriora as propriedades dele, reduzindo sua vida útil. Uma
carga excessiva sobre a transmissão afeta a economia de
combustível, portanto, regulando-se a pressão, menos carga é
aplicada no motor.

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Válvula reguladora primária
A válvula reguladora primária ajusta a pressão proveniente da
bomba de óleo para todos os circuitos hidráulicos na
transmissão. A função desta válvula é reduzir a carga do
motor e a conseqüente perda de potência. A alta pressão causa
mudanças duras e gera mais calor reduzindo a vida útil do
fluido. Pela redução de pressão, menos potência é necessária
para girar a bomba e menos calor conseqüentemente é gerado.

A pressão possui um efeito direto na força de aplicação das


embreagens e freios. Ela deve ser maior quando se acelera o
veículo e menor quando o veículo diminui sua velocidade.

A saída da válvula é chamada de pressão de “linha”, a mais


alta pressão de fluido. A pressão de linha é mostrada na cor
vermelha nos manuais técnicos em geral. Ela é utilizada para
aplicação das embreagens e freios na transmissão automática.

A posição da válvula reguladora primária é determinada pela


pressão de aceleração (moduladora), pressão de linha e tensão
de mola. A tensão de mola empurra a válvula para cima para
aumentar a pressão de linha. A pressão de linha é direcionada
ao topo da válvula e se opõe à tensão de mola para reduzir a
pressão de linha. O efeito geral é um equilíbrio entre a
pressão de linha e a tensão de mola.

Na base da válvula, a pressão de aceleração é aplicada para


empurrar a válvula para cima, aumentando desta maneira a
pressão de linha. Quanto maior a abertura do acelerador,
maior se torna a pressão de linha pois este processo tende a
fechar o retorno de fluido da bomba de óleo. Eis o porque do
ajuste do cabo de aceleração alterar a sensibilidade das
mudanças, devido à mudança da pressão de linha.

A pressão de linha também pode ser aumentada quando a marcha


à ré é selecionada. A pressão de linha proveniente da válvula
manual (seletora) é direcionada à parte inferior da válvula
reguladora primária empurrando-a para cima, desta maneira
aumentando a pressão de linha em aproximadamente 50%.

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Válvula reguladora secundária
Esta válvula regula a pressão para alimentar o conversor de
torque e a pressão de lubrificação. A tensão de mola empurra
a válvula para cima para aumentar a pressão do conversor. A
pressão do conversor age no topo da válvula para criar um
equilíbrio entre ela a tensão de mola. Em algumas aplicações,
a pressão de aceleração é utilizada para auxiliar a mola no
aumento da pressão do conversor. Uma pressão reguladora
secundária aumentada é utilizada para aplicações mais firmes
da embreagem do conversor de torque (lock up) sob condições
de torque mais altas.

A pressão reguladora secundária, radiador e circuitos de


lubrificação são mostrados na cor amarela na maioria dos
manuais técnicos.

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Válvula de desvio do radiador de óleo
Esta válvula evita pressão excessiva no circuito do radiador
de óleo. Este circuito é um circuito alimentado com baixa
pressão que direciona o fluido através do radiador e de volta
ao cárter da transmissão, passando pelos componentes da
transmissão. A válvula possui uma mola reguladora que mantém
a válvula na posição fechada e abre quando a pressão excede a
tensão da mola.

Válvula de alívio de pressão


Esta válvula regula a pressão da bomba de óleo de maneira que
ela não ultrapasse um valor determinado máximo. Uma mola
calibrada é utilizada para controlar a pressão mantendo a
válvula contra seu assento.

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Válvula do governador
Esta válvula existe em todas as transmissões com controle
hidráulico. Ela é montada no eixo de saída nas transmissões
com tração traseira ou é movimentada pela engrenagem motriz
do diferencial nas transmissões com tração dianteira. Ela
balanceia a pressão de linha direcionada proveniente da
válvula manual e a força centrífuga dos contra pesos do
governador para gerar uma pressão hidráulica proporcional à
velocidade do veículo. Quanto maior a rotação do eixo de
saída, maior será a pressão do governador.

Abaixo de 16 km/hora, a força centrífuga é baixa e a pressão


de linha entrando através da passagem calibrada na base da
válvula empurra a válvula para cima, bloqueando a passagem de
pressão de linha, abrindo assim o dreno no ressalto superior
da válvula.

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Assim que a velocidade do veículo aumenta, os contra pesos se
movem para fora e a válvula do governador é empurrada para
baixo pela alavanca dos contra pesos internos. A posição da
válvula do governador é balanceada entre a força centrífuga
agindo no topo da válvula e a pressão do governador na base
da válvula.

Assim que a rotação do governador aumenta (velocidade média


para alta) o movimento do peso externo é limitado pelo
batente do corpo do governador. A pressão aumentada do
governador, agindo na base da válvula, trabalha contra a
tensão da mola. Com rotações maiores, a força centrífuga do
contra peso interno e a tensão da mola cria uma força
adicional para empurrar a válvula para baixo.

A pressão do governador, mostrada nos diagramas hidráulicos


dos manuais técnicos, é em geral representada pela cor verde.

Válvula de aceleração

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A pressão do acelerador é produzida em resposta ao ângulo de
abertura do acelerador. Quando o pedal do acelerador é
acionado, o pistão de redução empurra a válvula de aceleração
(moduladora) para cima através da mola, gerando uma pressão
de aceleração que é proporcional à quanto o acelerador é
pressionado. A válvula de aceleração fornece pressão de
aceleração ((moduladora), para cada válvula de mudança e age
se opondo à pressão do governador. Eis o porque do ajuste do
cabo de aceleração afetar o tempo das mudanças nas
transmissões com controle hidráulico.

A pressão de aceleração também afeta a pressão de linha tanto


diretamente quanto através da pressão moduladora de
aceleração. A pressão hidráulica modificada pela abertura do
acelerador é direcionada à base da válvula reguladora de
pressão a fim de aumentar a pressão de linha, quando o torque
do motor é aumentado. A pressão aumentada de linha serve para
fornecer maior força de fixação nos dispositivos de aplicação
a fim de evitar patinação.

A pressão de aceleração na maioria dos manuais técnicos


atualmente é representada através da cor azul.

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Válvula de controle das mudanças
As válvulas de controle das mudanças são responsáveis por
direcionar o fluido até as diferentes passagens na
transmissão. Podem ser controladas manualmente, controladas
através de solenóides, ou através de pressão hidráulica. Elas
bloqueiam as passagens hidráulicas enquanto que outros
ressaltos das válvulas abrem diferentes passagens.

Válvula manual
Esta válvula direciona a pressão de linha para as várias
passagens no corpo de válvulas. Está ligada à alavanca
seletora de marchas mecanicamente, e é acionada pelo
motorista, selecionando as marchas P, R, N, D, 3, 2 e L
conforme desejado pelo motorista. Quando a válvula se move
para a direita, ela expõe as passagens para a pressão de
linha, determinando assim a marcha a ser selecionada. As
várias posições da válvula são mantidas por um mecanismo de
retenção que também fornece uma informação ao motorista.

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Válvula de mudança 1-2
Esta válvula controla a mudança entre a primeira e a segunda
marcha, baseado nas pressões do governador e de aceleração. A
válvula é mantida em posição por uma mola calibrada
localizada entre a válvula de mudança de baixa em retenção e
a válvula de mudança 1-2. Quando a pressão do governador é
baixa, porém a pressão de aceleração é alta, esta válvula é
forçada para baixo pela pressão de aceleração e tensão de
mola. Enquanto a pressão do governador for baixa, não haverá
mudança ascendente, e se a pressão de aceleração for baixa,
mais cedo haverá mudança ascendente. Em primeira marcha, a
embreagem de marchas a frente (C1) está aplicada através da
válvula manual, e a embreagem de uma via (roda livre) da
baixa (F2) está travando. A pressão de linha é bloqueada pela
válvula para que não aplique o freio da segunda (B2) e a
transmissão é mantida em primeira marcha.

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À medida que a velocidade do veículo aumenta, a pressão do
governador sobrepuja a pressão de aceleração mais a pressão
da mola na extremidade da válvula de mudança 1-2. Com o
movimento da válvula, o circuito do pistão do freio B2 abre,
fazendo com que a transmissão mude para a segunda marcha.
Quando a válvula de mudança se move para cima, ela cobre a
passagem da pressão de aceleração. A redução ocorrerá quando
a velocidade do veiculo diminuir até certo valor, causando
que a tensão da mola sobrepuje a pressão do governador. Isto
acontece em condições de velocidade muito baixa do veiculo,
sendo por isto quase imperceptível.

Uma redução forçada de segunda marcha para primeira ocorre


quando o pistão de redução na base da válvula de aceleração
abre para permitir que a pressão reguladora de retenção agir
no topo da válvula de mudança 1-2. Isto força a válvula de
mudança para baixo, abrindo a linha de escoamento do pistão
do freio da segunda marcha, ocorrendo então a redução quando
o freio de segunda é liberado.

Quando a alavanca seletora de marchas é posicionada em “L”, a


pressão moduladora de baixa é aplicada ao topo da válvula de
mudança de baixa em retenção, mantendo a válvula de mudança
1-2 na posição de primeira marcha.

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Válvula de mudança 2-3
Esta válvula controla a mudança entre segunda e terceira
marchas baseada nas pressões de aceleração, e governador. A
válvula é mantida em sua posição normal através de uma mola
localizada entre a válvula de mudança intermediária e a
válvula de mudança 2-3. Quando a pressão do governador é
baixa, porém a pressão de aceleração é alta, tal como em
condição de aceleração inicial, esta válvula é forçada para
baixo através da tensão da mola e pressão de aceleração,
mantendo a transmissão em segunda marcha.

Quando a pressão do governador aumenta devido à velocidade


aumentada do veículo, esta válvula se move para cima contra a
pressão de aceleração e tensão da mola, abrindo a passagem de
fluido para o pistão da embreagem direta (C2) causando a
mudança para terceira marcha. Quando a pressão de aceleração
aumenta, pela abertura da borboleta do acelerador, a pressão
de aceleração no topo da válvula de mudança 2-3 faz com que
válvula se movimente para baixo, fechando a passagem de
fluido para o pistão da embreagem da direta (C2). A pressão
que alimenta a embreagem da direta é drenada e a transmissão
é reduzida para segunda marcha.

Na eventualidade de que o acelerador seja pressionado próximo


do batente (aceleração total), o came na base da válvula de
aceleração empurra a válvula de retenção para cima. Isto
permite que a pressão de retenção auxilie a pressão de
aceleração no topo da válvula de mudança 2-3 empurrando-a

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para baixo, resultando em um movimento mais rápido de
redução.
Adicionalmente, veja que a pressão de linha que aplica a
embreagem da direta (C2) passa através da válvula de mudança
1-2. Assim, se a válvula de mudança 1-2 estiver travada, não
haverá mudança para segunda, porém também não haverá mudança
para terceira porque a embreagem da direta não pode ser
aplicada.

Quando a alavanca seletora de marchas for posicionada em “2”,


a pressão de linha proveniente da válvula manual age na
válvula de mudança intermediária. A válvula de mudança 2-3
desce causando uma redução para segunda marcha e evitando a
mudança ascendente para terceira marcha. Também, a pressão de
linha passa através da válvula moduladora da segunda e
válvula de mudança 1-2 agindo no freio de segunda em redução
(B1) para aumentar o efeito de freio motor.

Válvula de mudança 3-4


Esta válvula controla a mudança entre a terceira e quarta
marchas, baseada na pressão do governador e pressão da
válvula de aceleração. A válvula é mantida em posição por uma
mola calibrada localizada no topo da válvula 3-4, que
transfere sua força e mantém a válvula de mudança para baixo.
A pressão de linha controlada pela válvula de mudança 3-4 vem
diretamente da bomba de óleo. Sempre que a bomba estiver
girando, a pressão é direcionada através da válvula de
mudança 3-4 ou para a embreagem da sobremarcha (C0) ou para o

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freio da sobremarcha (B0). Quanto a embreagem da sobremarcha
for aplicada, a unidade da sobremarcha estará posicionada na
marcha direta (3ª marcha). Quando o freio da sobremarcha for
aplicado, a unidade da sobremarcha estará em overdirve (4ª
marcha).

Quando a pressão do governador for baixa, porém a pressão de


aceleração for alta, esta válvula será mantida para baixo
através da pressão de aceleração e tensão da mola. Quando a
velocidade do veiculo aumenta, a pressão do governador
aumenta também. Em algum ponto ela sobrepujará a pressão de
aceleração e moverá a válvula para cima, dirigindo a pressão
de linha da embreagem da sobremarcha (C0) para o freio da
sobremarcha (B0) resultando em uma mudança ascendente para 4ª
marcha.

Pistão de redução
O pistão de redução está localizado abaixo da válvula de
aceleração. É atuado pelo came de aceleração em resposta ao
movimento da borboleta do acelerador quando o motorista
pressiona o pedal do acelerador, abrindo a borboleta mais que
85%. Ele é utilizado nas transmissões controladas
hidraulicamente, para antecipar as reduções que de outra
forma só aconteceriam pelo aumento de aceleração, no processo
normal dela sobrepujar a pressão do governador. Isto acontece

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para que as reduções sob regime de torque mais elevado
ocorrem mais cedo, protegendo a transmissão.

Quando ao acelerador é pressionado mais que 85%, a válvula de


redução move-se para cima e a pressão reguladora em retenção
é direcionada para cada válvula de mudança contra a pressão
do governador. A pressão de retenção fornece um aumento de
força adicionalmente à pressão de aceleração e tensão de mola
a fim de mover a válvula para baixo e reduzir a marcha.
Dependendo a velocidade do veículo, a pressão do governador
poderá ser alta o bastante para permitir que as válvulas de
mudança 1-2 e 2-3 permaneçam em suas posições para cima, e a
válvula de mudança 3-4 imediatamente se mova para baixo,
causando uma redução de 4ª para 3ª marcha.

Válvulas temporizadoras
Estas válvulas são responsáveis por afinar a qualidade da
característica das mudanças da transmissão. Em alguns casos a

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embreagem aplicada possui um pistão duplo e um dos pistões é
aplicado antes do que o outro. Em outros casos a pressão que
aplica um dispositivo de retenção ou força uma válvula de
mudança para baixo é reduzida para reforçar a aplicação.

Válvula temporizadora de redução D-2


Esta válvula serve para evitar uma redução direta da
sobremarcha para segunda marcha em muitas transmissões. Se a
alavanca seletora for posicionada em “2” enquanto o veiculo
estiver se movimentando em 4ª marcha, a transmissão
automaticamente mudará para 3ª marcha por um momento antes de
mudar para 2ª marcha. Isto é para evitar um tranco na
redução que fatalmente ocorreria se a transmissão passasse
diretamente da sobremarcha para 2ª. Após a pressão de linha
agindo na válvula de mudança intermediária ser mudada do
freio da sobremarcha (B0) para a embreagem da sobremarcha
(C0), ela age na válvula de mudança 2-3, causando a redução
de 3ª para 2ª marcha.

Quando a alavanca seletora for movimentada da posição “D”, a


pressão de linha proveniente da válvula manual é aplicada à
área entre o ressalto superior e o ressalto central da
válvula temporizadora e ao topo da válvula de mudança em
retenção da terceira. Isto faz com que a válvula de mudança
3-4 se mova para baixo, e a embreagem da direta (C2) seja
aplicada para fornecer a 3ª marcha. A mesma pressão aplicada
na embreagem da direta também age no topo da válvula
temporizadora a qual direciona pressão ao topo da válvula de
mudança intermediária, resultando em redução para segunda
marcha.

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Embreagem de Ré e válvulas sequenciadoras do freio da ré
As válvulas sequenciadoras controlam o tempo de aplicação do
pistão duplo da embreagem da direta (C2) e o freio de baixa e
ré (B3) de algumas transmissões automáticas. Lembre-se que a
pressão de linha sempre sofre um aumento em ré. Uma válvula
sequenciadora reduz o tranco no engate quando a transmissão é
posicionada em ré. Embora cada embreagem seja controlada por
uma válvula sequenciadora separada, explicaremos o
funcionamento para a embreagem da direta.

Ao se mover a alavanca seletora para a posição “R”, a


passagem de fluido para o pistão externo da embreagem da
direta (C2) é bloqueada pela válvula sequenciadora. Quando a
pressão cresce e o pistão interno começa a aplicar, a válvula
se move para a esquerda comprimindo a mola. A pressão de
linha é então aplicada ao pistão externo para aplicação total
da embreagem da direta. A aplicação estagiada dos dois
pistões amortece a força de aplicação da embreagem da direta.

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Acumuladores
Os acumuladores agem para amortecer os choques da mudança.
Estas válvulas são basicamente pistões localizados em um
alojamento com uma mola fortemente calibrada para se opor à
pressão hidráulica. Estão localizados no circuito hidráulico
entre a válvula de mudança e o dispositivo de aplicação.
Quando a válvula de mudança se move, o fluido é direcionado
ao circuito do dispositivo de aplicação. Assim que o pistão
começa a comprimir o conjunto das molas de retorno da
embreagem, e pressão no circuito começa a crescer. Assim que
a pressão cresce, ela age no sentido de carregar a mola do
acumulador.
A pressão no circuito não consegue atingir seu potencial até
que a mola seja comprimida e o pistão devidamente assentado.
A pressão cresce mais lentamente e a aplicação da embreagem é
amortecida.

A aplicação da embreagem pode ser gerenciada mais


precisamente quando se fornece uma pressão controlada no lado
da mola do acumulador. A pressão de linha acionando o
dispositivo de aplicação deve se sobrepor à tensão da mola e
a uma pressão adicional de fluido, e desta maneira, uma
pressão maior é contraposta no dispositivo de aplicação antes

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que a pressão de total seja aplicada. A pressão hidráulica no
acumulador é controlada pela válvula de controle do
acumulador, ou um solenóide controlado eletronicamente.

Válvulas moduladoras de pressão


As válvulas moduladoras de pressão alteram as pressões de
controle para gerenciar as características operacionais da
transmissão automática. A pressão de linha, pressão de
aceleração e pressão do governador, todas afetam de alguma
maneira as condições de operação da transmissão. As válvulas
moduladoras adicionalmente reduzem estas pressões de controle
para afinar a operação da transmissão.

Válvulas de controle dos acumuladores


Estas válvulas modificam a pressão de linha proveniente da
bomba para os acumuladores baseados na carga do motor. Isto
reduz o choque nas mudanças pela redução da pressão traseira
do acumulador da embreagem da direta (C2)e o acumulador do
freio da segunda (B2) quando a abertura do acelerador é
pequena. A válvula é balanceada entre a pressão de aceleração
e tensão da mola em sua base e a pressão de linha medida no
topo da válvula.

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Desde que o torque produzido pelo motor é baixo quando a
abertura do acelerador é pequena, a pressão traseira do
acumulador é reduzida. Isto evita trancos na mudança quando
os freios e as embreagens são aplicados. Por outro lado, o
torque do motor aumenta quando o ângulo de aceleração é
grande durante aceleração de moderada para alta. Não somente
a pressão de linha é aumentada, como também a pressão de
aceleração agindo na base da válvula de controle do
acumulador aumenta a pressão traseira nos acumuladores. A
pressão do acumulador aumenta para evitar patinação quando as
embreagens e freios são aplicados em condição de aceleração
alta.

Válvula moduladora do governador.


A válvula moduladora do governador trabalha em conjunto com a
válvula de corte para reduzir a carga do motor em altas
velocidades. Isto modifica a pressão do governador em relação
à válvula de corte como um componente adicional à velocidade
do veiculo.

Válvula de corte.
A válvula de corte modifica a pressão de aceleração baseada
na velocidade do veiculo. A diminuição da pressão de linha
evita perda de potência desnecessária na bomba de óleo da
transmissão durante velocidades mais altas do veiculo.

Válvula reguladora em retenção.


A válvula reguladora em retenção modifica a pressão de linha
no pistão de redução durante condições de kick down para
estabilizar a pressão hidráulica agindo nas válvulas de
mudança 1-2, 2-3 e 3-4; A pressão de retenção fornece uma
pressão adicional à pressão de aceleração para melhorar as
respostas nas reduções.

Válvula moduladora intermediária.


Na posição “2”, a válvula moduladora intermediária reduz a
pressão de linha da válvula de mudança intermediária. A
pressão moduladora da segunda age no freio de segunda em
retenção (B1) através da válvula de mudança 1-2 para reduzir
os choques nas mudanças para segunda.

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Válvula moduladora de baixa em retenção.
A válvula moduladora de baixa em retenção reduz a pressão de
linha proveniente da válvula manual para reduzir os trancos
(choques) quando o seletor de marchas é movido para a posição
“L”. A pressão de baixa em retenção empurra a válvula de
mudança de baixa em retenção para baixo e aplica o freio de
baixa e ré (B3) a fim de amortecer os choques da mudança.

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